palavra do presidente
an o X n º 7 7
mai o | j u n h o 2 0 1 0
REVISTA DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PARANÁ
www.fecomerciopr.com.br www.sescpr.com.br www.pr.senac.br Fecomércio
Rua Visconde do Rio Branco, 931, 6º andar CEP 80410-001 Curitiba Paraná 41 3883-4500 | 41 3883-4530 imprensa@fecomerciopr.com.br
Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná Darci Piana Diretor Regional do Sesc Paraná Paulo Cruz Diretor Regional do Senac Paraná Vitor Monastier
Satisfeito, mas não realizado!
“
O senhor se sente realizado?” Ouvi essa pergunta, há algum tempo, quando recebia um título de Cidadão Ho-
norário. Na hora, respondi que me sentia satisfeito, mas nunca realizado. Fiquei, depois, pensando na pergunta e na resposta. Na verdade, o ser humano nunca, na minha
Coordenação Geral – NCM Núcleo de Comunicação e Marketing Walter Xavier
opinião, deveria se sentir realizado. Porque pre-
Editor e Jornalista Responsável João Alceu Julio Ribeiro
preendedor.
cisamos de desafios, precisamos de realizações, de nos completarmos enquanto cidadão ou em-
Reg. 0293/DRT-PR
E é assim que me sinto. Satisfeito.
Reportagens João Alceu J. Ribeiro, Karen Bortolini, Silvia Bocchese de Lima, Karla Santin e Karina Mikowski
Tenho
Fotos Ivo José de Lima Capa Kandyany Produções Revisão Silvia Bocchese de Lima, Karen Bortolini, Karla Santin e Karina Mikowski Arte e Diagramação Vera Andrion Impressão – CTP Graciosa Gráfica – Curitiba Tiragem 10 mil exemplares
desenvolvido
minhas
atividades
como empreendedor e como dirigente das enti-
Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná, Darci Piana
dades pelas quais passei – desde o Sindicato de Autopeças até o Sebrae/ PR e agora o Sistema Fecomércio Sesc Senac – atuando neste sentido. O de buscar uma realização que eu sei não vou conseguir atingir, porque assim como eu mesmo procuro fazer com que as pessoas que me cercam se sintam satisfeitas, mas nunca realizadas. Há, ainda, muito trabalho a ser feito. Defendia isso enquanto presidente do Conselho do Sebrae, quando levamos para o interior do Estado o programa VarejoMais, que dá ferramentas ao empreendedor do comércio de bens, serviços e turismo para enfrentar a competição do mundo globalizado. Tenho consciência de que a sociedade merece todo e qualquer esforço que possamos fazer em seu benefício. Por isso tenho procurado fazer com que as unidades do Sesc, do Senac e a própria Fecomércio ampliem seus atendimentos, levando ao trabalhador e ao empreendedor do Paraná, as ações de transformação social e qualificação para o trabalho de forma transparente, com qualidade. Os títulos que recebi – foram vários até agora, todos devidamente guardados em minha casa e no meu coração – servem para que me sinta ainda mais empenhado na busca desta realização. Repito a resposta que pronunciei naquele momento: estou satisfeito, porque vejo os resultados do trabalho que realizamos em todos os recantos do Estado. Mas não estou realizado. Para isso falta muito.
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
3
REVISTA DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR ano X nº 77
maio | junho 2010
índice 03
Satisfeito, mais não realizado! Palavra do presidente
05 09
Troféu Guerreiro do Comércio
Você se mexeu, e o Estado mexeu junto! Dia do Desafio 2010
12
Sinfarma, cuidado especial com o associado
14
Histórias de recuperação
16 23
Senac promove ciclo de capacitação no Hotel Show 2010, em Foz do Iguaçu
Impresso e On line
são temas do Autores & Ideias
Apucarana presta homenagem a Darci Piana Gripe H1N1
34 36
Programa de Desenvolvimento de Gestores do Sistema Fecomércio Sesc Senac completa seu ciclo
Incentivo fiscal
38
Os cuidados devem continuar!
Investimento em pessoas
Curitiba reduz alíquota do ISS para representantes comerciais
Projeto Crescer
Iniciativa está mudando a vida de centenas de crianças em Arapongas
40
A folha de salários e redução da carga tributária
42
Comércio globalizado
4
44
48 50 52
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
Beneficiários do programa Bolsa Família obtêm fontes de renda adicionais a partir de cursos de qualificação profissional do Senac
Arraial do Comércio
Festas juninas movimentam o varejo paranaense
Reflexos da Olimpíada do Conhecimento Senac na Copa, Paraná no Mundo!
Trabalho infantil
Capacitação para hotelaria e turismo
33
30
Aprender para trabalhar
54
28
De repente, Femucic!
Programa de reabilitação do INSS prepara trabalhadores acidentados para a reinserção no mercado de trabalho
44
Seminário discute a erradicação do trabalho infantil e os impactos que os afezeres precoces incidem sobre a saúde de crianças e adolescentes
Abrindo caminhos!
Negociadores do Mercosul cortam arestas e antecipam etapas para um acordo de livre comércio com a União Europeia
56
Senac Londrina dá exemplo e modifica a vida de jovens
Curso de aprendizagem mostra que a articulação entre educação, formação e trabalho é o caminho para a transformação social
58
Uma nova casa
62
Amor à profissão
64
Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná inaugura sede
Técnicos de Enfermagem contam histórias comoventes de dedicação
Rádio como antigamente
Maringá FM traz de volta o auditório para ouvintes, tão popular nas décadas de 1940 a 1950
66
Empresas aprendem a adequar gerência de resíduos
Grandes geradores de resíduos implantam Plano de Gerenciamento e descobrem novas opções de renda
69 74
Evolução do Sistema Fecomércio Sesc Senac
Paulo Cruz se despede, após 32 anos de Sesc Paraná Senac Londrina realiza curso de maquiagem com ex-BBB Dicesar
maio
|
junho 2010
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
5
Como forma de reconhecimento e para valorizar o trabalho árduo de empresários que superam diariamente as dificuldades e contribuem para o desenvolvimento econômico de suas cidades, do Estado e do Brasil, a Federação do Comércio do Paraná promove a quinta edição do Troféu Guerreiro do Comércio. Neste ano, 54 empresários dos sindicatos filiados à Fecomércio, que se destacaram em suas atividades comerciais e de serviços, receberão a homenagem, no dia 16 de julho, no Estação Convention Center, em Curitiba. Darci Piana, presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac, acredita que estes empreendedores do comércio de bens, serviços e turismo são batalhadores, verdadeiros guerreiros, daí o motivo do nome da homenagem. “Estes empresários são homens e mulheres que todos os dias batalham na manutenção e crescimento de seus negócios, ao mesmo tempo em que proporcionam bem-estar aos seus colaboradores e clientes”, enfatiza. Confira a relação de todos os empresários que serão homenageados na quinta edição do prêmio e, na próxima publicação da Revista Fecomércio, acompanhe as imagens da entrega da premiação.
Homenageados do Guerreiro do Comércio 2010 Sindicato do Comércio Varejista de Apucarana: José Augusto Pinto Sindicato do Comércio Varejista de Campo Largo: José Ripka Ribeiro (in memorian) Sindicato Empresarial do Comércio de Campo Mourão e Região: Marco Aurélio Weiler Sindicato do Comércio Varejista de Veículos, Peças e Acessórios para Veículos de Cascavel: Ailton Rodrigues Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios, de Maquinismos, Ferragens, Tintas e de Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos de Cascavel: Antônio Edson Gruber Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Oeste do Paraná: Carlos Aloise Becla Sindicato do Comércio Varejista de Castro: Viemar Andrusck Rodrigues Sindicato do Comércio Varejista de Cornélio Procópio: João Francisco Vilela de Carvalho Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação, Administração, Incorporação e Loteamento de Imóveis e dos Edifícios em Condomínios Residenciais e Comerciais do Paraná: Marcos de Assis Machado Sindicato das Empresas de Processamento de Dados do Estado do Paraná: Jamel Nascer Abdul Farraá Sindicato das Empresas de Turismo no Estado do Paraná: Eliana Maria Corrêa Tramujas
6
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
maio
|
junho 2010
Sindicato das Empresas de Locadoras de Veículos Automo-
Sindicato do Comércio Varejista de Veículos, Peças
tores, Equipamentos, e Bens Móveis do Estado do Paraná:
e Acessórios para Veículos no Estado do Paraná:
Valmor Weiss
Edmundo Kösters
Sindicato do Comércio Atacadista de
Sindicato dos Armazéns Gerais no Estado do Paraná:
Gêneros Alimentícios do Estado do Paraná:
Italo Lonni Junior
Douglas Horn Borcath Sindicato dos Despachantes do Estado do Paraná: Sindicato dos Representantes Comerciais do Paraná:
Roberto Ramos do Prado
Zacarias Abdallah Zahdi Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista
Funerários do Estado do Paraná:
de Materiais de Construção no Estado do Paraná:
Cassiano Dalledone Zancan
Ariadne Pansolin Brioschi Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Sindicato do Comércio Varejista de Adornos e Acessórios
Varejista de Maquinismos, Ferragens, Tintas, Material
de Objetos de Arte, de Louças Finas e de Material Ótico,
Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos de Curitiba
Fotográfico e Cinematográfico de Curitiba e Região
e Região Metropolitana:
Metropolitana:
Osvaldo Nascimento Júnior
Murilo Reffo Sindicato dos Permissionários em Centrais de Sindicato do Comércio Varejista de Calçados
Abastecimento de Alimentos do Estado do Paraná:
de Curitiba e Região Metropolitana:
Jeri Marcio Rabelo da Silva
Orlando Miguel Espolador Sindicato das Empresas Locadoras de Bilhar Sindicato do Comércio Varejista de Carnes
no Estado do Paraná:
Frescas no Estado do Paraná:
Jussara Tulio Lucca
Rudinei Novarezzi Sindicato dos Institutos de Beleza e Salões de CabeleireiSindicato do Comércio Varejista de Flores e
ros, Centros de Estética e Similares de Curitiba e Região:
Plantas de Curitiba e Região Metropolitana:
Ivaldo de Lima
Erick Johannes Steltenpool Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Foz do Iguaçu: Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios,
Claudino Rodighero
Minimercados, Supermercados e Hipermercados de Curitiba, Região Metropolitana de Curitiba e Litoral do Paraná:
Sindicato do Comércio Varejista de Francisco Beltrão:
Alceu José Tissi
Celi dos Santos Benetti
Sindicato do Comércio Varejista de Maquinismos,
Sindicato do Comércio Varejista de Guarapuava:
Ferragens, Tintas e de Material Elétrico de Curitiba:
Jamel Hoshi
Avram Fiselovic Sindicato do Comércio Varejista de Irati: Sindicato do Comércio Varejista de Produtos
Edna Aparecida Lukavy
Farmacêuticos do Estado do Paraná: Geraldo Vieira Balam
Sindicato do Comércio Varejista de Ivaiporã: Mauro Merigue
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
7
Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejis-
Sindicato do Comércio Varejista de Paranavaí:
ta de Gêneros Alimentícios, de Maquinismos, Ferragens,
Ilga Niehues Fernandes
Tintas e de Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos de Jacarezinho:
Sindicato do Comércio Varejista de Pato Branco:
MARCELO OLIVEIRA DA SILVA
Nelvo Ody
Sindicato do Comércio Varejista de Londrina e Região:
Sindicato do Comércio Varejista de Ponta Grossa:
Ademar Vedoato
Carlos Glapinski
Sindicato do Comércio Varejista de Material Óptico, Foto-
Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio
gráfico e Cinematográfico no Estado do Paraná:
Varejista de Gêneros Alimentícios de Prudentópolis:
Wmirsson Clayton Alves de Gouveia
Luiz Alberto Opuchkevitch
Sindicato do Comércio Varejista de Produtos
Sindicato do Comércio Varejista de Santo
Farmacêuticos de Londrina:
Antônio da Platina:
JOSÉ ROBERTO FORTINI
Cesar Martins
Sindicato dos Salões de Cabeleireiros, Institutos
Sindicato do Comércio Varejista de Toledo:
de Beleza e Similares do Estado do Paraná:
Marcos Cezar Sanches
Rose Maria Marchetto Gouveia Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio VarejisSindicato do Comércio Varejista de
ta de Gêneros Alimentícios, de Maquinismos, Ferragens,
Marechal Cândido Rondon:
Tintas e de Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos
João Adolfo Lorenzi
de Umuarama: Antônio Carlos Bitencourt
Sindicato do Comércio Varejista de Ferragens, Tintas, Madeiras, Materiais Elétricos, Hidráulicos e Materiais
Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejis-
de Construção de Maringá e Região:
ta de Gêneros Alimentícios, de Maquinismos, Ferragens,
Renato Tavares
Tintas e de Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos de União da Vitória:
Sindicato do Comércio Varejista de Produtos
Eliezer da Costa Teixeira
Farmacêuticos de Maringá: Lais Souza Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de Maringá e Região: Kenji Ueta Sindicato do Comércio Varejista de Medianeira: José Martins Custódio Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Paranaguá: Mohamad Akl Zahra
8
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
maio
|
junho 2010
o e , u e x e m e s ê c Vo ! o t n u j u e x e m o d Esta
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
9
Os colaboradores do Sistema Fecomércio Sesc Senac praticaram 15 minutos de atividade física na Boca Maldita, em Curitiba
A
o compararmos com a te-
ticipantes, o que significa uma represen-
tor de projetos esportivos, participou
oria do Efeito Borboleta,
tatividade de 52,19% em todo o Paraná.
do Dia do Desafio e pratica atividades
embasada na ideia de que
A disputa do Dia do Desafio acon-
físicas frequentemente. Ele afirma
uma atitude pode provocar mudanças
tece entre cidades de porte semelhan-
ainda, que os resultados potencializa-
no curso natural das coisas, e refletir
te, levando-se em conta o número de
dos se devem também à mobilização
no outro hemisfério, o Dia do Desafio
habitantes dos municípios, registrado
da equipe de colabores do Sesc e às
mostrou que essa reação em cadeia
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
grandes parcerias que foram firmadas,
pode ser possível. O resultado disso
Estatística (IBGE). A cidade que mobi-
como a realizada entre a entidade e a
foi o próprio slogan do projeto: Você
lizar o maior número de pessoas e fizer
Prefeitura de Curitiba.
se mexe e o mundo mexe junto! A in-
o registro, vence o desafio. Segundo o
A capital paranaense acompanhou
tenção da iniciativa, que é incentivar
gerente da Divisão de Esportes e La-
os resultados positivos do Estado. Ao
a qualidade de vida através da prática
zer do Sesc Paraná, Otton Bernardelli,
competir com Caracas (Venezuela),
de atividades físicas, mobilizou mais
o maior prêmio não é somente para a
Curitiba atingiu 790.914 participações,
de 20 países e intensamente o Estado
cidade vencedora, pois todas são be-
contra os 18.582 registros da venezue-
do Paraná, no dia 26 de maio. No Bra-
neficiadas ao participar. “No Paraná,
lana. No ano passado, Curitiba concor-
sil, o Dia do Desafio é coordenado pe-
foram 347 municípios participantes e
reu com Houston (E.U.A.), e venceu
los Departamentos Regionais do Sesc,
toda essa população ganha ao buscar
com 62,25%, contra 18,99%. O secre-
que se responsabilizam pela equipe de
a melhoria na qualidade de vida”, diz.
tário de Esportes e Lazer de Curitiba,
trabalho, programação, registros de
A ideia é que esta seja uma por-
Rudimar Fedrigo, que participou das
participação, estrutura e divulgação
ta para o início da prática regular de
atividades realizadas na Boca Maldita,
do projeto.
uma atividade física, e que desperte
concordou que a parceria entre as en-
O Dia do Desafio no Paraná mobi-
em cada cidadão a vontade da busca
tidades contribui para o sucesso des-
lizou a participação de 5.265.390 pes-
de um estilo de vida mais saudável,
ses dados, e acrescentou que quem
soas, que praticaram 15 minutos de
fugindo do sedentarismo. “Este é um
ganha com essa junção é a população.
variados exercícios físicos e registraram
evento de mobilização social, que bus-
a atividade através do 0800 643 6690
ca a transformação no estilo de vida
e pelo site www.sescpr.com.br. O de-
ao estimular a prática de um esporte
sempenho no Estado pode ser conferido
sistemático”, define o diretor do Sesc
“Todos os colaboradores das uni-
pelos 87,7% de vitória das cidades par-
Paraná, Paulo Cruz, que além de ges-
dades de serviço do Sesc Paraná fi-
10
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
O Sesc se mexe e você mexe junto!
maio
|
junho 2010
caram envolvidos de forma direta ou
citados cerca de 800 acadêmicos de
ção à população foi eficiente. “O mais
indireta no Dia do Desafio”, afirmou o
Educação Física para desenvolver as
importante deste projeto é a reflexão
diretor da Divisão de Esportes e Lazer,
atividades, que aconteceram em áreas
da comunidade sobre a importância
Marcus Vinicius Mello. Ele conta que a
a céu aberto, unidades de serviço do
do exercício físico, e constatamos que
equipe foi composta por cerca de duas
Sesc, escolas e empresas da indústria
mais de cinco milhões de pessoas no
mil pessoas e que vários setores foram
e comércio. “Contamos também com
Estado perceberam isso ao participar.
mobilizados desde o processo de sen-
o apoio dos sindicatos do comércio de
E ser consciente que se estes 15 mi-
sibilização - momento em que ocorreu
bens serviços e turismo, filiados à Fe-
nutos de atividades físicas forem fre-
a divulgação do projeto, bem como ex-
comércio PR e com a participação de
quentes, o indivíduo apresentará um
plicações da sua importância em em-
colaboradores desta Federação e do
melhor condicionamento, melhor cir-
presas, colégios e na comunidade em
Senac Paraná”, frisou Mello.
culação sanguínea, enfim, um organis-
geral -; até o dia 26 de maio. Além desse pessoal, foram capa-
Para ele, os resultados apontados
mo mais saudável”, frisa Mello.
pelo Sesc refletiram que a sensibiliza-
As ações do Dia do Desafio também se estenderam às empresas
Países participantes, em 2010: Argentina, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Estados Unidos, Ilhas Falkland, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
Estados participantes no Brasil, em 2010:
Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
11
Sinfarma, cuidado especial com o associado
A
representatividade de um
Justamente contrário de um plano con-
setor muitas vezes vai além
vencional onde há pagamento mensal
da defesa de seus interes-
independente do consumo.
ses. Preocupado também com o bem
O usuário pode optar pela cate-
estar e a saúde de seus associados,
goria Bronze, que inclui atendimento
recentemente, o Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Oeste do Paraná (Sinfarma) aderiu ao Plano Poupa Saúde, um dos benefícios de livre adesão oferecido pela entidade. A iniciativa partiu do Sindicato dos Lojistas e do Comércio Varejista de Cascavel e Região (Sindilojas), que vem oferecendo os serviços aos seus filiados e colaboradores. Graças ao formato do programa, qualidade e eficiência logo foi adotado também pelo Sinfarma. O Poupa Saúde é um pouco diferente dos demais planos convencionais, por ser de livre adesão e autogestão, ou seja, quem
presidente do Sinfarma, Nelcir Ferro
controla o uso é o próprio cliente, con-
ambulatorial, consultas e exames, e a
forme os serviços e atendimentos que
Prata e Ouro, que além desses servi-
necessita. Funciona de forma semelhan-
ços oferece internamento e cobertura
te a uma poupança: o cliente investe
de cirurgias.
em saúde mensalmente a quantia que lhe convir, de acordo com as opções
12
Atuação do Sinfarma
oferecidas. O presidente do Sinfarma,
Com base territorial de 49 municí-
Nelcir Ferro, explica que o uso aconte-
pios do Oeste do Paraná, são repre-
ce conforme o serviço que utilizar e a
sentadas pelo Sinfarma as empresas
verba excedente permanece guardada.
do comércio de produtos farmacêuti-
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
maio
|
junho 2010
cos, farmácias, drogarias, floras me-
pelos empresários representados pelo
dicinais, ervanários, perfumarias e
Sinfarma.
comércio de cosméticos e produtos de
“Contamos com o Senac para ca-
higiene pessoal. Fundado em 13 de
pacitação e qualificação profissional.
março de 1990, este sindicato atende
Um exemplo é o Treinamento de Caixa
cerca de 600 farmácias da região.
e o curso de Gestão Empresarial, que
O presidente do Sinfarma, empos-
será oferecido nos dias 12, 13, 14, e
sado ainda em 2003, conta que ao se
15 de julho, que acontecerá na sede
associar, o empresário passa a ter be-
do sindicato”, relata Ferro. O curso é
nefícios como o suporte em negocia-
voltado para o micro e pequenos em-
ções referentes à Convenção Coletiva
presários, gestores ou administradores
entre farmacêuticos e empregados.
de farmácias, com carga de 14 horas.
Recebe também consultoria trabalhista
Do Sesc, os associados e seus colabo-
e comercial da assessoria do sindicato.
radores contam com as atividades cul-
Recentemente, o Sinfarma conquis-
turais, educacionais, esportivas e de
tou a redução da taxa de anuidade do
lazer desenvolvidas constantemente
Conselho Regional das Farmácias.
na região.
Diretoria do Sinfarma: Gestão até 2014 Presidente
Favorável à Lei Municipal nº. 5463,
“Como pessoa experiente no seg-
em vigor desde 7 de abril de 2010, que
mento, sempre tive a intenção de am-
permite venda de produtos de conveni-
pliar e promover o desenvolvimento
ência, o presidente Nelcir Ferro, conside-
no setor. Após a filiação à Federação
ra que a determinação, partida do Poder
do Comércio, tivemos a possibilidade
Legislativo de Cascavel, contribui para
de participar mais ativamente, prin-
1º Secretário
o comércio do setor na região. “Esses
cipalmente com o surgimento da Câ-
Washington Luis Langanke Gaspar
produtos atraem mais clientes para os
mara Setorial do Comércio Varejista
Tesoureiro
estabelecimentos, pois ampliam as op-
de Produtos Farmacêuticos do Estado
ções de oferta”, afirma. Apesar da nova
do Paraná, da qual sou membro”, diz o
lei, todas as farmácias permanecem
presidente do Sinfarma. A instituição,
adequadas às resoluções estaduais da
fundada há cerca de três anos, promo-
Vigilância Sanitária Municipal.
ve encontros e discussões acerca de problemas do setor, apoiados pelo pre-
Em parceria com o Sistema
sidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac, Darci Piana.
o apoio das três casas integrantes.
miação do Guerreiro do Comércio. Ele considera o agraciamento um importante reconhecimento ao trabalho
– – – – –
Fausto Gonçalves Batista
Antonio Braz de Pádua Beiral 1º Tesoureiro
Neide Coutinho Damasceno Campestrini Diretor Comercial
Flávio Junior Borges Diretor Social
Gianne Sulbacher Dacome Conselho Fiscal:
Eberson Antonio Chmiel Odair Couto da Silva Carlos Maran
Empresários indicados pelo Sinfarma que receberam prêmio Guerreiro do Comércio 2006 2007 2008 2009 2010
Secretário Geral
Suplentes:
Ferro conta que este é
sindicato recebe a pre-
Rubin Wendland
Ildo Antonio da Silva Carlos Aloise Becla Junior Carlos da Campo
Sesc Senac, o Sinfarma conta com
empresa associada ao
Vice-Presidente
Efetivos:
Parceiro do Sistema Fecomércio
o quinto ano que uma
Nelcir Antonio Ferro
Delegados Representantes:
Rubin Wendland – Farmaútil Almir Gaspar – Farmácia Iguaçu Flávio Borges – Farmácia Estrela Fausto Gonçalves Batista – Farmácia do Fausto Carlos Aloise Becla – Farmácia Globo
desempenhado
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
Efetivos:
Nelcir Antonio Ferro Rubin Wendland Suplentes:
Guinter Hoffmann Celso Bevilacqua
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
13
Histórias de recuperação Programa de reabilitação do INSS prepara trabalhadores acidentados para a reinserção no mercado de trabalho Maria Cristina Pires Mendes de Oliveira, especial para a Revista Fecomércio
A
lessandra de Fátima Ótica,
que são atendidas
de 32 anos, era professo-
pelo INSS neste pro-
ra de Educação Infantil,
grama, um dos 17
em 2007, quando perdeu um de seus
benefícios e serviços
principais instrumentos de trabalho: a
oferecidos pela Pre-
voz. Um problema nas cordas vocais a
vidência Social aos
afastou das salas de aula por mais de
seus
dois anos. Exames médicos constata-
O Programa de Rea-
ram a impossiblidade de seu retorno
bilitação Profissional
para a mesma função. Em abril do ano
é um dos menos co-
passado ela foi encaminhada ao Pro-
nhecidos pelos usu-
grama de Reabilitação Profissional, na
ários do INSS e pela
Gerência Executiva do INSS em Curi-
população em geral.
tiba. Hoje, ela está empregada como
O
Monitora de Alunos no Colégio Marista
serviço é oferecer
Santa Maria e garante: "Estou muito
ao segurado incapa-
feliz! Eu me achei ali!".
citado para o traba-
A história de Alessandra se con-
contribuintes.
objetivo
desse
lho – por motivo de
funde com a de várias outras pessoas
doença ou acidente
que vêm suas vidas modificadas de um
– meios de reeduca-
momento para outro, em razão de um
ção ou readaptação
acidente de trabalho.
para que possa re-
É o caso também do mecânico
tornar ao mercado
Ananias Teixeira Guimarães Sobrinho,
de trabalho, promo-
que aos 19 anos sofreu um acidente
vendo sua reinser-
de trabalho que resultou na amputa-
ção social.
ção de uma das pernas. Graças à recu-
Uma parte do
peração promovida pelo Programa de
trabalho dos ser-
Reabilitação Profissional, hoje, aos 53
vidores que atuam
anos, ele trabalha como ascensorista
nas
do Shopping Müeller, cargo obtido por
Reabilitação Profis-
função ou em uma nova – e também
meio da ação da Equipe de Reabilita-
sional é manter contato com as em-
com outras organizações – para esta-
ção Profissional do INSS, em Curitiba.
presas de origem do segurado empre-
belecer parcerias para treinamentos e
Alessandra e Ananias são o exemplo
gado – para verificar a possibilidade
disponibilização de vagas. O acompa-
de centenas, milhares de outras pessoas
de retorno do segurado na mesma
nhamento do reabilitando, quando de
14
equipes
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
Ananias: retorno ao trabalho graças à reabilitação
de
maio
|
junho 2010
seu retorno ao trabalho, para verificar
concorrer a uma das vagas para bene-
médicos, terapeutas ocupacionais, psi-
a adequação do posto à sua capacida-
ficiários reabilitados.
cólogos, assistentes sociais, sociólo-
de residual, é outro pólo de atuação destes servidores.
Todo segurado da Previdência Social
gos, técnicos e enfermeiros.
tem direito a esse serviço, independente
Em todo o Estado, mais de dois mil
Um dos apoios para que este tra-
de carência. Se, após avaliação médico-
segurados encontram-se, atualmente,
balho resulte em sucesso, e o usuário
pericial, o usuário for encaminhado ao
cumprindo o Programa de Reabilitação
volte ao trabalho, está no Artigo 93, da
Programa de Reabilitação Profissional,
e outros dois mil aguardam para iniciá-
Lei nº 8213, de 1991. Este artigo es-
ele estará obrigado a submeter-se ao
lo, ainda em 2010. A previsão é que
tabelece que toda empresa que tenha
que for prescrito pela equipe que o aten-
ao longo deste ano, 155 órteses e/ou
em seu quadro mais de 100 funcioná-
de, sob pena de suspensão do benefício
próteses sejam entregues a reabilitan-
rios está obrigada a preencher de 2%
que esteja recebendo.
dos ou reablilitados, que por doença
a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras
ou acidente de trabalho sofreram lesão
Treinamento
em um dos sentidos – a perda da au-
de deficiência, habilitadas à função. É
Outra opção, de responsabilidade
justamente a inclusão dos reabilitados
social, que os empresários da iniciativa
no texto da Lei que muitos empresá-
privada muitas vezes desconhecem é a
Os índices de sucesso na recolo-
rios desconhecem.
possibilidade de firmar acordo com o INSS
cação profissional desses segurados
abrindo vagas para os reabilitandos re-
variam bastante de uma gerência
alizarem um treinamento em serviço.
para outra. Em Curitiba, 60% dos que
O que é um “beneficiário reabilitado”?
dição é a mais comum – ou perderam um dos membros.
Dependendo da função que irá
cumpriram o programa, em 2009, por
É segurado da Previdência Social
exercer, o segurado não precisa de
meio de treinamentos na empresa de
que passou pelo Programa de Reabili-
uma capacitação formal, em sala de
origem ou na comunidade, retornaram
tação Profissional do INSS, que incluiu
aula, mas sim de um espaço na em-
ao mercado de trabalho.
ou não o recebimento e a adaptação
presa onde possa aprender, de for-
Nas gerências do interior, este índice
de próteses ou órteses, e participaram
ma prática, as rotinas do cargo, sem
pode cair. Um dos diferenciais que pro-
de cursos de capacitação ou treina-
a criação de vínculo empregatício ou
vocam essa queda refere-se ao número
mentos para que possam vir a desen-
funcional (neste período).
de grandes empresas instaladas nas res-
volver novas funções compatíveis ao seu potencial laborativo, dentro da
pectivas regiões, mas também devido à
Números
baixa escolaridade dos reabilitandos –
empresa em que já atuava anterior-
Nas cinco Gerências Executivas do
em sua maioria, trabalhadores rurais,
mente ou em uma nova organização.
INSS no Paraná (Cascavel, Curitiba,
o que prolonga a duração do programa
Ao final de todo esse processo, o be-
Londrina, Maringá e Ponta Grossa), 43
– e à dificuldade de aceitação, nas em-
nefício é cessado e o participante re-
servidores compõem as Equipes Técni-
presas privadas, em receber beneficiá-
cebe um certificado que o habilitará a
cas de Reabilitação Profissional, entre
rios reabilitados.
Lei
nº 8.2313/91
Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:
I – até 200 empregados............ 2% II – de 201 a 500...................... 3% III – de 501 a 1.000.................. 4% IV – de 1.001 em diante............ 5%
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
15
16
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
maio
|
junho 2010
KANDYANY PRODUÇÕES
De repente, Femucic!
o Femucic vem sendo cada vez mais
humano vive em constan-
assimilado pela comunidade, com o
te transformação, que ele
suporte desses novos projetos”, disse
muda a cada dia conforme o que ab-
o gerente executivo do Sesc Maringá,
sorve no meio em que vive, com o que
Antônio Vieira.
aprende... Quem foi ao teatro Calil Ha-
Os espectadores, muitos deles
ddad, em Maringá, na 32ª Edição do
formadores de opinião, ficaram sur-
Femucic voltou para casa com uma ba-
presos com a estrutura, a produção,
gagem cultural diferente e uma visão
e com as qualidades musical e técni-
ampliada sobre as raízes do País tradu-
ca. “Além de ser mais numeroso, o
zidas nos gêneros, ritmos musicais e
público deste ano foi mais exigente.
manifestações literárias. Este panora-
Isso foi percebido pela reação da
ma foi conferido entre os dias 19 e 22
plateia, que estava educada para
de maio, nas 56 músicas apresentadas
esse tipo de proposta. A recepti-
e elementos provenientes da Literatura
vidade e interesse dos presentes
de Cordel, como contos de “causos”,
também foram notáveis”, afirma
xilogravuras e declamação de cordéis.
Vieira.
O Femucic, Mostra de Música da Cidade Canção, ganha a cada ano um aprimoramento, notável ao público e carrega em sua essência a ideia de
Francisco Sales Dantas
H
á quem diga que o ser
Representação nacional A 32ª Edição contou com 895
disseminar a música brasileira como
inscrições, oriundas de 24 estados
um todo. Para isso, busca atingir à
e do Distrito Federal. Dessas, foram
comunidade não somente durante
selecionadas 56, representando 18
os espetáculos, mas nos projetos em
estados brasileiros, mesmo número
paralelo que vem sendo estruturados
de Departamentos Regionais do Sesc
para alcançar a comunidade. O resul-
envolvidos com o Femucic. “Este pro-
tado do Femucic 365 Dias foi conferido
jeto atende às expectativas nacionais
no tema de abertura apresentado em
da instituição. Ele é um resultado da
todas as noites. A iniciativa consiste
produção de cada Estado, que propõe
em oficinas de formação e reciclagem
uma reflexão acerca da música brasi-
para músicos, realizadas desde mar-
leira”, pondera o gerente executivo.
ço, na unidade de Maringá e voltada
Para Vieira, o Femucic é um sonho
para pessoas que já tiveram iniciação
que se transforma em realidade, pois
musical. Outra ação concomitante é o
em único local há a possibilidade de
Femucic nas Escolas, que traz a alunos
unir a musicalidade e todo o Brasil, gra-
da rede pública e privada um contato
ças à compreensão de sua importância
com a música, através de palestras e
por parte do Departamento Nacional
apresentações feitas por composito-
do Sesc, dos departamentos regionais
res e intérpretes participantes. “Nossa
e suas unidades de serviço. Este é um
principal intenção é difundir a cultura,
dos principais motivos de seu crescimen-
e consolidá-la na mente das pessoas.
to contínuo. “O Sesc oferece a condição
Este é um processo de mudança, de
ideal para a realização da mostra, como
transformação em relação à cultura
toda a estrutura técnica, pessoal, local,
musical como um todo. Percebo que
o que resulta nesta qualidade plástica
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
Trecho do Cordel declamado por Beto Brito, nas noites de abertura São trinta e duas edições Nessa terra de meu Deus Maringá é arte pura Vi aqui os sonhos meus Se tornar realidade Que beleza de cidade Feliz são os filhos teus Só não gosto do adeus Quando tenho que partir Penso logo na saudade Do povo bom a sorrir É tão grande o coração Que a cidade-canção Abraça quem quiser vir
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
17
Francisco Sales Dantas
Cordel
Durante esses dias, trabalham em
“Esta é uma forma de difundirmos
conjunto: direção geral, responsável
uma arte não muito compreendida”,
pela coordenação de toda a equipe;
disse o diretor geral do Femucic, Dir-
direções de palco e cena; produção,
ceu Saggin, ao justificar o motivo da
encarregada pelos transportes dos
presença de elementos da Literatura
músicos; equipes de sonorização, ilu-
de Cordel nesta edição. Ele destacou
minação e vídeo; gerência de Cultura
a importância em se ter um contato
do Sesc Paraná e comissão organiza-
com manifestações culturais de raiz.
dora do evento; assessoria de comuni-
A inserção dos cordéis no Femucic
cação e técnicos do teatro.
agregou valor à mostra e trabalhou
Chegada a primeira noite da mos-
em paralelo com esse resgate e va-
tra, todos os envolvidos apresentam
lorização da pluralidade de cren-
o resultado desse trabalho intenso
ças, valores e costumes do país.
durante a apresentação dos músicos. O trabalho não acaba com o encer-
Making of
ramento do evento, pois nos dias se-
Para que o músico e sua
guintes são selecionadas as músicas
produção se apresentem de
que compõem o repertório do CD e do
melhor forma ao público, é
DVD. Nesta etapa elas passam por um
avalia.
necessário o empenho de uma equipe
processo de mixagem e masterização,
Ressaltando que o evento conta com a
composta por profissionais de várias
uma a uma. A previsão é que o 15º CD
parceria da Rede Paranaense de Comu-
áreas. O trabalho começa muito antes
e o segundo DVD fiquem prontos no
nicação e com a Prefeitura de Maringá.
da semana da mostra, quando compo-
mês de agosto e serão distribuídos pe-
A mostra, que é de caráter não com-
sitor e intérpretes enviam sua canção
los departamentos regionais do Sesc
petitivo, passou a ser um espaço para
para ser avaliada. Posteriormente, há
em todo o Brasil.
mostrar a produção nacional e criações
um processo de seleção do repertório
profissionais. Os maiores vencedores do
das apresentações, definido o número
Femucic são a cultura popular e a baga-
das canções e verificada a necessidade
gem que cada músico, colaborador ou
específica de cada intérprete para sua
espectador leva junto de si. “O Femucic
produção musical.
que
percebemos”,
tem a intenção de mostrar uma paisa-
Este é o momento em que começa
gem musical do que acontece nesse as-
o envolvimento com a banda de apoio,
pecto, buscando sempre uma imagem
composta por profissionais que acom-
musical brasileira. Além do enfoque cul-
panham os músicos. É hora de estu-
tural, traz um viés pedagógico muito for-
dar cifras, melodias para que cheguem
te. As oficinas, por exemplo trabalham
em Maringá prontos para o ensaio e
a teoria, o estudo dos instrumentos, as
repasse de som com os intérpretes.
formas musicais e sua interpretação”, diz
Os selecionados que levam as bandas
o diretor geral do evento, Dirceu Saggin.
passam por um tratamento especial
A 32º Edição do Femucic foi dedi-
durante no palco e no momento de
cada à ex-assessora jurídica do Sesc
gravação das músicas para o CD do
Paraná e uma das idealizadoras deste
festival, que acontece na Cidade Can-
projeto, Luiza Elizabeth Basaglia.
ção, no próprio teatro, às tardes da
“O Femucic tem a intenção de mostrar uma paisagem musical do que acontece nesse aspecto, buscando sempre uma imagem musical brasileira.“ – Dirceu Saggin – Diretor geral do evento
semana do evento.
18
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
maio
|
junho 2010
Repertório do
15º CD Femucic
Repertório do
2º DVD Femucic
Água e Vida – João Pessoa / PB
Anágua de Iaraiemanjá – Joinville / SC
Anágua de Iaraiemanjá – Joinville / SC
Choro Clássico - Curitiba / PR
Cantiga De Lua – Guarulhos / SP
Choro Pro Joaquim – Maringá / PR
Compositora: Vó Mera Intérpretes: Vó Mera e Seus Netinhos
Compositores: Chico Saraiva e Makely Ka Intérprete: Ana Paula da Silva
Compositor e Intérprete: Amauri Falabella
Choro Clássico – Curitiba / PR Compositor: Waltel Branco Intérprete: Fabrício Mattos
Choro Pro Joaquim – Maringá / PR
Compositores: Chico Saraiva e Makely Ka Intérprete: Ana Paula da Silva Compositor: Walte Branco Intérprete: Fabricio Mattos
Compositor: Geraldinho do Cavaco Intérpretes: Geraldinho do Cavaco e Grupo
Coco de Roda em Paraíba em 1966 – João Pessoa / PB Compositora: Vó Mera Intérpretes: Vó Mera e Seus Netinhos
Compositor: Geraldinho do Cavaco Intérpretes: Geraldinho do Cavaco e Grupo
Conseiêro de Deus – Araguari / MG
Coco de Roda em Paraíba em 1966 – João Pessoa / PB
Elétrico – Pato Branco / PR
Conseiêro de Deus – Araguari / MG
Feliz – Curitiba / PR
Compositora: Vó Mera Intérpretes: Vó Mera e Seus Netinhos
Compositor e Intérprete: Luiz Salgado
Elétrico – Pato Branco / PR
Compositor: Diego Guerro Intérpretes: Diego Guerro e Grupo
Jangadeiro de Aparecida – Teodoro Sampaio / SP Compositor: Pedro Carreiro Intérprete: Pedro Carreiro e Fabiano
Justificação – Cuiabá / MT
Compositor e Intérprete: Luiz Salgado Compositor: Diego Guerro Intérpretes:Diego Guerro e Grupo
Compositor: Daniel Migliavacca Intérpretes: Daniel Migliavacca, Vinicius Chamorro e Vina Lacerda
Jangadeiro de Aparecida – Teodoro Sampaio / SP Compositor: Pedro Carreiro Intérprete: Pedro Carreiro e Fabiano
Justificação – Cuiabá / MT
Compositores: Paulo Monarco e Zeca Barreto Intérprete: Paulo Monarco
Compositores: Paulo Monarco e Zeca Barreto Intérprete: Paulo Monarco
Meu Jamaxim – Boa Vista / RR
Compositor: Reginaldo R. De Souza Intérprete: Juliana Ribeiro e Grupo
Moleque Tinhoso – Ananindeua / PA Compositores: Ivan Cardoso e Mário Mouzinho Intérprete: Ivan Cardoso
Lição de Vida – Salvador / BA
Meu Jamaxim – Boa Vista / RR
Compositores: Bebeco Pujucan e George Farias Intérprete: Keyla Castro
Compositores: Bebeco Pujucan e George Farias Intérprete: Keyla Castro
Navegares – São Bernardo do Campo / SP
O Lado Sul do Real – Sorocaba / SP
O Choro do Laço – Vera Cruz / RS
Compositor e Intérprete: João Leopoldo
Parulices – São Bernardo do Campo / SP Compositor e Intérprete: Fernando Deghi
Quem Foi que Disse – Maringá / PR Compositora e Intérprete: Marie Tenório
Rainha dos Menestréis – Vitória da Conquista / BA Compositor e Intérprete: Roberto Bach
Samba Para Ná – Curitiba / PR
Compositor e Intérprete: André Prodóssimo
São João – Brasília / DF
Compositores e Intérprete: Túlio Borges e Anthony Brito
Valsa de Inverno – Curitiba / PR
Compositor: Daniel Migliavacca Intérpretes: Daniel Migliavacca, Vinicius Chamorro e Vina Lacerda
Compositor e Intérprete: Fernando Deghi Compositor: Marcelo Paz Carvalho Intérprete: Tiago Souza e Grupo
O Lado Sul do Real – Sorocaba / SP Compositor e Intérprete: João Leopoldo
Parulices - São Bernardo do Campo / SP Compositor e Intérprete: Fernando Deghi
Pedra da Gaivota – Curitiba / PR
Compositor e Intérprete: André Prodóssimo
Quem Foi que Disse – Maringá / PR Compositora e Intérprete: Marie Tenório
Rainha dos Menestréis – Vitória da Conquista / BA Compositor e Intérprete: Roberto Bach
Samba Para Ná – Curitiba / PR
Compositor e Intérprete: André Prodóssimo
Sonhos Vãos – Belém / PA
Compositores: Carla Sueli Cabral da Silva e Marcelo Wagner Ramos Rodrigues Intérprete: Patrícia Bastos
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
19
Arquivo Sivamar
Femucic no comércio O Femucic não foge à essência de
sem fazer alguma compra”, relatou o
dista, farmacêutico, de conveniência,
muitos projetos desenvolvidos pelo
presidente ao comentar que é comum
hoteleiro e de material de construção.
Sesc, que apresentam um forte envol-
também a aquisição de roupas, pois na
vimento com o comerciário e comer-
cidade há muitas peças de inverno.
O gerente do Hotel Cidade Verde, Cláudio Crepaldi, onde ficou hospeda-
ciante. Nos dias do evento foi regis-
Já nos restaurantes, os trabalhado-
da a maioria dos envolvidos no Femu-
trado um intenso movimento na rede
res como gerentes, garçons e demais
cic, revela que durante três dias, 100%
hoteleira, restaurantes, lojas e demais
atendentes ficam preparadas para vol-
dos leitos foram ocupados, no entanto
empresas do comércio, movimentando
tar mais tarde para casa. Muitos mú-
o movimento foi intenso no período de
20% a mais do que o costume.
sicos e espectadores do festival saem
15 a 24 de maio. Nos demais dias do
Todos os músicos participantes,
após assistirem às apresentações para
ano, 60% das vagas são preenchidas.
equipes de trabalho e visitantes, que
confraternizações ou jantares. O re-
Em Maringá, os sindicatos que
foram à cidade para conferir a mostra,
sultado é uma movimentação maior
atendem o comércio do município e
usufruíram dessa estrutura da cidade,
no caixa e estabelecimentos fechados
de outras 18 cidades das redondezas
como confirma o presidente do Sindi-
mais tarde. “O comércio ganha muito
são o Sivamar, o Sindicato do Comércio
cato do Comércio Varejista de Maringá
com o Femucic, temos uma maior ar-
Varejista de Ferragens, Tintas, Madei-
(Sivamar), Amauri Donadon. “Os res-
recadação de impostos, os empregos
ras, Materiais Elétricos, Hidráulicos e
taurantes e hotéis se preparam para
são mantidos, os comissionados re-
Materiais de Construção (Simatec), e
atender esse público. Além dos produ-
cebem mais, e isso reflete no desen-
o Sindicato do Comércio Varejista de
tos de necessidade diária, estes visitan-
volvimento econômico da cidade”, fri-
Produtos Farmacêuticos (Sincofarma).
tes fizeram compras em shoppings, por
sa Donadon. Segundo ele, os setores
exemplo. É difícil sem sair de Maringá
beneficiados foram: alimentício, calça-
20
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
maio
|
junho 2010
Silvia Bocchese de Lima
Femucic vai às escolas Com uma rabeca e uma caixa recheada da cultura nordestina, o artista e músico Beto Brito, visitou e encantou alunos das escolas públicas de Maringá. Brinquedos, vestimentas, instrumentos musicais e livros foram reti-
Silvia Bocchese de Lima
rados um a um de uma grande caixa, apresentando aos estudantes objetos típicos do nordeste brasileiro e da literatura de cordel, além de músicas próprias do repertório das festas de São João. Esta atividade fez parte do projeto Femucic nas Escolas, uma ação paralela ao Femucic e realizada uma semana antes da mostra. Ao todo, foram nove escolas visitadas, o que proporcionou a 2.252 alunos do Ensino Fundamental de Maringá a interação com músicos de diferentes regiões do Brasil. Vó Mera e Seus Netinhos também participaram do projeto e na avaliação da direção da Escola Municipal Pioneira Mariana Viana Dias, foi uma experiência enriquecedora. “As apresentações emocionaram as crianças, principalmente quando Vó Mera acon-
sentaram trava línguas para os alu-
escolas também receberam os músi-
selhou aos alunos com relação ao res-
nos. “Ficamos surpresos com o grupo
cos Fabrício Mattos, Geraldo Júnior,
peito que os mesmo devem ter com
de coral, que nos mostrou na prática
Felipe Müller, Daniel Migliavacca e Ro-
os pais e com os mais velhos e, tam-
a distribuição segundo a tessitura de
berto Bach.
bém, quando permitiu que as crianças
suas vozes. Além disso, relacionaram-
Para o técnico do Sesc, Emersonn
tocassem os instrumentos musicais do
se muito bem com os alunos, que ti-
Amaral, um dos integrantes da Comis-
grupo”, testemunha a direção.
veram a oportunidade de cantar um
são Organizadora do Femucic, o pro-
O grupo Nós em Voz, formado por
pouco a diversidade da música popu-
jeto estabelece o primeiro contato dos
oito cantores de Curitiba, realizou um
lar brasileira”, salientou Claudinéia Mi-
alunos com a música, e leva valores
concerto didático em quatro escolas
guelino de Lima, do Centro Integrado
musicais através de concertos, pales-
maringaenses, onde puderam explicar
de Apoio à Criança e ao Adolescente
tras e interação com as crianças.
a divisão de vozes em um coro e apre-
Borba Gato. Além desses artistas, as
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
21
365 dias de muita música Não é apenas em maio, mês de realiza-
habilidades artísticas. “Este é o objetivo
ção do Festival de Música da Cidade Canção,
do 'Femucic 365 Dias', estar nas escolas,
pelo Sesc Paraná, que as estradas levam
e nos mais diversos locais, trazendo um
cultura e música a Maringá. Prova disso é
estudo formatado da música”, informa o
o projeto “Femucic 365 Dias”, uma oficina
professor.
de percussão, voltada para os ritmos e à
Aliado à proposta inserir a Literatura
música nacional, que explorou instrumen-
de Cordel no Femucic deste ano, o proje-
tos típicos da percussão brasileira.
to trouxe instrumentos musicais próprios
Vinte e cinco músicos começaram no
do nordeste, como o alfaia, um tambor
projeto em março deste ano, entre eles,
que é ícone do ritmo brasileiro maracatu.
profissionais e iniciantes, mas 12 alunos
E foi com o alfaia que estes 12 músicos,
que reuniam, na avaliação do oficineiro,
acompanhados por baquetas, e apresen-
Vina Lacerda, facilidade para o estudo,
tando-se em pé, brincaram com a lingua-
disponibilidade e vontade, foram os esco-
gem musical, com seus tambores com
lhidos para participar do tema de abertura
volumes fortes. “Trouxemos a linguagem
do Femucic 2010, apresentado em todas
da percussão formal, aliada a diversos
as noites do festival. “Queríamos trazer a
ritmos brasileiros, mostrando a escrita da
linguagem musical para estas pessoas e
percussão. Com isso, fizemos uma ligação
promover o contato com a teoria e desen-
com o tema de abertura. Todos os alunos
volver a simbologia e a anotação musical
tiveram acesso às partituras, tendo um
e gráfica, com o intuito de escrever as me-
mapeamento gráfico da música”, enfatiza.
lodias percussivas e entender como fun-
E para dar continuidade ao projeto, a
ciona a música e sua matemática”, revela
instituição adquiriu instrumentos de per-
Lacerda.
cussão e, em breve, inaugurará um novo
O projeto veio com a ideia de seme-
espaço cultural em Maringá.
ar informações culturais e musicais em Maringá, não apenas na semana do festival e restrito ao espaço do teatro, aliado à diretriz do Sesc que é permitir, através de ações culturais, a expressão e a manifestação de diferentes formas de arte, estimulando a criatividade, capacidade e
22
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
maio
|
junho 2010
Paulo Wilson Vera
Capacitação para hotelaria e turismo Senac promove ciclo de oficinas pedagógicas no Hotel Show 2010, em Foz do Iguaçu
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
23
O
s participantes do Hotel
sensibilizar os participantes a respeito
sionalização dos trabalhadores da ho-
Show, evento que se con-
de demandas da hotelaria e como o
telaria e gastronomia”, afirma Bocchi.
solida tornando-se tradicio-
Senac pode contribuir para a forma-
nal em Foz do Iguaçu, puderam estar
ção de profissionais qualificados para
lado a lado e aprender com profissionais
o setor.
qualificados do Senac Paraná.
Ciclo de Oficinas Pedagógicas
A importância do Hotel Show para
Durante o Ciclo de Oficinas Peda-
O diferencial do evento foram as
o segmento hoteleiro e turístico foi
gógicas, certificadas pelo Senac, em-
oficinas e palestras de qualificação e
ressaltada pelo vice-presidente do Sin-
presários, trabalhadores e estudantes
atualização, totalmente gratuitas, nas
dicato dos Hotéis, Restaurantes, Ba-
puderam se atualizar e até mesmo
áreas de hotelaria e hospitalidade.
res e Similares de Londrina e Região
repensar seus conceitos sobre três
(Sindihotéis), Alzir Bocchi. Segundo
setores fundamentais da hotelaria:
ele, o evento “configura-se como um
recepção, serviços de camareira e de
nas áreas de recepção, serviços de ca-
dos mais importantes para a rede
restaurante.
mareira e de restaurante, tudo sob o
hoteleira do Paraná, pois reúne as
O primeiro ponto foi discutido na
acompanhamento atento e detalhista
novidades em equipamentos e novos
oficina “Excelência no Atendimento – Da
do diretor regional do Senac Paraná,
materiais de consumo, com facilidades
recepção ao retorno do hóspede”, com o
Vitor Monastier. A coordenadora de
de compra”. E, para estudantes e pro-
supervisor do Restaurante-escola do Se-
educação do Senac, Lucymara Car-
fissionais, oferece a oportunidade úni-
nac Curitiba, Lúcio Marcelo Chrestenzen,
pim, acentuou o tom educacional ao
ca de participar de cursos e palestras
que destacou o conceito do bem rece-
proferir a palestra master sob o tema
de instituições reconhecidas como o
ber, a simpatia no cumprimento ao hós-
“Qualificação Profissional: Oportuni-
Senac. “O Senac hoje é uma grife na-
pede, o conceito histórico e como a ho-
dade de Sucesso”. Para ilustrar ainda
cional que leva a atualização para boa
telaria mudou nos últimos anos. “Como
mais a explanação, o grupo de teatro
formação de mão de obra de nossos
hoje tudo é tão rápido, o profissional de
Sou Arte, de Campo Mourão apresen-
estabelecimentos. Essas palestras são
hotelaria precisa estar atento aos dife-
tou esquetes bem humoradas visando
verdadeiras aulas, que levam à profis-
rentes estilos de clientes e saber se porPaulo Wilson Vera
As palestras e as oficinas pedagógicas aprofundaram conhecimentos
supervisor do Restaurante-escola do Senac Curitiba, Lúcio Marcelo Chrestenzen
24
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
maio
|
junho 2010
Paulo Wilson Vera
tar adequadamente em cada situação”, explica Chrestenzen. E, para finalizar o tópico, serão levantados questionamentos acerca da Copa do Mundo de 2014 e os preparativos necessários. “A Copa já começou e precisamos estar prontos para ela. Por mais que seja um evento pontual, o verdadeiro legado será o grande número de turistas que virá depois. Mas claro que isso irá depender de como iremos atendê-los durante este evento”, afirma o supervisor. Com a sala de aula lotada, principalmente por camareiras, a palestra “Camareira, o brilho na hotelaria”, ministrada por Luciani Guimaro Dias, gerente de hospedagem do Grande
Luciani Guimaro Dias, gerente de hospedagem do Grande Hotel São Pedro e docente nos cursos de graduação e pós-graduação em hotelaria do Senac São Paulo
Hotel São Pedro e docente nos cursos
distingue mesmo é o serviço oferecido
tes, em sete capitais brasileiras, 40%
de graduação e pós-graduação em ho-
e a camareira está inserida nesse pro-
apontou dificuldades na contratação
telaria do Senac São Paulo, esclareceu
cesso”, pondera a palestrante.
de recepcionistas. A maioria dos en-
dúvidas e teve a participação ativa dos
Para completar o Ciclo de Oficinas
trevistados, 71%, também afirmou
presentes. “É uma profissão que vem
Pedagógicas foi realizado o workshop
que encaminharia funcionários para
sendo valorizada. E palestras como
“Serviço de Restaurante – Como en-
cursos de camareira e arrumadeira
essa servem para conscientizar sobre
cantar o cliente!”, que teve como ins-
e 32% relatou dificuldades na con-
sua real importância, que vai além de
trutores os participantes da Olimpíada
tratação de garçons. De acordo com
limpar o quarto ou arrumar uma cama.
do Conhecimento 2010, Gilberto Perei-
Alzir Bocchi, estas são as áreas mais
As camareiras repassam informações
ra Dias e André Carlos Crestani. Além
importantes de um hotel porque en-
estratégicas ao setor de governança
de relatar a experiência no maior even-
volvem praticamente toda a estadia
e também aos demais setores de um
to de educação profissional da América
do cliente, o que, por consequência,
hotel”, explica Luciani. A camareira,
Latina, eles apresentaram técnicas do
influencia diretamente em seu possí-
por adentrar na intimidade do hóspe-
serviço de garçom e do slow food, um
vel retorno. “Afinal, este é o grande
de, é capaz de constatar, por exemplo,
movimento que vem ganhando força e
objetivo de qualquer hotel. Se não
que ele gosta de uvas, ao observar
resgata o prazer de saborear as refei-
encontrar boa cama e boa comida,
as cascas da fruta em sua lixeira. De
ções. E esse pode ser um diferencial
o hóspede não volta, pois ele deseja
posse de tal informação, a equipe de
para os restaurantes e, especialmente,
um excelente atendimento. E o Se-
alimentos e bebidas pode inserir uvas
os hotéis, que complementariam seus
nac proporciona tudo isso aos esta-
na fruteira do quarto. É um detalhe
serviços ao oferecer opções diversifi-
belecimentos hoteleiros paranaen-
simples, mas demonstra ao cliente
cadas de alimentação.
ses, através de seus cursos, muitos
uma atenção especial. A personaliza-
A escolha dos temas abordados
ção, segundo Luciani, tem sido o cami-
nas oficinas partiu de uma pesquisa
nho adotado pelo setor hoteleiro para
elaborada pelo Senac em parceria
conquistar e fidelizar sua clientela. “O
com a Federação Nacional de Ho-
A realização de grandes eventos
que diferencia um hotel de outro não é
téis, Restaurantes, Bares e Similares
no Brasil como a Copa do Mundo em
mais a estrutura, que é bastante pare-
(FNHRBS). No estudo, feito com 716
2014 e dos Jogos Olímpicos em 2016
cida entre os estabelecimentos. O que
proprietários de hotéis e restauran-
reforça a necessidade de capacitação
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
deles gratuitos”, reitera.
Até a Copa de 2014
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
25
Paulo Wilson Vera
Demonstração dos serviçõs de garçom realizada pelo instrutor André Crestani, que foi participante da Olimpíada do Conhecimento 2010
de profissionais na área de hotelaria. Em
etiqueta. “Em termos de estrutura física,
muitas cidades-sede, existe uma oferta
estamos bem. Nosso ponto fraco está na
hoteleira já estabelecida, com número
recepção. Temos a obrigação de fazer
satisfatório de leitos para acomodar os
uma boa acolhida aos hóspedes interna-
visitantes, conforme avalia Alzir Boc-
cionais. Não se trata de conhecer todas
chi. A construção de novos hotéis em
as culturas, mas um pouco de cada uma,
quantidade pode representar, inclusi-
ou pelo menos, aprender a lidar com a
ve, uma superoferta futura. A alter-
diversidade cultural e de costumes. Por
nativa, neste caso, é a renovação
isso a qualificação e o aperfeiçoamento
e reforma dos estabelecimentos
dos profissionais envolvidos na cadeia
existentes.
produtiva do turismo é primordial”, re-
Convicto, o vice-presidente do
26
força.
Sindihotéis, afirma que o Paraná
Quatro anos pode parecer um pra-
está bastante preparado para
zo extenso. Cabe lembrar, porém, que
a Copa, mas faltam cursos de
conhecimento se constrói, e isso não
aperfeiçoamento
do
za Alzir Bocchi.
atendi-
acontece de uma hora para outra. “Se
mento, como os de idiomas
começarmos agora tenho certeza de que
para taxistas e recepcionis-
em 2014 teremos sucesso absoluto, com
tas, tradutores e normas de
uma mãozinha do Senac, é claro”, finali-
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
maio
|
junho 2010
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
27
Impresso e On line são temas do Autores & Ideias Novo projeto cultural do Sesc promove discussões sobre temáticas atuais
O
s veículos impressos, assim
brasileiros. O veterano jornalista e es-
que envolvam a literatura, e convida-
como jornais, revistas e
critor Ricardo Noblat, que sempre es-
rá autores de obras sobre o assunto”,
periódicos estão perdendo
teve atento a esse assunto fez diversas
explica o coordenador do Autores & Ideias, Márcio Norberto.
espaço para os meios eletrônicos? Exis-
publicações on line e impressas discu-
te uma fórmula de atratividade para a
tindo esse tema. Segundo ele, a indús-
Este é o primeiro projeto sistemáti-
leitura impressa? Quais são as causas
tria da comunicação está assustada e
co na área da literatura, e contempla as
da queda da procura por impressos? Por
disputa hoje com os meios digitais. A
unidades do Sesc em Curitiba (Esquina),
que a Internet tem conquistado tanto
saída de Noblat é uma reinvenção ur-
Londrina, Maringá, Cascavel e Pato Bran-
espaço? O relatório E-Books: The Next
gente dos moldes da imprensa.
co. A programação iniciou em maio e se
Killer Application, do pesquisador e dire-
Para levantar e debater essas
estende mensalmente, até novembro,
tor de papéis gráficos da Europa, Sampo
questões, o Sesc Paraná promoveu
nestes municípios. Nesta primeira etapa
Timonen, revela que a mídia impressa
a temática Literatura On line, no seu
foi realizado o Ciclo de Autores com os
teve uma queda de leitura em 57%, en-
novo projeto de cultura, o Autores &
convidados Daniel Galera e Daniel Pelli-
tre 1999 e 2009.
Ideias. A iniciativa traz palestras so-
zari. Ambos relataram suas experiências
Timonem ainda alerta que a de-
bre ciberespaço e literatura durante a
nos universos eletrônico e impresso, e
manda de notícias em papel tende a
programação de 2010, e como com-
abordaram o tipo de literatura que sur-
cair a 98%, até 2015. Esta preocupa-
plemento oferece oficinas na progra-
giu na Internet. As obras deles estão dis-
ção, de nível nacional, envolve de for-
mação. “A programação sempre trará
poníveis tanto na grande rede como em
ma pontual os meios de comunicação
temas atuais e de interesse público,
livrarias. Em paralelo, foram oferecidas
28
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
maio
|
junho 2010
Shigueo Murakami
oficinas para criação de blogs. Norberto
pularmente conhecido como Cardoso,
beneficiada ou prejudicada. Basta mu-
explica que o propósito é aliar a cultura à
e Julio Dario Borges que discutirão
dar apenas uma dessas variáveis e o
educação. “Esta reflexão é fundamental
como a crítica literária se beneficia
resultado obtido já não é mais o mes-
para os jovens, que estão despertando
deste cenário e se a publicação eletrô-
mo. A tecnologia sem ser contextuali-
hoje o interesse pela literatura e a pro-
nica é um meio eficiente para viabilizar
zada não ajuda nem atrapalha”.
ximidade com os meios de comunicação
produtos culturais sem custos de im-
e o ciberespaço”, diz. A participação em
pressão e distribuição.
todas as atividades é gratuita.
Por isso, a discussão sobre esse assunto pode ajudar a ampliar a visão
Na opinião de Cardoso, os e-books
dos envolvidos, como leitores, escri-
“A revolução digital é um tema que
certamente são uma alternativa de me-
tores e editores. “Sair da nossa zona
está modificando a própria forma como
nor custo que os impressos, no entan-
de segurança e enxergar velhas estru-
nos relacionamos com os livros e a li-
to não acredita que haja um aumento
turas e situações por ângulos novos
teratura. Todos sentimos na pele essa
imediato na busca desse formato. “É
sempre é positivo, e ajuda na constru-
transformação, mas para entender o
inegável que as pessoas leem mais por
ção de novas formas de pensar e agir”,
que acontece é necessário discutir sobre
causa do computador, dos celulares e
conclui Cardoso.
isso”, avalia Galera. Para ele, o Autores
da Internet, mas isso não significa que
A ementa do Autores & Ideias para
& Ideias contribui ao levantar a literatu-
elas estejam lendo mais ficção”, acre-
junho ainda prevê opções de progra-
ra on line e estendê-la a outras cidades,
dita o autor. Ele ainda avalia que o livro
mação paralela que acontecem nas
pois este fenômeno é universal.
vem ganhando muita força como obje-
unidades do Sesc, como workshop de
to de luxo e símbolo de resistência aos
Edição de Conteúdos para a Internet,
Segunda etapa
Oficina de Webdesign, edição de foto-
excessos da tecnologia.
A etapa do Autores & Ideias, que
Para o escritor a literatura se bene-
grafia na web, publicação em Fotolog
acontece em junho, aprofunda ainda
ficia com esse cenário através de seus
e Flickr, e sala de leitura de revistas,
mais o estudo da relação entre a web e
bons leitores ou interessados, e que o
coletivos e periódicos na Internet. Para
seu “leitornauta”, bem como os novos
meio muitas vezes não garante a qua-
conhecer a programação completa
veículos adaptados para esse meio. A
lidade do conteúdo da mensagem. “É
consulte uma das unidades do Sesc
programação traz uma mesa-redonda
necessária uma relação entre diversos
envolvidas no Autores & Ideias.
com os autores André Czarnobai, po-
elementos para que a literatura seja
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
29
Apucarana presta homenagem a Darci Piana Jair Ferreira/ Bela Facce
Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná recebe também Moção de Aplauso em Foz do Iguaçu
Reunião de diretoria realizada em Apucarana. Na mesa Humberto Marineu Basso, Antônio Waldemar Garcia, Ari Faria Bittencourt, João Carlos de Oliveira (prefeito municipal), Darci Piana, Segismundo Mazurek, Luis Fernando Mamede Mendes, Valter Pegorer e Aída Santos Assunção (da esquerda para a direita).
A
primeira vez que o presi-
cebeu no dia 30 de abril. O título de
obras físicas, mudou nossa história.
dente do Sistema Fecomér-
Cidadão Honorário foi um projeto da
Seus atos sempre foram espelhos de
cio Sesc Senac foi a Apuca-
vereadora Telma Reis que foi aprovado
sua consciência”, diz Telma. A verea-
rana, no interior do Paraná, foi no ano
na Câmara Municipal por unanimidade.
dora afirma que a maior honraria que
de 1968. “Fui representante comercial
“Nossas atitudes são marcas e está
o município pode oferecer foi um re-
nesta cidade e grande parte do que eu
em nosso poder fazer e mudar a histó-
conhecimento à conduta do presidente
tenho hoje ganhei aqui”, lembrou Darci
ria. Foi o que Darci Piana fez em nossa
do Sistema Fecomércio.
Piana durante a homenagem que re-
cidade, não apenas preocupado com
30
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
Luiz Fernando Mamede Mendes,
maio
|
junho 2010
Jair Ferreira/ Bela Facce
presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Apucarana, compartilha da opinião de Telma. “Diversas dificuldades ambientais tornaram o novo Senac em Apucarana uma obra quase impossível, mas o presidente Piana disse que havia assumido um compromisso, e que ele não seria abandonado, uma verdadeira atitude de quem tem raízes na cidade”, coloca Mendes. O novo Senac em Apucarana é uma solicitação antiga dos moradores da cidade e um compromisso assumido pelo Sistema Fecomércio. “Muitos jovens que ainda não têm emprego vão passar por ali, se preparar e conquistar sua cidadania. O Senac é um grande investimento por conta do conhecimento que irá disseminar e uma
O título recebido por Darci Piana. À sua direita, o prefeito joão carlos oliveira e o presidente da Câmara Municipal, Mauro Bertoli. à esquerda, a vereadora Telma Reis, autora da proposta. Ao fundo, os vereadores José Airton de Araújo e Sebastião Ferreira Martins
grande conquista de todos nós, Sistema e município”, aponta Piana. A previsão de término da obra é no mês de agosto e o novo Centro de
de nossa cidade e Apucarana sente-se
ma Fecomércio, incluindo o coronel
honrada de ter sido escolhida para re-
da 5ª Divisão Militar, Tsuyoshi Harada,
ceber essas ações”.
que fez uma pequena palestra sobre
Educação Profissional do Senac deve ser inaugurado ainda este ano. “O Sistema Fecomércio trabalhou e trabalha
Reunião da Federação em Apucarana
mobilização nacional e pediu o apoio dos empresários presentes. O prefeito falou sobre a importân-
pelo bem da classe comerciária e da
Além de receber o título de Cida-
cia da parceria do Sistema Fecomér-
população em geral. Transforma rea-
dão Honorário, o presidente do Siste-
cio Sesc Senac Paraná com a cidade
lidades nas cidades e está deixando
ma Fecomércio também levou à cidade
e como sua presença contribui para a
sementes que vão dar muitos frutos e
as reuniões de conselho e diretoria da
geração de empregos. Foram apresen-
nossa juventude aguarda ansiosamen-
Federação do Comércio do Paraná. Fo-
tados pelos diretores regionais do Se-
te o novo Senac”. As palavras são do
ram realizadas no Cine-Teatro Fênix a
nac, Vitor Monastier, e do Sesc, Paulo
prefeito de Apucarana, João Carlos de
Assembléia Geral Ordinária do Conse-
Cruz, os resultados do primeiro semes-
Oliveira.
lho de Representantes da Fecomércio
tre de ambas as instituições. O Senac
PR e a 112ª Reunião de Diretoria.
PR, entre os meses de janeiro e março
As homenagens incluíram ainda um vídeo gravado com amigos do pre-
Elas contaram com a presença do
já realizou mais de 20 mil matrículas,
sidente em Apucarana relembrando os
prefeito João Carlos de Oliveira; do
em 96 municípios. O Sesc, no mesmo
tempos em que trabalhavam juntos e
vice-prefeito Antônio Waldemar Gar-
período, realizou quase 600 eventos e
uma placa, oferecida por toda a po-
cia, do ex-prefeito Valter Pegorer, do
atendeu uma média de 340 mil pesso-
pulação apucaranense parabenizando
presidente do Silvana, Luiz Fernando
as por mês.
Darci Piana pelo título. Para o presi-
Mamede Mendes e da presidente da
Valter Pegorer, um dos grandes
dente da Câmara Municipal, Mauro
Câmara da Mulher Empreendedora e
apoiadores do Sistema Fecomércio em
Bertoli, “as ações do Sistema Feco-
Gestora de Negócios em Apucarana,
Apucarana, falou aos presentes sobre
mércio contribuem para o desenvol-
Aída Assunção dos Santos, entre ou-
essa parceria. “A gente passa e os re-
vimento social, cultural e econômico
tras autoridades e diretores do Siste-
sultados ficam. O Senac é fruto do so-
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
31
Divulgação
A vereadora Nanci Rafagnin Andreola, o presidente do Sistema FEcomércio Sesc Senac Paraná, DArci Piana, e o presidente da câmara Municipal de vereadores de Foz do Iguaçu, Carlos Juliano Budel
nho de muita gente, explicitados pelos
unanimemente e recebida com muita
polo turístico do País. O Senac Cata-
futuros alunos que querem aprender a
alegria não só pela Câmara de Verea-
ratas é resultado da restauração do
andar com suas próprias pernas”, disse
dores como pelos empresários de Foz
antigo Hotel Cassino.
o ex-prefeito.
e representantes da sociedade”, con-
Além disso, o Sistema Fecomér-
ta. Darci Piana recebeu a homenagem
cio realiza grandes eventos na cidade
em sessão da Câmara realizada no dia
como a Maratona Internacional de Foz
A Câmara de Vereadores de Foz do
15 de junho. “Fico sensibilizado com a
do Iguaçu que está em sua quarta edi-
Iguaçu também prestou homenagem a
homenagem dos vereadores e da so-
ção e recebe mais de 550 atletas, além
Darci Piana, por todas as realizações
ciedade de Foz do Iguaçu. O Sistema
de público de mais de 6 mil pessoas.
do Sistema Fecomércio Sesc Senac no
Fecomércio Sesc Senac Paraná muito
Outro evento de grande porte é o en-
município, com uma Moção de Aplau-
já realizou na cidade e muito ainda vai
contro da Câmara da Mulher Empre-
so, proposta pela vereadora Nanci Ra-
realizar”, disse o empresário.
endedora e Gestora de Negócios que
Foz do Iguaçu
fagnin Andreola. “O Sistema Fecomér-
Em 2007, foi inaugurado o Sesc
cio realiza inúmeros projetos em prol
e, desde então, oferece à população
do progresso tanto do nosso município
do município os serviços de seu bra-
quanto do Paraná e eu acho que te-
ço social. O Senac, que já funcionava
mos que valorizar as pessoas em vida.
em Foz do Iguaçu, recebeu em 2009
Darci Piana é um homem digno, um
um novo Centro de Educação Profis-
exemplo de coragem”, diz a vereadora.
sional, especializado em turismo, ho-
Nanci ainda ressalta a aceitação de
telaria e gastronomia, atividades de
sua proposta. “A moção foi assinada
extrema importância para o segundo
32
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
reuniu, em 2010, cerca de 1400 empresárias de todo o Estado.
maio
|
junho 2010
Gripe H1N1 Os cuidados devem continuar!
O
alerta precisa ser mantido! Bons hábitos de higiene e a etiqueta da Gripe H1N1 são essenciais para que os números de infectados e óbitos em virtude do vírus não sofram acréscimo. E a rotina higiênica que acompanhou a população em 2009 trouxe, também, a redução da incidência de casos de meningite, diarreia e conjuntivite. Quem confirma estes dados é o Secretário de Estado da Saúde, Carlos Moreira Júnior, que em entrevista à Revista Fecomércio apresentou um panorama da cobertura vacinal no Paraná contra a Gripe H1N1. Moreira Júnior revela que o Paraná foi o Estado Brasileiro que mais vacinou o público preconizado pelo Ministério da Saúde: crianças de seis meses a cinco anos incompletos, gestantes, portadores de doenças crônicas, trabalhadores de saúde e adultos jovens entre 20 e 39 anos. Com a campanha de vacinação, iniciada em março deste ano e realizada até junho, o Estado vacinou 5,1 milhões de pessoas, chegando a 85% de aplicação das vacinas recebidas. A meta agora, é vacinar profissionais ligados
33
à educação. “Embora tenhamos conseguido estes índices e tenhamos tomado a vacina, precisamos manter os cuidados básicos, como por exemplo, lavar as mãos, cobrir a boca e nariz com lenço descartável ao tossir e espirrar. Os hábitos de higiene devem fazer parte do nosso cotidiano”, revela Moreira Júnior. Parceiro das ações de cuidados com a saúde do comerciário, seus dependentes e da comunidade em geral e com base no Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica da Influenza, do Ministério da Saúde, o Sesc desenvolveu o Protocolo de Orientações contra a Gripe A H1N1. O documento traz dados e definição sobre a doença, fatores de risco, medidas preventivas e orientações para os diversos serviços e setores da instituição. Este protocolo, criado em abril deste ano, contém fundamentos que nortearão as ações de prevenção, através de exercício de práticas democráticas, direcio-
www.fecomerciopr.com.br | Cwww.pr.senac.br S I S T E M A F E C O M|É www.sescpr.com.br RCIO SESC SENA PR
nadas aos colaboradores e frequentadores das Unidades de Serviços. Independente da área de ação o importante é exercitar a “etiqueta da gripe”.
Etiqueta da Gripe temente com água e ● Lave as mãos frequen r; ois de tossir ou espirra dep nte lme sabão, especia ique o apl os, mã das m age ● Após a lavagem e sec s álcool etílico) nas palma álcool gel (com 70% de rir cob a par te cien sufi das mãos em quantidade e bem as palmas, dortoda a superfície. Friccion espontânea do álcool; m sos e dedos até a secage tato boca e nariz após con ● Evite tocar os olhos, com superfícies; cobrir o nariz e a boca ● Ao tossir ou espirrar, lmente descartável ou ncia com um lenço prefere és das mãos; use o antebraço ao inv e entos, copos, toalhas ● Não compartilhe alim l; objetos de uso pessoa ventilado no trabalho, ● Mantenha o ambiente coletivo; residência e transporte os e com aglomeração ● Evite ambientes fechad
de pessoas; . s sem orientação médica ● Não use medicamento e de saú à l icia ser prejud A automedicação pode de da gripe (febre acima ● Ao sentir os sintomas ecab de dor a, respiratóri 38ºC, tosse, dificuldade auxílio e cur pro s), çõe cula ça, muscular e nas arti o e tratamento. médico para diagnóstic
33
S I S T E M A F E C O M É R C I O Sm ES R 2010 aC i o S E| N A j uCn P ho
Investimento em pessoas Programa de Desenvolvimento de Gestores do Sistema Fecomércio Sesc Senac completa seu ciclo
Gestores do Sesc e do Senac foram reunidos no treinamento
“
Atualização profissional e a
ao Programa de Desenvolvimento de
gestor para gestores do Sistema Feco-
troca de experiências devem
Gestores que, entre os meses de outu-
mércio Sesc Senac Paraná.
ser sempre prioridade dentro
bro de 2009 e maio de 2010, ofereceu
Desenvolvido em parceria com a
das empresas”, afirma Joil Baptistel,
sete módulos de reciclagem, atualiza-
FAE, o programa abordou temas como
gerente de Planejamento e Estatística
ção e transmissão de conhecimentos e
planejamento estratégico, gestão de
do Sesc Paraná. Ele está se referindo
habilidades, voltados às atividades do
projetos, logística e relacionamento
34
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
maio
|
junho 2010
interpessoal. Antonio Carlos Langner,
piciou este estreitamento, um
Coordenador de Recursos Humanos do
melhor entendimento do que
Senac, acredita que todos os módulos
efetivamente é o Sistema. Para
são aplicáveis à realidade dos gesto-
mim isso foi muito valioso”, diz
res. “Eles foram escolhidos com uma
o gerente executivo do Sesc em
visão das principais necessidades que
Londrina, Cilas Fonseca Vianna.
enfrentamos, já que a nossa realidade
A diretora do Centro de Edu-
abrange várias especialidades”, diz. Os colegas concordam. Para José
1º módulo | ADMINISTRAÇÃO DA EMPRESA MODERNA 2º módulo | PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E FERRAMENTAS
cação Profissional do Senac em
3º módulo | GESTÃO DE PROJETOS
Guarapuava,
4º módulo | LOGÍSTICA E SUPRIMENTOS
Marta
Gavanski
Dimas Fonseca, gerente executivo do
Harmatiuka, ressalta que os
Sesc em Foz do Iguaçu, “na maioria
ensinamentos
dos módulos, nós os participantes, pu-
adquiridos serão naturalmente
demos ampliar conhecimentos de áre-
transmitidos
as que conhecíamos e descobrir novos
res que estão em contato com
focos de ação para aplicação diária”.
os participantes do programa.
Vanise Melgar Talavera, da assessoria
“Enquanto parte da equipe você
jurídica do Senac, diz: “essa oportu-
contribui e compartilha conheci-
dança de comportamento e também
nidade dentro da nossa própria casa
mentos o tempo todo, e quando você
uma oportunidade para aqueles gesto-
permite que nos desenvolvamos de
compartilha você aprende cada vez
res que ainda não perceberam as mu-
uma maneira voltada especificamente
mais”, diz Marta.
danças pelas quais já passamos e as
para as necessidades da instituição”.
e aos
experiências colaborado-
5º módulo | FERRAMENTAS DE GESTÃO DE PESSOAS E ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL 6º módulo | ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 7º módulo | RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E POSTURA CORPORATIVA
Conhecimento, aprimoramento e
que ainda vamos enfrentar. As organi-
O treinamento trouxe ainda a pos-
novas habilidades são só parte do re-
zações a cada dia terão que se adaptar
sibilidade de contato com as realidades
sultado de cerca de 200 horas de trei-
ao mercado, não podemos achar que
de outras áreas da empresa. “Ele foi
namento divididas em 100 horas pre-
as nossas necessidades virão ao nosso
muito oportuno, sobretudo como inte-
senciais e 100 horas de conteúdo EaD.
encontro e sim temos que ir em bus-
gração de todos os gestores, notada-
“Além de entrosamento com os inte-
ca do novo, para atendermos todos os
mente entre o Sesc e Senac que são
grantes do Sistema, é uma oportunida-
nossos objetivos e compromissos com
duas casas separadas e finalmente pu-
de valiosa para fazer uma autoanálise
a sociedade”, coloca Marcio Renaldin,
deram se conhecer melhor e compar-
de sua gestão, trocar ideias, assimilar
gerente executivo do Sesc Portão.
tilhar ideias e comportamentos”, co-
novos conhecimentos e atualizar-se”,
O saldo do Programa de Desenvol-
menta Francisco Costa e Silva, gerente
afirma Arsenio Vicente Ross, diretor do
vimento de Gestores é muito positivo
executivo do Sesc Odontologia. Tadeu
Senac em Toledo.
e deixa as portas abertas para que se
Moreira, diretor do Senac em Parana-
Andreia Patricia Rinaldo, geren-
repita e se expanda. “Deve ser am-
vaí completa, “pudemos adquirir uma
te executivo do Sesc em Apucarana,
pliada para toda a equipe, e para to-
visão abrangente do nosso negócio”.
acredita que existe um ganho direto
das as áreas de atuação, pois todos
Como reuniu todos os gestores do
para os participantes do treinamento,
assumem importantes funções como
Paraná, a ação também cumpre um
mas que a empresa também tem um
produtores de conhecimento e prota-
importante papel de integração dentro
grande retorno. “Muito mais que os
gonistas dos processos de mudanças
do Sistema Fecomércio. “Eu tive a gra-
gestores, quem ganha realmente é a
e ações da instituição”, diz João Gor-
ta satisfação de conhecer pessoas do
instituição, pois podemos dar à empre-
la, gerente executivo do Sesc Londri-
Senac que muito me enobreceram do
sa o que ela espera, força capaz de aju-
na Aeroporto. “Esta iniciativa deve ser
ponto de vista de saber que nosso uni-
dá-la na tarefa de maximizar resultados,
estendida, abrangendo os diversos
verso é muito maior por conta dessas
minimizar custos e otimizar os recursos
setores da Instituição, com oportu-
relações, ainda que o Sesc e o Senac
humanos disponíveis”, explica.
nidades para outros colaboradores”,
sejam duas instituições distintas, pro-
“A proposta é o início de uma mu-
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
concorda Tadeu Moreira.
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
35
Incentivo fiscal Curitiba reduz alíquota do ISS para representantes comerciais
Momento da assinatura da lei complementar que reduz impostos para representantes comerciais, em solenidade presidida pelo prefeito Luciano ducci, e a presença do presidente do sindicato e do conselho regional dos representantes comerciais do paraná, paulo césar nauiack.
A
Prefeitura de Curitiba san-
tagem de pneus. Dessa forma, esses
“Esta é uma forma de atrair mais em-
cionou uma lei que in-
segmentos que até então pagavam
presas e solidificar as que já estão aqui
centiva
representan-
5% de ISS passarão a pagar 2,5%. A
instaladas. A redução de 2,5% pode
tes comerciais manter ou abrir suas
os
redução do imposto começou a vigorar
parecer pequena, mas para muitos
empresas na capital paranaense. A
em 1º de junho.
representantes comerciais é de suma
Lei Complementar nº 76, publicada
Após dois anos de reivindicações
no Diário Oficial Municipal, em 25 de
junto à Secretaria de Finanças da Pre-
maio, reduziu pela metade a alíquota
feitura de Curitiba, o presidente do
Apesar de um dos quatro Ps do
do Imposto Sobre Serviços (ISS) inci-
Sindicato e do Conselho Regional dos
conhecido Composto de Marketing
dente sobre os serviços de represen-
Representantes Comerciais do Paraná
(Produto, Preço, Promoção e Ponto de
tação comercial, composição gráfica,
(CoreSin/PR e Core/PR, respectivamen-
Venda) indicar que o ponto de venda
corretagem de seguros e recauchu-
te), Paulo César Nauiack, comemora.
influencia o consumo, alguns tipos de
36
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
importância e pode significar a sobrevivência de muitos deles”, diz.
maio
|
junho 2010
serviços desfrutam de certa mobilida-
muito importante, ainda mais em uma
se instalaram na Região de Metropoli-
de geográfica. Essas empresas podem,
cidade que tem na prestação de servi-
tana”, explica o secretário.
inclusive, manter sua localização fora
ços o foco de seus negócios”, analisa
do mercado principal sem que isso
o vereador.
Estudos da Prefeitura de Curitiba preveem que a receita do ISS dos se-
interfira na dinâmica e no volume da
A Lei Complementar nº 40, com al-
tores de corretagem de seguros, com-
sua atividade. Por causa dos custos
terações introduzidas em 2005, já con-
posição gráfica, recauchutagem de
decorrentes da antiga alíquota de 5%,
cedia a alíquota reduzida do ISS para
pneus e de representação comercial
muitos escritórios de representação
o segmento de limpeza, conservação
dobre em 2011, chegando a R$ 9 mi-
comercial se instalaram ou transferi-
e vigilância. O vereador Sabino Picolo
lhões. E para 2012, a estimativa é de
ram suas sedes para outros municípios
lembra que na época, com a isenção
que a soma a ser atingida ultrapasse
da Região Metropolitana onde o ISS
de 50% do imposto, as empresas re-
R$ 12 milhões.
é menor, como Almirante Tamandaré
tornaram para Curitiba e recolheram
ou Araucária. Essa situação provoca
mais que o dobro no ano seguinte. “É
um recuo no crescimento da repre-
preciso modernizar a tributação, bai-
O Paraná conta com aproximada-
sentação comercial na economia local,
xando a alíquota, mas não perdendo
mente 45 mil representantes comer-
e menor arrecadação do tributo pela
a arrecadação. Este é, na verdade, o
ciais. Só na Região Metropolitana de
Prefeitura de Curitiba.
Saindo da informalidade
anseio de 65% da população, segundo
Curitiba são perto de 15 mil, boa parte
“Essa lei possibilita aos represen-
uma pesquisa divulgada recentemen-
sem registro. “E o que nós estamos
tantes comerciais, que estejam atu-
te, que deseja a revisão dos impostos
buscando com essa redução tributária
ando em nossa cidade, estabelecerem
com baixa da carga tributária”, diz.
é trazer para a formalidade parte des-
sua empresa aqui e que realizem a arrecadação de impostos em Curitiba.
ses que estão na informalidade”, expli-
Equilíbrio das contas
ca Paulo Nauiack.
A assinatura desse projeto é muito im-
A redução do imposto pela metade
Segundo o presidente do Core/PR
portante para a cidade, para os cor-
não deverá trazer prejuízos aos cofres
e do CoreSin/PR, a questão tributária
retores e representa mais empregos”,
públicos. A expectativa é que o retorno
é um inibidor, pois são poucos os que
afirma o prefeito Luciano Ducci.
e a abertura de novas empresas res-
têm condições de montar uma estru-
A proposta, encaminhada pelo ex-
gate o equilíbrio das finanças munici-
tura fora do município. Apesar de 70%
prefeito Beto Richa, foi defendida nas
pais. Para se ter uma ideia, somente
dos representantes comerciais serem
comissões da Câmara Municipal pelos
em 2009, a atividade de representação
pessoas jurídicas, em geral os escritó-
vereadores João Claudio Derosso, João
comercial recolheu aproximadamente
rios são pequenos, com dois ou três
do Suco e Sabino Picolo, que contribu-
R$ 4,6 milhões em ISS. De acordo com
funcionários.
íram para sua aprovação no legislativo
o secretário de Finanças de Curitiba,
“O grande representante comer-
municipal por maioria absoluta.
Luiz Eduardo Sebastiani, nos primeiros
cial, este sim, tem como levar sua sede
“Conheço esses segmentos e via
meses haverá, de fato, uma queda na
para outro município. A grande massa
a dificuldade deles. O projeto para a
arrecadação, que será recuperada em
do segmento é formada por peque-
redução do imposto foi bem elabora-
seguida, a exemplo de medidas seme-
nos representantes, aqueles que tra-
do, bem pensado tecnicamente. Hou-
lhantes adotadas para outros setores
balham com as grandes indústrias ou
ve um grande estudo, tanto por parte
econômicos. “No primeiro momento
mesmo com os atacadistas, com uma
dos segmentos beneficiados, quanto
pode haver um desequilíbrio nas finan-
retirada mensal de R$ 2 a R$ 3 mil.
da prefeitura”, justifica João do Suco.
ças, porém, uma redução de alíquota
É esse quem precisa será beneficiado
Derosso fala que a briga fiscal tem
traz a impulsão da base tributária, ou
pela lei”, justifica. Nauiack prevê, inclu-
feito muitos municípios da Região Me-
seja, novos investimentos são propi-
sive, um aumento no número de asso-
tropolitana de Curitiba baixar o ISS,
ciados por esse abatimento. E no caso
ciados ao Sindicato e ao Conselho dos
levando da Capital a sede das empre-
dos representantes comerciais essa
Representantes Comerciais, em virtu-
sas. “O grande chamariz, no entanto,
recuperação será muito rápida porque
de da legalização de novas empresas,
é Curitiba. O retorno das empresas é
haverá o retorno dos profissionais que
motivada pela redução do ISS.
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
37
Projeto Crescer Iniciativa está mudando a vida de centenas de crianças em Arapongas
U
38
Esporte, Paulo Pennacchi junto a grupo de meninos
Festa, meninas recebem ovos de chocolate na páscoa Karina Mikowski
ma fila de meninos se organiza no refeitório de onde já se sente um cheirinho bom de comida caseira. “As crianças que ficam aqui no período da manhã vão para a escola depois de almoçar, e as do período da tarde almoçam assim que chegam. Além disso, todas fazem um lanche”, conta Cleide Pennacchi, esposa de Paulo Hermínio Pennacchi, idealizador e presidente de um projeto que busca auxiliar no desenvolvimento de muitos jovens de baixa renda de Arapongas, interior do Paraná. “Eu faço parte do Lions Clube há 38 anos e a primeira entidade construída e mantida pelo clube foi a Apae. "Depois foi construído um orfanato que funcionou por 27 anos, a Casa do Bom Menino. Um dia, conheci um projeto social em Caxias do Sul-RS e me inspirei nele para oferecer uma oportunidade semelhante a centenas de crianças, foi assim que nasceu o Projeto Crescer”, conta Pennacchi. O esquema é de contraturno escolar, ou seja, aulas complementares e de reforço que podem significar, para muitos desses meninos e meninas, a chance de uma vida melhor. O maior objetivo é oferecer ferramentas para que essas crianças possam descobrir seus potenciais, aumentando sua autoestima e permitindo que enxerguem o futuro por outra perspectiva. Nas salas e corredores de instalações simples, mas com tudo que é necessário para alcançar esse objetivo: biblioteca, sala de informática, com boas máquinas conectadas à Internet, campo de futebol, vestiários com armários – as crianças recebem cami-
Aula de informática na Casa do Bom Menino
setas do projeto para usar enquanto estão em aulas – e um currículo que inclui além de reforços, como portu-
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
guês e matemática, aulas que desenvolvem outras aptidões, como música, esportes e jogos intelectuais.
maio
|
junho 2010
Enquanto casa-lar, a Casa do Bom Menino era basicamente um local temporário para crianças que poderiam ser adotadas. “Mas o número de atendidos variava demais, às vezes 60, às vezes apenas quatro ou cinco. Aí nós conhecemos um projeto que nos inspirou a criar o Crescer”, lembra Cleide. Em 2004, o espaço foi transformado em escola e hoje atende 263 meninos com idades entre 10 e 15 anos. “O modelo começou lá em Caxias do Sul, no projeto Florescer, e numa outra iniciativa que conhecemos em Astorga-PR, o projeto Piá em Astorga, mantido pela prefeitura, entre outras ações. Isso virou um sonho nosso, oferecer oportunidades semelhantes às crianças de Arapongas”, relembra Pennacchi. No início, as vagas eram para os melhores alunos de colégios públicos. “Depois percebemos que a chance poderia ser ainda mais importante para os outros. Então o candidato pode até ser repetente, mas não pode repetir o ano enquanto estiver no projeto”, completa o empresário. Os candidatos devem, preferencialmente, vir de famílias que têm até três salários mínimos de renda, e esse limite não costuma ser ultrapassado, apenas em algumas exceções, quando a família tem mais membros e mais pessoas trabalham. “Mas nós analisamos caso a caso e levamos muito a sério a questão da renda, para que possamos sempre atingir quem realmente precisa”, explica Marisa Padovezi Ferreira Bazana, diretora do Projeto Crescer. Além disso, são feitas reuniões periódicas com os pais e com coordenadores ou diretores das escolas regulares que as crianças frequentam. Isso para que as informações possam ser sempre cruzadas, permitindo que as instituições se ajudem, aos pais e, principalmente, auxiliem no desenvolvimento do aluno. “Nós levamos tudo em conta, a assidui-
quentemente, pais de alunos trazem histórias de como seus filhos estão mudando desde que ingressaram no projeto. “Eles mudam e acabam afetando pais e irmãos também. Aqui eles Meninas aprendem que podem repetir a comida No crescer, meninos e meninas es- quantas vezes quiserem, mas que não tudam em espaços separados. Como podem deixar no prato para jogar fora, estão em idade de pré-adolescência e por exemplo. Aprendem a não fazer adolescência, isso evita alguns trans- bagunça na área de refeição, porque tornos e faz com que os resultados outro grupo vem em seguida. A discisejam mais eficazes. Elas, que somam plina é muito importante aqui”, cometa hoje 87 jovens, estudam em salas ce- Cleide. didas pela Universidade Norte do ParaA ideia é contribuir não só para o ná (Unopar), seguindo o mesmo horá- ensino, mas também para o trato com rio dos meninos na Casa, das 7h30 às a vida, ética, cidadania e civilidade. As 11h15 e das 13h às 16h45. O número crianças não ficam nas ruas quando reduzido se explica pelo fato de que estão fora da escola, e encontram um as mães preferem que suas meninas ambiente de incentivo para seu desenfiquem em casa, cuidando dos irmãos volvimento. “O Crescer é a menina dos mais novos ou ajudando nos deveres. nossos olhos. Os nossos jovens sempre O projeto é mantido unicamente nos mostram e confirmam que, oferepor doações de colaboradores, sejam cendo uma oportunidade, ela não será elas financeiras, em produtos de con- desperdiçada. Nosso objetivo agora é sumo de todos os multiplicar essa iniciatipos ou em trabativa por todo o país”, lho voluntário. O coloca Pennacchi. que essas doações E ele completa. “O não alcançam do projeto cresce ano a orçamento anual ano. Com as parcerias é complementaem universidades essa do com um baile, é uma grande possibirealizado em parlidade, porque essas ceria com a Apae. instituições têm muito Cleide comenta espaço ocioso durante que “o evento lota o dia, e muita estrutodos os anos, até tura que pode ser utiporque, temos o lizada para as nossas apoio do Lions que aulas. Em Arapongas, Paulo Pennacchi, presidente e idealizador do Projeto é mantenedor da a Unopar tem capaciCrescer Casa do Bom Medade para 2,5 mil alunino e também da Apae. Essas são as nos e somente duas turmas em aula duas instituições que o clube trabalha durante o dia. E isso acontece em todo com bastante afinco aqui na cidade”. o país aumentando para inúmeras as Os esforços de administradores, possibilidades de multiplicação desse educadores e voluntários trazem re- tipo de inciativa”. sultados diariamente e já que têm contato direto com a instituição fredade, as notas. Quem reprovar na escola sai do projeto. Isso incentiva a criança a se esforçar e se dedicar”, completa Marisa.
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
39
A folha de salários e redução da carga tributária Antonio Oliveira Santos
Crisitna Bocayuva
Presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo De tempos em tempos,
impossibilitar a substituição do atual sistema de repartição ou so-
ressurge, nos meios de comu-
lidariedade imposta - em que os empregados em atividade e seus
nicação, a simplória e surrada
empregadores financiam os aposentados e pensionistas -, pelo sis-
proposta de desoneração da
tema de capitalização, no qual cada empregado possa ter, a exem-
folha de pagamento de salá-
plo do exitoso FGTS, uma conta vinculada para acolher, mês a mês,
rios, mediante a transferên-
as contribuições próprias e as do empregador e receber correção
cia, para o faturamento, da
monetária e juros capitalizáveis.
base de cálculo de incidência
Os técnicos oficiais sempre criticaram essa solução, sob a ale-
das contribuições previdenci-
gação de que não haveria recursos, na conta de cada empregado,
árias devidas pelas empresas.
para financiar a aposentadoria e a pensão, mas isso porque não
Por não considerar to-
consideram dois fatores: a) a elevação da idade para a aposenta-
dos os ângulos da questão,
doria, que se revela indispensável, mesmo na sistemática atual; b)
tal proposta é tecnicamente
a exclusão dos trabalhadores rurais e outros que nunca contribu-
inadequada e segue direção
íram para a Previdência e cujas aposentadorias e pensões devem
oposta a do aperfeiçoamento do nosso sistema previdenciário. Sob
constituir encargos de assistência social custeados pela Cofins.
o ângulo da tributação das empresas, a proposta não soluciona o
Afora isso, a implantação do regime de capitalização depende
problema. Apenas “muda o sofá de lugar”, pois, evidentemente,
da implementação do Fundo de que trata o art. 250 da Constituição
não se poderia admitir, neste momento, a redução da receita pre-
e art. 68 da Lei de Responsabilidade Fiscal e que acolheria a receita
videnciária.
das contribuições, aplicando os recursos no mercado financeiro, a
A modificação da base de cálculo da contribuição previdenciária do empregador beneficiaria uma parte das empresas, ou seja,
exemplo do que ocorre com a Previ e outros fundos privados de previdência, hoje com expressivos ativos.
as que tenham muitos empregados, mas prejudicaria as que te-
Em síntese, a proposta de alteração da base de cálculo da
nham poucos assalariados, como as de alta tecnologia. As micro e
contribuição previdenciária deve ser incluída no rol dos projetos
pequenas empresas e as empresas de serviços profissionais tam-
inadmissíveis, pois cria imenso tumulto nas atividades empresa-
bém seriam muito prejudicadas. Além disso, a proposta não pode-
riais, sem contribuir com um centavo sequer para a solução da
ria ser estendida ao empregador-pessoa física, uma vez que este
questão previdenciária, além de dificultar, ainda mais, a adoção de
não possui faturamento, o que obrigaria a criação de duas bases
uma solução definitiva.
de cálculo da contribuição.
A desoneração da folha de salários das empresas é um obje-
Logicamente, tem de haver uma relação direta entre a inci-
tivo a ser atingido, mas pela efetiva redução da carga tributária e
dência da contribuição e sua base de cálculo, pelo simples fato de
não pelo artifício da mudança da base de cálculo das contribuições
que a aposentadoria tem de ser proporcional aos salários recebi-
previdenciárias. Com tal objetivo, o Governo poderia, desde logo,
dos pelo beneficiário do seguro social. Logo, é o salário a base de
promover a extinção da Contribuição Social ao Salário-Educação,
cálculo adequada para o cálculo das contribuições previdenciárias.
uma vez que a despesa pública da União, com a manutenção e o
Já o faturamento da empresa pode ser base de cálculo para os
desenvolvimento do ensino, é atendida pela vinculação constitu-
tributos sobre a renda, a produção e as vendas (IR, CSLL, IPI,
cional de 18% da receita proveniente dos impostos federais (Cons-
ICMS e ISS), mas, nada tem a ver com o cálculo das contribuições
tituição, art. 212), e extinguir, ainda, a Contribuição ao PIS, que,
previdenciárias.
desde a Carta de 1988 (art. 239), deixou de formar patrimônio dos
O mais grave, no entanto, é que a citada proposta segue caminho inverso ao do aperfeiçoamento da Previdência Social, por
40
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
trabalhadores, para financiar, em parte, o seguro-desemprego, que pode ser custeado pela receita da Cofins.
maio
|
junho 2010
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
41
Comércio globalizado Câmara do Comércio Exterior da Fecomércio coloca empresários de diversos países para negociar
Rui Lemes, diretor da câmara de comércio exterior, em encontro realizado na fecomércio.
A
balança comercial externa
Foi diante deste cenário, pouco fa-
Desta forma estamos estimulando o
que-
vorável, que a Câmara do Comércio Ex-
comércio internacional”, salienta o di-
das expressivas em 2009.
terior da Federação do Comércio do Pa-
retor da Câmara do Comércio Exterior
A corrente de comércio registrada foi
raná deu início aos seus trabalhos para
da Fecomércio, Rui Lemes.
de U$ 281 bilhões, com redução de
promover e fortalecer o comércio inter-
Periodicamente, a Fecomércio re-
24,3% sobre 2008, quando atingiu U$
nacional. O órgão executivo intermedia
cebe comitivas de empresários de ou-
371 bilhões. E no Paraná, a situação
as relações entre empresas do comércio
tros países para rodadas de negócios,
foi semelhante. Os embarques pa-
de bens, serviços e turismo do Estado
que têm gerado excelentes oportuni-
ranaenses somaram U$ 11,2 bilhões
com os demais países do mundo.
dades para empreendedores brasilei-
brasileira
amargou
em 2009, valor 26,3% menor que o
A aproximação da Câmara da Fe-
ros e visitantes, sobretudo na impor-
registrado no mesmo período do ano
comércio com as demais câmaras de
tação de produtos vindos do exterior.
anterior, segundo dados divulgados
comércio exterior sediadas em Curitiba
Países como a Polônia, cujas vendas
pelo Ministério do Desenvolvimen-
foi o primeiro movimento. Atualmen-
para o Brasil caíram quase à meta-
to, Indústria e Comércio Exterior. As
te, o órgão mantém contato frequen-
de, passando de U$ 530 milhões em
aquisições tiveram uma redução ainda
te com cerca de 20 câmaras. “Pro-
2008 para U$ 272 milhões em 2009,
maior, de 34%, e fecharam o ano com
porcionamos reuniões entre elas pra
vislumbram, a patir destas reuniões,
U$ 9,6 bilhões. Esta retração confirma
que ideias sejam trocadas e formada
grandes chances de recuperar o flu-
os efeitos diretos da crise financeira
uma rede de relações. Os encontros
xo do comércio. "Em função da crise
mundial, que levou a uma depreciação
permitem que demandas e assuntos
houve uma queda brutal na importa-
dos preços internacionais de commo-
dos países representados possam ser
ção de nossos produtos pelo Brasil,
dities agrícolas e minerais e queda da
levantados e que seus interesses co-
mas através dos consulados e enti-
demanda por bens.
muns ganhem força para sua defesa.
dades como a Fecomércio, buscamos
42
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
maio
|
junho 2010
incrementar os negócios entre os dois
fecharam negócios ou então deixa-
Exterior da Fecomércio uma forte con-
países, elevando os números da ba-
ram tudo muito bem encaminhado
tribuição para o aprofundamento do co-
lança comercial", afirmou a diretora do
para negociações futuras”, considera.
mércio. “As relações com a Federação do
Departamento de Economia da região
Corroboram essa avaliação os sócios-
Comércio são ótimas. Nós encontramos
de Wielkopolska (Polônia) Beata Lo-
gerentes da Cielos Pampeanos, uma
muita boa vontade, muita colaboração
zinska, durante o encontro promovido
fábrica familiar de alfajores, Silvia
e estamos agradecidos por essa genti-
pela Fecomércio, em maio deste ano.
Chus e Ricardo Vittore. Há um ano, os
leza com que fomos recebidos desde o
Apesar do grande número de imi-
empresários exportam o tradicional
princípio”, expressa a cônsul geral do Pa-
grantes poloneses no Paraná, a cônsul
doce argentino para o Brasil, mas o
raguai no Paraná, Lourdes Bogado Ins-
da Polônia em Curitiba, Dorota Joanna
mercado consumidor está concentra-
fran. As atividades entre as instituições
Barys, considera que o Estado possui
do em São Paulo. “Viemos para essa
deverão ser intensificadas com reuniões
ainda relativamente poucos contatos
rodada de negócios para posicionar
agendadas para o próximo semestre.
com seu país. "Através dessas missões
nosso produto aqui em Curitiba e Sul
“O comércio bilateral é bastante
empresarias, dentro de alguns anos
do Brasil. Estamos muito contentes
próspero e movimentado. Nós estamos
teremos tantos investimentos polone-
porque tivemos grande aceitação de
trabalhando para reforçar a impotação e
ses aqui quanto de brasileiros lá fora,
nossa mercadoria e obtivemos exce-
exportação e, sobretudo, para estabele-
que trarão benefícios para todos. Para
lente retorno, até mais do que espe-
cer contato com as cadeias produtivas
o Brasil, a Polônia poderá servir como
rávamos”, afirma Ricardo Vittore.
dos dois países. Queremos nos aproxi-
uma porta de entrada para a União Eu-
Aproximadamente 190 empresários
mar do empresariado para divulgar as
ropeia", avalia. Dorota lembra que as
de ambos os países participaram do
possibilidades de investimento em nos-
relações entre os dois países não são
evento multissetorial, a maioria ges-
so país e também promover os produtos
apenas comerciais e se estendem para
tores de médias empresas. E a missão
paraguaios”, almeja Lourdes. O Paraguai
a área cultural. Em 2009, o Sistema
inversa, de brasileiros rumo a Buenos
possui uma grande produção industrial
Fecomércio Sesc Senac, a Representa-
Aires, já está sendo programada pelo
nos setores alimentício, agroindustrial e
ção Central da Comunidade Brasileiro-
Consulado Argentino para este segundo
têxtil. A cônsul cita, ainda, o sistema da
Polonesa do Brasil (Braspol) e o Sin-
semestre. “Nosso parceiro número um,
Maquila, uma legislação que facilita os
dicato do Comércio Varejista de Irati
em Curitiba, é a Fecomércio. Estas ini-
investimentos de empresas estrangeiras
realizaram, em Irati, um jantar em ho-
ciativas de reuniões bilaterais entre as
no país, desde que 25% da composição
menagem aos 140 anos da imigração
câmaras nos permitem saber o que os
dos produtos seja paraguaia, principal-
polonesa no Brasil. E, em parceria com
países querem comercializar. Uma inter-
mente no caso da mão de obra. Assim,
o Consulado da Polônia promoveu um
câmara, como a da Fecomércio, pode
uma indústria pode estabelecer sua sub-
espetáculo de pianistas em homena-
gerar resultados excelentes”, expõe o
sidiária e desfrutar da isenção quase to-
gem aos 200 anos de nascimento do
cônsul da Argentina no Paraná, Héctor
tal de impostos, ou melhor, de simbólico
compositor polonês Frederic Chopin.
Gustavo Vivacqua. Ele cita que 40% de
1%. Mas esses produtos precisam retor-
tudo o que é exportado pela Argentina
nar ao país sede da empresa. Para se-
ao Brasil é dirigido ao Estado paranaen-
rem comercializados no Paraguai, uma tarifação adicional é aplicada.
Bons negócios no Mercosul A rodada internacional de negó-
se. “O Paraná é o 18º parceiro comercial
cios entre Brasil e Argentina, ocorrida
da Argentina, mais do que países como
Aproximar, comercialmente, países
em abril deste ano, sob a coordena-
a França. Por isso a aliança estratégica
separados pela geografia através da
ção da Câmara de Comércio Exterior
com a Fecomércio. Este Estado possui
diplomacia e de sua representativida-
da Fecomércio, comprova que quando
uma estrutura muito similar a Argentina.
de, este tem sido o objetivo da Câma-
se colocam empreendedores frente a
A indústria dos dois países se comple-
ra de Comércio Exterior da Fecomér-
frente, o que sai é negócio. De acor-
menta. Aqui nos sentimos mais cômo-
cio. Sua missão é abrir estradas para
do com Rui Lemes, o evento fechou
dos para fazer negócios”, explica.
que o comércio passe, minimizando as
com balanço positivo para 90% dos participantes.
“Vários
empresários
Vizinhos, os membros do Mercosul encontram na Câmara de Comércio
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
barreiras para que os exportadores e importadores possam atuar.
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
43
Aprender para trabalhar Beneficiários do programa Bolsa Família obtêm fontes de renda adicionais a partir de cursos de qualificação profissional do Senac
C
riado em 2003, o Bolsa Família é um programa de transferência de renda com condicionalidades do Governo Federal, para combater e reduzir a pobreza. Repassa a famílias pobres e extremamente pobres (com renda mensal per capita de até R$ 140,00) benefícios que variam conforme o número de crianças e adolescentes atendidos e do grau de pobreza de cada família. Em todo o Brasil, mais de 11 milhões de famílias são atendidas pelo Bolsa Família. O programa recebe o apoio do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento. E ainda tem sido recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para adoção em outros países em desenvolvimento. Tem inspirado cidades como Nova Iorque, que implantou recentemente um programa que dá dinheiro para as famílias pobres que mantêm seus filhos na escola ou fazem exames de saúde. No entanto, o Bolsa Família está longe de ser integralmente aceito pela sociedade brasileira. Entre as críticas, está a de que geraria dependência e acomodação de seus beneficiários na busca de um emprego formal. “Não há nenhuma evidência, entre os mais diversos estudos encomendados sistematicamente a organismos internacionais, de que as famílias se acomodam ou deixam de procurar
44
SENAC OFERECE UMA VARIEDADE GRANDE DE CURSOS PARA APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL.
emprego, pelo contrário. Se isso acontece, as razões são outras e dizem
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
respeito ao campo da subjetividade, da situação conjuntural e às vezes do
maio
|
junho 2010
próprio emocional das famílias”, explica a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, em entrevista exclusiva à Revista Fecomércio. Comodismo, porém, não é o que têm demonstrado os beneficiários do Paraná, onde 467.303 famílias recebem a ajuda mensal do Governo, que em maio superou os R$ 37,5 milhões. O Senac PR, por meio de seus Centros de Educação Profissional em todo o Estado, tem realizado parcerias com as Secretarias de Ação Social e Centros de Referência de Assistência Social (Cras), de diversos municípios, para qualificação profissional de pessoas beneficiadas pelo Bolsa Família. São realizados cursos gratuitos como Aperfeiçoamento em Serviços Domésticos, Confecção de Sabonetes, Preparo de Pães e Bolachas, Criação e Montagem de Bijuterias e diversos outros. Todos eles com o objetivo de capacitar os participantes para uma profissão ou, ainda, lhes permitir o desempenho de uma atividade geradora de renda. Como resultado, muitos participantes já estão empregados ou encontraram uma forma de ganhar um dinheiro extra. O secretário de Ação Social do município paranaense de Bandeirantes, Valbeti Palugan, relata que algumas participantes dos cursos da área da beleza abriram até salão e que agora têm sua renda com o que aprenderam nas aulas. Divulgação, na opinião do secretário, é o ponto chave. É preciso conscientizar os beneficiários sobre as vantagens de ter um certificado, uma profissão. Somada à visitação de resi-
dências, feita por agentes sociais, os cursos são anunciados nas rádios locais. Em apenas quatro ou cinco dias as vagas são completadas e há fila de espera por novos cursos. “O Senac de Cornélio Procópio é excepcional. Temos bom contato, os professores são excelentes, capacitados e sensíveis à situação dos alunos, que são bastante retraídos”, avalia Valbeti. MERCADO DE TRABALHO Além de definir quais treinamentos serão realizados, a Secretaria de Ação Social auxilia a inserção dos participantes no mercado de trabalho. Empresários de grandes empresas do município são consultados sobre possíveis vagas em seu quadro funcional. Foi assim que José Gabriel do Valle, proprietário da rede Super Mix contratou, há oito meses, um dos alunos do curso de Cortes e Embalagem de Carnes para Supermercados. “O curso serviu para ver quem estava interessado em trabalhar em açougue, que é algo bem complexo. O profissional precisa, ao mesmo tempo, saber manusear o corte da carne e atender bem ao cliente. Por isso é preciso se capacitar”, afirma o empresário. Para ele, o açougue é uma verdadeira indústria, em que o produto in natura é separado e embalado, gerando peças distintas comercialmente. E como praticamente não existe mão de obra qualificada, o curso do Senac forneceu a base da ocupação aos participantes. Quem também contratou uma das participantes dos cursos do Senac, em parceria com o Cras, foi Aliciane Maria de Oliveira Correia, de São Jerônimo
da Serra. Sua atual empregada doméstica frequentou as aulas do curso Aperfeiçoamento em Serviços Domésticos. “Estou muito satisfeita com a parte da limpeza e cuidado com as roupas. Estava difícil de achar alguém assim e agora encontrei”, diz Aliciane, que percebe o diferencial entre o trabalho de sua contratada em relação às outras empregadas domésticas que já teve, sobretudo nos quesitos responsabilidade e economia nos insumos de limpeza. Com turmas realizadas desde 2009 e tantas outras programadas, a coordenadora do Cras de São Jerônimo da Serra, Teresa Cristina Santos Derusso, sabe que os cursos estão fazendo a diferença na vida das famílias atendidas pelo programa de transferência de renda. “O Senac é bem conceituado e isso motiva os beneficiários do Bolsa Família a realizarem os cursos, pois são voltados para qualificação”, conta. Na opinião da ministra Márcia Lopes, as parcerias com instituições de ensino favorecem a especialização dos beneficiários para o mercado de trabalho, uma vez que seria muito difícil para os Cras desenvolverem cursos específicos para cada ocupação. “O Ministério sempre buscou e compreende que é fundamental a participação de todo o Sistema “S”. Eles são nossos parceiros em programas como o Mesa Brasil, desenvolvido pelo Sesc, e entendemos que essas parcerias podem ser ampliadas porque o sistema “S” é um conjunto forte, bem estruturado, que está em grande parte dos municípios brasileiros”, complementa.
Cursos do Senac destinados aos beneficiários do programa Bolsa Família Matrículas.... 8.506
Turmas....349
Cidades.... 56 janeiro de 2009 a maio de 2010
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
45
Arraial do comércio Festas juninas movimentam o varejo paranaense
B
andeirolas, chapéus de pa-
20% nas vendas, neste período do
projete uma expectativa de crescimen-
lha, comidas típicas. Tudo
ano, segundo estimativa do presiden-
to nas vendas de doces em geral, no
isso ao som do animado
te do Sindicato do Comércio Varejista
Paraná, de 30% a 40%”, detalha. Por
forró e músicas de quadrilha. Mesmo
de Gêneros Alimentícios, Minimerca-
ser o produto mais procurado para as
com toda a modernidade, as festas ju-
dos, Supermercados e Hipermercados
duas festas, a pipoca vai, literalmente,
ninas em homenagem aos três santos
de Curitiba, Região Metropolitana de
estourar nesses meses.
católicos – Santo Antônio, São João
Curitiba e Litoral do Paraná (Sindimer-
e São Pedro – são um dos mais for-
cados), Pedro Zoanir Zonta.
Doces juninos
tes traços do folclore brasileiro. E o
Para o presidente do Sindicato do
As festas juninas são, de fato,
comércio aposta nas festividades po-
Comércio Atacadista de Gêneros Ali-
um período açucarado, tanto para
pulares para aumentar o faturamento
mentícios do Estado do Paraná (Sin-
quem consome quanto para quem
nos meses de junho e julho.
caPR), Paulo Pennacchi, a sinergia
comercializa. Pennacchi observa que
Os produtos juninos mais vendi-
entre as festas juninas e a Copa do
a elevação do consumo de doces tra-
dos, tais como pipoca, canjica, amen-
Mundo impulsionou ainda mais o co-
dicionais, principalmente de deriva-
doim, cachaça, vinhos, gengibre, ca-
mércio. “Acreditamos que a união des-
dos de milho e amendoim, pode até
nela, cravo, milho-verde e batata-doce
sas duas comemorações, que fazem
dobrar. “Além dos produtos do ‘trade
registram aumento médio de cerca de
fortemente parte da cultura brasileira,
doceiro’, vários outros tomam caro-
46
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
maio
|
junho 2010
na nessas festividades, como balões,
produtos e principalmente de melhor
lojas mais populares, de calçados, mó-
produtos descartáveis e produtos de
qualidade.
veis e confecção façam uso da temáti-
decoração de festas”.
Os doces tradicionalmente brasilei-
ca junina para atrair os clientes. “Esses
“Além do consumo habitual em
ros têm ultrapassado fronteiras. O presi-
recursos motivam as vendas. Por se
cantinas e bares, nos meses de junho
dente do SincaPR destaca que a paçoca
tratar de um tema festivo comum no
e julho as famílias passam a consumir
e o pé de moleque, doces típicos das
Brasil todo, é um recurso válido para
mais doces, pois os arraiais nas esco-
festas juninas, são bastante consumidos
chamar a atenção para os produtos
las, entre amigos e familiares fazem
fora do Brasil, principalmente nos países
comercializados”, analisa. E até mes-
parte da tradição cultural, mesmo no
da América Latina e no Japão, conforme
mo as lojas mais refinadas introduzem
Sul do Brasil”, avalia o empresário Val-
dados da Associação Brasileira da Indús-
elementos das festas juninas em suas
deci Hatsumura, da empresa atacadis-
tria de Chocolate, Cacau, Amendoim,
vitrines, mas fazem uma releitura,
ta Campestre Distribuidora. O empre-
Bala e Derivados (Abicab).
adotando uma decoração junina mais
sário explica que a procura por doces é grande o ano inteiro, mas as festas
sofisticada.
Tudo enfeitado
Emprego e solidariedade
juninas resgatam as guloseimas “cai-
Para entrar no clima das festas ju-
piras”, desbancando produtos como os
ninas, o comércio varejista “se veste”
O presidente do Sindimercados, Pe-
chicletes e outros que não fazem parte
com artigos típicos da época, como
dro Zoanir Zonta, acredita que toda essa
da cultura brasileira.
chapéus, bandeirolas e barracas de
movimentação gera diversos postos de
O fortalecimento do poder aquisi-
palha. Vale até vendedora com vesti-
trabalho, sobretudo as vagas indiretas,
tivo das classes C e D também deve
do colorido e camisas xadrez, lenços
uma vez que as indústrias investem em
possibilitar um maior consumo de uma
e bigodes postiços para os homens.
degustações, abordagens e reforçam o
maneira geral. No entanto, Pennacchi
A instrutora do curso de Decoração
quadro de promotores de vendas.
lembra da exigência, por parte desses
de Interiores do Senac, Lia Dutra dos
E além de promover, ainda que
consumidores, de maior variedade de
Santos, acentua que é comum que as
indiretamente, novos empregos, as festas juninas vêm se mostrando como uma excelente oportunidade
de
captação
de recursos para instituições de caridade, igrejas e ONG’s, que realizam a venda de produtos caseiros típicos, como bolos, quentão e pipoca em seus arraiais beneficentes. “As festas juninas constituem uma oportunidade de negócios para todo o varejo, pois ampliam o universo de clientes corporativos, que anteriormente eram somente as escolas e empresas, movimentando ainda mais a economia nessa época sazonal”, completa Zonta.
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
47
Reflexos da Olimpíada do Conhecimento Participantes da maior competição de educação profissional das Américas contam o que mudou em suas vidas
Q
uase três meses após a
oratória fizeram a diferença”.
Gilberto Pereira Dias, conside-
grande final da Olimpí-
Fabiane diz que usou os exercícios
rado por ele como um “pai-
ada do Conhecimento e
de respiração que aprendeu para se
zão”. “Tudo o que sei hoje
do Worldskills América, ocorrida em
acalmar durante o voo para o Rio de
devo aos instrutores e ao
maio, no Rio de Janeiro, muita coisa
Janeiro, sua primeira viagem de avião.
Senac”, diz.
mudou na vida dos jovens competido-
No salão da família, onde trabalha aos
res do Senac. Dos cinco alunos, três
sábados, sua mãe espalhou, orgulho-
conseguiram um emprego por terem
sa, a novidade entre os clientes, que
Uma funcionária ca-
em seus currículos todo o preparo e a
passaram a procurar mais seus ser-
rinhosa com os pacien-
participação no evento. Os demais, só
viços como cabeleireira. “Vou investir
tes e bastante disposta.
não estão no mercado de trabalho por-
em propaganda do salão, mencionar
Essa é a avaliação da
que optaram por concluir seus estudos
que participei da Olimpíada, colocar o
bioquímica Rafaela Mo-
neste momento. Já a dupla do Centro
certificado que recebi na parede, mon-
reira Krubniki, do La-
de Educação Profissional (CEP) de Pon-
tar um book com as fotos e um mural
boratório Oscar Perei-
ta Grossa, Adriele Biauki e Alexandre
com as notícias que saíram na época”,
ra, em Ponta Grossa,
Ladwig, trouxe na bagagem, além da
planeja. E faz questão de afirmar que
sobre Adriele, contra-
experiência, um desejado e merecido
pretende continuar por muito tempo
tada há dois meses.
adereço: a medalha de bronze na ocu-
no Senac, pois considera extremamen-
“O fato de ter parti-
pação de Técnico em Enfermagem.
Saúde
te gratificante ensinar outras pessoas.
cipado nas Olimpí-
“A Olimpíada do Conhecimento
O competidor na categoria de Ser-
adas, pesou a seu
agregou muita vivência. Amadureci
viços de Restaurante, André Carlos
favor. Sem dúvida
bastante e conheci várias pessoas”,
Crestani, está trabalhando no Café do
ficamos interessa-
avalia Fabiane Aquino Costa, aluna
Paço (Paço da Liberdade, unidade do
dos em saber do
do Centro de Educação Profissional
Sesc, em Curitiba), no espaço admi-
preparo que ela
de Maringá, que competiu na ocupa-
nistrado pelo Senac. Ele é instrutor da
teve e tam-
ção de Cabeleireiro. Por conta de sua
disciplina de prática profissional super-
bém de seu
dedicação no período preparatório e
visionada do curso de Garçom e Prepa-
desempe-
envolvimento com a equipe do Senac,
ro de Bebidas à base de Café. Na sole-
nho”, relata
ela foi convidada para ser instrutora da
nidade de entrega dos certificados aos
Rafaela.
área de beleza da instituição. Fez os
participantes da Olimpíada do Conheci-
testes e no dia anterior a esta entrevis-
mento, pelo CEP de Curitiba, realizada
a camiseta da
ta, havia ministrado sua primeira aula
no dia 18 de maio, André agradeceu
competição, a téc-
sozinha. “Deu super certo, pensei que
pela oportunidade e aos professores
nica de enfermagem contou sobre a
ia tremer um pouco, mas as aulas de
pelo apoio, especialmente o instrutor
premiação recebida e como foi parti-
48
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
Ve s t i n d o
maio
|
junho 2010
cipar do maior evento das Américas em qualificação profissional. “A Olimpíada do Conhecimento representou muita coisa. A medalha é o reconhecimento de tudo o que aprendi, de tudo o que passei e de onde eu vim para chegar até aqui. Estou orgulhosa”, expõe Adriele. A jovem de 19 anos morava na zona rural de São João do Truinfo. Ajudava a família na lavoura de fumo, até quando teve uma forte
Pódio Técnico em Enfermagem
reação
alérgica
que
de lapela, cada passo dado. Para falar
reiras familiares. Ganhou a confiança
problemas
bem em público, os representantes do
do pai, que na época não queria que
nas mãos. Resolveu ir
Senac receberam aulas de oratória e
a filha saísse do sítio. O resultado da
para Ponta Grossa es-
exercícios de relaxamento. “As aulas
Olimpíada mostrou a ele que o esforço
tudar e buscar uma
de oratória modificaram o jeito de me
valeu a pena, deixando-o certamente
vida melhor.
lhe
trouxe
expressar. Minha mãe fala que mudei
muito orgulhoso. “Esta é, sem dúvi-
do
tanto na aparência, quanto no modo
da, uma das melhores fases da minha
3º lugar na ocu-
de agir. Hoje tenho outra visão em re-
vida. Eu não esperava por tudo isso”,
pação de técni-
lação a mim mesma, à minha vida. Por
co em enferma-
causa das dificuldades que passei
gem, ela conta
eu era uma pessoa desani-
Vencedora
que não foi fácil. Os
treinamentos
eram árduos. Nas provas, o clima era tenso. A aluna
mada e depois disso me tornei mais otimista”, revela. Além
de
atuar
percebeu que mesmo como todo
na coleta de sangue
o apoio e a grande plateia ob-
e atendimento aos
servando, a execução das tare-
pacientes,
fas dependia exclusivamente
participa das ações
de seus conhecimentos e dos de seu colega Alexandre. A dupla precisava demonstrar as técnicas
confessa contente.
Adriele
voluntárias do laboratório e realiza palestras de orientação e profilaxia em cre-
correspondentes à profissão enquan-
ches, asilos e instituições de caridade.
to descreviam, usando um microfone
Ela venceu a timidez e algumas bar-
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
49
Senac na Copa, Paraná no Mundo Para golear em 2014, o trabalho precisa começar agora!
N
inguém começa a cons-
para a economia nacional”, salienta o
trução de uma casa pelo
diretor-geral do Senac Nacional, Sid-
telhado. Antes mesmo de
ney Cunha. Ele acrescenta, ainda que
iniciar a edificação é preciso arrumar o
o Senac enxerga este evento como
terreno, ter em mãos os projetos, libe-
uma excelente oportunidade para
rações e alvarás, e dispor de acessos
ratificar o seu papel junto à socie-
pavimentados e com a infraestrutura
dade brasileira, confirmando sua
adequada. Além disso, é necessária
vocação como a principal insti-
a captação de recursos, escolha de
tuição profissional para o setor
materiais ideais e contratação de mão
do comércio de bens, serviços e
de obra qualificada. Para cada uma
turismo.
dessas ações são essenciais planeja-
Tendo como alvo estas opor-
mentos antecipados. O mesmo deve
tunidades, o Senac Minas foi o
acontecer com o Brasil e o Paraná nos
preconizador deste programa,
preparativos para receber a Copa do
idealizado pelo diretor regional
Mundo Fifa em 2014. Afinal, serão 12
Sebastião Antônio dos Reis e Silva,
Copa. Acredito na efetivação dos nos-
as cidades brasileiras que serão sedes
que foi adotado pelo Departamento
sos programas que vem acontecendo
dos jogos do mundial, e uma delas, é
Nacional do Senac. Os outros regio-
ao longo de anos. Hoje, temos know-
Curitiba, que será beneficiada com o
nais, até mesmo os que não sediarão
how para poder atender a estas de-
evento e, principalmente, com a hos-
jogos do campeonato, foram incen-
mandas sem nenhuma dificuldade.
pedagem, alimentação e serviços às
tivados a formar uma grande equipe
Estamos preparados para responder
delegações e turistas vindo do próprio
e seguir o modelo mineiro, inclusive
às necessidades dos empresários nos
Brasil e dos mais diversos países.
utilizando o slogan e a logomarca. No
seus diversos segmentos econômi-
Este é o momento para começar
Paraná, o programa virá incrementar
cos”, enfatiza Reis e Silva.
a planejar e colocar a mão na massa.
o projeto de cursos e ações para a
Para cumprir as diretrizes de sus-
Para isso, o Senac dá o pontapé inicial
Copa do Mundo que a direção regional
tentabilidade ambiental, econômica e
nas ações que nortearão os próximos
já vinha elaborando.
cultural; educação flexível e inclusi-
anos da instituição, através do Progra-
Em visita à capital paranaense,
va, fortalecer a marca da instituição
ma Nacional de Educação Profissional
onde apresentou o programa aos di-
e estreitar as relações com o merca-
Senac na Copa 2014. “Todo o Brasil
retores, gestores e colaboradores do
do, o Programa Nacional de Educação
já vem sendo impactado pelo advento
Sistema Fecomércio Sesc Senac, e
Profissional Senac na Copa 2014 é
da Copa, em especial a cadeia produ-
aos representantes do Sebrae e do
dividido em quatro linhas: Estrutura
tiva do turismo, para a qual historica-
Sescoop, Reis e Silva ressaltou que
e Gestão; Educação Profissional; Co-
mente, nós do Senac, desenvolvemos
este é um momento único para todo
municação e Divulgação e Ação de
diversas ações de ponta e com a qual
o Sistema “S” se fortalecer. “O Siste-
Relação com o Mercado. (veja o box)
estabelecemos parcerias importantes
ma está preparado para receber esta
50
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
maio
|
junho 2010
Senac Paraná
cio/PR), o campeonato mundial de
O Senac Paraná com um portfo-
futebol, aliado à comemoração do
lio de 566 cursos, está preparado
Dia dos Namorados, Festas Juninas
para atender, com excelência, as
e a chegada do frio agiram como
novas demandas em educação pro-
elementos de incen-
fissional, especialmente em capaci-
tivo às vendas sobre
tação, requalificação e voluntaria-
os diversos ramos
do. Para isso, a instituição realizará
do comércio.
Linhas de Projetos Estrutura e Gestão Para alcançar os resultados desejados com o programa, o Senac aposta no trabalho em equipe, contando com
uma série de pesquisas para fazer
No caso espe-
um cruzamento entre as compe-
cífico da Copa do
mento de todo o Sistema.
tências demandadas pelo mercado
Mundo, houve aque-
A instituição pretende (re)
e a gama de cursos ofertados pela
cimento das vendas
qualificar seus docentes, por
instituição. De acordo com o dire-
de televisores, fil-
meio de programas presen-
tor regional do Senac Paraná, Vitor
madoras,
ciais e à distância. Também
Monastier, as possíveis demandas
em geral, além é
encontradas poderão ser trabalha-
claro, dos produtos
das de forma presencial, à distância
verdes e amarelos,
ou através de cursos corporativos. E
que vão de camise-
este projeto abordará, entre outras
tas, chapéus, ban-
sional, o Senac continuará atendendo com
coisas, desenvolvimento, convivên-
deiras, bonés, brinquedos às famo-
excelência e criatividade às demandas por
cia com outros povos, etiqueta in-
sas vuvuzelas africanas (ou cornetas
cursos e já iniciou o processo de mapea-
ternacional e capacitação de massa.
brasileiras).
mento interno para saber se as programa-
a participação e o entrosa-
bebidas
será necessário qualificar os profissionais de atendimento. Sebastião Antônio dos Reis e Silva
Educação Profissional Através da Educação Profis-
ções vão corresponder às necessidades do
“Estamos aliados neste projeto e eu
E o otimismo do empresário do
tenho certeza que se todos trabalha-
comércio de bens, serviços e turis-
rem, Curitiba e o Paraná serão gran-
mo do Paraná, segundo pesquisa
des receptivos da Copa do mundo.
realizada pela Fecomércio/PR é pa-
Com este evento, tende-se a ter um
lavra de ordem dos empreendedo-
crescimento econômico no País e,
res, uma vez que 83% considera o
também, pessoal, pelo contato que
primeiro semestre deste ano como
Comunicação e Divulgação
teremos com as diferentes etnias.
favorável às vendas.
O Senac acredita que a comunicação é
Haverá
integração
internacional
sem sair de casa. Porém o grande desafio que teremos é investimento e profissionalismo”, diz Monastier. De posse deste programa e de bons “pedreiros”, o Paraná será uma bela e hospitaleira casa.
A Copa da vez Embora aconteça no continente Africano, a Copa do Mundo 2010 movimenta, e muito, o comércio
mercado, principalmente as do turismo. Haverá, também, incremento na oferta de programações online de curta duração, produção compartilhada de material didático e capacitação de voluntários.
o caminho para dar a devida visibilidade nacional às suas ações de educação profissional e que uma boa estratégia de comunicação e divulgação será fundamental. Já foi desenvolvida uma identidade visual para o programa e será elaborado o Plano de Comunicação Nacional.
Ação de Relação com o Mercado O Senac ouvirá os diversos segmentos do setor do comércio de bens, serviços e turismo para promover articulações e parcerias.
aqui no Brasil. De acordo com a Assessoria Econômica da Federação do Comércio do Paraná (Fecomér-
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
51
Trabalho Infantil Seminário discute a erradicação do trabalho infantil e os impactos que os afazeres precoces incidem sobre a saúde de crianças e adolescentes
E
stá longe de ser uma brinca-
e adolescentes, incidindo sobre eles
Negócios (CMEG), Fórum de Erradi-
deira de criança os números
riscos à saúde e, principalmente, su-
cação do Trabalho Infantil no Paraná
apresentados pelo Instituto
primindo sua infância. Porém, o cená-
(FETI-PR), Federação dos Trabalhado-
Paranaense de Desenvolvimento Eco-
rio fica ainda pior quando se verifica
res na Agricultura do Estado do Paraná
nômico e Social (Ipardes) referentes
que o mercado de trabalho paranaen-
(Fetaep) e comunidade, promovem,
ao trabalho infanto-juvenil no Paraná.
se absorve como mão de obra 216.798
em três municípios do Estado (Guara-
Somente em 2007, 36.458 crianças
adolescentes entre 14 e 17 anos.
puava, Pato Branco e Foz do Iguaçu),
paranaenses, entre 10 e 13 anos, de-
Implantado há uma década, o
o I Seminário de Erradicação do Tra-
senvolveram algum tipo de trabalho
Estatuto da Criança e do Adolescen-
balho Infantil, nos meses de junho e
infantil e destas, aproximadamente
te (ECA), assegura a menores de 18
julho.
5.400 deixaram de frequentar as salas
anos, o direito de proteção à vida e à
De acordo com a Analista de Apoio
de aula por trabalharem. E trabalho in-
saúde, através de políticas sociais pú-
Operacional, Patrícia Manica, o objeti-
fantil só é aceito quando for em uma
blicas que permitam o nascimento e o
vo do Sesc, como empresa comprome-
brincadeira inocente de criança. Ali ela
desenvolvimento sadio, em condições
tida com a sociedade, é trazer à pauta
pode ser professora, dona de casa,
dignas de existência.
este tema que interfere no desenvol-
mecânico, pedreiro, exercer a profis-
Para discutir a necessidade de ex-
vimento social, em especial na vida
são que desejar e brincando, contri-
tirpar o trabalho infantil, o Sesc Para-
das crianças e adolescentes. “O Sesc
buir para o seu desenvolvimento físico,
ná e o Ministério do Trabalho, com o
entende que toda a sociedade tem o
psíquico, moral e social.
apoio do Serviço Nacional de
compromisso de lutar pelos direitos
O trabalho precoce
Aprendizagem Rural do
dos mais vulneráveis, e está mobilizan-
Estado do Paraná (Se-
do gestores municipais, empresários,
nar), Câmara da Mu-
professores e multiplicadores no com-
lher Empreendedora
bate a toda forma de trabalho infantil,
e Gestora de
tendo como pressuposto que a infor-
penaliza crianças
mação e a conscientização são o melhor caminho para anular esta prática”, salienta Patrícia.
52
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
maio
|
junho 2010
Fernanda Matzenbacher, auditora
realizado em locais perigosos
fiscal do Trabalho da Superintendência
e com jornadas extensas e
Regional do Trabalho e Emprego no Pa-
exploração sexual infantil.
raná, e uma das palestrantes do semi-
No Paraná, o trabalho
nário, salienta que o Estado está entre
infantil e juvenil está
as dez unidades federativas com o maior
presente em todas as
índice de crianças trabalhando na área
atividades
rural e de adolescentes exercendo traba-
agrossilvopastoril, com
lhos em atividades perigosas, insalubres
destaque para as cultu-
e penosas, como oficinas e olarias. Ela
ras de milho, café, fumo,
revela que existe uma relação entre o
olericultura, mandioca e
exercício de trabalho precoce, baixo ren-
criação de bovinos.
dimento e evasão escolar. “É necessário
do
setor
A auditora fiscal do trabalho
dar a crianças e adolescentes o direito
também enfatiza que os setores do co-
de optar por uma profissão que virá a
mércio, indústria, serviços domésticos
desenvolver na idade adulta, possibili-
e construção civil também absorvem
tando a ela passar pelo processo educa-
uma parcela dos trabalhadores infantis
cional. Todo e qualquer trabalho infan-
e que é nessas duas últimas funções
til realizado por menores de 16 anos é
em que ocorre uma expressiva evasão
proibido pela legislação”, enfatiza.
escolar, possivelmente em razão das
Cenário
horas trabalhadas e da exigência física e mental das crianças.
O Ipardes revela, ainda, que a
Embora o cenário ainda não seja
proporção média de ambas as faixas
o desejável, o relatório divulgado pela
etárias (10 a 13 anos e 14 a 17 anos),
Organização Internacional do Trabalho
no Paraná, é de 16,9% superior ao
(OTI) em 2006, aponta o Brasil como
volume nacional de 14%. Ou seja, o
destaque pelas ações de combate ao
Paraná situa-se entre os cinco esta-
trabalho infantil e o Sesc é um dos agen-
dos com a proporção mais elevada do
tes nesta transformação social.
trabalho infanto-juvenil em relação à faixa etária. De acordo com Patrícia, é possível destacar, como características principais do trabalho infanto-juvenil, a in-
Agende-se: I Seminário de Erradicação do Trabalho Infantil
cidência sobre o setor rural; trabalho
Guarapuava: 30/06 Pato Branco: 09/07 Foz do Iguaçu: 30/07
Vagas limitadas. Inscrições e programação no site www.sescpr.com.br
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
53
Abrindo caminhos! Negociadores do Mercosul cortam arestas e antecipam etapas para um acordo de livre comércio com a União Europeia
O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná, Darci Piana, na mesa de negociações com empresários brasileiros e europeus em Madrid (Espanha)
Q
uando o presidente do Bra-
econômicos devidamente “costurados”.
o negociador da Confederação Nacio-
sil Luiz Inácio Lula da Silva
Não foi fácil, porém. Há muitas di-
nal do Comércio de Bens, Serviços e
sentou-se à mesa de ne-
vergências entre os países europeus
Turismo (CNC). Assumiu como Coorde-
gociações com dirigentes europeus, em
e os sul-americanos. As principais in-
nador Empresarial da Seção Brasileira
Madrid, na Espanha, em maio passado,
cluem questões que envolvem o meio-
do Fórum Consultivo Econômico-Social
para aprofundar as tratativas quanto
ambiente e os indígenas. Ao contrá-
do Mercosul e passou a se preocupar
a um acordo de livre comércio entre a
rio dos países da Europa, os países
com os resultados da negociação que
União Europeia e o Mercosul, um grupo
da América do Sul possuem grandes
ocorreriam no denominado “Sexto En-
de negociadores representando empre-
extensões e diversidade econômi-
contro da Sociedade Civil Organizada
endedores e trabalhadores dos dois con-
ca que dificultam chegar a consenso
União Europeia – América Latina”, que
tinentes já haviam preparado o terreno.
sobre suas diferenças. “Os encontros
se realizaria em maio de 2010.
Depois de encontros realizados em Bue-
realizados em Buenos Aires foram de
nos Aires (Argentina), esses negociado-
fundamental importância para que pu-
res, entre eles o presidente do Sistema
déssemos chegar a Madrid com alguns
Ao retornar da capital espanhola
Fecomércio Sesc Senac Paraná, Darci
pontos devidamente definidos e de
com documentos de consenso devi-
Piana (coordenador brasileiro do Fórum
consenso entre os países do Mercosul”,
damente assinados, Darci Piana con-
Econômico e Social do Mercosul), os
relata Darci Piana.
siderou que o encontro havia sido
Passo a passo
pontos controversos haviam sido elimi-
O presidente do Sistema Fecomér-
produtivo e que “dentro em breve, um
nados e os de interesse dos dois blocos
cio Sesc Senac Paraná, Darci Piana, é
acordo de livre comércio deve ser con-
54
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
maio
|
junho 2010
cretizado”. Ele sabe, porém, que não
sobre o substancial de comércio”.
governo brasileiro entende, porém,
será fácil. Ainda há muito chão para
É justamente esse “substancial de
que é preciso “enfrentar a tentação” e
ser percorrido até um documento final.
comércio” citado pelo diretor argentino
rejeita a criação de barreiras à impor-
Foi justamente isso que explanou,
que se enquadra na fala do assessor
tação, que podem agravar ainda mais
depois, o subsecretário de Integra-
especial da Presidência da República
os problemas da região.
ção Econômica Americana e Mercosul
brasileiro, o ministro Marco Aurélio
A comitiva do Mercosul que partici-
da Argentina, embaixador Eduardo
Garcia. Em material distribuído pela
pou das negociações em Madrid este-
Sigal, para quem “o acordo não será
Agência Brasil, ele disse que a UE “pre-
ve formada por Carlos Reistaino - Dire-
alcançado em duas ou três reuniões
cisa entender que não fechará com o
tor da Câmara Argentina de Comércio;
ou com voluntarismo, porque há sen-
Mercosul acordos de livre comércio
Lúcia Maduro – Representante da CNI
sibilidades particulares de ambos os
semelhantes aos já assinados com o
do Brasil; Darci Piana – Coordenador
lados”. Essas “sensibilidades” são as
Chile, Peru e Colômbia, países com es-
Empresarial da Seção Brasileira do Fó-
diferenças que existem entre a União
trutura industrial menos desenvolvida
rum Consultivo Econômico-Social do
Europeia e os países do Mercosul,
do que a brasileira”. Segundo ele, os
Mercosul; Jorge Zorrigueta – Direto-
algumas tão particulares que serão
europeus precisam “moderar um pou-
ria da UIA (União Industrial Argenti-
negociadas país por país.
co seu apetite no terreno industrial”.
na); Jayme Quintas Perez – Assessor
Por conhecer essas “sensibilidades”
Darci Piana vê outros entraves na
Econômico da CNC; Valdir Vicente de
é que Darci Piana concorda com o mi-
concretização rápida de um acordo de
Barros – Coordenador dos Trabalhado-
nistro Pablo Grinspun, diretor-geral de
livre comércio, que poderia andar de
res da Seção Brasileira do Fórum Con-
Mercosul do Ministério de Relações Ex-
maneira diferente se as negociações
sultivo Econômico-Social do Mercosul
teriores da Argentina, país que detém a
tivessem começado antes. A crise
e diretor da UGT do Brasil; Adeilson
presidência pro-tempore do bloco regio-
econômica que afeta alguns países da
Ribeiro Teles – Secretário da CUT; Ale-
nal, que afirmou: “a única maneira de
Europa chegou para atrapalhar as ne-
xandre Rocha Santos Padilha – Minis-
avançar em um acordo de livre comércio
gociações, porque praticamente “em-
tro de Estado chefe da Secretaria de
é se aproximando ao que estipula a Or-
purra” os governos do bloco europeu
Relações Institucionais da Presidência
ganização Mundial do Comércio (OMC)
a tomarem medidas protecionistas. O
da República.
Grupo de negociadores brasileiros (da esquerda para a direita): Adeilson Ribeiro Teles – Secretário da CUT; Lúcia Maduro – Representante da CNI do Brasil; Alexandre Rocha Santos Padilha - Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República; Jayme Quintas Perez – Assessor Econômico da CNC e Darci Piana – Coordenador Empresarial da Seção Brasileira do Fórum Consultivo Econômico-Social do Mercosul
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
55
Senac Londrina dá exemplo e modifica a vida de jovens Curso de aprendizagem mostra que a articulação entre educação, formação e trabalho é o caminho para a transformação social
O
s cursos de aprendizagem
dicas Ltda., onde a Adriana trabalha,
assumem importância es-
se mostra bastante satisfeita em sua
tratégica no quadro das
primeira experiência nesse sentido.
políticas de educação, formação pro-
“Até então nunca tivemos um apren-
fissional e emprego. Favorecem a in-
diz e tem sido muito bom participar do
serção de jovens, entre 14 e 24 anos,
programa. A jovem se identifica com
no mercado de trabalho, integrando
as atividades, tem se esforçado para
competências curriculares e o poten-
aprender e a empresa, por sua vez,
cial formativo das empresas.
procura acompanhá-la e orientá-la nas
O Senac Londrina dá o exemplo
atividades propostas. Estamos satis-
de que essa articulação entre edu-
feitos com o programa desenvolvido
cação, formação e trabalho promove
pelo Senac”, avalia o coordenador da
uma verdadeira transformação social e contribui com as políticas públicas educacionais. Desde o ano passado, está em andamento a primeira turma de Aprendizagem em Serviços Administrativos em Instituições de Saúde
Aprendiz Adriana Dansinger, contratada pela empresa Histocom Atividades Médicas Ltda.
do Senac Paraná. Com término das aulas previsto para julho de 2011, os
ma, estava desempregada e o mesmo
27 jovens matriculados estão inseridos
lhe deu condições para ajudar no orça-
no mercado de trabalho em empresas
mento familiar. Ela relata estar muito
da área de saúde, parceiras da institui-
satisfeita com o conteúdo do curso,
ção no desenvolvimento do programa.
bem como com a conduta do Senac
“Esta oportunidade está trazen-
enquanto instituição de ensino profis-
do um crescimento e um aprendiza-
sionalizante. Acredita que esta expe-
do significativo na minha vida. Estou
riência promoverá ótimas oportunida-
aprendendo a me relacionar melhor
des profissionais.
com as pessoas, percebi a importância
E, se para algumas empresas, a
do trabalho”, afirma a aluna Adriana
contratação de jovens pode trazer cer-
Dansinger. Quando entrou no progra-
tos receios, a Histocom Atividades Mé-
56
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
Jéssica Amanda Lemes de Paula realiza a prática profissional na Associação Evangélica Beneficente (Hospital Evangélico)
maio
|
junho 2010
descrita em uma publicação lançada, em junho, pelo Movimento Todos Pela Educação e o Instituto Unibanco. O estudo diz que entre 2000 e 2008 o País não conseguiu atrair para os bancos escolares uma taxa média de 18% de jovens entre 15 e 17 anos. Com dificuldades para colocar seus adolescentes no Ensino médio, o Brasil vive o risco de um verdadeiro “apagão” de mão de obra nos próximos anos, já que a evolução da escolaridade representa a possibilidade de acesso a melhores ofertas de emprego. Hoje, são necessários 12 anos para completar toda a Educação Básica – Ensino FunAprendiz Daniel Estevan Souza, em seu trabalho, no Hospital do Coração
damental mais o Médio. No entanto,
aprendiz na Histocom, Frank Suono.
sileiros é 9,1 anos de estudo.
a escolaridade média dos jovens bra-
Conforme explica a técnica de
“Este curso está sendo bom para
educação profissional do Senac, Ma-
todas as partes. É bom para o Senac,
riza Pinheiro, o programa foi desen-
que cumpre sua missão, e bom para a
volvido para atender uma demanda
empresa que contrata o aprendiz. Pois
específica na área de saúde. As em-
além de cumprir as exigências legais,
presas precisavam se adequar a Lei
ela também assume seu pa-
Federal nº 10.097/00, que determina
pel social e qualifica seus fu-
a contração de aprendizes, mas, aci-
turos colaboradores”, opina
ma de tudo, ansiavam em exercer sua
o diretor do Centro de Edu-
função coletiva. “Percebemos grande
cação Profissional de Londri-
adesão das empresas que cumprem
na, Sidnei Lopes de Oliveira.
o seu papel enquanto formadoras de
E continua, que acima de
profissionais. O Senac, mais uma vez
tudo, os maiores beneficia-
atendendo sua meta para qualificação
dos são os jovens. Junto à
profissional, aliada à inserção no mer-
teoria do ensino profissio-
cado de trabalho, mobilizou-se para
nalizante, eles vivenciam a
atender à demanda dos empresários
prática nas instituições de
em busca de profissionais capacita-
saúde,
dos”, justifica.
uma ótima oportunidade de
possibilitando-lhes
Os cursos de aprendizagem agem,
iniciar uma carreira profissio-
determinantemente, para o aumento
nal. Sidnei destaca também
das qualificações profissionais e esco-
que 100% dos aprendizes
lares dos jovens, permitindo o pros-
que frequentam o curso es-
seguimento de seus estudos. Dessa
tão trabalhando e recebem
forma, programas como o do Senac,
uma bolsa de estudos da
amenizariam a lamentável situação
empresa contratante.
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
diretor do Centro de Educação Profissional de Londrina, Sidnei Lopes de Oliveira
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
57
Apoio dos Conselheiros do Senac Paraná em Londrina
mover ações educacionais para este setor também”, complementa o conse-
Aprendizagem
lheiro Alzir Bocchi, referindo-se ao fato
conta com a participação ativa dos
de fazer parte da presidência do Sindi-
conselheiros do Senac Paraná em Lon-
cato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e
drina, que realizam desde a sugestão
Similares de Londrina e Região.
O
Programa
de
de ações para a área de saúde, até a intermediação de contatos com as instituições do setor. “Este curso é de grande importância para a cidade. Sugeri que o Senac local ofertasse cursos nesta área porque Londrina é um centro médico de referência no País e necessita de capacitação”, relata o conselheiro Sergio Gilberto Bonocielli. Outro conselheiro, Márcio Américo
Márcio Américo Strini
Strini, reforça a importância da qualificação para atender a área médica do município. “O Senac precisa ampliar a oferta de ações como esta na área da saúde, pois têm papel relevante na qualificação e desenvolvimento das pessoas. Além do mais, Londrina se configura como referência nacional no segmento, que é um dos que mais em-
Sergio Gilberto Bonocielli
pregam na cidade”. “O Senac, por ser uma ‘grife’, referência em educação profissional, pode ser um grande parceiro das instituições de saúde, atuando na capacitação destes profissionais. É por isso que apoio as negociações que visam proAlzir Bocchi
Instituições de saúde apoiadoras do
Programa de Aprendizagem do Senac Londrina:
Associação Evangélica Beneficente, Clínica Ortopédica de Londrina, Hoftalon Cento de Estudos, IHEL – Instituto de Hematologia, Instituto do Câncer, Irmandade Santa Casa, Nefroclínica, Salva Vidas SOS, Uniodonto de Londrina, Urolit Serviços Médicos, LabMed – Laboratório Médico de Londrina Ltda, Hospital Araucária, Hospital do Coração de Londrina, Histocom Nefrologia, Oralmed – Dental Méd. Assis. Odontológica, Clinilab Centro de Patologias
58
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
maio
|
junho 2010
Uma nova casa
Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná inaugura sede
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
59
“Todos devem ter a dignidade de um endereço porque quem não tem, pouco pode fazer pelos outros”. Essas foram as palavras do Coronel Sérgio Malucelli, Diretor Executivo da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), por ocasião da inauguração da nova sede da entidade. O prédio da Rua 24 de maio tem cerca de 450 m2 de área construída e é resultado de um investimento de aproximadamente R$ 700 mil. O presidente da Fetranspar, Luiz Anselmo Trombini, diz que é o começo de uma nova fase para a Federação, “passamos a fase de luta pela sede e agora temos novos desafios”, aponta. Ele ainda ressalta que o novo
aNSELMO tROMBINI, PRESIDENTE DA FETRANSPAR, COM O PRESIDENTE DO sISTEMA feCOMÉRCIO sESC sENAC pARANÁ, daRCI pIANA
Para o presidente do Sistema Fe-
problemas e exigir as melhorias neces-
espaço é muito importante para a con-
comércio Sesc Senac, Darci Piana,
sárias à infraestrutura brasileira. Mas
solidação das entidades envolvidas e
essa organização das entidades é
precisamos também dar o exemplo e
fortalecimento da união entre elas. “A
fundamental. “A Fecomércio já tem
cuidar da nossa própria estrutura, e é
união permitiu essa conquista e ago-
vários sindicatos que se organizaram,
isso que a Fetranspar está fazendo”.
ra abrimos a casa para dar o suporte
compraram e estruturaram suas se-
Envolvido com a entidade desde
necessário ao setor de transportes. É
des, outras reformaram. A Fetranspar
1997, o Coronel Malucelli conta que
o começo de um novo tempo e de am-
está seguindo o mesmo caminho. Com
“os sindicatos eram todos muito novos
pliação dos serviços que oferecemos
esses exemplos podemos dizer que a
e precisavam ser fortalecidos para ad-
aos nossos associados”, diz Trombini.
evolução dos setores no estado tem
quirir autonomia e autodeterminação.
A idéia, a partir de agora, é concre-
dado condições de receita para essas
Mas essa sede era um sonho antigo
tizar a federação mais jovem do Para-
reestruturações, e isso é muito bom, o
que vai dignificar a Fetranspar”. Além
ná, que tem apenas 17 anos de vida.
Paraná aumenta sua força e prestígio
do crescimento e fortalecimento de
“Precisamos mostrar para o pessoal
em relação aos demais estados brasi-
seus associados, a entidade irá investir
do interior que os sindicatos devem se
leiros”, diz o empresário.
em qualificação da mão de obra para o
unir, para brigar por seus interesses”,
Pedro J. O. Lopes, presidente da
setor que, segundo o Coronel, é bas-
coloca Trombini. A Fetranspar é com-
Federação das Empresas de Trans-
tante deficiente. “Os caminhões estão
posta de nove sindicatos localizados
porte de Carga e Logística do Estado
cada vez mais tecnológicos, à manei-
em Foz do Iguaçu, Cascavel, Guarapu-
de Santa Catarina (Fetrancesc), con-
ra dos carros de luxo, e os motoristas
ava, Maringá, Curitiba, Dois Vizinhos,
corda com essa posição. Ele conheceu
não estão preparados para lidar com
Toledo e Francisco Beltrão e o setor de
o novo espaço da Fetranspar por oca-
esses veículos”, explica.
transporte de carga movimenta mais
sião de sua inauguração e diz que “es-
de 70% da economia paranaense em
tamos num momento de dificuldade,
seus caminhões. “Precisamos de uma
num momento em que temos que ser
representatividade forte para brigar
referência perante a sociedade e, prin-
pelos nossos interesses”, explica o pre-
cipalmente, os organismos políticos.
sidente da Fetranspar.
Ter uma base forte para expor nossos
60
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
maio
|
junho 2010
Parceria A parceria com a Fecomércio PR é das mais fortes. O presidente Darci Piana diz que “a Fetranspar, como integrante do G8 é uma grande aliada nos-
do do Paraná e atuado nacionalmente
dos, a situação atual da infraestrutura
também, e a Fetranspar é um baluarte
do Paraná. Queremos que as pessoas
desse trabalho”, ressalta Piana.
envolvidas nos governos nos dêem respostas sobre como agiremos futu-
Seminário
ramente, sobre o que está acontecen-
sa, e é muito importante termos mais
Foi realizado ainda, no Estação
um parceiro com uma sede própria, o
Convention Center, o seminário O Pa-
que demonstra o crescimento das en-
raná no Caminho Certo para discutir
tidades e sua constante organização
os desafios a serem enfrentados pelo
para enfrentar os problemas”. O G8 é
setor. A programação incluiu painel
a união das principais Federações do
com o Secretário de Transportes do
Paraná que se reúnem periodicamente
Estado do Paraná, Mario Stamm e com
para auxiliar na solução de problemas
o Ministro do Planejamento Paulo Ber-
de seus integrantes. “Temos trabalha-
nardo. “O evento teve como principal
do em benefício de todo o empresaria-
objetivo colocar, a todos os interessa-
do no nosso estado e em todo o país”, conclui o presidente da Fetranspar.
RECEPÇÃO DA ENTIDADE: LOCAL AGRADÁVEL E APRAZIVEL PARA TODOS OS ASSOCIADOS
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
61
Amor à profissão Técnicos em Enfermagem contam histórias comoventes de dedicação
Alunas do curso Técnico em Enfermagem do Senac Centro, em Curitiba
“
No segundo ano do ensino
em casa contei à minha mãe e ela fi-
pessoas à atividade. E emocionam.
médio fui a uma feira de pro-
cou super feliz, pois era um sonho dela
Aparecida Fátima de Carvalho tinha o
fissões e parei no estande de
atuar nessa profissão, mas ela nunca
curso na área de enfermagem como
enfermagem. Descobri que cuidar das
teve condições de fazer o curso”, com-
um sonho antigo, mas queria ver o
pessoas era o que me faria feliz”. O
pleta Patrícia.
filho na faculdade então esperou que
depoimento é de Patrícia da Paz Maia,
As histórias de quem opta por uma
esse desejo se concretizasse. “Somos
aluna do curso Técnico em Enferma-
ocupação essencialmente de cuidado
apenas eu e meu filho e eu precisava
gem do Senac PR. “Quando cheguei
ao próximo revelam a devoção dessas
sustentar ambos. Agora que ele está
62
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
maio
|
junho 2010
cursando Direito, e eu consegui uma
a lugares distantes e carentes desse
rezinho, Maringá, Paranavaí,
bolsa de estudos para fazer o curso do
tipo de atendimento.
Ponta Grossa e Umuara-
Senac, estou realizando meu sonho”, conta Aparecida.
“Saí de uma cidade pequena no
ma. Mais informações
norte do Paraná, onde meus pais ainda
sobre os cursos es-
“Acho primordial a questão da
moram. Lá não existe hospital, apenas
tão disponíveis no site
humanização nos atendimentos, pois
uma pequena unidade de saúde sem
www.pr.senac.br ou
existem pessoas carentes de uma pa-
médico ou enfermeira fixos e muita
através do telefone
lavra, um abraço, um aperto de mão,
gente na comunidade precisa de aju-
0800 643 6 346.
em momentos difíceis. Penso que o
da. Pretendo voltar e auxiliar a popu-
doente tem o direito de ser tratado
lação no que eu puder”, diz Rosângela.
com dignidade e respeito até o fim”,
Essas são apenas algumas das histó-
diz Aparecida. Outra aluna, Fabiane
rias de pessoas que têm como maior
Loth Corrêa completa, “eu sinto mui-
desejo cuidar de outras e fazer o me-
ta satisfação em realizar as técnicas
lhor trabalho que puderem.
aprendidas e ver o bom resultado. Guardo comigo o sorriso dos pacientes em sinal de gratidão por terem sido tratados com dignidade e simpatia”.
Oportunidade Além de fazer o que gostam, os profissionais
de
enfermagem
têm
Essa vocação para o cuidado é es-
grandes oportunidades no mercado.
sencial na escolha da atividade e não
Ela é uma das ocupações que mais
falta a quem está estudando. “Sempre
emprega no Paraná, figurando nas lis-
quis atuar com enfermagem, mas al-
tas do Cadastro Geral de Empregados
guns percalços não permitiram. No
e Desempregados (Caged), do Minis-
ano passado voltei a estudar e estou
tério do Trabalho, entre os três primei-
adorando. Estou aprendendo a cuidar,
ros lugares nos últimos anos. No mes-
proporcionar saúde e medidas de con-
mo ramo de atuação, as admissões
forto aos pacientes”, diz Regiane P.dos
de auxiliares de enfermagem reinam
Santos. Já Fernanda P. da Silva, filha e
absolutas no primeiro lugar.
irmã de enfermeiras, diz que quando
Ambas estão em constante cres-
a mãe voltava do hospital tinha mui-
cimento. Juntas empregaram 1.408
tas histórias para contar, “aquilo sem-
pessoas em 2008, 1.754 em 2009 e
pre me chamou a atenção, eu via que
1.877 em 2010, somente no primeiro
ela fazia o bem para quem precisava”,
trimestre de cada ano. Esses números
lembra Fernanda.
chegam a mais de 6 mil ao final de 12
Colega de turma de Fernanda,
meses e a evolução positiva revela que
Cristiane Sudol Rocha é recepcionista
2010 será ainda melhor. Isso porque,
em um hospital e conta que iniciou o
apesar do Paraná ter sido o estado que
curso sem saber se iria gostar da ati-
mais cresceu durante a crise, somente
vidade. “Agora não vejo a hora de co-
agora a economia realmente se estabi-
meçar a trabalhar com os pacientes. E
liza em todo o país.
como quero realizar um bom trabalho,
No Paraná, o Senac oferece cur-
escolhi o Senac, pois é o melhor curso
sos na área de enfermagem em vá-
de enfermagem de Curitiba”, explica.
rios municípios e diversos horários.
Outros alunos, como Rosângela Fer-
As próximas turmas terão início em
nandes de Souza, irão levar o cuidado
Cascavel, Curitiba, Guarapuava, Jaca-
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
63
Rádio como antigamente inaugurada no Rio de Janeiro e se tornaria uma das
grandes difusoras dos programas de
Divulgação Maringá FM
E
m 1936 a Rádio Nacional foi
Karina Mikowski
Maringá FM traz de volta o auditório para ouvintes, tão popular nas décadas de 1940 e 1950
auditório. Sua estrela mais contumaz, Emilinha Borba, levava a platéia do programa de Cesar de Alencar à loucura. Era a Era de Ouro do rádio brasileiro. “O locutor era então o que é hoje o Faustão, e os programas eram verdadeiros shows”, conta Edson Valério, diretor artístico da Maringá FM. Mais de 70 anos depois, as rádios xutas, os arquivos digitais permitem que uma só pessoa controle tudo que vai ao ar, as mesas de som são praticamente portáteis e tudo é feito por
Plateia lotada para a apresentação de Guilherme e Santiago Divulgação Maringá FM
estão cada vez menores e mais en-
computador. Os estúdios só precisam de espaço para uma mesa e a cadeira do locutor. “O contato com o ouvinte se perdeu, e nós quisemos trazer isso de volta”, diz Valério. A Maringá FM, há três anos, transferiu seu estúdio de um andar alto no Edifício Três Marias, centro de Maringá, para o térreo. E lá instalou um auditório para apresentações ao vivo, além de um café
Guilherme e Santiago no estúdio show
anexo ao espaço que é envidraçado e alguns metros acima do nível do piso, permitindo que o locutor veja todo o movimento à sua volta. “Aqui, como o objetivo era a total
64
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
maio
|
junho 2010
interatividade com o ouvinte, nós fizemos esse estúdio aberto e colocamos
Charme
eixo Rio-São Paulo não dá para fazer
Quem visita o espaço se encanta.
isso. Nossos colegas de lá, quando nos
15 cadeiras. Cabem confortavelmente
Como parte de um grupo de três rá-
visitam, adoram o espaço. E já temos
20 pessoas ali, e a área da banda com-
dios (Maringá FM, CBN Maringá e Mix
rádios parceiras seguindo o exemplo”,
porta grupos grandes, de até dez inte-
Maringá), uma emissora de TV (Multi-
explica.
grantes”, explica Valério. Artistas reno-
As apresentações acontecem cerca
tem), a rádio ganhou um presente
de uma vez por semana, quase sem-
e Xororó e Zezé de Camargo e Luciano
muito especial. As poltronas do estúdio
pre aos sábados, para facilitar a ida do
já passaram por lá, e outros que estão
vieram de uma antiga sala de proje-
ouvinte à rádio. O artista toca entre 30
apenas começando a carreira, “todos
ções e foram restauradas. Têm mais
e 60 minutos, para não se tornar um
os artistas que vêm a Maringá fazer
de 60 anos. A cabine do locutor fica
programa muito longo ou cansativo
shows aparecem por aqui”, diz Valério.
bem no lobby do edifício, e as quatro
para ele ou para a plateia.
Hoje a Maringá FM é referência, o
horas que ele trabalha por dia passam
Depois da instalação do novo estúdio
artista toca ao vivo na rádio e houve
voando. Isso porque ele vê o público
o público da rádio, que sempre foi líder
uma grande aceitação por parte do pú-
o tempo todo, seja cir-
em sua região, só aumentou. “Trouxe-
blico. Por isso, ela lança novos talentos
culando pelo espaço da
mos de volta algo do pas-
e já se tornou comum o artista que
recepção, seja frequen-
quer fazer sucesso ir tocar em Marin-
tando o Rádio Café.
Karina Mikowski
TV) e uma rede de cinemas (Cinesys-
mados, como Vitor e Léo, Chitãozinho
sado, reproduzimos uma fórmula que deu certo,
gá, já que a cidade é um termômetro,
Edson Valério diz que
se houver aceitação lá vai estourar no
tudo isso foi possível por
da, e tivemos um grande
Brasil. Para Valério, “tudo isso come-
conta de um espaço físico
sucesso, não tem um ou-
çou quando descemos o estúdio para o
diferenciado e o tamanho
vinte nosso que não queira
térreo, tornando-o aberto e trouxemos
da cidade em si, que per-
entrar, vir aqui e ter esse
o ouvinte, já que o artista sente a re-
mite que o ouvinte tenha fácil acesso ao local. “No
contato com seu artista O diretor artístico Edson Valério
preferido”, finaliza Valério.
Karina Mikowski
ceptividade do público para com ele”.
mas que estava esqueci-
O locutor Nathan Junior em plena atividade
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
65
66
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
m a im o a i| o j u| n hj uo n 2h 0o 1 20 0 1 0
A
penas 15% do que é joga-
do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81), Lei Estadual
do fora é lixo propriamente
nº 12.493/99 e mais especificamente as leis mu-
dito. Grande parte é forma-
nicipais. Supermercados, shoppings, indústrias,
da por materiais potencialmente re-
hotéis, escritórios, bares e restaurantes são poten-
cicláveis. E para usar a denominação
ciais geradores. Talvez nem seriam, se cada um
adequada, serão chamados a partir de
separasse o próprio resíduo, deixando de misturar
agora de resíduos. “Lixo é que não ser-
reciclável com orgânico e rejeitos.
ve mais para nada. O que produzimos
O plano inclui medidas gerenciais, educativas
em nossas residências, na indústria e
e de responsabilidade sobre a produção, armaze-
atividade comercial são resíduos, que
namento e destinação final dos resíduos, explica
podem voltar para a cadeia produtiva
o instrutor do curso de PGRS do Senac, Everaldo
através do processo de logística rever-
dos Santos. “O documento fica vinculado à licença
sa”, alerta o coordenador de resíduos
ambiental ou alvará de funcionamento da empre-
da Secretaria Estadual de Meio Am-
sa, o que faz com que seja revisto constantemen-
biente (Sema), Laerte Dudas.
te. É bem descritivo e deve conter todo o proces-
Segundo a Sema, o Paraná produz
so gerencial e de manejo dos resíduos”, explica.
diariamente 20 mil toneladas de resídu-
O PGRS deve ser elaborado e acompanhado por
os. Por ser um Estado agrícola, 50% do
profissional ou equipe técnica habilitada, com ca-
que é jogado nas lixeiras é matéria orgâ-
dastro nas Secretarias Municipais de Meio Ambien-
nica, que pode ser reciclável pela técnica
te e registrado no conselho de classe pertinente.
da compostagem, para fazer um recon-
Geralmente são consultores externos que fazem o
dicionamento do solo. Os outros 35%
planejamento e podem ou não acompanhar sua
são vidro, plástico, metal e papel. Fa-
implantação.
zendo as contas, os fétidos lixões a céu
Para que o plano seja efetivado, Everaldo aler-
aberto e aterros sanitários poderiam ter
ta para a necessidade de ter, dentro da própria
um volume quase sete vezes menor se
empresa, um funcionário responsável por sua ges-
esses resíduos fossem reaproveitados. E
tão. A intensificação da exigência do PGRS nos
isso porque somente os produtos domi-
dois últimos anos e a tardia preocupação do setor
ciliares são coletados pelas prefeituras e
empresarial com o meio ambiente fez aumentar a
vão para tais locais. Esse trabalho é pú-
procura pelo curso do Senac. “Uma coisa é elabo-
blico e cobrado anualmente por meio do
rar o planejamento, mas não mudar a rotina da
carnê do Imposto sobre a Propriedade
empresa. Ela acaba somente cumprindo o proto-
Predial e Territorial Urbana (IPTU).
colo, pois tem dificuldade de exercer o que está ali
Os grandes geradores de resídu-
descrito”, analisa.
os precisam contratar empresas par-
Everaldo conta que os participantes iniciam as
ticulares que fazem o tratamento e a
aulas focados no problema, afinal, todas as gran-
destinação correta dos restos. No caso
des empresas sofrem com rejeitos que produzem.
de Curitiba e Londrina, todos os esta-
O treinamento, no entanto, apresenta conceitos
belecimentos que geram mais de 600
mais amplos, contemplando a política norteadora
litros de resíduos por semana devem
do PGRS, que é a dos três Rs: reutilizar, reciclar
fazer o Plano de Gerenciamento de
e reduzir. “A ideia é que um resíduo passe a ser
Resíduos Sólidos (PGRS), de acordo
usado como matéria-prima novamente. O curso dá
com as normas da Política Nacional
essa noção”, explica o instrutor.
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
67
Reutilizar
Reduzir
Reciclar
O curso do Senac trata não apenas sobre o
O instrutor do Senac re-
A criação do PGRS, aliado a pro-
destino do que não tem mais serventia, visan-
lata casos de empresas que
gramas de educação ambiental, ga-
do minimizar impactos ambientais, mas também
conseguiram
aprovei-
rante a redução do volume de lixo que
mostra como fazer o aproveitamento dos resídu-
tamento muito próximo da
vai para os aterros, prolongando sua
os recicláveis na geração de renda e empregos.
totalidade dos resíduos ge-
vida útil. Evita ainda dores de cabe-
“Todos precisam ter o PGRS. Para as empresas,
rados, principalmente as da
ça no futuro decorrentes do passivo
representa a sobrevivência. Considerando que já
área comercial. Matéria or-
ambiental. Enquanto existir o resíduo,
sofrem com a alta carga tributária, é preciso apro-
gânica e rejeitos como papel
existe a responsabilidade sobre ele.
veitar ao máximo os recursos disponíveis. Assim,
e papelão são encaminhados
Assim, uma empresa que destina
a organização terá uma fonte adicional de renda
para a reciclagem, por meio
resíduos para um aterro industrial,
com o que sobrou do seu processo produtivo. O
do sistema de gerenciamento
em caso de acidente com danos ao
que antes era um verdadeiro abacaxi, agora traz
integrado de resíduos.
meio ambiente, irá responder pelo
lucratividade”, afirma Dudas.
um
Na fabricação do cimen-
ocorrido por tempo indeterminado.
Todos os entes da cadeia têm sua responsabi-
to, por exemplo, verificou-se
Na Europa há organizações que hoje
lidade e deveriam cumprir com a logística rever-
que é possível substituir o
tem que remediar áreas contamina-
sa, sejam indústria, empresas, poder público ou a
carvão ou o óleo diesel que
das por resíduos de 100 anos atrás.
população em geral. Na compra de determinado
alimentavam os fornos por
“Têm empresas preocupadas em
produto, a pessoa física ou jurídica, atenta ao pós-
borracha vulcanizada. Dessa
economizar na destinação dos rejei-
consumo, preocupa-se com o que acontece com a
forma, para as cimenteiras,
tos unicamente a curto prazo, sendo
embalagem que protegia aquele bem ou qual será
o pneu velho se tornou um
que daqui alguns anos poderão ter
seu destino depois de utilizado. E aí, na opinião do
negócio bastante econômico.
despesas altas por conta da corres-
técnico da Secretaria Estadual do Meio Ambiente,
A demanda deste material re-
ponsabilidade”, alerta a Everaldo.
está o grande trunfo: o consumidor usa seu poder
ciclável no Paraná é de três
Diante da preocupação sobre a
de compra para selecionar fornecedores compro-
mil toneladas por mês. No en-
destinação final inadequada dos re-
metidos com os descartes oriundos de seus ne-
tanto, o Estado produz insufi-
jeitos, o Paraná desenvolveu o Pro-
gócios. Tal atitude serve até mesmo como um di-
cientes duas mil toneladas. E
grama Desperdício Zero, que visa,
ferencial de mercado
por causa de uma resolução
principalmente, eliminação de 100%
para o produto
estadual que proíbe a entra-
dos lixões no Estado – existentes
comer-
da de pneus usados vindos
em 181 municípios – e a redução
cializa-
de outras localidades, o que
de 30% dos resíduos gerados. Estas
do.
antes ficava acumulado nos
metas poderão ser alcançadas atra-
fundos das borrachas passou
vés da convocação de toda socieda-
a ter valor comercial.
de, objetivando a mudança de atitu-
68
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
A construção civil também
de, hábitos de consumo, combate ao
utiliza materiais feitos a partir
desperdício, incentivo a reutilização,
do entulho de obras. O con-
reaproveitamento dos materiais po-
creto triturado vira brita, o
tencialmente recicláveis através da
ferro se torna sucata ferrosa
reciclagem. “Para reduzir a quanti-
e a madeira ganha novas for-
dade de lixo produzida pela humani-
mas. A melhor parte disso é o
dade é preciso investir em educação.
custo, que chega a ficar um
Só através de medidas sócioeduca-
terço inferior. Este mercado,
tivas as pessoas vão aprender a re-
inclusive, é um nicho de mer-
duzir, reciclar e reutilizar”, idealiza
cado bem promissor.
Dudas.
maio
|
junho 2010
Evolução do Sistema Fecomércio Sesc Senac Nova diretoria da Fecomércio Paraná toma posse para o mandato do período 2010-2014
E
xcelência! Este foi o princí-
em 2004, para 38 milhões, em 2009. Na
pio que norteou as diretri-
aprendizagem comercial, Piana também
zes estratégicas da diretoria
comemora os números verificados em
da Federação do Comércio do Paraná
horas-aulas ofertadas pelo Senac, pas-
quando da posse, em 2004. De lá para
sando, de 351,2 mil h/aulas para 425
cá, passaram-se seis anos, e a exce-
mil h/aulas. Outro indicador que revela o
lência foi aplicada na representativida-
crescimento do Sistema em todo o Esta-
de do setor comercial, no atendimento
do são as sedes do Sesc, que passaram
aos sindicatos e à responsabilidade
de 27 para 35 unidades de serviço e o
social, na prestação de serviços e em
Senac, que hoje conta com 27 unidades,
modelo de gestão.
enquanto em 2004 eram apenas 18.
Em 2007, os valores para as em-
Mas o crescimento em infraestrutu-
presas e para sociedade primavam
ra não pára por aí. Piana informa que
pela forte presença na interface com
estão previstos investimentos para a
o cliente, no desenvolvimento econô-
construção, reforma e entrega de uni-
mico, social e sindical empresarial vi-
dades nas cidades de Apucarana, Caio-
sando ao atendimento dos interesses
bá, Cascavel, Cornélio Procópio, Fran-
e demandas do setor. Para o cumpri-
cisco Beltrão, Ivaiporã, Jacarezinho,
mento destes anseios, a Federação do
Londrina, Marechal Cândido Rondon,
Comércio do Paraná interiorizou suas
Medianeira, Paranaguá, Pato Branco,
ações, elaborou programa de lideran-
Ponta Grossa, Toledo, Umuarama,
ças sindicais e de contribuição sindical,
União da Vitória e a nova sede da Fe-
além das câmaras temáticas, certifica-
deração do Comércio, em Curitiba.
ções de origem e digital.
Beneficiando diretamente o empre-
Nestes seis anos à frente do Siste-
sariado, Piana relembra a defensa por
ma Fecomércio Sesc Senac, o presidente
uma menor carga tributária estadual,
Darci Piana, relata a evolução na quanti-
que resultou na redução do Impos-
dade de atendimentos do braço social do
to sobre Circulação de Mercadorias e
Sistema, o Sesc, saltando de 20 milhões,
Prestação de Serviços (ICMS) de 18%
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
Projetos Previstos Apucarana: Senac Caiobá: Sesc
Sesc e Senac Senac Curitiba: Federação do Comércio Francisco Beltrão: Sesc e Senac Ivaiporã: Sesc e Senac Jacarezinho: Sesc e Senac Londrina (Cadeião): Sesc e Senac Marechal Cândido Rondon: Senac Medianeira: Sesc e Senac Paranaguá: Senac Pato Branco: Senac Ponta Grossa: Sesc Toledo: Senac Umuarama: Senac União da Vitória: Sesc e Senac Cascavel:
Cornélio Procópio:
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
69
para 12% em mais de 95 mil produtos.
dos. Entre eles: Colégio Sesc São José,
Senac de Gratuidade (PSG), Educação a
Além dos números, Piana enfatiza
Maratona Internacional de Foz do Igua-
Distância e Senac na Empresa, que po-
que há de ser comemorado alguns dos
çu, Verão Vivo e Programa de Trainees
dem ser conferidos no texto abaixo.
novos programas que foram implanta-
e novos produtos, como o Programa
Em 2009, o Sesc formalizou parceria com a Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus - Colégio São José, dando inicio à oferta de uma educação focada no desen-
volvimento integral do ser humano e que agrega a teoria à empregabilidade para os jovens e trabalhadores do comércio. É um projeto de educação social com bol-
sas de ensino integral, voltado ao comerciário e seus dependentes e estudantes de escola pública, ambos de baixa renda.
Foi em 2007 que o Sesc realizou a primeira edição da Maratona Internacional de Foz do Iguaçu Sesc Paraná, anterior-
mente denominada Maratona Internacional das Águas. O percurso de 42 quilômetros é um diferencial em relação às demais maratonas, pois contempla dois pontos turísticos de reconhecimento mundial: as Cataratas do Iguaçu e a Hi-
droelétrica Itaipu Binacional. Paralelamente, acontecem outros três eventos: a corrida de 10 km no Parque Nacional do Iguaçu; a corrida de 2 km para crianças e jovens; e 4 km de caminhada.
Um evento recreativo com cunho competitivo entre oito cidades do Estado do Paraná (Curitiba, Ponta Grossa, Guarapuava, Londrina, Maringá, Paranavaí, Cascavel, Foz do Iguaçu), nos meses de janeiro e fevereiro, que alia diversas atividades recreativas, sociais, culturais e esportivas, onde os participantes experimentam os benefícios dos efeitos fisiológicos, psicológicos e sociais promovidos pelo Lazer. Realizado em parceria com Rede Paranaense de Comunicação, tem por objetivo propiciar a organização coletiva dos participantes; integrar pessoas de diferentes faixas etárias; difundir conhecimentos; estimular a autonomia; incentivar a criatividade e, diante da necessidade, a capacidade de improvisar; construir atitudes éticas na participação e o respeito coletivo; ampliar noções de planejamento para a resolução de problemas e enfrentar os desafios com sabedoria e equilíbrio.
O Programa VarejoMais é uma iniciativa da Fecomércio PR e do Sebrae, que tem o objetivo de melhorar o desempenho das
empresas participantes, de forma a tornálas mais competitivas através da análise e estudo de estratégias de êxito aplicadas em outras instituições. O VarejoMais trabalha formas de aumentar e melhorar a gestão da carreira de clientes, como definir novos produtos, serviços
e processos, aprimorar a administração de lojas, e estruturar e motivar equipes de vendas. Realiza missões técnicas nacionais e internacionais. Os empresários participantes percebem que as atividades realizadas trazem de uma forma rápida e precisa informações voltadas ao setor de varejo.
o as pliand a, am d n e r serin baixa , reserção as de o in s de e d o d e idades merca tuidad ossibil e Gra cia no p d n ê c n a a o Sen erm cord um a o ou p grama o de o çã O Pro d e la t o . u s ã o uiç é re abalh a instit à tr (PSG) entre ntivo o e c id c in le um estabe eral. É a pes o Fed al par n io s s Govern profi cação qualifi
Programa de Geração de Lideranças O Programa de Geração de Lideranças foi concebido em função da necessidade de formação de novas lideranças para o Sistema Fecomércio Sesc Senac. Líderes com visão sistêmica integrada, que conheçam e façam uso de ferramentas de gestão atualizadas e adequadas às necessidades insti-
A Educação a Distância é uma modalidade de ensino que tem crescido continuamente no Brasil, dando a oportunidade que o aluno invista em seu aprimoramento profissional, tornando-se autônomo e gerenciador do seu próprio estudo.
O Senac Paraná apresenta uma opção personalizada para a corporação que quer investir na educação de seus funcionários. O programa Senac na Empresa oferece uma grande variedade de cursos, que podem ser ministrados em qualquer ponto do estado, além de consultoria e assessoria. Carga horária, conteúdo, datas, horários e locais para
tucionais, além de referenciais teóricos que dêem embasamento às suas ações. O programa foi desenvolvido por meio de sistema modular de ensino, com assessoria interna e externa, estágios na administração, em todas as áreas e em Unidades de Serviço.
Na EaD, o tempo é otimizado e as atividades realizadas são distribuídas conforme a disponibilidade do aluno. Além disso, o conhecimento ultrapassa as fronteiras do espaço geográfico, chegando a grupos da população que, por razões diversas, têm dificuldades de acesso à educação.
as aulas são flexíveis e programados para se adequar às necessidades da empresa. O Senac na Empresa oferece ainda a competência de uma equipe de técnicos especializados em identificar necessidades e apresentar soluções eficientes para o desenvolvimento de pessoas e organizações.
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
71
o presidente darci piana apresenta os projetos realizados e a realizar na assembleia da fecomercio
Nova Diretoria Durante a 114ª reunião da Feco-
O presidente do Sistema Fecomér-
mércio Paraná, realizada em junho,
cio Sesc Senac, Darci Piana, ressaltou
por efeito estatutário, houve a posse
durante a prestação de contas de todo
oficial da nova diretoria da Federação
o seu mandato iniciado em 2004, as
do Comércio do Paraná. Os membros
ações que foram desenvolvidas atra-
da diretoria que já vinham dirigindo os
vés de um trabalho de equipe. “Ve-
destinos da entidade foram recondu-
rificamos uma dedicação incansável
zidos aos seus cargos e reassumiram
deste grupo, em benefício de 440 mil
o compromisso de respeito às leis vi-
empresas, 1.680.000 trabalhadores e
gentes e a busca constante pelo cres-
do bem-estar da sociedade paranaen-
cimento da instituição, dos sindicatos
se”, disse Piana.
e entidades representadas.
A diretoria da Fecomércio Paraná é
Os integrantes da nova diretoria
integrada por 73 membros efetivos e
terão uma gestão de 2010 a 2014 e
33 suplentes. Entre as ações que ca-
com o objetivo principal, defendem a
bem à diretoria, estão coordenar as
representação legal das empresas do
câmaras setoriais de autopeças, far-
comércio de bens, serviços e turismo
mácias e de material de construção;
perante os poderes instituídos, em
as empresarias de turismo e da mulher
seus três níveis, Legislativo, Executivo
empreendedora e gestora de negócios
e Judiciário, bem como perante a so-
e do comércio exterior.
ciedade como um todo.
72
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
maio
|
junho 2010
DIRETORIA EFETIVA Gestão 2010-2014
Presidente: Darci Piana 1º Vice-Presidente: Ari Faria Bittencourt 2º Vice-Presidente: Gumercindo Ferreira dos Santos Júnior 3º Vice-Presidente: João Inácio Kreuz 4º Vice-Presidente: Luiz Carlos Borges da Silva 5º Vice-Presidente: Edenir Zandoná Júnior 6º Vice-Presidente: José Alex Gonçalves Figueira 7º Vice-Presidente: César Luiz Gonçalves 8º Vice-Presidente: Neuri Nilo Garbin 9º Vice-Presidente: Carlos Rodrigues do Nascimento 10º Vice-Presidente e Conselho do Comércio Atacadista: Luiz Sérgio Wozniaki 11º Vice-Presidente e Conselho do Comércio Varejista: Pedro Joanir Zonta 12º Vice-Presidente e Conselho de Agentes Autônomos: Paulo César Nauiack 13 º Vice-Presidente e Conselho de Assuntos do Mercosul: Plínio Destro 14º Vice-Presidente e Conselho de Turismo: Luiz Fernando Mamede Mendes 15º Vice-Presidente e Conselho de Mediação e Arbitragem: Maria Deli Medeiros de Medeiros Diretor 1º Secretário: Segismundo Mazurek Diretor 2º Secretário: Valdeci Aparecido da Silva Diretora 3ª Secretária: Nájila Nabhan Diretor 1º Tesoureiro: Umberto Marineu Basso Diretor 2º Tesoureiro: Nelson José Bizoto Diretor 3º Tesoureiro: Roberto Hernando Barco Diretor para Assuntos Sindicais: Aroldo Eitel Schultz Diretor para Assuntos Sindicais: Nicolau Bulgacov Júnior Diretor para Assuntos Sindicais: Zildo Costa Diretor para Assuntos Sindicais: Oscar Dirceu Bühler Diretor para Assuntos Sindicais: Ciro Conte Chioquetta Diretor para Assuntos Sindicais: José Canisso Diretor para Assuntos de Relações do Trabalho: Francisco Leite Diretora para Assuntos de Relações do Trabalho: Cristiane Boiko Rossetim Diretor para Assuntos de Relações do Trabalho: Luiz Gonzaga Fayzano Neto Diretor para Assuntos de Relações de Trabalho: Abrão José Melhem Diretor para Assuntos de Relações de Trabalho: Francisco Paulo José Minoli Diretor para Assuntos de Relações de Trabalho: Cláudio Roth Diretor para Assuntos Tributários: Everton Calamucci Diretor para Assuntos Tributários: Amaro Fernando José Pakowski Diretor para Assuntos Tributários: Gélcio Miguel Schibelbein Diretor para Assuntos Tributários: Sidney Catenaci Diretor para Assuntos Tributários: Armando Hamud Hamud Diretor para Assuntos Tributários: Carlos Cesar Rigolino Junior Diretor para Assuntos de Desenvolvimento Comercial: Adilson Emir dos Santos Diretor para Assuntos de Desenvolvimento Comercial: Valter da Silva Barros Diretor para Assuntos de Desenvolvimento Comercial: Paulo Celso Barbosa Diretor para Assuntos de Desenvolvimento Comercial: Uzier de Carvalho Diretor para Assuntos de Desenvolvimento Comercial: Nelcir Antônio Ferro Diretor para Assuntos de Desenvolvimento Comercial: Claudinei Herreiro Diretor para Assuntos de Crédito: Takeshi Maeda Diretor para Assuntos de Crédito: Nivaldo Wengrynovski Diretor para Assuntos de Crédito: Jefferson Proença Testa Diretor para Assuntos de Crédito: Said Jacob Júnior Diretor para Assuntos de Crédito: Enéas dos Santos Brum Diretor para Assuntos de Crédito: João Odorico de Souza Diretor para Assuntos de Relações de Consumo: Marino Poltronieri Diretor para Assuntos de Relações de Consumo: Mário Luiz Szpak Diretor para Assuntos de Relações de Consumo: Luís Carlos Favarin Diretor para Assuntos de Relações de Consumo: Antonio Edson Gruber Diretor para Assuntos de Relações de Consumo: Antônio Carlos Parieti Diretor para Assuntos de Relações de Consumo: Hélcio Kronberg Diretor para Assuntos de Comércio Exterior: Saul Chuny Zugmann Diretor para Assuntos de Comércio Exterior: Eduardo Rubens de Andrade Diretor para Assuntos de Comércio Exterior: Alceu Ribeiro
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
Diretor para Assuntos de Comércio Exterior: Osnei José Simões Santos Diretor para Assuntos de Comércio Exterior: Carlos Antônio Amaral Monteiro Diretor para Assuntos de Comércio Exterior: Danilo Tombini Diretora para Assuntos de Habitação e Imobiliário: Liliana Ribas Tavarnaro Diretor para Assuntos de Habitação e Imobiliário: Márcio Américo Strini Diretor para Assuntos de Habitação e Imobiliário: Luiz Valdir Nardelli Diretor para Assuntos de Habitação e Imobiliário: José Paulo Celles CONSELHO FISCAL Membro Efetivo do Conselho Fiscal: Wanderley Antônio Nogueira Membro Efetivo do Conselho Fiscal: Agostinho Francisco Sabadin Membro Efetivo do Conselho Fiscal: Francisco Macedo Machado Membro Suplente do Conselho Fiscal: Horst Adelberto Waldraff Membro Suplente do Conselho Fiscal: Omar Rachid Fatuch DIRETORIA SUPLENTE Suplente de Diretoria: Sandro Augusto Sabadin Suplente de Diretoria: Itacir Grando Suplente de Diretoria: Paulo Cezar Pereira Gruber Suplente de Diretoria: Hélcio Cerqueira Suplente de Diretoria: Diógenes Kuczynski Szpak Suplente de Diretoria: Nasser Hamoud Suplente de Diretoria: Renê Rodrigues Pereira Suplente de Diretoria: Lauro Colombo Suplente de Diretoria: David Guntowski Suplente de Diretoria: Edmar de Souza Arruda Suplente de Diretoria: Zulfiro Antonio Bósio Suplente de Diretoria: Voldisnei Krisanowski Barbosa Suplente de Diretoria: Milton Silvério Pennacchi Suplente de Diretoria: Myron Saling Suplente de Diretoria: Aldo Burin Suplente de Diretoria: Heitor Bolela Junior Suplente de Diretoria: Yuri do Carmo Barbosa Lima Suplente de Diretoria: Ari dos Santos Suplente de Diretoria: Elcio Henrique Coninck Ribeiro Suplente de Diretoria: Elie Saba Mouchbahani Suplente de Diretoria: João Antonio dos Anjos Suplente de Diretoria: José Maximino Gorski Suplente de Diretoria: Luís Felipe Zafaneli Cubas Suplente de Diretoria: Osvaldo Nascimento Júnior Suplente de Diretoria: Jacir Furtado de Souza Guerra Suplente de Diretoria: Alexandre Tavares de Andrade Suplente de Diretoria: Mário Takinami Suplente de Diretoria: João Francisco Zafaneli Cubas Suplente de Diretoria: Edison Luiz Barbosa Cubas Suplente de Diretoria: Antônio Augusto Esteves Suplente de Diretoria: Vilmar de Souza Dias Suplente de Diretoria: Antônio Barea Suplente de Diretoria: Elione Rodrigues de Freitas DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO AO CONSELHO DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO – CNC Efetivos: Darci Piana Ari Faria Bittencourt Suplentes: Paulo César Nauiack Wanderley Antônio Nogueira
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
73
e, d e p s e d e s z u r C lo u Pa s de Sesc Paraná após 32 ano
qual ixar uma entidade a na insti- teza de de dia o ltim nú pe seu Em nquilo porque ficará sc acredito, mas tra Se do al ion reg r eto todos tuição, o ex-dir mãos, nas mãos de eu homena- em boas eb rec z Cru lo Pau á, Paran O ex-diretor aceia vocês”, ponderou. tem Sis do res do ora tidade gem dos colab posta de gerir uma en pois de 32 tou a pro De c. na Se sc Se io érc Fecom o. “Não tive como e renomada de ensin ad tid en na go car o u e é um anos, ele deixo o. Tenho 60 anos e ess atuar na ini- dizer nã ra pa ho jun de 30 no dia nha carreira”. passo importante na mi ciativa privada. ministratiO diretor da Divisão Ad r já seneto dir exo o, ad on oci Em Sesc Paraná, Odair res va e Financeira do do ora ab col de e uip véste falta da eq prestou homenagem às minha vida Pereira, ruí nst “Co o. içã titu da ins etor. Pereira res- peras da saída do dir sce cre os filh us me e, Cruz nesta entidad mentos marcantes de aqui. Hoje, gatou mo ava est eu to an qu en an ram dos 32 os. na instituição ao longo u. mo afir , sc” Se e om o veio carrego o sobren aos colaboradores com tidade, des- Contou en da ar slig de se ao Ele, na carreira e para o Sesc, seu início tode lho ba tra o ceu para tacou e reconhe ações importantes dele e ninguém destacou qu er diz ao e uip eq em dos ição. “Consio crescimento da institu o. r, uma faz nada sozinh o Cruz um incentivado importantes deramos os tou sal res z Cru facilidade para pessoa humilde, com tou ien sal e a cas na ramigos que fez erros, um verdadeiro pa r profissio- reconhecer sce cre te can tifi gra foi que , afirmou o colega. sses anos. “Fui ceiro” nalmente ao longo de Saio com trisfeliz a cada dia no Sesc.
Senac Londrina realiza curso de maquiagem com ex-BBB Dicesar O Senac Londrina e o Sindi-
74
há 20 anos, realizou no Paraná.
e, por ser uma personalidade,
cato dos Salões de Cabeleireiros,
O convite partiu de uma visi-
estimula os profissionais de be-
Institutos de Estado do Paraná
ta que o ex-BBB fez ao Senac,
leza a se aperfeiçoarem.
(Sincap) trouxeram a Londrina,
acompanhado de sua mãe, que
o ex-BBB Dicesar. O participan-
já foi aluna da instituição.
Durante o curso, com carga horária de 15 horas,
te da 10ª edição do Big Brother
De acordo com o presidente
Brasil ministrou o curso de Atua-
do Sincap, Antônio Carlos Pa-
seu talento com pincéis e
lização em Maquiagem, nos dias
rieti, a vinda do “ex-brother” a
cosméticos, além de fa-
5 e 6 de julho.
Londrina foi bastante positiva,
lar das novas técnicas
Este foi o primeiro curso que
porque Dicesar possui grande
de maquiagem e lan-
Dicesar, maquiador profissional
conhecimento em maquiagem
çamentos de produtos.
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
Dicesar demonstrou todo
maio
|
junho 2010
www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
75
76
SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR
maio
|
junho 2010