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Viagem para o Brasil

Viagem para o Brasil

“Em fevereiro de 1931, nosso navio, o Weser, da Norddeutschen Lloyd, deixou o porto.9 Havia a bordo cinco religiosas da Ordem do Amor Divino que iam a Serro Azul, no Rio Grande do Sul.10 Na verdade, deveríamos desembarcar em Porto Alegre para nos apresentar primeiro ao cônsul geral. No entanto, por causa da revolução no Brasil, o porto estava fechado e, por isso, desembarcamos em São Francisco do Sul. Que ideia se pode fazer de São Francisco do Sul! Encontramos uma pequena adormecida cidade com uma bonita igreja antiga e padres franciscanos alemães que nos ajudaram muito na alfândega e em cujo meio nós nos sentimos logo em casa. Havia também um convento de religiosas11 e, assim, não percebemos que estávamos no outro lado do oceano. Num dia de manhã, às 6 horas, partimos de trem. Primeiro viajamos até Porto União, onde fi zemos baldeação para o trem da ferrovia São Paulo – Rio Grande do Sul. A viagem demorou três dias e três noites. Para quem faz pela primeira vez o trajeto, a viagem é interessante porque tudo é novo, mas mais tarde torna-se maçante e a gente amaldiçoa a Companhia Belga [sic]12 que

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a Alemanha, Gerhard é feliz pai de família de 11 fi lhos no norte do Paraná e Kurt morreu acidentado como aviador”. 9 O embarque foi no porto de Bremen, no dia 9 de fevereiro de 1931, como consta na lista de passageiros do navio Weser. 10 As cinco religiosas eram: Anna Flind (31 anos, Tschecoslováquia), Berta Ko larz (46 anos, alemã), Maria Hermann (35 anos,

Austríaca), Roselie Parsyk (25 anos, polonesa) e Theresia Sterz (25 anos, alemã). 11 O convento de religiosas a que Johannes Beil se refere era o das

Irmãs da Divina Providência. 12 Em 1908, o empresário norte-americano Percival Farquhar, através de sua holding Brazil Railway Company, adquiriu o controle da Companhia de Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande

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