Vida nova nº 6 agosto de 2014

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Nº 6

Agosto de 2014

No fundo do poço A sociedade açoriana continua mergulhada numa grave crise que afeta quem vive vendendo a sua força de trabalho, que quando não tem os salários em atraso assiste à sua redução ou quem se encontra no desemprego. O Governo Regional dos Açores, fiel à sua função de agente do capitalismo, vai distribuindo algumas migalhas pelos mais desfavorecidos e vai fomentando festas alienadoras, sobretudo para os mais jovens. Nesta sua função caritativa e festivaleira, o governo é acolitado pela Igreja Católica que, através das comissões de festas, é uma grande organizadora de eventos musicais pimba e de touradas. Os partidos políticos, qualquer que seja o quadrante, estão conformados com a sua situação de partilha do poder e nada fazem para além de tentar obter mais ganhos nas próximas eleições. Os sindicatos, que sempre foram controlados por agentes partidários, estão paralisados e têm servido para alguns dirigentes fugirem ao seu local de trabalho e de trampolim para a ocupação de cargos no governo ou nos parlamentos. A título de exemplo menciona-se o caso de uma dirigente da CGTP que hoje é deputada socialista no parlamento açoriano ou de uma dirigente da UGT que virou deputada europeia pela coligação PSD/CDS. Esta situação só poderá ser alterada quando as pessoas se organizarem, autonomamente, para lutar, sem tréguas, por uma sociedade mais solidária.

José Libertário

Vida Nova nº 6 Agosto de 2014

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