P08
Equipa Jurídica Porque a hora é de internacionalização
P17
Ligações A Importância das Parcerias
P23
Perfil Arq. Ilídio Pelicano
P24
Amplificar Talento
Espaços de Conforto Entender o projecto numa vertente técnico-económica
Hospital de Cascais
Apresentação e entrevista com os principais intervenientes do projecto e da obra - Aripa, Teixeira Duarte e HPP Saúde
Construção Sustentável
Rumo à Sustentabilidade do Meio Edificado A Descentralização da Produção de Electricidade
Edição 10 Bimestral - Julho 2010 www.tecad.pt
Magazine Digital eUAU! - Julho 2010
www.tecad.pt Certificação A TECAD é certificada em sistemas informáticos e soluções para projecto,
Consultoria
Normalização de Projecto Implementação BIM
integrando na sua equipa um conjunto
Projecto Colaborativo
de profissionais altamente qualificados
Sistemas de Informação
e com vasta experiência na implementação
Acordo Empresarial Microsoft
de soluções tecnológicas.
Financiamento de Projectos
Como principais intervenientes
Integração Soluções Autodesk
no processo produtivo da empresa, são objecto de uma constante selecção e qualificação, com utilização extensiva do tipo de soluções
Formação
AutoCAD 2D/ 3D/ AutoCAD Civil/ AutoCAD Map 3D Revit Architecture/ Revit MEP/ Revit Structure Ecotect Analysis/ Green Building Studio
comercializadas, garantindo elevada
3D Studio Max/ Navisworks
qualidade e inovação em serviços
Normalização
de consultoria e de formação.
Portfolios Digitais
A TECAD é certificada
Sustentabilidade
nos equipamentos e aplicações
Protecção de Projecto
que comercializa e implementa, pelas empresas que representa, incluindo a Autodesk, Adobe, Hewlett Packard, Microsoft, Cadlock, Symantec, McAfee.
Sistemas Informáticos
Servidores Workstations Plotters, Impressoras
Nos nossos quadros estão integrados
Redes Informáticas
profissionais com certificação MCS
Suporte Técnico Manutenção Preventiva
Microsoft Certified Systems.
Protecção de Sistemas Informáticos Integração Sistemas Microsoft
Inovação A TECAD tem desenvolvido um trabalho de investigação e optimização de métodos,
Software
AutoCAD/ AutoCAD LT/ AutoCAD Civil 3D/ AutoCAD Map 3D Revit Architecture/ Revit MEP/ Revit Structure Ecotect Analysis/ Green Building Studio
suportado pelo desenvolvimento
3D Studio Max/ Navisworks
de ferramentas normalizadas
Buzzsaw
e adição permanente de conteúdoS
NormaCAD/ NormaBIM
e funcionalidades, afirmando-se
CADVault
no mercado profissional
Adobe/ Microsoft/ McAfee/ Symantec
como uma das melhores empresas portuguesas de tecnologias de projecto.
fazemos bem surpreendemos pela excelência
O vasto número de implementações de soluções tecnológicas, com um elevado grau de satisfação dos seus Clientes, comprova a sua eficiência e empenho em cumprir objectivos, ultrapassando as melhores expectativas.
Certificação
Referências
business business partner partner
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Sumário
Editorial03
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Novidades de Verão
Arq. Vânia Guerreiro Direcção Editorial vguerreiro@tecad.pt
O Hospital de Cascais foi o primeiro hospital do Serviço Nacional de Saúde a ser concessionado e construído no regime de Parceria Pública Privada, contemplando desta forma a concepção, a construção, o financiamento, a conservação, bem como, a exploração e a prestação dos cuidados clínicos, o que naturalmente constituiu enormes desafios ao longo de todo o ciclo de vida do projecto.
Numa extensa entrevista, que poderá ler nesta edição, damos a conhecer o novo Hospital de Cascais, onde fazemos uma breve análise e um balanço da obra inaugurada há 6 meses, com os principais intervenientes da mesma: os arquitectos da Aripa, o coordenador de projecto da Teixeira Duarte e os prestadores dos cuidados de Saúde HPP Saúde. Na nossa edição de Verão, e tal como vem sendo hábito, trazemos-lhe novidades e novos temas de actualidade, como é o caso da rubrica “Ligações” da responsabilidade do Eng. Fernando Pina, que nos trará daqui em diante uma visão especializada sobre a importância da Comunicação, do Design e do Webmarketing, nesta era global em que nos encontramos.
P06 Territórios Digitais O sucesso de um projecto está nas pessoas P07 Construção Sustentável Rumo à Sustentabilidade do Meio Edificado - A Descentralização da Produção de Electricidade P08 Equipa Jurídica Porque a hora é de internacionalização P10 Rumo ao Objectivo A derrapagem é uma fatalidade? Não, pode ser evitada pelo código dos contratos públicos. P11 Eventos Fazer a Escola - Seminário Internacional de Arquitectura Escolar P12 Arquitectura: Um novo Humanismo? Arquitectura e Crise P13 Projecto PLAGE Rede Colaborativa PLAGE-IST P14 Ambiente e Sustentabilidade Sistemas de Arrefecimento Passivo P15 Ficha Técnica O Revit na Certificação Ambiental P16 Soluções para PME’s Apoios para a competitividade das PME’s P17 Ligações A Importância das Parcerias P18 B.I. Hospital de Cascais Hospital de Cascais Dr. José de Almeida P23 Perfil Arq. Ilídio Pelicano P24 Espaços de Conforto Entender o projecto numa vertente técnico-económica P26 Laboratório Suporte Técnico
Temos também a honra de contar a partir desta edição, com a colaboração regular da Arq. Lívia Tirone - pioneira na área da construção sustentável em Portugal - e que dará forma à rubrica “Construção Sustentável”, propositadamente, a mesma designação do seu Livro e da Iniciativa Construção Sustentável e que, nas palavras da própria autora, têm como missão “contribuir para a prosperidade da nossa sociedade, assentando numa elevada eficiência na utilização de recursos e na efectiva transformação de recursos renováveis, ao longo de todo o ciclo de vida dos edifícios.” “Cada Gesto Conta”. É este também um dos principais desígnios da eUAU! e da Comunidade em que nos empenhamos. Votos de Boas Férias!
P04 Perspectivas Notícias breves
P27 Ficha Técnica Sistemas Informáticos - VoIP P28 Ficha Técnica AutoCAD 2011 - Novidades 3D! P29 Ficha Técnica Robot Structural Analysis - Ligações Metálicas P30 Ferramentas de Arquitecto Vidro Estrutural no AutoCAD Architecture P31 A Cor dos Números A Saída da Crise P32 Truques e Dicas AutoCAD - Blocos Dinâmicos, Parte 2
Ficha Técnica
P34 Comunicar As Empresas e as Redes Sociais
A eUAU! é uma revista online e bimestral com o objectivo de divulgar conhecimento e informação de actualidade, a todos os profissionais nas áreas de arquitectura, engenharia, construção e território. A informação contida nesta revista poderá ser reproduzida somente com uma autorização prévia da TECAD. A informação relativa aos produtos está sujeita a alterações e/ou actualizações. Coordenação: Álvaro Sardinha Direcção Editorial: Vânia Guerreiro Design e Paginação: Pedro Silva Marketing e Comunicação: Luísa Duarte Colaboração: Abel Prada, Ana Ferreira, António Aguiar Costa (PLAGE), António Flor (Rumo ao Objectivo), Bernardo Vaz Pinto (Lisbon Design Studio), Bruno Rodrigues (Microsoft), Carlos Bruno, Duarte Miranda, Fernando Pina (One Small Step) Gabriel Serra (Gestec), Helena Santos, Hugo Delgado (LG Electronics), Joana Andrade, João Santos (QualiCAD), Levi Dacosta (Lisbon Design Studio), Livia Tirone (Construção Sustentável), Luís Baptista, Maria José Cunha, Nuno Santos (Estupe), Paula Ruivo, Paulo Castanheira (BPO), Pedro Aroso, Sérgio Antunes, Teresa Boino (BPO) Magazine Digital eUAU! - Julho 2010
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envie-nos a sua opiniÃo tecad@tecad.pt 21 919 92 30
Perspectivas04 Distinção TECAD A TECAD é distinguida com a Certificação Gold Partner da Autodesk no mercado AEC - Arquitectura, Engenharia e Construção. Esta distinção evidencia a elevada focalização da TECAD em termos de suporte e de serviço
Zelamos pelo desconforto que alimenta
dos arquitectos portugueses têm menos de 35 anos, uma profunda renovação geracional que “explica muitos dos problemas actuais enfrentados pela profissão e contribui de forma significativa para explicar, também, as diferentes modalidades de inserção na vida profissional”. Os interessados podem consultar o referido documento no site da OA.
a criatividade e inovação
Fonte: Ordem dos Arquitectos
Os nossos Valores Em primeiro lugar e em cada momento, queremos o sucesso dos clientes Respeitamos e apoiamos os nossos pares, as nossas equipas
Respiramos responsabilidade, franqueza, integridade, transparência e humildade Fazemos bem, surpreendemos pela excelência
O nosso nome é TECAD, Se podíamos viver sem os pequenos mimos dos nossos clientes? Poder podíamos,
aos utilizadores das soluções Autodesk, tendo em vista a optimização dos
Mas não era a mesma coisa!
Escrevo para vos dar os parabéns pelo novo
investimentos realizados, e a concepção de projectos mais eficientes e sustentáveis.
portal, penso que está muito mais funcional e
Fonte: TECAD
esteticamente está óptimo. Já tive também a oportunidade de ler a eUAU! de Maio, e continua muito interessante! Eng. Elsa Ferreira, SMAS de Sintra
A porta da BigDeal está sempre aberta à TECAD e podem efectuar os trabalhos quando vos der mais jeito. Eng. Miguel Girão, BigDeal
O novo site ficou magnífico. Parabéns! Arq. Pedro Aroso
Dirijo-vos os parabéns pela ideia e pelo resultado final do novo site. Resultou bastante bem o aspecto estético e a disposição funcional da informação. Dr. Pedro Henriques, BPO Advogados
Partilho completamente a ideia da importância do trabalho em rede e da criação de comunidades para partilha de experiências e criação de conhecimento, para além de
OA e Protecção Civil estabelecem protocolo A Ordem dos Arquitectos e a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), estabeleceram um Protocolo de cooperação, no âmbito da segurança contra incêndio em edifícios. Os membros da OA têm agora reconhecimento directo como Técnicos habilitados para a elaboração de Projecto SCIE e Planos de SCIE nas 3.ª e 4.ª categorias de risco. Os interessados podem consultar informação detalhada no site da ANPC. Fonte: ANPC
Mais de metade dos arquitectos portugueses têm menos de 35 anos “O traço mais marcante da actual composição sócio-demográfica da profissão de arquitecto/ arquitecta em Portugal é a sua extrema juventude. Isto acontece com todas as profissões de base universitária mas em poucas delas a renovação tem sido tão acentuada”. A conclusão é do professor Manuel Villaverde Cabral que coordenou um estudo chamado “Relatório Profissão: Arquitecto/a”. Actualmente, mais de metade
Urbanismo Online em Matosinhos Desde o passado dia 1 de Julho, é possível submeter os pedidos referentes ao Urbanismo, em formato digital na autarquia de Matosinhos. Este suporte pode ser entregue presencialmente, na Loja do Município ou, por via electrónica, no site da Loja do Município Online. Depois de 1 de Setembro de 2010, todos os pedidos passarão a ter que ser entregues em formato digital. Para facilitar a mudança, a Câmara Municipal disponibiliza no seu site, um documento com as normas e especificações referentes a este procedimento. Vai estar também disponível na Loja do Município Online de Matosinhos, um pedido de “Nomeação de Representante”, que pretende facilitar o processo de criação desta figura, que estará mandatado pelos interessados para tratar dos processos relacionados com Urbanismo. Fonte: www.cm-matosinhos.pt
Erasmus atinge número recorde de jovens que estudam e recebem formação no estrangeiro O número de participantes no programa de educação e formação mais emblemático da UE atingiu o seu nível recorde no ano passado. Em 2008-09, quase 200 000 estudantes receberam apoio da UE para estudar ou realizar um estágio no estrangeiro, o que representa um aumento de 8,7 % em relação ao período de financiamento anterior. O Erasmus é um dos programas mais populares da UE, no qual participaram mais de 2,2 milhões de estudantes desde que foi lançado em 1987. Ao abrigo do programa, os estudantes do ensino superior podem permanecer 3 a 12 meses noutro país
reconhecer a dedicação que tal causa exige. Fico contente por poder contribuir! Eng. António Costa, IST
Parabéns. Sempre na procura da Excelência, continue. Eng. António Flor PUBLICIDADE
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Polegares05 europeu para seguir um programa de estudos ou efectuar um estágio profissional. A Espanha, a França e a Alemanha foram os destinos preferidos, sendo também estes três países aqueles que mais estudantes enviaram para o estrangeiro, com 40% do número total de estudantes.
Existimos, a que será que se destina? Caetano Veloso
Nós somos aquilo que repetidamente fazemos. A excelência, por conseguinte, não é um acto, mas um hábito.
Aristóteles
A descoberta consiste em ver o que já toda a gente viu e pensar o que nunca ninguém pensou.
Fonte: Comissão Europeia
Mais de 1.900 construtoras perderam alvará este ano, segundo o InCI Mais de 1.900 empresas portuguesas de construção viram o seu alvará cancelado este ano, disse à Lusa fonte oficial do Instituto da Construção e do Imobiliário (InCI), que regula o sector. Anualmente, as construtoras têm de renovar o seu alvará - documento fundamental para que as empresas possam exercer a sua actividade - podendo o InCI revalidar, reclassificar ou cancelar o alvará.
Albert Szent-Gyorgyi
Plataforma CASA CERTIFICADA A Plataforma CASA CERTIFICADA foi criada como ponto de encontro privilegiado entre quem procura e quem faz certificação energética, bem como entre quem procura e quem executa medidas de melhoria do desempenho energético-ambiental em edifícios. Visite a Plataforma CASA CERTIFICADA em www.casacertificada.pt
Portal Autárquico já foi apresentado Já está online o Portal Autárquico, que visa contribuir para um melhor relacionamento entre a Administração Central e Local. O portal disponibiliza um conjunto de variados serviços, que facilitam a partilha de informação entre os municípios e a Direcção Geral das Autarquias Locais (DGAL), nomeadamente o Sistema Integrado de Informação do Regime Jurídico da Urbanização e Edificação (SIRJUE). De acordo com a DGAL, o portal deve ser “Um espaço de referência para entidades públicas e cidadãos no seu relacionamento com a Administração Local(…) procurando contribuir para um melhor relacionamento com a Administração Pública Local Autárquica e possibilitando uma fácil partilha da informação a todos os interessados, públicos e privados.” Informação detalhada em http://www.portalautarquico.pt
Fonte: Plataforma Casa Certificada
Fonte: Portal Autárquico
Seminários “Iniciativa CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL” Numa Parceria Público Privada com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Agência para a Energia (ADENE), a Iniciativa CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL promove em 2010, seis Seminários em diversos auditórios no país, de Norte a Sul, com a duração de duas horas, ao final do dia, dedicados ao Sistema de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior, bem como a temas relacionados com as oportunidades de intervenção no meio edificado, numa abordagem de valorização dos recursos - a entrada é gratuita mas a inscrição é obrigatória. As gravações áudio dos Seminários e o respectivo programa encontram-se on-line em www.construcaosustentavel.pt na área eventos.
“Sonae Maia Business Center” recebe certificação LEED Gold O Sonae Maia Business Center acaba de receber a Certificação LEED – Leadership in Energy & Environmental Design, pelo United States Green Building Council, tornando-se no primeiro edifício em Portugal a merecer a distinção, daquela que é uma das mais reconhecidas entidades mundiais de certificação de projectos imobiliários sustentáveis. O edifício da Sonae recebeu a Certificação LEED de nível “Gold”, a mais elevada atribuída a um edifício em toda a Península Ibérica, e que premeia as suas características. Já foram registados para certificação mais de 30.000 edifícios em mais de 100 países diferentes mas apenas 1.700 conseguiram o nível de certificação GOLD (cerca de 5%).
Fonte: Iniciativa Construção Sustentável
Fonte: Casa SAPO
Fonte oficial do InCI avançou à Lusa que, este ano, foram cancelados 1.943 alvarás. Já o número de alvarás revalidados este ano ascendeu a 22.237, um valor que inclui os 820 alvarás reclassificados, de acordo com o InCI. Fonte: Lusa
Ninguém consegue crescer se for atrás da maioria das pessoas. Praticamente toda a possibilidade de crescimento ao nosso alcance acontece quando somos diferentes da maioria das pessoas e quando nos esforçamos para atrair aqueles que não são a maioria das pessoas.
Seth Godin
Quantos homens têm datado o início de uma nova era das suas vidas a partir da leitura de um livro.
Henry David Thoreau
Paula Ruivo
Esta é a época do mais. Mais escolha. Mais consumo. Mais diversão. Mais medo. Mais incerteza. Mais competência. Mais oportunidades. Entrámos num mundo de excessos: na idade da abundância. Numa era de abundância, as empresas têm de trabalhar muito para darem nas vistas. Estão constantemente em bicos de pés, por trás das suas estruturas, procurando encaixar-se. Para atrair a atenção, necessita de fornecer experiências imediatas, intensas e instantâneas. Para escaparmos ao excesso, devemos combinar as coisas (proviços e serdutos) de uma nova forma. Quanto mais estranha for a combinação, mais original será o resultado.
Kjell Nordstrom & Jonas Ridderstrale
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Territórios Digitais06 O sucesso de um projecto está nas pessoas Muitas empresas que pretendem iniciar “projectos SIG” utilizam recursos que não contemplam todos os aspectos que um projecto deste tipo deve considerar. Dr. Luís Baptista Geógrafo digilandpt@gmail.com Quanto maior a dimensão do projecto, mais abrangentes terão de ser os conhecimentos da equipa envolvida. Conseguir o equilíbrio entre as pessoas e as suas competências pode ser a chave para atingir os objectivos pretendidos. As quatro áreas de competência que se seguem, devem ser consideradas tanto por empregadores como por profissionais que querem desenvolver uma carreira em Sistemas de Informação Geográfica. Dados geográficos - para todos os trabalhos que incluam componente geográfica são necessários conhecimentos de projecções, sistemas de coordenadas, escalas e respectivas conversões. Isto implica que o grafismo seja estudado, com simbologia adaptada a graus de visualização distintos. O responsável deve ter tacto para tornar os mapas legíveis e funcionais nas diferentes saídas gráficas, que devem ser completas e apelativas. Conhecimentos de cor e imagem são aconselhados e noções de design são uma mais-valia. Como a cartografia já não são apenas traços e linhas, há informação alfanumérica, atributos e metadados associados que têm de ser recolhidos, tratados e
e actualização é constante, com novas funcionalidades, interfaces e conectores que respondam à evolução do negócio. Com a inevitável disponibilização de dados online, seja internet ou intranet, com diferentes níveis de segurança, nomes como SQL, PHP, Python, ASP ou ASPX não podem ser desconhecidos. HTML e XML, nas suas variantes, são necessários para o desenvolvimento de interfaces Web, tal como saber disponibilizar e configurar webservices. Ainda incluída na componente de programação, está toda a gestão e configuração das bases de dados, desde o modelo de dados aos mecanismos de comunicação entre elas. Conceitos sobre redes, implementações e respectivas configurações, não são de descurar. Gestão e Organização - são imprescindíveis conhecimentos globais de toda a esfera de negócio, para saber exactamente quais as necessidades que é preciso colmatar com o SIG e quais as respostas que este tem que dar. É frequente esta função ser ocupada por quem tem conhecimentos sobre negócios similares ou que de alguma forma se relacionem. Como em qualquer gestão de projecto, identificar necessidades, tempos e custos é fundamental e para fazer isso correctamente, o know-how sobre todos os aspectos do negócio e dos recursos envolvidos permite um acréscimo de garantia de que o projecto terá uma implementação útil e eficaz. Comunicação e relacionamento - nos projectos transversais, cada sector tem as suas necessidades que são invariavelmente as mais importantes. A gestão de expectativas e prioridades, a par da evolução do projecto é um exercício subtil de diplomacia e psicologia, sem perder a (cada vez mais vasta) perspectiva empresarial. A divulgação do SIG e a formação contínua dos utilizadores é uma componente primordial pois sem informação não há utilização e sem utilização não há aplicação. Saber qual o workflow da organização permite que este seja rentabilizado e maximizado pelo sistema, criando procedimentos simples e eficazes.
estruturados de forma eficaz. Tudo isto implica conhecimentos de diferentes bases de dados e aplicações que produzam e convertam os múltiplos formatos de vectores e imagens existentes, de acordo com os standards em vigor. Programação - sendo o SIG uma ferramenta dinâmica, a sua manutenção
Cada um dos temas citados dava por si só um artigo. Deixando de fora muitos aspectos relacionados, já é notória a dificuldade em criar uma equipa equilibrada e transversal. A lógica rectilínea da engenharia tem de cruzar com as oscilações sociais das ciências humanas para que o resultado seja completo. A predominância de apenas algumas destas componentes desequilibra o projecto. Por esse motivo é que um projecto SIG deve ser composto por recursos versáteis e especializados capazes de, em equipa, responderem às expectativas dos utilizadores finais do produto.
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Construção Sustentável07
Foto: Miguel Meneses
Rumo à Sustentabilidade do Meio Edificado - A Descentralização da Produção de Electricidade O Conceito dos Serviços de Energia é revolucionário, na medida em que desassocia a criação de riqueza da utilização dos recursos.
Arq. Livia Tirone Especialista em Arquitectura Bioclimática mail@liviatirone.com
pelo que é importante que as mesmas se transformem também em ‘parceiras promocionais’, vocacionadas para atingir a optimização do desempenho dos edifícios (novos e a reabilitar), para fazer nascer, deste modo, novas áreas de negócio que, com o objectivo de melhorar o serviço prestado, poderão, simultaneamente, melhorar o desempenho energético-ambiental do meio edificado das cidades. Sem alterar o “core business” das Concessionárias e de entidades terceiras detentoras do know how relevante para a prestação de serviços de energia, poderão nascer parcerias entre as fornecedoras de serviços de energia e os utilizadores-produtores, no âmbito das quais poderá ser realizada a instalação e a operação de sistemas de energias renováveis e de equipamentos associados ao serviço a prestar aos utilizadores. Em edifícios existentes, sujeitos a intervenções de reabilitação, o papel das Concessionárias e de entidades terceiras detentoras do know how relevante (ESCOs), poderá incluir o investimento em medidas de eficiência energética, ao abrigo de contratos de prestação de serviços de energia. Entretanto, proporciona-se, igualmente, uma importante intervenção
No entanto, os recursos são-nos fornecidos e medidos, presentemente, por unidade de consumo, mas muito em breve, as Concessionárias irão prestar aqueles serviços de energia, de água, de materiais e de comunicação de que verdadeiramente precisamos, enquanto a qualidade do serviço prestado irá aferir o sucesso e relacionamento com o Utilizador Final. Com a Directiva da Comissão Europeia sobre Eficiência Energética e Serviços de Energia - estão criadas as condições para que as Concessionárias de energia possam vir a transcender a sua função tradicional, limitada a fornecer recursos, e tornar-se prestadoras de serviços de energia. A grande vantagem nesta mudança de posicionamento no mercado é a de que as Concessionárias poderão passar a ter um verdadeiro benefício, inclusive financeiro, ao investirem, desta forma, na eficiência dos recursos que transformam e distribuem. Os Serviços que podem ser prestados pelas Concessionárias, incluindo entidades terceiras detentoras do know how relevante (“ESCOs Energy Services Companies” - empresas que prestam serviços de energia), incluem o serviço água quente de consumo, serviço água potável, serviço conforto térmico, serviço água secundária (para rega, para a lavagem de espaços exteriores, para as cisternas das sanitas, para as máquinas de lavar), serviço máquina de lavar roupa, serviço máquina de lavar loiça, serviço iluminação artificial e serviço relacionado com outros equipamentos eléctricos. É certo que, o desenvolvimento tecnológico coloca no mercado e à disposição de todos uma variedade de sistemas de qualidade, capazes de produzirem calor e electricidade a partir de fontes de energias renováveis. As tecnologias relevantes para a transformação das energias renováveis em energias úteis para o meio edificado são recentes, e carecem de cuidados específicos na sua instalação e operação para que funcionem de forma eficiente, pelo que é importante que se promova a instalação de sistemas de energias renováveis, através de entidades idóneas e competentes.
das Concessionárias no âmbito do licenciamento de projectos de edifícios ou de empreendimentos, permitindo-lhes antecipar e melhorar as condições de fornecimento de energia. O desafio tecnológico encontra-se presentemente com capacidade de interacção entre a rede de abastecimento e a procura doméstica, além de executar uma gestão inteligente dos consumos, para conseguir incorporar na rede de abastecimento ou para armazenar toda aquela energia proveniente de fontes renováveis, que nem se tornou necessária no momento nem no próprio edifício em que foi produzida. O novo paradigma energético da descentralização da produção, da transformação de energia e da microgeração, que potencialmente transforma todos os utilizadores em produtores de energia (o conceito do utilizador-produtor), é igualmente um impulsionador para a introdução de sistemas de gestão de recursos nos edifícios. Para que o posicionamento das Concessionárias se possa adequar, de forma segura e sistemática, a estas novas realidades, será necessária uma monitorização contínua e pormenorizada dos consumos de todos os recursos em edifícios. Hoje, tudo isto se tornou possível através do desenvolvimento tecnológico dos equipamentos de medição, gestão e controlo disponíveis para serem integrados em edifícios novos, durante a fase da construção, ou, a posteriori, em edifícios existentes durante a sua reabilitação. A sustentabilidade do meio edificado resulta de um conjunto de medidas que promovem a qualidade de vida dos habitantes, integrando soluções que, simultaneamente, contribuem para uma maior eficiência na utilização de recursos e para minimizar a dependência de recursos não-renováveis. A descentralização da produção de energia eléctrica constitui-se como um passo estratégico no caminho que as cidades precisam de percorrer, rumo à sua qualificação energético-ambiental.
Na intenção de melhorar o desempenho energético-ambiental das cidades, as Concessionárias tornam-se um parceiro estratégico, PUBLICIDADE
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Equipa Jurídica08 Porque a hora é de internacionalização Num país em reconstrução, após décadas de uma devastadora guerra civil, o Estado Angolano definiu a construção civil como uma das áreas prioritárias de desenvolvimento e, em consequência, Dra. Teresa Boino atribuiu aos Advogada Teresa.Boino@BPO.pt operadores económicos nacionais e estrangeiros que nesse sector desenvolvem a sua actividade, um conjunto muito significativo de incentivos fiscais e aduaneiros. Por virtude das condições locais muito favoráveis mas, também, fruto de uma experiência e qualidade internacionalmente reconhecidas, foram muitas as empresas nacionais ligadas à construção civil que ao longo dos últimos anos buscaram em Angola a resposta à grave crise que nos últimos tem afectado o mercado da construção e imobiliário Português. O conhecimento da lei local é absolutamente essencial para todos aqueles que buscam na internacionalização a solução para a expansão, ou sobrevivência, das suas empresas. Esse conhecimento é tanto mais importante quando estiver em causa um ordenamento jurídico que, como é o caso angolano, oferece um conjunto de especificidades face àquela que é a realidade por todos conhecida no espaço europeu. Existe o mito de que em Angola todo o solo pertence ao Estado. Isso não corresponde inteiramente à verdade. Em Angola há imóveis que nunca foram nacionalizados ou confiscados, que continuam a pertencer aos particulares e que são juridicamente regulados por um Código Civil que tem na base o Código Civil português ao tempo da independência. Não nos alongaremos, contudo, na abordagem desse direito de propriedade. Por um lado, porque o regime jurídico é muito semelhante ao que todos conhecemos em Portugal, e por outro, porque, efectivamente, a maior parte dos terrenos em Angola foi objecto de confisco ou nacionalização pelo Estado. O regime jurídico das terras do Estado conta hoje de um diploma específico - a Lei das Terras - que de seguida analisaremos sumariamente.
Em 9 de Novembro de 2004, a Assembleia Nacional de Angola aprovou essa Lei com o objectivo de definir as bases gerais do regime jurídico das terras, os direitos que sobre elas podem incidir e o regime geral de concessão e constituição desses mesmos direitos fundiários. Esta lei tem por âmbito de aplicação os terrenos rurais e urbanos sobre os quais o Estado constitua algum dos direitos fundiários em benefício de pessoas singulares ou de pessoas colectivas de direito público ou de direito privado, designadamente com vista à prossecução de fins de exploração agrícola, pecuária, silvícola, mineira, industrial, comercial, habitacional, de edificação urbana ou rural, de ordenamento do território, de protecção ao ambiente e de combate à erosão dos solos. Uma das facetas de análise da questão do direito de propriedade, não só em Angola, mas em qualquer parte do mundo, deverá sempre passar por uma análise dos princípios constitucionais. O artigo 14.º da Lei Constitucional angolana prevê que “O Estado respeita e protege a propriedade privada das pessoas singulares ou colectivas (...)” e o artigo 15.º determina que “A terra constitui propriedade originária do Estado, pode ser transmitida para pessoas singulares ou colectivas, tendo em vista o seu racional e efectivo aproveitamento (...)”. Finalmente, prescreve o artigo 98.º da Constituição angolana que: “A terra é propriedade originária do Estado e integra o seu domínio privado, com vista à concessão e protecção de direitos fundiários a pessoas singulares ou colectivas e a comunidades rurais (…)” que “O Estado reconhece e garante o direito de propriedade privada sobre a terra (...)” e ainda que “A concessão pelo Estado de propriedade fundiária privada, bem como a sua transmissão, apenas são permitidas a cidadãos nacionais (…)”. No desenvolvimento destes princípios constitucionalmente consagrados, a Lei das Terras dá, no seu artigo 14.º, expressão legal aos principais objectivos que norteiam a função social da propriedade: a) Adequado ordenamento do território e correcta formação, ordenação e funcionamento dos aglomerados urbanos; b) Protecção do ambiente e utilização economicamente eficiente e sustentável das terras; c) Prioridade de interesse público e do desenvolvimento económico e social; d) Respeito pelos princípios previstos na lei. Tendo em conta esses objectivos do sistema fundiário de Angola, a Lei das Terras alicerça-se nos seguintes princípios fundamentais: a) Principio da propriedade originária de terra pelo Estado - Artigos 4.º, alínea a), e 5.º - a terra constitui propriedade originária do Estado, integrada no seu domínio privado ou no seu domínio público; b) Principio da transmissibilidade dos terrenos integrados no domínio privado Estado - Artigos 4.º, alínea b), 6.º e 35.º - Segundo este principio o Estado pode transmitir ou onerar a propriedade dos terrenos integrados no seu domínio privado. c) Principio do aproveitamento útil e efectivo da terra - Artigos 4.º, alinea c) e 7.º - significando que, a transmissão do direito de propriedade e a constituição de direitos fundiários sobre terrenos
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Equipa Jurídica09 d)
e)
f)
g)
integrados no domínio privado do Estado, só podem ter lugar com o objectivo de garantir o aproveitamento útil e efectivo destes. Principio da Taxatividade - Artigos 4.º, alínea d), e 8.º - Segundo esta directiva não é permitida a constituição de direitos fundiários, sobre os terrenos integrados no domínio privado do Estado, diferentes dos previstos na Lei. Principio do respeito pelos direitos fundiários das comunidades rurais - Artigos 4.º, alínea e), e 9.º - Obriga o Estado a respeitar e a proteger os direitos fundiários de que sejam titulares as comunidades rurais, incluindo aqueles que se fundam nos usos e costumes. Principio da propriedade dos recursos naturais pelo Estado - Artigos 4.º, alínea f), e 10.º - os recursos naturais integram-se no domínio público do Estado, logo são intransmissíveis. Principio da não reversibilidade das nacionalizações e dos confiscos - Artigos 4.º, alínea g), e 11.º - este principio estipula que todas as aquisições de direito de propriedade efectuadas pelo Estado por força de nacionalizações e de confiscos, são consideradas válidas e irreversíveis, sem prejuízo do disposto em legislação especifica sobre reprivatizações.
Por força da sua importância estratégica e funcional, iremos analisar um pouco mais aprofundadamente o principio da transmissibilidade dos terrenos integrados no domínio privado Estado - Artigos 4.º, alínea b), 6.º e 35.º - suas implicações, termos e efeitos práticos. Conforme referimos, a terra é propriedade originária do Estado, integrada no seu domínio privado ou no seu domínio público. Só a terra integrada no domínio privado é concedível, isto é, pode ser transmitida pelas formas prevista na Lei. No domínio público estão integrados - Artigo 29.º - as águas interiores, o mar territorial, o espaço aéreo, os recursos minerais, as estradas e caminhos públicos, as praias e a orla costeira, as zonas territoriais reservadas à defesa do ambiente, as zonas territoriais reservadas aos portos e aeroportos, as zonas territoriais reservadas para fins de defesa nacional, os monumentos e imóveis de interesse nacional, e todas as outras coisas afectadas por Lei ou por acto administrativo ao domínio público. Será do domínio privado tudo quanto expressamente não estiver previsto como sendo do domínio público.
O Estado pode transmitir ou constituir, sobre os terrenos concedíveis integrados no seu domínio privado, em benefício de pessoas singulares ou colectivas, os seguintes direitos fundiários: • Direito de Propriedade; • Domínio Útil Consuetudinário; • Domínio Útil Civil; • Direito de Superfície; • Direito de Ocupação Precária. O direito de propriedade privada é o direito fundiário por excelência mas teremos de ter em conta as restrições impostas pela lei angolana, no que diz respeito a este direito. Em primeiro lugar, o Estado não pode transmitir a pessoas singulares ou colectivas o direito de propriedade sobre terrenos rurais e, mesmo quanto aos terrenos urbanos, estes só poderão transmissíveis a sujeitos de nacionalidade angolana. A forma mais comum de uma pessoa singular ou colectiva estrangeira obter direitos sobre terrenos urbanos ou rurais, será pelo recurso à figura do Direito de Superfície, previsto no artigo 39.º. Esta disposição legal, permite ao Estado constituir sobre terrenos urbanos ou rurais do seu domínio privado, o direito de superfície a favor de pessoas singulares ou colectivas nacionais ou estrangeiras. Assim, o superficiário, embora não adquira o direito de propriedade sobre o terreno, pode construir, edificar, plantar, isto é, pode administrá-lo dentro das limitações legais e administrativas de ordem geral, pagando uma prestação ao Estado. De utilização menos comum que o direito de superfície, o domínio útil civil tem sobre este duas grandes vantagens: abrange o subsolo e, havendo necessidade, não é incompatível com a constituição sobre si de um direito de superfície. Estas formas de aquisição da propriedade são formas de aquisição originária, isto é, a transmissão directa do Estado para as pessoas singulares ou colectivas, angolanas ou estrangeiras. Diferente tratamento terão as formas de aquisição da propriedade derivada, ou seja, entre particulares, singulares ou colectivos. Nesse sentido, dispõe o artigo 36.º que a transmissão do direito de propriedade de terrenos urbanos que já tenham entrado no regime de propriedade privada é livre, seguindo-se os termos gerais previstos na legislação civil. Nota final da BPO Advogados Artigo de autoria conjunta: Dra. Teresa Boino e Dr. Paulo Castanheira
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Rumo ao Objectivo10 A derrapagem é uma fatalidade? Não, pode ser evitada pelo código dos contratos públicos.
Eng. António Flor Engº. Civil/Doutor em Engenharia/Gerente antónio.flor@rumoaoobjectivo.com
Considere-se a seguinte história ficcionada: Num determinado dia, veio a autorização para a execução da estrada entre a povoação Aquiqui até à povoação Jáalijáali, o concurso está limitado a 7M€. A festa para a colocação da primeira pedra é para daqui a 6 meses. Ao trabalho...
O prazo é tão curto que só é contratada a fase de Estudo Prévio do projecto. Não há tempo para fazer reconhecimentos ou ensaios. Faz-se o projecto com base em informações gerais. Não há tempo para compatibilizar os vários projectos. O concurso é lançado por 7 M€ e adjudicado por 10 M€ e procede-se, com grande pompa e circunstância, à festa da colocação da primeira pedra da obra.
O CCP estabelece o seguinte: • Nos contratos de empreitada de obras públicas o caderno de encargos deve ser integrado pelo programa preliminar e projecto de execução. Deste modo a apresentação pelo Dono de Obra da fase de Projecto de Execução passa a ser a norma. Só em casos excepcionais devidamente fundamentados a elaboração do projecto caberá ao empreiteiro (v. art. 43º do CCP); • Antes da celebração do contrato de empreitada o Dono da Obra deve estar na posse administrativa da totalidade dos terrenos a expropriar, salvo se essa obrigação se revelar desproporcionada atendendo ao número de terrenos a expropriar e ao prazo de execução da obra (v. art. 352º do CCP); • Os erros e omissões do caderno de encargos são apresentados até ao termo do 5/6 do prazo fixado para a apresentação das propostas (v. art. 61º do CCP). Deste modo a sociedade em geral tem uma maior garantia do valor final da obra, antes da assinatura do contrato. O CCP veio revolucionar o sector. Veio aumentar o grau de exigência a todos os intervenientes (donos da obra, projectistas, empreiteiros) e assim potenciar a criação de um sector de excelência. As derrapagens vão acabar? Não, não vão, mas com o CCP as derrapagens financeiras em empreendimentos de construção serão reduzidas. Todos os intervenientes têm o seu papel a cumprir.
No dia seguinte, verifica-se que…. • Os terrenos onde se irá implantar a estrada não estão expropriados; o processo ainda não tinha sido iniciado; • Os dados de base do projecto (topografia, geotecnia) são diferentes dos existentes no terreno. • O empreiteiro apresenta erros e omissões que totalizam 10% do valor do contrato. Assim, o projecto teve que ser totalmente revisto e a obra não pôde avançar durante 6 meses. No final, o Dono da Obra pagou em trabalhos a mais e erros e omissões 25% do valor inicial da obra, e o empreiteiro reclama uma indemnização por perdas de produtividade Nesta situação seria possível evitar alguns dos desvios indicados? Como? Para ambas as questões a resposta é positiva. SIM, é possível evitar as situações indicadas como causadoras do desvio financeiro com tempo, recursos e principalmente informação. SIM, através da aplicação do Código dos Contratos Públicos (CCP). Vejamos.
Pondere as seguintes questões: • Os Directores de Obra da sua empresa já conhecem o CCP? Já têm um manual de reclamações? • Os Donos de Obra estão preparados para as exigências do CCP? • Os Projectistas conhecem as consequências para a sua actividade que advém da aplicação do CCP? • Conhece as grandes alterações introduzidas pelo CCP? Do que é que está à espera? Até ao próximo número! Nota final da Rumo ao Objectivo Artigo de autoria conjunta: Eng. António Flor e Dra. Ana Luísa Borges (Advogada - alborges@falm.pt)
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Eventos11 Fazer a Escola - Seminário Internacional de Arquitectura Escolar No passado dia 20 de Maio, no Auditório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, no âmbito do Programa de Modernização das Escolas Secundárias dirigido pela Parque Escolar, assistimos às conferências dos Arq. Ana Ferreira arquitectos Manuel Especialista em Autodesk Revit aferreira@tecad.pt Tainha e Herman Hertzberger, autores de projectos de edifícios escolares de referência.
a transformação da Escola dos Agentes Agrícolas na Herdade da Mitra, em Évora, a Escola Secundária D. Maria I (actualmente Filipa de Carvalho) nos Olivais, e a Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação em Lisboa. Cada projecto foi acompanhado de uma, ou várias histórias, objectivos específicos e uma relação muito forte com a envolvente física e humana. Realça-se a procura de nunca se ver o edifício como um objecto estático. Vê-se o espaço como um lugar, em que cada perspectiva é diferente. O arquitecto holandês Herman Herzberguer iniciou a sua apresentação com a imagem das crianças sentadas a olhar para um quadro negro de ardósia e para o professor, com janelas tão altas que não permitem olhar para o exterior: é fundamental desenhar o espaço para os utilizadores. Herman defende que o papel do arquitecto não é apresentar uma solução complexa mas um espaço estrutural que o usuário deve ocupar à sua maneira. Eliminando ao máximo a oposição entre espaço público e privado com gradações de acessibilidade, funções e formas, oferece uma grande liberdade a quem habita os seus edifícios. Nas escolas de Herman não existem corredores ou espaços secundários:
A necessidade de repensar a organização tradicional de escola, a exigência de qualidade nos novos edifícios e adequação a programas para aquisição de competências e conhecimentos diversificados, as condições de uso, o bem estar dos docentes, dos funcionários e dos estudantes, são questões fundamentais para os novos projectos que surgem no âmbito do Programa de Modernização das Escolas Secundárias, aprovado pelo Governo. Esta conferência, com dois arquitectos que experimentaram e estudaram profundamente a relevância do espaço físico da escola para o sucesso escolar, e continuam a aplicar as suas ideologias em projectos actuais, realçou a necessidade de reinvenção do espaço da escola, a importância da aplicação de conceitos de espaço público na configuração do mesmo (como o conceito de “Learning Street”), a transição público/privado, os espaços comuns, a interacção entre os utilizadores e o edifício. Figura 2 - Faculdade de Psicologia e Ciências
Manuel Tainha, com longo curriculum de escolas de vários níveis de ensino, desde as primárias às universidades, apresentou a Escola Primária dos Olivais, a Escola Industrial Comercial de Castelo Branco,
de Educação Herman Hertzberger
todo o espaço é essencial para a aprendizagem, para a comunicação e para a integração. Apresentou vários edifícios escolares, à medida que abordava conceitos de organização de espaço, tais como Montessori school “De Einladen” Amsterdam (1996-2002), (2004-2007), Elementary School De Polygoon Almere (1990-1992), (2005-2009) e NHL University Leeuwarden (2004-2010) entre outras, e também um edifício de escritórios, o Centraal Beheer Insurance Company building in Apeldoorn (1970-72). A discussão de temas tão relevantes, para os projectos actuais com dois arquitectos comprometidos com a prática e a reflexão critica, e cujos trabalhos expõem a relevância do espaço físico da escola para o sucesso do processo de ensino-aprendizagem, foi uma iniciativa notável e de grande importância para todos os que participam actualmente na reconstrução do parque escolar português, programa que prevê a requalificação de 332 escolas secundárias até 2015.
Figura 1 - Montessori School Amsterdam, Herman Hertzberger
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Arquitectura: Um novo Humanismo?12 Arquitectura e Crise
Arq. Bernardo Vaz Pinto Masters in Architecture (Harvard MArch II) bpinto@lisbondesignstudio.com “Thus if I am asked what I would like the general pourpose of my films to be, I would reply that I want to be one of the artists in the cathedral on the great plain. I want to make a dragon’s head, an angel, a devil, or perhaps a saint- out of stone. I would play my part in the collective building of the cathedral”1 O mundo parece ter acordado para uma enorme crise. Não é a primeira vez. Provavelmente não será a última. Mas existe um sentimento de que esta crise se faz sentir, de uma forma ou de outra, em toda a extensão da terra. Neste contexto e no âmbito destes pequenos textos que nos propusemos escrever, pergunto-me o que é que a Arquitectura pode fazer? Deve mudar para se adaptar a novas condições e novos cenários, ou pelo contrário deve assumir convicções e reafirmar princípios? Vêm me à memória o texto de Theodor Adorno intitulado “Functionalism Today” para uma conferência de 1965, onde o filósofo e músico da Escola de Frankfurt se questionava sobre a qualidade da arquitectura na reconstrução da Alemanha Pós guerra. Adorno questiona-se, exactamente, sobre o sentido final da obra arquitectónica. Se o resultado era aquele, para que tinham servido as grandes teorias modernas? Para quem servia a obra arquitectónica? Adorno refere então a frase, tão certeira como actual, “a arquitectura digna de seres humanos pensa melhor do Homem do que ele realmente é”. Realmente a obra ultrapassa o pensamento e o próprio autor, e transforma-se em representação construída e materializada da História. Magazine Digital eUAU! - Julho 2010
Essa posição específica dentro da produção cultural de uma sociedade advém da natureza da própria actividade, onde a obra perdura muito para além dos seus criadores, cumprindo também um dever e uma missão com a sociedade e com o Homem. Porque “à obra de arquitectura pede-se que seja construída para ter uso, por outras palavras pede-se literalmente que acomode o sentido da sociedade que a permitiu nascer.”2 Adorno não é suave ao criticar a falta de sentido de alguma arquitectura que pretende resolver pontualmente questões subjectivas e secundárias, ao afirmar que “a simples beleza formal da obra é vazia e sem sentido…a beleza ou é o resultado de vectores de força ou não é nada”. Ou seja a arquitectura não se pode justificar a si própria, assim como não pode deixar de entender o seu sentido último, que deverá ser sempre
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um sentido comum. Arquitectura é sempre imaginar esse futuro comum, porque se imagina apenas o presente e o agora, a obra envelhece e banaliza-se. O objectivo da obra deve ser em última análise as aspirações do Homem. Com toda a sua complexidade, todos os seus defeitos, toda a sua riqueza e toda a sua esperança. Não desapareceu a necessidade de uma arquitectura que resolva problemas reais das pessoas. Problemas da cidade, da habitação, problemas de exclusão, problemas de cisão. Num tempo onde sentimos dificuldades, devemos acreditar que o futuro deve ser construído hoje, mas com o sentido de toda uma humanidade. A arquitectura deve ser realmente um exemplo desse sentido e dessa esperança. Em última análise porque perdura, como a catedral de Bergman, no tempo.
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Notas 1. Ingmar Bergman, Introdução para o guião do filme “O Séptimo Selo”, 1966. 2. Henrry N. Cobb, “Ethics and Architecture”, Harvard Architectural Review, summer 85
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Projecto PLAGE13 Rede Colaborativa PLAGE-IST O Projecto de I&D PLAGE, já apresentado no número anterior da revista eUAU!, assume uma perspectiva que valoriza a colaboração e o trabalho em rede, incidindo sobre a Eng. António Aguiar Costa criação de uma Assistente no IST - DECivil aguiar.costa@ist.utl.pt plataforma de trabalho interoperável, capaz de estimular a integração do ciclo dos empreendimentos de construção e a interligação entre diversos softwares existentes. É no seio deste projecto e abraçando esta visão colaborativa que surge a Rede Colaborativa PLAGE-IST, dinamizada autonomamente pelo CESUR-IST (Centro de Investigação do DECivil do Instituto Superior Técnico). Esta Rede representa a materialização do conceito de plataforma colaborativa aplicada à dinamização de acções de divulgação e promoção de boas práticas e de inovação. Está aberta à participação de todas as entidades interessadas, reconhecendo-se e valorizando-se o papel central da lógica de networking, fomentando-se a interacção entre o meio académico e o meio empresarial e entre os diversos actores da cadeia de valor da construção. No Linkedin, esta Rede está identificada com a designação Rede Colaborativa PLAGE-IST, desafiando-se aos interessados a adesão e, principalmente, a participação activa. A dedicação do CESUR-IST a este projecto, resulta da identificação de oportunidades de mudança e inovação em diversas áreas de conhecimento como o BIM, a contratação pública electrónica e as tecnologias de trabalho colaborativo, que permitem explorar a fundo a gestão da informação, e do conhecimento, e agilizar a gestão na óptica do desempenho. Deve referir-se que, neste âmbito, o CESUR-IST tem desenvolvido algumas actividades: • Implementação de sistemas colaborativos e apoio à desmaterialização; • Apoio especializado na utilização da tecnologia BIM em qualquer fase do ciclo de vida de um empreendimento (a TECAD surge a este nível como um importante parceiro); • Apoio na criação e acompanhamento de processos de contratação,
especialmente integrando processos colaborativos e novas tecnologias; • Implementação de Key Performance Indicators (KPIs), integrando-os nos processos de contratação e no ciclo dos empreendimentos; • Coordenação e apoio ao desenvolvimento de projectos I&D. As directrizes principais da Rede Colaborativa PLAGE-IST estão estrategicamente orientadas para temáticas integradoras e com forte carácter inovador, que exigem um esforço de entrada considerável mas apresentam retornos relevantes, de onde se destacam as seguintes: • Building Information Modeling • Plataformas Colaborativas • Contratação Electrónica • Sistemas Inteligentes • Key Performance Indicators • Interoperabilidade Recentemente, um dos temas que tem merecido atenção da Rede é o BIM e a questão da interoperabilidade dos sistemas (Figura 1). No caso do BIM, o IFC (formato aberto) tem sido alvo de testes, principalmente por parte do IST e da TECAD. Este é um caso de interoperabilidade técnica que, apesar de ainda ter algumas falhas, apresenta já alguns resultados considerados satisfatórios. A interoperabilidade semântica tem exigido mais algum cuidado, principalmente no que toca ao levantamento das taxonomias e normas existentes. Estas duas dimensões da interoperabilidade representam a base necessária, para a integração e agilização dos processos, e o desafio a ultrapassar rumo à simplificação do pré-procurement, automatização da elaboração dos cadernos de encargos a partir de modelos BIM e contratação electrónica baseada em modelos digitais.
Figura 1 - Os quatro níveis de Interoperabilidade
As reuniões da Rede Colaborativa PLAGE decorrem no Laboratório ISTAR do Instituto Superior Técnico, e já contaram com a presença de diversas entidades: Afaconsult, Asep, Arktec, Autodesk, Câmara Municipal de Lisboa, Construsoft, CXS, Datech, EDP, eWAY, Infor, Lidera, Microfil, TECAD, Opway, Parque Escolar, Primavera, Rumo ao Objectivo, Somague, Universidade Nova e Vortal.
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Ambiente e Sustentabilidade14 Sistemas de Arrefecimento Passivo
Arq. Joana Andrade Arquitecta joana.tching@netcabo.pt Dando continuidade às anteriores edições da eUAU! apresento, seguidamente, mais uma das inúmeras estratégias para Sistemas Passivos na Construção Bioclimática. Dou destaque, nesta edição, aos Sistemas de Arrefecimento Passivo, nomeadamente, ao tema do Arrefecimento pelo Solo.
Figura 1 - Edíficio Solar XXI Fonte: “Edifício Solar XXI - Um edíficio energeticamente eficiente em Portugal” Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação, I.P. - Departamento de Energias Renováveis
Esta solução é principalmente interessante em moradias unifamiliares, mas também pode ser aplicada em edifícios de serviços, como é disso exemplo o novo edifício do INETI (Edifício Solar XXI) da autoria dos Arquitectos Pedro Cabrito e Isabel Diniz. Arrefecimento pelo solo O arrefecimento pelo solo é uma das estratégias de arrefecimento passivo que poderá, sem recurso a sistemas complexos ou com uma grande pegada ecológica, ajudar a diminuir a temperatura dos espaços sem consumo de energia associado. As estratégias passivas relacionadas com o solo baseiam-se no facto deste, a profundidades relativamente pequenas, apresentar sempre
uma diferença de temperatura acentuada relativamente à temperatura exterior. Esta diferença de temperatura é sempre positiva, ou seja, no Inverno a temperatura do solo é sempre superior e no Verão a temperatura é sempre inferior. Desta forma, os princípios apresentados em seguida para utilização como estratégia de arrefecimento passivo, podem ser também aproveitados para aquecimento passivo. Podemos considerar que existem duas formas de arrefecimento passivo pelo solo (reforço que ambas funcionam para aquecimento passivo na estação fria). A forma mais simples de arrefecimento pelo solo é por condução, através da envolvente construtiva. Principalmente em regiões de clima temperado, o facto do interior do edifício estar, através da sua envolvente, ligado ao solo, é suficiente para que haja um arrefecimento passivo directo. A forma mais complexa, ou seja, arrefecimento por contacto indirecto com o solo, consiste na existência de condutas subterrâneas, entre 1 a 3 metros de profundidade, que permitem o arrefecimento do ar no subsolo e que, ao ser injectado nos compartimentos, permitirá a descida de temperatura dos espaços. A eficiência deste sistema está dependente das dimensões das tubagens, da profundidade a que estão colocadas e das próprias características térmicas das tubagens e do solo. Como já referi anteriormente, o Edifício Solar XXI utilizou um conjunto de medidas e estratégias que, no seu conjunto, constituem um excelente exemplo da aplicação das estratégias para o sistema de arrefecimento “natural” do edifício no período de Verão. Podemos ler na brochura de apresentação do edifício que “o sistema de arrefecimento pelo solo, é um dos exemplos e constitui a maior inovação no conjunto de estratégias de arrefecimento idealizadas para este edifício. (...) Estas estratégias conjugam os seguintes efeitos: Obstrução aos ganhos solares, quer na envolvente opaca, onde o isolamento pelo exterior tem um papel importante, quer nos vãos envidraçados através dos estores exteriores reguláveis; a optimização da ventilação natural no edifício que, no periodo nocturno, deverá ter um papel importante; o arrefecimento do ar através de tubos enterrados, que emitirão a entrada de ar arrefecido no interior do edifício. A ventilação natural e, sobretudo, a ventilação nocturna permitirá uma gestão das cargas internas do edifício, fundamental para a boa prestação térmica do mesmo.”
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Ficha Técnica15 O Revit na Certificação Ambiental Existem vários Sistemas de Classificação e Certificação de Edifícios voluntários, que utilizam métodos para avaliar o desempenho ecológico global do edifício, em todo o ciclo de vida do mesmo. São alguns exemplos o LEED, o LiderA e o SBTool. O Revit pode ter um papel fundamental no processo de certificação, na verificação de parâmetros ambientais, e na criação de documentação específica. Ana Ferreira Num processo de certificação ambiental, o Revit não deve ser utilizado apenas para coordenação da informação, e criação de documentação de desenho necessária para a certificação, mas de uma forma muito mais abrangente, para verificação de variados parâmetros ambientais. Desde as fases iniciais de projecto, através da criação de tabelas de quantificação, parâmetros partilhados, templates preparados e algumas aplicações externas, é possível controlar o projecto e encaminhá-lo para uma solução mais sustentável, que cumpra os requisitos exigidos pelo sistema de certificação ambiental, para o seu desempenho ecológico. Grande parte dos créditos obtidos nos sistemas de certificação baseiam-se em cálculos de verificação do cumprimento do requisito ambiental em questão. À medida que os projectos são alterados e revistos é constantemente necessário refazer esses cálculos: há critérios em que pequenas variações, podem fazer uma grande diferença na pontuação final. Este processo, de actualização automática de toda a informação do projecto é uma das maiores vantagens do Revit, permitindo uma verificação constante dos critérios em análise, e a garantia de cumprimentos das exigências de certificação propostas.
Earth e o IES. 3. Não é possível calcular ou verificar o cumprimento de determinados parâmetros ambientais com recurso ao Revit. Baseando-nos nas áreas de avaliação comuns à maior parte dos sistemas de certificação ambiental, verificamos que: • Em termos de Localização Sustentável, é possível verificar no Revit Architecture (que possui ferramentas topográficas) directamente e com recurso ao Google Earth, a selecção do local de implantação, a densidade de ocupação e relação com a comunidade, e possivelmente, a existência de transportes públicos; através da utilização de parâmetros partilhados facilmente se cria informação sobre transportes e veículos alternativos, estacionamento para bibicletas, entre outros; mas não será possível verificar parâmetros nomeadamente relacionados com a poluição (é necessário recorrer a documentação ou medições “in place”). • No que diz respeito à Eficiência no Uso da água, autonomamente, através da criação de parâmetros partilhados e tabelas de contabilização de equipamentos, ocupantes, e seus consumos regulares de água, é possível calcular e verificar os parâmetros ambientais necessários (consumo, reutilização, etc.). O recurso a aplicações externas como o Green Building Studio pode acelerar esta verificação. • No âmbito da Energia e Atmosfera muitos parâmetros ambientais não são possíveis de verificar com o Revit Architecture mas com recurso ao Revit MEP, em conjunto com o IES e parâmetros partilhados, é possível confirmar alguns parâmetros sobre a performance energética. • O Revit Architecture e o Revit Structure permitem a verificação e cálculo da grande maioria ou mesmo totalidade dos parâmetros ambientais relacionados com Materiais e Recursos. Através da utilização de parâmetros partilhados e as ferramentas de quantificação do Revit, facilmente se calcula a percentagem de materiais reutilizados e reciclados, as madeiras certificadas, utilização de betão, etc. • Por fim, na área da Qualidade do Ambiente Interior, o Revit MEP permite a verificação de vários parâmetros que têm em consideração a ventilação dos espaços e conforto térmico. A utilização do Ecotect ou 3DStudio em conjunto com o Revit garantem os níveis de iluminação natural mínimos no interior. A Qualidade do Ar Interior exige o recurso a outras aplicações ou projectistas.
O Revit pode e deve, portanto, ter uma participação activa no âmbito Existem três cenários que sucedem de processos de certificação ambiental, na utilização do Revit para a verificação pois verificamos que pode intervir na e cálculo dos critérios ambientais: verificação e cálculo de grande parte 1. O Revit isoladamente consegue Figura 1 - Exemplo de análise de sombras no Revit dos critérios ambientais em avaliação, calcular e verificar o cumprimento de com a garantia que refaz os cálculos, certos parâmetros ambientais (com e mantém a informação actualizada, sempre que se faz alguma alteração ou sem recurso a parâmetros partilhados - informação colocada pelo no projecto. No próximo artigo apresentarei exemplos concretos e os utilizador nos elementos construtivos, ou materiais que poderão figurar procedimentos necessários para verificar, com o Revit, alguns critérios em tabelas e serem utilizadas para cálculos). dos sistemas de certificação ambiental. 2. O Revit em conjunto com outras aplicações (por exportação ou através da passagem manual da informação obtida no Revit para as aplicações externas), calculam e verificam o cumprimento de outros parâmetros ambientais. Devem ser utilizados, nomeadamente, o Autodesk Green Building Studio, o Ecotect, o 3DStudio, o Google
Nota final: este artigo baseia-se na apresentação “Revit Architecture: LEEDing the Way” de David Haynes, do AIA (American Institute of Architects) na Autodesk University. Poderá consultar mais informação, exemplos concretos e descarregar recursos como templates de Revit para certificação LEED em http://au.autodesk.com/.
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Soluções para PME’s16 Apoios para a competitividade das PME’s A iniciativa liderada pela Microsoft, Programa MAIS - esteve presente no Lançamento do Futuro da Produtividade.
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Dr. Bruno Rodrigues Microsoft EU Grant Advisor - Portugal v-brunor@microsoft.com No Campo Pequeno em Lisboa, os participantes conheceram as novas ferramentas de produtividade para as suas empresas, e o suporte gratuito do Programa MAIS, em apoios financeiros disponiveis por toda a Europa. Em Portugal as empresas dos sectores da Indústria, Energia, Construção, Comércio, Turismo, Transportes e Logística e Serviços, têm à sua disposição um apoio que tem como objectivo a promoção da competitividade das empresas. O incentivo a conceder é calculado através da aplicação às despesas elegíveis de uma taxa base de 40%, com possibilidade de algumas majorações. Algumas das despesas elegíveis neste apoio são: • Aquisição de máquinas e equipamentos; • Aquisição de equipamentos informáticos e software relacionados com o desenvolvimento do projecto; • Despesas com a intervenção de técnicos oficiais de contas ou revisores oficiais de contas; • Estudos, diagnósticos, auditorias e planos de marketing associados ao projecto de investimento; • Investimentos na área de eficiência energética e energias renováveis; • Custos associados aos pedidos de Direitos de Propriedade Industrial; • Despesas relacionadas com a promoção internacional, designadamente aluguer
de equipamentos e espaço de exposição, contratação de serviços especializados, deslocações e alojamento e aquisição, de informação e documentação específica, relacionadas com a promoção internacional; Despesas inerentes à certificação dos sistemas, produtos e serviços, nas áreas da qualidade, do ambiente, da inovação e da responsabilidade social e segurança e saúde no trabalho; Despesas inerentes à implementação de sistemas de gestão pela qualidade total, e à participação em prémios nacionais e internacionais; Implementação de sistemas de planeamento e controlo; Despesas inerentes à obtenção do rótulo ecológico e à certificação e marcação de produtos; Despesas com a criação e desenvolvimento de insígnias, marcas e colecções próprias; Registo inicial de domínios e fees associados à domiciliação da aplicação em entidade externa, adesão a marketplaces e outras plataformas electrónicas, criação e publicação de catálogos electrónicos de produtos e serviços, bem como a inclusão e ou catalogação;
• Custos, por um período até vinte e quatro meses, com a contratação de um máximo de dois novos quadros técnicos a integrar por PME, com nível de qualificação igual ou superior a IV, necessários à implementação do projecto; • Investimentos em formação de recursos humanos no âmbito do projecto, a definir em diploma específico.
Figura 1 - Evento “Futuro da Produtividade”, Campo Pequeno
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Ligações17 A Importância das Parcerias
Eng. Fernando Pina Engenheiro Informático/Programador fernando.pina@onesmallstep.pt
O nosso dia-adia está cheio de ligações. Desde as mais banais como ligar as luzes em nossas casas, às mais complexas que envolvem equipamentos electrónicos em locais remotos.
Mas a verdadeira aposta está na procura de ligações, na criação de comunidades em torno da Marca, utilizando as novas formas de presença na internet como veículo para levar os internautas ao encontro da Marca. Os websites já não servem unicamente para anunciar produtos e serviços; é necessário fidelizar os visitantes e garantir que estes regressam uma e outra vez. Os websites tiram cada vez mais partido da denominada Web 2.0 oferecendo aos visitantes formas de interagir com o próprio website, seja com a utilização de forum's e mecanismos de comentários, seja oferecendo aos visitantes a possibilidade de contribuirem com conteúdos para o próprio website. Um bom exemplo é a revista eUAU! lançada pela TECAD como forma de dinamizar a comunicação com os seus parceiros e de atrair novos membros para a sua comunidade. A One Small Step inicia agora a sua colaboração nesta revista, resultado da ligação estabelecida entre as empresas durante a renovação do website da TECAD.
Estas ligações permitem-nos aceder às várias redes em que o nosso mundo está organizado, sejam elas físicas como a rede eléctrica, ou virtuais como as redes sociais. À semelhança dos indivíduos, também as empresas dependem da sua capacidade de estabelecer ligações para prosperarem e para atingirem os seus objectivos. Até há relativamente pouco tempo as empresas usavam os meios de comunicação social, essencialmente a televisão e a imprensa, para difundir os seus produtos e serviços. Estas campanhas, designadas como offline marketing, permitiam às empresas chegar à população, em geral de forma indistinta, mesmo que o seu público alvo fosse apenas um segmento bem definido. Actualmente, cada vez mais empresas apostam no online marketing para atingir os seus clientes e para estabelecer novas ligações. O desenvolvimento, e a crescente utilização da internet, veio trazer às empresas um novo meio de publicitar os seus produtos e serviços. A participação em forum's e blog's, a construção de websites ou as campanhas de web marketing são formas de aumentar a exposição das empresas, com a vantagem de o poder fazer a uma escala global. Estes novos meios permitem ainda direccionar as campanhas de forma precisa, economizando recursos, e atingindo o público-alvo que se pretende, e também efectuar uma medição do sucesso de cada campanha, possibilitando assim a introdução de correcções. Com esta nova forma de publicidade, passa a ser o público a ir ao encontro da Marca e dos produtos ou serviços desta, em vez de ser a Marca a procurar o consumidor. Esta mudança tem um papel preponderante no sucesso dos produtos, pois tira partido da receptividade do consumidor no momento da pesquisa.
Fonte: www.photobucket.com
Sobre a One Small Step... Somos uma empresa de prestação de serviços que tem como principais áreas de intervenção Desenvolvimento de Software, Design de Comunicação e Web Marketing. A nossa equipa possui formação académica e experiência profissional nestas áreas e promovemos uma politica de formação que nos permite manter actualizados. Apostamos na inovação, no desempenho e no cuidado colocado no grafismo dos nossos produtos como forma de ganhar notoriedade. Na One Small Step cada Cliente é único e cada projecto é único. Sabemos que podemos aprender e evoluir através do relacionamento com os nossos Clientes e que o sucesso dos nossos Clientes é o caminho mais rápido para o nosso sucesso.
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B.I. Hospital de Cascais18 Hospital de Cascais Dr. José de Almeida O novo Hospital de Cascais Dr. José de Almeida, gerido pela HPP Saúde em regime de parceria público-privada, foi inaugurado no início deste ano e conta já com um semestre de actividade. Numa alargada entrevista à eUAU!, conversámos com os principais intervenientes da obra: os arquitectos da Aripa, o coordenador de projecto da Teixeira Duarte e os prestadores dos cuidados de Saúde - HPP Saúde.
Em entrevista à eUAU!, o Presidente do Conselho de Administração do Hospital de Cascais - Dr. José Miguel Boquinhas falou dos principais desafios que se colocam no âmbito da inovação, humanização e qualidade na prestação de cuidados de saúde. Que balanço faz destes primeiros 6 meses de funcionamento do novo Hospital de Cascais, e em que medida a solução de projecto facilita a gestão do mesmo e a prestação dos serviços médicos? José Miguel Boquinhas - O início dos serviços no novo Hospital de Cascais representou um salto qualitativo na prestação de cuidados de saúde. Não só pela adequação dos espaços aos serviços, mas também pela optimização dos circuitos médicos e pelo conforto acrescido na utilização do espaço, tanto na sua utilização por parte dos utentes como dos colaboradores.
Vânia Guerreiro
Foto: HPP Saúde
Localizado na zona das antigas baterias militares, em Alcabideche, o novo Hospital de Cascais foi o primeiro edifício do Serviço Nacional de Saúde (SNS) a ser concessionado e construído em regime de parceria público-privada, como resposta do Grupo HPP Saúde ao Programa de Parcerias Público Privadas, para a Renovação e Modernização da Rede Hospitalar do SNS. O concurso lançado em 2002, pelo Ministério da Saúde, considerava a concepção, construção, financiamento, conservação e exploração de novos hospitais a integrar no SNS. A construção deste novo Hospital foi a concretização de uma necessidade há muito sentida de substituição do antigo Centro Hospitalar de Cascais, por uma unidade hospitalar moderna, funcional e eficiente, que reunisse as condições para prestar melhores cuidados e com maior conforto e qualidade, às populações do concelho de Cascais e freguesias vizinhas do concelho de Sintra.
Figura 1 - Fotografia aérea do Hospital de Cascais
Os serviços do novo edifício, abrangem actualmente, uma população de cerca de 300 mil pessoas dos concelhos de Cascais e Sintra, sendo que a prestação de cuidados de saúde à população do concelho de Sintra, é feita em exclusivo na área materno-infantil para as seguintes freguesias: Algueirão-Mem Martins; Pêro Pinheiro; Colares; S. João das Lampas; Santa Maria; S.Martinho; S. Pedro de Penaferrim e Terrugem. Magazine Digital eUAU! - Julho 2010
O Hospital de Cascais foi o primeiro hospital do SNS a ser concessionado e construído no regime de Parceria Pública Privada, contemplando assim a concepção, construção, financiamento, conservação e prestação de cuidados clínicos. Na sua opinião, é este o cenário mais favorável à concretização deste tipo de projectos no sector da Saúde? J.M.B. - É reconhecido que o sector da Saúde necessita de incremento, para potenciar uma resposta cada vez mais positiva aos cidadãos. Acreditamos que o modelo vigente no Hospital de Cascais pode ser adaptado com sucesso noutras situações, tendo sempre como objectivo oferecer os melhores níveis de prestação de cuidados de saúde à população. No entanto, é um modelo que necessita ainda de ser avaliado, já que se trata da primeira experiência deste tipo em Portugal. Um dos vossos pilares de actuação no Hospital de Cascais, assenta na integração das novas tecnologias, nomeadamente ao nível da temática “Hospital Sem Papel”. Quais os desafios que se colocam a este nível? E em que medida estes meios se transformam também num meio de conforto para o utente? J.M.B. - A missão do Hospital de Cascais passa pelo desenvolvimento das melhores práticas, essenciais à humanização dos cuidados de saúde. Acreditamos que para tal, muito contribuem os pilares de actuação que seguimos e que são potenciados pela utilização de novas tecnologias. O Hospital de Cascais é um hospital sem papel, tornando-se assim mais eficiente no que diz respeito à informatização dos seus processos clínicos, mas também ambientalmente mais sustentável. Além de ser uma solução amiga do ambiente, serve para agilizar e facilitar o circuito do utente dentro do hospital. E como funciona na prática? Numa admissão à urgência, por exemplo, a aplicação permite que o médico tenha conhecimento imediato da admissão de cada utente, através da visualização no computador. Anteriormente a chegada era registada e impressa num documento. O sistema de informação agiliza também o processo de internamento,
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B.I. Hospital de Cascais19
Foto: HPP Saúde
o diário clínico e o processo de enfermagem. Acabar com a película (Raio X e as TAC são digitais), informar o doente da consulta pelo sistema sms e possibilitar as marcações on-line, são outras acções que tornarão esta unidade num hospital sem papel. Promove de igual forma a comunicação interna entre profissionais na medida em que a informação circula em tempo real. Temos vindo a trabalhar também Fotografia: Dr. José Miguel Bouquinhas no Sistema de Acreditação Presidente do Conselho de Administração da HPP Hospital de Cascais Dr. José de Almeida de Qualidade, através da implementação de programas de melhoria contínua suportados em sistemas de gestão da qualidade internacionalmente certificados. Para tal o Hospital encontra-se em fase de acreditação pela Joint Comission International. Ao nível da segurança do doente, a nossa central de esterilização é das mais bem equipadas do país. Implementámos no HPP Hospital de Cascais Dr. José de Almeida o sistema mais inovador no que diz respeito ao registo da administração da terapêutica no acto da toma, sendo feita nesse momento a validação informatizada do mesmo associado à prescrição de cada doente. Esta tecnologia de ponta, permite aumentar de forma significativa a segurança do procedimento, reduzindo, por exemplo, o risco de toma indevida. São apenas alguns exemplos da tecnologia que pomos à disposição do utente no Hospital de Cascais.
Sobre o Nome do Hospital de Cascais Dr. José de Almeida... O nome do Hospital é uma homenagem ao Dr. José de Almeida. Natural da Beira Alta, José Joaquim de Almeida (18541921) destacou-se como personalidade marcante no campo da medicina e da beneficência. Formou-se em Medicina pela escola Médico-Cirúrgica do Porto em 1876. Especializou-se em Oftalmologia mas dedicou a sua vida à investigação da tuberculose, contando com o apoio de Tomás Junqueiro, obteve a cedência do terreno onde se situava o Forte do Junqueiro, na Praia de Carcavelos, onde conseguiu que fosse construído o Sanatório Marítimo de Carcavelos, considerado à época o “melhor local sanatorial destinado ao tratamento da tuberculose óssea”, facto a que não era alheio o clima de Carcavelos. Além de
Visita guiada por piso... 1º Piso - Serviços Gerais, Laboratórios e Apoios Técnicos 2º Piso - Imagiologia, Consulta Externa e Urgência 3º Piso - Bloco Operatório e Cuidados Intensivos e Intermédios 4º Piso - Piso Técnico 5º Piso - Departamento da Mulher e da Criança 6º Piso - Departamento de Medicina e Especialidades Médicas 7º Piso - Departamento de Cirurgia e Especialidades Cirúrgicas O hospital em números... Valor do Contrato 400 milhões de euros Valor da Construção 50 milhões de euros Valor do equipamento hospitalar 10 milhões de euros Duração da obra 24 meses Volumetria 8 pisos Implantado numa área de 100.000m2 100.000m3 de escavação 70.000m3 de aterro 20.000m3 de betão 2.700 toneladas de aço 100.000m2 de cofragem 15.000m2 de revestimentos de fachada 30.000m2 em divisórias interiores em alvenaria 45.800m2 em pavimentos e tectos 20.000m2 de pavimentações exteriores e instalações associadas ao edifício Parceiro Teixeira Duarte, sa/TDHOSP Arquitectura ARIPA - Ilídio Pelicano Arquitectos, SA Sobre a HPP Saúde... A HPP Saúde é um grupo de referência no sector da saúde em Portugal, com mais de 12 anos de experiência, que actua de forma inovadora, centrado na personalização e qualidade dos cuidados de saúde, possibilitando uma oferta de serviços global, baseada numa rede que cobre todo o território nacional e contando com mais de 2.000 profissionais de saúde.
Foto: Ricardo Gonçalves
Dados e factos sobre o Hospital de Cascais Dr. José de Almeida... O Hospital de Cascais Dr. José de Almeida conta com uma capacidade total de 277 camas (todos os quartos são individuais ou duplos, garantindo assim uma maior privacidade e conforto do doente e humanização dos cuidados de saúde), 33 gabinetes de consulta, um bloco operatório com seis salas e um bloco de partos com dez salas. Numa perspectiva de assistência continuada, o Hospital de Cascais prevê, em 2018, ter uma capacidade máxima anual de 115 mil consultas, 67 mil diárias de internamento e 6474 cirurgias.
Fundador, José de Almeida foi Director deste estabelecimento. No final da vida, José de Almeida procedeu à doação ao estado do sanatório de Carcavelos, do qual viria a ser designado Patrono, numa homenagem póstuma.
Figuras 2 - Hospital de Cascais Dr. José de Almeida Nota editorial: A informação apresentada foi gentilmente cedida pela Direcção de Marketing e Comunicação da HPP Saúde SGPS.
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B.I. Hospital de Cascais20 À conversa com a eUAU! os directores da Aripa - Arq. Ilídio Pelicano e a Arq. Sara Pelicano (responsáveis pela concepção do Hospital de Cascais) e também o Arq. Rocha Lobo, da Teixeira Duarte (responsável pela coordenação do projecto), falaram dos principais objectivos, prioridades e desafios que enfrentaram ao longo do desenvolvimento do projecto, e do compromisso assumido desde o início com a procura de um edifício inovador, que desse garantias de um patamar de modernização e excelência na prestação de cuidados clinícos.
eventualmente mais trabalho em termos do seu desenvolvimento. Sara Pelicano - Uma das grandes vantagens deste modelo traduz-se nas economias de utilização de um modo geral. É um modelo que permite ser muito mais controlado em termos de desperdícios de área e que sequencialmente vai provocar toda uma diminuição de custo de exploração e manutenção no seu ciclo de vida. Os próprios circuitos dos profissionais que utilizam o espaço e que prestam os seus serviços neste edifício, beneficiam da disposição verticalizada deste modelo, pois trocam as grandes deslocações horizontais por rápidas deslocações verticais em elevador, o que permite uma poupança de tempo profissional, e que na nossa opinião, ao longo de uma série de anos é um factor apreciável. Quais foram os principais desafios com que se deparou ao longo da coordenação desta obra e tendo em conta este modelo hospitalar? Rocha Lobo - Atendendo à experiência de ambas as partes (a Teixeira Duarte e a Aripa) o diálogo foi extremamente fácil. Não há grandes diferenças entre o trabalho de coordenação deste modelo com outros, em termos de desenvolvimento da obra. A compatibilização da arquitectura com as diferentes especialidades, tais como
Figura 3 - Da esquerda para a direita: Arq. Rocha Lobo, Arq. Sara Pelicano e Arq. Ilídio Pelicano
Como tive oportunidade de ler na vossa monografia, o desenho do Hospital de Cascais (bem como dos Hospitais de Sta. Maria da Feira, Tomar e Vale de Sousa) partiu de um contexto tipológico de "Núcleo Centralizado" (Central Core Hospitals). Podem explicar este conceito? Ilídio Pelicano - A Arquitectura vai evoluindo ao longo dos tempos, os modelos arquitectónicos também e, naturalmente, os modelos hospitalares, a partir de determinada altura, também tiveram o seu próprio desenvolvimento. Neste momento existem dois conceitos de modelo hospitalar. Um hospital que é desenvolvido no conceito de modelo planimétrico, com menor volumetria e um desenvolvimento sequencial dos serviços em planta (ao longo de uma extensão horizontal). No caso do Hospital de Cascais, definimos outro modelo, o tal "Núcleo Centralizado" cujo conceito se baseia na concentração espacial e na articulação funcional dos serviços de forma concentrada, ou seja, o designado Núcleo Central é um ponto nevrálgico do funcionamento hospitalar e todos os serviços se dispõem radialmente a uma curta distância do núcleo, permitindo deslocações verticais rápidas complementadas por curtas distâncias horizontais em cada piso. Este modelo tem uma base técnico-médica (pódio ou plateau) na qual assentam os internamentos. A entrada principal está ao nível do ambulatório, com o núcleo central na proximidade. Os serviços de apoio localizam-se, regra geral, nos pisos inferiores e os serviços de apoio médico de cariz tecnológico e reservado estão nos pisos superiores. Os internamentos ficam reservados aos últimos pisos, inacessíveis aos utentes externos e beneficiando de vistas amplas. Em termos de desenvolvimento arquitectónico, é um modelo de maior "rigidez", por comparação com o modelo hospitalar horizontal que permite uma maior flexibilidade. A diferença é que o modelo horizontal gasta muito mais área em termos de resolução dos problemas programáticos, enquanto o hospital de núcleo central, podemos dizer que é uma espécie de "fato à medida" pois gasta menos área, mas dá-nos
as instalações de águas e esgotos, o ar condicionado, as diversas instalações mecânicas, os gases medicinais, as instalações eléctricas, entre outras, em termos de trabalho de coordenação julgo eu que é idêntico. Neste hospital optámos por alojar toda a panóplia de instalações técnicas num piso intermédio sobre o designado plateau técnico (por baixo dos pisos dos internamentos) e mais uma vez salientando, tirámos partido da larga experiência de ambas as equipas neste tipo de obra e criámos pela primeira vez um sistema inovador, através de um pavimento falso com bastante espessura, onde a circulação é possível de forma facilitada ao pessoal da manutenção, e em que podemos mudar os equipamentos de um local para outro. Tivemos ainda um cuidado muito grande em termos das soluções de isolamento, sob o ponto de vista fónico e térmico e a opção pelo pavimento falso de ampla dimensão, serve também para reduzir o impacto das máquinas. A coordenação de uma obra desta envergadura envolve inúmera regulamentação e talvez esse seja um dos principais desafios: o cumprimento rigoroso de toda a legislação, e que no caso do Hospital de Cascais nos orgulhamos de ter conseguido num prazo recorde! É importante salientar, que todo o projecto de execução deste hospital foi realizado em 5 meses, o que é um prazo muito reduzido, mas foi o prazo acordado e exigido pelo Ministério da Saúde e pelos intervenientes da parceria. A obra, propriamente Figura 4 - Hospital de Núcleo dita, teve um prazo Centralizado
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B.I. Hospital de Cascais21 igualmente cumprido de 24 meses - e tendo em conta que, em meados do 3º mês do decorrer da mesma, o Tribunal de Contas levantou uma questão processual, o que fez reduzir consideravelmente todo o ritmo da obra durante 2 meses (ficou praticamente parada) - podemos concluir que houve de facto um empenhamento muito grande ao nível da execução.
Autoria: Nicolau Pais, Ideias e Design
Tratando-se de um concurso concepção/construção/exploração, o critério "preço" influenciou de alguma forma as soluções de projecto e as soluções construtivas? Consideram que seja um modelo económico favorável a este tipo de empreendimento? I.P. - Quando se ganha um concurso destes, existe um conjunto de diversíssimas condições que interferem na decisão do adjudicatário. A matriz fundamental, que leva a que se ganhe uma empreitada deste tipo começa, na realidade, pela realização de um projecto e começa pela definição estratégica do grupo financeiro, porque aqui estão envolvidos diferentes factores: há um financiamento, há um projecto, há uma construção, há uma manutenção, há uma exploração clínica e há uma prestação de cuidados clínicos. Portanto todo o grupo (e aqui de facto, quem tem dinheiro manda…) que irá manter o edifício, quer determinado tipo de soluções que depois não dêem muita despesa em termos de conservação/ manutenção. Define-se à partida a melhor estratégia, mas tudo começa pela matriz de projecto. A percentagem, ou o valor que tem o projecto e a construção num complexo de uma parceria deste tipo, é Figura 4 - Projecto do Hospital de Cascais (Perspectiva 3D) profundamente diminuto. Não chega a atingir 10% do valor total de uma proposta. É evidente que o projecto como matriz comanda os custos, depois a partir daí arrastam-se todo o conjunto de situações, que vai inclusivamente até ao tipo de equipamentos clínicos a instalar, ou ao tipo de materiais que vamos usar… Portanto a diminuição do custo de construção, define à partida, toda a panóplia de custos que se seguem e que se vão somando. Pena é muitas vezes, para desgraça de nós arquitectos, que nas parcerias público-privadas com cuidados clínicos, a grelha muito sistematizada (e que neste caso era uma grelha muito profunda e traduzia uma realidade que comanda desde logo a concepção, a exploração, a manutenção, etc.) dava, logo à partida, um valor muito pouco relevante ao projecto. No Hospital de Cascais, em concreto, a arquitectura e todas as especialidades representaram apenas cerca de 4% do valor total da classificação, e era a matriz que conduzia à classificação final e que conduzia aos custos, aos financiamentos, às manutenções e às explorações e actos médicos. Mas há aqui uma grande vantagem relativamente às anteriores concepções. Quando se tratava de concursos em que o Estado pagava e a grelha se tratava exclusivamente no binómio preço/concepção ou preço/construção, e em que no final pegamos no objecto
o entregamos ao Estado…a manutenção é da responsabilidade do Estado. Bem, naturalmente, quando a decisão é por preço, e nestes casos, infelizmente, é o que se passa, com mais ou menos esforço, para se ganhar um hospital, ganha-se pelo preço menor! Daí que em alguns projectos e obras, (alguns nos quais eu inclusivamente já colaborei) os acabamentos e até a própria concepção em geral, acabam por não ter o nível que nós, arquitectos, consideramos expectáveis … acontece que o preço é decisório! Ora no caso do Hospital de Cascais entrou em jogo um factor extremamente importante: a manutenção a 30 anos. Assim sendo, mudamos o contexto de pensamento de forma radical. Embora fazendo uso eventual dos mesmos modelos tipológicos, mas mais evoluídos, mais humanizados, começamos a pensar noutro tipo de qualidade do objecto que vamos oferecer ao público. Não só ao público que o utiliza trabalhando lá, como àquele que o irá manter, e obviamente também ao público que vai lá ser tratado. S.P. - Quanto a mim, colaborar no projecto deste hospital foi muito compensatório profissionalmente. Serviu, sobretudo, para desmistificar aquela colagem que existiu ao longo dos anos 80 e 90, sobre os hospitais verticais, que significavam à partida: a utilização de materiais miseráveis, custos muito reduzidos, edifícios com menor qualidade. Esta experiência serviu para demonstrar que, sim, o modelo significa uma economia, por racionalidade de espaço e de lógica de funcionamento, mas pode ter tanta ou maior qualidade como qualquer outro modelo. Considero esta nova visão do modelo verticalizado como sendo muito importante. R.L. - Falando em números concretos, o custo da construção do Hospital de Cascais foi de 50 milhões de euros e o custo total do contrato são 400 milhões de euros. Ora para percebermos a diferença, há aqui uma componente que é extremamente importante - trata-se da manutenção a 30 anos (da responsabilidade da Teixeira Duarte) e também a exploração médica do hospital durante 10 anos (responsabilidade da HPP Saúde). Relativamente à qualidade é evidente que houve uma enorme preocupação. Posso afirmar, sem dúvidas nenhumas, que no caso concreto deste hospital, temos um nível de acabamentos e um nível de construção com um grau de qualidade que se assemelha muito ao que de melhor se faz pelo resto da Europa, nomeadamente aos exemplos dos países nórdicos (Dinamarca, Suécia, etc.) Quanto à questão do modelo económico usado nas PPP: trata-se de um modelo que não foi criado em Portugal, é um modelo importado, que terá sido melhorado, ou pelo menos adaptado à situação portuguesa, e foi a entidade Estado que o adaptou. No entanto, avaliar os resultados do mesmo… bom, julgo que é ainda muito cedo para se fazer balanços. Para já, podemos dizer que, fazer um hospital nesta modalidade públicoprivada, é enfim, comparativo à pessoa que coloca a questão “deverei alugar uma casa ou comprar a casa?” Nesta modalidade, o Estado está a comprar um edifício, que vai pagar durante 30 anos, como um cidadão compra o seu andar e o paga ao longo desse período. O Estado, está
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B.I. Hospital de Cascais22 neste momento (no caso do Hospital de Cascais) a pagar 2 rendas mensais: uma renda para o acto médico e exploração clinica do hospital, e uma renda para a ocupação do hospital. E atenção que há multas que estão previstas por incumprimento, quer da parte clinica quer da parte da manutenção. Por exemplo, se houver alguma deficiência que impeça determinado serviço de funcionar (uma sala que seja…) há penalizações para isso. Neste tipo de projectos hospitalares, a forma segue a função ou a função segue a forma? E quais são as principais preocupações quando se desenha, pensa e constrói um Hospital? I.P. - Essa é uma pergunta que nós próprios nos colocamos em todos os projectos! No início, a panóplia de inputs que nós temos de considerar para desenvolver um hospital são muitos e à medida que vamos evoluindo, os graus de liberdade vão diminuindo, até que a certa altura já não há qualquer grau de liberdade e passamos à prática. Posso dizer que trabalhamos sempre em equipa e vamos definindo…fazemos uma sucessão de reuniões, dialogamos, debatemos, discutimos, criticamos… Semana após semana reunimos para que daí resulte a melhor solução possível. Não temos imagens de marca definidas à partida, nem há imagens visuais de arquitectos que "chefiam". Há fundamentalmente, a criação de um objecto que sirva o seu propósito e com o qual nós próprios nos sintamos bem. Mas partimos literalmente da folha em branco e damos sempre o nosso melhor.
virá a obter o nível A+ de certificação energética.
S.P. - Sem querer que a minha resposta pareça "politicamente correcta", a verdade é que quanto a mim, o que é mais importante realmente é a atenção ao utente. E para servir bem o utente, todo o conjunto de serviços e instalações têm de ser rentáveis e o próprio edifício tem de ser sustentável. Não pode ser um edifício que resulte num buraco financeiro, porque nesse caso todos nós - contribuintes - mais tarde, ou mais cedo, sofremos com isso. Encaramos desde cedo, todas as preocupações no acto de desenhar e projectar de uma forma muito abrangente, e debatemos imenso estas questões ao longo de todo o desenvolvimento do projecto.
Que balanço fazem da colaboração TEIXEIRA DUARTE/ARIPA e da concepção/construção deste Hospital? Gostariam de repetir a equipa em projectos futuros? I.P. - Deus a oiça! [risos] Sim, correu muito bem. Não nos facilitando a vida uns aos outros, antes pelo contrário. Somos exigentes e também conseguimos viver bem com as exigências que nos fazem. Em termos de intervenção fizemos a conceptualização. O Arq. Rocha Lobo teve um papel muito importante na coordenação e que eu resumiria assim: libertou-nos a nós - Aripa - de toda uma carga de trabalho muito grande, que é aquilo que se considera coordenação global de todo o projecto e das especialidades. Tivemos assim um dialogante que nos foi dando alguns feedbacks. Mas é evidente que, se eles não conseguissem viver connosco, se nós lhe déssemos mau produto, não estaríamos aqui para esta agradável conversa [risos].
Foto: Ricardo Gonçalves
Sobre a ARIPA, SA... Foi fundada em 1979 pelo Arq. Ilidio Pelicano, integrando posteriormente a Arq. Sara Pelicano. O seu principal campo de actuação consiste na elaboração de projectos de arquitectura e planeamento em variadas áreas, tais como saúde, habitação (de luxo e de custos controlados), equipamentos sociais, culturais e de ensino, tanto na vertente de projecto de raiz, como na recuperação de edifícios existentes. Tem sido igualmente desenvolvido trabalho nas áreas de consultoria e revisão de projectos.
Figura 5 - Hospital de Cascais (Piso Técnico)
E a equipa de coordenação participa activamente nestas reuniões? R.L. - Sim, claro. Mas para responder à questão anterior, penso que já em nenhum projecto a forma segue a função… direi que um hospital é talvez dos edifícios cujo programa funcional é dos mais complexos. A funcionalidade de um edifício hospitalar tem de estar sempre presente no acto de concepção. Cabe ao arquitecto gerir essas necessidades funcionais dos serviços e a interligação desses serviços todos, conseguindo que no resultado final se possa dizer que se trata de um objecto arquitectónico de qualidade e não transmita que é assim porque a função o obrigou. Magazine Digital eUAU! - Julho 2010
Tendo em conta os novos desafios em termos de sustentabilidade, foram equacionadas medidas de eficiência energética no projecto e na construção deste hospital? R.L. - Sim, absolutamente. Ao longo da execução do projecto foram asseguradas diversas medidas ao nível da escolha de revestimentos e acabamentos, nomeadamente no que respeita à "skin" ou "pele" do edifício, que foi pensada para ter um conjunto de características conducentes a que o Hospital pudesse vir a ser certificado no nível A+ e há aqui um aspecto que é muito importante salientar. O concurso deste hospital foi lançado em 2004, a proposta foi apresentada em 2005, e só em 2007 arrancámos com o projecto de execução. Nessa altura (entre 2006 e 2007) foi posta em vigor toda a legislação que diz respeito à necessidade de certificação energética dos edifícios, e embora, todo o concurso e todos os pressupostos iniciais do contrato tivessem sido dados e elaborados sem essa legislação em vigor, o projecto já teve de os cumprir. Fizemos verificações e adaptações ao projecto (apesar do mesmo ir a meio) e respeitámos rigorosamente toda a legislação nesse âmbito. E, acrescento ainda, que embora a certificação só seja obtida ao fim de 2 anos do edifício estar em funcionamento, neste momento, já temos os indicadores que apontam para que o mesmo
Sobre a Teixeira Duarte, SA... Fundada em 1921, a Teixeira Duarte é hoje um dos maiores Grupos Económicos Portugueses. O Grupo Teixeira Duarte conta actualmente com perto de 13.500 trabalhadores a operarem em 16 países, em 4 continentes e desenvolvendo a actividade em 8 sectores diferentes como a Construção, os Cimentos Betões e Agregados, as Concessões e Serviços, a Imobiliária, a Hotelaria, o Comércio Alimentar, a Comercialização de Combustíveis e de Viaturas. No que respeita à construção, possuem um extenso portfolio que inclui grandes infra-estruturas como pontes, barragens, hospitais, estradas, edifícios e inúmeras obras públicas.
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Perfil23 Arq. Ilídio Pelicano Administrador ARIPA
Destaque um projecto ou acontecimento do seu percurso profissional. Numa vida de vários anos, projectos e acontecimentos interpenetramse não vivendo em geral, uns sem os outros. Um primeiro projecto/ acontecimento acontece com o projecto do Centro de Saúde de Terras de Bouro(1978), a formatação de um percurso profissional acontece com o projecto e construção do Hospital de Ponta Delgada(1998/2005) e acontecimentos puros de âmbito profissional aconteceram sempre, em todos os momentos em que se “morreu” na praia ou ainda quando recusamos avançar em parcerias que nos coarctavam a independência como projectistas e nos levaram a procurar outros parceiros e outras vias profissionais mais enriquecedoras. Existe alguma pessoa que tenha marcado a sua evolução social/ profissional? Sob a perspectiva do sonho, o meu avô materno, no âmbito do rigor, princípios, honestidade, empenhamento e perseverança, os meus pais. Na área profissional, todos aqueles que acreditaram no trabalho colectivo de uma equipa onde me insiro e na qual constituo apenas uma unidade mais experiente. Que música lhe dá vontade de cantar em voz alta? Como criação humana, a música, seja ela erudita ou de raíz popular de qualquer lugar do mundo, é uma simbólica por vezes eivada de um ritual próprio. Como tudo na vida, apetece-me cantar, chorar ou até murmurar de acordo com o espaço, o tempo e as circunstâncias, com base nos “meus estados de alma“. Em alta voz, em baixa ou até em silêncio, o canto surge em mim como um acto natural da vida e das mais variadas formas e ritmos. Qual o seu passatempo favorito? Ler, ouvir música mas, sobretudo, saborear a natureza percorrendo-a, sentindo-a e poder sentar-me a observá-la quando ela se nos impõe. Gosto de caminhar, subir à alta montanha e reflectir sobre a vida, na quietude, simplicidade e grandiosidade do observado. Qual é a sua viagem de sonho? Subir a Machu Pichu, percorrer o Grande Canyon, atingir o continente Antártico através da Patagónia e por fim, realizar o trajecto ferroviário transiberiano. Qual foi a última ideia absurda que teve? Pensar que a Arquitectura era algo importante sem a qual me seria impossível viver. Qual a opinião acerca da evolução da economia? A especulação, o lucro desenfreado e a perda de referências e valores,
Fotografia: Arq. Ilídio Pelicano
conduzir-nos-à, inexoravelmente, à destruição como seres humanos, se não lhe opusermos os valores da solidariedade, da fraternidade e da caridade como bases éticas e morais, na criação de um Estado Social onde impere a Justiça, o Rigor das actuações e a Verdade num contexto de Liberdade. O que lhe falta fazer na sua vida? Valorar as pequenas coisas da vida, todos os dias, em detrimento daquilo que nos destrói. Continuar a levantar-me mil vezes por cada mil quedas que dê. Se possível, consegue resumir a sua Filosofia de Vida? Perseguir o Sonho até que os meus olhos se fechem à Luz. Se possível, transmitir a minha experiência a quem dela saiba fazer uma análise crítica, em função dos novos tempos que se seguirão. Pode partilhar uma ideia que possa melhorar Portugal? Verdade e Adequação entre o que se propagandeia e o que se realiza ou está a acontecer. Liderança catalizadora dos anseios de um Povo e pragmatismo nos caminhos traçados para os atingir.
ARIPA - Ilídio Pelicano Arquitectos, SA Rua Julieta Ferrão 12,11º, 1600-131 LISBOA Tel: 217 826 270 Fax: 217 826 279 www.aripa.pt geral@aripa.pt
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Espaços de Conforto24 Entender o projecto numa vertente técnico-económica
Eng. Hugo Delgado Engenheiro de Projecto hugo.delgado@lge.com
A definição de eficiência energética não se extingue no estudo de viabilidade técnico-económico, mas na forma como é pensada a manutenção e garantido o correcto funcionamento da instalação em toda a sua vida útil.
A forma de conceber projecto à luz do decreto-lei 79/2006 precede de um crescimento acentuado dos sistemas de climatização, de forma generalizada, em todos os sectores de actividade e residencial, e especialmente exacerbada nos edifícios do sector terciário, revelando neste a maior evolução nos consumos energéticos em todos os sectores da nossa economia, conforme enunciado no próprio decretolei. Paralelamente, lacunas na exigência para o cumprimento dos caudais mínimos de ar novo, na avaliação do desempenho energético dos sistemas de climatização e na adopção de planos de manutenção activos, contribuíram para a convergência num ponto de inflexão para a melhoria da qualidade e rigor técnico dos nossos projectos.
Figura 1 - Validação da potência térmica para os sistemas de climatização
Torna-se importante destacar a responsabilidade e o compromisso de todas as figuras no processo, para que o resultado final se dissolva numa mensurada, transparente e real poupança energética, e simultaneamente no cumprimento da qualidade expectável. Para isso, a selecção do sistema de climatização a incorporar na concepção do projecto, deve ser objecto de um estudo de viabilidade técnico-económico, contemplando a validação da potência térmica e análise do período de retorno do investimento. De uma forma célere e assertiva, apresenta-se um estudo comparativo entre dois sistemas de climatização: bomba de calor a operar com fluido frigorigéneo entre a unidade exterior e as unidades interiores. O sistema Multi Split é constituído por uma unidade exterior e duas unidades de climatização interiores, totalizando para o estudo, dois sistemas Multi Split. O sistema Multi V é constituído por apenas uma unidade exterior e quatro unidades interiores.
Figura 2 - Cálculo de período de retorno de investimento
A validação da potência térmica demonstrada na tabela, pretende comparar as potências térmicas obtidas em regime nominal, para os dois sistemas, em conformidade com as cargas térmicas determinadas para cada espaço a climatizar. A selecção do modelo de climatização obedece ao critério de aproximação de potência térmica, debitada pela unidade exterior e coeficiente de simultaneidade, de forma a ser validado com as cargas térmicas dos espaços. Verifica-se um diferencial relativo desprezável entre sistemas de 2,5%, viabilizando tecnicamente o estudo. Na análise de payback é contemplada a operação conjunta dos sistemas Multi Split 1 e Multi Split 2 na comparação com o Multi V, revelando uma poupança eléctrica anual de cerca de 3942 kWh a favor do Multi V para cerca de 8 horas diárias de funcionamento. Demonstra-se um período de retorno de investimento em cerca de 3.6 anos, justificando a adopção de um sistema centralizado Multi V, invés de descentralização em diversas unidades exteriores. Como nota final, refere-se contudo que a utilização de ferramentas que permitam justificar os sistemas de climatização, numa vertente técnico-económica, não constituem por si só a definição de eficiência energética, esta apenas se torna realmente válida, quando acompanhada por uma garantia dos meios para a manutenção em todas as fases do processo (projecto, instalação e manutenção) e princípios de manutenção, em todo o período de vida útil.
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Campanha Desconto 50% em Formação Autodesk REVIT - TECAD Os Clientes LG Ar Condicionado podem adquirir o software AutoCAD REVIT MEP Suite + NormaBIM, beneficiando da oferta de 50% de desconto na participação em Acção de Formação de REVIT MEP, com a duração de 40 horas, oferta no montante de 250 euros por cada licença adquirida.
Os Clientes LG Ar Condicionado, podem adquirir o software AutoCAD REVIT Architecture Suite + NormaBIM, beneficiando da oferta de 50% de desconto na participação em Acção de Formação de REVIT Architecture, com a duração de 40 horas, oferta no montante de 250 euros por cada licença adquirida.
Notas: • Formação a realizar nas instalações TECAD • O valor do software inclui subscrição anual e suporte telefónico TECAD • Estão disponíveis linhas de financiamento em Leasing através de protocolo TECAD - BNP Paribas • A LG Ar Condicionado deverá confirmar à TECAD a elegibilidade de estatuto de Cliente
Notas: • Formação a realizar nas instalações TECAD • O valor do software inclui subscrição anual e suporte telefónico TECAD • Estão disponíveis linhas de financiamento em Leasing através de protocolo TECAD - BNP Paribas • A LG Ar Condicionado deverá confirmar à TECAD a elegibilidade de estatuto de Cliente
Descontos na aquisição de Soluções de Projecto - TECAD Os Clientes da LG Ar Condicionado beneficiam de um conjunto de benefícios na aquisição de Produtos e Serviços da TECAD, nomeadamente os seguintes: • Desconto 20% em qualquer Acção de Formação realizada na TECAD • Desconto de 20% na aquisição de NormaBIM (inclui equipamentos LG em formato BIM) • Desconto de 20% na aquisição de NormaCAD (inclui equipamentos LG em formato CAD) • Desconto de 2% na aquisição de AutoCAD LT + Subscrição Anual • Desconto de 2% na aquisição de AutoCAD + Subscrição Anual • Desconto de 2% na aquisição de AutoCAD Civil 3D + Subscrição Anual • Desconto de 2% na aquisição de Ecotect Analysis + Subscrição Anual • Desconto de 2% na aquisição de AutoCAD Revit Architecture Suite + Subscrição Anual • Desconto de 2% na aquisição de AutoCAD Revit MEP Suite + Subscrição Anual • Oferta de Publicação bimestral eUAU! impressa e enviada por correio, para aquisições com subscrição
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Laboratório26 Suporte Técnico
Duarte Miranda MCP - Microsoft Certified Professional dmiranda@tecad.pt
Este mês escrevo-vos sobre a importância do Suporte Técnico Informático e a forma como, na TECAD, o podemos ajudar a solucionar as suas dúvidas e os seus problemas informáticos, da melhor maneira.
Afinal o que se procura num serviço de Suporte Técnico Informático? Efectuei um breve “estudo estatístico” que consistiu em questionar quatro pessoas de áreas diferentes acerca do que entendem e o que pretendem acerca do “tal” suporte técnico. 1. O Informático respondeu - “Trata-se de um conjunto de serviços que fornecem assistência a produtos tecnológicos como, computadores, impressoras, servidores entre outros. Os diferentes serviços têm como objectivo ajudar o consumidor na resolução de dificuldades técnicas específicas de um determinado produto” 2. O Comercial respondeu - “É uma maneira do cliente dinamizar o seu próprio negócio sem problemas e sem interrupções, garantindo o funcionamento correcto da infra-estrutura informática” 3. O Arquitecto respondeu: “Ajudar-me a fazer a melhor utilização das soluções e garantir o funcionamento de tudo, preferencialmente ser dar “erros fatais” e ficheiros corrompidos…” 4. O Utilizador “comum” respondeu - “Pretendo que me ajudem a resolver os problemas que tiver num determinado serviço e, sem não se conseguir resolver, que me aconselhe a melhor forma de o conseguir” É engraçado verificar que, embora por palavras diferentes, querem todos o mesmo! Afinal, aquilo que o cliente pretende é o que temos para oferecer: • Optimização de recursos existentes • Resolução de problemas tecnológicos • Aconselhamento técnico adequado • Relação de confiança mútua Crescemos no seu sucesso. E como? Disponibilizamos vários níveis de suporte técnico, pontual ou preventivo: • Nível Básico Configuração de routers, reparação de avarias em computadores, actualizações de sistema operativo, instalação de aplicações de software, etc. • Nível Intermédio Contemplamos neste nível uma maior complexidade do tipo de suporte garantindo. Exemplos: configuração de redes informáticas sem servidor, configuração de switches, routers, access points, backups, etc. Magazine Digital eUAU! - Julho 2010
• Nível Avançado Destinado a um ambiente Business-to-Business, tendo entre outras características, a instalação e configuração de servidores, servidor de email interno, acesso remoto, etc. Apresento seguidamente um exemplo da solução de manutenção preventiva. Contrato Técnico de Suporte Regular Segurança e estabilidade em toda a rede informática Apresentação O Contrato Técnico de Suporte Regular tem como objectivo, garantir o sucesso da implementação e a correcta exploração das soluções de equipamentos instalados. Inclui as seguintes actividades: • Manutenção preventiva de equipamentos • Actualização de sistemas operativos e drivers • Actualização de sistema antí-virus • Verificação de backups • • • • •
Manutenção preventiva a outros sistemas existentes Formação no local de instalação Acompanhamento técnico de projectos específicos Consultoria Resolução pontual de problemas
Características O Contrato de Suporte Técnico Regular assegura estabilidade e segurança em toda a rede informática, incluindo servidores, computadores, comunicações e periféricos, reduzindo a possibilidade de incidentes que possam perturbar o normal ambiente de produção. Destacamos as seguintes características: • Mínimo de 1 intervenção local por mês • Máximo de 3 intervenções locais mensais sem custos adicionais • Suporte técnico pontual local em menos de 16 horas úteis • Suporte técnico por telefone, email e remoto sem encargos adicionais • Acompanhamento técnico de projectos específicos • Identificação de sistemas e documentação dos mesmos • Consultoria informática • Auditoria de segurança informática • Formação no local a utilizadores • Suporte técnico garantido por técnicos Certificados Microsoft • Prioridade de intervenção técnica Na TECAD dispomos de uma grande variedade de serviços que acredito se adequam às exigências do mercado nos diversos sectores a nível informático. Como cada caso é um caso, não perde nada em nos consultar tecnicamente. Aquele problema que pode parecer muito sério…na maioria das vezes, até é de fácil resolução. E se não for, cá estaremos à mesma para o ajudar. Termino, relembrando que poderá consultar toda a informação detalhada sobre os diferentes níveis de serviço de Suporte Técnico no portal da TECAD, em www.tecad.pt.
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Ficha Técnica27 Sistemas Informáticos - VoIP
Abel Prada Técnico de Suporte SI aprada@tecad.pt Se não conhece a fundo o serviço VoIP, certamente que já ouviu falar no mesmo. Então o que é este serviço? VoIP, ou “Voice over Internet Protocol”, é um protocolo para utilizar sinais de áudio analógicos (como aqueles que se ouvem quando se fala ao telefone), mas transformando-os em dados digitais que podem ser transmitidas através da Internet. Como é que pode ser útil? Um exemplo prático é que se pode transformar uma ligação de Internet numa maneira mais económica de fazer ligações telefónicas. Isto é possível com diversas aplicações disponibilizadas por operadores para ligações VoIP (ligações de PC a PC ou telefónicas). O VoIP é uma tecnologia revolucionária que tem o potencial de reformular completamente os sistemas telefónicos mundiais. Alguns operadores oferecem planos de minutos, mas a maioria trabalha com o sistema de créditos, efectuando-se o pagamento por adiantado à operadora. À medida que se fazem ligações, os créditos serão debitados da conta. Em função do equipamento disponível, podem ser estabelecidos os seguintes tipos de chamadas telefónicas: • PC-a-PC - o computador pessoal (PC) necessita de ter instalado um programa de um operador VoIP. Tudo o que necessita é o software, que tem que estar instalado em ambos os PC’s, um microfone, auscultadores, e uma ligação à Internet • PC-a-telefone - como no caso anterior, o PC deve ter instalado um programa através do qual seja possível marcar o número do telefone do seu destinatário, ou utilizar um
telefone IP ou um telefone tradicional (rede pública de serviço telefónico/public service telephony network - PSTN) com adaptador ATA (Analogue Telephone Adapter). O ATA é um conversor que utiliza o sinal analógico de telefone e o converte em dados digitais para a transmissão. • Telefone-a-telefone - este tipo de chamada tem a vantagem de não ser necessário ligar o computador. Os telefones IP ligam--se directamente ao “router” de acesso a internet tendo os próprios equipamentos o software integrado para estabelecer uma ligação IP.
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O VoIP, sendo um serviço digital, tem inúmeras vantagens que não podem ser encontradas nos serviços telefónicos tradicionais. Além disso, se um utilizador tiver um acesso de banda larga sempre disponível (always on) não precisa de ter uma linha telefónica só para efectuar chamadas. Vantagens: • “Margem de manobra”: Supondo que os empregados de uma empresa não se encontram todos na mesma central, podem-se atribuir extensões de um único número, podendo assim as chamadas serem “transferidas” sem que a pessoa do outro lado se aperceba que os empregados não se encontram na mesma “central”. • Novas Funcionalidades: VoIP permite que se acedam a novas funcionalidades, não encontradas na linha telefónica convencional, como por exemplo: vídeo conferência. • Monitorização de chamadas: Numa empresa com o serviço VoIP consegue-se monitorizar, por exemplo, estatísticas sobre as chamadas efectuadas pelos utilizadores, de uma forma muito simples e eficaz.
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Desvantagens: A maior desvantagem sobre o serviço VoIP é que não funciona quando falha a energia ou internet. No entanto, em caso de falha de energia, esta desvantagem pode ser ultrapassada se dispuser de uma fonte ininterrupta de alimentação convenientemente dimensionada (UPS). Em caso de falha de internet será mais complicado. Com isto podemos concluir que o inovador serviço de VoIP permite-nos reduzir custos sobre as chamadas de uma forma segura e simples, obtendo várias vantagens relativamente ao sistema actualmente utilizado.
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Ficha Técnica28 AutoCAD 2011 - Novidades 3D! Nesta nova versão de AutoCAD, a Autodesk introduziu várias melhorias e novas funcionalidades para os utilizadores que fazem uso da aplicação, na sua vertente de modelação em 3D. Sérgio Antunes Técnico de Aplicações santunes@tecad.pt Desde logo notamos um novo “Workspace” na lista do AutoCAD 2011. Passam a existir dois “Workspaces” para a modelação em 3D: o “3D Basics” e o “3D Modeling”. O primeiro tem as ferramentas mais comuns para se executar um modelo 3D simples, enquanto o segundo apresenta um maior número de ferramentas para operações mais complexas. Neste momento o AutoCAD 2011 permite, também, a utilização de dispositivos “3Dconnexion” Figura 1 - Workspaces e 3D Gizmos tendo integração na nova “Navigation Bar”. Os “3D Gizmos” foram actualizados para uma melhor compreensão. Passaram a ter maior consistência com as operações que executam.
para a aplicação de um “Fillet” ou de um “Chamfer” automaticamente nos sólidos que estiverem a modelar. Estas novas funcionalidades aceleram os processos de modelação dos objectos. Basta clicar no comando, seleccionar a aresta do sólido a modificar e introduzir o raio ou a distância pretendida. E pode ainda seleccionar mais do que uma aresta de uma só vez.
Figura 3 - “Chamfer and Fillet Edges”
Outra novidade presente nesta versão é a separação de “Object Snaps” nos objectos 2D e 3D. Esta funcionalidade é extremamente útil a quem utiliza as duas variantes de desenho simultaneamente. O utilizador pode agora, por exemplo, estar a criar um objecto 2D onde já existam objectos 3D e, se desligar a opção “3DOSNAP”, o AutoCAD 2011 apenas irá encontrar os pontos notáveis das entidades bidimensionais. O inverso também é possível bastando para isso que
Figura 4 - “OSNAP e 3DOSNAP”
os utilizadores desliguem o “OSNAP” e mantenham o “3DOSNAP” ligado. Este botão pode ser ligado e desligado na barra de funções do AutoCAD. Por último, considero importante salientar, que a Autodesk resolveu colocar a biblioteca de materiais idêntica para todos os seus produtos neste novo portfólio das versões 2011, motivo pelo qual destaco ainda o novo aspecto da biblioteca de materiais do AutoCAD. Caso o utilizador possua outras aplicações de software Autodesk, que também utilizem bibliotecas de materiais para renderização, ou simplesmente para visualização, o aspecto agora é sempre este:
Foi adicionado um leque diversificado de estilos visuais predefinidos. No separador “Home” do “Workspace > 3D Modelling” os utilizadores podem agora aceder aos novos estilos visuais “X-Ray”, “Shades of Gray”, “Sketchy” e “Shaded with Edges”. No separador “Solid” os utilizadores encontram comandos directos Figura 2 - Novos estilos de visualização
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Figura 5 - Nova Biblioteca de Materiais em todas as aplicações Autodesk
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Ficha Técnica29 Robot Structural Analysis - Ligações Metálicas
Layouts das ligações Existe um layout onde podemos ver um esquema ligação.
Uma das características que faz do Robot Structural Analysis Professional um software líder no cálculo estrutural, é a verificação da segurança de ligações metálicas.
Um layout com uma vista 3D da ligação.
Um layout com a estrutura completa.
Eng. Nuno Santos Engenheiro Mecânico ns@estupe.com O facto de este processo ser prático e simples, torna-o numa ferramenta muito poderosa. O cálculo e dimensionamento de ligações metálicas é possível usando o eurocódigo EN 1993-1-8:2005/ AC:2009, entre outros códigos internacionais. No menu de ligações metálicas temos acesso a diferentes tipos de ligações: Ligação beam-beam
Ligação column base, rotulada
Ligação fram knee
Ligação column base, base em betão
Ligação column-beam
Ligação angular
Ligação column-beam (dois lados)
Ligação column base, fixa
Ligação tubular Ligação com placa gusset
Para utilizar uma das ligações, basta seleccionar na estrutura os perfis que pretendemos ligar, e o software diz-nos qual o tipo de ligação adequada. A partir deste momento, temos à nossa disposição um menu interactivo onde podemos consultar, ajustar, e escolher, as características da nossa secção, desde os perfis utilizados, espessuras das chapas, diâmetro e quantidade dos parafusos, colocação de enrijecedores, as soldaduras. Depois de colocarmos as características da nossa secção como pretendemos, o software verifica se a mesma está conforme o código escolhido por nós. Fazendo este cálculo, e conforme o resultado obtido podemos optimizar a ligação ao máximo.
Um layout com os resultados completos.
Resultados Nos resultados temos acesso a toda a informação referente à ligação calculada, nomeadamente: • Geral: o número e tipo da ligação, e quais os elementos envolvidos; • Geometria: altura e largura da secção, espessura da aba, espessura do banzo, área e momento de inércia da secção, resistência; • Parafusos: diâmetro, classe, resistência à tracção, número de linhas, número de colunas, espaçamentos; • Chapas e Soldadura; • Cargas: momento flector, esforço cortante, esforço axial em ambos os elementos de ligação; • Resultados: resistência dos elementos, parâmetros geométricos da ligação, resistência da ligação à flexão, à compressão e ao corte e resistência da soldadura. Após termos calculado e optimizado correctamente a nossa ligação, podemos exportá-la para o AutoCAD Structural Detailing, para retirar todos os desenhos de pormenor, desenhos de produção, assim como listas de quantidade e materiais.
Figura 1 - Menu de edição de ligações metálicas
Figura 2 - Layout de desenhos para impressão
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Ferramentas de Arquitecto30 Vidro Estrutural no AutoCAD Architecture
Arq. Pedro Aroso Formador AutoCAD Architecture pedroaroso@clix.com
Embora os conteúdos do AutoCAD Architecture (antigo ADT) criados para mercados locais estejam disponíveis para todos os clientes, independentemente do país onde vivem, a grande maioria dos utilizadores parece desconhecer esta realidade.
Alguns vinham incluídos no próprio DVD de instalação mas, desde a versão 2009, é preciso fazer o download a partir da página de subscrição. Um dos meus pacotes preferido, que é também o mais antigo, é o D A CH, desenvolvido para os países de expressão germânica: Alemanha, Áustria e Confederação Helvética (Suíça). No entanto, ao importar alguns dos objectos nele alojados para um template diferente, podem surgir alguns contratempos como acontece, por exemplo, com o estilo de Curtain Wall designado Structural Glazing (Vidro Estrutural), em que o vidro aparece opaco, não bastando alterar o material para o tornar transparente (figura 1). A solução A solução para este problema, que já me apoquentava há algum tempo, descobri-a fazendo explodir a Curtain Wall Unit, mudando seguidamente os materiais dos Mass Elements que a compõem. De imediato, resolvi partilhá-la com o Odin Cary, responsável pelo melhor site Figura 1 independente dedicado ao AutoCAD Architecture, que me ensinou a forma mais inteligente para resolver este imbróglio.
1. No Style Manager, abra em cascata Multi-Purpose Objects>Material Definitions>Glazing.Glazz.Clear. 2. Quando abrir a janela Display Properties, active Genaral Medium Detail (figura 2).
Figura 2
3. Depois, em Render Material, clique em Browse e seleccione GLASS CLEAR (figura 3)
Figura 3
4. Repita a operação, associando a Metals.Ornamental Metals.Stainless. Satin o material METAL.STEEL, para que os elementos estruturais fiquem com o aspecto de aço (figura 4) Thank you Odin Cary! www.archidigm.com
Figura 4
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A Cor dos Números31 A Saída da Crise Ainda ontem, a crise estava instalada para ficar. Você, eu e o país inteiro andávamos para aí com ar macambúzio de a quem lhe cobram o que querem e não lhe pedem licença. Gabriel Serra Técnico Oficial de Contas gabrielmpserra@gmail.com Depois, o “professor” Queiroz era um tipo sem carisma, não dominava o balneário, tinha levado para a África do Sul uma cambada de coxos, a jogar assim não vamos a lado nenhum, é só empatas, como querem que o país cresça, questionavam os mais cépticos depois do jogo com a Costa do Marfim, os quais, segundo as últimas sondagens de opinião à boca do jogo, melhor, no fim deste, representariam próximo dos 89,99 % de descontentes. Que os restantes (os felizes) fazem, como se sabe, parte do Governo ou são mandatários deste nas secretarias de estado e nos organismos e empresas públicas, ou então serão grandes empresários apadrinhados nas obras públicas ou nos negócios de ganhar muito sem concorrência, os quais terão mais que fazer do que ver a “bola”. Mas hoje é hoje e, à hora que escrevinho este artigo, é o que se vê: o país acabou de sair brilhantemente da crise. Ganhámos à Coreia do Norte e ganhámos bem. 7-0 sempre são 7-0 e tira qualquer país da crise, mesmo que tenha sido apenas num jogo de futebol. Melhor seria que tivessem sido em exportações/importações com o seu vizinho chinês, mas não se podendo ter tudo, tenha-se o que se pode. Depois sonhar ainda não é proibido e, por ora, não paga imposto. Sendo assim, sonhe-se, pois. Podem até porem-nos o chip grátis no carro (ou onde acharem por bem) para controlarem o que muito bem entenderem da nossa vida, que entretidos como estamos a ver o último golo do Ronaldo, nem damos por isso. E mais 1% em todos os escalões do Iva ou o aumento das deduções do IRS com efeitos retroactivos nas contas finais tem algum significado perante a garantida passagem aos oitavos de final? Nada, garantidamente. Prometo que se passarmos aos oitavos substituo a gravata por um cachecol com as cores nacionais, ainda mais se for o “português” Liedson a marcar, embora com sotaque brasileiro, o golo da vitória. Pintar a cara de vergonha não me parece aconselhável, que na Europa dita civilizada é o pão nosso de cada dia. Por falar em Europa civilizada, consta que é aqui que residem os banqueiros que se dispõem a dar-nos uma “esmola” a troco de juros altamente usurários, segundo o princípio de que só se empresta a quem não precisa ou, se precisa, pague mais por precisar. Mas o que importa isso, perante a estrondosa vitória (nem que seja por meio a zero) sobre o colosso que nos calhar nos oitavos de final? Apenas ninharias. O único óbice é se nos calha a Espanha. Aí, a coisa
pode fiar mais fino. É que a Espanha, com problema semelhante o nosso, dá-lhe jeito, a ela também, poder varrer o lixo para baixo do tapete. E o que vale para si, empresa, terem-lhe reduzido o prazo para a dedução de prejuízos, que foi acumulando ao longo do tempo, de 6 para 4 anos, quando as empresas também são feitas de gente que se quer feliz? E não há nada que pague um grande jogo da selecção de todos nós. Ah! Agora que ganha já é “de todos”?! Se perdesse continuaria a ser do Queiroz e daqueles profissionais da corda, não era?! É sempre assim: dispomo-nos sempre a participar nos lucros. Quanto aos prejuízos, nunca, ou o menos possível. Deixem, que o Estado também faz isso. Cresce a euforia. Já estamos nos quartos de final. Afinal, tivemos sorte. Não apanhámos a Espanha, que também sobreviveu, e, fora a questão do lixo debaixo do tapete, tudo corre às mil maravilhas. Apesar de Queiroz estar longe de cativar como o Sargentão, o país vai-se engalanando com as cores da bandeira: nas janelas, nos carros, nas roupas e no próprio corpo. Se o Meireles repetir a façanha de marcar algum golo da vitória nos quartos, talvez ainda me disponha a tatuar-me nos braços. Era de homem. E enquanto faço isso, deixo de pensar que o que receber, como gestor, administrador ou gerente, a título de indemnização por cessação de funções, passa a ser tributado em IRS pela totalidade, quando antes era tributado apenas pelo que excedia uma vez e meia a média das remunerações regulares dos últimos 12 meses multiplicado pelo número de anos de trabalho. Mas esqueça estas tristezas, que não têm importância nenhuma, e vibre com o Campeonato do Mundo de Futebol. O Cabo das Tormentas já foi, no passado, ultrapassado com muito menos meios. Pode agora, como D. João II quis, transformar-se de novo em boa esperança. Afinal, já estamos nas meias finais. E não é por agora a sua empresa vir a ser tributada com uma taxa autónoma de 35% de IRC sobre as remunerações dos gestores, administradores e gerentes mencionadas no parágrafo anterior ou sobre os bónus e remunerações variáveis atribuídos áqueles, quando as mesmas representam mais de 25% da remuneração regular e sejam superiores a 27.500 euros, que vai desistir de assistir à vitória de Portugal na meia-final. Bem apanhámos outra vez o Brasil. Desta vez na final. Quem marca? Para tirar o país da crise, eu quero lá saber de quem marca: se marcarem três golos até podem ser do Liedson, do Deco e do Pepe. São imigrantes? Pois que sejam! Quando vou ao McDonald’s não é por ser servido por um(a) brasileiro(a) que o hambúrger tem sabor diferente. Já terão reparado que, por azar nosso, andámos a sonhar coisas impossíveis: já nos víamos sem a tributação de algumas SCUTS no norte do país, por eliminação do chip nas viaturas e vamos ser tributados em todas; quisemos um país sem governo, pelo menos em período de futebol e férias, e agora temos 2 (dois). De facto, depois da eliminação de Portugal, é preciso muito azar. Como diz o povo: “um azar nunca vem só!”. Felizmente, que aqui ao lado, para os espanhóis, a crise passou! É a selecção campeã do mundo que neste momento “governa” a alegria de uma nação. E são o próprio rei e o governo que lhe reconhecem o poder e lhe concedem as honras devidas. Segundo notícias de última hora, a Bolsa de Madrid e o PIB espanhol já estão em alta. Quanto a nós, fica a consolação de termos sido eliminados pelos campeões e, valha a verdade, a esperança de que alguma da alegria espanhola - no mais amplo sentido - venha a transbordar para o lado de cá. Bem haja o futebol!
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Truques e Dicas32 AutoCAD - Blocos Dinâmicos, Parte 2
Eng. João Santos Formador certificado e Autor AutoCAD jsantos@qualicad.com
Depois de, nos últimos números, termos introduzido os blocos dinâmicos, as restrições geométricas e as restrições dimensionais, vamos ver as restrições automáticas, novidade na versão 2011, e como aplicar as restrições nos blocos dinâmicos.
Restrições automáticas A versão 2011 introduziu a aplicação de restrições automáticas. Marcando o auxiliar gráfico INFER (Infer Constraints, <CTRL+SHIFT+I>, primeiro botão na linha de estados, variável CONSTRAINTINFER), à medida que vamos criando entidades, o AutoCAD pode ir adicionando restrições de forma automática. A activação das restrições está igualmente disponível a partir do friso (ribbon), separador Parametric, mas o acesso é muito mais demorado. Este auxiliar aplica pontos coincidentes para Endpoint, Midpoint, Center, Node e Insertion. Para além dos pontos coincidentes, também permite detectar automaticamente restrições horizontais, verticais, perpendiculares e tangentes. Na criação de rectângulos, são aplicadas restrições paralelas. Para não usar restrições aplicadas ao objecto a editar, marca-se a tecla <CTRL>. Vamos ver um exemplo.
do canto superior direito e movemo-lo 5 unidades para a esquerda. Verificamos que o grip por baixo também se desloca. 6. Aplicamos um FILLET de raio 5 ao canto Figura 3 - Exemplo 1: III superior esquerdo. Reparamos que, para além das restrições de coincidência, são aplicadas restrições de tangência (figura 2). 7. Através do grip do raio do arco aumentamos o raio em 5 unidades, obrigando à deslocação de quase todos os vértices. 8. Desenhamos uma circunferência de raio 5 no centro do arco. Fica uma restrição de coincidência. 9. Através do comando GCFIX (equivalente a GEOMCONSTRAINT, opção Fix), fixamos o canto inferior esquerdo da geometria (figura 3). 10. Experimentamos deslocar a circunferência e verificamos que toda a geometria se ajusta. Aplicação de restrições no editor de blocos Ao acedermos ao editor de blocos, a paleta Block Authoring Palettes, exclusiva deste editor, comando BAUTHORPALETTE, inclui o separador Constraints com o acesso às restrições geométricas e a um conjunto de restrições paramétricas, parecidas com as restrições dimensionais (figura 4).
Exemplo 1 Vamos desenhar uma geometria simples com restrições geométricas automáticas. 1. Iniciamos um desenho, tiramos a grelha e fazemos um ZOOM Extents.
Assim, em alternativa à aplicação de parâmetros e de acções sobre esses parâmetros, podemos usar restrições geométricas e definir medidas com restrições dimensionais específicas para blocos dinâmicos, apenas disponíveis no editor de blocos:
2. Ligamos o auxiliar gráfico INFER e verificamos se nos Settings (botão direito do rato sobre o botão) estão todas as restrições ligadas.
• Restrições geométricas - Podem ser aplicadas com as ferramentas do separador Constraints ou de forma automática, se o auxiliar INFER estiver ligado.
3. Ligamos também as funções POLAR, OSNAP e OTRACK.
• Restrições paramétricas - Estas restrições (constraint parameters) são parecidas com as restrições dimensionais, mas as suas propriedades são adequadas aos blocos dinâmicos. Por exemplo, o nome da restrição assume uma importância similar ao nome do parâmetro. Para além do separador Constraints, podemos aplicar as restrições paramétricas com o comando BCPARAMETER.
Figura 1 - Exemplo 1: I
4. Desenhamos as seguintes linhas (figura 1) e verificamos que as restrições são imediatamente adicionadas. 5. Seleccionamos o grip Figura 2 - Exemplo 1: II
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Figura 4 - Restrições
Truques e Dicas33 Exemplo 2 Vamos criar um bloco dinâmico que representa uma porta em planta.
6. Seleccionamos a restrição paramétrica e usamos o comando PROPERTIES. Verificamos que as propriedades são parecidas com as do parâmetro Linear. Em Value Set, escolhemos List e adicionamos os valores 0.9 e 1 (figura 9).
Figura 5 - Exemplo 2: I
7. Já temos um bloco dinâmico de uma porta que assume os comprimentos 0.8, 0.9 e 1 metros.
Figura 8 - Exemplo 2: IV
Figura 6 - Exemplo 2: II
1. Iniciamos um desenho e, no comando UNITS, aplicamos a unidade metro para inserção de conteúdos. Usamos a janela de teste de blocos dinâmicos, comando BTESTBLOCK
2. Entramos no editor de blocos, comando BEDIT ou abreviatura BE. Na caixa Edit Block Definition, introduzimos o nome porta simples-planta (figura 5).
para testar o bloco (figura 10).
3. Já no Editor, ligamos o auxiliar INFER. Desenhamos duas linhas dos pontos absolutos 0,0.8 a 0,0 e a 0.8,0. Fazemos um OFFSET de 0.02 da linha vertical para a direita e desenhamos um arco, conforme a figura 6. 4. Deslocando o grip da linha horizontal verificamos que necessitamos de mais constrangimentos geométricos, nomeadamente: • Coincident - coincidência do extremo superior do arco com a linha vertical esquerda; • Equal - comprimento igual entre as duas linhas verticais; • Vertical - Linha esquerda vertical; • Fix - canto inferior esquerdo bloqueado. Experimentando os vários grips, verificamos a correcção da geometria (figura 7).
Figura 9 - Exemplo 2: V Figura 10 - Exemplo 2: VI
Até ao próximo número, com saudações CADistas.
5. Agora só falta aplicar a restrição paramétrica que Figura 7 - Exemplo 2: III controle a dimensão da porta. Na paleta, separador Constraints, área Constraint Parameters, seleccionamos Horizontal e aplicamos o parâmetro Horizontal, seleccionando os dois pontos inferiores. Na legenda colocada, confirmamos o valor d1=0.8 (figura 8). Alterando este valor, verificamos que toda a porta se ajusta.
de João Santos (Autor e Formador CAD)
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Comunicar34
Itinerários
As Empresas e as Redes Sociais
ou mais canais de divulgação no YouTube e 54% tem pelo menos uma página de fãs no Facebook. Os blogs corporativos são apenas utilizados por um terço das maiores empresas do mundo. As empresas utilizam o Twitter para divulgação de notícias, novidades, promoções e dedica ainda espaço para canais ao consumidor, utilizando diferentes contas para produtos, serviços. 38% das empresas que usa o Twitter, usa-o para responder a mensagens de utilizadores. 32% destas empresas, retransmite mensagens de interesse público, o que demonstra uma participação activa nas comunidades.
Luísa Duarte Marketing e Comunicação lduarte@tecad.pt Um estudo recente da Universal Mcann
O Facebook é a segunda rede social
revela um pormenor curioso: no domínio da Internet, os blogs estão a perder importância no que diz respeito à partilha de informação e conteúdos multimédia, que tem aumentado nas redes sociais. As redes sociais permitem aos seus utilizadores fazerem mais do que num blog e ir mais além. Estas redes continuam a crescer, enquanto outros elementos do social media estagnam ou começam a cair.
mais usada, com 54%,segundo a Fortune 100. Em média, cada página criada pelas empresas tem 50 mil fãs. Tal como no Twitter, também existem páginas de diversos produtos e serviços. Os Blogs Corporativos são utilizados por um terço das empresas, sendo que as empresas da Ásia e Pacífico detém 50% e as europeias 25%. Os motivos para o uso destes blogs é o controlo da comunicação e o facto de poderem ser publicados conteúdos mais desenvolvidos.
O Twitter é uma das redes com mais utilizadores na Internet. O Twitter é uma ferramenta de microblogging, ou seja um serviço de mensagens online, que fica entre o instant messaging, os sms ou
O número de empresas existente no Twitter, mostra que há cada vez mais interesse na agilidade de interacção em tempo real, com os diferentes públicos alvo. No entanto, o Facebook, continua a crescer e revela a sua grande importância na divulgação de ofertas, lançamentos, promoções e novidades, conseguindo chegar a um maior número de pessoas, estando estas mais disponíveis para interagir com as empresas.
o e-mail. Só se pode usar 140 caracteres por mensagem. Numa comunidade de utilizadores, ele permite a partilha de informação de forma rápida e informal mais do que num blog, e com mais interacção, já que a resposta pode ser feita directa e imediatamente. De acordo com o estudo BurstonMarsteller sobre redes sociais, 65% das maiores empresas do mundo, está no Twitter, mas as empresas europeias apresentam uma média maior acima dos 70%. Metades destas tem um
críticas
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...Conferência ONCE UPON A PLACE Estão abertas as inscrições para a Conferência Internacional “Once Upon a Place – Haunted Houses and Imaginary Cities” que irá decorrer em Lisboa nos dias 12, 13 e 14 de Outubro de 2010, como evento associado da Trienal de Arquitectura 2010 Local: Museu Berardo Fonte: www.espacodearquitectura.com
... Passeio de Verão Festival dos Oceanos Pinturas de Luz e a República O edifício da Câmara Municipal de Lisboa transforma-se num aquário virtual gigante através de projecções multimédia enquanto se ouve novas vozes do fado como Mafalda Arnauth, Joana Amendoeira, Cristina Branco, Helder Moutinho, Raquel Tavares e Kátia Guerreiro. Datas: Entre 31 de Julho e 14 de Agosto Entrada livre Fonte: www.agendalx.pt
...Livro Lançamento da 3ª Edição O livro CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL explora as oportunidades, apresentando muitos dos conceitos e das medidas da construção sustentável. Fonte: www.construcaosustentavel.pt
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