Nas Asas do Comércio

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ESTA É UMA PUBLICAÇÃO DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR Darci Piana Diretor Regional do Sesc PR Dieter Lengning

Diretor Regional do Senac PR Vitor Monastier NÚCLEO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING FECOMÉRCIO PR Rua Visconde do Rio Branco, 931, 6º andar | CEP 80410-001 Curitiba PR 41 3883-4500 NÚCLEO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING jornalismo@fecomerciopr.com.br 41 3883-4530 www.fecomerciopr.com.br issuu.com/fecomerciopr www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Coordenação Geral: Cesar Luiz Gonçalves Coordenador de Jornalismo: Ernani Buchmann Assessora de Comunicação e Marketing do Sesc PR: Rosane Guarise Assessora de Comunicação e Marketing do Senac PR: Fernanda Myczkovski Merlin Edição: Ernani Buchmann Seleção prévia: Andressa Maira Pinto Parra (estagiária) Projeto gráfico: Vera Andrion DRT-PR 10260 Revisão: Sônia Amaral Capa: Vera Andrion CTP e Impressão: Graciosa Gráfica e Editora

Catalogação na Fonte: Sesc Paraná - Gerência de Cultura

P581 Piana, Darci Nas asas do comércio. -- Curitiba : Fecomércio PR, 2016. 177 p., 25 cm. 1. Comércio - Paraná. 2. Comércio - Aspecto Socioeconômico. I. Fecomércio PR. II. Título.

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Introdução Esta coletânea abrange os materiais publicados a partir de 2012, quando foi lançada a primeira coletânea, Nos Passos do Comércio. Dos ‘Passos’ passamos às ‘Asas’, visto que a atividade comercial sofisticou-se de maneira acelerada, abrangendo questões que em períodos idos não faziam parte da rotina dos empresários do comércio. Nos 12 anos em que me encontro à frente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná, fui acumulando também outras funções dentro do Sistema Comércio, incluindo a presidência do Conselho Regional do Sesc e do Senac Paraná, a coordenação empresarial brasileira no Fórum Econômico e Social do Mercosul e a vice-presidência administrativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Os artigos aqui incluídos mostram um pouco do trabalho executado nesses últimos quatro anos. São notícias sobre as novas unidades de Sesc e Senac nas cidades paranaenses, comentários aos programas desenvolvidos pelas nossas três Casas e seus setores, análises conjunturais sobre a economia brasileira, alertas sobre a deficiência da infraestrutura e apresentação das nossas publicações, entre outros temas. Hoje, o universo do comércio é multifacetado. Vai da legislação internacional ao balcão do pequeno empório. Pode começar na agricultura familiar e chegar aos produtos agroindustriais. Envolve assessoria legislativa e participação em fóruns diversificados. Viagens nacionais e internacionais e recepção a dignitários. Comparecimento a reuniões empresariais e governamentais, bem como apoio a campanhas institucionais em favor da nossa atividade. Contato permanente com líderes SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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municipais, congressistas, deputados estaduais, líderes do setor produtivo e das instituições da sociedade civil, entre outras atividades. Ou seja, uma relação imensa e intensa de atividades, que geram extrema gratificação, além de nos dotar de um extraordinário cabedal de conhecimentos. Por último, os textos de Asas do Comércio permitem uma visão cronológica dos avanços e recuos do movimento comercial, dependentes que são das diretrizes governamentais. E assim como toda coletânea, este volume é um retrato de cada momento na vida de uma entidade pulsante como a nossa Federação do Comércio.

Darci Piana

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Índice Introdução.......................................................................................................5 Dinamismo do Sistema .................................................................................9 Pesquisa traz novidades ............................................................................. 11 A reação da economia e o otimismo do empresário.............................. 13 Os fatores que prejudicam ......................................................................... 15 Realizações e investimentos ...................................................................... 17 Inaugurações e pioneirismo....................................................................... 19 Grandes eventos e histórias de sucesso ................................................... 21 Economia, qualificação, gastronomia e reconhecimento ..................... 23 Sem mudanças, país pisa no frio .............................................................. 25 Índice melhores, maiores expectativas .................................................... 27 Simpatia no comércio ................................................................................ 29 Os índices surpreendem e animam........................................................... 31 Um ano novo que promete fortes emoções ........................................... 35 O dinheiro do Brasil deve financiar o crescimento do Brasil ............... 37 Pedágio, meia solução para um problema complexo............................. 39 O ritmo de trabalho substitui o dos tamborins ...................................... 41 Os 66 anos da Fecomércio Paraná ........................................................... 43 Mais um ano de desafios para o comércio ............................................. 47 O futuro já chegou ao Japão ..................................................................... 49 O interior domina a geração de empregos .............................................. 51 Comércio à luz de velas? ........................................................................... 53 A 100ª edição da Revista Fecomércio ..................................................... 57 O vendedor e o gargalo .............................................................................. 61 A Federação do Comércio na vida dos paranaenses.............................. 65 Qualificação de pessoas, o verdadeiro legado da copa........................... 69 Proposta do setor produtivo..................................................................... 71 Uma proposta para o futuro .................................................................... 73 As dívidas dos consumidores e a ânsia tributária .................................. 77 Fazendo a nossa parte................................................................................ 81

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A inauguração de novas unidades do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR......83 Setor produtivo é a reconstrução do alicerce para país ......................... 87 Conquistas e desafios ................................................................................ 89 Em 2015, Sistema investirá R$ 142 milhões em educação gratuita ..... 91 Entraves e encargos ................................................................................... 95 Expectativas do comércio caem em 2015 ............................................... 97 Tempo de mobilização ............................................................................ 101 A importância da cultura ........................................................................ 103 Momentos de crise exigem novas alternativas...................................... 107 Vai passar.................................................................................................... 111 Capacitação é solução para o crescimento ............................................ 113 Conjuntura econômica preocupa ........................................................... 115 Comércio pede tranquilidade e responsabilidade ................................ 119 Os 68 anos do Senac no Paraná .............................................................. 121 A agenda política e legislativa do comércio........................................... 123 Fazendo nosso dever de casa................................................................... 125 Menos tributos, mais respeito ................................................................. 127 Fim de ano vermelho................................................................................ 131 O ano que não queria terminar............................................................... 135 O Tratado Transpacífico e o Brasil.......................................................... 137 Uma greve em que todos perdem .......................................................... 141 A mobilização de que o Sistema S é capaz ............................................ 143 Os 100 anos do Paço da Liberdade ........................................................ 145 A restauração do Paço da Liberdade ..................................................... 147 A força da culinária paranaense ............................................................. 153 Se não fosse a agropecuária... ................................................................. 157 Buraco negro no planeta varejo .............................................................. 159 O resgate da credibilidade ..................................................................... 163 Uma nova era para o país ........................................................................ 167 Trabalho decente e produtivo.................................................................. 171 O Brexit e seus efeitos............................................................................... 175

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Dinamismo do Sistema Maio e junho foram meses de intensa movimentação no Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná. Dos grandiosos eventos que comemoraram os 66 anos da República italiana e sua identificação com Curitiba à participação – sempre importante para o comércio paranaense – nas plenárias do Foro consultivo econômico e social do Mercosul, em Buenos Aires. O mais significativo, porém, é o grande impulso que estamos dando à ampliação da atuação do Sesc e do Senac. Recebemos a doação de terrenos para a construção de novas unidades em Paranaguá e São José dos Pinhais; a compra pelo Senac de um terreno do Sesc em Cornélio Procópio; ocorreu também a abertura da licitação para a primeira fase das obras em Medianeira; e, por último, mas tão ou mais importante, a inauguração das novas unidades do Senac em Barracão e Dois Vizinhos. É a resposta que o Sistema Fecomércio oferece ao crescimento da atividade empresarial. O objetivo de atender toda a população paranaense, oferecendo educação social e ensino profissionalizante de qualidade, mostra-se a cada dia mais próximo. Os números revelam a multiplicação da procura pelas atividades disponibilizadas pelas nossas casas, de tal forma que são constantes as reivindicações pela nossa expansão. De toda maneira, a expansão também se dá com iniciativas como a criação do Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento (IFPD), já em atuação desde o início deste ano, e a permanente qualificação de nossos colaboradores. Se a equipe não estiver motivada e preparada, nenhum dos propósitos será alcançado. SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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Como podemos comprovar a cada dia a nova realidade impõe parâmetros que precisam ser alcançados. Por essas razões, a rotina da presidência exige disciplina para que possamos dar conta das reuniões, audiências, viagens, apresentações, solenidades e todas as demais tarefas determinadas pela agenda. A recompensa está na própria resposta recebida, demonstrando que o nosso esforço alcança o alvo proposto e permite que o Sistema Fecomércio atinja a importância que ele merece – e precisa – ter no cenário econômico, social e político paranaense. O troféu Guerreiro do Comércio é ótimo exemplo dessa afirmação. A sua 7ª edição, que iremos realizar no próximo dia 13 de julho, mais uma vez irá premiar os grandes expoentes da atividade empresarial do comércio, evocando a importância da atividade para a economia do país. maio | junho 2012

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Pesquisa traz novidades A divulgação da Pesquisa Conjuntural do Comércio, promovida semestralmente pela nossa entidade junto aos empresários do setor, foi bastante destacada pela mídia. Não só os veículos locais e nacionais mostraram interesse nos dados. A mídia internacional também nos procurou, por meio da agência britânica Trusted Sources, que mandou a Curitiba a jornalista Grace Fan para ouvir o que tínhamos a esclarecer sobre o cenário atual do comércio em Curitiba e no Paraná. A Trusted Sources é uma agência de análises, pesquisas e notícias, sediada em Londres, com foco nos mercados emergentes, principalmente os BRICs. Na entrevista, explicamos que a força do Paraná está na área agrícola, por conta de alta produtividade capaz de abastecer os mercados interno e externo. Houve ainda oportunidade para ressaltarmos as atividades do Sistema Fecomércio, ao auxiliar o pequeno e médio empresário a aprimorar a qualidade de seus serviços e controlar situações de crise, com os cursos de qualificação e os projetos de apoio. Destaque para o Varejo Mais em Ação, em parceria com o Sebrae, apto a proporcionar aos empresários uma série de workshops, palestras e atividades que fortalecem os profissionais na gestão de suas empresas. Mas a pesquisa trouxe outros dados significativos, demonstrando novas tendências, porque quase 20% dos empresários paranaenses revelaram sua preferência pela internet para anunciar seus produtos, ao mesmo tempo em que 34,65% já utilizam o comércio eletrônico. Sem dúvida, a tendência é irreversível. Considerando a exigência de grandes verbas para a utilização das mídias tradicionais, como TV, SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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rádio e jornal, a internet se mostra um caminho mais acessível, capaz de trazer clientes e gerar vendas. Vemos que as marcas mais fortes do mercado já usam esse processo com eficiência. Progressivamente, o mesmo vai ocorrendo no âmbito das médias empresas. O que precisamos fazer é, cada vez mais, oferecer meios para que pequenas e microempresas também possam acompanhar. É o nosso papel orientar os empresários do comércio para que tenham as mesmas condições de competitividade. A pesquisa também detectou um índice de confiança menor do empresário em relação ao futuro, comparativamente aos anos anteriores. Isso se dá por diversos fatores, dos quais devemos debitar à crise internacional grande parte do pessimismo verificado, além da concorrência desleal representada pela importação ilegal de produtos. O empresário do comércio é um predestinado, que está a postos todos os dias, chova ou faça sol. Para ele, o desafio é permanente. Se o consumo está aumentando, ele procura aproveitar a oportunidade. Se a tendência é de baixa, é preciso dar um jeito de reverter o quadro e fazer caixa. Ou seja, nossa atividade exige planejamento, serenidade, capacidade de convencimento e obstinação. Isso durante todos os 365 dias de cada ano. Se mesmo em uma conjuntura perversa, como a que vivemos, 57% deles se mostram confiantes, essa é uma ótima notícia. Mais do que isso, é a comprovação de que o comércio paranaense segue esbanjando vitalidade. julho | agosto 2012

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A reação da economia e o otimismo do empresário A atividade econômica brasileira, que refluiu suas projeções de crescimento depois do primeiro semestre, voltou a dar motivos para o otimismo do empresariado, com os dados revelados pelas últimas pesquisas. É o que antecede o grande período de vendas do comércio a partir de novembro. De toda maneira, mesmo antes da revelação dos números otimistas, mantivemos a política de seguir com os investimentos, já que nosso objetivo é ampliar sempre mais a capacidade de atendimento do Sistema em todo o estado. Assim é que aprovamos o investimento de R$ 46 milhões, para os programas de gratuidade do Senac em 2013. Um valor significativo, que mostra o incremento dos valores investidos na oferta de cursos gratuitos: passamos de R$ 19 milhões em 2011, para R$ 30 milhões este ano. Um crescimento de 53% em relação ao ano anterior. É esta confiança do empresariado paranaense do comércio de bens, serviços e turismo que nos motiva e impulsiona, porque mostra a larga visão de quem é responsável por 478 mil empresas ativas no estado, gerando quatro milhões de empregos diretos. Mas os investimentos não ficam apenas no Senac. Os planos do Sesc e da Fecomércio seguem inalterados, o que nos permite visualizar novos parâmetros de abrangência nos próximos anos. As realizações, assim, se sucedem. A VI Maratona Internacional de Foz do Iguaçu Sesc PR foi um exemplo do quanto um evento dessa natureza é capaz de amplificar a SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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imagem de eficiência e receptividade angariada pelo Sesc e pelo Sindicato do Comércio Varejista de Foz do Iguaçu, graças, também, aos diversos parceiros que nos permitem promover a prova no alto nível que ela exige. Com mais de mil atletas participando, tendo as duas maiores atrações da região como cenário, a programação da Maratona já está consolidada entre as maiores do país. Outro destaque foi o Fórum Social da Educação, reunindo no Hotel Sesc Caiobá mais de 400 instrutores do Sesc e do Senac responsáveis pelas atividades do contraturno. Tivemos a oportunidade de garantir a ampliação do projeto para 2013, tendo em vista o sucesso que ele vem obtendo desde sua implantação. Por último, não podemos deixar de externar a participação do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná entre as entidades apoiadoras do congresso WFBSC, que reuniu empresários do comércio em nível mundial. O sucesso obtido comprova a importância do segmento, inclusive pela importância oferecida à questão da sustentabilidade, tema que a cada dia passa a ter mais relevância para o correto desenvolvimento da sociedade. setembro | outubro 2012

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Os fatores que prejudicam Ainda que diversos fatores, externos e internos, tenham prejudicado o desempenho da economia, o ano de 2012 terminará com bons índices para o comércio. Os dados de outubro mostraram que as vendas do comércio varejista no estado tiveram aumento de 8,4% no mês. No acumulado do ano, o IBGE informa que estamos com 11% acima dos percentuais registrados no mesmo período no ano passado. Com isso, está sendo possível manter os empregos no segmento. Teremos de 15 a 18 mil colaboradores temporários neste ano, dos quais, cerca de 40% serão efetivados. Apesar do número ser expressivo, ele está bem abaixo do registrado em 2011, quando tivemos 35 mil. Outro dado importante é que os valores de venda, medidos pelo ticket médio, serão menores. Se o valor investido em cada presente, em 2011, foi em torno de R$ 150, neste ano deve ficar na ordem de R$ 80. Serão comprados produtos mais baratos e as ofertas serão antecipadas para que se gire o estoque. O que se vê é que nem mesmo os incentivos do governo na redução dos juros, a manutenção dos incentivos fiscais como o IPI, PIS e Cofins nos automóveis, linha branca, eletrodomésticos e materiais de construção, ao lado das medidas para facilitar o acesso ao crédito, conseguiram fazer a economia reagir na proporção imaginada, como demonstra o PIB praticamente estagnado no terceiro trimestre. Sem esquecer que a preocupação do empresário com a situação financeira da Europa e dos Estados Unidos é uma constante, assim como preocupa a redução do crescimento da China. Por outro lado, as conquistas do Sistema Fecomércio são muitas. No âmbito da Federação, criamos o Instituto FecoSISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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mércio de Pesquisa e Desenvolvimento; em parceria com o governo do estado, participamos da criação da Agência de Internacionalização; estamos entre os promotores do projeto “Curitiba Criativa”; as Câmaras temáticas registraram sensível aumento da sua atuação; projetos como o Varejo Mais são essenciais para o aprimoramento dos empresários; estendemos nossa atuação institucional abrindo novos mercados para o comércio, especialmente com a China e os países africanos. O Sesc, além de incrementar o número de atendimentos, teve nos seus eventos corporativos sucesso de público e amplo destaque na mídia. O Triathlon bateu o recorde de inscritos, assim como o Circuito Sesc Caminhada e Corrida de Rua; a Maratona, com seu trajeto ecológico e emocionante, já é atração nacional; a Virada Cultural revelou-se um estrondoso sucesso; superamos as expectativas no Dia do Desafio; o Projeto Justiça no Bairro Sesc Cidadão atendeu milhares de pessoas; a Semana Literária trouxe grandes nomes para o público paranaense; as campanhas do Agasalho e do Brinquedo levaram calor e alegria a todo o estado. E a abrangência social do Contraturno ultrapassa as nossas fronteiras. O Senac também teve um ano auspicioso, com a inauguração das novas unidades de Umuarama, Barracão e Dois Vizinhos. A implantação do Pronatec, programa do governo federal do qual o Senac é um dos principais ofertantes, espalha-se pelo estado; houve significativo crescimento no PSG, da ordem de 82%. Enfim, os números são expressivos e nos dão confiança para enfrentar os próximos 365 dias. Mas para tanto é preciso que tenhamos novamente a participação de todos. Só trabalhando em equipe conseguiremos realizar os objetivos de crescimento do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR. novembro | dezembro 2012

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Realizações e investimentos As atividades do nosso Sistema esquentaram ainda mais o verão paranaense. Com a divulgação dos resultados das pesquisas, a conjuntural e a de opinião empresarial, vimos que o varejo no Paraná fechou 2012 com saldo positivo. No acumulado do ano cresceu 5,8% e na comparação de dezembro com novembro, o acréscimo foi de 12,62%. Os resultados foram impulsionados pelo aquecimento natural das vendas relacionadas ao Natal, entrada do 13º salário e especialmente pelas concessionárias de veículos, que aproveitaram o IPI reduzido. Outros segmentos do varejo que tiveram bom desempenho foram móveis, decorações e utilidades domésticas, autopeças e materiais de construção. Em novembro e dezembro, houve também o benefício da liberação da restituição do imposto de renda. O projeto do novo hotel do Sesc em Cascavel ganha destaque na região oeste do Paraná. Será um marco no turismo da região, que abriga hoje 4,5 milhões de pessoas. A nova unidade traz inovações como uma estação ferroviária, para aproveitar o fluxo turístico que nos próximos anos vai ter à disposição este modal de transporte. Também o início das obras da nova unidade do Senac em Marechal Cândido Rondon representa um marco. A propósito, este ano vamos inaugurar outras três unidades do Senac no estado, em Francisco Beltrão, Pato Branco e Ivaiporã, esta última será integrada com o Sesc. A área esportiva tem como atração maior a 25ª edição do Sesc Triathlon Caiobá, prova que praticamente iniciou a modalidade no Brasil em 1989. Em 25 anos, o Sesc Triathlon Caiobá deixou de ser um prova de abrangência local para SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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se tornar referência no país. Para comemorar as bodas de prata, preparamos uma revista e um vídeo com o histórico da competição, os quais foram distribuídos a todos os participantes deste ano. Tivemos também a visita da ministra da Cultura, Marta Suplicy, ao Paço da Liberdade, a expressiva participação do Senac nos programas de gratuidade, tais como o Pronatec, a divulgação dos premiados no 1º Prêmio Fecomércio de Jornalismo, entre outras atividades que mostram ter sido este primeiro bimestre repleto de ações nas mais diversas áreas. janeiro | fevereiro 2013

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Inaugurações e pioneirismo As inaugurações das duas unidades do Senac, em Francisco Beltrão e Pato Branco, e da primeira unidade integrada Sesc Senac em Ivaiporã, a primeira do Brasil especialmente construída, demonstram a pujança do Sistema Fecomércio, que amplia sua capacidade de atendimento em mais 8.829 m², atingindo todos os cantos do Paraná. As cerimônias, em dias consecutivos, também são simbólicas. Elas demonstram a capacidade de realização simultânea das nossas casas, desta vez, mobilizando esforços no Sudoeste e no Centro-Norte do estado. O Senac, além das três novas unidades, também comemora o fato de se tornar referência em ensino a distância, conforme consenso estabelecido em reunião de todos os diretores regionais com a direção nacional, outorgando ao Paraná a responsabilidade pelo desenvolvimento deste método de ensino nas demais regionais do Senac no país. Destaca-se a importância do trabalho do senador Sérgio Souza, há menos de dois anos na função, mas já considerado um destaque nacional, pela consistência das suas ações. Além disso, tivemos, no âmbito do Sesc, a homenagem aos doadores do Mesa Brasil, o Congresso Estadual do Idoso, no Hotel Sesc Caiobá; e o lançamento do Aprender e Jogar, produto em que o esporte é tratado como elemento essencial para o desenvolvimento da educação. fevereiro | março 2013

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Grandes eventos e histórias de sucesso É cada vez mais visível o sucesso alcançado pelos alunos do Colégio Sesc São José na busca pela realização de seus sonhos profissionais. Três turmas já se formaram, cada vez mais demonstrando o acerto da nossa iniciativa em transformar o tradicional colégio em unidade do Sesc, para filhos e dependentes de comerciários, graças também ao apoio pedagógico e ao método de ensino do Grupo Bom Jesus. Já o Senac nos traz a notícia da inovação representada pelas matrículas online, a parceria com a Itaipu Binacional para qualificação profissional dos habitantes da Vila C, em Foz do Iguaçu, os fóruns regionais realizados em conjunto com a Secretaria do Trabalho, Emprego e Economia Solidária, mobilizando as prefeituras do interior para levar à população dos cursos do Pronatec, o curso de sommelier viabilizados com o restaurante Madero também com recursos do Pronatec e, não menos importante, as atrações da Semana da Gastronomia Italiana. As inaugurações das novas unidades do Senac, em Francisco Beltrão e Pato Branco, e da unidade integrada Sesc Senac, em Ivaiporã, foram acontecimentos marcantes. Foi mais uma demonstração da capacidade empreendedora dos empresários do comércio paranaense e dos staffs do Senac e do Sesc. O resultado tem sido elogiado por todos os que já tiveram oportunidade de conhecê-las. O 29º Encontro Nacional dos Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo reuniu mais de 1,5 mil líderes em Curitiba, entre 15 e 17 de maio. O evento foi SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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um sucesso, tanto que ficou decidido sua transformação em Congresso, já a partir do próximo ano, em Belo Horizonte. Outro destaque foi o acordo de cooperação entre a Fecomércio e o governo do estado, por meio da Fomento Paraná, abrindo aos pequenos e microempresários linhas de crédito em condições facilitadas e atrativas. O presidente do Sistema Ocepar e do Conselho Deliberativo do Sebrae/PR, João Paulo Koslovski, nos conta sobre as possibilidades que se abrem para que empreendedorismo e cooperativismo se deem as mãos e juntos promovam o desenvolvimento do estado. maio | junho 2013

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Economia, qualificação, gastronomia e reconhecimento Tive a oportunidade, no mês de agosto, de publicar um artigo em que destaco as urgentes prioridades exigidas para que o país destrave os nós políticos, legais e burocráticos que compõem o Custo Brasil e que limitam o nosso crescimento econômico. Tudo isso faz com que o desempenho previsto para a economia nacional neste segundo semestre fique aquém do que se esperava. Os milhões de brasileiros que aproveitaram as facilidades de crédito já esgotaram sua capacidade de endividamento, tendo agora dificuldades em assumir novos compromissos financeiros. Por outro lado, o cenário também mostra seu lado positivo. O mercado de trabalho está próximo do nível de pleno emprego e o bom desempenho do agronegócio tem sido fundamental para o aquecimento do comércio nas cidades do interior. Nossos números dentro do Sistema também demonstram a grande atividade que desenvolvemos. Os 11 encontros que compuseram os fóruns regionais de qualificação profissional, promovidos em conjunto com a Secretaria do Trabalho, Emprego e Economia Solidária, tiveram a participação de 3.300 pessoas de todo o estado, entre prefeitos e gestores públicos. O Sesc traz resultados expressivos, entre os quais destaco o evento em homenagem ao programa Mesa Brasil em Francisco Beltrão, onde foram arrecadadas ano passado 131 toneladas de alimentos, repassados a entidades sociais que se encarregaram da distribuição às pessoas carentes. SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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E no Senac, a gastronomia é o destaque. Como foi ressaltado durante o evento Mundo Gastronômico, realizado em Curitiba, a nossa entidade está completando 50 anos de atividades no setor de gastronomia. O grande volume de eventos promovidos pelo Senac nesta área demonstra sua pujança e seu aprimoramento. julho | agosto 2013

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Sem mudanças, país pisa no freio Não é novidade que o país precisa de reformulações urgentes nas esferas política, fiscal, tributária, previdenciária, trabalhista e educacional. Também não é de hoje que empresários e sociedade clamam pela redução do Custo Brasil, antigo empecilho que limita a economia brasileira, sua competitividade e produtividade. O desempenho previsto da economia brasileira para o segundo semestre deste ano se mostra aquém do que esperávamos. Significa que as expectativas favoráveis do início de 2013 não estão se confirmando. A promessa do Banco Central em desacelerar a inflação neste ano está sendo cumprida às custas da crescente taxa de juros. O Produto Interno Bruto cresceu 0,6% no primeiro trimestre, abaixo das previsões que variavam entre 0,9% e 1,2%. Além disso, a valorização da moeda americana, na casa de R$ 2,30, não incentivou as vendas externas e a balança comercial ficou no vermelho em mais de U$ 5 bilhões. Grande parte dos brasileiros, que até então tinha facilidade de acesso ao crédito, esgotou sua capacidade de endividamento e de compra, hoje encontrando dificuldades em assumir novos financiamentos. Outro indicador que revela a necessidade de mudanças na economia brasileira é o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), elaborado pela Fundação Getúlio Vargas. Há quatro meses, a satisfação dos consumidores com a economia está em declínio e abaixo da média histórica. Se não bastassem as limitações internas, as circunstâncias econômicas no exterior escurecem o nosso cenário. Não são SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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poucas, já que compreendem desde a crise nas economias desenvolvidas e nos países do Euro, passando pelos bloqueios da Argentina aos nossos produtos e a debilidade do Mercosul, até chegar à desaceleração da economia chinesa. São fatores que impactam nossos índices e fazem os gráficos perder altura. Há, no entanto, algumas boas notícias, o que contribui para que sejam amenizadas as tensões. Há de se destacar, por exemplo, que o mercado de trabalho está próximo ao seu nível pleno de ocupação e o bom desempenho do agronegócio está sendo fundamental para o aquecimento do comércio em cidades interioranas, inclusive pelo seu papel de incentivador do transporte de cargas. E o elevado volume de reservas cambiais, acima de U$ 350 bilhões, permitiu ao Banco Central praticar sucessivas injeções de divisas no mercado para conter a valorização do dólar no último trimestre. Não apenas a classe empresarial pede mudanças. Prova disso são as recentes manifestações em todo o país, exigindo transformações econômicas, sociais e políticas. A sociedade brasileira clamou, de maneira espontânea e não dirigida. Propôs prioridades e aguarda, ao lado da classe empresarial, por respostas e providências urgentes e adequadas do setor público. No próximo ano, teremos a realização da Copa do Mundo. Se até lá nada for feito, o governo corre o risco de ficar refém de mais manifestações. Politicamente, ainda mais danosas para a sua imagem, porque estaremos, então, a pouco mais de três meses das eleições que renovarão mandatos federais e estaduais. agosto 2013

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Índices melhores, maiores expectativas O período de vendas de Natal aproxima-se e com ele a ansiedade dos empresários do comércio. As variações da conjuntura econômica fizeram com que, ao longo do ano, as expectativas variassem entre as muito e as menos pessimistas, todas ancoradas nas previsões que indicavam menos vendas em relação ao mesmo período dos anos anteriores. Aos poucos, o pessimismo presumido foi cedendo lugar aos números reais, afastando o catastrofismo anunciado e mostrando que temos índices capazes de sustentar a atividade com todo dinamismo. O programa Minha Casa Melhor, do governo federal, contribuiu para gerar o incremento às vendas. Mas, ao mesmo tempo, a economia paranaense dá sinais de vitalidade, com os dados de setembro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) comprovando a incorporação de 15.925 empregos no estado, o maior saldo para o mês nos últimos cinco anos. A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), com base em pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apresentou alta mínima, mas alterou o viés de baixa que vinha sendo detectado, com 58,3% da população sentindo-se mais segura no emprego. Tudo isso, no entanto, nos leva a uma situação aparentemente contraditória. Como os desempregados representam parcela pequena da população, hoje surfando em situação de pleno emprego, as ofertas para trabalho temporário diminuirão. A estimativa da nossa Federação é que tenhamos SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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10 mil vagas provisórias com carteira assinada em todo o Paraná. Sabemos que os temporários têm boas chances de se tornar efetivos, dependendo de condições de duplo desempenho: em primeiro lugar, pelas condições da economia e suas previsões para o primeiro semestre do próximo ano. E, depois, pela análise do desempenho apresentado, conforme as avaliações pelas quais passará na empresa em que estiver empregado. O importante para garantir a vaga futura é sua capacitação, para exercer com eficiência o papel motor de vendas. Tivemos em setembro a realização da 7ª Maratona Internacional de Foz do Iguaçu Sesc PR, mais uma vez coroada de sucesso. E ainda, o lançamento do projeto Comércio em Movimento, a nova edição do Fórum Social da Educação, denominado Vivência Autoral, os eventos e cases do Senac, e muito mais. setembro | outubro 2013

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Simpatia no comércio Em plena era da digitalização, os empresários consideram que a conversa presencial é imprescindível para manter a fidelidade do consumidor. É o que mostra a Pesquisa de Opinião do Empresário Paranaense, realizada pela Fecomércio PR, voltada ao segundo semestre de 2013. Quando questionados sobre os principais meios de comunicação, 52,65% dos empresários responderam que ir até o cliente ainda é a maneira mais eficiente de diálogo. A internet fica em segundo lugar, com 41,63%, e 37,14% apostam no comércio eletrônico. A tecnologia da informação e as mais avançadas ferramentas de comunicação digital proporcionam mais agilidade e eficiência às empresas, mas não substituem a conversa pessoal. Nada como olhar nos olhos do interlocutor e estabelecer com ele uma conexão. Ao visitar o cliente, o empresário retira informações visuais e comportamentais que nenhuma outra prática consegue. Os detalhes da comunicação efetiva, como por exemplo, gestos, expressões e comportamento dentro da empresa são peças fundamentais para o fechamento de uma venda. Essa prática se refere ao comércio entre pessoas jurídicas. Na venda direta ao consumidor, a loja física predomina sobre as transações feitas de porta em porta. Ainda que não seja para vender, mas para ouvir reclamações e sugestões, os dados mostram que estar “na casa” do cliente para tomar um café ou levar um brinde é um diferencial para manter ou conquistar o comprador, o que não necessariamente implica a substituição das ferramentas produtivas do mundo moderno. Uma boa rede de contatos é fundamental para as empresas SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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que buscam a estabilidade em seu negócio. O networking, prática baseada na troca de experiências e conhecimentos, cria vínculos entre as pessoas e gera oportunidades de inovação. Ouvir os anseios e as sugestões dos clientes é uma experiência enriquecedora, permite fazer uma avaliação do valor da marca para o mercado e, principalmente, para os consumidores. Abrir as portas da empresa para o público final permite aproximar-se dele, em um processo mútuo de confiança. O vínculo entre o comerciante e o cliente existe desde as primeiras trocas comerciais. Não raro se chamavam pelo nome, eram amigos. Nem era preciso recorrer às ferramentas de CRM, aos modernos softwares de Customer Relationship Management. O contato pessoal aparece mais uma vez quando a pesquisa questiona as principais oportunidades no segundo semestre. As respostas destacam a importância do atendimento diferenciado, apontado por 62,86% dos empresários. As boas práticas do comércio não se perderam com o tempo, pelo contrário, elas se mantêm sólidas no Paraná e assim devem permanecer. setembro 2013

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Os índices surpreendem e animam É verdade que os indicadores vinham apontando para um fim de ano sombrio, com diminuição das expectativas de vendas do comércio em relação ao ano passado e diminuição nos empregos temporários típicos do quarto trimestre. Algo parece ter mudado. Há poucos dias, tive a oportunidade de assistir a uma palestra do jornalista Paulo Henrique Amorim, na qual ele não teve dúvidas em pregar o otimismo. Segundo o jornalista, o Brasil hoje cresce pelo país inteiro, deixando o eixo claustrofóbico formado por Rio-São Paulo-Minas para criar demanda doméstica consistente, com a renda do brasileiro crescendo em torno de 8% ao ano. Os números mais recentes ajudam a sustentar suas afirmativas. Por exemplo, as vendas do Dia dos Pais, principalmente roupas e calçados – puxaram o aumento em agosto no nosso estado, conforme pesquisas da própria Fecomércio PR. O setor de vestuário apresentou o maior fluxo de vendas, com alta de 13,99% em relação ao mês anterior. No acumulado do ano, o saldo positivo foi de 6,32%. No país, chegou a 9,1%. Sem dúvida, o contexto econômico menos pessimista e o programa Minha Casa Melhor, do governo federal, também se somaram para gerar o incremento às vendas. Essas mesmas razões levaram o Paraná ao primeiro lugar na Região Sul no quesito criação de empregos, no mês de setembro, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foram 15.925 empregos, o maior saldo para o mês nos últimos cinco anos e o segundo melhor de toda a série histórica. SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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A Região Metropolitana de Curitiba registrou acréscimo de 6.064 empregos formais em relação a agosto (aumento de 0,57%). Curitiba foi a cidade que mais criou vagas (4.526 contratações), seguida de Maringá (765), Cascavel (676), Ponta Grossa (489) e Guarapuava (466). Desse total, o comércio contribuiu com 5.586 novos postos de trabalho, mais de um terço do total. Nos primeiros nove meses deste ano, foram criadas 116.602 vagas, aumento de 4,52%. Já neste mês, a análise dos dados disponíveis mostra que a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apresentou alta mínima, de 0,1% (126,3 pontos) na comparação com o mês imediatamente anterior, muito abaixo dos números do ano passado. Por outro lado, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), também elaborada pela CNC, demonstra que o nível de endividamento dos paranaenses caiu em outubro. Em setembro o percentual das famílias endividadas era de 86,4% e em outubro teve uma suave queda de 0,03%, trazendo o percentual de 86,1%. O cartão de crédito continua sendo o principal motivo das dívidas das famílias, com 68,5%, seguido pelo financiamento de veículos (13,9%) e pelo financiamento imobiliário (7,8%). Mas o endividamento não parece ser capaz de inibir o consumo. O ICF ficou em 151,5, ante 146,8 em setembro. Quase metade dos entrevistados, 48,9%, revelou estar comprando mais que no ano passado. Com relação à situação no emprego, 58,3% dos entrevistados relataram que estão se sentindo mais seguros do que no mesmo período do ano passado e 48,9% têm uma perspectiva positiva para os próximos seis meses, o que pode explicar a alta na propensão ao consumo. A renda também

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aponta números positivos, já que 76,7% responderam que seus rendimentos estão melhores do que em 2012. Por último, coloca-se um paradoxo: como os desempregados representam uma parcela pequena da população, que vive praticamente em situação de pleno emprego, as ofertas para trabalho temporário irão diminuir em percentuais significativos, conforme já era previsto. Em resumo, se nem tudo são flores, também não são apenas espinhos. outubro 2013

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Um ano novo que promete fortes emoções O ano de 2013 termina prometendo um ano novo para colocar nossos nervos à prova. As incertezas no rumo da economia se somarão à Copa do Mundo e às eleições para a presidência da República e para os estados. Em relação ao Sistema Fecomércio, atingimos os objetivos propostos e já encaminhamos nosso planejamento para os próximos 365 dias. A destacar, as três inaugurações no período, duas no Senac em Francisco Beltrão e Pato Branco, e a unidade integrada Sesc Senac em Ivaiporã, a primeira do Brasil. Novas unidades estão em construção, um maior número de usuários e alunos será incorporado, os índices serão ainda mais expressivos. Como exemplo, só no Senac teremos 50 mil alunos dos dois projetos de qualificação profissional gratuita, sendo a metade pelo Programa Senac de Gratuidade e os outros 25 mil pelo Pronatec. É a nossa maneira de demonstrar otimismo com o futuro do país, mesmo com tantos problemas a resolver. Neste sentido, é preciso destacar os efeitos perversos das nossas crônicas deficiências na questão logística. Constata-se que, mais uma vez o usuário foi transformado em responsável compulsório pelo custo de manutenção das rodovias, já que o estado demonstra incompetência histórica para cuidar das estradas. Nossos sucessivos governos não foram capazes de terminar a duplicação da BR-116 no trecho Curitiba-São Paulo, que completa, em 2014, 40 anos do início das obras, sem que SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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se saiba quando elas serão concluídas. Uma demonstração significativa da inércia estatal. A simples concessão à inciativa privada não resolve todo o problema. A solução está em equacionar todas as variáveis contidas na questão. Penalizar o setor produtivo e a população é uma alternativa simplista e pouco inteligente, já que o estado também será prejudicado ao arrecadar menos impostos. O Brasil tem enorme dificuldade para construir o que planeja – isso quando consegue planejar. É urgente rediscutir as tarifas dos pedágios já existentes e, ao mesmo tempo, implantar um novo modelo de cobrança para as futuras concessões. Um modelo que contenha preços razoáveis e se mostre justo para todas as partes envolvidas. Esta é uma pauta que seguirá fervendo ano que vem. Vale a pena discuti-la. novembro | dezembro 2013

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O dinheiro do Brasil deve financiar o crescimento do Brasil Com a aproximação da Copa do Mundo, as deficiências brasileiras no setor de infraestrutura voltam às primeiras páginas. Algumas obras estarão à disposição da população antes do evento, previsto para iniciar dia 12 de junho, em São Paulo. Mas muitas das construções necessárias foram postergadas. Por isso, passada a Copa, o setor produtivo brasileiro continuará a sofrer com gargalos em áreas estratégicas, como a má situação das estradas, o custo dos pedágios encarecendo os produtos e o nó causado pelas carências em portos e aeroportos, para ficarmos nos itens mais citados. Enquanto isso, o BNDES se esmera em aprimorar mecanismos para o financiamento de obras de infraestrutura em países da África e da América Central. Dados dos empréstimos não foram divulgados, mas o montante supera os U$ 6 bilhões, dos quais U$ 1 bilhão a Cuba e U$ 5,2 bilhões a Angola, em sucessivas linhas de crédito desde 2006. O banco também pretende estender suas benesses a países como Moçambique e Gana, lastreadas por recebíveis de petróleo ou de carvão. No primeiro, o BNDES participa da construção de um aeroporto, tendo ainda a expectativa de financiar o projeto de uma zona franca e de um porto. Aqui no próprio país de origem do dinheiro, nossos projetos para as ferrovias continuam sendo meros projetos. Entre as rodovias, o maior exemplo da morosidade é o trecho da BR-116 entre Curitiba e São Paulo, a Régis Bittencourt. As

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obras visando sua duplicação vão completar 40 anos em 2014, com previsão para o término dos quilômetros ainda em pista simples, na Serra do Cafezal, apenas em 2017. As obras estruturais exigidas pelo crescimento do país vão baratear os custos de produção e exportação, diminuir prazos de carga e descarga nos portos, baixar o Custo Brasil, hoje extraordinariamente alto. Poderiam encaminhar soluções para resolver a questão da mobilidade urbana, dando efetiva resposta à população que, de outra forma, voltará a se mobilizar para novas passeatas, reivindicações e quebra-quebra. E, vamos reconhecer: à exceção do vandalismo dos black blocks, o que vem sendo proposto pelos manifestantes não pode ser menosprezado ou descartado. Tudo isso acarreta perda de lucro para o setor empresarial, tanto na área agropecuária como na indústria. Há menos dinheiro em circulação, o que impacta negativamente o setor empresarial do comércio de bens, serviços e turismo. Sem perda de tempo, é preciso que tomemos atitudes coerentes, que venham ao encontro dos interesses do país, trazendo benefícios reais para a nossa população, que com seus impostos capitaliza o Tesouro Nacional e o BNDES, mas que convive com deficiências estruturais à altura de qualquer país africano. O Brasil é a prioridade. Esta é a senha que 200 milhões de brasileiros aguardam para ver adotada pelo governo. A começar já em 1º de janeiro de 2014. novembro 2013

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Pedágio, meia solução para um problema complexo Quando se fala em pedágio no Brasil tem-se a impressão de que o assunto entrou em pauta há pouco tempo como resultado de uma disputa política, envolvendo facções adversárias. Nada mais equivocado. O pedágio vem sendo aplicado desde os tempos do Brasil Colônia, especialmente no Paraná. Os tropeiros pagavam para cruzar o estado, vindos do Rio Grande do Sul em direção a São Paulo. No nosso litoral, os viajantes também eram cobrados. A coroa taxava os garimpeiros para registrar o ouro, como no Porto de Registro do Rio Ribeira, e fixava a derrama, imposto cobrado dos “homens-bons”. Era a maneira encontrada para suprir o erário. À época do regime militar, cobrava-se pedágio apenas na Via Dutra, entre São Paulo e Rio de Janeiro, ainda sem concessão à iniciativa privada. Com a adoção do novo modelo, a partir dos anos 1990, a situação das estradas melhorou e o custo do transporte, de passageiros e cargas, subiu a alturas estratosféricas. Mais uma vez jogou-se na mão do usuário o custo de manutenção das rodovias, tarefa para a qual o estado vem mostrando incompetência histórica. Ele que já foi capaz de construir, hoje não faz nem isso. Não é demais lembrar a BR-116 no trecho Curitiba-São Paulo, a Rodovia Régis Bittencourt. Em 2014, vamos completar 40 anos do início da sua duplicação, ainda não concluída. Uma demonstração significativa da inércia estatal. SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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Os prejuízos são incalculáveis. Nesses 40 anos, perderam-se milhões de reais. Os usuários perderam tempo e paciência. E centenas deles perderam a vida, o que é insubstituível. E tudo isso envolvendo a principal ligação entre o sul e o sudeste do país. É duro reconhecer, mas parece que perdemos também a vergonha. A simples concessão das estradas não resolve todo o problema. Se as rodovias se tornam trafegáveis, com sinalização e maior segurança, seu custo inviabiliza a possibilidade de haver preço competitivo para os produtos transportados. Mais uma vez, todos perdem – à exceção das próprias concessionárias. Perdem os empresários, perde a sociedade, que vai pagar mais caro por aquilo que compra, perde o cidadão, que vê os postos de trabalhos se volatizarem. A solução está em equacionar todas as variáveis contidas na questão. Penalizar o setor produtivo e a população é uma alternativa perversa e pouco inteligente, já que o estado também será prejudicado ao arrecadar menos impostos. O Brasil tem enorme dificuldade para construir o que planeja – isso quando consegue planejar. À boa parte dos administradores públicos falta foco nos assuntos cruciais. O resultado é que continuamos a seguir o velho e mau hábito de postergar a solução para demandas que se mostram inadiáveis. É urgente rediscutir as tarifas dos pedágios já existentes e, ao mesmo tempo, implantar um novo modelo de cobrança para as futuras concessões. Um modelo que contenha preços razoáveis e se mostre justo para todas as partes envolvidas. dezembro 2013

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O ritmo de trabalho substitui o dos tamborins Neste fim do mês de fevereiro e início de março, o ritmo no nosso Sistema não é o dos surdos e dos tamborins. É o ritmo do trabalho incessante, que nos obriga a acelerar eventos, projetos e obras. Uma história que começou em 2001 e que culminará, em junho próximo. Até lá, já teremos inaugurado a moderna e funcional sede do Senac em Marechal Cândido Rondon, prevista para abril. É importante notar que as obras foram iniciadas há apenas um ano, em fevereiro de 2013, quando estivemos lá para testemunhar as primeiras movimentações de terra no amplo terreno que nos foi doado pela prefeitura. Nossa matéria de capa destaca a importância do comércio de rua para o consumidor, que encontra nele mais facilidades, não só em preços, mas também em condições de pagamento e em comodidade. De fato, o comércio de rua traz com ele a história da atividade. Foi na rua, ao longo da sua extensão, que o comércio se impôs, oferecendo todos os tipos de produtos e serviços procurados pelos clientes. Ele tem tanta importância que temos trabalhado continuamente na revitalização de áreas comerciais degradadas, como no entorno do Paço da Liberdade, na Rua Santos Dumont, em Maringá, a Rua Sergipe, em Londrina, e no Alto da Julio, em Francisco Beltrão, e também em Castro, em Marechal Cândido Rondon e Matinhos. Nossos sindicatos, cumprindo determinação da CNC, trataram de sincronizar os mandatos de seus dirigentes, promovendo eleições em todo o estado. Quero saudar aqui, em SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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nome do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, e em meu próprio, os líderes sindicais que deixam seus postos, todos com um extenso rol de realizações a mostrar. Ao mesmo tempo, desejamos uma profícua gestão para os que agora tomaram para si a responsabilidade de representar o empresariado dos mais diversos segmentos do comércio de bens, serviços e turismo paranaenses. janeiro | fevereiro 2014

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Os 66 anos da Fecomércio Paraná Neste dia 19 de janeiro, comemoramos os 66 anos de fundação da Federação do Comércio do Paraná, hoje Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná. Naquela época, apenas cinco sindicatos patronais do comércio uniram-se em Curitiba. Hoje somos 60 e a entidade está aliada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, a CNC. A Fecomércio é mantida com recursos próprios, oriundos da contribuição anual compulsória dos empresários, prevista na CLT. É apartidária e não governamental, mas realiza ações conjuntas e parcerias com entidades públicas e privadas, visando somar esforços para potencializar resultados. Nossa função é representar legalmente o empresariado junto aos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, assim como perante a sociedade. E, importantíssimo, presidir e administrar os conselhos regionais do Sesc e do Senac. A propósito, em julho passado, o Senac também comemorou seus 66 anos de criação no Paraná, marca que o Sesc igualmente atingiu no dia 10 deste mês. Considero o posto de presidente do Sistema Fecomércio não como um encargo, mas como uma honra. Nossa entidade tem um histórico de trabalho positivo muito grande. Durante esses 66 anos, vem estimulando o progresso do comércio do Paraná, com resultados expressivos. A atuação integrada das três casas fortalece a promoção de serviços que beneficiam comerciários e empresários, a partir das suas unidades espalhadas pelo estado. O Sesc,

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braço social do Sistema, conta com ações nas áreas de saúde, esporte, lazer, cultura, ação social e educação. Sua estrutura soma 37 unidades, com outras nove em construção. Já o Senac oferece educação profissional de qualidade, que em 2014 vai beneficiar 50 mil alunos apenas nos seus dois programas de gratuidade, o PSG e o Pronatec, este em parceria com o governo federal. O Senac tem hoje, no Paraná, 34 unidades em funcionamento e 13 em construção. Ao longo dos anos, a gama de serviços oferecidos foi incrementada. Hoje, a Fecomércio não só premia e reconhece os empresários de destaque nos sindicatos aliados, com o Troféu Guerreiro do Comércio, como coloca à disposição inúmeras facilidades. Por exemplo, o Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento-IFPD atua na coordenação de estágios, como ponte entre o estudante e o mercado de trabalho. A Pesquisa Conjuntural do Comércio oferece indicadores mensais que acompanham o desempenho do comércio e a Pesquisa de Opinião do Empresário; semestral, mensura a expectativa dos empreendedores para o semestre seguinte. Outros programas fundamentais aos empresários são os que oferecem mecanismos para seu desenvolvimento comercial, como o Varejo Mais, de capacitação e gestão empresarial e sindical realizado em parceria com o Sebrae há oito anos. A iniciativa visa melhorar o desempenho das empresas paranaenses, incluindo micro e pequenas, possibilitando troca de informações sobre tecnologia e modelos de sucesso. Nosso projeto de revitalização de espaços comerciais hoje é modelo em todo o país. Desde 2007, no entorno do Paço da Liberdade, então degradado, o Sistema Fecomércio vem liderando as iniciativas de revitalização. Atualmente, elas estão presentes também em Londrina, Maringá, Marechal

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Cândido Rondon, Francisco Beltrão e Castro. As parcerias se estendem a outras iniciativas que visam o desenvolvimento do Paraná, a exemplo do Fórum Permanente Futuro 10, destinado a planejar o futuro a partir de projeções para os dez anos seguintes. As missões empresariais e rodadas de negócios, inclusive internacionais, formam outra atividade da Federação, facilitando o contato entre quem quer vender e quem quer comprar produtos ou serviços. É a forma pela qual incentiva intercâmbios comerciais, tecnológicos, científicos e culturais. Por último, mas não menos importante, a Fecomércio possui câmaras setoriais, núcleos de inteligência segmentados. Temos a Câmara Setorial do Comércio de Autopeças, Câmara do Comércio Exterior, Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios, Câmara Setorial do Comércio de Produtos Farmacêuticos, do Comércio de Materiais de Construção e a Câmara Empresarial do Turismo. janeiro 2014

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Mais um ano de desafios para o comércio O comércio paranaense suportou bem o ano passado, apesar das dificuldades. As vendas em 2013 estiveram sempre em um patamar ligeiramente superior ao de 2012. As expectativas apontavam para um viés de crescimento zero, mas felizmente elas não se concretizaram. Isso não significa que não tenhamos enfrentado desafios complicados, debitados às incertezas quanto ao cenário econômico. Como o comércio é sensível a qualquer variação, os impactos se revelam em seguida. Alguns setores mantiveram os bons índices, principalmente nas regiões do agronegócio, devido a mais uma boa safra. O setor supermercadista também cresceu em relação a 2012, impulsionado pela ampliação do poder de compra das classes C e D. Merecem destaque os dados revelados pela Pesquisa Conjuntural do Comércio, realizada e divulgada pela nossa Fecomércio PR, sobre o desempenho do varejo do estado em dezembro passado. Como se sabe, as vendas de dezembro nos apresentam um retrato ampliado do comportamento anual. A pesquisa mostra que a performance do varejo do Paraná em dezembro foi positiva, com percentual de 5,42% no acumulado do ano. Na comparação com dezembro anterior, as vendas cresceram 3,54%. O resultado foi melhor na relação de dezembro sobre novembro, cujo aumento foi de 11,19%. Um fato importante a ser destacado é o aumento de consumidores que optam por efetuar compras de maior valor SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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após o Natal, geralmente no mês de janeiro, nas liquidações de grandes redes. Outro fator influenciador para as vendas é o número de dias em que o comércio efetivamente está disponível. Em dezembro foram 25 dias úteis, um a mais em relação ao mês anterior. Um dos segmentos que mostraram queda nas vendas, e que possivelmente influenciaram os resultados do comércio de forma geral, foi o das concessionárias de veículos. Apesar de dezembro ter sido o último mês de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o setor apontou redução na maioria das cidades do estado, com alta restrita à região oeste e a Maringá. Foz do Iguaçu apresentou estabilidade. Para 2014, há o receio de que preços administrados pelo governo possam crescer em percentual maior do que em 2013. É o caso de combustíveis, gás de cozinha, tarifas de transporte urbano e intermunicipal, energia elétrica, água e saneamento. São condicionantes inflacionárias, que podem prejudicar a atividade comercial. De toda maneira, outros desafios se apresentam para serem vencidos. Mas esta é a essência da nossa atividade. Matar um leão por dia não é apenas figura de retórica. fevereiro 2014

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O futuro já chegou ao Japão De 5 a 23 de abril, cumprimos extensa programação no Japão, liderando uma comitiva de empresários paranaenses em visita ao país. Sem dúvida, a realidade japonesa não para de surpreender o mundo ocidental. A infraestrutura impecável, os exemplos de mobilidade urbana, o transporte de massa de alta qualidade, a urbanidade da população, os modelos de sustentabilidade, tudo nos serve como paradigma. Esta 42ª Missão Econômica Brasil-Japão teve como objetivo alinhar acordos de cooperações com empresas, universidades e fábricas japonesas, além de realizar visitas e rodadas de negócios nas cidades de Ueda, Suwa, Matsumoto, Osaka e Okinawa. A iniciativa foi extremamente válida, até porque pudemos comprovar que, mesmo em um país em pleno desenvolvimento, as dificuldades continuam a se apresentar. A tragédia de Fukushima deixou marcas profundas e permanentes, que os japoneses lutam para superar. Existe grande preocupação em relação ao custo de mão de obra, que deixa o Japão em desvantagem em relação aos vizinhos, principalmente a China. Neste sentido, surge a primeira oportunidade para o empresariado paranaense, com o interesse de empresas japonesas em montar empresas manufaturadas que supram as necessidades das pequenas e médias empresas locais, as mais prejudicadas com o alto preço da mão de obra. As áreas de interesse são diversas, de automóveis à tecnologia da informação, de peças para máquinas industriais e alimentos. Entre as entidades representadas na missão, algumas tiveram a oportunidade imediata de ser beneficiadas. Foi o caso da Universidade Estadual de Londrina, com um acordo SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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de transferência de tecnologia hospitalar para o Hospital Universitário local. A propósito, as universidades visitadas foram de extrema valia para as autoridades acadêmicas que nos acompanharam, como o pró-reitor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Fábio Schneider, e a diretora internacional da Unicesumar, Daniela Ribeiro. As quatro visitas realizadas em empresas de transformação de lixo também renderam frutos. A cidade de Toledo, no oeste paranaense, negocia a importação de duas máquinas para a transformação de plástico em óleo combustível, com capacidade para produzir de 200 a 400 litros mensais cada uma. Também estiveram conosco o vice-prefeito de Londrina, Luiz Cavalcante Guto; o chefe de gabinete da Secretaria de Planejamento do Paraná, Paulo Base; o vice-presidente da Federação das Indústrias do Paraná, Rommel Barion; e o diretor da Câmara de Relações Internacionais da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná, Rui Lemes. Enfim, uma viagem produtiva, que trará inúmeros benefícios para as nossas empresas e ajudará a impulsionar a economia paranaense. março | abril 2014

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O interior domina a geração de empregos Revelações expressivas surgiram com a divulgação da nova edição do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Por ela comprovou-se que o interior foi responsável por quase nove em cada dez empregos gerados no Paraná, ano passado. Ou seja, 88,6% das vagas, enquanto Curitiba gerou 12,4%. Isso significa que a capital vem perdendo espaço na criação de empregos formais, já que, até 2011, ela se responsabilizava por 27% das vagas contra 73% nas demais cidades. Há uma justificativa para o abismo proporcional verificado na pesquisa, já que o interior vem criando mais empregos em todo o Brasil. É uma boa notícia, porque quanto mais postos de trabalho forem criados fora das grandes regiões metropolitanas, menos se estimula o êxodo em direção às capitais, um fator de grande instabilidade social. A oferta de empregos em Curitiba, por outro lado, caiu pela metade. Em 2012, haviam sido criados na capital 17 mil novos postos de trabalho formais. O número baixou para 8,9 mil no ano passado. Enquanto isso, as vagas no interior cresceram de 56 mil novos postos há dois anos para 69 mil em 2013. No que se refere ao nosso estado, a preponderância do interior se deu pela localização dos novos investimentos industriais e pelo agronegócio, dois fatores fundamentais. Outro elemento de forte impacto foi a política de reajuste real do salário mínimo. Como as cidades menores costumam depender mais do mínimo para manter a economia local aquecida, em 2013 a alta real foi de 2,7%, acima do 1,8% do ganho real do trabalhador médio brasileiro apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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Mas isso não é tudo. O setor de construção nas cidades do interior tem se beneficiado dos investimentos do Programa Minha Casa Minha Vida, favorecendo pessoas de menor renda. O programa começou a ser implantado na periferia das capitais e foi se deslocando para as cidades interioranas. É interessante notar outro viés, este representado pelos pequenos negócios, essenciais para o saldo positivo no mercado de trabalho brasileiro, aferido no mês de janeiro. As pequenas e microempresas registraram um saldo líquido de 47,7 mil novos empregos, já descontadas as demissões, enquanto que as médias e grandes empresas fecharam 19,3 mil vagas. É uma demonstração clara de que o pequeno negócio está próximo do cliente, não só no sentido de localização física, mas também no atendimento às necessidades de compra que o consumidor demonstra. No âmbito de atuação do Sistema Comércio (comércio de bens, serviços e turismo), o início do ano trouxe crescimento no setor de serviços, liderado pelo segmento de Administração de Imóveis. Também houve aumento nos pequenos negócios da Construção Civil. Em janeiro, o comércio paranaense, mesmo considerando que o mês é de retração, após a alta temporada de vendas do período natalino, não apresentou números decepcionantes. Enquanto o estado de São Paulo criou 12.980 novas vagas, o Paraná abrigou 9.367 novos trabalhadores com carteira assinada. Quer dizer, em números aproximados, ficamos apenas um terço atrás. Ao se analisar a diferença no tamanho da economia dos dois estados, vamos constatar que os números são bem aceitáveis. Sinal de que o comércio paranaense abriu suas portas em 2014 demonstrando o bom desempenho que, esperamos, seja a tônica dos próximos meses. março 2014

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Comércio à luz de velas? A finalidade do comércio, o ato de comercializar mercadorias e serviços, para que seja viabilizado de forma mais eficiente, requer, tanto para quem vende quanto para quem compra, um insumo extremamente importante que é a oferta, disponibilização e acessibilidade de energia elétrica. Não há como viabilizar atualmente o comércio de bens, serviços e turismo, à luz de velas. Uma atividade onde, além do atacado e varejo, também fazem parte hotéis, restaurantes, opções de lazer e muitas outras. Em condições normais, na vigência dos atuais padrões de competitividade, de modernização das estruturas comerciais, de agilidade na intercomunicação entre pontos de vendas e redes de lojas, de qualidade do atendimento ao cliente, prática de formas alternativas de comercialização, ou a necessária conservação de produtos, o comércio é extremamente dependente da energia elétrica. Por outro lado, o comércio se insere como um dos principais responsáveis no que é chamado pelos urbanistas de “brilho das cidades”: comércio pressupõe exposição, vitrinas, luminosos, comunicação. O que seria a Times Square, em Nova York, carente do brilho das luzes patrocinadas quase na totalidade pelo comércio de bens, serviços e turismo? A atividade do comércio, da mesma forma que o conjunto da população e a sociedade organizada, também demanda um serviço específico essencial, que é a segurança pública. Os serviços de segurança devem ser ofertados e geridos pelo Estado de forma ágil e eficiente, em benefício do cidadão e dos entes legalmente instalados, a partir da carga tributária amealhada junto à sociedade. Uma realidade é inquestionável: SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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não se consegue oferecer segurança pública no escuro ou à luz de velas. Estas considerações nos parecem adequadas quando nesse momento um tema permeia o cenário brasileiro: a possibilidade de redução na oferta de energia elétrica ou mesmo sua falta, e possíveis racionamentos, tal como ocorreu em 2001 em muitos estados da Federação. Um acréscimo nas tarifas de energia não é descartado, desde que haja um direcionamento na geração de energia para origem térmica, mais cara que a origem hídrica atualmente predominante, ou mesmo para financiar uma ampliação da oferta. A matriz energética brasileira indica que mais de 80% tem origem hidráulica. Essa origem condiciona o volume de energia produzida ao regime de chuvas e disponibilidade dos reservatórios. Analisando sob outra perspectiva, conclui-se pela excessiva dependência da oferta de energia no Brasil a fatores imponderáveis. É sabido que dentre as alternativas disponíveis de geração de energia, a origem hidráulica é a de menor custo para o consumidor. Em 2012, o perfil do consumo de energia elétrica no Brasil foi: a) indústria: 42%; b) comércio, serviços e turismo: 18%; c) residências: 25%; d) outros: 15%. No exterior, principalmente nos países desenvolvidos, a principal fonte de energia é de origem térmica: petróleo, carvão mineral e vegetal e gás respondem por 85% a 87% da energia gerada; a origem hídrica responde por 7,0% a 8,0%; a energia nuclear gera 6,0%. Inegavelmente, é um quadro que difere bastante do perfil vigente no Brasil. Qualquer política pública voltada à atração de investimentos do exterior e expansão dos investimentos internos deverá garantir ao capital produtivo uma estabilidade na oferta de energia. A incerteza e insegurança quanto ao atendimento

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da demanda podem afastar investimentos, conter capacidade produtiva, elevar preços e direcionar o governo a adotar um racionamento. Sem energia elétrica, o comércio, que é o estuário para o qual converge todo o sistema de produção para atender o consumidor final, não tem como vender. O ato de comercializar bens, serviços e o turismo não se viabiliza no escuro ou à luz de velas. Com queda ou redução nas vendas, ter-se-á dentre os efeitos imediatos, restrições ao emprego, à massa de salários, à renda, ao consumo, disso resultando menor arrecadação tributária. Neste momento, temos uma certeza: não é a hora e não cabe ao governo apagar a chama representativa da importância do comércio na atividade econômica brasileira, setor que se constitui no maior gerador de empregos do país. abril 2014

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A 100ª edição da Revista Fecomércio Este mês marca a comemoração das 100 edições da Revista Fecomércio PR, trajetória iniciada no primeiro trimestre de 2000, ao alvorecer do novo século. Revendo as primeiras publicações, encontramos uma revista sem periodicidade definida, variando de mensal para bimestral de acordo com a exigência das notícias. Apenas em 2007 as edições bimestrais foram adotadas em definitivo. O número de páginas também foi incrementado, porque os primeiros números traziam não mais que 20 páginas. A de número 3, por exemplo, destacando a realização da 13ª edição do Sesc Triathlon Caiobá, não teve mais que 16 páginas. A contracapa estampou a relação dos então 50 sindicatos filiados à Fecomércio PR. A equipe responsável cresceu durante estes 14 anos. O jornalista Hugo Sant´ana, editor da revista até o número 25, tinha à disposição apenas três jornalistas. João Alceu Ribeiro, em seguida, assumiu a editoria geral, tarefa que exerceu até o número 80. No seu período, a lombada quadrada, com cola, foi adotada desde o número 75, abandonando-se o sistema de grampos. A tiragem também foi ampliada, dos iniciais cinco mil para os atuais 10 mil exemplares. A revista continuou aumentando de tamanho, ainda que o formato seja o mesmo desde a primeira edição. O número 80, o primeiro depois da aposentadoria de João Alceu, trouxe 46 páginas. Nos anos seguintes, chegamos a ter edições com 100 páginas, resultado do crescimento SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná ao longo destes 14 anos. Tenho orgulho de afirmar que fui testemunha do processo de amadurecimento deste que é o principal dos produtos jornalísticos gerados pelo Núcleo de Comunicação e Marketing. A propósito, o NCM, novidade que implantamos em 2008, hoje é modelo no Sistema Comércio do país. Recém-eleito para a direção da Fecomércio Paraná, passei a assinar esta Palavra do Presidente no número 45, em julho de 2004, quando tive a oportunidade de externar o projeto da diretoria à frente do Sistema: “Nosso projeto abrange maior participação, comunicação, representatividade, democratização, dinamismo, serviços e responsabilidade social. Pretendemos, ainda, encontrar alternativas para os altos juros pagos pelo empresariado, estimulando a criação de cooperativas de crédito. Será uma forma de tornar nossa atividade mais competitiva. Reafirmo que estaremos vigilantes na defesa dos interesses dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo paranaense (e por extensão de todos os cidadãos) nas discussões das grandes reformas que estão em andamento no país: a tributária, a trabalhista e a sindical”. Dez anos mais tarde, reeleito para novo mandato, tenho a satisfação de comprovar que seguimos realizando, com todos os componentes do Sistema, as premissas estabelecidas naquela primeira gestão. Muito já foi conquistado, há muito por conquistar. Apenas a lamentar que, uma década depois, o país ainda não tenha conseguido finalizar as reformas já discutidas na época. Nada que nos atemorize. Com o apoio do empresariado, dos colaboradores e da própria população, o Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná

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continuará sua história de prestação de serviços, qualificação profissional e inovação permanente. É o que nos dá a certeza de que muitas outras edições da Revista Fecomércio PR ainda serão publicadas, registrando o dinamismo da nossa atividade ao longo do tempo. maio | junho 2014

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O vendedor e o gargalo Qualquer pessoa, em uma caminhada pelo comércio, observa o anúncio nas vitrines: “Precisa-se de vendedor”. Isso ocorre sempre que a demanda se torna maior do que a estrutura necessária para atendê-la. Naquelas lojas estão empresários interessados em expandir seus negócios, mas que nem sempre conseguem compreender por que os vendedores são difíceis de encontrar. A questão é complexa, esbarra em inúmeras variáveis e circunstâncias. Sem dúvida, entre as razões principais, está a ausência de planejamento, resultado da ineficiência do setor público em todas as suas instâncias. As previsões de crescimento econômico têm se mostrado peças de ficção, com a realidade teimando em ficar abaixo do otimismo oficial. O endividamento público é assustador, tirando dos governos a capacidade de investir. Controla-se a inflação aumentando juros, prejudicando o setor produtivo. E os investimentos estrangeiros diretos caíram quase 4% em relação a 2012, embora ainda estejam em níveis superiores aos da década passada. A absoluta falta de comprometimento com os desafios do futuro faz com que sejamos escravos permanentes do gargalo, nos mais diversos setores da nossa economia. Vejamos a área de logística. O gargalo passa a ter tal preponderância que toma quase o recipiente inteiro. Ele só não aparece nas fases iniciais do agronegócio, o plantio e a colheita dos grãos. Mas o setor já começa a padecer na fase seguinte, a do transporte. A infraestrutura ferroviária está um século atrás do exigido, tanto em relação à malha quanto à tecnologia. O transporte rodoviário sofre e faz as estradas SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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sofrerem. O custo é alto, com as rodovias subdimensionadas e tráfego intenso. Nossos portos de maior capacidade são incapazes de escoar a produção na velocidade exigida. Dezenas de navios graneleiros aguardam até semanas ao largo antes da permissão para carregar. Mas, o que existe em comum entre aquele empresário que está precisando de vendedor e o navio parado no mar? Tudo. Sabemos que o agronegócio impulsiona outros setores, especialmente o comércio. Quanto mais ele encarece, menos impacto nas vendas do varejo. Como os lojistas já têm dificuldade em encontrar profissionais para promover suas vendas, o efeito é minorado. Porém, se a nossa economia crescer de forma sólida e efetiva nos próximos dois ou três anos, o problema pode aumentar de forma exponencial. Na última pesquisa realizada pela Federação do Comércio do Paraná, na qual foram ouvidos empresários de diversos ramos em todo o estado, os vendedores foram mencionados por 33,6% dos entrevistados. As regiões Oeste e Centro-Oeste são as que mais carecem de mão de obra na área de vendas, com 41% das respostas. Na sequência, estão o Sul (36%), Norte e Noroeste (34%), Sudoeste (30%), Litoral (28%), e Curitiba e Ponta Grossa (25%). O papel relevante desempenhado pelo profissional de vendas não pode ser subestimado. A venda é um desafio para qualquer comerciante, ainda mais no mundo atual, com consumidores cada vez mais informados, exigentes e conscientes. O empresário, vendedor por natureza, reflete sobre o futuro do comércio, novas técnicas a empregar para o sucesso o tipo de profissional apto a atender as novas exigências do mercado. Para acompanhar esta evolução, o profissional de vendas precisa desenvolver competências gerais e específicas, assumir

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responsabilidades, adotar uma visão sistêmica e empreendedora, deixando de ser mero executor. O vendedor passa a ser corresponsável pelas ações de marketing, de finanças, de logística, bem como da cadeia de suprimentos, numa atuação participativa, criativa e inovadora dentro da organização. Para responder às necessidades de formação de profissionais na área do comércio, há 67 anos, o Senac Paraná cumpre a missão de educar para o trabalho em atividades do comércio de bens, serviços e turismo, e auxilia as empresas a qualificar seus funcionários. Os cursos disponíveis vão da capacitação inicial a aperfeiçoamento e cursos técnicos de nível médio, parte deles gratuitos, ofertados pelo Programa Senac de Gratuidade (PSG). Essa é mais uma contrapartida do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR à contribuição dos empresários do comércio. A construção de novas escolas amplia e qualifica a atuação do Senac no Paraná. Nossos investimentos continuam com as outras dez obras em andamento e que vão somar-se as nossas 33 Unidades de Educação Profissional em funcionamento. Tudo isso pode alcançar outra escala se a economia crescer a níveis mais consistentes, com menores custos. Haverá maior demanda a exigir mais profissionais, é verdade. Mas este desafio é o sonho de todo o empresário do comércio. Aí o anúncio será no plural: “Precisa-se de vendedores”. O Senac estará à disposição para formá-los em todas as regiões do estado. Basta que se eliminem os gargalos. maio 2014

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A Federação do Comércio na vida dos paranaenses O Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná é resultado da união de três entidades que representam o comércio na integralidade de suas dimensões política social e profissional. Representante institucional do setor, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná ( Fecomércio PR) congrega 60 sindicatos patronais e expressa a voz de mais de 480 mil empresas do varejo paranaense. Tem a função de representar legalmente o empresariado junto aos poderes legislativo, executivo e judiciário, assim como perante a sociedade. A Fecomércio é mantida com recursos oriundos da contribuição anual compulsória dos empresários, prevista na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). É apartidária e não governamental, mas realiza ações conjuntas e parcerias com entidades públicas e privadas, visando somar esforços para potencializar resultados. Também administra o Sesc (Serviço Social do Comércio) e o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) no Paraná. A atuação integrada das três casas fortalece a promoção de serviços que beneficiam comerciários e empresários, a partir das suas unidades espalhadas pelo estado. O Sesc, braço social do Sistema, conta com ações nas áreas de saúde, esporte, lazer, cultura, ação social e educação. Sua estrutura soma 36 unidades, com outras nove unidades em construção. Já o Senac oferece educação profissional de qualidade, especialmente em seus dois programas de gratuidade, o Programa Senac de Gratuidade (PSG) e o Programa Nacional SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), este em parceria com o governo federal. O Senac tem hoje, no Paraná,35 unidades em funcionamento em 11 em construção. O instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento (IFPD) complementa o Sistema, como importante ferramenta de apoio para a triangulação entre empresa, universidade e os acadêmicos. Ao atuar na coordenação de estágios, funciona como ponte entre estudantes e as empresas do comércio. São inúmeras as atividades desenvolvidas pela Fecomércio, sempre visando beneficiar o empresário do setor. São exemplos de sucesso as edições do Prêmio Guerreiro do Comércio, que homenageia os empresários que se destacam nas respectivas comunidades e segmentos; a premiação anual da Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios, que na edição de 2014, em Foz do Iguaçu, teve a presença da presidente da República; as promoções e missões da Câmara de Relações Internacionais, abrindo novas possibilidades de intercâmbio comercial. A realização de pesquisas conjunturais e setoriais trazem dados fundamentais para o planejamento empresarial. Todo este arcabouço estrutural permite que os números compulsados sejam superlativos. Só em 2013, os 40 consultórios odontológicos fixos do Sesc realizaram um total de 123,7 mil consultas em todo o estado. O Odontosesc efetivou 15 mil consultas em municípios de baixo Índice de Desenvolvimento Humano, o IDH. O Programa Mesa Brasil, também do Sesc, distribuiu 2,5 mil toneladas de alimentos, que complementaram as refeições de mais de 136 mil pessoas. O Sesc Paço da Liberdade, cuja imagem faz parte do mosaico que compõe a capa desta obra, tornou-se nos últimos anos uma referência na área cultural, com programação permanente nas áreas de música, teatro, cinema, artes plásticas e

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outras manifestações artísticas. É também uma das principais atrações turísticas da cidade. A área de educação do Sesc investiu no ano passado quase R$ 50 milhões no Programa de Comprometimento e Gratuidade. O PCG, distribuindo 11.760 bolsas de estudo. Os alunos do Colégio Sesc São José fazem sucesso nos vestibulares que prestam. O Hotel Sesc Caiobá recebeu ano passado 17,2 mil hóspedes, o que demonstra a qualidade dos serviços. O Programa Justiça no Bairro Sesc Cidadão, parceria com o Poder Judiciário, realizou 118 mil atendimentos à população de baixa renda, no mesmo período. As campanhas do Agasalho e do Brinquedo arrecadaram, respectivamente, 209 mil peças de roupas e cobertores, e quase 57 mil brinquedos, entregues a aproximadamente 49 mil pessoas. No setor cultural, o Sesc realizou mais uma edição da Semana Literária, em 21 cidades paranaenses, com o atendimento a 183 mil pessoas e a comercialização de 30 mil livros. Eventos esportivos, como o Sesc Triathlon Caiobá, a Maratona Internacional de Foz do Iguaçu e o Circuito Sesc Caminhada e Corrida de Rua somaram a participação de quase 45 mil pessoas. Já o Senac, em 2013, demonstrou sua excelência na qualificação profissional, chegando a mais de 99 mil atendimentos. A carga horária realizada atingiu 554 mil horas, em 185 municípios paranaenses, efetivadas pelas suas 34 unidades e três unidades móveis. O Programa Senac na Empresa realizou 30 mil atendimentos, em 1,8 mil empresas. O investimento no Programa Senac de Gratuidade (PSG) chegou a R$ 48 milhões. É importante ressaltar que o PSG e o Pronatec atenderam juntos um total de 36 mil alunos.

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O setor de aprendizagem fechou com sete mil jovens matriculados. E pela primeira vez a instituição participou do Worldskills, maior competição de educação profissional do mundo. A área gastronômica foi o foco da série de festivais promovidos pelo Senac, destacando a culinária brasileira, a alemã, a italiana, a espanhola, a portuguesa e o serviço de restaurante. Em todas, chefs conceituados de renome internacional brilharam ao demonstrar sua criatividade. Em 2014, os cursos de qualificação profissional e os eventos seguiram sua trilha de sucesso. Um dos principais exemplos está em Foz do Iguaçu, contribuindo para o incremento do turismo na região das três fronteiras. São números que destacam a importância do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná para o desenvolvimento do estado e na qualidade de vida dos paranaenses. junho 2014

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Qualificação de pessoas, o verdadeiro legado da Copa O verde e o amarelo já tomam conta das ruas e casas do Brasil inteiro. O comércio de bens, serviços e turismo paranaense também está em clima de Copa do Mundo há bastante tempo. Desde a confirmação de Curitiba como uma das cidades-sede dos jogos, foi criada uma expectativa muito grande em relação ao desempenho da economia em diferentes setores relacionados direta ou indiretamente com o mundial. Essa perspectiva levou muitos agentes econômicos a se prepararem para atender ao movimento adicional gerado pelo megaevento. A preparação envolveu novos empreendimentos turísticos e modernização ou ampliação de instalações, novas estratégias de comunicação, qualificação e contratação de colaboradores. Tudo para garantir que a hospitalidade paranaense seja lembrada pelos turistas que nos visitarão durante e após o evento esportivo. Em 2011, o Senac, braço educacional do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, lançou o programa Senac em Campo, para qualificar os trabalhadores paranaenses para atuar no comércio, turismo, hospitalidade e gastronomia. Os resultados foram excepcionais. Até o mês de maio, o Senac Paraná realizou 116.730 qualificações profissionais pelo programa, em todas as regiões do estado, com uma carga horária superior a 1,2 milhão de horas/aula. Curitiba, Foz do Iguaçu e Paranaguá, municípios com maior demanda turística, por seus monumentos históricos, belezas naturais, eventos e comércio, tiveram maior número de alunos. Nas áreas de gestão, comércio e idiomas, o Senac realizou SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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37.453 matrículas; nos cursos de turismo e gastronomia, foram ofertadas 33.282 vagas; em beleza e saúde, 25.354; e nas demais áreas, foram realizadas 20.641 qualificações. Esses números dizem respeito a cursos técnicos e de formação inicial e continuada de no mínimo 160 horas cada, muitos deles ofertados a custo zero para a população por meio do Programa Senac de Gratuidade (PSG) e pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). As ofertas via Pronatec, em parceria com o Ministério do Turismo, que englobam os programas Pronatec na Copa e Pronatec Copa na Empresa, foram fundamentais para atrair e preparar os profissionais do setor turístico para o mundial. É ponto pacífico que a qualificação profissional tem relação direta com a qualidade dos serviços prestados pelo comércio. O Sistema Fecomércio e o Senac têm uma história nesse segmento que remonta à fundação das entidades há 66 anos. O processo de qualificação realizado nesses últimos três anos se soma ao processo histórico. O benefício oferecido ultrapassa os 30 dias dos jogos. A capacitação profissional entrega ao comércio e aos setores de serviços e turismo pessoas capazes de promover o desenvolvimento socioeconômico das regiões onde vivem e trabalham. Ela transforma vidas, pela inclusão profissional e social, gerada pelo aumento da renda. Este é o verdadeiro legado da Copa do Mundo. A Fecomércio e o Senac têm orgulho em contribuir para o progresso do Paraná e de sua gente. junho 2014

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Proposta do setor produtivo Sem dúvida, os meses de junho e julho não trouxeram para o comércio o volume de negócios esperados com a realização da Copa do Mundo em Curitiba. Setores específicos, como o de hotelaria e de restaurantes deram-se bem na capital. Foz do Iguaçu recebeu um volume recorde de visitantes, com turistas de 30 dos 32 países participantes da Copa. Mas, apesar das dificuldades dos últimos meses, o Paraná manteve saldo positivo na geração de empregos. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostram que o Brasil criou 11.796 empregos com carteira assinada no mês de julho. Isso representa queda de 71,5% em comparação ao mesmo mês do ano passado, quando foram abertas 41.463 vagas formais. Foi o pior resultado para meses de julho em 15 anos. Em compensação, no Paraná, foram geradas 2.683 novas vagas de emprego com carteira assinada. Na comparação com o mês anterior, o saldo é 0,1% maior. No ano, o estado conseguiu abrir 66.188 novas vagas de trabalho. O número está 2,44% acima do registrado no mesmo período de 2013 e ultrapassa o indicador nacional, que apresentou queda de 30,3%. A manutenção do nível de empregos permitirá que o comércio mantenha-se estável, apesar dos fatores restritivos da conjuntura econômica vigente. Essa é a premissa sobre a qual os empresários do comércio de bens, serviços e turismo devem pautar suas ações. Enquanto o setor produtivo continuar mantendo os empregos, toda a cadeia se manterá. No entanto, a luz amarela da economia começou a piscar, tanto na indústria como no comércio, e não há indicadores SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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que permitam vislumbrar recuperação a curto prazo. Os empresários precisam ter ponderação em relação a novos investimentos e gastos, a fim de não comprometer a saúde financeira da empresa. Exatamente por esse motivo é que a Fecomércio PR, o Fórum Futuro 10 e o G7, os dois últimos compostos pelas entidades que representam as classes produtivas, divulgaram propostas para o futuro do Paraná e do Brasil, entregues aos candidatos ao governo do estado e que devem ser oferecidas aos candidatos à presidência da República. As propostas detalham os problemas que dificultam o desenvolvimento do país e sugere soluções para que, com planejamento e celeridade, eles sejam superados. Entre os temas abordados, está a condução da economia, que não pode mais onerar o consumidor. A política que restringe o crédito com o aumento de juros prejudica a circulação de mercadorias, faz diminuir os índices do comércio e da indústria. Tanto a política econômica não pode ser recessiva como a ânsia tributária do governo não pode seguir nos padrões de hoje. julho | agosto 2014

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Uma proposta para o futuro A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná desenvolveu um estudo sobre as principais deficiências que inibem o crescimento consistente do estado e do país. Trata-se de sugestão aos novos dirigentes a serem eleitos em outubro próximo, na busca por um melhor ambiente empresarial e de qualidade de vida da população. A análise leva em conta os fatores macroeconômicos, a possibilidade de construir um futuro sustentável e indicadores como a liberdade pessoal, comparável aos países mais desenvolvidos. O que nos arrasta para baixo são os índices de governança, saúde, capital social, educação e segurança. O impacto é significativo quando se busca a capacitação de trabalhadores em áreas que exigem interpretação de textos e conhecimento em matemática básica, em que se concentram os resultados menos favoráveis. Apesar de contar com características atrativas ao empreendedorismo, como cenário econômico em crescimento, insumos básicos com custo competitivo e amplo mercado interno, o país situa-se, em competitividade, apenas na 48ª posição global, ainda que seja a sexta economia do mundo. A crescente demanda de mão de obra demonstra a importância da formação técnica especializada. É imperativo que seja mantido o apoio ao Sistema S para dar vazão à demanda com a necessária qualidade. A capacitação profissional tem mostrado resultados positivos na busca de uma melhor condição de vida para o cidadão. A manutenção do Pronatec e a colaboração entre União, Estados, Distrito Federal e municípios são fundamentais para os serviços nacionais de aprendizagem na educação profissional e tecnológica. SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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Ações precisam ser implantadas para melhorar a eficiência da máquina pública. Entre elas, o limite no número de cargos em comissão, a redução do peso da máquina administrativa e os incentivos ao funcionário produtivo. É preciso, ainda, redução significativa no número de ministérios. Necessária, por exemplo, é a simplificação do processo de abertura e fechamento de empresas. Para sua abertura são necessários, em média, 13 procedimentos nas esferas federal, estadual e municipal. Com a centralização dos processos por meio de cadastro único, criaremos ferramentas estimuladoras. Mas nada funcionará enquanto vigorar o caos tributário. O vasto emaranhado de regras dá ao empresário brasileiro o título mundial no número de horas dispendidas por ano no trato dos impostos. Será preciso retomar a proposta de reforma tributária nacional, com a implementação do Imposto sobre Valor Agregado. Mais ainda, diminuir a carga tributária, bem como o número e espécies de tributos, simplificando o sistema arrecadatório. A substituição tributária tem se transformado em um mecanismo complexo, afetando a rentabilidade das empresas. Também é vital eliminar a guerra fiscal entre os estados, com a unificação das legislações e alíquotas. O peso da arcaica legislação trabalhista prejudica o emprego e a competitividade. É preciso reduzir alíquotas em contribuições, a equalização dos salários mínimo estadual e nacional e o aperfeiçoamento do processo de Conciliação Prévia. A falta de infraestrutura representa um dos grandes gargalos para o crescimento econômico do Paraná e do Brasil. Nesse sentido, os desafios a serem superados contemplam os modais de transporte rodoviário, ferroviário, portuário, hidroviário e aeroviário, além de mais investimentos em

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mobilidade urbana e no setor elétrico. Apesar da vocação natural do Brasil para o turismo, setor de grande potencial, ele está às margens das prioridades nacionais. Suas duas maiores deficiências estão na ausência de marketing eficaz e a falta de monitoramento e incentivo à atividade nos municípios e estados. Não podemos perder de vista o objetivo de viabilizar o Programa de Arrendamentos e Licitações dos Portos e alterar a Poligonal do Porto de Paranaguá, bem como a abertura do mercado para navegação de cabotagem ao longo da costa brasileira. Da mesma forma, o país deve atuar para um efetivo incremento do transporte ferroviário, com a construção da Ferrovia Oeste–Leste até Pontal do Paraná, a construção da Ferrovia Norte–Sul e a construção do contorno ferroviário norte de Curitiba. O modal rodoviário representa cerca de 60% do transporte interno. São fundamentais as construções de novas estradas, como o trecho paranaense da BR-101 e a conclusão da BR-487 (Estrada Boiadeira) e da BR-153, entre outras prioridades. O crescimento econômico apresentado pelo Paraná tem exigido investimentos nos aeroportos, não só no Afonso Pena, mas também nos de Londrina, Maringá e Cascavel e naqueles destinados à aviação regional. Na área de energia, é preciso estimular novas fontes e rever a política do etanol, para que retome sua competitividade. O comércio eletrônico vem ganhando mercado, mas suas regras não estão claras. É preciso estabelecer um processo de arbitragem entre as empresas do setor e os consumidores para dirimir litígios. julho 2014

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As dívidas dos consumidores e a ânsia tributária Os paranaenses continuam como os mais endividados do país, posição que mantêm há pelo menos três anos. Os levantamentos mostram que 87% dos consumidores do estado possuem algum tipo de dívida. Já melhorados, porque em 2011, 90% da população possuía algum tipo de dívida. Os indicadores colocam o Paraná bem acima da média nacional de endividamento, que ficou em 63% no ano passado. Mas antes de qualquer alarde, é preciso esclarecer algumas peculiaridades sobre a situação financeira dos paranaenses. Endividamento é qualquer tipo de parcelamento, seja no cartão de crédito, boleto ou prestação fixa da casa própria, carro ou mensalidades escolares, o que é muito diferente de inadimplência. Somos os mais endividados, é fato. Porém, não somos maus pagadores, pelo contrário. O percentual de famílias com dívidas em atraso está dentro da média brasileira, que é de 21% - estamos com 22%. A parcela mensal da renda comprometida com dívidas ficou em 32% em 2013, pouco acima dos 30% nacionais. Um dos motivos para o elevado nível de endividamento no Paraná é a situação de pleno emprego, que permanece no estado, em oposição ao que vem ocorrendo em outras unidades da Federação. A renda garantida no fim do mês faz com o que os paranaenses se sintam mais confiantes para parcelar suas compras e adquirir bens de maior valor de forma fracionada. Apesar dos últimos meses terem sido difíceis, o Paraná ainda tem saldo positivo na geração de empregos, especialmente quando se considera o acumulado do ano. SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostram que o Brasil criou 11.796 empregos com carteira assinada no mês de julho. Isso representa queda de 71,5% em comparação ao mesmo mês do ano passado, quando foram abertas 41.463 vagas formais. Foi o pior resultado para meses de julho em 15 anos. Em compensação, no Paraná, foram geradas 2.683 novas vagas de emprego com carteira assinada. Na comparação com o mês anterior, o saldo é 0,1% maior. No acumulado do ano, nosso estado conseguiu abrir 66.188 novas vagas de trabalho. O número está 2,44% acima do registrado no mesmo período de 2013 e ultrapassa o indicador nacional, que apresentou queda de 30,3%. A manutenção do nível de empregos permitirá que o comércio mantenha-se estável, apesar dos fatores restritivos da conjuntura econômica vigente. Essa é a premissa sobre a qual os empresários do comércio de bens, serviços e turismo devem pautar suas ações. Enquanto o setor produtivo continuar mantendo os empregos, toda a cadeia se manterá. No entanto, a luz amarela da economia começou a piscar, tanto na indústria como no comércio, e não há indicadores que permitam vislumbrar recuperação a curto prazo. Os empresários precisam ter ponderação em relação a novos investimentos e gastos, a fim de não comprometer a saúde financeira da empresa, e terão que se esforçar ainda mais para manter ou aumentar o faturamento. O comércio precisa manter-se atento. Exatamente por esse motivo é que a Fecomércio PR, o Fórum Futuro 10 e o G7, os dois últimos compostos pelas entidades que representam as classes produtivas, divulgaram propostas para o futuro do Paraná e do Brasil, entregues aos candidatos ao governo do estado.

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É preciso que se resolvam, com planejamento e celeridade, os problemas que dificultam o desenvolvimento do país. E, entre eles, está a condução da economia, que não pode mais onerar o consumidor. É ele, aquele que segura os níveis de compra e venda, no comércio e na indústria, quem precisa arcar, na ponta, com dívidas que seriam mais razoáveis se fosse menor a ânsia tributária do governo. agosto 2014

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Fazendo a nossa parte O ano de 2014 vai saindo de cena, mas deixa, como os professores nas escolas, uma série de tarefas a serem feitas já a partir do próximo ano. As eleições mostraram a necessidade de se reconstruir o país, a partir de um modelo que privilegie a eficiência e a dinâmica do mercado. Na área política, impõe-se uma nova relação entre os poderes. A arena de acusações em que se transformou o segundo turno demonstra que o país exige padrões de comportamento administrativos e pessoais irrepreensíveis. A mídia é hoje um elemento de fiscalização permanente, ao lado dos órgãos legais aos quais cumpre, ao fim, exercer as respectivas funções legais. Isso não deixa mais espaço para a troca de favores fisiológicos. É preciso pensar o país, planejando para os próximos 20 anos. Nesse sentido, assume uma perspectiva de urgência a modernização da infraestrutura, sem a qual vamos atrasar cada vez mais o nosso desenvolvimento. A esses fatores, soma-se a reforma tributária, que traz com ela também a vantagem de diminuir o cipoal burocrático que inferniza a vida dos empresários nacionais. No que nos compete, seguimos fazendo a nossa parte. Prova disso é o significativo número de matrículas do Senac nos últimos dez anos. Vamos terminar este ano com mais quatro unidades, em Marechal Cândido Rondon, Cornélio Procópio, Jacarezinho, Medianeira, e outra unidade móvel, o que nos permite projetar um aumento ainda mais significativo para os próximos anos. Também o Sesc termina o ano com três novas unidades. Além das integradas com o Senac, em Jacarezinho e MediaSISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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neira, teremos a inauguração do Sesc Cadeião Cultural em Londrina. É o Sistema Fecomércio tratando de fazer sua parte. Se cada cidadão e todos os segmentos da sociedade fizerem suas lições de casa, podemos imaginar um novo Brasil nascendo das mudanças que precisamos implantar. setembro | outubro 2014

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A inauguração de novas unidades do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR Vamos terminar este marcante ano de 2014 com três inaugurações de novas unidades do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR. Já no próximo mês de novembro, vamos abrir a unidade integrada Sesc Senac de Jacarezinho e a unidade do Senac em Cornélio Procópio. No dia 10 de dezembro, data em que Londrina comemora seus 80 anos, iremos oferecer à cidade o presente representado pela nova unidade cultural do Sesc, o Cadeião Cultural. Com quase 4.600 m², a unidade integrada Sesc Senac de Jacarezinho tem área de influência em sete municípios, com potencial de atendimento a 115 mil habitantes. Ela será responsável pelo bem-estar social promovido pelo Sesc, nas áreas de educação, cultura, saúde, ação social, esporte e lazer , e pelo avanço significativo na educação profissional em toda a microrregião, por meio do Senac, qualificando pessoas aptas a assumir suas novas carreiras e direcionar seu futuro. Já a nova unidade do Senac em Cornélio Procópio vai atender 21 municípios da região, com uma população abrangida em torno de 235 mil pessoas. O espaço de 1.332 m², assim como em Jacarezinho, possui todas as facilidades de uma estrutura funcional e moderna, apta a mudar o quadro de qualificação profissional da região. O Cadeião Cultural em Londrina demonstra, mais uma vez, a vocação do Sesc na preservação e na administração de

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espaços históricos de significativa relevância, como já ocorre com o Sesc Paço da Liberdade desde 2009, em Curitiba. Inaugurado no início da década de 1940, o Cadeião da Rua Sergipe, como era conhecido, quase veio abaixo 50 anos mais tarde, por representar um símbolo da degradação, representado pela própria construção e pelo seu entorno. Aproveitando a experiência de Curitiba, quando a iniciativa do Sistema Fecomércio possibilitou a restauração do Paço da Liberdade e a gradual reforma dos espaços comerciais e urbanos da região limítrofe, o restauro do Cadeião não se limita à devolução do prédio para a população. Também o comércio da Rua Sergipe será beneficiado, por meio de parceria, envolvendo também os sindicatos patronais da cidade, o Sebrae e o poder público municipal, com o objetivo de trazer de volta os clientes que deixaram de frequentar a área. Com 1.225 m² de área construída, o Cadeião vai manter programação nas áreas de música, dança, artes plásticas, literatura, cinema e teatro, inclusive com a realização de oficinas e cursos permanentes. O antigo solário, no centro do edifício, foi transformado em área de exposições e abriga um Café-Escola do Senac, funcionando como ponto de encontro. O Cadeião Cultural vai representar para Londrina o ambiente artístico-cultural apropriado para o desenvolvimento criativo da população londrinense. E já no primeiro trimestre de 2015, seguiremos nosso projeto de expansão. A unidade integrada Sesc Senac de Medianeira será a próxima conquista, incorporando mais 2.800 m² de bem-estar social, saúde, cultura, esporte, lazer e educação profissional aos milhares de habitantes da rica região oeste do estado. E ainda há mais, tanto para o ano que vem como para os seguintes. Paranaguá, São José dos Pinhais, Rio Negro,

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União da Vitória, a unidade da região norte de Londrina e a nova unidade Portão do Senac em Curitiba são algumas das construções e projetos em andamento. O Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná não para, porque o comércio é assim: dinâmico e transformador, trazendo desenvolvimento e qualidade de vida. setembro 2014

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Setor produtivo é a reconstrução do alicerce para país O segundo semestre do ano tradicionalmente apresenta vendas maiores do que o primeiro. Não há razões para que não seja assim também este ano, ainda que o último mês de agosto não tenha sido bom para o comércio paranaense, com queda de 2,21% ante o mesmo mês do ano anterior e baixa de 1,42% no faturamento em relação ao mês julho. Os dados são da Pesquisa Conjuntural, que realizamos mensalmente na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). No acumulado do ano, as vendas mostraram um aumento muito tênue, de apenas 0,88% em relação ao mesmo período de 2013. Já o cenário nacional mostrou recuperação, conforme o IBGE. As vendas do comércio voltaram a crescer em agosto, após dois meses em queda. A expansão chegou a 1,1% de julho para agosto. A realidade é que este ano o varejo no primeiro semestre foi prejudicado por inúmeros fatores, a começar pela conjuntura econômica brasileira. É possível destacar a influência, direta ou indireta, da alta da inflação, do aumento da taxa de juros e a retração industrial, especialmente no setor automotivo. Tivemos ainda outras situações excepcionais, entre as quais uma Copa do Mundo muito limitada para o comércio em relação ao esperado. Vários setores tiveram baixo movimento em datas normalmente vendedoras, tais como o Dia das Mães, Dia dos Namorados, festas juninas e Dia dos Pais. A realidade foi

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dramática para quem ficou estocado na espera de uma demanda que não houve. O alto índice de endividamento, que alcança nove em cada dez paranaenses, também restringe as vendas do varejo. Verifica-se que os consumidores têm dado preferência a quitar seus débitos antes de contrair novas dívidas, receio potencializado pela percepção de um ambiente menos favorável para o emprego. A esperança é de que haja recuperação no PIB do terceiro trimestre, com pequeno crescimento, até porque a indústria, após quatro meses de retração, começou a reagir. Diante disso, a perspectiva de vendas do Natal, elaborada pela Confederação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), é aumento de 3%, desempenho menor do que os 5,1% registrados em 2013 pelo comércio no Brasil. O resultado das eleições mostra a necessidade de uma política para o país. As relações entre o poder executivo e o legislativo devem mudar, tornando-se mais programáticas em detrimento da fisiologia. As reformas são urgentes, destacando-se a tributária e a eleitoral. A infraestrutura precisa avançar sob o sério risco de vermos nossa produção diminuir, nos setores agropecuário e industrial. Os modelos de concessão exigem revisão, tanto para se tornarem mais atrativos aos empresários como para não onerarem os usuários. O ano de 2014 deve ser usado como metáfora. Se quisermos fazer uma análise do Brasil, o que ocorreu este ano pode resumi-lo: da esperança à decepção, da frustração à retração, da necessidade de reagir à exigência de se planejar. Enfim, é um novo país que precisamos construir. E para essa missão o empresário do comércio é peça essencial, por sua sensibilidade e visão estratégica. outubro 2014

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Conquistas e desafios A Fecomércio PR tem como principal destaque as inaugurações de quatro novas unidades, realizadas entre novembro e dezembro passados. No total, foram abertas cinco unidades novas em 2014, incluindo duas unidades integradas Sesc Senac, duas novas unidades Senac e o Sesc Cadeião Cultural em Londrina, além de mais uma unidade móvel do Senac, que percorrerá as cidades do Paraná, equipada para cursos de preparo de pães e confeitos. As atividades em todos os nossos setores foram intensificadas. O número de sindicatos filiados chegou a 61, em todo o estado. O trabalho das câmaras setoriais do comércio exterior e do turismo trouxeram grandes resultados. A Câmara da Mulher demonstrou sua força com ações em 21 cidades. O Sesc cumpriu sua programação com méritos. Desde o Triathlon, no início do ano em Caiobá, até a programação de Natal do Sesc Paço da Liberdade, o ano foi marcado por eventos de sucesso. A Semana Literária, o Femucic, Circuito Sesc Caminhada e Corrida de Rua, o Mesa Brasil, as campanhas do agasalho e do brinquedo, a campanha a favor dos desabrigados pelas chuvas, o Odontosesc, tudo funcionou acima das expectativas. O Senac vem incrementando cada vez mais o número de alunos inscritos. Em 2014, chegamos a um milhão e 300 mil atendimentos em 10 anos. No mesmo período, chegamos a cinco milhões de horas/aula. O Programa Senac de Gratuidade chegou a 67% da receita compulsória. E a Rede de Educação a Distância vem se tornando um grande diferencial na área de qualificação profissional. Tudo isso pode ser planejado, mas não poderia ser exeSISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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cutado se não fosse pelo trabalho contínuo e dedicado dos nossos colaboradores e colaboradoras. Do diretor às pessoas da limpeza, do motorista aos gerentes, todos têm sua parcela nesta comemoração. Sem vocês nada seria possível. Desejo que o Ano Novo represente um novo período de trabalho, conquistas, alegria e saúde. Da parte do Sistema, sabemos que os desafios serão grandes. Esperamos contar com vocês para vencê-los, assim como vencemos 2014. novembro | dezembro 2014

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Em 2015, Sistema investirá R$ 142 milhões em educação gratuita A meta é ambiciosa, porém iremos alcançá-la, sem nenhuma dúvida. Os orçamentos do Sesc e do Senac para o próximo exercício reservam nada menos que R$ 142 milhões para investimentos nos programas de gratuidade em educação, direcionados a pessoas de renda baixa. Desses, serão aplicados R$ 83 milhões pelo Senac e R$ 38 milhões pelo Sesc, valores que significam, respectivamente, 67% e 33% da receita compulsória, a contribuição dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo. Compõem ainda esse total, mais R$ 21 milhões que serão destinados ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), uma parceria com o Governo Federal. Ao Senac, nosso braço de educação profissional, cabe a maior parte, dentro das metas do Programa Senac de Gratuidade, PSG. Já em 2014, atingimos o percentual de 67%, em um processo gradativo que veio crescendo ano após ano. Os cursos PSG se dividem em capacitações, cursos técnicos de nível médio e programas de aprendizagem comercial. Já pelo Pronatec, os alunos têm acesso gratuito aos cursos do Senac, referência na formação de profissionais do comércio de bens, serviços e de turismo, e ainda recebem material didático e os equipamentos necessários para as aulas, além do auxílio estudantil para custeio das despesas com transporte e alimentação. A educação a distância, usando a tecnologia a favor do

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ensino profissional, também será amplamente aplicada, com investimentos previstos de R$ 13 milhões. Essa é a modalidade educacional que mais cresce no Brasil e no mundo, em função dos vários benefícios peculiares: mobilidade, flexibilidade entre os horários de estudo e trabalho, e menor custo com deslocamentos. Serão ofertados cursos técnicos em Transações Imobiliárias, Logística, Marketing, Administração e Qualidade, nas unidades do Senac distribuídas pelo Paraná. A Rede Nacional de Educação a Distância do Senac oferta mais de 80 títulos diferenciados, entre pós-graduações, capacitações, cursos técnicos e livres. O Sesc, com seus múltiplos projetos e ações em favor dos comerciários e da população carente, vai destinar R$ 38 milhões para os programas de caráter gratuito. No total está prevista a abertura de quase 16.900 vagas na área de educação, a serem preenchidas em atividades diversas, como o Futuro Integral, a bem-sucedida parceria com a Secretaria Estadual de Educação para manter os alunos no ambiente da escola no período do contraturno. Além disso, existem os programas de educação infantil, cursos de línguas, de valorização social, de música, de iniciação esportiva e de educação de jovens e adultos, entre outros. É preciso destacar, nesse número de vagas oferecidas, as 832 referentes ao Colégio Sesc São José, iniciativa implantada a partir de 2009, em parceria com o Grupo Bom Jesus, que vem dando seguidos frutos. Há poucos dias, a aluna Pietra Berticelli Malanski conquistou o primeiro lugar geral na III Feira de Inovação das Ciências e Engenharias (FIciências) – evento que reuniu professores e estudantes do Brasil, do Paraguai e da Argentina, em Foz do Iguaçu. Além disso, a própria Federação subsidia cursos de capacitação gerencial e de qualificação profissional para empresários

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que participam dos programas Varejo Mais, Varejo Top Loja e do programa de Revitalização de Espaços Comerciais, realizado em parceria com o Sebrae/PR, hoje com sete cidades participantes: Curitiba, no entorno do Paço da Liberdade; Castro (Rua Dr. Jorge); Francisco Beltrão (Alto da Júlio); Marechal Cândido Rondon (Av. Rio Grande do Sul); Londrina (Rua Sergipe); Maringá (Rua Santos Dumont) e Matinhos (Centro Comercial). É dessa maneira que o Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná, integrante do Sistema S, contribui para o desenvolvimento pessoal e profissional dos cidadãos paranaenses. Cumprir à risca nossa missão é um dever do qual não abriremos mão. novembro 2014

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Entraves e encargos Uma velha teoria da prática política pregava que o mal deve ser feito no início de uma gestão, em doses fortes. O bem, por sua vez, deve ser distribuído em ritmo de conta-gotas, durante todo o período. As medidas econômicas, que o governo tem chamado de ajustes, demonstram que a nova equipe entronizada pela presidente não está demonstrando timidez em fazer o mal. O que se discute é tanto o tamanho da dose quanto a capacidade do remédio em atacar todas as moléstias que debilitam a nossa economia. Não vamos nos comparar com a China, que cresceu ano passado no menor nível desde muitos anos: 7,5%. Aqui nossas perspectivas para 2015 limitam-se à casa do 1%, talvez menos, o que comprova a nossa frágil realidade. Alguns setores já mostravam no último semestre que este ano seria difícil, caso específico do segmento de veículos. O aumento de tributos vai acarretar aumento de preços, o que não contribui para atenuar a situação. Ao aumentar suas receitas, o governo supõe uma entrada extra de R$ 20 bilhões este ano, oriundos do setor industrial, da área de importação de bens e dos combustíveis. Muito bem, resolve-se o problema na ponta arrecadadora. Por outro lado, não há hipótese do comércio suportar os aumentos que herdará. O repasse ao consumidor é certo, acarretando aumento de preços e, consequentemente, gerando inflação, já estimada em torno de 7%. Existe ainda o sério risco do desemprego, embora o governo tenha anunciado que as medidas protegem os empregos. Ao contrário, colocam-nos em risco, tendo em vista a perda do poder de compra da população. SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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A insegurança dos empresários do comércio está patente na Pesquisa de Opinião realizada pela Fecomércio Paraná. O grau de otimismo para o primeiro semestre caiu de 68,4% no início de 2013 para 62% no início do ano passado e é de 39% este ano, o menor índice aferido desde 2001, quando a pesquisa foi iniciada. Entre as dificuldades encontradas pelo empresário, duas se destacam: a carga tributária, para 59% dos entrevistados, e a inflação em alta, para 56%. Como os dados foram compilados antes das medidas anunciadas pelo governo, pode-se depreender que a bússola dos empresários está bem ajustada. O fato é que o governo não mexeu no aspecto mais sensível e mais importante do equilíbrio orçamentário, o corte de despesas. Até agora não se viu nenhum movimento nesse sentido. Os milhares de cargos em comissão, a estrutura inchada que se supre de benesses de todo o gênero e, em troca, oferece pouca produtividade, a inércia e a inépcia que são marcas registradas do serviço público, nada disso foi atacado. Ou seja, não se resolveu o problema na ponta gastadora. Nem é preciso citar outras medidas que são esperadas há décadas e sempre postergadas: o planejamento estratégico, a reforma tributária, a reforma política, o desentrave burocrático, enquanto as obras de infraestrutura e logística avançam a passos de cágado. Enfim, está na hora do governo atuar em benefício do empresariado e da população, em vez de se dedicar a esforços de arrecadação sem oferecer nenhuma espécie de contrapartida. janeiro 2015

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Expectativas do comércio caem em 2015 As expectativas dos empresários de comércio e serviços do Paraná para o primeiro semestre de 2015 apresentam redução quando comparadas aos semestres anteriores. Conforme a edição da Pesquisa de Opinião, realizada pela Fecomércio Paraná, apenas 39% dos pesquisados têm expectativas de crescimento, o menor índice desde a implantação da pesquisa, em 2001. Na verdade, os números da avaliação refletem o perfil de dificuldades previstas para a economia brasileira neste início de 2015. A reação dos empresários demonstra a influência e o condicionamento às restrições ocorridas em 2014 e que explicam os fatores limitantes para 2015. Entre eles: taxa de juros Selic crescente; inflação; PIB em queda, com índice beirando o negativo para 2015; a indústria em queda, com ampliação de férias coletivas, turnos de trabalho reduzidos e dispensa de trabalhadores; demanda em queda e o consumidor com poder de compra reduzido e renda comprometida; restrições do sistema bancário na concessão de financiamentos; as balanças comerciais do Brasil e do Paraná foram negativas em 2014; queda no superávit primário do governo, simultânea à maior carga tributária. A combinação desses fatores foi suficiente para afetar o comércio e limitar seu crescimento. A conjuntura atual sinaliza impactos restritivos não somente sobre a economia brasileira, mas também na governabilidade, reflexo da crise ética e política do país. Além das carências na infraestrutura básica – sistema viário, portos, comunicações, energia, logística e muito mais –, há os reajustes de tarifas básicas SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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sob responsabilidade do setor público, dentre os quais se destaca a tarifa de energia elétrica. Mas ao mesmo tempo, entrou na agenda do governo o tema racionamento na oferta de energia elétrica e de água em alguns estados. O adicional tributário, de diversas conotações – ICMS, IPVA, IPTU, ISS, ITBI, desconto adicional sobre remuneração de aposentados do Estado, reajuste do Imposto de Renda abaixo da inflação do ano anterior, volta da CIDE sobre combustíveis – sinaliza uma repercussão sobre a taxa de inflação com maior impacto no primeiro semestre. O fato é que o poder público, em todas as suas esferas, encontra-se à beira da crise. O resultado é um ambiente de insegurança para a população, com greves e manifestações de protesto pipocando pelo país. Essa combinação de fatores irá, sem dúvida, gerar um cenário econômico desestimulante e comprometedor para a atividade empresarial. O empresário do comércio, diante desse quadro, contém suas expectativas, o que resulta em desestímulo a novos investimentos, que também comprometem a geração de novos postos de trabalho. Os trabalhadores de diversas categorias ou setores de atividade sinalizam a adoção de posturas reivindicativas. A dimensão das providências a serem adotadas pelo governo quanto à política econômica demonstra a intensidade das mudanças necessárias à economia brasileira como forma de reduzir ou conter os desvios e inadequações acumuladas anteriormente. Na verdade, a correção das deficiências e a necessidade de superar o quadro de limitações surgem como prioridade ao poder público, qualquer que fosse o candidato eleito em 2014. O planejamento a ser implantado exige o reposicionamento do governo em relação a seus gastos e adequação das

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despesas às receitas. A melhoria da infraestrutura exige a ampliação dos investimentos e redução dos gastos de custeio. Este será um ano de correções e adequações, não um ano de crescimento. Desde que as mudanças sejam implementadas, surge a possibilidade de melhores resultados para 2016. As reformas se revelam necessárias, considerando o acúmulo de erros, falta de planejamento, desvios de conduta ou mera incompetência que geraram um déficit em cascata, em prejuízo do setor produtivo e da população. fevereiro 2015

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Tempo de mobilização Com todas as dificuldades que a conjuntura econômica nos impõe, o comércio continua demonstrando sua vitalidade. Prova disso foi a união de todos os setores na mobilização a favor do projeto de terceirização, aprovado pela Câmara dos Deputados. Ainda precisamos nos manter unidos, visto que a luta agora se dará no Senado Federal. Em abril, foi realizada a segunda edição do maior evento corporativo da instituição no ano, a Feira de Profissões do Senac exigiu a participação de centenas de professores e técnicos do Senac nas 28 unidades em que foi realizada. Ela representa a descoberta do futuro para milhares de paranaenses que procuram encontrar a profissão mais adequada a sua vocação. Aliam-se a isso as possibilidades de entrar para o mercado de trabalho em um período curto de tempo, com ganhos financeiros também imediatos. Em Maceió, durante a realização do 31º Congresso Nacional dos Sindicatos Patronais, nossa delegação foi a segunda mais numerosa, com 130 participantes, responsáveis por uma atuação ativa e elogiada. O interessante é que os elogios sempre se estendem a Curitiba e sua ordenação urbana. Nesse sentido, pudemos relatar a realização do Smart City, evento sobre sustentabilidade de cidades inteligentes das Américas. A Fecomércio PR é apoiadora do projeto, assim como também apoiamos o Seminário Internacional Uso do Automóvel, realizado em 10 de abril. A edição também apresenta reportagens sobre o evento da Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios, em Foz do Iguaçu, homenageando 24 empresárias e SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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personalidades femininas de diversos setores, e sobre o Sesc Triathlon Caiobá, novamente realizado com pleno sucesso. Entre os perfis que mostramos, estão incluídos cases profissionais de ex-alunas do Senac e as entrevistas com Fernando Fontana, autor da biografia do ex-governador paranaense Manoel Ribas, e com Luiz Carlos Bonetto, o terceiro funcionário a ter sido contratado pela Fecomércio PR, em 1º de janeiro de 1955. março | abril 2015

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A importância da cultura A história da humanidade se escreve pela cultura. Também podemos dizer que é a cultura a responsável pela preservação da nossa história. Cultura significa, por analogia, liberdade. Os países totalitários sempre desconfiaram, censuraram, trancafiaram ou exterminaram artistas, poetas, escritores, literatos e o que mais se aproximasse da cultura. Hanns Johst, um dramaturgo alemão, escreveu em 1933 a famosa frase “Quando ouço falar em cultura puxo logo o meu revólver”, citação satírica em uma peça de conteúdo antinazista. A frase foi depois atribuída a Joseph Goebbels, quando deixou de ter o sentido irônico inicial e virou ameaça. Toda nação traz sua cultura e só se faz um país com ela. Por estas razões é que o Sistema Fecomércio Sesc Senac PR tem demonstrado ao longo dos anos seu apreço pela preservação e divulgação cultural. A começar pela Fecomércio, responsável pelas negociações com a prefeitura de Curitiba, que resultaram na restauração do Paço da Liberdade, e com a de Londrina, que permitiram a preservação do antigo Cadeião, ambos transformados em unidade cultural do Sesc. Agora estamos fechando um convênio com a Academia Paranaense de Letras para que o Senac abra no Observatório da Cultura Paranaense, prédio histórico localizado no Setor Histórico de Curitiba, conhecido como Belvedere, um café cultural, divulgando a cultura gastronômica paranaense. Ainda neste primeiro semestre, o Sistema Fecomércio irá publicar o livro Desvendando Manoel Ribas – O homem, O Mito, A Obra, de autoria de Fernando Fontana, fechando uma lacuna na historiografia do Paraná, que não tinha uma biografia do ex-governador disponível para as escolas e biSISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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bliotecas espalhadas pelo estado. Também na área editorial, lançamos em 2008 a obra O Comércio no Paraná – Uma história de Conquistas, de José Luiz de Carvalho e Aimoré Índio do Brasil Arantes. A visão cultural do Senac vem sendo demonstrada pela sua editora, com a edição sucessiva de livros que preservam a cultura paranaense e a própria história da entidade. Desde 2007, foram publicadas as obras Senac Paraná – Desafios e Triunfos, de Isabel Furini; Pinhão Indígena – A Culinária do Paraná, Helena Menezes; Polenta e Cia., Elsa Maria Vieira de Souza e Célia Maria de Moraes Dias; Os Franceses no Paraná, de Maria Thereza Brito de Lacerda e Maí Nascimento Mendonça; Famílias do Velho Mundo no Comércio do Paraná, de Niroá Zuleika Rotta Ribeiro Glaser; e Restaurante-escola Senac PR – meio século de histórias e receitas, de Lucio Marcelo Chrestenzen e Giana Cristina Coró Figueiredo. O Sesc, por sua vez, tem larga tradição na área cultural, com divisão específica para o incremento e o gerenciamento do setor. Entre seus projetos corporativos anuais estão a Semana Literária & Feira do Livro, realizados em todo o estado; o Festival de Música Cidade Canção, em Maringá, e o Festival Jacarezinhense da Canção, em Jacarezinho; o ciclo Autores e Ideias; o Bibliosesc, unidades móveis que percorrem as cidades onde não existe Sesc; 27 bibliotecas nas unidades do Sesc Paraná; as Mostras Itinerantes de Cinema e o CineSesc; o Festival Poético de Cornélio Procópio; o Circuito de Música de Câmara, o Sonora Brasil e o Palco Giratório, voltado ao teatro, entre as principais promoções. Também foram publicados os livros Sesc Paraná – Seis décadas de Trabalho e Dedicação, de Isabel Furini; História de Uso do Paço da Liberdade, com organização de Zulmara Clara Sauner Posse; Viagem às Grandes Descobertas do Nos-

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so Litoral, de Teresa Martins; e A Arte da Transformação, de Domingos Pellegrini, sobre o Cadeião de Londrina. O objetivo é cada vez mais realçar a cultura paranaense e a participação fundamental da atividade comercial no seu desenvolvimento. Nosso compromisso, por isso mesmo, não se encerra aqui. Ao contrário, ele é um compromisso permanente, do qual jamais nos afastaremos. Um exemplo, é o projetado Museu do Comércio, que planejamos para compor o novo edifício sede da Federação do Comércio PR. março 2015

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Momentos de crise exigem novas alternativas O país passa por momentos difíceis, todos sabemos. No setor produtivo, o comércio, que compõe a maior parte do PIB nacional, tem suportado a crise com sacrifícios de toda ordem, apostando em uma nova época que teima em não chegar. Nesse cenário, é preciso encontrar novos caminhos, oxigenar os negócios. A Fecomércio PR tem incentivado os empresários filiados a desenvolver novas estratégias para enfrentar os problemas do baixo crescimento do PIB, do significativo aumento do dólar e das tarifas públicas, assim como da perda de poder aquisitivo pela população. As missões comerciais promovidas pela Federação, por meio da Câmara de Relações Internacionais, são opções de efeito imediato. Este ano estão previstas missões para o Japão, China, Taiwan, Estados Unidos, Itália e Peru, além de uma missão receptiva com empresários do Paraguai, a acontecer em Curitiba. O relacionamento internacional é decisivo para a ampliação dos horizontes comerciais. Outra iniciativa que auxilia as empresas a se manterem no mercado competitivo do comércio é o Varejo Mais, programa que lançamos há dez anos em parceria com o Sebrae. Com o Varejo Mais, o empresário do setor encontra as formas mais eficientes para investir em processos de gestão, assim como no relacionamento com sua clientela. A extensão do sucesso do programa é de fácil constatação: desde 2005, ele qualificou mais de 10 mil empresas de todo o Paraná. Há poucos dias, lançamos a nova versão do Varejo Mais – Mais Vendas, Mais Competitividade. Mais uma vez, ficou SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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clara a necessidade de os empresários trabalharem com parâmetros de gestão bem equilibrados, com estratégias de curto, médio e longo prazo focadas no objetivo da empresa. O novo Varejo Mais vai totalizar 157 horas de capacitação, 41 horas de consultoria e 24 horas de diagnóstico para 20 empresas varejistas de Curitiba durante dois anos de realização. O programa também incorporou uma consultoria em coaching para potencializar a capacidade gerencial e empreendedora do proprietário da loja e a criação do Selo de Excelência em Qualidade para o Varejo, projeto-piloto que será implantado e irá avaliar, por meio dos diagnósticos e consultorias, quais as empresas atingiram o patamar mínimo de referência em boa gestão para a obtenção do selo. O empresário conta também com as vantagens oferecidas pela sua participação nas pesquisas elaboradas pela Fecomércio Paraná. As pesquisas fornecem informações estratégicas ao traçar um panorama real do varejo paranaense. Todos os meses, a Pesquisa Conjuntural do Comércio, com base nas informações fornecidas por empresas de 14 ramos comerciais, analisa quatro variáveis: vendas, formação de estoque, folha de pagamento e nível de emprego. Permite ao empresário tomar decisões gerenciais e posicionar seu empreendimento perante o mercado, fornecendo-lhe uma visão ampla do setor e do comércio de modo geral. A amostra é composta por aproximadamente 1.600 empresas de todo o estado, divididas igualmente entre as sete regiões pesquisadas. Ao participar da Pesquisa Conjuntural, a empresa recebe acesso exclusivo à ferramenta que fornece informações individualizadas de sua empresa frente ao mercado de sua cidade e do Paraná. A Fecomércio PR também realiza semestralmente a Pesquisa de Opinião dos Empresários, a Pesquisa de Intenção de Consumo, a Pesquisa de Endividamento e

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sondagens com consumidores e empresários nas principais datas do varejo. Fortalecer o comércio é a nossa meta e a nossa razão de ser. Com as ferramentas apresentadas, cumprimos de forma permanente essa missão. abril 2015

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Vai passar A inauguração do novo Senac de Paranaguá mostra a certeza do Sistema Fecomércio Sesc Senac e do segmento comercial do Paraná no crescimento econômico e profissional do nosso litoral. No momento em que se iniciam as reuniões que vão definir os novos limites da Poligonal do Porto de Paranaguá e Antonina, as entidades do setor produtivo paranaense defendem de maneira enfática a ampliação das suas linhas, permitindo novos investimentos que são estimados em R$ 8 bilhões, com mais de 20 mil empregos diretos e indiretos. É para formar esta nova mão de obra, com alta qualificação para o ambiente competitivo do comércio dos próximos anos, que investimos R$ 8,5 milhões para dotar Paranaguá de uma escola profissionalizante moderna e com tecnologia de ponta. É mais um passo no nosso programa de ampliação da rede Sesc Senac no estado. Já no mês de julho, inauguramos a nova sede de São Mateus do Sul, cidade que foi a capital hidroviária paranaense nos tempos da navegação no Rio Iguaçu. Tudo isso enquanto o país sofre com os problemas da conjuntura econômica, fazendo diminuir a confiança da classe empresarial. No entanto, sabemos que as dificuldades são passageiras, previstas para que já possamos voltar aos patamares de crescimento a partir do próximo ano. São razões mais que suficientes para que o nosso Sistema se mantenha acelerado. As programações abrangem todas as regiões paranaenses. Os projetos corporativos do Sesc, como o Sonora Brasil, Palco Giratório, Dia do Desafio, a Maratona Internacional de Foz do Iguaçu e as Festas Juninas, realizadas em parceria SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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com a RPC, demonstram a vitalidade do nosso braço social. Pelo lado do Senac, além das inaugurações, tivemos participação em feiras e o workshop de atendimento, uma caravana de correu o estado. O programa de Revitalização dos Espaços Comerciais ganhou mais uma cidade participante, exatamente Paranaguá, pelos motivos que já vimos acima. Tivemos ainda a participação no Seminário da OIT, em Genebra, e a missão comercial a Taiwan. Um bimestre cheio de atividades e conquistas. É isso que passamos às mãos de vocês. maio | junho 2015

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Capacitação é solução para o crescimento A Feira de Profissões, promoção do Senac realizada em todo o Paraná, mais que um evento, é um verdadeiro despertar de vocações. Este ano, mais de 13 mil pessoas visitaram a Feira. Ao todo, 28 unidades no estado ofereceram uma programação gratuita, com oficinas presenciais e a distância, palestras, aulas-show, exposições, atendimentos de beleza, serviços de saúde, visitas guiadas, entre outras atividades. Hoje, a formação profissional é o grande diferencial para se conquistar um espaço no concorrido mercado de trabalho. O exemplo de pessoas de sucesso que descobriram nos cursos do Senac Paraná sua oportunidade de fazer carreira é imenso. Seja para quem busca uma colocação no mercado de trabalho, um novo emprego ou mais conhecimento para desempenhar a função, a Feira de Profissões é uma chance para se conhecer, em um único dia, tudo que o Senac tem a oferecer. Ela também ajuda a movimentar as unidades, uma vez que proporciona à comunidade um maior conhecimento não só da infraestrutura do Senac, mas também dos cursos existentes no portfólio. No início de junho, mais duas unidades do Senac Paraná, ambas no litoral, vão realizar a Feira para promover as profissões ensinadas pela instituição e dar oportunidade, não só para quem quer se colocar no mercado, mas também para o trade turístico e o empresariado em geral, setor ao qual a nossa escola significa um permanente manancial de mão de obra, suprindo carências em todos os segmentos. Algo que chamou a atenção na Feira deste ano foi o aumento de interessados pelas oficinas a distância ofertadas para SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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todo o estado. O fato evidencia que o paranaense tem aderido à tendência do ensino em ambientes virtuais, motivado por benefícios como mobilidade, flexibilidade nos horários de estudo e superação de distâncias físicas. Alinhado a essa tendência, a que mais cresce no Brasil, o Senac Paraná oferta cursos na modalidade de Ensino a Distância (EAD), por meio da Rede Nacional Senac EAD. As opções vão desde cursos livres, de curta a média duração, passando pelos técnicos até chegar a cursos de pós-graduação. Este ano, o Senac está investindo principalmente na oferta de cursos técnicos a distância que, com duração média de dois anos, habilitam o aluno a exercer uma profissão. Nesse sentido, os cursos EAD beneficiam especialmente as pessoas que residem em municípios de pequeno porte, que não dispõem de instituições de ensino profissionalizante. Enfim, uma gama de possibilidades para quem quer aprender e conquistar sua profissão, e para quem contrata com o objetivo de qualificar seu staff, ferramenta fundamental para o crescimento. maio 2015

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Conjuntura econômica preocupa O desempenho do PIB brasileiro no 1.º trimestre de 2015 preocupa, seja por demonstrar uma conjuntura de limitações ocorridas no período, assim como por sinalizar um quadro de debilidades que deverão se estender para o restante do ano e, tudo indica, até meados de 2016. O PIB do trimestre caiu 1,6%, comparado ao mesmo período de 2014; o consumo das famílias teve redução de 0,9%; o consumo do governo apresentou contenção de 1,5%; o investimento (capital fixo público e privado) caiu 7,8%. O PIB do comércio no 1.º trimestre de 2015 apresentou queda de 6,0% em relação a igual período de 2014, enquanto que o acumulado nos últimos quatro trimestres (abril de 2014 a março de 2015) foi negativo em 3,8% comparado aos quatro trimestres anteriores. As exportações cresceram mais que as importações, contando com o incentivo da valorização cambial do dólar, mas seu valor não foi suficiente para gerar um saldo positivo na balança comercial. O PIB da Indústria teve contração de 3%, sendo mais significativo na indústria de transformação, que caiu 7,0%. Surgem algumas explicações. O consumo das famílias caiu motivado por preços que superaram em muito os do mesmo período de 2014, acrescido de desemprego crescente, queda na oferta de empregos, redução na massa de salários e o adiamento ou cancelamento de compras, diante da incerteza na manutenção do emprego. O cenário da inflação ascendente, que influenciou bastante a redução do poder de compra, teve como componentes alguns aumentos que constituem demandas compulsórias da população, como combustíveis, SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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gás de cozinha, e o conjunto das tarifas de transporte, energia elétrica, água e saneamento, e telecomunicações. Esses aumentos possuem uma característica restritiva, pois extraem do mercado uma parcela expressiva do seu poder de compra e potencial de consumo, devido ao comprometimento da renda do consumidor com outras despesas essenciais, insubstituíveis ou inadiáveis. Alguns efeitos adicionais subsequentes de decisões governamentais ainda não foram sentidos na sua totalidade, mas tendem a se transformar em fatores limitantes das vendas do comércio no decorrer de 2015. É o caso da adoção do ajuste fiscal pelo contingenciamento orçamentário, com corte na despesa de R$ 69,9 bilhões. Por outro lado, as providências do governo federal também passam pelo aumento na tributação no trimestre, como CIDE, IOF, CSLL, retirada dos incentivos fiscais, mais a recente criação de um adicional tributário sobre importados. Acrescente-se a essas limitações, que repercutem sobre o comércio e a indústria na forma de bloqueio de vendas, outros fatores decorrentes de alterações nas alíquotas tributárias de cunho estadual, como elevação nas alíquotas do ICMS e IPVA, que também produzem impactos sobre preços finais. Se, por um lado, a percepção de parte significativa dos assalariados é que a manutenção do seu emprego – e respectiva fonte de renda – poderá estar comprometida no decorrer do ano, por outro lado, a avaliação dos empresários do comércio, da indústria e de serviços é que as restrições econômicas sinalizam um futuro imediato, mais sombrio. Não é ainda um quadro recessivo, pois, tecnicamente, a recessão econômica se caracteriza pela queda no PIB por dois trimestres consecutivos em relação aos anteriores, mas é uma crise que tende a se expandir.

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Os efeitos positivos esperados exigirão o acompanhamento das políticas governamentais que podem requerer tempos distintos, em função da multiplicidade de objetivos. Mas não há como viabilizar as políticas sem uma grande dose de sacrifício da economia. Este é o preço que estamos pagando por erros de políticas públicas anteriores, principalmente nos últimos quatro anos. Será um momento importante para a criação e ampliação de novos padrões comportamentais no país, não só em termos econômicos, mas também éticos e morais, voltados a reduzirem os graus elevados de corrupção que comprometem a imagem do país. junho 2015

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Comércio pede tranquilidade e responsabilidade Notícias sobre as ações pontuaram o dia a dia do Sistema Fecomércio PR nos últimos dois meses. São muitos os destaques, a começar pela 10ª edição do Prêmio Guerreiro do Comércio, cada vez mais valorizado e disputado pelos empresários do comércio de todo o estado. Foi uma solenidade em que pudemos reafirmar a crença na força do comércio, apesar de tantas dificuldades, como a representada pela recessão que derrubou o PIB nacional em quase 2%, o excesso de impostos, os encargos, os juros e a inflação. Nada disso faz o comércio parar. Nossas três casas – Fecomércio, Sesc e Senac – continuam a empreender e a inovar, tarefas fundamentais para que superemos estes momentos difíceis. O Senac incorporando seu novo modelo pedagógico, realizando festivais gastronômicos e apoiando eventos como o Festival de Turismo do Litoral. O Sesc ampliando seus programas, como o Comércio em Movimento e o Aprender e Jogar, promovendo mais uma edição da Maratona Internacional de Foz do Iguaçu e intensificando seus projetos culturais. Da parte da Federação, uma série de iniciativas para motivar e aprimorar as atividades do comércio. De forma pioneira, lançamos o Fecomércio PR Card, uma ferramenta adequada aos novos tempos. No dia 28 de agosto, lançamos na Assembleia Legislativa, junto com a Frente Parlamentar de Apoio do Comércio, a Agenda Política e Legislativa do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. A Frente Parlamentar será dirigida pelo deputado Guto Silva, engajado nas causas da nossa atividade. SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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Merece destaque também a renovação do convênio com o Tribunal de Justiça do Paraná para a continuidade do projeto Justiça no Bairro Sesc Cidadão, sucesso em dez anos de atuação, com 131 eventos realizados e mais de um milhão de atendimentos. A importância do programa ficou patente no almoço em que recebemos, no Senac, presidentes de Tribunais de Justiça de todo o país. Os magistrados, que receberam na ocasião a nova edição da Revista Cidadania, editada pelo nosso Núcleo de Comunicação, mostraram-se favoráveis à expansão do projeto para o nível nacional. Da mesma forma, a parceria com o Sebrae segue dando bons frutos. Os programas Compra Paraná e Varejo Mais têm sido apresentados aos empresários do estado em todas as regiões, com adesão maciça. O panorama tende a se desanuviar a partir de meados do próximo ano. Até lá, precisaremos de tranquilidade para trabalhar. Que os governantes deixem de lado a ganância que leva à criação de novos impostos, insuportáveis para o nosso setor. Quem gera emprego e receitas para o governo não pode ser punido. O comércio exige responsabilidade dos governantes. julho | agosto 2015

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Os 68 anos do Senac no Paraná Ano passado, no dia em que o Senac Paraná completava 67 anos, tive a oportunidade de publicar o texto abaixo. “Fazia um frio de nove graus em Curitiba, quando às 20h da noite de 7 de julho de 1947 foi realizado o ato solene de criação do Senac Paraná, na sede da Associação Comercial do Paraná. A primeira Delegacia Estadual, como era chamada a atual Direção Regional, foi instalada em seguida no Edifício João Prosdócimo, na Praça Tiradentes. Os primeiros cursos foram criados já no dia 8 de julho, com turmas de Prático de Escritório, que formou oito alunos, e Prático de Comércio (Balconista), com 24 formandos. No mesmo ano, foram concedidas 90 bolsas aos melhores alunos das escolas técnicas do estado. Em janeiro de 1949, a Delegacia Estadual foi transformada em Departamento Regional do Senac. Onze anos mais tarde, em 28 de abril de 1960, o Senac instalou um dos seus cursos de maior repercussão, o de Cabeleireiro, fundamental para a profissionalização da atividade. Chegamos então a 2 de fevereiro de 1962, quando foi inaugurado o Restaurante-escola Senac, nas dependências do Club do Comércio, no sexto andar do prédio da ACP, na Rua XV de Novembro. O restaurante já existia desde meados da década anterior, como um ponto de encontro do empresariado paranaense. Enfim, em 24 de abril de 1968, entrou em atividade o Restaurante-escola de Curitiba, com o nome de Restaurante-escola Fritz Johnscher, homenagem ao pioneiro da hotelaria e da gastronomia no Paraná.” Ao longo de sua SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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história, o Senac já realizou mais de cinco milhões de atendimentos. Hoje são 35 unidades de Educação Profissional no estado e uma Unidade de Educação Profissional a Distância, além de dois Pontos de Atendimento. O Senac conta ainda com quatro unidades móveis. Outras sete unidades estão em construção no estado, sem contar as revitalizações e reformas em andamento. Em 2014, foram realizados quase 130 mil atendimentos, em cursos profissionalizantes e demais atividades pedagógicas. Desses, 23.206 matrículas foram no Programa Senac de Gratuidade (PSG), que recebeu um aporte de R$ 59 milhões, provindos da arrecadação feita pelos empresários do comércio de bens, serviços e turismo. O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico, parceria com o governo federal, fechou o ano com 23.848 matrículas. Curitiba e o Paraná mudaram muito desde aquela noite de 1947. E se depender do Senac vão continuar mudando. Seguimos investindo, como bem demonstram as inaugurações das novas unidades em Paranaguá e São Mateus do Sul. O desenvolvimento paranaense precisa capacitar sua nova mão de obra para obter a alta qualificação necessária ao ambiente competitivo do comércio dos próximos anos. O Senac se compromete a fazer sua parte, dotando o Paraná de escolas profissionalizantes modernas e com tecnologia de ponta, em todas as regiões do estado, para suprir o comércio da demanda em constante crescimento. julho 2015

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A agenda política e legislativa do comércio A soberania popular e a democracia são fundamentos expressos nas primeiras linhas de nossa Constituição Federal. O artigo 1º, parágrafo único, determina que todo poder emana do povo, que o exerce diretamente ou por meio de representantes eleitos. Na democracia representativa, os representantes são eleitos para, em nome do povo, pelo povo e para o povo, atuar. Porém, a delegação de tais poderes de comando não exime os cidadãos de acompanharem as decisões e ações tomadas por nossos governantes e parlamentares. Momentos críticos como o que estamos vivenciando reforçam a necessidade de intensificar a participação pública e o controle social para que os órgãos e entidades públicas ampliem sua capacidade de atender, com mais eficácia e transparência, as crescentes demandas da população. O país tem sofrido com os índices negativos do PIB, que refletem o difícil momento econômico, a se estender até o próximo ano. Ao mesmo tempo, a nação parece recuperar seu otimismo institucional, apoiando ações como a do juiz Sérgio Moro, aplaudido de pé por mais de um minuto quando da palestra que proferiu, no início deste mês, no Teatro do Sesc da Esquina. A ação meritória do magistrado também joga os holofotes na atuação dos parlamentares, mais que nunca exigidos a apresentar propostas e desenvolver ações legítimas que beneficiem os diferentes segmentos da sociedade, que de outra forma irão cobrá-los nas manifestações populares e nas urnas. SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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Por essa razão, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), na qualidade de representante do setor terciário, que engloba mais de 500 mil empresas e corresponde a 64% do PIB do Paraná, lançou no último dia 28 de agosto a Agenda Política e Legislativa do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. A publicação reúne os principais projetos de leis que estão em tramitação no legislativo paranaense que trarão impactos no varejo. Nosso propósito é incentivar a participação dos empresários nas discussões sobre temas que farão diferença no setor produtivo. A opinião popular tem a capacidade de induzir nossos representantes a elaborar projetos de leis em consonância com os interesses da sociedade e do setor produtivo, ou até mesmo repensar proposições em tramitação. A agenda reforça a soberania popular como mecanismo de harmonização entre o governo e os cidadãos para o cumprimento dos compromissos exigidos pela sociedade. Faz parte da história da humanidade a certeza de que as crises nos fazem refletir, corrigir o rumo e avançar. Não será desta vez que o país será derrotado. Pelo contrário, dela sairemos mais fortes. agosto 2015

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Fazendo nosso dever de casa As vendas do varejo apresentam queda gradativa ao longo do ano, reflexo perverso da crise econômica. O país deve fechar 2015 com crescimento negativo de 3%. A redução é mais intensa em ramos que comercializam bem de consumo durável, de maior valor unitário, entre as concessionárias de veículos, autopeças, móveis, decorações e utilidades domésticas e lojas de departamentos. O mesmo ocorre nos supermercados e hipermercados, onde as vendas estão concentradas em produtos não duráveis básicos, como alimentos e produtos de limpeza e higiene, em detrimento dos bens duráveis de maior valor. Essa contenção nas vendas deve repercutir de forma restritiva sobre a geração de empregos temporários. As perspectivas de contratação de trabalhadores temporários, que tradicionalmente se verificam no período de outubro a dezembro, apresentarão redução significativa em relação aos anos anteriores. É o que mostra a sondagem realizada pela Fecomércio PR, na qual 72,7% dos empresários paranaenses afirmaram que não pretendem contratar mão de obra adicional neste fim de ano. Em 2014, foram gerados 32 mil postos de trabalho temporários. Para o corrente ano, o que se vislumbra é bem menos: entre 7 mil e 10 mil vagas. De positivo, o fato de que a intenção de consumo das famílias aumentou no Paraná em 5,16% sobre o mês anterior (outubro x setembro), como mostrou pesquisa da CNC/ Fecomércio PR. Ainda representa quase 30% a menos do que foi aferido em outubro do ano passado, mas não deixa de ser um primeiro sinal a apontar para cima. SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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Também estamos fazendo nosso dever de casa. A Feira da Empregabilidade realizada pelo Senac Paraná no dia 21 de outubro levou centenas de pessoas às unidades da nossa Casa-Escola. As empresas afixaram em murais as vagas disponíveis, consultadas pelos interessados. As palestras geraram forte interesse dos participantes. Tudo respaldado por forte cobertura de mídia jornalística, a custo zero. Sem dúvida, vamos colaborar para melhorar, dentro dos nossos limites, os índices de contratação para este fim de ano. É preciso destacar a Maratona Internacional de Foz do Iguaçu Sesc Paraná, que recebeu recorde de atletas e que mais uma vez, teve o trajeto, a organização e o contato com a natureza como grandes diferenciais. setembro | outubro 2015

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Menos tributos, mais respeito Os últimos pacotes econômicos anunciados pelos governos federal e estadual demonstram a falta de critérios que fundamentam as medidas de ajuste fiscal no país. Mais uma vez, o setor produtivo foi encarregado de pagar uma conta que não é dele, com sérios reflexos na economia e nos empregos. Os rombos nos orçamentos não foram gerados por quem investe, garante empregos e movimenta a roda do desenvolvimento. Porém, como é mais fácil passar a responsabilidade para os outros, os governos esquecem de fazer a lição de casa, cortando seus próprios gastos, diminuindo os cargos de confiança e as estruturas inchadas que encarecem a vida do cidadão. O brasileiro precisa trabalhar, em média, cinco meses só para custear a fatia do governo, que abocanha 35,42% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo cálculo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Além disso, o Brasil é o país com a maior quantidade de taxas e impostos diferentes do mundo. Se a indesejável CPMF for ressuscitada, serão 93 tributos em vigor, entre impostos, taxas e contribuições. Mesmo com o acelerado ritmo de arrecadação tributária, na faixa dos 226 milhões por hora – conforme nos mostra o Impostômetro –, o governo não consegue fechar as contas e nem oferecer retorno de qualidade à população. De fato, há algo errado com essa engrenagem. É neste contexto que representantes de 18 entidades de classes do setor produtivo, entre elas a Federação do ComérSISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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cio de Bens, Serviços e Turismo, e dos trabalhadores lançaram o movimento “Menos tributos, mais respeito”. Nosso objetivo é que a bancada paranaense no Congresso vote contrária à recriação da CMPF e contra a desestruturação do Sistema S. Da mesma forma, esperamos que nossos deputados estaduais votem a favor dos interesses do setor produtivo e dos trabalhadores, recusando-se a chancelar o pacote de medidas propostas pelo Executivo paranaense. O primeiro passo já foi dado. No dia 17 de setembro, fomos recebidos pelo 1º secretário da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), Plauto Miró Guimarães Filho, e pelo deputado Felipe Francischini. Na oportunidade, entregamos o manifesto relatando nossa preocupação com as medidas fiscais anunciadas pelos governos Federal e Estadual. Além disso, também solicitamos uma audiência pública para análise do PL 662/2015. O pedido foi aceito, com a audiência realizada na manhã da quarta-feira, 23/9. Outras medidas foram eliminadas da proposta do governo estadual, como as mudanças nas alíquotas do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação – ITCMD, a faculdade do governo vender ações de companhias públicas e de economia mista sem aval da Assembleia Legislativa do Estado e a possibilidade do Executivo deixar de efetuar contrapartida para o pagamento dos aposentados e pensionistas do serviço público estadual. A nova CPMF, um imposto aplicado em cascata, irá encarecer a produção dos bens e impactar de forma negativa os índices do comércio. E por que desestruturar o Sistema S, um modelo de transferência de conhecimento, saúde, ações sociais, cultura e lazer que funciona a contento, garantindo mercado de trabalho para milhões de pessoas?

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Em suma, o movimento “Menos tributos, mais respeito” pede à administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios que cumpra os princípios básicos de sua função, descritos no art. 37 da Constituição Federal: são os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Será pedir muito? setembro 2015

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Fim de ano vermelho O vermelho, cor predominante nas decorações natalinas, também representará a situação do comércio neste fim de ano. A combinação de limitações vigentes na economia brasileira e paranaense e a crise política no decorrer de 2015 compõem uma perspectiva de estagnação nas vendas no fim do ano. Muitos produtos comercializados de forma mais intensa no Natal, como alimentos e bebidas importadas, não deverão reprisar a performance de anos anteriores, especialmente em função da elevação do dólar, que beira a casa dos R$ 4,00, depois de ter chegado a superá-la. As vendas do varejo no Brasil e no Paraná vêm apresentando queda gradativa ao longo do ano. A redução é mais intensa em ramos que comercializam produtos de maior valor unitário, dentre os quais estão as concessionárias de veículos, autopeças, móveis, decorações e utilidades domésticas e lojas de departamentos. Nos supermercados e hipermercados, verifica-se que as vendas estão concentradas em produtos não duráveis básicos, alimentos e produtos de limpeza e higiene, em detrimento dos bens duráveis de maior valor, que estão permanecendo mais tempo nas prateleiras. Essa contenção nas vendas deverá repercutir de forma restritiva sobre a geração de empregos temporários. As perspectivas de contratação de trabalhadores temporários, que tradicionalmente se verificam no período de outubro a dezembro, apresentarão redução significativa em relação aos anos anteriores. É o que mostra a sondagem realizada pela Fecomércio PR, na qual 72,7% dos empresários paranaenses afirmaram SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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que não pretendem contratar mão de obra adicional neste fim de ano. Em 2014, foram gerados 32 mil postos de trabalho temporários. Para o corrente ano, o que se vislumbra é bem menos: entre 7 mil e 10 mil vagas. As pesquisas não têm trazido sinais de recuperação econômica, principalmente nas capitais. Das 30cidades que mais oferecem empregos no país, 29 encontram-se no interior; apenas Goiânia foge à regra. Do Paraná, só Medianeira (27º lugar) e Araucária (30º) fazem parte da lista – os dados são do UOL. De positivo, o fato de que a intenção de consumo das famílias aumentou no Paraná em 5,16% sobre o mês anterior (outubro x setembro), como mostrou pesquisa da CNC/ Fecomércio PR. Ainda representa quase 30% a menos do que foi aferido em outubro do ano passado, mas não deixa de ser um primeiro sinal a apontar para cima. Também estamos fazendo nosso dever de casa. A Feira da Empregabilidade realizada pelo Senac Paraná no dia 21 de outubro levou centenas de pessoas às unidades da nossa Casa-Escola. As empresas afixaram em murais as vagas disponíveis, consultadas pelos interessados. As palestras geraram forte interesse dos participantes. Tudo respaldado por forte cobertura de mídia jornalística, a custo zero. Sem dúvida, vamos colaborar para melhorar, dentro dos nossos limites, os índices de contratação para este fim de ano. De maneira geral, a tendência é as empresas otimizarem suas atuais equipes de vendas, por meio de horas extras e treinamentos para melhorar qualidade no atendimento. Afinal, com clientes menos propensos a gastar e com poder aquisitivo reduzido, cada venda será extremamente disputada. O que se vislumbra é um fim de ano menos farto do que em Natais passados. Mas ainda assim haverá um movimento

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maior, que permitirá oxigenar os setores do varejo e de serviços. Cabe a cada empresário colocar a criatividade em prática para encontrar alternativas capazes de superar as dificuldades que atrapalham o crescimento do país. outubro 2015

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O ano que não queria terminar Enfim, a marcha permanente do deus Chronos fez com que 2015 fosse embora sem deixar saudades, embora tenha resistido o quanto pôde, sempre trazendo inquietações. Quando esperávamos as notícias do rebaixamento do Brasil pela Fitch Ratings – segunda agência internacional de análise de risco financeiro a tirar o grau de investimento do país –, dias antes do Natal o ministro da Fazenda Joaquim Levy deixou o posto, substituído por Nelson Barbosa. Não sabemos como a economia reagirá, mas a insegurança permanece. De nossa parte, precisaremos seguir atuando em todas as frentes. O comércio é sensível às diretrizes econômicas, mas também é dinâmico, capaz de reagir mesmo em situações adversas. O ambiente ideal será aquele em que o governo não invente mais tributos nem aumente alíquotas. Que siga realizando ajustes, ao mesmo tempo em que direcione a economia ao crescimento. Que reduza a máquina burocrática, que feche os ralos por onde escorre o dinheiro público e que, enfim, deixe a iniciativa privada fazer o seu papel no contexto econômico: trabalhar, gerar empregos e renda. No estrito ambiente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná, 2015 deixou suas marcas na forma da adequação interna à nova realidade brasileira. Por outro lado, mantivemos os investimentos previstos. Com o ano novo, chega a expectativa das inaugurações das unidades integradas Sesc Senac de Londrina Norte e São José dos Pinhais e da nova unidade do Senac Portão, em Curitiba, SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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futura sede da Faculdade Senac. Todos os programas oferecidos pelas nossas três casas têm números excepcionais para mostrar. O Relatório de Gestão de 2015, a circular ainda no primeiro trimestre, demonstrará as conquistas havidas. Os resultados prévios deixam claro que a população paranaense está cada dia mais próxima do Sesc, do Senac e dos programas desenvolvidos pela Federação. Enfim, apesar de tudo, 2015 deixou um saldo positivo em termos institucionais, ainda que tenha sido perverso com o comércio em geral. Só nos resta agradecer a implacabilidade do tempo. O ano esgotou seus 365 dias regulamentares e se foi. Antes tarde que nunca. Que 2016 nos seja mais palatável. O país necessita de uma injeção de otimismo, baseada no planejamento e na competência. Vamos manter a esperança, porque perseverar é preciso. novembro | dezembro 2015

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O Tratado Transpacífico e o Brasil O anúncio da criação do Tratado Transpacífico, unindo Estados Unidos, Japão e outros dez países, poderia ter caído como bomba nos órgãos governamentais brasileiros. Não foi o que aconteceu. Houve meras justificativas, algumas explicações sobre a possibilidade do Brasil entrar mais tarde no grupo e nada mais. Pífias tentativas de cobrir o sol com a peneira furada do “dinamismo das nossas relações comerciais internacionais”. A verdade é que para um país do tamanho do nosso, com a expressão econômica que possui, não importaria tanto ser incluído no bloco comercial se o Mercosul funcionasse sem as amarras que hoje praticamente paralisam suas atividades. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) vem defendendo, há tempos, a necessidade dos países-membros do bloco sul americano terem a liberdade de realizar negociações bilaterais, em consonância com a reconfiguração dos blocos mundiais e a multiplicação dos acordos comerciais. O Mercosul vive hoje uma de suas piores fases. Com a experiência de quem representa a CNC no Fórum Econômico e Social do Mercosul, vemos que as relações comerciais estão em queda e a tendência é que continue assim. O futuro do grupo dependerá de mudança substancial em suas estruturas. A continuar a atual morosidade ele ficará cada vez mais distante da verdadeira integração no Conesul e em toda a América do Sul. O Fórum Econômico e Social, no qual as entidades empresariais se reúnem para apresentar propostas de recomenSISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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dações, tem discutido o assunto. Os empresários defendem a atualização das normas para permitir o dinamismo exigido pela velocidade dos negócios internacionais. A perdurar a teimosia de se manter as decisões em bloco, como previsto no artigo 37 do Protocolo de Ouro Preto, todos os países perderão, por estarem impedidos de fazer novos acordos bilaterais, desperdiçando a oportunidade de ampliar negócios com novos mercados. Ou seja, corremos o risco de ficar presos a uma exigência ultrapassada. Por exemplo, a imprensa informou que a próxima cúpula do Mercosul, programada para 21 de dezembro, em Assunção, analisará as negociações para um acordo de livre-comércio com a União Europeia. Por incrível que pareça, a UE e o Mercosul vêm negociando há quase duas décadas esse acordo de livre-comércio. Em junho, as duas partes concordaram em realizar uma troca de ofertas tarifárias no último trimestre deste ano, como passo prévio à retomada das negociações de um tratado de livre-comércio entre os blocos. A UE espera que em 10 anos cerca de 90% de suas exportações para o Mercosul ingressem livres de tarifas. Já o Mercosul se concentra sobretudo na liberalização do comércio de produtos agropecuários e lácteos. Se por um lado a notícia é boa, por outro vemos nesse exemplo concreto as dificuldades da negociação em bloco. O Brasil precisa tomar uma atitude corajosa, assumindo a liderança que todos os demais players latino-americanos esperam dele. Não sairemos da difícil situação econômica em que nos encontramos se não agirmos com ousadia, abrindo as portas do mundo aos nossos produtos e vice-versa. Resta saber se isso não seria demais para a política externa do governo federal, mais interessada em agradar parceiros

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ideológicos do que praticar a livre iniciativa comercial, afinal, a única alternativa para um país que sonha voltar a figurar entre as sete maiores economias do planeta. novembro 2015

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Uma greve em que todos perdem É assustador, mas a cada dois meses, em média, Curitiba sofre com uma greve de motoristas e cobradores de ônibus que não tem vencedores, só vencidos. Perdem os usuários, que não têm meios de se deslocar. Perdem os patrões, desfalcados de funcionários. Perdem os empresários do comércio, que veem cair o faturamento por falta de clientes. Perdem as empresas concessionárias, para quem ônibus parado significa milhões de prejuízo. Perdem os governos, municipal e estadual, pelo desgaste político que as greves acarretam. Estes perdem também na arrecadação de impostos e na perda da prestação de serviços. E perde o país, porque mais automóveis nas ruas significa maior estresse, mais poluição e menos saúde para os cidadãos. Com tudo isso, a população perde a paciência – e não sem razão. Consultas médicas já agendadas são perdidas por falta de transporte. O caos no trânsito aumenta, as faltas no emprego nem sempre não abonadas e a insatisfação cresce em um momento político-econômico em que as pessoas já enfrentam outras situações de insegurança. Há, no mínimo, falta de sensibilidade dos envolvidos. O poder público retarda o repasse para as empresas. As concessionárias atrasam os pagamentos salariais e dão margem à greve. Motoristas e cobradores esticam a corda, tratando de resolver uma situação sempre precária. E nada se resolve. A ameaça de greve paira sobre a cidade de forma permanente, como espada na nuca. Procrastinar a solução não interessa a ninguém, porque o transporte urbano em Curitiba SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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encontra-se em visível decadência. De sistema modelo, já não ostenta a liderança nem mesmo no país, ultrapassado por cidades que não pararam de investir e hoje colhem os louros. Do jeito que vamos, ainda chegaremos a 1960, quando caminhões do Exército foram obrigados a circular pelas ruas, com soldados puxando e descendo passageiros nas linhas desertas de ônibus. Greve ou locaute, para o cidadão o resultado é o mesmo: insatisfação, decepção, insegurança e desconforto. O objetivo é que exista bom senso de todos os lados envolvidos. Os comerciantes, prestadores de serviços e turismo estão preocupados com as contas a pagar, como salários, luz, água, aluguel, impostos e fornecedores. Cada dia de greve corresponde a R$ 700 milhões que se deixa de vender na capital e Região Metropolitana. E o governo, quanto perde em ICMS e ISS que deixam de ser arrecadados? O comércio de Curitiba quer tão somente trabalhar. Com isso, mantém as empresas funcionando, garante empregos e contribui para o desenvolvimento. São mais de 100 mil empresas, com um número superior a 350 mil trabalhadores, todos sofrendo a angústia de uma situação que se arrasta. Uma lástima. dezembro 2015

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A mobilização de que o Sistema S é capaz O Sistema S é o tema da nossa matéria de capa. Em um momento em que o país necessita de forma urgente do esforço de todos para que mantenhamos a atividade econômica em um patamar razoável, as entidades que compõem o sistema dão exemplos seguidos da eficácia de sua atuação. Seja no comércio ou na agricultura, na indústria e nos transportes, no cooperativismo ou no apoio às micro e pequenas empresas, elas são um modelo de mobilização da sociedade, trabalhando permanentemente em benefício da educação profissional e da justiça social. Para que todos possam conhecê-las é que dedicamos nossas páginas a divulgar suas ações. A estrutura multifuncional e as atividades do nosso Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná, por exemplo, têm sido objeto constante de observação por parte de nossas congêneres espalhadas pelo Brasil. Na semana anterior ao carnaval, tivemos a oportunidade de mostrar um pouco da nossa entidade e de uma das regiões mais prósperas do estado – o Oeste – às delegações da Bahia e de Santa Catarina, em visita especialmente programada. De Foz do Iguaçu, passando por Medianeira, Cascavel, Toledo e Marechal Cândido Rondon, os dez diretores das federações e conselheiros regionais e nacionais de Sesc e Senac conheceram as unidades localizadas em cada uma dessas cidades, além de sindicatos filiados à Fecomércio PR. Também puderam apreciar, ainda que rapidamente, o Show Rural, em Cascavel. SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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Tanto o presidente da Fecomércio Bahia, Carlos de Souza Andrade, como o diretor-executivo da Fecomércio de Santa Catarina, José Agenor de Aragão Junior, que lideraram as respectivas delegações, elogiaram a estrutura e a atuação da Fecomércio Paraná e de suas duas casas, Sesc e Senac. São bons exemplos paranaenses que não nos cansamos de mostrar ao Brasil. Embora estejamos ainda no início do ano, a agenda das nossas três casas está cheia de atividades, com mostras, cursos, eventos e promoções. janeiro | fevereiro 2016

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Os 100 anos do Paço da Liberdade Neste dia 24 de fevereiro, comemoramos os 100 anos de inauguração do antigo Paço Municipal, que retomou o nome de Paço da Liberdade após ser restaurado e transformado em unidade cultural do Sesc Paraná. Em 2006, em visita ao então prefeito Beto Richa, expus a ele a dificuldade em que se encontravam os comerciantes da região da Rua Riachuelo, com o prédio da antiga prefeitura abandonado e servindo do mocó para viciados e marginais, afugentando o público que antes tinha naquele entorno uma boa opção para suas compras. Foi então que o prefeito aceitou ceder o edifício para que o Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná o restaurasse a fim de ser devolvido ao uso da população, administrado pelo Sesc e contando com um café-escola do Senac. Como escrevi na apresentação do livro História e Uso do Paço da Liberdade, a definição do espaço para abrigar as atividades de Centro Cultural do Sesc significava um compromisso com a propagação da cultura, tendo o Paço como polo irradiador. Já tínhamos a experiência da utilização do antigo Cassino de Foz do Iguaçu, transformado em unidade do Senac em 2008, a partir de convênio com o governo do estado. Depois da inauguração do Paço restaurado, seguimos caminho semelhante, recebendo o antigo Cadeião de Londrina, também transformado em unidade cultural do Sesc, em funcionamento desde dezembro de 2014. O próximo passo será a recuperação da Estação Saudade, em Ponta Grossa. Marco histórico da cidade, a velha estação SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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ferroviária será restaurada pelo Sesc para abrigar igualmente uma unidade cultural. Da parte do Senac, está em plena execução a reforma do Belvedere, construção que faz parte da memória de Curitiba, para sediar um Café-Escola do Senac, com inauguração prevista ainda para este primeiro semestre. No Paço da Liberdade, foram dois anos de criteriosa restauração. Todos os detalhes externos e internos passaram por amplos estudos, respeitando a história do edifício e sua grandiosidade. Sete anos mais tarde, podemos afirmar que a intervenção foi um sucesso. O Paço tornou-se um espaço de conhecimento e entretenimento, além de um monumento turístico responsável por atrair visitantes de todos os cantos do planeta. A área da Praça Generoso Marques, Rua Riachuelo e Rua São Francisco também foi repaginada, voltando a atrair os passantes que têm naquela região seu caminho e sua referência. Por tantos motivos, a comemoração dos 100 anos da inauguração do Paço merece ser saudada como uma parceria bem-sucedida, tanto que o projeto de recuperação de espaços públicos, iniciado por nós na época, vem sendo replicado em cidades de todo o país. Aqui mesmo, no Paraná, em parceria com o Sebrae e com as respectivas prefeituras, estamos trabalhando projetos semelhantes em Castro, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Londrina, Marechal Cândido Rondon, Maringá, Matinhos, Paranaguá e Ponta Grossa. Tudo vale a pena se a alma não é pequena, já cantava o poeta Fernando Pessoa. E a alma dos empreendedores do comércio tem se mostrado tão grande quanto o tamanho do nosso sonho de preservar a história do Paraná. janeiro 2016

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A restauração do Paço da Liberdade Desde o momento em que assumi a presidência do Sistema Fecomércio no Paraná, responsável pela gestão do Sesc e do Senac, braços social e educacional do sistema, tive em mente oferecer a contribuição, em nome dos empresários paranaenses do comércio, para a preservação da nossa história. A oportunidade surgiu três anos depois, em 2007. Durante anos, transitar pela Praça Generoso Marques e seu entorno era conviver com o abandono. Um dos sítios históricos mais importantes de Curitiba estava em franca decadência, tendo como ponto central da degradação o antigo Paço Municipal. O imóvel ficou desocupado muito tempo, destino inglório para o único edifício da cidade tombado pelas três instâncias: municipal, estadual e federal. Construído no início do século XX, pelo prefeito Cândido de Abreu, para ser a sede do poder público municipal, o local abrigou o gabinete de 42 prefeitos, para depois sediar o Museu Paranaense. Foi quando firmamos convênio com a Prefeitura, então comandada por Beto Richa, para a cessão do imóvel por 25 anos, com cláusula prevendo renovação por igual período, para que fosse transformado em unidade cultural do Sesc. O acordo representava também um grande desafio, porque era preciso tanto restaurar o prédio como o seu entorno, incluindo a praça e as ruas próximas, como a Riachuelo e a São Francisco. A solução foi unir forças também com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PR) e o Banco do Brasil, além da própria PMC. Juntas, as entidades construíram um plano de ações e estratégias desenvolvidas SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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e executadas nos anos seguintes, para a revitalização de toda a área do entorno do Paço da Liberdade. A proposta da prefeitura foi realizar investimentos nas ruas São Francisco e Riachuelo, com a readequação das calçadas, melhorias na iluminação pública, implantação do novo itinerário da Linha de Turismo, instalação de câmeras de segurança e floreiras nas esquinas. O executivo municipal também encaminhou à Câmara de Vereadores um projeto prevendo isenção fiscal para o proprietário que realizasse reformas em seus imóveis e, também, penalidades para os que estivessem em estado de abandono. Outra proposta da prefeitura foi a criação de um eixo gastronômico na Rua Riachuelo, reformada e entregue à população no fim de 2012, já adequada à nova destinação. Para capacitar os profissionais e empresários da região, o Senac ofereceu cursos nas áreas de turismo e hospitalidade, gestão e comércio, saúde, meio ambiente, idiomas, design e imagem pessoal. O Sebrae ofereceu cursos, palestras, oficinas, feiras, lazer e ações para a atualização dos empresários e comerciários. Em conjunto com a Fecomércio, foram formadas novas turmas dos programas Varejo Mais e Varejo Mais em Ação, com atendimento específico aos empresários da região. Para a liberação de recursos para novos investimentos, o Banco do Brasil disponibilizou R$15 milhões a empresários que quisessem investir no entorno do Paço. Durante dois anos, o local foi restaurado pelo Sesc, como trabalho de 50 artesãos e mais de 150 trabalhadores em toda a obra. O responsável pelo projeto arquitetônico de reciclagem e de arquitetura foi o Arquiteto Abrão Assad, que trouxe não só a expertise necessária como também se sentiu desafiado. As razões eram evidentes, porque o período da construção

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do prédio reflete uma fase pujante da economia, da cultura e dos anseios da época no Paraná, com detalhes na construção revelando alto padrão de qualidade, graças ao talento dos artesãos europeus que aqui viviam. Para conciliar os valores originários do edifício com acessibilidade, conforto e funcionalidade, foi convocada uma equipe de arquitetos, sociólogos, antropólogos, educadores, artistas plásticos, comunicadores e designers. Durante o processo, foram encontrados, abaixo do solo, resquícios do antigo Mercado, construção sobre a qual foi erguido o então Paço Municipal. A solução adotada para permitir que as novas gerações conheçam essas relíquias, foi adotar o vidro com piso na sala da biblioteca. Chegamos, enfim, à inauguração do espaço, rebatizado como Paço da Liberdade. Na noite do domingo, dia 29 de março de 2009, aniversário da cidade, 300 convidados testemunharam o momento em que Curitiba recebeu do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná o prédio inteiramente restaurado para ser um espaço de convivência, conhecimento e expressão cultural.

As novas destinações do Paço Foram criados nove núcleos, que realizam atividades de música, literatura, artes visuais, reflexão, eletrônica, cinema, informação digital, sociedade e comércio e educação. Interação é o conceito do andar térreo, para privilegiar o público que convive com a Praça Generoso Marques, contendo salas de acesso livre à internet, livraria, biblioteca e o Café do Paço, café-escola do Senac que se tornou ponto de encontro de curitibanos e turistas, relembrando os antigos cafés que reuniam boa parte da população da cidade no século passado.

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O segundo pavimento é pautado pela construção de linguagens, por meio do áudio, vídeo e dos cursos de formação. Neste andar, estão o cinema e a produção da arte eletrônica, com programações semanais. Já o conceito do terceiro andar é a reflexão. A atração é a Sala de Atos, onde acontecem conferências, concertos e apresentações de música popular. É o local que abrigou, inclusive, as posses na Academia Paranaense de Letras dos acadêmicos Roberto Muggiati, em junho de 2011, e Paulo Venturelli, em fevereiro de 2013. O piso conta com estúdio para gravação de bandas independentes do Paraná, que recebem orientações para a realização de trabalhos e gravações profissionais. A Sala Cândido de Abreu completa o andar. No último pavimento, uma ampla sala de exposições e um ateliê pedagógico. A unidade alinha-se à missão de Sesc PR na promoção da qualidade de vida, aproximando a comunidade das diferentes produções culturais e da vivência de novas linguagens artísticas. As três primeiras exposições exibidas no Paço foram “Memórias Visíveis – Recuperação e Restauro do Paço da Liberdade”, uma mostra que revelou, através da fotografia, o minucioso trabalho de recuperação e restauro do prédio ; “Guerreiros Elementais”, exposição de esculturas do artista plástico Luiz Gagliastri; e as pinturas do curitibano Fernando Velloso. Cinco anos após a reabertura do Paço, ele se transformou na maior atração turística do centro histórico de Curitiba, visitado pela população curitibana e por pessoas de todo o mundo. Pouco antes da Copa do Mundo, o jornal Metro, de Dublin, capital da Irlanda, publicou uma reportagem destacando os melhores locais do Brasil para o visitante estrangeiro. A foto escolhida para ilustrar a matéria foi a do Paço da Liberdade.

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Os próximos passos na valorização da história paranaense já são visíveis. Os livros que o Senac e o escrevem editando inserem-se no contexto, como Polenta e Cia, de Elsa Maria Vieira de Souza e Célia Maria de Moraes Dias; Famílias do Velho Mundo no Comércio do Paraná, de Niroá Zuleika Rotta Ribeiro Glaser; Pinhão Indígena – A Culinária do Paraná, de Helena Menezes; e a obra ainda não lançada que retrata as 22 primeiras semanas gastronômicas realizadas pelo Senac, produzido pela própria equipe da instituição. No Sesc, foram editados os livros Viagem às Grandes Descobertas do Nosso Litoral; e Sesc Paraná – Seis Décadas e Dedicação, de Isabel Furini. Na área de restauração e reciclagem, estamos no fim das obras que vão devolver o antigo Cadeião da Rua Sergipe, em Londrina, para a população, também como unidade cultural do Sesc. E no novo edifício da Fecomércio, obra que ainda encontra-se em fase de projetos, a ser erguida na Alameda Augusto Stellfeld, há a previsão da criação do Museu do Comércio, com acervo das antigas empresas que ajudaram a desenvolver o nosso estado. Mais que missão e obrigação, são atividades como essas que justificam a nossa existência e os cargos exercidos. fevereiro 2016

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A força da culinária paranaense A história não nos conta quais foram os cardápios servidos à família real durante os 20 dias em que Dom Pedro II e sua comitiva passaram no Paraná, entre 17 de maio e 7 de junho de 1880. Sabemos apenas que em São Luiz do Purunã o Imperador foi recepcionado com uma costela de chão, churrasco da tradição gaúcha incorporada pelos paranaenses. É razoável supor que a comitiva real tenha provado em Paranaguá, primeira etapa da viagem, os peixes e camarões que já faziam parte da farta culinária local. Antonina, segunda parada do bergantim imperial, pode ter oferecido um Barreado aos integrantes da comitiva, mas nada indica que o prato tenha feito parte do cardápio da família Orleans e Bragança. Foi ao longo do século XX que o Barreado entrou no gosto dos paranaenses de serra acima e dos visitantes que seguiam de trem serra abaixo. Ele é cozido em panelas de barro há aproximadamente 200 anos em Antonina, Paranaguá, Morretes, Guaraqueçaba e Guaratuba. Da expressão “barrear” a panela, lacrá-la com pirão de cinza e farinha de mandioca, vem o nome barreado, contribuição dos açorianos. O barreado tem como ingredientes a carne, toucinho e temperos. Antes, seu cozimento era feito pelos antigos habitantes do litoral em valas sobre um braseiro, levando em torno de 24 horas para que ficasse no ponto. Em Curitiba, Dom Pedro provou e apreciou o pinhão e a erva-mate, dois elementos típicos da dieta paranaense. O pinhão é a semente da araucária, árvore símbolo do Paraná. Pode ser saboreado de várias maneiras, com açúcar, melado, mel, sal ou SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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cozido em água. Em 2009, o Senac Paraná lançou o livro Pinhão Indígena – A Culinária do Paraná, de autoria da chef Helena Menezes, com uma extensa pesquisa sobre a iguaria. O roteiro levou o Imperador e sua entourage a Palmeira- passando por São Luiz do Purunã – Ponta Grossa, Castro, Lapa e Araucária, antes de se despedir do estado em Paranaguá. Dom Pedro II disse que o Paraná era um estado belo e de muito futuro, previsão que se mostrou acertada. Ele nada escreveu sobre os quitutes que conheceu na região da Lapa, embora as impressões passadas oralmente por gerações de lapeanos nos contem que os quitutes que compõem o legítimo café da tarde da região fizeram sucesso entre os visitantes, como bolo pipoca, bolo de fubá, coxinha de farofa, requeijão cremoso, bolinho da graxa, sequilhos e outras iguarias. Aquele Paraná de apenas 150 mil habitantes tornou-se um estado de quase 11 milhões de pessoas, distribuídas por 399 cidades. Famílias que vieram de todo o Brasil, principalmente gaúchos, catarinenses, paulistas, mineiros e nordestinos, trouxeram seus hábitos alimentares, assim como os alemães, italianos, poloneses, ucranianos e outros povos nos legaram suas tradições culinárias. O resultado é um composto cultural de alta criatividade e ampla diversidade de ingredientes, estilos e métodos de cozinhar, assar e servir. O Imperador não se referiu ao futuro culinário do estado, mas acertou também nesse quesito. O Tropeirismo, do qual o Paraná foi passagem obrigatória entre Viamão, no Rio Grande do Sul, e Sorocaba, em São Paulo, mudou a cultura e os costumes do estado. Por mais de dois séculos, os tropeiros transportaram tropas de mulas e levaram notícias, consolidaram caminhos e fundaram núcleos populacionais ao longo do percurso.

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Cidades nascidas de antigos pousos, como Lapa, Castro e Tibagi, cultivam ainda hoje saborosos pratos como a quirera lapeana, o virado de feijão, o arroz carreteiro, o Castropeiro e a paçoca de pinhão com charque. Dos movimentos migratórios e imigratórios, os paranaenses incorporavam novos alimentos. Mais recentemente, várias cidades instituíram pratos típicos, cultivando as tradições dos antepassados e os aspectos socioeconômicos regionais em festas temáticas municipais, algumas já capazes de levar milhares de turistas a cada edição. No entanto, seu consumo em restaurantes ainda não está disseminado, com algumas saborosas exceções. Entre outras, temos festas com pratos à base de peixes de rio, como dourado assado, pirá, pintado, lambari, tilápia e piapara, realizadas principalmente na costa Oeste, e de peixes e frutos do mar, em Paranaguá e Pontal do Paraná. Inúmeras cidades promovem eventos dedicados à costela e outras carnes bovinas. O leitão e o frango são atrações em festas de nomes curiosos, como a da Leitoa Entrincheirada, em Juranda, a da Leitoa Fuçada, em Janiópolis e a Galinhada Orgânica, em Missal. O carneiro comanda o cardápio de outras dezenas de festas. Até o pierog, delícia de origem polonesa, encontrável nas feiras livres de algumas cidades, é dono de uma festa em Araucária. As mais conhecidas são as festas do Porco no Rolete, em Toledo, e do Carneiro no Buraco, promovida em Campo Mourão. Merecem destaque também as comemorações dedicadas ao charque, prato da cozinha fluvial na época em que os navios viajavam pelo Rio Iguaçu. O charque com arroz e feijão era a peça de resistência para viajantes e tripulantes. O interessante é que as mantas de charque iam a reboque, dentro d’água, de modo a dessalgá-las. Seu preparo era fei-

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to em fogões a vapor. Atualmente, em São Mateus do Sul celebra-se a Festa do Charque a Vapor, um prato que traz com ele o nostálgico sabor dos velhos navios.

Livro Polenta e Cia. Histórias e Receitas Em 2011, o Senac Paraná desenvolveu o projeto editorial desta obra de Elsa Maria Vieira de Souza e Célia Maria de Moraes Dias, com ilustrações de Paulo Skroch. O livro apresenta a Polenta como a representação da hospitalidade e da fartura para os imigrantes do norte da Itália que fincaram suas raízes em Santa Felicidade, Curitiba. O bairro ganhou notoriedade pela excelência gastronômica de seus restaurantes, que servem a especialidade em diferentes versões. março | abril 2016

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Se não fosse a agropecuária... Os resultados desastrosos do PIB de 2015 retratam a difícil situação por que passa a economia brasileira. Uma análise detalhada dos números mostra a recessão presente em todos os setores, exceção da agropecuária, que cresceu 1,8%. Sem trocadilho, foi a salvação da lavoura. A indústria ficou com 6,2% negativos, bem mais que os serviços, que descreveram 2,7%. Ao comércio, que é o desaguadouro de todas as demais atividades, coube a maior queda: -8,9% sobre os índices do ano anterior. São inúmeras as razões para a derrota do PIB. É uma bola de neve ao contrário, que começa grande e vai perdendo massa ao longo de sua trajetória. Se o governo sobe os juros e diminui a concessão de crédito, a economia começa a se retrair. Há uma queda inevitável da produção industrial, refletida de imediato no comércio. Começa a haver redução de empregos, o consumo das famílias diminui. Por esses motivos a receita do governo fica abaixo do planejado, o que gera necessidade de aumento de tributos, que por sua vez imprime mais força ao processo recessivo. Assim a roda volta a girar cada vez mais fina. O pior é que a queda no PIB – 3,8% em 2015 – desenvolve uma tendência para o ano seguinte. A não ser que haja, ainda no primeiro semestre, uma reviravolta na condução da política econômica, o cenário no país é de aprofundamento da crise. O consumidor reduziu sua previsão de compras, ao mesmo tempo em que trocou produtos de maior qualidade e perdeu condições de poupar. O setor de automóveis 0 km, por exemplo, sofre com 40% de redução de vendas. Isso impacta em dois lados. No lado SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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da produção, diminui a compra de insumos por conta das montadoras – aço, ferro, autopeças. Na ponta comercial, gera a insolvência que obriga concessionárias a fechar as portas. Nos últimos 12 meses, para cada revenda autorizada que abriu, cinco fecharam. Considerando a presente afasia do governo, incapaz de propor medidas que fortaleçam a economia, resta torcer pelo imponderável. Se ficarmos só com os elementos racionais, vamos continuar cavando o próprio buraco, até a imensa bola de neve virar um pequeno floco em processo de derretimento. março 2016

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Buraco negro no planeta varejo Enquanto os empresários do comércio calculam suas perdas no dia a dia, os analistas já preveem um cenário pouco animador para os próximos anos. As concessionárias de automóveis trabalham este ano para chegar aos números que tiveram em 2006. Ou seja, perdemos dez anos. Cerca de 180 mil empregos já desapareceram no ar, extintos pela mais rápida e devastadora crise que a nossa economia já viveu. Vale a pena rememorar os fatos. Em 2014, a presidente da República foi reeleita com um programa eleitoral fundamentado na ampliação dos programas e benefícios sociais, em um cenário econômico que parecia normalizado. Nada mais falso. A posse da presidente para o novo mandato trouxe junto a conta a pagar. Só então os brasileiros se deram conta do conto do vigário em que tinham caído. Já vivemos e superamos outras crises, nenhuma tão inesperada. A partir da implantação do Plano Real, há pouco mais de 20 anos, houve um desaparecimento gradativo de empresas e empregos, resultado do novo momento econômico vivido pelo país. Sumiram marcas tradicionais, como Mesbla, Mappin, Arapuã, Hermes Macedo, Prosdócimo e Disapel, entre outras. Esfumaçaram-se companhias aéreas como Vasp, Varig e Transbrasil, bancos como Econômico, Bamerindus, Nacional, Banespa, Banestado e Banerj. Naquela época, segundo dados do Valor Econômico, as seis maiores falências ou concordatas eliminaram 15 mil empregos. Ano passado tivemos 100 mil lojas fechadas, o que demonstra de forma inequívoca o maior efeito da atual recessão. SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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Também houve desaceleração a partir de 2001, com taxas negativas, um dos fatores que levaram à eleição de Lula para seu primeiro mandato. Porém, já no ano seguinte à posse, a nova classe média, oriunda dos programas sociais do governo petista, encarregou-se de acelerar o varejo e impulsionar o crescimento econômico. Além da perda de patrimônio por parte dos empreendedores e dos empregos pelos comerciários, outro efeito perverso tem sido a preferência pelo comércio informal. Com menos dinheiro circulando, a opção passa a ser por quem oferece preço menor, resultado do não pagamento de impostos e do emprego de mão de obra não qualificada. É mais um fator deletério da crise, porque o contínuo processo de formalização do setor, que ainda tem 40% na informalidade, pode inverter a curva. Para comparação, em 2002 a taxa do comércio informal estava em 55%. Alguns analistas supõem que já no próximo semestre alguns segmentos do varejo, como o comércio de alimentos e farmácias, iniciem um lento processo de recuperação, a depender dos ventos que soprarem de Brasília. Se o governo continuar encurralado pelo embate político, sem mudanças significativas na condução da economia, a crise seguirá seu curso por mais um período, com perdas maiores nos bens de consumo duráveis, como os eletrônicos, dependentes da concessão de crédito e sujeitos a taxas de juros mais altas. Neste anestesiado ambiente, paira no ar a frase significativa do presidente do Grupo Boticário, Artur Grimbaum: “Temos que entender a relevância do nosso setor. Se uma fábrica fecha mil vagas é uma movimentação. Se o varejo fecha 100 mil lojas, não se fala sobre isso”. Sem dúvida, temos que falar sobre isso. Cem mil lojas é um universo que representa, grosso modo, o fechamento de

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200 shopping centers de grande porte no país, cada um com 500 lojas. É como se um asteroide de grande porte tivesse atingido o varejo brasileiro, desmanchando no ar poluído pelo impacto quase 200 mil empregos, levando muitos empresários à insolvência e deixando um buraco negro na atmosfera do planeta Brasil. abril 2016

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O resgate da credibilidade A longa crise política brasileira parece encontrar seu desfecho com o processo de impeachment da atual presidente. Mesmo que o cenário político continue incerto, espera-se que as discussões em relação a alguns dos problemas econômicos mais urgentes que o país enfrenta sejam retomadas na próxima gestão, já que o enfrentamento dessas questões será fundamental para a própria governabilidade. O mais importante deles é a crise fiscal. A trajetória atual da dívida pública é insustentável, ou seja, a cada dia que passa o endividamento do setor público alcança patamares mais difíceis de serem financiados. A recessão da atividade econômica e as altas taxas de juros elevaram o déficit das contas públicas para acima de 10% do PIB no ano passado e a dívida bruta tende a alcançar 80% do PIB no próximo biênio. À medida que a dívida cresce em relação ao PIB, maior é o esforço fiscal necessário para reverter sua trajetória, pois a conta de juros aumenta e é agravada pelo aumento dos prêmios de risco relacionado à possibilidade de sua renegociação. Como não se enxergam no horizonte fatores que possam proporcionar uma recuperação do crescimento econômico, um ajuste fiscal que reverta totalmente o avanço da dívida no curto prazo é inviável. Com as receitas de impostos e tributos recuando em termos reais, o esforço necessário agravaria a recessão. Mesmo que sejam aprovadas reformas da previdência, fiscais, tributárias e orçamentarias, a implantação e os impactos de tais mudanças estruturais não seriam imediatos e deveremos conviver com pressões fiscais por mais algum tempo. No entanto, medidas que sinalizem uma melhora nas contas públicas no médio e no longo prazo e reduzam SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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a velocidade de crescimento do endividamento já seriam efetivas para melhorar o cenário econômico. A melhora no quadro fiscal proporciona uma redução dos prêmios de risco e uma melhora da confiança dos agentes econômicos, sem a qual não será possível a recuperação da atividade econômica. A recessão econômica é outro problema urgente a ser enfrentado pelo próximo governo. Com a retração esperada para este ano, a perda do PIB acumulada em dois anos de recessão deverá ser de 7,5%. A taxa de desemprego supera 10% da população economicamente ativa e o poder de compra dos consumidores brasileiros reduziu a patamares do segundo semestre de 2013. Somando à redução de renda a retração no crédito pelo segundo ano consecutivo, a demanda das famílias brasileiras, que representa mais que 60% do PIB brasileiro, recua fortemente. A crise política e fiscal também derruba os investimentos. Com exceção da agropecuária, todos os setores enfrentam intensa retração. Apesar dessa queda significativa, o novo governo contará com alguns fatores positivos para a atividade econômica. Parte dos ajustes negativos, alguns dos quais agravam a recessão no último ano e no atual, já se completou. O realinhamento dos preços relativos, com a correção de tarifas públicas, já se concluiu. O ajuste da taxa de câmbio, cuja sobrevalorização provocou grandes distorções no setor produtivo, também já ocorreu. Passados os impactos da inflação corretiva e com a atividade econômica operando com grande ociosidade, os índices de preços finalmente começam a dar sinais de arrefecimento e, mesmo a inflação de serviços, que apresenta maior persistência em relação aos demais grupos, já assume tendência de queda. O alívio na inflação deve vir acompanhado de uma recuperação cíclica, ainda que tímida, a partir do segundo semestre.

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Não existe caminho ao governo Temer que não seja colocar o país no rumo correto. Para isso, além de todas as medidas aqui elencadas, também é necessário que ele elimine de pronto as crises que tende a enfrentar. A falta de diretrizes leva a desgastes, que por sua vez afetam a percepção dos cidadãos sobre a eficiência da administração. Se a saída do ministro do Planejamento, Romero Jucá, foi resolvida em 24 horas, a pretensa extinção do Ministério da Cultura ficou uma semana nas manchetes, enfraquecendo o governo junto à opinião pública. Estratégia e eficiência. Eis aí duas virtudes essenciais que nossos governantes precisam demonstrar. maio 2016

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Uma nova era para o país Nos últimos 15 anos, o Brasil foi atingido por uma grave crise política e econômica, em que se destacam o desequilíbrio fiscal, o baixo crescimento econômico e a crescente taxa de desemprego da mão de obra nacional. Ao lado dessas adversidades, veio somar-se a inversão do ciclo de valorização das nossas principais commodities de exportação. O volume do comércio exterior brasileiro (exportação + importação) declinou 25% entre 2011 e 2015. Entre 2012 e 2016, o preço da soja caiu 40%; do minério de ferro, 63%; da carne bovina, 10% e do café, 23%. Em 2014, o PIB nacional ficou estagnado; em 2015, regrediu 3,8% e neste ano tudo indica que terá o mesmo resultado. A inflação anual, embora ligeiramente declinante, situa-se ao nível perturbador de 10%. E o mais grave, a taxa de desemprego subiu de 6% em 2014 para 10,9%. Em consequência de uma série de fatores adversos, principalmente a adoção de um equivocado modelo de política macroeconômica, a economia brasileira atravessa, na conjuntura atual, um período de grave recessão. O exagerado crescimento do Estado e da burocracia oficial se fez acompanhar da pesada carga tributária, que atinge hoje 32,7% do PIB, ao lado das restrições do sistema creditício, em que são praticadas as taxas de juros mais altas do mundo, sobre o sistema produtivo. Igualmente, temos que reconhecer que há, entre nós, uma total divergência entre a política econômica e a política monetária. Há em todos os setores da comunidade brasileira grande preocupação com a necessária reestruturação do sistema da Previdência Social, diante das mudanças que estão ocorrendo SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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na estrutura demográfica do País, com uma nítida tendência para o envelhecimento da população. Por isso, o governo federal está tratando de implementar mudanças, a começar pela fixação da idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e mulheres, a unificação da previdência urbana e rural, além da eliminação de inúmeros privilégios de categorias específicas que sobrecarregam as contas da Previdência Social. O país passa por profunda transformação no comando do governo. Tudo indica que essa mudança vai ensejar a repactuação da política econômica, na direção do equilíbrio fiscal, da retomada do crescimento econômico e da estabilidade do emprego. Na agenda do novo governo são anunciados, com destaque, o aprofundamento das reformas básicas, inclusive o necessário corte de despesas. A nova configuração política nos anima a esperar uma positiva mudança de rumo, com vistas à retomada do desenvolvimento equilibrado da economia nacional e da expansão do mercado de trabalho. Já temos educação gratuita para todos os níveis, sem prejuízo do ensino particular, permitindo igualdade de ingresso ao mercado de trabalho. É importante acentuar que, no atual estágio da economia, conforme apurou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, os profissionais com nível superior têm sido mais penalizados com demissões. O fortalecimento do Ministério das Relações Exteriores, agora incumbido também de desenvolver as relações comercias entre o país e outras nações, é outra medida urgente. Não só as exportações devem ser incentivadas, mas é essencial a busca pelo investimento estrangeiro direto, em detrimento do mero ingresso de dólares de caráter especulativo.

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Ao equilibrar as contas públicas, beneficiando o setor produtivo, com incremento dos mercados externo e interno, o governo poderá devolver aos brasileiros a confiança no futuro que é essencial para a administração pública e para a iniciativa privada. maio 2016

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Trabalho decente e produtivo Neste mês de junho, em Genebra, na Suíça, tive a honra de representar o pensamento dos empresários e empregadores brasileiros na 105ª Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Em meu discurso, no dia 11, falei a autoridades dos 168 países participantes, incluindo a ministra do Trabalho da África do Sul e presidente da Conferência, Mildred Oliphant, e o diretor geral da OIT, Guy Ryder. “Mudanças estruturais estão redefinindo o mundo do trabalho, notadamente no que diz respeito à organização da produção. Como fatores que propiciam tais mudanças, merecem destaque a globalização; a nova geografia do crescimento; a mudança tecnológica; e o desenvolvimento ambientalmente sustentável e as novas formas de contratação do trabalho. Esse processo de reorganização da produção em escala mundial já ocorre há bastante tempo, mas se acentuou a partir da década de 1980. A discussão geral proposta pela Conferência acerca do trabalho decente nas cadeias produtivas mundiais proporciona oportunidade única para melhorar a compreensão acerca do fato de como a participação em cadeias globais de valor pode contribuir para o desenvolvimento sustentável, o crescimento econômico inclusivo e a empregabilidade aliada ao trabalho decente. A cadeia global de valor constitui-se num conjunto de atividades que se articulam, progressivamente, desde os insumos básicos até o produto final, incluídas a distribuição e a comercialização. Assim, cada elo da cadeia de valores é responsável pela produção per si de um bem perfeito e SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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acabado, que será utilizado como insumo pelo elo seguinte. Com a descentralização das diversas etapas do processo, o valor final passa a ter diversas nacionalidades. Podemos considerar que a integração dos valores permite adaptação às mudanças tecnológicas e exigências do mercado, acarretando transferência de tecnologia entre os países, otimização dos gastos e redução das desigualdades entre aqueles com diferentes níveis de desenvolvimento econômico. Assim, a decisão de investir ou participar de uma cadeia global de valor perpassa por aspectos importantes como a qualidade das instituições e da infraestrutura e os incentivos para os investidores e para as empresas dentro da economia local. O nível de proteção global não pode dificultar a participação nas cadeias de valores. Eventuais decisões ou normas da OIT não deveriam potencializar barreiras técnicas ao comércio mundial, mas sim valorizar as cadeias produtivas, nas quais resta evidenciado o respeito aos instrumentos legais pertinentes, em todas as suas fases. Deve-se ter cautela para que eventual regulação da matéria não importe na adoção de entraves burocráticos que sufoquem ainda mais a atividade empresarial. O excesso de burocracia afeta a segurança jurídica indispensável a novos investimentos e ao exercício da livre iniciativa. A prática nos mostra que a adoção de regulações demasiadamente restritivas sacrifica o empreendedorismo. Hoje, a realidade mundial é descrita por meio de sucessivas quedas na atividade econômica e deterioração do mercado de trabalho com a destruição de postos de trabalho formal e queda da massa salarial e do rendimento médio dos trabalhadores. Daí por que as empresas devem intensificar seus esforços para elevar a produtividade de modo a ganhar competitivi-

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dade, introduzindo inclusive novas formas de contrato de trabalho. Torna-se mais evidente e premente a necessidade de enfrentar o desafio de promover sistemas de proteção social, pautados no princípio da isonomia, da idade mínima e do tempo de contribuição. Deve-se investir em mais empregos, com a adoção de disposições facilitadoras de contratações e rescisões, bem como de novas estratégias de seguridade social e de recolocação profissional. Com o desenvolvimento econômico deve-se oferecer emprego decente para todos aqueles que buscam trabalho, com foco na proteção e na seguridade social; nos salários alinhados à realidade do país; no apoio às pequenas e médias empresas; nas tecnologias apropriadas; na proteção dos direitos dos trabalhadores; e nos investimentos em mobilidade urbana e infraestrutura. O empresariado brasileiro renova o propósito na colaboração para retomada dos investimentos, na geração de postos de emprego e na elevação dos índices de produtividade e competividade. No entanto, isso deve ocorrer de maneira gradual e progressiva. Na verdade, não precisamos criar mais entraves burocráticos ao setor produtivo. O cumprimento da legislação nacional de forma efetiva, por si só, já representaria enorme avanço para muitos países que hoje ocupam posições de destaque no cenário mundial e, em especial, nas cadeias globais de valor. A bancada empregadora, representada pela CNC, deve ter como objetivo geração de empregos e de oportunidades de investimentos e incentivos aos empreendimentos, com foco no objetivo maior que é o crescimento econômico. O consenso e a discussão coesa entre as bancadas – prática diária durante a Conferência – levam a melhores e efetivos

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resultados. Assim, continuamos abertos ao diálogo social no âmbito do tripartismo para darmos seguimento às proposições e conclusões aprovadas neste evento. Temos a forte convicção de que atingiremos o pleno consenso em prol de toda a sociedade, com foco no trabalho decente e produtivo, ofertado por empresas economicamente sustentáveis.” junho 2016

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O Brexit e seus efeitos Existe um claro componente de nacionalismo e de cidadãos contrários à imigração no resultado que tirou o Reino Unido da Comunidade Europeia, em especial nos votos dos residentes no interior da Inglaterra e distantes dos grandes centros. Houve também o apoio de um percentual maior de idosos e de aposentados a favor da saída, enquanto que os cidadãos mais jovens se revelaram a favor da permanência na UE. As avaliações destacam como primeiras constatações a queda das bolsas nos mercados mundiais, perdas do sistema bancário-financeiro alcançando 20%, desvalorização da libra e a multiplicidade de uma sequência de efeitos cascata que os habitantes da Grã-Bretanha começam a se inteirar. A nova realidade pode gerar um amplo leque de restrições ao Reino Unido, com impactos de curto, médio e longo prazo. Vejamos alguns. O Reino Unido atualmente exporta quase 50% de sua produção para os demais 27 países da União Europeia, sem as restrições de barreiras alfandegárias, cotas comerciais ou alíquotas aduaneiras. Ao deixar a UE, pode haver contenção das exportações, queda no emprego, restrição da massa de salários e no poder de compra. A saída da UE vai requerer renegociações com os demais 27 países que integram a Comunidade e também com os 52 países com os quais o bloco tem acordos preferenciais. A realocação de atividades econômicas que devem migrar do RU para os demais países da UE vai desempregar mão de obra ou restringir a criação de novas oportunidades de trabalho na Grã-Bretanha. SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

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Os especialistas também alertam que a inflação tende a crescer nas ilhas britânicas, considerando a possível combinação entre queda no emprego, aumentos nos custos internos, redução do salário real médio e queda nas receitas tributárias, dado o menor nível da atividade econômica. A prevista queda da libra vai encarecer as importações do Reino Unido em geral, após a separação. No primeiro momento, a moeda inglesa desvalorizou em quase 10% no dia 24 de junho, o que gerou queda na posição do PIB do Reino Unido, do quinto para o sexto lugar mundial, perdendo o posto para a França. Sobre o reino britânico paira ainda a ameaça da saída de capital, empregos e força econômica. O J.P. Morgan, norte-americano, informou a possibilidade de corte de quatro mil dos 16 mil empregos mantidos; o HSBC informou sobre possibilidade de transferência de 1.000 vagas de Londres para Paris. O Deutsche Bank, que emprega nove mil pessoas nas ilhas, analisa a repatriação de parte de sua operação para a zona do euro, em especial para a Alemanha. A realidade atual, com as informações disponíveis, aponta que todas as economias serão afetadas de alguma forma pela instabilidade e volatilidade financeira, inclusive os emergentes. Há também a considerar o perigo do efeito cascata, com outros países seguindo o exemplo britânico, o que enfraquece o euro e a Comunidade Europeia. Resta claro que os países da América do Norte, em especial Estados Unidos e Canadá, podem beneficiar-se muito do resultado do Brexit, com novos acordos econômicos com a Grã-Bretanha. O mesmo pode ocorrer com o Brasil, já que a libra mais baixa tende a ser um fator de democratizar as negociações. Mais de um terço do que o país exportou nos primeiros meses deste ano para o Reino Unido é ouro em barras, fios,

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perfis de seção maciça e minérios de ferro. Dez por cento estão em carne e derivados, com a soja chegando a algo como 7%, para totalizar US 1,1 bilhão de janeiro a maio. Há uma boa oportunidade nesse novo cenário desenhado pelo plebiscito britânico. Resta a pergunta obrigatória: os que votaram pela saída estavam conscientes dos seus efeitos? Parece que não. A primeira-ministra escocesa já aproveitou o vácuo para pedir nova votação sobre a saída da Escócia do Reino Unido. Só o tempo vai nos esclarecer a dimensão da retirada. julho 2016

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