Jornal chafariz edição outubro 2017

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Bimestral • Director: Miguel A. Rodrigues • Nº 3 • 13 de Outubro 2017 • Gratuito

Chafariz

Balestrand Pharma garante mais de 20 postos de trabalho

de Arruda

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PS ganha com maioria esmagadora em Arruda

Curt'Arruda, o ano da consolidação

Págs. 8 e 9

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Hélder Borges Santos, músico arrudense consolida carreira por terras de Espanha Pág. 11


Chafariz de Arruda

2 Economia

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Empresa farmacêutica inovadora lança primeira pedra em Arruda rruda dos Vinhos vai receber uma empresa inovadora na área da saúde. O lançamento da primeira pedra da Balestrand Pharma decorreu no mês de setembro e marca o início daquilo que será a laboração de uma empresa farmacêutica inovadora vocacionada para a investigação, produção e comercialização de soluções terapêuticas em “skin care pharmaceuticals”.

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Trata-se de um método inovador que regenera a pele em doentes crónicos, como os diabéticos, dados os problemas de cicatrização associados à doença em causa. Esta empresa de origem lusobrasileira instala-se em Arruda dos Vinhos com a ajuda do programa Operacional “Portugal 2020” com uma dotação de quase cinco milhões de euros investidos. Ao todo, a Balestrand Pharma compromete-se a criar 20

Vindimas da Adega chegaram ao fim á terminaram as vindimas de 2017 em Arruda dos Vinhos. Ao longo de quase um mês, várias foram as toneladas de uva que foram descarregadas nos tonéis da Adega Cooperativa de Arruda dos Vinhos. Com uma qualidade acima da média, os vinhos das “terras de Arruda” poderão ser consumidos muito em breve, já que estes têm a garantia da Adega local, que tem ao seu serviço a mais recente tecnologia e os técnicos para extraírem o melhor néctar. A Adega tem dos melhores vinhos do país e da região e vai estar presente nas Festas das Adiafas, na vila do Cadaval de 13 a 22 de outubro.

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postos de trabalho especializados, ao mesmo tempo que pretende apostar na investigação e desenvolvimento de novos produtos a partir da sua unidade fabril que agora nasce. Jorge Felix, CEO da empresa, salientou o empenho da mesma na investigação e na produção nesta unidade fabril que deverá estar a laborar dentro de dois anos. Aliás Jorge Felix sublinha: “Alicerçamos o nosso futuro em Arruda dos Vinhos”, acrescentando que “será aqui que nos vamos dar a conhecer ao mundo e a Portugal”, sendo este um projeto “ambicioso”. A empresa “nasce em Portugal mas é uma empresa do mundo” vinca, ao mesmo tempo que sublinha “que estamos conscientes das nossas dificuldades” embora refira que com “trabalho e perseverança” a empresa pretende alcançar os objetivos propostos. André Rijo, presidente da Câmara Municipal de Arruda dos

Responsável da empresa lança primeira pedra Vinhos, deu as boas vindas à empresa, e vincou a criação dos 20 postos de trabalho, num concelho com uma baixa taxa de desemprego. O presidente da Câmara salientou igualmente a “responsabilidade” desta iniciativa aludindo à presença de Ana Abrunhosa, a responsável pela CCDR – Centro, a quem

compete gerir o Programa Operacional Portugal 2020, no qual a Balestrand Pharma se alicerçou para investir naquele concelho do Oeste. André Rijo vincou que esse facto é importante “porque significa que Arruda está no mapa e conta para o totobola” porque para si “o trabalho desenvolvido nestes quatro

anos fez diferença” e reforça também que a Balestrand Pharma já está “na nossa incubadora de empresas, o Invest Arruda” O autarca salienta a oportunidade para “o emprego qualificado” acrescentando que “nasce uma nova esperança de desenvolvimento sustentado em Arruda dos Vinhos”.


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4 Autárquicas 2017

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PS ganha com maioria esmagadora em Arruda Partido Socialista voltou a vencer as eleições autárquicas em Arruda dos Vinhos. O PS liderado por André Rijo, não só venceu como reforçou a maioria absoluta passando de 4 para 6 vereadores (ver quadro). O PSD que até 2013 liderou a autarquia com Carlos Lourenço, e que no último mandato tinha três eleitos na autarquia, não foi além de um segundo lugar, elegendo apenas o cabeça de lista Luís Rodrigues como vereador. CDU e CDS não conseguiram eleger os seus candidatos para o órgão executivo Com efeito o PS reforça a maioria e conquista a maioria das juntas de Freguesia. Para além das juntas de Arruda e S. Tiago dos Velhos, o PS conseguiu vencer a junta de Cardosas. Apenas Arranhó permaneceu do lado do PSD. André Rijo continuará presidente da autarquia, depois de no passado ter passado pela vereação socialista, à época

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na oposição. Agora o autarca tem responsabilidades acrescidas, já que em toda a região, Arruda dos Vinhos foi um caso atípico de uma maioria socialista tão reforçada. Na sua mensagem pós eleitoral no facebook André Rijo reconheceu a responsabilidade deste resultado. André Rijo disse estar disposto “a trabalhar para a população” já que “para nós as pessoas estão no centro da atividade política”. O reeleito autarca vinca ter o sonho “de criar um concelho com ainda mais excelência para se viver, onde seja ainda mais fácil e melhor criar os nossos filhos e onde possamos criar oportunidades de empregos para todos”. Na mensagem de vitória aos militantes e simpatizantes, o autarca reconheceu, no entanto, que o objetivo de baixar a taxa de abstenção não foi conseguido “apesar de a afluência ter sido mais significativa”. Mas diminuir a taxa de abstenção diz que será

um objetivo a ter nos próximos atos eleitorais. Para este segundo mandato, o autarca disse estar comprometido com todos os arrudenses “em fazer mais e melhor, em ser mais humilde, em estar mais próximo e em cumprir mais do que 85 por cento do manifesto”. Luís Rodrigues, o candidato que liderou a lista do PSD, assumiu os resultados da noite eleitoral de um de outubro. Na sua página de facebook, o advogado assume “o desaire dos resultados!”. “Confesso que ficou muito aquém das minhas expetativas”. O agora eleito vereador vincou a qualidade da sua lista com “gente competente, honesta e motivada” relembrando uma das pedras de toque do seu programa que visava uma nova centralidade em Arruda com destaque para o turismo rural e de natureza, “assente em dois projetos âncora” nomeadamente o Natura Park e Passadiços dos Fortes, “promovendo a economia e o comércio local ao

Gonçalo Rodrigues quer aproximar fregueses da junta de Arranhó onçalo Rodrigues almejou mais uma vitória como candidato pelo PSD à junta de freguesia de Arranhó, a única do concelho a sorrir aos laranjas com 52, 88 por cento dos votos, contra 38,89 do PS, e 4,34 por cento do PCP/PEV, elegendo cinco candidatos contra quatro do PS (ver quadro). Para Gonçalo Rodrigues este é o reconhecimento do trabalho realizado nos últimos quatro anos por aquela força política na freguesia de Arranhó. Promete após tomar posse governar mais quatro anos em prol das pessoas da freguesia, “independentemente dos partidos”, e por isso promete mais e melhor do que o que tem sido feito até aqui, apesar de considerar que 90 por cento do programa eleitoral para a freguesia de há quatro anos atrás foi cumprido. Agora, os objetivos para mais um mandato estão também presentes no manifesto eleitoral. Uma das suas ideias para início de mandato é fazer com que as queixas ou as sugestões da população possam chegar mais depressa à junta. “Estamos a ver um software em que as pessoas tiram, por exemplo, a fotografia a um buraco e automaticamente essa informação chega à funcionária da junta!”. Quanto à relação com a Câmara PS refere que já teve oportunidade de felicitar André Rijo pela vitória. “Vamos trabalhar pelas pessoas e deixar as políticas à porta”, diz.

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mesmo tempo que projetava a nossa imagem para o exterior”. Para Luís Rodrigues, está será a linha de sustentabilidade e a estratégia para o município de Arruda dos Vinhos, “independentemente dos seus intérpretes”. Reconhecendo que não conseguiu passar a mensagem, Luís Rodrigues diz ter consciência que esta eleição não era fácil, tendo em conta “o contexto nacional adverso para as cores do PSD e tendo em conta um fator determinante: tratar-se do primeiro mandato do presidente de Câmara, agora reeleito”, e um possível estado de graça inerente. Luís Rodrigues lamenta a inexistência de um debate

com os candidatos. Mas vinca aceitar os resultados alcançados tendo em conta a decisão dos eleitores. Já a CDU e o CDS ficaramse pelo terceiro e quarto luga-

res, não tendo conseguido eleger qualquer vereador na autarquia. Apenas a CDU conseguiu eleger um representante na assembleia municipal.

Fábio Morgado espera implantar novos projetos em Arruda ábio Morgado (PS) será a partir do momento em que tome posse o novo presidente da junta de freguesia de Arruda dos Vinhos. O autarca herda de Graça Dinis uma junta que já em 2013 havia sido conquistada pelo PS e que no passado teve graves problemas financeiros. Agora e com a casa mais composta Fábio Morgado que venceu com 66,51 por cento dos votos (ver quadro) quer implantar alguns projetos que considera vitais para o bom funcionamento da mesma. Ao “Chafariz de Arruda” refere a necessidade de se manter nas devidas condições questões ligadas à gestão corrente da junta como os caminhos, os fontanários e até as paragens de autocarro “que são cosias que parecem de micro gestão mas têm grande impacto na vida das pessoas”. O novo autarca refere que os recursos existentes devem ser maximizados, mesmo “apesar da situação financeira da junta de freguesia estar resolvida”. Fábio Morgado refere que até ao fim do ano existirá uma gestão corrente para atender às necessidades mais importantes, até porque até ao fim do ano terá de trabalhar com o orçamento aprovado pelo anterior executivo, também ele socialista. O novo autarca defende também a necessidade de implantar a modernização administrativa da junta de freguesia “com o objetivo de a elevar para um patamar ainda mais acima” e explica a necessidade de criar um novo programa de gestão, ao mesmo tempo, que apostará na questão da comunicação “que é importantíssima para que os fregueses conheçam o trabalho da junta e exista uma responsabilidade dos eleitos para quem os elegeu”. Mas este é um problema inerente a todas as juntas de sede de freguesia. A confusão sobre a autoria de algumas obras é latente. Muitas das vezes é atribuída à Câmara determinada responsabilidade sobre determinadas questões, que na prática são responsabilidade das juntas e vice-versa. Fábio Morgado quer minimizar essa questão, e para isso defende uma melhor comunicação com a criação de uma imagem que represente a junta, mantendo o brasão, mas apostando num outro símbolo diferenciador, como já existe noutros locais do país, nomeadamente em Lisboa “mostrando uma nova atitude da junta”.

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Catarina Gaspar promete luta pela dignificação da Assembleia Municipal atarina Gaspar vai continuar a liderar a Assembleia Municipal de Arruda dos Vinhos. A autarca vincou ao Chafariz a “responsabilidade acrescida” com o reforço da maioria do Partido Socialista na Assembleia Municipal com a entrada direta de 15 deputados (ver quadro). Para a autarca é importante “corresponder às expectativas dos arrudenses que depositaram a sua confiança em nós” destacando a necessidade de não defraudar os mesmos no decorrer do futuro mandato.

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Catarina Gaspar, espera, no entanto, “mais assiduidade” por parte dos deputados municipais, já que na sua opinião existe uma tendência generalizada para desconsiderar aquele que é por excelência o órgão de debate e fiscalizador da Câmara Municipal. O último mandato, refere a presidente reeleita, ficou marcado por muitas substituições, atrasos e outras situações que na sua opinião “não dignificaram a assembleia”. A autarca diz querer continuar a dignificação daquele órgão, até tendo em conta que “muitas vezes perma-

nece esquecido”, e dá como exemplo as campanhas eleitorais “em que este órgão nunca é falado”, assumindo agora um redobrado empenho nesta matéria. Outra das questões colocadas por Catarina Gaspar passa pela elevação do debate político nas reuniões da assembleia municipal. A autarca quer “dignidade nas sessões” ao mesmo tempo que espera que “as pessoas que se candidataram assumam os seus mandatos”. “Até porque tivemos esse problema no mandato anterior. Os mandatos devem ser levados até ao fim

Fábio Amorim vence por três votos nas Cardosas ábio Amorim (PS) é o novo presidente da Junta de Freguesia das Cardosas. O autarca agora eleito conquistou a junta ao PSD e por apenas três votos “arrancou” uma maioria absoluta para o Partido Socialista que via aquela junta fugir-lhe nos últimos anos (ver quadro). Em declarações ao Chafariz o autarca salientou ter como prioridade a reparação de algumas estradas, ao mesmo tempo, que quer articular com a Câmara Municipal algumas obras que julga importantes para a sua freguesia. Outro dos aspetos importantes, salienta Fábio Amorim, são os recursos humanos. O novo presidente da junta considera importante haver uma rotação de trabalhadores do município afetos à junta “até para evitar a criação de alguns vícios” que considera nefastos para a boa gestão daquela casa. Para o recém-eleito autarca, é importante apostar na formação das pessoas e na transparência da junta de freguesia. Fábio Amorim garante a manutenção de alguns projetos, e o reforço de outros, sendo que o transporte sénior é um deles. O agora autarca garante que de imediato vai começar a trabalhar em conjunto com o município o projeto de reabilitação do largo “que em certa medida já esta feito”, mas quer agora “discuti-lo com a população”. Em seguida, avençará para reabilitação da rede viária, nomeadamente, do Casal do Bico de Chão ao Linhô e depois na ligação entre a Rondulha e as Cardosas. Estas são algumas das primeiras medidas de Fábio Amorim que destaca estas obras como muito importantes para o desenvolvimento da freguesia. Por outro lado quer efetivar “o melhoramento da parceria com a freguesia vizinha de Arruda dos Vinhos” e acrescenta que “só é concebível trabalharmos de forma eficiente se juntarmos esforços ao nível das freguesias, que são tao próximas e não existe uma necessidade de existir uma duplicação de recursos e equipamentos”.

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sem se pedir constantemente as substituições”. Na prática, Catarina Gaspar, dá um “puxão de orelhas” aos deputados menos assíduos e faltosos, vincando ao Chafariz que essa foi a sua postura nos últimos quatro anos de atividade política, aludindo também à necessidade de os deputados municipais assegurarem uma pontualidade efetiva nas sessões públicas. Catarina Gaspar fala na continuidade dos projetos relacionados com a Assembleia Municipal Jovem e Sénior, assim como as reuniões temáticas ou descentralizadas. A defesa da cida-

dania e igualdade de género são outros dos objetivos da presidente reeleita, que destaca o sucesso das reuniões daquele órgão, nomeadamente, no que toca à participação cívica das po-

pulações, com questões pertinentes para os eleitos, seja nas assembleias Municipais em Arruda dos Vinhos ou nas assembleias descentralizadas nas freguesias.

Hélio Vicente deseja o incremento das zonas industriais em S. Tiago dos Velhos élio Vicente é o novo presidente da Junta de Freguesia de S. Tiago dos Velhos. O autarca já não é novo nestas andanças, já que transitou da liderança da assembleia de freguesia para liderar o executivo, tendo vencido com maioria absoluta (ver quadro). S. Tiago dos Velhos é de resto a freguesia mais socialista do concelho de Arruda dos Vinhos, sendo que pelo menos há 20 anos que o PSD ou outro partido, não consegue vencer as eleições. Em declarações ao “Chafariz de Arruda”, Hélio Vicente salienta que quer dar continuidade ao trabalho desenvolvido até aqui pelo executivo anterior. “Manter a linha orientadora a par com a Câmara em prol das pessoas”. O autarca reconhece o mau estado de algumas estradas, vincando que esse “é um problema que temos de resolver em conjunto com a Câmara o mais rapidamente possível, porque há vias que estão muito degradadas”. Por outro lado, Hélio Vicente diz ter em projeto o desenvolvimento das zonas industriais “porque se o conseguirmos, vamos trazer pessoas, emprego e bem estar para as populações” evitando que os fregueses se desloquem para outras localidades, conseguindo assim “captar mais investimento e emprego”, embora reconheça que essa é uma aposta difícil. Ainda assim salienta a importância neste capítulo das Zonais Industriais de A-do-Mourão e de Adoseiros – “Se as conseguirmos capitalizar é bom para as nossas aldeias”, refere Hélio Vicente que encontra neste projeto a solução para que os fregueses que trabalham fora “não deixem as crianças nas creches tão cedo, e assim as possam ir buscar também mais cedo”. Refere ainda que será bom para a sua freguesia a manutenção da maioria absoluta que alcançou, até para dar continuidade aos projetos que idealizou sem “sobressaltos” ao mesmo tempo que vinca como muito importante a estabilidade alcançada pelo PS na Câmara de Arruda, através de uma maioria reforçada.

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Nova vida aos materiais pela artesã Ana Amadeu na Amadeu há muito que se dedica a ser artesã nas horas vagas. Na sua casa podemos encontrar os mais diversos objetos transformados em obras de arte através da recolha de materiais do dia-adia. Desde peças feitas com conchinhas, sementes de papoilas, caroços dos eucaliptos, entre muitos outros. Garrafas de plástico são reaproveitadas e nelas esculpidas flores como se do vidro se tratasse através da pirogravura. Frequenta feiras de artesanato mas só quando pode, e desde há seis anos para cá. Multifacetada trabalha desde bordados, tecidos, metal, madeira, entre outros. Para si “é uma necessidade” este tipo de ocupação já que lhe permite libertar-se um pouco das rotinas do dia-a-dia. Em Arruda dos Vinhos o seu trabalho está presente muitas vezes na Mercearia do Prato, uma unidade de restauração local mas refere que não se considera “uma produtora artesa-

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Com algumas das suas peças mais especiais nal regular”. Atenta ao seu redor, vai sempre tendo ideias para uma peça qualquer que há-de surgir. A influência para estas artes veio da família com os pais. Com facilidade usa um berbequim ou um serrote. A

residir desde há três anos em Arruda, Ana Amadeu tenta também inspirar-se um pouco na história do concelho. Tem trabalhos expostos na loja G à entrada da vila, mas já esteve também no espaço do artesão contudo por incompati-

bilidade de horários deixou de expor. De resto utiliza algumas montras do comércio local também para expor assim como a festa da vinha e do vinho do município. À medida que vai falando do seu trabalho, mostra também

mais alguns exemplos de reaproveitamentos com arranjos de flores por exemplo. “Começo a fazer coroas em que o vime ajuda a dar corpo ao que pretendo, e assim vou aproveitando flores que iam deitar fora usando, por exemplo, também veludo”. Quando vai à praia também aproveita para recolher conchinhas ou até outros materiais. Salta à vista o trabalho que faz com caixas de ovos que até servem para compor quadros através da modificação dos materiais. Cascas de nozes também fazem um quadro e neste caso fez sentido para a artista organizar uma composição deste tipo. São trabalhos que levam alguns dias pela exigência das técnicas utilizadas. Ultimamente virou-se também para a execução de presépios e vemos alguns espalhados pela sua casa, e que também já marcaram presença em exposições, dotados dos vários elementos: o pastor, os anjinhos, o menino, os pais, etc. A peça é toda en-

vernizada e nela podemos ver alguns apliques dos ditos materiais reaproveitados como as conchas. As histórias verídicas das invasões francesas ou as lendas de Arruda têm dado o mote para alguma inspiração, e lembrou-se também de começar a fazer adegas. “Às vezes até imagino a descoberta das antigas adegas daquelas que foram assaltadas pelos franceses durante as invasões”, diz a brincar. Abraçou o desafio de fazer adegas antigas também recorrendo ao mesmo tipo de materiais. Simulando as garrafas, os barris, os copos. Ultimamente tem até usado castanhas que têm caído de um castanheiro que existe nas redondezas. Quando se pergunta o que mais estranho aproveitou para as suas peças tem dificuldade em se lembrar. Quando vende alguma peça admite ser difícil dizer-lhe adeus e desfazer-se das mesmas. Talvez por isso agora não se dedique tanto à vertente comercial.


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Associação Slow Movement Portugal tem sede em Arruda em sede em Arruda a associação Slow Movement Portugal. Um conceito relacionado com a necessidade de se viver mais devagar e saborear cada momento. Raquel Tavares desta associação refere que a mesma foi criada em 2009, na sequência da leitura de um livro sobre este movimento que hoje se encontra disseminado por todo o mundo, e que tenta contrariar “a superficialidade, a correria, a falta de profundidade nas nossas relações”, indica. O movimento slow atravessa as mais diferentes áreas do dia-a-dia. No fundo trata-se de aplicar uma filosofia de vida a questões como a educação, a saúde, a alimentação, os relacionamentos; tendo por base a sustentabilidade e o comércio justo também. Inicialmente o conceito envolvia apenas a comida e a necessidade de se contrariar a fast food mas foise alargando a outras áreas. O movimento slow começou com o slow food que acredita no alimento bom, justo (que valoriza o produtor), e limpo, que no fundo respeita o ambiente e a ecologia. Neste campo, os produtos sazonais e locais são os pri-

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vilegiados. O conceito de diversidade alimentar é também inerente a esta filosofia. Também está presente no turismo em que é rejeitada a massificação do mesmo, e neste âmbito Arruda poderse-ia inscrever facilmente como uma localidade slow que estando às portas de Lisboa ainda oferece qualidade de vida, e “convida a uma visita por parte de quem queira conhecer estes territórios ainda por descobrir”. Embora não tendo muitos associados, a associação vai dando mostras das sua vitalidade nomeadamente através das redes sociais e dos encontros entre pessoas que perfilham deste ideal de vida. Em Arruda foi levado a cabo recentemente um encontro interespiritual com pessoas de diferentes culturas e correntes espirituais. Antes teve lugar um encontro de slow travel com mulheres americanas que estiveram em alguns locais e também em Arruda usufruindo de experiências gastronómicas e de desfrute da paisagem. Arruda poderia também candidatar-se a slow city tal como já acontece com algumas vilas e cidades em Portugal. “Arruda beneficiaria com um selo de qualidade, a própria denomina-

Raquel Tavares apresenta o livro que escreveu sobre o movimento slow ção, e com isso estar no roteiro do movimento slow”. O presidente da Câmara mostrou abertura. A autarquia vai ceder ainda antiga escola primária de Camondes para a sede desta associação. Raquel Tavares lançou por estes dias o livro “Slow as coisas boas levam tempo” que incide-se nos diferentes

conceitos slow inerentes aos vários aspetos da vida. “Conjuga três formas de escrita – uma mais romanceada que fala da inspiração que um ambiente slow transmite com descrições variadas. Descreve um almoço, por exemplo. Tem também uma parte mais teórica e dicas práticas para se funcio-

nar de acordo com esta corrente”. No fundo “estratégias para se conseguir abrandar no dia-a-dia”. Não existe um perfil definido para as pessoas que procuram o slow movement – “Podemos falar desde pessoas que têm uma vida muito acelerada ou não, pois há quem já tenha uma vida slow e se

interesse pelo tema. Temos também pessoas das mais diversas profissões”. Contudo explica que não existe a tentativa de se impingir o ritmo a ninguém nem nenhum estilo de vida em particular, porque “cada um tem diferentes graus de energia”. “É não levar a vida a correr, mas correr na vida!”.

Arruda, o município Novo ano letivo arranca com onde a população normalidade nas escolas apesar das obras cresceu mais rruda dos Vinhos foi o concelho do país, segundo o Retrato Territorial de Portugal publicado a cada dois anos pelo Instituto Nacional de Estatística, que registou a taxa de crescimento médio anual mais alta do país. Este é um indicador que mede a evolução positiva da população. No concelho esse crescimento foi de 1,42 por cento. Entre os 34 municípios que cresceram neste índice, a taxa mais baixa registou-se em Lagoa no Algarve com 0,001 por cento. Apresentaram ainda indicadores positivos – municípios da Área Metropolitana de Lisboa (Alcochete, Amadora, Cascais, Loures, Mafra, Montijo, Odivelas, Oeiras, Seixal, Sesimbra e Vila Franca de Xira) e o município contíguo de Benavente (Médio Tejo), e ainda os municípios de Valongo (Área Metropolitana do Porto), Entroncamento (Lezíria do Tejo) e Santa Cruz (Região Autónoma da Madeira).

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início do ano letivo nas escolas do Agrupamento de Arruda dos Vinhos que integra os estabelecimentos de jardim-de-infância e ensino básico do concelho tem estado a decorrer sem grandes sobressaltos. João Raposo, diretor deste agrupamento, refere que nesta altura as aulas estão a decorrer com a normalidade esperada, dado que os professores foram colocados atempadamente nos diversos estabelecimentos. O maior desafio neste início de ano letivo são as obras de ampliação do refeitório e criação de uma cozinha no Centro Escolar de Arruda. O diretor refere que aulas e obras são incompatíveis e até que a intervenção esteja concluída cerca de seis turmas dos 3º e 4º anos foram deslocadas para o antigo externato, nomeadamente, as que estavam no edifício âncora e as que ocupavam o edifício b, “também mais exposto ao ruído”. Essa transição será concluída até final do mês até que obras estejam prontas. Recorde-se que até aqui as refeições providenciadas a este centro escolar eram confecionadas na escola do Telheiro e depois transportadas para o centro escolar em causa. Com esta obra pretende-se terminar com este ciclo. No ano letivo presente, Arruda registou “um ligeiro aumento de alunos” na totalidade das escolas que integram o agrupamento que contempla os centros escolares de Arruda, Arranhó, S. Tiago dos Velhos e Casal Telheiro. Terá perdido cerca de seis, “devido a alterações de residência”. Nas últimas semanas tiveram lugar alguns constrangimentos no decorrer normal das atividades letivas devido a situações de doença de alguns funcionários, cerca de seis, afetos ao pessoal não docente nomeadamente em S. Tiago dos Velhos, mas que foram “rapidamente ultrapassados”.

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Seniores de Arruda em festa Município de Arruda dos Vinhos assinalou o Dia Internacional do Idoso na Festa Convívio Sénior que teve lugar no feriado de 5 de outubro, com uma tarde de animação no pavilhão multiusos. Os participantes deste evento assistiram a uma atuação de danças de salão da Sociedade Euterpe Alhandrense, à abertura oficial do ano letivo da Universidade das Gerações, na qual foram destacados todos os professores voluntários que irão lecionar as disciplinas, e animação com o grupo Raúl & Eu. Durante a festa foi também servido um lanche e os munícipes seniores aproveitaram este momento de confraternização e diversão.

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8 Destaque

Pelas Próprias Mãos

A vida de um jovem leva-o a cometer algo que não se enquadra com ele, encontra-se agora dentro de um carro sem saber o seu destino. Uma viagem que outrora seria feita em silêncio, metamorfoseou-se num confessionário. Fábio Pintor, Portugal, 2017, fic. 3’ 15 de outubro, dom. 18h30

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Tortilla Me

Um bando de cinco “muchachitos” faz um assalto à mercearia para roubar “las trufas rojas”. A polícia persegue-os e apanha o cabecilha do gang que, no interrogatório, revela tudo o que se passou. Diogo Penedo, Portugal, 2017, fic, 5’ 15 de outubro, dom. 18h30

Sozinhos na Escola

Um grupo de amigos decide passar uma noite sozinho na sua escola e vive uma experiência jamais pensada de acontecer... Tomás Silva, Portugal, 2017, doc.|fic. 11’ 15 de outubro, dom. 18h30

Festival de curtas com mais de 1000 concorrentes

Todos os caminhos do cinema vão dar a Arruda stá aí a quarta edição do festival de cinema rural de Arruda dos Vinhos. O Curt’Arruda registou uma adesão para além do esperado nesta edição de 2017, com mais de mil filmes enviados para o evento de 88 países. Oito filmes concorrem na categoria Curt’Arruda tendo como pano de fundo as abordagens ao mundo rural, mas há também seis filmes de novos “cineastas” de Arruda que concorrem com as suas curtas-metragens. Ao mesmo tempo decorre um concurso de fotografia paisagística em parceria com o Instituto Português de Fotografia. “Uma das novidades do festival neste ano”, salienta André Agostinho da organização. Em 2017, o festival dá um salto que os organizadores à primeira vista não esperavam, dado que em 2016 apenas se apesentaram a concurso 200 filmes. “Uma das razões dever-se-á à divulgação do evento nas mais diversas plataformas”, refere, acrescentando ainda que o prémio para o vencedor no valor de 1500 euros é outro dos atrativos. Neste caso atribuído pela SP Televisão. Na categoria “Film’Arruda” o prémio monetário é de 500 euros, e

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este há ano há mais quatro filmes do que em 2016 a concurso. O prémio monetário é oferecido pela Casa da Alegria. Um dos sonhos dos organizadores passa pela afirmação no país, algo que ainda está longe

apesar dos cerca de mil filmes concorrentes. “Podemos dizer que já nos afirmámos na região, mas no país a concorrência é muito grande” quando se fala em festivais de curta-metragem, área onde aliás os

portugueses dão cada vez mais cartas lá fora seja com a “Balada de Um Batráquio” de Leonor Teles, seja com Diogo Costa Amarante com “Cidade Pequena”. Esta edição do Curt’Arruda conta com um filme deste realiza-

Organizadores do certame afirmam-se como uma família

dor bem como de João Salaviza também premiado em Berlim e Cannes – “Temos uma seleção com o que de melhor se faz no país”. A efervescência das curtas-metragens no país é no seu entender explicada

pela singularidade dos pontos de vista dos realizadores. “Podemos ver muitos filmes mas os portugueses destacam-se pela diferença na originalidade da abordagem aos temas, pela imagem, pela realização,


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Outubro 2017

Oração dos Achados

As rolas perderam-se! Mário pensa que fugiram, procura-as por todo o lado e acaba por encontrar muito mais nas ruas de Arruda dos Vinhos. Rodolfo Anes Silveira, Portugal, 2017, doc. 16’ 15 de outubro, dom, 18h30

com uma estética própria, que ao mesmo tempo os torna diferenciados”. Na categoria principal os oito filmes fazem jus à ruralidade, aos seus usos, e costumes. Foram selecionadas apenas curtas-metragens de Portugal que abordam temas como a desertificação, o Alentejo, Trás-osMon-

tes. Havia mais dois filmes estrangeiros a concorrer mas como não se enquadravam suficientemente no conceito pretendido ficaram de fora. No caso dos concorrentes ao “Film’Arruda” e excetuando uma pessoa que leva estas coisas

O Nosso Lixo de Cada DIa

Durante sete dias assistimos às transformações de uma zona de contentores do lixo. Carolina Roque Ribeiro, Portugal, 2017 15 de outubro, dom, 18h30

do cinema mais a sério, já que concorreu em outras edições, os restantes são amadores que marcam a sua estreia nestas lides – “São entusiastas no fundo”. Alguns filmes até terão sido feitos com recurso a telemóvel. Apresentam-se a concurso nesta categoria filmes que não têm por obrigação focar o mundo rural mas apenas serem feitos em Arruda por pessoas de Arruda. “Mostro os dentes” é um deles. De Rui Vieira e Hélder Rodrigues centra-se no regresso a casa de um casal de idosos que vai enfrentar peripécias

nesse percurso. Rodolfo Silveira apresenta a “Oração dos Achados” que retrata a fuga de umas rolas e Mário que parte à procura das mesmas. Este cineasta aproveitou o avô como ator e “durante um dia inteiro andou por Arruda a filmar”. Depois temos “O Nosso Lixo de cada dia” de Carolina Roque Ribeiro em que durante sete dias assistimos às transformações de uma zona de contentores do lixo. Trata-se de um fil-

me “mais experimental e é a primeira vez que a autora concorre”. Fábio Pintor apresenta por seu turno “Pelas próprias mãos” – “A vida de um jovem leva-o a cometer algo que não se enquadra com ele, encontra-se agora dentro de um carro sem saber o seu destino”, diz a sinopse. Uma viagem que outrora seria feita em silêncio, metamorfoseou-se num confessionário. É este o convite para mais uma curta no Curt’Arruda. “Trata-se de mais um jovem de Arruda com gosto pelo cinema e que quer seguir esta área”. O universo escolar em Arruda também aparece neste festival pelo olhar de Tomás Silva que apresenta “Sozinhos na escola” - Um grupo de amigos decide passar uma noite sozinho na sua escola e vive uma experiência que jamais pensou acontecer. Foi idealizado por alunos no Externato Alberto Faria. Por último temos o “Tortilla Me” de Diogo Penedo. Um bando de cinco “muchachitos” faz um assalto à mercearia para roubar “las trufas rojas”. A polícia persegue-os e apanha o cabecilha do gang que, no interrogatório, revela tudo o que se passou. Assim se lê na sinopse. André Agostinho confessa que ficou fascinado com esta adesão por parte dos arrudenses. Em parte a divulgação e o “passa palavra” e a vontade de afirmar este festival tem levado a alguma euforia local quanto a este evento. Por outro lado, “Arruda é também uma terra que tem muita gente que gosta das artes”. Nota-se “qualidade e criati-

vidade”. Já na sua quarta edição, este festival tem vindo a granjear públicos de várias idades. Na primeira edição mais composto por pessoas mais velhas a assistir mas progressivamente a adesão dos mais jovens tem vindo a notar-se “surpreendendonos pela positiva” a começar pela apresentação do evento que teve lugar no jardim do Morgado.

Destaque 9

Mostro os Dentes

Amélia e Edgar voltam de mais um dia de árduo trabalho no campo. No caminho para casa, que fizeram tantas vezes, irão descobrir algo que os manterá unidos ou... não. Helder Rodrigues / Rui Vieira, Portugal, 2017, 15 de outubro, dom, 18h30

A nível da logística, a organização do festival enfrenta um desafio cada vez maior. “Este ano, possivelmente, vamos ter mais convidados, mais realizadores que querem estar presentes no festival, e por isso temos de arranjar mais alimentação e alojamento”. Para além das duas competições, do concurso de fotografia, o festival exibe ainda uma mostra de vários filmes

extra-concurso, e um ciclo dedicado a Loenor Noivo, cineasta portuguesa convidada. Em exibição vão estar quatro filmes da mesma. Arruda festeja por estes dias a ruralidade, um conceito celebrado neste concelho que não tenta fugir a esse epíteto- “Não queremos que o nosso concelho deixe de ser rural, e o festival tem por objetivo reforçar essa componente”.


Chafariz de Arruda

10 Empresas

Outubro 2017

Bike Studio sempre a pedalar pela saúde e pelo bem-estar uase a completar três anos de atividade o BikeStudio continua a crescer e a “zelar” pela saúde dos praticantes. Atualmente com dois ginásios, um em Arruda no Clube Recreativo Desportivo Arrudense e outro no Sobral de Monte Agraço, o BikeStudio aposta no spinning, uma modalidade em crescimento que tem visto crescer também o número de praticantes. Ao Chafariz Paula Caciones recorda que tudo começou em 2014. Primeiro em Arruda e depois no ano seguinte em Sobral de Monte Agraço, embora este fosse um projeto pensado há algum tempo atrás. Contudo Paula Caciones recorda que esta ideia já esteve ativa em Alhandra. Essa foi apenas uma experiência que surgiu como pontapé de saída para o que hoje é o BikeStudio e o que representa junto dos praticantes de spinning. Arruda e Sobral são, segundo a responsável, as localidades ideais para a prática da modalidade já que “tem que existir uma harmonia de vários fatores, por esse motivo funciona tão bem em Arruda e no Sobral”. Com mais de cem pessoas a praticar a modalidade entre Arruda e o Sobral, Paula Caciones aponta para o benefício que o spinning traz para a saúde. A responsável salienta que a modalidade “é uma atividade física muito completa, contribui para a perca de peso, ga-

Q

Uma incrível moldura humana nho de massa muscular, melhora a resistência cardiorrespiratória, alivia o stress em qualquer idade” e tem a vantagem de poder ser praticado durante todo o ano. Há, no entanto, um acréscimo nos últimos anos de público a procurar os ginásios. Esse é um fator que se alarga à modalidade que tem tido também novos praticantes que vão descobrindo o spinning. Para a comemoração dos três anos de atividade, o BikeStudio vai realizar um jantar entre todos os praticantes. Paula Caciones reforça a boa

relação entre os alunos e os professores, que resulta num “companheirismo e partilha habitual”. Quanto ao balanço, a professora diz que na base do sucesso está a paixão pela modalidade já que “quando se faz aquilo que se gosta não se trabalha nem um só dia, por essa razão é um sucesso”. Mais recentemente, o BikeStudio levou a cabo o seu Bike Tour. O evento que juntou centenas de praticantes na Praça de Toiros de Arruda dos Vinhos foi um sucesso. A par disso, a iniciativa que juntou os melhores “masters” do país é também única. Não só pela dimensão como pelo fato de ser o único evento realizado numa praça de toiros.

Uma das aulas proporcionadas pelo BikeStudio

Spinning Curiosidades primeiro benefício do spinning é óbvio: por ser uma atividade com pelo menos 30 minutos de duração e bastante exigente, promove intensa queima de calorias. Uma hora de spinning pode fazer com que gaste entre 500 a 700 calorias, dependendo da intensidade. Além disso, fortalecerá e definirá melhor as pernas, glúteos, gémeos e também o abdómen.

O

O spinning é um treino feito em bicicletas ergométricas, criado pelo sul africano Jonathan Goldberg, conhecido como Johnny G. Este era ciclista e um dia em 1987 quando estava a treinar para uma corrida de cross-country entre Los Angeles e Nova Iorque, durante um treino noturno, quase foi atropelado numa estrada. Nessa altura teve a ideia de passar a treinar à noite dentro de casa, numa bicicleta fixa no chão. E posteriormente, simulando as dificuldades de uma pedalada ao ar livre, adaptou e desenvolveu um programa de treino que ficou conhecido como spinning.


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Outubro 2017

Cultura 11

Músico arrudense consolida carreira por terras de Espanha élder Borges Santos é um arrudense a trabalhar neste momento em Espanha. Músico de profissão em que uma das vertentes do seu trabalho prende-se com a criação de ambientes sonoros para filmes, animações, anúncios comerciais, programas de televisão e vídeo jogos. Ao Chafariz conta um pouco do seu percurso. Hoje com 40 anos, relembra que nasceu em Arranhó em 1976 em casa porque segundo a sua mãe “tinha vontade de sair”. Cresceu num ambiente familiar onde havia pessoas que tocavam instrumentos musicais. “O meu avô João Pedro, o meu tio António e a minha mãe Isabel”, elenca. O acordeão para ser mais preciso. “O meu pai, o Borges (como todos conhecem em Arruda) chegou a cantar fado com alguns amigos. Hoje faz parte do coro na Igreja Matriz de Arruda. No fundo a música estava sempre presente em casa”, descreve.

H

Cedo manifestou queda para as artes, e com apenas quatro anos conta que o seu pai foi encontrá-lo no quarto a tocar num piano de brinquedo uma música de ouvido. E, desde então, conta, começou a aprender música e a tocar piano. O seu primeiro espetáculo foi no Clube Recreativo Desportivo Arrudense, numa festa de Natal que a Câmara Municipal de Arruda organizou em 1982. Tinha seis anos e tocou, na altura, duas peças. Muitos espetáculos depois, no ano 1995, convidaram-no para fazer parte de uma banda, os Kabu. Eram eles o Ricardo “Kimbas”, o Nuno “Kabu”, o Nuno Pato e o Luís Pintas que “precisavam de alguém com conhecimentos musicais, que soubesse tocar a bateria e tivesse uma PA (sistema de som)”. Só não sabia tocar a bateria. Mas em pouco tempo, os cinco estavam a tocar e a fazer espetáculos que traziam cada vez mais seguidores. Muitos espetáculos e bandas depois, decidiu, entretanto,

dedicar-se à composição e à produção musical para os media. Entre os trabalhos que tem realizado destaca a título de exemplo, a oportunidade que teve este ano de compor para algumas produções audiovisuais, como uma curta-metragem de animação - The Oceanmaker - onde não há diálogos. “Significa que a música leva todo o peso da história e das emoções”, refere. “Quando consegues transmitir isso através dos instrumentos e da melodia, o valor que a história ganha é intemporal. Inspiras-te nos pormenores da história, nas personagens, na ação e ressaltas as emoções”, salienta. O filme é de Lucas Martell um dos realizadores mais conceituados no que toca a filmes de animação. Também fez música para um videojogo - Crash of Tribes. Aqui trabalhou-se na música para o tema principal do jogo, para quando se está dentro do jogo e dois “stings”, para quando se ganha ou se perde. “A ambientação do jogo é

fundamental para começar a trabalhar”, diz. “Neste caso, como se tratava de tribos, a instrumentação foi mais purista e detalhada. Depois vem a parte mais criativa, ou seja, compor uma melodia que todos os jogadores cantem mesmo quando não estão a jogar”. Para os mais curiosos, os trabalhos deste arrudense podem ser vistos na web: www.helderborgessantos.co m. E agora a parte da ida para a Espanha. O músico refere que foi por amor. “Um espectáculo com os Kabu e uma pequena obra de teatro com os In-experiência trouxe-nos a Moixent, Valencia. Vila que está geminada com Arruda dos Vinhos. Aí, apaixonei-me por uma bela rapariga”. A história é tão simples como descreve. Depois disso Hélder tem ficado por terras de nuestros hermanos, ao mesmo tempo que consolida a sua carreira na área musical, concretizando ao mesmo tempo o seu sonho. Conta que atualmente está a trabalhar em vários projetos.

Hélder Borges Santos “Estou a compor para uma obra de teatro infantil com a ideia de tocar vários instrumentos ao vivo, acompanhando a história que o ator representa. Tenho também, neste momento, dois projetos audiovisuais, um vídeo corporativo e um microfilme documentário em que estou a compor e a produzir com ins-

trumentos eletrónicos”. Para além disso espera ainda ter tempo para um projeto de performance com uma artista plástica. “Ela pinta, eu improviso. A ideia é inspirarmo-nos mutuamente”. “E, à parte, tenho duas agrupações musicais com concertos todos os meses, aqui na comunidade valenciana.”


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12 Cultura

Outubro 2017

Carta Arqueológica de Arruda abre caminho a mais investigação e investimento no património o âmbito das Jornadas Europeias do Património foi dada a conhecer durante o passado mês de setembro a mais recente publicação editada pelo município, a Carta Arqueológica do Concelho de Arruda dos Vinhos, de Jorge Eduardo Lopes no âmbito de um trabalho de mestrado por si apresentado. A necessidade de se apostar na preservação das denominadas “Antas de Arruda”; Sítio Arqueológico do Castelo e Moinho do Custódio, entre outros, está bem patente nesta obra e já se indica pistas para o futuro. Os trabalhos de prospeção arqueológica levados a cabo no âmbito da elaboração desta Carta Arqueológica de Arruda dos Vinhos permitiram identificar e relocalizar um total de 38 ocorrências arqueológicas. Dos sítios agora registados, 27 são novos sítios, refere ao Chafariz o autor da carta. Ou seja eram sítios até agora desconhecidos, mas pode-se afirmar que se situam na sequência cronológica entre o Neolítico e o período Contemporâneo, o que revela uma grande amplitude de tempo quando se fala da ocupação do território de Arruda dos Vinhos. Ao “Chafariz de Arruda” conta que a realização deste docu-

N

Autor mostrou as conclusões do seu trabalho mento permitiu realizar um primeiro diagnóstico da história da ocupação do território, procurando colmatar uma lacuna de conhecimento, através do inventário de sítios com potencial arqueológico e fornecer uma nova leitura rigorosa e atualizada do conhecimento e abrir novas perspetivas de investigação. No fundo permitir um conhecimento mais aprofundado sobre a ocupação humana deste território e a consequente valorização e preservação do pa-

trimónio cultural imóvel. Na defesa do património histórico e arqueológico concelhio poder-se-á partir agora “para uma melhor gestão do território municipal e assim contribuir para a tomada de medidas que minimizem impactos negativos sobre o património arqueológico” refere. Neste sentido, pretende-se que o inventário do património realizado e as propostas apresentadas para uma “saudável” gestão do património sejam considerados no Plano Diretor Municipal, que se en-

Patrícia Morais apresentou o seu livro de antologia paranormal "Os monstros que nos habitam" no dia 23 de setembro, no âmbito das comemorações do 28.º aniversário da Biblioteca Municipal Irene Lisboa. A obra conta com contos de Alexandra Torres, Ângelo Teodoro, Carina Rosa, Nuno Ferreira e Soraia Matos.

contra em processo de revisão. O estudioso diz não ter ficado surpreendido com os resultados, “porque apesar da escassez de informação, devido à falta de investimento na investigação arqueológica ao longo dos anos, os (poucos) dados existentes demonstravam a importância do passado histórico do território de Arruda dos Vinhos e do seu potencial e valor patrimonial”. Os novos dados vêm comprovar essa importância patrimonial, mas é importante

referir que “a carta arqueológica não pode ser considerada um documento acabado e fechado, apenas representa uma primeira visão do potencial arqueológico e novos factos podem ser revelados, pois a intervenção do homem na alteração dos solos poderá provocar o aparecimento de novos vestígios arqueológicos, justificando uma atualização sistemática do documento”. Quanto aos achados mais significativos nesta investigação/prospeção identifica a

necessidade de ser ir ainda mais além no que diz respeito às “Antas de Arruda dos Vinhos” através da criação de um projeto específico direcionado para o estudo destes monumentos megalíticos. As antas de Arruda são desconhecidas, pois encontram-se destruídas, mas são referidas em diversas fontes documentais. Também outros dois sítios arqueológicos, nomeadamente o sítio arqueológico do Castelo e Moinho do Custódio devem ser alvo de uma “aprofundada investigação multidisciplinar”, que permita desenvolver estudos e informação sobre a ocupação humana na área à direita da bacia hidrográfica do Tejo, para os períodos Proto-históricos (entre o Neolítico Final e final da Idade do Ferro). O arqueólogo salienta ainda o Projeto Arqueologia Viva criado em 2013 com o objetivo de envolver a comunidade mais jovem nos processos arqueológicos. Em 2014 e 2015, o Arqueologia Viva ocorreu entre os meses de junho e agosto, e integrou o projeto Carta Arqueológica de Arruda dos Vinhos. Esta participação aberta aos jovens nos trabalhos de prospeção arqueológica, para além da deteção de novos sítios, proporcionou o contacto com a paisagem e a relação com mesma.

Imagem do Cortejo Etnográfico e Oferta Floral À Srª do Cabo - Círio dos Saloios Arranhó 2017/18 da Associação Desportiva, Recreativa e Cultural de Alcobela de Baixo em conjunto com as aldeias vizinhas Alcobela de Cima, Carvalhal, Mato e Vila Vedra. Facebook ADRC


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Outubro 2017

Opinião 13

Pela Arruda. Pelo Oeste. Por Portugal. indo mais um grande momento da nossa vida cívica, e contabilizados todos os votos, é tempo de fazer um balanço das eleições autárquicas. Acima de tudo, uma primeira palavra para os portugueses, que conseguiram baixar a taxa de abstenção relativamente a 2013. A vida em democracia só é plena se todos exercerem os seus direitos e deveres, e é reconfortante saber que os nossos cidadãos se sentiram motivados a votar naquelas que

F

lhes são as eleições mais próximas. Como em tudo na vida, há vencedores e vencidos. Se o PS foi o grande vencedor da noite, o PSD e a CDU viramse perante resultados aquém das expectativas, com a coligação PCP-PEV a perder os seus grandes bastiões a nível nacional, como Almada, Beja e Barreiro. O PSD viu também reduzido o seu número de câmaras, ficando abaixo dos objetivos que tinha estabelecido a nível nacional, e tendo perdido influência na Área Oeste.

Quanto ao Bloco de Esquerda, estas eleições serviram para demonstrar o que já se sabia: apesar de apregoarem aos sete ventos que são a alternativa, confirmou-se a tese de que não têm expressão além da realidade de Lisboa. Mas contadas as câmaras e os mandatos, é tempo de olhar para o que interessa: o futuro. E aqui há uma certeza inequívoca: no Governo ou no Poder Local, os cidadãos podem contar com uma liderança e oposição construtiva por parte do PSD, como

sempre o fez e continuará a fazer. Porque para os socialdemocratas, o que interessa é Portugal e os portugueses. Tal como o (ainda) líder e grande estadista Pedro Passos Coelho sempre disse, nós levamos Portugal a sério e não condicionamos as nossas ações por popularidade, populismos ou demagogias. Por várias vezes o PSD já deu provas que se senta em cargos públicos tendo como primeiro interesse os cidadãos. É para dar um futuro aos nossos filhos e netos que lutamos. É por colocar

Portugal numa posição competitiva e a par dos parceiros europeus que nos batemos. É por um desenvolvimento a longo prazo, e não por resultados imediatos, pois esses já deram provas de serem efémeros. E, digam o que disserem, as pessoas não esquecem os resultados e a herança pesada que as governações socialistas têm vindo a trazer. Uma oposição construtiva e fiscalizadora. É com isso que os Arrudenses podem contar por parte do PSD. Somos menos na câmara, é certo,

Lélio Lourenço* mas não deixaremos de apontar o dedo e lutar por uma afirmação da nossa Arruda dos Vinhos na Região e na Comunidade Intermunicipal do Oeste. Queremos uma região que continue a crescer, com boas condições e modernidade, e não baixaremos os braços. É este o compromisso social-democrata para com a Arruda dos Vinhos. E é ele que nos move todos os dias. * PSD Arruda dos Vinhos

Lei contra o spam não se cumpre

Spam proibido se dirigido a pessoas singulares uitos se queixam que lhes enchem a mala de correio electrónico com mensagens publicitárias. Consideram-no como algo de normal na sociedade digital: e que não haverá como evitar a avalancha de correio que lhes chega de toda a parte, mormente de empresas que usam o marketing directo para promover produtos e potenciar vendas. A lei proíbe o spam nestas hipóteses. A lei de protecção de dados pessoais… de 18.08.04 reza no n.º 1 do seu artigo 13-A: “Está sujeito a consentimento prévio e expresso do assinante que seja pessoa singular, ou do utilizador, o envio de comunicações não solicitadas para fins de marketing directo, designadamente através da utilização de sistemas automatizados de chamada e comunicação que não dependam da intervenção humana (aparelhos de chamada automática), de aparelhos de telecópia ou de correio electrónico, incluindo SMS (serviços de mensagens curtas), EMS (serviços de mensagens melhoradas) MMS (serviços de mensagem multimédia) e outros tipos de aplicações similares.”

M

O que é o spam? “O termo ‘SPAM’ pode significar ‘Sending and Posting Advertisement in Mass’, ou “enviar e postar publicidade em massa”, ou também: Stupid Pointless Annoying Messages que significa mensagem rídicula, sem propósito, e irritante. No entanto, existem diversas versões a respeito da origem da palavra “SPAM”. A versão mais aceita, e endossada pela RFC 2635, afirma que o termo [teve a sua origem] na marca SPAM, um tipo de carne suína enlatada da Hormel Foods Corporation, e foi associado ao envio de mensagens não-solicitadas devido a um quadro do grupo de humoristas ingleses Monty Python. Na sua forma mais popular,

um “SPAM” consiste numa mensagem de correio electrónico com fins publicitários. O termo “SPAM”, no entanto, pode ser aplicado a men-

sagens enviadas por outros meios e em outras situações até modestas. Geralmente os “SPAMS” têm carácter apelativo e na maioria das

vezes são incómodos e inconvenientes.” (excerto tirado da WIKIPÉDIA) Informações práticas:

Mário Frota* Entidade à qual a denúncia deve ser feita Se for alvo de SPAM, deve dirigir a denúncia das violações à Lei da Protecção de Dados e da Privacidade à Comissão Nacional de Protecção de Dados - CNPD: (Rua de São Bento n.º 1483º 1200-821 Lisboa, Telefone: +351 213928400 - Telecópia: +351 213976832 - Email: geral@cnpd.pt). Sanções: Se praticado por pessoas singulares, a moldura é de coima mínima de 1500€ e máxima de 25 000€ e se por pessoas colectivas mínima de 5000€ e máxima de 5 000 000€. *Associação Portuguesa de Direito de Consumo


14 Opinião

Chafariz de Arruda

Outubro 2017

Tauromaquia Ana Rita em Espanha I - Yelca o passado dia 24 de Setembro, a cavaleira Ana Rita alcançou um triunfo na corrida comemorativa dos 150 anos da Plaza de Toros de Yelca. Numa corrida que também serviu para homenagear Ortega Caño, a cavaleira ribatejana que neste dia se tornava na primeira mulher a lidar toiros da ganaderia de Vitorino Martin esteve em grande perante toiros com codicia e pouco afeitados. Esta toureira que mostrou a raça dos artistas portugueses não temeu na luta com o toiro e tanto na preparação, como a cravar os rojões de castigo ou a ferragem da ordem (curos, palmitos e violinos) e adornou-se para a morte destes bravos toiros o que fez com uma raça que lhe valeu 3 orelhas e saída em ombros. Um bravo Olé Ana Rita. Passados uns dias, tivemos a triste notícia do falecimento do ganadero Vitorino Martin. Esta corrida do dia 24 de setembro foi a última das corridas dadas em nome de Vitorino Martin (pai) à família deste grande ganadero com quem eu tive o prazer de falar um dia em Madrid, os meus mais sentidos pêsames.

N

Ribatejanos na Califórnia

António Salema

or terras da Califórnia, dois ribatejanos brilharam numa corrida de beneficência. Os azambujenses Paulo Jorge Ferreira (com quem este crítico teve a alegria de falar) e Rui Jardim que estiveram em grande plano. Na lide a cavalo Paulo Jorge (para quando o seu regresso às arenas lusas) esteve muito bem, sempre cravando a preceito enquanto que na lide a pé, o jovem Rui Jardim esteve ao mais alto nível com todo o tipo de passes e pisando todos os terrenos, acabando a tarde com volta à arena mais o ganadero. Um sucesso. Para ambos o nosso Olé...

P

Ana Rita em Espanha – Vera, Albacete e Valencia de Alcantara 25 de setembro, Ana Rita deslocou-se a Vera (Almeria) e numa feira de bastante importância, atuou num cartel onde se lidaram toiros Pessanha e dividiu praça com João Moura e Manzanares. Como balanço dessa tarde João Moura cortou uma orelha, Manzanares nada cortou e Ana Rita ao cortar 2 orelhas e saindo em ombros foi a grande triunfadora da tarde. Em Valdeganga (Albacete), bastou um toiro para por a praça em alvoroço e após uma lide com todos os ferros cravados em su sitio, repetiu as duas orelhas e voltou a sair em ombros pela Puerta Grande. Segundo o Escalafon Taurino Espanhol, Ana Rita é uma das triunfadoras da temporada. E agora um momento muito pessoal. Este crítico taurino azambujense, já com 90 anos, deslocou-se acompanhado da sua família até Valencia de Alcantara para assistir in loco a mais um triunfo desta cavaleira. Na bagagem levava uma lembrança da Câmara Municipal de Azambuja para a artista, esta ficou muito sensibilizada e brindou o seu segundo toiro aos seus conterrâneos. Aqui ao velho Salema as lágrimas corriam de alegria naquela bela tarde.

A

Fruta da época: o Dióspiro origem do dióspiro remonta à China de onde foi posteriormente levado para a Índia e Japão e daí difundido para todos os continentes. Em Portugal os pomares situam-se na sua maioria na região do Algarve. É um dos frutos de Outono no nosso país, possível de enconTânia Tomás* trar de Outubro até meio de Dezembro. É rico em hidratos de carbono, fibra e água. De acordo com a Tabela de Alimentos Portugueses, 100g de dióspiro contêm 14.8g de hidratos de carbono, 1.5g de fibra alimentar, 0.6g de proteína, 82.6g de água e correspondem a 65 calorias. São ainda ricos em potássio e vitaminas A e C. A sua cor alaranjada provém do elevado teor em carotenos. A sua composição nutricional faz dele um alimento com propriedades anti-oxidantes, anti-cancerígenas, capaz de contribuir para o melhor funcionamento intestinal, reduzir a pressão arterial, melhorar a visão e reforçar o sistema imunitário no combate a infecções. Uma vez que a sensação de sede diminui nesta época do ano por estar mais frio, o dióspiro desempenha ainda um papel importante na hidratação diária. As suas aplicações culinárias são diversas, podendo utilizá-lo em sumos naturais, compotas, sobremesas, purés de fruta e saladas. *Nutricionista

A

NA HORA DE COMPRAR CASA... Olá a todos, No seguimento das crónicas anteriores chegou finalmente a altura de abordar “A compra efetiva do imóvel”. Nesta fase, já se fizeram as visitas, já se consultaram as entidades bancárias e já se escolheu a casa que se quer comprar. É portanto hora de efetivar a intenção de compra através da assinatura Paulo Viduedo do Contrato de Promessa Compra e Venda, documento essencial para ambas as partes, tanto compradores como vendedores, pois nele estão descritas todas as condições acordadas, tais como valor de aquisição, prazo para escritura, valores de sinal, assim como os dados relativos ao imóvel, os quais aconselho a verificar se estão em conformidade com o estabelecido por lei. Após a assinatura do CPCV é necessário proceder à marcação de escritura e ao pedido de Guias de Imposto que terão de estar devidamente liquidadas no dia da escritura. Tenha em conta os custos com os Impostos (IMT e Imposto Selo) que são tabelados e variam com o valor de aquisição e também com os valores da escritura e respectivos registos, valores esses que também podem variar, consoante o sítio onde forem feitos... Um abraço a todos, Envie as a suas questões para pviduedo@icloud.com

Ficha técnica: Jornal Chafariz de Arruda • Propriedade, administração e editor: Metáforas e Parábolas Lda - Comunicação Social e Publi-

cidade • NIPC 514 207 426 • Morada: Rua Alexandre Vieira nº8 1º andar 2050-318 Azambuja • Sede de Redação: Rua Alexandre Vieira nº8 1º andar 2050-318 Azambuja • Telefones: 263 048 895 - 93 409 6783 - 96 197 13 23 • Correio Eletrónico: chafariz@chafariz.pt • Site: www.chafariz.pt • Director: Miguel António Rodrigues CP 3351- miguelrodrigues@valorlocal.pt • Redação: Miguel António Rodrigues CP 3351, Sílvia Agostinho CP-10171 (silvia.agostinho@valorlocal.pt 93 409 67 83) • Multimédia e Projetos especiais: Nuno Filipe Vicente (multimedia@valorlocal.pt) • Colunistas: Hélia Carvalho, Joel Rodrigues, Paulo Beja, António Salema, Casimiro Ramos, Lelio Lourenço • Paginação, Grafismo e Montagem: Milton Almeida: paginacao@valorlocal.pt • Contactos Comerciais: chafariz@chafariz.pt, 263 048 895, 96 19 71 323 • Serviços administrativos: geral@metaforaseparabolas.pt • N.º de Registo ERC: 126987, Depósito legal: 126987/17 • Periodicidade: Bimestral • Tiragem Média: 2000 exemplares • Impressão: Gráfica do Minho, Rua Cidade do Porto – Complexo Industrial Grunding, bloco 5, fração D, 4710-306 Braga • O Estatuto Editorial encontra-se disponível na Página da Internet em www.chafariz.pt


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Outubro 2017

Opinião 15

De record em record ganham os Arrudenses País foi a votos e os portugueses escolheram aqueles que nos próximos 4 anos vão conduzir os destinos dos 308 municípios e das 3092 freguesias do continente e ilhas. Surpresa, ou talvez não, a madrugada de 1 de outubro de 2017 veio revelar um mapa autárquico, esmagadoramente, cor de rosa.

O

É certo e conhecida a premissa existente com o argumento que em eleições autárquicas, o perfil do candidato explica muitas das opões dos eleitores e consequentemente dos resultados obtidos. É um fato e nestas eleições encontramos vários exemplos dessa premissa (argumento) como explicativo de vitórias alcançadas por independentes ou mesmo em

candidaturas partidárias, cujos resultados são diferentes de quando se tratam de eleições legislativas. Também ficou claro que nestas eleições os portugueses manifestaram, o apoio ao governo do Partido Socialista (contrariamente a anteriores eleições autárquicas em que o povo fez reflectir no seu voto, o descontentamento quanto aos governos do momento), ao mesmo tempo

que expressavam a rejeição ao discurso dos responsáveis do PSD que ainda teimavam e teimam, numa visão do País condenado à desgraça. Na verdade, e talvez como sempre, os resultados eleitorais de cada concelho terão um misto de três grandes fontes de decisão: o perfil do candidato, a penalização/premiação dos governos e a simpatia partidária. Com mais ou menos de cada um destes ingredientes poderemos encontrar as explicações locais para as vitórias ou as derrotas, conforme a análise que se pretenda realizar. No caso de Arruda dos Vinhos digamos que os 3 fatores se juntaram em perfeita harmonia. Depois de há 4 anos, o André Rijo ter sido eleito como o mais jovem presidente de Câmara do País, desta vez alcançando a votação de 71,3%, a mais elevada no distrito de Lisboa, a 12ª no continente e ilhas e o 7.º concelho socialista, deixando tradicionais concelhos socialistas como Alenquer a cerca de 20 ponto percentuais, obtém assim o resultado que ficará, certamente, para a história. Muitos parabéns André. Haverá quem tentará atribuir mais importância neste resultado à tendência nacional de premiar o governo do PS,

procurando retirar o mérito pessoal do André Rijo e da sua equipa. Mas será um mero exercício de distração. Os Arrudenses, simplesmente, reconheceram o trabalho realizado pelo executivo e pela forma como conseguiu dar voz e participação às populações ao longo dos 4 anos, o que ficou bem espelhado nas equipas jovens e com várias sensibilidades, conseguindo unir os Arrudenses em redor do seu projecto. Acresce que a postura política do André corresponde ao oposto do que os Arrudenses estavam habituados e por isso, o voto no PS no concelho de Arruda dos Vinhos foi também um voto contra a arrogância, a prepotência e a presunção dos que acham que ganham para sempre. Embora o candidato o PSD se tenha apresentado a eleições, praticamente, como o último dos moicanos, na verdade ele próprio personalizou a campanha com cartazes que tinham o seu próprio nome como imagem de marca, distanciando-se do símbolo do PSD, subtilmente, colocado num canto inferior. O resultado foi uma pesada derrota, mas nem por isso a mesma tem de ser desmoralizadora. Tal como transmitiu o Presidente da República poderá haver mais marés do

Casimiro Ramos* que marinheiros. Pelo que, o agora vereador eleito pelo PSD tem a verdadeira oportunidade de conviver democraticamente e em parceria com os eleitos do PS no executivo. Estou certo que, pelos princípios éticos e de sentido de serviço publico que sempre referiu ter, irá assumir o mandato e aproveitar esta oportunidade para servir os Arrudenses e honrar aqueles que o acompanharam na constituição das suas equipas. E por falar em equipas, agora é o momento de dar os parabéns aos órgãos executivos e deliberativos que se formaram com membros de todas as listas, independentemente da maioria ser do PS, o que todos desejamos é que desenvolvam um trabalho que vá de encontro aos desejos dos Arrudenses e que com honestidade e sentido democrático encontrem na partilha as melhores soluções. Estou confiante que assim será. Porque, mais do que uma vitória pessoal, o reflexo do sentir do País à governação ou do novo folego socialista, esta vitória é sobretudo dos Arrudenses. Esmagadoramente dos Arrudenses. *PS Arruda dos Vinhos


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Chafariz de Arruda

Outubro 2017


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