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O projeto Torres
os recém-chegados eram hospedados e recebiam conselhos e orientações sobre empregos e rumos a tomar. Padre Beil era uma pessoa inquieta e dinâmica, de impressionante capacidade de ação. Conseguiu, em pouco tempo, estabelecer amplo relacionamento com autoridades religiosas, entre elas o bispo e os padres jesuítas, e com autoridades políticas, como o cônsul alemão e o prefeito de Porto Alegre. Para poder contar com uma pessoa de sua confi ança em casa, mandou vir a mãe, que passou a morar com ele. Embora se sentisse satisfeito com o trabalho que vinha realizando, nunca perdeu de vista o sonho de fundar uma colônia para jovens que, em última instância, o havia motivado a vir para o Brasil.
O projeto Torres
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Enquanto trabalhava na assistência aos imigrantes, Padre Beil tomou conhecimento do, assim chamado, “Projeto Torres”, de iniciativa do governo brasileiro em parceria com a Alemanha. O projeto era um plano de desenvolvimento de transportes que consistia, em síntese, no seguinte: como o porto de Porto Alegre não tinha condições de receber navios de grande porte, concebeu-se a ideia de construir no Atlântico, próximo a Torres, um moderno porto, e de ligá-lo à capital por uma ferrovia de linha dupla. O consórcio encarregado da construção teria direito sobre uma ampla faixa de terra de ambos os lados da ferrovia, onde seriam estabelecidos os trabalhadores da construção trazidos da Alemanha e outros imigrantes. Além disso, todos os materiais, desde locomotivas e trilhos, como também os técnicos, viriam da Alemanha. Padre Beil envolveu-se nesse projeto com a missão de prestar assistência aos colonos nacionais e estrangeiros a serem
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