Jornal Regional • Periodicidade Mensal • Director: Miguel António Rodrigues • Edição nº 94 • 16 Dezembro 2020 • Preço 1 cêntimo
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Rádio Valor Local - www.valorlocal.pt - Ouça em todo o lado Jornal Regional • Periodicidade Mensal • Director: Miguel António Rodrigues • Edição nº 94 • 16 Dezembro 2020 • Preço 1 cêntimo
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COVID 19
Destaque na 14 à 15
Como fica a vida num lar de idosos depois de um surto? Autárquicas 2021
PS: Cláudio Lotra candidato à junta de Alverca e Sobralinho Ana Cristina Pereira candidata à junta de Póvoa-Forte Política na 11
Promotores do parque solar na Torrebela dão o tudo ou nada no Estudo de Impacte Ambiental Economia na 18
Azambuja: Biosurfit está insolvente Sociedade 3 PUB
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Cruz Vermelha de Aveiras faz em média 50 testes Covid por dia Miguel A. Rodrigues ão nove da manhã em Aveiras de Cima. Alguns automóveis vão chegando ao local onde a Cruz Vermelha de Aveiras de Cima (CVP) está a fazer teste rápidos à Covid-19. A fila vai-se adensando, e ao meio da manhã, já são muitos os carros em espera, ocupando uma das faixas da rua que liga o mercado ao local dos testes, mesmo nas traseiras do quartel da GNR de Aveiras e da Junta de Freguesia. Não será por muito tempo, até que a própria GNR tem de intervir e pedir às pessoas que estão dentro dos veículos e na fila para andarem um pouco para a frente. O objetivo é que o trânsito não fique parado, já que com a chegada da hora de almoço, a pressa e os nervos vão ficando mais à tona. Muitos nunca pensaram ter de passar por isto: saber se estão ou não infetados com Covid-19. A fila vai crescendo, como num ritual, e lá dentro os condutores já nervosos pelo possível resultado do teste, vão mostrando impaciência. Ordeiros mas nervosos andam a passo de caracol para o local dos testes. O drive-thru da Cruz Vermelha de Aveiras de Cima está agora a um ritmo alucinante. Os testes não demoram mais de 5 minutos a fazer, mas ainda assim a socorrista da CVP e a enfermeira designada para o local não têm
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mãos a medir. A fila aumenta e já ultrapassa o mercado diário. A GNR volta a pedir para que os condutores sejam mais céleres, porque o trânsito começa a ficar mais complicado. Aquela é uma zona de escolas e o autocarro passa com dificuldade. A ocupar uma das faixas, está um carro de um soldado da GNR local. Na entrada do posto avançado para a realização dos testes, uma socorrista da CVP recolhe os dados. Insere-os no sistema informático e em poucos minutos avançam os automobilistas para a recolha através da zaragatoa. Durante a manhã em que o Valor Local esteve no terreno, foram mais de 60 pessoas que fizeram os testes no drive-thru da Cruz Vermelha. De um momento para o outro, juntam-se aos condutores, também cidadãos a pé. Esperam em fila no passeio ao lado da GNR e da escola básica de Aveiras de Cima. Não são mais de 20. Mas o nervosismo é igualmente latente. Depois de passarem a triagem, fazem o pagamento, 20 euros, e seguem para o teste. A enfermeira e a socorrista, com simpatia para quem está na situação pela primeira vez, vão explicando: “Não dói nada. É rápido!” dizem a um cidadão de Resende mas que está a trabalhar nas obras no Aeroporto de Lisboa.
Uma experiência que não correu mal para este cidadão que disse não ter sentido dores Este homem que se deixou fotografar pelo Valor Local, inspira e faz cara feia, enquanto a zaragatoa entra no nariz quase até ao fundo. Doeu muito? Perguntamos nós. O homem faz sinal com o polegar para cima “Está tudo fixe… já está!” refere com humor o momento que passou. Segue-se outro trabalhador das obras do aeroporto. Também oriundo do norte. Fez com o colega o teste, cujo resultado saberia cerca de meia hora depois através de email ou para o telemóvel. A manhã foi passada assim. Foi
esta a via-sacra cumprida por todas as 67 pessoas que fizeram os testes. Na fila, ao mesmo tempo que temos indivíduos a título individual, há também pessoas enviadas por empresas, funcionários que recearam estar infetados, e nos seus carros pessoais foram, um a um, ao teste ao SARS-Cov2. Este tem sido um cenário quase idêntico todos os dias desde o início de novembro, altura em que a CVP iniciou os testes. A procura tem sido elevada e o facto de esta instituição estar a fazer os testes
em dias alternados com a Cruz Vermelha do Carregado, tem trazido pessoas também do concelho de Alenquer. A CVP tem mantido um ritmo alucinante. Às terças, quintas e sábados, os socorristas da CVP têm vindo a receber cerca de 50 pessoas por dia. Ao todo já se fizeram 267 testes rápidos em Aveiras de Cima, dos quais resultaram cerca de 30 positivos. São testes levados a cabo em pessoas de vários pontos da região, oriundas de Samora Correia, Alenquer, Azambuja, Aveiras e até
Amadora. Nesta manhã, abordamos uma senhora que estaria no seu dia de folga. Embora sem sintomas, optou por fazer o teste. “Quero ir para a terra. Tenho lá família, quero ter a certeza que está tudo bem comigo. Vou meter um mês de férias, espero que isto acalme” referiu à nossa reportagem, não querendo revelar a localidade nem o nome. Pedro Vieira, o coordenador da CVP, fala num trabalho importante para a comunidade. Aliás, reforçando o trabalho de todos os socorristas que querem prestar um bom serviço às populações. Este tem sido um projeto que a CVP de Aveiras tem vindo a desenvolver desde que a Covid começou. A instituição tem estado nos piores cenários e tem sabido corresponder às expetativas. Desde o início da pandemia, auxiliou no maior hospital do país e tem feito, assim como, as várias associações de bombeiros, transportes Covid, com dois veículos dedicados para o efeito. Para além dos testes, a CVP tem uma unidade móvel. Desloca-se a escolas, empresas e outros locais, para realizar testes, aqui Pedro Vieira, diz já ter perdido a conta ao número de zaragatoas que a CVP já fez, mas reforça o empenho da equipa num momento delicado para a saúde das pessoas.
Azambuja: Biosurfit entrou em insolvência Biosurfit, empresa com sede em Azambuja desde 2017, ligada à biotecnologia e ao fabrico de análises rápidas entrou em insolvência e o futuro próximo passa por uma assembleia de credores marcada para o início do ano. A vinda desta empresa para Azambuja, onde já residia o seu administrador, João Garcia da Fonseca, significou um passo em frente para o concelho dado o seu caráter de vanguarda, tendo a sua instalação sido acarinhada pelos vários setores políticos e sociais locais. Foi, ainda, a primeira start-up portuguesa a beneficiar do fundo de apoio 200M. Mas para já fica a ideia de que a empresa não conseguiu, até à data, apanhar o comboio da pandemia, no que seria uma oportunidade de negócio sem igual. Recorde-se que em março, o Valor Local adiantou que a Biosurfit se preparava para tomar a dianteira nos testes rápidos na deteção do Sars- Cov-2, através dos seus exames de anticorpos com máquinas fabricadas para o efeito, e com uma parceria com a Cruz Vermelha Portuguesa. Numa notícia avançada pelo jor-
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Empresa recebeu a visita do primeiro-ministro, António Costa, em 2019 nal “Público”, no início deste mês, é referido que a Biosurfit está a contas com uma dívida ao Banco Europeu de Investimento (BEI) no valor de 19,6 milhões de euros. O empréstimo foi arriscado dado que se baseou nos denominados “venture debts”, com juros mais altos para compensar o risco mais elevado, a que se soma outra dívida de 6,3 milhões de euros ao parceiro sueco, a Boule Diagnostics que no final de 2018 in-
vestiu cinco milhões de euros na Biosurfit em troca de 25 por cento do capital da empresa portuguesa e ficou com o exclusivo comercial dos produtos que nunca chegou a vender, de resto. O fundo 200M financiou com outros cinco milhões de euros esta aventura portuguesa. O “Público” continua a adiantar que a Boule já terá dado sinal para abandonar o projeto sedeado em Azambuja. Outros parceiros também não estarão disponí-
veis para continuar como a Portugal Ventures, maior acionista com 34 por cento de capital. A Biosurfit tenta agora cortar onde pode e já negociou a rescisão com parte dos colaboradores. O valor das indemnizações entre antigos funcionários e fornecedores ascende aos 200 mil euros. O Valor Local contactou João Garcia da Fonseca mas sem sucesso. O jornalista de Economia e colaborador da Rádio Valor Local, Jorge Laurea-
no Jacinto, dissecou que o que provavelmente correu mal na Biosurfit, à luz dos dados existentes, foi a ausência de uma estratégia de distribuição eficaz. Durante o programa Hora Local da nossa estação, estranhou que “outras empresas que não desenvolviam este tipo de tecnologia tenham passado a fazê-lo” tendo em conta a conjuntura da pandemia mas a Biosurfit ficou, à partida, para trás, quando já operava no mercado dos testes rápidos. Para o jornalista, a empresa falhou no marketing e na distribuição “quer no mercado nacional quer no estrangeiro”. Por outro lado, “é evidente que no seu conselho de administração faltava know-how neste domínio”. “Julgavam que bastava ter um ótimo produto, mais o apoio do Governo e do parceiro sueco, mas não foram suficientes”. A empresa pretende lançar em breve um novo produto – um teste quantitativo de anticorpos Covid-19, que permite avaliar o nível de imunidade no que a Biosurfit considera ser um trunfo na gestão das fases posteriores da pandemia.
Tecnologia da Biosurfit A Biosurfit nasceu em 2006 e prometia revolucionar o mercado das análises em todo o mundo, fracassada que foi a experiência de uma congénere americana, a Theranos que nunca conseguiu cumprir com o que durante anos anunciou: fornecer resultados de análises em poucos minutos, ao contrário da empresa portuguesa. A Biosurfit está focada em equipamentos de análises sanguíneas que em apenas cinco minutos fornecem um diagnóstico a partir de uma gota de sangue, sendo que os seus principais clientes são os médicos e estabelecimentos hospitalares. A tecnologia da Biosurfit baseia-se num equipamento de leitura – “Spinit Reader” - e na utilização de discos descartáveis – “Spinit Disposables”. Mediante a utilização de uma gota de sangue, esta tecnologia consegue disponibilizar resultados precisos de deteção de diversos marcadores em apenas 15 minutos (inflamação, hemograma, diabetes, lípidos, coagulação).
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Arrudense Hélder Santos lança Office Groove a pensar nos teletrabalhadores Sílvia C. d’Almeida ncontra-se em teletrabalho, mas sente saudades do escritório? Então isto é para si! O músico Hélder Santos, natural de Arruda dos Vinhos, criou uma nova aplicação, a Office Groove, que permite encurtar essa distância, trazendo o escritório até si. Inspirado num artigo do jornal El País, que conta como algumas pessoas procuram sons de escritório no Youtube, para se concentrarem melhor enquanto trabalham, o artista produziu uma banda sonora que inclui os sons que normalmente consideramos os mais irritantes tais como os clicks dos ratos, dos teclados, o ruído do ar condicionado, gavetas que abrem e fecham, impressoras, telefones, pessoas a falar, entre outros. Tal como nos conta, quando leu o artigo, pensou: “Claro! Os sons que nos rodeiam entram nas nossas vidas de uma forma que, na maior parte das vezes, não somos
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conscientes.” A partir desta ideia, decidiu “gravar esses sons” no seu estúdio. E depois, produziu vários “grooves” e “moods” divertidos, que de alguma maneira representam o valor do trabalho em equipa. O passo seguinte foi criar uma app onde os usuários pudessem explorar as várias propostas de forma interativa, e que dessa forma transformassem os sons de escritório em ritmos que possam ser dançados “e, porque não, cantados”. A ideia não foi comercializar a app, já que é gratuita (sem publicidade). “A ideia é animar os teletrabalhadores e dar a conhecer uma nova forma de fazer música: interativa e adaptada às decisões do usuário.” De momento, pode encontrar uma versão da app para Android no site/portfólio do autor (em https://xtuk.itch.io/office-groove ). No entanto, brevemente será publicada uma versão para PC, Mac e Linux.
Um português em terras d’el Rei O músico, de 44 anos, encontrase neste momento a residir em Espanha, e foi por amor que fez esta mudança na sua vida. “Conheci uma bela rapariga!”. Sobre como está a adaptar-se ao mercado espanhol, diz: “Na cidade em que vivo, Valência, as pessoas são mais abertas, mas também menos formais. Encontrar o equilíbrio não é fácil. Contudo, é uma questão de cultura”. Relativamente ao que mais o fascina na profissão de músico, responde: “Posso dizer que grande parte da minha vida está dedicada à música como expressão artística e emocional. Muitas experiências com grandes, velhos e novos amigos em Portugal, em Espanha e em França. É fascinante a força e a energia que os músicos têm. E quando conseguimos pôr a pele
Músico volta a supreender com mais um novo projeto de galinha… Aquilo que fazes passa a ser mágico”. Quando lhe perguntamos qual o seu estilo de música favorito, é perentório: “É difícil catalogar o meu próprio estilo. É muito mais
fácil dizer quais são as minhas influências: Fado, folclore, rock, flamenco, jazz… Considero de vital importância que a música tenha alma. Se é assim, sou fã.” Para Hélder Santos “ter sonhos
na vida é importante porque ajudam a definir um caminho, um objetivo. O meu sonho, talvez já o esteja a cumprir. Estou com quem amo, rodeado de grandes amigos (incluindo os que estão mais longe), faço aquilo que gosto e de alguma forma, sou reconhecido por isso…. Posso sempre sonhar mais alto, mas nunca tão claro.” Quanto a projectos futuros, refere que acabou há pouco tempo a banda sonora de um documental – “Canción Perdida de Nacho Sirera”. “Neste momento estou a produzir dois temas cantados para um filme musical – Mascarada de Bígaro Films. E, se tudo correr bem, em fevereiro ou março começo com a banda sonora de uma curtametragem de animação. Entretanto, estendo os meus braços a novos projetos e faço novos amigos. O talento que há por aí é bestial. Colaborar com pessoas assim é um luxo. E não se pode pedir muito mais da vida.”
Carlos Coutinho entra no combate pela defesa do aeroporto no concelho de Benavente stão de novo lançados os dados sobre o Novo Aeroporto de Lisboa (NAL). O Governo deu um passo atrás no processo de construção do aeroporto do Montijo e o Parlamento aprovou uma proposta que obriga à realização de uma avaliação ambiental estratégica acerca da nova infraestrutura aeroportuária para Lisboa. A solução Campo de Tiro de Alcochete pode voltar a estar em cima da mesa, e neste sentido o presidente da Câmara de Benavente informou, em reunião do
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executivo, que assinou a proposta subscrita por um conjunto de autarcas que vai no sentido da pedir a prorrogação da Declaração de Impacte Ambiental (DIA) da solução Campo de Tiro que expirava neste mês. O processo que está de regresso envolve a comparação de mais do que uma localização, o que equivale a trazer de volta à discussão o Campo de Tiro de Alcochete que reuniu consenso político há cerca de dez anos. Ricardo Oliveira, vereador do PSD na Câ-
mara de Benavente, questionou o presidente da autarquia Carlos Coutinho acerca das razões pelas quais o município pretende envolver-se nesta discussão, principalmente, porque a solução no concelho envolveu, à época, a possibilidade de deslocação das pistas para norte numa decisão do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, e “comprometedora” no seu entender da qualidade de vida da freguesia de Santo Estevão. O autarca estranhou ainda a circunstância de Coutinho não ter
comunicado aos demais eleitos esta intenção de subscrever a carta também assinada por outros autarcas, nomeadamente, os presidentes de Câmara de Seixal, Joaquim Santos, Loures, Bernardino Soares, Moita, Rui Garcia, Setúbal, Maria das Dores Meira, Palmela, Álvaro Amaro, e em Sesimbra, Francisco Jesus, todos eles do partido comunista, que tem defendido a hipótese no concelho de Benavente. Recorde-se que foram as autarquias CDU do Seixal e da Moita que
deram parecer negativo ao aeroporto no Montijo, originando um bloquear do avanço daquela hipótese, colocando todo o processo em banho maria e assim tem permanecido tendo em conta também a conjuntura da pandemia. Carlos Coutinho acredita que esta ação pode produzir os seus frutos e afirma-se intransigente quanto à defesa da solução do aeroporto no seu concelho, até porque possui uma declaração de impacte ambiental mais favo-
rável, contudo o autarca salvaguarda que o município vai continuar a bater-se pela localização das pistas no sítio “certo” ou seja recuadas para onde estavam em 2008. “Estamos aqui para lutar pelo reposicionamento das pistas”, assegurou. A DIA para o Campo de Tiro de Alcochete foi emitida há dez anos, enquanto o aeroporto complementar do Montijo obteve a sua DIA no início do ano, sujeita a várias condicionantes e medidas de mitigação de impactos.
Benavente: Polícia Judiciária investiga as famosas bicicletas compradas pela Câmara Polícia Judiciária está a investigar o caso das famigeradas bicicletas que a Câmara de Benavente adquiriu em 2016 mas que as tem guardadas nos estaleiros à espera de melhores dias. O presidente da Câmara, Carlos Coutinho, foi confrontado pelo vereador do PS, Pedro Pereira, acerca desta investigação tendo em conta “um post” que o eleito socialista viu “nas redes sociais” que denunciava aquele facto. O presidente da autarquia disse que esse era mais um dos processos contra a Câmara na mira da PJ e que se sentia tranquilo quanto a mais uma investigação. Recorde-se que foram adquiridas 24 bicicletas para quatro estações de atracagem instaladas ao longo do percurso das ciclovias
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Passados quatro anos, as bicicletas apenas vão ser utilizadas em 2021
em Benavente e Samora Correia bem como o software de gestão do sistema de utilização. Este investimento foi de 90 mil euros, comparticipado em 75 por cento pelos fundos europeus. O projeto das ciclovias está, nesta altura, praticamente pronto depois de sucessivos atrasos. Numa entrevista ao nosso jornal em finais de 2018, Carlos Coutinho esperava inaugurar a obra em 2019 mas só passados dois anos é que as ciclovias vão entrar ao serviço em conjunto com as bicicletas que já levam quatro anos de estaleiro. Recentemente o município referiu na comunicação social que faz as respetivas manutenções mas, nesta altura, perdeu a garantia dos equipamentos e entretanto a empresa
que os vendeu entrou em insolvência. A Polícia Judiciária questiona, grosso modo, o facto de a população não estar a usufruir de um bem tendo em conta que houve dinheiros europeus envolvidos, sem que a compra tenha atingido até à data o fim a que se destina. O presidente da Câmara garantiu que está tudo encaminhado para que, no mais curto espaço de tempo, as bicicletas possam ir para a rua e até deu a entender que vai adquirir mais face ao “sucesso” que se estima que o projeto possa vir a alcançar. Coutinho explicou que não gostou do que viu noutros concelhos “com as bicicletas a serem disponibilizadas sem as ciclovias feitas, com sucessivos atos de vandalismo e de estrago do ma-
terial”. Sendo assim referiu que arriscou ao manter as bicicletas na “garagem” até à conclusão da obra das ciclovias, e porque na altura o Programa Estratégico de Desenvolvimento Urbano do Feder previa uma majoração de meio milhão a juntar aos 5 milhões que a Câmara alcançara por via daquele apoio, desde que fosse executada uma das componentes, sendo que na altura apenas a aquisição das bicicletas se afigurava como o único item possível de adiantar. Quanto às bicicletas, estarão ao dispor da população nas zonas dos centros históricos do concelho (também alvo da ação do PEDU-PAMUS), e nas de maior concentração de equipamentos e serviços.
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Câmara Municipal de Vila Franca de Xira adquire piscinas do Alhandra Câmara Municipal de Vila Franca de Xira aprovou a aquisição do complexo desportivo que integra as Piscinas Baptista Pereira, em Alhandra, ao Alhandra Sporting Club, atual proprietária do edifício. Em nota de imprensa, o município refere que a decisão do executivo municipal tem como objetivo garantir a manutenção do “normal funcionamento deste importante equipamento desportivo, impedindo o seu encerramento, facto que traria evidentes prejuízos às populações”, e numa altura em que a coletividade já não conseguia suportar os custos, com os atletas a treinar com água fria. As Piscinas Baptista Pereira foram construídas com o apoio financeiro e a cedência do terreno por parte da Câmara Municipal. A sua construção e gestão foram asseguradas pelo Alhandra Sporting Club, que deu conta à Câmara Municipal de Vila Franca de Xira das dificuldades crescentes que tem vindo a registar no que respeita à gestão, funcionamento, manutenção e conservação do equipamento. Foi acordada entre a Câmara Municipal e o Alhandra Sporting
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Utilização das piscinas passará a ser paga pelos atletas
Clube a aquisição do imóvel, “criando assim condições para que a população e os atletas que atualmente praticam desporto neste complexo, possam continuar a fazê-lo.”, continua o município a descrever em nota de imprensa.
A aquisição do complexo desportivo, composto por um pavilhão gimnodesportivo de dois pisos, piscinas e logradouro, será formalizada pelo valor total de 350 mil euros, passando a ser propriedade da autarquia e sendo gerido de forma enquadrada com
as demais piscinas municipais do concelho. A proposta foi aprovada em reunião de Câmara face ao iminente fecho do complexo. Contudo o vereador do Bloco de Esquerda, Carlos Patrão, indagou sobre uma possível dívida à banca no valor de 400
mil euros. O presidente da Câmara contornou a questão referindo que os atletas vão passar a pagar pela utilização das piscinas como de resto acontece noutros equipamentos geridos pelo município. Em declarações ao Valor Local, o deputado do
PSD, Rui Rei, mostrou as suas dúvidas quanto esta intenção pois pode significar a abertura de um precedente sempre que existir uma associação com mais ou menos dificuldades económicas e que clame pelo seu socorro por parte do município. PUB
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Câmaras têm sido o braço financeiro das IPSS durante a pandemia m tempo de pandemia e com vários surtos que se instalaram ao longo das duas fases da Covid19 nas instituições particulares de solidariedade social, têm sido os municípios um dos principais parceiros nesse combate, seja através da entrega de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), testes ao SARS-COV-2 e até equipas dedicadas nas próprias instituições. No caso do concelho do Cartaxo, é nos referido pelo município que foram apoiadas “todas as entidades com intervenção na área do apoio a idosos e/ou portadores de deficiência” e apenas, a título de exemplo, elencamos a Associação Comunitária de Assistência Social, os centros sociais e paroquiais de Vale da Pinta e da Ereira, Centro de Dia de Pontével, Lar João Manuel da APPACDM e Lar Idade Tranquila. Refere o município que, desde o início da pandemia, a Câmara Municipal do Cartaxo adquiriu equipamentos de proteção individual no valor de 750 euros, a verba mais baixa dos concelhos aqui mencionados, tendo em conta que este município se encontra ainda na alçada do FAM. A este número acresce, acrescenta a autarquia,
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“o apoio dado às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) no que se refere à operacionalização e transporte de colaboradores das instituições para efetuarem os testes de diagnóstico periódicos”. A Câmara Municipal diz ainda que colmatará qualquer incapacidade das instituições na aquisição desses equipamentos se isso se verificar. Quanto à possibilidade de a Câmara poder providenciar a compra de testes rápidos para serem utilizados nas instituições como arma de prevenção de surtos refere que essa necessidade ainda não foi sentida por nenhuma IPSS. “Os colaboradores das IPSS efetuam testes de diagnóstico de modo constante e periódico sendo esses resultados considerados para gestão de recursos humanos das direções técnicas. Caso a evolução da situação epidemiológica no concelho venha a impor a realização destes testes o município apoiará as IPSS de acordo com as necessidades que se venham a verificar.” Ainda no capítulo do relacionamento institucional com aquelas entidades, a autarquia reforça que no início da pandemia promoveu a
Combate à Covid-19 tem sido a ferro e fogo nos lares de idosos constituição de uma equipa multidisciplinar constituída pelo Serviço Municipal de Proteção Civil, pela área de Ação Social e Saúde do município, pelos Bombeiros Municipais e pela Unidade de Saúde Pública Local que efetuou visitas
técnicas a cada uma das IPSS do concelho, prestando “apoio no âmbito dos procedimentos a adotar e na construção dos planos de contingência”. A equipa de descontaminação certificada dos bombeiros municipais tem também prestado
“apoio às instituições” no que se refere a esta questão. Caso exista necessidade de evacuação de alguma destas instituições de apoio a idosos e, “nesta proximidade de trabalho desenvolvido entre a Câmara Municipal e todas as institui-
ções do concelho, foram também criadas zonas de quarentena vocacionadas em Vila Chã de Ourique e Pontével, que foram equipadas com camas articuladas, casas de banho adaptadas e demais necessidades específicas.” Quanto às principais dificuldades que os dirigentes das IPSS encontram diariamente no terreno na gestão da conjuntura Covid-19, o município diz em resposta às nossas questões que as entidades conseguiram quase sempre “adquirir e ter sempre em stock equipamentos de proteção individual (EPI), no entanto, no início da pandemia a dificuldade de aquisição destes equipamentos foi mais notória, quer pela escassez do mercado quer pelo elevado valor dos equipamentos.” Mas a gestão dos recursos humanos tem sido um dos principais quebra-cabeças nomeadamente “na substituição dos colaboradores quando, pontualmente, tiveram de estar em isolamento profilático ou necessitaram de prestar cuidados a familiares em quarentena, como por exemplo, a crianças menores de 12 anos. Sendo a maioria dos trabalhadores da área de ação social mulheres, que acumulam uma PUB
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Dezembro 2020 maior responsabilidade nos cuidados com a sua própria família, esta dificuldade tornou-se assim mais acentuada.” Alenquer Também neste concelho é salientado o trabalho em rede entre os vários agentes da proteção civil e as instituições, com a disponibilização, até à data, “de todos os EPI necessários para suprir as necessidades”, principalmente devido ao facto de no início da pandemia “ser muito difícil adquirir os mesmos, por falta de oferta, e também devido aos elevadíssimo custos”. Diz a autarquia que conseguiu construir uma reserva especial para o efeito, e continuar a apoiar as IPSS bem como lares privados. Ainda neste campo, o município de Alenquer disponibilizou máscaras e viseiras ao Hospital de Vila Franca de Xira, centros de saúde do concelho, corporações de bombeiros, GNR de Alenquer e Merceana. Aludindo a um esforço financeiro significativo, junto das IPSS, neste contexto, o município refere que investiu seis mil euros em máscaras, luvas, fatos de proteção, batas, álcool gel, aventais, proteções para os pés, toucas e óculos. Contudo não nos são adiantados para já valores quanto ao ano que vem. Quanto a investir em testes rápidos nas instituições, o município resume que o fará quando for pertinente, salientando que nos últimos nove meses e sempre que tal se verificou necessário, em conjunto com a Unidade de Saúde Pública, “testaram-se os utentes e funcionários” das mesmas. O município apostou ainda na minimização dos impactes psicológicos causados pela pandemia e face ao “encerramento ao exterior” dos lares com o impedimento das visitas investiu 23 mil euros no denominado sistema SOSLIFE, em quatro das principais instituições concelhias, que “viabiliza, em tempo real, videochamadas entre utentes e familiares gratuitas”, para além de outras “atividades diárias como ler o jornal, fazer jogos, pintar, ouvir música, ir à missa ou rezar”. Quisemos saber ainda quais as principais dificuldades reportadas pelos dirigentes das IPSS sendo que o município adianta que uma delas, sem dizer o nome, precisou de um apoio extra de dez mil euros ao qual a Câmara correspondeu face às necessidades na componente do apoio domiciliário “imprescindível” para a população em causa. Arruda dos Vinhos Já no concelho de Arruda dos Vinhos, o município diz que tem vindo a acompanhar e a apoiar várias instituições locais como a Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos e Centro Social da Freguesia de Arranhó, bem como a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos. Procedeu-se, ainda, à dis-
tribuição de equipamento junto de estruturas privadas (lares) existentes no concelho, e com reforço nos dois lares afetados pelos surtos. Desde o início da pandemia, o município despendeu 31 mil 500 euros em equipamentos de proteção individual para a Santa Casa da Misericórdia de Arruda, Centro Social da Freguesia de Arranhó e ainda aos bombeiros voluntários locais, a que acresceu uma verba de 6 mil 800 euros à Santa Casa para confeção de refeições para munícipes afetados pela pandemia e refeições para os alunos do 1.º ciclo do ensino básico e pré-escolar, beneficiários de escalão A e B do abono de família, em virtude do encerramento dos espaços escolares. Para o ano e no Orçamento e Grandes Opções do Plano, a autarquia planeia aplicar uma verba no montante de 40 mil euros para apoio financeiro no âmbito da Covid-19, com possibilidade de esta verba ser aumentada. No capítulo dos testes rápidos, foram efetuados neste concelho a alguns funcionários das IPSS, designadamente os denominados “trabalhadores na linha da frente e de maior risco”, no âmbito da Medicina do Trabalho. O município providenciou, ainda, a realização de testes SARS_COV2 a todos os funcionários afetos aos centros escolares no montante de 3 mil 780 euros. Em parceria com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, o município de Arruda dos Vinhos, o Centro de Saúde e o Instituto de Medicina Molecular tem realizado ainda testes aos profissionais das respostas sociais de estrutura residencial em entidades com acordo de cooperação ou devidamente licenciados. O município disponibilizou instalações onde são realizados os testes SAR_COV2 e assegura o transporte dos mesmos (recolha e entrega). Vila Franca de Xira No caso do concelho de Vila Franca de Xira, a autarquia destaca que o apoio ao nível dos EPI “foi particularmente expressivo” no início da pandemia, devido à escassez que então se verificava neste tipo de equipamentos, mas a autarquia “continua atualmente a apoiar com o seu fornecimento sempre que as instituições manifestam essa necessidade”. A oferta daqueles equipamentos às IPSS tem até ao momento um valor associado de cerca de 42 mil 800 euros. Acresce a estas aquisições a disponibilização de muitos destes materiais que chegaram ao município através de doações, cujos valores são de aproximadamente 40 mil euros. Quanto à possibilidade de patrocinar testes rápidos nas instituições, a Câmara não os fez, mas realizou em abril e maio deste ano testes PCR a todos os utentes e funcionários das estruturas residenciais
para idosos, incluindo lares privados, o que correspondeu a um universo de cerca de 1400 pessoas, com um custo associado de 126 mil euros. “É uma medida que se pondera realizar novamente, tendo em conta os surtos verificados recentemente em algumas destas instituições, e por se considerar que este rastreio é muito eficaz para melhor identificar e combater eventuais surtos.”, adianta o município. A Câmara refere ainda outros apoios como a limpeza e desinfeção de instalações, disponibilização de instalações municipais para a transferência de utentes, quando tal medida se justifique, mas também o reforço das equipas de pessoal, bem como outros apoios de natureza logística. “Na articulação com todas estas entidades, através do Serviço Municipal de Proteção Civil, existe uma monitorização permanente quando surgem casos positivos, no sentido de se dar a melhor resposta às necessidades dos utentes, minimizando as consequências dos surtos”, conclui. Azambuja Neste concelho o município tem vindo a apoiar a Santa Casa da Misericórdia de Azambuja, centros sociais e paroquiais de Aveiras de Baixo, Aveiras de Cima, Alcoentre, bem como a Associação Nossa Senhora do Paraíso, o Centro de Dia de Manique do Intendente e a Cerci Flor da Vida. Foi ainda dado apoio aos lares privados – Vale Grande Residence em Quebradas e Lar Idosos Universal. Desde março, o valor gasto neste tipo de apoios pelo município ascende aos 76 mil 500 euros. Quanto ao futuro, a autarquia está disponível para prosseguir estes apoios em função do evoluir da situação. No que respeita aos testes rápidos nas IPSS’s apesar de terem sido adquiridos alguns desses testes, cerca de 300, segundo apurámos, não foram realizados por parte do município, nem estão previstos, até haver luz verde da Autoridade de Saúde Local. Para além dos equipamentos de proteção individual a Câmara tem apoiado as instituições a nível logístico com camas e tendas popup; distribuição de gel desinfetante e produtos de limpeza; desinfeção de espaços em parceria com os bombeiros; ações de sensibilização e formação. Foi ainda criada uma equipa de emergência, com recurso ao programa MAREES do Instituto de Emprego e Formação Profissional, constituída por cinco pessoas para ajudar instituições afetadas por surtos. Têm estado três colocadas na Santa Casa de Azambuja e duas na Cerci. Salvaterra de Magos No concelho de Salvaterra de Magos, o município aponta que tem acompanhado a evolução da situação nas instituições. Têm sido
realizadas visitas técnicas, primeiro de informação das medidas a adotar pelas IPSS em função dos respetivos planos de contingência, depois de verificação do estado da sua implementação e das dificuldades sentidas. Paralelamente e na sequência do estado de emergência “constituímos o Posto de Comando Municipal, e temos três técnicos superiores do município a ajudar a saúde pública local, sempre que necessário.” A resposta da Rede Social Municipal, criada logo na primeira vaga que integra IPSS, juntas de freguesia e município - tem sido “excelente”, considera o município, ao garantir “todas as situações de maior vulnerabilidade, seja por falta de apoio familiar de retaguarda, seja no apoio psicológico, na aquisição de refeições e de medicamentos e até em ações de higienização dos locais”. O município já investiu mais de 330 mil euros na rubrica da Covid, sendo que apoiou financeiramente com mais de 110 mil euros os centros de bem estar social do concelho, “quer pela perda de receitas como pelo incremento de despesas, verbas a que acrescem os apoios em EPI, fundamentalmente quando os preços deles eram mais proibitivos nos primeiros meses da pandemia.” A distribuição de EPI e de outros equipamentos para garantir a proteção, a desinfeção e a descontaminação das viaturas e equipamentos também ocorreu junto dos bombeiros de Salvaterra, sendo que também às Unidades de Saúde Local, aos lares, à GNR, entre outros, “fizemos chegar - à medida das suas necessidades - algum equipamento de proteção individual”. O município salienta que o número de novos casos, de vigilâncias e de óbitos no concelho se mantém abaixo de metade da média nacional por 10.000 habitantes. Já quanto a uma possível aposta nos testes rápidos não está nos planos do município. “Têm sido feitos testes PCR em estruturas residenciais de maior dimensão, de acordo com o definido pela Segurança Social, e sempre que ocorre um caso positivo num colaborador ou num utente são alargados a todos os utentes e funcionários do lar em apreço. Não pretende o município adotar nenhuma política de testagem que extravase o que está a ser feito”. Quanto a ações futuras, o município pretende continuar, com os bombeiros voluntários, a desinfetar/descontaminar espaços públicos, edifícios municipais e estabelecimentos escolares. “Vamos prosseguir a aquisição e, sempre que necessário, a distribuição de EPI pelas IPSS, associações e toda a linha da frente do combate à propagação da doença, vamos continuar a agir no âmbito da Rede Social Municipal e a colaborar com a saúde pública local para o mais rapidamente possível rastrear eventuais contactos de novos casos.”
Sociedade 9 Município de Alenquer promove projeto de hidrogénio na logística Câmara Municipal de Alenquer assinou um acordo de cooperação com a EDP, as empresas Luís Simões e IVECO rumo ao uso de energias mais sustentáveis no transporte de longo curso. Neste caso em concreto através do hidrogénio tendo em vista o desígnio da descarbonização da economia. O setor dos transportes é um dos principais consumidores de produtos petrolíferos, sendo um dos principais responsáveis pelas emissões de gases de efeitos de estufa e pela significativa dependência energética externa do País. O hidrogénio é uma solução que permite eliminar as emissões nocivas dos transportes, nomeadamente o transporte pesado de longo curso. Produzido através do processo de eletrólise, utilizando eletricidade para decompor a molécula da água em oxigénio e hidrogénio, é utilizado como combustível dos veículos que libertam apenas vapor de água para a atmosfera. É também alavancado pelo conhecimento que a EDP está a adquirir com o projeto atualmente em curso na central de ciclo combinado do Carregado, no qual se pretende produzir hidrogénio e misturá-lo com o gás natural para queima, reduzindo assim as emissões da central. Nos discursos, o vereador do setor do Empreendedorismo, Paulo Franco, salientou que para o município é importante estar na linha da frente neste compromisso rumo à mobilidade e economia sustentável. Esta cooperação entre parceiros nacionais e internacionais de referência, demonstra “o compromisso ambiental das empresas envolvidas e da Câmara Municipal de Alenquer, sendo mais um passo para uma mobilidade e economia sustentável.” Destacou ainda os parceiros neste projeto, entidades que se têm destacado pela sua competitividade, criatividade e inovação, oferecendo todas as garantias de que este será um projeto de sucesso,apesar de ser difícil a tarefa da descarbonização no setor em causa. Quer para a Iveco, através da sua responsável Sandra Resende, quer para a Luís Simões, através do seu administrador Jorge Simões este é um desafio que faz todo o sentido. Também António Vidigal da EDP Inovação referiu ser este é um “projeto emblemático” que vai trazer Know-how.
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Pandemia: Câmara de Vila Franca quer fazer testes em massa nos lares Câmara Municipal de Vila Franca de Xira pretende levar a cabo testes rápidos à Covid-19 nos lares legais mas também nos que se encontram em situação ilegal no concelho. Recorde-se que ao longo da pandemia este município foi fustigado com quatro grandes surtos de Covid-19 com centenas de pessoas infetadas e algumas dezenas de mortes, nomeadamente, no lar da Misericórdia de Alverca e no lar privado “Residência Sénior Club” na primeira fase da pandemia, e mais recentemente no lar da Misericórdia de Alhandra e no Lar de S. Pedro em Alverca. Em reunião de Câmara, o presidente da autarquia, Alberto Mesquita, sublinhou que este investimento poderia custar cerca de 150 mil euros, e levar três dias a efetuar nas várias instituições concelhias. Alberto Mesquita reforçou que muitas das casas que acolhem idosos de forma ilegal “não eram conhecidas da Câmara nem da Segurança Social”, mas que por isso mesmo “a Câmara precisa de saber lar a lar qual o ponto de situação”. O autarca lembrou que durante a primeira vaga da doença, a Câmara foi em força para o terreno para efetuar os testes e que a opção por voltar a empreender essa ação “justifica-se” com a supervisão da Segurança Social e Saúde Pública. “Agora que já temos essa experiência podemos voltar a fazê-lo”. “Se não fizermos obra é relativo, o que importa é atacarmos a pandemia”, sentenciou numa resposta à vereadora da CDU, Regina Janeiro que questionou sobre o ponto de situação no combate à Covid-19 nos lares de idosos do concelho.
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Câmara de Alenquer distribui máscaras pela população Proteção Civil Municipal de Alenquer está a promover uma ação de rua com o objetivo de sensibilizar os munícipes para a importância do uso da máscara de proteção respiratória, não apenas em espaços fechados, mas também na rua sempre que não é possível manter a distância de segurança de dois metros, recomendada pela Direção Geral da Saúde. Na campanha, são distribuídas máscaras comunitárias reutilizáveis produzidas por voluntários a pedido do município, e um folheto sobre a sua correta utilização. As ações tiveram início na última quarta-feira, 9 de dezembro, em Vila Verde dos Francos e Olhalvo, com elementos da Proteção Civil Municipal, Executivo Municipal, GNR de Alenquer e colaboradores do município e vão abranger todas as 11 freguesias do concelho.
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Valor Local
Dezembro 2020
Carlos Silva diz que sete meses é demasiado tempo
Deputado do PSD censura IGAMAOT no processo do aterro de Azambuja Miguel A. Rodrigues Aterro de Azambuja gerido pela Triaza já passou pelo Parlamento. O deputado do PSD, eleito pelo distrito de Lisboa, na Assembleia da República, Carlos Silva, revelou à Rádio Valor Local que o seu partido apresentou um projeto de resolução sobre os aterros de Valongo e de Azambuja. O deputado lamenta que das recomendações feitas ao Governo, pouco ou nada tivesse tido um resultado prático. No início do ano, o deputado em conjunto com a concelhia laranja de Azambuja, fez uma visita ao espaço onde constatou algumas situações que o preocuparam, nomeadamente, “relacionadas com a incorreta deposição de resíduos”. Carlos Silva destaca, entretanto, a sua preocupação pela falta de
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Aterro de Azambuja tem sido um dos temas fortes da comissão de Ambiente no Parlamento
resultados relativamente a uma inspeção da Inspeção Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGMAOT) em maio passado, dado que não chegaram ao conhecimento dos deputados conclusões sobre essa ação no terreno. O deputado refere que esta au-
sência do relatório cria-lhe “estranheza”. “A pandemia não pode desculpar tudo porque o relatório, para além da presença no terreno, pode ser posteriormente feito em teletrabalho” e por isso conclui que “o tempo de espera provavelmente dará razão às populações locais de que aquele aterro está em condições inapropriadas”.
Carlos Silva releva com satisfação o empenho da autarquia “no apoio ao Movimento de Oposição ao Aterro de Azambuja (MOAA) saído da sociedade de civil”. O deputado manifesta a sua preocupação, entre outras matérias, quanto à deposição do amianto e das águas lixiviadas: “Há por isso um conjunto de critérios que na minha ótica não estão a ser cumpridos para o volume de resíduos que estão a ser ali colocados”. Deputado do PS diz que o partido tem acompanhado ao máximo o dossier de Azambuja no Parlamento Também o Partido Socialista diz estar atento ao problema do aterro. Entre algumas críticas do PSD local à atuação que considera tardia por parte da Câmara Munici-
pal e ao trabalho dos deputados socialistas na Assembleia da República, vão surgindo aqui e ali algumas tomadas de posição sobre o assunto. Fernando Paulo Ferreira, deputado socialista na Assembleia da República, eleito por Lisboa, revelou à Rádio Valor Local, que também o PS tem feito diligências para tentar resolver a questão do aterro. Fernando Paulo e a deputada, também do PS, Vera Braz, fazem parte da comissão de ambiente, e este assunto “não tem saído da agenda dos socialistas”, diz o deputado. Fernando Paulo salienta que a gestão de resíduos “é sempre um sistema muito complexo. Há nova legislação sobre isso, mas a recolha e o tratamento é sempre difícil sobretudo quando os aterros estão na proximidade das localidades” como é o caso de Azambuja.
O deputado vinca que em colaboração com a deputada socialista, oriunda de Azambuja, Vera Braz, tem existido um acompanhamento do assunto. Aliás Fernando Paulo destaca que a deputada na comissão de ambiente tem transmitido a sua preocupação nas constantes reuniões. O deputado vinca que o grande objetivo “que é nacional e europeu, é reduzir a mínimos o que fica em aterro”. O responsável sustenta que a ideia passa “por conseguir fazer a valorização, seja para a sua reutilização, seja para a produção de energia”, defendendo que o que vai para aterro deve ser cada vez em menor quantidade. O deputado salienta que este é um objetivo já assumido por Portugal ao nível europeu “e é para aí que temos de caminhar”.
Projeto Tejo: Autarcas de Salvaterra temem possíveis efeitos nefastos Projeto Tejo que pretende responder à falta de água que se começa a sentir no território ribatejano está a ser alvo de controvérsia um pouco por toda a parte. O tema foi discutido numa das últimas reuniões de Câmara de Salvaterra de Magos numa questão levantada pelo vereador do Bloco de Esquerda, Luís Gomes. Em traços gerais é proposta a construção de quatro açudes de baixa altura no baixo Tejo, com espaços de 20 quilómetros, entre Azambuja e a Golegã, seguidos de dois açudes de média altura entre Almourol e Abrantes, munidos de eclusas para barcos e escadas de peixes. O objetivo é construir uma espécie de autoestrada de água contínua de Lisboa a Abrantes. Luís Gomes advertiu que teme os efeitos deste projeto no denominado açude de Valada com a possi-
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Hélder Esménio pediu esclarecimentos à APA bilidade de “eutrofização das águas” devido ao aumento de temperaturas no verão, que pode levar ainda à estagnação do leito, propiciador do alastramento de cianobactérias no Tejo junto a este concelho que pode comprometer a prática de banhos e desportos náuticos, mas principalmente a
captação de água para abastecimento público, nomeadamente, a partir da Estação Tratamento Água de Vale da Pedra, bem como a pesca de espécies como a lampreia e o sável. Segundo o autarca, os mentores do Projeto Tejo estão apenas preocupados com a disponibilidade de água para o re-
gadio. O presidente da Câmara Hélder Esménio informou que vai pedir esclarecimentos junto da Agência Portuguesa do Ambiente sobre esta matéria, manifestando também a sua preocupação. O Valor Local questionou a Câmara de Salvaterra sobre esta matéria que informou que soube, entretanto, que o Projeto Tejo não está incluído nos investimentos a levar por diante no período 2020/2030 pelo Governo de Portugal, “o que não coloca o assunto como prioritário na avaliação feita pela administração central. “ “Sem o conhecimento/avaliação de eventuais impactes ambientais, viabilidade hidrológica, técnica e financeira, subsequente ponderação de vantagens e desvantagens é prematuro tomar posição sobre esta matéria”, concluiu.
Objetivos do Projeto Tejo O projeto desenvolvido pela Associação para a Promoção do Desenvolvimento Sustentável do Tejo refere que um dos objetivos passa por combater a desertificação agrícola e rural que já se faz sentir na região, e combater a interioridade, desenvolver a economia regional, fixar populações e criar um número significativo de postos de trabalho. A obra está orçada em 4500 milhões de euros, dos quais 1900 milhões de euros dizem respeito ao sistema primário (barragens, açudes, estações elevatórias e adutoras), 2090 milhões de euros aos sistemas secundários (estações elevatórias e redes de rega) e 420 milhões de euros para sistemas complementares (drenagem, viário, elétrico e outros).
Os caudais para rega resultarão do aproveitamento dos escoamentos do próprio rio Tejo e quando estes se reduzem no verão, mediante águas armazenadas nas barragens já existentes nos afluentes do rio, ou a construir, como seja a barragem do Alvito Entre outros desígnios deste projeto são apontados vários benefícios para além da rega como o abandono do uso das águas subterrâneas, mas visa possibilitar ainda a navegabilidade entre Lisboa e Abrantes, controlar a cunha salina na zona da Lezíria, promover a atividade náutica e turística, ajudar no combate aos fogos, controlar as cheias e produzir hidroeletricidade. O projeto pretende poderá estender-se até aos 300 mil hectares, dos quais 240 mil no Ribatejo, 40 mil na região Oeste e 20 mil em Setúbal.
Aumento da cunha salina do Tejo é preocupação deputado socialista Fernando Paulo Ferreira refere que a comissão de ambiente na Assembleia da República (AR) tem acompanhado com preocupação o aumento da cunha salina do Tejo. Com as alterações climáticas em pano de fundo, o deputado refere que o aumento das marés tem aumentado essa barreira natural, no Tejo, por um lado, e por outro, tem trazido graves problemas ao Mouchão da Póvoa.
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Sobre esse assunto, Fernando Paulo Ferreira salienta que os terrenos agrícolas no mouchão já estão em larga medida alagados e “do ponto de vista agrícola, esses terrenos estão fortemente comprometidos”. A preocupação, acompanhada pela AR, estende-se também ao aumento do sal nos terrenos, que vem dos oceanos, que são propriedade da Companhia das Lezírias “sendo que teve de investir cerca de 30 milhões de eu-
ros para ir buscar água mais acima no Tejo”. O deputado classifica como preocupante esta situação, mas refere que “este problema vai continuar por força das alterações climáticas”. Fernando Paulo sustenta que o PS e o Governo têm trabalhado na nova lei de bases das ações climáticas na qual deposita alguma esperança, dado que este é um problema transversal à sociedade. Fernando Paulo reforça também
que a comissão de ambiente está atenta aos problemas da poluição em Alhandra. O responsável diz que é urgente “que o ministério do Ambiente determine as origens da poluição, seja dos cheiros seja das poeiras”. O deputado vinca que a poluição é real, mas até ao momento não foi possível saber a causa. Fernando Paulo alerta, no entanto, que a causa poderá não ser apenas a fábrica de cimento dada a existência de outras indústrias.
Tejo enfrenta desafio das alterações climáticas
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Valor Local
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Valor Local
Dezembro 2020
PS de Vila Franca: Começou a corrida à Câmara Vice-Presidente da Câmara e o Presidente da Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira, António Oliveira e Fernando Paulo, respetivamente, vão concorrer para liderar a lista do PS à Câmara em 2021. O Valor Local sabe de fonte socialista que as listas já foram entregues na concelhia de Vila Franca e os candidatos deverão apresentar os seus argumentos no dia 18 de dezembro próximo num plenário constituído por cerca de meia centena de militantes. A votação dos melhores argumentos será a 22 de dezembro. Os socialistas do concelho vão optar entre António Oliveira, vice-presidente da Câmara e homem forte dos SMAS, e Fernando Paulo Ferreira, há muito apontado como candidato à Câmara e agora deputado do PS no Parlamento.
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Alberto Mesquita abandona lides políticas em 2021 para se dedicar à família Esta segunda-feira Alberto Mesquita, atual presidente da Câmara, anunciou que não será recandidato. Em conferência de imprensa anunciou o seu afastamento e dis-
Com o anúncio da não recandidatura de Alberto Mesquita, perfilam-se agora António Oliveira e Fernando Paulo
se que essa foi uma decisão ponderada e há muito comunicada ao partido, sendo que terá sido formalizada há cerca de quinze dias numa reunião via zoom da concelhia rosa. Alberto Mesquita considera ter feito um bom trabalho, no entanto reafirma que a sua decisão é “irrevogável” e que terá chegado ao fim o ciclo da sua liderança. Com humor, o presidente da autarquia sustentou que tenciona cumprir o mandato até ao fim e que vai “andar por aqui”, vincando que faz planos para passar algumas temporadas também em Moçambique onde vive o seu filho.
Ana Cristina Pereira é a candidata do PS à União de Freguesias da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa Ana Cristina Pereira e atual tesoureira é a candidata do Partido Socialista à União de Freguesias da
Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa. Funcionária Pública de profissão, exerce atualmente funções de tesoureira naquela união de freguesias, e acompanha o atual presidente, Jorge Ribeiro, que já lhe manifestou o apoio, há três mandatos. Ao Valor Local, a candidata já aprovada pela assembleia de militantes, seção local do partido, vinca que é com entusiasmo que aceita “este enorme desafio” tendo em conta a dimensão urbana da união de freguesias. A candidata sustenta em declarações exclusivas ao Valor Local que “este é um desafio imenso”. “É uma área não muito grande, mas muito populosa. A verdade é que temos mais de quarenta mil pessoas e vai exigir muito de quem for eleito. É um desafio muito grande e só espero estar à altura da confiança que a minha seção depositou em mim”. Como funcionária pública, Ana Cristina Pereira diz encarar este desafio de ganhar com alguma naturalidade. “É neste trabalho de quase missão que é ser autarca que me revejo, sempre ao serviço da população e da comunidade e no qual gostaria de dar o meu contributo”.
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Ao Valor Local, Jorge Ribeiro, ainda presidente da União de Freguesias, sustenta ser a favor da limitação de mandatos. O autarca que esteve à frente: primeiro da junta da Póvoa, e depois da União de Freguesias num total de 16 anos, diz que chegou a hora de mudar. Para si esta não recandidatura é natural. Jorge Ribeiro diz que não está preocupado com o seu futuro político. Ao Valor Local sustenta que a sua preocupação é no cumprir os dez meses que faltam do seu mandato: “As pessoas confiaram em nós e por isso devemos ficar no lugar até ao fim” sustenta o ainda presidente que sublinha a importância deste facto para a credibilização da política. Cláudio Lotra encabeça lista do PS à Junta de Alverca Sobralinho Cláudio Lotra é o nome aprovado pela seção do Partido Socialista de Alverca para concorrer à União de Freguesia Alverca/Sobralinho. Depois dos socialistas terem perdido uma das maiores juntas de freguesia do concelho para o PCP, o PS quer agora inverter a situação apostando num quadro jovem.
Licenciado em Comunicação Empresarial e Relações Públicas exerce funções atualmente como Técnico Superior de Turismo na Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. Cláudio Lotra vai tentar recuperar a junta que foi gerida pelo socialista Afonso Costa até 2017. Para si o desafio é grande e a tarefa de recuperar a junta à CDU gigantesca.
Em declarações ao Valor Local, Cláudio Lotra confirma que o seu nome já foi aprovado pela secção local, sendo que o anúncio formal será feito oportunamente. Cláudio Lotra sustenta que embora o desafio seja grande “a nossa preocupação são as pessoas cuja qualidade de vida está a ser descurada pela atual gestão da Junta de Freguesia e é isso que queremos mudar”.
Valor Local
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Política 13
Deputado Carlos Silva preocupado com a exclusão de Virtudes do passe a 40 euros deputado Carlos Silva eleito pelo PSD pelo círculo de Lisboa diz não compreender o facto de a localidade de Virtudes não estar ainda abrangida pelo passe a 40 euros. A localidade faz parte da freguesia de Aveiras de Baixo, concelho de Azambuja, mas ficou de fora das medidas compensatórias e para poupar algum dinheiro nos passes os habitantes daquela aldeia têm de apanhar o comboio em Azambuja. A situação já não é nova e voltou a ser despoletada por uma reportagem do Valor Local no passado mês de outubro que trouxe de novo o tema para a agenda política. A JS e o PS de Azambuja também já se referiram ao assunto, manifestando a sua preocupação, assim como o PSD local que tem vindo a fazer deste assunto “um cavalo de batalha” nas últimas semanas. Sobre o assunto, em entrevista à Rádio Valor Local, o deputado social-democrata, Carlos Silva,
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considera que esta é uma “medida fantástica criada pelo Governo” do Partido Socialista, mas na sua opinião “devia ter sido estruturada e pensada e tinha de ter as suas fases de implantação”. Ao invés disso, o deputado refere que o Governo “no meio da propaganda panfletária, que tinha eleições autárquicas e europeias a seguir, decidiu mandar o PART – Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes – para cima da mesa e agora as câmaras que se desenrasquem”. Segundo o deputado, a situação financeira deste programa já não é a melhor: “Há falta de verbas para o PART e são as autarquias que através dos impostos municipais, e os contribuintes que vão ter de pagar o acréscimo do programa”. De acordo com Carlos Silva, as verbas em falta estão na ordem dos 100 milhões de euros. Ainda assim o deputado do PSD considera que do ponto de vista
ambiental e de economia das famílias, o PART é uma mais valia. Por um lado, “houve uma diminuição clara do transporte individual. Era impensável continuarem a entrar em Lisboa cerca de meio milhão de carros”. Para o deputado o facto de estarmos a viver uma pandemia, e as pessoas estarem em teletrabalho, o tema não tem sido “muito agitado”. No entanto “quando passar a pandemia, a pressão será maior para as pessoas e para as transportadoras.” JS de Azambuja exige mais medidas para os transportes Através de nota de imprensa a Juventude Socialista de Azambuja vem também exigir mais medidas do Governo na área da mobilidade urbana, nomeadamente, o alargamento dos serviços da Carris Metropolitana ao concelho de Azambuja. Por ser um projeto que visa agregar todos os autocarros que operam
População de Virtudes iniciou luta há mais de um ano mas sem resultados na Área Metropolitana de Lisboa e que irão pertencer à mesma marca: a Carris Metropolitana, a estrutura partidária em causa entende que os munícipes azambujenses devem ter mais e
melhores condições de acesso ao transporte público. Por outro lado, sustenta a necessidade de reforço e a renovação do material circulável na Linha de Azambuja, “porque devemos ter aces-
so a uma mobilidade de qualidade, acessível, pública, sustentável e suave!”. Para além disso e dentro da luta de sempre a extensão do passe social a 40 euros ao apeadeiro de Virtudes. PUB
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Valor Local
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Covid-19: Como fica a vida num lar de idosos depois de um surto? São instituições onde a Covid-19 entrou em força e deixou um rasto de devastação humana. Levou idosos e instalou um clima de sobressalto que perdura até hoje. A contas com surtos que aconteceram nesta segunda fase da pandemia, os lares contactados pela nossa redação vivem agora um dia de cada vez. Dizem que sempre cumpriram com as normas da Direção Geral de Saúde e tinham plano de contingência, mas não conseguiram controlar os focos apesar de todos os cuidados. Esta é a fase de voltar a colar os cacos mas também de encarar com mais esperança o futuro e a expetativa face à vacina é mais do que muita. O que ficou depois dos surtos e como a vida recomeça nestas instituições: Lar da Santa Casa da Misericórdia de Azambuja, Vale Grande Residence – Casa de Repouso em Quebradas, Azambuja, Lar da Misericórdia de Alhandra, e Solar São Miguel- Lar de Idosos em Cardosas, Arruda dos Vinhos. Sílvia Agostinho inda nem há um mês foi notícia, o surto de Covid-19 no Lar da Misericórdia em Alhandra. Morreram 26 utentes nesta instituição entre 86 utentes infetados, a que se somaram 30 trabalha-
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dores. Nesta altura e porque o surto só fica dado como terminado após 28 dias, permanece positiva uma pessoa entre os trabalhadores, mas dois utentes ainda estão no hospital. A doença instalou-se no início de novembro e
o efeito bola de neve e as proporções que tomou teve consequências avassaladoras para a instituição que ainda tenta digerir os acontecimentos. Principalmente “as marcas são muito profundas porque desapareceram vários
Nestas instituições vive-se um dia de cada vez utentes que nos eram muito queridos, as mágoas são enormes”. O sentimento de impotência, conta o provedor José Alves, é latente porque “não conseguimos muito mais do que confiná-los e tomar toda as medidas possí-
veis”. Com menos intensidade, em Cardosas, freguesia de Arruda dos Vinhos, ocorreu um surto no Lar de São Miguel. Dos 20 utentes, 19 ficaram infetados. Registou-se um óbito. Os doentes com Covid-
19 estavam na sua generalidade assintomáticos “o que prova que no meio da infelicidade até acabámos por ter alguma sorte”, tendo em conta as idades avançadas em questão, conta a diretora técnica, Lúcia Costa. “Aliás apePUB
Valor Local
Dezembro 2020 nas soubemos, porque um utente ia para ser operado no hospital naquela altura e deu positivo no teste”, junta. Das 15 funcionárias, apenas duas ficaram infetadas. Depois do terremoto, José Alves conta que os idosos que de um momento para o outro viram partir muitos amigos e companheiros de lar têm tentado superar o momento. “Os que estão lúcidos ainda, sabem que há uma pandemia e são por vezes eles mesmos que quando me encontram – embora eu não esteja muito próximo deles tendo em conta a necessidade de distanciamento social – a darem algum alento, o que não deixa de ser interessante. Dizem que há que continuar com a vida da maneira como ela agora se tornou”. Principalmente “esperam que melhores dias venham por aí e que se regresse à normalidade”. Fica a sensação “que nestes anos de final de vida essas pessoas ganharam ainda mais consciência de que a vida é um dom se assim se pode dizer”. Quanto a novos procedimentos no sentido de conter ao máximo novos casos, o provedor da Misericórdia de Alhandra diz que não há novidades relevantes nesse aspeto. “Temos dificuldade em pensar no que podemos melhorar nesse capítulo de mais ou menos métodos de atuação face à Covid-19, se calhar passa por aplicar um modelo mais estrutural a estas instituições que devem alicerçar mais a sua compo-
nente clínica e menos residencial”, ou seja “cada vez somos menos lar e mais hospital” e “mesmo assim já estamos muito bem apetrechados a nível do corpo de enfermagem e clínico”. A instituição também saúda a colaboração do município e os procedimentos adotados. No caso do lar da Misericórdia de Alverca que também conheceu um surto, mas na primeira fase, o município optou por colocar os doentes num hotel local, “mas essa medida foi para a frente porque ainda não se conhecia bem as nuances dos surtos, chegou-se à conclusão com a experiência que o ideal é separarmos os infetados dos não infetados dentro da própria instituição através da criação de denominado covidário”, refere José Alves. Também foi notícia em novembro o surto no Lar da Santa Casa da Misericórdia de Azambuja. No total houve 38 infetados entre os utentes a que se juntaram 15 trabalhadores. Seis idosos acabariam por falecer. O surto ainda não terminou porque há cinco utentes positivos mais 7 funcionárias. Isto segundo dados fornecidos ao nosso jornal em fecho de edição pela direção da instituição. Surgiram já após o surto dois novos casos isolados. Para Vítor Lourenço, provedor, têm sido dias difíceis e reduzir a zero o número de pessoas contaminadas é um processo menos rápido do que o desejável. “Contudo
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As saudades dos familiares vão sendo atenuadas graças à tecnologia não temos descurado minimamente a testagem em consonância com a autoridade de saúde”. Angústia e desespero são as palavras que encontra para se referir ao fatídico mês de novembro. “É difícil explicar por palavras”, sentencia. O responsável saúda a colaboração “extraordinária” dos trabalhadores e de outros de IPSS do concelho. “Solidariamente vieram em nosso auxílio
enviados pelas respetivas direções dos centros paroquiais de Azambuja, Aveiras de Baixo, e Aveiras de Cima”. De salientar ainda “a colaboração das brigadas da Cruz Vermelha e da Segurança Social”. Já quanto ao apoio da Câmara “foi importante no facilitar de EPI nomeadamente não só por serem caros como por vezes há algumas carências no seu fornecimento pois nem
sempre há stock suficiente”. Houve ainda alguns voluntários cedidos por uma organização religiosa “também muito importantes nesse esforço”. Ainda neste concelho e no mesmo mês, o lar privado Vale Grande Residence, em Quebradas na freguesia de Alcoentre, conheceu um surto que afetou a totalidade dos utentes, 17 pessoas. Segundo Ana Matos, diretora técnica na
instituição, três pessoas acabaram por falecer. O acontecimento deixou “marcas profundas”, e no seu caso em concreto foi no dia em que saíram os resultados dos testes que entrou ao serviço neste lar. Deparou-se com “metade das equipas em casa e a outra metade teve de ficar aqui a tomar conta da ocorrência”. No meio “de toda esta desgraça foi positivo o sentimento de grande unidaPUB
16 Destaque de em toda a nossa equipa, as pessoas lutaram e juntaram-se para ultrapassarem toda a situação”. Agilizaram-se turnos “quase sem folgas para levantarmos isto tudo”. Embora a angústia tivesse sido “enorme” até porque “houve muitas falsas notícias”, alude. A responsável saúda o acompanhamento da Proteção Civil, da Saúde Pública e da Câmara de Azambuja. Mais do que bens materiais que foram fornecidos ou tratamento médico foi também importante “o conforto psicológico e aquela mensagem de que aquelas pessoas estavam aqui por nós e para nós”. Outras instituições do concelho “também manifestaram solidariedade e transmitiram muita força”. Já no surto no Lar de São Miguel, a diretora técnica lembra os dias do surto em que se usava fato completo e se cumpria um sem número de outras medidas apertadas. Depois de tudo ter passado, “achámos que era uma boa medida os nossos utentes usarem máscara também”. Nesta altura, estão habituados e “são os primeiros a alertar para essa necessidade”. Voltando ao lar em Azambuja, reforçou-se “todos os procedimentos a nível da prevenção e dos equipamentos”. “Voltámos a suspender as visitas dos familiares que se cumpriam antes de acordo com o que estava determinado superiormente a nível das me-
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O apoio psicológico tem sido reforçado nas instituições dida sanitárias”, dá conta o provedor. Os testes também têm as suas particularidades e Lúcia Costa do lar de Cardosas diz que na instituição são cumpridas as regras da Direção Geral de Saúde que obrigam à quarentena dos utentes sempre que vão ao hospital. “Podem estar infetados há cinco minutos e não acusar no teste”. Diz a responsável técnica que a
instituição tem cumprido com todos os cuidados nomeadamente na adoção de máscaras SSP2, consideradas “as melhores”. No lar em causa, bem como nos restantes do concelho todos os meses são realizados testes a expensas da Câmara de Arruda, que tem sido “um parceiro muito importante”, salienta. Esta é mais uma forma de se controlarem novos surtos.
“Não sabemos se na origem do surto esteve uma funcionária ou um utente numa ida ao hospital”. Na altura do surto, o lar ainda trabalhava com equipas em espelho, um dos métodos que se considera como dos mais eficientes na gestão dos surtos, pois permite o revezamento das equipas de 15 em 15 dias, por norma, mas neste caso não foi o suficiente. “É muito desgastante e mexe
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muito com a vida pessoal dos funcionários”. O lar continua a recomendar no sentido de as pessoas se resguardarem ao máximo quando “saem daqui lá para fora”. Em Azambuja, a Misericórdia trabalhou com equipas em espelho até julho. “Nessa altura os números da doença melhoraram e acabámos por abrandar nessa questão”. Apesar de ser um método visto como importan-
te “é um sacrifício para os trabalhadores. Não que as pessoas não tenham um espírito de colaboração extraordinário, mas acaba por ser muito desgastante”, junta o provedor. No lar de Quebradas, aquando do surto a quantidade de EPI chegou a ser escassa, e “a Câmara foi um parceiro importante” para reforçar esta reserva. “Nesta altura temos equipamentos e continuamos a adquirir para que o stock não acabe. Sabemos que temos de ter sempre em quantidade suficiente para não esgotar, mas esperamos que a vacina não tarde”. Hoje vive-se ao ritmo de “um dia de cada vez”. Depois do surto a instituição reforçou a componente de formação e dos procedimentos adotados. “Passámos ainda a efetuar uma limpeza com produtos específicos três vezes por dia em todas as instalações, para além de borrifadores para os pés nas entradas de todas as alas. Máscaras e álcool gel já tínhamos". Os dias do surto recorda José Alves da Misericórdia de Alhandra foram a 1000 à hora. “A maior parte dos nossos cuidadores estava em casa, quem ficou cá teve de trabalhar o dobro, as nossas técnicas como a nossa psicóloga e a nossa diretora técnica tiveram de ir para a cozinha e só não fui eu porque também estive infetado”. Passado o surto, diz a instituição que durante aqueles dias que duraram cerca de duas a
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Dezembro 2020 três semanas teve gastos na ordem dos 100 mil euros entre equipamentos de proteção individual que eram necessários, o pagamento a uma empresa de catering porque não havia ninguém para cozinhar e a necessidade de contratar mais pessoal, horas extraordinárias. Nesses dias “pura e simplesmente não sabíamos onde é que íamos parar com aquela situação”, tal o descontrole que o surto assumiu. Num dos dias “chegaram a morrer seis ou sete pessoas”, recorda. O Natal está à porta, e para José Alves “é uma dor de coração não poder proporcionar visitas aos nossos idosos”. “Temos de ser fortes e dizer que o Natal fica para a altura da Páscoa ou quando for possível. Por aqui estamos em contagem decrescente para a vacina”. No lar de Cardosas, o espírito de Natal também não é dos mais famosos, mas há para já existe a possibilidade de os familiares verem os seus entes queridos através de um acrílico mas sem hipótese de contacto físico. Depois do surto passado “foi um grande alívio”. No início de setembro quando tudo aconteceu “mexeu muito com eles, porque de um momento para o outro tiveram de ficar em áreas ainda mais restritas dentro do lar, e era a realidade a tomar conta de tudo e de todos aqui dentro. Todos os dias víamos notícias na televisão so-
Destaque 17
Pela cabeça dos utentes passavam as naturais questões- Será desta que eu vou, será que vou morrer? bre a Covid-19 e agora ela estava na nossa casa”. Pela cabeça dos utentes “começaram a passar aquelas ideias normais perante tudo isto – Será que eu não passo desta? Será que eu vou morrer?”. Lúcia Costa diz que foi “duro a nível psicológico”. Rapidamente e dos 19 utentes negativaram logo em poucas semanas 14 pessoas e aí houve de imediato um sabor a vitória para
esta instituição que lamenta a morte de um senhor já com muitas doenças prévias. A diretora técnica agradece ainda a compreensão dos familiares. Também em Azambuja no lar da Misericórdia local, a instituição diz que manteve o contacto com os familiares sobre o ponto de situação naqueles dias. “Criámos uma linha de comunicação entre as três e as seis da tarde para PUB
comunicarem, e nos casos mais delicados éramos nós a entrar em contacto”. “Nunca notei nenhum descontentamento mais visível, as famílias acabaram por aceitar com alguma naturalidade”. Depois do surto, entre os utentes há os que se apercebem com mais facilidade de tudo o que se passa, “e toda a área de acompanhamento psicológico está a merecer nesta altura o
máximo de investimento nosso”. “É difícil explicar que de repente seis pessoas foram embora. As idades variavam entre os 84 e os 92 anos. Temos de fazer com que ao mesmo tempo sintam o rigor que toda esta realidade exige a todos os níveis, mas de uma certa forma têm compreendido. Nota-se alguma ansiedade principalmente porque os familiares não os podem visitar. Podem te-
lefonar mas não suplanta a necessidade de afeto das pessoas. Para nós direção também tem sido muito duro”. Em Quebradas, a instituição por nós contactada vai tentando passar estes dias antes do Natal “com atividades mais alegres que possam distrair os utentes”. Recorre-se às videochamadas sempre que necessário para falarem com os familiares. PUB
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Estudo de Impacte Ambiental do Parque Solar da Torrebela
Promotores garantem proteção do Vale da Ribeira de Maçussa ncontra-se em fase de consulta pública, até 20 de janeiro, o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) com vista à instalação da central fotovoltaica da Aura Power e CSRTB na área que compreende a Torrebela na União de Freguesias de Manique do Intendente, Maçussa e Vila Nova de São Pedro, Rio Maior e parte do concelho das Caldas da Rainha com a partilha da linha elétrica de ligação à Rede Nacional de Transporte de Energia. Recorde-se que o empreendimento tem sido altamente polemizado em reuniões de Câmara de Azambuja. Previsto para uma área de 775 hectares, representa um investimento de 170 milhões de euros com a criação de 1000 postos de trabalho na fase de construção e 10 postos permanentes após esta fase. O empreendimento está previsto para espaço de Reserva Ecológica Nacional. No total este parque fotovoltaico pode produzir energia elétrica suficiente para abastecer anualmente uma cidade com 110 mil habitantes. A área é a equivalente a 775 campos de futebol, mas choca com o facto de aquele ser um território florestal, agrícola,
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rodeado por uma unidade de paisagem particular. Os solos da Torre Bela estão apenas previstos para uso agrícola admitindo-se outros usos como o habitacional, ou o turístico sendo que uma instalação deste tipo terá de reunir um largo consenso para ir em frente na fase do estudo de impacte ambiental, e quando submetido a entidades como a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo ou a Agência Portuguesa do Ambiente. Aquela localização está ainda sujeita a servidões como a conduta do Alviela, área de sobreiro e azinheira, linhas de água entre outras. Segundo os promotores, Aura Power e CSRTB, a maioria dos impactes negativos resultantes da instalação dos projetos fazem-se sentir fundamentalmente durante a fase de construção, e que se forem “aplicadas corretamente as medidas de minimização indicadas neste EIA, serão em grande parte reduzidos”. Dizem as empresas que a salvaguarda de todo o vale associado à ribeira da Maçussa foi o aspeto que mais contribuiu para a minimização dos impactes nega-
Trabalhos de desflorestação no local já começaram tendo em vista a possibilidade de instalação do projeto
tivos expetáveis, não só pela salvaguarda de áreas com estatuto de proteção (áreas de RAN e áreas de montado), “mas também pelo grande papel que este vale desempenha na região como corredor ecológico, permitindo o deslocamento da fauna e a dispersão de sementes”. Verificou-se, ainda no terreno, durante a construção do relatório, que muitas das linhas de água identificadas na carta militar são inexistentes, ou apresentam outro traçado. Por esse facto, foi efetuado “um estudo hidrológico específico, em que se identificou PUB
as linhas de água com algum escoamento associado, que foram consideradas a salvaguardar, continuam a defender as empresas que garantem a salvaguarda dos itens em causa”. Contudo, dentro das zonas de eucaliptal onde se prevê instalar as centrais fotovoltaicas, existem alguns sobreiros. Para ultrapassar esta situação, referem os promotores, foi dada indicação, das medidas de minimização a implementar previamente ao início das obras, junto do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas.
No ponto do uso do solo, os promotores alegam que se procurou a análise de alternativas com o atravessamento preferencial de áreas ocupadas por eucaliptal, sendo que grande parte desse olival foi devastado nos últimos meses já a contar com a aprovação do projeto, e evitar, dentro do possível, a travessia de áreas de montado ou com povoamento de sobreiros/azinheiras, bem como as áreas de olival e vinha. As áreas com elevada capacidade agrícola classificadas como RAN também foram consideradas como áreas a evitar. “O
fator mais determinante foi o afastamento de áreas urbanas, nomeadamente de áreas consolidadas, mas também de zonas com habitações isolados”. A área onde se pretende instalar as centrais fotovoltaicas está integrada dentro do recinto murado da Quinta da Torre Bela, que corresponde a uma tapada, a qual está integrada na Reserva de Caça Turística da Torre Bela. Esta reserva de caça possui espécies cinegéticas de grande porte, nomeadamente, veados, gamos e javalis. Prevê-se que previamente ao início das obras já estejam retirados da área afeta ao projeto todos os animais de grande porte. Do enquadramento efetuado, concluiu-se que, embora se justifiquem algumas preocupações ambientais, “a adoção das medidas de minimização identificadas e propostas neste EIA, especialmente para a fase de obra, permitem minimizar significativamente os impactes identificados”. A Camara de Azambuja pretende revogar a declaração de interesse público municipal. Mas será a Agência Portuguesa do Ambiente a dar a última palavra. PUB
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O espanto de D. Januário aqui a alguns anos, os cronistas de serviço com gosto por estatísticas, irão concluir que, de todas as publicações escritas e do conjunto das reportagens em meios audiovisuais que se fizeram em 2020, mais de oitenta por cento estão direta ou indiretamente relacionadas com a Covid – como apareceu, a forma como se disseminou por todo o Mundo, os fatores de transmissão, as medidas dos diversos Governos e organizações internacionais para conter a epidemia, os confinamentos, o desastre sanitário, económico e social que provocou, enfim, todos os aspetos de maior ou menor importância de que se revestiu uma proteína invisível que invadiu o quotidiano de cada um de nós. E quase que aposto que em 2021 o SARS 19 continuará a ser o protagonista principal de jornais, canais de televisão, redes sociais e conversas de café. Mas, espero eu, duma forma diferente da do ano que agora termina. A descoberta e desenvolvimento de vacinas eficazes – que, aliás, já começaram a ser aplicadas- a que se seguirá, assim o espero, o desenvolvimento de medicamentos que o neutralizem, farão a diferença entre o ano que brevemente termina e o que se lhe seguirá. Ao avanço galopante do “bicho” que consome os nossos dias, perturba as nossas relações familiares e sociais, des-
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trói economias e postos de trabalho, seguir-se-á a sua progressiva neutralização e as nossas vidas voltarão, no fundamental, a ser o que eram antes da epidemia. Escrevo no fundamental porque creio que, mesmo livres da Covid, há questões da nossa vida, quer individual quer coletiva, que nunca mais voltarão a ser o que foram. E tudo o que deu um trambolhão em 2020 regressará: a economia recuperará, embora a ritmos diferentes e com novos paradigmas de desenvolvimento, florescerão novas empresas à luz de outros vetores de produção, o desemprego recuará com maior ou menor velocidade e as relações entre as pessoas, hoje limitadas por máscaras e aquilo que se convencionou chamar distanciamento social, voltarão a desenvolver-se sem barreiras: poderemos abraçar, beijar, almoçar ou jantar todos à molhada. Naturalmente que o que escrevi acima é uma visão muito geral e que alguns considerarão simplista daquilo que espero venha a acontecer nos próximos anos. Mas na verdade, tudo o que se passará daqui para a frente daria um ou vários calhamaços de análise que não cabem numa simples crónica de meia página. Serve esta introdução para justificar que já foi praticamente tudo dito ou escrito sobre a Covid, pelo que fazer uma crónica exaustiva sobre o tema seria re-
petir uma série de evidências que as pessoas já leram ou ouviram várias vezes. Por isso não o farei – até porque não tenho conhecimentos para tanto. Mas gostaria de deixar expressos dois ou três apontamentos suscitados pela crise que atravessamos. 1. D. Januário Torgal Ferreira, Bispo emérito das Forças Armadas, saiu-se há dias com este mimo: “Eram tantos a berrar chega de Estado e agora é vêlos a virarem-se para o Estado e a dizer Ó papá salva-nos!”. Tem razão D. Januário, mas o que me espanta é o seu espanto. Em primeiro lugar, e sobre o “eram tantos a berrar chega de Estado” é para mim óbvio, pelo menos no modelo de sociedade que defendo, que o Estado se meteu por caminhos por onde não devia ter-se metido. Numa Nação soberana espera-se que o Estado planeie e execute aquilo que são as principais áreas da soberania nacional: a Defesa, a representação internacional dos interesses nacionais, a Segurança Pública, a Segurança Social, a Justiça, áreas que deverão estar excluídas de qualquer intervenção de privados. Eu acrescentaria uma outra área que sempre defendi dever ser exclusivamente do domínio público: as Finanças e o Sistema Bancário, embora saiba que é uma utopia. Há depois duas áreas em que o Estado deve ser
Joaquim António Ramos preponderante: a Saúde e a Educação, embora admita que ao nível de execução possam ser objeto de parcerias com privados. Mas a definição das estratégias segundo as quais estas áreas são desenvolvidas, a definição de prioridades e metodologias, a avaliação de resultados devem ser da exclusiva responsabilidade do Estado. Creio que o nosso Serviço Nacional da Saúde é um bom exemplo de uma intervenção de excelência do Estado, reconhecido mesmo a nível internacional. Em termos de desenvolvimento económico e de crescimento, bem como de emprego, já me parece que o papel do Estado deve ser reduzido àquilo que é estrutural: definir os objetivos e criar os mecanismos necessários para que a iniciativa privada possa criar riqueza e emprego – e naturalmente, criar os mecanismos de controlo e fiscalização que previnam abusos, fraudes e redistribuam a riqueza criada por forma a diminuir as desigualdades sociais. Não partilho de forma nenhuma a filosofia liberal, mas acho que tem havido Estado a mais no percurso da Sociedade Portuguesa. Não é natural ver o Estado a gerir uma companhia de aviação, uma grande ou pequena indústria, uma exploração agrícola. Assim como não é legítimo criar uma teia burocrática monstruosa como a que se abate sobre a iniciativa privada em
Política, economia e (o risco latente de resgate da) comunicação social uas das pré-condições da existência da esfera pública são a total independência e a garantia do acesso do público à informação. Ainda assim, por vezes, parece verificar-se excesso de zelo na gestão e controlo de alguma informação considerada de natureza eminentemente pública. Este controlo pode não ser direto, mas ocorre. E isto, de uma perspetiva democrática, não deixa de ser controverso. Neste âmbito, a fusão dos média com a política e com a economia, se perniciosa, pode oferecer um contributo relevante para uma eventual crise da democracia. Numa outra perspetiva, continuam a persistir desigualdades significativas no acesso a informação fidedigna. É certo que a era digital tem vindo a suavizar esta dificuldade, mas a solução mais segura para o problema continua a passar pela garantia de canais públicos de informação convenientemente financiados, que funcionem sem as
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“normais” dificuldades financeiras que afetam grande parte das atividades e que as vão orientando no sentido da ampliação das fontes de financiamento e da excessiva dependência face às mesmas. Considerando que a influência da comunicação social na sociedade é inquestionável e que o seu alcance penetra em todas as dimensões da vida humana, os média têm, desde sempre, constituído um espaço de atividade que desperta muito interesse, incorporando, entre outros, interesses políticos diversos e ainda pretensões relacionadas com a atividade económica em geral. Em função destas razões, a economia política da comunicação, um ramo dos estudos de comunicação, tem vindo a despertar cada vez mais interesse. A economia política da comunicação, ou dos média, pode ser entendida como uma área teórica que se debruça nas inter-relações entre processos económicos e conjunturas políti-
cas e na forma como estas duas dimensões orientam, através dos média, a propagação massiva de informação para os diferentes públicos. As interconexões específicas das áreas política e económica - ambas entendidas como práticas que ajustam as estruturas influenciadoras das preferências - podem até não determinar ditetamente os sistemas nacionais de comunicação social, mas têm a capacidade para os influenciar significativamente. Não restam dúvidas de que as condições específicas do interface média-política-economia afetam fortemente a influência dos designados jargões sobre o eleitorado. Nesta perspetiva, a isenção intelectual dos eleitores, que resulta do acesso a uma informação imparcial e de qualidade, desempenha um papel central no desenvolvimento dos territórios, orientando as pessoas no sentido da programação espontânea do caminho a
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realizar. No essencial, o progresso deve resultar de um processo que permita às pessoas serem os seus próprios agentes de mudança: atuar individual, coletiva e ponderadamente, fazendo uso de engenho, voluntarismo, ideias, práticas e conhecimentos com o objetivo alcançar o nível potencial de desenvolvimento. Uma comunicação social plural e independente desempenha, assim, um papel fundamental na difusão da informação necessária ao envolvimento esclarecido das pessoas nos debates e decisões que moldam as suas vidas. Na verdade, atualmente, há um consenso generalizado acerca da importância crucial que a comunicação social assume para o progresso político, económico e social. Na esfera política, inúmeros estudos revelam existir uma forte relação entre uma imprensa livre, forte e independente e a diminuição da corrupção. Uma imprensa “des-
Portugal, principal responsável por atirar a nossa produtividade para níveis sub-europeus. Porque na generalidade o Estado é um mau gestor. Por isso acho legítimo e faço coro com os que berram que há Estado a mais na sociedade e na economia portuguesas e só me espanta o espanto de D. Januário. 2. “Agora é vê-los a virarem-se para o Estado e a dizer Ó papá salva-nos” é uma frase que eu não esperava ouvir de alguém com responsabilidade na Igreja e com imagem de algum progressismo numa instituição habitualmente retrógrada. Mas obviamente. É para isso que existe Estado: em momentos de calamidade pública como aquele que vivemos é natural que as pessoas se virem para o Estado. Eu diria até que o natural é que o Estado venha, por iniciativa própria, em socorro dos “filhos”, para usar a linguagem paternalista de D. Januário. É ele que dispõe dos meios necessários para minorar o sofrimento das falências, o tormento do desemprego, o desespero da fome. Felizmente que a grande maioria dos Governos mundiais percebeu que tinha que apoiar os seus concidadãos e até títeres como Trump ou Putin lançaram milhões de euros de apoio social e estímulo da economia. Espanta-me o espanto de D. Januário.
3. Referi algures nesta crónica que o processo de renascimento pós-Covid terá obrigatoriamente vetores diferentes do modelo de desenvolvimento que conhecemos até aqui. É que, em meu entender, o desabar do nosso mundo e as reflexões a que fomos obrigados nos períodos de confinamento tiveram uma virtude: colocou-nos perante as nossas vulnerabilidades. E percebemos que preservar a Terra que habitamos é condição sine qua non da sobrevivência humana. Um bom sinal disso é o facto de a União Europeia ter, no mesmo dia e no mesmo processo, aprovado duas medidas da maior relevância: a bazuca de apoio comunitário e o compromisso de reduzir as emissões de carbono a zero em 2050. Tomadas em pé de igualdade. Penso que é a primeira vez que a uma medida da dimensão do apoio financeiro à reconstrução da Europa é acompanhada, com igual empenho, duma outra de preservação ambiental. Esperemos que o futuro o confirme.
João Santos
prendida” “fiscaliza” a conduta dos governantes e das suas estruturas, esclarecendo os eleitores e permitindolhes, por exemplo, responsabilizar com mais eficácia, durante os períodos eleitorais, os políticos menos exemplares. Este quadro promove a redução da corrupção e isso tem um impacto positivo na sociedade, principalmente no esbatimento da pobreza e das desigualdades na distribuição da riqueza. No domínio da economia, só com informação rigorosa, oportuna e neutra será possível às pequenas, médias e grandes empresas alocar eficientemente os escassos recursos disponíveis. Pelas razões apontadas no parágrafo anterior, uma comunicação social imparcial contribui para reduzir o risco de corrupção e, por conseguinte, para aumentar a eficácia da governação na criação das condições necessárias ao crescimento económico “saudável”.
Quanto ao impacto social dos média, o desenvolvimento sustentado não dispensa a participação dos cidadãos nas decisões que moldam as suas vidas e os seus territórios. Esse envolvimento ativo requer obrigatoriamente uma cidadania informada. Uma comunicação social livre e independente proporciona aos cidadãos o ambiente certo para o efeito, permitindo-lhes, de forma esclarecida, ajustar os próprios comportamentos e exigir às estruturas governativas padrões de qualidade de vida superiores. Para concluir, embora a comunicação social seja central para os sistemas democráticos, também não deixa de estar, pelas razões já apontadas, altamente suscetível à “captura”.
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Que brindes para os jovens consumidores
Mário Frota
No “sapatinho” da europa? NOVA AGENDA DO CONSUMIDOR EUROPEU que se molda às exigências hodiernas e às do amanhã parece realista nas suas abordagens. Sob a epígrafe “reforçar a resiliência dos consumidores para uma recuperação sustentável”, a Comissão Europeia, mediante comunicação de 13 de Novembro em curso, enuncia 5 domínios primaciais a rimar com os novos tempos: 1. Transição ecológica 2. Transição digital 3. Reparação e aplicação dos direitos dos consumidores 4. Necessidades específicas de determinados grupos de consumidores e 5. Cooperação internacional. No que toca às “necessidades específicas de determinados grupos de consumidores”, realce para as “crianças e os menores”. Aí se consigna, em geral, algo que a ninguém escapa no dia-a-dia: “… A vulnerabilidade dos consumidores pode ser determinada em função de circunstâncias sociais ou de características específicas de consumidores individuais ou de grupos de consumidores, tais
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como a idade, o género, a saúde, a literacia digital, a numeracia (capacidade para realizar e compreender operações aritméticas simples) ou a situação financeira.” CRIANÇAS E MENORES Peculiares preocupações emergem deste grupo, em particular. E o que mais move a Comissão Europeia, no esboço da sua política de consumidores para os próximos anos, é o reconhecimento das fraudes a que se expõem as
crianças, mormente pela sua familiaridade com as tecnologias da informação e da comunicação: “as crianças e os menores estão particularmente expostos em linha a práticas comerciais enganosas ou agressivas.” Para tanto, adverte: “É importante investir mais na educação e na sensibilização dos consumidores ao longo da vida, para as pessoas em todas as fases da vida após a escolaridade. Tal deve incluir tamPUB
bém a promoção da literacia financeira como competência essencial para capacitar os consumidores a tomarem boas decisões sobre as suas finanças pessoais.“ E aponta soluções. Mas as preocupações não se esgotam nesse plano. “As crianças estão também particularmente expostas aos riscos relacionados com os produtos. De todos os produtos notificados como perigosos no sistema de alerta rápido «Safety Gate/RAPEX» em 2019, 32 % eram brinquedos ou produtos para crianças. E que medidas se propõe desencadear a Comissão Europeia (o Governo, afinal, da União Europeia? “Para além da revisão da Directiva Segurança Geral dos Produtos e do reforço do quadro geral, a Comissão irá estabelecer requisitos de segurança actualizados
para as normas relativas aos produtos para crianças. A Comissão prevê igualmente apoiar a amostragem e análise dos produtos para crianças através de actividades coordenadas de fiscalização do mercado pelos Estados-membros. Além disso, incluirá a protecção da segurança das crianças e de outros grupos vulneráveis na edição de 2021 do Prémio da UE para a Segurança dos Produtos, a fim de promover as melhores práticas comerciais neste domínio.” Daí que, dentre as acções tendentes a alcançar tais objectivos, eleja consequentemente: 1. Em 2021 - preparar uma decisão sobre os requisitos de segurança exigíveis aos produtos para crianças, para além de reforçar o quadro de segurança dos produtos pela revisão da Directiva Segurança Geral dos Produtos. 2. Até 2023 - desenvolver uma
abordagem estratégica para melhorar a sensibilização e a educação dos consumidores, tendo também em conta as necessidades dos diferentes grupos, nomeadamente com base em abordagens baseadas na igualdade e não discriminação. A educação para a sociedade do consumo a dispensar a crianças e menores será, pois, objectivo primacial, tantas vezes postergado, sob a capa de uma hipocrisia sem limites que perpassa as instituições e nos atinge a todos. Praza a Deus que um tal desideratum se atinja, enfim! * apDC – DIREITO DO CONSUMO - Coimbra
Ficha técnica: Valor Local jornal de informação regional Propriedade e editor: Propriedade: Metáforas e Parábolas Lda – Comunicação Social e
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Ciência 23
Covid-19
Mais de metade dos portugueses só vai tomar a vacina a conselho do médico ovid-19 Vacina: do poder biotecnológico ao impacto psicológico”. É este o mote do estudo que o grupo de investigação do “Human Neurobehavioral Laboratory”, do Centro de Investigação para o Desenvolvimento Humano (CEDH) da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto, acaba de lançar. O projeto – que conta com a parceria do laboratório Stress Lab do departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro – visa avaliar o impacto da temática “desenvolvimento da vacina COVID-19” nos níveis de ansiedade e stress dos portugueses. Através de um inquérito online com várias questões que pretendem medir até que ponto é que a população portuguesa se sente stressada com a pandemia instalada e a perspetiva de uma vacina, Patrícia Baptista, investigadora da Universidade Católica, refere ao Valor que as questões contemplam uma primeira parte destinada a ser preenchida com os dados sociodemográficos do par-
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Expetativa face à doença fizeram subir os indíces de ansiedade ticipante “para ficarmos a conhecer a nossa amostra”. Depois segue-se uma outra vertente com o objetivo de serem avaliadas as
“crenças em saúde” e mais em específico alguns conceitos inerentes a esta escala como os da “severidade percebida”: ou seja a
gravidade ou seriedade da doença que pode ser avaliada tanto pelo grau de perturbação emocional criada ao pensar na mes-
ma quanto pelos tipos de consequências que pode acarretar: dor, morte, gasto material, interrupção de atividades, perturbações nas
relações familiares e sociais; o da “suscetibilidade percebida” - refere-se à perceção subjetiva do risco pessoal de contrair uma doença e ainda os “benefícios” e as “sugestões” para a adesão à vacina. Outro instrumento utilizado foi “uma escala generalizada para medir o parâmetro da desordem de ansiedade” para se entender como anda aquele fator face à chegada da vacina. O questionário foi lançado em outubro e terminou em novembro. Patrícia Baptista revela que a generalidade dos portugueses que responderam ao inquérito demonstram níveis de ansiedade, que atingiram valores mais altos no início da pandemia, voltaram a decrescer para subirem novamente nos últimos meses face à segunda vaga e à promessa da vacina. Mais de metade dos inquiridos dizem que só tomarão vacina por recomendação médica. O estudo da Católica conseguiu perceber ainda que os inquiridos “valorizam informação fidedigna no âmbito da Covid-19 rejeitando o fenómeno das fakenews”.
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Dezembro 2020
Paulo Paixão, Presidente da Sociedade Portuguesa de Virologia
“Vacina da Covid-19 tem o mesmo nível de eficácia que a vacina do sarampo” ano de 2020 termina com a melhor notícia possível. Foi encontrada a vacina para a Covid-19, mas paira a dúvida sobre os efeitos que vai produzir. Paulo Paixão, Presidente da Sociedade Portuguesa de Virologia, explica que as notícias são animadoras face ao anúncio das várias vacinas que estão a ser produzidas e enviadas para os quatro cantos do mundo: a da Pfizer, a da Moderna e a de Oxford, em traços gerais, a que se juntam outras tantas menos conhecidas e cujo grau de eficácia ainda sugere algumas dúvidas. Ao Valor Local, o também médico virologista refere que cerca de 3,5 por cento da população mundial já teve alguma espécie de contacto com o vírus, “mas até pode ser mais”. Estima-se que seja necessário vacinar apenas 70 por cento da população para atingir a imunidade de grupo, “mas deve ser referido que quanto maior for a taxa de vacinação, melhor controlo da infeção haverá”. Com a vacina do sarampo, para dar outro exemplo, “é necessário vacinar 95 por cento da população,
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Paulo Paixão confiante no sucesso da vacina uma vez que a taxa de transmissão do vírus é elevadíssima, superior à da Covid-19”. Paulo Paixão é taxativo apenas a vacina vai travar a pandemia, porque as máscaras e o distanciamento social nunca serão suficientes. As vacinas de que mais se fala
atualmente, a da Pfizer e a da Moderna, atuam através do mRNA. Não é o agente do vírus que é introduzido através da vacina, mas sim parte do seu genoma que produzirá uma determinada parte do micro-organismo (naturalmente, uma parte fundamental para a propagação do vírus) e assim, estimulará a produção de defesas contra essa parte específica do agente infecioso. Ou seja, esta vacina vai imitar o que o vírus faz, com a diferença que não gera uma infeção completa, apenas obriga a célula do hospedeiro humano a produzir uma parte da constituição do vírus, a tal parte fundamental do mesmo. Para o virologista, os resultados alcançados “foram melhores do que aquilo que todos esperavam”, e desmistifica os receios ligados a uma possível mutação do ADN humano aquando da sua toma. “Isso é tudo mentira, apenas vai reproduzir aquilo que acontece com a infeção natural. Dentro das células vai entrar apenas uma parte do vírus, que é aquela que nos interessa”. Mas, é importante que fique realçado
que a sua administração poderá produzir alguns efeitos passageiros nas primeiras 24 horas, após a sua administração, dos quais se destaca o mal-estar ou a febre baixa. “Mas embora incómodos, não são sinais negativos, pelo contrário. Se sentir esse tipo de efeitos, é sinal que o sistema imunitário está a reagir de forma positiva ao vírus”, sentencia. Estas vacinas têm graus muito elevados de eficácia, a da Pfizer 90 por cento e a da Moderna 94,1 por cento, para “além de serem seguras”. São valores de sucesso já atingidos com outras vacinas como a do sarampo. “Estão na média”. Atualmente, e desde que todas as crianças sejam vacinadas, o sarampo não consegue propagar-se e está praticamente erradicado. Paulo Paixão diz mesmo que “se todos se vacinarem contra a Covid-19 podemos chegar ao mesmo patamar de sucesso do sarampo”, que recordese é uma doença que consegue ser mais contagiosa do que o coronavírus. Paulo Paixão precisa ainda de forma mais específica que a carga viral do sarampo, PUB
que, hoje em dia, encaramos como uma doença dos nossos antepassados, e para a qual todos tomámos uma vacina nos primeiros anos de vida, que ficou para a posteridade assinalada no nosso velhinho boletim de vacinas. “Repare que há uma diferença de 25 por cento entre as duas para se chegar à imunidade de grupo”, conforme explícito acima. Contudo já são do conhecimento algumas reações adversas à toma da vacina da Pfizer/BioNtech especialmente em indivíduos com histórico de problemas alérgicos, contudo “já se previa que isso acontecesse tendo em conta o quadro clínico existente, não foi surpreendente”. O presidente da Sociedade Portuguesa de Virologia enfatiza ainda o facto de terem sido testadas em dezenas de milhares de pessoas, um facto não despiciendo no seu entender. Sem querer fazer futurologia, acrescenta que “é provável que surjam outras reações adversas, mas não constantemente”. Por outro lado, ninguém duvida que “as primeiras pessoas que
devem ser vacinadas são os utentes do lar, os funcionários dessas instituições e os profissionais de saúde”, num comentário ao plano elaborado pelo Governo. Depois da vacina não serão de descurar “os cuidados com o distanciamento social e as máscaras porque o vírus não deixará de circular e apesar de eu poder ficar mais protegido outra pessoa pode não estar”. Outros coronavírus acabaram por ser controlados ao ponto de desaparecerem como a Mers e a Sars, mas Paulo Paixão acredita que a Covid-19 pode ter um destino semelhante ao da gripe com a necessidade de vacinação sazonal, “porque possui muitas mutações, e o padrão assemelha-se mais ao daquela doença, embora não queira especular muito”. Mas o mundo não se ficará por aqui quanto a pandemias, o médico vaticina que a relação do homem com a natureza e a exploração ao limite dos recursos assim o leva a crer, embora com muito menos incidência foi só há 10 anos que houve uma pandemia de Gripe A.
Valor Local
Dezembro 2020
Rádio Valor Local 25
Programa “Alma do Fado” e “20 Minutos Taurinos”
Paulo Beja, uma voz incontornável no mundo da Tauromaquia Conta com uma carreira de cerca de 30 anos como jornalista e crítico tauromáquico. Fez o périplo pelas rádios de Vila Franca de Xira, mas é agora a nova voz do programa de touros e fados da Rádio Valor Local. Conheça melhor Paulo Beja. Sílvia C. d’Almeida oi no circo que começou. Recorda que ainda jovem se voluntariava para ajudar no que podia sempre que chegava à feira. Ajudava a cuidar dos animais e a montar as tendas. Com o tempo “ganhou o jeito” nas lides, e convidaram-no a ficar. Numa época em que nem sempre se tinha dinheiro para comprar um bilhete, poder assistir ao espetáculo era um luxo. A sua personagem preferida era o palhaço. “A magia da transformação do palhaço, do antes e depois
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era o que eu mais gostava de ver.” Conheceu grandes figuras da arte circense, tais como Carlitos Júnior, Luís e Victor Hugo Cardinalli. Muitos deles tornaram-se seus amigos e assim permanecem até aos dias de hoje. Mas o circo não era a sua única paixão. Proveniente de uma família com tradição tauromáquica, (é bisneto de forcados) não é de espantar que os touros fizessem parte da sua vida e que a determinada altura decidisse ser toureiro. Tal não veio a ocorrer, mas o gosto
pela tourada ficou. Quando iniciou a sua carreira na área da comunicação social, foi como crítico tauromáquico, na rádio Ateneu, ainda nos anos 90. Depois passou entre outras pelas rádios Ribatejo, Renascença, Antena1, Marinhais, e Popular FM. O meio rádio sempre o fascinou, pelo facto de ser ficar a conhecer uma “pessoa de forma subtil” apenas através da voz. Quando tentamos fazer um paralelismo entre o circo e a tourada, diz que o único ponto em comum é o amor e respeito
“Grande Tribuna” estreia na Rádio Valor Local em janeiro Rádio Valor Local vai estrear no próximo dia 8 de janeiro a rubrica “Grande Tribuna”. A partir de 2021, todas as segundas e sextas-feiras, os deputados Carlos Silva do PSD, e Fernando Paulo Ferreira do PS, eleitos pelo círculo de Lisboa, assinarão uma crónica radiofónica sobre os assuntos do momento e o debate nacional na Assembleia da Républica. O deputado Carlos Silva faz parte da Comissão de Orçamento e Finanças, Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação e da Comissão de Cultura e Comunicação. Já o deputado Fernando Paulo Ferreira está na Comissão de Assuntos Europeus, Ambiente, Energia e Ordenamento do Território Integra ainda a Comissão de Administração Pública, Modernização Administrativa, Descentralização e Poder Local e a Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução.
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Carlos Silva
Fernando Paulo PUB
Fados e Touros dois temas que Paulo Beja domina como poucos para com os animais. Conta-nos que ao longo da sua já tão extensa carreira, teve a oportunidade de entrevistar os melhores toureiros a nível nacional, tais como Armando Soares, Víctor Mendes, e Pedrito de Portugal, e a nível internacional, nomes como José Tomás e Diego Ventura, entre outros. O que contribuiu também para a sua extensa rede de contactos na tauromaquia, foi o facto de ter trabalhado num negócio de família, a leitaria Jockey, em Vila Franca de Xira. Esta era um ponto de encontro de aficionados, na
qual era frequente fazer tertúlias sobre o tema. Um dos visitantes mais famosos, era o toureiro Mário Coelho, que tinha o hábito de lá comprar o pão, e era amigo íntimo da família. O negócio fechou, e para além de boas recordações deixou todo um espólio de artigos dedicados ao tema, que Paulo não esconde que gostaria de ver expostos num museu. Explicar o seu amor por esta arte não é fácil. “É a música, as luzes, toda a beleza que existe no tourear, a arte equestre, é uma mescla de emoções.”
E o que tem a dizer sobre os movimentos anti touradas, que alega que esta é uma tradição que provoca o sofrimento dos animais: “Eu respeito-os. Todos os que são amigos dos animais também são meus amigos. Mas se não nos deixarem respeitar o cavalo e o touro, que é o que nós fazemos, vão acabar com duas raças especiais.” Pode ouvi-lo na sua rádio Valor Local, com a equipa de sempre, Catarina Bexiga, António Lúcio e Miguel Alvarenga todos os sábados e domingos em Alma do Fado das 21h00 às 0h00 PUB
26 Dossier Águas
Valor Local
Dezembro 2020
Águas do Ribatejo vai processar cliente que agrediu um funcionário da empresa empresa intermunicipal Águas do Ribatejo vai agir judicialmente em relação a um consumidor que, no dia 26 de novembro, agrediu um funcionário, quando tentava fazer uma verificação em resultado de uma reclamação. Em comunicado diz ser sua intenção levar o caso até às últimas consequências. A empresa expressa ainda a sua solidariedade para com o seu funcionário. A AR aproveita ainda para se defender face ao que considera serem "sucessivos ataques, críticas mais ou menos diretas (a maior parte muito pouco construtivas) e notícias difamatórias
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(quer sobre a empresa, quer sobre trabalhadores da mesma) ou posts nas redes sociais que, muitas vezes, não correspondem à verdade" tendo em conta o facto de estar a contas com a ira - de uma fatia da população dos concelhos que fazem parte da empresa - face a valores considerados pelos consumidores como elevados. Neste sentido, a empresa precisa que relativamente às tarifas de água e saneamento praticadas pela AR, "são das mais baixas da região e estão claramente abaixo da média nacional". Quanto aos consumos, "os mesmos não dependem da AR, mas sim dos
clientes". "Nas situações em que existem consumos muito elevados, isso traduz-se, naturalmente, em faturas de valor elevado". "Os (muito poucos) erros que existem, são sempre corrigidos. Mas deve ser salientado que, na esmagadora maioria dos casos, as faturas traduzem o que foi consumido por parte dos clientes" e acrescenta ainda que "tal como vem sucedendo de há largos anos a esta parte, e mediante solicitação para o efeito, a AR poderá possibilitar o pagamento faseado da fatura para ir de encontro às dificuldades que alguns clientes possam possuir". "Estamos, como sempre, dispo-
níveis para receber as críticas, as reclamações, e em trabalhar para encontrar soluções para to-
dos os problemas. Mas isso tem de acontecer com respeito pelos mais elementares princípios da
boa educação, civilidade e honestidade. Não pode valer tudo!", considera.
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AR diz ainda que está a ser vítima das redes sociais e de algumas notícias
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Valor Local
Dezembro 2020
Turismo 27
Depois do Sável
Carne de coelho é a nova atração gastronómica de Vila Franca coelho vai estar à mesa dos restaurantes do concelho de Vila Franca de Xira em novembro de 2021. A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira através do pelouro do Turismo está a ultimar esta campanha que será integrada no projeto “Sabores do Campo à Mesa”. A informação foi confirmada pelo vereador da área do Turismo, António Félix, em entrevista à Rádio Valor Local. O autarca salienta que “Azambuja registou a marca do Torricado”, e por isso Vila Franca de Xira teve de encontrar outras soluções para as campanhas gastronómicas locais. Caçador e apreciador de coelho, António Félix, vincou que esta é uma tradição de algumas zonas do município, nomeadamente, de Calhandriz. Tal veio trazer para a luz do dia a possibilidade de se apostar em força nesta iguaria que, pode, segundo o Chef Luís Machado, ser confecionada de várias formas: “estufado, grelhado e até em torricado”. Este é um prato importante na cozinha tradicional portuguesa, e os responsáveis do município de Vila Franca de Xira, dizem não terem
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Cláudio Lotra, António Félix e Luís Machado trabalham nesta nova iguaria para que entre em força nos restaurantes do concelho dúvidas quanto ao seu sucesso. O vereador salienta que a autarquia já tinha um prato de peixe, o sável, e agora quer juntar a carne com o coelho. À Rádio Valor Local, sustenta que este projeto está bem cimentado e que a ideia foi ligar também os vinhos do município à gastronomia local. “Ter um prato de peixe ligado ao vinho branco e um prato de carne ligado ao vinho tinto, isto não nasce por acaso”, reforça o vereador que realça que “não existe em parte nenhuma do país o mês do coelho”. A pandemia tem vindo a atrasar os projetos do município em vá-
rias áreas, e a promoção da gastronomia local também não foge à crise. A autarquia tem vindo a colocar nas suas plataformas alguns vídeos com receitas elaboradas por dois chefes de renome. O Chef Luís Machado e o Chef José Maria Lino que aos poucos vão ensinado em vídeo alguns truques para a confeção das receitas mais tradicionais de Vila Franca de Xira. António Félix sustenta, entretanto, que tem existido alguma adesão por parte da restauração de Vila Fraca ao novo projeto, sendo que para além da liberdade criativa que o município dá aos empresá-
rios do setor, estes estão também a receber formação com os técnicos da autarquia e dos chefs. Nesse sentido, António Félix, vinca que o ano de 2021 vai ser em grande, até porque se espera uma afluência significativa aos restaurantes, uma tendência que vinha a crescer no ano de 2019 antes da pandemia. No entanto, este não é o único projeto que o município prepara. Conforme já noticiado pelo Valor Local, está na forja a divulgação ao máximo da reconfortante canja vilafranquense que constará nos menus dos restaurantes como entrada. Um projeto que começou a
ganhar em novembro último outro alento e que, segundo Cláudio Lotra, técnico de turismo do município, já obteve boas críticas gastronómicas dos consumidores. A iguaria foi levada a algumas feiras, e nesses eventos segundo o vereador, “as pessoas voltaram para repetir a dose”. Algo que o responsável político vê como um bom sinal. Este é de resto um projeto mais complexo que engloba o recémcriado vinho municipal “Encostas de Xira”. O vereador António Félix fala no néctar como “a menina dos nossos olhos” e sustenta que os enólogos e os técnicos municipais foram fundamentais para cimentar este projeto que embora jovem, está a granjear fãs um pouco por todo o lado. Cláudio Lotra vinca, por seu lado, que se aproveitou o período da pandemia para criar uma loja de vinhos. O espaço escolhido foi a Quinta da Subserra em Alhandra, local onde de resto é produzido este vinho. À Rádio Valor Local, o responsável sublinha que o novo espaço “pode agora receber grupos, até porque também criámos
uma sala de prova” algo que até aqui não existia e que faz toda a diferença. Este é um espaço de venda ao público em geral, algo que preenche uma lacuna, já que até aqui, quem quisesse adquirir o vinho, teria de se deslocar a alguns complexos municipais, como o posto de turismo, e a Lisboa no Mercado da Ribeira. Com este passo, o “Encostas de Xira” fica mais acessível ao público, embora a produção continue a ser reduzida. Cláudio Lotra sublinha que “de colheita para colheita mesmo assim vai aumentando” e o vereador acrescenta que não é missão da autarquia ser produtora de vinhos e sustenta que para já a produção não ultrapassa as 50 mil garrafas por ano. António Félix sustenta que os vinhos tintos ainda têm muito para dar, no entanto, o vinho branco, “está perfeitamente consolidado e tem tido ótimas classificações nas revistas da especialidade”. Para o futuro a autarquia irá avançar para um vinho licoroso. Ouça a entrevista completa em podcast no site da Rádio Valor Local em www.radiovalorlocal.com
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