Revista Santos Modal

Page 1

ESTUDO CNT Expectativas Econ么micas do Transportador

INFRAPORTOS

UBM traz evento com foco na infraestrutura portu谩ria para Santos

PORTO DE SANTOS

Governo aumenta para 25 anos prazo de junho | julho 2010 Santos Modal arrendamento ::

::

1


2

::

Santos Modal

::

dezembro | janeiro 2010


:: índice

14 Infraportos Brado Logística adquire

o primeiro Reach Stacker TEREX TFC 46LSX no Brasil

15 Infraportos Empresas interessadas no

VTMIS ganham novo prazo para entrega de propostas

19

Porto de Santos

Governo aumenta para 25 anos prazo de arrendamento

__________ Leia também

Curtas - Secretaria Especial de Portos tem novo ministro

__________ Portos do Brasil

edição 58 outubro/novembro 2013

Estudo CNT - Expectativas Econômicas do Transportador 2013

pág.

Foto da Capa: imagensaereas.com.br outubro 2013

::

6

Santos Modal

::

3


editorial ::

:: expediente

Diretora/Editora

E

Vera Moraes vera@santosmodal.com.br ::

studo da Confederação Nacional

Redator

do Transporte - CNT, aponta as

Kléber Martins

perspectivas dos transportadores

::

dos modais rodoviário e aquaviário

Assinatura

para temas como macroeconomia,

investimentos em infraestrutura e atividade empresarial. Segundo a CNT, os transportadores estão

assinante@santosmodal.com.br :: Distribuição Principais empresas do setor,

mais pessimistas quanto ao crescimento econô-

administrações portuárias,

mico e preocupados com a evolução dos custos

Ministério dos Transportes,

do setor. O resultado é preocupante, pois pode afetar a estratégia de investimento e crescimento do setor no próximo ano.

representantes de órgãos governamentais e assinantes :: Santos Modal é uma publicação

Na contra mão, a UBM aposta na necessidade de crescimento do setor e nos investimentos anunciados pelo Governo Federal, e traz para Santos uma

bimestral da Editora Oliveira & Moraes Ltda-ME Tel.: 13 - 2202-8070 www.revistasantosmodal.com.br

feira voltada exclusivamente para a infraestrutura

::

portuária. O objetivo é atender os dois públicos:

As matérias assinadas são de responsabilidade

portos e terminais, fabricantes de equipamentos e tecnologias. Confira as novidades que serão apresentadas na Infraportos South America, que acontece nos dias 22 a 24 de outubro, no Mendes Convention Center, em Santos/SP.

de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião da editora. A responsabilidade sobre as fotos publicadas são das empresas cedentes e anunciantes. :: É proibida a reprodução completa ou parcial do conteúdo desta publicação sem autorização prévia, bem como das notas ou

Boa leitura!

matérias publicadas no site www.revistasantosmodal.com.br

Vera Moraes

4

::

Santos Modal

::

outubro 2013


Apoio de MĂ­dia


da Redação com informações CNT

capa ::

ESTUDO CNT Expectativas Econômicas do Transportador 2013

Transportadores estão mais pessimistas quanto ao crescimento econômico e preocupados com a evolução dos custos do setor

6

::

Santos Modal

Fotos: imagensaereas.com.br

::

outubro 2013

A

CNT (Confederação Nacional do Transporte) divulgou, no último dia 10 de outubro, o estudo Expectativas Econômicas do Transportador 2013 – Fase 2. O levantamento, realizado desde 2012, tem como objetivo identificar as perspectivas dos transportadores dos modais rodoviário e aquaviário para temas como macroeconomia, investimentos em infraestrutura e atividade empresarial. De acordo com o presidente da CNT, senador Clésio Andrade, o estudo é mais


:: capa Divulgação

uma ação de incentivo da Confederação ao desenvolvimento da atividade transportadora no país. “Precisamos ter conhecimento sobre as expectativas econômicas e de gestão dos transportadores que atuam no setor para poder planejar e continuar evoluindo”, afirma . Esta é a segunda fase do estudo em 2013. O relatório traz uma reavaliação da percepção dos transportadores sobre o desempenho da economia, os investimentos no Brasil e a atividade de transporte apresentada no início deste ano. Também foram abordadas questões sobre o conhecimento e a avaliação dos transportadores referentes à Nova Lei dos Portos, à Lei do Caminhoneiro e à desoneração da folha de pagamentos. Foram realizadas 488 entrevistas com transportadores (436 do modal rodoviário - cargas e passageiros - e 52 do modal aquaviário - navegação marítima e interior). O estudo aponta redução do otimismo dos transportadores quanto ao desempenho da economia. A expectativa da maioria dos entrevistados (40,6%) nesta segunda fase da pesquisa é de manutenção do nível de crescimento da economia. Outros 30,3% apostam em crescimento e, 25,8%, em redução. No início do ano, os percentuais eram de 41,9%, 42,9% e 10,9%, respectivamente. Em relação à inflação, houve aumento significativo entre os que acreditam na alta do índice. No início de 2013, 62,6% esperavam por uma inflação superior a de 2012. Agora, são 72,2%. Segundo o senador Clésio Andrade, os números revelam certa preocupação com a evolução da atividade. “A maioria dos transportadores afirma que a inflação tem impacto elevado em suas operações. Com a concretização do cenário de uma inflação mais alta, os custos totais podem ser aumentados. Isso reduz o dinamismo do setor e gera impacto em todos os produtos transportados.” Entre os entrevistados, 79,3% acreditam em uma nova alta no preço do combustível este ano. Para 18,2%, os preços atuais do diesel e do bunker (utilizado nas embarcações) deve ser mantido. Quanto ao óleo lubrificante, 79,0% esperam por aumento do preço do insumo e apenas 1,8% por redução. Para 80,8% dos transportadores do setor rodoviário de cargas e de passageiros, os pneus também ficarão mais caros. Quanto às

A maioria dos transportadores afirma que a inflação tem impacto elevado em suas operações. Com a concretização do cenário de uma inflação mais alta, os custos totais podem ser aumentados. Isso reduz o dinamismo do setor e gera impacto em todos os produtos transportados senador Clésio Andrade (PMDB/MG) presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT)

taxas portuárias, 44,2% dos transportadores aquaviários acreditam em manutenção do valor. Já o custo da praticagem, deve sofrer elevação para 30,8% dos entrevistados. O levantamento ainda faz referência aos investimentos públicos aplicados na infraestrutura de transporte. Para 75,9% dos entrevistados, os recursos disponíveis para investimento não serão capazes de solucionar os problemas logísticos do país. O índice dos que acreditavam em uma melhora das condições da infraestrutura do país caiu de 38,8%, no início de 2013, para 20,5% neste segundo semestre. “Essa descrença na aplicação dos recursos e na melhora da infraestrutura está relacionada à dificuldade que o governo federal tem de gerenciar o orçamento disponível e em realizar as concessões anunciadas no ano passado”, ressalta o presidente da CNT, senador Clésio Andrade. O estudo também aponta que o impacto do câmbio é elevado na atividade de transporte, para 37,5% dos transportadores entrevistados. Apenas 18,4% acreditam que o impacto é baixo. Diante da elevação do dólar em 2013, 76,5% dos entrevistados acreditam que esse aumento poderá afetar a economia brasileira ainda este ano, enquanto 18% acreditam que não. Confira, na íntegra, os dados levantados no período de 28 de agosto a 11 de setembro de 2013: Produto Interno Bruto - Transportadores esperam por baixo desempenho da economia - Apenas 30,3% dos transportadores acreditam em um crescimento econômico maior do que o registrado em 2012. Dos

entrevistados, 40,6% acreditam que a taxa de crescimento do PIB este ano será similar ao 0,9% registrado em 2012 e 25,8% esperam uma retração da economia em 2013. Cabe destacar que, na Fase 1 do estudo, os transportadores se revelaram mais otimistas, quando 42,9% acreditavam na expansão do PIB. Essa redução no otimismo pode ser atribuída ao desempenho da economia brasileira nos primeiros meses do ano e aos resultados da política econômica adotada pelo governo, entre outros. Inflação – Expectativa de alta inflacionária para 72,2% dos transportadores - Apenas 26,2% dos entrevistados acreditam que a inflação de 2013 poderá ser igual ou Inferior ao índice de 5,84% registrado em 2012. 72,2% dos transportadores esperam por uma inflação superior a de 2012. O setor está mais pessimista que a média do mercado que, segundo o Relatório Focus de 20 de setembro, acredita que o IPCA fechará o ano em 5,81%. Os transportadores rodoviários, de carga e de passageiros, revelam-se um pouco mais pessimistas que os aquaviários. Dentre os empresários do modal rodoviário, 72,5% acreditam na elevação da inflação, enquanto entre os que operam o modal aquaviário, o percentual é de 69,2%. Quando comparada a expectativa do transportador quanto à inflação entre a Fase 1do estudo de 2012 e esta edição, percebe-se um incremento de 33,8 pontos percentuais dentre os que acreditam na elevação do índice. Ao confrontar o resultado de setembro de 2013 com o de março de 2013, o aumento é de 9,6 pontos percentuais. O resultado é preocupante, considerando que 56,0% dos outubro 2013

::

Santos Modal

::

7


capa :: entrevistados afirmaram que a inflação tem um impacto elevado em suas atividades, pois a concretização do cenário de elevação da inflação pode resultar em aumento dos custos de operação e perda de dinamismo do setor. Carga tributária do setor – Apesar de medidas de desoneração anunciadas pelo governo federal, a expectativa é de aumento da carga tributária - 46,2% dos transportadores entrevistados esperam um aumento na carga tributária em 2013. Apesar das recentes medidas de desoneração anunciadas, o pessimismo quanto à elevação da carga tributária registrado no início de 2013 foi mantido. Apenas 9,8% dos respondentes acreditam em uma redução do montante pago pelo setor em obrigações tributárias, e 42,4% creem na manutenção da carga tributária incidente sobre o setor. Na avaliação do impacto da carga tributária nas atividades da empresa, 81,2% afirmaram ser elevado, contra 17,0% que consideram o impacto como moderado e para 1,0%, baixo. É importante considerar que os tributos incidem sobre a mão de obra, os insumos e a própria atividade de transporte e, considerando uma possível elevação da carga tributária, haveria o aumento do custo do setor. Juros – Elevação de juros tem impacto elevado para o setor de transporte - Para 66,0% dos transportadores que participaram deste estudo, a taxa de juros aumentará em 2013, quando comparada a 2012. A expectativa é reflexo das últimas decisões tomadas pelo Copom que aumentou a taxa básica de juros – Selic – de 7,25% para 9,0% ao longo do ano. O percentual que espera por elevação da taxa de juros em 2013 cresceu 35,9 pontos percentuais entre março e setembro de 2013. Apesar disso, 25,8% dos transporadores acreditam na possibilidade de manutenção do nível da taxa de juros e outros 5,9% na redução. O impacto das taxas de juros nas atividades da empresa é considerado elevado para 60,3% dos entrevistados, moderado para 32,0% e baixo para 5,9%. O comportamento é bastante semelhante para os entrevistados dos setores rodoviário e aquaviário. É importante considerar que a elevação da taxa de jutos tem impacto elevado para o setor e pode dificultar a realização de investimentos planejados. Taxa de câmbio - Para 37,5% dos transportadores, o câmbio tem impacto elevado 8

::

Santos Modal

::

outubro 2013

na atividade de transporte - A maioria dos transportadores (55,9%) acredita no aumento da taxa de câmbio em 2013, outros 27,9% acreditam na manutenção e 5,5% na redução. O comportamento é bastante parecido entre os transportadores rodoviários e aquaviários. A análise do setor é baseada na flutuação do câmbio ao longo do ano e na elevação do preço do dólar frente ao real. Apesar das medidas tomadas pelo Banco Central brasileiro, a moeda americana acumula alta de 13,8% em 2013. Após a elevação da taxa de câmbio entre junho e agosto de 2013, 76,5% acreditam que esse aumento poderá afetar a economia brasileira ainda este ano, enquanto 18,0% acreditam que não. O impacto das taxas de câmbio nas atividades da empresa é considerado elevado para 37,5% dos entrevistados, moderado para 33,6% e baixo para 18,4%. O impacto é mais elevado para o aquaviário. Desempenho econômico e confiança na política econômica - Baixo desempenho é reflexo da política econômica - A política econômica adotada pelo Governo Federal é o principal fator para a perda de dinamismo da economia brasileira para 71,3% dos transportadores que participaram deste estudo.

Apenas 26,0% atribuem o baixo desempenho as crises econômicas internacionais. Em relação ao grau de confiança no Governo Federal, no que se refere à gestão econômica, apenas 4,3% dos entrevistados revelam ter confiança elevada, 47,8% indicam confiança baixa e 47,3% moderada. O resultado indica uma crise de confiança do setor empresarial no que se refere à capacidade do governo federal em gerenciar a economia brasileira. Quando questionados sobre a existência de uma crise econômica internacional capaz de afetar a economia brasileira em 2013, 41,1% acreditam na existência de uma crise, mas com impacto moderado. Outros 18,0% acreditam em uma crise com impactos elevados. Para 30,3% dos entrevistados não há uma crise econômica internacional capaz de afetar a economia brasileira. Investimento no país - Transportadores estão menos otimistas quanto aos investimentos no país - O baixo nível de aplicações realizadas até agosto de 2013 afetou negativamente a expectativa dos transportadores no que se refere ao volume de recursos destinados ao investimento no Brasil. A maior parte dos entrevistados (49,6%) acredita que


:: capa o investimento total no Brasil em 2013 será mantido em relação a 2012. O resultado apresenta redução de 22,3 pontos percentuais dentre os que esperavam por uma elevação no montante investido quando considerada a Fase 1 do estudo 2013. Estão autorizados para 2013, pelo orçamento federal, R$ 90,3 bilhões em investimentos em áreas como saúde, saneamento, transporte, entre outras (investimento total). Entretanto, apesar do volume autorizado, apenas R$ 23,6 bilhões (26,13%) foram pagos até agosto deste ano. Essa baixa execução justifica a expectativa de apenas manutenção do investimento público em infraestrutura para 45,7% dos entrevistados. No que se refere aos investimentos públicos em infraestrutura de transporte, rodoviário e aquaviário, a expectativa de manutenção dos investimentos se repete. Para 46,6% dos entrevistados o volume de investimentos será mantido, 30,9% acreditam no aumento e 20,9% na redução. O público aquaviário se mostra mais otimista, com 44,3% considerando que irá aumentar. Ainda no que se refere aos investimentos

em infraestrutura de transporte, 38,7% dos empresários acreditam que haverá aumento do investimento privado em 2013. Na sondagem de março de 2013, esse percentual era de 56,5%. Essa redução do otimismo está relacionada diretamente com a dificuldade de o Governo Federal realizar o programa de concessões anunciado em agosto de 2012. Até o período de realização das entrevistas desse estudo, nenhum dos trechos previstos havia sido leiloado. O primeiro trecho concessionado foi a BR-050 (GO/MG), que teve seu leilão realizado no dia 18 de setembro deste ano. Condição das rodovias e hidrovias Transportadores esperam manutenção da qualidade da infraestrutura de transporte no Brasil - O baixo nível de investimento na infraestrutura de transporte tem impacto direto na qualidade das rodovias, portos e hidrovias brasileiras. Alinhada com a expectativa de manutenção do volume de recursos destinados ao setor de transporte, 48,6% dos empresários acreditam que haverá continuidade das atuais condições da infraestrutura implantada, contra 30,5% que acreditam na piora e os 20,5% na melhora das condições.

Na comparação com os resultados da Fase 1 do estudo 2013, os transportadores estão significativamente mais pessimistas. Em março de 2013, 38,8% dos entrevistados revelaram acreditar na melhora da qualidade da infraestrutura de transporte no Brasil, queda de 18,3 pontos percentuais. Na primeira tomada do ano, apenas 19,4% esperavam uma redução da qualidade da infraestrutura. Montante para investimento em infraestrutura - Apenas 6,6% dos transportadores conhecem o volume de recursos destinados ao investimento em infraestrutura de transporte pelo governo federal - Quando questionados se conheciam o montante autorizado pelo Governo Federal para investimentos em infraestrutura de transporte em 2013, 93,4% dos transportadores entrevistados revelaram não ter conhecimento sobre o volume disponível para a realização de intervenções que beneficiariam o setor pelo Governo Federal. Cabe aqui destacar que a CNT publica mensalmente o Boletim Econômico que apresenta detalhadamente a execução orçamentária do Governo Federal para o setor de transporte.

outubro 2013

::

Santos Modal

::

9


capa :: Atualmente, o orçamento da União tem R$16,4 bilhões autorizados para investimento em infraestrutra rodoviária, ferroviária, aquaviária e aérea. Desse montante, foram pagos até agosto de 2013, R$ 4,9 bilhões (30,0%). Após serem informados do volume de recursos disponível em 2013, os empresários foram questionados se o valor é suficiente para solucionar os problemas de logística no país. 75,9% acreditam que os recursos não serão capazes de resolver os gargalos de infraestrutura de transporte no país e 18,2% consideraram o montante suficiente. Ainda em relação ao montante de R$ 16,4 bilhões de reais autorizados pelo Governo Federal, 41,6% dos entrevistados acreditam que serão investidos em 2013 até 25% desse valor. Outros 39,5% creem que só será executado até 50% do volume disponível para o setor este ano. 8,4% esperam que até 75% dos recursos serão pagos e apenas 3,5% têm expectativa de investimento integral. Cabe aqui salientar que em 2012 a execução não chegou a 50% do total autorizado. Participação da iniciativa privada Transportadores aprovam a participação da iniciativa privada na oferta de infraestrutura - Em relação à participação da iniciativa privada nos investimentos em infraestrutura de transporte, 71,7% dos transportadores se declararam favoráveis, sendo este percentual mais elevado entre os empresários do modal aquaviário (90,4%). É interessante observar essa postura do setor em um momento em que o Governo Federal tenta viabilizar uma maior participação da iniciativa privada no provimento de infraestrutura, com destaque para as anunciadas concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Apesar da boa expectativa em relação à participação da iniciativa privada e de sua eficiência para viabilizar as intervenções necessárias no sistema de transporte brasileiro, as concessões estão enfrentando diversos obstáculos, com destaque para a insegurança institucional. A mudança freqüente nas regras que definem o processo de concessão de rodovias e a edição de marcos regulatórios novos, e ainda imprecisos, para os modais ferroviário e portuário são fatores que reduzem a atratividade dos empreendimentos de infraestrutura de transporte para a iniciativa privada. Lei do Caminhoneiro - Empresários 10

::

Santos Modal

::

outubro 2013

contrataram funcionários e adquiriram novos veículos para cumprir e lei do caminhoneiro, mas enfrentam dificuldades - A lei nº 12.619/2012, conhecida como Lei do Caminhoneiro, disciplina regras sobre a jornada de trabalho dos motoristas no país. Conforme a lei, as seguintes regras devem ser observadas: (i) jornada de trabalho de oito horas diárias, acrescidas de até duas horas extras por dia; (ii) paradas de uma hora para almoço e 30 minutos a cada quatro horas de direção ininterruptas; e (iii) descanso diário de 11 horas a cada24 horas e repouso semanal de 35 horas. 73,4% dos transportadores rodoviários de carga que participaram deste estudo afirmaram que já incorporaram as novas regras da Lei do Caminhoneiro à rotina de suas empresas. Entretanto, 26,3% dos empresários afirmaram que ainda não a incorporaram em sua integralidade. Atualmente, estão sendo discutidas questões relacionadas à inexistência de pontos de parada nas rodovias brasileiras, escassez de mão de obra, entre outros, que dificultam o cumprimento da lei. A solução desses entraves permitirá que

todas as empresas de transporte rodoviário de carga atendam à legislação. A Lei do Caminhoneiro exigiu investimentos do setor em mão de obra e equipamentos. A maioria dos transportadores rodoviários de carga (57,0%) revelou ter contratado novos profissionais para a adequação de sua atividade à nova jornada de trabalho. Além disso, 38,6% já adquiriram novos veículos para conseguirem realizar as entregas dentro dos prazos com a mudança trabalhista do setor. É importante destacar que a lei nº 12.619 apresenta avanços no sentido de garantir mais segurança ao setor, mas resulta em um custo mais elevado para a realização do transporte de cargas no Brasil. Lei dos Portos - Maior participação da iniciativa privada é o grande avanço da nova Lei dos Portos, afirmam transportadores - A nova Lei dos Portos (12.815/2013) definiu um novo marco regulatório para o setor portuário brasileiro. Sobre o tema, os empresários do modal aquaviário foram questionados sobre o conhecimento da referida legislação. Dos respondentes, 61,5%


:: capa afirmaram conhecer o dispositivo legal e 38,5% declaram desconhecer as novas regras do setor. Dentre os transportadores que conhecem a nova Lei dos Portos, 84,4% a aprovam, 12,5% a desaprovam e 3,1% não souberam avaliar a legislação. Em relação aos maiores avanços da lei, 43,7% dos empresários citam o aumento da participação da iniciativa privada, 25,0% indicam a possibilidade de maior competição entre os portos, 12,5% acreditam que o ganho será com a redução da burocracia e 6,3% dos transportadores aquaviários vêem no fim da distinção entre carga própria e de terceiros como o maior avanço da lei. Ainda para os que conhecem a nova lei, 78,1% acreditam que o nível de serviço nos terminais portuários aumentará, o que possibilitará ganhos de eficiência nas operações portuárias brasileiras. Desoneração da Contribuição Previdenciária - Transportadores veem a redução da carga tributária sobre a folha de pagamentos como maior benefício das desonerações - O setor de transporte foi parcialmente contemplado pela desoneração da folha de pagamentos promovida pelo

Governo Federal. A desoneração consiste na substituição da base de cálculo da contribuição patronal do INSS. A alíquota de 20% incidente sobre o valor da folha de pagamentos foi substituída nas atividades abrangidas por alíquotas de 1% ou 2%, dependendo do setor, que incidem sobre a receita bruta da empresa. Todas as demais contribuições incidentes sobre a folha de pagamentos, como o FGTS e a contribuição dos próprios empregados ao INSS, permanecem inalteradas. As leis nº 12.715/2012 e nº 12.844/2013 foram as responsáveis pelas modificações. Dos entrevistados, 55,5% afirmaram ter conhecimento da legislação que desonera a folha de pagamentos do setor de transporte. Para os que conhecem as leis, 52,4% acreditam que elas trarão benefícios ao setor ao reduzir a carga tributária, 17,7% acreditam que o maior benefício será a simplificação do recolhimento do tributo. Porém, 14,0% dos entrevistados afirmaram que a regra não reduzirá a carga tributária e outros 10% que não haverá simplificação no processo burocrático. Cabe destacar que os aquaviários são mais otimistas em relação aos benefícios da

desoneração sobre a folha de pagamentos. Atividade de Transporte - Transportadores estão menos otimistas sobre o desempenho da atividade em 2013 - Apesar de otimistas em relação às suas atividades, empresários dos modais rodoviário e aquaviário reviram suas expectativas em relação ao início do ano. Atualmente, 43,0% dos transportadores esperam expansão da receita bruta em 2013. Em março deste ano, o percentual era de 62,7%. A redução da expectativa para o desenvolvimento do setor está diretamente relacionada à visão mais pessimista em relação ao crescimento do PIB em 2013. O número de viagens esperadas para o ano também sofreu redução quando comparado a Fase 1 do estudo 2013, apesar de 39,6% dos empresários acreditarem no aumento da demanda pelo serviço no ano. O volume de cargas deve ser superior ao registrado em 2012 segundo 43,1% dos transportadores entrevistados. A expectativa é semelhante entre os modais aquaviário e rodoviário. No que se refere à contratação formal de empregados, 55,5% dos respondentes afirmaram que irão manter seu quadro de

outubro 2013

::

Santos Modal

::

11


capa ::

imagensaereas.com.br

funcionários e 33,2% esperam aumentar. Cabe aqui destacar que, como apresentado anteriormente, a maioria das empresas do transporte rodoviário já contratou funcionários para se adequar as novas regras da Lei do Caminhoneiro. Custo dos Insumos - Inflação em alta afeta insumos do setor de transporte - Após ajustes sobre o preço dos combustíveis no começo do ano e a especulação sobre um novo aumento em 2013, 79,3% dos entrevistados nesta sondagem acreditam em uma elevação do preço do principal insumo do setor e 18,2% dos transportadores esperam a manutenção do nível de preços do diesel e do bunker. Quanto ao óleo lubrificante, 79% esperam por aumento do preço do insumo e apenas 1,8% por redução. Os pneus também ficarão mais caros, segundo 80,9% dos transportadores do modal rodoviário de cargas e passageiros. Este insumo apresentou uma pequena queda na expectativa de alta de preço quando considerada a Fase 1 do estudo 2013. Em março, 89,6% dos transportadores acreditavam no aumento do custo dos pneus. No que se refere ao custo das taxas portuárias, observa-se que 44,2% dos transportadores do modal aquaviário acreditam na manutenção do valor atualmente cobrado pelos serviços nos portos. Já sobre a praticagem, 30,8% dos entrevistados esperam por elevação do custo. Deve-se observar que 75% dos respondentes operam na navegação interior e, assim, não têm a obrigatoriedade de contratar os serviços de praticagem. Investimentos do Setor - Redução da por Alessandro Padin expectativa de investimentos do setor frente ao desaquecimento econômico 65,0% dos transportadores pretendem manter o tamanho de suas frotas no segundo semestre de 2013. Apenas 28,7% dos transportadores rodoviários pretendem aumentá-la ainda neste ano e, para o aquaviário, essa proporção é de 25%. A expectativa de baixos investimentos em veículos e embarcações no segundo semestre está relacionada tanto com o fato de que a maioria dos transportadores já realizou seus investimentos no início do ano, quanto com a esperada desaceleração da economia. No que se refere à abrangência geográfica, 75,2% dos transportadores revelaram que pretendem manter a área de atuação de suas empresas. É interessante observar que esse 12

::

Santos Modal

::

outubro 2013

resultado é 10,8 pontos percentuais superior ao mesmo período de 2012, quando 64,4% das empresas pretendiam manter sua área de atendimento e 32,0% pretendiam expandi-la. Assim como a expectativa quanto ao tamanho da frota e a abrangência geográfica, a maioria das empresas (77,6%) pretende manter suas instalações físicas. Apenas 19,3% dos transportadores entrevistados pretendem fazer investimento em ativos imobiliários ainda em 2013. Os resultados apresentados revelam uma postura conservadora do setor que, após realizar investimentos no início do ano, aguarda com cautela os desdobramentos da política econômica do Governo Federal e seus efeitos sobre o desempenho da economia brasileira. Aquisição de Veículos - 54,3% dos transportadores adquiriram veículos ou embarcações em 2013 - 56,4% dos transportadores do modal rodoviário e 36,5% do aquaviário já adquiriram veículos e embarcações neste ano. Após as aquisições realizadas, apenas 35,2% dos empresários que participaram deste estudo pretendem adquirir veículos ou embarcações até o final de 2013. A estratégia menos otimista é uma das consequências do baixo dinamismo da economia brasileira em 2013. No primeiro semestre do ano, a principal modalidade de aquisição de veículos pelo modal rodoviário (50%) foi o Leasing (incluindo Finame Leasing), seguido pelo PSI(15%), financiamentos com bancos privados (13,8%) e pagamentos à vista (7,7%). Apenas 1,6%

dos transportadores rodoviários fez uso do Procaminhoneiro do BNDES. Para o modal aquaviário, 26,2% das embarcações foram adquiridas à vista. Os financiamentos via Fundo da Marinha Mercante-FMM e Finame (BNDES) foram responsáveis por 21,1% das embarcações adquiridas cada. Para os que pretendem adquirir veículos ou embarcações em 2013, foi perguntado como pretendem financiar o investimento. 52,1% dos transportadores rodoviários pretendem utilizar o Leasing (incluindo Finame Leasing), 17% o PSI e 12,6%, bancos privados. Para o modal aquaviário, a estratégia é utilizar o Finame - BNDES (23%) como principal programa de financiamento de embarcações, seguido pelas aquisições àvista, FMM e bancos privados (15,4% cada). Pelo exposto, é possível verificar que o BNDES vem se consolidando como a principal fonte de recursos para financiamento de longo prazo para bens de capital para o setor de transporte no Brasil. Entretanto, no que se refere ao modal aquaviário, é importante destacar a reduzida utilização dos recursos do FMM. Segundo análises apresentadas na Pesquisa CNT do Transporte Aquaviário - Cabotagem 2013, a principal razão para a não utilização dos recursos do fundo é o excesso de burocracia. O processo de liberação de recursos leva, em média, 25 meses. A simplificação da tramitação permitiria uma maior utilização dos recursos e uma expansão da frota de embarcações do país.


:: capa

CONCLUSÃO - Expectativas Econômicas do Transportador 2013 O estudo, realizado com 488 transportadores, evidenciou que os empresários do setor de transporte estão menos otimistas no que se refere à macroeconomia e mais cautelosos em seus investimentos. O baixo desempenho da economia, a elevação da inflação, da taxa de juros e do câmbio e a reduzida credibilidade da política econômica brasileira afetaram as expectativas de crescimento do setor de transporte em 2013. Para 40,6% dos entrevistados, o crescimento do PIB em 2013 será similar ao 0,9% registrado em 2012. Apesar das medidas de contenção da inflação, 72,2% dos empresários esperam por uma elevação da taxa de inflação no ano. No que se refere à taxa de juros e ao câmbio, os transportadores acreditam em um aumento dos dois indicadores, 66,0% e 55,9%, respectivamente. 71,3% dos entrevistados atribuem a perda de dinamismo econômico nacional à política econômica adotada pelo governo brasileiro. O estudo revelou, ainda, uma crise de credibilidade em relação à capacidade do governo gerir a economia brasileira: 95% dos empresários afirmaram que seu graude confiança é baixo ou moderado. 81,2% dos transportadores afirmaram que a carga tributária tem um impacto elevado na atividade de transporte. Cabe ressaltar que, apesar de 46,2% dos entrevistados revelarem ter expectativa de aumento da carga tributária em 2013, as ações do Governo Federal para reduzir o impacto tributário foram avaliadas positivamente. 70,1% dos entrevistados acreditam que a desoneração da folha de pagamentos será capaz de reduzir a carga tributária ou de simplificar o recolhimento do tributo. Em relação aos investimentos a serem realizados no Brasil em 2013, observou-se a queda da expectativa de aumento dos recursos investidos em infraestrutura. Em março deste ano, 54,6% dos empresários afirmaram acreditar no aumento do investimento público em infraestrutura geral em 2013, enquanto no atual estudo o percentual é de apenas 33,6%. É interessante observar que, apesar dos anúncios de concessão de infraestrutura rodoviária e de maior participação da iniciativa privada nos terminais portuários, houve queda de 17,8 pontos percentuais entre entrevistados que esperam aumento do investimento privado em infraestrutura em 2013. Ainda no tangente ao investimento, apenas 6,6% dos transportadores revelaram conhecer o montante destinado à infraestrutura de transporte pelo Governo Federal em 2013. Quando informados de que o volume de recursos autorizados é de R$ 16,4 bilhões para os modais rodoviário, ferroviário, aquaviário e aéreo, 75,9% dos empresários declararam que os recursos não serão capazes de solucionar os problemas logísticos no país. Vale ressaltar que apenas 11,9% acreditam que o Governo Federal investirá mais de 50% do valor autorizado em infraestrutura de transporte esse ano. A nova Lei dos Portos é aprovada por 84,4% dos transportadores do modal aquaviário. Segundo 43,7% dos empresários, o maior avanço do novo marco regulatório do setor portuário é o aumento da participação da iniciativa privada na oferta de infraestrutura portuária. Nesse sentido, 78,1% dos entrevistados do modal aquaviário esperam por melhora no nível de serviços nos portos.

Aos empresários que atuam no segmento rodoviário de cargas, foi questionado se as regras da Lei do Caminhoneiro já haviam sido incorporadas à rotina de suas empresas. 73,4% dos entrevistados afirmaram que sim, mas 26,3% declararam ainda não cumprir a legislação em sua integralidade. Para se adequarem às limitações da jornada de trabalho definidas pela lei nº. 12.619/2012, 57,0% dos entrevistados contrataram novos funcionários em 2013 e 38,6% adquiriram novos veículos. Em relação às atividades da empresa, a expectativa é de aumento da receita bruta, das viagens realizadas e do volume transportado. Entretanto, o empresário está menos otimista que no início de 2013. Reflexo disso é o fato de que os transportadores, em sua maioria, planejam manter o tamanho da frota, a abrangência geográfica e as instalações físicas de suas empresas, o que revela uma estratégia de cautela. 54,3% dos empresários entrevistados já adquiriram veículos ou embarcações em 2013 e 35,2% pretendem adquirir novas unidades ainda este ano. A principal modalidade utilizada para aquisição de veículos rodoviários foi o leasing (50,0%), seguido pelo PSI do BNDES com 15,0%. Para o modal aquaviário, 26,2% das novas embarcações foram pagas à vista, 21,1% foram realizadas via FMM e outros 21,1%, com recursos do Finame – BNDES. Diante dos dados apresentados é possível constatar que, após realizarem investimentos em sua atividade e observar o desempenho da economia nos primeiros oito meses do ano, os transportadores estão mais moderados em suas estimativas tanto quanto ao desempenho da economia quanto sobre a expansão de sua atividade. O resultado é preocupante, pois pode afetar a estratégia de investimento e crescimento do setor no próximo ano. ::

outubro 2013

::

Santos Modal

::

13


infraportos ::

Infraportos 2013

Encontro de Negócios para o Setor Portuário

A

indústria de infraestrutura portuária passa por um momento de crescimento econômico, motivada pela necessidade de aumentar a produtividade, eficiência e a competitividade dos portos do país. O Governo anunciou investimentos de R$ 54,2 bilhões até 2017, e segundo o documento da Secretaria Especial de Portos, os novos investimentos serão aplicados em arrendamentos e terminais de uso privativo (TUP), sendo R$ 31 bilhões em 2014 e 2015 e R$ 23,2 bilhões em 2016 e 2017. O alto crescimento desse mercado motivou a UBM a criar um espaço onde compradores e fornecedores tivessem a oportunidade de se encontrar para realizar novos negócios, em uma feira voltada exclusivamente para infraestrutura portuária. O objetivo é atender os dois públicos: portos e terminais, fabricantes de equipamentos e tecnologias. Sendo realizado com sucesso por 3 anos como evento paralelo à Intermodal South America, a InfraPortos South America será realizada em Santos como feira e conferência em Santos, cidade que abriga o maior porto da América Latina. Serviço: Infraportos South America 2013 Mendes Convention Center - Santos/SP de 22 a 24 de outubro - 13h-20h www.infraportos.com.br

Brado Logística adquire o primeiro Reach Stacker TEREX TFC 46LSX no Brasil

A EQUIPORT – Equipamentos para portos acaba entregou o seu primeiro Super Stacker TEREX modelo TFC 46LSX projetado para operação em terminal ferroviário de contêineres na BRADO LOGÍSTICA, localizado em Rondonópolis, MT, Brasil. A Brado Logística, empresa pioneira em transporte intermodal de contêineres por ferrovias escolheu a TEREX e a EQUIPORT como parceiros estratégicos para seu novo e mais completo terminal intermodal em Rondonópolis. Esta parceria Brado – Terex e Equiport já tem vários anos pois a empresa conta com mais 6 equipamentos TEREX utilizados nos diferentes terminais do grupo. Dadas a localização remota deste centro e a exigência do trabalho, BRADO, TEREX e EQUIPORT tiveram que definir juntos o Reach Stacker ideal para carregar e descarregar contêineres cheios nas duas fileiras de trem que passam dentro do terminal. Foi assim que o Reach Stacker TFC 46LSX o primeiro Reach Stacker TEREX deste porte, chegou ao Brasil. Este e outros equipamentos, para movimentação de contêineres em terminais portuários, serão apresentados pela Equiport aos visitantes da Infraportos.

Presidente do Porto Itapoá participará do 4º Fonseinp Dias 22 e 23 será realizada a 4ª edição do Fórum Nacional de Secretários da Indústria Naval, Portuária e correlatas – o Fonseinp, em Santos (SP). Em uma das mesas de discussões do fórum, agendada para as 17h do dia 22, Patrício Junior, presidente do Porto Itapoá, será um dos porta-vozes do debate acerca de temas atuais e relevantes ao aquecimento do setor portuário e naval do país. O Fonseinp compõe a grade do Infraportos South America. Como em todas as edições, o fórum será conduzido pelo secretário da Indústria Naval e Portuária do Estado da Bahia e também presidente do Fonseinp, Carlos Costa. Entre os principais temas que nortearão as discussões estão os conceitos e desafios da nova legislação portuária (Lei nº. 12.815/2013), questões relacionados às conexões entre hidrovias e portos marítimos, cabotagem, Conaportos (Comissão Nacional das Autoridades nos Portos), CNPA (Comissão Nacional para Assuntos de Praticagem) e Prepom (Programa do Ensino Profissional Marítimo Atividades Correlatas).

14

::

Santos Modal

::

outubro 2013


:: infraportos

Empresas interessadas no VTMIS ganham novo prazo para entrega de propostas As empresas interessadas em participar da licitação do sistema de monitoramento de tráfego de navios no porto de Santos, o chamado VTMIS (Vessel Traffic Management Information System), terão um prazo a mais para se adequar ao edital da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). A entrega das propostas das empresas interessadas na concorrência foi adiada pela autoridade portuária, que alegou necessidade de alterações no edital. O VTMIS vai auxiliar no controle e monitoramento do tráfego de embarcações na área do porto e imediações, gerando economia de tempo e recursos nas operações portuárias, bem como a segurança dessas operações. O projeto prevê um orçamento de R$ 36,5 milhões e integra o Projeto de Inteligência Logística Portuária da SEP (Secretaria de Portos), juntamente com o PSP (Porto Sem Papel) e Porto 24 horas. Segundo a Codesp, “a nova data de entrega das propostas será divulgada em breve”. O sistema será um dos temas debatidos durante o Seminário de Segurança e Automação, que acontecerá no dia 23 de outubro durante as Conferências Infraportos, em Santos. No painel “VTMIS & O Monitoramento do Tráfego de Embarcações”, o gerente de TI do Porto de Santos – Codesp, Paschoal Rodrigues, irá abordar a usabilidade do sistema no tráfego aquaviário e na prevenção de acidentes, bem como explanar sobre seu uso no exterior e sua importância frente aos novos objetivos traçados com a nova Lei dos Portos.

Iniciativa privada impulsiona atividades portuárias com o uso de novas tecnologias Os atuais gargalos logísticos que afetam os portos no Brasil refletem a falta de investimentos em transportes. Um recente estudo divulgado pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL), em parceria com o Movimento Brasil Competitivo (MBC), afirma que o País deveria investir cerca de R$ 600 bilhões na complementação de linhas da malha ferroviária e rodoviária brasileira. A dramaticidade do cenário é minimizada em parte pelos investimentos atribuídos às empresas privadas, que administram os terminais portuários e que estão focadas no aumento da utilização de tecnologia para a automação dos sistemas, redução de custos e competitividade. “Este ano, o Porto de Santos contou com investimentos privados em tecnologia no setor de granéis líquidos e sólidos em processos de transferência de mercadoria, alavancando o dobro da capacidade de movimentação”, destaca o diretor de assuntos institucionais da Merco Shipping Marítima e diretor da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), Aluisio de Souza Sobreira. O pesquisador da área de infraestrutura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos Campos, compartilha a opinião de Sobreira e acrescenta que o investimento na evolução de novas tecnologias é responsável por combater o gargalo no setor portuário e propiciar mais eficiência aos terminais. “O avanço é eficaz graças aos modernos equipamentos apresentados, em especial, pelas empresas privadas. O setor portuário ainda não sofreu um estrangulamento logístico devido ao aprimoramento tecnológico”, finaliza. Ambos, Campos e Sobreira, debaterão o tema “Novos Investimentos e Planos de Expansão”, no painel de abertura da Conferência Infraestrutura, Construção e Investimentos, que acontece no dia 22 de outubro durante a InfraPortos South America. Os interessados em participar dos debates devem se inscrever no site www.infraportos.com.br.

Incatep apresentará cursos para minimizar impacto da falta de profissionais nas áreas portuária, retroportuária e aquaviária A falta de mão de obra qualificada e especializada atinge severamente os setores de logística na Baixada Santista, especialmente aquela orientada às operações portuárias, e também ao aumento da demanda operacional gerada em torno da exploração da camada do pré-sal na Bacia de Santos. O Incatep apresentará os trabalhos que envolvem as matrizes em Santos e Guarujá, bem como a ampliação do centro de treinamento, que contará com simuladores para os setores de offshore e aquaviários.

outubro 2013

::

Santos Modal

::

15


curtas ::

por Alessandro Padin

Foto: Simon Morris

Economista Antonio Henrique da Silveira assume a SEP

Rússia libera seis frigoríficos brasileiros de carne bovina

O Secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Antonio Henrique Pinheiro Silveira, assumiu na manhã do dia 8 de outubro o cargo de Ministro Interino da Secretaria de Portos da Presidência da República. Antes de sua posse Antonio Henrique participou juntamente com o ministro Leônidas Cristino, de reunião com todos os presidentes de Companhia Docas e Portos Delegados. E afirmou que dará continuidade ao trabalho realizado pelo ministro anterior, seguindo determinação da Presidente da República, Dilma Rousseff. Esclhido por Dilma, o ministro Antonio Henrique iniciou seu discurso contando aos presentes a sua biografia. O novo ministro é doutor em Economia da Indústria e da Tecnologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi também membro do Conselho de Administração da Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba) e ocupava, desde 2007, o cargo de Secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda. Segundo Silveira, a mudança no marco regulatório dos portos aprovada pelo governo federal neste ano foi “importante e fundamental” e o setor privado está entendendo as novas regras. Silveira tomou posse em uma cerimônia discreta, na sede da SEP, em Brasília. O antecessor de Silveira, Leônidas Cristino, quando questionado sobre o que faria a partir de agora, limitou-se a dizer que vai “para o Ceará”. Cristino deixou o posto como reflexo à saída do PSB do governo, pois a SEP fazia parte da cota do partido na administração de Dilma Rousseff.

O site oficial do Serviço Federal de Vigilância Sanitária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) publicou oficialmente, no último dia 11 de outubro, a liberação de seis frigoríficos exportadores de carne bovina. “O resultado deste processo deve-se às ações do Ministério e do setor produtivo nacional no atendimento dos requisitos russos”, destacou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Antônio Andrade. Os estabelecimentos liberados estão em quatro estados brasileiros: São Paulo (JBS e Frigol), Mato Grosso do Sul (JBS e Marfrig), Goiás (JBS) e Mato Grosso (JBS). Vale destacar a liberação do frigorífico do JBS na unidade federativa do Mato Grosso, estado que até recentemente tinha restrições do governo russo. Segundo o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura (SRI/Mapa), Marcelo Junqueira, a boa notícia contrapõe restrições anteriores. “Isso fará com que o abastecimento russo seja reforçado e as exportações brasileiras continuem sendo incrementadas como já vinha ocorrendo ao longo deste ano. Em 2013, o crescimento em volume de carne bovina exportada em relação ao ano anterior foi de 21% no acumulado de janeiro a setembro. Há previsão de que nesse ano o Brasil bata recorde, em valor, nas exportações de carne bovina”, afirmou Marcelo. O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Rodrigo Figueiredo, informa que aguardará comunicado oficial do Rosselkhoznadzor para autorizar os embarques das empresas habilitadas.

Café - Embarque em setembro sobe 13%, mas receita cai 18%, diz CeCafé A exportação brasileira de café em setembro alcançou 2,563 milhões de sacas de 60 kg, o que representa um aumento de 13,3% em comparação com o mesmo mês de 2012 (2,261 milhões de sacas). A receita cambial teve queda de 18,5% ante setembro do ano passado, totalizando US$ 381,553 milhões (US$ 468,107 milhões em setembro de 2012). Segundo o diretor-geral do CeCafé, Guilherme Braga, as exportações de café tem se mantido dentro do esperado, confirmando as expectativas de que devam alcançar em 2013 algo em torno de 30 milhões a 31 milhões de sacas, ou seja, 9,5% superior à alcançada em 2012, de 28,3 milhões de sacas, e uma receita em torno de US$ 5,2 bilhões. Conforme Braga, será possível recuperar parte das perdas de mercado em 2012, quando houve diminuição de 5,2 milhões de sacas na exportação, resultado de contração da oferta brasileira. De acordo com o CeCafé, a exportação no acumulado do ano, de janeiro a setembro, teve uma alta de 14% no volume embarcado (22.381.605 sacas) em relação ao mesmo período de 2012, quando o país exportou 19.634.046 sacas. No entanto, a receita cambial no período apresentou uma redução de 15% na mesma base comparativa, fechando em US$ 3,868 bilhões.

16

::

Santos Modal

::

outubro 2013


:: curtas

Wilson Sons Logística investe em plataformas logísticas regionais A Wilson Sons Logística investe no desenvolvimento de plataformas logísticas regionais para oferecer soluções customizadas de acordo com as necessidades de cada cliente. Como resultado da estratégia de negócio destaca-se a parceria com a Ansell, fabricante de luvas de proteção, que alcançou um aumento de 40% em seu volume de distribuição ao mercado, além de uma diminuição de 20 dias para 24 horas do prazo de entrega (lead time), após modificações implementadas em sua cadeia logística. O case com a empresa foi apresentado durante a Expo.Logística 2013, que aconteceu de 9 a 11 de outubro no Rio de Janeiro. No primeiro dia do evento, a diretora comercial da Wilson Sons Logística, Miriam Korn, e o diretor da Ansell no Brasil, Marcos da Costa, apresentaram a palestra “Soluções Integradas em Comércio Exterior: alavancando novas empresas no Brasil”. Os palestrantes deram detalhes sobre a solução logística que contribuiu para o crescimento e fortalecimento das operações da Ansell no país. “A Ansell está entre os nossos clientes com maior abrangência operacional dentro da plataforma logística de São Paulo”, observou Miriam. “Ela busca construir soluções em conjunto com empresas especializadas e encontrou o suporte necessário para iniciar suas operações no Brasil em 2002. A confiança em nossa estrutura empresarial, somada a nossa longa experiência no setor, foi determinante para a delegação total à Wilson Sons Logística de sua operação nesses onze anos de atuação no Brasil”, concluiu. Dentro do grupo, a Wilson Sons Logística tem a sua atuação voltada o desenvolvimento de soluções inteligentes traçadas em

sinergia também com os demais negócios da companhia. Desse modo, é possível desenvolver projetos que envolvem mais de uma plataforma regional. Entre os ativos estratégicos do grupo, destacam-se o Tecon Rio Grande, no Rio Grande do Sul; o Tecon Salvador, na Bahia; além da Brasco, que possui duas bases de apoio ao segmento de óleo e gás no Rio de Janeiro e operações no Maranhão, na Bahia e no Espírito Santo. Plataformas regionais – Com ativos próximos a importantes elos logísticos, como o Porto de Santos e os aeroportos de Guarulhos e Viracopos, a plataforma regional Sudeste da Wilson Sons Logística conta com a Estação Aduaneira de Interior (EADI) Santo André e o Centro Logístico (CL) São Paulo. Maior porto seco do estado de São Paulo, o EADI Santo André realiza as operações de importação, exportação e distribuição nacional, integradas a todas as demais plataformas da empresa. Há pouco mais de um ano, o local foi realfandegado e teve sua área total duplicada para 92 mil metros quadrados. Hoje, o EADI possui cerca de 75% de ocupação, absorvendo boa parte da demanda gerada pelo comércio exterior na região. Atuando em sinergia, o CL São Paulo, em Itapevi, também atende ao fluxo logístico de indústrias, importadores, exportadores e realiza a distribuição para o mercado interno. Com uma localização estratégica, a apenas 10 km do Rodoanel e próximo a grandes centros de consumo, o CL atende a cadeia logística de forma diferenciada, oferecendo um armazém de padrão internacional, os melhores sistemas WMS e TMS de mercado, além de operações de armazenagem in house, realizadas dentro do próprio site do cliente.

Assinada portaria que reorganiza e beneficia descida de ônibus pela Rodovia Anchieta Foi assinada, no último dia 8 de outubro, a portaria que regulamenta a operação do novo esquema de tráfego na Rodovia Anchieta (SP-150), que beneficiará a circulação de ônibus no trecho de serra rumo à Baixada Santista. A nova operação será implementada pela ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), pela concessionária Ecovias e pela Polícia Militar Rodoviária, e entrou em funcionamento no dia 10 de outubro. A portaria, que tem força de lei, é do DER (Departamento de Estradas de Rodagem), e foi publicada no Diário Oficial do Estado no dia 10 de outubro. A regulamentação estabelece a proibição da circulação de caminhões na faixa esquerda da pista sul da rodovia diariamente entre às 18h e 20h no trecho de serra - entre o km 40 (interligação com a Imigrantes) e o km 55 (trevo de Cubatão). Nesse período, a faixa não pode ser utilizada por caminhões nem mesmo para ultrapassagem, devendo ser exclusiva para ônibus e veículos de passeio. Os caminhões deverão circular em fila indiana pela faixa da direita. A portaria determina, ainda, que a concessionária Ecovias implante a sinalização indicativa do novo esquema operacional. A Ecovias colocou 32 novas placas de sinalização e fez nova pintura de solo. No documento consta que a concessionária é a responsável pela orientação aos usuários por um período de 15 dias, contados a partir do dia 10 de outubro. Será desenvolvido um plano de comunicação que inclui faixas, placas, mensagens, folhetos e ações na imprensa, entre outras medidas. Somente após o período de orientação é que os motoristas passarão a ser multados em caso de desrespeito. Haverá ampliação da estrutura de monitoramento e fiscalização no trecho. Segundo a ARTESP, as novas medidas atendem à reivindicação de usuários de ônibus, principalmente dos fretados da Baixada Santista, e também auxiliarão no fluxo da via em horários de pico para todos os usuários, com destaque na organização da chegada do trecho de baixada. Haverá maior rapidez nos deslocamentos até o litoral no trecho de serra, o que vai favorecer diariamente cerca de 10 mil passageiros de 250 ônibus que utilizam esse meio de transporte no final da tarde.

outubro 2013

::

Santos Modal

::

17


portos do brasil ::

Porto de Santos quebra recorde e supera marca de 11 milhões toneladas O desempenho do complexo santista garantiu pleno atendimento à forte demanda, superando as maiores marcas até então registradas

O

Porto de Santos bateu recorde absoluto de movimentação de cargas, superando pela primeira vez a casa de 11 milhões t. Com o total de 11,538 milhões t operado em agosto, quebra a então maior marca, registrada em agosto de 2012, de 10,547 milhões t, com aumento de 7,7%. A forte demanda e o desempenho do complexo garantiram, também, o recorde no movimento acumulado com 75,605 milhões t, 12,6% a maior que igual período do ano passado. Com o total parcial até agosto mais a previsão do último quadrimestre do ano, a estimativa é de se fechar 2013 com 112,619 milhões, acusando crescimento de 7,7%, o mesmo verificado no movimento acumulado mais recente. A exportação permanece como a principal responsável pela alta, com participação de 70,39% do total movimentado e crescimento de 16,5% no período, contra um reduzido incremento de 4,4% na importação. Principal responsável, com cerca de dois terços de toda carga operada no Porto de Santos, o açúcar chegou a 12,860 milhões t até agosto, com elevado crescimento de 36,9%. O chamado complexo soja, englobando a carga em grão e farelo, alcançou total de 14,423 milhões t no mesmo período, registrando aumento de 13,8%. Outros produtos com destaque na pauta de exportação pelo significativo aumento foram o álcool e o milho, com altas de 36,2% e 28,0%, respectivamente. Nas importações, o produto de maior participação foi o adubo, que alcançou 2,146 milhões t, com aumento de 4,3%. A carga com maior crescimento apurado no período foi o minério de ferro, com elevação de 48,9%. A movimentação de contêineres também

18

::

Santos Modal

::

outubro 2013 dezembro | janeiro 2010

Fotos: Sérgio Furtado

registrou novos recordes mensal e acumulado, chegando a 204.579 unidades em agosto, elevando o total até agosto para 1.394.059 unidades. O mensal superou em 8,8% a maior marca, verificada em agosto do ano passado. O total em teu chegou a 2,212 milhões, responsável por uma movimentação de 22,938 milhões t, 30,33% do movimento global do porto de Santos até agosto. O total de navios até agosto atingiu 3.512 atracações, registrando queda de 5,9% em relação a igual período de 2012. A redução no total de atracações representa ganho de 19,63% na consignação média da carga. O diretor-presidente da CODESP, Renato Barco, destaca que ações como a dragagem, o novo viário, a crescente produtividade de terminais e a intensificação da logística têm garantido a Santos bom desempenho

frente à elevada demanda. “Alcançamos quase 11,4 milhões t em um único mês sem que o complexo acusasse sobrecarga no atendimento”, lembra Barco, garantindo que o Porto é suficiente para operar até 140 milhões t no ano, devendo expandir essa capacidade com a conclusão das obras de infraestrutura em andamento e previstas, aliada a plena capacidade dos novos terminais que aqui se instalaram. A participação de Santos na corrente comercial do país alcançou US$ 81,8 bilhões, equivalente a 25,8% do total brasileiro, com incremento de 3,41% em relação ao acumulado até agosto do ano passado. As exportações somaram US$ 41,8 bilhões e as importações US$ 40,8 bilhões. A China permanece na liderança do ranking dos parceiros comerciais de Santos nos dois fluxos. ::


:: portos do brasil

Governo aumenta para 25 anos prazo de arrendamento do porto de Santos Serão licitadas 9 áreas em Santos e 20 no Pará, com um volume total de investimentos de R$ 5,4 bilhões nas 29 áreas: R$ 1,7 bilhões em Santos e R$ 3,7 bilhões no Pará

O

governo decidiu aumentar o prazo de concessão dos portos de Santos e do Pará para 25 anos, prorrogável por igual período. Inicialmente, o prazo para o arrendamento variava entre dez e 25 anos, de acordo com a área. Segundo o ministro da Secretaria Especial de Portos, Antônio Henrique Pinheiro Silveira, a mudança foi feita após consulta pública sobre o tema. “A questão foi muito debatida e o governo achou interessante fazer essa adequação para fins de um trabalho mais continuado dos terminais, por um prazo um pouco maior. Fizemos um enorme esforço com a equipe técnica e coroamos essa etapa de muita conversa e interação num desenho que entendemos sustentável ”, explicou. Neste primeiro bloco serão licitadas 9 áreas em Santos e 20 no Pará, com um volume total de investimentos de R$ 5,4 bilhões nas 29 áreas: R$ 1,7 bilhões em Santos e R$ 3,7 bilhões no Pará. Os estudos para a concessão dos portos de Santos e do Pará foram entregues no dia 11 de outubro ao Tribunal de Contas da União (TCU) pela ministra-chefe da Casas Civil, Gleisi Hoffmann. Esses são os primeiros estudos de arrendamento de portos sob o novo marco regulatório que foi aprovado no primeiro semestre pelo Congresso Nacional. A licitação deve ocorrer ainda neste ano, de acordo com a previsão do governo. O presidente do TCU, ministro Augusto Nardes, disse que a matéria deve ser analisada até o final de novembro. “Esperamos poder finalizar o processo dos arrendamentos até o final do ano, para que o novo modelo seja implantado e possamos ter a competitividade que queremos para o

Paulo H. Carvalho/Casa Civil PR

Ministro dos Portos, Antonio Henrique Silveira e a Ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, entregam ao presidente do TCU Augusto Nardes a minuta dos editais dos portos de Santos e Pará

sistema portuário brasileiro”. A Taxa Interna de Retorno (TIR) passou de 7% para 8%. Segundo Silveira, a mudança foi feita para compatibilizar a competição entre terminais de uso público e de uso privado. O ministro dos Portos disse que as alterações no primeiro edital devem servir de modelo para os demais arrendamentos de portos públicos, mas cada lote será analisado profundamente. O critério para a escolha dos vencedores do leilão será o de menor tarifa, no caso de terminais de contêineres. Para terminais de cadeias integradas, como de agronegócios e de movimentação de graneis, o critério será o de metas de capacidade de movimentação. “Isso significa que não poderá haver a fixação de preço-teto”, disse Silveira. O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, disse que o governo está tranquilo em relação à segurança jurídica do processo. “Não vemos riscos jurídicos, não existe nenhuma situação de inconstitucionalidade identificada”, disse. :: dezembrooutubro | janeiro2013 2010

::

Santos Modal

::

19


portos do brasil ::

Porto Itapoá recebe dois navios de 300 metros

D

ois grandes navios atracaram no Porto Itapoá, no dia 09 de Outubro: o Santa Catarina, do armador Hamburg Süd e da linha SAEC (Europa), de 299 metros de comprimento, e o navio MSC Athens, que faz a linha Bossa Nova/New Spain (Oriente Médio e Índia), de 300 metros. Caracterizado como um terminal portuário apto a receber os maiores navios de contêineres em operação na costa brasileira, o Porto Itapoá tem um píer com 630 metros de comprimento, e está equipado com 4 portêineres Super-Post-Panamax. Além disso a profundidade natural no píer é de 16 metros, uma das maiores da América do Sul. ::

Alberto Machado

Portos paranaenses fecham setembro com 35 milhões de toneladas movimentadas

O

s portos de Paranaguá e Antonina fecharam setembro com 35 milhões de toneladas movimentadas. O número é 3% superior ao registrado no ano passado. Entre os destaques está a carga geral, que registrou alta de 17%, totalizando 6,6 milhões de toneladas movimentadas. Entre os grãos, a soja já atingiu o patamar das sete milhões de toneladas exportadas, registrando alta de 8% no comparativo com o mesmo período de 2012. O milho também segue entre os destaques, totalizando 3,1 milhões de toneladas – uma alta de 7% em relação ao ano passado. Na importação, os fertilizantes totalizaram 7,1 milhões de toneladas, alta de 11% em relação ao ano passado. Mesmo com tempo mais chuvoso, a exportação e importação de grãos tem registrado alta no Porto de Paranaguá. De janeiro a setembro, a operação ficou paralisada pelo período equivalente a 63 dias. No ano passado, no mesmo período, as paralisações somaram 56 dias. Caminhões – De janeiro a setembro, passaram pelo Pátio de Triagem do Porto de Paranaguá 298 mil caminhões carregados com grãos. Em 2012, até setembro, foram pouco mais de 288 mil. Com as adequações no sistema Carga Online, além da eliminação das filas, o Pátio de Triagem conseguiu diminuir consideravelmente o tempo de espera dos caminhões, aumentando o giro de veículos no local. Novo regime jurídico - No último dia 4 de outubro, foi apresentado para os juízes da Justiça Federal de Paranaguá, proposta que propõe a mudança do regime de autarquia para uma empresa pública. A lei 12.815 de 2013, que regulamentou o novo marco legal dos portos – e mais precisamente o decreto 8033/2013 – prioriza que as figuras

20

::

Santos Modal

::

outubro 2013

Divulgação

da autoridade portuária dos portos brasileiros sejam empresas públicas ou de economia mista. “Como o nosso convênio de delegação não permite a distribuição de lucros, a melhor solução encontrada pelo estudo realizado foi de que a Appa passe a ser uma empresa pública. Já elaboramos uma minuta para a lei que fará a mudança do regime jurídico. Ela passará agora pela análise da PGE e seguirá para apreciação do Governador. Após a análise dele, esta minuta deverá ser encaminhada à Assembléia Legislativa do Paraná para que possa ser discutida, votada e colocada em prática”, explicou o chefe de gabinete da Appa - Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Sebastião Henrique de Medeiros. ::


:: portos do brasil

Porto de Itajaí movimentou 9,1 milhões toneladas

O

Complexo Portuário do Itajaí chegou ao final de setembro com um total de 9,1milhões t movimentadas. O avanço com relação aos nove primeiros meses do ano passado é de 9%. Se analisados os últimos 12 meses – de outubro de 2012 a setembro de 2013 – o volume operado é de 11,98 milhões t, ante 11,03 milhões registrados entre outubro de 2011 e setembro de 2012. O percentual de crescimento se mantém em 9%. A movimentação de contêineres neste ano somou 799,3 mil TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés), com avanço de 5% em relação ao igual período de 2012. Desse total, se analisado o valor agregado, 52% das cargas são de importação e 48% de exportação. No entanto, se considerado o volume físico, os números se invertem: 52% exportações e 48% importações. “Embora não tenhamos alcançado os volumes esperados, podemos considerar boa a movimentação registrada em setembro – de 953,07 mil toneladas e 82,11 mil TEUs – uma vez que o Complexo ficou inoperante por dez dias no mês, devido a cheiras e forte correnteza no rio Itajaí-Açu”, explica o diretor Executivo, Heder Cassiano

Divulgação

Moritz. O diretor diz que o índice de crescimento está dentro do projetado para o Complexo do Itajaí e que a expectativa de movimentação de 1,2 milhões de TEUs no ano não está comprometida. Segundo Moritz, entre os dias 17 e 19 de setembro houve significativa elevação dos níveis dos rios Itajaí-Açu e Itajaí-Mirim, com consequente aumento na correnteza. “Isso provocou a impraticabilidade da barra e a interrupção das manobras de entrada e saída

de navios no complexo durante o período de 19 a 28 de setembro”, acrescenta. O superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antonio Ayres dos Santos Júnior, ficou bastante satisfeito com os resultados do mês, uma vez que as cargas que a movimentação que não ocorreu em setembro será transferida para outubro. Os números foram apresentados na manhã do dia 11 de Outubro, durante reunião do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Itajaí. ::

Complexo de Suape avalia potencialidade industrial de Afogados da Ingazeira

E

mpresários da cadeia metalmecânica que atuam no município de Afogados da Ingazeira, localizado no Sertão de Pernambuco, objetivam ampliar seu potencial industrial, tornando-se fornecedores dos empreendimentos do setor instalados ou em construção no Complexo Industrial Portuário de Suape, a exemplo da Refinaria Abreu e Lima, da PetroquímicaSuape, da Mossi & Ghisolf, do Es-

taleiro Atlântico Sul e do Estaleiro Vard Promar. Para tal, nos dias 1º e 2 de outubro, a cidade recebeu uma delegação estadual que avaliou a potencialidade da indústria local. Participaram da missão o diretor do Fórum Suape Global, Sílvio Leimig, o gerente de investimentos da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), José Renato Delgado, e a gerente de Segmentos Econômicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico

(SDEC), Joana Cavalcanti. O grupo se reuniu com o empresariado, onde apresentou o que é Suape e construiu estratégias de negócios para a consolidação industrial do município. “Nosso interesse é fomentar o adensamento da cadeia metalmecânica, levando indústrias para outras regiões do Estado. Além disso, trabalhamos para que as empresas de bens e serviços sejam as fornecedoras dos grandes empreendimentos instalados no Complexo”, disse Silvio Leimig. :: outubro 2013

::

Santos Modal

::

21


indicador de empresas :: Equiport - Equipamentos para Portos Ltda Rua Dr. Constâncio Martins Sampaio, 97 - Estuário Santos - SP - Cep: 11020-390 Telefone: (13) 3227.6025 www.equiport.com.br equiport@equiport.com.br Atendimento nacional e internacional comercializando equipamentos de grande porte, como: Reach Stackers TEREX, Tratores de terminal e Empilhadeiras de contêineres vazios, entre outros. Oferece assistência técnica 24h por dia e peças de reposição.

Hipercon Terminais www.hiperconterminais.com.br

Advocacia Freitas & Lopes Santos - Av. Ana Costa, 416 Cj. 22 - Gonzaga Telefone: (13) 3289.3445 SP - Av. Brigadeiro Faria Lima, 1572 - Cjs 503 e 504 Telefone: (11) 3813.3460 www.freitaselopes.com.br

Alphatronics Radiocomunicação www.alphatronics.com.br

22

::

Santos Modal

::

outubro 2013

Infra Portos South America www.infraportos.com.br

Intermodal South America www.intermodal.com.br

Self Transportes Rua Dr. Manoel Tourinho, 235 Santos - SP - Cep: 11015-031 Telefone: (13) 3229.5000

www.selftransportes.com.br self@selftransportes.com.br Transportes Rodoviários em Exportação e Importação / Transportes Especiais / Cargas Excedentes/Armazenagens de Cargas Soltas/ Desovas em Geral / Estufagens/ Aramazenagens de Containeres / Processamento e Desembaraço de DTA1 e DTAS.

Transportes Estrela Rua Almirante Vivaldo Cheola, 271 Chico de Paula - Santos - SP Cep: 11085-450 Telefone: (13) 3298.8000 www.transportesestrela.com.br estrela@transportesestrela.com.br A Transportes Estrela realiza transpor te rodoviário de todos os tipos de cargas designadas à Importação/Exportação, além de Serviços Retroportuários. Com frota e equipamentos próprios, equipados com moderno sistema de monitoramento e rastreamento via satélite, acoplado a um sistema de inteligência embarcada. NOVO SITE DESTA REVISTA www.revistasantosmodal.com.br




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.