Urbhano Belvedere nº 02

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16 a 31 . março de 2013 . ANO I . Número 02 . Distribuição gratuita

URBHANO

On-line: www.urbhano.com.br

BELVEDERE

Foto: Shutterstock.

tudo que inteRessa no seu bairro está aqui

música para a vida Especialistas afirmam que a Educação musical estimula o desenvolvimento das crianças

bem-estar

Foto: divulgação.

nutrição funcional, A dieta que não se resume a contar calorias, ganha novos adeptos em busca de saúde pág. 5

entrevista Pachecão, o professor de Física mais descontraído do Brasil, fala SOBRE morar no Belvedere pág. 6

cidade Com o aumento das tempestades, os moradores do belvedere sofrem com danos pág. 15

feminino quem é o libanês Zuhair Murad? um dos estilistas mais procurados pelas estrelas de hollywood pág. 10

cultura

RoyalOperaHouse em bh O clássico balé A BELA ADORMECIDA do Royal opera House será exibido nas salas de cinema da capital Pág. 4

(31) 2532-4400 Av. RAjA GAbAGliA 4.500 bhhARley-dAvidson.com.bR


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URBHANO BELVEDERE Belo Horizonte, 16 a 31 de março de 2013

editorial frasesURBHANAS

Fascinante! Tem tudo para impactar. Vai alcançar diretamente o nosso público. Estou ansiosa para recebermos a visita de vocês, pois temos muitas ideias de projetos. O visual do jornal ficou muito bonito, muito clean. Vera Damasio, Agência Life

Achei muito bom. Gostei da apresentação, foi um generoso aprendizado e vi uma perspectiva muito sólida de promover a intercomunicação no bairro. Paulino Cícero de Vasconcellos, ex-ministro de Minas e Energia

Um tiro certo no público-alvo A segmentação de mídia e a microrregionalização já começam a aparecer com mais força nos planos das agências e anunciantes, fruto da necessidade de se comunicar com um público cada vez mais específico. Hoje, a realidade que se impõe é a de estratégias que buscam atingir consumidores mais exigentes e disputados, com a utilização de meios de comunicação diretos e eficientes, estabelecendo relações mais próximas com o público-alvo. Dentre as diversas opções de segmentação, a ponderação geográfica se apresenta como uma das possibilidades mais interessantes, permitindo um acompanhamento estreito da obtenção dos objetivos de mídia, comunicação e marketing. Outra possibilidade que a microrregionalização oferece é uma comunicação mais próxima com o público, adequando as mensagens às necessidades, culturas e hábitos locais. Uma pesquisa feita pelo Instituto Verificador de Circulação (IVC) mostra que os jornais segmentados acharam seu espaço de sobrevivência veiculando notícias locais, na sua maioria através de edições semanais ou quinzenais, deixando as coberturas estaduais/nacionais para os jornais de grande circulação. Em resumo, as mudanças comportamentais dos consumidores apontam para uma maior especialização da mídia em um cenário de grandes mudanças, sendo a segmentação e a microrregionalização algumas das respostas possíveis na busca por melhores resultados em marketing. Desta demanda nasceu o Jornal URBHANO Belvedere. Um produto editorial que atende às expectativas dos moradores do bairro com conteúdo diversificado e de qualidade.

Clovis Mello é publicitário com mais de vinte anos de mercado e administrador de empresas com especialização em Marketing. Hoje atua como Diretor Comercial e de Publicidade na Editora URBHANA.

URBHANO

Nós podemos disputar eleição, nós podemos brigar na eleição, nós podemos fazer o diabo. Quando é a hora da eleição. Agora, quando a gente está no exercício do mandato, nós temos que nos respeitar, porque fomos eleitos pelo voto direto do povo brasileiro. Dilma Rousseff O governo tirou os olhos de 2013 e focou em 2014. Aécio Neves

Privar crianças e adolescentes do acesso à publicidade é debilitá-las, pois cidadãos responsáveis e consumidores conscientes dependem de informação. Gilberto Leifert, presidente do conselho do CONAR sobre as novas regras publicitárias que proíbem merchandising em programas infantis

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Sua opinião é muito importante. Envie suas sugestões de pauta, críticas e elogios para redacao.belvedere@urbhano.com.br ou por carta para Jornal URBHANO Rua Calcedônia, 97 . Prado CEP 30411-103 . Belo Horizonte . MG Tel.: 31 2516.1801 | Cel.: 31 9663.7427

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EXPEDIENTE

BELVEDERE URBHANO BELVEDERE é uma publicação da Editora URBHANA Ltda. CNPJ 17.403.672/0001-40 Insc. Municipal 474573/001-1 Impressão: Bigráfica Tiragem: 15.000 exemplares Distribuição gratuita - quinzenal

Diretor GERAL/JURÍDICO Adriano Aro adriano.aro@urbhano.com.br

Departamento FINANCEIRO Marli Ferreira marli.ferreira@urbhano.com.br

Fotos | Lucas Alexandre Souza

Diretor COMERCIAL/PUBLICIDADE Clovis Mello | 31 2516.1801 clovis.mello@urbhano.com.br

Jornalista RESPONSÁVEL Diane Duque | MTB 28.144 diane.duque@urbhano.com.br

Estagiárias Daniela Greco e Renata Diniz

Revisão | Pi Laboratório Editorial



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cultura

Ópera e balé na telona Já estão à venda os ingressos para mais um espetáculo da temporada 2013 do Royal Opera House de Londres, que será exibido nas salas de cinema do BH Shopping e do Pátio Savassi. A próxima exibição será do balé A BELA ADORMECIDA, nos dias 16, 17 e 19 de março. O espetáculo conta com trilha sonora de Tchaikovsky e coreografia de Marius Petipa, produção de Monica Mason e Christopher Newton, revitalizando a montagem clássica de 1946 assinada por Ninette de Valois, fundadora do Royal Balett, e Nicholas Sergeyev, diretor do Balé Imperial de São Pettesburgo. Ainda no mês de março, a rede exibirá no dia 28, com transmissão simultânea de Londres, a montagem do clássico infantil Alice no país das maravilhas, com coreografia de Christopher Wheeldon e música de Joby Talbot. Segundo Bettina Boklis, diretora de Marketing da rede Cinemark Brasil, o sucesso da temporada anterior confirmou o grande interesse do público brasileiro pelos espetáculos de uma das mais importantes casas de ópera e balé da atualidade. O Brasil é o quarto maior público do Royal Opera House no cinema. n

No palco, Lauren Cuthbertson (princesa Aurora) e Sergei Polunin (príncipe Florimundo) dão vida ao conto de fadas A Bela Adormecida.

Fotos: divulgação

Cinema | Dois shoppings de BH exibirão espetáculos do Royal Opera House de Londres

Programação do 1º semestre

O Royal Opera House é uma das casas de espetáculo mais importantes do mundo e está localizada no edifício Covent Garden, em Londres, que já abrigou outros teatros ao longo de sua história. O Royal Theater, que abriu as portas em 1732, acolhe, hoje, a Royal Opera, o Royal Ballet e a Royal Orchestra.

Balé A bela adormecida – 16, 17 e 19 de março Balé Alice no país das maravilhas – 28 de março Ópera Fausto – Abril (data não divulgada) Balé La file mal gardée – Maio (data não divulgada) Ópera Nabucco – Junho (data não divulgada) Os ingressos podem ser adquiridos pelo site www.cinemark.com.br ou na bilheteria dos cinemas da rede. Os valores são de R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia).

História da Arte no Ponteio Arte | Artista plástico ministrará palestras temáticas gratuitas aos sábados Famoso no mundo das artes, o artista plástico e professor Luiz Flávio tem pela frente mais uma missão: ministrar o curso de História da Arte no Ponteio Lar Shopping. Durante as aulas será realizada uma exposição e abordagem panorâmica de alguns dos principais momentos da história da arte, a partir de uma visão atualizada que leva em conta também elementos de outras disciplinas do conhecimento humano. Professor do Instituto de Educação Continu-

ada (IEC/PUC Minas), Luiz Flávio já foi professor de Estética, História e Teoria da Arte em cursos de graduação e pós-graduação da Escola Guignard/UEMG. Mestre em Artes Visuais pela UFMG, também cursou Filosofia na universidade. Como artista plástico, participou de exposições em espaços como MASP, Itaú Cultural São Paulo, Galeria Thomas Cohn (SP), MAM (Rio), MAM (Bahia), ARCO (Espanha), Centro de Arte Contemporânea Wifredo Lam (Cuba),

Bucksbaum Center for the Arts (EUA), entre outros. O curso é gratuito, formatado em palestras temáticas que serão realizadas aos sábados, de 11 às 14h30, no auditório do Ponteio Lar Shopping. As aulas começarão em 23 de março, com término previsto para outubro. n vagas limitadas. Os interessados devem se inscrever pelo site ponteiolarshopping. com.br

A renascença Retorno à cultura greco-romana e a nova perspectiva: arte + ciência O barroco Do drama ao delírio: expressão e êxtase na arte da Contra-Reforma A belle époque Impressionismo, pós-impressionismo, art nouveau e o fin de siècle

Luiz Flávio, artista plástico e professor

confira os temas abordados no curso

Arte moderna Movimentos fundamentais: cubismo e abstracionismo

expressionismo,

Da arte moderna à contemporânea Do dadá/surrealismo à pop art e arte conceitual Do pós-modernismo à globalização Arte após o fim da arte ou sobre o momento atual e genealogia e consolidação da cultura visual contemporânea no Brasil, do nacionalismo à quebra de fronteiras.


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bem-estar

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Muito além das calorias Já pensou nos benefícios de uma dieta desenvolvida especialmente para você? Que dá energia e auxilia no bem-estar geral, além de ajudar nos objetivos estéticos, reduzindo gordura e aumentando a massa magra? Essa dieta existe e se chama Nutrição Funcional. É baseada na Ciência dos Nutrientes de acordo com a individualidade bioquímica de cada pessoa, levando em consideração o contexto de vida, o ambiente, a tendência genética e os gatilhos causadores de desordens metabólicas. A nutricionista Camila Vieira explica que a Nutrição Funcional é o tratamento ideal para quem busca se cuidar de maneira individualizada, sem pensar simplesmente em calorias. “Em vez de limitar-se à prescrição de dietas com os alimentos funcionais tidos como saudáveis – porque o que é saudável para uma pessoa pode causar doença a outra –, a Nutrição Funcional rastreia os sintomas, sinais e características de cada pa-

ciente e os relaciona com a carência ou excesso de nutrientes, corrigindo os desequilíbrios nutricionais que geram sobrecarga no sistema imunológico e desencadeiam “processos alérgicos”, os quais acabam por provocar doenças crônicas como obesidade, depressão, fibromialgia, artrite,

Já Luiz Eduardo Veloso nunca tinha tido problemas com a balança até começar a engordar e descobrir que estava hipertenso, por causa de estresse. Ele buscou a Nutrição Funcional pois não estava conseguindo voltar ao peso Camila, especialista em Nutrição Funcional original com reumatóide, síndrome a simples redução de do pânico, osteoporo- ingestão de calorias e se, diabetes, distúrbios com a prática de exercíde comportamento, cios físicos. “Desde que hiperatividade infan- comecei o tratamento, til, desordens estéticas há quase dois anos, e alteração na perfor- além de conseguir mance física”, diz a nu- estabilizar meu peso consegui reduzir meu tricionista.

percentual de gordura corporal e aumentar minha massa muscular com prática mínima de exercícios. Também reduzi os efeitos do estresse e descobri que era intolerante a uma proteína do leite, que fazia com que eu sentisse os efeitos de uma gripe constantemente. Hoje estou mais magro, calmo, minha pressão está controlada e não sofro mais com os efeitos constantes da gripe”, conta Luiz. n

Uma amiga me indicou e eu achei interessante a proposta. Estou adorando, perdi seis quilos e ganhei muita disposição. As dores de cabeça e o cansaço constante sumiram. Hoje me alimento para suprir as necessidades do meu organismo. Com a nutrição funcional ganhei qualidade de vida

Fotos: Shutterstock

Saúde | Nutrição Funcional é uma ótima opção para quem busca saúde plena e bem-estar

Alimentos

funcionais

São alimentos com propriedades funcionais naturais ou enriquecidos com aditivos alimentares. Alguns exemplos de aditivos alimentares são os minerais, vitaminas, dietéticos, ômega 3, carboidratos, culturas bacterianas e fibras como probióticos e prebióticos. Os alimentos funcionais contribuem para a manutenção da saúde, trazendo benefícios à capacidade física e mental do corpo, retardando, assim, o envelhecimento, além de auxiliar na prevenção de doenças.

Cereais integrais Fonte de antioxidantes, selênio, manganês, cobre e zinco. Frutas e vegetais vermelhos Contêm licopeno, que previne câncer e doenças cardiovasculares. Orégano Ação antibactericida e anti-inflamatória. Hortelã Auxilia na digestão. Alho Redução da pressão e colesterol total.


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entrevista

O “nosso” Pachecão Ele começou cursando Engenharia Química em São Paulo, mas dois anos depois decidiu ir para Belo Horizonte estudar Engenharia Mecânica na PUC Minas. Seu nome é José Inácio da Silva Pereira, mas o Brasil o conhece como Pachecão. Há mais de vinte anos ensinando Física de forma descontraída e divertida, Pachecão foi além das salas de aula e fez sucesso na TV. Precursor da “aula show”, o professor foi convidado para muitos programas de televisão como, por exemplo, Domingão do Faustão, Programa Livre, Programa da Hebe, Sem Censura, Jô Onze Meia etc. Autor, compositor e cantor, Pachecão se aventurou na dramaturgia atuando como professor no seriado Sandy & Júnior, além de conduzir o quadro Blitz durante um ano na Globo Minas.

Das quase três mil obras de arte exibidas na bienal paulista, foram selecionadas aproximadamente 270 peças e fotografias de 36 artistas, para desembarcarem na capital mineira. As obras do brasileiro Arthur Bispo do Rosário são o grande destaque. As peças estão em exibição no Palácio das Artes e no

Centro de Arte Contemporânea e Fotografia da Fundação Clóvis Salgado. A exposição À Iminência das Poéticas, vista por mais de 520 mil pessoas em São Paulo, estará aberta ao público até o dia 17 de março, de terça a domingo. Segundo André Severo, curador associado da mostra de arte

“muitas das questões trabalhadas na Trigésima Bienal de São Paulo – A iminência das poéticas, acabam por tangenciar reflexões sobre como as diferentes noções de linguagem, discursividade, local, territorial, mapeamento e fronteiras tem sido trabalhados pelos artistas contemporâneos”, aponta André.

O que está fazendo hoje profissionalmente? Sou palestrante motivacional. Viajo pelo Brasil falando da aplicabilidade das leis da física na vida das pessoas e na organização empresarial. Falo também de relacionamento, comunicação, espiritualidade e resiliência.

anos), mas outras vezes não é tão demorado assim. Você pode estar a um passo da terra prometida e desistir. O que as pessoas precisam saber é que, para chegar o grande momento da sua vida, seja profissional, pessoal etc, existe um momento de turbulência, e atravessar esse momento com um pensamento positivo é o que vai sustentar sua caminhada. O livro é sobre tudo isso e, também, é claro, sobre física quântica e espiritualidade. Também sobre meu relacionamento com Deus, que era difícil e depois do sequestro melhorou. Tem muita coisa que desejo falar nesse sentido.

Eu nunca fui a grande aposta da família. Eu era a referência do mal na minha cidade, ninguém apostava em mim, nem eu mesmo. Quando eu passava na rua, nem cachorro latia para mim (risos). Até os 28 anos eu ainda não fazia nada e meu pai me perguntava: “o que você vai fazer na vida, meu filho?” “Vou ser professor”. Ele ria e respondia: “professor no Brasil é igual soldado na guerra, sem salário, sem futuro, sem conforto, apenas herói”. Com muito trabalho passei pelo deserto e cheguei à terra prometida. Transpus todas as barreiras e hoje meu pai me diz: “Filho, na verdade você não puxou a sua mãe não, você é igual a mim”. n

Engenheiro mecânico, com pós-graduação em gestão de negócios pela UFMG, gestão ambiental e desenvolvimento sustentável pela FGV, o professor mais divertido do país vive hoje de ministrar palestras motivacionais. Fora das salas de aula ele também se destaca, e foi considerado Palestrante Nota 10 na avaliação dos profissionais de Recursos Humanos do Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento de 2011.

Por que você é conhecido como Pachecão? A campanha publicitária da Gilette de 1982 era estrelada pelo personagem Pacheco, um torcedor alegre e alto astral que torcia para a seleção brasileira na Copa do Mundo disputada na Espanha. Ele dava uma risada deliciosa quando o Brasil fazia gol e a minha gargalhada era semelhante à do cara. Durante uma aula, um dos meus alunos captou a mensagem e disse: “o professor tá parecendo o Pacheco”. Todo mundo riu e pegou. Daí eu descobri que tinha um professor de Física no Colégio Loyola que se chamava Pacheco. As pessoas sempre me perguntavam se eu era o mesmo professor. Decidi, então, mudar para Pachecão. O nome Pachecão é

tudo na minha vida, eu ainda vou colocar isso no meu nome e vai ficar José Inácio Pachecão da Silva Pereira. Há quanto tempo você mora no Belvedere? Já faz dez anos que saí do Buritis em busca de comodidade, infraestrutura, facilidade para a prática de esportes e beleza. Tudo isso encontrei no Belvedere. O que mais te agrada no bairro? O clima, as pessoas, a igreja, a proximidade com bancos, restaurantes, lojas, supermercados etc. Você é religioso? Sim. Depois de sofrer um sequestro, fui até à paróquia Nossa Senhora Rainha para agradecer e me apaixonei. Minha forma de

pensar sobre Deus mudou e hoje participo da Pastoral do Batismo. Como você analisa o desenvolvimento do Belvedere? Espantoso. Em pouco tempo todos os espaços foram ocupados. Dezenas de milhares de pessoas e de carros habitam este pequeno lugar. Parece-me que em pouco tempo se tornará um bairro comercial. Qual é sua rotina? Quando não estou viajando, faço caminhadas e ando de bicicleta. Gosto de passear pelas ruas do bairro, pela Lagoa Seca e pela estrada que leva à mineração. Gosto também de tomar um vinho na varanda do meu apartamento e ver ao mesmo tempo a mata, a montanha e a civilização.

Tem novos projetos? Sim. Quero escrever um novo livro para compartilhar as minhas caminhadas, os desertos, pensamentos e o que pode nos alavancar nestes momentos difíceis, porque no fundo, todo mundo atravessa um deserto na vida. Para chegar à terra prometida é preciso passar por esse deserto que às vezes é longo, como o que o povo de Deus passou (durante quarenta

Hoje você é um sucesso em todo o Brasil, mas como foi o início da sua carreira?

Foto: Lucas Alexandre Souza.

Destaque | o professor, palestrante e showman conta por que escolheu o bairro belvedere


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matéria da capa

Em alto e bom tom Educação | A música ajuda na evolução do raciocínio, criatividade e aptidões das crianças

Foto: divulgação.

As crianças da Fundação Torino têm contato com diversos instrumentos durante as aulas de Música

Não é à toa que quando uma pessoa quer dizer que algo é bom, usa o ditado “como música para meus ouvidos”. Além da sensação agradável que as canções provocam, está sendo comprovado, por pesquisadores, que a música também faz bem à saúde e ao desenvolvimento humano. Reconhecendo todos os benefícios que o estudo da música pode oferecer às crianças durante seu desenvolvimento, a Fundação Torino mantém em sua grade curricular a Educação Musical desde 1972, data da fundação da instituição. Leandro Acácio, graduado em Educação Artística e especializado em Música, garante que estudar os sons nos primeiros anos de vida auxilia o desenvolvimento infantil de diversas formas, promovendo uma pré-alfabetização musical nos jovens aprendizes. Estimula-se, assim, a tra-

balhar o corpo no tempo e no espaço, vivenciar experiências diversificadas por meio de exercícios e jogos que envolvam destreza, coordenação motora, habilidades manuais, reflexos rápidos, atenção. “Nesse sentido, o material trabalhado nas aulas deve também servir como instrumento de pesquisa e organização do pensamento, criando novos hábitos nos aprendizes e direcionando-os para a prática da criação e do exercício da linguagem”, analisa Leandro. Há sete anos como professor na instituição, Leandro busca estimular os alunos por meio de instrumentos musicais e manuseio de objetos como corda, bastão e bola. As músicas são executadas com os exercícios, visando levar os participantes a entrarem em contato com as propostas das atividades, que consistem no desenvolvimento da per-

cepção com os próprios parâmetros musicais, tais como altura, ritmo, velocidade, intensidade e timbre. Além disso, o professor busca novos desafios e trabalha a arte como proposta interdisciplinar, iniciativa que é apoiada e estimulada pela filosofia pedagógica da Fundação Torino. “Desta forma, procuro envolver ações entre disciplinas, como por exemplo Música e Língua Portuguesa, Música e Língua Italiana, Música e História, e assim por diante. Acredito que os conteúdos dos temas transversais e as formas híbridas de linguagem são favoráveis para o trabalho na área de arte e educação”, aponta. Reconhecendo a importância para a formação das crianças, o governo tornou obrigatório, por meio da Lei 11.789/ 2008, o estudo da música para os alunos do ensino fundamental e médio.

Após muita discussão e polêmica, hoje as crianças devem aprender na escola, com aulas teóricas e práticas, como transformar os sons em arte. A disciplina, que chegou a ser defendida por Heitor Villa-Lobos, um dos maestros e compositores mais famosos do Brasil, é, para os especialistas, uma formação humanística, na qual serão desenvolvidas habilidades motoras, de concentração, capacidade de ouvir, respeitar o outro e trabalhar em grupo. Há especialistas que definem a musicalização como um processo de construção do conhecimento, que apura o gosto musical, favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, atenção, autodisciplina, entre outros benefícios.

Desta forma, procuro envolver ações entre disciplinas, como por exemplo Música e Língua Portuguesa, Música e Língua Italiana, Música e História, e assim por diante. Acredito que os conteúdos dos temas transversais e as formas híbridas de linguagem são favoráveis para o trabalho na área de arte e educação. Professor Leandro Acácio


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Por esses e outros motivos, a doutora em Ciência da Saúde e professora da Escola de Música da UFMG, Betânia Parizzi, defende que quanto antes uma criança começar a aprender música, melhor será o seu desenvolvimento. “É possível estimular os bebês pelos primeiros balbucios. Esses sons emitidos por eles são, na verdade, as primeiras manifestações do canto e da fala e, se estimulados, provocam o seu pleno desenvolvimento”. Ela afirma que é comprovado o avanço no desenvolvimento dos bebês e crianças que estudam música. “Eles desenvolverão as capacidades expressiva, motora e cognitiva com muito mais facilidade e naturalidade”, afirma.

Tão certa que a música pode mudar a história de vida das pessoas, Betânia começou, em maio de 2010, uma pesquisa para provar que a educação musical acelera o desenvolvimento de bebês nascidos prematuros. A pesquisadora acompanha 44 bebês nascidos no Hospital das Clínicas com menos de 34 semanas de vida e até 1,5 kg. Os recém-nascidos foram divididos em dois grupos: a) experimental, onde os bebês frequentam aulas de educação musical semanalmente, durante seis meses; e b) de controle, onde a criança faz apenas duas aulas nesse mesmo espaço de tempo. O critério para a distribuição nos grupos é a disponibilidade da mãe para

acompanhar o neném. O objetivo é comprovar se os bebês prematuros que crescem cercados de estímulos musicais, podem evoluir mais rapidamente do que aqueles que não têm esse estímulo. Durante as aulas, Betânia e sua equipe cantam, tocam e movimentam os bebês de forma expressiva, estimulando sua percepção integrada. “Levamos, a cada aula, músicas e atividades diversificadas e de qualidade, capazes de provocar a percepção dos bebês. As crianças percebem o som e vêem a expressão e os gestos de quem canta e toca. Às vezes, nós interrompemos a música para incentivar a reação delas. Muitas vezes, os bebês balançam as perninhas, fazem ‘hã’, sacodem o instrumento que têm nas mãos, tentam se levantar ou se mover para provocar a ‘volta’ da música”, explica.

diferenças entre as aulas e o desenvolvimento das capacidades motora, cognitiva e de interação social da criança. Para os especialistas é fácil perceber quando o bebê tem aulas de educação musical. Nos seis primeiros meses de vida, a estimulação musical pode ser realizada pela mãe. A dica da doutora Betânia é: “Cante, dance e converse de forma expressiva com o bebê, sempre de frente para a criança. Ela deve, simultaneamente, olhar o rosto e ouvir os sons; ver a expressão facial dos pais

é muito importante. Estimule seu filho”, alerta. Após seis meses de vida, eles podem ser levados a escolas de música. Betânia sugere duas instituições: Escola de Música da UFMG e o Núcleo Villa-Lobos de Educação Musical. n

Betânia enfatiza que o trabalho é de promoção da saúde e não de musicoterapia, cujo objetivo é, em geral, tratar alguma deficiência. “O estudo parte da competência da criança, embora, claro, a educação musical também tenha desdobramentos terapêuticos”.

comprovação científica Todas as aulas são filmadas, independentemente do grupo. No final de um período, dois pediatras e um fisioterapeuta assistem às gravações da primeira e da última aula, sem saber qual bebê integra determinado grupo. Dessa forma, eles avaliam em um protocolo as

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Foto: Leandro Cury.

antes mesmo da escola

matéria da capa

Betânia Parizzi, a doutora em Ciência da Saúde, com uma de suas alunas


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feminino |

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Isadora vargas

O queridinho libanês Foto: divulgação.

Moda | Zuhair Murad brilha na Haute Couture francesa com seu talento

Top Model brasileira Alessandra Ambrosio, na cerimônia do Oscar 2013

Procurado por muitas celebridades, o estilista Zuhair Murad não deixa a desejar no que diz respeito a glamour e feminilidade. Descoberto em meados de 2008 pelas hollywoodianas, o libanês tomou conta das passarelas do mundo e principalmente dos red carpets. Os vestidos que nos fazem suspirar são frutos do trabalho de uma criança apaixonada por moda e estética, que ao crescer e concretizar seu sonho, abriu as portas de seu ateliê e, como consequência, chamou atenção da indústria fashion internacional, que de imediato investiu em seu talento. Entre criações românticas, rendas aplicadas, brilho intenso, fendas e decotes, Murad deu o que falar e acabou conquistando as fashionistas brasi-

leiras mais antenadas do momento, como, por exemplo, a top Alessandra Ambrosio, que usou seu modelo na cerimônia do Oscar 2013. Zuhair Murad afirma que se torna fácil a criação de um modelo quando se busca inspirações em figuras femininas, e talvez essa seja a explicação para seu sucesso. “Crio para elas e me inspiro nelas. É um ciclo perfeito. Penso em uma mulher extremamente feminina, elegante, suntuosa e contemporânea. É alguém que entende de moda e é confiante em si e em suas escolhas. Ela tem alguma coisa que nos intriga e nos perturba, mas nunca conseguimos identificar o que é. Aí está o elemento misterioso que tento capturar enquanto desenho”, afirma o estilista. n

anuncie no único canal direto com o belvedere.

URBHANO BELVEDERE

Tel.: 31 2516.1801 comercial@urbhano.com.br

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Trocando de prancha

jovem

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Foto: Lucas Alexandre Souza.

Foto: divulgação.

Esporte | Praticantes ganham velocidade e estilo com a versão mais longa do skate

A descida de ladeiras ou downhill.

No final da década de 50, surfistas californianos, cansados de esperar por boas ondas, decidiram criar algo que não precisasse de água e fosse parecido com o surfe para se divertir. Assim surgiu o skate, na época chamado de sidewalk surfing (‘surfe de calçada’). Em 1963, a atividade já era bastante praticada e tinha suas próprias manobras e estilos, então seu nome mudou para skateboarding, e mais tarde foi abreviado para skate. O esporte se divide em várias modalidades e, para realizar cada uma delas, são necessários tipos diferentes de skate, assim como no surfe. O longboard é uma dessas modalidades, reconhecida pela Confederação Brasileira de Skate (CBSK), na qual o skate possui uma prancha, também chamada de shape, que tem, no mínimo, dez polegadas a mais do que a de um skate convencional. É um modelo próprio para velocidade e para descer ladeiras, por isso está na categoria Downhill. De acordo com Daniel Goulard, 19, que pratica o esporte há dois anos e participou da primeira fase do campeonato mundial de speed na Argentina, existem dois estilos na categoria Downhill, à qual o longboard pertence: o freeride, que é

mais solto e livre, no qual as manobras são realizadas com uma velocidade menor, e o speed, no qual o praticante pode chegar até a 130km/h, sendo necessário o uso de um macacão especial para diminuir o atrito com o ar e proteger das quedas. Daniel garante que o Belvedere é uma boa opção para quem quer praticar o longboard estilo freeride. “O bairro é nobre, possui asfalto pavimentado e têm boas ladeiras”, afirma Daniel. Eduardo Cruz, 25, dono de uma loja de produtos naturais no bairro Serra, também é adepto do esporte. O longboard veio para substituir o skate comum. “Esse é um esporte barato e os utensílios quase não dão defeito, além de ser mais estável, fazendo com que o número de quedas seja menor, e os machucados também”, aponta o jovem que diz adorar velocidade e que usava o longboard para ir à escola, trabalhar e passear à noite. Hélio Greco, 51 anos de idade e 37 de skate, dono de dois sites sobre o assunto, diz que “o skate é um esporte que faz bem para todo o corpo, principalmente pra cabeça. Encaro o longboard não apenas como um esporte, mas como um estilo de vida”. n

“Longboard é a coisa mais gostosa que existe, ir de um lado para o outro, atravessando as ruas. É uma sensação de liberdade muito grande. É como estar em cima de uma onda”, diz Eduardo Cruz.

Foto: divulgação.

Vitor Vidal Xisto, 14, morador do Belvedere, pratica o esporte três vezes por semana: “o longboard é muito bom, não dependo de ninguém para praticar, me sinto independente e saio da minha rotina.”

Para praticar o esporte, aconselha-se o uso de luvas e equipamentos especiais.


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gastronomia

Além da bacalhoada Fotos: Paulo Cunha

Fotos: Lucas Alexandre Souza

Gourmet | mantendo as tradições da Páscoa, é possível ter uma ceia saborosa e variada

Tradicionalmente o bacalhau e o chocolate têm espaço garantido nas comemorações de Páscoa, mas ainda assim é possível apreciar um delicioso banquete típico da data comemorativa sem cair na mesmice, é o que garante o chef Luca Bahia que, com 20 anos de experiência na cozinha, dá aulas de gastronomia na escola e bufê Chez Dadette. De acordo com Luca, durante a Páscoa os alunos sempre pedem receitas que tenham

bacalhau ou algum outro peixe, não deixando de lado as sobremesas de chocolate. “Nessa época fazemos principalmente tortas de mousse de chocolate, que contém uma massa assada coberta por mousse de chocolate, mousse belga e brownie.” exemplifica o chef. Na Sexta-Feira da Paixão, os pratos mais procurados são à base de frutos do mar. Mas para o domingo de Páscoa, Luca dá dicas saborosas que vão além dos peixes.

Diego Gonçalves, assistente do Chef Luca Bahia

“Como as pessoas já podem – segundo a tradição católica – comer carne no domingo, sugiro uma receita de cordeiro ou filé mignon”, conta o Chef. Luca, que recebe encomendas de pratos para todas as datas comemorativas do ano, afirma que os pedidos da Páscoa só perdem, em número, para os do Natal. Exibindo um diversificado cardápio, o Chef garante que é possível atingir uma grande variedade de pratos para a ceia da Páscoa,

muito além da tradicional bacalhoada. “Há 14 anos dou aulas e nunca repeti nenhuma receita na mesma turma. Tenho inclusive um grupo que há 26 anos faz as aulas no Chez Dadette, desde quando as aulas eram ministradas por minha mãe Dadette (falecida em agosto de 2012), e ainda assim nunca repeti uma receita. Todos os anos procuro diversificar, porque se ficasse apenas no gosto popular seria sempre a bacalhoada”, lembra Luca.

Turma de alunos do Chef Luca Bahia

INGREDIENTES 500g chocolate ao leite 4 gemas 1 lata de leite condensado 4 colheres (sopa) de chocolate em pó 300g creme de leite fresco 2 xícaras (chá) de chocolate granulado 4 claras em neve

receita

SEMIFREDO CREMOSO DE BRIGADEIRO | 20 pessoas

PREPARO Derreta o chocolate ao leite em banho-maria. Adicione as gemas, mexendo até obter uma mistura cremosa. Desligue o fogo e reserve. Numa panela, misture o leite condensado com o chocolate em pó. Cozinhe em fogo baixo até a mistura ficar homogênea. Numa tigela, junte as duas misturas de chocolate, acrescente o creme de leite fresco, uma xícara e meia (chá) de chocolate granulado e mexa bem. Bata as claras em neve e misture delicadamente ao creme de chocolate. Coloque em ramequins (tigelas de louça) pequenos e leve ao freezer por oito horas. Retire, polvilhe o chocolate granulado, confeitos e a sobremesa está pronta para ser servida. Aproveite.

Chef Luca Bahia prepara os pratos

o verdadeiro significado da páscoa Em meio a tanta publicidade sobre o período da Páscoa, pode se tornar difícil pensar no verdadeiro significado da data. Por isso, conversamos com o padre João Nogueira, da paróquia São Lucas, professor de Teologia da PUC Minas, que

explicou a respeito dos mais conhecidos símbolos pascais. De acordo com o padre, a maioria dos alimentos tradicionais da Páscoa é comum aos hábitos alimentares do tempo de Jesus e alguns provenientes de um período anterior a Cristo.

Um dos principais símbolos pascais, o pão, possui essa importância por ter sido o alimento ofertado por Jesus aos seus discípulos na última ceia, antes de ser crucificado. Durante um dos momentos mais marcantes da história,

Jesus fez de seu corpo o pão da vida. O vinho sempre foi muito apreciado. Desde o tempo de Jesus, a bebida fazia parte das antigas refeições judaicas. A célebre frase de Jesus, “Esse é meu sangue, que será entregue por vós”,

se referindo ao vinho em sua última ceia, promoveu a bebida como um dos símbolos pascais. Já o peixe é o principal substituto da carne para os católicos durante o período da quaresma, e tem vários significados dentro do

contexto bíblico. O símbolo remete a diversos milagres de Jesus, entre eles o da multiplicação dos peixes e dos pães que alimentaram uma multidão que lhe seguia. Para os cristãos, até hoje o peixe é o símbolo de Cristo. n


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história

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A paróquia do Belvedere Fotos: divulgação

União | Moradores do bairro se reuniram para ajudar na construção do templo

Interior da Capelinha

Área externa da Capelinha

A paróquia funciona de domingo a domingo, oferecendo diversas atividades que propiciam um aprofundamento espiritual. Essas atividades têm atraído pessoas de todas as idades e lugares.

Igreja em fase final de construção

Quem vai à igreja Nossa Senhora Rainha se encanta pela modernidade e comodidade que a paróquia oferece. Atualmente, as cinco missas dominicais são assistidas por aproximadamente 7 mil pessoas, mas nem sempre foi assim. A paróquia, que este ano completou 27 anos, começou pequena e pela iniciativa dos moradores do Belvedere. Eliane Ferretti Martins, moradora antiga do bairro, lembra que antes da construção da igreja as missas eram celebradas em um colégio. “Nos unimos para arrecadar fundos e construir o templo e também para comprar um carro para o padre, já que os moradores tinham que se revezar para buscar o celebrante, que morava fora do bairro. Após a arrecadação do dinheiro começamos a planejar a paróquia. Foram feitas várias reuniões e o arquiteto escolhido foi o mesmo que construiu a Igreja de São Mateus, localizada no Anchieta”, conta Eliane. A paróquia Nossa Senhora Rainha foi efetivamente criada no dia

27 de fevereiro do ano de 1986 pelo arcebispo cardeal Dom Serafim Fernandes de Araújo. No dia 3 de maio do mesmo ano, em uma missa solene presidida por Dom Arnaldo Ribeiro, a paróquia foi instalada, tendo como pároco o padre Mário Sérgio Bittencourt de Carvalho. No dia 22 de agosto, durante o lançamento da pedra fundamental, oficializou-se a comemoração do Dia de Nossa Senhora Rainha. No dia 1º de dezembro de 1991, um novo padre, Paulo César Araújo, assumiu a paróquia e, após ele, outros dois estiveram à frente da comunidade até a vinda do atual pároco, o padre Alexandre Fernandes de Oliveira, que chegou na paróquia no dia 27 de dezembro de 1998. Ao assumir a paróquia, que pertence a Região Episcopal Nossa Senhora da Piedade (RENSP), e à Forania Nossa Senhora do Carmo, padre Alexandre incentivou a formação de novas pastorais e ministérios de música, além de ter formado o Conselho Paroquial e realizado diversas obras melhorando a infraestrutura da igreja. Com os novos projetos, a paróquia do Belvedere cresceu em número de fiéis, de grupos e de trabalhos prestados à comunidade. Esse crescimento exigiu novos horários de missas e refletiu no aumento de batismos, casamentos, grupos e pastorais. No decorrer do ano, são realizados seminários e encontros diversos que visam à evangelização e, também, à confraternização da comunidade. A ajuda ao próximo também é uma preocupação da direção da igreja, que possui um amplo ambu-

latório onde mais de 9 mil pessoas carentes, por ano, são atendidas em diversas especialidades médicas e odontológicas, além de várias outras obras sociais. O cardiologista Ernani Furletti, frequentador da paróquia desde seu início, percebe nitidamente o crescimento e diz que o local faz parte da sua vida. “Estou aqui na paróquia desde sua criação. Vi a evolução da igreja não só no quesito crescimento em obras, mas também no crescimento das pessoas. Vi o avanço da parte administrativa altamente profissional, bem como de acolhimento, da evangelização e formação religiosa. Vi a igreja sempre caminhando para águas mais profundas. É um privilégio ser testemunha dessa evolução, comprovando que a Igreja de Cristo é eterna. A paróquia Nossa Senhora Rainha faz parte de minha vida, é peça fundamental de minha felicidade. Minha recuperação milagrosa de um infarto gravíssimo em 2006 se deu graças à intercessão de toda a comunidade, capitaneada pelos queridos padres Alexandre e Dalmo”, testemunha Ernani. Hoje, a igreja possui aproximadamente mil acentos disponíveis para os fiéis, porém ainda não é o suficiente. Além das poltronas internas, a paróquia instalou telas em seu lado externo para as pessoas que não conseguirem lugar no interior possam assistir às celebrações eucarísticas. A igreja, que está sempre sendo ampliada e melhorada, hoje tem mais de 25 pastorais e movimentos, entre eles a pastoral da saúde, o terço dos homens, grupos de oração, a pastoral carcerária, entre outros. n


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geral

Agora pode, mas com restrições Foto: arquivo pessoal.

Foto: Marcos Paulo Dias

Publicidade | Decreto libera publicidade nos tapumes de obras em Belo Horizonte

Opinião

Prof. Paulo R. P. Andery (*)

Ética empresarial: uma breve reflexão

preendimento. A altura máxima permitida é de 4 metros, e a distância entre uma peça publicitária e outra deverá ser de, no mínimo, meio metro. Antes do artigo 125-A ser incorporado ao Decreto 14.600/2011, as construtoras que

tando o tamanho da testada (frente). Para o presidente da CMI/Secovi-MG, Evandro Veiga Negrão de Lima Jr., o decreto final ficou bom, porém com algumas ressalvas. “Entendemos que é um equívoco o atual cenário, onde nenhum tipo de publicidade é permitido; com o decreto, as empresas podem lançar mão da publicidade desde que executem a mesma quantidade Evandro Negrão de Lima Jr de obras arutilizavam os tapumes tísticas, embelezando a para divulgar suas mar- cidade e as obras”, avalia cas ou empreendimento Evandro. eram multadas. Apenas O decreto estabelece, a colocação de uma também, uma nova regra placa de 1m x 1m em para a implantação dos toda sua extensão era tapumes nas obras da permitida, não impor- capital mineira. Deverá Foto: Marlon Finelli.

Após um ano de negociações entre representantes da CMI/ Secovi-MG, do Sinduscon-MG, a Prefeitura de Belo Horizonte definiu as normas que passarão a reger propagandas publicitárias nos tapumes de obras na cidade. A partir do início de março, as incorporadoras e construtoras estão autorizadas a incluir publicidade e manifestações artísticas nos tapumes. Porém, o decreto regulamentado pelo prefeito Marcio Lacerda tem algumas restrições: os cercados deverão conter, exclusivamente, anúncios referentes às pessoas físicas ou jurídicas envolvidas na realização da obra, como construtoras, escritórios de projetos, prestadores de serviço, fornecedores de insumos e agentes financiadores do em-

ser destinada uma área equivalente ao da publicidade para a veiculação de obras artísticas como pinturas, grafites, plotagens e outras formas de representação gráfica. Todas as manifestações serão submetidas à curadoria da Fundação Municipal de Cultura e custeadas pelo empreendedor responsável pelo tapume. No entanto, Evandro acredita que o fato dos tapumes passarem pelo crivo da curadoria da Cultura pode gerar alguns empecilhos. “Mesmo com a parceria da PBH e da própria secretaria, desde o início da elaboração desse decreto, que envolveu e escutou o setor na discussão, tal medida não deixa de ser uma burocracia a mais e nunca se sabe quem estará no poder nos próximos mandatos”, ressalta. n

Vivemos no país um momento no qual enfrentamos o desafio de promover mudanças estruturais nos sistemas de produção, buscando um crescimento sustentável em níveis mais ambiciosos do que o que estamos conseguindo. As empresas buscam novos patamares de qualidade, produtividade e inovação, também em função dos desafios de uma competitividade que desconsidera fronteiras geopolíticas. Nesse contexto, empresas de excelência cada vez mais vão se dando conta de que “um comportamento ético é a melhor forma de fazer negócios”. Os motivos são mais que patentes. Os executivos perderam o monopólio da informação; queiram ou não, suas posturas são mais visíveis, e afetam a imagem e a credibilidade das empresas. Por outro lado, vai crescendo a consciência de que um ambiente de trabalho ético estimula a confiança nos colegas e nos dirigentes, condição para que haja sinergia entre as equipes e se crie uma dinâmica de trabalho que estimule a inovação: as pessoas não têm medo de assumir riscos. Como dizia Perez Lopez, de uma das mais prestigiosas escolas de negócios, o IESE, líderes empresariais “são conscientes de que, a longo prazo, os próprios resultados econômicos dependem mais diretamente da qualidade ética de seus homens do que das condições não controláveis do ambiente”. No entanto, embora essas ideias venham gradativamente ganhando espaço, corremos um perigo: o de instrumentalizarmos as posturas éticas, não as vendo como um fim em si mesmas, mas como um instrumento para se conseguir a excelência empresarial e se chegar a melhor resultados, o que efetivamente acontece. Alguém dizia: o que dizer de uma pessoa que não toma um veneno mortal porque seu sabor é amargo? O que aconteceria se “inventassem” um veneno com sabor de baunilha? O que aconteceria se, em determinados ambientes e mercados, prevalecesse a lei do mais fácil, e as atitudes éticas não fossem, a curto prazo, mais vantajosas? As empresas devem ser éticas porque a ética justifica-se por si mesma: aponta para a excelência pessoal e das organizações. A ética empresarial será consequência de uma soma de visões pessoais que veem o comportamento ético não como um conjunto de restrições, mas como um caminho de excelência pessoal, alicerçado nas virtudes. Passa a ser força interior. Não à toa Aristóteles via na Ética o caminho para a autêntica felicidade. Um caminho que pode ser difícil. Mas que vale a pena. Paulo R. P. Andery Professor da Universidade Federal de Minas Gerais Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Construção Civil da UFMG (*)


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cidade

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Prejuízo que vem do céu Foto: Shutterstock.

Natureza | Belvedere é um dos bairros da cidade mais atingidos por raios

O centro-sul da capital mineira é uma das regiões mais propensas para ocorrências de fenômenos naturais como, por exemplo, quedas de raios. Para o engenheiro eletricista Wagner Almeida Barbosa, o perigo maior se dá pela altitude em que o Belvedere e bairros vizinhos estão localizados.

“Lugares que ficam acima de 900 metros estão mais propensos a receber descargas atmosféricas. Os raios caem nos pontos mais altos porque buscam o menor caminho entre a nuvem e a terra. Árvores altas, torres, antenas de televisão, torres de igreja e edifícios são pontos preferidos dessas descargas”,

explica o engenheiro. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INEP), cerca de 100 milhões de raios caem todos os anos no Brasil. Com o início da temporada de chuvas, os riscos ficam maiores. Ainda segundo o INEP, cerca de 70% dos desligamentos na

transmissão de energia e 40% na distribuição são provocados por raios. Tais números causam um impacto considerável na qualidade de energia, o que pode ser constatado pelo alto índice de reembolsos concedidos pelas distribuidoras energéticas aos seus clientes. Anualmente, a Cemig recebe aproximadamente 25 mil solicitações, das quais 60% são deferidas. A média mensal de reclamações já chegou a 5 milhões, o que gerou R$ 17 milhões de compensações por mês. Por isso, todo cuidado é pouco para quem não quer ter prejuízo durante as tempestades. Wagner explica ainda que os raios não são os distúrbios que mais danificam os equipamentos eletroeletrônicos. Os

surtos elétricos causados por quedas e retornos de energia (blecautes) e pelo ligar e desligar de equipamentos conectados na rede elétrica também causam problemas, principalmente nos equipamentos de grande porte, tais como elevadores, bombas d’água, equipamentos de obras, fornos elétricos etc. “Por isso a importância de se utilizar a todo momento protetores contra surtos, porque eles são distúrbios constantes nas redes de energia e de dados”, alerta o engenheiro. Contudo, os surtos nos transformadores das companhias energéticas não são os únicos vilões que causam danos a equipamentos domésticos. Se um raio ou um surto elétrico ocorrer em torno das edificações, um campo eletromagnético, que gera uma

carga de energia indireta, é produzido e pode percorrer as linhas de transmissões elétricas, cabeamentos de TV e até linhas telefônicas, chegando a danificar os equipamentos conectados nas tomadas. Casos como esses representam 40% das reclamações não reembolsáveis pelas companhias elétricas. Para quem não quer dor de cabeça com as companhias elétricas ou ter prejuízo financeiro, é bom tomar algumas medidas que diminuem os riscos. A forma mais eficaz de proteger equipamentos eletroeletrônicos é instalar dispositivos de proteção contra surtos (DPS) em quadros de energia e em tomadas. Esses equipamentos podem ser instalados facilmente pelos moradores sem a necessidade de supervisão técnica. n

gente

casamento de sonho Enlace | Marina Guimarães e Nelo Ballesteros trocam alianças em cerimônia no mix garden

Fotos: Márcia Charnizon

A recepção para oitocentos convidados foi em grande estilo e contou com produção executiva e cerimonial da Nouveau, decoração da Verde Que Te Quero Verde e Buffet Pichita Lanna. A noiva, que estava belíssima, vestiu Agueda Chaves. n Os noivos Marina Guimarães e Nelo Ballesteros

Família Guimarães, da esquerda para a direita: Flávia Guimarães, Rafael Guimarães Campos, Dr. Flávio Pentagna Guimarães, Angela Annes Guimarães, Nelo e Marina, Regis Pinheiro de Campos, Regis Campos Guimarães Filho, Vanessa Schütz e Marco Antônio Schütz

Famílias Guimarães e Ballesteros juntas


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lançamento

Sucesso já na 1ª edição Foto: Lucas Alexandre Souza.

Lançamento | jornal Urbhano belvedere é lançado como canal de comunicação do bairro No dia 27 de março foi realizado o lançamento do Jornal UrBHano Belvedere, no restaurante italiano Villa Roberti. O evento contou com a presença de moradores do bairro, empresários, políticos e publicitários. Na ocasião, o diretor geral Adriano Aro apresentou o projeto do Jornal UrBhano, e o publicitário Guilherme Guerra, diretor executivo do Portal Minas Marca, falou sobre segmentação de mídia e o retorno esperado quando acertamos em cheio o público-alvo. n

Clovis Mello (diretor comercial do URBHANO Belvedere), vereador Marcelo Aro, Guilherme Guerra (diretor executivo do Portal Minasmarca) e o diretor geral do URBHANO Belvedere, Adriano Aro

Família Aro prestigiando o lançamento: José Guilherme, Marli, Adriano e Marcelo

Flávio Pentagna Guimarães Neto e Isadora Vargas

Bruno Melo Lima e Cássio Henrique Guimarães

Ricardo Jeha e Alexandre Veiga

Liliane Carneiro Costa e Cristina Aro

Clovis Mello, Ricardo Jeha e Adriano Aro

Os irmãos Roberti: Daniel, Gilvanya e Gisele

Pachecão, Marcelo Aro e Caio Narcio Rodrigues

Virgínia Matta Machado e Adriano Aro

Clovis Mello, Paulino Cícero e Adriano Aro

Adriano Aro, o ator Tarcísio Meira e Clovis Mello

Convidados durante o almoço de confraternização


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