16 A 30 . ABRIL DE 2013 . ANO I . NÚMERO 04 . DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
URBHANO
On-line: www.urbhano.com.br
BELVEDERE
Foto: Shutterstock
TUDO QUE INTERESSA NO SEU BAIRRO ESTÁ AQUI
OS VILÕES DA VEZ CUIDADOS SIMPLES PODEM AJUDAR, E MUITO, NO COMBATE A DENGUE. VEJA COMO FAZER A SUA PARTE.
CIDADE
Foto: divulgação/Beto Eterovick
REUNIÃO NA REGIONAL CENTRO-SUL DISCUTE DEMANDAS DO COMÉRCIO DO BELVEDERE PÁG. 3
BEM-ESTAR UMA RESPIRAÇÃO ADEQUADA PODE AJUDAR A DIMINUIR O ESTRESSE E A MELHORAR A QUALIDADE DO SONO PÁG. 5
ENTREVISTA ALEXANDRE GRIBEL CONTA COMO SE TORNOU UM IMPORTANTE EMPRESÁRIO DO MERCADO IMOBILIÁRIO PÁG. 6
GASTRONOMIA
O COMIDA DI BUTECO ESTÁ DE VOLTA VEJA OS PARTICIPANTES DA REGIÃO CENTRO-SUL E FAÇA SUA ESCOLHA PÁG. 16
MEMÓRIA DE CURRAL DEL REY A BELVEDERE, VEJA A TRANSFORMAÇÃO DE UM DOS BAIRROS MAIS LUXUOSOS DA CIDADE PÁG. 8
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URBHANO BELVEDERE Belo Horizonte, 16 a 30 de abril de 2013
OPINIÃO FRASESURBHANAS
Com grande pesar me inteirei da morte de Lady Thatcher. Perdemos uma grande líder. O conservador David Cameron, primeiro-ministro do Reino Unido, em sua conta do Twitter
Foto: arquivo pessoal
Torna-se evidente que o trote racista ofendeu o direito da pessoa e da população negra à dignidade. Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Social (CNPIR), assinado pela ministra e presidente do colegiado, Luiza Helena de Bairros
ROGÉRIO VISACRO (*)
No último mês, ficamos estarrecidos com as notícias sobre as redações do ENEM, nas quais um candidato colocou uma receita de miojo e outro o hino do Palmeiras, entre outras piadas, e mesmo assim conseguindo boa pontuação! Diante desse cenário é preciso refletir sobre duas situações: a primeira relativa à falta de seriedade e comprometimento do candidato que realiza uma prova tão séria como esta e a segunda é relativa ao profissional que, contratado para fazer esta correção, não detecta falha tão absurda! Há um bom tempo, essas redações são motivo de chacota nacional, sendo encaminhadas por e-mails ou postadas em redes sociais. Porém, basicamente, os comentários tratavam de erros ortográficos absurdos e interpretações equivocadas. Agora, o que percebemos é que o jovem brasileiro está totalmente descomprometido com a seriedade que nosso país precisa para se desenvolver, chegando ao ponto de brincar com seu passaporte para ascensão profissional, ou seja, a sua inclusão em um curso superior! Além disso, nossos governantes, seja na esfera nacional, estadual ou municipal, demonstram clara falta de preocupação com a Educação, setor que deveria ter maior atenção em nosso país, haja vista que é o pilar mais importante no desenvolvimento de potências como Japão,Coréia do Sul, Finlândia, Estados Unidos, Cingapura e outros (com um detalhe: eles não têm os ricos recursos naturais que temos, como petróleo, gás, minério, entre outros, pra ajudar suas economias). O Ministério da Educação, criado em 1930 no governo de Getúlio Vargas, tendo como primeiro Presidente um mineiro - Francisco Campos, também é outro órgão confuso, com políticas muitas vezes repetitivas e sem resultados. Basta observar que somente agora o Presidente do INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - Sr. Luiz Claudio Costa, afirmou que atitudes como estas serão punidas. Mas punidas como? Como tuitou para mim, outro dia, um professor e grande amigo, “A redação era a prova que mais causava temor aos candidatos na nossa época”! E hoje, pasmem, virou piada de rede social! Posto isso, espero que os órgãos responsáveis pela Educação e as Universidades sejam mais rigorosos nos seus processos seletivos, pois estes candidatos são os futuros profissionais que serão, ou não, responsáveis pelo desenvolvimento do nosso país! Outro fato lamentável pode ser destacado: a calourada do curso de Direito da UFMG, que é uma das graduações mais respeitadas em nosso país, manchou os noticiários com apologia ao nazismo e ao racismo! Um ato revoltante de estudantes da elite brasileira! Quando deveriam praticar o trote solidário em vez de atuarem como palhaços de circo, envergonharam a sociedade e, principalmente, os seus familiares! Esses jovens que fazem estas redações e estas calouradas deveriam gastar mais energia preocupando-se com nossa política.
EXPEDIENTE
Rogério Visacro
Diretor Executivo da Faculdade de Sabará. Professor de Administração com dois livros publicados: “Ases da Administração” e “Gladiadores do Esporte Italiano”. Autor de artigos sobre Educação publicados no blog do Ricardo Amorim do programa Manhattan Connection.
Foto/divulgação
MINHA DELICIOSA RECEITA DE MIOJO ESCUTANDO O HINO DO MEU TIME DO CORAÇÃO
Sempre fui mais pé no chão. As mocinhas das novelas, principalmente na faixa das 18h, são dramáticas. Grazi Massafera
Queremos ser o quarto mercado mundial e queremos carros eficientes nas emissões e tudo isso está posto no programa Inovar-Auto. Ministro Fernando Pimentel, sobre o novo regime automotivo brasileiro
Uma grande jogadora ganha uma partida, mas só um grande time ganha o campeonato. Técnico Bernardinho sobre a vitória do campeonato da super liga de vôlei
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Revisão | Pi Laboratório Editorial
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CIDADE
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Centro-Sul em debate O novo secretário municipal da Regional Centro-Sul, Ricardo Ângelo, se reuniu com o Conselho Consultivo da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte, CDL/BH, no último dia sete, na sede da entidade. Na ocasião os empresários em conjunto com o secretário pautaram as demandas e problemas do comércio da região. Entre eles, os transtornos causados pelos moradores de rua, a proibição do estacionamento de veículos nos recuos de passeios em frente às lojas, a falta de aplicação da lei que proíbe a atuação de flanelinhas e o comércio ilegal de produtos piratas nos shoppings populares e ruas. O secretário afirmou que está se inteirando
sobre os problemas abordados na reunião, pois tomou posse do cargo no início do mês de abril. Ricardo Ângelo disse estar aberto ao diálogo com a CDL/BH, e recebeu sugestões para solucionar os entraves ao desenvolvimento do comércio na região. Segundo o secretário, quanto aos flanelinhas, a Prefeitura vem realizando ações em conjunto com a Polícia Militar para coibir a atividade irregular. Para que haja êxito nesse plano, as pessoas devem denunciar flanelinhas que exerçam a função sem o colete e crachá de identificação, já que ao realizar o trabalho nessas condições os profissionais se posicionam em desacordo com a lei. n
A REGIONAL CENTRO-SUL
Fotos: divulgação/CDL
Regional | REUNIÃO COM EMPRESÁRIOS APONTA PROBLEMAS RELACIONADOS AO COMÉRCIO NA REGIÃO
Secretário da Regional Centro-sul - Ricardo Ângelo, Presidente da CDL/BH - Bruno Falci, Vice-presidente da CDL/BH - Anderson Rocha
A capital mineira possui nove regionais atuantes, cada uma delas exercendo múltiplas funções, que são subdividas da seguinte forma: Barreiro, Centro-Sul, Leste, Nordeste, Noroeste, Norte, Oeste, Pampulha e Venda Nova. Cada regional funciona como uma espécie de “unidade administrativa”, sendo divididas de acordo com a proximidade entre os bairros. Assim, as unidades possuem sua própria identidade, se agregando devido a aspectos em comum. As unidades possibilitam à Prefeitura um melhor gerenciamento das demandas de cada região da cidade. A regional Centro-Sul, assim como as demais, é responsável pelas funções executivas da Prefeitura na sua área de atuação. No entanto sua força de ação é limitada, uma vez que é dependente da distribuição de verbas do governo municipal. Dentre as funções dos órgãos, estão: administrar os recursos fiscais e financeiros da microrregião e contribuir para a formulação do Plano de Ação do Governo Municipal propondo Programas Setoriais, colaborando assim em projetos que contemplem toda a cidade.
Cabe a cada regional a administração, manutenção e execução de obras de pequeno porte tais como: abertura de ruas, patrulhamento de vias públicas, encascalhamento de logradouros, calçamento ou asfaltamento de ruas, manutenção de praças e avenidas, colocação de meios-fios, construção de sarjetas, manilhamento, obras de drenagem e pequenos reparos em prédios. De acordo com a assessoria de imprensa da Regional Centro-Sul, o órgão é ainda responsável pela limpeza urbana na região e realiza serviços como licenciamentos de eventos para uso do espaço público, requerimentos de realização de operações de vigilância sanitária, além de receber denúncias de irregularidades, dentre várias outras demandas. Os moradores podem fazer requerimentos à regional do seu bairro pelo número de telefone 156, por redes sociais e também no site da Prefeitura. A participação no Orçamento Participativo também expande o leque de possibilidades aos moradores que desejam auxiliar nas melhorias da região. Outra alternativa para buscar soluções para os problemas do seu bairro é ir ao BH Resolve, que fica na Avenida Santos Dumont, 363.
GERÊNCIA REGIONAL DE ATENDIMENTO AO CIDADÃO
3277-1683
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ESPORTE
Corpo nas alturas Desafio | ESCALADA GANHA CADA VEZ MAIS ESPAÇO ENTRE OS BELO-HORIZONTINOS
ALÉM DOS PAREDÕES NATURAIS, A ESCALADA PODE SER PRATICADA EM ACADEMIAS, O QUE POSSIBILITA O INGRESSO DE CRIANÇAS A PARTIR DE TRÊS ANOS.
Fotos: Bruno Sena
Para quem vive cercado por concreto, poluição, cobranças no trabalho, e chega no final do dia sem energia e com tensão acumulada, ter uma atividade física regular pode ajudar a reduzir o estresse. Se os exercícios forem aliados à natureza, os benefícios são multiplicados. Por conta disso, é notável o crescimento do número de pessoas que estão trocando os halteres por remos, ferro por mosquetões e a esteira de academia por trilhas na mata. As agências e academias especializadas em esportes radicais passaram a receber não somente os eventuais curiosos, mas também praticantes regulares. Para quem procura adrenalina aliada ao esporte, a escalada é uma boa opção. A atividade que ajuda no condicionamento físico, queima calorias e define a musculatura, aliando diversão e saúde. O estudante de engenharia mecânica, Gustavo Calumby Hermont, 21, pratica escalada há mais de um ano, e acredita no aumento da autoconfiança por meio desse esporte.
Yan Ouriques treina ao ar livre
“É um esporte de desafios constantes, sem contar que fortalece os músculos do corpo. Praticando você perde o medo e adquire confiança para ir cada vez mais longe”, define Gustavo.
Entre os esportes de aventura que utilizam corda, os esportistas garantem que a escalada é a mais simples. A atividade consiste em técnicas de subida com corda e equipamentos especiais
em desníveis naturais ou artificiais, como rochas, paredões, pontes etc. Para Yan Ouriques, sócio-proprietário da academia de escalada Rokaz e escalador há mais de 16 anos, a prática desenvolve
força, elasticidade, equilíbrio, flexibilidade e coordenação motora. “É uma atividade completa para o fortalecimento muscular. Além de trabalhar a autoconfiança e a confiança no parceiro, uma vez que é
praticada em grupo, sendo assim, cada integrante tem que se preocupar com seu companheiro. E o mais bacana é conhecer novos lugares e novas pessoas a cada aventura”, garante Yan. n
Yan no desafio boulder, modalidade realizada sem equipamentos de segurança
Alunos treinam da Academia Rokaz
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Respirando fundo
BEM-ESTAR
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CLÁUDIA ESTÁ PRATICANDO UM EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO DO YÔGA, QUE É RECOMENDADO PARA O EQUILÍBRIO ENTRE A RAZÃO E A EMOÇÃO.
Em um primeiro momento não devemos tentar mudar nada, fazer nada. Apenas observar. Quando inspiro, o abdome sobe, se abaixando suavemente quando expiro? Os ombros se aproximam das minhas orelhas, contraindo meus músculos? Qual o padrão da minha respiração? Tente observá-lo em diferentes situações e verá que não é uma tarefa fácil. Mas é exatamente aí que está o segredo. A respiração é um termômetro que também baixa a febre. Ela, por exemplo, nos remete com exatidão ao nosso estado emocional, assim que a seguimos, e fazer isso nos acalma e tudo fica mais claro. Experimente contar dez respirações no calor de alguma emoção e perceberá a transformação, levando EXPIRAÇÃO relaxamento ao seu corpo e a sua mente”, aconselha. Cláudia que é monja zen budista e pratica zazen, ou meditação sentada, diariamente, diz que há inumeráveis práticas respiratórias terapêuticas e meditativas nas mais diversas tradições, tanto no oriente, quanto no ocidente. “Aprecio muito o yôga e as aulas são verdadeiros exercícios de respiração consciente. Além de acompanhar o ar durante as posturas físicas (ásanas), também executamos os pranayamas, que são diversos tipos de respiração que acalmam, energizam e nos ajudam a concentrar, entre outras coisas”, conta. Indicado para o tratamento e prevenção de problemas na coluna vertebral, o Pilates se destaca também por melhorar a consciência respiratória. Nas aulas, durante a execução dos exercícios, os alunos são levados a recrutar os músculos responsáveis pela respiração, principalmente o diafragma, uma vez que os movimentos são realizados em associação a uma
respiração completa e ideal, contribuindo assim para liberar a ansiedade. “A respiração correta pode ajudar na postura corporal, quando trabalhada associada ao centro de força ou powerhouse, ponto importantíssimo no método Pilates. Todos os movimentos realizados no exercício estão diretamente ligados ao centro de força e à respiração, o que exige do aluno muita concentração durante a prática”, explica Luciana. n
RESPIRE E RELAXE 1. Deite de costas, com os joelhos flexionados e os pés apoiados no chão. 2. Coloque a mão no abdome próxima ao umbigo. 3. Feche os olhos e concentre-se em sua respiração, inspire pelo nariz e encha os pulmões de ar, leve-o até o abdome e conte mentalmente até quatro para que o pulmão e o abdome fiquem expandidos. Ponha o ar abaixo das costelas, sinta a barriga ir para fora e depois para dentro sem estufar o peito. 4. Retenha o ar por dois tempos, mantendo a barriga e os pulmões cheios. 5.Expire lentamente pela boca,contando até cinco,esvaziando completamente o pulmão e o abdome. 6.Reinicie os movimentos após reter os pulmões vazios por dois segundos. Foto: Shutterstock
Respirar é indispensável para a sobrevivência. Respirar bem é fundamental para a qualidade de vida. Uma boa respiração dissolve as tensões, aumenta o vigor físico e possibilita a concentração. Existem duas formas de respiração, a diafragmática e a toráxica, que demanda atividade da musculatura intercostal, que podem ser realizadas pela boca ou nariz. Segundo o pneumologista Sérgio Renato Nahid, o ideal é respirar pelo nariz, uma vez que a estrutura é anatomicamente perfeita para filtrar o ar, impedindo assim que a poeira chegue aos pulmões, por ser revestido por cílios e muco. “Uma respiração correta se inicia pelo nariz, que mantém a função de filtrar, condicionar e aquecer o ar que chega”, complementa. O médico explica ainda que uma respiração regular pela boca pode acarretar diversos problemas, como danos na estrutura facial, alteração na arcada dentária, deformação no céu da boca, desnivelamento dos seios (um fica mais alto que o outro), enfraquecimento do diafragma, os lábios podem ficar tortos para um dos lados, força desnecessariamente as cordas vocais alterando a voz, entre outros. “Se respirarmos pela boca, deixamos fragilizados todo sistema respiratório por perder o nariz como filtro da respiração, ficando mais susceptíveis a processos infecciosos, halitose, crises de processos alérgicos etc.”, afirma o pneumologista. A respiração diafragmática é uma das técnicas mais simples para a redução de sintomas físicos e emocionais do excesso de preocupação, sendo assim, aprendê-la poderá tornar as pessoas mais resistentes aos efeitos nocivos do estresse. Além disso, é também o primeiro passo para restabelecer o equilíbrio do organismo, já que a respiração torácica constante faz com que a respiração seja mais breve, a repercussão disso é uma menor oxigenação do organismo, bem como o possível aumento de sintomas de ansiedade, uma vez que respirar de maneira rápida causa mudanças fisiológicas, acelerando nosso batimento cardíaco. “A respiração correta pode ajudar muito na qualidade de vida. Fazer uma respiração longa, inspirando pelo nariz e expirando pela boca INSPIRAÇÃO proporciona ótima oxigenação ao cérebro, trabalha a abertura das vias respiratórias e fortalece os pulmões. Para quem tem dificuldade para dormir a respiração pode ajudar muito. Basta prestar atenção na respiração deitado de forma confortável e com os olhos fechados. Em seguida tente ouvir a respiração. Com uma das mãos apoiada no peito e a outra no abdome, inspire de forma prolongada, sentindo expandir o abdome e expire lentamente e de forma prolongada, sentindo relaxar o abdome. Faça esta respiração até adormecer e terá uma boa noite de sono e, consequentemente, um ótimo dia”, indica Luciana Savassi, 51, dona do Studio Luciana Savassi, que se dedica ao trabalho de técnicas respiratórias e meditações e é professora de Pilates. Para a psicóloga e administradora do Teatro da Assembleia, Cláudia Bento Mello, 46, a respiração consciente é essencial. “’É muito importante insistir nesse ponto: é crucial percebermos como respiramos.
Fotos: Lucas Alexandre Souza
Saúde | UMA RESPIRAÇÃO ADEQUADA PODE AJUDAR A DIMINUIR OS NÍVEIS DE ESTRESSE DO DIA A DIA
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URBHANO BELVEDERE Belo Horizonte, 16 a 30 de abril de 2013
ENTREVISTA
Um corretor de sucesso Fotos: Pedro Vilela
Sucesso | ALEXANDRE GRIBEL TEM ORGULHO DE TER COMEÇADO A CARREIRA COM CORRETAGEM DE IMÓVEIS Das quase três mil obras de arte exibidas na bienal paulista, foram selecionadas aproximadamente 270 peças e fotografias de 36 artistas, para desembarcarem na capital mineira. As obras do brasileiro Arthur Bispo do Rosário são o grande destaque. As peças estão em exibição no Palácio das Artes e no
Centro de Arte Contemporânea e Fotografia da Fundação Clóvis Salgado. A exposição À Iminência das Poéticas, vista por mais de 520 mil pessoas em São Paulo, estará aberta ao público até o dia 17 de março, de terça a domingo. Segundo André Severo, curador associado da mostra de arte
“muitas das questões trabalhadas na Trigésima Bienal de São Paulo – A iminência das poéticas, acabam por tangenciar reflexões sobre como as diferentes noções de linguagem, discursividade, local, territorial, mapeamento e fronteiras tem sido trabalhados pelos artistas contemporâneos”, aponta André.
ALEXANDRE GRIBEL, QUE HOJE É UM RESPEITADO EMPRESÁRIO DO MERCADO IMOBILIÁRIO, COMEÇOU A TRABALHAR AOS 16 ANOS DE IDADE EMBRULHANDO PRESENTES NA DM SPORTS. FOI DONO DE TRAILER DE SANDUÍCHES NA DÉCADA DE 1980 E DEPOIS SE AVENTUROU PELOS ESTADOS UNIDOS, ONDE EXERCEU AS MAIS DIVERSAS FUNÇÕES. AO RETORNAR PARA O BRASIL, INICIOU SUA CARREIRA NA ÁREA IMOBILIÁRIA, QUE JÁ COMPLETA 24 ANOS. Fundou a Gribel Imóveis, empresa que foi líder por 10 anos no mercado imobiliário de Belo Horizonte, e que foi vendida para o grupo Brasil Brookers em 2007. Em junho de 2011 Alexandre se desligou do grupo após pagar uma substancial multa contratual e assumir um novo desafio, o de presidir a loteadora Lagoa dos Ingleses Properties (LIP), com o objetivo de atrair investidores e outros incorporadores. Em 2012 comprou 50% da Morus Imóveis e se tornou sócio do empresário Alexandre Lobo. Hoje, Gribel é um dos principais empresários do mercado imobiliário, com expertise que é absorvida por muitos incorporadores que buscam, nele, o feeling necessário para delinear o perfil de empreendimentos que serão sucesso de vendas. Casado há 18 anos com Vera Christina e pai de duas meninas, uma de oito e outra de cinco anos, Alexandre diz que sua maior paixão é a família. Mesmo com uma agenda lotada, o empresário não abre mão de almoçar em casa e participar das atividades das filhas junto da esposa. Morador do Belvedere há 11 anos, ele se diz um apaixonado pela região. PORQUE ESCOLHEU O BELVEDERE PARA VIVER? Fui criado no Sion e no Anchieta, mas o último bairro em que morei antes de mudar para o Belvedere foi o São Pedro, logo que casei. Escolhi o Belvedere porque sempre gostei do Vetor Sul da cidade. Decidi sair de um apartamento pequeno no São Pedro para comprar um maior, olhei vários no Lourdes e na Savassi, mas nesses bairros eu iria pagar um preço alto e não saberia o que seria construído na frente da minha casa, se um bar ou até mesmo outro prédio. Naquela época (2002) o Belvedere estava começando, mas já estava tudo definido, quero dizer, onde seriam construídos os bares, os restaurantes e novos prédios. Já tinha um planejamento urbano. Não era o ideal, mas já era um planejamento, então pude ter uma ideia de como seria o desenvolvimento.
Horizonte isso seria necessário, mas recentemente eu blindei um carro, o que fica com as minhas filhas, porque na minha rua, só nos últimos seis meses, devem ter ocorrido uns quatro sequestros relâmpago. Aqui no Belvedere tem dois bairros, um completamente diferente do outro. O lá de baixo, que fica em torno da Lagoa Seca e o daqui de cima. É igual ao Leblon e o Alto Leblon. Embora hoje eu more em um apartamento muito melhor e maior do que o que eu morava lá em baixo, aquela região é muito melhor, dá para fazer tudo a pé. Aqui em cima, para ir à farmácia ou à padaria é preciso ir de carro. Até para trabalhar, cuja distância é de 150 metros, utilizo o carro, porque tem uma ladeira enorme para subir. Também acredito que a segurança lá é melhor do que a daqui.
O QUE MAIS GOSTA NO BAIRRO? Gosto do clima, das ruas, dos bares, de caminhar na praça da Lagoa Seca nas manhãs de domingo e encontrar inúmeras pessoas conhecidas. Eu só não gosto da falta de segurança. Nunca, em minha vida, pensei em blindar um carro. Não achei que em Belo
VOCÊ MORA HÁ 11 ANOS NO BELVEDERE. COMO ANALISA AS NOVAS CONSTRUÇÕES NA REGIÃO? Eu acho positivo. Você pode perguntar para 95% dos moradores das casas onde eles compravam pão antes dos prédios chegarem. O brasileiro tem uma mania: depois de mim, não pode vir mais ninguém.
Tem gente aqui no bairro que comprou apartamento há cinco anos e que reclama das novas construções. Mas, e o dele? Não está atrapalhando absolutamente nada? O progresso traz transtornos e acredito que para o Belvedere também trouxe, mas foi em menor proporção do que em relação ao Lourdes, por exemplo. Quando Aarão Reis fez Lourdes, dentro da avenida do Contorno, ele não tinha carro, e por isso não sabia que precisava de ruas largas. Por isso acredito que o progresso prejudicou muito mais Lourdes e Savassi do que o Belvedere, que foi um bairro melhor projetado, em uma época em que já existia carro, tráfego e crescimento populacional. Os muitos moradores do Belvedere reclamam que todo problema do bairro vem do BH Shopping. Agora, se não tivesse o BH Shopping não teriam os prédios, não teria o Belvedere. Então, o progresso pode trazer transtornos, mas oferece benefícios. A região Centro-Sul se desenvolveu por causa do BH Shopping. Eu entendo, claro, que as pessoas que moram em casa, há 20 anos, sofreram com os transtornos do crescimento, mas também foram beneficiadas com as vantagens do progresso.
URBHANO BELVEDERE Belo Horizonte, 16 a 30 de abril de 2013
COMO É A SUA ROTINA DE TRABALHO? Eu tenho duas empresas, uma aqui no Belvedere e outra na Savassi. Meu dia começa levando minhas filhas na escola, não abro mão disso. Elas entram às sete horas, então meu dia começa depois deste horário. Me divido entre os dois escritórios e também viajo muito. Eu procuro fazer o máximo das minhas atividades aqui no Belvedere. Até porque tem algumas coisas na minha vida de que eu não abro mão, uma delas é estar com a minha família. Quem leva e busca minhas filhas na escola sou eu ou minha mulher. Eu só não almoço em casa quando o almoço é de negócios ou se eu estiver viajando. Para mim, a base de tudo é a família, não abro mão de estar com minha esposa, com minhas filhas e com meu pai. E isso eu aprendi com ele, toda a vida meu pai fez questão de almoçar em casa. EM JUNHO DE 2011, VOCÊ SE DESLIGOU DA BRASIL BROKERS, APÓS PAGAR UMA MULTA CONTRATUAL PARA PRESIDIR A LIP. COMO FOI ESSE DESAFIO? VALEU A PENA? Eu tenho uma frase que falo muito para as minhas filhas: “Eu não me arrependo de nada, só me arrependo do que eu não fiz”. Prefiro fazer e me arrepender do que não fazer. A pior coisa é dizer “Eu poderia ter feito isso”. Eu poderia é uma dor de corno absurda. Você faz, se fez e deu errado, é melhor dizer “Eu não deveria ter feito”. Sou corretor, conquistei tudo que eu queria com corretagem. Montei uma empresa grande (uma das maiores de Minas), que tinha uma grande representatividade na Brasil Brookers. Não era a maior do grupo, obviamente (São Paulo é maior), mas a gente estava sempre ali, brigando, dando bons resultados. Sempre fui uma pessoa de muito desafio. Lancei tudo no Alphaville: o hotel, as lojas e os prédios, pois acho que é um local de expansão natural da cidade. Sempre sonhei em fazer alguma coisa, não apenas vender. Quando recebi o convite da incorporadora Viver para fazer a gestão do Masterplan, achei um desafio legal. Valeu apena? Valeu. Em todos os sentidos, menos no financeiro. Primeiro porque eu não estava feliz na minha empresa, naquele momento. Uma das coisas que eu mais prego é, não importa o que você faça, seja feliz, e a felicidade não está no dinheiro, não está no trabalho, mas é claro que o dinheiro é um facilitador. É uma pieguice dizer que dinheiro não traz felicidade, mas não é só isso, é preciso estar feliz na profissão, na família. Naquele momento eu não estava feliz. A minha saída da Brasil Brokers foi uma conjunção de fatores: eu não estava feliz com uma determinada situação, a Viver Construtora me fez um convite e o desafio era enorme. Então não demorei mais de uma semana para tomar a decisão. Foi o desafio que me fez partir para participar da construção de um bairro planejado. Eu tenho sempre na cabeça o exemplo do Juscelino Kubitschek. Eu não vivi na época dele, mas o pouco que eu li dele, o pouco que eu vi dele, me faz querer fazer um negócio igual ao que Juscelino fez. A avenida Antônio Carlos, a partir do viaduto São Francisco para frente, nunca congestionou, ela congestionava do viaduto para trás , porque do viaduto para
ENTREVISTA frente foi Juscelino que construiu, em 1960, com oito pistas. Quantos carros tinham naquela época? Aí você pega a Avenida Raja Gabaglia que foi construída há 25 anos, com uma pista. Por ser apaixonado pelo mercado imobiliário e ver tantos erros, como no próprio Belvedere, eu desejava fazer alguma coisa. Poder participar de um processo que eu poderia palpitar, para fazer algo que vai durar cem anos, para mim é sustentabilidade. É o que eu vou deixar para a próxima geração, isso me moveu como desafio. E estamos buscando o melhor, convidamos o arquiteto e urbanista Jaime Lerner para participar do projeto, projetamos ruas com ciclovia para todo lado, acessibilidade, avenidas largas. MESMO SENDO UM EMPRESÁRIO BEM SUCEDIDO E FORMADO EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS VOCÊ SE APRESENTA COMO CORRETOR DE IMÓVEIS. POR QUÊ? Porque eu amo, e por isso voltei. Eu não precisava pagar a multa que eu paguei, era só ficar cinco anos sem atuar no mercado imobiliário. Mas eu queria voltar e aí eu paguei a multa. Comprei a Morus, me tornei
sócio do Alexandre Lobo e montamos uma empresa que já é a maior de Minas Gerais em faturamento. Por quê? Porque eu amo o que faço. O corretor é uma das profissões mais importantes, porque ele trabalha com o sonho das pessoas. A maioria das pessoas tem duas preocupações na vida, uma é com a saúde e a outra é com a casa própria. Uma pessoa mais humilde deseja ter seu primeiro imóvel em uma comunidade, depois ela sonha em sair dali para um conjunto habitacional e sempre melhorar. Quem tem dinheiro, busca um apartamento melhor, uma casa maior. Se tem uma casa em Angra, deseja ter uma ilha em Angra e por aí vai. Só que a maioria dos corretores não compreende que se trata de um sonho, eles pensam apenas na porcentagem que a venda vai proporcionar. Esses fracassam porque ganham uma, duas, três vezes e não ganham mais. Eu amo o que faço, amo realizar sonhos. Nunca trabalhei pensando em dinheiro, até porque não tenho até hoje, mas sou bem sucedido profissionalmente. Reconheço que ainda tenho muito a crescer. Só tenho 49 anos e me inspiro no meu pai que diz “Graças a Deus eu só tenho 89 anos”. Eu tenho muito o que fazer ainda, sofri muito preconceito como corretor, as pessoas diziam “Se é corretor, é porque não deu certo em nada”. Sempre tive o
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maior orgulho de ser corretor, acredito que é uma das profissões mais importantes e consequentemente uma das que dá mais dinheiro, se você trabalha bem. EM 2002, VOCÊ QUEBROU COM UMA EMPRESA DO RAMO DE MERCADO IMOBILIÁRIO, EM 2012 JÁ TINHA SE RECUPERADO, E JÁ BEM SUCEDIDO, COM UMA NOVA EMPRESA. O QUE MUDOU NO MERCADO NESSES 10 ANOS? Não mudou nada no mercado. Eu mudei. MAS VOCÊ ACHA QUE NESSE PERÍODO O MERCADO IMOBILIÁRIO NÃO MUDOU NADA? Eu acho que ele mudou e melhorou muito. Mas, eu continuaria quebrado se eu não tivesse mudado. Como todo jovem empresário, todo mundo dizia que eu era bom e eu acreditei. Quando você acredita, é a mosca azul, você acha que é melhor do que é, e perde uma coisa que é essencial para o ser humano, em qualquer profissão, em qualquer lugar, em qualquer coisa: a humildade. E isso é o início do fim de qualquer empresário. Eu nunca falei sobre isso antes, eu falei do problema da empresa, mas eu nunca parei para falar sobre isso. Claro que existiram outros problemas, mas o principal foi eu ter acreditado que eu era melhor do que as pessoas falavam. Eu montei um escritório maior do que poderia montar. Eu peguei um dinheiro mais alto do que eu poderia pegar. Tudo para superar, não as minhas expectativas, mas as expectativas dos outros. E nesses dez anos, graças a Deus e a minha esposa, eu parei de querer ficar mostrando para os outros status. Quando você perde a essência está fadado a ter problemas. Mas minha esposa me abriu os olhos e eu consegui enxergar. Isso é o mais importante. E aí, com a minha capacidade, coragem e determinação, nós viramos a mesa. E EM RELAÇÃO AO MERCADO IMOBILIÁRIO? Está muito melhor do que em 2002 e muito pior do que amanhã. A previsão é melhorar. Primeiro porque eu sou um otimista de plantão, se eu acreditar que o mercado será pior, eu vendo tudo o que eu tenho, vou para os Estado Unidos vender coxinha, e ainda vou viver melhor do que eu vivo aqui, com mais segurança, educação para minhas filhas, morando melhor e comprando carro em preço justo. Só que eu acredito muito que aqui vai ser melhor. Acredito que o Brasil vai melhorar. Hoje nós temos mais oferta de crédito. Nós temos a ascensão da classe média. Nunca tivemos juros reais tão baixos, o mercado está melhor do que em 2002 e 2007. Eu estava lendo uma reportagem que dizia que 12% das pessoas que moram em comunidades carentes já são classe média baixa e não saíram de lá porque não têm para onde ir. E o mercado imobiliário hoje no Brasil representa entre 5% e 6% do Produto Interno Produto. Nos países de primeiro mundo ou nos países em crescimento o mercado imobiliário representa 38% do PIB, então a gente ainda tem muito a explorar e muito a crescer. n
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MEMÓRIA
URBHANO BELVEDERE Belo Horizonte, 16 a 30 de abril de 2013
Desde o Curral Del Rey Belvedere | CONHEÇA A HISTÓRIA DE UM DOS BAIRROS MAIS LUXUOSOS DA CAPITAL
O Belvedere, um dos mais luxuosos bairros de Belo Horizonte, é também um dos locais mais altos da cidade, chegando a atingir 1.100 metros de altitude. A localização promove um clima diferenciado, bem mais ameno. Sua elevação e a proximidade com a Serra do Curral proporcionam uma bela paisagem, que é um atrativo a mais para os apreciadores do local, como sugerido pelo próprio nome, Belvedere, proveniente do italiano, que significa belo panorama. O pesquisador e geógrafo Alessandro Borsagli, 33, se intitula um grande admirador do bairro. “O local é realmente um Belvedere, uma bela vista. Em Belo Horizonte eu desconheço outro lugar que possa se equiparar a ele (bairro) em termo de bem-estar”, declara Alessandro. Embora o Belvedere seja um bairro relativamente novo, com apenas 43 anos, segundo o pesquisador sua origem é antiga. “Nos tempos do arraial do Curral Del Rey, as terras onde hoje se encontra o bairro faziam parte da Fazenda Capão, de propriedade de Ilídio Ferreira da Luz. Em 1894, as terras da fazenda foram desapropriadas pela Comissão Construtora da Nova Capital por estarem inseridas dentro dos limites estabelecidos para a BELVEDERE obra”, elucida Alessan3 dro. As investigações do geógrafo mostram que a Lagoa Seca, onde se assentou grande parte do Belvedere, recebeu essa denominação ainda no período colonial, devi- d o as águas que se acumulavam no local durante os períodos chuvosos e que na época de estiagem desapareciam, assim como na Lagoa do Sumidouro em Lagoa Santa. Alessandro explica que o fenômeno ocorre devido ao rebaixamento do lençol freático e da porosidade do solo. O pesquisador ressalta ainda o motivo da demora para um amplo povoamento da região. “As terras permaneceram devolutas por muito tempo, visto que a capital não cresceu para o Sul, além de estarem compreendidas na região, propositalmente reservadas pelo Poder Público para a expansão dos bairros destinados às classes mais abastadas”, analisa o pesquisador. A demora para a ampla ocupação do bairro promoveu diferenças na sua composição arquitetônica.
Essas nuances geradas pelas diferentes décadas de amplas residências. construção dos imóveis subdividiram o Belvedere Os primeiros loteamentos foram concedidos ao em I, II e III. Em meados da década de 1950, com Belvedere pelo Estado apenas em 1970, fator que o fracionamento das terras da região, iniciou-se a promoveu a aceleração da ocupação do bairro e construção dos Belvederes I e II. Na primeira etapa, o constitucionalização do Belvedere III. “Era o início Belvedere I contou com a idealização e planejamen- da fuga das camadas mais abastadas da Região Cento do urbanista e arquiteto Ney Werneck. Essa tral, visto que BH estava começando a passar pelo sub-região constitui a ocupação horizontal, formada processo de metropolização. Ocupação que se deu, pelas edificações baide fato, na década de 1970. No final dos anos 1990 xas localizadas na inicia-se a ocupação e verticalização do Belvedere Fazenda do Capão. III”, explica Alessandro. Essa verticalização é Próximo de onde se BELVEDERE a principal característica do Belvedere III, localizava a estrada região onde se encontram as grandes tor1 do Mutuca durante o res, próximas à área conhecida como Laperíodo do goa Seca, além de outros prédios luxuosos antigo arraial do Curral construídos a partir do ano 2000. Del Rey. Na década de O casal Elídio Lana e Nara Maia He1950, a estrada do Mutuca ringer Lana, que compraram terreno no foi alargada e depois Belvedere logo quando foi loteado, relase transfortam as mudanças decorrentes ao longo da história da região. “Quando compramos o lote não tinha absolutamente nada no bairro, construímos tempos depois, quando as crianças cresceram. E logo percebemos o crescimento. Depois começaram as construções dos prédios, o que aqueceu o bairro. Para nós, antigos moradores, foi a chegada da alegria, uma vez que aqui era pacato demais. As construções BELVEDERE trouxeram serviços. O que antes 2 precisávamos ir a outros bairros resolver, passamos a fazer perto de casa. Atualmente, aqui tem tudo, resolvo questões de banco, faço pilates, vou ao salão, sem ir longe de casa”, explica Nara. A arborização do bairro tammou na BR-3. bém foi apontada pelos moradores como uma das Hoje o trajeto corres- maiores vantagens do local. “Temos áreas verdes, ponde ao traçado da Rua que são atrativas para caminhada. Adoramos o bairMajor Lopes, Nossa Senhora ro, não sentimos poluição devido à altura, o que nos do Carmo e da BR 040 até o bair- faz sentir o ar puro, por conta da proximidade da ro Olhos d’água, ou seja, margeando a Serra”, comenta Nara. região do bairro. Assim como o I, o Belve“O bairro hoje tem o que há de melhor na cidade, dere II é composto por mansões tradicionais. comércio, educação, imóveis de qualidade, lazer e a Ambos com construções e ocupações do perío- vista privilegiada das serras e de Belo Horizonte. Um do da década de 1950. passeio pelo bairro é o suficiente para se encantar A criação da Avenida Prudente de Morais, ocor- pela magnitude das construções e o charme das ruas rida na mesma década, incentivou o crescimento bem arborizadas e floridas”, pontua Elídio Lana. n dos bairros já tradicionais da capital, levando ao surgimento de muitos prédios em lugar das casas antigas, e ainda estimulou a ocupação de novos bairros, como o Santa Lúcia. Durante a década de 1980, na parte mais distante da ex-colônia Afonso Pena, foram criados bairros povoados pelas classes mais altas da cidade. Um deles foi o São Bento, com grandes lotes e
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LOCAL
Visitantes ilustres Fauna | ANIMAIS SILVESTRES PASSEIAM, VIVEM E CONVIVEM COM OS MORADORES DO BELVEDERE É cada vez mais comum encontrar animais silvestres nas grandes cidades. Com o crescimento desenfreado, os bichos perdem seu espaço e acabam migrando para os centros urbanos, onde permanecem por causa da facilidade de encontrar alimento, muitas vezes nas lixeiras dos moradores. Em Belo Horizonte não é diferente, os bairros próximos a áreas de preservação ambiental recebem visitas constantes de animais da fauna brasileira. O Belvedere é um exemplo disso, sendo comum encontrar nas ruas e praças, bichos que passaram dos limites de seu habitat natural. Para o biólogo Mateus Rodrigues, a visita desses
animais se dá pelo clima ameno e a proximidade com a Serra do Curral. “A Praça da Lagoa Seca, que tem uma vasta vegetação, deixa o bairro mais atrativo para corujas, gaviões, gambás, pássaros raros etc”, explica o biólogo. Para a médica veterinária Cristiane Lima, a migração de animais silvestres para o convívio humano se dá também pela curiosidade. “Muitas vezes o bicho não sabe onde está indo. Movido pela busca do alimento fácil, não percebe que está ultrapassando o limite entre o seu habitat e a civilização”, explica Cristiane. A estudante Yale Portugal, 20, diz já ter encontrado várias vezes corujas pelo bairro. “Corro dia-
riamente na Lagoa Seca e sempre vejo corujas sobre as árvores dentro da praça. Como é uma área muito frequentada, fico com receio de um possível ataque, já que são animais silvestres”, conta Yale. Especialistas alertam que ao encontrar animais silvestres, o ideal é acionar o IBAMA e, em hipótese alguma, tentar domesticá-los. A imposição de habitat é uma transformação dolorosa para esses bichos, que podem sofrer de solidão e ter dificuldades para se reproduzir. O animal também tem dificuldade de adaptação pelo espaço físico reduzido. A ingestão de alimentos inapropriados pode levar a doenças fatais, como gripes e herpes. n
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Respeite os limites de velocidade.
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MATÉRIA DA CAPA
É melhor prevenir Fotos: Lucas Alexandre Souza
Cuidados | A REGIÃO CENTRO-SUL TEM O MENOR NÚMERO DE CASOS DE DENGUE
O BELVEDERE NÃO É UM DOS BAIRROS COM O MAIOR NÚMERO DE CASOS DA DENGUE, MAS É SEMPRE BOM FICAR ATENTO COM OS LOCAIS ONDE OS MOSQUITOS SE PROLIFERAM.
Parte de cima dos toldos e coberturas
Calhas e caixas d’água
Arte: Shutterstock/URBHANO
Lixo e materiais deixados ao tempo
Vasos
Vasilhames, garrafas e potes de animais Piscinas, fontes e lagos O número de pessoas infectadas pela dengue em Belo Horizonte não para de crescer. Em apenas uma semana houve um aumento de 2.433 casos, saindo de 5.760, para 8.193, até a primeira semana deste mês. Neste período, foram registrados diariamente uma média de 87 novos casos de moradores que contraíram dengue na capital mineira. Na Região Centro-Sul, 280 casos foram confirmados. Já na regional Norte, que lidera o ranking, o número é de 1.745 confirmações, seguida pelas regionais Nordeste, com 1.528 e Venda Nova, com 1.145 casos. Piscinas, caixas d’água descobertas, garrafas PET, calhas, vasos de plantas e grandes folhas secas caídas no chão são os grandes vilões desta epidemia que tem assustado os mineiros. Os especialistas alertam que qualquer descuido com a limpeza pode
dar lugar a um novo criadouro para o mosquito. Segundo o entomologista da Fundação Oswaldo Cruz, Rafael Freitas, 15 gotas de água já proporcionam ao inseto ambiente para reprodução. “A larva se desenvolve em lugares onde as pessoas menos imaginam. Já encontramos larvas em menos de 10ml de água”, explica Rafael. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) divulgou que grande parte dos focos está em casas e lotes da cidade. Cerca de 700 mil visitas de controle a dengue foram realizadas e, a cada dois meses, 800 mil visitas são feitas, mas isso não basta. A participação e conscientização da população são fundamentais, uma vez que 80% dos focos do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença, estão em residências habitadas. Para a publicitária Gabriela Moreira, 26,
que mora na Vila da Serra e trabalha no Belvedere, o maior problema desta epidemia está na população. “Vimos que a Prefeitura trabalha o ano todo na prevenção e combate da dengue. Ela faz campanhas de divulgação conscientizando sobre o assunto, mas parece que as pessoas não ligam, não fazem sua parte. Eu acho que é um descaso total da população”, desabafa a publicitária que teve quatro amigos que ficaram doentes. Embora o Belvedere esteja situado na Centro-Sul, local com os menores registros de casos de dengue da cidade, é preciso ficar atento e não relaxar a atenção. Para a infectologista Virgínia Zambelli, que entre outros hospitais atende no Biocor Instituto, a situação é de alerta em toda a região metropolitana de Belo
Horizonte. “Existem locais mais propícios para o criadouro do mosquito. É importante evitar deixar acúmulo de água em recipientes como vidros, pratos e vasos de plantas, caixas d’água, barris, tambores, potes, tanques, cisternas, garrafas, latas, pneus, panelas, calhas de telhados, bacias e drenos de escoamento. Esses são locais onde o mosquito deposita seus ovos e se reproduz. O lixo deve ser armazenado em local seco. Folhas e galhos devem ser removidos das calhas e recipientes limpos com buchas nas bordas e laterais. Não basta trocar a água dos vasos de planta, é necessário colocar produtos químicos para esterilizar a água, como por exemplo, água sanitária, outros também podem ser usados”, alerta a infectologista.
Febre súbita e alta (acima de 40ºC) Dor atrás dos olhos com piora no movimento ocular
SINTOMAS DA DENGUE CLÁSSICA Fortes dores de cabeça Náuseas e vômito
Falta de apetite e paladar Moleza e cansaço
Dor nos ossos e articulações
Manchas vermelhas (parecidas com sarampo) na pele
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O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do Aedes Aegypti, um mosquito diurno que se multiplica em depósitos de água parada acumulada nos quintais e dentro das casas. São quatro tipos: os sorotipos 1, 2, 3 e 4. Todos podem causar as diferentes formas da doença. A grande maioria das infecções é assintomática. Quando surgem, os sintomas costumam evoluir em três formas clínicas: a) dengue clássica, forma benigna e similar à gripe; b) dengue hemorrágica, mais grave, caracterizada por alterações da coagulação sanguínea;
MITOS SOBRE A DENGUE • Para matar os mosquitos, basta secar a água parada - MITO. Os ovos do mosquito podem permanecer nas superfícies. É preciso que haja uma limpeza adequada dos reservatórios.
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c) a chamada síndrome do choque associado à dengue, forma raríssima, mas que pode levar à morte se não houver atendimento especializado. A infectologista Virgínia Zambelli explica que o caso é alarmante quando o paciente apresenta sinais como: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, tonteira ao mudar de posição, desmaios, sangramentos (principalmente se volumosos), sonolência ou irritabilidade, desconforto respiratório, queda de pressão. Aqueles que apresentam doenças crônicas, gestantes, idosos e crianças, devem ser avaliados inicialmente em unidade básica de saúde ou atendimento ambulatorial. n
• Qualquer picada de mosquito pode transmitir a doença - MITO. Precisa ser a picada do mosquito transmissor (Aedes Aegypti) que esteja infectado. • Se há epidemia é porque houve falha no sistema de saúde - MITO. A batalha deve ser de toda a população. O governo não consegue, isoladamente, evitar a doença e a presença do mosquito circulando.
Foto: arquivo pessoal
A DOENÇA
MATÉRIA DA CAPA
• Se o paciente pega dengue pela primeira vez não haverá complicações e se for infectado pela segunda vez terá a forma hemorrágica da doença - MITO. Isso pode acontecer, mas não é regra. O paciente pode apresentar a forma hemorrágica da doença no primeiro episódio ou apresentar uma forma branda da doença nos episódios subsequentes.
NUNCA É DEMAIS • Evite deixar plantas em vasos com água, substitua-a por terra ou areia. • Esfregue bem, com pano e/ou bucha, as paredes dos recipientes e pratinhos de plantas, pois nelas as fêmeas do mosquito depositam seus ovos. •Troque semanalmente a água dos vasos das plantas. • Lave os bebedouros dos animais com escova ou bucha e esvazie-os à noite, sempre que possível. • O lixo caseiro deve estar ensacado e posto à disposição da limpeza urbana nos horários previstos. • Caixas d´água, tambores, cisternas, poços ou quaisquer outros depósitos de água devem ser muito bem tampados.
COMO TRATAR SUAS PLANTAS SEM CULTIVAR O MOSQUITO?
Regando as plantas, duas vezes por semana, com uma solução de:
ÁGUA (volume - ml)
ÁGUA SANITÁRIA (gotas)
50
2
100
4
250
10
500
20 ou 1/2 colher de chá
1000
40 ou 1 colher de chá
Colocando água sanitária no prato da planta, 2 vezes por semana: Prato pequeno (50 a 100 ml) - 2 a 4 gotas Prato médio (200 a 300 ml) - 8 a 12 gotas Prato grande (500ml) - 20 gotas
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MODA | ISADORA VARGAS
Minas Trend Preview Fotos: divulgação/Agência Fotosite
Tendência | O EVENTO ACONTECEU E SUPEROU EXPECTATIVAS MAIS UMA VEZ
As estilistas Camila, Elisabeth e Isabela Faria
isadora.vargas@urbhano.com.br
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No dia 08 de abril, o Expominas abriu as portas para o maior evento de moda do estado de Minas Gerais e um dos mais importantes do país: a décima segunda edição do Minas Trend Preview. O evento foi criado para estimular e incentivar as vendas da indústria fashion mineira. Sendo considerado um dos espaços mais importantes para a geração de negócios, o evento reúne profissionais, formadores de opinião e críticos que avaliam as tendências que serão aplicadas na próxima estação, isto é, no verão de 2014. Foram 4 dias de evento com dezenas de estandes expostos divididos em: roupas, calçados, bolsas, joias e bijuterias, com milhares de visitantes de todos os lugares do Brasil e do mundo. O tema do MTP traz, este ano, a temática “tecnologia”, que brinca com o processo produtivo da moda na atualidade entre ambientes de maquinários analógicos e digitais, e questiona as inquietações do homem na atualidade, sem deixar de fora a sustentabilidade. Na quarta-feira, 10 de abril, se apresentaram, na mesma ocasião, em desfiles cheios de atitude e personalidade, nomes de peso como Vivaz, Patrícia Motta e Gig. Além dos desfiles, estas e outras marcas estiveram presentes expondo suas coleções em estandes para a comercialização de suas peças. A simultaneidade entre a vida real e o mundo virtual serviu de inspiração para a coleção de Verão 2014 da Vivaz, que incorporou as referências de ambos universos e levou para as passarelas seus segredos e encantos, mostrando que mesmo sendo estes mundos antagônicos, são ao mesmo tempo harmoniosos e se completam. Um dos maiores destaques do evento, a Vivaz, revelou sua coleção sofisticada e deixou o público boquiaberto com suas modelagens sólidas, recortes gráficos, transparências e fendas que trouxeram leveza, feminilidade e sensualidade aos tão cobiçados vestidos de festa. Os bordados, fortemente presentes no DNA da marca, foram inspirados em chips e hardwares de computadores, e materializados nas peças com placas de canutilhos que pontuam golas, colos, decotes e recortes, conforme verifica-se nas imagens. n
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JOVEM
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Do the Harlem Shake! No dia dois de março deste ano, durante uma tediosa tarde de chuva, quatro amigos australianos resolveram gravar um vídeo, onde eles dançam uma música do produtor americano Bauuer. Mal sabiam eles que estavam prestes a criar o mais novo viral da Internet. A estrutura do vídeo é simples. Nos primeiros 15 segundos, um dos amigos aparece dançando ao som da música, que no começo é mais lenta, em seguida a gravação é cortada e a imagem retorna com a música mais acelerada e com os quatro amigos se movimentando de maneira livre, desajeitada e sem qualquer tipo de sintonia. Uma das possíveis origens da expressão Harlem Shake, seria o fato do gingado diferente ter sido inspirado nos moradores do Harlem, bairro de Nova Iorque onde se concentra grande parte população negra da cidade. Dez dias após ser postado no canal YouTube, o vídeo já havia se multiplicado, de modo a terem 12 mil gravações
diferentes de vários cantos do mundo, com mais de 44 milhões de visualizações da nova febre. A adesão ao “movimento Harlem Shake” é tão grande que, segundo o blog do YouTube, cerca de quatro mil novas versões são postadas no canal por dia. O boca a boca é o maior meio de divulgação. Um amigo vê, acha engraçado, mostra para o outro e assim por diante. Foi o caso do estudante Rodrigo Frota, 17, que viu o vídeo pela primeira vez por meio de colegas. “Alguns amigos postaram o Harlem Shake em um grupo do Facebook em que faço parte. Resolvemos fazer um também. Queríamos entrar na brincadeira. Quando gravamos nos divertimos bastante. O mais legal é ver o vídeo pronto, nós rimos muito”, conta Rodrigo. A cada gravação os vídeos passaram a ser mais diversificados. Pessoas com fantasias malucas, em lugares inusitados começaram a entrar na onda do Harlem. Tiago Sadala Mendes, 12, após ouvir ami-
gos comentando sobre a febre, foi pesquisar do que se tratava. Adorou o movimento e pretende gravar um vídeo também. “Quero gravar porque é muito engraçado e divertido”, comenta. Mesmo se utilizando apenas duas músicas (Con los terroristas e Do the Harlem Shake) e cada qual com uma frase, o público parece não se importar com a pobreza de conteúdo, uma vez que, desde o início, a música permanece no topo das paradas da Billboard e se mantêm como uma das mais vendidas no Itunes. “É inacreditável ter essa música reconhecida em todo o mundo”, disse o autor da faixa, à revista Billboard. O sucesso já foi comparado ao do sul-coreano Psy, que ganhou o mundo com a música Gangnam Style, cujo videoclipe superou um bilhão de visualizações no YouTube. Embora o número de views do Harlem seja menor, o engajamento das pessoas no movimento é muito maior, cada um quer fazer sua versão e se divertir sem nenhum motivo especí-
Imagem: divulgação/Fox
Internet | CONHEÇA O NOVO VIRAL QUE SE TORNOU FEBRE ENTRE OS JOVENS E AUMENTA A CADA DIA
fico. Foi o que aconteceu na Escola da Serra. Alunos querendo entrar na onda da diversão resolveram gravar um vídeo. “Foi muito legal, foi uma bagunça só, todo mundo dançando, pulando e fazendo o que quisesse”, diz Rafael Cardoso de Mello, 15, que ficou sabendo do vídeo pelo seu irmão e participou da gravação na escola.
CUIDADO COM A BRINCADEIRA! Brincar é legal, mas tudo tem limite. Alguns vídeos abusaram dos direitos morais e sexuais e foram censurados pelo YouTube, se tornando questão de Estado, em alguns países. Na Tunísia, por exemplo, o Ministério da Educação investiga uma versão
da brincadeira, que faz gozação com islamitas. Quatro estudantes foram presos no Egito, por violarem uma lei de decência ao dançarem Harlem Shake usando apenas cueca. Nos EUA, a Agência de Aviação investiga uma versão feita num voo comercial. n
Imagem: Youtube
OS VIRAIS
Com a criação do YouTube em 2005, os virais surgiram como uma epidemia na Internet. “Assim como o vírus da gripe se prolifera pelo contato de uma pessoa com outras, o “viral tecnológico” utiliza deste modo para se tornaruma epidemia na Internet”, define Lucas Baeta, 32, proprietário da Taxi Comunicação. Os virais parecem bobagem para quem vê, mas muitas vezes têm moldado o comportamento das pessoas on-line e off-line. Não há um número preciso de visualizações que se deve atingir para ser denominado viral. A partir do primeiro milhão o vídeo ganha notoriedade. Se passar dos 100 milhões, ele vira uma febre e é consolidado como viral.
Harlem Shake realizado na Escola da Serra
ALGUNS VIRAIS
NA ONDA DO HARLEM SHAKE
Gangnam style Para a nossa alegria Nissim Ourfali Árvores somo nozes Xuxa “aham, cláudia, senta lá” Charlie Bit My Finger Again Pôneis malditos Mati a formiguinha
Os Simpsons Domingo Legal Grupo Perseverança da N. S. Rainha A marinha americana Jon Jones campeão do UFC A equipe da NASA Caldeirão do Huck Sérgio Mallandro
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GENTE
Fotos: Barbara Dutra / Fotosite
MINAS TREND PREVIEW AGITA O MERCADO DE MODA COM O LANÇAMENTO DA COLEÇÃO VERÃO 2014
Mariana Barros, Tatiana Pinto Coelho, Célia Pinto Coelho e Ângelo Geo
Marilu Sette Câmara e Glória Kalil
Adriane Veras, Fábio Veras e Fernando Kunsch
Olavo Machado, Marilu Sette Câmara e Anna Marina
Fernando Jacobucci, Marcela Butros, José Ricardo Fois, Antônio Gomes, Alexandre Herchcovitch e Simone Santana
Carolina Malloy e Marcela Malloy
Alfredo Alves, Eliane Parreiras, Vera Bernardes e Manoel Bernardes
João Grillo, Pedro Lázaro e Ernesto Lolato
Daniel Corrêa, Marcia Correa e Cláudia Magalhães
Lígia Lapertosa e Dani Braga
Rene Wakil, Aguinaldo Diniz, Lucio Sampaio e Bernardo Diniz
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GENTE
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MARCUS NOGUEIRA, BERENICE E SÉRGIO CAVALIERI, CARDEAL PETER TURKSON, GIGI E SIDNEY CAVALIERI DURANTE O GALA DINNER DA CONFERÊNCIA DE BEIRUTE
José Luiz da Silva, presidente da Associação Mineira de Propaganda - José Renato Lara, presidente da Interface Comunicação - Liziane Soares, RP da Interface, durante cerimônia de premiação (26.03), na Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH)
Sérgio Cavalieri, José Maria Simone (Argentino e Presidente eleito para a Uniapac Internacional, Gigi Cavalieri (Presidente da ADCE SP), Marcus Nogueira (Mano Conslting e Diretor da ADCE MG)
Foto: W. Weiss
Foto: Alfredo Malagoli
INTERFACE RECEBE O PRÊMIO MINAS DE COMUNICAÇÃO EM CERIMÔNIA NA CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS EM BELO HORIZONTE
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GASTRONOMIA
Chegou a hora de escolher Fotos: divulgação/Beto Eterovick
Pratos e petiscos | JÁ COMEÇOU A CORRIDA PARA A 14ª EDIÇÃO DO COMIDA DI BUTECO EM BH
CERVEJARIA SEU ROMÃO Rua São Romão, 192 – Santo Antônio Funcionamento: Segunda a Sexta: 17h às 24h, Sábado de 12h às 24h, Domingo: 12h às 22h Telefone: (31) 3786-4929 Site: www.seuromao.com.br PRATO CONCORRENTE: Linguiça a sete chaves difamada na cachaça DESCRIÇÃO DO PRATO: Linguiça de Carne de Sol Suína, bolinho de mandioca recheado e costelinha PREÇO DO PRATO: R$ 22,90 Com o slogan “Buteco. A verdadeira Rede social”, começou a 14ª edição do Comida di Buteco. De 12 de abril a 12 de maio, os belo-horizontinos poderão percorrer 45 botecos para provar petiscos à base de linguiça e/ou mandioca, na considerada capital mundial dos bares, Belo Horizonte. Neste ano, pela primeira vez, o maior concurso de cozinha de raiz do Brasil será realizado simultaneamente em outras 15 cidades do país: São Paulo (SP), Rio de Janeiro
O PULO DO GATO Rua Outono, 523 – Cruzeiro Funcionamento: Segunda a Quinta: 18h às 24h, Sexta: 18h às 02h, Sábado: 12h às 02h, Domingo: 12h às 22h Telefone: (31) 3282-6751 Site: Não tem PRATO CONCORRENTE: Jeca Ragu DESCRIÇÃO DO PRATO: Ragu de linguiça a moda toscana na cama de polenta branca, envolvida em uma fogueira junina feita com palitos mandioca, gratinada com queijo. PREÇO DO PRATO: R$ 22,90
(RJ), Salvador (BA), Campinas (SP), Belém (PA), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Ribeirão Preto (SP), Rio Preto (SP), Ipatinga (MG), Juiz de Fora (MG), Montes Claros (MG), Poços de Caldas (MG) Goiânia (GO) e Uberlândia (MG). Os Ingredientes obrigatórios de 2013, para todas as cidades participantes, são a mandioca e/ou linguiça, que vão dar o tempero especial dos pratos, totalizando mais de 400 petiscos pelo Brasil a fora. O concurso visa escolher o melhor boteco da cidade. Cada
BAR DO ANTÔNIO (PÉ-DE-CANA) Rua Flórida, 15 – Sion Funcionamento: Segunda a Sábado: 11h à1h Domingo: 11h às 18h Telefone: (31) 3221-2099 Site: Não tem PRATO CONCORRENTE: Riquezas de Minas DESCRIÇÃO DO PRATO: Bolinho de mandioca recheado com ragú de linguiça, coxinha da asa picante, linguiça ao molho PREÇO DO PRATO: R$ 22,90
participante cria um petisco que tenha na receita os ingredientes indicados. O público e um corpo de jurados visitam os botecos e votam no local. A média entre os quesitos avaliados garante o resultado da premiação. São avaliados de 0 a 10, a higiene, o atendimento, a temperatura da bebida e o petisco (que vale 70% da nota). O voto do júri pesa 50% e do público 50%. O Instituto de Pesquisas Vox Populi é o responsável pela apuração dos votos nas 16 cidades. n
BAR DO JÚNIOR Rua Ouro Fino, 452. Ljs. 07 e 08 - Mercado do Cruzeiro – Cruzeiro Funcionamento: Segunda a Sábado: 09h às 21h, Domingo: 09h às 15h Telefone: (31) 3223-5822 Site: Não tem PRATO CONCORRENTE: Mandiocada na costela do leitão DESCRIÇÃO DO PRATO: Linguiça artesanal de costela de leitão acompanha molho com maionese e mandioca cozida PREÇO DO PRATO: R$ 22,90
ARMAZÉM DO ÁRABE Rua Luz, 230 – Serra Funcionamento: Segunda a Sábado: 17h às 0h Telefone: (31) 3223-1410 Site: Não tem PRATO CONCORRENTE: Dibabá DESCRIÇÃO DO PRATO: Bolinho de carne recheado com linguiça, kibe de mandioca acompanha salada espanhola de cebola com azeitona PREÇO DO PRATO: R$ 22,90
Data: 12 de abril a 12 de maio Saideira: 18 de maio, às 12h Local: Largo da Saideira (Av. Cristiano Machado, 3450, União) Atrações: Skank e Mart´nalia Ingressos para a Saideira: www.ingressorapido.com.br Informações gerais e lista com os 45 participantes: www.comidadibuteco.com.br
ESTABELECIMENTO BAR Rua Monte Alegre, 160 – Serra Horário de funcionamento: Terça a Sexta: 18h à 1h, Sábado: 13h à 1h, Domingo e Feriados: 14h às 22h Telefone: (31) 3223-2124 Site: www.barestabelecimento.com PRATO CONCORRENTE: Linguinhoca de Panela DESCRIÇÃO DO PRATO: Mix de linguiças cozidas em vinho, cebola, polpa de tomate e pimenta servida com mandioca cozida, refogada em manteiga de garrafa, maionese, açafrão e ervas finas PREÇO DO PRATO: R$ 22,90
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GRANDE MINAS – CONTAGEM (31) 3507-7300 | GRANDE MINAS – CRISTIANO MAChADO (31) 3507-6100 | GRANDE MINAS – NOSSA SENhORA DO CARMO (31) 3507-7000 | GRANDE MINAS – PAMPULhA (31) 3507-6700 | LIDER Bh (31) 3218-2100 | JORLAN – BARÃO (31) 2122-3030 | JORLAN – BELVEDERE (31) 2122-3000 | ORCA (31) 2122-6000 A necessidade de peças ou serviços adicionais poderá ser identificada pelo técnico com o checklist-padrão durante a entrevista consultiva. Esses serão oferecidos por meio de um orçamento prévio sujeito a aprovação do cliente antes da execução do serviço. Troca de óleo lubrificante para veículos Chevrolet a partir de ano/modelo 2009 para motores Flex até 1.4, inclusas peças e mão de obra, por 4 parcelas fixas de R$ 27,00 no cartão de crédito Visa ou Mastercard, ou por R$ 108,00 à vista, óleo lubrificante 5W30SL cód. 94.701.273. Essa condição não inclui filtro. Preços e condições válidos exclusivamente para a venda nas Concessionárias da Rede Chevrolet de Minas Gerais, no período de 15 de abril a 30 de abril de 2013 ou enquanto durarem os estoques, podendo ser alterados a qualquer momento sem aviso prévio. Para outros serviços não especificados, informe-se em sua Concessionária Chevrolet. Manutenção indicada para os veículos que preservam as características originais de fábrica. Preserve a vida. Use cinto de segurança. www.chevrolet.com.br/servico – SAC: 0800 702 4200
Respeite os limites de velocidade.
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URBHANO BELVEDERE Belo Horizonte, 16 a 30 de abril de 2013
CULTURA
Na palma da mão Mobile | CIRCUITO CULTURAL PRAÇA DA LIBERDADE LANÇA APLICATIVO PARA TABLET E SMARTPHONE Já está disponível nas lojas digitais App Store e Google Play o novo aplicativo do Circuito Cultural Praça da Liberdade. O acesso garante aos usuários detalhes sobre localização, prestação de serviços, calendário de eventos e ainda um tour virtual com detalhes sobre os oito museus e espaços que atualmente compõem o complexo cultural.
Com versões em português, inglês e espanhol, o aplicativo conta com espaço para sugestões de roteiro. O usuário do programa poderá também gravar vídeos e deixar dicas, comentários ou sugestões; compartilhar atualizações nas redes e, ainda, fazer um tour virtual. Usuários de telefones e tablets com plataforma iOS ou
Android, com versão a partir de 4.0, poderão percorrer a Praça da Liberdade e, pelo menos, três espaços com visão 360º, com detalhes arquitetônicos e históricos dos prédios. “Lançamos recentemente o novo portal, e o aplicativo soma-se à nossa pro-
posta de divulgar o Circuito Cultural Praça da Liberdade, não só para os belo-horizontinos, mas também para turistas de todo o mundo. A iniciativa reafirma uma das características do Circuito, que é o acesso à cultura de forma dinâmica e interativa”, contextualiza a gerente executiva do Complexo, Cristiana Kumaira. O projeto
foi realizado pelo Instituto Cultural Sérgio Magnani, cogestor do Circuito Cultural Praça da Liberdade, em parceria com o Governo de Minas. n
Para baixá-lo, o usuário deve ter uma conta na App Store ou no Google Play e procurar pelo nome “Circuito Cultural Praça da Liberdade”.
O melhor som do violão Fotos: divulgação/Rodrigo Dai
Espetáculo | GILVAN DE OLIVEIRA FAZ SHOW COM REPERTÓRIO VARIADO NO CONSERVATÓRIO DA UFMG
Em apresentação única em Belo Horizonte, Gilvan de Oliveira, um dos melhores violonistas da atualidade, fará show com músicas do repertório do seu mais recente trabalho. O CD intitulado “Pixuim” possuí composições próprias e relíquias de Villa-Lobos, Luiz Gonzaga, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Chico Cesar, Dominguinhos e até dos Beatles. O CD foi gravado em comemoração aos 20 anos de carreira do mú-
sico – completados em 2011 –, desenhada por uma trajetória musical variada, que vai do popular ao erudito. No show, que acontecerá no Conservatório da UFMG, no dia 25 de abril, às 20h, Gilvan de Oliveira une musicalidade, técnica e emoção para propagar as melodias em voz e violão, aliadas à percussão de Serginho Silva, teclado de Felipe Moreira e sax de Cleber Alves, realçando a sofisticação do
simples, o intuitivo e o erudito. “É a mistura harmônica de estilos e inspirações”, explica Gilvan.
Gilvan de Oliveira Violonista, cantor, compositor, professor e arranjador, Gilvan de Oliveira nasceu em Itaú de Minas. Ele já se apresentou nos Estados Unidos, França, Portugal, Cuba, Uruguai, Bélgica, Espanha, Alemanha,
Itália e Lituânia. O artista já tocou com: Milton Nascimento, Gilberto Gil, Al di Meola, Dominguinhos, Toninho Horta, Paulo Moura, Jane Duboc, Leila Pinheiro, Elza Soares, Belchior, Renato Borghetti, Guilherme Arantes, Renato Teixeira, dentre outros. Vencedor dos prêmios: Troféu Pró-Música de melhor instrumentista/1995 e melhor arranjador/2002; Prêmio Sharp de Música CD Es-
tação XV, com o Grupo Ponto de Partida/1996; Direção musical e arranjos no CD Semente Caipira, agraciado com Grammy Latino de melhor álbum de música sertaneja/2001. n
Show Gilvan de Oliveira - “Pixuim” DATA: 25 de abril HORÁRIO: 20 horas LOCAL: Conservatório UFMG – Avenida Afonso Pena, 1534. Entrada franca – retirar os ingressos uma hora antes da apresentação, das 19h às 20h. Classificação: livre Informações:
3409-8300
URBHANO BELVEDERE Belo Horizonte, 16 a 30 de abril de 2013
FEMININO
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Modernos ou tradicionais Fotos: divulgação/Giuliana Mazzucato
Beleza | SÃO DIVERSAS AS OPÇÕES PARA O PENTEADO DAS NOIVAS
AS NOIVAS QUE PREFEREM FLORES DE TECIDO NÃO PRECISAM MAIS ABRIR MÃO DO BRILHO: É POSSÍVEL ACRESCENTAR COMPLEMENTOS METÁLICOS E COM PEDRARIAS AOS PENTEAGiuliana Mazzucato DOS
Vestido, maquiagem, sapato, buquê, penteado. São várias as preocupações da noiva que quer estar maravilhosa em um dia tão importante de sua vida. Pensando nisso, conversamos com profissionais sobre como deixar a produção ainda mais bonita na hora de subir ao altar. O coque da temporada pede muito volume, tanto no topo da cabeça, fazendo uma espécie de topete, quanto na parte de trás. E nada de cabelo muito certinho, a ideia é desfiá-los para criar um visual desarrumado. Mechas grossas, onduladas com babyliss e presas uma a uma no alto da cabeça também são tendência. É o que afirma Giuliana Mazzucato, 32, proprietária de uma loja especializada em tiaras, que leva o seu
nome. “As noivas, atualmente, estão optando por coques, principalmente os mais desestruturados”, conta. Esse penteado tradicional ganha um novo charme quando acompanhado de tiaras, flores ou peças produzidas com materiais modernos, como a malha de cobre. Cabelos trançados e presos na lateral também estão em alta. O cabeleireiro Francisco Carlos, 47, percebe no dia a dia do salão de que é proprietário a preferência das noivas. “Faço muito coque clássico, estilo Evita Perón. Ele nunca sai de moda, é elegante e bonito. Hoje também estão em alta os penteados com tranças”, afirma o profissional que está há 30 anos no ramo. Como disse o cabeleireiro, além do coque, as tranças são
outra forte tendência. O cabelo pode ser simplesmente trançado ou pode servir como base para um penteado mais trabalhado. A relações públicas, Maria Laura Savassi, 25, escolheu a trança única lateral para o grande dia. “Vou fazer uma trança pra sair do coque tradicional que as noivas costumam usar. Não gosto de véu, então optei por colocar uma ou várias flores no cabelo, já que gosto de coisas mais simples”, diz a noiva. Cabelos completamente soltos são lindos, mas nada funcionais, uma vez que podem voar no meio das fotos e murchar antes do tempo. Para quem gosta deste estilo a saída são os meio-presos, estilo princesinha ou amarrados de um lado só, que emolduram o rosto sem pesar. n
ACESSÓRIOS
As noivas usam os acessórios de Giuliana Mazzucato
TIARAS: Combinam com todas as idades e estilos e valorizam todos os rostos e penteados. Podem ser usadas em cabelos soltos ou presos. A dica é apostar nas mais modernas. HEADBANDS: delicadas e femininas, podem ser feitas com diversos materiais, como rendas, strass, fitas, entre outros, tudo depende do estilo da noiva e do horário da cerimônia. Casamentos noturnos pedem um acessório mais chamativo, com pedrarias e brilhos. Durante o dia aposte em algo romântico e simples. VÉU: O de tule é um tecido mais leve e transparente, que deixa o vestido em evidência. A renda possui um ar mais nobre. Vale misturar os dois. O comprimento varia de acordo com o estilo do vestido e horário do casamento. PENTES E PRESILHAS: Podem ser usadas tanto em cabelos soltos quanto nos presos e semi-presos. Ideal para enfeitar coques e tranças e se adaptam a qualquer tipo de cabelo, lisos ou cacheados.