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Shirley Lima
MULHERES AFEGÃS
O pôr do sol no Oriente, faz brilhar no solo toda sombra das vestes das mulheres que possam por lá. Cada gesto machista, cada casamento forçado, cada olhar mais insinuante, cada flor que uma menina não tocou, o sol foi lá e tocou. O sol, continua acompanhando quem se refugia. Tocar nos costumes familiares e interferir nas vestes das mulheres, é oprimir o seu direito de ir e vir, contemplando o sol. As mulheres afegãs, deveriam ser feito as rosas que aguardam o sol para desabrochar. Mas ficam fechadas, quando os raios de sol Irradiam, parecem não observar. O sol, irradia seu corpo, seu hijab. O hijab, era apenas um costume familiar, virou imposição. No intenso calor, com uma vestimenta tão fechada, nem as nuvens tão carregadas conseguem se igualar. As sombras das mulheres que passam na região do Afeganistão. A sombra vem dentro do peito. São caminhos amargos, espinhos das rosas que não desabrocham. São protestos e lágrimas, mesmo com o brilho intenso do sol lá fora.
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Dentro é névoa Dentro são direitos renegados. Existe um lugar reservado para fazer as refeições, para evitar olhares, evitar maus tratos. Que flores povoam essa região? Parecem não contemplam as flores. Mas encontrarem espinhos nas mãos. Que um dia, possam irradiar, libertas das vestes impostas. O sol não se refugia. Ele vem, toca nas mulheres dessa região. Irradia um pouco na burca, mostra que todos podem e devem irradiar. Somos seres humanos. O sol nos ver desabrochar. Que possam se libertar, ser rosas com os seus rostos sem os tecidos encobrindo parte do seu olhar. Que estejam prontas para ser pétalas. Pétalas, desabrochando nas manhãs de primavera. Que o pôr do sol do Oriente, brilhe junto com cada olhar e sorrisos das mulheres que germinarão em dias de felicidades. Serão feitas majestades, igualando-se ao astro rei. Sem espinhos nas mãos, irradiem mulheres nas manhãs do Afeganistão.