VIAJANDO E APRENDENDO Professor Odebal Bond Carneiro
Curitiba 2017
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ESTA É UMA PUBLICAÇÃO DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR Darci Piana Diretor Regional do Sesc PR Emerson Sextos
Diretor Regional do Senac PR Vitor Monastier NÚCLEO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING Coordenação Geral: Cesar Luiz Gonçalves
Organizado por: Flávio Adalberto Poloni Rizzato e Eduardo de Medeiros Bodachne Fotos: Acervo do autor
Catalogação na Fonte: Sesc Paraná - Gerência de Cultura
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Turismo, indústria saudável O turismo é uma das principais fontes de receita da economia moderna. As receitas advindas do turismo impulsionam o Produto Interno Bruto de inúmeros países, localizados nos cinco continentes. Alguns casos merecem destaque, como a Islândia, país de águas termais que recebe milhares de turistas todos os anos, superando em cinco vezes o número de cidadãos islandeses. O Brasil ainda é, em termos globais, um destino pouco escolhido por turistas do Hemisfério Norte, mesmo que a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos no ano passado tenham trazido expressivo contingente de turistas ao país. Rio de Janeiro, Nordeste e Foz do Iguaçu seguem como as maiores atrações nacionais. No Paraná, a Fecomércio coordena a Câmara Empresarial do Turismo, órgão formado por entidades e empresas de incremento turístico, defendendo os interesses da cadeia produtiva do setor. Também o Sesc e o Senac estão engajados nesse processo. Pelo Sesc, com o Hotel Sesc Caiobá, o maior empreendimento da inciativa privada do litoral paranaense, além do programa de turismo social, que permite a empresários e comerciários viagens a destinos turísticos a preços razoáveis. O Senac oferece cursos de qualificação profissional para as áreas de hotelaria, bares e restaurantes em suas escolas de ensino profissionalizante, especialmente em Curitiba, Foz do Iguaçu e Caiobá, locais de maior afluxo turístico do estado. No fim de 2016, foi realizado em Curitiba o 1º Fórum Paranaense de Turismo Rodoviário, de fundamental importância para o setor. Se for verdade que cidades como Curitiba e Foz do Iguaçu dependem muito do turismo por via aérea, a diminuição da grade de voos devido à crise econômica tem atrapalhado muito a proProfessor Odebal Bond Carneiro
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gramação de quem pretende viajar de avião. Neste cenário, o turismo rodoviário ganha destaque. É pelas rodovias que se deslocam os participantes das viagens do programa Turismo Social, do Sesc Paraná. Também é pela via rodoviária que se deslocam estudantes e jovens em geral, em busca de diversão e descanso. O turismo rodoviário incrementa o comércio em diversos segmentos. Hotelaria, restaurantes, bares e lojas de produtos típicos, entre outros. Em Cianorte, temos procura intensa por confecções. Em Apucarana, pelos bonés ali fabricados. Nas estações de águas, pessoas procuram saúde e rejuvenescimento. TURISMO RELIGIOSO O Turismo Religioso configura-se pelas atividades turísticas decorrentes da busca espiritual e da prática religiosa em espaços e eventos relacionados às religiões institucionalizadas, conforme a definição do Ministério do Turismo. A realização de visitas a locais que expressam sentimentos místicos ou suscitam a fé, a esperança e a caridade nos fiéis denomina-se Turismo Religioso. Dentro dessa segmentação do turismo, é necessário ressaltar as seguintes especificidades técnicas, estabelecidas pelo Ministério do Turismo: • Quando alguém, por livre disposição e sem pretender recompensas materiais ou espirituais, viaja a lugares sagrados, o conjunto de atividades denomina-se romaria. • Quando alguém visita lugares sagrados para cumprir promessas ou votos anteriormente feitos a divindades ou a espíritos bem-aventurados, o conjunto de atividades chama-se peregrinação. • Quando alguém, empenhado em remir-se de suas culpas ou de seus pecados, de forma livre e espontânea ou por conselho ou 6
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disposição de líderes religiosos, se dirige a lugares sagrados ou a outros lugares, em espírito de arrependimento e compunção, o conjunto de atividades é designado como viagem de penitência ou viagem de reparação. No Paraná, há muitos anos se pratica o Turismo Religioso, sendo que destes lugares, os mais tradicionais são o Parque Estadual da Gruta do Monge, na Lapa, a Gruta de Santa Emília, em Barracão, a Igreja Matriz de Nossa Senhora Aparecida, em Tomazina, e o Mosteiro Trapista, em Campo do Tenente. As festas religiosas tradicionais são inúmeras, entre as quais destacamos a de Santa Rita de Cássia, em Lunardelli, Corpus Christi, em diversas cidades, a Festa de Santa Pastorina, em Tibagi, a Festa do Padroeiro Senhor Bom Jesus da Pedra Fria, em Jaguariaíva, e do Senhor Bom Jesus da Cana Verde, em Siqueira Campos, e de Nossa Senhora do Pilar, em Antonina. Outras festas são realizadas em Paranaguá, Morretes, Guaratuba, na Lapa, em Piraí do Sul. Também temos nosso pequeno caminho de Compostela, com a Rota da Peregrinação Fé na Estrada, entre Lunardelli e Apucarana. O turismo é uma atividade saudável, renovável e sustentável, que se desenvolve de acordo com infraestrutura adequada. Por esta razão, é necessário que lutemos para a melhoria das condições de portos, aeroportos e estradas, além da democratização das tarifas. O turismo é fundamental para o desenvolvimento do estado do Paraná. Este livro de Odebal Bond Carneiro é um verdadeiro manual de viagens, em que o autor narra suas aventuras e o aprendizado permanente que o turismo permite. Vale a pena trilhar esta estrada.
Darci Piana Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR
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SUMÁRIO Apresentação..............................................................11
Viajando e Aprendendo...........................................13
Campus Avançado Imperatriz MA.......................15
Natal e Fernando de Noronha..............................29
Praia do Leão...............................................................34
Flórida............................................................................37
Espanha e a Portugal................................................43
Paris................................................................................52
Madri..............................................................................71
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Fortaleza.......................................................................79
Estados Unidos...........................................................91
Lauro Müller............................................................ 110
Um pouco de História............................................126
Gramado.....................................................................132
Jundiaí..........................................................................151
Viagem de retorno a Jundiaí................................158
Amazonas................................................................. 161
Porto Alegre...............................................................186
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Apresentação Este é mais um opúsculo do grande amigo Odebal. É uma obra em que Odebal nos apresenta experiências de suas viagens por diversas regiões do Brasil, em três regiões da Europa e Estados Unidos. Odebal é uma pessoa que, mesmo passeando, procura aprender e ensinar as pessoas que se relacionam com ele. Isto é muito altruísta de sua parte. É assim que esse magnífico Mestre nos leva a viajar com ele durante os passeios que efetuou por algumas cidades. Este é o segundo livro deste incrível homem e cidadão paranaense que tenho o imenso prazer de organizar e prefaciar. Sou paulista de nascimento, mas residindo e trabalhando na capital paranaense, tive a alegria de conhecer e tornar-me amigo deste estimável ser humano. Quem conhece o amigo Odebal passa a admirá-lo de forma incondicional, pois é um ser humano no verdadeiro sentido da palavra: íntegro, sincero, honesto, sempre de bem com a vida e coerente em seu modo de ser. Esta é mais uma obra deste meu grande amigo, que recomendo aos leitores para que tomem contato com os lugares apresentados. Assim, poderão conhecer estes lugares com uma visão diferente, Professor Odebal Bond Carneiro
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madura e divertidamente inteligente. E é com grande alegria que participo destes saberes como organizador da obra. Que nosso grande amigo Odebal seja sempre abençoado e possa nos trazer mais conhecimentos e futuras obras. Um grande abraço ao Amigo.
Flávio Adalberto 18 de fevereiro de 2016
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Viajando e Aprendendo Permita-me a ousadia de pretender lançar mais um livro, este restringido aos conhecimentos adquiridos com as viagens que tive a oportunidade de realizar através de nosso imenso Brasil, da Europa e dos Estados Unidos da América. No Brasil estivemos, não completamente nos estados do Sul, parte do Nordeste e no Amazonas, na Europa conhecemos os estados da Península Ibérica e nos Estados Unidos, parte da Flórida, Ohio e Grandes Lagos. Todas fiz com minha esposa. À Europa, com os companheiros do Conselho de Representantes Comerciais; e a Paris para festejar com a família os cinquenta anos de casado. Não posso olvidar minha querida companheira, minhas filhas amantíssimas, meus netos e amigos do Conselho de Representantes Comerciais e em algumas ocasiões da orientação das empresas de turismo. Sozinho não teria oportunidade de estreitar os laços de amizade e companheirismo. Pois tenho a certeza de que as experiências adquiridas melhoram a compreensão do mundo, das pessoas e do trabalho que cada um desempenha na evolução da raça humana. Quero agradecer à Federação do Comércio que me apoia na divulgação e impressão deste trabalho através da atuação e compreensão de seu presidente Darci Piana e seus colaboradores que desempenham com carinho e dedicação suas funções. Tive a oportunidade de conviver com diretores dos vários sindicatos que fazem parte dessa entidade e com os quais muito aprendi. A todos meus eternos agradecimentos. Representei essa Federação no Conselho da Telepar e no Conselho de Ensino e Pesquisa de nossa entidade Máster, a Universidade Federal do Paraná. Professor Odebal Bond Carneiro
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Não posso esquecer a colaboração inolvidável dos amigos Flavio Adalberto Poloni Pizzato e Eduardo Medeiros Bodachne, que me auxiliaram na formatação desse trabalho. Essas viagens abriram meus horizontes para entender que as pessoas, sejam de outros estados, países e raças almejam na sua maioria aumentar seus conhecimentos, entender que na raça humana não existem pessoas iguais e com as mesmas aspirações, conhecimentos e ambições, porém que devemos nos entender e trabalhar por um mundo melhor.
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Campus avançado de Imperatriz Relatório Preliminar Abril de 1972 Relatório das atividades desenvolvidas pelos professores Julio Cesar Stenghel Ríspoli e Odebal Bond Carneiro, durante os dias 3 a 16 de abril de 1972, para verificação das condições de instalação do Campus avançado da Universidade Federal do Paraná, na cidade de Imperatriz, no estado do Maranhão. I – PROGRAMA DE VIAGEM. A viagem de Curitiba às cidades previstas no roteiro foi realizada em avião, com passagens fornecidas pelo Ministério do Interior. Em Brasília, no Ministério do Interior, fomos recebidos pelo coordenador geral do Projeto Rondon, tenente-coronel Sérgio Mário Pasquali e seus assessores imediatos: professora Myrian Levy Carneiro, chefe de operações; doutora Suzana Falcão Vanderlei, assessora jurídica; e doutora Tereza Brasil, assessora administrativa e financeira. Nessa ocasião, fomos apresentados ao vice-reitor da Universidade Federal de Goiás, professor Paulo de Bastos Perillo, que se encontrava em companhia do professor Augusto Silva Carvalho, designado para dirigir o Campus de sua Universidade na cidade de Picos, estado do Piauí.
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Durante a reunião, que se prolongou por todo o dia, o coordenador geral expôs os objetivos do Projeto Rondon e do Campus avançado, enumerando os já existentes, tais como: Em Boa Vista, Roraima, a Universidade Federal de Santa Maria – RS. Em Tefé, Amazonas, a Universidade Estadual da Guanabara. Em Aragarças, Goiás, e em Barra do Garça, Mato Grosso, a Universidade de Brasília – DF. Em Porto Velho, Rondônia, a UFRS. Em Cruzeiro do Sul, Acre, a Universidade Estadual de Campinas – SP. Em Rio Branco, Acre, as Escolas Reunidas da Alta Mogiana – SP. Em Marabá, Pará, AUSP. Em Santarém, Pará, a Universidade Federal de Santa Catarina – SC. E em Altamira, Pará, as Faculdades Reunidas de Uberaba – MG. Informando-nos que serão ainda, neste exercício, instalados mais 10 “campi” avançados. Em seguida, os assessores imediatos do coordenador geral nos esclareceram sobre a instalação e manutenção do Campus, especialmente com respeito às atividades administrativas e financeiras. Para a sede do Campus em Imperatriz, foi previamente escolhida uma edificação, própria do estado, cedida ao Projeto Rondon pelo Exmo. Governador do Maranhão, a ser instalada até julho próximo. As instalações para o perfeito funcionamento do Campus, como de todos os equipamentos indispensáveis, inclusive viatura para locomoção na região, serão custeadas pelo Projeto Rondon. As despesas para a manutenção, incluindo pagamentos de pessoal administrativo, serviço de terceiros, taxas, impostos e aquisição de 16
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víveres, correção por conta da Sudene – Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, em convênio com o Projeto Rondon. Este Projeto depositará os recursos necessários na Agência do Banco do Brasil, na cidade de Imperatriz, em conta denominada “PROJETO RONDON CONTA CONVÊNIO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, CAMPUS AVANÇADO IMPERATRIZ”, que será movimentada pela Direção do Campus. Quanto às prestações de contas, referentes às despesas efetuadas pelo Campus, o Projeto Rondon baixou normas, expressas nos documentos 1 e 2 adiante mencionados. Terminadas as reuniões em Brasília, seguimos para a cidade de Recife onde, na Sudene, ouvimos ampla explanação sobre os objetivos e projetos daquele Órgão, para toda a sua área de ação, destacando-se como prioritários, os que se referem a Saneamento, Habitação, Ação Comunitária e Administração. Quanto aos convênios que beneficiam a região de Imperatriz, fomos informados dos seguintes: • ESGOTO SANITÁRIO – Elaboração de projeto técnico de esgotos sanitários da cidade de Imperatriz. Convênio Sudene/Cema (Cia. De Água e Esgoto do Maranhão). Valor Cr$ 34.000,00 Obs.: o projeto encontra-se em discussão na Sudene, Departamento de Saneamento Básico. • COMERCIALIZAÇÃO DE SEMENTES SELECIONADAS, PESCADOS E PRODUTOS ALIMENTARES – Convênio Sudene/Sagrima (Sec. de Agricultura do Maranhão). Valor Cr$ 80.000,00 Obs.: convênio em execução. Todos os municípios do estado são beneficiados. Professor Odebal Bond Carneiro
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• INFORMAÇÕES DE MERCADO – Serviços de informação de mercado. Convênio Sudene/Sudema (Superintendência de Desenvolvimento do Maranhão). Valor Cr$ 16.000,00 até maio de 1971 e Cr$ 90.000,00 para 1972. • HABITAÇÃO – Convênio Sudene/Sudema/Serfhau. Valor Cr$ 250.000,00. O trabalho será executado por firma a ser contratada. Obs.: somente para região de Imperatriz. A par do grande interesse demonstrado pelos técnicos da Sudene, com possível ida da Universidade Federal do Paraná para região de Imperatriz, foram discutidos diversos aspectos da participação do Campus Avançado nos trabalhos em andamento e nos trabalhos a serem iniciados, especialmente sobre diagnóstico socioeconômico, saúde e educação. Quanto à participação financeira da Sudene para a manutenção do Campus, no exercício de 1972, informaram-nos que serão dispendidos cerca de Cr$ 250.000,00. Encerrada esta primeira fase de programação em Recife, seguimos para a capital do estado do Maranhão, acompanhados pela dra. Judite da Mata Ribeiro, chefe da Divisão de Ação Comunitária da Sudene, especialmente designada como observadora daquela superintendência. Os professores da Universidade de Goiás, que até aqui nos acompanharam, seguiram para Picos no Piauí. No aeroporto de São Luiz, fomos recepcionados pelas seguintes autoridades: vice- reitora da Universidade do Maranhão, professora Dagmar Desterro, presidente do Conselho de Representação do Projeto Rondon industrial, Luiz Pôrto, e o coordenador estadual do 18
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Projeto Rondon, capitão Otávio Augusto Mendes Fernandes. Antes das reuniões programadas com os secretários de governo, a fim de tomarmos conhecimento dos planos para a microrregião de Imperatriz, fizemos uma visita de cordialidade ao Magnífico Reitor da Universidade do Maranhão, Cônego José Ribamar de Carvalho, que nos proporcionou uma visita à Universidade e às obras para a instalação dos Institutos básicos, já bastante adiantadas. Durante a reunião com os secretários de Estado, diretores de Órgãos de Planejamento e demais autoridades civis e militares, pudemos sentir a satisfação dos maranhenses com a escolha da Universidade Federal do Paraná para o Campus de Imperatriz. Os votos de breve instalação, a fim de que a Universidade possa participar dos planos de desenvolvimento elaborados para o estado foram unânimes. Nesta ocasião, recolhemos grande número de dados sobre o estado do Maranhão e em especial da microrregião de Imperatriz. Mais tarde, Exmo. Sr. Governador nos recebeu com palavras elogiosas a nossa Universidade, prometendo toda colaboração de seu governo ao Campus, ressaltando sua importância para o desenvolvimento daquela região que cresce vertiginosamente. Terminados os compromissos em São Luiz, seguimos em avião da Sudene para Imperatriz, em companhia do industrial Luiz Pôrto e do capitão Otávio Fernandes. Em Imperatriz, devido às precárias condições de hospedagem, fomos alojados em residência particular de um industrial local que não poupou esforços para nos proporcionar conforto.
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Com o prefeito municipal, Sr. Renato Cortes Moreira, visitamos o local destinado para sede do Campus. Trata-se de propriedade do Estado, situada na esquina sul das ruas Simplício Moreno e Luiz Domingues, s/nº, medindo 35,5 por 42,0 metros, assinalada em vermelho no documento nº 4. Existe no local, uma edificação destinada a Posto de saúde, abandonada devido a seu precário estado de conservação. Alguns participantes do PR-IX que em fevereiro próximo passado atuaram naquela área, apresentaram estudo (documento nº5) para recuperar a edificação existente e construir, no mesmo local, mais um prédio a fim de melhor atender a sua futura finalidade. Mais tarde, visitamos as obras para construção do Porto Fluvial, as instalações da Embratel e o escritório distrital da Rodobrás, além de outros locais importantes da cidade. No Rotary Club, foi organizada pelo Senhor Prefeito uma reunião com cerca de quarenta pessoas, representantes das classes políticas, empresariais e da sociedade local, para a apresentação dos visitantes e debates sobre a participação da Universidade Federal do Paraná no desenvolvimento da região. Após a reunião, visitamos algumas casas possíveis de serem alugadas para a residência do diretor e do administrador do Campus, ficando o senhor prefeito incumbido de contratar, pelo Projeto Rondon, o aluguel da única casa, de propriedade do Sr. Antonio Pessoa, à Travessa Bom Jesus, 229, que na ocasião, apresentava condições razoáveis de habitação. Retornamos na manhã seguinte para São Luiz, onde mantivemos contato com os técnicos da Sudema e com o Exmo. Sr. Governador do Estado.
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Voltando a Recife, pousamos em Teresina para embarque dos professores da Universidade Federal de Goiás, que regressavam da cidade de Picos, onde instalaram seu Campus Avançado. Em Recife, novo encontro foi realizado com o fim de adequar os planos da Sudene para as microrregiões em foco, com os trabalhos dos “Campi”. Sobre Imperatriz, informamos que não podíamos fixar nossa participação nos projetos existentes ou apresentar novas proposições, antes do pronunciamento da Universidade Federal do Paraná. Finda a programação em Recife, retornamos ao Ministério do Interior em Brasília, para prestar ao Projeto Rondon as informações que havíamos obtido e discutir a implantação do Campus. Informamos nesta oportunidade que o local escolhido para a sede, mesmo totalmente reformado e acrescido de nova edificação, não reuniria condições satisfatórias para seu funcionamento. Informamos ainda, que em São Luiz, expusemos ao Sr. Governador, a dificuldade para instalar o Campus no local destinado, face à exiguidade de área, o que foi acatado por sua Excelência, que prometeu destinar outro local mais conveniente. Ao término da reunião com o Projeto Rondon, o Exmo. Senhor Ministro do Interior José Costa Cavalcanti nos recebeu em seu gabinete e ouviu a exposição de motivos, pelos quais reivindicávamos melhores condições para a sede do Campus. Acatando a nossa pretensão e até mesmo entusiasmado com a ideia, prometeu e fez anotar, pelo seu secretário, a dotação de recursos financeiros suficientes para Universidade Federal do Paraná projetar e construir suas instalações em Imperatriz, com todas as dependências necessárias. Professor Odebal Bond Carneiro
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Concluídos os trabalhos programados, retornamos no dia 16 de abril a Curitiba, convictos das inúmeras vantagens que este empreendimento trará a nossa Universidade. II – ORGANIZAÇÂO E FUNCIONAMENTO DO CAMPUS. O Campus Avançado é basicamente uma área de estágio para estudantes universitários, objetivando a melhoria de sua formação profissional, o conhecimento da realidade brasileira e a sua participação no progresso do País e das condições de trabalho no interior. As atividades realizadas por professores e estudantes interessados no processo de desenvolvimento fortalecem as lideranças necessárias para o incremento do espírito comunitário, contribuindo para melhorar o nível de vida do interior brasileiro. Para a organização e funcionamento do Campus, o Projeto Rondon publicou dois documentos, respectivamente denominados “NORMAS GERAIS PARA CAMPUS AVANÇADO e NORMAS GERAIS PARA FUNCIONAMENTO DE CAMPUS AVANÇADO”. Todavia cabe à Universidade criar o GTU (Grupo Tarefa da Universidade), a quem compete elaborar o REGIMENTO INTERNO DO Campus e preparar o planejamento global, podendo inclusive apresentar aos Órgãos Públicos sugestões e planos, com a finalidade de motivá-los para estabelecimento de outros convênios. O GTU será para a Universidade o elemento de ligação entre o Campus e o Projeto Rondon, cujas atribuições estão nos documentos acima referidos (Anexos 1 e 2)
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A condução de professores e alunos que se deslocarem para o Campus será feita pelo Projeto Rondon, obedecendo o esquema, que visa ao barateamento do transporte, elaborado da seguinte forma: De vinte em vinte dias, serão revezados os professores, enquanto que os alunos permanecerão 40 dias no local, de maneira que o grupo de alunos que se deslocar permanecerá 20 dias com o grupo que vai retornar. Assim, no quadragésimo dia de trabalho, considerando 12 pessoas por viagem, haverá no Campus 36 pessoas, não considerando a presença do pessoal administrativo. III – MICRORREGIÃO DE IMPERATRIZ. Designada como microrregião 10 do estado do Maranhão, é constituída pelos municípios de Imperatriz, Amarante, João Lisboa, Montes Altos e Porto Franco. A sede é a cidade de Imperatriz, situada a 5, 31 e 32 de latitude sul e 47, 26, 35 de longitude / WGR, a 95 metros s. n. m., na margem do rio Tocantins e cortada pela rodovia Belém-Brasília. O clima tropical apresenta temperatura média de 26.5°C com as seguintes variações: mínima 15.3°C máxima 37°C. A precipitação pluviométrica atinge 1.120 mm, aproximadamente. A população urbana, em 1970, contava com cerca de 35.000 habitantes e o município com aproximadamente 81.000. Hoje, a população urbana é estimada em 47.000 habitantes. Imperatriz está hoje ligada às demais sedes dos municípios integrantes às demais sedes dos municípios integrantes da microrregião 10 Professor Odebal Bond Carneiro
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por estradas de rodagem assim distribuídas: para Amarante 60 km, sendo 40 km pela Belém-Brasília e 20 km por estrada por estrada carroçável; 15 km pela Belém; para Montes Altos 60 km, sendo 20 km pela Belém e 40 km por estrada carroçável; para Porto Franco, 100 km pela Belém Brasília. Para os municípios vizinhos da microrregião, dista 100 Km de Tocantinópolis e 30km de Itaguatins,, em Goiás; 90 Km do Sítio Novo e 150 Km de Grajaú Maranhão. Atualmente, a ligação São Luiz-Imperatriz por rodovia demanda cerca de 40 horas de viagem. Imperatriz possui companhia telefônica, a “Televisa” que opera 400 aparelhos. Não obstante a torre da Embratel localizar-se nas proximidades. Não pode operar fora da cidade por não possuir concessão da “Dentel”, possui capital social inferior ao da “Televisa”. Na Prefeitura, existe um aparelho de rádio SSB, aguardando autorização da Dentel para operar. A comunicação aérea é feita por duas empresas comerciais, por semana. A Vasp faz a ligação Imperatriz-São Luiz e a Varig, de Belém a Brasília. Dentro dos próximos sessenta dias, o novo aeroporto, com pista asfaltada, será inaugurado. Ainda existe comunicação fluvial, pelo rio Tocantins – a mais antiga – cuja distância entre Imperatriz e Marabá, no Pará, é de aproximadamente 250 Km. Marabá será o futuro porto de apoio da Transamazônica. A energia elétrica, instalada em 1971, é fornecida por um gerador Diesel do governo está entre 18 e 6 horas. Embora esteja em co24
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gitação de mais um gerador Diesel, o problema de energia será definitivamente resolvido quando a rede elétrica for ligada ao sistema de Boa Esperança. Não existe rede de esgoto e de águas pluviais, o abastecimento de água é feito parcialmente através de poços artesianos, com profundidade média de 90 metros. Para atendimento à saúde, trabalham na cidade 12 médicos, 2 dentistas e 12 farmacêuticos. Além das seis casas de saúde existentes, o governo está instalando um Posto de Saúde e a Funai uma unidade mista com 12 leitos. Fomos informados da grande incidência de malária e casos de Doença de Chagas e de Esquistossomose. A segurança pública conta atualmente com 15 soldados, 2 sargentos e um capitão. O quartel para a instalação de uma unidade da polícia do estado encontra-se em construção. Em 1970, o município contava com 153 unidades de ensino primário e 9 de ensino secundário. Em 1972, a cidade de Imperatriz apresenta 11578 alunos inscritos em 9 estabelecimentos de ensino, com 350 salas e 346 professores. No campo agropecuário, a região dedica-se à cultura do arroz e é considerada como grande produtora. Algumas culturas de algodão e culturas de subsistência são praticadas em pequena escala. O governo estadual tem particular interesse no desenvolvimento de oleaginosas, na região. Com exceção das grandes reservas de babaçu, o desmatamento está se fazendo indiscriminadamente, preocupando os órgãos de planejamento do governo e da própria Sudene. Este fato é principalmente devido à criação de bovinos, Professor Odebal Bond Carneiro
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com a abertura de novas áreas para pastagens, como também para a extração de madeiras, pelas serrarias locais. A assistência técnica à agricultura é dada por um agrônomo da Ancar que está há seis meses na região. No campo industrial, em 1970, existiam 37 instalações para beneficiamento de arroz, dois para algodão, uma para extração de óleos vegetais, uma cerâmica de telhas e tijolos, uma fábrica de móveis e diversas serrarias. O município de Imperatriz, atualmente, é o segundo arrecadador de ICM do estado do Maranhão. IV – MEDIDAS PRELIMINARES PARA A INSTALAÇÃO DO CAMPUS. Durante a última reunião em Brasília, com o coordenador geral do Projeto Rondon, face às sugestões para a construção das instalações e a exemplo de outras Universidades, foram estabelecidas algumas medidas preliminares a serem tomadas. 1) Após o pronunciamento afirmativo da Universidade Federal do Paraná, o Projeto Rondon tratara, junto ao Governo do Maranhão, da concessão da nova área, remetendo à UFP as dimensões e a situação do terreno, para fins do projeto das novas instalações. Julgamos que o Exmo. Senhor Governador, conforme prometeu, localizara a nova sede junto ao aéreo Porto Velho, em terreno não inferior a 40.000 m2.
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2) A Universidade criara o GRT – Grupo Tarefa da Universidade, entre os diretores das Faculdades e estabelecera as normas para a participação do corpo discente do Campus. 3) A Universidade determinara ao órgão competente a confecção do projeto completo para a construção da sede, com os correspondentes orçamentos e memorial descritivo. 4) O Projeto Rondon, de posse dos orçamentos, determinara a abertura de credito, em conta vinculada na agência do Banco do Brasil em Imperatriz. 5) A UFP destacara, de seu orçamento, recursos para atender a diárias e complementação de salários, em regime de tempo integral, dos professores que se deslocarem param o Campus.
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Natal e Fernando de Noronha 1995 Como todos os que estudam um pouco de geografia no Brasil, ficamos encantados com esse recanto que se encontra no longínquo mar de nossas costas. Só se pode ir depois de obter licença de nossas autoridades Federais, com o objetivo de evitar a destruição do ambiente do parque e evitar o excesso de pessoas a visitar esse lugar. Depois de muito pesquisar, combinamos, com a Soletur, empresa de turismo, nossa viagem. A chegada a Fernando Noronha passa, obrigatoriamente por Natal, ou Recife. Saímos de Curitiba no dia 20 de agosto de 1995 com destino a Natal, onde fomos atendidos por uma terceirizada da Soletur. Um agente nos esperava no aeroporto. Depois de liberar as bagagens, da RN TUR fomos ao Hotel Marina Sul, situado próximo à praia e à leste da cidade. Instalamos-nos e fomos ver a praia, que fica no fim da quadra. Na praia, várias eram as barracas cobertas com folhas de palmeira. Sua areia fina e branca nos convidava a aproveitar, no entanto, era hora da refeição, fomos almoçar. Após o almoço, pegamos um ônibus e fizemos um passeio pela cidade, que não é muito grande, tem 169 km2 de área e na época 650 mil habitantes, é limpa e bem organizada. Como turistas passamos pela Igreja Santo Antonio e pelo Forte dos Reis Magos.
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Forte dos Reis Magos Natal RN No dia seguinte, pela manhã, de avião, fomos para Fernando de Noronha pela companhia Noroeste. A ilha de Fernando de Noronha fica a 361 quilômetros de Natal em pleno Oceano Atlântico. Sua descoberta é atribuída a Américo Vespúcio, que participou da segunda expedição exploradora das costas brasileiras, comandada por Gonçalo Coelho. O Arquipélago de Fernando de Noronha é o topo de uma montanha submarina de origem vulcânica com base a 400 metros de profundidade. Em 1991 foi realizado um recenseamento acusando 1660 pessoas no Arquipélago. O nome do Arquipélago se deve ao fidalgo português Fernan de Loronha que em 1504 a recebeu como doação hereditária pela coroa portuguesa e que não se interessou em tomar posse, advindo daí o nome do arquipélago. A expulsão dos franceses em 1737 levou o governo brasileiro a fortificar o arquipélago, construindo dez fortes onde o desembarque fosse possível, o maior e o mais importante foi o Forte dos 30
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Remédios, que acabou em 1938 no Governo de Vargas, transformado em presídio político. Em 1942, foi transformado em Território Federal, sendo em seguida subordinado ao Exército, depois para Aeronáutica, para o EMFA, e atualmente anexado a Pernambuco por força da Constituinte. Hoje, Fernando de Noronha é um Distrito do estado de Pernambuco. Olhando pela janela do avião, lembrei-me de um baiano quando dos estudos que fiz, para estabelecer um posto avançado em Imperatriz, no Maranhão pela Universidade do Paraná. Ao olhar para fora do DC3 da Aeronáutica numa ligeira turbulência saiu-se com esta “parece que este avião está batendo as asas”. A viagem durou hora e meia. Em Fernando de Noronha de jipe, fomos até a Pousada da Izolde, situado na rua principal onde nos hospedamos.
Lygia em frente à casa de Izolde
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Trata-se de casa comum de habitante local e que recebe os visitantes na ilha. Na época, não tinha hotel nem outro tipo de hospedagem. Sofremos bastante na hora de tomar banho, a água era de tal forma gelada que não nos permitia um banho confortável. Como companheiro de pousada, outro casal nos faria companhia. Fomos apresentados a Izolde e a seu auxiliar, que seria nosso cozinheiro. Descemos até a praia da Conceição, do lado esquerdo fica o Palácio do Governo, denominado Palácio São Miguel, edifício de dois andares, tendo à frente dois canhões ladeando um monumento na parte superior um globo. Para descer até a praia da Conceição em frente ao Palácio, no lado direito, há uma mureta e escada. Na praia à direita a praia do Cachorro e numa elevação natural o Forte Nossa Senhora dos Remédios.
Odebal em frente ao Palácio do Governo 32
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Em frente à praia do Cachorro, fica a ilha do Morro de Fora e à esquerda da Praia da Conceição, a Praia do Boldro, Praia do Bode e, finalmente, a Cacimba do Padre. Todas essas praias são de uso público, isto é não necessitam de licença. Naquele dia caminhamos para o lado esquerdo indo até a Cacimba do Padre. As praias são de areia fina e clara, mas o que mais nos chamou a atenção é a vista para o mar, no horizonte, uma elevação de pedra com uma escavação arredondada ocasionada pela ação das águas.
Morro do Pico Destaca-se na paisagem o morro do Pico, que é visto praticamente de qualquer lugar do Arquipélago Fernando de Noronha. No segundo dia de nossa estada, tivemos a oportunidade de visitar as praias onde só era permitido o uso a um número pré-determinado de pessoas, para evitar sua deterioração. Várias foram as vezes em que tivemos que esperar para nos deliciarmos em aproveitar da temperatura de suas águas. Professor Odebal Bond Carneiro
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Praia do Leão
No terceiro dia, contratamos os serviços do complexo de lazer náutico Marina Badue, para que pudéssemos experimentar a sensação de mergulhar com aparelho, o que foi filmado em VHS. Começamos com a preparação, nos adaptando à máscara de mergulho, parece fácil, mas sempre fica desconfortável. Por fim, mergulhei, Lygia ficou no barco. Na água, a sensação é maravilhosa, parece que fugimos da ação da gravidade flutuando entre os cardumes de peixes. A profundidade do mergulho para os iniciantes é de dois a cinco metros. Por ser a primeira vez, fui acompanhado de um instrutor. A experiência foi, no entanto, excepcional, recomendo a todos que apreciem novas emoções. No quarto dia, resolvemos comer lagosta, pesca que só pode ser feita pelos nativos e com autorização. Fomos ainda apreciar a saída dos golfinhos-rotadores também chamada de “Baia dos Golfinhos” foi um espetáculo vê-los sair da 34
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água dando voltas no ar para mergulhar em seguida, visitamos a Praia do Leão, onde as tartarugas verdes desovam protegidas pelo Projeto Tamar/Ibama. Fomos também ao Mirante do Buraco da Raquel, trata-se de uma rocha com uma abertura feita pelo mar. Fizemos uma visita ao Forte Nossa Senhora dos Remédios e ao Porto Santo Antonio. O passeio feito a Fernando de Noronha foi muito instrutivo porque nos deu a oportunidade de visitar um dos cartões postais do Brasil e verificar que também nos preocupamos com a preservação do meio ambiente e de nossas riquezas naturais. Depois de muito andar, voltamos a Natal, de avião, ficando no mesmo hotel. No dia seguinte, alugamos um carro para nos levar à cidade, passando por uma avenida idealizada pelo nosso prefeito Jaime Lerner. É uma estrada que margeia o mar tendo em toda a sua extensão belíssimas residências dos dois lados.
Lygia em frente ao jipe nas Dunas de Genipabu
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Passamos pela Igreja Santo Antonio, parando em seguida no Forte dos Reis Magos. À noite, fomos experimentar a Peixada Arabiana. Eles vieram de carro, nos pegar no hotel, trata-se de um Rodízio de Frutos do Mar, noite bem aproveitada. No dia seguinte, fomos às dunas de Genipabu, onde tivemos oportunidade de usar um jipe, o motorista nos perguntava a sensação que queríamos usufruir, se forte, média ou normal, preferimos a normal. Voltamos ao hotel e, no dia seguinte, dia 27 de abril, retornamos a Curitiba e terminou nossa visita a Natal e Fernando de Noronha. Inesquecível.
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Flórida 15/09/1996 Saímos de S. Paulo à meia-noite e meia e chegamos às sete e meia hora local. Uma hora de diferença para o Brasil. Dia 15, chegando a Miami, tomamos o ônibus da Soletur e percorremos todas as Keys, atendimento oferecido pela Soletur é digno de empresas organizadas. Até chegarmos a Key West. Paramos no Burger King e depois na ilha Inamorada, para almoçarmos num restaurante de bufê e à noite fomos jantar. O hotel em Key West é o Quanlity-in. Key West fica na ponta entre o golfo do México e o Oceano Atlântico.
Key West
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À noite, demos uma volta pela cidade e jantamos no restaurante Chay, peixe salada e torta de limão. Visitamos a casa de Ernest Hemingway. 16/09/96, segunda-feira: começamos com um passeio de barco com fundo de vidro. Durante duas horas, pudemos apreciar milhares de peixes coloridos. Almoçamos peixe e camarão. Saímos de Key West às duas horas e chegamos a Miami às seis com parada em Islamorata. À noite fomos visitar Bayside. 17/09/96, terça-feira: pela manhã, conhecemos boa parte de Miami com um tour. À tarde, fizemos algumas comprinhas em Down Toyn e à noite fomos jantar em Fort Lauderdale e ver um show num restaurante polinésio, Malokai. Belíssimos os jardins com muita água, peixes e divindades. Ganhamos um colar havaiano. 18/09/96, quarta-feira: saímos às oito da manhã de Miami para Orlando. Fizemos uma parada para usar o banheiro e almoçamos em Melbourne um delicioso peixe, camarão, batata assada e bolinho de pão de minuto. Chegamos ao Hotel Hyatt de Orlando às 17h30. Paramos entre Miami e Orlando em Carbocana e fizemos uma visita completa. 19/09/96, quinta-feira: saímos às oito e meia rumo a Disney Land. Chegamos a Disney de trem. Fomos a todas as demonstrações possíveis, das oito horas às três. Vimos a parada dos bichos. Fizemos umas compras e voltamos de barco tipo Rio-Niterói. À noite, a Soletur nos levou a Orlando para jantar um feijão com arroz, bife e batata frita. Chegamos ao hotel, mortos de cansados, às dez e meia. 20/09/96, sexta-feira: hoje fomos ao Epcot. Saímos às oito e meia e só voltamos depois de assistir aos fogos às dez e meia. Foi tudo uma maravilha. Hoje almoçamos no Alfredo de Roma. 21/09/96, sábado: hoje iremos ao Universal. Voltamos às 17 horas. Tem brinquedos bem impressionáveis. Na volta, ficamos numa 38
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ímos às oito e meia para o Sea World. Vimos todos os shows aquáticos e um aerolata chinês. Hoje à noite iremos jantar num castelo medieval com as mãos.
Jantar no Castelo Medieval Professor Odebal Bond Carneiro
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23/09/96, segunda-feira: hoje cedo, saímos de Orlando às oito horas e chegamos em Tampa às nove. Fomos direto para o Busch Gardens. Almoçamos lá mesmo depois de percorrermos os animais e irmos a um simulador (terrível). Odebal foi também no bote e molhou-se da cabeça aos pés. Às 17h30, viemos para o Crowone Plaza, em Tampa.
Barco onde Odebal molhou-se da cabeça aos pés
Lygia com a cabeça na boca de um tubarão 40
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À tarde, no Busch Gardens assistimos a três shows Hoje à noite, jantaremos no hotel e vamos descansar, pois todo o grupo está pregado. 24/09/96, terça-feira: hoje saímos do hotel às nove horas e demos um passeio por Tampa, visitando a Reitoria da Universidade, uma casa bem antiga. Depois fomos à Clear Water, uma praia bem bonita com areia branca e mar bem azul. Alguns dos companheiros tomaram banho de mar. Todos os hotéis onde estivemos têm piscina. Odebal tomou banho em duas (Hyate e Crowone). Para o almoço, paramos num cercado de supermercados e lojas de flores, bares, escritórios. À noite, vamos a um show de dança flamenca. Fomos também a São Petersburgo, cidade fundada por um americano e um russo, por isso, o nome da cidade. À noite, fomos a um restaurante espanhol com show e danças flamencas. Comemos frango com arroz amarelo. O restaurante é lindo e vende charutos fabricados a mão. 25/09/96, quarta-feira: hoje vamos viajar para Forte Miers. Saímos de Tampa às 8h30. Fizemos uma parada para ver a ponte e depois outra em Sarasota, cidade pequena de pesca e veraneio, onde paramos numa praça para compras. Professor Odebal Bond Carneiro
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Passamos por Venice (a Veneza da costa oeste. Forte Laderdale) é a Veneza do Leste da Flórida. Paramos no Edison Mael para esperar a entrada no Hotel Sheraton. Lá almoçamos e ficamos por três horas. Às quatro, viemos para o hotel. Agora são cinco e meia e Odebal está na piscina que tem água aquecida. Jantaremos no hotel que vale meia pensão 26/09/96, quinta-feira: saímos para visitar a casa de Tomas Alves Edison, o inventor da lâmpada e mais 1099 outras invenções. Visitamos tudo e mais os jardins com plantas do mundo todo. Almoçamos no Red Lobster de Fort Miers. À tarde, fomos ao Male Edison para revelar os filmes, mais umas comprinhas e comida para o jantar. Hoje vamos descansar à noite, pois amanhã viajaremos para Miami, passando algumas horas no Sawgrass. 27/09/96, sexta-feira: saímos do Sheraton Fort Myers, às oito e meia. Passamos por Naples, uma cidade marinha com mais ou menos 20 mil habitantes. Bem bonitinha. Passamos por Everglades, pântanos com jacarés e outros bichos. Chegamos ao Sawgrass, onde ficamos fazendo compras até as quatro horas da tarde. Às cinco, de volta a Miami. Hoje à noite, iremos jantar no Porcão. Amanhã, sábado, embarcamos de volta ao Brasil e Curitiba. 42
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Espanha e Portugal Setembro de 1997 A oportunidade de ampliar o mercado dos Representantes Comerciais do Paraná, fez com que em reunião da Diretoria do Conselho de Representantes Comerciais nossa entidade organizasse uma delegação para participar do II Congresso Ibero-americano, a ser realizado em Punteareas na Espanha. Participariam desse Congresso o presidente do Sindicato dos Representantes Comerciais do Estado de São Paulo, Willian Lei, o presidente do Sindicato de Santa Catarina, Sergio Pope, e uma delegação do nosso Sindicato do Paraná sob a presidência de Júlio Maito. Na nossa delegação, participaram o advogado Lisimar Valverde, o responsável pela divulgação da entidade, Zeno Jose Otto, Zulfiro Antônio Bozzio, Cristina, companheira de Júlio, Odebal e sua esposa Lygia, Nilton Alberto de Oliveira com sua esposa Uilde, Ricardo e esposa Cinira, pais de Cristina.
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Saímos de Curitiba no dia 24 de setembro de 1997, rumo a São Paulo, às 10h15 com um atraso de mais de meia hora. A chegada a São Paulo se deu às 11 horas. Saímos de São Paulo às 16h30 rumo a Madri. Interessante anotar que na ocasião era mais barato comprarmos as passagens para Portugal com escala em Madri. Chegamos a Madri às 7h30 do dia 25, depois de uma viagem bastante turbulenta. A diferença de fuso horário entre Brasil e a Espanha é de cinco horas e meia. Passamos pela fiscalização e fomos trocar nosso dinheiro por pesetas para podermos satisfazer nossas necessidades mais urgentes. Em seguida, fomos ao hotel já reservado, o Mayonarago. Logo na entrada, havia uma lareira toda de ferro, com Lygia e Cristina ladeando-a. Após nos instalarmos, fomos visitar o Palácio Real de Juan Carlos. Em frente ao Palácio, a Praça de Armas, rodeada por edifícios de dois andares onde na época os soldados e oficiais moravam. Ele é belíssimo, sua fachada principal tem um balcão com saída para a Sala do Trono de onde o Rei e seus oficiais maiores assistiam ao desfile das tropas.
Nosso grupo em frente ao Palácio Real 44
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Visitamos o Palácio destacando “O Salão do Trono”, com móveis italianos, a sala de jantar, onde eram realizados os bailes e os jantares de gala. A Fachada Norte, com a Capela Real e os Jardins Sabatine. Em seguida à visita, fomos almoçar num Bufê, perdendo o tour pela cidade. Retornamos ao hotel para tomarmos banho e descansar. À noite, jantamos no Restaurante Bermejas, assistindo a um show flamenco. Fomos fotografados com chapéu típico dos cantadores de Fado. Divertimo-nos e ao mesmo tempo comemos uma paeja muito gostosa, retornando ao hotel. Dormimos até as quatro horas, ocasião em que fomos acordados porque nosso companheiro Bozio estava tendo um distúrbio estomacal. Fomos procurados para fornecer um remédio para vômito e dor de barriga. Saímos de Madri de avião, indo para Portugal, pela manhã. Chegamos à cidade do Porto, segunda cidade de Portugal, velha suja e maltratada. A diferença de fuso horário entre as cidades é de hora e meia. Professor Odebal Bond Carneiro
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Na saída do aeroporto, pegamos um ônibus de carreira, tipo ligeirinho do Brasil. Ao chegarmos ao destino, próximo à estação, saltamos e descemos a pé uma enorme ladeira, éramos dezessete pessoas carregando malas e nos divertindo na íngreme descida. Ao passarmos por uma praça, calouros da Universidade de Coimbra estavam recebendo um trote. Todos eles devidamente paramentados como nas fotos ao lado e abaixo.
O almoço foi numa cantina, bacalhau à portuguesa, regado a um bom vinho. Estava ótimo. Aproveitamos para comprar um bom vinho do Porto. Retornamos à estação e na sala de espera com ladrilhos azuis em todas as paredes. Tivemos, então, a oportunidade de admirá-los. Belíssimos, lamentavelmente pouco cuidados. É uma sala digna de ser vista e apreciada.
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Lygia, em frente a um dos painéis representando uma cerimônia de súditos se apresentando frente a um dos reis Viajamos para Vigo, de trem, ocupando todo o vagão na primeira classe, porque o movimento entre as cidades de Portugal e Espanha é bastante reduzido. Na fronteira entre Portugal e Espanha, em trecho relativamente curto, tivemos que fazer baldeação. Durante o trajeto, o Newton foi ao vagão posterior conversar com viajantes portugueses da África. Chegamos a Vigo às onze e meia. Toda essa trapalhada se deu porque a passagem aérea até a cidade do Porto, passando Professor Odebal Bond Carneiro
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por Madri é bem mais em conta do que direto a Lisboa. A viagem foi calma e com muita brincadeira. Dia 27 – Saímos todos para Puenteareas às nove e meia para abertura do Congresso. Às onze e meia, seguimos para Santiago de Compostela. Almoçamos primeiro (camarão, mexilhão, torta de siri e depois carne de vitela e como sobremesa uma torta). Todas as refeições são acompanhadas de vinho escolhido de conformidade com o prato. Na saída do almoço, ao atravessarmos uma praça, tivemos a oportunidade de encontrar um grupo de espanholinhas devidamente paramentadas.
Odebal e Lygia com as espanholinhas As senhoras saíram para visitar Santiago de Compostela, cidade de peregrinação religiosa. Os homens foram ao Congresso, aberto exatamente no horário como costuma ser em todo o mundo. Os assuntos tratados foram referentes às dificuldades encontradas pelos representantes comerciais e a necessidade de trabalharmos 48
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para o fortalecimento da profissão, com a troca de experiências. Foi uma participação deveras instrutiva e mostrou que o problema da profissão é comum em todo o mundo e o desenvolvimento da profissão depende da troca de ideias e de uma legislação que garanta a segurança dos profissionais. Santiago de Compostela é um lugar de peregrinação com Igrejas e um hotel onde os reis se hospedavam. Em volta da Igreja e do hotel, uma cidade se desenvolveu, tendo inclusive, colégio e Universidade. A ligação entre as cidades de Ponteares e Compostela é feito por uma estrada de rodagem muito boa, marginando a baia o que proporciona aos turistas vistas muito bonitas. Nosso contato com os espanhóis foi interessante porque eles fazem questão de não nos entender, porém entendem, perfeitamente, quando falamos um portunhol bastante precário. Após o congresso, fomos a um cocktail onde nos encontramos com as senhoras. Hospedamo-nos em Vigo, no novo Hotel Lós Galeones, ótimo hotel. Vigo foi parte do estado da Galícia. O tempo se apresentava frio pela manhã, com calor à tarde e à noite. Dia 28, domingo: Enquanto os homens voltaram ao Congresso, as mulheres foram a Portugal, visitando uma fortaleza shopping. Lá fizeram muitas compras. Reunimo-nos para almoçar em Puenteareas, constando de uma sopa, cozido a La Galícia, com rocambole e café com leite. Após o almoço fomos visitar o Castelo Vila Sobroso, todo de pedra e situado no alto de um morro. O deslocamento para o castelo foi feito em micro-ônibus, pois a estrada era muito estreita e íngreme. À noite, fomos a um belíssimo concerto, no auditório Reveriano Soutullo em Puenteareas, com orquestra do norte de Portugal, que toca em toda a Europa, onde ouvimos um Réquiem de Mozart. Belo fim de noite. Professor Odebal Bond Carneiro
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Dia 29, segunda-feira: Fomos pela manhã, num ajuntamento por ser feriado e dia de S. Miguel Arcanjo, seguido de missa, concerto ao ar livre. Este concerto teve início em 1984 e sua repercussão, com várias adaptações, foi estendido a outras províncias da Galícia. Nosso almoço de despedida constou de caranguejo Karikana, siri, camarão, peixe e carneiro com batatas, e com sobremesa torta de amêndoas. No final houve troca de presentes. As solenidades terminaram às sete horas quando voltamos a Vigo, distante 27 quilômetros. Pela primeira vez, dormimos o suficiente. Dia 30, terça-feira: Ao meio-dia voltamos a Madri, cinquenta minutos de viagem. Hospedamo-nos no Hotel Holiday-inn Crowne Plaza, muito bom e bem grande, na Praça de Espanha, no coração de Madri. Dia 1º de outubro: íamos saindo do hotel, quando o porteiro chamou nossa atenção para nos precavermos a fim de evitar sermos assaltados. Saímos para passear e acabamos indo às compras. As mulheres dizem que os preços estão ótimos. Almoçamos numa cafeteria, um sanduíche de presunto com queijo, coca-cola e chopp. Uma parte de nossos companheiros regressou ao Brasil, ficamos Odebal e Lygia, Júlio e Cristina, Ricardo e Cinira. Jantamos num restaurante italiano. Dia 2 de outubro: As três horas, fizemos um passeio por Madri, andamos durante duas horas e meia. O guia foi muito bom, nos contou que Madri tem 54 museus e o Palácio Imperial (o rei não mora lá) tem 2800 quartos. Madri está a 600 metros de altitude e tem o maior número de automóveis da Europa e seu trânsito é caótico. Visitamos os bairros mais nobres e os bairros operários, observamos que os edifícios não são altos, com mais ou menos oito ou nove andares, e bem parecidos uns com os outros, foram construídos na ditadura Salazar. 50
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Deveremos sair do hotel às nove e meia para embarcar a uma da manhã de retorno ao Brasil. Para esperarmos a hora de embarque, fomos a uma cafeteria em frente à Praça de Espanha e tomamos café (um copo enorme, com whisky) e sanduíche com presunto de Parma. Éramos seis pessoas. Depois de longa espera, fomos ao aeroporto e retornamos ao Brasil, chegando a quatro de outubro. Tivemos ainda a oportunidade de visitar a cidade de Toledo, invadida pelos Romanos no ano 192 antes de Cristo, restando dessa época muralhas e fundação de alguns edifícios. A cidade era dividida em duas partes pelo Rio Tejo e se caracteriza hoje por conviver com três etnias com culturas e religiões diferentes, os cristãos, os judeus e os muçulmanos. Tivemos oportunidade de visitar as casas de orações Judaica e Muçulmana, ambas singelas e sem ornamentos. Em 1561, o rei Felipe II mudou a corte para Madri. Embarcamos à uma hora da manhã do dia três, de volta ao lar.
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Paris Dezembro de 1998 Paris um sonho realizado. Começava o ano de 1998 quando em reunião de família resolvemos comemorar os 50 anos de uma união em que o amor, a compreensão, o respeito mútuo e a renúncia pessoal, em favor da vida em comum, sempre foram maiores do que os problemas que a vida nos oferece, para nosso contínuo crescimento como seres humanos. Para que melhor pudéssemos aproveitar a viagem, procuramos nos aprimorar no francês. Para isso contratamos a prof. Nádia que, conhecendo Paris, nos forneceu várias sugestões muito úteis.
Aeroporto de Curitiba Lygia, Magda, Odebal, Alexandre, Mirian, Bruno, Marcela, Giovana, Jonas agachado 52
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Nossa viagem só foi empanada pela ausência do Carlos (genro) e do Marcelo (neto), pois tínhamos a certeza de que a presença de cada um deles iria contribuir de forma positiva para que a confraternização fosse completa. Tenham eles, no entanto, a certeza de que serão lembrados em cada passeio e em cada descoberta. Nosso grupo foi assim constituído: Lygia e Odebal, Jonas (genro), Mirian, Magda, Bruno, Alexandre, Marcela e Giovanna (netos). Curitiba no dia 22 de dezembro, aniversário da Lygia, em avião da Varig, às 9h30 com destino ao Rio de Janeiro. Decolamos do Rio de Janeiro às 16h20 horas, espera de praticamente 7 horas de aeroporto, com a Swissar, com destino a Zurich aonde chegamos às 6h30 local (diferença de 3 horas no fuso horário).
Aeroporto de Zurich, Marcela, Giovana, Mirian, Lygia, Odebal
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Embarcamos novamente às 7h30, agora com destino a Paris, chegando às 8h45 do dia 23. O frio era intenso, mas o sol brilhava. Ficamos hospedados no Hotel Tilsitt Etoile, Rua Brey 23, indicado pela prof.ª Nádia por estar localizado no centro da cidade.
Marcela, Magda, Bruno, Odebal, Mirian, Alexandre, Lygia, Giovana Em frente ao hotel, pequeno, com todo o conforto, fornecendo café da manhã. Sua localização é ótima, duas quadras do Arco do Triunfo, coração da “Cidade Luz” e próximo à estação do metrô. O Arco do Triunfo está situado na confluência das Avenidas Etoile. Iniciado em 1806 e terminado em 1836, sendo seus construtores 54
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Chalgrin e Huyot, com uma altura máxima de 45 metros. Nossa ansiedade era tanta que nem o cansaço da viagem nos levou a descansar, colocamos as malas nos quartos a nós destinados, fizemos nossa higiene matinal e em uma hora nos reunimos na sala de espera do hotel e nos dirigimos ao Arco do Triunfo.
Jonas, Alexandre, Mirian, Giovana, Marcela, Bruno, Odebal, Lygia Não há elevadores no Arco do Triunfo, mesmo cansados subimos mais de duzentos degraus. Na parte interna e externa, estão inúmeras estátuas e esculturas. Construído por Napoleão, para homenagear as vitórias militares dos franceses. Em 1920, foi escolhida para tumba do soldado desconhecido. Numa das esculturas, há um quadro onde Napoleão está sendo coroado por um anjo. Na parte intermediaria, há um salão com inúmeros quadros sobre guerras e batalhas do período Napoleônico. Professor Odebal Bond Carneiro
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Mesmo nosso restrito conhecimento de história permitiu admirar o que Napoleão representou para a França e Europa, como General e Rei da França. Da parte superior, ficamos extasiados com as diversas avenidas que partem do Arco do Triunfo, com destaque para a Champs-Élysées, uma avenida com seis pistas de rolamento e duas calçadas que acredito terem mais de 20 metros de largura cada uma. Estão sempre cheias de pessoas em movimento. Divisamos ainda do alto a soberba Torre Eiffel. Após a visita ao Arco do Triunfo, fomos almoçar num pequeno e concorrido restaurante “Brioche Dore” na Avenida Champs-Élysées. Apreciando as pessoas, as vitrines e o movimento de automóveis, percorremos a pé a avenida até a Place de La Concorde, que tem no centro uma suntuosa fonte e um obelisco oriundo do templo de Luxor com 3.300 anos, doada por um rei egípcio em homenagem a Luiz XV. Lygia, Odebal e Giovanna retornaram ao hotel de táxi porque Giovanna não estava bem, havia tomado remédio antialérgico. O motorista que nos levou ao hotel era um português falante que há trinta anos vive em Paris e que com saudade relembrou sua estadia no do Rio de Janeiro. Estava muito frio, no hotel com calefação, a temperatura era agradável, o que ocorre em todos os lugares abrigados, seja metrô, shoppings, supermercados, lojas, enfim a temperatura é aceitável e em alguns casos acima do normal. Com a chegada de nossos companheiros, concordamos em nos recolher, estávamos cansados com a viagem com o passeio e a diferença de fuso horário. Saímos no segundo dia, 24 de dezembro, às dez horas a pé e fomos à Torre Eiffel. O espetáculo da chegada é magnífico pela entrada do Trocadeiro, são dois edifícios semirredondos com várias estátuas. Por estar na parte mais alta, descortina-se o jardim muito bonito tendo no seu centro a bela e majestosa Torre. 56
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A Torre Eiffel concebida por Gustave Eiffel, inaugurada em 1889. Odebal, Lygia e Magda ficaram no segundo andar apreciando a paisagem que se descortinava. Jonas, Mirian, Alexandre, Giovanna e Bruno foram até o alto. De onde estávamos, tínhamos uma vista dos jardins, de uma parte do Rio Sena e da cidade. Sua frequência era alta com fila para compra de entrada. Registramos que todos os lugares turísticos cobram entrada, permitindo sua conservação. Todos os serviços são terceirizados. Da Torre Eiffel, fomos até as margens do Rio Sena. Tomamos um barco e descemos o rio, em suas margens, são várias as construções históricas, a Notre Dame, Grand Palais, Petit Palais, Place de Concorde, Assembleia Nacional, Palais de Bourbon, Museu D’Orsai e Museu do Louvre. Após o passeio pelo Rio Sena, fomos a pé até os Invalides. O “Invalides” foi projetado por Luiz XV para atender aos soldados que retornavam com deficiências físicas das diversas batalhas em que a França se envolvia. O Invalides cresceu em torno da Igreja Professor Odebal Bond Carneiro
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do mesmo nome com a adição de várias construções, entre elas o túmulo de Napoleão, cujos restos mortais foram transladados da Ilha de Santa Helena. Napoleão nasceu em Ajacio na Córsega no ano de 1769, tendo falecido na Ilha de Santa Helena em 1821. O mausoléu, onde estão seus restos mortais são venerados impressionam pela sua majestade. Seu caixão enorme com base em mármore claro e com a parte superior também em mármore de coloração marrom se encontra num poço orientado de forma que a luz que o ilumina vem de uma abertura que se projeta sobre o caixão formando um ambiente que convida ao recolhimento. Ao seu redor, encontram-se os túmulos de vários de seus generais, os quais pela sua menor suntuosidade aumentam a magnificência da construção. É proibido fazer fotografias. É muita novidade para ser absorvida em um só dia. Almoçamos num dos muitos restaurantes que se encontram nas proximidades e voltamos ao hotel de metrô.
Bruno em frente ao Museu des Invalides 58
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Como pretendíamos ter um jantar comemorativo de Natal, ficamos descansando e às sete horas fomos ao La Coupole para jantar. Trata-se de um restaurante que podemos classificar de primeira linha, ele fica situado em Mont Parasse. Ao chegarmos, o restaurante já estava lotado, fomos acomodados no bar, onde colocaram a nossa disposição, como tira gosto, azeitona, frutas secas e um aperitivo. Ficamos observando os frequentadores, verificando que eles não se vestiam como esperávamos, havia uma mistura entre o bom gosto e a descontração. O que mais nos chamou a atenção foi a chegada de uma senhora com um cachorro que não era dos pequenos. O jantar servido foi magnífico, satisfazendo a todos. Eram mais de 11 horas da noite quando nos recolhemos. Na sexta-feira, dia 26, saímos do hotel às 11h30 e de metrô fomos à Sacre Coeur de Paris, igreja situada em lugar privilegiado. É clara no estilo neobizantino, com cúpulas cercando a área central. Uma bela escadaria nos leva à entrada. A fachada principal toda trabalhada com estátuas e figurações teológicas. Para os que não podem ou não desejam subir a escadaria há um carrinho que leva até o alto. Professor Odebal Bond Carneiro
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Antes de iniciarmos a viagem, combinamos haver total liberdade de iniciativas, dessa forma, o Bruno preferiu ficar dormindo. Na parte posterior da igreja, está o bairro de Montmarte, onde pintores do mundo inteiro criaram uma comunidade com o objetivo de melhor aprimorar sua sensibilidade, expondo e vendendo seus quadros. Assistimos à missa na Sacre Couer e, posteriormente, fomos observar a movimentação dos pintores e seus quadros. Jonas, Mirian, Giovanna e Marcela foram retratadas, enquanto esperávamos os retratos, Bruno apareceu. Fizemos várias compras, almoçando em seguida num dos muitos restaurantes. De metrô fomos ao Hotel de Ville, apreciando por fora a Prefeitura e a Igreja de Notre Dame, a fila era enorme, não nos animamos a esperar, a pé fomos ver o Louvre e a famosa Pirâmide, construída na sua entrada. Novamente de Metrô fomos para o hotel, parando antes para experimentarmos um Chocolat Chaud muito gostoso. O metrô de Paris cobre praticamente toda a cidade, permitindo um deslocamento rápido e barato. Para nos localizarmos nesse verdadeiro labirinto, partimos da estação, próximo ao hotel, achando no mapa a estação onde queremos chegar. Há mapas em todas as estações, escolhemos a linha que melhor nos servia, sendo elas destacadas por diferentes cores com especificação das estações intermediárias. Sábado, saímos do hotel com o objetivo de visitarmos o Museu do Louvre. Bruno e Lygia foram de metrô, descendo no Jardim das Tulherias, enquanto os demais seguiram a pé. Não havia muita fila, de forma que entramos rapidamente e durante mais de três horas visitamos as diversas galerias onde estão expostas obras dos mais notáveis pintores e escultores. Necessário frisar que passamos rapidamente por várias sessões com quadros e esculturas de diversas épocas, como antiguidades orientais, egípcias, gregas, da idade média e pinturas das escolas francesas, espanhola, italiana 60
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e alemã para citarmos algumas. Destacamos a Mona Lisa pelo seu sorriso indefinido, Afrodite, Vênus do Nilo, a The Dying Store de Miguel Ângelo, além do código de Hamerabi e o apartamento de Napoleão.
Odebal em frente à estátua de Michel Ângelo Após a visita, Lygia, Mirian, Magda, Marcela e Giovana, acompanhadas pelo Bruno, foram fazer compras na Rua Rivoli, tendo retornado ao hotel às 6h30. Saímos em seguida para jantar no restaurante Chilt’s (mexicano) na Champs-Élysées. Dia 27, domingo, saímos do hotel às dez horas e de metrô fomos para Versailles. O castelo é soberbo, tendo de início sido construído como casa de caça por Luiz XIII o qual por ter se encantado com o local resolveu transformá-lo em residência real. Luiz XIV, o Rei Sol, construiu novas alas e modificou vários aposentos, mandando decorá-los com pinturas exuberantes, transformando-o dessa forma numa obra de arte.
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Odebal, Lygia, Bruno, Marcela, Giovana em Château de Versailles Vários foram os artistas que participaram da decoração, da construção do palácio e dos jardins, destacando Moliere, Racine, La Fontaine e Deland. A capela Real, os apartamentos reais, a sala de armas com seus espelhos, a sala do Conselho, a biblioteca criada por Luiz XV e o primeiro museu das vitórias de Napoleão. O frio era terrível, pegamos um trenzinho para percorrermos a propriedade, passando pelo Petit e Grand Trianon, indo até as cascatas, com estátuas em todos os recantos. Almoçamos às 16 horas panquecas com crepes e doces variados. Retornamos ao hotel às 18h15. Dia 28, segunda-feira: saímos do hotel às dez horas e de metrô fomos visitar a Arcade de La Defense, prédio moderno com estrutura de concreto e vidro começado em 1958. O elevador nos levou ao último andar, Bruno e Lygia foram à Galeria Lafayet, nós outros, além de descortinarmos mais uma bela vista da cidade, tivemos a oportunidade de visitar exposição de artigos da Rússia. Por coincidências que não conseguimos explicar nos reencontramos 62
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nesse mundo de lojas, shoppings e casas de alimentação. Depois de nos alimentarmos, retornamos ao hotel às cinco e meia. Era noite. Resolvi não sair, mas os outros foram comer no Vesúvio, na Champs-Élysées. Lygia tomou uma sopa de cebola e as demais, massas muito elogiadas. Dia 29, terça-feira: às dez horas, saímos par visitar o Museu D’Orsay. Magnífico e impressionante. Sua fachada, com diversas imagens, seu interior, quadros clássicos, modernos enfim representantes de todas as escolas, com esculturas e painéis perfeitamente distribuídos, dando ao conjunto impressionante beleza destacando pinturas de Manet, Degas, Renoir, Toulose-Lautrec, esculturas de Rodin, Degas e Gaugin.
Bruno e Magda no Museu DÒrsay Professor Odebal Bond Carneiro
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Terminada a rápida visita, fomos a pé até a Catedral de Notre Dame, construída no estilo gótico e com maravilhosos vitrais. Os mais moços subiram a Torre.
Giovana na torre em Notre-Dame Lygia e eu ficamos no átrio aguardando por mais de uma hora, observando o entra e sai dos turistas das mais diversas nacionalidades. Estávamos já ficando preocupados, quando Magda surgiu na escada, foram ainda vários minutos de espera para nos reunirmos, o fluxo de pessoas era enorme e poucos eram os que respeitavam o privilégio dos que chegaram à frente e ainda reclamam da falta de educação dos brasileiros. Seguimos a pé até o hotel. Lygia, Magda, Marcela Bruno e Giovana foram cortar os cabelos.
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Lygia, Magda, Giovana e Bruno cortando o cabelo no Bigvine Dia 30, quarta-feira: saímos novamente às dez horas e de metrô fomos ao Concierge, Palácio construído por Felipe, o Formoso, (1285-1314), neto de São Luiz. Sofreu posteriormente várias modificações. No século XIX, destacando a Grande Sala suportada por uma fileira de pilares, com muros decorados com estátuas que representavam os reis da França. Nele havia uma mesa de mármore onde o rei fazia as recepções e presidia as sessões solenes do Parlamento. Carlos V, ao assumir o trono, resolveu se instalar no Hotel Saint-Pol e depois no Louvre. Em 1793, virou prisão, recebendo Maria Antonieta durante o seu julgamento e onde foram mortos os 21 deputados Girondinos, além de outros personagens da Revolução Francesa, como Robespierre. Existe ainda uma sala onde se encontra a lista dos guilhotinados que passaram por ali. Fomos de lá ao Jardim de Luxemburgo, passando pela Sorbone e Partenon. Fui com o Alexandre, Jonas e Mirian visitar crematórios, porque o Alexandre estava projetando construir um crematório Professor Odebal Bond Carneiro
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em Curitiba, enquanto os demais foram ao Partenon (Quartie Latim), onde estão enterrados vários dos participantes da Revolução Francesa.
Alexandre, Bruno, Giovana, Lygia, Odebal, Marcela e Mirian no Palais de Luxembourg Saindo do Conciergerie, eu e Alexandre fomos conversando através dos jardins da Luxemburgo. Quando estávamos quase no final, fomos abordados por dois desconhecidos perguntando sobre o caminho para ir à Torre Eiffel. Tratava-se de um indivíduo de cor morena, vestindo uma capa e com o mapa de Paris nas mãos. Enquanto procurávamos dar explicações, dois homens relativamente moços, que se identificaram como policiais, inquiriram duramente o homem que nos havia abordado. Ao mesmo tempo, solicitaram nossos passaportes, bem como o volume de dinheiro que trazíamos. Entregues os passaportes e declarando o dinheiro que trazíamos, mandaram rispidamente o homem embora e solicitando que abríssemos nossos agasalhos olharam e nos alertaram que o indivíduo que nos havia abordado tratava-se de um traficante e que ficássemos mais alerta. Continuamos nosso 66
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caminho até o Cemitério de Montparnase, onde fomos informados pelo guarda da guarita que lá não havia crematório e que o mesmo se localizava no cemitério Du Pere Lachaise onde estavam os quatro crematórios de Paris. Saindo do cemitério de Montparnase, fomos ver uma feira de frutas e verduras, indo almoçar num bistrô na Montparnase Boulevard. Ficamos encantados com a avenida, pois a mesma apresenta uma estrutura de prédios modernos, é ampla, com padarias e casas de lanche muito bem decoradas e arrumadas. Trata-se de bairro de classe elevada. Fomos então à Galeria Lafayet, conjunto de edifícios com lojas separadas por edifício em masculino e feminino. Tomamos o metrô e fomos ao cemitério do Du Pere Lachese, onde fomos muitos bem atendidos. Não tivemos oportunidade de visitar o crematório porque os diretores se encontravam ausentes, marcamos um encontro para o dia seguinte. Almoçando posteriormente no Café de La Paix. Nossos companheiros de viagem, após nossa separação do Quartie Latim, foram para a Galeria Lafayet. Jonas, Lygia e Bruno foram ao edifício dos homens, ficando Jonas num andar e Lygia e Bruno em outro, Mirian, Giovanna, Marcela e Magda foram ao edifício feminino, compras mil. Encontramos Jonas e posteriormente os demais companheiros, com exceção de Lygia e Bruno que, passando num supermercado, compraram leite, champagne e biscoito, retornando ao hotel. Último dia em Paris, dia 31, quinta-feira. Odebal, Mirian, Jonas e Alexandre foram ao cemitério Du Pere Lachaisever. O gerente muito prestimoso esclareceu como funcionava o crematório, permitindo que tirássemos fotografias inclusive de onde eram depositadas as urnas, tanto dos cristãos como dos muçulmanos, árabes e judeus. Levou-nos ainda para visitar alguns túmulos de pessoas famosas, como o de Alan Kardec o único que segundo ele sempre está Professor Odebal Bond Carneiro
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florido porque os brasileiros que o visitam colocam flores. Além de Kardec lá estão enterrados La Fontaine, Edith Piaff, Chopin, Ives de Montant, Simone Signoret e outros.
Mirian em frente ao túmulo de Yves Montand No final da visita, ele brindou Mirian com uma caixa de bombons. Lygia, Magda e Bruno foram primeiro à Bastilha, depois a Place de Vosges, onde está o primeiro conjunto residencial de Paris e depois às compras. Marcela e Giovanna foram direto às compras. Após a visita ao crematório, Jonas, Mirian, Alexandre e Odebal foram ao Quartie Latin, pois Alexandre queria comprar um sapato. Jonas e Mirian também compraram, fomos então almoçar no Café de Cluny, fundado em 1869, o qual mantém suas tradições e está situado perto da Sorbone. Há uma cobertura de vidro que se estende sobre a calçada com paredes de vidro, que durante o verão são retiradas, desta forma, você praticamente come na calçada. Todos voltaram ao hotel, saindo à noite para jantar no Restaurante 68
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L’Etoile Verte, situado a 50 metros do hotel ao custo de 700 francos por pessoa, previamente reservado.
Nosso grupo na Ceia de Natal no Restaurante L‘Etoile Verte O jantar teve como entrada folhadinhos acompanhado de vinho, seguindo um Medailon de Foiregras, Demi Lagoust a L’Americaine, um sorvete tira-gosto denominado Laurice de lá Nouvelle Anne. Após vem um pato com nome de Lê Fondant de Boenf em Brioche de Sauce Forestiere, queijos e saladas denominada Mesclun de Salades e para completar uma deliciosa sobremesa Delice a L’Orange chocolate e café. Cada um desses pratos era acompanhado de uma garrafa de vinho, branco ou tinto de conformidade com tipo de prato, para duas pessoas, completando com champanhe vinho português e Liquer de Assis. Cantamos, dançamos entre nós e com outros estrangeiros que ocupavam as outras mesas ao som de uma gaita de fole. Saímos bastante alegres com a confraternização. O jantar de primeira e as bebidas, não sobrou garrafa de vinho sobre Professor Odebal Bond Carneiro
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a mesa. Felizmente o hotel era próximo e cada um se recolheu ao seu quarto. Foi a mais bela, fraternal e gloriosa noite de ano novo que tivemos a oportunidade de desfrutar. Dia 1º, sexta-feira: Saímos do hotel às cinco horas, para pegar o avião das oito, rumo a Zurich. De volta a casa depois dessa maravilhosa comemoração dos cinquenta anos de amor, amizade e compreensão. A Deus nossos agradecimentos.
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Madri 04/2000 Continuação do Projeto de Internacionalizar o Sindicato Saímos de Curitiba no dia 20 de março, às 17 horas, fomos até São Paulo onde pela Ibéria partimos as 24 horas, com atraso de uma hora, para Madri. Viagem com muita turbulência. Éramos quatro pessoas, Odebal, Lygia, Júlio como presidente do Sindicato do Paraná e Sergio Pope, presidente do Sindicato de Santa Catarina. 21/03/2000 – Chegamos a Madri às treze horas e quarenta minutos (hora local), nove e quarenta no Brasil. Hospedamo-nos no Hotel Samy, em frente à Praça Colom. Antes de sair, aproveitamos para tomar um cálice de vinho Moscatel e fomos dar uma volta para nos situarmos. Andamos até as dezenove horas, passando por várias lojas de grife, as quais nos chamaram a atenção principalmente pelos preços e qualidade. À noite, saímos para jantar perto da Caje Serrante no restaurante Gino, onde nos deliciamos com minestrone com espaguete de camarão. 22/03/2000 – hoje os homens saíram pouco antes das dez para uma reunião com o Dequit, presidente do Sindicato na Espanha para detalhar o trabalho de congraçamento entre os Sindicatos do Brasil e Espanha. Lygia foi ao Museu do Prado que fica a umas dez quadras do hotel. Chovia e estava bastante frio. À tarde foi ao El Corte Inglês, almoçou sozinha porque os homens ainda estavam em reunião.
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23/03/2000 – Saímos do hotel Sanvyi, em Madri, às dez horas para Santiago de Compostela. Chegamos às quinze horas e nos hospedamos no Hotel Peregrino, com diária de 100 dólares, no Hotel Sanvi era de 150 dólares, muito bom e com boa localização.
Chegada em a Santiago de Compostela Fomos recebidos por José Alexandro Lara, Sergio Pope, Lygia, Júlio, Maria Luiza Medina e Odebal. Fomos almoçar no restaurante Gôndola, onde Lygia comeu uma salada de presunto e eu uma sopa de mariscos, estava uma delícia. Fomos depois, a pé, à Catedral e ao Hotel de Las Reinas, onde vimos uma exposição de porcelana. Santiago de Compostela, neste ano de 2000, foi designada a Cidade Europeia da Cultura. A localização do hotel é muito boa. Em seguida, fomos a pé visitar a Catedral de Compostela. É um conjunto monumental que foi declarado em 1984, pela Unesco, como Patrimônio Cultural da Humanidade. Lá tivemos a oportunidade de apreciar El Pórtico 72
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de La Gloria, talhado em pedra e criado pelo Maestro Mateo por ordem de Fernando II com o objetivo de comemorar sua peregrinação a Santiago, com três arcos com o Cristo Glorificado no arco central, o Povo Judeu e cenas do Antigo Testamento. Em seguida, fomos ao hotel de Las Reinas, onde se realizava uma exposição de porcelana (tipo bibelô dos Grandes).
Odebal em frente à estátua do Marquês de Pombal Professor Odebal Bond Carneiro
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A cidade de Santiago de Compostela é bem grande e tem ótima Universidade. Razão de encontrarmos muitos jovens nas ruas. Para nossa janta, compramos leite num mercadinho. Tínhamos almoçado as quatro horas da tarde. 24/03/2000: Amanheceu chovendo. Júlio, Sergio e Odebal saíram às nove horas para uma reunião que deveria demorar até a noite. Lamentavelmente, conversamos bastante, discutimos chegando à conclusão de que todos os países deveriam lutar dentro das limitações legislativas de seu país. Nesse meio tempo, Lygia foi ao El Corte Inglês, magazim que existe em toda a Espanha, sendo que este é maior e melhor que o de Madri. Reunimo-nos outra vez. Jantamos no próprio hotel, tomando uma sopa Galega acompanhada de vinho. 25/03/2000: Às nove horas, saímos de Madri, Júlio e Sergio retornaram ao Brasil. Odebal e Lygia saíram de Madri às 11h15 e foram para Lisboa aonde chegaram às 12h30. Hospedamo-nos no Hotel Nacional, simples, mas com o necessário. Almoçamos em frente ao hotel e saímos a caminhar pela Avenida da Liberdade, indo até as margens do rio Tejo e a Praça do Comércio (onde estão os edifícios do Governo). Cruzamos pela Praça das Restaurações e por várias estátuas, onde destacamos a do Marquês de Pombal e do nosso Pedro I, (Pedro IV de Portugal). Passamos pelo Elevador do Chiado, visitando o Armazém do Chiado onde, comemos pastéis de Belém com coca. Passando num supermercado, compramos leite, biscoitos, queijo e iogurte, os pés estavam em brasa, voltamos ao hotel e não saímos mais. As ruas estavam repletas de turistas. 26/03/2000: Hoje é domingo. Tomamos um belo café e marcamos um passeio de ônibus pela cidade. Como ainda era cedo, fomos a pé até as Amoreiras Chopin no bairro das Alfacinhas, onde compramos algumas lembrancinhas de Lisboa. Está bem frio, mas o 74
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sol se faz presente. Saímos às 14 horas para o passeio de ônibus. O ponto de partida foi a Praça Marquês de Pombal atravessando a Ponte Pênsil (a terceira maior do mundo) sobre o Rio Tejo, fomos a uma cidadezinha, Alama, visitando em seguida o Mosteiro dos Jerônimos, construção da época dos descobrimentos, em sua comemoração. Na época da construção era bem menor. Visitamos o Parque Monsanto, área de reflorestamento que ocupa 15% de Lisboa, onde é proibido construir. Visitamos o Palácio de Ajuela residência dos reis Luiz e Carlos. Passamos pela Torre de Belém, a Praça do Padrão dos descobrimentos onde foi construído um monumento para comemorar. Há azulejos em toda parte, todos dignos de serem apreciados
Odebal em frente ao Monumento dos Descobridores Em seguida, fizemos um passeio pelo Bairro de Alfama, o bairro mais antigo de Lisboa, datado mais ou menos em 1100 e 1200. A única parte de Lisboa que não foi destruída pelo terremoto de 1700. Suas ruas são tão estreitas que com os braços abertos Professor Odebal Bond Carneiro
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praticamente tocamos as casas de ambos os lados, além de ruas bastante tortuosas. Tivemos ainda a oportunidade de visitar a Praça do Rocio, terminando na Rua Marquês de Pombal, o ministro responsável pela reconstrução de Lisboa após o terremoto e pela expulsão dos jesuítas de Portugal e de suas colônias. 27/03/2000: após o café saímos a caminhar pela Avenida da Liberdade até a Praça dos Restauradores, onde fomos orientados sobre uma casa de lãs Portuguesas. O passeio foi cansativo porque todas as ruas têm altos e baixos. Fomos em seguida ao bairro do Chiado, onde o comércio é mais chique, compramos um carro adaptado para vender discos, compramos um disco de fado.
Carro adaptado para venda de discos Continuamos subindo até a Praça Luiz de Camões, onde tirei uma fotografia ao lado da estátua de Fernando Pessoa, lugar onde ele costumava tomar café. Descemos até a Avenida da Liberdade onde de táxi fomos ao hotel uma vez que Lygia estava suando frio. Esperamos uma hora para irmos aos aquários da Exposição 98 onde estão os Oceanários de Lisboa. 76
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Estátua de Fernando Pessoa onde ele costumava sentar-se Ao em vez de irmos com excursão, fomos de táxi, pagando 3860 ao em vez de 16000. Tivemos a oportunidade de apreciar a Ponte Vasco da Gama (17 Km). Essa exposição só foi possível de ser realizada porque Portugal estava entrando na União Europeia e recebendo os subsídios necessários para atender as exigências da União. A visita ao Oceanário demorou duas horas, que tem basicamente cinco tanques principais. Um central, que representa o mar aberto; os outros, a costa do Atlântico Norte, bem como os recifes do Indico Tropical. No total, o Oceanário constituído por trinta tanques contém mais de 700m3 de água salgada. Os tanques foram feitos de forma a reproduzirem com a maior fidelidade a fauna e a flora com suas características geológicas e climáticas de cada zona representada. Valeu a pena porque é bonito e bastante instrutivo. Pegamos um táxi no shopping Vasco da Gama que é construído todo em acrílico e é enorme. A exposição fica num bairro novo as margens do Rio Tejo, lembrando a Barra da Tijuca. Professor Odebal Bond Carneiro
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À noite fomos apreciar no A Severa um fado. A Severa é um restaurante e casa de show, no bairro Baixo, tão antigo quanto Alfama, onde as ruas são tão estreitas que muitas vezes o carro tem de passar sobre as calçadas. Deliciamo-nos com os shows que começaram às dez horas. Ficamos até a meia-noite. As danças portuguesas, quatro cantores (dois homens e duas mulheres) sendo um de Coimbra, cantando fados. Foi muito bom. Lygia comeu linguado grelhado com batatas e eu Almejas e depois sardinha. De sobremesa arroz doce, delicioso. Gastamos 230 reais. Sempre temos tomado vinho. Voltamos ao hotel. 28/03/2000: Hoje saímos às dez horas, pois aqui nada se faz antes dessa hora. Fomos de táxi até o Castelo de São Jorge. A mais bela vista da cidade cobre quase toda a cidade de Lisboa. Do Castelo só sobram as ruínas. Depois, descemos a pé até o hotel que é bem longe. No caminho almoçamos. Chegamos às duas horas, depois de passar pelo Centro, onde compramos brincos portugueses para as netas. No dia 29/03/2000: retornamos a nossa terra.
Lygia frente ao obelisco usando as pernas como tema 78
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Fortaleza Abril de 2001 Programamos nossa viagem a Fortaleza para começar no dia 21 de abril, saindo de Curitiba às 12 horas. Deveríamos estar no aeroporto às 10h30, pois o voo era fretado pela Soletur. Nossa filha Magda veio nos buscar às 10 horas. Levamos uma mala grande, não inteiramente cheia e uma maleta de mão. O atendimento no aeroporto foi feito por uma funcionária da Soletur que nos encaminhou até a sala de espera. Voamos através de um 747 da Varig. O avião veio de Porto Alegre, chegando no horário. Saímos de Curitiba, com meia hora de atraso, nos acompanhou no voo um funcionário da Soletur. Fizemos escala em Natal onde desceram vários passageiros. Levamos aproximadamente 5 horas de viagem até Fortaleza. O nome do aeroporto internacional é Pinto Martins, homenagem ao primeiro cearense a atravessar o Atlântico em avião. É um aeroporto com estrutura moderna. Na frente, com um amplo jardim em degraus e com bom estacionamento. Acho que cabe aqui um pouco de história, que começa em 1603 com sua descoberta pelos portugueses, seu desenvolvimento se deu depois de sua separação de Pernambuco em 1799. Os grupos indígenas que ali habitavam eram os Tupis e os Jes. Em 1726, foi fundada a cidade de Fortaleza, que foi invadida em 1637 pelos holandeses, que só foram afastados em 1654. Do aeroporto, seguimos com o agente da Soletur, Marcelo, passando por vários hotéis deixando nossos companheiros de viagem. O hotel a nós destinado foi o Seara Praia Hotel, na Avenida Beira Mar. Professor Odebal Bond Carneiro
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Os apartamentos eram amplos, com duas camas de solteiro, bastante largas, além dos demais itens que fazem parte de um hotel de primeira linha, com centro de convenções, piscina e restaurante. Após nos instalarmos, fomos a um bar restaurante, ao lado do hotel e escolhemos camarão para jantar. Em seguida, fomos dar uma volta no calçadão em frente ao hotel, visitando uma feira com produtos artesanais do Ceará. Recolhemo-nos em seguida. Dia 22 – 1°dia: Após um belo café da manhã, às 8h30, o ônibus passou no hotel com a guia Izabel, para nos levar a um tour pela cidade e ao Beach-Park, Praia do Aquiraz, que só abre após as 10 horas. Nossa guia Izabel da Aliança Turismo (terceirizada da Soletur) foi durante todo o trajeto de 30 minutos falando sobre a cidade de Fortaleza, das pessoas de maior destaque do Ceará, como José de Alencar, Didi, Tom Cavalcanti, entre outros, terminando por destacar a pessoa de Humberto de Alencar Castelo 80
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Branco, primeiro presidente da revolução de 1964. Tivemos ainda nesse tour a oportunidade de passar por vários pontos de Fortaleza. Nossa guia contou a história de cada lugar, como a Fortaleza Nossa Senhora de Assunção, a Catedral Metropolitana, que visitamos no último dia e destacando seus vitrais belíssimos, o Mercado Central, o Dragão do Mar, a praia de Iracema, com uma escultura da célebre índia, eternizada por José de Alencar. Na praia, existem duas esculturas da índia, sendo que a segunda está na praia de Macuripe. Nesta estão, também representados os outros personagens do romance, o português por quem ela se apaixonou, seu filho e o cachorro. Passamos também pela cadeia, transformada num centro de artesanato.
Odebal em frente ao Portal do Beach-Park
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Lygia em frente às estátuas do Beach-Park Aproximadamente às 10h30 nos dirigimos ao Beach Park. Os que queriam visitá-lo e usufruir dos seus brinquedos pagavam uma entrada de R$ 49,00. Eu e Lygia pagamos R$ 18,00 por termos mais de 65 anos. Vários são os entretenimentos oferecidos, destacando piscinas, rios, cachoeiras e escorregadores gigantes, sobressaindo o Insano, um tobogã da altura de um prédio de 14 andares, a descida dura 4 segundos e atinge a velocidade de 104 km/hora. Para não dizer que não usufrui de nenhuma atração, deslizei numa boia pelo rio. No almoço, pedimos uma moqueca de peixe, o excesso de óleo de dendê nos deixou meio mareados. Chegamos de volta ao hotel mais ou menos às 18 horas e fomos para a cama. Dia 23, nosso segundo dia, fomos à praia da Canoa Quebrada, situada a 130 km de Fortaleza. Nossa guia Izabel animou a ida e a volta contando várias histórias do Ceará e fazendo várias brincadeiras.
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Odebal em frente à piscina com ondas artificiais Estávamos começando a nos enturmar, estreitando os laços com um casal de Santos, o Erivaldo e a Naiade. Ele trabalhou em Curitiba no Carrefour, sendo hoje um dos diretores do Grupo Pão de Açúcar. A Naiade trabalha no setor de confecções e é proprietária de duas lojas. Tivemos, na ocasião, a oportunidade de conhecer um casal de namorados de Curitiba, a Adriana e o Alrimar. Ele com atividade no setor de revenda de peças de automóvel e ela trabalhando no setor de seguros do HSBC. Nessa praia fiz um passeio de jangada com Erivaldo e Naiade. A jangada é o tipo de barco do nordestino, feita de uma série de troncos com vela triangular no centro e um banco para o barqueiro. Ela parece frágil, mas é dirigida com grande habilidade. Estávamos afastados da praia quando o jovem casal aproveitou para um mergulho. Foi uma experiência interessante, nós usávamos coletes salva-vidas.
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Odebal antes do passeio de jangada com colete Todas as barracas à beira-mar tem como característica a construção de sua estrutura de troncos da palmeira de carnaúba e sua cobertura com folhas dessa mesma palmeira. Animando nossa permanência nessa praia, apareceu um conjunto constituído por um gaiteiro, um bumbo e um tocador de triângulo, cantando modas nordestinas. Chamou nossa atenção a presença de um bar ambulante, tracionado por um jegue com o título JEG’s BAR. Vendia coquetéis e suco de frutas. Apareceu também um repentista dizendo não saber ler nem escrever, mas que tinha suas trovas escritas por seu neto. Os salvadorenhos são uma mistura de brancos, índios e holandeses e estão preparados para receber os visitantes pela sua capacidade de, rapidamente, atender com gentileza, respeito, além de se comunicarem com facilidade. Durante todos os passeios que fizemos, destacou-se o da Débora, gaúcha de Novo Hamburgo, advogada que trabalha na firma de seu pai, acompanhada de seu marido Rogério, que tem uma fábrica de calçados e uma metalúrgica na mesma cidade. 84
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Lygia em frente ao bar tracionado por jegue Retornamos ao hotel e, após um merecido banho, fizemos um lanche e cama. Dia 24, nosso terceiro dia, fomos à praia do Morro Branco e das Fontes. Na entrada, várias mesinhas com artistas fazendo frascos com as areias. Usando um pau fino e resistente para colocar os grãos de diferentes cores em posição de tal forma Professor Odebal Bond Carneiro
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a executar desenhos interessantes e bastantes bonitos, tudo feito com grande habilidade. Encomendei três frascos com os nomes de Lygia e das filhas, Mirian e Magda, os quais me foram entregues no final do passeio. Em Morro Branco, tivemos o prazer de percorrer quatro quilômetros de falésias, formação de rochas, em adiantado grau de decomposição, de onde são retiradas as várias tonalidades de areia.
Odebal frente às falésias, observar a altura Os guias do lugar nos acompanhavam através dos labirintos formados pela erosão das águas, falando das características do lugar, destacando a casa onde foram filmadas as cenas da novela Tropicaliente e outras casas, onde se hospedaram cada um dos artistas. No dia 25, quarto dia, fomos a Cumbuco. Esta praia é mais perto de Fortaleza. Infelizmente, estava garoando. Mesmo assim, fizemos com o casal de Santos, Débora e Rogério, um passeio de bugue pelas dunas. Tendo o nosso motorista perguntado se queríamos com emoção, meia emoção ou sem emoção. 86
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Lygia com Erivaldo e Naiade no jipe Preferimos a meia emoção. No entanto, após uma manobra, excessivamente arrojada, chamamos sua atenção e passamos a sem emoção. Ao fazermos uma parada para tirar fotografias, soubemos que ele, com 19 anos, já havia tombado o jipe por duas vezes. Tive, nas dunas, a oportunidade de fazer o esqui-bunda, no final do qual mergulhei na lagoa. Para baixo a emoção é muito grande, no entanto a subida é bastante estressante, mesmo com o auxilio de dois garotos, com aproximadamente 12 anos, que me empurravam para cima pela bunda.
Odebal descendo de “esqui bunda” Professor Odebal Bond Carneiro
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No almoço, comemos lagostim, uma vez que a lagosta estava em fase de reprodução e é proibido pescá-la. Na volta, paramos no Mercado, construção de quatro andares, construído em forma ovalar e com lojas relativamente pequenas, mas em número bastante elevado. Lygia se esbaldou em compras, para não ficar muito atrás, comprei quatro estrelas do mar e uma mala de couro, foi nossa salvação porque não havia mais lugar na mala que levamos. Dia 26, quinto dia, percorremos, a Rua Monsenhor Taborda, um tipo de shopping ao ar livre, com lojas mais sofisticadas. Visitamos a catedral já descrita, anteriormente, onde ficamos em companhia de dois casais de gaúchos que, nos deixaram para visitar uma igreja nas proximidades. Seguimos até a Cadeia, transformada em centro de artesanato, e o Dragão do Mar, construído com o propósito de ser um centro de cultura. O Dragão do Mar fica num local de casas antigas, com as fachadas restauradas e transformadas em restaurante e com algumas mesas na calçada. Em destaque um observatório.
Lygia em frente ao Dragão do Mar 88
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Dia 27, nosso último dia, fomos a Iguape apreciar o trabalho das rendeiras, cuja habilidade é digna de ser observada, cada uma usa um bordado diferente. Deixando Lygia e as bordadeiras, fui acompanhado por uma garota de 12 anos até o local onde estavam estacionadas várias jangadas, estas destinadas à pesca em alto mar. A garota então discorreu sobre o trabalho dos jangadeiros que costumam ficar no mar cinco dias, levando farinha, água, uma lata para cozinhar peixe, um fogareiro e um baú de ferro zincado com gelo para colocar os peixes. Essas jangadas são construídas de madeira, maiores que as em que tive a oportunidade de passear, possuem num buraco no piso onde dormem, ficando um pescador de vigia. Fomos, em seguida à Praia de Caponga, onde está instalado um hotel. Aproveitamos o calor para ficar numa barraca à beira-mar mar com nossos companheiros, os quais aproveitaram para deixar a bagagem conosco e foram usufruir um passeio de caminhão pau de arara e para visitar outros sítios na proximidade.
Odebal, Lygia, Naiade e Erivaldo na praia de Caponga Professor Odebal Bond Carneiro
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Nesse hotel havia um tablado onde se apresentou um casal para cantar, substituídos depois por praticantes de capoeira.
Palco para atrações regionais No dia de nossa volta choveu toda a manhã, em consequência, ficamos no hotel até a hora do almoço. Fomos almoçar no restaurante Milmares, de um chinês de Taiwan. Comi um prato de ostras, como aperitivo, acompanhado por um bom vinho, seguido por camarão muito bem servido. As ostras são importadas de Santa Catarina e o camarão de um criatório em Fortim, com unidade industrial na Praia do Futuro, no estado do Ceará. Esse criatório fornece para o restaurante e está exportando para os Estados Unidos. O nosso translado do hotel para o restaurante foi feito pelo próprio restaurante. Na volta, saímos de Fortaleza às dezoito horas, passando por Londrina e chegando a Curitiba às 23h30. Assim foi nosso passeio, a Fortaleza. 90
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Estados Unidos O Casamento de nosso neto Bruno Chega, finalmente, o dia há meses aguardado, 5/09/01, de nossa viagem aos Estados Unidos para assistirmos ao casamento de nosso primeiro neto Bruno e Lori, médica americana e que está se preparando na mesma especialidade médica. Pela manhã, tivemos a satisfação de almoçar com Jonas, Mirian e Giovana. Foi muito agradável e muito sentimental, pois, Mirian cada vez que falávamos do casamento, deixava as lágrimas rolarem. Ela estava profundamente emocionada, pois, gostaria de nos acompanhar, mas as circunstancias não o permitiam. Às 15 horas o Jonas nos pegou em casa para levar-nos ao aeroporto. Agradecemos penhoradamente a gentileza nos despedindo. Estávamos na fila despachando a bagagem quando chegaram Magda e Carlos que iriam juntos. Às 17 horas, embarcamos no avião da TAM que nos levaria a São Paulo, onde ficamos no aeroporto por cinco horas, foi a parte mais cansativa da viagem. Às 23 horas, embarcamos no avião da American Airlaine, com destino a Dallas. Chegamos às 6h30 e às 8h30 saímos com destino a Berea estado de Ohio. Marcela esperava numa curva do aeroporto, com dois “bouquets” de rosa para a mãe e para a avó, oferecidas pelo professor para o qual está fazendo uma pesquisa. A chegada foi de muita festa e abraços, além de algumas lágrimas. Após o desembaraço das malas, tomamos no aeroporto um micro-ônibus que nos levou até um “rent-car”, onde alugamos uma confortável van, pois tinha lugar para oito pessoas além da bagagem. Professor Odebal Bond Carneiro
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Com a van fomos para Berea, onde se localiza o apartamento da Marcela. Lugar aprazível e sossegado, cercado de muitas árvores. Ele fica no andar térreo, nos proporcionando a oportunidade de avaliar suas qualidades de dona de casa. Uma sacada na frente, além de permitir a ventilação, dá a oportunidade de acompanhar o movimento na estrada que passa na frente. Há ainda um espaço para o estacionamento de automóveis dos vários apartamentos que fazem parte do conjunto residencial. Fomos então brindados com um estrogonofe de frango que estava excelente. Após o almoço, Marcela nos levou ao hotel Confort Inn em Middleburg Heights. À tarde, eu e Lygia fomos visitar o Supermercado KMart e, à noite, Carlos e Magda nos pegaram e fomos à Pizza Hut, Marcela não nos acompanhou, pois tinha trabalho para apresentar no dia seguinte. Terminou dessa forma nosso primeiro dia em Berea que fica ao noroeste dos Estados Unidos. É uma cidade pequena, mas importante por sediar a Universidade de Baldwin Wallace College e parece maior por estar ligada com outras cidadezinhas.
Lygia, Bruno, Marcela, Magda e Silvia 92
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07/09/01: Após um bom café da manhã no hotel (nesse hotel há dois tipos de café da manhã, um com todos os ingredientes exigidos pelos americanos, como ovos, doces, sucos etc.), havia também um café mais aproximado do brasileiro, (café com leite, pão com manteiga, suco e iogurte, era o suficiente para nós e seu custo baixava de US$ 8,00 para US$ 3,00). Marcela com os pais nos pegaram e fomos às 8h15 para Rochester estado de N. York. Marcela, mais uma vez na direção, justifica a estada de quase um ano no país de primeiro mundo, pois dirige com grande segurança, conhecendo todas as entradas e saídas, é verdade que Carlos funciona discretamente como seu copiloto. Às 11h30, fizemos uma parada à beira da estrada para um lanche que durou uma hora. Esse restaurante tinha vários tipos de comida e na parte externa uma banca de frutas onde comprei ameixas e pêssegos belíssimos. Novamente na estrada chegamos em seguida a Rochester. Cidade bonita, grande e ainda junto a um dos lagos.
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Carlos, Marcela e Lygia em frente ao carro alugado No hotel Stranthallan nos foi reservado um belo apartamento de quarto e sala, duas TVs, fogão, micro-ondas, cafeteira e ferro de passar. Estava marcado um ensaio da cerimônia de casamento. Bruno e Rodolfo chegaram antes de sairmos para irmos a casa da mãe de noiva. Passamos na casa da mãe da Lori que já estava nos esperando à porta, fomos apresentados a sua avó, sua cunhada e ao irmão com a filha, todos muito simpáticos e pródigos em gentilezas. O ensaio era na igreja frequentada pelo irmão da Lori. O pastor procurou dar uma ideia de como seria realizada a cerimônia com a entrada das madrinhas da noiva funcionando Rodolfo e Marcelo, amigos do Bruno, como best man (para nós mestres de cerimônia). Realizado o ensaio, fomos jantar no Restaurante Hedges, à beira do Lago Ontario, onde apreciamos um belo pôr do sol. Participaram do jantar a família da Lori constando da avó, da mãe com seu namorado, o irmão com a mulher e o pastor, do lado do Bruno 94
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estavam Carlos, Magda, Marcela, Odebal, Lygia, Marcelo Pasquini, sua mulher Silvia e Rodolfo. A despesa foi por conta do pai do noivo. Belo jantar com frutos do mar, vinho, cerveja e muitos brindes. Os noivos aparentavam felicidades e procuravam fazer com que todos se sentissem à vontade. Após algum tempo, o Bruno senta ao meu lado, vendo que Silvia desejava alguma coisa, eu imediatamente assobiei chamando a garçonete que nos servia, Bruno me chama a atenção dizendo que nos Estados Unidos não se assobia chamando a garçonete. Tudo bem. Porém, após o jantar, ao encontrar com a garçonete que nos servia, fui me desculpar, ela porém exigiu um beijo. Terminado o jantar fomos para o hotel após uma corrida desenfreada pelas ruas da cidade, liderada pelo namorado da mãe de Lori. Bruno, Marcelo e Rodolfo perderam-se na noite para a despedida de solteiro. 8 de setembro de 2001, chegou o memorável dia do casamento do Bruno. Como sempre, eu e Lygia nos levantamos antes das seis e ao descermos encontramos Carlos, Magda, Marcela, Marcelo e Silvia que não haviam ainda tomado café. Fomos ao Java Café para o desjejum da manhã. Cada um escolheu o que queria comer eu e Lygia compramos dois Big sanduíches e uma limonada. Eu vi um pedaço de pão recheado com aveia e castanhas e solicitei um pedaço ao atendente, para minha surpresa com meu fluente inglês, ao invés de receber um pedaço, fui contemplado com um pão inteiro, que dava para fazer o desjejum de praticamente todos os que estavam à mesa. Ao chegar à mesa, como não podia deixar de ser, levei uma bela gozada, pois todos tinham a certeza que era um pouco de excesso. Estavam com a razão. No retorno ao hotel, o fizemos por uma rua com árvores bastante desenvolvidas e que davam um aspecto bastante agradável às vias. Professor Odebal Bond Carneiro
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Desfile de uma igreja para angariar novos fiéis Numa das casas, encontramos uma família vendendo na garagem diversos objetos que atraíram a nossa atenção. Passamos ainda por uma igreja na ocasião em que se realizava a saída da missa na qual os fiéis eram precedidos por um gaiteiro Irlandês que os levava até uma mesa onde estavam servidas iguarias para o desjejum. Conforme Silvia, que usando sua capacidade de relações públicas, com ele conversou nos informando posteriormente que aquela forma de agir tinha como objetivo chamar atenção do público para atrair novos adeptos. Ele era gaiteiro profissional e tocava em várias solenidades. De volta ao hotel, embarcamos na van para darmos uma volta pela cidade. É uma grande cidade com muitas fábricas com as mesmas características de casas que aparentemente são suntuosas mas que na realidade se trata de um conjunto de apartamentos sem grades ou cercas separadas da rua por um espaço gramado. Espalhados em cada esquina, encontramos cavalos de porcelana pintados das mais variadas cores e em diversas posições, soubemos mais tarde que cada indústria ofertava à cidade um cavalo que posteriormente seria leiloado, e a verba conseguida seria distribuída às casas de assistência social. 96
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Odebal e Lygia em frente a um dos cavalos Saímos de van e, após várias idas e vindas, chegamos a uma cachoeira que soubemos ter sido a primeira fonte de energia da cidade e que também servia ao funcionamento de um moinho de trigo.
A cachoeira Professor Odebal Bond Carneiro
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Com o desvio das águas e várias adaptações é hoje um ponto turístico. Foi criado em uma de suas construções um museu onde tivemos a oportunidade de apreciar as várias modificações que sofreu durante o desenvolvimento da cidade. Retornando ao hotel, encontramos a Lori, que estava esperando pelas mulheres para acompanhá-las à cabeleireira. Lygia, após o retorno, afirma que seu cabelo ficou meia boca, eu achei que ficou bom e que o da Marcela ficou ótimo havendo custado US$ 30,00. Às cinco horas desceram todos para as fotografias nos jardins do hotel. Onde já se encontravam os familiares da Lori. Nessa ocasião, Bruno e Rodolfo apareceram. As mulheres destacavam-se pela beleza de seus vestidos e mereceram os elogios de todos os presentes.
Odebal, Lygia, Magda, Marcela, Bruno, Lori, Carlos e Rodolfo Só a Lori não apareceu, pois segundo a tradição, dá azar o noivo ver a noiva antes do casamento. Foram tiradas fotos de vários grupos, destacando-se a beleza do fundo constituído de um verde exuberante. 98
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Às seis horas, começou o casamento, realizado numa das acomodações do hotel, que preparou o ambiente de forma a dar a sensação de uma capela. A cerimônia difere da brasileira, pois não tem padrinhos nem madrinhas, mas, por uma deferência toda especial a Marcela, a mãe da noiva e sua cunhada funcionaram como damas de honra. Os padrinhos funcionam como mestres de cerimônia, indicando aos convidados seus lugares e, após todos estarem acomodados, Rodolfo e Marcelo estenderam uma passarela de papel branco por onde a noiva deu entrada. Lamentavelmente, ninguém teve a oportunidade de fotografar os dois estendendo a passarela. No início da reunião, Rodolfo e Marcelo entregaram a todos uma versão em inglês da poesia escrita pelo Dr. Moura, bisavô do Bruno, o qual naquela data completaria cem anos se vivo fosse.
Rodolfo fazendo a leitura da poesia do Dr. Moura O irmão da noiva disse algumas palavras de congratulações. Após a cerimônia, tivemos a oportunidade de nos dirigir ao salão onde foi servido um belíssimo jantar servido à francesa, com mesas para oito lugares. O jantar constou de uma massa gratinada com molho Professor Odebal Bond Carneiro
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de tomate, uma salada, sorvete de limão como tira-gosto e após, salmão ou carne rib, conforme o que cada um havia escolhido quando da confirmação da presença.
Após o sim dos noivos, me foi dada a oportunidade de ler em português a poesia Na mesa principal estavam os noivos com os padrinhos. Em nossa mesa, estavam Carlos, Magda, a avó da noiva com sua irmã e seu marido, seu irmão, eu e Lygia. Nessa ocasião, falaram o Rodolfo, que em belas palavras em inglês recordou sua amizade com o noivo e fatos que tornaram essa amizade de grande importância para ambos. Eu tive oportunidade de ler, em inglês, chamando a atenção para a coincidência da data com os cem anos do Dr. Moura. O irmão da noiva em breve locução desejou felicidades ao casal. 100
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Terminado o jantar, dirigem-se os noivos com os acompanhantes para a sessão de fotografias e na volta, sob o som de uma valsa, dançam os noivos, as damas e os best man. A música continua a tocar, porém ninguém se atreveu a dançar. Dancei com Lygia e depois duas vezes com a Marcela na ocasião em que o ritmo se tornou brasileiro. Um samba sacode os ouvintes. A sobremesa de duas qualidades espera pelos mais gulosos, ambas ótimas, uma de chocolate e outra de vanilha; a nata estava em um pote em separado. Digna de menção era a estátua de gelo com o nome dos nubentes encimada por duas pombas que se bicavam.
Lygia e Odebal com a estátua de gelo Marcelo e Rodolfo se divertiam brincando com todos, Silvia irradiava sua vivacidade e capacidade de relacionamento enquanto nós conversávamos sob os mais diversos assuntos. Digna de registro foi a presença dos pais americanos do Bruno que se fizeram acompanhar de suas filha uma com seu marido, Professor Odebal Bond Carneiro
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todos muito dados e simpáticos. Mais ou menos às doze horas, Lori propõe se recolher, Rodolfo vai acompanhá-la e na hora de abrir a porta se apossa da chave fazendo com que ela retorne à festa. Aos poucos, vão os convidados se retirando, findando assim o casamento, para nós, o do ano. Dia seguinte, 9 de setembro de 2001. Após o café feito pela Lygia, com a complementação do pão que na véspera causou gozação, desci para dar a minha caminhada, por coincidência, encontro os noivos que se preparavam para embarcar no carro dirigido pela mãe da Lori, em partida para o Havaí em lua de mel. Após a caminhada com Lygia, Carlos, Magda, Marcelo, Silvia, Magda e Rodolfo, retornamos ao Café Java, para que eles pudessem fazer o seu desjejum.
Silvia, Magda e Marcela, molhando os pés Em seguida, fomos até uma praia “Ontario beach“, onde ao longe tivemos o prazer de testemunhar uma regata. Magda, Marcela e 102
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Rodolfo, Carlos, Magda, Silvia, Marcela, Lygia, Odebal e Marcelo Silvia desceram à praia para terem o prazer de pisar na areia. Silvia tirou os sapatos para molhar os pés. Eu fui até um pier que ficava num dos lados, seguido posteriormente pelos demais. Companhia agradável. Conversa alegre. Tiramos várias fotografias. Todos sentiam falta de líquido, então, nos dirigimos a uma lanchonete, onde almoçamos. Rodolfo seguiu de carro, para Búfalo, a fim de embarcar para o Brasil. Levamos Marcelo e Silvia até o aeroporto para que tomassem o avião para Salt Lake City, onde estavam morando. Partimos para Berea sob a direção de nossa belíssima chafeuse, eu e Lygia ficamos no hotel, enquanto os demais foram para o apartamento da Marcela. 10/09/2001: Tomamos café e fomos caminhar, isto é, fomos ao KMart a fim de ocuparmos o tempo, pois Marcela tem seu compromisso com o professor para o qual faz pesquisa. Marcela, Carlos e Magda nos pegam para irmos ao “Prime Outlet” um shopping. Professor Odebal Bond Carneiro
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Almoçamos e foi uma festa de compras, mesmo estando o dólar a US$ 2,60. Era liquidação de inverno com várias ofertas. Em seguida, fomos ao Best Buy, casa especializada em aparelhos eletrônicos. Carlos necessitava de pilha para o seu laptop e compraram também um aparelho de som para a Marcela. Ficamos apreciando a variedade de ofertas até as seis horas, chegamos ao hotel às oito horas, Marcela tinha que preparar um trabalho para o dia seguinte. Lanchamos no hotel. 11/09/01 – Após o café, através da televisão, fomos surpreendidos pelo incêndio que ocorria num dos prédios do World Trad Center. Soubemos em seguida que um avião havia se chocado com o edifício. Passado alguns minutos, vemos a cena inenarrável de outro avião batendo na segunda torre. Ficamos estupefatos sem conseguir traduzir as contraditórias emoções de que fomos possuídos. Segue-se a batida de outro avião contra o Pentágono e a queda de um quarto na Pensilvânia. Noticia então a televisão que se tratava de atos terroristas. Ficamos por longo tempo em frente à televisão no aguardo de mais notícias. Como nada podíamos fazer, acabamos indo ao KMart para mandarmos revelar o primeiro filme. Depois das 11 horas, Marcela nos pegou e fomos para seu apartamento, onde Magda nos brindou com uma lasanha à bolonhesa. À tarde, saímos para dar um passeio em parque próximo. Andamos um pouco, tivemos a oportunidade de, ao passarmos pela ponte, enxergar várias tartarugas tomando banho de sol. Em continuidade, misturado com frondosas árvores, vimos várias macieiras, fiz questão de experimentar uma, estava deliciosa. As aulas foram suspensas, como consequência, ao retornarmos, ficamos acompanhando as notícias e assistindo a um filme. Às sete horas, voltamos ao hotel que estava superlotado, pois os voos foram suspensos. A temperatura está mais amena e Magda está com uma gripe muito forte. 104
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12/09/01: Como sempre acordamos bastante cedo. Tomamos café e fui dar minha caminhada em volta a quadra próxima ao hotel e que passa em frente ao Kmart. Em seguida, há um cemitério onde se vê uma lápide rendendo homenagem às crianças que não tiveram a oportunidade de desfrutar desta vida por terem sido abortadas. No lado oposto dessa quadra, há um condomínio riquíssimo com construções suntuosas e que como as demais construções são divididas em apartamentos com vastos espaços para estacionamento. Os jardins são gramados com alguns canteiros com flores das mais diversas, inclusive com rosas de bom tamanho. Nesse dia, tive a oportunidade de observar um guindaste com elevador que suspendia dois homens num telhado de uma residência de dois andares onde deveriam estar arrumando o telhado que nos Estados Unidos é constituído de placas de material plástico. As paredes dessas construções são feitas de aglomerado de madeira, consistentes, revestidos externamente por placas de plástico especial. Todas as casas tem telhado com grande declive em virtude de ser uma região com grandes nevadas. Às 11 horas, Professor Odebal Bond Carneiro
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a família Medeiros veio nos buscar para conhecer a Universidade de Baldwin Walace College onde Marcela está fazendo seu MBA. Tivemos a oportunidade de conhecer a biblioteca e a butique onde são vendidos aos alunos livros, cadernos, xícaras, moletons, canetas. Num dos corredores, encontramos um professor da Marcela, que nos brindou com elogios a sua atuação, como aluna e estudante dedicada. O almoço nos foi oferecido por um dos seus professores no restaurante da Universidade. O restaurante é muito bem decorado com self service. Lygia tomou uma sopa de brócolis, depois um peixe com milho e purê de batata. Os outros se serviram de salada e outros pratos. Como sobremesa uma torta de maçã. Durante o almoço, o professor que nos convidou teve a gentileza de tecer mil elogios a Marcela, destacando sua dedicação, conhecimentos básicos os quais permitem uma atuação destacada junto a seus companheiros de turma. Findo o almoço, voltamos a pé para o apartamento, nos deliciando com as casas, as árvores, os esquilos e principalmente com o convívio familiar. Pegamos a van e fomos a Cleveland, distante meia hora do apartamento. Conhecemos a praia do Lago Eire e mais uma vez apreciamos as casas belíssimas. Tomamos sorvete com exceção do Carlos. Fomos em seguida a Cleveland. Uma bela cidade com muitas pontes e viadutos, estádios de soccer e football americano, todos muito bonitos e construções modernas. O movimento na cidade estava calmo com pouca gente nas ruas. Marcela nos chamou a atenção para a falta de pedintes na rua. É uma atividade que só pode ser exercida por deficientes físicos. O único que vimos estava numa cadeira de rodas motorizada. Às seis da tarde, paramos no KMart para revelarmos mais um filme da Marcela e da Magda, enquanto aguardávamos a revelação, passamos pelo shopping e menores compras. O filme estava revelado em menos de uma hora. 13/09/01: Lygia escreve que, se Deus quiser, amanhã estaremos 106
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de partida. Carlos e Marcela foram ao aeroporto verificar se nosso avião subiria. Fomos ao apartamento onde esperamos pela Magda que havia ido ao Giant Eagle (supermercado) e fomos visitar a biblioteca do Baldwin. Depois almoçamos num Burger King (pela primeira vez comemos um hamburger). Fomos a Strongville (vinte minutos de Berea) Magda, Lygia e Odebal vão Super Bom Shopping, onde ficamos até as cinco. Voltamos ao Hotel Confort Inn, onde Lygia fez as malas. O avião deve decolar às 16 horas, no entanto, devemos chegar às 12h, esperando uma fiscalização braba em nossas malas. 14/09/01: As anotações de viagem deveriam acabar por aqui, fomos ao aeroporto ao meio-dia, ao chegarmos, tivemos a triste notícia de que os voos de saída dos Estados Unidos para outros países estavam suspensos. A atendente da American arranja um outro hotel, pois o nosso estava lotado. Pagando a American uma diária, a saída dos Estados Unidos só será possível após a próxima terça-feira. Estávamos sem a van, pois a mesma foi entregue pela manhã. Como consequência, passamos a utilizar o Escort da Marcela, carro usado que custou US$ 2.500,00, mas em bom estado, e que nos serviu até o retorno. Almoçamos e fomos para o hotel agora o Clarion. Fui para a cama, praticamente não dormi à noite. Eu e Lygia comemos no Taco Bell e ficamos no hotel durante toda a tarde. À noite, tomamos uma sopa de feijão no próprio hotel. Lamentavelmente, a tigela de sopa era muito pequena. 15/09/01: Tomamos café no hotel. Enquanto Lygia ficava no hotel apreciando o movimento, sai para dar uma caminhada em volta da mesma quadra, pois os dois hotéis onde ficamos eram bem próximos. Esse hotel é maior do que o anterior e tem várias salas onde são realizados vários eventos simultaneamente. Aproximadamente ao meio-dia, fomos agora com o carro da Marcela, enquanto ela ficou estudando, fomos ao Pier Import, casa especializada em Professor Odebal Bond Carneiro
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material de casa, como copos, xícaras, pratos até móveis. Magda comprou para a Marcela uma banqueta com uma bela almofada para tornar a sala mais aconchegante. Vários são os produtos interessantes nessa casa. Seguimos para outro shopping, onde ficamos até as 6h30. Voltamos ao hotel e fomos fazer um lanche no Bob Evans, restaurante próximo ao hotel do outro lado da rodovia. Eu me deliciei com uma salada de frutas e Lygia com sopa de batatas com ice tea para acompanhar. 16/09/01, domingo: Cuyahoga é o município onde fica nosso hotel. Marcela e família aparecem por volta do meio-dia, com Marcela dirigindo, pois Carlos não mais aprecia dirigir. Pela manhã, o movimento do hotel foi intenso, são várias as solenidades programadas para a tarde e, enquanto Lygia fica no hall apreciando, eu saí para a minha costumeira caminhada. Na volta, fui para o quarto, onde fiquei vendo as notícias e lendo os jornais. À tarde, nos reunimos e fomos ao Beach Wood Shopping, muito sofisticado e com preços à altura, na East Cleveland, Lygia encontrou um casaco por US$ 3.000,00. Nesse shopping Lygia, encontra uma loja da Sephora Casa de Perfumes, vista em Paris. Almoçamos por lá, Magda e Marcela fizeram compras. De retorno ao hotel, às 16h30, Lygia, cansada, se entrega a as às Morfeu. 17/09/01: A rotina da manhã se repete. Ao meio-dia, Magda, Carlos e Marcela nos pegam para irmos almoçar num restaurante italiano distante uns 15 minutos, denominado Macarroni. Bonita decoração, com lareira a gás com blocos de cimento imitando lenha. Comemos com fartura, iniciando com um pão italiano muito gostoso e que molhávamos num molho constituído de azeite virgem com sal e pimenta do reino, terminando com uma macarronada, a minha com frutos do mar, Magda Marcela e Lygia com molho Alfredo e carne moída. Retornamos ao apartamento da Marcela e fomos a pé ao shopping da Universidade para aumentar o peso 108
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de nossa bagagem. O caminho do apartamento à Universidade é repleto de árvores, com vários pés de maçã e pera, bastante carregados. Experimentei uma pera muito saborosa. Retornamos ao hotel, onde marcamos o micro-ônibus para nos levar ao aeroporto às 9h45. Parece que desta vez vamos. 18/09/01: Às 9 horas, estávamos no hall do hotel aguardando o micro que nos pegou exatamente às 9h45. Após o despacho da bagagem, feito sem dificuldades, embarcamos às 13 horas. O avião com vento de cauda fez o trajeto em duas horas e meia. Fomos obrigados a ficar no avião por meia hora, antes de desembarcarmos em Dallas. Às quatro horas começou nosso passeio pelo aeroporto, andamos de esteira rolante, carro elétrico, a pé, entrando em várias lojas, Lygia comprou um chapéu de feltro para a Mirian, alguns chaveiros para o Alexandre, além de camiseta. Jantamos num restaurante, com decoração típica do Texas. Embarcamos à meia-noite de volta a nossa terra. Chegamos a São Paulo às 9 horas e nos transferimos para a TAM, chegando em Curitiba às 13 horas. Como surpresa, Mirian nos esperava no aeroporto em companhia do Ociron. Ele nos conduziu até em casa. Terminamos assim nossa participação no casamento de nosso neto.
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Lauro Müller Novembro de 2002 Os preparativos para o passeio começaram quando Sebastião Netto Campos e Dietrich Hufenussler, acompanhados por suas esposas, vieram a Curitiba para um almoço no Restaurante Amici, mais ou menos no mês de junho de 2002. Estavam presentes Antônio Ramos May, Roberto Veiga, Olavo Romanus, Odebal e Walter, todos acompanhados por suas esposas, com exceção do Roberto Veiga. É o grupo que faz parte dos remanescentes do curso de Química Industrial de 1949. Reunimo-nos esporadicamente em Curitiba, contando com a presença de Sebastião e Dietrich, companheiros de Santa Catarina. Sebastião, além de nos convidar para um passeio até o seu Castelo, em Lauro Müller, nos brindou com vinho branco, preparado em sua propriedade. Roberto ficou de organizar o passeio, no entanto a dificuldade em encontrar uma data que satisfizesse a todos foi sendo prorrogado, até que Olavo, num gesto de afirmação, comunicou que estava com um programa preparado para ir com sua família e perguntava se queríamos participar. Ele já estava com a data definida. Combinando com Lygia, minha companheira de 53 anos, programamos nossa saída para o dia seis sem estabelecermos paradas. Saímos de casa no dia estabelecido às 8 horas, abastecemos o carro e passamos pela Bond Carneiro para nos despedirmos das filhas e netas, a firma fica na saída da BR 101. Como queríamos aproveitar a paisagem e relaxar, contratamos um chofer para dirigir o carro, pagando a ele uma diária de R$ 50,00, mais pouso e alimentação. 110
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Fazia mais de 20 anos que não passávamos pela estrada, a qual na última viagem tinha pista simples, hoje duplicada até Florianópolis. A duplicação de Curitiba até a fronteira com Santa Catarina foi feita pelo governador Roberto Requião, utilizando ações da Copel vendidas em parte e que dizia seria reembolsado pelo Governo Federal. A estrada está muito boa e com ótima sinalização. Pudemos conferir o progresso pelas construções novas e o aparecimento de indústrias que antes não existiam. A rapidez da viagem até Voçoroca nos surpreendeu. Como não conhecíamos São Francisco, resolvemos entrar para visitarmos o Museu do Mar. Rodamos mais 30 km. São Francisco é uma cidade histórica. Foi a primeira cidade do sul do país a ser utilizada oficialmente como porto. Em 1504, foi descoberta pelo francês Binot Paulmier de Gonneville, que saindo do Porto de Honfleur em julho de 1503 pretendia alcançar as riquezas da Índia, tendo ficado em companhia dos índios carijós durante seis meses. Na cidade velha, as casas são típicas de um andar, ligadas uma às outras com uma porta central e duas janelas que as ladeiam. Fomos direto ao Museu do Mar, lamentavelmente não o encontramos sem perguntar onde era, não existe uma placa indicativa. Trata-se de prédio antigo, fazendo parte de um conjunto de prédios históricos, usados anteriormente como armazém, de coloração ocre, sem grandes adaptações e seu acervo doado por pessoas físicas e governos estaduais. No primeiro andar, logo à entrada, nos deparamos com uma biblioteca com exemplares que abrangem desde a maneira de confeccionar um barco até livros raros, que merecem um maior tempo para serem estudados. Os livros estão colocados em vitrines horizontais para melhor visualização. Em separado, há um enorme livro com anotações de um diário de bordo, com aproximadamente 50 cm e todo ele escrito a bico de pena. Professor Odebal Bond Carneiro
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Em continuidade, há um enorme salão, onde várias miniaturas feitas por presidiários nos dão a noção dos mais diversos tipos de embarcação, desde as canoas até os navios usados em diversos descobrimentos. Chamou a atenção uma miniatura incompleta de um navio Viking, bem como amostra das primitivas ferramentas utilizadas na construção de barcos.
Odebal em frente à fotografia de embarcação a remo No barracão seguinte, existem diversos tipos de embarcações e canoas, utilizadas em nosso litoral. As do sul são a remo, enquanto as do nordeste possuem velas, algumas com mais de três metros de altura. Há também diversas jangadas do nordeste, divididas em duas categorias, as de tronco e as de tábuas. Estas últimas usadas, em alto mar, com um tipo de porão onde os pescadores se recolhem para dormir. Como apetrechos, levam uma lata para cozinhar o peixe pescado e um fogareiro. 112
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Há ainda o barco utilizado pelo grande navegador Amyr Klink, na travessia do Atlântico da costa da África da Namíbia até Salvador na Bahia. É uma canoa a remo com uma cabine na frente, onde ele possivelmente dormia e outra menor atrás, onde levava instrumentos de orientação. Ele levou, nessa aventura, 120 dias usando unicamente os remos. Coragem, espírito de aventura e capacidade de vencer desafios. Esse barco nos impressionou, pois não passa de uma canoa mais leve, penso que fabricada de fibra de vidro. Para construir essa canoa, procurou pessoa especializada, que sugeriu a construção de um barco que não afundasse. No caso de virar, ela retornaria a posição original. Em uma das paredes estão descritas as viagens por ele efetuadas, suas vitórias e dificuldades. Saímos de São Francisco e fomos até Barra Velha, onde paramos num “self-service” para almoçarmos. Demos uma volta a Professor Odebal Bond Carneiro
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pé para vermos a praia e parte da cidade. Várias casas novas e alguns prédios atestam a evolução da cidade e o progresso que está patente em todo o litoral. Várias lojas com algum movimento nos fizeram refletir a constante reclamação sobre as dificuldades que o país está atravessando, no entanto, parece que progredimos sempre. Voltamos à BR 101, bem tratada e sinalizada. Resolvemos entrar em Florianópolis. Hoje são três pontes, uma é o símbolo da cidade, a célebre Ponte Hercílio Luz. Sem movimento de carros, só para pedestres, as outras duas com intenso movimento. Na entrada da cidade, ainda em São José, o número de supermercados e shoppings que aparecem a nossa esquerda, carros em grande número e as pessoas que circulam nos permitem avaliar o progresso da cidade. Após várias voltas, encontramos o mercado municipal que se situa atrás da nova estação rodoviária. Para encontrar onde estacionar foi muito difícil. Como consequência, deixamos o motorista Ademir tomando conta do carro e fomos verificar o que poderíamos encontrar, pois Jonas, nosso genro, havia dito que no mercado havia muito objetos interessantes. Na realidade, logo ao entrarmos, deparamos com uma bela exposição de peixes e camarões a preços bem mais baixos que em Curitiba. A seguir, encontramos um box com vários tipos de artesanato. Compramos máscaras, colares e outras coisinhas para levarmos de recordação às filhas e netos. Continuamos nossa caminhada, dessa vez, à procura de sanitários, os quais estavam situados na entrada, com pessoas cobrando por sua utilização R$ 0,50. Estavam razoavelmente limpos. Retornamos à estrada e resolvemos pernoitar em Caldas da Imperatriz. Saímos da BR 101 e após mais ou menos 25 km chegamos ao Hotel Caldas da Imperatriz. 114
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Entrada do Hotel Caldas da Imperatriz Lendárias instalações que no tempo de Pedro II funcionavam como hospital. Com 13 quartos e seis banheiras revestidas com mármore de Carrara. Por se tratar de construção muito antiga, o hotel não oferece o conforto dos tempos modernos. Hoje são 35 quartos relativamente modestos que atendem perfeitamente às necessidades dos que o procuram. A água para os banhos reparadores são de fonte natural com temperatura de 40° C. O banho para as pessoas de pressão baixa não devem ser de duração prolongada. O normal é que cada imersão deva durar 20 minutos. Na parte posterior do prédio, tem-se o rio Cubatão descendo o morro, cheio de pedras em suas margens e coberto com vegetação nativa. Os quartos são modestos, com duas camas de solteiro, tudo muito limpo e com banheiro privativo. Há ainda uma piscina com água mineral. No jantar, tivemos um belo café colonial, serviram um caldo de Professor Odebal Bond Carneiro
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milho verde muito gostoso. A frequência é constituída por pessoas mais idosas que a procuram através do benefício das águas para minorar seus sofrimentos. Acho ilustrativo incluir aqui um pouco da história do Hotel Caldas da Imperatriz. Em 1809, Loccok revelou a ocorrência de águas parecidas com as de Harrogaté (Estância Termal Inglesa). Depois de várias escaramuças entre os indígenas e o contingente policial do Governo Imperial, as fontes ficaram no esquecimento até 1818, quando foram retomadas dos índios por ordem do Governador João Vieira Tovar de Albuquerque. Em1844, foram recebidos do Governo Imperial 2.000$000 réis e de Sua Majestade Imperatriz 400$000 réis, aceitando ela, na oportunidade, o título de Protetora do Hospital das Caldas da Imperatriz. No dia 7, após saldarmos nossos débitos de R$ 100,00, o casal e R$ 50,00 o motorista, retornamos à BR101, dessa vez, em pista simples e nos dirigimos a Lauro Müller.
Lygia em frente à ponte sobre os rios 116
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A BR apresenta alto volume de carros e caminhões, sendo bastante perigosa. Muitos motoristas não têm paciência de esperar o momento propício para realizar as ultrapassagens, nosso motorista, no entanto, demonstrando grande perícia não nos causou qualquer sobressalto. Em Tubarão, tomamos a estrada que nos levou a Lauro Müller. Passando por Gravatal, que nos surpreendeu uma vez que, ao por lá passarmos, há mais de 20 anos, só havia dois hotéis e hoje é uma cidade que fervilha em torno das águas que também são medicinais, foram 17 km. Seguem-se Braço do Norte, 14 km, São Ludgero, 11 km, Orleans, 13 km e finalmente Lauro Müller, 12 km. Todas as cidades por onde passamos primam pela limpeza de suas casas e vários prédios novos.
Da estrada, vimos sobressair as torres do Castelo Fomos recebidos pelos nossos anfitriões: Sebastião e sua esposa Ziza. Professor Odebal Bond Carneiro
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Chegamos na hora do almoço e imediatamente encaminhados à mesa, estava muito gostoso, regado a vinho produzido na propriedade. Após o almoço, percorremos os vários cômodos do castelo, destacando as lareiras revestidas de azulejo português na coloração azul turquesa. Seu assoalho na sala de espera ou visitas tem em seu centro a cruz de Malta, símbolo usado pelos antigos proprietários, pertencentes à Ordem dos Cavalheiros da Cruz de Malta. Seus navios, os célebres Ita, possuíam em suas chaminés a mesma Cruz. Na sala de entrada, ao lado da lareira, sobre um suporte, estão os estribos usados pelo conde D’Eu. Durante a Segunda Grande Guerra, o Castelo ficou sobre a supervisão do estado que, além de não manterem de forma correta as instalações, desapareceram com vários objetos, diminuindo o valor do acervo.
Odebal na frente da lareira 118
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Lygia ao lado da lareira Observamos que inclusive nos banheiros há lareiras, também com azulejos portugueses. As instalações de água e luz foram adaptadas para atender às necessidades atuais. Há três suítes no andar térreo com todo o conforto exigido nos tempos modernos. No primeiro andar, são sete quartos para casal com banheiro privativo e uma sala de estar no hall. A suíte em que ficamos tem uma sala comum com uma mesa alta retangular e uma central redonda, poltronas, televisão e um armário com livros e revistas. No sótão, são mais cinco quartos para solteiros com beliches e banheiro coletivo. Subindo por uma estreita escada, no final, encontramos um alçapão pesado, com saída para a torre, de onde se descortina uma bela vista da cidade de Lauro Müller, bem como os dois rios que se reúnem no centro da cidade. A torre tem várias Professor Odebal Bond Carneiro
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seteiras que eram usadas como defesa do castelo contra os Ăndios, os verdadeiros donos da terra.
SebastiĂŁo e Odebal na torre do castelo 120
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A área de terreno pertencente ao castelo tem 275 mil hectares, com as mais diversas atrações que atendem praticamente a todos os gostos, desde cavalos, piscina, playground, cancha de bocha e uma construção com mesa de pingue-pongue, bilhar, pebolim, dois lagos, sendo um para pesca e outro para criação de peixes. Há também uma mata nativa com uma trilha ecológica. Tive a oportunidade de visitar todas essas instalações no primeiro dia. Dia 8, logo pela manhã, fomos a Criciúma, onde o Sebastião possui uma belíssima casa. Ela é antiga e com vários objetos dignos de serem apreciados. Destacamos o quarto do casal com uma mobília de tonalidade clara, contendo incrustações metálicas em bronze e aplicações de madre pérola, em forma de cisne, além de uma placa onde está registrado o nome do fabricante português. Sebastião tem orgulho de uma mesa por ele comprada de um negociante à beira-mar e que era de um navio afundado na costa. Antes da visita, D. Ziza levou-nos a uma rua onde estão várias casas de comércio, com objetos produzidos no estado. Lygia teve a oportunidade de completar as lembranças para nossos familiares. Hora do almoço. Fomos ao Criciúma Clube, belíssimo com arquitetura moderna e no centro da cidade. Comemos um linguado com camarão. Sebastião saindo da rotina bebeu comigo uma batida de Vodca e após tomamos uma cerveja, a mulheres ficaram no refrigerante. Após o almoço, retornamos ao Castelo, passando antes num clube que já na entrada nos brindava com um ajardinamento de flores vermelhas. No seu salão nobre, estava sendo preparada uma recepção para 1500 formandas de um curso de especialização. Esse clube de nome Mampituba possui tudo que se deseja num clube de recreação. Professor Odebal Bond Carneiro
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Odebal, Lygia, Sebastião e Ziza
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Lygia e Ziza Logo após a nossa chegada ao castelo, chegaram Olavo e Elizabeth, em outro carro, Humberto, filho do casal, Maria Elisa com seus filhos, Eduardo de 12 anos e Luciana de nove. Após os cumprimentos protocolares e a acomodação dos novos hóspedes, trocamos ideias sobre a programação a ser desenvolvida.
Olavo e Elizabeth Professor Odebal Bond Carneiro
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Humberto, Maria Elisa e filhos Conforme fomos informados, Sebastião e Ziza já haviam contratado uma van para que pudéssemos apreciar o espetáculo proporcionado pela Serra do Rastro, inteiramente iluminada. Humberto e família resolveram não nos acompanhar. Serra do Rastro: Eram dezenove horas quando Sebastião nos avisa que estava na hora de embarcarmos na Van, que nos levaria a conhecer mais um belo espetáculo, onde a criatividade do homem se confunde com a exuberância da natureza. A serra tem início em Lauro Müller e, aproximadamente, até a igrejinha são 15 km praticamente no mesmo plano, mais 12 km de ligeiro aclive e iniciamos a serra propriamente dita. A subida da Serra nos mostra do lado direito os paredões a pique e à esquerda a floresta. São plantações de eucalipto que se estendem nas baixadas e encostas. O eucalipto é plantado em grande quantidade. É matéria-prima usada para sustentação nas minas de carvão. São centenas de quilômetros que vão de Laguna, Criciúma, Ludgero, Lauro Müller, entre outras cidades. A Estrada é de via simples, com intenso movimento de carros e caminhões. São 12 km de íngreme subida. Estamos no alto da serra, com seus 1550m de altura, onde estacionamos num 124
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belvedere criado pelo homem, de onde se avista o magnífico espetáculo da serra totalmente iluminada. A força que alimenta as dezenas de lâmpadas, encimadas por postes verdes, advém de uma única fonte eólica que em seu constante girar produz a energia necessária para acender as lâmpadas que iluminam toda a serra. Aquela aparente pista de automóveis e caminhões de brinquedo, com suas curvas ininterruptas, cada uma mais fechada que a outra, parecendo cada uma se encontrar no retorno a sua origem, belíssimo e deslumbrante espetáculo. O motorista, homem acostumado com o percurso, nos impressionou pela destreza e capacidade em ladear caminhões e carros que conosco cruzavam. No mirante, há uma homenagem às autoridades estaduais que tiveram a ousadia e a visão para nos proporcionar a oportunidade de usufruir do espetáculo. Há uma singela homenagem aos tropeiros que com sua audácia, primeiro trilharam o caminho. Retornando à pousada, nos foi servido um lauto jantar com o gostoso vinho ali produzido, uma agradável conversa tornou o jantar muito prazeroso. Às 22 horas nos recolhemos. Professor Odebal Bond Carneiro
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Um pouco de História Publicação: “Pousada Castelo Empreendimentos Turísticos Ltda.” Durante o século XVII, os jesuítas instalaram as missões no Paraguai, Argentina e Brasil. Para alimentação da comunidade, são criados dois campos de Vacaria. Um próximo ao litoral gaúcho, rumando para o planalto, parte no Rio Grande do Sul e parte em Santa Catarina. Com as bandeiras paulistas penetrando no território para prear índios e amealhando gado para levar para Sorocaba. Ao longo do tempo, com a guerra das missões, a imposição do primeiro ministro de Portugal, Marques de Pombal, proíbe os jesuítas de continuarem sua catequização, abandonando as missões no Brasil. Surgiram então as povoações, com destaque a de Lages. Os tropeiros procuraram, então, um caminho que ligasse o planalto ao litoral, com suas tropas com carne, queijos e outras mercadorias. Descem a serra em 1827, terminando por parar às margens do Rio Bonito, próximo a Lauro Müller. Ao aquecerem suas refeições, observam que algumas pedras tornavam-se incandescentes. Algumas amostras são encaminhadas às autoridades, que constataram tratar-se de carvão. Em 1861, o Visconde de Barbacena, chefe do gabinete imperial, compra enorme extensão de terra com abrangência de vários municípios com sede em Lauro Müller. Essas terras já tinham sido levantadas como possuidoras de carvão. O Visconde de Barbacena criou então duas sociedades com os ingleses. Uma para construção da estrada de ferro “The Donna Thereza Cristina Railway Company Limited”, que implantou a atual Estrada de Ferro Dona Thereza Cristina, inaugurada em 1° de setembro de 1884, ligando o porto de Imbituva e posteriormente o de Laguna, às cidades de Tubarão e Lauro Müller e outra para 126
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mineração do carvão “The Tubarão Coal Mining Company Limited”. Em 26 de dezembro de 1864, a coroa doou ao Conde D’Eu, casado com princesa Thereza Cristina, o Patrimônio o qual abrangia vários municípios. A estrada de ferro ficou pronta em 1884, permitindo a saída do carvão e valorizando as terras do Conde D’Eu, o qual vendeu aos colonos italianos e alemães através da Companhia de Terras e Colonização do Grão Pará. Em 1902, é exportado o primeiro carvão com destino a Buenos Aires, que não aprovando sua qualidade faz com que os ingleses desistam do empreendimento. O Conde D’Eu e o Visconde de Barbacena, como únicos proprietários, venderam posteriormente suas participações nas companhias aos irmãos Lage, que faleceram vítimas da peste epidêmica ocorrida durante a 1° Grande Guerra, deixando o comando das empresas e a maior parte da herança para o eminente brasileiro Henrique Lages. A unidade onde se processava a atividade mineradora era chamada Minas, que em 1912 passou a chamar-se Lauro Müller, Ministro da República, que muito se interessava pelo carvão. Henrique Lages casou com Gabriela Bezanzoni, cantora italiana de ópera, construindo para ela no Rio de Janeiro um grande castelo, hoje transformado no Parque Lage e um pequeno castelo em Lauro Müller. Em abril de 1964, Álvaro Catão e Sebastião Campos compram as Minas de Lauro Müller e Criciúma, com o Castelo de Lauro Müller posteriormente vendido a “Pousada Fazenda, Castelo Empreendimento Turísticos Ltda.”. Aqui termina a História. Dia 9 às 7 horas da manhã, fui tomar leite quente tirado na hora, enquanto esperava a chegada de Eduardo, filho do Humberto, a quem havia convidado no dia anterior. Subimos para o café que é normalmente servido às 8 horas. Professor Odebal Bond Carneiro
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Após o café, em dois carros, fomos visitar a mina de carvão Barro Branco. Esta mina pertencia ao Sebastião e a seu sócio Álvaro Catão. Trata-se de uma mina com produção de 75 toneladas diárias. Foi uma surpresa agradável verificar a evolução da tecnologia nessa mineração. Entramos na mina com capacete de mineiros. A entrada da mina tem aproximadamente 5 metros de largura por 3,5 metros de altura. O carvão é retirado através de esteira rolante e não mais com vagonetes puxados a burros ou empurrados por mineiros. A esteira rolante é carregada por pá carregadeira. A uns 50 metros da entrada, um escritório onde os engenheiros coordenam o desenvolvimento do trabalho. A extração do carvão é feita em quatro turnos de seis homens com duração de trabalho de seis horas. Uma turma é de manutenção, a outra de perfuração, a outra coloca as bananas de dinamite e as explode e a seguinte carrega a esteira. Fiquei admirado ao verificar que a turma que estava saindo com a roupa sem a sujeira produzida pelo carvão. Foi-nos esclarecido que há várias camadas de rocha, uma de carvão, outra de barro, outra de perita e outra 128
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de rocha. As minas são perfuradas em galerias paralelas com o objetivo de assegurar a possibilidade de fuga em caso de necessidade. As escoras eram antigamente feitas com taboas e suportes de eucalipto. Hoje usam placas de ferro fixadas na extremidade por barras de ferro, cortada de tal forma que na extremidade ao ser introduzida na rocha vai se fixando e tornando absolutamente segura, na outra extremidade há uma rosca com parafuso o qual em caso de necessidade é colocado uma taboa dessa vez de eucalipto.
Após a visita à mina, Sebastião nos colocou em círculo, pediu que todos dessem as mãos e profundamente emocionado fez uma cerimônia invocando Santa Bárbara (protetora dos mineiros) e nos ungiu como mineiros honorários. Fomos após as instalações de uma lavagem de carvão. É uma grande instalação de madeira de eucalipto tendo na parte superior os pistões que com movimento vertical aumentam o movimento d’água originando um movimento também vertical na massa de Professor Odebal Bond Carneiro
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água e na mistura do carvão com os resíduos. A separação das impurezas é feita por diferenças de densidade, as impurezas por serem mais pesadas caem numa peneira com malha adrede preparada deixando o carvão que continua o seu trajeto. Termina o tratamento num separador helicoidal saindo o material mais leve pelo centro e o mais pesado pela lateral. Os mineiros têm a prevenção de que as mulheres não devem entrar na mina porque dá azar. Retornamos ao castelo para o almoço. Conforme o combinado, a tarde era livre, a fim de que Olavo e seus familiares pudessem conhecer as demais instalações. Eu e Sebastião ficamos. Ele estava preparando um churrasco de ovelha na mostarda, que iríamos degustar logo mais à noite ao som de um gaiteiro e um pandeiro. Na hora do churrasco, chegaram mais três casais convidados, todos eles tendo relações com a mineração de carvão. Após o jantar, tivemos a oportunidade de ensaiarmos alguns passos de dança. Às 23 horas, nos recolhemos.
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Choveu a noite inteira e continuou pela manhã do dia 10. Como nos dias anteriores, fui tomar leite e após o café, ficamos lendo, não dava para sair. O Humberto e família resolveram ir a São Joaquim avisando que não voltariam para o almoço. Mais ou menos às 10 horas, Sebastião nos comunica ter recebido um telefonema e precisaria estar em Florianópolis antes do anoitecer, passando antes em Criciúma. Olavo e Elizabeth resolvem retornar a Curitiba, passando por Florianópolis para visitar a casa que o seu filho Olavo está construindo. Conversando com Lygia, resolvemos retornar também pois a chuva não dava trégua. Após o almoço, tomamos a estrada, a primeira fase entre Lauro Müller e Tubarão, passando novamente por Orleans, São Ludgero, Braço do Norte e Gravatal. Foi bastante tranquilo, praticamente não havia movimento, tivemos assim a oportunidade de melhor apreciar essas cidades. Na BR 101, o trânsito se torna mais intenso tanto de caminhões como de carros, parecia que todos queriam chegar a seus destinos no mais curto espaço de tempo e as infrações de trânsito eram de estarrecer. Chegamos a Florianópolis mais ou menos às 17 horas, nos alojando no Hotel Porto da Ilha situado à rua D. Jaime Câmara, 43. Novo e com boas e modernas instalações, próximo à Avenida Beira Mar e ao Shopping Beira Mar. Alojamo-nos e fomos ao Shopping. É uma construção moderna, linhas arrojadas, muito bonito, com cinco andares já enfeitado para o Natal. Todas as lojas bem decoradas e com grande movimento. Paramos para fazer um lanche na praça de alimentação e em seguida novas compras, às 22 horas, retornamos ao hotel. Dia 11, após um lauto café, passamos pelo mercado municipal, compramos peixe e camarão e retornamos à estrada e, sem mais paradas, chegamos a Curitiba. Terminou um passeio inesquecível. Professor Odebal Bond Carneiro
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Gramado Novembro de 2003 A propaganda que os amigos faziam de Gramado aguçou nossa curiosidade em conhecer essa terra de turismo. Então, Lygia começou a programar nossa viagem que deveria ser feita antes do Natal, para que pudéssemos comemorar meus 78 anos. A ideia era reunir a família e ao mesmo tempo conhecer o tão decantado Natal em Gramado. Ela entrou em contato com a agência de turismo Thassos. Recebemos várias programações com todas as vantagens a serem analisadas. Dessa forma, programamos a nossa viagem para sairmos no dia 17, em avião da Gol. Na semana anterior, fomos conferir nosso apartamento na praia, havíamos mandado pintar. Descemos no dia 6, quinta-feira. No dia seguinte fui buscar a Gazeta do Povo e torci o pé. Passamos o dia sete na varanda tomando sol. O pé inchou. Então, no dia 8, fomos ao Hospital de Matinhos. Fomos bem atendidos, na hora de tirar a radiografia, informaram, quando estávamos na porta de entrada, que o aparelho estava quebrado. Telefonamos para Curitiba, Mirian e Magda, nossas filhas, foram nos buscar. Chegando a Curitiba fomos à Clínica de Fraturas na Rua XV de Novembro. Foi constatado que eu tinha fraturado o tornozelo, saí engessado. Alugamos uma muleta e passei em casa sábado e domingo sentado na minha poltrona vendo televisão e lendo. Na segunda-feira, tentamos mudar nossa viagem para depois do dia 28, data em que tiraria o gesso. Porém não foi possível, abandonei a muleta e Mirian me trouxe uma bengala. Praticamente não a usei. 132
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Dia 12, fui ao Hospital e conversei com o médico para tirar o gesso, ele reclamou que não se responsabilizava pelo que poderia acontecer, mas me atendeu, eu substituiria o gesso por uma tornozeleira que manteria o pé com menor movimento. Lygia encontrou minha tornozeleira, com a qual jogava football. Mudei e estava preparado para viajar. Dia 17, saímos de casa às 7h30, Magda veio nos buscar. Às 9 horas, pegamos o avião da Gol. Sentamos nos primeiros bancos. O serviço de bordo é bom, mas sem luxo, eficiente. A bordo serviram um tablete de Nutri, um pacotinho de amendoim, suco de frutas ou refrigerante. Às 10 horas, chegamos a Porto Alegre, aeroporto novo, bonito e espaçoso. Um guia nos esperava. Seu nome, Sirineu. Não tivemos a oportunidade de ver a cidade, hoje com um milhão e seiscentos mil habitantes. A condução que nos levaria a Gramado foi uma van. Junto, um casal do Rio de Janeiro com uma menina de seis meses com a qual imediatamente me encantei e em todas as oportunidades, durante nossos passeios, pegava-a no colo. Pegamos a estrada, passando por Canoas, Viamão e Taquará, onde paramos no Banny Café, loja com produtos de couro, grande sortimento de calças, jaquetas, malas, casacos e chapéus com preços parecidos com os de Curitiba. Fomos ao segundo andar para um rápido lanche, era hora do almoço. Após uma hora, novamente na van, fabricada em São José dos Pinhais, pela Renault. Veiculo novo, os bancos foram trocados, os de fábrica eram fixos e os novos reclináveis possibilitando maior conforto. Eram 14 horas quando chegamos à entrada de Gramado. Hortênsias ladeando a estrada e um obelisco em forma de típica casa alemã. Professor Odebal Bond Carneiro
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Faltavam 5 km para chegar à cidade e o guia chamou nossa atenção para o fato de que iríamos subir 400 metros. Gramado está 800 metros acima do nível do mar e tem 35 mil habitantes.
Odebal em frente ao Obelisco
Lygia em frente ao hotel 134
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Fomos para o Hotel Serra Azul, ocupando o quarto 100. O hotel é o mais central da cidade, entrada belamente florida. O café da manhã é farto. O restaurante com preço acessível, piscina térmica, sala de jogos, sauna, sala para rodada de chimarrão, televisão com antena parabólica nos quartos e uma sala maior. Após nos instalarmos, saímos para conhecer a cidade. Chamou-nos a atenção os vários estilos de construção, há uma lei proibindo construir prédios com mais de 4 andares. A cidade se preparando para o Natal, a azáfama enorme com pessoas entrando e saindo das lojas com destaque para as que vendem produtos da terra. Operários arrumando calçadas e enfeitando postes e ruas. Poucas são as lojas que vendem calçados, as fábricas se reuniram em cooperativas para melhor disputarem o mercado americano, sendo seus preços calculados em dólar. Há uma rua coberta onde se destaca um grande pinheiro cujos galhos deslizam sobre um eixo e os cantores aparecem, iluminados por luzes indiretas e de várias cores, causando um efeito muito bonito. Em outra rua fechada, foram armadas várias cabanas de compensado, cobertas de folhas de zinco onde são vendidos produtos natalinos. Sobre o asfalto dessa rua, foram colocados leivas de grama, cercados de pedras de rio formando caminhos, bastante agradáveis à vista. Visitamos várias lojas. Retornamos ao hotel e fomos ao bar onde pudemos ler e tomar uma cerveja, no ponto, em seguida degustamos um lanche rápido. Dia 18, levantamos às 6 horas e fomos ao café muito sortido. Às 8 horas, saímos de ônibus para um tour em Gramado e Canela. Pegamos outros hóspedes em vários hotéis e ficamos conhecendo melhor a cidade. Professor Odebal Bond Carneiro
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No caminho para Canela, paramos na catedral de pedra. Belíssimo santuário, onde se destaca um púlpito de madeira no qual está esculpida a Santa Ceia. Na praça da igreja, numa das esquinas, há uma loja “Mãos do Mundo”, com material importado da Tailândia, Índia e Indonésia. Lygia comprou uns gatinhos e eu a Deusa Sita, que representa o amor no seu sentido mais amplo.
Lygia em frente à loja Mãos do Mundo 136
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Passamos em seguida no Castelinho, uma das primeiras casas construídas em Canela, toda de madeira, tendo como atração o fato de não ser usado prego nas diversas ligações da madeira, é toda encaixada e com pinos de madeira. Na casa, os móveis construídos pelos moradores. No primeiro andar, a mesa de jantar com dois níveis sendo um móvel. A mesa está sempre preparada com aparelho de jantar de porcelana, com desenhos antigos e facas e garfos de prata. O quarto do casal apresenta ao lado da cama um berço. Armários e cômodas do tempo dos colonizadores, sua distribuição é quase idêntica no andar superior com os brinquedos usados pelas crianças e mais dois quartos para guardar ferramentas, usadas na lida diária. Há também selas e apetrechos para os animais, inclusive uma sela usada pelas mulheres que cavalgavam de lado tendo um suporte para as pernas.
Aproveitamos a parada para comermos um ”apfelstrudel” acompanhado por chá de maçã, deliciosos. Fazendo parte da casa existe uma torrinha. Professor Odebal Bond Carneiro
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Atravessamos a cidade e fomos diretos ao Parque do Caracol. Vista maravilhosa de onde se descortina a Cascata do Caracol. É uma queda livre de água com 131 metros, há uma escadaria com 927 degraus que permite chegar a sua base. Alguns de nossos companheiros desceram e no dia seguinte quase não podiam andar com dor nas pernas.
Cascata do Caracol Ao invés de descermos, fomos ao Observatório Ecológico, construção de ferro com elevador, onde são colocados à disposição dos turistas binóculos para observar com maiores detalhes a beleza da natureza. No retorno, tivemos a oportunidade de visitar o Parque Temático “Mundo a Vapor”. Na fachada, uma locomotiva em tamanho natural que sai do alto do prédio e inclinada nos mostrava um desastre ocorrido em 1895, em La Gare Montparnase, na França, em que uma locomotiva desgovernada colide contra a parede da estação, atravessando-a e precipitando-se na rua. 138
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Seguem-se funcionando a vapor miniaturas de uma granja de arroz, usina elétrica, olaria, siderúrgica, trator agrícola usado como tração de arado, o qual, por pesar 30 toneladas, mais compactava o solo do que arava, pedreira, serraria, fábrica de papel, culminando com relógio a vapor, o qual segundo informações só existem duas réplicas: uma em Canela e outra em Vancouver. Em todas as réplicas tem um instrutor mostrando e explicando como funcionam. A ideia dessas reproduções surgiu em 1939 na família Urbani, pai e filho, mecânicos e que consertavam as várias máquinas a vapor existentes na comunidade. Em seguida, fomos à cantina e galeteria Coelho. Bom atendimento, comemos uma salada de radiche e após carne de javali ao molho de laranja. Depois do almoço, passamos no vale dos quilombos, assim chamado porque um pequeno número de escravos fugitivos nele se abrigaram durante um pequeno período de tempo. Professor Odebal Bond Carneiro
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Na volta a Gramado, passamos numa fábrica de chocolate, Caracol, onde na entrada se destaca um enorme coelho de chocolate. Conforme nos foi informado é o maior do mundo, constando inclusive do Guines, pesa 1640 quilos e é conservado em câmara fria com temperatura controlada para que não se derreta, sendo de tempos em tempos conservado, para manter a aparência. Ao lado, uma funcionária dá uma demonstração de como se prepara um tablete de chocolate laminado. Ela retira o chocolate de uma vasilha onde ele está derretido e o espalha numa placa de mármore e sob pressão, o vai afinando, recorta as laterais e, após a espessura correta, com uma espátula especial o vai aglomerando até formar o tablete. Na entrada, como brinde, tem os clientes a oportunidade de degustar pedaços de chocolate e tomar chocolate frio ou quente. A lembrança de nossas filhas e netos nos fez comprar boa quantidade de diversas espécies de chocolate, em consequência, fomos brindados com uma caixa de isopor, acondicionamento que nos permitiu trazê-los em perfeitas condições. 140
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Em seguida, paramos no Mini Mundo, construído por um avô extremoso para atender aos seus netos. Começou criando uma casinha para eles, além de um conjunto de castelos com trenzinhos em miniatura, no jardim do Hotel Rita Hoppner, pertencente à família. Em dezembro de 1983, atendendo a inúmeros pedidos, foi aberto ao público. Constam dessas miniaturas inúmeros castelos europeus, além da miniatura do gasômetro, às margens do Rio Guaíba, várias estações ferroviárias, a igreja de São Francisco em Ouro Preto, representando uma das obras primas de Aleijadinho e o aeroporto de Porto Alegre. É uma grande demonstração de habilidade que encanta crianças e adultos. O acréscimo de miniaturas continua em sua terceira geração. Tivemos ainda a oportunidade de passar no mais rico condomínio de Gramado, onde em um de seus extremos vemos um vale com queda de mais de trezentos metros coberto de florestas, onde se destaca o pinheiro, símbolo de nossa terra, aqui já tão escasso e o Hotel Laje de Pedra. Professor Odebal Bond Carneiro
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Para terminar nosso dia fomos à Lucirene Tricot, onde só as mulheres desceram para compras. Voltamos ao hotel às 19 horas, passando antes em vários pontos para que os companheiros tivessem a oportunidade de trocar de roupa para participar de uma noite gaúcha. Ficamos no hotel. Dia 19, fiquei no hotel, ainda não estava suficientemente recuperado. Lygia foi às compras, só retornando às 11 horas e fomos almoçar. À tarde ficamos no hotel, lendo e escrevendo para não esquecer os detalhes desse magnífico passeio. Dia 20, após o café, enquanto estava lendo o jornal, tive a agradável surpresa de encontrar o Ítalo Trombini com o qual fiquei conversando até a chegada de seu irmão Raul. Eles estavam na cidade para uma reunião a ser realizada na fábrica de celulose e papelão, que possuem na cidade de Canela. Às 8 horas, o ônibus nos veio buscar para a excursão no Roteiro das Uvas. Passamos, nos outros hotéis para pegarmos os demais participantes. Através da estrada estadual, fizemos a primeira parada na cidade de Nova Petrópolis, distante 30 km, cidade colonizada por alemães. Já na estrada, começamos a notar a diferença de colonização pela modificação das construções. Construídas no início de madeira, no máximo em três andares, com a parte inferior destinada ao abrigo dos animais, os quais auxiliariam o aquecimento dos moradores no inverno. As casas que inicialmente eram feitas de madeira passam agora a ser de pedras, material abundante na região, também as divisas das propriedades são de pedra. A descrição dos hábitos de seus habitantes são bem relatados pelo nosso guia, o Ítalo. Lamento não ter a capacidade de reter todos os pormenores, eles são fartos e detalhados. 142
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Na cidade de Nova Petrópolis, a primeira surpresa, paramos na praça principal, onde se destaca um obelisco em homenagem ao Centenário da cidade com a reprodução de vários imigrantes, homens e mulheres, com vários instrumentos de trabalho usados na sua adaptação ao novo lar. Na parte frontal do obelisco, uma placa de bronze, homenageando o padre Theodor Amstad que, na localidade de Linha Imperial, em Nova Petrópolis, constituiu a primeira Cooperativa de Crédito da América Latina. No centro da praça, um labirinto de cedro cortado na altura de um homem. Grande é o número de Igrejas Luteranas, cada grupo de famílias construía uma igreja e uma escola em volta de uma praça com um salão de reuniões. Na praça central, ainda se destacam vários canteiros com flores de diversas cores e espécies. Saindo da cidade, rumamos em direção a Caxias do Sul, através da BR 116, mantida em bom estado pela cobrança de pedágio em cada 72 Km. Professor Odebal Bond Carneiro
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Fomos direto à Igreja de São Pelegrino, com três portas de ferro na entrada, idealizada por Augusto Murer com mais de 3 toneladas em seu conjunto, todas em alto-relevo, contando a epopeia dos imigrantes com seus utensílios de trabalho.
O seu interior foi todo pintado a mão por Aldo Locatelli, que em diversos afrescos colocou a imagem de seu pai, mãe, esposa e filho. Frente ao altar mor, um dispositivo eletrônico para a celebração da missa de corpo presente, que faz subir um suporte para o caixão bem como para as velas que serão colocadas. A igreja foi inaugurada em 1953. No altar mor, estão Sagrado Coração de Jesus, São Pelegrino e Nossa Senhora de Caravaggio, protetora dos cancerosos. Após, fomos à Cantina de Ernesto Zanrozo, sendo recebidos pelo Sr. Celso Zanrozo, neto do fundador. Descreve Ernesto a história da vinícola, iniciada em 1914 por Antônio, o Nono, e por sua esposa Maria que, deixando Vicenza na Itália, vieram para o Brasil 144
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com seu filho Ernesto, então com 11 anos. Em 1937, Ernesto e seus filhos criam oficialmente a vinícola, com produção anual de 100 mil litros, sob os nomes de Zanrozo, do Nono e San Fretado. Ernesto começa sua descrição ressaltando a responsabilidade dos pais em educar seus filhos fazendo-os assumir desde cedo a responsabilidade pelo seu trabalho. Fomos então convidados a visitar as instalações e servidos dos diversos tipos de vinho, acompanhados de queijo e salame produzidos na propriedade.
Odebal e Lygia com o casal Maurício e Luciane e o bebê Isabela, no Colina Verde – Nova Petrópolis Às 12h30, fomos a Churrascaria do Gaudêncio, toda decorada em conformidade com a integração dos italianos à cultura gaúcha, expostos em um painel. Após o almoço, fomos para Bento Gonçalves, desta vez, para visitar a maior vinícola do Brasil e a segunda da América Latina: a Vinícola Aurora. Fomos recebidos por uma promotora de vendas a qual nos Professor Odebal Bond Carneiro
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encaminhou a um anfiteatro para 100 pessoas, onde foi passado um eslaide de 7 minutos com a informação de que a vinícola é constituída por um grupo de aproximadamente 1.300 produtores de uvas, sendo que a colheita vai de 15 de janeiro a 15 de março. A uva é recebida e amassada em um aparelho em forma de parafuso, passando em seguida por uma peneira onde são separados as sementes e os pedúnculos, os quais serão utilizados posteriormente como adubo vegetal. A produção chega a ser de um milhão e 300 mil litros de vinho. O suco de uva é levado a grandes recipientes, de cimento revestido de tinta epóxi e de aço inoxidável, divididos em conformidade com o tipo de vinho a ser obtido. Nesses recipientes, sofrem a fermentação de quatro dias para o branco e de 28 dias para o tinto. Nesses recipientes, há a separação da borra que, por decantação, fica em cima e o vinho em baixo, sendo então separados. São transferidos para dornas de madeira, feitas de pinho ou carvalho (importado da Europa ou dos Estados Unidos), mais uma vez dependendo do tipo a ser produzido. Nessas dornas passam um tempo descasando. É impressionante passar entre as dornas ou no túnel sob a rua o qual inicia com uma estátua de um Deus Grego, no meio com a imagem de Santo Antônio, terminando na estátua do Deus Baco. Os deuses estão em tamanho natural. No final das explanações fomos encaminhados a uma loja para degustação e compras, mais uma vez com queijo e salames. Visita muito instrutiva e bem planejada. Saímos e fomos a uma das fábricas da Tramontina, no Município de Carlos Barbosa. Mais uma vez, recebidos por uma promotora de vendas e encaminhados a uma sala onde nos foi exibido um eslaide de três minutos. Em seguida, a promotora nos conta a história da empresa que começou em uma ferraria, onde o marido fazia canivetes e a esposa os vendia nos trens, que nessa época 146
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circulavam entre as diversas cidades. Seguiu-se, visita à fábrica de panelas revestidas de teflon. Toda automática, com impressionante limpeza e inteiramente automática. Várias são as fábricas que fazem parte do complexo Tramontina. Impressiona a capacidade administrativa de seus dirigentes uma vez que começaram em uma ferraria e transformaram em uma potência com fabricação de talheres, panelas, produtos de plástico e de madeira. Como não podia deixar de ser, fomos encaminhados a uma exposição onde nos são apresentados, para compra, todos os materiais fabricados pelo complexo. Retornamos a Gramado e à noite fomos a um restaurante onde nos serviram fundi. O primeiro de queijo, onde mergulhávamos pão ou batata cozida; no segundo, de azeite, para carne de gado, galinha ou porco; e no final, de chocolate com frutas; como bebida, vinho, sucos ou refrigerante. Dia 21, fomos, com o casal Maurício e Luciana e sua filha Izabela de seis meses, em carro por eles alugado, a Nova Petrópolis. Visitamos várias casas de couro, onde compramos jaquetas na Gauchinha, por ser a mais barata e com melhor acabamento. Nessa casa, fomos informados que o melhor restaurante da Serra Gaúcha era o restaurante Colina Verde. Comida típica Alemã, iniciando com a melhor sopa de capeleti que tomamos em toda a viagem, seguindo-se com salsichas, carne de porco e eisbein. Foi de fato o melhor almoço que tivemos a oportunidade de degustar. No retorno, passamos pelo Parque Aldeia dos emigrantes, situado no centro da cidade, um belo parque com lago e onde estão situadas casas típicas dos primeiros imigrantes, construídas em madeira, com a praça central, onde está situada a igreja e a casa do professor, com todos os móveis típicos, cama com colchão de pena, uma pequena mesa de estudos e os demais móveis de um solteiro. Professor Odebal Bond Carneiro
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A escola com carteiras da época. A casa de confraternização e festas. Ao lado da Igreja, o cemitério, onde tivemos a oportunidade de constatar as datas de falecimento, bem como o nome dos mais antigos moradores do lugar. Nota-se a preocupação dos imigrantes em conservar as tradições de seu país de origem, fazendo com que seus filhos desde cedo tenham a oportunidade de, pelo menos, conhecer as primeiras letras, conservando através da religião o respeito a seus pais e com liberdade de criar e se desenvolver. Fui dar uma olhada no salão de festas, onde já estavam reunidas diversas pessoas. Assim que me viram à porta me convidaram a entrar, o que declinei deliciado. Na saída, paramos num shopping para conhecer e retornamos a Gramado. Dia 22, fomos conhecer o passeio denominado “TOUR MARIA FUMAÇA”. De ônibus fomos até a cidade de Bento Gonçalves, denominada “A capital Brasileira da Uva”.
Paulo e Iara (mineira de São Paulo), Lygia, Maria do Socorro e o Sr. Zezinho (Vitória do Espírito Santo), Odebal, Luciana, Maurício e Isabela 148
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Passamos antes por uma vinícola da família Carraro. No caminho que nos levava à casa onde se fazia o vinho, várias árvores de folhas muito verdes apresentavam uma grande variedade flores vermelhas, as quais de perto nada mais eram que laços de pano. A entrada da cidade, um portal em forma de pipa. A Igreja da cidade tem também a forma de uma pipa de vinho. Antes de chegar à cidade, passamos por várias casas de madeira e de pedra, típicas da colonização alemã. Almoçamos numa churrascaria e às 14 horas fomos à estação, onde os 5 vagões do trem estavam todos cheios. Enquanto esperávamos nos foi informado que nosso vagão era o último. Lembrando os filmes americanos, eu disse que era o mais importante e que deveria ser bastante espaçoso e devidamente estofado para melhor comodidade dos donos da ferrovia. Na entrada, verificamos que, ao contrário, era um vagão com bancos de madeira e que havia sido usado para a filmagem do “Quatrilho”. Parte o trem, com seu apito típico e puxado pela “Maria Fumaça”, recordando nesse instante as viagens que tive a oportunidade de fazer na serra do mar entre Curitiba e Paranaguá com meu avô. Entre Bento Gonçalves e Garibaldi, entra um grupo de rapazes e moças cantando músicas gaúchas e tirando nossos companheiros para dançar, segue-se mais um conjunto, dessa vez de música italiana, e estamos em Garibaldi. Descemos recebidos por mais música, vinho, queijo e salame, só que desta vez o vinho chamado agora de espumante (anteriormente Champanhe), pois a França, em defesa de sua bebida, proibiu o uso internacional do termo Champanhe. Mais 15 minutos e, novamente o trem se movimenta, dessa vez, vem um casal de animadores, em que a mulher com uma bela retaguarda tem de andar de lado para passar entre os bancos e a porta. Após 2 horas de festa e alegria, chegamos a Carlos Barbosa. Professor Odebal Bond Carneiro
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Na plataforma, uma cantora e um acordeão nos esperavam, mais vinho e queijo. Retornamos de ônibus a Gramado. Fizemos um lanche e nos recolhemos. Gostaria de destacar a participação do povo e do comércio em geral para atender os visitantes, encantando-nos e colaborando para o enriquecimento de suas comunidades. Dia 22, domingo, nosso retorno ao lar. O avião da Gol completamente lotado, nos despedimos de nossos companheiros e às 15 horas estávamos em casa.
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Jundiaí Janeiro de 2005 Dia 20 de janeiro de 2005, saímos de Curitiba rumo a Jundiaí, às 8 horas da manhã, após passarmos para pegar o Marcelo, nosso neto mais velho. Ele é o padrinho do Leonardo, um dos trigêmeos, filhos do Léo, nosso sobrinho. Os outros são Matheus e Gabriel. O Marcelo foi dirigindo nosso carro. A estrada para São Paulo até a divisa está em pista dupla e em condições razoáveis, isto é, sem muitos buracos, mas com precária sinalização. Após os limites entre os estados, há um trecho de aproximadamente 40 km em pista simples, seguido da serra com mais 40 km, também em pista simples, que o Ibama tem dificultado sua duplicação sob a alegação de se tratar de um trecho de preservação ambiental. Nesses trechos, por se tratar de via única e o trânsito ser muito intenso, levamos mais de uma hora e meia para completá-los. Próximo a São Paulo, entramos no rodoanel Mario Covas, com duas pistas sendo que cada uma tem três faixas. Paramos para abastecer antes de chegar a Jundiaí e fomos direto para o Apart Hotel Partenon. Descarregamos as malas e saímos para almoçar, tendo antes telefonado ao Léo que nos levou para almoçar num lugar onde havia vários restaurantes. Comemos massa muito saborosa retornamos ao hotel em seguida. Enquanto o Léo ia trabalhar. Marcelo foi com nosso carro para São Paulo, pois havia combinado com algumas pessoas para resolver negócios em andamento. Retornando no sábado com sua noiva para o batizado. Professor Odebal Bond Carneiro
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Lygia e eu fomos para o hotel onde pude fazer minha sesta, enquanto Lygia passava roupa, pois à noite teríamos, conforme combinado com o Leo, um jantar em sua casa. Eram mais ou menos 19 horas quando o Léo apareceu para nos pegar. Sua casa fica num condomínio fechado e é muito bonita e bem decorada, possuindo dois pavimentos e na parte posterior tem uma piscina seguida de uma churrasqueira. Ao chegarmos, fomos recebidos por Patrícia, sua mãe e uma tia. As crianças estavam dormindo, mas por especial deferência, eles nos levaram para vê-las, em consequência eles acordaram. A Patrícia e sua tia tiraram do leito os dois menores. Tive, então, a oportunidade de pegar o Mateus no colo e depois de tentar fazê-lo dormir. Como não consegui, foi sugerido dar uma mamadeira, o mesmo ocorreu com os outros gêmeos. Após a mamadeira e ninarmos um pouco, dormiram. Os três ficam em um quarto muito bem decorado e bonito. 152
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Além da entrada, que muito nos agradou, tivemos a oportunidade de conhecer as diversas dependências da casa. Em cima ficam os quartos com as respectivas instalações sanitárias. No térreo, se encontram, em dois planos, as dependências sociais com cozinha, sala de refeições, sala de estar com televisão, ampla sala de visitas e sala de musculação, todas as instalações muito bem decoradas. Na sala de estar, conforme nos foi esclarecido por Patrícia, é onde as crianças ficam durante o dia, pois é muito cansativo subir sempre que as crianças necessitam de atendimento. Nesse intervalo, tivemos a oportunidade de melhor conhecer a todos, batendo um bom papo. No casamento não foi possível, porque a festividade estava bastante movimentada e não era possível aos anfitriões nos dedicarem maior atenção. Ficamos encantados com a gentileza, a educação e a simpatia dessa família que agora também é nossa. Eram mais ou menos 21 horas quando começamos a jantar sem Professor Odebal Bond Carneiro
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a presença do senhor Russi, o avô das crianças, que chegou um pouco mais tarde, pois estava com alguns amigos. Foi um belo jantar, muito agradável, constou de salada verde com minimilho e palmito, arroz branco, peixe, uma massa pene, bife a parmegiana com queijo e molho. Estávamos tomando vinho quando o senhor Russi chegou e fez questão de abrir champanhe, como deferência especial a nossa presença.
Marcelo, Orides, Márcia, Odebal e Ana Lygia achou a Patrícia um tanto magra. Retornamos tarde ao hotel. Dia 21, Lygia, como sempre, acordou muito cedo e eu por exceção acordei depois das sete. Estava chovendo em todo o estado de São Paulo. Jundiaí é uma cidade relativamente pequena com aproximadamente 300 mil habitantes. Possui uma indústria e um comércio razoável, pois é uma cidade muito próxima de Campinas e também de São Paulo. Tomamos café no hotel e mais ou menos às 10 horas fomos dar 154
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um passeio pela cidade. Fomos procurar um dos supermercados Russi. Fizemos uma visita, achamos muito bom e para dizer que não compramos nada, comprei uvas e Lygia balas de algas. Voltamos para o hotel onde trocamos blusas e sapatos e fomos andando até o Habib´s. Comemos muito bem. Começamos com um quibe cru, tabule, pão árabe e uma ótima sobremesa de sorvete. Voltamos ao hotel depois de visitarmos uma ótima loja de presentes. Às 16 horas, Lygia saiu de táxi para ir ao Max shopping para comprar umas lembrancinhas para o pessoal de Curitiba. Às 18 horas, retornou ao hotel com uma pizza da Pizza Hut, com bacon para o jantar, estava se armando um belo temporal. Dia 22, sábado, Léo disse que viria buscar-me às 9 horas, mas só chegou às 10 horas para apreciar um futebol na chácara, foi bastante interessante. Eram três times, sendo um do Léo com seus amigos, outro de conhecidos e o terceiro dos amigos do senhor Russi. Começaram jogando os dois primeiros e após o término o time do Léo levou a vantagem, ficando em campo para disputar com o time do senhor Russi. Eram pessoas mais velhas, mas com mais entrosamento, desta forma fizeram os moços correr, ganhando sem muito alarde. O jogo terminou debaixo de chuva. Fomos, Léo e seus companheiros de Niterói e o senhor Russi almoçar em um restaurante onde o dono era amigo do senhor Russi. A conversa durante o almoço girou sobre futebol, pois todos são apaixonados pelo esporte Bretão, retornei ao hotel. Nesse ínterim, Lygia tomou conhecimento de que Ana, nossa cunhada e mãe do Leo, Leana, Kaio e Kainan estavam no hotel, no quarto 74. Ela foi procurá-las, ocasião em que Ana resolveu que precisava ir ao Supermercado. Foram ao Russi. Foram de táxi. Ela encheu um carrinho. Na volta ao hotel, Lygia resolveu almoçar sozinha no restaurante anexo ao hotel. Tomou uma sopa de capeleti e uma sobremesa de maçã e sorvete. Professor Odebal Bond Carneiro
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As irmãs de Ana, a Luci, o filho, Maria Helena e Ivone (gorda), o José (marido) D. Gisa e a Ana também apareceram e almoçaram. Estavam no restaurante quando chegaram Marcelo e Luciana. Marcelo externou a vontade de ir à casa da Patrícia para ver o afilhado antes do início da reunião, para ter a oportunidade de melhor apreciar o desenvolvimento do afilhado e seus irmãos. Eram 4 horas quando chegou a maioria dos convidados, depois das sete, alguns de Niterói se perderam no caminho e tiveram que telefonar duas vezes para se orientar. Os que estavam com o Léo chegaram mais ou menos às 5 horas. Aos convidados, foi servido um churrasquinho de espeto de carne de galinha e porco. Saímos relativamente cedo, pois Marcelo e Luciana voltaram para São Paulo. Dia 23, domingo, dia do Batizado: Marcelo chegou às 8 horas e saímos do hotel Partenon às 9h30 rumo à Igreja de Santa Terezinha, em Várzea Paulista. A missa começou às 10 horas e terminou às 12h30. A cerimônia carismática com cantos e orações terminou com o batizado. Numa cerimônia muito bonita e especial, destacando a apresentação das crianças após o batismo como se fossem anjos voando sendo os três apresentados de forma isolada. Fomos em seguida para a chácara do senhor Orides Russi, avô paterno dos trigêmeos. Lá armaram uma grande tenda branca, com mesas de oito lugares, toalhas e guardanapos brancos de linho, com argolas nos guardanapos, em pérolas brancas. A decoração era em orquídeas azuis com pequenas camélias brancas. Na parede da entrada o retrato dos trigêmeos enormes. Os docinhos lindos e um bolo com três menininhos em azul. O Bufê, saladas em folhas verdes e legumes, carpaccio, carne, quadradinhos de torrada, arroz simples, uma deliciosa farofa, polpetas sem molho, espaguete com três molhos a escolher (branco, tomate e calabresa com tomate), 156
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na churrasqueira, além da carne comum, havia carne de carneiro. Belíssima festa com música e muita confraternização. Voltamos para o hotel às 4 horas. A família do Léo saiu de micro-ônibus toda junta. Caca, Felipe e Luiz também iam sair em seguida de carro rumo a Niterói. Dia 24, segunda-feira, eu e Lygia estávamos esperando o Marcelo desde as nove e meia com as malas prontas na portaria. Esperamos o Léo, que nos trouxe uns docinhos e lembrancinhas para Mirian e Magda. Despedimo-nos dos casais amigos do Léo, que de carro seguiram para Niterói. Nossa viagem de volta começou às 10h30. Desta, vez toda ela sem chuva. Paramos para almoçar e para respondermos a uma pesquisa com dois policiais armados de metralhadora e que examinaram toda nossa bagagem. Lygia ficou com medo porque o lugar era deserto e não passou um carro durante todo o tempo; no Alpino II, para que pudesse ir ao banheiro. Chegamos às 15h30. Foi um ótimo passeio e um belíssimo batizado.
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Viagem de retorno a Jundiaí Julho de 2005 Esta viagem estava marcada com antecedência, após o recebimento do convite dos trigêmeos, do Léo, nosso sobrinho, que completavam o primeiro aniversário. Recebemos o convite com antecedência onde se destaca a fotografia dos trigêmeos.
Estava marcado para o dia 16 de julho ano 2005. Às oito horas do dia 15, iniciamos a viagem. Saímos de casa às 8 horas, passando na casa da Mirian, para que nosso neto Marcelo nos acompanhasse, dirigindo o carro, o cuidado das filhas assim o exigia, bem como porque o Marcelo é um ótimo motorista, além de ser o padrinho de um deles. Ele aproveitava para rever sua namorada que morava em São Paulo. 158
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Passamos no posto de gasolina e pegamos a estrada às 8h30. A neblina estava baixa, a estrada estava com um movimento relativamente pequeno. Paramos no posto da Petropen, no meio do trajeto, para um ligeiro lanche e para usar o banheiro. Saímos de lá às 10h45. Até aí a viagem foi sem novidades. Mais ou menos a cem quilômetros de São Paulo, ficamos parados, numa enorme fila. A ineficiência governamental nos fez aguardar a oportunidade de atravessar uma ponte, a duplicação da estrada, depois de tantos anos ainda não está completada. Levamos, parados, mais ou menos, duas horas. Após a ponte, a viagem transcorreu normalmente sem problemas. Chegamos a Perdizes, bairro de São Paulo, às 15 horas. Ocupamos um flat no Hotel Transamérica. As acomodações eram bem boazinhas, com uma cozinha pequena, com forno minúsculo, um frigobar e uma pia. O lugar é sossegado com restaurantes, lojas e vários colégios e Universidades, como a PUC e Santa Úrsula, que ficavam praticamente em frente ao flat. Pela primeira vez dormimos em São Paulo sem barulho. O apartamento da Luciana, namorada do Marcelo, é bem perto do hotel onde nos instalamos. Eles passaram para irmos jantar às nove horas. Fomos a um restaurante perto da Rua Augusta, denominado Família Mancini. Estava praticamente lotado, rapidamente, fomos encaminhados a uma mesa. Fomos bem servidos. As massas eram de ótima qualidade e relativamente barato. Além da refeição, nos foi cobrado quatro couvert, e mais quatro fundos musicais, o que tornou o jantar muito caro. Foi uma noite agradável. Dia 16, como costumamos levantar cedo, fomos tomar café às 7 horas. O restaurante fica no andar térreo do hotel. Suas mesas, toProfessor Odebal Bond Carneiro
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das feitas de mosaicos, estão dispostas em volta de um móvel onde estão distribuídos os alimentos próprios para o café da manhã. Após o café, ficamos no hall de entrada lendo os jornais do dia. Subimos então para repousar, não sabíamos o que o dia poderia nos reservar. O hotel estava cheio, mas não ouvíamos barulho nenhum. Ao meio-dia e meia, Luciana e Marcelo vieram nos buscar para irmos ao aniversário dos trigêmeos do Léo e da Patrícia. Chegamos à chácara, onde o aniversário ia ser comemorado quase as duas horas. Nossa chegada foi uma surpresa para todos, fomos recebidos com muita alegria. A chácara é a mesma da festa do batizado. Já na entrada era distribuído um nariz de palhaço. Desta vez, a decoração era de um circo, difícil de descrever porque havia uma enorme variedade de atrações. Na entrada vários funcionários se encarregavam dos carros e nos encaminhavam ao local da festa. Recepcionistas e uma secretária pegavam os presentes, anotando os nomes, outras nos orientavam, tendo de ambos os lados vários quadros com fotografia dos trigêmeos, passando por um arco enfeitado por balões de borracha, no lado esquerdo, um espaço onde os estavam os trigêmeos, com as respectivas babás. Do lado direito, um local onde estavam os retratos das crianças, no meio carrocinhas de cachorro quente, hambúrgueres, crepes, pirulitos, algodão doce, mil variedades de guloseimas para crianças. Em continuação, um espaço para um mágico posteriormente se apresentar, tendo ao fundo um circo em miniatura. Logo na entrada, fomos fotografados e, para nossa surpresa, na saída, tendo na capa um folheto com a fotografia dos trigêmeos e de Patrícia e Léo.
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Amazonas Agosto de 2006 Há muito tempo desejávamos fazer uma viagem para conhecer o maior estado brasileiro, o Amazonas, fundado em 1669 com a construção da fortaleza de São José do Rio Negro. Agora, o momento se apresentou propicio, então procuramos a Thasos Passagem e Turismo, uma agência de turismo, dirigida por amigos de longa data. Depois de muito conversar, acertamos para partir no dia 30 de agosto de 2006. Curitiba marcava 5º C quando chegamos ao aeroporto para fazermos o “chek in”, saindo no avião da Gol 0300-745 às 8 horas. Na hora de marcar a passagem, nos foi informado que nossa bagagem seguiria direto para Manaus enquanto nós faríamos conexão em São Paulo. No entanto, não era previsto que a falange do PCC, naquela cidade, tinha enviado uma carta à televisão exigindo que fosse divulgada, ou eles prenderiam os funcionários da TV. Como consequência, ao chegarmos a São Paulo, fomos obrigados a retirar nossas malas que foram submetidas à nova fiscalização, entramos em várias filas antes de sermos liberados. Nesse ínterim telefonamos para nosso neto Marcelo, para sabermos de sua saúde e das novidades. Enquanto aguardávamos o embarque, tive oportunidade de conhecer um funcionário da WEG, fabricante de motores do vizinho estado de Santa Catarina, que dirige a fábrica da filial em Manaus e que tinha vindo a Jaraguá para o enterro de seu sogro e agora retornava. Saímos de São Paulo às 10h15, chegando às 13h30 a Manaus, o horário da região, 14h30 de Brasília. Professor Odebal Bond Carneiro
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Na viagem, sentou ao meu lado o gerente da Orsa, fábrica de caixas de papelão de São Paulo e com várias fábricas no Brasil. No aeroporto de Manaus, com 27º C, uma pessoa deveria estar nos esperando, como não encontramos ninguém, fomos à procura de um posto de informações turísticas, onde, imediatamente, entraram em contato com a empresa responsável pelo nosso translado. O agente estava nos esperando em outra recepção. No intervalo, ficamos apreciando um grupo de índios estilizados que dançavam no saguão. Recebemos na chegada um colar e um doce de castanha do Pará, além de uma flauta. Com a chegada da guia, fomos ao hotel, do grupo Varig-log, de carro, as malas ficaram no saguão porque nosso quarto ainda não estava arrumado. Enquanto aguardávamos, no saguão, estava saindo o cônsul japonês com um batalhão de assessores. O hotel é enorme, com parque aquático e três restaurantes. Ele foi construído na parte alta de uma colina, feito de tal forma que o primeiro andar está mais baixo que a portaria e o segundo andar está no nível da portaria. São três andares com 750 apartamentos, além de várias suítes para pessoas gradas, podendo alojar 1500 pessoas. O custo de uma suíte para duas pessoas inicia em R$ 560,00 e termina em R$ 80.000,00. Além do parque aquático, tem espaço para arco e flecha, bosque, orquidário, quadras de tênis, quadras de vôlei e basquete, zoológico, ancoradouro para hidroavião, vôlei de areia, bicicletas, campo de futebol, sala de musculação, ponte pênsil e mini shopping. No mesmo terreno há um flat do mesmo grupo, com heliporto e belíssima piscina com cascata e bela vista para o Rio Negro.
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Lygia na entrada do hotel Na entrada de nosso hotel, uma estátua de leopardo carregando um filhote na boca, aproveitamos para tirar uma foto com Lygia ao lado. Percorremos uma parte do hotel em mais ou menos três horas, sem ter a oportunidade de visitá-lo completamente. Como nossas instalações não estavam prontas, saímos para fazer um “city tour” com mais sete pessoas, tendo como guia o Valdo e como motorista o Reis, o mesmo que nos foi buscar no aeroporto. Como privilégio, tive a oportunidade de sentar-me ao lado do motorista, onde me deliciei apreciando a cidade. A avenida que nos leva ao centro da cidade tem duas pistas, com quatro vias de rolamento de cada lado, vários prédios modernos de um lado e do outro o Rio Negro, que margeia a cidade. Iniciamos pelo setor do porto, Valdo nos esclarecendo, informando ser o porto construído no período áureo do látex, extraído da seringueira, para produção da borracha, pelos ingleses, em 1900. Professor Odebal Bond Carneiro
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No pátio de entrada, há três prédios da época dos senhores da borracha que estão aguardando restauração, é promessa do atual governador, que é candidato à reeleição. Ao lado o prédio da alfândega, construído por um senhor da época, tem a característica de ser o primeiro prédio pré-fabricado do Brasil. Todo o seu material veio da Alemanha e aqui montado. Bela construção. Nessa mesma época, teve início o transporte coletivo, bondes elétricos, sistema de telefonia, eletricidade, água encanada, porto flutuante, tendo como base caixotes de aço que flutuam conforme a variação do volume de água do Rio Negro que em algumas épocas pode chegar a 15 metros. Essa ponte permite a entrada de caminhões. Na parte em terra firme, há construções onde se instalaram bares e casas de negócio. Há um espaço onde foram colocadas mesas e cadeiras para o público em geral. As casas comerciais abrem às 10 horas e fecham às 22 horas. Do porto, fomos ao Teatro Amazonas. Construção iniciada em 1896, com todo material vindo da Europa, menos a madeira, que 164
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foi retirada da floresta. Com capacidade para 681 pessoas, tem uma cortina de madeira de 15 metros, pintada com paisagem dos Rios Negro e Solimões, foi trazida da Europa em um navio para que viesse inteira. Os camarotes são sustentados por 12 mil peças de madeira nobre como pau Brasil, jacarandá e carvalho, todos encaixados sem cola. As colunas de ferro que sustentam o salão vieram da Escócia e pintadas imitando mármore. O salão nobre é denominado Carlos Gomes, porque foi nesse teatro onde primeiro foi tocado o Guarani. Seu soalho feito em parquet, com desenhos, em madeiras do Amazonas, destacando a criatividade dos construtores. Seu teto foi pintado por Domenico D’Angelis e o anjo pintado no teto dá a impressão de com o olhar acompanhar os visitantes. Os tetos e paredes foram pintados por consagrados artistas. No auge do período da borracha, grandes espetáculos teatrais eram encenados com artistas vindos da Europa. Seu elevado custo fez com que fossem diminuindo em seu número à medida que o auge da borracha decaía. Com a decadência da borracha, foi criada a Zona Franca de Manaus, com grande desenvolvimento populacional, passando de 200 mil habitantes na década de 60 para 900 mil nos anos 80 e 1,5 milhões em 2002. A Zona Franca abriga mais de 400 empresas que geram 50 mil empregos diretos somente em Manaus e outros 20 mil em outros Municípios da região. O volume de capital gerado chega a US$ 10 bilhões. Tivemos ainda o prazer de apreciar o fim do belíssimo ensaio da orquestra que se preparava para um recital. O teatro foi abandonado durante décadas, sendo restaurado por Juscelino, apresentando-se hoje em todo o seu esplendor. Ao lado da escada de entrada, há um espaço reservado para a maquete do teatro. Em frente ao teatro, foi construído um monumento comemorativo à abertura do Porto de Manaus. Professor Odebal Bond Carneiro
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Fomos em seguida ao Museu do Índio, onde compramos alguns colares e umas canoas em miniatura, para trazermos para nossas filhas e netos, feitos pelos índios. Ele se situa em uma mansão pertencente a um dos barões da borracha. No Museu do Índio, pudemos apreciar alguns murais feitos por índios, destacando um com cocares, outro num quadro com uma dança além de uma estátua de índio. 166
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Passamos ainda em frente ao Centro Cultural Rio Negro construído para servir de residência ao alemão Waldemar Scholz, comprado pelo governo do estado em 1918, depois transformado em Centro Cultural. Passamos também por um mercado só de bananas, onde tivemos a oportunidade de ver uma banana, bem maior, típica da região e que se chama pacovan.
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Não podemos deixar de registrar o giro pela cidade que apresenta algumas características que lhe são próprias. Em alguns lugares, existem palafitas em setores de igarapés, formadas pelo Rio Negro quando em seu volume mais alto. Construções modernas e recuperação de diversos prédios antigos dos senhores da borracha ao lado dos quais, foram construídas casas de pessoas menos abonadas, com um só andar e no máximo 10 metros de frente. Eram 18 horas, quando voltamos ao hotel e fomos a um restaurante que nos recomendaram chamado Caldeirão. Analisando o menu, como não tínhamos conhecimento dos ingredientes que faziam parte da caldeirada, não jantamos e retornamos ao hotel onde preferimos comer um sanduíche no parque aquático. Na oportunidade verificamos que atrás das piscinas foi construído um córrego onde três tartarugas, com média de 60 centímetros são mantidas, inclusive com área de areia para desovarem.
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Dia 31 de agosto: De pé às seis da manhã, fomos fazer o desjejum, no próprio hotel. Apresentação espetacular. Com várias frutas, pães, ovos, bolos e outras guloseimas. Ficamos no hotel pela manhã no parque aquático, onde tivemos a oportunidade de conhecer a árvore que dá o fruto “cunha”.
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Tínhamos que deixar o quarto às doze horas. Preparamos nossa bagagem e chamamos um camareiro de nome Bonet que a enviou ao setor de turismo que funcionava no hotel e responsável pelo nosso encaminhamento ao barco onde deveríamos estar às dezessete horas. Ficamos na portaria do hotel apreciando o trânsito de pessoas que era intenso e muito variado. Saímos às dezesseis horas e fomos ao ancoradouro. Nossa bagagem foi levada para bordo e ficamos esperando o embarque, o que ocorreu exatamente no horário.
Receberam-nos com um coquetel de frutas seguido da apresentação da equipe que durante os três dias de estadia dirigiriam nossas atividades. Nessa ocasião, nos apresentaram a programação nos alertando sobre os cuidados que deveríamos ter durante o período e sobre a segurança, durante a noite, dois seguranças vestidos de preto estariam de vigia. 170
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O barco é supervisionado por um alemão que mora há 12 anos no Brasil, senhor Jost Buning, chamado pelo pessoal de senhor Augusto. Nosso quarto de número 115, no primeiro corredor do primeiro andar, chamado Purus e onde está situado o restaurante Kuarup. O barco denominado Iberostar Grand Amazon é um navio feito na Espanha e montado no Brasil, com cinco andares, 300 apartamentos, duas suítes especiais e duas reais, 60 funcionários, mais 20 prestadores de serviço e dois enfermeiros. Com 12 barcos a motor cada um com lotação para 20 pessoas. Na entrada tivemos a satisfação de constatar que nos corredores estavam com vários cestos indígenas onde vicejavam orquídeas. Um restaurante no primeiro andar denominado Kuarup, no segundo andar uma sala de eventos chamada Lua, no terceiro andar o comando, no quarto andar há uma loja de recordações e uma sala da enfermaria, no quinto andar um bar com um terraço com a piscina.
Vista do Porto de embarque
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Jantávamos quando o navio deu um solavanco afetando a labirintite de Lygia, nos recolhemos. No banheiro do quarto, os produtos como xampu condicionador, creme para o corpo, sabonete facial, esponja para sapato são apresentados em cestinhas indígenas quadradas. Dia 1º de setembro: Acordamos às 6h15 com o navio estacionado em frente à cidade de Manacapuru, maior cidade do Rio Solimões. Localidade com várias casas em estilo baixo de origem portuguesa. Na entrada do barco, conversando com o guia Deidid, formado em turismo, tivemos a oportunidade de ver o primeiro boto, observamos também quando o barco estava saindo uma vista do porto de embarque, com destaque aos cubos de aço que permitem sua flutuação de conformidade com a variação das marés. Fizemos um lauto café da manhã para, em seguida, enquanto Lygia ficava no barco em consequência de sua labirintite, fui com outros companheiros de origem alemã fazer uma trilha na floresta, na lancha da Iberostar.
Lancha do barco Iberostar na sua saída para passeio 172
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Várias as espécies de plantas, com predominância das palmeiras. Fomos em seguida a uma vila matriarcal no lago de Maneapuru, onde D. Terezinha de 63 anos vive com sete filhos, dos quais cinco casados, com suas casas no mesmo terreno e dois solteiros. Os homens tinham saído só estando as mulheres com seus filhos ainda pequenos.
As casas são elevadas na colina e construídas em madeira e cobertas com folhas de palmeira. Só a que estava em construção era de madeira acepilhada. Foi uma caminhada de mais ou menos duas horas. Nas trilhas e nos barcos fomos sempre acompanhados por três guias e uma enfermeira. Todos são filhos de Manaus com cursos universitários diversos. Biólogos, Operadores de Turismo, Ornitólogos, Administradores, Piscicultores e Técnicos Florestais. Durante o caminhar na floresta, somos alertados para as diversas espécies de árvores e para a diversificação do meio. Árvores altas, média de 30 a 40 metros de altura, situadas em locais altos, além das que brotam nas várzeas junto aos rios, igarapés e Professor Odebal Bond Carneiro
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lagos de tamanho reduzido e adaptadas às enchentes. Durante as palestras, soubemos pelos instrutores que os índios não se casam com as mulheres da mesma tribo. Como eles falam dialetos diferentes eles se comunicam através do dialeto nhengatu. Após o almoço, fomos descansar, não saindo à tarde e à noite. O programa da noite era um passeio de barco para ver jacarés. Não fui porque quando estive em Mato Grosso tive oportunidade de ver muito jacaré. Após o jantar, participamos de uma palestra sobre peixes. No almoço e no jantar, tínhamos como companheiros de mesa o casal Vagner Bottura, de São Caetano, a família Valença, de Santos, constituída de Flavio, Leila e seus filhos Rafael e Taís, além de duas senhoras de Manaus. Dia dois de setembro: Levantamos bastante cedo, tomamos o pequeno café da manhã e fui com os alemães, dois espanhóis e um casal de australianos apreciar os pássaros. Poucos apareceram, os alemães tudo fotografavam. Na volta, em seguida ao nosso café da manhã, fomos fazer uma nova trilha, dessa vez só com os alemães. Nosso guia era um índio formado em biologia, falando sete línguas, até o Hebraico e dois dialetos indígenas. Fomos ainda acompanhados pelo senhor Augusto e uma enfermeira. Durante todo o trajeto eu estava com um guia na minha frente e a enfermeira atrás. Eles estavam preocupados com minha saúde, uma vez que todos os participantes tinham idade com mais ou menos 20 anos Tivemos uma verdadeira aula de sobrevivência na floresta. Foi extraordinário. A oportunidade de vê-lo confeccionar um trançado com folhas de palmeira, de forma a fazer cama para criança, bem como um pássaro, colocá-lo suspenso a fim de atrair a atenção das crianças, pois como ele se manifestou, nós na cidade quando queremos um brinquedo vamos a um shopping e o 174
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compramos. O índio tem que obter o que deseja com o material que encontra na floresta.
Pássaro feito pelo guia com material colhido no local No retorno ao barco, que estava ancorado em uma barroca de aproximadamente cinco metros, o senhor Augusto, com medo que eu caísse, se prontificou em me pegar pelo braço para me auxiliar, e eu disse a ele que não precisava uma vez que pretendia descer correndo, o que fiz para espanto dos companheiros. Desse momento em diante ele passou a me tratar de O SENHOR É UMA FIGURA. Durante o percurso no rio Solimões, vimos uma casa transformada em posto de gasolina flutuante, outra em uma venda, ou melhor, uma distribuidora, porque havia do lado de fora várias toneladas de peixes os quais nos foram oferecidos a R$ 1,00 cada um. Várias casas construídas em cima de troncos de árvores de forma a flutuarem conforme a enchente ou vazante. Fomos em seguida brindados com uma palestra sobre pássaros. Professor Odebal Bond Carneiro
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Lygia tem ficado no barco porque seu labirinto não permitia fazer os passeios. As lanchas batiam muito. Almoçamos e fomos descansar. Eu procurei escrever, porque as novidades eram tantas que é difícil rememorar os pormenores. À noite, o jantar foi de despedida com o comandante e seus auxiliares nos dando a honra de participar da nossa companhia. A conversa foi agradável porque éramos de diversas origens e conhecimentos. Destacando-se o comandante a recordar sua origem amazonense e libanesa suas experiências e estudos. Seguimos ao salão nobre para a apresentação de um conjunto amazonense de dança folclórica denominado “Encanto Vermelho”. Apresentaram várias músicas e danças do Amazonas, Bahia, Rio de Janeiro. Terminaram com o carnaval convidando de início uma senhora de origem germânica e na sequência todo o grupo foi tirado para dançar. Fui puxado pela Lygia que logo em seguida me abandonou e todo grupo estava se mexendo de conformidade com suas limitações, idade, gordura e origem.
Odebal com uma das dançarinas no palco 176
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Antes de irmos dormir comprei um disco das músicas tocadas. Dia três: Acordamos às 5h30, hora da Amazônia, e fomos apreciar o encontro das águas do rios Negro e Solimões. Belíssimo o espetáculo, o nascer do sol sob as águas do Rio Negro. Fizemos um pequeno lanche no Grill Tucano que se situa no último andar no mesmo plano da piscina. Nosso guia já estava esperando para iniciar as explicações sobre as razões dos rios terem coloração e aspectos tão diferentes. Como nossos companheiros de origem germânica eram em maior número, começou a discorrer em alemão. Dos brasileiros, só eu e Lygia, estávamos a postos. Outros companheiros foram chegando e ele pôde começar a explicação em português. Os rios Negro e Solimões encontram-se a 10 km depois de Manaus, e são de origens diferentes. O rio Solimões tem origem nas geleiras do Andes, ao passo que o Rio Negro nasce nas Guianas. A nascente do Amazonas é no Peru. Recebendo muitos nomes até formar o Solimões no Brasil, perto de Manaus, onde ao encontrar com o Rio Negro passa a se chamar Amazonas, com 1600 Km até o Oceano Atlântico, sua vazão varia de 160.000 a 200.000 m³ de água por segundo, variação esta que depende da estação climática. Os rios que formam o Amazonas são classificados em rios de água branca: os originários no Andes onde as rochas se desagregam com muita facilidade, transportando grande quantidade de sólidos em suspensão, principalmente cálcio e magnésio com pH de 6,2 a 7,2 o que confere às suas águas um aspecto claro, típico do Rio Solimões; os de água preta: que nascem normalmente nas Guianas, uma das regiões mais antigas do planeta. Esses terrenos decompõem-se facilmente, carregando grande quantidade de sedimentos possuindo um ph que varia de 3,8 a 4,9 pela presença de ácido húmico, característica do Rio Negro. Rios de água clara: originários do Brasil Central com ph que varia de 4,5 a 7,8. Professor Odebal Bond Carneiro
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Depois de ouvirmos as explicações sobre as características dos rios que formam a Bacia Amazônica, fiquei conversando com a guia sobre a preservação da floresta, usando-a de forma a não destruí-la. Tivemos a oportunidade de observar o devastamento florestal com uma casa com calha onde deslizavam as toras para serem levadas pelo rio Tocantins. Sobre a aculturação dos índios preservando os seus conhecimentos e cultura, ao mesmo tempo, proporcionando-lhes as vantagens da civilização. De forma a haver uma troca de experiências com vantagens ao desenvolvimento humano. Interessante foi ouvi-lo externar sua opinião sobre o problema de quotas das diversas etnias que, ao em vez de formar uma sociedade igualitária, aumenta a separação e a discriminação. De conformidade com a orientação da direção do barco, nossa bagagem deveria estar nos corredores, às sete e trinta, para que o desembarque se procedesse dentro de uma ordem previamente estabelecida. Fomos ao restaurante Kuarup onde fizemos um lauto desjejum e fomos ao primeiro andar onde tivemos a oportunidade 178
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de conversar praticamente com todos os funcionários, agradecendo pela gentileza, refinamento e conhecimentos. Nossa bagagem foi desembarcada e colocada no carro que estava nos esperando às oito e trinta em ponto. Dirigimo-nos ao hotel Tropical. O movimento era intenso. A saída do embaixador do Japão estava se processando. Polícia, segurança, pessoal da embaixada, movimentavam-se em todas as direções. Os quartos ainda não estavam liberados. Em contato com nosso amigo Bonet, foi providenciado para que assim que os quartos estivessem liberados nossas malas lá fossem colocadas. Ele conhecia nossas malas revestidas de pano com aparência de tigre. Para passarmos o tempo, pegamos um táxi e fomos à cidade conhecer uma feira enorme, ao lado do teatro. Ela é muito variada, visitamos várias barracas e, tomando o mesmo táxi, voltamos ao hotel. Nosso quarto já estava liberado, fiquei assistindo ao jogo entre Brasil 2 x Argentina 0, seguido do jogo do Atlético 0 x Botafogo 5. Fomos ao parque aquático, onde fizemos um lanche e depois à portaria onde ficamos apreciando a entrada e saída dos hospedes. No hotel tivemos a oportunidade de ver de tudo, quando nos dirigíamos ao quarto, passou por nós um homem de terno e gravata circulando no corredor em um patinete motorizado, duas rodas e apoiando duas malas ao lado. Dia quatro de setembro: às 6h30 estávamos tomando café quando chegaram os nossos companheiros de passeio de barco, a família Valença. Café completo que pode ser comparado a um almoço porque tem de tudo, frutas, pães, doces, bisteca de mignon, ovos mexidos. Pela manhã, fizemos uma caminhada para conhecer a piscina do Flat Tropical, algo espetacular onde o Rio Negro parece um mar, caminhando depois pela mata. Ao redor existem muitas mangueiras carregadas de frutos. Encontramos dois hidroaviões e o Professor Odebal Bond Carneiro
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trapiche. Na volta, tivemos que nos abrigar porque pegamos uma chuva forte. Lygia depois da chuva ficou com torcicolo. Fomos ao Mercado Municipal. Sua fachada tem uma arquitetura interessante. Seu interior, no entanto, é muito ruim. Organizado no período áureo da borracha, com muitos escaninhos malcuidados e praça de alimentação de mau aspecto. Saímos e fomos a um restaurante sugerido pelo motorista “Canto da Peixada”, onde nos deliciamos com um prato típico feito da costela do “Tambaqui”, com arroz e farinha, uma farinha de mandioca amarela muito gostosa (macaxeira). Cada taxista cobra para nos levar à cidade R$ 50,00 e como consequência na volta outros R$ 50,00. Dia cinco, terça-feira: Levantamos e fomos tomar café, quando estávamos chegando ao restaurante, passa por nós a artista da Globo Christiane Torloni, ela já estava se servindo quando me dirigi a ela, me apresentei e disse da minha admiração em vê-la representar. Ainda no café encontramos com a família Valença e em seguida fomos juntos fazer uma visita ao Zoológico do hotel que mantém leopardos, jaguatiricas, macacos-aranha e do cheiro, papagaios, araras, jacarés, porco-do-mato e vários tipos de aves. A família Valença se despediu porque estavam de volta a São Paulo. Em Manaus era feriado, por ser o dia dedicado à cidade. À tarde, depois do jogo do Brasil, fomos ao Amazonas Shopping, cheiíssimo, mas sem novidade nenhuma e muito pior que o Müller de Curitiba. Lygia ainda foi ao shopping do hotel onde comprou, na banca indígena, um colar branco, feito com uma semente chamada jarina, que é o marfim do Amazonas. Dia 6: depois de saborearmos o café da manhã, fomos nos preparar para o programa do dia. Às nove horas, pegamos o táxi do Nelson e fomos direto ao INPA “Instituto de Pesquisa da Amazônia.” Era anteriormente uma carvoaria que foi transformada num pequeno 180
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parque. Foi inaugurado em 2003 por Fernando Henrique Cardoso, cuja placa fica escondida na entrada do parque. Ela é em bronze e sua cor é praticamente a mesma da construção onde está fixada. Logo em seguida à entrada, na primeira rótula com jardim, encontramos uma segunda placa, esta de vidro e bem vistosa registra nova inauguração, esta feita pelo presidente Lula. Logo depois, estão dois aquários, um deles em manutenção, esses com cinco peixes-bois adultos e um filhote.
Mural de cem metros localizado na entrada do parque O parque é belíssimo, com a maioria das árvores desenvolvidas depois da sua inauguração. Foram conservadas algumas árvores destacando-se uma tanibuca, a mais velha do parque, acompanhadas de várias seringueiras lamentavelmente maltratadas pelos cortes irregulares feitos pelos visitantes com o objetivo de ver brotar o látex. Encontramos cercados para jacarés, tartarugas, macacos e preguiças, peixes, além de várias reproduções em Madeira representando seringueiros, pescadores, preparadores do látex e caboclos em várias situações. Professor Odebal Bond Carneiro
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Algumas casas rústicas com publicações e artesanatos, em uma delas tomamos sorvete. Durante o trajeto fomos acompanhados por duas estagiárias em biologia, uma delas acompanhada de sua filha de sete anos. Levamos duas horas para percorrer as trilhas. Na saída do Parque, há um Mural com mais ou menos cem metros, onde pudemos sentir a exuberância da Floresta Amazônica, não conseguimos saber seu autor. Saindo do parque pegamos o táxi que nos esperava e fomos visitar outro parque criado por Smoji Mashimoto e mantido pela Associação Naturalista do Amazonas. É uma organização que mantém empalhados vários exemplares de peixes com vasto acervo de aves e insetos, todos com suas referências escritas, definindo as espécies e suas características. Pagamos R$ 12,00 por pessoa. Depois de entrarmos, fomos abordados por um major descendente de japonês, o qual com a mão na sua arma veio conversar procurando saber de onde éramos e o que estávamos fazendo porque logo em seguida vinha a embaixatriz do Japão e ele era seu segurança. Para dirimir qualquer especulação me apresentei como professor universitário aposentado. Ao sair, nos dirigimos ao centro, Zona Franca de Manaus. Nada diferente de outros centros. Pouco movimento porque era um dia útil separado por dois feriados, o de Manaus dia 5 e o da Independência do Brasil, dia 7. Fomos almoçar no restaurante “Panela Cheia”, um restaurante modesto, mas lotado, onde comemos uma costela assada do peixe Tambaqui. Muita carne de peixe acompanhada de baião de dois (arroz com feijão), com farofa de macaxeira, caldo de peixe, vinagrete, arroz branco e banana fresca pendurada em uma árvore. Voltamos ao hotel e fomos para o parque aquático.
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Anfiteatro ao ar livre Nessa ocasião, tivemos a oportunidade de constatar que existem ao lado das piscinas umas árvores de estatura não muito altas chamadas de cueiras com um fruto maior que uma bola de futebol. Ficamos lá até as 21 horas, nos despedimos do dia com um rápido lanche à beira da piscina. Dia 7 de setembro: Feriado Nacional. Acordamos mais tarde, 8 horas, fizemos o nosso desjejum e fomos a pé conhecer a Praia Ponta Negra. O sol causticante. Na saída, passando pelo Flat, vários motoristas se ofereceram para nos levar, mas queríamos caminhar. Na saída do terreno do hotel, já na rua, dois carros que acabavam de bater, ambos se acusando porque como sempre os dois tinham razão. Andamos bastante, passamos por um anfiteatro ao ar livre. Não chegamos a descer até a praia porque o declive era bastante grande. Apreciamos o panorama, um espetáculo, gente se movimentando alguns andando na areia outros no banho de rio, como se estivessem na praia. Professor Odebal Bond Carneiro
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Na volta fomos à praça das águas onde apreciamos o movimento, que era intenso. Tivemos então a oportunidade de ver um casal que depois soubemos serem de Brasília, acompanhados por duas filhas, uma de sete anos e outra de três. Ao brincar com a mais velha, perguntando-lhe o nome me respondeu Luiza com Z. Não almoçamos, como diria minha sogra, fizemos uma boquinha. À tarde Lygia foi à feirinha na praia da Ponta Negra, procurando uma cestinha de fibra, não a encontrando, porque a única barraca que tinha era de um índio que não apareceu e como estava ameaçando chuva ela voltou. Comprei um livro e fiquei lendo. Gostei do livro que me fez pensar sobre a felicidade e a necessidade da raça humana se modificar para atingir a sua maturidade. Quando estávamos na piscina caiu uma chuva bem forte, no entanto, como nos a previmos, tivemos a sorte de nos abrigar. Dia 8 de setembro: O café da manhã estava cheio de americanos que apressados logo se afastavam. Voltamos ao quarto e Lygia saiu voltando mais tarde com vários embrulhos. Saímos para andar, fomos até o flat para conhecer a piscina que é uma maravilha porque está situada no andar térreo com vista excepcional para o Rio Negro. Saímos por uma trilha que nos levou até o ancoradouro onde estavam dois hidroaviões e uma lancha do Oariau Hotel. Andamos mais um pouco e nos abrigamos, porque chovia a cântaros, em uma casa de manutenção do hotel. Enquanto a chuva caía, ficamos conversando com um dos encarregados. Do lugar onde estávamos, tivemos a oportunidade de ver vários ninhos que nos chamaram a atenção porque eram feitos como se fosse uma meia que balançava ao vento e que soubemos ser do pássaro japi. Voltamos ao hotel e fomos à Praça das Águas. Almoçamos e começamos a nos preparar para retornarmos a Curitiba. 184
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Dia 9 setembro: Fechamos nossa conta e aguardamos no Hall de entrada o horário para pegarmos o avião que sairia às 13 horas. O avião saiu no horário quando estávamos voando, soubemos que passaríamos por Brasília. A viagem até Brasília foi divertida porque minha amiga Luiza com Z de sete anos, resolveu viajar comigo fazendo com que Lygia fosse sentar em seu lugar. Luiza desceu em Brasília, de onde fomos ao Rio, chegando a Curitiba às 23 horas. Viagem muito agradável e instrutiva, vai deixar saudade.
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Porto Alegre Junho de 2009 No dia 6 de junho saímos de Curitiba rumo a Porto Alegre, acompanhados por Magda e Carlos para participarmos do batismo de nosso bisneto Lucas. Fomos de avião pela TAM. Saímos às 10h30, chegando ao destino exatamente às 11h30. Fizemos ótima viagem, na chegada a experiência de Carlos nos permitiu encontrar rapidamente um carro que nos conduziu ao Novo Hotel. Fazia mais ou menos um ano que não tínhamos oportunidade de encontrar com nossa Marcela, Waldemar e Lucas. O encontro foi repleto de amor e carinho, quando os recebemos no hotel. Após nos instalarmos, fomos com Waldemar, Marcela e nosso bisneto à churrascaria da Barra. Em seguida, fomos para casa da Marcela, onde passamos a tarde assistindo a football. Mais tarde, Suzana, mãe do Waldemar, foi nos fazer uma visita. Pouco mais tarde, voltamos ao hotel para relaxarmos e nos prepararmos para o jantar, junto com Marcela, Waldemar e Lucas. Dia 7: a razão de nosso deslocamento a Porto Alegre: Batizado do Lucas. Para irmos à Igreja Luterana, onde se realizaria o Batizado, Waldemar fez duas viagens do hotel à Igreja. O Batizado foi feito durante o culto, destacamos o desempenho do Lucas que não chorou quando molharam sua cabeça, apesar do frio que fazia. O culto durou quase uma hora e é quase igual ao da Igreja Católica. Waldemar com a esposa e filha, assim como dona Lucia e Rodrigo 186
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(padrinhos do Lucas), com as filhas Priscila e Izabela, foram para o Grêmio Náutico União. Fomos ao restaurante Épico, onde foi servido um lauto almoço com um bufê de várias regiões do Brasil. Começamos com um coquetel de frutas e vinho com salgadinhos. A localização é linda, com uma construção cercada de vidros, permitindo descortinar o bosque e as canchas de tênis. Almoçamos e ficamos conversando até as 15 horas. Os genitores do Waldemar nos conduziram ao hotel quase na hora do embarque de Magda e Carlos, que estavam nos esperando com ansiedade porque estava quase na hora e as malas estavam no nosso quarto. Dia 8: Programamos passar o dia junto de Lucas que estava completando nove meses. Marcela veio nos buscar no hotel às nove e meia. Fomos primeiro em duas lojas para Marcela comprar textura, tinta para acabar de pintar a parte de cima do apartamento. Impressionou-nos a preocupação da Marcela com o problema de segurança, ela não quis que ficássemos no carro enquanto ia fazer suas compras com medo de assalto. Fomos em seguida ao Shopping Iguatemi, onde visitamos todos os setores, mas compramos pouco. Almoçamos na Petisqueira, onde o Lucas também comeu papinha e sua sobremesa. Dia 9: O dia amanheceu nublado e com chuvisco. Marcela e Lucas nos apanharam no hotel e fomos ao Shopping da Barra. Lá chegando, fomos diretos ao restaurante Petisqueira, Lucas estava impaciente querendo comer. O Shopping é uma beleza. Marcela aproveitou para comprar uma mochila para o Waldemar pelo dia dos namorados. Lygia conseguiu um espremedor que não encontrou em Curitiba. Voltamos para o hotel porque Lygia estava com sono. Marcela nos ligou, mas resolvemos fazer um lanche no hotel. Dia 10: Amanheceu mais uma vez nublado. Ao meio-dia nossos amigos Franz e Laura vieram nos pegar para almoçarmos num deProfessor Odebal Bond Carneiro
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licioso restaurante. Começamos com caldo de milho, depois cada um se serviu do bufê muito sortido. Eu comi galinha com catupiri e também um copinho de suflê de siri. De sobremesa uma torta de maçã e outra de nozes. O restaurante fica no bairro Moinhos de Vento. Foi muito bom o almoço e acima de tudo a oportunidade de, como companheiros de longa data, recordarmos os bons momentos que compartilhamos no passado. Após o almoço, fomos à casa dos amigos onde Franz teve a oportunidade de falar do acervo da mãe em álbuns, que como pintora deixou um conjunto de quadros, que ele e Laura estavam preparando para fazerem uma exposição em Curitiba. Após uma tarde agradabilíssima, nossos amigos nos levaram ao hotel onde nos despedirmos. Ficamos de continuar a manter contato com maior frequência. Voltamos ao Hotel às quatro horas; às cinco e meia, Marcela nos ligou que vinha nos pegar para irmos ao supermercado. Compramos pizza e jantamos com Marcela e voltamos ao hotel para assistirmos ao jogo entre Brasil e Paraguai, em Recife. Dia 11: Hoje saímos com Marcela e Lucas mais ou menos às 11h30 para almoçarmos na casa do senhor Perci e Suzana, pais do Valdemar. Estavam lá também as netas Amanda e Bárbara. O senhor Perci assou um churrasco de galeto e costela de porco. Dona Suzana fez uma salada de alface, rúcula e tomate acompanhada de polentinha frita. De sobremesa, doce de abóbora cortada grande na cal e ambrosia. Logo após o almoço, voltamos ao apartamento da Marcela porque os pintores estavam pintando o terraço. Ficamos lá até as cinco e meia da tarde. Voltamos ao hotel e após o jantar fomos dormir. Dia 12: dia dos namorados. Às onze horas, fomos ao apartamento da Marcela. Depois que o Lucas comeu, fomos ao Supermercado e ao Shopping da Barra, onde almoçamos e fizemos umas compras. Lanchamos com a Marcela em sua casa. Passamos a tarde lá 188
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aproveitando o Lucas. Marcela e Valdemar foram comer um fundi e nós ficamos com o Lucas, que dormiu até eles voltarem. Às 23 horas, estávamos no hotel. Dia 13: Retornamos de avião para Curitiba.
FIM
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