16 a 31 . maio de 2013 . ANO I . Número 06 . Distribuição gratuita
URBHANO
On-line: www.urbhano.com.br
BELVEDERE
Foto: Isabella Queiroz
tudo que inteRessa no seu bairro está aqui
mais que uma paixão
Moradores do Belvedere encontram nos haras um refúgio para lazer, reuniões familiares e investimentos local
Foto: arquivo pessoal
Moradores do Belvedere reclamam da falta de segurança e apontam aumento de pivetes pág. 3
especial
jovem
Belo-horizontinos se preparam para a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro pág. 4
páginas engraçadas nas redes sociais viram febre e criam celebridades da noite para o dia pág. 10
gastronomia
pilotando o fogão pedro calazans, na foto com o chef Claude Troisgros, é um dos que adotaRAM A culinária como forma de diversão e relaxamento Pág. 7
Esporte mais uma vez o Campeonato Internacional de Wakeboard movimentou a Lagoa dos Ingleses .pág. 13
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URBHANO BELVEDERE Belo Horizonte, 16 a 31 de maio de 2013
opinião frasesURBHANAS
Foto: arquivo pessoal
Não somos nem queremos ser um dos maiores bancos de varejo do Brasil. Nosso papel é, sobretudo, conectar investidores brasileiros com o resto do mundo e vice-versa. Douglas Flint, presidente do conselho do HSBC Antes que falem qualquer coisa, nós tivemos um pequeno entrevero há pouco tempo, cinco ou seis anos, que o tempo já cicatrizou. Faustão, para o cantor Lulu Santos
Aquiles Leonardo Diniz (*)
As primeiras lições sobre educação financeira
EXPEDIENTE
Aquiles Leonardo Diniz
Vice-Presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi)
O estresse separa os homens dos meninos, os verdadeiros empreendedores dos que jamais montariam um negócio por sua própria conta e risco. Eike Batista, antes da crise econômica que enfrenta no momento
Foto/divulgação
Algumas escolas brasileiras já incluíram a disciplina Educação Financeira na grade curricular de crianças e jovens. Infelizmente, são poucas. Nos países desenvolvidos, o assunto se encontra em estágio avançado nos colégios, e o reflexo é o desenvolvimento sustentável da sociedade e a formação de cidadãos responsáveis. Não é uma tarefa fácil aprender a administrar o próprio orçamento. Desafio maior ainda é ensinar a um filho como fazê-lo. Como a atual geração de crianças e jovens é fascinada pela internet, já existem ferramentas on-line que ajudam a ensinar educação financeira de forma lúdica e divertida. Uma consultoria de TI especializada no mercado financeiro chamada Cedro Finances criou, no início de 2011, o jogo Goumi, que tem como público-alvo crianças e adolescentes entre 7 e 15 anos. O ambiente reproduz uma cidade, e o usuário aprende a poupar, gastar, investir, criar negócios e administrar o próprio orçamento. Cada vez mais imersos em uma sociedade de consumo, os pais devem começar bem cedo a educação financeira da família, para que os filhos não percam a noção do valor do dinheiro. Durante os intervalos dos desenhos, por exemplo, a publicidade voltada para o público infantil é o primeiro fator a influenciar o consumismo desenfreado. É preciso encontrar um equilíbrio para ensinar às crianças as diferenças entre querer, poder e precisar. É comum encontrarmos pais que trabalham em tempo integral ou pais separados que sentem que a ausência deve ser compensada dando ao filho tudo que ele pede. Sem orientação correta, esse jovem pode se tornar um gastador exagerado no futuro. De acordo com sondagem feita pelo Departamento de Economia da Federação do Comércio de Bens e de Serviços (Fecomércio) no final de 2011, 38,5% dos inadimplentes de Minas Gerais estão na faixa etária de 25 a 34 anos, seguidos pelos jovens entre 16 e 24 anos (23,1% do total). Dados que mostram que o uso do crédito sem critérios aliado à falta de planejamento financeiro pode ocasionar um descontrole no orçamento e evidenciam a importância da participação dos pais na educação financeira dos jovens. A mesada é um mecanismo saudável para que se aprenda a poupar e planejar. É necessário definir um dia do mês para fazer o pagamento. Se o jovem administrar mal o dinheiro e estiver sem dinheiro dez dias depois, jamais se deve complementar com alguma quantia. Do contrário, a mesada perde o valor. Estabelecer objetivos, como a aquisição de um videogame, estimula o jovem a poupar e a acreditar que, com planejamento, é possível realizar sonhos. Enfim, a maneira como os adultos administram suas finanças reflete o tipo de educação financeira que receberam dos pais. Com orientações, estímulo, bom exemplo e participação ativa dos pais na vida financeira desde a infância, é possível formar pessoas organizadas, precavidas e conscientes quanto a seus gastos e investimentos, e que, certamente, se tornarão também consumidores responsáveis.
A sensação é que ele juntou o egocentrismo e a megalomania evidentes e surtou. Ficou tão grande que se achou invencível. Economista Rodrigo Constantino, em relação a Eike Batista, que perdeu parte de sua fortuna no início deste mês
A gente tinha mais é que se divertir e levar aquilo como um grande treino para a próxima fase. Usaram aquilo como motivação, mas eu vou aproveitar a deixa. Quando está valendo, está valendo. Ronaldinho Gaúcho, na vitória do Atlético sobre o São Paulo
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local
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Segurança no Belvedere? Foto: Lucas Alexandre Souza
Realidade | Moradores assustados relatam situações de medo nas ruas do bairro
Moradores reclamam da falta de policiamento nas ruas do bairro
Embora a polícia afirme que os números da carro furtado no dia 15 de abril, tão ruim quanto violência no Belvedere vêm diminuindo, mora- perder um bem, é sentir o descaso das autoridores e frequentadores reclamam da falta de se- dades. “Quando tive meu carro furtado e fui à gurança no bairro classe A da região Centro-Sul delegacia fazer o boletim de ocorrência, o policial me disse que infelizmente não tinha muito de Belo Horizonte. Roubos e furtos de automóveis, assaltos a o que fazer em relação ao meu carro. É um destranseuntes, sequestros relâmpago, invasões caso total”, fala indignada. Fran, que há quatro anos trabalha no Belvedere, diz que a residências e até latrocínios têm Orientações para percebe que a cada ano a viosido noticiados frequentelência vem aumentando, e mente na região. A maior evitar os crimes: que a frequência com que reclamação da população ouve casos de assaltos é a sensação da falta é bem maior, sem de uma atenção diperceber o mesferenciada para • Verifique se há pessoas estranhas e carros desconhecidos próximos à sua residência; mo aumento o problema da da presença região por • Se desconfiar de alguém, chame a PM para que os suspeitos sejam averiguados; da políparte das cia. “Não autorida• Mantenha uma ligação forte com seus vizinhos para que possam perceber é de hoje des. quando algo estiver errado; que tePara a • Denuncie arrombamentos mesmo que nada ou pouco seja levado. mos visto a assessora As informações ajudam o planejamento policial; violência de impren• Não estacione o carro em locais mal iluminados e ruas desertas; aumentar sa Fran • Verifique se todas as portas estão trancadas e não deixe vidros entreabertos; no bairro, Dornelas, mas conmoradora • Não dê carona a estranhos e não abra a janela para vendedores de rua; tinuo não do Funcio• Nos semáforos, pare sempre com a primeira marcha engatada; vendo a nários, que • Os pneus em bom estado e o tanque cheio são medidas polícia nas trabalha de segurança; ruas. na aveni• Se alguém pedir ajuda, não pare. Um dia desda Luiz Paulo Ligue 190 e solicite socorro para o local. ses, depois que Franco e teve seu
perdi meu carro, eu e alguns amigos do trabalho presenciamos um assalto no ponto de ônibus. A quantidade de pivetes cresceu muito aqui em frente ao BH Shopping, e não tem policiamento ostensivo para combater esse aumento da criminalidade. Não sabemos onde isso vai parar”, contou. A reportagem do jornal URBHANO conversou com alguns porteiros de prédios da região que preferiram não se identificar e contaram que todo dia sabem de casos de roubos de carros e de assaltos nas ruas do bairro. Para um dos porteiros entrevistados, é constante a reclamação de moradores que são assaltados. A advogada e cantora Fabiana Luzzi diz perder a paz toda vez que o filho de 17 anos sai para as atividades diárias, no Belvedere. Seja para ir para o colégio Edna Roriz ou para a academia Malhação, que fica em uma das ruas mais movimentadas da região. “O bairro está cheio de pivetes, o meu filho e quase todos os colegas já foram furtados na porta da escola ou na saída da academia. Ele nem anda mais com celular. E agora tenho que me desdobrar entre os meus compromissos e os dele para levá-lo e buscá-lo”, desabafa Fabiana, que mudou para a região há quatro anos em busca de segurança. A cantora lembra que quando se mudou para o bairro costumava chegar do trabalho, com a banda de música com quem faz apresentações, por volta da cinco da manhã e era comum já ver gente saindo para caminhar nesse horário. “Hoje as pessoas têm medo, não fazem mais isso. Quando meu filho tinha 13 anos, saía sozinho e eu ficava tranquila, agora perdemos essa paz. O bairro cresceu e a violência também”, analisa Fabiana, que acredita que a exposição na mídia sobre a violência no local tem surtido efeitos positivos. “Nas últimas semanas tenho visto mais blitze no bairro”, comenta. Diferente das péssimas experiências de Fran e Fabiana, a advogada Daniela Andrade foi assaltada sob a ameaça de uma arma por dois motoqueiros no trânsito. “Era um pouco mais de seis da tarde e eu e minha irmã estávamos no meu carro, paradas em uma fila dupla. Uma moto com dois ocupantes bateu no meu carro e o carona pediu meu celular enquanto o motorista levantou a camisa e ficou me mostrando a arma. Não tive opção, peguei meu celular, que estava carregando no carro, e entreguei a eles, que foram embora na maior tranquilidade. Até ser assaltada, eu não sabia como estava a violência na região. Conforme eu ia contando para meus amigos, quase todos tinham uma triste experiência para compartilhar. É revoltante”, declara. n
A Secretaria de Defesa Social informou que no ano de 2011 ocorreram 3.201 arrombamentos no Belvedere, enquanto que em 2012 foram registradas 2.933 ocorrências. Somente nos meses de janeiro e fevereiro de 2012 aconteceram 647 casos, enquanto que no mesmo período deste ano foram contabilizados 475. Fontes: Polícias Civil e Militar
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URBHANO BELVEDERE Belo Horizonte, 16 a 31 de maio de 2013
geral
O maior do mundo Encontro cristão | Com o tema “Ide e fazei discípulos entre todas as nações”, a JMJ chega ao Brasil
Foto: MaryLane Vaz
Bispo auxiliar de Belo Horizonte, dom João Justino
Missa de encerramento da JMJ de 2011
Foto: Hanna Grabowska
A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é um encontro de jovens católicos criado pelo Papa João Paulo II com o objetivo de celebrar a fé em Jesus Cristo e mostrar o lado jovem da Igreja. Este ano o encontro terá o Rio de Janeiro como sede e acontecerá entre os dias 23 e 28 de julho. A JMJ, que espera cerca de dois milhões e meio de jovens inscritos de todas as partes do mundo, oferecerá muitas atividades para os peregrinos, como catequeses, eventos culturais, partilhas, adorações, shows, momentos com o Papa, entre outros, tudo em diversas línguas, atravessando gerações e fronteiras e reunindo jovens dos quatro cantos do planeta. Segundo Dom João Justino, bispo auxiliar da arquidiocese de Belo Horizonte, a JMJ marca a vida dos jovens. “A Jornada tem significado para a juventude um forte impulso para se viver como jovem a fé cristã, além de ser uma experiência muito singular, dadas as proporções do evento. Seu significado vem ao encontro de jovens de culturas e línguas diferentes. Esta é a vez do Brasil de sediar em julho a JMJ. Nenhum jovem brasileiro deveria poupar esforços para ir à Jornada. É um evento que marca a vida de fé”, reforça Dom João. O Vaticano divulgou no dia 7 de maio a programação do Santo Padre, que chegará ao Rio de Janeiro no dia 22 de julho. No dia 25, Francisco se dirigirá à praia de Copacabana para acolher os jovens participantes da JMJ. No dia 26, vai até a Quinta da Boa Vista, onde irá confessar cinco jovens provenientes de todos os continentes. No fim do dia, visitará a praia de Copacabana para a Via Sacra com os jovens. No dia 28, o pontífice sobrevoa de helicóptero o Cristo Redentor, que ficará aberto 24 horas durante a JMJ. Mesmo assim somente 10% dos turistas conseguirão ver de perto o monumento, e será necessário agendar a visita com antecedência. No domingo, está prevista uma missa campal de encerramento da Jornada no “Campus Fidei”, em Guaratiba, onde será anunciado o local onde ocorrerá o próximo encontro, em 2015. De acordo com o missionário Luciano Couto, responsável pela ida dos pe-
regrinos com a comunidade francesa Caminho Novo (Chemin Neuf), os jovens ficarão acampados em uma região com 1,6 km², divididos em sub-regiões de 50 mil pessoas cada uma, que terão à disposição banheiros, água, alimentação e enfermaria. Para participar da Jornada basta entrar no site oficial e montar um grupo. O Pacote Peregrino completo inclui hospedagem, realizada em escolas, igrejas, hospitais e casas de voluntários, café da manhã e locomoção pela cidade do Rio, sendo que cada peregrino receberá um cartão eletrônico que o possibilitará andar em qualquer meio de transporte público de forma gratuita. Segundo Luciano, os inscritos receberão também um cartão eletrônico, que funcionará como um ticket de alimentação, garantindo aos jovens almoço e jantar nos vários restaurantes espalhados pela cidade que fizeram parceria com o evento. A única coisa que não está inclusa é o transporte do local de origem para a cidade do Rio de Janeiro. O grande encontro da fé católica é celebrado a cada dois ou três anos e já teve 11 edições. Nove países sediaram o evento, sendo o último a Espanha. Todas as pessoas que trabalham para a JMJ são voluntárias; se-
jam tradutores, sejam responsáveis pelo acolhimento, pela organização ou comunicação, o trabalho é feito por amor. Antônio Augusto, 19, é uma dessas pessoas. “Quando decidi ser voluntário, não tinha nenhuma expectativa em relação ao serviço e à JMJ. Mas, com o passar do tempo, fui percebendo que a Igreja Católica precisa de nós e nós precisamos dela. O serviço de voluntário não é apenas servir, mas também acolher os jovens do mundo inteiro, com amor e carinho, assim como Jesus nos dá. Todos juntos com a mesma intuição: rezar, evangelizar, louvar e partilhar”, declara. O jovem Gabriel Ruas, 20, da paróquia de Santana, conta como foi a experiência vivida em Madrid. “A JMJ vai além de qualquer experiência já vivida. Não se trata de uma grande festa com o Santo Padre. É um mix de religiosidade com todos os tipos de relações sociais. Todos estão lá por um só motivo, viver um encontro pessoal com Cristo, mas quem disse que esse encontro não pode se dar em meio a toda essa bagunça? É por meio de cada um dos milhões de participantes, e no meio de toda a “farra” dos jovens, que Jesus dá um jeito de falar pessoalmente a cada um”, conta Gabriel, que foi para a Espanha com um grupo de amigos da paróquia. “O objetivo da JMJ não é reunir milhares ou milhões de pessoas, mas sim dar testemunho de uma Igreja viva e em constante renovação”, analisa a jovem Cecília Rameh, 19. “Ter participado da Jornada foi uma das melhores experiências da minha vida. Foi incrível ver pessoas do mundo inteiro com a mesma fé que a minha, dá uma certeza de que estamos no caminho certo. Ainda tem a emoção de ver o Papa passando a poucos metros e o contato com pessoas de países com realidades totalmente diferentes. É uma experiência maravilhosa, impossível de descrever com detalhes, só participando pra entender”, diz Cecília.
Nenhum jovem brasileiro deveria poupar esforços para ir à jornada. É um evento que marca a vida de fé
URBHANO BELVEDERE Belo Horizonte, 16 a 31 de maio de 2013
PréJornada Como o objetivo da JMJ, que reúne mais pessoas que os eventos da Copa do Mundo de futebol e as Olimpíadas juntos, é um encontro com Jesus, os peregrinos devem se preparar para viver esse momento. Para isso existem os retiros, pré-jornadas, encontros de formação e catequese. Todas as dioceses brasileiras viverão a Semana Missionária. Segundo o bispo auxiliar Dom João Justino, essa semana
possui uma programação baseada em três eixos: espiritualidade, solidariedade e cultura. “Em BH, a semana missionária será realizada do dia 16 até o domingo, dia 21, encerrando junto com o Congresso Mundial das Universidades Católicas. Vamos acolher cerca de 10 mil jovens, abrigados na casa dos paroquianos”, afirma Dom João. Segundo o bispo auxiliar, se preparar para a jornada é muito importante. “O sentido da preparação evoca tudo aquilo que é grande na vida das pessoas, que se
geral preparam para poder aproveitar melhor ainda o que vai ser oferecido. Participar da semana missionária é um modo de se preparar melhor para esse encontro com o Senhor, que é o objetivo de toda ação da Igreja: apresentar Cristo às pessoas”, reforça Dom João. O Festival Internacional da Comunidade Caminho Novo é um desses eventos pré-jornada que acontecerão próximo a Belo Horizonte, e promete reunir jovens do mundo todo para viver momentos espirituais, de partilha e diversão.
Jean-Baptiste Benoit, 22, da cidade de Lyon, na França, virá para a pré-jornada como voluntário. “Esse encontro é realmente um desejo de Deus para abrir os olhos dos jovens sobre a grandeza do mundo e de Deus. É, em primeiro lugar, um encontro com os outros jovens que são diferentes de nós, é conviver e partilhar com eles tendo como único laço, Jesus”, comenta o jovem francês. A Comunidade oferece o pacote completo, Jornada + pré-Jornada, incluindo o transporte para o Rio.
Foto: arquivo pessoal
Durante sua estada no Brasil, o Papa Francisco pretende ir de helicóptero até a cidade de Aparecida (SP), onde celebrará missa no Santuário Nacional, visitar o hospital São Francisco de Assis e a comunidade carioca de Varginha/Manguinhos.
Jovens da paróquia de Santana que participaram da JMJ em Madri, que reuniu em torno de dois milhões e meio de pessoas
História Em 1984, foi celebrado na Praça São Pedro, no Vaticano, o Encontro Internacional da Juventude com o Papa João Paulo II, por ocasião do ano Santo da Redenção, que recordava a morte de Cristo. No encontro, o Papa entregou aos jovens a Cruz que se tornaria um dos principais símbolos da JMJ, conhecida como Cruz da Jornada, que vem peregrinando desde então pelo mundo, estando presente em cada celebração internacional do evento. Anualmente a Cruz visita as dioceses do país sede
de cada JMJ, como meio de preparação espiritual para o grande evento. O ano de 1985 foi declarado Ano Internacional da Juventude pelas Nações Unidas, e no mesmo ano o Papa anunciou a instituição da JMJ, realizada pela primeira vez em 1986 a nível diocesano em Roma. Em 1987, o pontífice polonês convocou os jovens para um encontro em Buenos Aires, tornando a JMJ um momento de peregrinação internacional. Nessa edição, João Paulo II reafirmou o que vinha falando aos jovens desde o início de seu pontificado: “Vós
sois a esperança da Igreja, vós sois a minha esperança”. Rapidamente as Jornadas responderam ao clamor do Papa, reunindo milhões de jovens em vários lugares do mundo, como Manila, nas Filipinas, na qual se registra o recorde de peregrinos: mais de quatro milhões de pessoas. Uma jornada especial foi a de Czestochowa, em 1991, a primeira edição depois da queda do Muro de Berlim, na qual jovens vindos de dois blocos separados e hostis puderam, celebrar de mãos dadas a fé em Jesus. Em 2003, o Papa João Paulo II deu aos jo-
vens um segundo símbolo de fé para acompanhar a cruz: uma cópia de um antigo e sagrado ícone encontrado na primeira e maior basílica para Maria a Mãe de Deus, a Santa Maria Maior. “Hoje eu confio a vocês o ícone de Maria. De agora em diante, ele vai acompanhar as Jornadas Mundiais da Juventude, junto com a cruz. Contemplem a sua Mãe. Ele será um sinal da presença materna de Maria próxima aos jovens que são chamados, como o apóstolo João, a acolhê-la em suas vidas”, disse o Santo Padre em Roma. n
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Cruz Peregrina Pão de Açúcar
Cristo Redentor Coração do Discípulo
Litoral brasileiro
expectativas A JMJ é um marco importante para a nossa fé, é o encontro com o Papa, a santidade em pessoa. Amo o Papa de coração, não vejo a hora de a JMJ chegar. Estéfano Trad, 26, Nossa Senhora Mãe da Igreja A JMJ é um encontro com Cristo, não posso esperar nada menos que algo tão grandioso como o encontro com o Criador, o Salvador, Deus homem. Além disso, ir para a JMJ junto com o Papa Francisco e uma multidão de mais de 2 milhões de pessoas é uma garantia de que minha fé é viva, firme, forte e bem fundamentada. É a certeza de que não estou sozinho. Ir à JMJ em Madri, em 2011, foi uma experiência inesquecível, não posso nem mensurar o quão especial será viver tudo que ela pode me proporcionar aqui, no meu país. Rodrigo Pinho, 21, Santana Pensar na Jornada simplesmente me deixa sem palavras. Jovens do mundo inteiro se reunindo por um ideal tão bonito e sincero como a entrega da vida a Cristo me emociona, me dá fé em um mundo com mais amor. Débora Pazini, 18, Nossa Senhora Rainha
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| direito
mais relevante e imediato trazido pela Emenda é quanto ao horário de trabalho, limitando a carga horária a 8 horas diárias e 44 horas semanais, e estabelecendo o direito às horas extras em caso de extrapolação. Outra questão que enseja dúvidas diz respeito à alteração de contratos que já existiam, ainda que verbais. O empregado doméstico que cumpria carga horária inferior ao limite estabelecido não pode ter sua jornada majorada sem o respectivo aumento de salário. Do mesmo modo, não é permitido reduzir o salário daquele empregado que cumpria carga Daniela Rafael de Andrade horária superior e, agora, terá a jornada reduzida advogada-sócia do escritório Andrade, Nigri e Dantas Advogados, mestranda em Direito do Trabalho para adequá-la ao limite da Constituição. Além pela PUC-MG e professora de Direito Processual do Trabalho na Universidade FUMEC. disso, é obrigatória a concessão do intervalo de no mínimo uma hora e no máximo duas para refeição A “PEC das domésticas”, como ficou conhecida e descanso, além do intervalo de 11 horas entre um dia de trabalho a Emenda Constitucional nº 72, que alterou o e outro. Quanto a este aspecto, há queixas de ambos os lados. Os parágrafo único, do artigo 7º, da Constituição Federal de 1988 completou um mês no dia 3 de maio. empregadores reclamam das dificuldades de controlar o intervalo e, às vezes, da impossibilidade de concedê-lo, pelo tipo de trabalho O que mudou neste período? prestado. Os empregados, por outro lado, questionam sobre a Embora preveja vários direitos, a Emenda Constitucional deixou possibilidade de reduzir o período de intervalo para saírem mais cedo. alguns deles pendentes de regulamentação por nova lei. Ainda não Tais intervalos não podem ser negociados! Trata-se de questão de podem ser exigidos seguro-desemprego, indenização em dispensas ordem pública que visa proteger a saúde do trabalhador. Dessa forma, sem justa causa, recolhimento de FGTS (para quem já não fazia), em eventual ação trabalhista, o empregador pode ser condenado ao salário-família, adicional noturno, auxílio-creche e seguro contra pagamento do período não concedido como hora extra, mesmo que a acidente de trabalho. Dessa forma, até o momento, o efeito prático redução tenha se dado com a concordância do empregado.
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Há, ainda, outras dificuldades: quem deverá provar o horário trabalhado? Quanto aos empregados que dormem nas residências onde trabalham, como é o caso, por exemplo, das babás e dos cuidadores de idosos, como deverão ser calculadas as horas trabalhadas? O período noturno será tempo à disposição? Hora trabalhada? Um mês após a Emenda, as dúvidas são as mesmas de quando foi publicada, embora perceba-se que as pessoas, aos poucos, tentam adaptar seu dia a dia ao cumprimento das novas regras. Algumas propostas vêm sendo suscitadas como, por exemplo, a criação do Supersimples (que viabilizaria o pagamento do INSS e do FGTS simultaneamente), a possibilidade de adoção de regime de compensação de jornada, a redução do percentual da indenização do FGTS, entre outras. Deve-se aguardar a regulamentação para que a mudança não caia no vazio, mas seja, de fato, uma medida para profissionalizar a relação, de forma viável para ambas as partes. n
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Foto: Shutterstock
Foto: Lucas Alexandre Souza
06 especial
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gastronomia
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Homens na cozinha Seja para relaxar, surpreender amigos e pretendentes ou simplesmente para propiciar momentos de distração, a gastronomia vem ganhando espaço na agenda masculina. O hobby ganhou entre seus adeptos o médico cirurgião Silvério Garcia, 38, que faz aulas de gastronomia desde 2009. Para ele, a culinária proporciona momentos de descontração e relaxamento. “Ela ajuda a desviar a atenção, por alguns momentos, do estresse do dia a dia. E permite a expressão do lado artístico, com embasamento técnico. Além de que cozinhar é quase um ritual, que se inicia pela preparação do cardápio, a escolha cuidadosa dos ingredientes, sendo todos momentos de grande prazer”, define. Os homens que têm conhecimento gastronômico se sobressaem na hora da conquista em relação aos leigos na cozinha, é o que garante o designer gráfico Reinaldo Soares, 35. “Acredito que quando um homem sabe preparar um bom jantar, ele tem nas mãos uma ferramenta de conquista a mais. O momento do jantar é romântico, e as mulheres, como nós, homens, podem sim ser fisgadas também pelo estômago”, afirma. Reinaldo conta
Foto: Rafael Augusto Carneiro Rezende
Mudança de hábito | a prática da culinária se transforma em lazer e distração
O cirurgião Silvério (dir.) durante confraria com amigos
que certa vez, atendendo a um pedido, cozinhou para um amigo e passou a autoria de seus pratos para o colega impressionar a namorada. “Primeiramente ele me pediu uma receita, mas como não tinha o hábito de cozinhar, ficou inseguro e me perguntou se eu podia ajudá-lo no dia. Eu fui, e sabe como é, as dificuldades foram aparecendo e eu fui ficando. Até que ele teve a “brilhante” ideia de não deixar que ninguém fosse até a cozinha para não estragar a “surpresa”. Eu só tive o feedback dele, e pelo que me foi passado eles gostaram muito. Ao final ele me agradeceu muito e só contou a verdade depois de mais de um ano,
quando já sabia cozinhar. Esse meu amigo, hoje, frequenta cursos de culinária comigo”, conta. Outro que se rendeu ao prazer de cozinhar foi o estudante de Direito Pedro Calazans, 23. Através de viagens ao redor do mundo, em busca de novos sabores, Pedro vem cultivando sua paixão pela gastronomia. Depois de conhecer a culinária de lugares como Espanha, Tailândia, Indonésia, Cingapura e ainda outros países asiáticos, Pedro decidiu se aprofundar, por conta própria, no estudo da culinária mundial. “Através da cozinha, a gente aprende muito sobre a cultura e a história de um povo. Para mim, isso é uma das coisas mais importantes”, pontua.
Segundo Pedro, o que motiva o aumento da busca masculina pelo hobby é o caráter socializador que ele promove. “A gastronomia proporciona contato com a família e faz com que sempre se conheça gente nova”. Prova disso são as confrarias que Pedro organiza com amigos. Nas reuniões, que ocorrem semanalmente, o grupo prepara diferentes receitas. Além de participar das reuniões gastronômicas, Pedro voou mais alto e pôde mostrar seus dotes culinários no programa de televisão do canal GNT, QUE MARRAVILHA, apresentado pelo consagrado chef francês Claude Troisgros. “No programa, fiz uma homenagem ao
Frango ao molho de conhaque com polenta Foto: Lucas Alexandre Souza
por Pedro Calazans
Ingredientes - 4 colheres (sopa) de azeite - 2 colheres (sopa) de manteiga - salsinha e cebolinha a gosto - queijo minas ralado a gosto - 4 cortes de coxa e sobrecoxa de frango - 200 a 300 ml de conhaque Contreau a gosto - 2 colheres (sopa) de açafrão em pó - 10 tomates cortados em cubos - 2 cebolas roxas fatiadas em rodelas - 1 talo de alho-poró - 2 xícaras de polenta - 700 ml de caldo de frango - couve ou ora-pro-nóbis
meu avô, que é português, com uma receita de bacalhau. Fui até o Rio de Janeiro para aprender a preparar o prato, e depois a produção do programa veio até BH para provar a receita”, explica Pedro. No total de 10 pontos, o prato foi avaliado com a nota 9.3. Segundo Pedro, seu envolvimento com a gastronomia se aprofundou a tal ponto que ele está idealizando o próprio restaurante. “É um sonho que já está em andamento. Eu e meu primo estamos fazendo pesquisas de mercado para o desenvolvimento desse projeto”, antecipa. Associando a culinária com momentos de celebração da amizade, as confrarias também se tornaram uma opção adotada
pelo médico cirurgião Silvério Garcia. “Nossa turma de amigos, com uma queda pela gastronomia, formou uma confraria, para se reunir mensalmente. A cada encontro, o anfitrião da vez é responsável pela cozinha e pela harmonização das bebidas, com o revezamento dos membros durante todo o ano”, explica o cirurgião. Após cada edição, o grupo registra os encontros no blog A Microbiota. “As reuniões são marcadas por alegria e descontração”, afirma o cirurgião. Já o jornalista Pierre Menezes, 37, conta que sempre teve um gosto a mais pela culinária, e por isso há dois anos resolveu fazer um curso de Gastronomia. “A princípio foi como hobby, hoje vejo como uma segunda profissão”, revela. O conhecimento adquirido nas aulas possibilitou a Pierre realizar trabalhos nos finais de semana como personal chef, em parceria com uma amiga. “Quando fazemos um jantar na casa do cliente, a pessoa programa o jantar junto conosco. Escolhemos juntos o cardápio e depois a pessoa não precisa se preocupar. No dia do evento preparamos tudo e entregamos a cozinha da mesma forma que encontramos”, explica. n
Modo de preparo Tempere o frango com sal e pimenta a gosto e reserve. Em uma panela, aqueça quatro colheres de sopa de azeite. Coloque duas colheres de sopa de açafrão em pó e deixe fritar rapidamente. Acrescente os cortes de frango e misture com uma espumadeira, para que o frango adquira o gosto e a cor amarela do açafrão. Deixe o frango selar por alguns minutos. Acrescente os tomates cortados em cubos pequenos, a cebola roxa em rodelas, o alho-poró e as ervas. Refogue por alguns minutos até que o tomate libere água. Acrescente o conhaque. Deixe cozinhar até que o molho diminua um pouco e o frango esteja cozido (cerca de 40 minutos). Para a polenta Aqueça uma panela com 700 ml de caldo de frango. Quando estiver fervendo, acrescente aos poucos a polenta até engrossar (por volta de duas xícaras). Finalize com queijo minas ralado e duas colheres de sopa de manteiga. Sirva com a polenta no fundo do prato. Disponha o frango sobre a polenta e finalize com couve ou ora-pro-nóbis refogados.
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matéria de capa
Haras se torna refúgio Foto: Isabella Queiroz
Hipismo | Como investimento, lazer ou esporte, cavalos são uma ótima opção
Quem vive em grandes centros urbanos, como Belo Horizonte, está constantemente exposto a situações estressantes. Trânsito, insegurança, excesso de informações, problemas familiares e no trabalho geram desgaste físico e mental. No meio de toda essa adversidade, os moradores do Belvedere têm encontrado nos haras uma boa alternativa para estreitar os laços com a família e praticar esporte. A paixão por cavalos de Cristiano Azevedo, 31, começou cedo. Morador do Belvedere, o empresário cria Campolinas há 14 anos. “Aprendi a gostar do meio rural com meu pai e meu avô. Para realizar meu sonho precisei viabilizar financeiramente um haras. É um ótimo ambiente para compartilhar com a família e os amigos. Sou noivo e pretendo passar muitos momentos com meus filhos e minha esposa neste lugar”, diz o criador, que é proprietário do Haras Momento, em Prudente de Morais.
Outro morador do Belvedere que encontrou na paixão pelos cavalos um refúgio para a família é o empresário Alexandre Gribel. “Minha esposa disse que se eu achasse um lugar perto de Belo Horizonte, com asfalto até a porta, uma bela vista e água encanada, eu poderia comprar uma casa de campo. E encontrei um lugar com tudo isso, onde posso criar meus cavalos e desfrutar ótimos momentos com as minhas filhas e esposa”, revela Gribel. Além do prazer proporcionado pela criação dos animais, o empresário afirma que o hobby ainda promoveu uma aproximação maior entre a família. “Lá no haras, computador é proibido. As meninas andam a cavalo, mexem na horta, plantam, pescam e não pegam um joguinho nem assistem televisão. Assim nosso convívio é muito mais saudável em todos os sentidos”, comenta Gribel.
A fisioterapeut a Amanda Teixeira, 29, corrobora a opinião de Gribel a respeito da união que os cavalos proporcionam às famílias. Ela passou boa parte da vida num sítio com seus familiares e diz ter sido maravilhoso. Segundo ela, as práticas de cavalgada estimularam sua aproximação com os pais, e acrescentou ainda que o hábito é melhor aproveitado na fase infantil. “Para criança é infinitamente melhor, porque ela não vê montar a cavalo como um exercício ou mesmo como uma obrigação”, aponta a fisioterapeuta. A profissional ainda destaca os benefícios gerados pelo hipismo na saúde. “O hipismo trabalha toda a musculatura do corpo de uma só vez. O ganho é progressivo e a resistência também. A postura faz toda a diferença neste esporte, se o praticante não tiver uma postura adequada, não terá o equilíbrio necessário para cavalgar”, explica.
Foto: arquivo pessoal
Gabriela Marinho com Cristal
Cristiano no Haras Momento, em Prudente de Morais
Paixão em números Segundo dados do Ministério da Agricultura, o Brasil possui o maior rebanho de equinos da América Latina e o terceiro mundial, movimentando R$ 7,3 bilhões somente com a produção de cavalos. O rebanho brasileiro envolve mais de 30 áreas, distribuídos entre insumos, criação e destinação final, compondo a base do chamado Complexo do Agronegócio Cavalo, responsável pela geração de 3,2 milhões de empregos diretos e indiretos. Quando o assunto é exportação de cavalos vivos, os números são ainda mais significativos: a expansão alcançou 524% entre 1997 e 2009, passando de US$ 702,8 mil para US$ 4,4 milhões. Apesar de o consumo de carne de cavalos não ser um hábito no Brasil, o país é o oitavo maior exportador. Bélgica, Holanda, Itália, Japão e França são os principais importadores da carne equina brasileira, também consumida nos Estados Unidos. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo IBGE no fim de 2012, o número de cavalos e éguas vem se mantendo estável no país, em comparação com os dados de 2010, variando apenas 0,1%. Ao todo, o Brasil possui 5,5 milhões de cabeças de rebanho equino.
URBHANO BELVEDERE Belo Horizonte, 16 a 31 de maio de 2013
matéria de capa
Desde o ano passado, dez novos centros hípicos se estabeleceram no estado, sendo sete na Grande BH, segundo dados da Fundação Hípica de Minas Gerais (FHMG). Para João dos Santos, instrutor de equitação há 13 anos e que atualmente está no centro hípico Chevals, em Nova Lima, o crescimento se dá pela agenda de competições no país. “Há um aumento natural na prática de esportes em todo o Brasil, já que seremos o país sede da Copa do Mundo e das Olimpíadas. O hipismo vem crescendo significativamente nos últimos anos, impulsionado pelas variedades de hípicas e pelas conquistas brasileiras mundo afora”, aponta o instrutor. Para a competidora Juliana Lima, 18, até agora o esporte é pouco difundido no país por não receber uma abordagem constante de suas competições na mídia, mas acredita que esse cenário vem mudando. “Acho que o hipismo sempre foi um esporte pouco divulgado, mas de uns tempos pra cá, os jornais estão se interessando mais. O salto clássico, por exemplo, que eu faço, é pouco divulgado, as pessoas não sabem como podem praticar”, afirma Juliana. Segundo ela, a imagem preconcebida de que o esporte se trata de um lazer caro ainda prejudica a disseminação da atividade. Juliana participa de várias competições estaduais e nacionais na modalidade de salto, tendo chegado a altura de 1,20 m em suas provas. Ela frequenta aulas de equitação desde os oito anos de idade, mas afirma que seu contato com esporte começou aos quatro, na fazenda da
família. Hoje a amazona possui dois cavalos, o SilverSea Duabellas e o Quebranto Duabellas, e afirma que nunca se assustou com o porte dos animais. “As pessoas têm a imagem de que o melhor amigo do homem é o cachorro, para mim nunca vai ser isso. Eu sou completamente apaixonada pelos meus cavalos. A comida que eles comem eu dou na boca. Passo horas na baia, gosto de cantar para eles”, acrescenta Juliana.
A competidora Gabriela Marinho, 20, faz aulas de equitação desde os 13 anos no centro hípico Chevals. Foi em um desses centros que Gabriela conheceu Juliana Lima, e a paixão por cavalos fortaleceu a amizade. “Foi há oito anos. A gente se conheceu quando eu comprei a minha égua. Nós duas viajávamos para vários campeonatos juntas, éramos concorrentes. Disputamos em diversas competições nacionais”, lembra. Para Gabriela, a relação entre o animal e o dono vai além da prática do esporte. “Reflete no comportamento (do praticante). Se você fica nervoso, seu cavalo também fica. Ele é muito sensível ao nosso humor. É uma conexão muito grande. Quando eu chego assobiando e vejo a agitação dele, é um sentimento indescritível”, explica a equitadora. A amazona ainda apontou alguns dos benefícios proporcionados pelo esporte. “Equilíbrio mental, físico e postura são alguns benefícios. O esporte requer muita paciência, ensina que na vida a gente mais perde do que ganha, mas quando ganhamos vale muito a pena”, destaca. Além de ambicionar o fortalecimento na carreira como competidora, Gabriela ainda tem planos de montar um haras com a amiga Juliana. “A gente começou conversando e brincando que iríamos fazer um haras, que viveríamos com a renda dos cavalos, dedicando a vida a eles. Pesquisamos nomes, e nesse ano surgiu a ideia. Fizemos camisa, bordamos o brasão, e já o colocamos nas mantas dos cavalos”, conta. O sonho das equitadoras aos poucos está se tornando realidade, e o nome da empresa já foi escolhido, será Haras Duabellas, uma homenagem aos cavalos de Juliana. n Foto: Shutterstock
Hipismo em Minas Gerais
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A equitadora destacou ainda a importância da relação entre o cavalo e o cavaleiro, ou, no caso, amazona. “Acho que o mais importante é a relação com o animal. O cavalo é muito sensível, ele nos ensina a ser mais serenos. Quando é um animal mais nervoso, provoca em você uma vontade de tentar acalmá-lo, é uma experiência maravilhosa, como foi o meu caso. Tenho um animal muito carinhoso, que me faz aprender muito com ele”, garante.
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URBHANO BELVEDERE Belo Horizonte, 16 a 31 de maio de 2013
jovem
Dominando o Facebook
Foto: arquivo pessoal
Com o crescimento das redes sociais, os perfis fakes se espalham rapidamente nas páginas de relacionamento, sendo muitas vezes mais acessados que os perfis pessoais. Sejam de humor, frases religiosas, pensamentos filosóficos, citações literárias, entre outros, essas páginas do Facebook são o maior sucesso. A cada momento aparecem novos endereços que conseguem mais de mil curtidas em menos de duas horas ou que recebem um milhão de visualizações em uma semana. O maior sucesso entre os jovens são as contas com teor bem-humorado. Um exemplo é a página “Dilma Bolada”, que já foi notícia em vários meios de comunicação. O perfil humorístico da presidenta Dilma Rousseff foi criado pelo estudante de Publicidade Jeferson Monteiro, 23, que venceu pelo segundo ano consecutivo o Shorty Awards, conhecido como o Oscar das redes sociais. Em 2012, ganhou ainda o troféu Youpix, e o “Dilma Bolada” foi eleito pela revista Super Interessante a melhor página do Facebook. Em entrevista ao jornal URBHANO,o publicitário contou que não esperava esse sucesso todo. “Acho que esse tipo de coisa acontece quando menos esperamos”, comenta. A paródia virtual de Dilma mostra o “dia a dia” da presidenta de uma maneira irreverente e criativa, fazendo comentários sobre política, televisão, vida pessoal, além de alfinetar ministros, passar trotes na vizinha Cristina Kirchner, entre outros. No fim de suas publicações, Dilma Bolada sempre parafraseia o slogan do governo federal: “Brasil, país rico é país que para o trânsito e também o aeroporto quando passa” ou “Brasil, país rico é país com presidenta atenciosa com os fãs”. “Geralmente as pessoas gostam muito das opiniões do personagem fake sobre fatos cotidianos. São os que fazem mais sucesso. Os fãs também gostam muito quando os posts provocam a oposição”, diz Jeferson, que criou a personagem durante as eleições de 2010, no Twitter. As páginas se tornam populares por meio dos compartilhamentos realizados na rede. “Conheci a página “Dilma Bolada” com o pessoal do meu estágio. Todos os dias eles leem as falas dela. Um dia deu a curiosidade de procurar saber o que era e o que ela postava. Desde então, vejo todos os dias, não deixo de ler e rir um bocado”, comenta o estudante de Jornalismo José Willian Borges, 26.
Foto: Ernani D’Almeia
Humor | Páginas engraçadas ganham destaque dentro e fora da rede
Jeferson Monteiro, criador da divertida Dilma Bolada
Os perfis que brincam com situações engraçadas vividas por várias pessoas, fatos do cotidiano, hábitos e pensamentos que temos e muitas vezes não reparamos, têm seu espaço. Também estão em alta os perfis de “depressão irônica”. A fórmula é simples, são sempre fatos trágicos do cotidiano, ditos de forma irônica por algum personagem cômico. Assim, diversas páginas se popularizam cada vez mais na rede social, fazendo piada com a desgraça, nem sempre alheia. Beatriz Moraes, 13, adora esse tipo de página. “Eu visito muito a página da Alex Irônica (personagem do Disney Channel) gosto muito das piadas que
Para todos os gostos
Thácio Leite curte Catholic Memes e Gato da Ansiedade
Dilma Bolada Chapolin Sincero Gina Indelicada Willy Wonka Irônico Depressiva da Depressão Gato da Ansiedade Alex Irônica Literatortura
fazem com as notas baixas e com as escolas, como, por exemplo, ‘escola: a única droga que não vicia’, ou ‘quero aproveitar tudo que tenho antes de chegar o boletim’. Eu sempre encontro algo com o qual eu posso me identificar e, se for muito legal, eu compartilho e curto”, diz a estudante. O cineasta Thácio Leite, 25, também gosta das páginas com tom humorístico. “A ‘Gato Da Ansiedade’ sigo porque acho as tirinhas muito boas, faz piada com as ‘teorias da conspiração’ e também fala de situações engraçadas, típicas de pessoas dramáticas e exageradas, tipo: ‘fui picado por um mosquito, estou com dengue’. Acho que reflete um pouco da minha personalidade e um pouco de quem eu sou e do meu estilo de humor. A ‘Catholic Memes’ sigo porque fala da minha fé de uma maneira mais divertida e descontraída, pegando fatos históricos e recentes da Igreja Católica e os coloca sobre uma visão humorística, mas sem nunca desrespeitar”, afirma Thácio que acredita que essas páginas muitas vezes o atualizam, porque envolvem notícias e momentos atuais. Outra página famosa, com mais de dois milhões e meio de seguidores, é o “Chapolin Sincero”. Segundo o criador, Renan Schwarz, 21, estudante de Publicidade e Propaganda, a criação da página foi proposital. “Surgiu de várias tentativas de lançar algo que se tornasse um viral e dessa forma ter um case bom para entrar no mercado de trabalho. Eu já havia tentado lançar outras páginas nesse formato ligado ao humor, porém, devido à complexidade que era escrever pra esses personagens, acabei abrindo mão. No momento em que um amigo meu compartilhou a imagem do Chapolin Colorado na minha timeline, achei que aquilo seria perfeito. Usar esse personagem com frases engraçadas do nosso cotidiano faria com que as pessoas se identificassem com a página. O personagem do Chapolin fez parte da infância da maioria das pessoas, fazendo humor de forma simples e ingênua. Isso foi fundamental para o sucesso, que também tem como foco esse humor simples, sincero e principalmente ligado a alguma experiência já vivida pelas pessoas”, comenta Renan. Manter uma página dessas requer muita criatividade, e, para isso, Renan conta com a ajuda dos amigos. “As frases surgem da convivência com amigos bemhumorados e que vivem no mundo acadêmico assim como eu, além de receber diariamente centenas de sugestões na página”, conta seu segredo. n O Brasil está na lista dos cinco países que mais usam o Facebook, tendo 65,03% da população conectados à rede, que em outubro de 2012 já tinha atingido um bilhão de usuários ao redor do globo. Uma das postagens do Chapolin Sincero gerou mais de 120 mil compartilhamentos em menos de 12 horas e alcançou cinco milhões de pessoas.
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entrevista
Lutando a favor do Brasil Foto: Lucas Alexandre Souza
Infraestrutra | Na direção de um forte grupo, Max acredita que o Governo deve investir mais O administrador de empresas Maximino Pinto Rodrigues vem trilhando uma carreira sólida na Minasmáquinas e na Bamaq. Há 40 anos no grupo, iniciou sua carreira no extinto Banco da Lavoura e, após dois anos, Max, como é conhecido, tornou-se funcionário do Banco Bandeirantes. Um ano depois, uma nova mudança o levou para o lugar de onde não sairia mais. Nascido em Portugal, Max chegou ao Brasil aos sete anos de idade e hoje se considera um mineiro. É casado e tem dois filhos. Morador do Belvedere há nove anos, é apaixonado pelo bairro. Embora entenda que o local sofreu muitas mudanças, ele tem esperança de que as coisas vão melhorar. Max divide seu tempo entre a direção da Minasmáquinas e da Bamaq. A primeira, concessionária Mercedes-Benz de caminhões, ônibus, sprinters e carros de passeio, se destaca em seu segmento como uma das melhores concessionárias Mercedes-Benz do país, avaliada sempre como Concessionária Ouro pelo programa de excelência da fábrica. Já a Bamaq tem concessionárias da New Holland Construction em Minas Gerais, Bahia, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará e Amazonas. Há quanto tempo você mora No Belvedere E por que se mudou para o bairro? Moro no Belvedere há nove anos. Antes morava no Funcionários, quando aquele ainda era um bairro calmo, mas a região cresceu muito. Buscando um lugar mais sossegado, percebemos que no Belvedere encontraríamos uma qualidade de vida melhor, porque nove anos atrás o bairro era outro. Era um local residencial, onde saíamos para correr pelas ruas, embora essa prática ainda seja comum entre os moradores e até pessoas de outros bairros que vão para lá se exercitarem. Mas, em outros aspectos, muita coisa mudou. Faltam obras de infraestrutura. O bairro não estava preparado para o tráfego que fatalmente iria acontecer. Recentemente foi inaugurada uma trincheira, mas é uma obra que nasceu atrasada. Ela simplesmente dividiu o trânsito, aliviou de um lado e congestionou de outro. A entrada do bairro, em frente ao BH Shopping, ficou impraticável. Eu passo ali todos os dias. E por quê? Porque o pessoal pega a pista sentido cidade, mas tem muita gente que vai pegar sentido Raja Gabaglia, então o que se percebe é que o congestionamento mudou de lugar. O Belvedere só tem duas entradas. Muita gente começou a circular por dentro dele para fugir dos engarrafamentos e o bairro, que não tinha trânsito, passou a ter. É um trânsito de passagem, mas é um trânsito. Nós pagamos um imposto significativo, mas não enxergamos esse retorno por parte das autoridades. Essa é uma prática muito comum no Brasil. Por causa desses problemas, VOCÊ já pensou em sair do bairro? Não. Eu gosto daqui. Embora só ouvisse os cantos dos pássaros quando me mudei, e hoje eu ouça os motores dos carros, não tem como fugir do crescimento da cidade. O que espero num futuro próximo é que o Portal Viário Sul seja concluído e que as coisas melhorem, que voltemos a ter a qualidade de vida que já tivemos no passado. Essa é a nossa expectativa. Eu não tenho vontade de mudar, pelo contrário, farei o que puder para contribuir para a melhoria do bairro. E o que o senhor acha que os moradores podem fazer para contribuir com essas mudanças? Já temos feito muito, como, por exemplo, nos mo-
bilizar para evitar avanços. Os moradores só não conseguiram evitar que as autoridades aprovassem, na rua Paulo Camilo Pena, o comércio que beneficiou duas ou três pessoas com terrenos naquela área. Uma coisa muito tendenciosa. Mas os moradores precisam tentar de todas as formas, por meio da comunidade e dos dirigentes das associações, evitar ao máximo que se perca a condição de residencial e, por conta de interesse econômicos, comecem a descaracterizar o bairro. Eu acho que as associações deveriam ter feito um movimento maior nesse sentido. Porque a aprovação da atividade comercial ocorreu cerca de dois a três anos atrás. Hoje existe um canteiro de obras onde está sendo construída uma academia. Aquela área era residencial, e conseguiram incluir, exatamente, só aquele quarteirão e mais um outro. Dessa forma, percebemos que, se essas coisas não forem coibidas, o bairro vai perder sua característica. E aí sim, todos vão querer fugir. Já tem comércio suficiente, não é necessário criar mais nada. Os moradores precisam resistir a essa tentação de transformação das casas em escritórios, bares e botecos. Como o senhor analisa a Segurança Pública no bairro? Hoje esse é um problema que está estampado na mídia. Por que essa violência toda? Porque não existem policiais à paisana, igual você encontra em outros países, circulando pelo bairro, em automóveis com placas particulares. Dessa forma você conseguiria coibir isso tranquilamente. Com um carro da polícia passando pelas ruas, os bandidos enxergam os guardas e fogem ou deixam de praticar o assalto naquele momento. Mas o que nos entristece é que toda vez que pegam os assaltantes, eles sempre têm passagem pela polícia. São presos, mas você sabe que vão ser soltos em pouco tempo. Ou porque não há um sistema prisional adequado, ou porque a Lei os protege. A violência passou a ser um círculo vicioso, não tem como quebrar essa corrente a não ser com determinação das autoridades, mediante o estabelecimento de um programa de tolerância zero, que não permita a esses assaltantes voltar para as ruas. Esse é o drama. E o Belvedere é um bairro de casas, que acabam sendo mais vulneráveis, embora hoje a criminalidade
não se atenha a isso. A verdade é que os bandidos estão ganhando a guerra, e as autoridades, na minha opinião, tentam fazer alguma coisa, mas não tomam as medidas adequadas. Talvez, quando começarem a assaltar filhos de autoridades, se inicie a mobilização para um programa de tolerância zero. Só assim a sociedade vai vencer essa guerra, que depende da conscientização das autoridades e da adoção de medidas verdadeiramente fortes contra o crime. Como você analisa o mercado de máquinas? Em 2012, o mercado de caminhões deu uma balançada e esse ano começamos com uma tímida recuperação, mas não deixa de ser uma recuperação. Como trabalho na Bamaq e na Minasmáquinas com veículos comerciais e para construção, creio que o Governo precisa investir na área de infraestrutura do país. Por isso, penso que esse mercado tem futuro. Eu acredito que o Brasil tem futuro. Então estamos juntos nessa missão, nessa luta. E em relação a Minas Gerais? A nossa origem é de Minas Gerais, onde temos uma tradição muito grande. Estamos fazendo parte desse mercado há muitos anos. Trabalhamos com duas bandeiras que são players entre as maiores do mundo. Minas sempre foi o mercado em que nós acreditamos, e a partir daqui estamos expandindo para outros estados. Ano passado vocês perderam o Clemente Farias, sócio-fundador do grupo. como ficou a estrutura da empresa? Perdemos nosso presidente Clemente de Farias num trágico acidente e ele nos faz muita falta. Mas a vida continua e, em relação à empresa, que é profissionalizada, as atividades seguiram normalmente o seu fluxo. O Clemente Farias Júnior, filho dele, que já estava sendo preparado para se engajar nos negócios da família, assumiu uma das diretorias da empresa. No sentido profissional, as empresas estavam muito bem preparadas e estruturadas, e não houve abalo econômico para o grupo, que anda por si só. n
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esporte
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Voando nas águas Foto: divulgação
Radical | Lagoa dos Ingleses recebe Campeonato Mundial de Wakeboard
Atletas estrangeiros comprovaram o favoritismo no mundial e levaram as primeiras colocações
Foto: Luiza Ferraz/House of Photo
Com manobras exatas, o americano Phillip Soven conquistou a etapa Brasil do Campeonato Mundial de Wakeboard
Foto: Carlos Hauck
A performance do brasileiro Marito também impressionou o público
Foto: divulgação
A banda Classic foi uma das grandes atrações do evento
A saída dos competidores era sempre cheia de expectativa
A Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima, recebeu nos dias 3, 4 e 5 a quinta edição da 1° etapa Brasil do Campeonato Mundial de Wakeboard. Cerca de oito mil pessoas acompanharam as provas durante os três dias de torneio. Ao todo 87 atletas participam da competição, numa disputa entre quatro categorias nacionais e uma internacional. Logo no primeiro dia da competição foi perceptível a diversidade de perfil dos wakeboarders, com idades e nacionalidades diferenciadas, que deram show na água, apresentando manobras precisas. O esporte aquático é realizado sobre uma prancha, e o praticante é puxado por uma lancha por meio de um cabo e um manete. Aproveitando ondas deixadas pela lancha, o atleta executa manobras enquanto é rebocado, saltando de um lado para o outro. A competição internacional aconteceu paralelamente ao circuito brasileiro na Lagoa dos
Ingleses. Os estrangeiros reafirmaram o seu favoritismo no esporte conquistando as quatro primeiras colocações do Campeonato Mundial de Wakeboard. O americano Phillip Soven, levou o primeiro lugar, marcando sua terceira conquista consecutiva na etapa Brasil. O segundo lugar ficou com o australiano Dean Smith. O terceiro e quarto lugares foram dos americanos Danny Thollander e Austin Hair. Mas os atletas nacionais também fizeram sua parte e conquistaram a quinta e sexta colocação. Na categoria mundial o brasileiro melhor colocado foi Mario Manzoli, “Marito”, tetracampeão na modalidade e atual presidente da Associação Brasileira de Wakeboard. Logo após ele, Felipe Miyamoto conquistou a sexta posição. O quinto colocado afirmou que é importante a existência de competições desse porte no país. “O esporte vem crescendo muito no Brasil. Minas é muito potente
para o desenvolvimento do wake, pois tem muitos lagos e vários locais que possibilitam a prática do esporte. Além de ter uma nova geração que vem se mostrando cada vez mais forte.” O tetracampeão afirmou que ainda acredita que a modalidade vai se popularizar mais, já que a prática do wakeboard vem crescendo e se renovando. Na categoria Intermediário, o atleta Gabriel Benetton, de apenas oito anos, surpreendeu com técnica e execução de alto nível em suas manobras, e provou que a pouca idade não representa uma desvantagem no esporte. Não se intimidando diante dos concorrentes mais velhos, conquistou o primeiro lugar da categoria. O experiente “Marito” apontou Gabriel Benetton como uma das promessas do wakeboard nacional. Nas categorias avançado e feminino, a vitória ficou com os atletas mineiros. Na primeira, o título foi de Maurício Massote. Na disputa fe-
minina, Teca Lobato, 26, levou a melhor. A atleta afirmou que se surpreendeu com a conquista e promete manter o ritmo de treinamento para futuras competições. Na categoria Open o vencedor do primeiro lugar foi o paulista Victor Cordeiro. A noite de encerramento do Campeonato Mundial de Wakeboard, após o pódio dos atletas, apresentou o Bikini Contest, um concurso de beleza que reuniu 11 meninas, mesmo com o clima frio da lagoa. A modelo Stela Fernandes Rocha, 19, conquistou o título e uma premiação em dinheiro. O evento ainda foi agitado pela banda Classic, pelos DJs David Zaidan, Sininho entre outras atrações. n A próxima etapa do Circuito Brasileiro de Wake acontecerá em Manaus, nos dias 22 e 23 de junho. Já a terceira e última etapa será em Campo Grande, em setembro deste ano.
moda |
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Isadora vargas
isadora.vargas@urbhano.com.br
Mês das noivas Maio | o mês mais tradicional e disputado do ano
Vestido branco Até o século XIX o vestido de casamento não seguia regras de cores, apenas deveria representar as posses da família. A cor branca foi lançada pela Rainha Vitória e simboliza pureza, paz e castidade.
Alianças Joia: Mônica Amaral
O anel usado pelos noivos significa união e, ao mesmo tempo, afastamento. Quando longe um do outro, possui o sentido de compromisso.
O sonho de toda menina-mulher é o casamento. Desde pequenas, ao idealizar seu sonho, as mulheres pensam em como seria a sua cerimônia, a decoração, a festa, a lua de mel e o principal, o noivo. Quando se pensa em casamento vem à tona a imagem de um evento requintado e cheio de sofisticação, onde duas pessoas que se amam comemoram a sua união. Há vários misticismos e tradições milenares que envolvem uma cerimônia de casamento, que continua sendo adotada por várias noivas nos dias de hoje, apesar de toda a modernidade e adaptação. Mulheres são perfeccionistas, então planejam com riqueza de detalhes o dia mais feliz de sua vida. n
O noivo não pode ver a noiva antes do casamento
Jogar arroz ou pétalas A mais antiga das tradições vem da China, onde o povo acreditava que os grãos simbolizam prosperidade e saúde. Atualmente, a chuva de arroz tem sido adaptada para pétalas de flores, confetes e balões.
Esse costume é unânime. Não há uma pessoa que permita que o noivo veja a noiva antes da cerimônia. Há quem diga que se o noivo vir a noiva antes de ela subir ao altar, o casamento não terá sucesso.
Peça azul Foto: Shutterstock
Bouquet de noiva
Foto: Shutterstock
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Um dos acessórios mais importantes da noiva. Além da representação da fertilidade, o bouquet traz sorte para a solteirona que pegar o bouquet, já que, segundo a tradição, quem pegá-lo será a próxima a casar... está explicado o porquê de tanta mulher enlouquecida na hora de a noiva jogar o seu!
Há um ditado em inglês, muito conhecido, que diz: “something old, something blue, something borrowed, something new”, que quer dizer: “algo velho, algo azul, algo emprestado, algo novo”. E é justamente desse ditado que surgiu a tradição de a noiva usar alguma peça azul no dia do seu casamento. O artigo é para “cortar a inveja e o mau-olhado” das solteironas.
Grinalda: Mônica Amaral
Grinalda Apesar de pouco requisitada na atualidade, a grinalda é um símbolo de riqueza e elegância, dando à noiva certo ar de majestade.
Foto: Shutterstock
Véu Em árabe é hijab, que significa “separação de duas coisas”. O véu da noiva significa que a mulher vai separar-se da vida de solteira para entrar em uma nova vida a dois. O véu geralmente é usado com o acompanhamento de um acessório para o cabelo.
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Bárbara Azevedo completa 15 anos em grande estilo. A festa da filha de Élcio Azevedo, presidente do Banco Semear, e Vanessa Carneiro foi realizada no dia 11 de maio. O tradicional Rullus Buffet foi o responsável pelo cardápio servido aos convidados.
Fotos: Lucien Esteban
15 anos no imperador
gente
A foto com a família
Bárbara dança valsa com seu pai
Bárbara posa junto ao buffet
Foto: divulgação/ACMinas
Conselho Empresarial de Comunicação - MG foi lançado pela ACMinas
Presidente do Conselho Empresarial de Comunicação, Hélio Faria (no centro, terno escuro) e os membros do Conselho
Foto: Lucas Alexandre Souza
30º congresso mineiro de municípos mostra sua força no expominas
Antônio Andrada, novo presidente da AMM
Angelo Roncalli, ex-presidente AMM e Alberto Pinto Coelho, vice-governador de MG
Pinheirinho, Vladimir Azevedo, Marcelo Aro, Cláudio Maciel e Nico Gribel