O QUE SERÁ DOS PORTOS COM O NOVO MARCO REGULATÓRIO?
MARÍTIMO
Simulações de manobras permitiram porto receber navios maiores
INVESTIMENTO
Copersucar inaugura obras de expansão de | julho 2010 Santos Modal terminal junho açucareiro ::
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dezembro | janeiro 2010
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portuário 06 Ensino BTP forma turmas de curso
com simulador de portêiner
08 Marítimo Simulações de manobras
permitiram porto receber navios maiores
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Porto de Santos
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Investimento
Quadrimestre registra novo recorde
Copersucar inaugura obras de expansão de terminal açucareiro
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O que será dos portos com o novo marco regulatório?
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pág.
Leia também
Curtas - Libra Terninais recebe o gigante CMA CGM Carmen
__________ Portos do Brasil
edição 57 junho | julho 2013 Foto da Capa: imagensaereas.com.br junho | julho 2013
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editorial ::
:: expediente
Diretora/Editora
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Vera Moraes vera@santosmodal.com.br ::
om a sanção da MP 595, as regras
Redator
que vão determinar o rumo dos
Alessandro Padin
portos tendem a ficar cade vez
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mais claras. No entanto, muitas
Assinatura
dúvidas pairam no setor. Profissio-
nais e lideranças ainda questionam: O novo marco regulatório vai conseguir fomentar o crescimento
assinante@santosmodal.com.br :: Distribuição Principais empresas do setor,
dos complexos? O país vai ganhar em competi-
administrações portuárias,
tividade? Os gargalos logísticos serão tratados
Ministério dos Transportes,
com celeridade e eficiência? Para clarear algumas dessas questões, confira nossa matéria de capa.
representantes de órgãos governamentais e assinantes ::
O jogo continua e os investimentos não param! A Brasil Terminal Portuário – BTP já forma turmas em cursos com simulador de portêineres, único terminal na América do Sul a dispor deste moder-
Santos Modal é uma publicação bimestral da Editora Oliveira & Moraes Ltda-ME Tel.: 13 - 2202-8070 www.santosmodal.com.br
no equipamento. A Copersucar expande terminal
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açucareiro e dobra a capacidade de embarque de
As matérias assinadas são de responsabilidade
açúcar para 10 milhões de toneladas. E através dos investimentos feitos em dragagem de aprofundamento, o porto de Santos já recebe “gigantes”.
de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião da editora. A responsabilidade sobre as fotos publicadas são das empresas cedentes e anunciantes. ::
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Vera Moraes
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ensino portuário:: Divulgação
BTP já forma turmas em cursos com simulador de portêineres
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A empresa é o único terminal a dispor do moderno equipamento na América do Sul
Brasil Terminal Portuário (BTP) já formou várias turmas de operadores portuários, que está treinando em seu moderno simulador, único em um terminal no Porto de Santos e na América do Sul. O curso, contou com 187 participantes, divididos em grupos de quatro alunos por dia e uma carga horária de 120 horas, intercalando aulas teóricas e práticas. O ineditismo do curso se dá principalmente por conta de sua formatação e pela utilização do simulador Ari Crane Simulator, que permite aos alunos fazer movimentos reais. A metodologia de ensino contratada pela BTP é da Maersk Training Brasil. Os alunos têm a oportunidade de fazer aulas práticas em um dos simuladores 6
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de operação de equipamentos mais modernos do mundo. “Esse simulador tem um sistema eletromecânico chamado motion. Ao entrar na cabine, o aluno faz os movimentos reais e tem a perfeita sensação de estar operando os equipamentos portuários de verdade” explica o diretor de Operações da BTP, João Mendes. O simulador está instalado em área da própria empresa, e o investimento na aquisição do equipamento foi de R$ 2 milhões. O objetivo da BTP foi de oferecer 300 vagas para treinamento até o fim do programa. A empresa irá absorver cerca de 50% do grupo habilitado para operação de seus próprios equipamentos no terminal multiuso, em fase final de implantação na região da Alemoa, margem direita do Porto Organizado de Santos. O investimento total na qualificação desse grupo é de R$ 700 mil.
Para realizar o curso, a BTP firmou convênio, no final de novembro do ano passado, com o Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) e com o Centro de Excelência Portuária (Cenep), no sentido de habilitar gratuitamente a mão de obra da região que irá operar os seus equipamentos. O Ogmo é o responsável por habilitar os candidatos aprovados ao final do curso. Já o certificado dos alunos é emitido, em conjunto, pela BTP, Ogmo e Cenep. A Brasil Terminal Portuário (BTP) é uma joint venture entre a Terminal Investment Limited (TIL) e a APM Terminals, ambas com vasta experiência em construção, gerenciamento e operação portuária em dezenas de países ao redor do mundo. Localizada na margem direita do Porto de Santos, a empresa investe R$ 1,94 bilhão na construção do terminal, com início de operação previsto para breve. ::
:: logística
Ribeirão Preto ganha condomínio logístico
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CBP Ribeirão oferece mais 39.062 mil m² de área construída para empresas interessadas em locação
cidade de Ribeirão Preto acaba de ganhar um novo Centro Logístico, que irá ajudar a atrair novas empresas para a região. Localizado às margens da Rodovia Anhangüera, na altura do quilômetro 308, o Condomínio Logístico CBP Ribeirão já está funcionando parcialmente com a implantação de uma unidade de distribuição da Eurofarma. A partir deste mês, serão entregues às empresas interessadas em locação mais 6.622 m² de área construída. O condomínio é composto por gal-
pões modulares e conta com pé-direito elevado, permitindo maior capacidade de armazenamento; iluminação zenital, que proporciona economia de energia; e sistema de segurança. Os galpões são modulares e flexíveis, com áreas de 1.606m², 2.741m² e 3.808m², contando com 3, 8 ou 13 docas, respectivamente. Todos têm 515m² de áreas auxiliares e escritórios. “Os locadores encontrarão espaços customizáveis, com as vantagens do sistema de condomínio, bastante interessante para rateio de custos de segurança e facilidade de operação”, destaca Ricardo Rinaldi, gerente de operações imobiliárias da Cushman&Wakefield, empresa
responsável pela locação do CBP Ribeirão. O novo centro logístico foi idealizado por um grupo de investidores, por meio do Fundo de Investimento Imobiliário Claritas Logística I, da Claritas Investimento. Ribeirão Preto foi a cidade escolhida por ser polo de desenvolvimento da região Noroeste de São Paulo, circundado por municípios que têm recebido intensos investimentos em indústria, comércio e serviços, como Sertãozinho, Araraquara e Barretos. CBP Ribeirão foi construído às margens da Rodovia Anhangüera, em frente ao Parque Industrial e próximo a dois retornos que permitem fácil deslocamento para Ribeirão Preto (centro), São Paulo e interior. ::
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marítimo ::
por Kléber Martins
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Depois do susto, Santos recebe navios até 335 metros
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Projeto da dragagem estreitou o canal, mas simulações de manobras permitiram porto receber navios maiores
om os trabalhos de dragagem efetuados pela SEP, a profundidade do canal do Porto de Santos foi aumentada para 14,9 metros no trecho 1 e para 14,5 metros no trecho 2. Embora a SEP não tenha conseguido os 15 metros que anunciava e ainda faltem os trechos 3 e 4, o aumento dos trechos 1 e 2 já permitiria receber, em tese, navios de maior calado, mas a comunidade portuária levou um susto quando houve a homologação: o projeto de balizamento aprovou o tráfego de navios com até 266 metros de comprimento e 32 me-
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tros de boca, além de vetar a mão dupla. Isto porque houve estreitamento de 280 para 220 metros em uma curva importante, de quase noventa graus, próxima à Fortaleza da Barra. A preocupação era grande, pois um em cada quatro navios que operam em Santos tem comprimento maior do que o aprovado. E a tendência era de piora, uma vez que o crescimento das dimensões dos navios é uma realidade do mercado: navios cada vez maiores para carregar mais cargas e com menos escalas. Pensar que a temporada de cruzeiros ficaria restrita somente ao Splendour of Seas não passava pela cabeça de ninguém, mas a realidade apontava para isso: navios menores teriam de
ser alocados para escalar no porto santista. Além disso, o estreitamento da curva impedia o tráfego em mão dupla, o que iria retardar as viagens e criar tempo ocioso nos terminais, causando prejuízos incalculáveis ao setor. Antes, esse tráfego sofria restrições em alguns pontos do canal e a coordenação da Praticagem obtinha o máximo de aproveitamento. Era preciso fazer alguma coisa, pois navios maiores, com até 330 metros, já eram manobrados com pequenas restrições. “Antevendo os prejuízos imensos que as novas dimensões causariam, a Praticagem de Santos propôs às Autoridades Marítima e Portuária a realização de manobras em simulador para determinar,
:: marítimo a despeito dos limites estabelecidos com base nas normas técnicas, quais seriam os limites possíveis de alcançar com toda a segurança, utilizando a experiência e ‘expertise’ dos práticos”, declarou o presidente da Praticagem de Santos, Paulo Sérgio Barbosa. As simulações foram realizadas durante três dias no mês de maio e, felizmente, trouxeram algum alívio para todos, originando a Portaria 38/2013 da Capitania dos Portos. Ficou definido o navio-tipo autorizado a realizar manobras em condições seguras de visibilidade sem quaisquer restrições: 306 metros de comprimento máximo e largura máxima de 46 metros. Antes do estreitamento do canal, eram realizadas manobras sem restrição de embarcações com comprimento de 306 metros e 48 metros de largura, enquanto os com até 334 metros de comprimento e 43 metros de boca sofriam algum tipo de restrição. Houve, portanto, redução de cinco metros na largura. De acordo com a norma, navios entre 306 e 335 metros de comprimento somente poderão manobrar em condições especiais que serão coordenadas pelas Autoridades Marítima e Portuária e pela Praticagem.
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Antevendo os prejuízos imensos que as novas dimensões causariam, a Praticagem de Santos propôs às Autoridades Marítima e Portuária a realização de manobras em simulador para determinar quais seriam os limites possíveis de alcançar com toda a segurança Paulo Sérgio Barbosa, presidente da Praticagem de Santos
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Outro ponto importante e que foi superado foi o da manutenção de todo o tráfego em mão única, conforme previsto no projeto de balizamento aprovado. Para diminuir o impacto, a Praticagem sugeriu permitir a possibilidade de tráfego em mão dupla para os navios com até 190 metros de comprimento, largura de 33 metros e calado de 11 metros. A Portaria incorporou a sugestão e essa situação irá perdurar até que a Companhia
das Docas do Estado de São Paulo (Codesp) promova novas simulações de manobras. Calado - O calado do porto passou a ser de 13,2 metros, podendo ser elevado a 14,2 metros nas janelas de maré, isto é, quando a altura da maré estiver igual ou superior a um metro. A homologação da nova profundidade poderá representar uma vitória para o Porto de Santos, porém há muito por se fazer. Dois obstáculos sérios foram removidos durante os trabalhos de dragagem: a pedra de Teffé e os restos do navio Ais Georgis, contribuindo para a livre navegação no canal, mas todos os benefícios da dragagem só serão sentidos quando os berços tiverem profundidade suficiente para receber navios de maior calado. Atualmente, apenas cinco berços têm essa característica no porto santista. Nas condições atuais do canal de entrada, o porto chegou ao seu limite, podendo receber navios de até 335 metros. O porto de Santos somente poderá receber navios maiores quando a curva da entrada do estuário, que foi estreitada de 280 para 220 metros, for novamente alargada.::
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Quadrimestre registra novo recorde no porto de Santos
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Além do melhor primeiro quadrimestre, o mês de abril foi o quarto maior da história
porto de Santos fechou o quadrimestre com novo recorde de movimentação para o período, atingindo 13,5% de crescimento, fortemente impulsionado pelas cargas de exportação, que acusaram aumento de 20,5%. O mês de abril contribuiu com incremento de 15,5, também apresentando forte desempenho dos embarques, 20,8% superiores a abril do ano passado. O mês chegou à marca de 9,71 milhões de toneladas, o quarto maior movimento mensal na história. Com a apuração do acumulado, a previsão para este ano já supera 111 milhões de toneladas. Os grandes destaques foram os embarques de soja e de açúcar, as principais cargas no movimento físico do complexo santista, responsáveis por cerca de 35% do total. Somente no mês, o açúcar cresceu 86%, chegando a quase 5 milhões de toneladas no quadrimestre, praticamente duplicando o total embarcado em igual período do ano passado. O complexo soja, apesar de o movimento acumulado ter acusado queda de 4%, no mês de abril cresceu 23,8%. Em relação ao índice de crescimento, as exportações de milho lideram com aumento de 562,2% no acumulado, já atingindo 1,60 milhão de toneladas. As importações apontaram ligeira redução de 0,2% no quadrimestre com destaque principal das descargas de minério de ferro a granel que já alcançaram incremento de 118,7% no acumulado. A movimentação de contêineres registrou aumento de 4,7%, atingindo 1,023 milhão TEU até abril, com quase 10,6 milhões de toneladas transportadas, equivalente a 30,88% do total de cargas. O fluxo de navios chegou a 1.736 atracações no período, apontando redução de 8,4% apesar do elevado crescimento da carga de 13,5% . A relação indica o aumento da consignação média de carga por embarcação, que 10
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Arquivo SM
registrou incremento de 24% na comparação com o primeiro quadrimestre do ano passado. O resultado reflete o aumento da profundidade que permitiu otimizar a capacidade de transporte das embarcações, contribuindo para a redução da parcela do frete marítimo na composição do custos do comércio exterior. Na balança comercial, Santos registrou crescimento de 8,47% no valor comercial das cargas negociadas no mercado externo, participando com cerca de 25% do total brasileiro. Foram US$ 38,9 bilhões que passaram pelo complexo no quadrimestre. Somente as exportações registraram aumento de 10,67% com US$ 19,7 bilhões. Resultados - Durante 2012, a Fundação Cenep/Santos concentrou esforços para ampliar a oferta de capacitação, firmando convênios e acordos de cooperação. Para isso, renovou o termo de Cooperação Técnica com a Praticagem de Santos, com vistas à manutenção e ao funcionamento do setor pedagógico da fundação, e deu continuidade à parceria com o Órgão Gestor de Mão-deobra (OGMO) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat), que
garantiu o treinamento na área de operação de empilhadeiras de grande porte. Ainda no ano passado, um contrato com a Capitania dos Portos de São Paulo viabilizou a aplicação de cursos para os trabalhadores portuários avulsos, e um projeto de cooperação internacional iniciou a capacitação de 28 técnicos com ênfase em gestão portuária. Somados, 2.289 trabalhadores do setor foram capacitados em 76.639 horas de treinamento nos cursos de operação com empilhadeiras de grande e pequeno portes, conferência em operações de granéis sólidos, logística de terminais de contêineres, equipamento simulador, entre outros. Futuro - O Cenep planeja aplicar cursos integrantes do Prepom-Portuários para os trabalhadores avulsos, além de manter a oferta de capacitações para operadores portuários e os familiares dos trabalhadores avulsos. A educação também será prioridade com o projeto para a educação de base (níveis fundamental e médio), por meio de aulas preparatórias para o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).::
:: porto de santos
Semana do Meio Ambiente
Porto de Santos recebe governo da Jamaica Divulgação Codesp
Paulo Silveira/Codesp
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Companhis Docas do Estado de São Paulo - CODESP realizou, entre os dias 3 e 7 de junho, a Semana do Meio Ambiente 2013. O evento fez parte das comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho) e aconteceu nos auditórios do Centro de Treinamento e da Usina de Itatinga. A programação, voltada para os colaboradores da empresa, contou com a contribuição de vários parceiros, como as Prefeituras Municipais de Santos e Guarujá, Governo do Estado (Superintendência de Controle de Endemias - SUCEN e Centro de Vigilância Epidemiólogica -GVE) e Organizações Não Governamentais. Na abertura, o diretor-presidente da companhia, Renato Barco, ressaltou que a empresa tem feito grandes investimentos na área de Meio Ambiente. Como exemplo, a CODESP está promovendo o plantio de árvores como compensação ambiental da obra Avenida Perimetral da Margem Direita. Quando finalizada, a ação vai acrescentar 10% de árvores ao número atual do município de Santos. Além de palestras - que falaram sobre redução e reutilização de resíduos no escritório, controle da dengue, conservação ambiental, dentre outros temas - os colaboradores receberam canecas térmicas alusivas à data. “Todos os funcionários da empresa ganharão canecas como essa; é importante que seus gestores deem exemplo, abandonando os copinhos plásticos”, recomendou o diretor de Infraestrutura, Paulino Vicente. Segundo a Superintendente de Meio Ambiente, Saúde e Segurança, Alexandra Grotta, a Semana de Meio Ambiente alcançou o objetivo. “A Codesp acredita que esse desenvolvimento deve se basear não apenas nos aspectos econômicos, mas também nas questões ambientais e sociais para que gere benefícios para a sociedade e seja de fato sustentável”, ressalta. Ela lembra que este é um compromisso já assumido pela Diretoria desde a criação da superintendência ambiental, em 1999. “O evento foi voltado, exclusivamente, para os seus colaboradores, pois a Codesp sabe que estes são os seus melhores aliados na busca por um porto sustentável”, explicou a superintendente.::
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CODESP recebeu, no dia 11 de junho, a visita do ministro das relações exteriores da Jamaica, Arnold Nicholson. A comitiva foi recebida pelo presidente da Codesp, Renato Barco. “É uma honra estar no maior porto da América latina”, declarou o ministro jamaicano. Renato Barco apresentou o Porto de Santos, destacando os recordes de movimentação que superaram os 104 milhões de toneladas no ano passado e a previsão do Porto de Santos alcançar, até 2014, movimentação de 230 milhões de toneladas. O ministro fez apresentação dos portos de seu país e disse que tem interesse em estreitar relações comerciais com o Brasil. ::
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O que ser谩 dos com o novo ma regulat贸rio? por Alessandro Padin
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nistro dos Portos, Leônidas o futuro é promissor, com nejamento e investimentos
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om a sanção, por parte da presidente Dilma Roussef, da Medida Provisória 595, a MP dos Portos, as regras que vão determinar os rumos dos portos brasileiros estão ficando mais claras. As desconfianças, no entanto, ainda persistem. O novo marco regulatório vai conseguir, finalmente, fomentar o crescimento dos complexos? O país vai ganhar em competitividade e o setor, internamente, serão mais competitivo? Questões complexas e crônicas, como os gargalos logísticos, serão tratadas com celeridade e eficiência? Para o ministro dos Portos, Leônidas Cristino, a resposta é afirmativa. “O Governo Federal vai investir R$ 133 bilhões só em ferrovias, hidrovias e rodovias e R$ 60 bilhões nos portos. Com o marco regulatório, vamos investir, também, 2,6 bilhões para melhorar os acessos dentro do porto organizado. Isso vai resolver definitivamente alguns problemas graves, tanto na chegada da carga por meio das rodovias e ferrovias, como dentro do porto”, explicou, em entrevista concedida no “Bom Dia, Ministro”, coordenado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com NBR TV. Leônidas destacou que os portos brasileiros vão movimentar 2,23 bilhões de toneladas em 2030 (em 2012 a movimentação chegou a 900 milhões de toneladas). “O Brasil tem, pela primeira vez, um planejamento logístico até 2030. Conseguimos integrar o Plano Nacional de Logística de Transportes e o Plano de Logística Portuária, criando, então, o Plano de Logística Integrada, onde cada setor compartilha os planejamentos e investimentos. Não tinha lógica pensar nos portos isoladamente, sem projetar os acessos ferroviários, hidroviários e rodoviários. Este marco regulatório tem papel fundamental para atrair os investimentos necessários para isso. Só da iniciativa privada serão R$ 54 bilhões nos portos”, disse o ministro. Licitações - Sobre as licitações dos terminais, o ministrou frisou que a Secretaria Especial de Portos (SEP) disse que os estudos de viabilidade técnica, financeira e ambiental de 52 terminais estão em fase de conclusão: “Vamos analisar os estudos, para assim iniciar o processo licitatório e os investimentos. As primeiras áreas a serem licitadas fazem junho | julho 2013
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capa :: parte do Porto de Santos, por ser o maior da América Latina, e Pará, com 26 terminais cada um”. Levantamentos preliminares preveem R$ 2 bilhões em investimentos para esse primeiro bloco. Os estudos deverão ser publicados em julho, com a consulta pública esperada para agosto. Outros três blocos deverão ser licitados ainda este ano e os investimentos são estimados em R$ 25 bilhões. O segundo bloco inclui 43 áreas nos portos de Salvador e Aratu, na Bahia, e de Paranaguá, no Paraná. O terceiro terá 36 áreas em Suape, Pernambuco, e Itaqui, no Rio Grande do Sul, além de todos os restantes do Norte e do Nordeste. E o último bloco inclui 28 áreas em Vitória, Rio de Janeiro, Itajaí e São Francisco do Sul, em Santa Catarina, e Rio Grande, no Rio Grande do Sul. O ministro ressaltou, também, que o Governo Federal vai investir 3,8 bilhões para melhorar os acessos aquaviários. “O navio tem que ter um um canal largo e profundo, senão vai entrar com meia carga e isso traz um prejuízo grande. Nós começamos, ainda no governo do presidente Lula um plano de dragagem. Agora ele será melhorado e complementado. Na MP nós vamos ter o Plano Nacional de Dragagem que, além de prever maiores aprofundamentos e alargamentos, vai incluir a manutenção por um período de dez anos, incluindo dos cais. Antes isso era executado pela autoridade portuária ou pelo arrendatário e o Governo Federal chamou a responsabilidade disso”, afirmou.
Fotos: Antonio Cruz/ABr
O Governo Federal vai investir R$ 133 bilhões só em ferrovias, hidrovias e rodovias e R$ 60 bilhões nos portos. Com o marco regulatório, vamos investir, também, 2,6 bilhões para melhorar os acessos dentro do porto organizado. Isso vai resolver definitivamente alguns problemas graves, tanto na chegada da carga por meio das rodovias e ferrovias, como dentro do porto
Leônidas Cristino, ministro dos Portos
Vetos - A presidente vetou 13 pontos da MP 595. Em dois trechos, por exemplo, que limitavam a participação de organizações com participação societária em empresas de navegação marítima com percentuais superiores a 5%, o governo considerou a medida ineficiente porque não impede que estas mesmas empresas componham sociedade em terminais privadas e criem regras favoráveis por meio de acordos de acionistas e outras operações semelhantes. Em outros três trechos da medida provisória que dispõe sobre a criação do terminal-indústria, também vetados, a
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O Congresso tem que avaliar se quer continuar judicializando questões tão estratégicas” Ideli Salvatti, Ministra da Secretaria de Relações Institucionais
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presidente considera que o conceito retoma a distinção entre a movimentação de carga própria e de terceiros, o que afeta negativamente a proposta do novo marco regulatório. O governo vetou, também, a obrigatoriedade dos Órgãos Gestores de Mão de Obra (Ogmos) intermediarem a contratação de trabalhadores para embarcações de navegação interior, com a alegação de que estaria, assim, violando acordo feito com os trabalhadores do setor. Merece destaque, também, o veto ao trecho que determinava novos contratos de concessão com prazo de 25 anos, prorrogáveis uma vez, até atingir 50 anos. Neste caso específico, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, alegou que a renovação das concessões de portos é prerrogativa inegociável do Poder Executivo. Se o Congresso Nacional derrubar os vetos da presidente Dilma Rousseff à MP dos Portos, Ideli acredita que o assunto será judicializado. “O Congresso tem que avaliar se quer continuar judicializando questões tão estratégicas”, disse. “Vamos trabalhar para não acontecer a derrubada dos vetos. Queremos que esse marco regulatório se preserve. O vetos da presidenta [Dilma Rousseff ] foram importantíssimos para que a essência dessa lei fosse mantida. Tenho absoluta convicção de que essa lei vai ser preservada e nós poderemos fazer os investimentos neces-
:: capa sários para melhorar a estrutura portuária nacional”, destacou Leônidas Cristino. sérias e comprometidas com a evolução dos trabalhadores portuários”, destaca. Com duas salas de aula, laboratório de informática com acesso à internet e auditório para até 100 pessoas, climatizados, as novas instalações podem abrigar até 190 alunos simultaneamente. Além dos cursos direcionados à área operacional do Porto de Santos, este ano o Cenep vai oferecer alfabetização para jovens e adultos da comunidade portuária, bem como cursos de capacitação também para os moradores próximos à Fundação. As instalações podem ser utilizadas por operadores portuários que desejarem ampliar as oportunidades de seus trabalhadores.
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A audiência pública sobre os estudos de viabilidade viabilidade técnica, financeira e ambiental dos processos licitatórios deve ocorrer até agosto e a publicação está prevista para outubro. A assinatura dos contratos deve ocorrer no primeiro trimestre de 2014 Pedro Brito, diretor-geral da Antaq
” Antaq já tem 123 pedidos de autorização de
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novas instalações portuárias
Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) já contabiliza 123 pedidos de autorização para novos projetos de infraestrutura portuária. Destes, 63 se referem a terminais portuários, 44 para estações de transbordo – por onde a carga é recebida e redistribuída para outros modais ou embarcações, 11 para terminais de pequeno porte e cinco para instalações de turismo destinadas a receber cruzeiros. Segundo informou à Agência Brasil o diretor-geral da Antaq, Pedro Brito, a expectativa é de que, conforme prevê a norma, a agência publique os mais rápido possível oficialmente os anúncios desses pedidos e, assim, identifique se há interesses de mais de um empreendimento em uma mesma região. Esses anúncios terão prazo de 30 dias para receber manifestações, o que, segundo o diretor, deve acontecer até final de julho ou o início de agosto. “Caso não haja interessados, o rito será mais simples e as autorizações devem começar a ser feitas a partir de agosto, caso as documentações apresentadas estejam completas”, disse Brito. Segundo ele, “pelo que tenho visto, não deverão aparecer novos interessados [para os 123 pedidos já feitos]”. A Antaq estima que esses terminais privados envolvam um investimento total de R$
25 bilhões. “Deste valor, R$ 23,5 bilhões serão para terminais portuários de uso privado e R$ 1,6 bilhão para estações de Transbordo de Carga [ETCs]. Existem 15 grandes projetos, com valores superiores a R$ 1 bilhão de investimentos apenas para os terminais privados”, acrescentou. Segundo ele, esses investidores são, em geral, brasileiros e muitos deles apoiados por fundos de investimentos especializados em projetos de infraestrutura. Pedro Brito disse que a Antaq está preparada para cumprir o cronograma para arrendamento dos portos organizados (públicos). “Temos cronograma separado para arrendamentos [licitações a serem feitas dentro dos portos organizados]”. Serão quatro blocos de portos públicos a serem leiloados. O primeiro, com previsão de ir a leilão entre outubro e novembro, abrange os portos de Santos – “por ser o maior do país”, e da Companhia de Docas do Pará – “por haver, nele, vários arrendamentos de líquidos e derivados de petróleo que precisam de soluções mais rápidas”, justificou o diretor. “A audiência pública sobre os estudos de viabilidade viabilidade técnica, financeira e ambiental dos processos licitatórios deve ocorrer até agosto e a publicação está prevista para outubro. A assinatura dos contratos deve ocorrer no primeiro trimestre de 2014”, infor-
mou Brito. Os demais blocos serão feitos com intervalos de um mês de diferença. O segundo bloco arrendará os portos de Salvador, Aratu e Paranaguá; o terceiro, Suape, Itaqui e demais portos do Norte e Nordeste; e o quarto, Vitória, Rio de Janeiro, Itaguaí, Rio Grande e São Francisco do Sul. “Ainda que os portos sejam apenas parte da cadeia logística, os efeitos desses investimentos privados serão sentidos porque proporcionarão mais cais e mais profundidade de canais e bacias, com a ajuda do Programa Nacional de Dragagem. São investimentos que têm prazo de maturação de, no mínimo, dois anos para que esteja operacional. O que vai acrescentar capacidade de carga e eficiência serão os investimentos nos acessos terrestres, melhoria das vias e reequipamento do setor portuário”, argumentou Brito. Para o diretor da Antaq, os portos do Norte, que recebem parte dos produtos agrícolas sentirão efeito imediato na capacidade de exportação. Segundo ele, o programa anunciado pela presidenta Dilma, visando ao armazenamento da produção, também ajudará: “Isso evitará que a produção de grãos, principalmente, seja transferida de imediato para caminhões. Com capacidade para armazenar, o produtor poderá escolher a melhor data para vender seus produtos”, acrescentou.:: junho | julho 2013
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por Alessandro Padin
Foto: Simon Morris Tadeu Fessel
Copersucar inaugura obras de expansão de Terminal Açucareiro
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Investimento dobrará a capacidade de embarque de açúcar para 10 milhões de toneladas
Copersucar inaugurou, no dia 5 de junho, as obras de expansão do Terminal Açucareiro Copersucar (TAC), no Porto de Santos. O investimento dobrará a capacidade de embarque de açúcar do terminal para 10 milhões de toneladas ao ano já a partir da safra 2013/2014, atendendo a crescente demanda de exportação do produto. “A expansão do TAC é estratégica para a Copersucar, por permitir o crescimento dos volumes de exportação da Companhia, contribuir para a sua liderança como maior comercializadora mundial de açúcar e de etanol e fortalecer a participação do setor sucroenergético na economia brasileira”, afirmou o 16
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presidente do Conselho de Administração da Copersucar, Luís Roberto Pogetti. O evento de inauguração foi realizado nas dependências do TAC, com a presença de autoridades de todas as esferas do governo, além de empresários e lideranças do setor sucroenergético. A obra integra o plano de investimentos de R$ 2 bilhões em infraestrutura logística pela Copersucar, até 2015. Desde o início das operações no Porto de Santos, em 1998, a empresa já investiu cerca de R$ 400 milhões no terminal. A capacidade de embarque de 10 milhões de toneladas por ano corresponde a 17% do mercado mundial de açúcar e a 42% da exportação do Centro-Sul do país. A estimativa da Copersucar é que, já na atual safra, sejam em-
barcadas 7,5 milhões de toneladas de açúcar. Na última safra (2012/2013), o TAC registrou o seu recorde histórico, com 5,3 milhões de toneladas embarcadas, simultaneamente às obras de expansão. As exportações totais da Copersucar no período representaram uma receita de R$ 8,2 bilhões. Para Paulo Roberto de Souza, diretorpresidente da Companhia, o investimento no TAC resultará em ganhos de competividade e maior produtividade operacional, com reflexos positivos em toda a cadeia de valor, do campo ao cliente final. “A expansão do TAC resultará em maior sincronismo das operações de transporte, recepção e embarque, decorrente da maior capacidade de armazenagem estática, aumento da utilização do transporte ferroviário e da capacidade de recepção no
:: investimento terminal, e também da maior velocidade de carregamento de navios”, afirmou. Novas estruturas - Com o objetivo de otimizar a capacidade de recepção de açúcar, foi construída uma moega rodoferroviária, com capacidade de descarga simultânea de até seis vagões de alta performance, com maior capacidade de escoamento, agilizando o tráfego de trens. A construção da moega representa uma das principais vantagens logísticas do terminal, pois possibilitará o aumento da participação do transporte ferroviário, de 30% para 70% do volume embarcado, reduzindo o tempo total de permanência dos trens no sistema portuário (de 30 para 16 horas), com maior eficiência de recepção e descarga (de 18 mil para 36 mil toneladas/dia). Com maior uso da ferrovia, a expansão do terminal possibilitará redução de mais de 100 mil viagens por ano de caminhões nas rodovias e trechos urbanos que ligam os polos produtores ao porto de Santos, trazendo significativos ganhos ambientais e logísticos. A moega está conectada ao novo Armazém XXI, cuja capacidade estática também foi ampliada para 110 mil toneladas, elevando para 330 mil toneladas a capacidade total de armazenagem do terminal (granel e ensacado). Elevadores e esteiras de alto desempenho aproximam os pontos de descarga e de armazenagem, com alta flexibilidade na operação, desde a recepção no terminal até o embarque em alta escala e em navios de grande porte, no cais. Embarque - Para otimizar o processo de embarque, será entregue o terceiro carregador de navios (shiploader). O novo equipamento possibilitará o atendimento de navios maiores, com capacidade de carregar
3 mil toneladas por hora. Para efeito de comparação, os dois shiploaders em operação, somados, têm capacidade de embarque de 2,4 mil toneladas hora. A velocidade de carregamento de navios aumentará de 40 mil para 60 mil toneladas/dia, um significativo ganho de produtividade e eficiência, com reflexos em toda a operação portuária. Tecnologia - Para comandar a operação da estrutura, o TAC dispõe de um centro de comando com tecnologia de automação de ponta e os equipamentos mais modernos em funcionamento no mundo, que colocam o terminal entre os principais na exportação de açúcar. Além da eficiência energética, todas as construções foram realizadas contemplando princípios de sustentabilidade, com a instalação de modernos sistemas de controle ambiental, como filtros para reter a emissão de particulados em todas as edificações e de controle de emissão de efluentes. Histórico do TAC- Em operação desde 1998, o Terminal Açucareiro Copersucar está instalado em uma área arrendada junto à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). No primeiro ano de operações, a capacidade de embarque do TAC era de 1,2 milhão de toneladas de açúcar ensacado. Desde então, tem recebido investimentos contínuos para ampliar suas capacidades e otimizar as operações. Em 2003, em sua primeira grande expansão, começou a operar também com açúcar a granel, com a incorporação de novos armazéns (20/21) e sua transformação em um silo de grande porte para a armazenagem de açúcar bruto. O terminal passou também a ter capacidade de descarga de dois vagões e de um caminhão simultaneamente. Sua capaci-
dade de embarque saltou para 2 milhões de toneladas. A área de armazéns passou de 50 mil metros quadrados. Dois anos depois, em 2005, uma nova fase foi implantada, com a inauguração de um novo silo, de 109 mil toneladas, que dobrou a capacidade de armazenagem a granel. O terminal passou a receber a carga de até seis vagões ferroviários simultaneamente. A capacidade anual de exportação de açúcar do terminal passou para 5,0 milhões de toneladas e foi superada na última safra com o recorde nos embarques. Em 2013, o Terminal Copersucar dá um novo salto, com uma nova configuração. O Armazém XXI foi transformado em um novo silo graneleiro, dobrando a capacidade total de operação do terminal, com a mesma área dedicada aos armazéns - quase dez vezes a capacidade inicial. Quanto à receita das exportações, avaliando os últimos dez anos, o montante cresceu mais de doze vezes, partindo dos US$ 330 milhões de 2002 para uma receita de US$ 4,1 bilhões em 2012, tanto de açúcar quanto de etanol. Integração logística - A ampliação no TAC está integrada aos investimentos realizados pela Copersucar em terminais multimodais coletores no interior do Estado de São Paulo, em Ribeirão Preto e São José do Rio Preto. Juntos, os dois terminais têm capacidade para movimentar 2,3 milhões de toneladas de açúcar por ano. A ampliação dos terminais multimodais foi fundamental para permitir maior capacidade de recepção ferroviária no TAC e aumentar a participação do modal ferroviário na matriz de transporte da Copersucar.::
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Exportações de couro bate recorde
Pelo segundo mês consecutivo, as exportações de couros e peles do Brasil bateram recorde em valores alcançados. No mês de maio, o país vendeu ao mercado externo US$ 227 milhões. Trata-se de um crescimento de 15,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o presidente executivo do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil, José Fernando Bello, os números positivos de 2013 – que já registram crescimento de 18,5% se comparados ao acumulado do mesmo período de 2012 – têm origem nos esforços do setor para alavancar vendas e, também, em fatores de mercado. De acordo com Bello, a alta das exportações brasileiras tem ligação com a estagnação de compras no mercado interno e com o aumento no volume de importações dos países asiáticos, em especial China e Hong Kong. “O preço da matéria prima subiu, também. Podemos avaliar que, em média, dos cerca de 18% de alta no acumulado do ano, 5 a 6% sejam oriundos da elevação nos preços”, destaca o executivo.
Libra Terminais patrocina abertura do Brasileiro de Canoagem Onda em Guarujá Com a proposta de estar envolvida com a comunidade da região onde atua, a Libra Terminais patrocinou a abertura do Circuito Brasileiro de Canoagem Onda, nos dias 22 e 23 de junho, na Praia do Tombo, em Guarujá. A competição reuniu mais de 30 atletas de vários estados, divididos nas modalidades Waveski, Kayaksurf e Shark Paddle Surf. Nas três disputas, os atletas surfaram as ondas de uma das melhores praias para este tipo de atividade.
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Exportação de serviços do Peru chega a US$ 5,13 bilhões As exportações de serviços do Peru chegaram a US$ 5,13 bilhões em 2012, o que representou um aumento de 17,5% em relação a 2011, quando foi registrado o valor de US$ 4,364 bilhões, segundo dados do Banco Central de Reserva (BCR) do Peru. A instituição acrescentou que o setor mais que triplicou entre 2003 e 2012. O PIB do Peru cresceu 6,3% (INEI) em 2012 e 5,54% no primeiro quadrimestre deste ano, uma das maiores expansões do continente. Para posicionar o Peru como uma plataforma de negócios para a exportação de serviços de nível internacional, o PROMPERÚ (Comissão Peruana de Promoção à Exportação e Turismo) promoveu entre os dias 17 e 21 de Junho, em Lima, o PERU SERVICE SUMMIT 2013, evento internacional de exportação, que contou com rodadas de negócios, seminários e workshops dentre outras atividades. O ministro do Comércio Exterior e Turismo e presidente do conselho do PROMPERÚ, José Luis Silva Martinot, afirma que aconteceram mais de 1.350 encontros de negócios, movimentando cerca de US$ 50 milhões. O setor de exportação de serviços é uma fonte importante de divisas. Globalmente, o setor representa 20% do comércio mundial (US$ 4,4 trilhões). Além disso, este setor é responsável por 65% do investimento estrangeiro direto no Peru, emprega 65% da população economicamente ativa e responde por mais de 50% do PIB peruano.
Elog passa a operar com hora marcada em ambientes alfandegados Os caminhões que carregam e descarregam todos os dias no Porto Seco Barueri, controlado pela Elog, estão, há pouco mais de um mês, agendando um horário para as operações. A ideia vem estabelecendo um novo padrão no setor e tem ajudado a resolver entraves importantes, como filas de espera e aprimoramento na escala da equipe. “O desafio foi provar que era possível, uma vez que ninguém no mercado trabalhava dessa maneira”, afirma Rafael Lima, gerente de Operações Alfandegadas. A fase de preparação para o agendamento de descarga no Porto Seco Barueri teve inicio no meio do ano passado. Equipes da Elog fizeram um levantamento da capacidade operacional, da necessidade de mão de obra, bem como desenvolvimento de planilhas e ferramentas para colocar o agendamento em prática. A operação começou na primeira semana de maio e a resposta tem sido bastante positiva. O agendamento das operações em ambiente alfandegado viabilizou uma redução de custos para o cliente. “Nossos clientes não precisam mais esperar em uma fila, o que evita estadias e custos extras de transporte. É só chegar na hora marcada para o atendimento”, afirma Rafael Lima. Esse sistema permite que os clientes otimizem suas operações e aumentem o giro de suas carretas. Caso haja um imprevisto e o cliente não chegue na hora, a Elog faz um reagendamento para recebimento dessa carga. A previsão é de que até o final do ano todos os Portos Secos da região Sudeste trabalhem com o novo sistema. Já as unidades do Sul, deverão aderir em 2014.
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Libra Terminais Santos recebeu “gigante” CMA CGM Carmen, o maior navio a operar no terminal santista até o momento Iniciando uma nova fase, a Libra Terminais Santos operou no dia15de junho, o “gigante” CMA CGM Carmen, com capacidade de transportar 8.533 TEUs. O navio de bandeira liberiana tem 334 metros, 12,9m de calado e operou 1.711 contêineres no terminal santista (T35). “A movimentação deste navio demonstra que a Libra Terminais Santos está preparada para receber os maiores navios em operação na América do Sul”, afirmou o presidente da Libra Terminais, Wagner Biasoli, reforçando que há previsão de receber outros navios deste porte. “Esta é uma nova demanda do Porto de Santos”, acrescentou. Vale ressaltar que a Libra Terminais Santos encerrou 2012 com aumento de produtividade 30% em relação ao ano anterior. O resultado é consequência de um trabalho iniciado há dois anos, na busca da Excelência Operacional, com o aperfeiçoamento de conceitos e metodologias para incrementar as operações, a redução de custos, bem como a capacitação dos colaboradores. Para este ano, a expectativa é de crescimento de 30% na produtividade. Algumas medidas já foram adotadas para essa evolução. “Estamos capacitando os operadores através de uma empresa internacional, para que padronizem as movimentações a 25 mph cada terno e implementando novos processos e tecnologias no Gate In. Retiramos e refizemos toda a movimentação do Gate Out, para aumentar o fluxo e, com isso, a produtividade, além de implantar o agendamento para melhorar o fluxo”, revelou o diretor geral da Libra Terminais Santos, Roberto Teller.
MarCafé - Fórum sobre meio ambiente e cidadania terá 12 encontros quinzenais No dia13 de junho foi lançado, na Casa do Trem Bélico, no Centro de Santos, o MarCafé – Espaço para Inovação Ambiental. O projeto, idealizado pelo Instituto Maramar, e que conta com a correalização da Prefeitura de Santos e da Deicmar Ambiental, tem como objetivo a discussão de temas ambientais, sustentabilidade e cidadania. A cerimônia de abertura contou com as presenças de lideranças políticas e setoriais. Após a apresentação do proprietário e curador da exposição permanente do Espaço Cultural da Casa do Trem Bélico, Aldo João Alberto; o diretor do Instituto Maramar, Fabrício Gandini Caldeira, abordou os objetivos do projeto. “Além da valorização do patrimônio histórico, os eventos que ocorrerão nesse espaço, a partir deste mês, buscarão compartilhar uma agenda positiva de trabalho, através do diálogo profissional e promoção da inovação na matéria ambiental”, enalteceu. O evento é gratuito e a pré-inscrição poderá ser feita pelo site www.deicmarambiental. com/faleconosco.
Brasil terá primeiro museu do transporte multimodal do mundo O Projeto Brasileiro do Transporte obteve aprovação nos moldes da Lei Rouanet, sob a gestão do Ministério da Cultura. A partir dessa aprovação pelo MinC, que é um certificado da qualidade do projeto e um aval aos patrocinadores interessados em alinhar sua marca a um grande e relevante Museu, os gestores do projeto já estão estruturados para realizar a captação de recursos. O Museu será erguido em terreno próprio da Fundação Memória do Transporte – FuMtran, com quase 19 mil metros quadrados, às margens da rodovia Dom Pedro I – km 143, na cidade de Campinas (SP).
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Portos do Paraná fecham maio com 18,2 milhões de toneladas movimentadas
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s portos de Paranaguá e Antonina fecharam o mês de maio com 5% de alta na movimentação de mercadorias. Foram 18,2 milhões de toneladas de produtos movimentados nos cinco primeiros meses do ano, contra 17,3 milhões de toneladas no mesmo período de 2012. Entre os destaques, o milho continua em alta, totalizando 2,1 milhões de toneladas exportadas por Paranaguá até maio deste ano, volume 186% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. As exportações de açúcar também registraram alta: foram 1,5 milhão de toneladas exportadas até agora, quantidade 75% maior em relação a 2012. As exportações de soja, somente no mês de maio, totalizaram 1,2 milhão de toneladas, volume 8% superior ao exportado em maio de
2012. As condições climáticas mais favoráveis permitiram a retomada nas exportações de grãos com maior agilidade. No entanto, no somatório do ano, as exportações de soja ainda apresentam queda: foram 3,4 milhões de toneladas exportadas em 2013 contra 4,2 milhões de toneladas no mesmo período do
ano passado. Importações – Considerando as importações, o destaque fica por conta dos fertilizantes que, até agora, somaram 3,8 milhões de toneladas movimentadas, volume 21% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.::
Plataforma P-63 é concluída no Porto do Rio Grande
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plataforma P-63 deixou, na manhã do dia 18 de junho, o Porto do Rio Grande, no sul do Estado. A P-63 foi conduzida até a entrada dos Molhes da Barra por seis rebocadores. Após, dois rebocadores oceânicos assumiram o transporte da plataforma, que tem 340m de comprimento, 58m de largura e 70m de altura. Vindo da China, o casco da P-63 atracou, no cais do Porto Novo, em janeiro deste ano. Neste período, o consórcio formado pela Quip e a BWOffshore realizou os serviços de integração dos módulos e comissionamento da plataforma. A FPSO (unidade flutuante de armazenamento e transferência) irá atuar no Campo de Papa-Terra, na Bacia de Campos (RJ).
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De acordo com o Superintendente do Porto, Dirceu Lopes, o serviço realizado na P-63 gerou muitos resultados para a cidade do Rio Grande. “A conclusão dos serviços da P-63 na cidade é mais uma prova da consolidação do Polo Naval do RS. Rio Grande já é uma referência na indústria naval. Agora estamos na expectativa para a construção das plataformas P-75 e P-77 também no
Divulgação
Cíntia Pimpão
município”, destacou. Conforme a Petrobras, a plataforma tem acomodação para 110 pessoas, capacidade de produção de Petróleo de 140 mil barris por dia, capacidade de compressão de Gás de 1 milhão de m3 por dia e injeção de água de 340 mil barris por dia. O investimento é de US$ 1,3 bilhão. O peso total do topside (convés/ módulos) é de 18.500 toneladas..::
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Breciani fala sobre o Porto de Vitória para empresários de Itabira
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engenheiro da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Marcus Zanotti Breciani, apresentou a infraestrutura do Porto de Vitória para empresários mineiros e falou sobre as possibilidades logísticas para Itabira (MG) e regiões no entorno. A palestra aconteceu no dia 17 de junho no auditório da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agropecuária de Itabira – Acita. A intenção do governo municipal é construir um porto seco na cidade. Breciani falou sobre o funcionamento, a capacidade de movimentação de carga do Porto de Vitória e de todo o complexo portuário capixaba. Ressaltou também que Itabira vai ganhar muito em termos econômicos se construir em seu município um terminal de distribuição de cargas ou um porto seco. “A
quantidade de serviços é quase que imensurável. Mas para o projeto realmente seguir adiante, é fundamental a participação da classe empresarial. E a prefeitura será uma importante indutora no processo”, afirmou. No mês de maio a Codesa recebeu a visita do vice-prefeito e secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Reginaldo Calixto, de Itabira. Durante o encontro, Breciani explicou que a diretoria do Porto de Vitória havia escolhido 10 cidades mineiras para apresentar seu projeto de expansão, e Itabira foi a primeira a se colocar à disposição. As obras, custeadas pelo Governo Federal, aumentarão a capacidade de movimentação de cargas, por isso a intenção em captar mais clientes, principalmente em Minas Gerais. Itabira foi uma das escolhidas porque tem a Vale, que já utiliza o complexo portuário do Espírito Santo para escoar sua produção. Se a cidade
construir um centro logístico de distribuição ou um porto seco, a linha férrea pode ser usada – se firmada uma parceria com a mineradora – para transportar cargas também de Vitória para Itabira, de onde os produtos seriam distribuídos à região. “Não será da noite para o dia. Isso tem de ser pensado a médio, longo prazo, até para dar sustentabilidade ao negócio”, disse o engenheiro. Mesmo sem um porto seco, empresários de Itabira e região podem exportar seus produtos pelo Porto de Vitória, “não precisa ser um navio completo. Junta um container seu com um de outro empresário, e manda. Se não der pela ferrovia, use a rodovia mesmo”. Segundo Marcus, a primeira semente tem de ser plantada. De acordo com Calixto, pelo fato de Itabira ter uma malha ferroviária que liga o município diretamente ao porto, ideias e oportuniddaes poderão ser debatidas, em um futurio próximo, com a dona da linha férea, a Vale.::
Porto do Rio de Janeiro firma acordo com o Porto de Manatee, na Flórida O acordo possibilitará o estabelecimento de linhas regulares de navegação entre os dois portos
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Ministro dos Portos, Leônidas Cristino participou, no dia 22 de maio, da assinatura do Acordo Internacional de Portos Marítimo Irmãos firmado entre a Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) e a Autoridade Portuária de Manatee, na Flórida. O acordo possibilitará o estabelecimento de linhas regulares de navegação entre os dois portos, principalmente em função da grande importação de produtos brasileiros pela região. O documento foi assinado pelo Presidente da CDRJ, Jorge Mello, e pelo Diretor Executivo do Porto de Manatee, Carlos Buqueras. A partir de agora, os portos deverão
trocar informações livres e abertas, referentes à movimentação operacional de carga e de turismo, planejamento e pesquisas desenvolvidas. Será criado ainda um grupo de trabalho para dar o acompanhamento necessário e colocar em prática as intenções deste acordo. O Porto de Manatee fica localizado na costa oeste da Flórida a cerca de uma hora de da Cidade de Orlando. A região tem grande afluência de brasileiros, o que contribui para aumento substancial da importação de produtos e carga brasileira, com possibilidade de geração de grande volume de negócios por intermédio do Porto de Manatee. Tal possibilidade é ainda potencializada pelo grande congestionamento dos portos de Miami e de Everglades, em razão do grande crescimento urbanos das Cidades.
A proximidade do Porto de Manatee com o Canal do Panamá também possibilita a redução dos custos de transporte, permitindo maior agilidade na entrega das mercadorias e fácil conexão entre portos americanos e brasileiros. O Porto Organizado de Manatee, diferentemente dos principais portos do estado da Flórida, ainda dispõe de grandes áreas para expansão e inclui em seu planejamento a construção de plataformas logísticas, conhecidas nos Estados Unidos como centros de distribuição. Estas instalações, por estarem mais próximas dos grandes centros urbanos daquele estado, possibilitam um grande crescimento do porto. Nesse sentido, o Termo de Cooperação possibilita o aumento do comércio entre os dois países.:: junho | julho 2013
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