Jornal chafariz edição junho 2017

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Bimestral • Director: Miguel A. Rodrigues • Nº 1 • 6/2017 • 0.01€

Chafariz

Arruda dos Vinhos “ganha” Julgado de Paz

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de Arruda Entrevista André Rijo

“O PAEL não foi impeditivo de fazermos obra”

Bombeiros de Arruda precisam de novo material de desencarceramento Autárquicas

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Ana Pena é a candidata da CDU à Câmara PSD faz apresentação de candidatos a todos os órgãos autárquicos

Págs. 7 e 8

Rijo recandidata-se a novo mandato

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Chafariz de Arruda

2 Associações

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Bombeiros de Arruda precisam de novo material de desencarceramento Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos organiza a partir desta sexta-feira feira (9 junho) e até domingo (11 junho) uma atividade de angariação de fundos tendo em vista a aquisição de material de desencarceramento. Trata-se de uma vacada com a presença de atores da novela “O Sábio” que dão vida a três bombeiros no pequeno ecrã. Acácio Raimundo, comante dos voluntários de Arruda, diz ao “Chafariz de Arruda” que a corporação conta atualmente com 20 efetivos, sendo que 17 são bombeiros. Existem cerca de 70 voluntários, mas seriam necessários mais homens. As dificuldades são quase as mesmas que outras associações do país também enfrentam quanto ao facto do efetivo ser curto, até porque “não é fácil a um bombeiro voluntário abandonar o seu posto de trabalho para vir ajudar a combater um incêndio”. “Nem sempre a entidade empregadora pode dar essas possibilidades”, refere o comandante. Por isso a associação tem insistido no trabalho de cativar alguns jovens. Contudo nem neste ponto é fácil a tarefa deste corpo de bombeiros porque há todo um trabalho para elevar à categoria de bombeiro de terceira um jovem que ingresse na associação, e conseguir com isso algum nível de profissionalismo que o torne apto para a execução de tarefas mais exigentes a nível da resolução de sinistros. A

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Comandante gostava de contar com novo material de desencarceramento vida académica e as exigências parentais são também vertentes da vida do jovem que dificilmente conseguirá consagrar o tempo desejável à atividade ao serviço dos soldados da paz. “Isto sem contar que quando a família o mete de castigo não o deixa vir para cá”, dá conta. A associação acolhe nesta altura jovens menores de idade, e para passar a

bombeiro de terceira há que ter pelo menos 18 anos. “Nessa altura ou já estão a trabalhar ou a estudar fora”, constata o comandante. A nível do parque automóvel, a associação dos bombeiros voluntários de Arruda dos Vinhos considera que para já está bem servida, apesar do desgaste das ambulâncias “que já andaram muitos quilómetros”. A asso-

ciação tem dois veículos florestais, mais um veículo rural de combate a incêndios, um veículo de combate a incêndios urbanos, e seis ambulâncias. O foco será nesta altura, então, a aquisição da viatura de desencarceramento, pois o material que existe tornou-se obsoleto para a evolução dos tempos e dos veículos”. Esse equipamento rondará os 60 mil euros. As ações de angariação de fundos da coletividade passam menos, hoje em dia, pelos peditórios “que já não suscitam adesão”, e mais “pelas diversas atividades que possamos levar a efeito”. Recentemente teve lugar uma “burricada” cujas receitas deram para a aquisição de mais um desfibrilhador. A associação apenas dispunha de um aparelho daquele género para a ambulância do INEM. “Em alturas de coincidência de ocorrências fazia muita falta mais um instrumento”. O país já se começou a preparar para a época de in-

cêndios cujo pico acontece entre julho e setembro durante a denominada fase charlie, ou seja a mais crítica, mas no concelho de Arruda dos Vinhos, o mês de outubro é sempre o mais preocupante, altura em que acontecem queimadas rurais em que os proprietários estarão mais descontraídos quanto a este tipo de ocorrências, e essa negligência tem custado caro. Desde o dia um de junho, que se encontra constituída uma equipa de cinco homens pronta para intervir durante as 24 horas do dia, e a partir de julho sobe para sete que estarão de prevenção e vigilância até 15 de outubro. A freguesia de Arranhó é a que oferece mais preocupação. De salientar que os proprietários mesmo assim vão tomando alguma consciência quanto à necessidade de limpeza dos seus terrenos e das faixas de contenção. As dificuldades de tesouraria e económicas por vezes tornam-se ainda mais difí-

ceis de gerir aquando dos atrasos no pagamento do transporte de doentes por parte do Estado e das instituições, e Arruda não é exceção- “É um mal geral de todo o país”, constata. Vale neste campo a ajuda que a Câmara de Arruda tem podido corresponder, “garantindo algum fundo de maneio para que possamos sobreviver”. Icónico nesta associação é o conhecido baile da chita que contudo tem vindo a perder fulgor. Acácio Raimundo é da opinião de que o evento tem perdido entusiastas e longe vão os tempos de antigamente quando o baile marcava o calendário dos acontecimentos no concelho. “Quando a população não adere, as verbas para a associação também não correspondem porque há menos entradas cobradas. Já foi uma boa fonte de receitas mas agora já não é, independentemente da qualidade das rainhas. As pessoas estão de facto a desligarem-se deste baile”.


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Política 3

Ana Pena é candidata da CDU à câmara na Cristina Pena é a cabeça de lista da CDU à Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos. A apresentação da candidata está marcada para este sábado às 10 da manhã no posto de turismo de Arruda dos Vinhos. A Candidata é professora e no momento é eleita na as-

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sembleia e na Junta de Freguesia de Apelação, no concelho de Loures. Com Ana Cristina Pena, concorre como cabeça de lista à Assembleia Municipal, Adelaide Henriques, que há quatro anos tinha sido cabeça de lista, contudo acabaria por não ser eleita. No manifesto eleitoral, a candidata aponta como pontos

fortes da sua campanha a dinamização do turismo rural, através da introdução de Arruda na “rota das agências de viagens e dos hotéis”. Ana Cristina Pena defende igualmente a criação do gabinete de apoio ao munícipe com vista ao melhoramento “da política ambiental, sonora e de estacionamento para os moradores”.

Por outro lado, a candidata comunista garante um grupo de trabalho para “analisar e apoiar os clubes recreativos e desportivos no sentido de alargar a prática física e desportiva”. A CDU apresenta por agora os candidatos à Câmara e Assembleia Municipal, deixando para outras sessões os candidatos às freguesias.

André Rijo diz haver agora mais e melhores condições do que há quatro anos quando venceu as eleições. “Por isso estamos convictos de que o segundo mandato poderá ser melhor do que o primeiro mandato” e explica que “as bases estão lançadas; os projetos estão em curso; e temos melhores condições financeiras para os executar do que tínhamos

há quatro anos”. Contudo há dois projetos que “assombram” o executivo socialista de André Rijo. “Enquanto não conseguirmos concretizar a construção à variante à vila de Arruda e a requalificação do Bairro João de Deus, não vamos descansar”, considerando esses projetos “vitais para a melhoria da qualidade de vida em Arruda dos Vinhos”.

André Rijo recandidato a novo mandato pelo PS ndré Rijo, atual presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, é recandidato à autarquia. O autarca que conquistou a câmara ao PSD nas eleições de 2013, já tinha passado pela oposição enquanto a autarquia era governada pelo atual provedor da Santa Casa da Misericórdia local,

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Carlos Lourenço. André Rijo não fará “uma apresentação em nome pessoal”, vai, antes, participar nas apresentações dos vários candidatos socialistas às juntas de freguesia, sendo a primeira em Arruda dos Vinhos dia 14 de junho. Ao Chafariz de Arruda, André Rijo informou em primeira mão que será recandidato à autarquia. O edil salientou

que “já vai sendo tempo de responder a essa questão com frontalidade” aos arrudenses. Rijo vinca que depois de alguma reflexão sua e da equipa que o acompanha “é hoje assumido que nos vamos apresentar a votos para nos recandidatarmos e para continuar este trabalho”. Para o autarca “há muita coisa já feita, mas há ainda

PSD de Arruda dá a conhecer candidatos aos vários órgãos autárquicos PSD de Arruda dos Vinhos vai candidatar à Câmara Municipal Luis Rodrigues, como aliás o Chafariz de Arruda tinha anunciado. A apresentação do antigo presidente da Assembleia Municipal de Arruda, agora como cabeça de lista à Câmara e restantes freguesias, decorreu no final do mês de maio no Clube Desportivo e Recreativo de Arruda. Segundo Luis Rodrigues, este é um projeto que pertente envolver mais a sociedade civil, explicando ao nosso jornal que nos primeiros sete nomes da lista à Câmara, apenas dois são militantes social-democratas, os restantes apresentam-se como independentes. Luís Rodrigues destaca por isso que “nosso partido é Arruda e a nossa coligação é com todos os arrudenses” garantindo que assim poderá cumprir o “objetivo de servir a nossa terra e as suas gentes”. O candidato salienta, igualmente, que esta é “uma candidatura que se quer afirmar pela positiva” por isso elenca que será “pela força das suas ideias, e pela proximidade e valorização do papel da cidadania as suas principais armas”. Com Luis Rodrigues, concorre como cabeça de lista à Assembleia Municipal Sandra Lourenço. A lista à Câmara é composta ainda por António Gama, Maria José Antunes, Carlos Martins, Marta Porto, Miguel Oliveira e Raquel Gama. Quanto aos cabeças de lista às freguesias, o PSD apresenta como cabeça de lista à sede de concelho, Diogo Jaleco, em Arranhó Gonçalo Rodrigues, Cardosas: António Joaquim, e em S. Tiago dos Velhos: Martinho Silva.

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muito por fazer” refere salientado que faz, no entanto, um balanço positivo tendo em conta que “cumprimos mais de 80 por cento daquilo que prometemos às pessoas”. Há, no entanto, segundo o candidato, situações em que alguns erros foram cometidos, “mas isso não significa que não possamos melhorar”.


4 Opinião

A Heroína Que Faltava

or mais magnífica que sejas continuas a não estar à minha altura”, diz o General Lundendorff (Danny Huston) a Diana (Gal Gadot). Não é a primeira, nem será a última vez, que um homem subestima o potencial de uma mulher. Mas Diana não é uma mulher qualquer, é uma princesa guerreira, uma Amazona que acabou de atravessar, com um soco, o telhado de uma torre para enfrentar o General Nazi. Gadot nasceu para o papel de Diana. Ela prova que as mulheres podem ser destemidas, fortes e leais, não é apenas mais uma cara bonita, é uma guerreira que consegue ser extremamente forte e ao mesmo tempo doce e ingénua. Ela está pronta para o combate e ainda mais focada em eliminar as forças do mal para o bem-estar da paz. Ao contrário de outros heróis do universo DC, Diana não tem qualquer conflito com o seu lugar ou responsabilidade no mundo, ela está apenas focada em ajudar a humanidade e derrotar o mal. A cena de abertura é uma declaração impressionante de força e vontade: na ilha encantada de Themyscira, as Amazonas preparam-se para o dia em que o deus da guerra, Ares, virá para as destruir. Preparar-se para o deus da guerra é preparar-se para a guerra. A camara atravessa o campo de treino, mostrando as guerreiras enquanto praticam wrestling, combate corpo-a-corpo, tiro com arco e equitação. É uma exibição pura de beleza e força. As amazonas estão deliberadamente a utilizar a sua raiva e orgulho. Elas não estão a tentar ser melhores que os homens, elas são melhores que os homens. A jovem Diana, ansiosa por iniciar o seu treino observa estas valentes guerreiras e imita os seus movimentos. Em cerca de um minuto estas mulheres mostram o que é um guerreiro, dando o mote para o resto do filme: duas horas de uma mulher, criada por mulheres que enfrenta diretamente a sangrenta arte da guerra. Juntamente com a sua tribo, Diana vive isolada da humanidade. Isso muda quando o piloto e espião Steve Trevor (Chris Pine) cai na sua ilha e lhe conta histórias de uma guerra que vai acabar com todas as guerras (Primeira Guerra mundial). Existe rapidamente uma quimica entre os dois. Com diferentes perspectivas mas um objectivo comum, ambos abandonam a ilha para ir combater “o mal”. Ele quer combater o programa de armas dos alemães, ela quer derrotar o deus da guerra Ares. Até chegarmos ao confronto final vemos Diana pelos campos de batalha da Primeira Guerra Mundial à frente das tropas aliadas a avançar pelas linhas inimigas adentro como a verdadeira heroína que queremos ver. Mas no final, Patty Jenkins (realizadora) cai no mesmo erro que os seus antecessores e substitui a grande maioria dos personagens por bonecos criados por computador e a magia socumbe ao barulho das explosões. De qualquer forma, o filme mostra uma Diana brava e corajosa que além das suas jóias que repelem balas, da sua habilidade e rapidez com a espada ou a capacidade de enviar ondas de choque, a sua grande arma é a empatia que cria com a audiência. Enquanto que no “antigo” universo DC viamos Batman a torturar inimigos e Super Homem a destruir cidades enquanto é forçado a matar vilões, em Mulher Maravilha vemos uma mulher que simplesmente luta pela justiça e salva vidas. É uma lufada de ar fresco. Há já algum tempo que, no meu entender, a Marvel tem vencido a guerra dos filmes de super-heróis. Talvez por os heróis da DC serem negros e fechados no seu mundo e os da Marvel serem joviais e divertidos. Com Mulher-Maravilha a história muda. Não é um Esquadrão Suícida que tenta imitar dois filmes falhando redondamente (Guardiões da Galáxia e Os Vingadores), é um filme sobre uma verdadeira heroína, uma mulher que lidera para vencer e que o faz com graça, humor, romance e muita pancadaria. Uma mulher que, ao contrário de outras que temos visto em filmes de super-heróis, sabe o que quer. Cat-Woman era uma mulher insegura que se transformava para tentar ser alguém. Viúva Negra (Os Vingadores) não é mais que o elo mais fraco no meio de cinco homens. E Harley Quinn (Esquadrão Suicida) é apenas uma maluca apaixonada por um vilão e que procura ser aceite. Diana não, Diana é puro espírito guerreiro, ela é a protetora que luta para acabar com todas as guerras. Era a peça que faltava ao, até agora fraco, universo DC. Com esta Mulher-Maravilha que venha a Liga da Justiça. Joel Rodrigues Direção Curt’Arruda Festival de Cinema de Arruda dos Vinhos

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Proteste, Proteste!

e uma consumidora agastada com algo que se repete à exaustão: “Chega-me sistematicamente correio electrónico proveniente da Deco. Proteste, quer para promoção da revista Proteste quer de outras, nestes termos: “Ainda não é associado? Aproveite as vantagens com 75% de desconto + Tablet 8’’ Grátis Descubra a Deco Proteste com 75% de desconto durante 1 Ano e receba grátis um fantástico tablet android 8” Já para lá escrevi a dizer que não quero que me incomodem com tal SPAM, mas ignoram em absoluto o meu pedido e continuo a ser invadida com mensagens deste teor que me molestam sobremodo. O que mais poderei fazer? Já escrevi à DGC. Nada parece resultar. E pergunto-me onde terão ido buscar os meus dados para os utilizarem a seu bel-prazer, já que jamais lhos forneci.” Na realidade, ninguém parece escapar às “comunicações

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não solicitadas”, abusivas, emanadas da Deco-Proteste. Ora, a remetente ilude os consumidores ao perguntarlhes: “ainda não é associado?” Pela simples razão que não é de uma associação de consumidores que se trata, antes – e tão só - de uma empresa comercial, de uma sociedade por quotas. Com efeito, a DECO – Proteste, Editores, Lda. (antena portuguesa da multinacional belga - sob forma de sociedade anónima - EUROCONSUMERS, S.A.), é uma sociedade comercial em nome colectivo com estatuto próprio de empresa mercantil: persegue especificamente o lucro em decorrência do comércio, seu objecto social, a saber, - “editar revistas e outro material informativo sobre defesa do consumidor”, “bem como desenvolver actividades que tenham conexão ou se repercutam na área do consumo e/ou se destinem a ser utilizados por consumidores”(aditamento de 11 de Fevereiro de 2015). Há, portanto, uma comunicação em fraude à lei quando pretende confundir-se com

NA HORA DE COMPRAR CASA... Antes da decisão! (Fase 1) Antes de procurar casa comece por analisar cuidadosamente o seu orçamento familiar, de forma a perceber o montante máximo que pretende e/ou pode suportar. Aconselho sempre os meus clientes a pedir simulações bancárias antes de começar a visitar casas, as mesmas Paulo Viduedo irão ajudar a fixar o valor máximo de aquisição e ajudálos a perceber quanto podem gastar mensalmente. Independentemente do empréstimo que vão contrair será sempre importante dispor de algumas poupanças, pois serão necessário alguns capitais próprios para fazer face a despesas para além do valor da casa, tais como abertura e estudo do processo (bancário), avaliação do imóvel , escritura e impostos. Só depois de termos (eu e os meus clientes) a noção dos valores que são suportáveis e confortáveis para eles é que procuramos a casa indicada às suas necessidades e gosto. Procurar casa.... (Fase 2) Quando começar a procurar casa existem vários factores que deve ter em conta: localização, acessos, estado de conservação, exposição solar, relação qualidade/preço. A compra de imóveis a precisar de obras também pode ser uma boa opção mas só se o valor investido na remodelação mais o valor de compra da casa for igual ou superior ao seu valor comercial! Um abraço a todos, Envie as suas questões para pviduedo@icloud.com

uma associação de consumidores e pergunta com malícia a quantos se dirige abusivamente: “ainda não é associado?” A Deco-Proteste, Lda, é, pois, uma sociedade comercial em nome colectivo, antena portuguesa da multinacional belga, que adopta práticas agressivas, ilegais, de proscrever. A Deco-Proteste, Lda, viola a lei ao promover “comunicações não solicitadas” a uma (naturalmente extensa) lista de consumidores que, quantas vezes, mal reagem a tamanha ilegalidade. Com efeito, a Lei da Privacidade das Comunicações (Lei 41/2004) inscreve no n.º 1 do seu artigo 13-A essa proibição: “Está sujeito a consentimento prévio e expresso do assinante que seja pessoa singular, ou do utilizador, o envio de comunicações não solicitadas para fins de marketing directo, designadamente através da utilização de sistemas automatizados de chamada e comunicação que não dependam da intervenção humana (aparelhos de chamada automática), de aparelhos de telecópia ou de correio electróni-

Mário Frota co, incluindo SMS (serviços de mensagens curtas), EMS (serviços de mensagens melhoradas) MMS (serviços de mensagem multimédia) e outros tipos de aplicações similares.” E comina com coima de 5 mil a 5 milhões de euros quem cometer tal “gracinha”: a isso se expõe essa empresa ao contactar consumidores que de todo lhe não deram expresso consentimento para o efeito. Se a lei se cumprir. Onde foi a empresa buscar os dados pessoais dessa imensa mole de gente? Tal constitui também ilegalidade passível de sanção. Razão por que deverá de análogo modo denunciar-se o facto. É a Comissão Nacional de Protecção de Dados a competente para o efeito. Não se remeta, pois, ao silêncio: Reaja. Denuncie. Reclame. PROTESTE. PROTESTE!

Espaço da Rosinha

“Olá amiguinhos!!! Sabiam que a poluição e o gasto excessivo de água está a afetar as reservas de água do planeta ?? Pois está!! Existem gestos simples que podemos fazer, no nosso dia-a-dia para poupar água, querem saber alguns ? - Fechar as torneiras quando estamos a lavar as mãos, os dentes e a tomar banho; - Utilizar a água de lavar as frutas e legumes para regar as plantas; - Não atira objetos para dentro dos rios, lagos ou mar… E… muito mais que podem aprender no meu vídeo “Uma viagem pela água” , integrado na iniciativa do Jornal Valor Local decorrida no dia 2 de junho na Escola profissional de Salvaterra de Magos intitulada “Como posso poupar água e proteger o ambiente” que reuniu cerca de 100 crianças de várias escolas da região. Querem aprender? Então vão à minha página e vejam o vídeo: www.facebook.com/rosinhabynini Até à próxima!!!"


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Jovem escultora arrudense vence concurso de arte dos forais

ndreia Mateus venceu o concurso de artes dos forais, numa iniciativa da Câmara de Arruda dos Vinhos. A jovem escultora de 27 anos elaborou um relógio de sol alusivo à efeméride histórica que se assinala este ano com os 500 anos do Foral de D. Manuel I à vila de Arruda. Ao Chafa-

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riz de Arruda revela que a obra pretende-se interativa e uma vez instalada no futuro Parque Urbano das Rotas está ao dispor da população que precisa de o manipular para ver as horas. O relógio pode ser percorrido e desfrutado. Uma maquete deste trabalho esteve presente no Palácio do Morgado. A artista natural do concelho é mes-

tre em Escultura pela Faculdade de Belas Artes e tem exposto em Portugal e no estrangeiro. A escultura pública é uma das suas vocações e não é raro aventurarse em concursos lançados para embelezamento do espaço público. Encontrar trabalho na sua área não é fácil, e gostaria que houvesse mais abertura por parte das entidades para receberem

exposições de jovens artistas. Atualmente e depois de várias exposições que já fez, trabalha sobretudo com leiloeiras de arte, “que são um bom ponto de partida para os jovens artistas”. Quanto ao relógio de sol que idealizou para esta efeméride dá conta que constam não apenas referências aos 500 anos do foral mas também outros dados histó-

ricos do “nosso concelho e daquilo que somos hoje”. Este concurso levado a cabo pelo município decorreu de agosto a dezembro de 2016, tendo sido admitidos cinco trabalhos de: Carmo Santos, Andreia Mateus, Rui Ferro, Lucas Nascimento e Tiago Pombo, que estiveram expostos de 13 de janeiro a 11 de março na capela do Palácio do Morga-

do. O júri era composto por Susana Anágua, artista plástica, David Santos, historiador de Arte e Sub - Diretor da Direção Geral do Património Cultural, e André Rijo, presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, que decidiu atribuir o primeiro prémio à obra que tinha o nome: “Lugares, Momentos e a Comunidade” de Andreia Mateus.

Retratos do Mercado oitocentista de Arruda dos Vinhos

Créditos: Município de Arruda dos Vinhos


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Entrevista André Rijo, presidente da Câmara de Arruda dos Vinhos

“O PAEL não foi impeditivo de fazermos obra” A menos de quatro meses das eleições autárquicas, o presidente da Câmara de Arruda dos Vinhos faz o balanço de mandato. As expetativas criadas com o Plano Estratégico Arruda 2025, o combate à dívida e a relação com as juntas de freguesia foram assuntos na ordem do dia no mandato.

Miguel António Rodrigues Chafariz de Arruda – Quando tomou posse a dívida do município era de 7,5 milhões de euros, atualmente ronda os 5,1 milhões de euros, como é que tem sido a gestão deste dossier e de que forma o Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) também ajudou nesse exercício de balanço das contas públicas da Câmara? André Rijo- Em primeiro lugar e num parêntesis deixeme saudar a possibilidade desta entrevista e de em Arruda podermos voltar a ter um jornal, o que já não existia desde há umas décadas, e isso é positivo. Quanto à dívida, podemos dizer que a herança não foi a melhor, mas nunca serviu de desculpa para não fazermos nada. Conseguimos chegar ao fim deste mandato com uma redução da dívida na casa dos 30 por cento, sem colocar em causa os serviços essenciais da Câmara e não deixando de ter alguma dinâmica, e isso é mérito de toda a estrutura municipal. O PAEL foi implementado em 2012, no mandato anterior, que mais não é do que um empréstimo do Estado para pagamento de dívida a terceiros. Na altura votámos contra, (o PS era oposição) porque o programa era muito exigente, funcionando como uma espécie de Troika junto das autarquias, nomeadamente, com uma redução de verbas na ordem dos cinquenta por cento para as juntas de freguesia, ao longo do tempo, que durasse o plano de ajustamento. Por outro lado o PAEL não funciona como uma varinha mágica, porque se por um lado permitiu o pagamento de dívida a curto prazo na tesouraria, aumentou a dívida de longo prazo, o que significa que continua-

mos a pagar esse empréstimo. Manteria então o voto contra se fosse hoje? Sim, até porque acompanhei as dificuldades das juntas de freguesia ao longo deste mandato, as quais já antevíamos. Temos tentado minimizar essas mesmas dificuldades, substituindo-se a Câmara às juntas na execução das obras identificadas como prioritárias para determinada freguesia. Continuo a manter que podíamos ter enveredado por outra alternativa como fazer um plano a quatro anos de desinvestimento em alguns setores e de redução da despesa primária corrente, e assim conseguiríamos controlar o passivo e não ter imposto o PAEL, que tem sido doloroso. O município pode vir a sair do PAEL entretanto. Uma vez que estamos a cumprir todas as determinações legais e contratuais no âmbito do PAEL, com a prestação de contas de 2016, entregámos uma carta junto da secretaria de Estado das Autarquias Locais e à Direção Geral das Autarquias Locais (DGAL), a manifestar o nosso interesse em aliviar a componente relacionada com as juntas de freguesia. A DGAL já nos autorizou nesse sentido. No próximo ciclo eleitoral, já será possível alterarmos esta linha de regressão para as juntas de freguesia, e começarmos a aumentar as transferências. O investimento e a economia local foram bandeiras da sua campanha, até que ponto é que conseguiu fomentar a vinda de mais empresas para o concelho? De salientar ainda que desde 2009 que não tínhamos uma taxa de desemprego tão baixa. Nesse ano tínhamos 9,4 por cento de taxa

O autarca governa a autarquia desde 2013 e antes foi vereador da oposição de desemprego, e terminámos 2016 com 5,1 por cento, e quando a média nacional anda nos 11,1 por cento. Estamos no top 10 dos municípios com a taxa de desemprego mais baixa. Enquanto cá estivermos o foco serão sempre as pessoas e o combate ao desemprego também. Como é que consegue que com a vinda de determinada empresa, que os postos de trabalho sejam preenchidos por população de Arruda, isso pode não acontecer? Neste momento temos a máquina de tal maneira montada, que quando o empresário chega à Câmara tem uma estrutura de apoio que não existe em muitos municípios do país, pois fica logo com uma panorâmica do que pode encontrar. E

para essa fixação de empresas não contribuem apenas aspetos como as vias de comunicação, acessibilidades, ou a qualificação de recursos humanos, mas

também a envolvência e o acolhimento por parte da comunidade a essas empresas. Estruturas de apoio como o Invest Arruda, o gabinete de apoio a empresas,

e o gabinete de inserção profissional com toda a articulação com demais empresas do concelho têm sido fundamentais nesse domínio bem como os incentivos


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8 Entrevista fiscais que o município pode proporcionar. Para além disso o município tem procurado manter-se ativo em contacto com associações empresariais e comerciais, câmaras de comércio. Temos um conselho económico estratégico a funcionar, presidido por Tim Vieira, (conhecido empreendedor do programa televisivo Shark Tank). O ambiente de negócio que aqui criámos ao longo destes quatro anos começa a dar os seus frutos, de facto. Por isso na zona industrial de Arruda temos três fábricas em fase final de obras; bem como um lar de idosos em A-do-Barriga de grande dimensão; na zona industrial de Adoseiros temos ainda mais uma unidade fabril em fase de instalação, e ainda mais duas na

área das farmacêuticas cujo processo de fixação está a correr bem. Respondendo diretamente à sua pergunta, há a garantia de que pelos 50 por cento dos postos de trabalho vão para os residentes no concelho. Aliás os benefícios na isenção da derrama só se aplicam se as empresas mantiverem pelo menos três postos de trabalho para residentes no concelho. O município aprovou durante este mandato o seu “Plano Estratégico Arruda 2025”… Tivemos o cuidado de ouvir a sociedade civil arrudense, o tecido institucional e a classe política na elaboração desse documento de modo a que independentemente dos ciclos eleitorais pudesse existir um plano e

uma força agregadora sobre o que queremos para o concelho com um conjunto de objetivos e de metas a cumprir até 2025 que, neste momento, são conhecidos de toda a sociedade arrudense. Ser mais agradável viver, investir, estudar, trabalhar ou até visitar Arruda em 2025 é a meta desse plano. É um plano ambicioso porque em alguns pontos depende da articulação com o Governo e com os fundos comunitários mais estou convencido de que é um documento exequível, e se tivermos a capacidade de congregar esta inteligência comunitária que existe no nosso concelho vamos conseguir. Dizer ainda que temos de conseguir manter os nossos níveis de atratividade que nos definem, como a

Para o autarca é importante manter os níveis qualidade de vida no município

qualidade no setor da Educação, os bons indicadores na Segurança, a qualidade de vida, as boas acessibilidades, e o equilíbrio entre o urbano e o rural. Mesmo assim tem vindo morar para Arruda mais população nos últimos anos… Neste momento temos 14 mil 475 habitantes. Se chegarmos à fasquia dos vinte mil podemos vir a ter dificuldades em manter esse equilíbrio e não nos interessa perder a nossa qualidade de vida e a excelência que queremos preservar e nisso o documento estratégico é importante. Queremos que seja um documento agregador e aglutinador das sensibilidades no concelho. A aposta na Saúde e na Educação, ainda em ante-

Junho 2017 riores mandatos, também tem motivado que mais pessoas tenham vindo viver para Arruda. Na Saúde temos uma taxa de cobertura muito significativa mas com muita gente ainda fora do sistema, e por isso já neste ano implementámos a unidade móvel de saúde que tem sido um sucesso neste mês e pouco de operacionalidade com muita recetividade nas aldeias mais remotas, junto de pessoas que já não iam ao médico e não faziam medicação regular. Este é um grande passo na saúde e na prestação de cuidados. Temos tido uma equipa extraordinária nesta unidade à qual quero desde já dar os parabéns. O que podemos esperar também quanto ao Parque Urbano das Rotas e à recuperação de jardins que, neste momento, está em curso? Aquando da nossa candidatura em 2013 uma das nossas preocupações prendiase com o espaço público que na nossa opinião tinha sido vetado. Nas urbanizações isso era muito sentido. Havia o sentimento de que os urbanizadores após obra feita tinham descurado as envolventes e isso preocupava-me ainda quando estava na oposição. As pessoas vinham viver para Arruda com expetativas que estavam a sair goradas. A Câmara não conseguia fazer face a isto. Temos feito os possíveis quanto à necessidade dessas intervenções, ainda que, paulatinamente, pois não se consegue reduzir dívida e honrar compromissos; e ao mesmo tempo ir fazendo toda a obra. Mesmo assim penso que a qualidade de vida no espaço público melhorou muito em relação há quatro anos atrás. Basta ir ao jardim municipal e ver o número de pessoas que o frequentam. Com os fundos comunitários estamos a aproveitar para fazer um parque urbano, ou seja um jardim de excelência no nosso concelho que não existia ainda num espaço de três hectares numa zona ribeirinha. No próximo mandato, a nossa intenção é a de requalificar espaços públicos na parte histórica da vila, mais dispendiosa porque compreende intervenções no subsolo. Focou já nesta entrevista a asfixia financeira que rodeou os contornos do PAEL no que respeita às juntas de freguesia. E no caso da junta de Arruda a situação foi ainda mais

complicada devido ao histórico de anteriores mandatos e a situação caótica que aquela autarquia tem vivido. O problema da junta de Arruda é ainda mais grave que deriva de uma situação que está a ser averiguada em sede judicial decorrente eventualmente da prática de um crime que conduziu a uma dívida à Caixa Geral de Aposentações. Permitame referir que a senhora presidente da junta e o seu executivo têm feito neste domínio um trabalho muito meritório porque sem dúvida passaram por muito. A estratégia que a junta seguiu e que em parte acompanhámos foi a de fazer valer que parte da dívida imputada à freguesia estava prescrita. A autoridade tributária em substituição da Caixa Geral de Aposentações não atuou como deveria ter atuado. O Tribunal Central Administrativo deu razão à junta de freguesia, e portanto a dívida andará na casa dos 20 a 30 mil euros. Ainda voltando às demais juntas mantenho com os senhores presidentes uma relação institucional bastante razoável, independentemente da cor política. Temos tentado tratar todas de forma igual. Os dois primeiros anos de relação com as juntas foram difíceis não por questões de relacionamento mas sobretudo por questões de limitação de cedência de recursos humanos e por limitações do PAEL de que falei atrás fazendo diminuir as transferências correntes para as juntas de freguesia. Compreendo que os senhores presidentes de junta se tenham sentido desmotivados neste aspeto. Sou o primeiro a ficar angustiado sempre que vejo os orçamentos das freguesias. Nos dois últimos exercícios orçamentais temos conseguido ultrapassar algumas dessas dificuldades através da administração dos custos das obras diretas pela Câmara, cujo melhor exemplo são os caminhos rurais e o seu alcatroamento através de uma espécie de central de compras e de plafonds criados para o efeito. Temos conseguido agilizar nessa componente que é uma competência transferida para as juntas. A nível da cedência de pessoal não tem sido tão fácil, mas esperamos ter mais algumas condições no próximo mandato. Esta entrevista pode ser vista em vídeo em www.chafariz.pt


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Arruda dos Vinhos “ganha” Julgado de Paz rruda dos Vinhos tem desde o dia seis de junho um julgado de Paz. O espaço foi inaugurado pela ministra da justiça Francisca Van Dunem e fica situado numa ala mais recuada da loja do Cidadão em Arruda dos Vinhos. André Rijo, presidente da Câmara Municipal de Arruda, destacou a importância deste espaço para os arrudenses, ao mesmo tempo que lembrou que com esta nova valência, os arrudenses poderão evitar idas ao tribunal de Vila Franca de Xira como acontecia até aqui. O autarca considerou esta obra como “uma boa notícia” explicando que pela primeira vez “vamos ter no concelho de Arruda, na era do Portugal moderno e democrático, um verdadeiro tribunal” que irá “administrar a justiça em nome do povo”. Para o presidente da Câmara, esta solução permite uma justiça mais rápida, “acessível e mais barata aos cidadãos”. O autarca destaca, por outro lado, que os julgados de Paz têm uma virtualidade diferente dos tribunais comuns. Para André Rijo, estes destacam-se pela “busca incessante pela pacificação social”, salientando por isso

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este como um dia muito positivo para Arruda. Todavia, o autarca salienta que estas “boas notícias deram muito trabalho, e são resultado de muito esforço”, vincando que para tal contribuíram os colegas autarcas do Oeste. A sede dos julgados de Paz na região é no município do Bombarral. Este é um “grande objetivo intermunicipal” até porque se trata de um projeto piloto lançado pelo Governo e que escolheu o Oeste para o pontapé de saída. Esta é aliás uma matéria onde o ministério da Justiça garante um acompanhamento rigoroso. Francisca Van Dunem, ministra da Justiça salientou que este passo foi muito importante e um bom dia “para o Oeste”. A governante vincou o empenho dos autarcas da região, o que nas suas palavras permitiu que “os julgados de paz” saíssem da esfera de uma mera proposta e fossem implantados na região como projeto piloto. Sublinhou que esta proposta “encontrou num interlocutor local o entusiasmo capaz de o fazer concretizar” aludindo a André Rijo que foi “seduzido pela proposta apresentada”. “Chamou a si a missão de cativar os seus pares da Co-

Vários autarcas da região marcaram presença

Inauguração com a presença da ministra e do presidente da CimOeste munidade Intermunicipal do Oeste para materializarem aquilo que era até então apenas uma proposta”. O Julgado de Paz de Arruda dos Vinhos vai funcionar às segundas, quartas e sextas feiras e tem como finalidade a resolução de pequenos litígios. Estas instâncias tornam mais rápido, barato e eficaz o acesso à justiça, permitindo

aos cidadãos resolver litígios sem recorrer aos tribunais e sem terem de se deslocar fora de portas. Oeste Pioneiro nos Julgados de Paz O concelho do Bombarral vai ser a sede dos julgados de paz no Oeste. Francisca Van Dunem, vincou por isso o

empenho de todos os autarcas da zona Oeste, até porque a eles vai caber uma grande parte da responsabilidade no bom funcionamento destas estruturas. A ministra vincou que o caminho não foi fácil, até porque o território é bastante diferente e por isso tal “trouxe desafios importantes”. Foram “desafios superados e tornou-se possível atingir o resultado ambicionado”. Francisca Van Dunem salientou igualmente que as dificuldades da implantação deste projeto piloto só foram superadas graças ao “espírito de superação de todos” os envolvidos, desde os autarcas aos membros do governo passando pelos funcionários. Pedro Folgado, presidente da Comunidade Intermunicipal do Oeste, destacou igualmente a importância desta nova instância para a região Oeste. O também autarca de Alenquer lembrou que este processo começou em 2002 mesmo que de forma ainda pouco abrangente. Pedro Folgado vincou a celeridade que estes julgados de paz vão acrescentar à justiça, ao mesmo tempo que são muito mais acessíveis às populações, referindo que os trâmites de um tribunal comum até ao fim do processo podem contribuir para a descrença na justiça, facto esse que vai ficando espelhado na alegada morosidade das de-

cisões judiciais. Para Pedro Folgado, “os julgados de Paz mudarão esse paradigma, agilizando a redução de litígios e recorrendo a uma tramitação mais simplificada” referiu o presidente da CimOeste. Com sede no Bombarral, os julgados de paz estarão então em cada um dos municípios do Oeste chegando a 360 mil habitantes, cerca de 3,4% da população nacional. Este aliás é o primeiro julgado de Paz do país a abranger todo o território de uma comunidade intermunicipal, algo que os responsáveis esperam que se “alastre” a outras comunidades intermunicipais e que o reconheçam como exemplo. Com a criação deste julgado de paz é extinto o antigo julgado dos concelhos de Alcobaça, Caldas da Rainha, Nazaré e Óbidos, refere o diploma promulgado pelo Presidente da República em março e aprovado pelo Governo em fevereiro. Caberá aos municípios assegurar o pagamento das despesas associadas ao funcionamento do julgado de paz, entre as quais os custos com instalações e imóveis, energia, água e comunicações, enquanto o Governo garante as despesas com juízes e mediadores. Já as receitas provenientes das taxas de justiça, serão repartidas entre municípios e Governo.


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Lançada primeira pedra do Parque Urbano das Rotas oi lançada a primeira pedra, o final do mês de abril, do Parque Urbano das Rotas em Arruda dos Vinhos. Trata-se de um investimento de 1,3 milhões de euros com 15 por cento de financiamento municipal integrado no Plano de Ação de Regeneração Urbana (PARU). Presentes na cerimónia: a vogal executiva do Mais Centro, Isabel Damasceno, e Nelson Souza, secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão. Assumido como “um novo espaço para viver Arruda”, estende-se por cerca de três hectares. O parque elaborado pela equipa de arquitetos em causa inspirouse na temática das Linhas de Torres, da qual Arruda faz parte, na rota do vinho, e nos percursos ciclopedonais. A localizar-se junto a uma zona ribeirinha, o projeto tenta também dar protagonismo ao Rio Grande da Pipa. “Já consigo imaginar o matagal a dar lugar a um jar-

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dim público que orgulhará os arrudenses. Imagino as crianças a brincar, os avós a ler um livro, por exemplo”,

destacou o presidente da Câmara, André Rijo que deixou ainda o recado - “Alguns diziam que esta era

uma utopia para enganar os arrudenses, mas como se vê será uma realidade daqui a uns meses”.

Garantindo ainda que o investimento não coloca em causa as finanças municipais.

Nelson Souza, por seu turno, salientou “o dinamismo do concelho e do seu presidente”.

Investimento de 1,3 milhões de euros

Obras na Estrada da Tesoureira deverão estar perto do fim stará para arrancar a breve trecho a conclusão dos trabalhos de reparação na estrada da Tesoureira, freguesia de Arranhó. Trata-se de uma intervenção que está a ser levada a cabo em

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concertação com o município de Loures porquanto se encontra na confluência entre os dois concelhos. Em causa está uma obra que se refere a um muro de suporte de estradas na EM 530-1 em Bucelas por parte do município vizinho. Inicial-

Estatuto Editorial Jornal “Chafariz de Arruda” O Chafariz de Arruda de Arruda é um Jornal bimestral de informação geral que pretende dar eco de acontecimentos através de texto e imagem em papel e em vários suportes multimédia, como vídeo e áudio na Internet. O Chafariz de Arruda acompanhará assuntos de vários sectores de interesse geral, tais como sociedade, cultura, desporto sendo grande parte do seu corpo dedicado à economia e ao seu fomento ao nível local e regional. O Chafariz de Arruda é independente de qualquer tipo de poderes, seja politico, seja religioso ou outros. O Chafariz de Arruda é um jornal que prevalece a visão económica da sociedade e identifica-se com as mais variadas formas de empreendedorismo junto dos vários “players” da respectiva comunidade. O Chafariz de Arruda Garante a voz dos cidadãos através das suas noticias e dos artigos de opinião assinados por variadas personalidades de vários quadrantes, defendendo o pluralismo de opinião, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições. O Chafariz de Arruda rege-se, no exercício da sua atividade, pelo cumprimento rigoroso das normas éticas e deontológicas do jornalismo. O Chafariz de Arruda segue o princípio de que os factos e as opiniões devem ser claramente separados: os primeiros são intocáveis e as segundas são livres.

mente acreditava-se que os trabalhos a mais fariam atrasar ainda mais as obras, mas entretanto o presidente da Câmara de Arruda, André Rijo, recebeu a garantia de que as mesmas vão avançar, e as pessoas do concelho de Arruda em breve dei-

Ficha técnica:

Jornal Chafariz de Arruda • Propriedade, administração e editor: Metáforas e Parábolas Lda - Comunicação Social e Publicidade • NIPC 514 207 426 • Morada: Rua Alexandre Vieira nº8 1º andar 2050-318 Azambuja • Sede de Redação: Rua Alexandre Vieira nº8 1º andar 2050318 Azambuja • Telefones: 263 048 895 - 93 409 6783 - 96 197 13 23 • Correio Eletrónico: chafariz@chafariz.pt • Site: www.chafariz.pt • Director: Miguel António Rodrigues CP 3351- miguelrodrigues@valorlocal.pt • Redação: Miguel António Rodrigues CP 3351, Sílvia Agostinho CP-10171 (silvia.agostinho@valorlocal.pt 93 409 67 83) • Multimédia e Projetos especiais: Nuno Filipe Vicente (multimedia@valorlocal.pt) • Colunistas: Hélia Carvalho, Joel Rodrigues, Paulo Beja • Paginação, Grafismo e Montagem: Milton Almeida: paginacao@valorlocal.pt • Contactos Comerciais: chafariz@chafariz.pt, 263 048 895, 96 19 71 323 • Serviços administrativos: geral@metaforaseparabolas.pt • N.º de Registo ERC: 126987, Depósito legal: 126987/17 • Periodicidade: Bimestral • Tiragem Média: 2000 exemplares • Impressão: Gráfica do Minho, Rua Cidade do Porto – Complexo Industrial Grunding, bloco 5, fração D, 4710-306 Braga • O Estatuto Editorial encontra-se disponível na Página da Internet em www.chafariz.pt

xarão de fazer mais quilómetros para contornar esta obra. A questão foi levantada inicialmente numa das reuniões de Câmara, ocorridas no mês de maio, pelo vereador do PSD, Lélio Lourenço que estranhou a demora

nesta obra. Na origem dos atrasos, estava a necessidade de mais estudos geológicos. Seria necessário ir mais longe em matéria de estacaria e consolidação do talude. O valor dos “trabalhos a mais” acaba por ficar ao abrigo dos 25 por cento a

mais imposto pelo código da contratação pública. O município de Loures enquanto dono da obra executou através de uma empreitada externa, diversos trabalhos de sustentação, drenagem de águas e melhoria do pavimento.


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Artes e Espectáculos 11

O oeste a aficionado na arena d’Évora uando se tem saudades de ir a uma corrida de toiros, procuram-se os cartéis anunciados, a companhia ideal e rumamos estrada fora… Foi assim no passado domingo para assistir no coliseu eborense, autêntica catedral do forcado ao mais emblemático concurso de ganadarias nacional já na 58ª edição. Seis toiros de seis das ganadarias mais prestigiadas no nosso país para um cartaz formado pelos cavaleiros António Telles, João Moura Júnior e Marcos Bastinhas e um duelo de gigantes dos moços de forcado alentejanos: Montemor e Évora. Antes da história da corrida um obrigado especial pela companhia destes bons aficionados do concelho de Arruda que tal como nós desfrutaram da viagem, das vivências com todo o ambiente antes, durante, e depois da corrida, e claro, o final da noite em Vendas Novas pois a seguir a uma corrida uma bifana e uma imperial é o melhor mote para os comentários do espectáculo. Às famílias Amadeu e Pardal o obrigado especial da equipa de “Chafariz de Arruda”. Três quartos de casa de excelente público, vibrante no apoio aos artistas e de um silêncio arrepiante quando os forcados saltavam à arena para bater as palmas aos toiros, todos eles autênticas estampas. Triunfos maiores para o de Calejo Pires recebendo o prémio apresentação e Branco Núncio – prémio bravura. O Maestro António Telles e os forcados de

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Montemor fizeram levantar como uma mola o público das bancadas. A António Telles tocou-lhe o de Calejo Pires, precioso de pelagem, quase branco platinado mas parco de força embora nobre. Lide regular mas sem romper com algumas passagens em falso por falta de oponente na reunião. Já o quarto, de Romão Tenório pediu um toureiro por diante, crescendo com perigo ao longo da lide, emocionando na reunião e carregando nos remates. O génio da Torrinha soube entender os problemas, encastou-se e entrando de frente conseguiu os melhores ferros da tarde aguentando barbaridades no momento da reunião. Um grande toiro e um toureio à antiga que continua a deslumbrar! O lote mais fácil coube a João Moura que mostrou estar com a maturidade das grandes figuras nestes 10 anos de alternativa. Com o Passanha tudo pareceu simples com uma brega a dobrar-se com elegância e as sortes com gosto diante deste murube nobre que lhe proporcionou êxito sem complicar. Já o Veiga Teixeira, um toiro que me encheu o olho, teve raça e obrigou o cavaleiro de Monforte a mostrar mais raça para dar a volta numa lide mais desigual mas com entrega. Marcos Bastinhas que contou com seu pai e esposa nas bancadas sempre efusivos no apoio e teve como primeiro um toiro castanho de Canas Vigoroux que não rompeu, e em que o de Elvas esteve apenas discreto e até algo apático nas deci-

sões. Já com o sexto, um Branco Núncio à antiga, desafiador e pedindo o cartão de cidadão ao cavaleiro, recebeu-o à porta dos curros aguentando com superior qualidade a investida dupla, empolgou em três compridos a dar distância, provocando e deixando as arrancadas fortes do toiro dar a emoção para atacar com raça. Há quanto tempo não via uma primeira parte de lide deste nível. Manteve o nível nos curtos e quando poderia sair por cima tentou o par de bandarilhas que não resultou como gostaria. Lide longa com a condescendência do director de Corrida Agostinho Borges que tal como eu deveria estar fascinado com o toiro! Nas pegas da tarde os rapazes de Montemor deram uma lição do que é a nobre arte de pegar toiros. ENORMES ! João da Câmara, Manuel Ramalho e Francisco Borges todos ao primeiro intento e com grupo coeso fizeram a praça vir abaixo em ovações de luxo e chamadas especiais nas voltas à arena. Aos amadores de Évora faltou-lhes decisão para resolveres os problemas. Às vezes uma mudança de terrenos pode fazer a diferença para melhorar a investida… Gonçalo Pires sem dificuldade ao primeiro mas depois tudo se complicou para Dinis Caeiro a sair muito maltratado nas três tentativas dobrado por Ricardo Sousa à quinta com todos ao molho. João Madeira encerrou a tarde à terceira tentativa. A ovação final em praça aos amadores de Montemor demonstram por esta

peculiar afición alentejana denominou esta arena como catedral do forcado. Dá gosto ver uma pega de caras em Évora! E à saída… Já parecia a feira de S. Pedro na rua, todos comentando as incidências da corrida e procurando os

carros dos artistas para a última selfie e os votos de parabéns. Uma jornada que qualquer dia destes teremos de repetir pois vermos toiros fora da nossa região ajudanos a perceber um pouco mais das várias aficións diferentes do nosso Portugal

Paulo Beja das toiradas. Como em Julho temos mais perto o Colete Encarnado, talvez em Agosto por terras de Alcochete!!

Cardosas na Arena dÉvora

Toiro de Branco Núncio Troféu bravura

Tauromaquia Alentejo da minha alma! Foi no passado dia a 17 de abril, que a vila alentejana de Sousel levou a efeito a tradicional corrida anual em honra de Nª Srª do Carmo e assim quando abriram as portas da praça, foram dois cavaleiros de alternativa e um praticante que a população viu tourear. Touros de Silva Herculano serviram os cavaleiros Marco José, Paulo Jorge Santos e Parreirita Cigano. Quanto às pegas,

estas estiveram a cargo dos Amadores de Montemor e Caldas da Rainha. Os cavaleiros usaram esta corrida para experimentar montadas novas para esta temporada de 2017 e estiveram todos bem, o mesmo se passou também com os forcados. Foi assim a festa em Sousel. Parreirita Cigano a alternativa Parreirita Cigano tira o seu

doutoramento a 29 de junho de 2017, no Campo Pequeno e a alternativa será dada pelo seu mestre, Manuel Jorge de Oliveira. Azambuja estará presente em peso, fala-se inclusive de uma excursão. É que o padrinho faz também 40 anos de alternativa e os Azambujenses querem prestar-lhe a merecida homenagem. O nosso desejo para esta festa que vejamos Parreirita como se viu nas suas outras vezes no Campo Pe-

queno e que a festa seja bonita.

Rui Jardim, um valor que desponta

Ana Rita em Espanha

Azambuja tem neste momento um jovem a despontar na lide a pé. O seu nome, Rui Jardim de Azambuja. Tem capacidade para ser o primeiro matador de toiros azambujense e se tiver ajuda nessa tarefa na nova descola de toureio, então, Badajoz à vista. Porque não há homem sem homem, o meu conselho é um e mais nenhum. Mais

Ana Rita vai em breve começar a sua temporada por terras de Espanha. Num País onde alguns têm alguma dificuldade de se impor. O lidar em pontas, matar a cavalo e por vezes ter de descabelhar de pé em terra, não é para todos. Mas Ana Rita lá vai levando a água ao seu moinho.

António Salema vale ser um bom bandarilheiro, que um mau matador de toiros. Exemplos: José Tinoca, António Badajoz e tantos outros, como temos hoje em dia o Joaquim Oliveira de Azambuja, sobrinho de Manuel Jorge de Oliveira. Para o Rui um grande Olé.


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