Jornal Chafariz de Arruda Edição Outubro 2018

Page 1

Bimestral • Director: Miguel A. Rodrigues • Nº 9 • 4 de Outubro 2018 • Gratuito

Entrevista Nuno Faria, diretor do EJAF

Chafariz

“Não há uma fórmula mágica para continuarmos no topo dos rankings”

de Arruda

Págs. 8, 9 e 10

Dias 20 e 21 de outubro

Primeira Edição do “Arruda Motorcycle” já mexe em Arruda dos Vinhos

Pág. 3

Requalificação do mercado com privado a gerir no futuro

Pág. 4


Chafariz de Arruda

2 Sociedade

Outubro 2018

NaturArruda contou com vasto leque de oferta

Ana Celeste Mendes falou do que é preciso para se ser um bom terapeuta Vila de Arruda dos Vinhos recebeu nos dias 22 e 23 de setembro a NaturArruda, Feira de Medicinas e Técnicas Naturais, que juntou no jardim municipal um vasto leque de oferta naquele domínio das terapias complementares. Sílvia Tavares da Silva, terapeuta da área do biomagne-

A

tismo, que se baseia na colocação de imanes no corpo do paciente, conforme a patologia que se se queira tratar, e com isso chegar-se ao equilíbrio energético da pessoa, referiu à nossa reportagem que este tipo de eventos são sempre de aproveitar tendo em conta que a técnica do biomagnetismo tal como outras será “à partida menos co-

nhecida nestas zonas de interior pelo que faz todo o sentido dar a conhecer”. A terapeuta com consultório em Azambuja participou em conjunto com uma clínica de medicinas complementares com sede em Vila Franca de Xira, que nesta feira oferecia serviços ligados a outras áreas como o reiki para animais, naturopatia, homeopatia. “As

Terapia do Biomagnetismo divulgada nesta feira feiras são sempre importantes para divulgarmos os nossos serviços até porque o público que vem até cá normalmente já se encontra vocacionado para as terapias alternativas e complementares”, explicou. Noutro stand da feira, Ana Celeste Mendes ligada neste caso à medicina chinesa, deu a conhecer que as terapias

que aborda estão ao alcance de todos os que queiram experimentar, mas destaca alguns nichos como os desportistas. Uma das técnicas que aborda é a ventosaterapia em que a aplicação de ventosas permite as trocas gasosas no organismo e com isso proporcionar uma maior oxigenação do sangue. Ligada à área da Sociologia da Saúde, refere

que para se ser um bom terapeuta há que ter vontade de se ligar ao doente e em o recuperar, sendo que hoje em dia este tipo de medicina é cada vez mais complementar da medicina convencional pois já é significativo o número de pessoas que procuram as técnicas naturais e outras na resolução dos seus problemas de saúde.

Receção aos professores em Arruda com os olhos postos no sonho do ensino superior concelho de Arruda dos Vinhos deu as boas-vindas aos professores no passado dia 13. A cerimónia que juntou mais de uma centena de docentes e não docentes, decorreu no Pavilhão Multiusos local, perante uma plateia atenta e participativa. André Rijo, presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, que pela primeira vez assumiu neste mandato o pelouro da Educação, frisou a importância do mesmo e a colaboração de todos os envolvidos, para que tudo corra pelo melhor e sem sobressaltos. O autarca que falava depois das intervenções do responsável pelo agrupamento de escolas, do responsável pelo Ex-

O

ternato João Alberto Faria, e do vice-Presidente da Escola Gustave Eiffel, frisou que há ainda um longo caminho a percorrer em Arruda dos Vinhos no que toca à educação. Com os olhos postos num protocolo recentemente assinado com o Politécnico de Santarém, André Rijo, diz querer manter o sonho do ensino superior em Arruda dos vinhos. André Rijo salienta que este deve representar mais uma fonte de estratégia de capacitação dos “recursos humanos institucionais e empresariais” vincando a articulação entre as empresas e o ensino. Destacando igualmente o “Arruda Lab” - Centro de Inovação Agroindustrial. Para André Rijo, o início do

ano letivo representa uma renovada esperança de fa-

zer “mais e melhor pelos nossos jovens”, e destacou

Receção aos professores em Arruda

que esse é o espírito desta missão. Para o autarca, há “um trabalho enorme pela frente” com o foco na melhoria do que existe “pois o que temos entre mãos é demasiado importante e valioso para nos determos em pormenores ou em pequenas fricções pontuais”, porque o mais importante é “a educação e a felicidade dos nossos jovens”. Para o autarca “só há um caminho possível”. “O da qualidade do entendimento e do respeito mútuo”, refere, vincando, o trabalho levado a cabo pelos serviços da autarquia, nomeadamente, numa altura em que não houve chefia de divisão do setor, “mas em que sempre senti compromisso, entusiasmo e vontade de fazer

mais e melhor”. O autarca diz que o caminho é longo na educação e lembra o crescimento em termos populacionais do concelho de Arruda dos Vinhos. Nesse sentido diz ser necessário manter a qualidade do ensino, que é um dos cartões-de-visita do concelho. Todavia o autarca, embora reconheça que as coisas estão a correr bem, não é da opinião que se deva manter assim. Para André Rijo, nas últimas Jornadas da Educação, ficou patente a necessidade de se dar mais um passo “pois verificamos que há muita gente que não se contenta com o muito bom que já temos na Educação e quer ir mais além”, sendo que o ensino superior no concelho é “um sonho que ambicionamos”.


Chafariz de Arruda

Outubro 2018

Sociedade 3

Dias 20 e 21 de outubro

Primeira Edição do “Arruda Motorcycle” já mexe em Arruda dos Vinhos Pavilhão Multiusos de Arruda dos Vinhos recebe nos dias 20 e 21 de outubro a primeira edição do “Arruda Motorcycle”. Trata-se de uma iniciativa única na região, e segundo Miguel Oliveira da organização, esta é uma ideia que partiu de um grupo de amigos arrudenses que nutrem em comum o gosto pela cultura “Café Racer”. Este é um conceito que levou à criação de um grupo informal chamado Arruda Motorcycle. Miguel Oliveira explica, no entanto, ao Chafariz que assume o papel de “media partner” na iniciativa, que o evento se baseia no conceito de “Café Racer”, que “não é mais do que um estilo, cultura e forma de estar no contexto das motas”. Neste aspeto, os amantes das duas rodas podem dividir-se em vários grupos: Há os amantes da competição e das motas de pista e velocidade, os que preferem o universo das motas de expedição e aventura, ou até os tradicionais motards da velha guarda. Já o conceito de “Café Racer”, de acordo com a organização, tem vindo a ganhar expressão e adeptos. Este não é mais do que “um estilo que se caracteriza pelo retro/vintage, em que as motas são clássicos devidamente recuperados ou então são novas mas com um design e look relembrando os

O

modelos clássicos”. Miguel Oliveira diz ainda que a iniciativa prima pelo convívio e pelos passeios de moto, claro está! Segundo Miguel Oliveira, esta é uma nova tendência que “promete cimentar o seu

A organização crê que a vertente negócio estará presente, mas não só. Segundo Miguel Oliveira, as vertentes de exposição, de debate e animação em geral marcarão também parte da iniciativa que pretende juntar o

vel de participantes como de público”. Também ao nível dos participantes, Miguel Oliveira destaca o interesse pela iniciativa, de tal forma que “já temos todos os espaços reservados e registámos algumas

Grupo Motard entusiasmado para a primeira edição do evento lugar”, ao mesmo tempo que criará muitas oportunidades nesta área, “desde o fabrico à venda de acessórios”. As próprias marcas de motas já apostam em linhas específicas para este estilo e seus seguidores, prova de uma cultura com alguma representação no mercado.

maior número de amantes das duas rodas numa iniciativa de entrada livre. Quanto a expetativas e tendo em conta que esta é a primeira de muitas edições assim espera a organização, têm sido bastante positivas. “Tem existido bastante feedback e interesse tanto a ní-

propostas para a edição de 2019”. “Portanto temos noção que o evento captou o interesse de muitos, não só a nível local como nacional, já que vamos ter expositores que vêm de norte a sul do país”. No entanto, o programa do Arruda Motorcycle, não se

Associação Alzheimer

“Passeio da Memória” passa por Arruda Alzheimer Portugal realizou no dia 23 de setembro, em Arruda dos Vinhos, a iniciativa “Passeio da Memória”. Tratou-se de uma caminhada solidária com vista a assinalar o Dia Mundial da Doença de Alzheimer, 21 de setembro. A iniciativa da associação em causa passou por várias localidades da região, sendo que a adesão em Arruda acabou por ficar abaixo das expetativas, de acordo com a organização ao Chafariz de Arruda.

A

esgota aqui. A organização acredita que foi possível estruturar um evento “para possuidores, aspirantes ou simplesmente apaixonados pelas duas rodas”. O responsável salienta que “não é de todo importante ter

Esta iniciativa, que este ano integra as comemorações do 30º aniversário da Alzheimer Portugal, tem como principais objetivos informar e consciencializar a população para a importância de reduzir o risco de desenvolver demência, para os sinais de alerta e, sobretudo, para a importância do diagnóstico atempado. Os participantes nesta iniciativa têm de doar cinco euros, sendo que, de acordo com José Carreira, da Alzheimer Portugal, “metade do valor angariado em cada local re-

verterá para o desenvolvimento de ações, com o apoio dos municípios parceiros, que contribuam para aumentar os conhecimentos sobre a demência, tais como ações de informação ou atividades formativas. O restante valor das inscrições reverte a favor da associação”. O “Passeio da Memória”, considerado o grande evento anual da Associação Alzheimer Portugal, chegou a Portugal em 2011 com uma caminhada de seis quilómetros que teve lugar em Oeiras.

A atividade em Arruda

de facto moto ou ciclomotor para estar presente no evento”, e destaca que pelo facto de a iniciativa ser feita no pavilhão municipal, abre outro leque de perspetivas, “não estando dependente do clima”. “Podemos concentrar num só espaço, coleções de motos e ciclomotores nunca

antes vistos, marcas, acessórios, garagens de transformação e complementares”. Acrescentando, ainda, a existência de uma área de street food, bar e animação, com destaque para um DJ durante os dias da iniciativa. Para a organização, este não “é um evento só de motas”. “Mas sim mais um evento em Arruda dos Vinhos, para o público em geral e onde qualquer um poderá passar uns bons momentos durante este fim de semana, seja em grupos de amigos ou família”. Haverá por outro lado algumas surpresas. Miguel Oliveira quis apenas destapar um pouco a ponta do véu e refere a possível presença de algumas figuras públicas com “especial ligação às duas rodas”, ao mesmo tempo que vinca que “temos também representadas algumas das grandes marcas e intervenientes neste universo”. No entanto e embora com entrada gratuita, a primeira edição do Arruda Motorcycle vai recolher fundos para os Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos. Segundo a organização, não irá cobrar entradas mas quem quiser contribuir com um valor aleatório, esse será entregue aos bombeiros, salientando o responsável, que esta iniciativa serve para ajudar a associação que passa por momentos menos bons.


Chafariz de Arruda

4 Sociedade

Outubro 2018

Requalificação do mercado com privado a gerir no futuro Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos pretende vir a submeter a uma candidatura o projeto de requalificação do mercado municipal. Com a designação “Mercadinho d’Arruda”, a obra tem um custo de 200 mil euros, comparticipada em 50 por cento pelos fun-

A

dos estruturais abrangidos pela vertente dos contratos de Desenvolvimento Local de Base Comunitária (DLBC). O projeto foi apresentando na última reunião do executivo. A Câmara pretende criar ali um “mercado de segunda geração” com infraestruturas mais modernas para a comercialização dos vários

produtos com aposta especial nos biológicos. Compreenderá ainda uma enoteca, e um espaço de restauração. Com este investimento, a autarquia pretenderá que o espaço possa ser gerido através de uma concessão, ficando neste caso o município livre de encargos com energia, água e recursos humanos,

Mercado municipal passará a Mercadinho d’Arruda

naquilo que o município entende com uma vantagem. O concurso público será lançado e a concessão poderá ser resgatada no cenário de uma eventualidade menos positiva. O presidente da autarquia, André Rijo, sublinhou que a Câmara “terá uma palavra a dizer no que toca às rendas a aplicar”. A Câmara espera lan-

çar o concurso da empreitada em 2019, no sentido de a obra ver a luz do dia no final do ano que vem. Para o autarca, os mercados municipais um pouco por todo o país têm caído em desuso pelo que faz sentido uma aposta mais moderna com possibilidade de horário mais alargado no projeto do futuro mercadi-

nho, cuja estratégia de marketing passará pela “introdução de uma valorização dos recursos endógenos, e de um marketing mais jovem e atrativo”, que possa “chamar mais a atenção de outros produtores”. A sessão de esclarecimento acerca deste investimento está marcada para o dia oito de outubro.

Espaço deverá ficar mais moderno

Arranhó

Balanço positivo do Táxi Farmácia á três anos e meio que o programa “Táxi Farmácia” é um sucesso na freguesia de Arranhó. O projeto nasceu das mãos do executivo de Gonçalo Rodrigues, que considera uma mais-valia para a população este serviço. Em declarações ao Chafariz, o presidente da junta salienta que em causa estão as povoações mais isoladas da freguesia que conta com cerca de 2000 habitantes. Para o autarca, esta medida tornase vital “para as pessoas sem transporte, nomeadamente, sem carro próprio”, sublinhando a escassez de transportes públicos, com ligações aos diversos povoados mais

H

isolados da freguesia. O autarca salienta por outro lado que a maioria da população é idosa, por isso “esta medida acaba por ser uma ajuda fundamental”. O projeto “Táxi Farmácia” já ajudou centenas de pessoas. O presidente da junta vinca que o transporte totalmente gratuito “está às ordens da população”, bastando marcar na junta de freguesia o serviço. Gonçalo Rodrigues salienta, por outro lado, que a carrinha utilizada pela junta neste serviço, pode levar as pessoas à farmácia, ou os utentes do serviço podem confiar ao motorista a compra dos seus medicamentos, sendo que não é necessário um número mínimo de utentes por trans-

porte, para que a carrinha possa fazer o serviço diariamente. Gonçalo Rodrigues diz, por outro lado, que este serviço é totalmente suportado pela junta de freguesia de Arranhó. O autarca salienta que o protocolo que tem com a Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos baseia-se no combustível para as máquinas de trabalho. O autarca vinca que este serviço não traz lucro “mas está ao serviço da população pela qual temos de olhar”. O serviço que existe desde o mandato anterior já entrou na rotina dos habitantes de Arranhó. O Táxi Farmácia é esperado diariamente pelos utentes mais idosos, e todos os dias há marcações para que

os fregueses possam ter um transporte para a sede de freguesia local. O autarca vinca, por outro lado, um protocolo com a farmácia local para este serviço. Este protocolo tem sido fundamental para que o Táxi Farmácia funcione sem causar constrangimentos à população. Gonçalo Rodrigues diz-se satisfeito com esta iniciativa e garante que tal será para continuar, e até vinca que este serviço já foi alargado também à Feira Quinzenal. O autarca refere que a junta de freguesia também se dispõe a transportar as pessoas mais idosas e com fracos recursos económicos para a feira. O evento realiza-se nas ma-

Gonçalo Rodrigues satisfeito com o projeto nhãs de sexta-feira de quinze em quinze dias, e este serviço permite também a deslocação das populações mais

isoladas e sem transportes à vila de Arranhó, onde podem fazer as suas compras sem gastar dinheiro nas viagens.


Chafariz de Arruda

Outubro 2018

Sociedade 5

Bike Tour 2018 foi um sucesso edição do BikeTour que decorreu na Praça de Toiros de Arruda dos Vinhos no passado dia 20 de setembro bateu todos os recordes. Muita energia, cor e paixão por esta modalidade, encheram por completo a Praça de Toiros e o jardim circundante onde também decorria uma feira.

A

De acordo com José Rodrigues, do BikeStudio, entidade que promoveu a iniciativa, participaram no BikeTour 380 pessoas ao longo da tarde, já que este evento teve início por volta das 17h00 e terminou noite dentro. Ao todo encontravam-se no recinto 250 bicicletas que estiveram ao serviço dos atletas. Quase sempre ocupadas, mesmo quando muda-

vam os treinadores. Estes não tiveram descanso, tal foi a adesão a esta iniciativa que se realizou pela terceira vez. Esta edição, que contou também com muitos espetadores, acarretou consigo alguma logística. A montagem do palco, das bicicletas, e toda a estrutura “fazem-se embora com muito trabalho, de forma rotinada”.

No entanto tal só é possível “com o apoio que temos”, pois assim “conseguimos cumprir os timings estabelecidos existindo sempre alguma azáfama no ultimar dos pormenores finais”. Este é um evento que “será para continuar” já que é o único deste género que é realizado dentro de uma Praça de Toiros, agradando também aos participantes que

em conversa com o Chafariz de Arruda, iam elogiando a iniciativa pela sua organização e originalidade. Sendo este um evento que não traz retorno comercial, José Rodrigues, sustenta: “O que nos motiva não é o retorno financeiro, mas a satisfação dos participantes ano após ano”. E este ano, como em todos os outros, a equipa do Bike

Studio, voltou a brindar com “uma surpresa” os participantes. No final ofereceu um espetáculo de flamenco e equestre aos atletas. Cláudia Pargana dançou flamengo e Pedro Torres montou o cavalo “Oxidado” oferecendo um espetáculo único a todos quantos estavam na praça. Para o ano há mais, mas quanto a surpresas só mesmo no BikeTour 2019.

Adesão ao evento excedeu expetativas

População de Louriceira quer estrada e valetas arranjadas s obras que a Câmara está a efetuar em Louriceira numa das estradas da localidade estão atrasadas, e a população, numa das últimas reuniões de Câmara, quis saber os motivos do atraso. O presidente da Câmara, André Rijo, pediu desculpa pelos transtornos e explicou que surgiu a necessidade de se corrigir o problema dos esgotos no local. Os tubos apresentamse ressequidos devido à passagem do tempo e toda a tubagem terá de ser substituída. O atraso também se

A

deve à necessidade de consolidação da terraplanagem. A Câmara pretende voltar à obra em finais de outubro. “Aquele esgoto a correr para a linha de água tinha de se resolver”, referiu André Rijo. Ainda nesta reunião de Câmara, a população de Louriceira pediu uma intervenção a nível das valetas e passeios que já conheceram melhores dias, sendo esta uma reivindicação que atravessou vários mandatos. O autarca disse que a obrigação é da Infraestruturas de Portugal (IP) que já foi alertada para esta e para outras situações se-

melhantes no concelho. Nesse sentido foram envidos ofícios a dar conta de intervenções necessárias em Louriceira, Corredouras, e na estrada que liga Arruda a Bucelas. “A resposta é sempre a mesma: Não há verba no orçamento”, sentenciou, adiantando, contudo – “Até existir novidades a nível da descentralização de competências do Governo para as autarquias não podemos fazer muito. Não temos capacidade para fazer essas intervenções que estão na alçada da IP porque as estrada são nacionais”.

oi inaugurado no dia 18 de agosto o Ginásio ao Ar Livre Street Workout Vitor Matos, um novo equipamento de livre acesso para a prática de desporto localizado na Urbanização Fonte do Ouro. Vítor Matos foi jogador e treinador de Ténis de Mesa pelo Clube Recreativo e Desportivo Arrudense. Fez 7 épocas como jogador e 24 épocas como treinador. Com títulos nacionais e regionais. Formou 5 atletas campeões nacionais individuais e 3 internacionais.

F


Chafariz de Arruda

6 Ambiente

Outubro 2018

Concelho de Arruda dos Vinhos reduz perdas de água o final do ano passado, o município de Arruda dos Vinhos anunciava a aplicação de uma verba cujo valor se situava um pouco acima dos 200 mil euros tendo em vista um investimento nas redes de água em dois anos. O município de Arruda é dos que que registava, até 2017, um maior volume de perdas de água dos concelhos do Oeste, cerca de 50 por cento. Hoje situa-se nos 42,5 por cento. Passado um ano, o presidente da autarquia, André Rijo, sublinha ao Chafariz de Arruda, que a este nível deu-se uma “melhoria considerável em relação ao ano passado” num setor que “reconhecemos como um dos principais problemas que tínhamos por força do envelhecimento dos sistemas e da rede, e de desinvestimentos prolongados”. De acordo com o presidente da Câmara, os trabalhos

N

realizados em 2018 permitiram “uma melhoria significativa”, ou seja o sistema “está mais eficiente, ou menos despesista em cerca de dez por cento em um ano”. “Ainda estamos longe dos níveis que pretendemos atingir (cerca de 25 por cento) até ao final do mandato, mas não deixa de ser significativa esta redução que é também um estímulo para todos, começando pelos serviços municipais, passando pelos autarcas e munícipes, para continuarmos o caminho da eficiência”, destaca. Outro dos avanços alcançados este ano prendeu-se com a entrada de mais um posto de abastecimento, no Moinho do Céu, Pé do Monte, essencial em caso de escassez de água nos reservatórios ou avaria. Este é um trabalho já concluído pela EPAL em articulação com a Câmara Municipal, “o que significa que hoje em dia, o município está mais seguro no que ao abastecimento público em alta de

Objetivo é chegar aos 25 por cento de perdas de água água ao concelho diz respeito”. “Ou seja estamos hoje mais preparados para

enfrentar com eficácia uma eventual e excecional situação que venha a ocorrer, como a que teve lugar em junho de 2017 quando tivemos mais de 18 horas de falha no abastecimento de água por força de uma rotura grave na conduta adutora (em alta) da Castanheira do Ribatejo”, diz o autarca que garante que muito dificilmente um episódio semelhante tem hipóteses de se repetir no concelho com esta medida. Quanto a obras a decorrer no terreno, nomeadamente a construção do emissário em A-do-Baço lançada em finais de 2017, André Rijo refere que “tudo nos leva a crer que a obra termine dentro dos prazos estipulados”. “Ainda recentemente tive oportunidade de visitar a mesma e verificar in loco que o andamento das obras está a decorrer a bom ritmo o que como referi nos dá boas indicações de que as

mesmas serão concluídas dentro dos prazos estipulados no contrato.” Ou seja deverá ser inaugurada até dezembro de 2017. Paralelamente a Câmara Municipal está a realizar na localidade de A-do-Baço obras na rede em baixa por forma a ligar toda a localidade à rede em alta. “Estas obras também estão a decorrer a bom ritmo e estamos em crer que no início de 2019 ficará resolvido um dos principais problemas ambientais do concelho que se arrastava desde sempre, e que sucessivamente no passado havia sido uma promessa adiada”, conclui. Uma das novidades foi ainda a criação do sistema de telemetria nos reservatórios do concelho por forma a proceder a operações de correção cirúrgica das ruturas nas condutas, o qual está praticamente concluído em 12 reservatórios. Serão colocados, entretanto, os

cartões de leitura de dados no decorrer deste mês de modo a finalizar a operação. “Só após este período poderemos fazer um balanço mais conclusivo, mas acreditamos que é mais um passo significativo na gestão eficiente desse recurso fundamental que é a água.” No que toca à substituição de condutas, tal facto será uma realidade após o início da monitorização dos reservatórios decorrente da telemetria. Até ao momento foram essencialmente efetuadas reparações nas condutas existentes. Também no âmbito do programa WONE, “efetuaram-se correções na zona antiga de Arruda dos Vinhos que permitiram reduções significativas nas perdas de água”. “Estamos simultaneamente a trabalhar em algumas correções na rede, com a execução de ramais e prolongamento da rede em alguns locais”.

Arranque da limpeza no Rio Grande da Pipa oi alvo de polémica o facto de o Parque Urbano das Rotas ter sido inaugurado mas não resolvida a situação dos esgotos a correrem para o rio. O presidente da Câmara explicou que a empresa que tinha a seu cargo a construção do parque não podia fazer a operação no rio sem que houvesse novo concurso. Neste momento, esta limpeza faz parte do contrato com a empreiteira que construiu o Parque Urbano das Rotas. A manutenção de todos os espaços verdes, tal como a limpeza do rio Grande da Pipa em toda a extensão do Parque Urbano está a cargo da empresa Cordivias pelo período de um ano após a receção definitiva da obra que se estima venha a acontecer no decorrer deste mês de outubro. Do ponto de vista contratual a empresa deverá fazer essas limpezas regulares durante o próximo ano.

F


Chafariz de Arruda

Outubro 2018

Cultura 7

Festival de Cinema Curt’Arruda soma e segue espetadores vila de Arruda dos Vinhos recebe de 12 a 14 de outubro mais uma edição do festival de cinema Curt’Arruda. A iniciativa que decorre em dois espaços, no auditório municipal e na sala polivalente do CRDA, “tem como missão homenagear o património e os valores rurais do nosso país, e aproximar a população local ao cinema e à terra” segundo a organização. Este é um festival de curtas metragens, que tem vindo a granjear cada vez mais espetadores, aumentando assim também o nível da qualidade dos filmes apresentados no festival. Mais uma vez, a edição deste ano volta a promover a produção nacional e estrangeira através dos prémios Curt’Arruda, para a melhor curta-metragem rural e o Film’Arruda – para a melhor curta-metragem de Arruda dos Vinhos. De acordo com a organização, a proximidade a Lisboa,

A

faz deste festival o mais urbano de Portugal, enchendo as sessões e conseguindo mais espetadores. Ao todo a edição do ano passado conseguiu cerca de 900 espetadores em todas as sessões. André Agostinho da organização salienta que o objetivo é agora “ultrapassar os mil espetadores” um número que será possível e fácil de alcançar tendo em conta “o sucesso crescente do festival”. Ao todo existirão 13 sessões com muitos filmes e a concurso, sendo que o valor das entradas é meramente simbólico, custando em média um euro por sessão. Contudo se for adquirido um passe para os três dias do festival, o valor será de 7 euros, com a ressalva de que só se paga a partir dos 16 anos. André Agostinho diz estar contente também com a notoriedade que o festival tem ganho nos últimos anos, sendo que também este ano contará com a presença de um realizador francês, o que

eleva a fasquia e a notoriedade do Curt’Arruda fora de portas. Quanto a novidades, este ano terão lugar duas sessões para famílias, direcionadas

para os mais novos, que decorrerão no auditório municipal pelas 11h30. Este ano, como em anteriores, o Curt’Arruda volta a convidar realizadores para esta-

rem presentes com um ciclo de cinema. Este ano é convidada a dupla de realizadores: David Doutel e Vasco Sá, que apresentam assim um ciclo de animação

Equipa motivada para mais uma edição do festival (foto de arquivo)

com os filmes - Fuligem, Agouro, e O Sapateiro. Em paralelo decorre uma exposição de fotografia, na Capela do palácio do Morgado do arrudense Tiago Costa.


Chafariz de Arruda

8 Entrevista

Outubro 2018

Entrevista Nuno Faria, diretor do EJAF

“Não há uma fórmula mágica para continuarmos no topo dos rankings” No início do ano letivo, o diretor do Externato João Alberto Faria, Nuno Faria, dá a conhecer algumas das novidades que a escola pretende implantar em 2018/2019, do desafio de continuar na senda dos bons resultados escolares a nível nacional, quais as suas conceções sobre as grandes questões no setor da Educação numa reflexão sobre o externato enquanto motor do desenvolvimento do concelho Sílvia Agostinho Miguel A. Rodrigues Chafariz de Arruda – Estamos no início do ano letivo, gostaria de lhe perguntar como é que está a ser o arranque do primeiro período de aulas, quanto a questões como a colocação de professores e funcionários no externato. Se há lacunas ou não? Nuno Faria (NF) – Está a começar bem. Houve alguns desafios que conseguimos ultrapassar. Duas semanas decorridas desde o início das aulas é com muita satisfação que enquanto diretor da escola posso passar nos corredores e verificar que os alunos estão todos nas salas de aula a aprender. Não há la-

Externato João Alberto Faria cunas quanto ao número de professores nem de funcionários. Temos tudo o que é necessário para começar o ano letivo.

Contudo este ano letivo fica marcado desde já pela entrada em funcionamento da plataforma para aquisição de manuais es-

colares. Sei que aqui também foi quase até à última para se resolver esta questão. Sendo que houve alguns receios, correto? Sim houve porque participámos nas diversas reuniões com o ministério da Educação para sabermos como seria a triagem e a organização à volta dessa tal plataforma informática chamada Mega. Disponibilizámonos para o que fosse necessário, mas quando o ano letivo começou a aproximarse, percebemos que a nossa escola por ter contrato associação tinha ficado de fora dos vouchers para aquisição de manuais para o 5º e 6º anos. Manifestámos a nossa preocupação junto do ministério da Educação sobre o assunto. Felizmente na passada semana ficou tudo resolvido. A escola decidiu imprimir todos os vouchers. No nosso caso estamos a falar de 500 vouchers para 500 alunos. Esta medida do Governo é importante no seu entender? Nota que de facto os encarregados de educação têm cada vez mais dificuldade em adquirir os manuais escolares? Naturalmente que sim. Tudo o que vá no sentido de tornar mais acessível a Educação às pessoas com mais dificuldades é de louvar. É adepto do livro usado? É uma boa medida ou acaba por não ser prático?

A experiência diz-me que na prática isso pode não funcionar porque muitos pais entendem que os filhos têm de trabalhar nos livros, escrever neles, e de facto muitos têm essas características de se preencher com possibilidade de se fazerem apontamentos na margem. Por outro lado, se o livro usado servir para o percurso escolar em relação a quem tem capacidade para comprar os livros, e ter igualmente sucesso é uma boa opção. Na prática tenho algumas dúvidas quanto ao livro usado mas não rejeito. Sei que a Câmara tem uma iniciativa nesse sentido. A nível do novo ano escolar, a oferta letiva apresenta algumas novidades? Desde cedo que abraçámos a causa da flexibilidade curricular. Este é um desafio importante pois vai permitir à escola dar a formação adequada aos alunos. Temos a excelência por lema. Fazemos questão que os nossos alunos saiam daqui bem preparados. Temos um grande foco nos conteúdos e nos temas, sem descurar os alunos com dificuldades educativas. Então pensámos em novidades como a introdução do inglês nas aulas de Economia já a partir do 10º ano. Vemos que a realidade das universidades na área da Economia e Gestão faz-se em inglês. Temos um professor nativo que vem dar alguns módulos em inglês. O paradigma do ensino superior está a mudar. Exemplo disso é a Universidade Nova na Praia da Torre em Carcavelos, onde assistimos ao repensar daquela estrutura, com outra abertura ao mundo. Tentamos ir ao encontro do perfil do aluno do Secundário que essas universidades querem. Trabalhamos essas competências para que quando lá cheguem sejam os melhores alunos. Vamos também introduzir a componente das novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no 5º ano na

disciplina de Inglês, Matemática, e Português. Estamos a trabalhar no sentido de termos um tablet ou ipad por aluno. Ainda não foi possível. O meu desejo é que se tornem uma ferramenta normal de trabalho. Eles até sabem mexer melhor nessas tecnologias do que nós. Outra novidade é tentar uma transversalidade no tratamento dos mesmos conteúdos nas várias disciplinas já a partir do sétimo ano. Os alunos, normalmente, aderem e sentem entusiasmo perante estas novidades… Sempre. Subestimar a capacidade de aprender de uma criança é um erro brutal. Estão sempre ansiosos por desafios. Quando chega a altura dos rankings, todos esperam pelos bons resultados de Arruda dos Vinhos. (A escola tem alcançado das melhores posições a nível nacional). É difícil manter a fasquia tão elevada, principalmente num meio rural? Não estamos num grande centro urbano. Esse é o principal desafio no resultado dos rankings. Damos muita importância ao conhecimento em si e às avaliações externas. Considero que é uma boa forma de se aferir os resultados alcançados dentro das escolas. Mas o trabalho de uma escola não se esgota nos rankings, nem nas classificações dos exames, mas na capacidade de passarmos conhecimento aos alunos. Mas é reconfortante percebermos que num meio rural estamos a lutar taco a taco com escolas de meios urbanos, com maior capacidade económica do que Arruda. É notável percebermos que isto se faz com os filhos de todos os habitantes de Arruda, independentemente da sua condição económica. O sucesso do externato é uma realidade há muitos anos. Perguntam-lhe qual a fórmula mágica, por as-


Chafariz de Arruda

Outubro 2018 sim dizer, principalmente os seus colegas diretores de outras escolas? Perguntam, mas não há mezinhas ou fórmulas mágicas. Simplesmente trabalhamos de uma forma muito séria e damos importância ao aluno. Entendemos a escola como a plataforma que permitirá ao aluno poder aspirar a algo melhor a nível pessoal, profissional e social. Temos uma equipa muito motivada e alinhada com aquilo que são os princípios de excelência da escola. Para isso temos uma liderança forte e um corpo docente estável. Não quero cair no facilitismo de dizer que trabalhamos melhor do que as escolas públicas. Porque as há excelentes, simplesmente podem não conseguir ter um corpo docente estável, por exemplo. Há excelentes diretores que não conseguem ter uma liderança porque têm dificuldades em implementarem as suas ideias. O facto de a Educação ser vista como aquela área onde há sempre muita turbulência, em conflito com o ministro da tutela, e com os professores sempre em greve, na sua opinião tem prejudicado o setor? Infelizmente sim A culpa é um pouco de to-

dos os atores? Sobretudo de quem extrema as suas posições. Os que proferem as suas exaltações são os que mais depressa se arrependem do que disseram, quer da parte do ministério, quer dos professores. Lamento bastante que a classe dos professores, hoje, não esteja tão bem vista como deveria estar. Porque este é um trabalho extraordinário. É histórica a influência que os sindicatos têm no setor, em que não ajudam a que os conflitos se resolvam de outra maneira, porque se extremam as posições. Por outro lado, cada ministro da Educação que chega quer alterar tudo para deixar a sua marca, e isso por vezes também não ajuda. É preciso ter a noção de que as coisas na Educação demoram anos a produzir resultados. O setor da Educação deveria ser aquele de que não se ouve falar. Um setor calmo, no fundo. Nesta questão do descongelamento de carreiras, acha que o consenso podia ser mais fácil? A razão está sempre algures no meio. Atendendo às condições do país e à crise que atravessou, eventualmente poderia haver alguma cedência por parte dos

Entrevista 9

Para o diretor, dar a mão aos alunos com mais dificuldades é sempre um dos principais objetivos


Chafariz de Arruda

10 Entrevista professores. Mas da parte do Governo também era importante haver o reconhecimento daquilo que é o trabalho dos professores e das suas pretensões, e sobretudo não extremar posições. Este Governo teve uma postura a contragosto daquilo que são as escolas com contrato associação, com o anúncio de alguns cortes, como é que foi essa gestão por parte do externato? Foi difícil, e vivemos esses momentos com muita apreensão, até perceber o que se pretendia. À parte das polémicas entre público e privado, de facto a sobreposição de oferta tinha de ser resolvida (existência de escolas do ensino público e privado no mesmo território concelhio). Se foi ou não bem feita, o julgamento poderá ser feito mais tarde. No caso de Arruda (onde a oferta concelhia se resume ao externato), e pela sua especificidade conseguimos fazer ver à tutela que não fazia sentido reduzir o número de turmas porque não havia alternativa. Foram negociações difíceis? Foram. Notou porventura que o Governo PS também estava a ser pressionado pelos parceiros de esquer-

da, sempre muito veementes nesta matéria. Não sou político mas é natural que assim fosse. As negociações foram difíceis. Com a ajuda do presidente do município, André Rijo, conseguimos dar a conhecer a nossa preocupação que foi aceite pela tutela. Infelizmente, neste ano letivo, assistimos por parte do ministério da Educação ao corte de uma turma do quinto e outra do sétimo ano. Foi muito difícil de acomodar, até porque vai afetar alunos com necessidades educativas especiais e fizemos ver isso à secretária de Estado da Educação. Foi um desafio grande. Tivemos de ajustar o número de professores em que tivemos de dispensar dez docentes. Uma das novidades neste ano letivo é o facto de Educação Física passar a contar para a nota. Como é que o externato se está a preparar neste domínio? Apesar de não ser uma disciplina com um cariz mais científico não deixa de ser importante. Mas é importante que a escola tenha uma resposta a dar a esses alunos que não têm uma capacidade natural para esta disciplina, mas que são alunos extraordinários nas restantes. Em tempos demos a oportunidade a esses alu-

nos que queriam melhorar a sua nota a Educação Física, de fazerem um trabalho teórico sobre a matéria, e com isso concorrerem para a nota final. Valorizo a Educação Física mas é importante percebermos que há aqui a nota final de candidatura ao ensino superior, e que as coisas têm de ser equilibradas de uma maneira ou de outra. Muito falada tem sido ainda a criação dos megaagrupamentos, contestada por muitas escolas. Qual é a sua visão deste tema? Arruda tem uma vantagem competitiva enorme em termos de Educação, e desde logo temos esta visão de trabalharmos em conjunto tanto eu, como o senhor presidente da Câmara, como o meu colega do primeiro ciclo e o meu colega da Gustave Eiffel. Por isso somos um exemplo também aí, porque apesar de estarmos a falar em graus de ensino diferentes, e termos interesses diferenciados, fomos capazes de nos sentar à mesma mesa, e concertar uma estratégia em prol dos alunos. Temos um projeto educativo comum que se quiser já trabalha nessa lógica do mega-agrupamento. É importante não nos fecharmos nas nossas quin-

Este ano, as aulas de Economia vão ser também em inglês já no 10º ano

tas. Já temos o hábito de os nossos professores falarem com os do primeiro ciclo para percebermos o que é preciso fazer. Se é isto um mega-agrupamento então que seja bem-vindo, se é para criar uma estrutura gigantesca que deixe o professor paralisado então é melhor deixar como está. O Governo divulgou um conjunto de 50 medidas para o ano letivo de 2018/2019, o que lhe parece o documento, onde entre outros conceitos figura o de “autonomia e flexibilidade curricular”; ou medidas como a “introdução das provas de aferição no 2º; 5º; e 8º anos”. É sempre importante que a tutela estabeleça as linhas orientadoras para o setor. Acho que a diferença estará sempre na forma como as escolas as incorporarão. São interessantes, com algumas concordarei mais do que outras. Muito se tem falado do ensino não formal, como é o caso de uma escola na freguesia de Cardosas ou até da Escola da Ponte em Santo Tirso no Norte, qual é a sua opinião sobre esta abordagem? São abordagens interessantes ao ensino. Se por um lado, a escola deve atualizar-se, por outro tem de

Outubro 2018 existir um bloco central de aprendizagem daquilo que é o saber elementar ao nível das línguas, da Ciência, da Matemática. Esta é a base. Em cima disto podemos construir outras estratégias e abordagens, desde que se respeite o núcleo central de conhecimentos. Tudo o resto pode ser importante ou interessante. Entrar em projetos que fujam muito desta ideia, considero arriscado. Nota que os bons resultados do externato, e o facto de ser considerado uma escola de excelência também tem influenciado o desenvolvimento do território, do concelho? Sou suspeito para falar mas sem falsas modéstias, julgo que sim. Penso que tem tido um papel fundamental na atração de mais pessoas, jovens casais, até, para Arruda dos Vinho. Os censos assim o dizem. Dados da Pordata de 2014, referem que o concelho de Arruda foi o único que cresceu em número da população na região Oeste. Não consigo dissociar isto daquilo que de facto é a notoriedade da escola, bem como o restante ensino em Arruda. Alguém uma vez me disse que nos anos 50/60, a adega cooperativa foi um dos grandes motores de desenvolvimen-

to de Arruda, depois nas décadas de 70 e 80, a fábrica da Fresca que empregou muita gente, e mais recentemente desde os anos 90, há quem diga que o externato assumiu esse protagonismo. Mas vejo isto de uma forma muito humilde, de uma escola que está há 40 anos a fazer a sua missão em Arruda. Como é que é também para si continuar a obra do seu pai, João Alberto Faria? É um grande desafio. Ao fim de 15 anos, considero que é um desafio ganho, não apenas por mérito meu pessoal, mas porque conseguimos juntar uma equipa de profissionais excelente. Nada se consegue sozinho. Vestem a camisola todos os dias em prol da educação destes miúdos. E digo isto com muito gosto, não só queremos saber junto das universidades que tipo de exigências têm quanto aos alunos, como estamos a dedicar 150 horas de aulas extra por semana para os alunos com mais dificuldades. São 600 horas por mês. Se necessário adaptamos o currículo para que cheguem ao fim da escolaridade obrigatória connosco. Entrevista disponível também em vídeo em www.chafariz.pt


Chafariz de Arruda

Outubro 2018

Tancos: crónica de uma história mal contada stávamos a 29 de junho de 2017 quando o Verão já se anunciava quente. A notícia chegava pela comunicação social: o Exército português revelava que material de guerra tinha desaparecido no dia anterior dos paióis nacionais de Tancos. Quase de seguida, Azeredo Lopes tranquilizava a população, à boa maneira socialista, com uma certeza: “não ficará nada por levantar”. Um dia depois, era pormenorizado o que havia desaparecido. Explosivos, granadas de gás lacrimogéneo e granadas foguete anticarro. Mas é de Espanha, mais propriamente pela mão do El Espanol, que uns dias

E

mais tarde vem a lista completa do material roubado.

Passa-se a silly season e eis que o mais caricato des-

Basicamente…

o uso do discurso e da conversação é normal e cíclico o uso de “muletas” que ajudam ao orador a comunicar a sua mensagem ultrapassando pequenas dificuldades na explanação de determinada ideia. “Muletas” como o: “portanto”, “pá”, “tipo “ e ultimamente: “basicamente” surgem a meio do discurso individual de forma involuntária e que pouco a pouco alastram aos intervenientes no diálogo que por sua vez passam a adoptar a mesma “muleta” num fenómeno de contagio, que acabam por serem utilizadas, muitas das vezes, fora do contexto, sem o enquadramento com o raciocino ou como no caso do “basicamente”, para exprimir de uma forma simples e nem sempre rigorosa um raciocino ou conceito complexo. No passado dia 13 de Setembro tive o privilégio de ter sido convidado para estar na sessão de receção a professores e pessoal não docente promovido para Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos e partilhar o que tenho aprendido, investigado e transmitido sobre Inteligência Emocional de acordo com as investigações sobre o funcionamento do cérebro humano. Nessa sessão tive a oportunidade de expor aos presentes alguns conceitos que podem explicar a razão por que rete-

N

te caso nos chega outra vez pela comunicação social:

mos determinadas informações e consequentemente os motivos porque nos comportamos de determinada forma, resultante do modo como a informação é recebida pelo nosso cérebro primitivo/irracional (amígdalas do cérebro e tálamo) ou pelo cérebro racional (neocortex). Enquadra-se nesse contexto, a explicação de muitos de nós introduzirem “muletas” na linguagem corrente.

tabuada por uma lengalenga, jamais a esquece. Tal como não esquece se a professora ou professor a premiou por saber a tabuada ou se ao invés o castigou. Esse beneficio ou castigo vai constituir um episódio que se refletirá, inconscientemente, no comportamento da pessoa ao longo da sua vida. Ao ouvir-se repetidamente ”muleta” na explanação de uma ideia, o cérebro primitivo

mos dificuldade em exprimir por palavras uma ideia, dizer simplesmente: não sei como explicar? Podemos faze-lo claro, mas isso obriga-nos a admitir uma dificuldade, um lapso ou um desconhecimento e isso pode causar mau estar e frustração. Desde o nascimento, o ser humano aprende de forma muito vincada comportamentos por via da repetição, da

Essa nossa parte do cérebro primitivo, com mais de 500 milhões de anos de evolução e comum à generalidade dos mamíferos, apreende a informação, fundamentalmente, por repetição e imitação do que vê, ouve, cheira ou toca. Por essa razão, uma pessoa que aprendeu por exemplo a

regista essa informação e por imitação repete-a porque encontra uma zona de conforto que lhe dá bem-estar quando, de repente, o neocortex encontrou uma dificuldade (derivado à pressão) em continuar um raciocínio. Mas poderíamos em vez de usar uma “muleta” quando te-

imitação e do benefício ou castigo resultante das coisas que faz ou vê fazer. Por outro lado, à medida que a pessoa vai crescendo o neocortex vai ficando mais maturo e capaz de absorver mais conhecimentos e desenvolver raciocínios mais complexos e ponderar o que

Opinião 11

em entrevista ao DN e TSF, Azeredo Lopes, o honroso ministro da Defesa, afirma que “no limite, pode não ter havido furto”, devido à ausência de provas. O mesmo senhor ministro que ontem, uma semana depois de todos os desenvolvimentos que vieram a público, afirmou que se vivia um momento sensível. Parafraseio: “as circunstâncias de hoje são sensíveis e conhecidas de todos, não sendo necessário repisálas”. Claro que a má atuação do ministro não reside apenas nele. Não nos podemos esquecer que no mês passado o nosso primeiro-ministro, Dr. António Costa, veio dizer que Tancos era um assunto arrumado.

é melhor em cada situação. No entanto, o centro da questão pode estar em que o cérebro primitivo nem sempre consegue lidar com as decisões, por vezes mal sucedidas, do cérebro pensante (neocortex) . Como lida emocionalmente uma criança com a dificuldade em se integrar numa turma? . Como reagir com o “achincalhar” dos colegas? . Como gere um adolescente com uma avaliação negativa numa disciplina que lhe vai prejudicar a média final? . Como evitar uma “branca” quando vai começar um teste? . Como ultrapassar o pânico antes de falar em público? . Como lidam os professores com todas essas agitações emocionais dos alunos e das suas próprias dificuldades em superar todas as exigências das suas atuais funções? A nós professores, não nos ensinaram a ensinar os alunos a como podem eles gerir as suas emoções. Tentamos fazer o melhor, mas simplesmente utilizando o que a vida nos ensinou. Poderão alguns professores achar que esse não é o seu papel ou que não têm tempo para isso. Todavia, os resultados a que hoje chegamos no que respeita a uma geração com muito conhecimento, mas com conceitos dispersos so-

Lélio Lourenço Não, sr. primeiro-ministro. Tancos não é um assunto arrumado por ser um incómodo para o Governo PS. Aliás, os assuntos não terminam quando o senhor assim o entende, por fazer jeito, ou por o incomodarem um “poucochinho”. Ao chefe de Governo e seus ministros exige-se sim que assumam as responsabilidades quando estas assim o exigem. E que tomem as decisões consequentes. E, acima de tudo, que levem as pessoas a sério e que ponham primeiro Portugal.

Casimiro Ramos* bre os valores essenciais de cidadania e com muitas dificuldades em lidar com as suas angústias, desejos e fracassos, urge que usemos um tempo dentro do tempo para que além de formar bons técnicos, acima de tudo, forme boas pessoas. Só assim teremos melhores médicos, melhores técnicos, melhores advogados, melhores vendedores, melhores juízes, melhores condutores, melhores professores, melhores políticos, enfim: melhores pessoas. De pouco servem os conhecimentos que temos se depois não conseguimos controlar os ímpetos, motivar-nos para as dificuldades e relacionarmo-nos empaticamente com os demais. Basicamente...é isso. A todos os alunos, professores e pessoal não docente, votos de um bom ano lectivo. *Docente Universitário do Instituto Superior de Gestão em Gestão de Recursos Humanos e coordenador no mestrado em Gestão do Potencial Humano. Investigador em Comportamento Organizacional e Inteligência Emocional.


Chafariz de Arruda

12 Opinião

Haters, o prazer de odiar sem limites ão se tivesse adoptado o estrangeirismo e talvez as pessoas sentissem um pouco de vergonha por aquilo que, sem se aperceberem, mais gostam de fazer nas redes sociais e que, por si só, espelha o que a maioria pensa sobre tudo e em, praticamente, todas as circunstâncias. E se o desabafo não tiver lugar no Facebook, no Twitter ou no Instagram, pois que ninguém se faz rogado e respinga da mesma maneira na rua, no café, à porta de casa ou no supermercado. Já ninguém se importa com quem ouve e em que situação. O que é preciso é dizer mal bem alto e se possível espalhar ao Mundo. As pessoas estão assim. Bem, nem todas. Mas uma boa parte delas. Sobretudo as mais dotadas de informação, recursos e tecnologia. O que prova bem que “ter” não é sinónimo de “saber ser”. “És um hater”. Não, não é um elogio. Não se tivesse adoptado o estrangeirismo e tenho a cer-

N

teza que muitos não iriam gostar de saber que o “mimo” que se lhe atribui significa “o que odeia” ou “odiador” na tradução literal para a língua portuguesa. E o nosso Mundo, infelizmente, está cheio deles. Hoje, vivemos rodeados de haters. Na realidade,

somos todos haters. Por isto ou por aquilo, andamos todos infelizes ou insatisfeitos com o êxito, as conquistas e a felicidade de outras pessoas e, assim sendo, preferimos atacar e criticar essas mesmas pessoas expondo-as publicamente a situações compro-

metedoras ou desvalorizando-as. É tão fácil. Importa lá que os alvos tenham família, pais e filhos, outras situações que desconhecemos complicadas de resolver e por aí adiante. O importante é transformar aquela pequena vitória numa tremenda derrota.

Outubro 2018

Mesmo que os argumentos utilizados não sejam minimamente válidos e seguros. Não é que o hater seja um invejoso, o que ele gosta mesmo é de dizer mal. É quase uma doença, como a droga ou o álcool, mas ele nem dá conta. Veja-se os comentários ou publicações sobre todo e qualquer assunto nas redes sociais. O prazer que aquelas pessoas sentem em disseminar o ódio. O preconceito combatido pelo preconceito. Até parece ridículo. Pessoas que parecem detestar tudo. Na verdade, aquele que diz mal de tudo e de todos achando que não é nada de mais e o que sente tem de ser dito, seja lá o for, nem se apercebe que não passa de uma pessoa narcisista e com pouco desenvolvimento intelectual que precisa de ofender por se sentir diminuída pelo reconhecimento que o outro possa ter. Um hater possui uma auto-estima tão baixa na vida real que a única coisa que lhe resta é aproveitar o anonimato que a internet lhe pode conferir para se

JoãoPedroMartins fazer notar e sobressair. Basta uma opinião política para que eles apareçam de imediato com o discurso do ódio a atacar as pessoas que têm opiniões diferentes – nunca os seus argumentos. De um modo geral, os haters são pessoas frustradas que para além de ofensas em comentários, também fazem intimidações por mensagens privadas. Aqui há dias, a quantidade de ameaças e ofensas que recebi, via Messenger, desde que partilhei no Facebook uma opinião pró-taurina só revela quanto pacíficos são os “animais” humanos. Mas como ainda não chegámos à China, ignorar os haters é um bom remédio. O Mundo está repleto de haters de quem não se sente saudades em dias de apagão. Sobram aquelas pessoas de bom coração que postam apenas vídeos de gatinhos queridos e que nos divertem.

007 – “Ordem para matar”! 707 – Ordem para pagar? telefone para contactos do estabelecimento comercial em que comprei determinados produtos (reclamações, esclarecimentos, recurso à garantia) tem como prefixo 707. De cada vez que se telefona, as chamadas “escaldam” a factura. Contactos simples representam custos acrescidos. Em certas dependências da administração pública também (a DirecçãoGeral do Consumidor, CP, CTT e tantos mais dispunham de uma linha 707): e a Provedoria de Justiça considerava legal o procedimento”. Importa distinguir: . os serviços prestados pelos

“O

Ficha técnica:

estabelecimentos particulares . dos da administração pública. O comércio em geral recorria ao 707 para tirar vantagens dos custos nele implicados. Conquanto a entidade reguladora houvesse estabelecido em 2004 valores máximos por unidade de tempo para os números compostos pelo prefixo 707: “Os preços máximos a pagar pelo usuário para os números das gamas “707”… são os seguintes: - € 0,10 por minuto para chamadas originadas nas redes fixas e € 0,25 por minuto para chamadas originadas nas redes móveis, definindo-se a tarifação ao

segundo a partir do primeiro minuto.” A administração pública usou também de tais vantagens na ânsia de gerar receitas para os cofres do Estado… A Directiva dos Direitos do Consumidor de 2011 proibiuo no quadro das relações jurídicas de consumo. E, em 2014, a LDC – Lei de Defesa do Consumidor consagrou-o expressamente no seu artigo 9.º - D: Serviços de promoção, informação ou contacto com os consumidores 1 - A disponibilização de linha telefónica para contacto no âmbito de uma relação jurídica de consumo não implica o pagamento pelo consumidor de quaisquer custos adicio-

Jornal Chafariz de Arruda • Propriedade, administração e editor: Propriedade: Metáforas e Parábolas Lda – Comunicação Social e Publicidade • Gestão da empresa com 100 por cento de capital: Sílvia Alexandra Nunes Agostinho • NIPC 514 207 426 • Morada: Rua Alexandre Vieira nº8 1º andar 2050-318 Azambuja • Sede de Redação: Rua Alexandre Vieira nº8 1º andar 2050-318 Azambuja • Telefones: 263 048 895 - 93 409 6783 - 96 197 13 23 • Correio Eletrónico: chafariz@chafariz.pt • Site: www.chafariz.pt • Director: Miguel António Rodrigues CP 3351miguelrodrigues@valorlocal.pt • Redação: Miguel António Rodrigues CP 3351, Sílvia Agostinho CP-10171 (silvia.agostinho@valorlocal.pt 93 409 67 83) • Multimédia e Projetos especiais: Nuno Filipe Vicente (multimedia@valorlocal.pt) • Colunistas: Hélia Carvalho, Joel Rodrigues, Paulo Beja, António Salema, Casimiro Ramos, Lelio Lourenço • Paginação, Grafismo e Montagem: Milton Almeida: paginacao@valorlocal.pt • Contactos Comerciais: chafariz@chafariz.pt, 263 048 895, 96 19 71 323 • Serviços administrativos: geral@metaforaseparabolas.pt • N.º de Registo ERC: 126987, Depósito legal: 126987/17 • Periodicidade: Bimestral • Tiragem Média: 2000 exemplares • Impressão: Gráfica do Minho, Rua Cidade do Porto – Complexo Industrial Grunding, bloco 5, fração D, 4710-306 Braga • O Estatuto Editorial encontra-se disponível na Página da Internet em www.chafariz.pt

nais pela utilização desse meio, além da tarifa base, sem prejuízo do direito de os operadores de telecomunicações facturarem aquelas chamadas. …” O Tribunal de Justiça da União Europeia, por acórdão de 13 de Setembro de 2018 em curso, reiterou-o, nestes termos: “O artigo 21.°, primeiro parágrafo, da Directiva 2011/83/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de Outubro de 2011, relativa aos direitos dos consumidores, … deve ser interpretado no sentido de que se opõe a que, se um profissional tiver disponibilizado a toda a sua clientela um ou mais números de telefone abreviados sujeitos a uma tarifa mais elevada do que a tarifa de base, os consumidores que já celebraram um contrato com esse profissional paguem mais do que a tarifa de base quando contactam o referido profis-

sional, por telefone, a propósito desse contrato.” A Provedora de Justiça, a 5 de Abril p.º p.º., emitiu um comunicado, nos termos do qual “… adverte para a circunstância de vários serviços públicos e empresas detidas pelo Estado continuarem a usar linhas telefónicas de custos acrescidos (com os prefixos 707), como meio de contacto com os utentes, em desrespeito à legislação em vigor. Situação semelhante acontece com diversas empresas privadas” “Não é legal a utilização de linhas de telefone de custos acrescidos pela administração pública como meio de contacto pelos cidadãos”. Nem, no caso das empresas privadas, nas linhas de apoio e de assistência técnica pósvenda.” É o art.º 11 do DL 135/99 (alterado pelo DL n.º 73/2014, de 13 de Mio) que rege neste particular.

Mário Frota* Por conseguinte, tanto para os serviços da administração pública, como para as empresas que integram a constelação dos distintos mercados de consumo (geral, financeiro, de serviços públicos essenciais…), tal prática é vedada, não sendo lícito que sujeitem os consumidores a custos acrescidos para as chamadas que efectuem para tais estabelecimentos. Ao tempo, TAP, CP, CTT, AT – Autoridade Tributária e Aduaneira, Lojas e Espaços do Cidadão, Instituto de Segurança Social, Serviços Municipais, Direcção-Geral do Consumidor, ADSE, Instituto da Juventude, CGD, Santander, Millenium BCP, Prosegur, Securitas, Logo, Mapfre, Via Verde, Continente, entre outros, mantinham tais linhas. * apDC – DIREITO DO CONSUMO - Coimbra


Chafariz de Arruda

Outubro 2018

A Capela da Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos Assistência e Saúde em Arruda dos Vinhos

A Santa Casa da Misericórdia é uma organização secular católica portuguesa privada e sem fins lucrativos, com intenção caritativa e orientada pelos princípios estabelecidos pelas catorze obras de misericórdia - corporais e espirituais - também conhecidas como o Compromisso ou Estatuto da Misericórdia. Inventariar e divulgar o património histórico-artístico é um meio de promoção do conhecimento e da preservação dos bens culturais da Santa Casa da Misericórdia. Os elos de ligação entre as Misericórdias e o património artístico possibilitam visitar um valioso acervo em todo o país, onde as mais variadas campanhas artísticas deixaram um rico legado em história, arte e cultura. A 15 de agosto de 1498 foi fundada a primeira Santa Casa da Misericórdia de Portugal. Nessa data, a rainha D. Leonor institui a Irmandade da Invocação a Nossa Senhora da Misericórdia na Sé de Lisboa. A Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos foi fundada pelo Povo em 1574, com provisão real e expensas do povo de Arruda. Trata-se de uma das mais antigas de Portugal, tendo sido criada poucos anos após a da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Tinha Hospital do Espírito Santo, administrado por Provedor e Irmãos. No final do século XIX tinha duas enfermarias. O Arquivo pertencente à Santa Casa da Misericórdia

Frontispício do Compromisso da Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos, 1828 – Fonte: Museu de Alhandra

Logótipo da Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos – Fonte: Imagem gentilmente cedida pela Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos de Arruda dos Vinhos documenta a estrutura orgânica, as funções e as atividades da Misericórdia. Destacamse os compromissos de 1745 e 1828. Segundo consta, o arquivo desta Misericórdia foi destruído pelo exército francês, pelo que não existe registo da sua fundação. Nas Memórias Paroquiais (1758) e no que concerne à Misericórdia de Arruda dos Vinhos diz-se que esta “tem caza de mizericordia, a qual hé muito pobre.” Transcreve-se a inscrição evocativa do terramoto de 1909 na fachada do Hospital da Misericórdia de Arruda dos Vinhos: “O Hospital da Misericórdia / de / Arruda dos Vinhos / Aqui installado em edificio muito damnficado / pelo / terremoto de 23 de Abril de 1909 / Foi reedificado com o producto da subscripção / da colonia francesa em Lisbôa / e o donativo concedido a mais pela / Comissão Nacional de Soccorros / As victimas do tremor de terra / No Ribatejo / A instancias de uma Comissão Local.” A Capela da Santa Casa da Misericórdia A Capela que se observa é posterior à data de fundação, remontando ao século XVIII, incorporada na já existente arcada do edifício. Inicialmente terá tido três naves e três altares, sendo o maior da Visitação de Nossa Senhora com a imagem de Nossa Senhora de Monserrate; da parte da Epístola, Altar de Santa Ana, originalmente de Santiago; da parte do Evangelho, o Altar de Cristo Crucificado. A Igreja apresenta entrada lateral e é antecedida por arcaria em modo de galilé que

percorre toda a fachada lateral principal e que ao nível do segundo piso constitui dependências da Casa que se adossam à Igreja, permitindo o acesso à tribuna dos Oficiais. A esta construção justapõem-se num dos extremos o edifício do Hospital, onde se destacam outros conjuntos arquitetónicos como a Sacristia e a Casa do Despacho. Estamos na presença de um edifício cuja arquitetura religiosa remonta ao período do barroco e do rococó. De planta longitudinal é composta por nave única e capelamor retangulares, com coberturas internas em abóbada de berço. Ostenta decorações em estuque, arco triunfal ornamentado por pintura decorativa, muros revestidos com silhares de azulejos monocromos na nave e policromos na capela-mor. Apresenta coro-alto, altares com retábulos de talha dourada e verde, púlpito de madeira policromada e tribuna. No final do século XIX seria de uma só nave, mantendo os três altares. Na capelamor um altar de talha verde e dourada do final do século XVIII, cujos panos murários estão repletos de azulejos policromos do mesmo século, semelhantes aos da Capela do Santíssimo Sacramento da Matriz da vila. O altar-mor ostenta a imagem anteriormente muito venerada, do Senhor Morto, provavelmente setecentista, numa vitrine, de tamanho quase natural. Na procissão do Enterro, realizada na Sexta-feira da Paixão, esta imagem seguia em esquife próprio, saindo desta capela para a Matriz de Arruda dos Vinhos, onde anualmente tinham lugar as festividades da Semana Santa. O Compromisso da Sancta Casa da Misericordia de Villa d’ Arruda dos Vinhos é constituído por 17 capítulos, remontando ao ano de 1828, por iniciativa da Mesa do ano anterior, recuperando as regras de um documento mais antigo, destruído em 1810. Cite-se uma passagem do Capítulo XVII – Das Festas, Procissões, e Enterramentos: “São as procissões desta Casa duas; a primeira he a

Esquema das obras da misericórdia (corporais) da Capela da Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos de Quinta feira maior, em que se ajuntará a Irmandade na Igreja nesta Casa, donde sahirá para visitar o Sepulchro do Sanctissimo Sacramento em direitura à Igreja Matriz (…) A segunda Procissão he a do Enterro do Senhor na Sexta feira maior (...) ”. A única nave apresenta cobertura em abóbada de berço, decoração em estuque e tela a óleo inscrita no medalhão central com o tema da Visitação e com a seguinte inscrição: “BENEDICTUS DOMINUS DEUS ISRAEL […] VISITAVIT REDE”. A representação da Visitação na cobertura da nave é símbolo e orago das confrarias, destacando o profundo gesto de Misericórdia de Maria com a prima, comum à missão da Santa Casa da Misericórdia. O púlpito, colocado no lado do Evangelho, ostenta fingidos marmoreados. No local oposto, do lado da Epístola, apresenta-se a tribuna eleva-

Pesquisa 13

Ana Raquel Machado* da de madeira. No presbitério existem dois altares colaterais em madeira pintada e dourada, dispostos em chanfro, lateralmente delimitados por colunas de capitéis jónicos. O arco triunfal, de volta perfeita, apresenta pintura decorativa de marmoreados e é enquadrado pelo emblema da Misericórdia. De especial relevo são as três telas do século XVIII e o conjunto de seis bandeiras expostas no coro-alto. Têm-se conhecimento de que em 1875 é reformada a fachada exterior do edifício da Santa Casa. O revestimento azulejar Os painéis de azulejos que se apresentam na Capela da Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos documentam cenas das obras da misericórdia, nomeadamente as corporais. Tratam-se, por isso, de painéis de azulejos historiados. A doutrina das catorzes obras da misericórdia está representada nas obras espirituais e nas obras corporais. As obras espirituais estão representadas nos seguintes temas: Ensinar os Simples; Dar bom conselho a quem o pede; Castigar com caridade os que erram; Consolar os tristes e os desconsolados; Perdoar a quem nos errou;

Sofrer as injúrias com paciência e Rogar a Deus pelos vivos e pelos mortos. Por outro lado, as obras corporais são: Remir os cativos e visitar os presos; Curar os enfermos; Cobrir os nus; Dar de comer aos famintos; Dar de beber aos famintos; Dar de beber aos que têm sede; Dar pousada aos peregrinos e pobres e Enterrar os finados. As representações artísticas difundiram a doutrina, sobretudo no século XVIII, com os vastos programas iconográficos que se encontram nas dependências religiosas das Santas Casas. As obras corporais são relativas aos cuidados do corpo, num cruzamento das sete ações de caridade e de grande unidade prática. Em Arruda dos Vinhos foram identificadas, com base na observação e comparação com outros painéis semelhantes, as seguintes obras de misericórdia corporais: Remir os cativos e visitar os presos; Curar os enfermos (?); Cobrir os nus (?) e Dar de comer aos famintos. * Historiadora de Arte Licenciada em História da Arte e Mestre em Arte, Património e Teoria do Restauro pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Pós-graduada em Gestão Cultural pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa.

Hospital e Capela da Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos – Fonte: Coleção Privada


Chafariz de Arruda

14 Pesquisa

Outubro 2018

Irene Lisboa Esboço para uma biografia pedagógica (1ª. parte) rene Lisboa (1892/1958) estuda e escreve a sua obra num contexto político e educativo, por um lado, instável (1.ª República) e, por outro, autocrata e corporativista (Estado Novo). Entretanto, vão surgindo na Europa, também em Portugal, pedagogos que pretendem reformar, diríamos, revolucionar a educação. Portugal tem o seu primeiro laboratório de pedagogia e psicologia experimentais em 1913, na Universidade de Coimbra, de orientação claparèdiana, implementado por Alves dos Santos (1866/1924) e antes, em 1911, uma lei que prevê a implementação da educação infantil (pré-escolar). Na Europa, essa revolução vai sendo feita com Decroly (1871/1932), Claparède (1873/1940), Rosa Sensat (1873/1961), Montessori (1870/1952), Dewey (1859/1952, EUA), Luquet (1876/1965), Piaget (1896/1980), entre outros, que observam, experimentam e produzem conhecimento. Já em Portugal, os que se aventuram nessas lides inovadoras (César Porto (1873/1944), Adolfo Lima (1874/1943), Delfim Santos (1907/1966), António Sérgio (1883/1969), Bento de Jesus Caraça (1901/1948), entre outros), durante a ditadura salazarista, mesmo um pouco antes, talvez com início em 1926, acentuando-se a partir de 1933, pagam, alguns, caro a ousadia da inovação, mesmo durante a 1.ª República. É na categoria de inovadora que devemos inserir a professora e pedagoga Irene Lisboa. Professora primária, educadora diplomada (a primeira do sistema público de educação, juntamente com Ilda Moreira), e especialista

I

em ciências da educação, luta sempre pela dignificação da educação em Portugal, e, apesar de ser banida do sistema pela repressão fascista, nunca deixa de escrever (até 1940 com o pseudónimo de Manuel Soares para os textos pedagógicos) e dar conferências, em que apresenta, quando não é impedida, a sua visão documentada, também na prática, de uma educação ativa, nova, em que o aluno seria o centro da aprendizagem (ainda hoje não é uma realidade), em oposição à velha escola sentada, passiva, verbalista, que tão bem conhecemos, e que Irene Lisboa há quase um século já combatia. Ela introduz, esclarece, complementa e adapta à realidade portuguesa as mais inovadoras teorias pedagógicas e métodos que ainda hoje são considerados úteis: Montessori, Decroly, Dalton, trabalho de projeto e de grupo... A sua visão apela a uma escola onde se ensina menos e aprende mais. É nesta condição de inovadora, persistente e destemida que deve ser considerada, estudada e destacada no contexto da história da educação em Portugal. É na Escola Normal de Lisboa (Escola Superior de Educação) que Irene começa a dar os primeiros sinais de inconformismo, a levar a cabo algumas ações mais radicais e a sofrer as consequências dessa irreverência (entra em 1911 e sai diplomada em 1914). Ali, em 1913, funda Educação Feminina. Esta publicação teve vida curta (7 números e 6 meses), seria proibida pelo Conselho Escolar por ser demasiado revolucionária, mesmo para a 1.ª República (para algumas mentes fechadas que estavam à

frente das instituições de ensino, o que acontece em todas as épocas, não só nas ditaduras). Este primeiro jornal das normalistas publica literatura e textos que criticam as condições do edifício da escola, o ensino e a ação pedagógica dos professores. O seu lema: verdade e justiça; os mestres: franqueza e simplicidade. Quatro conceitos que atravessam toda a sua obra, não apenas a pedagógica. Diz ela no n.º 1, abril de 1913: “É este jornal um órgão essencialmente instrutivo e de recreio literário, mas o seu espírito amplo, liberal e franco abraçará com fervor todas as causas justas, todos os ideais nobres e sérios”. A resposta a

este desassossego constante, que caracteriza a vida e obra desta mulher, não se faz esperar. Numa das muitas vezes que é chamada ao gabinete dos professores para ser aconselhada sobre a orientação que devia dar à publicação, ouve o seguinte reparo, reproduzido por Ilda Moreira em 1975, na Palestra por si proferida na Escola do Magistério Primário de Lisboa: “A senhora escreve com uma pena muito aguda e um dia pica-se”. E continua: “E picou-se e ficou ferida (...) Mas que euforia enquanto durou (...) a extinção do jornal magoou muito Irene Lisboa e exacerbou a sua rebeldia (...) Mas não se resignou a ficar

ignorante da matéria essencial – a pedagogia”. Começa então a sua cruzada de décadas em prol de uma educação ajustada à realidade psicoeducacional e social dos alunos portugueses, que, durante a 1.ª República, não é opressora, mas também não é eficaz. Em 1913/14, termina o curso com 18 valores, tendo começado a dar aulas no ensino primário, na escola do Beato, durante seis anos letivos (1914/1920). Em 1920/21, por convite, Irene e Ilda tomam posse de duas turmas de ensino infantil na Tapada da Ajuda. Os alunos têm entre 5 e 7 anos. Estas duas classes, pioneiras do ensino

pré-escolar público em Portugal, servem de modelo a um ensino moderno e inovador: “Irene Lisboa deu (...) o mais que pôde de si: aplicação cuidada e meticulosa do seu conhecimento pedagógico (...); o coração, pronto a receber a ternura e a retribuí-la (...) Procurou as famílias das crianças, visitou-as em casa e no hospital (...) Foi uma professora de exemplo. De conto. Era a sua juventude a sugerirlhe o que podia fazer para melhor ajudar” (Moreira, 1975). (Continua no próximo número.) Jorge da Cunha (Mestre em Ciências da Educação, Professor de Português, Antropólogo)


Chafariz de Arruda

Outubro 2018

NA HORA DE COMPRAR CASA...

Fruta da época: A Uva s uvas têm a sua origem na videira que é uma trepadeira da família das Vitáceas (Vitaceae). Oriunda da Ásia adapta-se perfeitamente em todas as regiões de clima temperado. A forma mais comum de as classificar é em dois grandes grupos; as chamadas uvas tintas/pretas e as uvas brancas.

A

Tânia Tomás* No entanto, dentro destes grupos existem várias tonalidades que são conferidas pela concentração de antocianinas ou pela sua ausência (no caso das uvas brancas). A composição nutricional de ambos os tipos de uvas varia ligeiramente como se pode ver pela tabela abaixo: Calorias Hidratos de carbono Lípidos Proteína Água Fibra

Uva Tinta 83 kcal 18.6 g 0.5 g 0.3 g 78.9 g 0.9 g

Uva Branca 78 kcal 17.3 g 0.5 g 0.3 g 80.6 g 0.8 g

Entre os seus diversos benefícios os seguintes são os principais: - Antioxidante – Na pele das uvas tintas encontrase o resveratrol que possui elevada capacidade antioxidante e é eficaz no bloqueio dos radicais livres responsáveis pelo envelhecimento e degradação celular. - Benefícios cardiovasculares – Exercem efeito cardioprotector, vasodilatador e redutor da pressão arterial pela riqueza em potássio. - Regulação do trânsito intestinal – Contêm um elevado teor de fibra e água o que auxilia na diminuição da prisão de ventre. - Efeito detox – Actuam como desintoxicantes ao nível do fígado e como diuréticas no auxílio à função renal. - Anti-tumoral – pela presença de componentes anti-inflamatórios e anti-oxidantes. - Fonte energética – o seu conteúdo em açúcares de absorção rápida constitui uma fonte de energia. Neste caso o consumo por parte de indivíduos com Diabetes deve ser feito com moderação e em porções adequadas ao seu plano alimentar. Para aproveitar ao máximo as propriedades benéficas das uvas devemos procurar consumi-las com pele e na época do ano em que são produzidas, o que em Portugal acontece maioritariamente entre Junho e Outubro. *Nutricionista, Membro efectivo da Ordem dos Nutricionistas tctomas0756@onutricionistas.pt

Rubricas 15

Questão: Vale a pena transferir o meu crédito bancário para outro banco? R.: Se por vezes se questiona com esta pergunta, tenha em conta dois aspetos importantes, o valor do spread e os custos associados à transferência. O primeiro a fazer é perceber como é que se encontra a sua Paulo Viduedo situação económica atual, pois as condicionantes ao empréstimo bancário têm vindo a ser alteradas, e processos que foram aprovados anteriormente podem não o ser agora, pelo que pode ser importante perceber se reúne condições para trocar de banco. Não menos importante é conhecer as suas atuais condições do crédito, não apenas o spread mas também todos os produtos que estão agregados ao mesmo, tais como os seguros , cartões de crédito, domiciliação de ordenado, entre outros, para que numa nova simulação não tenha apenas em conta o valor da prestação mas o total de despesas mensais/anuais. Por fim, deverá ponderar os custos relativos à transferência do crédito, embora algumas instituições bancárias suportem (pelo menos uma parte das despesas), nem todas o fazem , e se assim for poderá de ter de pagar novas escrituras, avaliação do imóvel e até comissões por pagamento antecipado. No fundo, poderá poupar algum dinheiro com a troca de banco, desde que tenha em conta o que referi anteriormente, cada caso é um caso e se calhar vale a pena tentar... Um abraço, Um abraço, Paulo Viduedo Envie as as suas questões para pviduedo@icloud.com Rosinha e os seus amigos do Biju da Nini também não faltaram a mais uma edição da NaturArruda. A boneca mais conhecida de Arruda também se rendeu aos benefícios das massagens, uma das muitas vertentes desta Feira das Medicinas e Técnicas Naturais que decorreu no mês de setembro. Deu para relaxar e aproveitar bastante! Até à próxima amiguinhos!

A



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.