Ano 2 • Edição 08 • Fev / Mar09 • Distribuição gratuita
Saúde
Você usa filtro solar? Decoração
Praticidade dos pisos laminados Turismo
Conheça a Estância Turística de São Pedro
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Na natureza, nada se perde... ...tudo se aproveita.
Foto:
Praia do Lรกzaro e Domingas Dias - Ubatuba
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SUMÁRIO
06 Nosso Bairro 22 Beleza Arte no Morro
Beleza holística
08 Educação 24 Decoração Volta às aulas
Pisos laminados
Câncer de pele
12 Pet Cuidados no verão
Foto: Divulgação / Durafloor
10 Saúde
14 Games 26 Meio Ambiente Street fighter IV
ISO
27 Cidadania 28 Gastronomia Carnes nobres
15 Veículos Carrinho esperto
16 Turismo Estância Turística de São Pedro
29 Vinhos 18 Entrevista Nasi
30 Mix Cultural 35 Perfil Roberto Kleiner Ciantelli
38 Diversatilidade Foto: João Valério
EDITORIAL
CHEGA DE CRISE!
Expediente Diretor Edgar M. Kage
Prezados Leitores, É com muita energia e entusiasmo que iniciamos nosso segundo ano de trabalho. Em 2009 teremos uma série de artigos e entrevistas para compartilhar com os leitores, que sabem apreciar o que temos de melhor em nosso bairro.
Redação Claúdia Liba redacao@revistaversatil.com.br
A personalidade entrevistada nessa edição agradará, sem dúvida, o público que hoje tem a mesma idade das pessoas de nossa equipe. Porque entrevistamos um dos ídolos do rock dos anos 80: nada menos que Nasi, o vocalista da exbanda IRA! Ele nos conta um pouco sobre a carreira, fala sobre educação, música, futebol, culinária e candomblé, sua forma de trabalhar o lado espiritual.
Jornalista Responsável Silvia Dutra – MTb 15.479 silviadutra@mail.myacc.net www.maluca4u.zip.net
Nasi mora aqui no Butantã e menciona um projeto muito interessante desenvolvido no Morro do Querosene. Nossa equipe esteve por lá e conversou com organizadores de um belo trabalho de pintura nas fachadas das residências: uma exposição ao ar livre. Leia e veja algumas fotos em nossa seção Nosso Bairro, mas não deixe de visitar o Morro. Vale à pena! Nossas seções de saúde, beleza, pets, veículos, games e decoração estão cada vez trazendo mais opções de estilo de vida para nossos leitores. No Mix Cultural há indicações de cinema, CDs, Livros e DVDs que foram, inclusive, indicados pelo nosso entrevistado. No mais, esperamos que todos tenham um ótimo 2009.
Diagramação ED+ Comunicação e Marcelo Brandt Matsumoto Revisão Rosária Maria Martins rosariamariam@hotmail.com Comercial comercial@revistaversatil.com.br Colaboradores Adelino Varella, Carolina Battellino, Danilo Valeta, Eduardo Assunção, João Valério, Juliana Jamilles, Paula Carvalho, Ricardo Franco Barbosa e Vilma Takami. Agradecimento Especial Nasi
Cartas dos leitores Turismo Quero parabenizar a Versátil Magazine pelas matérias de turismo apresentadas em suas edições. Vocês conseguem sintetizar a magia dos lugares com elegância, aguçando a curiosidade de quem ainda não os conhece. Abraços a todos que contribuem com a revista! Jaqueline Jamara.
Qualidade Parabenizo a Versátil Magazine pela diversidade e qualidade dos textos que vem apresentando em suas edições, presenteando a nós, leitores, com matérias que vão do entretenimento à informação de grande relevância, além de nos indicar empresas e serviços oferecidos na nossa região. Muito obrigado pela qualidade desta revista e muito sucesso! Alex Silva
Foto da Capa João Valério
Conhecendo o bairro Gosto muito das matérias da seção “Nosso Bairro”, nas quais vocês conseguem apresentar e/ou destacar ações, pessoas e instituições da região que eu não tinha conhecimento ou que muitas vezes passavam despercebidas. É uma forma de valorização do bairro! Bom trabalho. Marisa Ramos Ribeiro
Melhor Idade Bem oportuna a matéria sobre saúde dos idosos publicada na Versátil Magazine, edição 7. Precisamos dar atenção aos idosos e reconhecermos em nossos pais e avós a importância que têm na vida da família (...) Destaque para o manual dos cuidadores, com informações simples e esclarecedoras. Antônio Marcos
Pré-Impressão, Impressão e Acabamento Doron Central de Compras Assessoria Jurídica MM Advogados Tel.: (11) 3294-0800 Distribuição nas regiões do Butantã, Vl. Indiana, Jd. Rizzo, Vl. Gomes, Jd. Bonfiglioli, Morumbi, Vl. Sônia, Jd. Guedala, Vl. São Francisco e Pq. dos Príncipes. Tiragem 20.000 exemplares Auditoria de Tiragem ASPR Auditores Independentes Tel.: 4437-6000 Certificado à disposição dos interessados. Versátil Magazine é uma publicação bimestral, distribuída gratuitamente e não se responsabiliza por eventuais mudanças na programação fornecida, bem como pelas opiniões emitidas nesta edição. Todos os preços e informações apresentados em anúncios publicitários são de total responsabilidade de seus respectivos anunciantes, e estão sujeitos a alterações sem prévio aviso. É proibida a reprodução parcial ou total de textos e imagens publicados sem prévia autorização.
Para Anunciar: (11) 3798.8135 comercial@revistaversatil.com.br www.revistaversatil.com.br
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NOSSO BAIRRO
Por Cláudia Liba e Paula Carvalho Fotos: João Valério
ARTE NO MORRO Desvie seu caminho para conhecer uma exposição de arte ao ar livre. Grátis, no seu bairro!
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Morro do Querosene, já conhecido e cultuado por muitos moradores do Butantã, acaba de ser presenteado com um belíssimo projeto artístico. As ruas estão mais coloridas, graças às pinturas de um grupo de artistas plásticos, desenhistas, grafiteiros, escultores e até poetas, que têm ilustrado fachadas das residências com diversos temas. A idéia vem de uma iniciativa muito simples, mas sensacional, que é pintar os muros com ilustrações coloridas, bem ao “gosto do freguês”! Isso mesmo: cada morador que deseja participar do projeto colabora com material (tinta, pincel e mesmo dinheiro) e escolhe o que deseja ver na fachada de sua casa. E os artistas colocam a inspiração e criatividade nos muros. O resultado é digno de uma visita. Segundo o psicólogo João Meireles“, o projeto é, na verdade, um trabalho educacional onde procuramos envolver todo o bairro”. João Meireles e o artista D’Ollynda Brasil são os organizadores do projeto e pretendem, inclusive, lançar um catálogo com fotos das obras que, hoje, são produzidas com o patrocínio dos moradores do morro. A iniciativa uniu-se às atividades do Projeto Treme Terra, da ONG Movimento Jovem Consciente, presidida por João Nascimento. O Movimento atende a duzentos jovens em diferentes oficinas e cursos, como a dança afro, capoeira, informática, percussão, massagem
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Thai, Jiu-jitsu, Muay Thai e outros, com vistas a complementar a formação educacional e cultural dos jovens. Além disso, a ONG, ainda, oferece cursos abertos a um valor acessível para quem desejar aprender percussão idiomas, informática etc. Fazem parte do projeto de pintura no Morro os artistas Alan Bahia, Jackeline, Magrela, Raulzito, Regina Tieko, Sharuan, Xan, todos moradores da região ou das proximidades do Morro do Querosene. Os trabalhos vocês podem conferir passeando pelo Morro.
EDUCAÇÃO
Foto: Divulgação
VOLTA ÀS AULAS NOS TEMPOS DA PAMATERNIDADE
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screver sobre volta às aulas não traz novidade para mim e para muitos leitores da Versátil Magazine. Basta ter filhos, hoje em dia, e saber que o tempo escorre entre os dedos e o casal se ocupa de compromissos que vão além do lar. Na verdade, muitos de nossos avós e pais já falaram com saudade da época em que o início do ano letivo era uma festa: comprar materiais, encapar cadernos e livros, etiquetá-los e todas as outras coisas que acompanhavam o pacote. Eu me sinto enganado quando meu pai fala dessa alegria e minha mãe concorda com um sorriso amarelo: ele não se mexia para fazer nada além de pagar as coisas. Toda a parte complicada ficava nas costas das mães. Ser pai, assim, é recordar com alegria e saudades mesmo! Para aqueles que se iniciam na pama-ternidade, tudo começa com a escolha da escola – algo que angustia a todos e que começa por volta de setembro, ou antes, dependendo da preocupação e/ ou neurose do casal, ou seja, muito antes de agora. Um mundo novo formado por
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coordenadoras e pedagogas que introduzem uma linguagem que lembra o filme “Gangues de Nova York”. Dentro de um dialeto complexo em que aparecem, constantemente, palavras como: habilidades, competências,construtivismo, ficam os pais, entrincheirados, durante uma longa noite de batalha, a decidir qual colégio atende às suas aspirações e que vão refletir os valores que acreditam para a formação de seus filhos. Algo tão simples, que as más escolas esquecem, na tentativa de angariar novos “clientes”. E essa história se repete, a cada momento de escolha para uma nova escola, não se iludam os pais. Depois, começa a maratona de compra de materiais escolares: levantamento de preço, salto com barreira em papelaria, prova de resistência de fila nas três modalidades: escolher, pagar e retirar material, sem contar a caça ao livro didático e paradidático. E tudo com diferentes graus de esforço, pois as escolas teimam em liberar tal lista somente no mês de janeiro, onde os preços sobem e não há como se antecipar e evitar todo o sacrifício.
Aliás, as listas tornam-se cada vez mais absurdas ano a ano: meu filho mais novo, de três anos, deveria sair com diploma de artes da Panamericana pela quantidade de papéis e tintas que lhe foi pedido. E há parte boa nisso? Ver um mundo novo surgir ao folhear de um livro, por pequenas mãozinhas e olhos curiosos, é um prazer que se espera repetir-se ano a ano, mesmo que essas mãos não estejam mais tão pequenas (de fato, experimento a sensação de mãos até maiores que as minhas com meu filho mais velho). Novos cadernos, lápis e tintas, tomam forma de peças fundamentais da natureza humana, que compensam todo o desgaste e ansiedade anterior. Então, o que mudou entre as gerações? Hoje, este prazer é dividido com o casal de forma imperativa. Por mais que se queira fugir, não é possível. E quer saber? Acho ótimo! Ricardo Franco Barbosa é físico e pai de dois meninos.
SAÚDE
Por Silvia Dutra Foto: Divulgação
CÂNCER DE PELE
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le era filho de uma vaca temperamental, afeito a dar coices, patadas e tombos em quem tivesse o atrevimento de tentar montar em suas costas. Fez um nome pra si mesmo jogando muita gente ao chão, ganhou fama e dinheiro, virou até personagem de novela global e tinha um nome que não deixava dúvidas de sua braveza e coragem: Bandido. Entretanto, nem toda a valentia e disposição para a luta salvaram da morte o touro famoso, que morreu em janeiro, vítima de um câncer de pele. Se nem o Bandido, com sua casca grossa, foi páreo para o câncer de pele, você que tem uma cútis delicada deve ficar atento. No mundo inteiro, tem crescido vertiginosamente a incidência dessa doença. Nos Estados Unidos, país que coleta sistematicamente dados epidemiológicos, só em 1999, foram reportados um milhão e duzentos mil casos. Desses, dez mil resultaram em morte. Em 2008, também, foram mais de um milhão de novos casos. Apesar dos dados no Brasil serem escassos, e irregularmente coletados, a mesma tendência se verifica. A Sociedade Brasileira de Dermatologia estima que ocorrerão, a cada ano, 100 mil novos casos, o que torna a doença o tipo de câncer mais prevalecente em nosso país. Totalmente prevenível e curável, se detectado nos estágios
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iniciais, esse tipo de câncer nada mais é de que o crescimento anormal e desordenado de células que compõem a pele, o maior órgão do corpo humano. Entre os fatores que podem iniciar essa transformação celular, aparece em primeiro lugar, a exposição prolongada e repetida à radiação ultra violeta do sol. Portanto, se proteger do sol com roupas, chapéus e filtros solares é essencial na prevenção. Outra medida sensata é evitar as câmaras de bronzeamento artificial, ter uma dieta rica em frutas e vegetais, não fumar, observar regularmente a pele (especialmente pintas, manchas e verrugas) e visitar, pelo menos uma vez ao ano, o dermatologista para avaliação e tratamento de eventuais lesões pré cancerosas. ENTENDENDO O INIMIGO As células da pele se organizam em camadas e, dependendo da que foi afetada, teremos diferentes tipos de câncer. O mais comum é o carcinoma basocelular, detectado em 70 por cento dos novos casos. Geralmente, aparece em pessoas acima dos 40 anos de idade e que tenham pele clara, do tipo que jamais bronzeia e queima facilmente, quando exposta ao sol. Embora não apresente metástases (espalhamento do câncer, através do sistema linfático, para outros órgãos
do corpo) esse tipo de tumor pode destruir os tecidos à sua volta, atingindo até cartilagens e ossos. A maioria das lesões aparecem na face, especialmente lábios e orelhas. O segundo tipo mais comum de câncer de pele é o carcinoma espinocelular, que pode se disseminar através dos gânglios e causar metástases. Como o carcinoma basocelular, esse tipo de câncer está diretamente ligado à exposição cumulativa ao sol, ao longo da vida e, também, a fatores como tabagismo, consumo de substâncias como o alcatrão e alterações na imunidade. O tipo mais grave e letal é o melanoma, com alto potencial para metástases e que pode matar em pouco tempo, se não for diagnosticado e tratado nos estágios iniciais. Geralmente, aparece em pessoas claras, com pele sensível e no formato de uma pinta escura. Nem toda pinta, entretanto, é câncer. Para ajudar na identificação dos sinais de risco, aprenda a regra do “ABCD”, recomendada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, ou seja, “assimetria”, “bordas”, “cor”, e “dimensões”. Pintas e manchas na pele, que sejam simétricas, tenham bordas regulares e bem definidas, sejam de uma única cor e cujas dimensões não ultrapassem os seis milímetros (menores que o diâmetro de um lápis), geralmente, são benignas e não representam perigo. Fique atento e procure um dermatologista, se descobrir em seu corpo outras pintas e manchas que fujam desses padrões. Peça ajuda de alguém para que até seu couro cabeludo, alto da testa, base da nuca, parte posterior dos braços e outras áreas de difícil visualização sejam examinadas. Apesar dos filtros solares, ainda, serem produtos relativamente caros para a maioria da população brasileira, sempre faça uso de alguma marca confiável, especialmente quando for à praia ou piscina. Considere que curar um câncer vai custar muito mais caro (em dinheiro e sofrimento físico e emocional), que um frasco de protetor solar. Proteja suas mãos com luvas ou camadas de filtro solar, sempre que for dirigir por longo tempo e use roupas e chapéus protetores, especialmente durante o período do dia mais perigoso para se expor ao sol, entre às 10 horas da manhã e às 4 horas da tarde. Para maiores informações e fazer um teste gratuito que mede seu risco de desenvolver câncer de pele visite o site da Sociedade Brasileira de Dermatologia (www.sbd.org.br/).
PET
Foto: Divulgação
SEU AMIGÃO CURTINDO O VERÃO! Que tal acordar mais cedo para passear com seu amigo em um horário mais agradável?
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ma cena muito comum nas férias de verão é o cachorro correndo ao lado do dono, enquanto este pedala sua bicicleta. Correr, andar de bicicleta ou mesmo caminhar com seu companheiro é um grande prazer. Mas alguns cuidados precisamos tomar. O problema está no fato de que muitos proprietários, principalmente aqueles com perfil atlético, esquecem que o cão não tem o mesmo preparo físico. O que acaba acontecendo, invariavelmente, é que o cão entra em choque térmico. Neste caso, a temperatura corporal se eleva muito e o cão fica extremamente ofegante, respirando com a boca aberta e o seu corpo treme. Outra situação comum que pode levar à hipertermia acontece em dias muito quentes, quando o cão permanece por muitas horas dentro do carro. Já tive oportunidade, também, de acompanhar o caso de um cão, cujos proprietários resolveram sair para correr em um dia muito ensolarado e quente. Após o exercício, o animal não aguentou e chegou à clínica com os coxins plantares queimados e em estado de choque.
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O procedimento imediato é tentar abaixar a temperatura corporal, seja com banho ou compressas frias e reidratar com fluidos administrados por via intravenosa. Tomar cuidado especial com cães cardíacos, pois, no calor, podem descompensar clinicamente. O importante é sempre lembrar de não permanecer com seu animal em local muito abafado ou em baixo do sol por períodos muito longos e, simplesmente, oferecer água fresca! ALGUMAS DICAS: • Ao tosar os pelos muito rentes à pele, esta ficará ainda mais exposta ao sol. E raios UVA e UVB atingem também áreas expostas, como os focinhos, pontas de orelhas, abdome, pele clara dos animais. Daí a importância de usar protetores solares específicos para animais. • Asfalto em dias muito quentes pode queimar as patinhas dos cachorros, machucando as almofadinhas (coxins). • Bulldogs, Pugs, Boxers, Shitsus, Lhasas, entre outros, sofrem mais ainda com o calor. • Aves também têm estresse calórico. • Oferecer água fresca pode evitar muitos problemas.
Dra. Carolima Battellino é veterinária clínica e Mestre em Patologia pela Universidade de São Paulo. Atende também em domicílio. Contato: 11 9689.7630 e-mail: battellino@ig.com.br
GAME AMES A MES ME S
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uem u ue em era eerra ma m maluco alu alu uco c p por orr aarcades rccad ades des e n nos oss anos 90 não deixou de jogar o antológico Street Fighter 2, o jogo que estabeleceu todas as convenções do gênero de luta e foi consagrado como um dos mais importantes da história dos videogames. A franquia nunca deixou de existir, mas nenhum dos jogos que se seguiu alcançou o sucesso do grande “hit” dos fliperamas e do Super Nintendo. Agora, a Capcom, produtora japonesa responsável pela franquia, resolveu voltar com força total com o Street Fighter IV (se você está se perguntando “cadê o III?”, é melhor não saber). Diferente das versões anteriores, esta traz cenários e jogadores
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Por Danilo Po Por Dani Da nii Valeta n Fotos: Divulgação Foto Fo t s: to sD iv
totalmente tota to talm ta mente enttee ccriados en rriiad iad ados dos o em em 3D, 3 , embora 3D embo em embo bora ra mantera man a te te-nha o estilo de jogabilidade lateral e 2D que se tornou padrão nos jogos de luta. Incríveis efeitos de luz e sombra, aliados a texturas bastante detalhadas, deram ao jogo um visual moderno, sem apagar o brilho da versão “clássica”. O sistema de pancadaria também continua parecido, com ataques normais, defesas, combos, combos aéreos, e os tradicionais golpes especiais, mais bonitos e vistosos do que nunca. Estes últimos, principalmente, ganharam fenomenais animações 3D, com direito a câmeras rodopiantes e efeitos de câmera lenta no melhor estilo “Matrix”. Sem dúvida, é o jogo mais bonito da série, aproveitando todo o poder dos videogames da nova geração. No rol de personagens, uma longa lista com os clássicos – entre eles, Ryu, Ken, Chun-Li, Guile, Dalshim, E. Honda, Zangief e até mesmo o brasileiro Blanka – além de personagens de outras versões do jogo, como Cammy, Fei-Long, Rose, Sakura e Dan. O game também conta com novos personagens, como a misteriosa Crimson Viper, o astro de luta livre El Fuerte e o esquisito Rufus. O jogo também está bem servido de vilões, com os clássicos Sagat, Bison e Vega, além do demoníaco Akuma e de um novo e misterioso chefe final chamado Seth, que combina movimentos de luta de diversos outros personagens. Ao que tudo indica, a Capcom acertou a mão desta vez e Street Fighter IV tem todos os ingredientes para se tornar um novo clássico. O game encabeça a lista de grandes lançamentos de 2009, e chega nas prateleiras no dia 17 de fevereiro para o PlayStation 3 e para o Xbox 360. Uma versão para PC também deve chegar às lojas ainda no primeiro semestre deste ano.
VEÍCULOS
Por Silvia Dutra Foto: Divulgação
CARRO ESPERTO
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le ainda não chegou ao Brasil, mas é só uma questão de tempo. Presente em 37 países do mundo, com mais de um milhão de unidades vendidas, o Smart é um carro urbano pequeno, perfeito para solteiros ou um casal sem filhos, que dribla não só o trânsito caótico das grandes metrópoles, assim como os espaços, cada vez menores, dos estacionamento e garagens. Ainda, reúne importantes inovações tecnológicas, como o uso de materiais reciclavéis, portas removíveis e uma célula de segurança com um sistema único de absorção e relocação de energia que garante a proteção de seus dois ocupantes, em caso de acidente. A idéia para a criação de um carro ultra urbano foi levada à Mercedes-Benz, no começo da década de 90, por Nicolas Hayek, um designer de relógios conhecido por suas criativas e coloridas ousadias. Hayek pensava em estender para os carros os mesmos conceitos que aplicava na criação de seus relógios: tinham que ser pequenos, gastar pouca energia, ocupar um espaço mínimo, prestar um serviço eficiente e, ainda, permitir que o proprietário pudesse trocar algumas peças e, assim, mudar a cor do veículo,
sempre que desejasse. Exatamente como se faz com as pulseiras ou os anéis metálicos de cores diferentes em volta dos relógios. A Mercedes-Benz encarou o desafio e, em 1997, o Smart foi apresentado no Salão do Carro de Frankfurt, conseguindo mais espaço na mídia que qualquer outro participante do show. No ano seguinte, começou a produção em Hambach, na França e o Smart começou a conquistar as ruas da França, Inglaterra, Itália, Alemanha, Espanha e mais 32 países. Em 2008, os Estados Unidos tornou-se o trigésimo sétimo país a se render ao charme, eficiência e economia do Smart, e o carro recebeu a honra de ser exibido como uma obra de arte no Museu de Arte Moderna de New York, distinção, até então, só concedida a outros cinco modelos de automóveis no mundo. Não é pouca coisa, quando se considera que os americanos são tradicionalmente conhecidos por seu apego e amor aos carros enormes, concebidos e made in USA. Para se adaptar aos rígidos padrões de qualidade e segurança, exigidos pela indústria e consumidores americanos, os designers e engenheiros da Mercedes-Benz desenvolveram uma célula de segurança
chamada Hard Shell, que circunda os dois ocupantes do Smart. Trata-se de uma estrutura capaz de, não só, absorver a energia gerada numa colisão ou acidente, mas de deslocá-la longitudinalmente para longe dos ocupantes, o que garante que o Smart figure, hoje, como um carro pequeno com um alto padrão de segurança, até então, só encontrado em modelos de médio e grande porte. Além disso, o carro conta um sistema eletrônico de estabilidade, freios ABS e um design que garante fácil acessibilidade e grande visibilidade na hora de dirigir. As cores vibrantes, que sempre caracterizaram os relógios criados por Nicolas Hayek, se repetem nos modelos do Smart e o proprietário tem a opção de comprar portas removíveis em cores diferentes e mudar a aparência do carro sempre que desejar. Nos Estados Unidos, é possível comprar um Smart por aproximadamente 14 mil dólares. Com as atuais flutuações no preço do petróleo e a disseminada instabilidade econômica, os americanos finalmente, estão descobrindo o que o resto do mundo já percebeu: que o mínimo pode, sim, ser o máximo.
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TURISMO
Por: Silvia Dutra Fotos: Divulgação
ESTÂNCIA TURÍSTICA DE SÃO PEDRO
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e você está precisando descansar e armazenar forças para enfrentar, com a cabeça fresca, os desafios que certamente virão em 2009, considere uma ótima opção fazer uma visita a São Pedro. Não o santo, que dizem vigiar as portas do Céu, mas à Estância Turística de São Pedro. Encravado na Serra do Itaqueri, perto de Piracicaba, facilmente acessível por excelentes estradas (sistema Anhanguera/Bandeirantes) São Pedro não nega a vocação turística por sua beleza bucólica e extensa rede hoteleira. Entretanto conserva a tranquilidade típica de cidades do interior e oferece opções interessantes para aqueles que gostam de contato direto com a natureza e de praticar esportes radicais como rappel em cachoeiras, canoagem e saltos de asa delta. Há também trilhas para caminhadas, prática de rally e mountain bike, espetáculos de rodeios, exibição e comércio de animais.
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Com opções de estada para todas as preferências e orçamentos, desde chalés em campings, pousadas modestas e familiares, até hotéis luxuosos. São Pedro oferece prazeres simples, como sua gente, descendente, em sua maioria, de imigrantes italianos que entre 1890 e 1895, chegaram à região para trabalhar no cultivo do café, substituindo a mão de obra escrava. Trabalho, religiosidade e respeito às tradições são marcas do povo de São Pedro. Assim, é possível dar um passeio pela praça central e visitar as inúmeras lojas que vendem os famosos bordados, tradição trazida pelas mamas italianas e que, durante quatro décadas (1940-1980), foram a base da economia local. Através da arte das bordadeiras e a delicadeza dos trabalhos em ponto cruz, São Pedro se tornou conhecida nacional e internacionalmente. Para lá, afluiam grandes levas de turistas, comerciantes e noivas, preparando enxoval com as belas e exclusivas peças de cama, mesa e banho. Famílias inteiras se dedicavam à atividade.
Com o tempo, o comércio de bordados foi adquirindo um caráter mais industrial e ao ponto cruz foram sendo incorporadas outras técnicas passíveis de serem feitas à máquina, com a rapidez que a demanda dos consumidores exigia. Hoje, é possível encontrar peças simples em vagonite, pontos cheio, cruz, rococó, matizado e também trabalhos mais elaborados e exclusivos, com técnicas mais sofisticadas como hardanger, rendados e crivos. Ainda no centro de São Pedro, acontece todos os sábados a Feira do Produtor, onde é possível comprar produtos hortifrutigranjeiros, queijos e doces caseiros, frescos e a bom preço direto dos sitiantes e fazendeiros. Experimente o doce de jaracatiá, fruta típica daquela região, que é colhida apenas no mês de fevereiro, cuja oferta aos turistas coincide com o aniversário da cidade. Na praça central está localizada a Doceria Zuleika que oferece doces finos e muito bem
servidos (um pedaço de suas tortas serve duas pessoas!). E dona Zuleika também prepara o doce de jaracatiá. Saindo da cidade e subindo a serra, o visitante chega ao Parque do Cristo, onde dá para admirar, de outro ângulo, toda a beleza da região. Seguindo mais adiante, chega-se à Igreja de Santo Antônio, onde fiéis reúnem-se para missas aos domingos, e que guarda em seu interior uma relíquia de Santo Antônio de Pádua, doada pelo Vaticano. Aqueles que curtem a natureza podem fazer caminhadas por trilhas e visitar cachoeiras, no alto da serra, com destaque para a Cascata Dorigon, uma das mais belas e com acesso fácil. Já os que procuram a adrenalina dos esportes radicais devem se dirigir às cachoeiras do Saltão e a do Astor, ambas na divisa com os municípios de Brotas e Itirapina. Ainda em direção a Brotas, vale a pena conhecer um restaurante que é ao mesmo tempo orquidário e antiquário, o Vila Del Capo. O local é muito elegante e tem móveis e objetos antigos, talvez familiares, como aquela cristaleira da casa de sua avó, bem como escrivaninhas e máquinas de escrever em perfeito estado de conservação. Vale parar para o almoço e, depois, apreciar as orquídeas na estufa ao lado do restaurante. Além de todas essas atividades, São Pedro oferece ainda muitos bares e restaurantes para celebrar a vida com uma boa refeição, apreciando um vinho e o convívio com a família e os amigos. Tudo isso a preços acessíveis e distante, apenas, duas horas de São Paulo!
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ENTREVISTA
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oqueiro de primeira, futebolista, praticante do candomblé. Apresentamos ao nosso leitor uma conversa com Nasi que, recentemente, passou por um período conturbado. Em entrevista exclusiva realizada no Espaço Cultural Vital Brasil, nos conta sobre seu envolvimento com drogas, os problemas com seu exempresário (seu irmão) e seu pai, numa tentativa de interditá-lo, futebol e religião. Nosso entrevistado mostrou ser um homem de fé.
VM – É verdade que você tem um projeto de DVD para ser lançado em 2009? Nasi – Sim, o projeto traz músicas do show atual, trabalho solo e também músicas do IRA! Está na fase de captação de recursos, a gravação será realizada em estúdio e é um projeto independente para TV musical.
VM – Como você avalia a condição da educação no nosso país? Nasi – Péssima... Tem uma piada que fala assim: “Antigamente era pior, depois foi piorando” (risos) Quando entrei no ensino público, em 1970, já havia um processo de sucateamento. Na época de meus pais, era um orgulho entrar em escola pública, prestava-se vestibular para isso. Eu estudei em uma das mais tradicionais escolas de São Paulo, Rodrigues Alves e, depois, no segundo grau, no Brasílio Machado (...). É uma tristeza ver como se trata o professor hoje.
VM – Você e o Ronaldo (ex-goleiro do Corinthians) têm muita coisa em comum: fazem o programa 90 Minutos na Kiss FM. Ele foi goleiro profissional e tem uma banda, você é roqueiro profissional e, também, é goleiro. Será que o São Paulo te contrataria? Nasi – (risos) Quando era jovem, fiz teste para volante no São Paulo, em 1977. Embora fisicamente tivesse condições para jogar, nunca fui talentoso. Essa química de rock and roll e futebol já começou com o Casagrande, na rádio Brasil 2000, quando tínhamos um programa. Quando surgiu a oportunidade na KISS FM (90 Minutos), pensei no Casagrande e, também, no Ronaldo, porque seria diferente. Tenho grandes amigos do futebol, como o Rogério Ceni, Kajuru, Sócrates, Muricy e outros jornalistas esportivos.
VM – E em relação a ensino formal de música? Você acha necessário? Nasi – Não adianta manter as aulas de música no currículo se os professores não têm estrutura nem estímulo para preparar o curso. Não basta a capacidade e o conhecimento dos professores, mas o ânimo que ele traz para as aulas. A formação musical depende de cada um. Há autodidatas e outros que tiveram formação, mas em música popular é muito importante estudar ouvindo discos, assistindo a filmes, lendo livros, biografias, e não apenas ater-se à teoria musical em si. Foto: Kelsen Fernandes
Versátil Magazine – Nasi, poderia nos falar do surgimento do grupo IRA! e a importância da banda no cenário brasileiro na época de 80? Nasi – O Ira! faz parte do meu passado. O grupo começou em festivais de colégios. Naquela época, a gente se reunia para ouvir discos e as bandas se formavam por identificação musical. O Ira! identificava-se mais com punk rock inglês, assim como os Paralamas com o reggae, o Barão Vermelho com os Stones, etc. Mas antes, havia mais amadorismo, o que refletia na originalidade das músicas e na criatividade.
Por Cláudia Liba
“A música é um talento, entre outros, divino. E Deus não desperdiça isso com muitos seres humanos. “
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Foto: João Valério
VM – As aulas de música, hoje, estão suprimidas do currículo escolar. Para a educação de uma criança, você acha importante aprender música, assim como matemática? Nasi – Acho que a musicalidade na infância está muito ligada a uma maneira de se perceber a vida, o timing, o ritmo das coisas. Crianças mais introspectivas tendem a um raciocínio lógico ou de profundidade existencial filosófica, enquanto outras preferem a arte. Daí, a importância de se criar a oportunidade, para que tais habilidades se desenvolvam. Durante a passagem pelo ensino fundamental, quando se forma o ser humano, tanto surgem traumas como se desenvolvem talentos. Então, seria muito importante que o governo se preocupasse em apresentar menos índices e se empenhasse com o desenvolvimento humano na escola. É muito ruim depararmos com o resultado de estudos recentes, apontando que muitas pessoas sabem ler e escrever, mas efetivamente não compreendem o significado do texto. Acho isso pior que o analfabetismo. No entanto, produzindo rap, tive contato com muitos poetas que tinham problemas com a língua portuguesa, mas que sabiam o que queriam dizer. A música é um talento, entre outros, divino. E Deus não desperdiça isso com muitos seres humanos. Acho que esse conceito deveria ser ampliado, mais do que música, educação artística. VM – Já que você falou sobre Deus, sabemos que você tem um lado espiritualizado, fazendo parte do Candomblé. Fale sobre esta experiência. Nasi – Como quase todo mundo, tenho formação católica. Logo cedo, conheci o Kardecismo e depois a Umbanda. Após a adolescência, me distanciei de tudo, envolvido que estava com política e tentando ter uma visão estruturalista e materialista da vida. Após essa fase de “insensatez juvenil”, fui novamente me interessando e me envolvendo com o culto aos Orixás, seus arquétipos e sua relação sempre viva com a natureza. Em 1988, em Salvador, com uma Yalorixa (mãe de santo) chamada Margarida, fiz meus primeiros assentamentos. Com seu falecimento, passei alguns anos órfão e, mais recentemente, me reencontrei num novo ilê (terreno) na linha de Ifá, que é a matriz do Candomblé brasileiro e culto às divindades conhecidas como orixás.
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VM – Você se sente capaz de perdoar? Nasi – Sim, claro! Só não perdôo da boca pra fora. Eu conheço muita gente assim, e isso é a pior coisa. Como o que aconteceu, em relação à briga com Scandurra e meu ex-empresário, quando a revista Rolling Stone deu voz apenas aos outros. Isso aconteceu porque havia relações comerciais entre a revista e o meu ex-empresário. Inclusive aparece “o Nasi foi procurado e não encontrado”. Mentira. Tanto que, depois, eu pedi direito à resposta e mandei uma carta, pensando, ingenuamente, que sairia uma matéria, mas apareceu na seção Carta do Leitor... tudo bem. O tempo mostra as coisas. O Edgard fala assim: “Talvez, um dia, ele possa voltar e quem sabe, nós possamos perdoá-lo e amá-lo novamente...” (...) As pessoas são traídas pelas palavras. Quantas vezes eu saí pelo Brasil e, em noites de autógrafos, elas me diziam para não voltar (para o IRA!). A banda chegou a acabar muitas vezes. Em 1995, por exemplo, porque houve um triângulo amoroso entre mim, o Edgard e sua noiva, na época, Beatriz. O que era para ser uma vingança feminina virou um horror porque nos apaixonamos. Ela foi embora para a Europa e deixou os cacos dessa situação aqui no Brasil. A banda rachou e o IRA! foi para o Japão. Creio que, depois disso, nós apenas sobrevivemos. A relação, que não estava boa, foi para o “saco” de vez. VM – Na época você cantou ou compôs alguma coisa? Nasi – Na verdade, O Girassol, o Edgard fez para essa moça. Na versão original, quem canta é ele. Percebam a letra. Um dos “grandes climas” que se criou no acústico foi o pedido do produtor Rick Bonadio para que eu cantasse. Imaginem a situação! Ele dizia que essa música foi feita para a minha voz. O Edgard ficou possesso! Essa coisa nunca
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foi bem resolvida. E vem me falar de perdão?! E eu já tinha conversado com ele, que hoje é casado, e o que deveria ter sido superado, nunca foi, porque ele nunca perdoou. Naquela época, a nossa relação já não era boa, ele já não era parceiro. VM – E foi assim que surgiu o álbum Amigos Invisíveis? Nasi – Não. Aquilo foi um exercício de trabalho solo. Na verdade, o Edgard já tinha intenção de sair do IRA! quando gravou Amigos Invisíveis. Acho isso normal, quando é sincero, e, às vezes dá vontade de fazer as coisas só da sua cabeça mesmo... O problema é fingir ser parceiro! O Edgard nunca saiu da banda, apesar de querer, porque sua carreira solo nunca deslanchou, nem fez sucesso. VM – Ainda sobre a espiritualidade, como sente a influência de seu Orixá protetor Ogum Xoroquê? Nasi – Todo orixá tem nuances que a religião chama de qualidades, tipos diferentes do mesmo orixá. Como um rio, que na sua nascente é um fio de água, num outro trecho torna-se extenso e, em outros, barrentos, límpido, e etc... Mas é o mesmo rio! Ogum é um orixá guerreiro e a qualidade do meu é Xoroque, que tem enredo muito forte com Exu. Em iorubá, a tradução de xoroque é algo como “o senhor do alto da montanha mágica”. Engraçado, eu moro no alto do morro do Querosene. No Candomblé, tudo tem significado, nada é à toa, tudo é ritual. Isso é muito bonito! VM – Você sempre se refere ao seu irmão apenas como ex-empresário. Houve, na infância, momentos de amizade, de doçura, que lhe marcaram?
Nasi – Olha... sinceramente, da infância me vieram muitas coisas, que eu pensei que já estavam superadas, mas não estavam. Protegi muito meu irmão quando era pequeno. Brigávamos, dentro de casa, como qualquer criança. Depois, o ouvi falando algumas coisas e percebi que havia um recalque. Acho que ele gostaria de estar no palco. Eu fui muito amado, quando pequeno, como filho, sobrinho neto e bisneto mais velho. Infelizmente, isso sempre o incomodou muito. E também, há uma coisa que sempre me revoltava muito, que era a forma como ele tratava a minha mãe. Quando a perdemos, ele teve um baque muito grande... E eu pensei que o havia perdoado por isso. Ele tratava minha mãe como louca. O mesmo que tentou fazer comigo, recentemente quando bati de frente com seus interesses, nos negócios da banda. Isso me remete a uma palavra em iorubá, odu, que significa predestinação. Há uma linha traçada, mas você escolhe como lidar com ela. Isso é mais que destino. Você tem a liberdade, o livre arbítrio para lidar com a situação. VM – Você cursou História na Universidade de São Paulo. Você gostou do curso? Nasi – Sim, mas quando comecei, também tive uma pequena decepção com a vida acadêmica. Era uma coisa muito fria e foi no mesmo tempo que começou a música. Hoje, até me arrependo não ter trancado para reassumir o curso. Estudei antiguidade, Egito, Grécia, Roma e até Idade Média. Depois, fui deixando, porque algumas coisas que gostava foram tiradas, como a arqueologia. Fiz apenas cursos optativos e História das religiões... VM – Foi daí o interesse pela sua religião? Nasi – Não, isso já existia muito antes da universidade. Foto: João Valério
Foto: João Valério
ENTREVISTA
Foto: João Valério
“A fé é acreditar que é trabalhando, repetindo e aprendendo que se consegue. Aí, é que está a mágica.”
VM – Você sempre teve fé? Nasi – Sempre. Acho que já foi uma maneira como meus pais me definiam, como uma pessoa de fé. E é difícil definir, acho que é um estado de espírito. Não significa ser melhor ou pior, apenas ter ou não ter fé. É ter determinação, acreditar na força divina e criativa que todos nós temos. A fé é acreditar que é trabalhando, repetindo e aprendendo que se consegue. Aí, é que está a mágica. Quem não acredita em si mesmo não tem fé. VM – Há influência dos ritmos africanos e do candomblé em suas composições? Nasi – Eu tenho uma música chamada Corpo Fechado, de 1986, que gravei vinte anos depois, que tem toques de orixás. Ouço muito e tenho um grande acervo em casa de diferentes toques de etnias e cantos de orixás. Gosto muito de blues e essa música tem muito do lamento negro. Antropologicamente, o blues vem da África. Em um filme de Martin Scorcesse, há um americano que sai dos Estados Unidos para a Libéria e Mali, onde identifica os mesmos sons do blues em músicas desses países. Assim como Pierre Verger, que buscou origens do Candomblé na África, ele o faz com o blues. VM – O que você gosta de ouvir? Nasi – No início, ouvia muito punk inglês, Ramones, Sex Pistols, rock dos anos 70 Hard rock e, dos anos 60, Rolling Stones. Hoje, ouço muita música folclórica, ritmos africanos, jazz, blues, músicas do sul da Itália, cigana e pouco rock.
VM – Você mora aqui no Butantã em uma região muito interessante, do ponto de vista cultural, o morro do Querosene. Como você escolheu a região para viver e o que você vê de positivo aqui no bairro? Nasi – Além da questão cultural, da presença de grandes artistas, ainda temos, dentro de um contexto de cidade grande, relações quase interioranas. Na minha rua, tem alguém que passa vendendo pão e mandioca. Quando chego aqui na livraria, as pessoas sabem os títulos que me agradam. No restaurante, todos se conhecem, assim como o taxista e as pessoas da rua que cumprimentam quando saio caminhando. (...) Precisamos pensar como preservar tudo isso, porque esse tsunami de urbanismo que passou pela Vila Madalena e Pinheiros vai chegar aqui também. Esse charme do Butantã, o lado humano, tem que ser realçado. VM – Que atividade cultural você destaca aqui no nosso bairro? Nasi – No Morro do Querosene, tem o Dinho Nascimento, que é um percussionista muito premiado, e também o projeto Pintura no Bairro, da ONG Treme Terra (veja matéria na Seção Nosso Bairro), que todos devem conhecer e, inclusive, divulgar para que haja captação de recursos para a mesma. VM – O Treme Terra é uma ONG que nasceu no Morro do Querosene. Se os comerciantes desta região se unirem, mobilizarem e le-
vantarem verba para os projetos, podemos contar com você? Nasi – Sim, já apoiei e, sempre que possível, apoiarei. VM – Como você vê o aparecimento de tantos empreendimentos imobiliários na região? Nasi – Parece mais fácil comprar uma casa do que um fusca. Mas, recentemente, pesquisei preço de apartamentos, na região para alguns amigos, e constatei uma ilusão: pede-se alto demais com a expectativa da chegada do metrô. VM – Ouvimos dizer que você, também, domina a arte culinária. Isso é verdade ou estratégia de sedução? Nasi – Se fosse estratégia eu estava f... (risos). Preparo receitas básicas italianas, para mim mesmo, até como uma espécie de terapia. Bruschettas, algumas massas e carnes. Tenho alguns livros do Jamie Oliver e como ele mesmo aconselha, tenho em casa, um jardim com muitos temperos frescos. VM – Depois de dar a volta por cima, em relação aos problemas com as drogas, o que traz leveza para a sua vida hoje? Nasi – Caminhar... sempre em frente. E assim, Nasi contou parte de sua história, mostrou como deu a volta por cima e continua fazendo o que sempre fez: caminhar!
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BELEZA
Por Silvia Dutra Foto: Divulgação
BELEZA HOLÍSTICA Para tratar seu corpo de uma forma mais saudável, com substâncias naturais e de forma simples, a beleza holística apresenta-se como uma solução afinada com as tendências atuais.
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termo “beleza holística” cobre uma extensa variedade de produtos de uso pessoal, que visam melhorar a aparência, sem a utilização de cosméticos industrializados. Também se refere a práticas de alimentação e nutrição que promovem a beleza de dentro para fora, nutrindo, fortalecendo, hidratando e tonificando os tecidos que formam a pele, unhas e cabelos. Os simpatizantes desse movimento apontam dados a se considerar. Por exemplo: o chumbo é usado por muitas empresas de cosméticos como fixador da cor em batons. Alguém que, durante anos, use esse batom vai estar exposto à contaminação por chumbo, que é cumulativa e altamente tóxica. Desodorantes e anti-perspirantes contêm alumínio, suspeito de estar ligado ao desenvolvimento da doença de Alzheimer. Acredita-se que anti-perspirantes possam afetar o sistema linfático e aumentar as chances do desenvolvimento de câncer de mama. Xampus utilizam o metilparabeno como conservante, que se acredita ser menos tóxico que o formol e formaldeídos, amplamente utilizados no passado, que causam intoxicações e até falência de órgãos vitais. A lista de perigosos agentes químicos, que entram na fórmula dos cosméticos industrializados, é bastante longa e assustadora, especialmente para aqueles que tenham um sistema imunológico deprimido ou pele e couro cabeludo muito sensíveis. MAS HÁ ALTERNATIVAS Para cabelos fracos, ralos e sem brilho, uma receita, testada e aprovada há séculos pelas mulheres indianas, é o banho de óleo de coco. Espanholas e italianas utilizam azeite de oliva ou óleo de semente de uvas. Amorne o óleo em banho maria e faça uma massagem no couro cabeludo deixando durante a noite. Lave com xampus infantis, que utilizam detergentes mais suaves e água fria. Folhas de babosa contêm aloe vera, que dá brilho aos cabelos, enquanto que chás frios de confrei ou hamamélis regulam a oleosidade. Pele cansada e sem brilho reflete maus hábitos de alimentação, sono e hidratação precária. Aumente a ingestão de água e o consumo de frutas e vegetais. Paralelamente, esfolie a pele com uma pasta feita com açúcar granulado e leite integral ou mel.
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Após esfoliar, hidrate com máscaras. Para peles secas, misture meio abacate pequeno com meia banana, gotas de óleo de oliva e farelo de aveia, até formar uma pasta rala. Aplique, deixe por 20 minutos e remova com água fria. Para a pele oleosa, substitua as frutas por um pepino batido no liquidificador com folhas de hortelã e aveia. Beterrabas frescas podem se transformar num batom barato e resistente a beijos, bebidas e refeições por muitas horas. Extraia o suco de uma beterraba e delineie o contorno de sua boca. Misture gotas do suco com um pouco de vaselina ou cápsulas de vitaminas A ou E até encontrar uma tonalidade que lhe agrade e preencha os lábios. Conserve o batom na geladeira e utilize sempre um cotonete limpo, para evitar contaminá-lo. A higiene deve ser redobrada no uso desses produtos, justamente porque eles não contêm substâncias conservantes. Aqueles que não tiverem tempo ou paciência para produzir seus próprios cosméticos podem procurar por eles em lojas de produtos naturais. Muitas vendem linhas de talcos, xampus, cremes para pele e cabelo, sombras e batons produzidos com ingredientes botânicos naturais (extratos de frutas, plantas e óleos essenciais, extraídos de castanhas e sementes de vegetais). Normalmente não são testados em animais.
DECORAÇÃO
Foto: Divulgação
PISOS LAMINADOS
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ouco conhecida pelas gerações abaixo de 30 anos, a enceradeira de pisos já foi um eletrodoméstico bastante popular no Brasil. As mulheres faziam economia para comprar uma enceradeira e poder aposentar, definitivamente, os pesados escovões de ferrro usados para lustrar os assoalhos. Noivas ficavam felizes se ganhassem uma enceradeira como presente de casamento e no Natal ou aniversários elas faziam a felicidade de muitas donas de casa. Felizmente hoje as enceradeiras são desnecessárias porque a indústria de revestimentos evoluiu e inventou os pisos laminados. Produzidos por equipamentos de avançada tecnologia que utilizam alta pressão e temperatura os pisos laminados são placas entre 6 e 9 mm de espessura compostas basicamente por partículas de madeira de alta densidade (geralmente eucalipto) fixadas com uma resina hiper resistente. A superfície dessas placas é coberta com um revestimento de celulose decorativo e nova camada de resina, o que impermeabiliza e dá brilho ao material, conferindo ainda extrema resistência ao tráfego, abrasão e riscos e um belo visual que imita os tradicionais assoalhos de madeira a um custo bem mais acessível. E melhor, sem causar devastação ambiental, já que a indústria utiliza florestas renováveis na fabricação desses pisos. A durabilidade varia entre 12 a 30 anos dependendo do modelo e do ambiente ao qual se destina, se comercial ou residencial . A instalação é feita facilmente, encaixandose as placas umas nas outras e posteriormente selando o encaixe com cola. Não há necessida-
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de de colar ou pregar o laminado ao contrapiso e geralmente em 24 horas o ambiente está liberado para o uso. Um dos fabricantes mais tradicionais no mercado disponibiliza uma linha de laminados cujo sistema de instalação dispensa o uso de cola, o que permite a utilização imediata do ambiente. Capaz de suportar sem danos até a brasa de cigarros acessos, os pisos laminados resistem a ação de fungos, bactérias e insetos e são de fácil limpeza e manutenção. Basta um pano úmido bem torcido com detergente neutro ou um limpador a base de amoníaco. Ceras e limpadores a base de silicone são desaconselhados. Em casos de danos as placas atingidas podem ser facilmente removidas e substituídas e não existe o risco da cor ou do padrão escolhido desbotar, escurecer ou amarelar com o tempo porque a resina é resistente
aos raios ultravioletas do sol. O único cuidado recomendado é com a umidade: líquidos derramados devem ser prontamente removidos. Como o encaixe entre as peças é perfeito evita-se o acúmulo de poeira ou detritos entre elas, o que representa mais facilidade e eficiência na hora da limpeza e a eliminação de agentes capazes de causar alergias à pessoas sensíveis. Existem pisos laminados numa extensa variedade de cores e larguras o que permite infinitas possibilidades de design. Há ainda mantas antirruídos que podem ser instaladas sob o piso laminado capazes de isolamento acústico. Desenvolvida para diminuir o nível de barulho (entre 15 e 25 decibéis) que passa de um ambiente para o outro através do piso, a manta é indicada para uso em estúdios, auditórios, home theater ou qualquer ambiente que produza som acima do existente nas proximidades. Helena Capaz, da Duratex, informa que existem mantas antirruídos de altíssima tecnologia capazes também de alterar a frequência do som produzido por determinados tipos de calçados. O som passa a ser mais grave e, consequentemente, mais agradável ao ouvido humano. Alguns fabricantes disponibilizam ainda placas de laminados para serem instaladas na vertical, em paredes internas, como elemento decorativo, o que amplia ainda mais a versatilidade desse material. Crétido da foto menor: Durafloor Nature, padrão Nogueira Palermo. Ambiente assinado pelo arquiteto Luiz Fernado Rochelle
MEIO AMBIENTE
Por Cláudia Liba Foto: Divulgação
ISO. O QUE É ISSO?
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ala-se bastante, hoje em dia, em respeito ao meio ambiente. No mundo inteiro, cresce cada vez mais a consciência das pessoas quanto à preservação e ao uso responsável e inteligente dos recursos do planeta (rios, oceanos, florestas, solo), riqueza compartilhada por todos os seres vivos e da qual depende a sobrevivência de todas as espécies, inclusive a nossa. Mas além de reciclar lixo, não jogar detritos nas ruas e outras ações básicas de civilidade ainda são habituais para poucas pessoas. Uma boa maneira de participar e apoiar ações de proteção ambiental, é prestar atenção na embalagem dos produtos na hora de comprar e procurar pela certificação ISO 14001. ISO é uma sigla que significa International Organization for Standardization (Organização Internacional para Normalização), cujo objetivo é promover o desenvolvimento de normas, testes e certificações. Há 158 membros, entre eles o Brasil com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), entidade que tem, entre outras atribuições, o estabelecimento de parâmetros para que os setores industrial e empresarial levem adiante seus processos produtivos sem causar prejuízos ambientais. Quando uma mercadoria traz em seu rótulo a certificação ISO 14001, isso significa que a empresa produtora demonstra estar em conformidade com as normas ambientais internacionais, ou seja: implantação de sistemas de gestão ambiental, produção mais limpa, ecoeficiência, estratégia de prevenção à poluição, auditorias ambientais e outras ações nessa mesma linha. Embora se tenha notícia de iniciativas e pessoas engajadas na luta pela preservação do meio ambiente, desde o século 19, foi só a partir da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada na Suécia – Estocolmo, em 1972, que importantes lideranças políticas criaram o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Começava ali um debate internacional sobre o impacto da atividade econômica global sobre o meio ambiente, independentemente das convenções de fronteiras entre os países. Houve, então, a avaliação de que o mundo crescia apenas sob duas vertentes: desenvolvimento econômico e tecnológico. Não havia, portanto, a preocupação com o esgotamento dos recursos naturais, isto é, a terceira base do desenvolvimento sustentável.
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Foi essa conscientização que levou à criação, em vários países, de uma legislação de proteção ambiental, o que por sua vez causou uma mudança na conduta das empresas, que passaram a adequar seus processos produtivos levando em consideração a preservação dos recursos naturais. Atualmente, uma empresa que não tenha essa consciência sofre uma série de impactos negativos, que vão desde a impossibilidade de exportação de seus produtos, custo maior para conseguir apólices de seguro de seus ativos até a desvalorização de seu valor de mercado e perda de investimentos e investidores. A Bolsa de Valores dos Estados Unidos criou um mecanismo para indicar quais empresas têm preocupações ambientais e representam, portanto, menor risco para o investimento de grandes capitais. As empresas incluídas no indicador Dow Jones Sustainability Indexes mostram, consistentemente, maior rentabilidade de suas ações, se comparadas com outras empresas não participantes. No Brasil, vários bancos oferecem investimentos semelhantes, como fundos de ações de empresas que prezam pela sustentabilidade e várias companhias anunciam, com orgulho e como um diferencial de mercado, o respeito aos recursos naturais.
Embora muitos avanços na proteção ambiental ainda tenham que ser implementados, nosso país demonstra estar no rumo certo e ter cidadãos e consumidores comprometidos com essa causa. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram, por exemplo, que o consumo de substâncias destruidoras da camada de ozônio caiu em todo o mundo e, em especial, aqui no Brasil. Isso, certamente, causou a redução em 87 por cento (entre 1992 e 2006) do potencial de destruição do ozônio, conforme informações do Núcleo de Ozônio do Ministério do Meio Ambiente. Pode parecer um exemplo simples, mas demonstra bem a importância da conscientização e o impacto real e mensurável da participação da população na preservação desse patrimônio comum.
CIDADANIA
Por Silvia Dutra Foto: Divulgação
DE VOLTA A ROTINA
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aneiro começou e você deve estar pensando como vai dar conta de tudo que tem para fazer: cuidar da família, marido, filhos, pais idosos, entes queridos, e ter jogo de cintura para driblar os desafios e problemas do mercado de trabalho e fazer sua carreira avançar na direção desejada. Além disso, ainda vai ter que pensar na casa (limpeza,comida, roupas, consertos, pagamento de impostos, etc.), no carro (lembrar de encher os pneus e levá-lo para revisão), cuidar da saúde, ir ao médico, dentista, cabeleireiro, vigiar a dieta, fazer exercícios, e mais uma lista que parece infinita de pequenas e grandes questões. Isso, sem considerar os imprevistos e problemas extras que, provavelmente, acontecerão. Só de pensar já ficou cansada? Mais organização pode facilitar sua vida. Com lápis e papel, faça uma planilha e divida seu dia em espaços de meia hora, como as consultas na agenda de um psiquiatra, que, aliás, você pode vir a precisar, se continuar vivendo nessa loucura. Escreva as atividades que você tem de fazer, como estudo e trabalho. Desconte o tempo necessário para o transporte e passe
a anotar todas as demais atividades, como cozinhar, limpar, fazer compras, responder aos telefonemas, emails, etc. O objetivo é evidenciar quanto cada tarefa consome das suas 24 horas. Seja persistente. Depois de alguns dias, examine a planilha e determine aquelas atividades que são prioritárias pra você. Digamos que você goste de cozinhar e queira ter certeza que as crianças fizeram e entenderam a lição de casa. Dedique tempo para essas atividades e não tente limpar os banheiros, a geladeira, organizar os armários, lavar duas cestas de roupas e, ainda, terminar o projeto que trouxe do escritório ao mesmo tempo. Aprenda a delegar para outros membros da família as tarefas que não sejam prioritárias. Se a planilha mostrar que você levou uma hora recolhendo as bagunças espalhadas pela casa e seus filhos já têm idade para fazer isso, mude as regras do jogo. Resista à mania de fazer tudo sozinha, achando que faz melhor e mais rapidamente que os demais. Provavelmente, é verdade, mas ao cometer esse erro você estará criando filhos folgados, estimulando esse defeito no seu marido e
se matando de stress e de tanto trabalhar. Estará colocando em risco sua saúde física e mental. Não seja perfeccionista. Prefira viver por mais tempo sem tanto stress. Dê à sua saúde a máxima prioridade. Se a planilha mostrar que você tem gasto muito tempo falando ao telefone (ou nos almoços dominicais na casa da sogra ou qualquer outra tarefa que não seja particularmente agradável e necessária) e, por isso, não tem caminhado ou se exercitado, mude esses hábitos. Reserve tempo no seu dia para alguma atividade que lhe dê prazer, ou simplesmente para sentar no sofá com seus filhos ou sair para um cinema com o marido. Aprenda a dizer não e estabelecer seus limites para familares, amigos, chefes, vizinhos e quem mais cruzar o seu caminho. Também não matricule seus filhos em várias atividades além da escola. Deixe-os mais livres para serem crianças o maior tempo possível. Lembre-se que, quanto mais atividades eles fizerem, mais eventos você também terá que participar. Use a planilha para se dar de presente um ano novo mais equilibrado e feliz.
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GASTRONOMIA
CONTRA FILÉ OU BIFE NOIX? Venha saborear o verdadeiro entrecote argentino. Entre as carnes nobres é das mais saborosas e macias da Churrascaria Ponteio do Jaguaré.
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uem aprecia um bom e suculento churrasco, atenta para aspectos que identificam um bom corte de carne. A maciez, por exemplo, depende de fatores como a localização da peça na carcaça, a quantidade de tecido conjuntivo (popularmente chamado “nervo”) e gordura entre as fibras da carne, a idade do animal e o tamanho do corte. O Brasil, um dos principais produtores e exportadores de carne do mundo junto a Austrália e Estados Unidos, confunde muito, ainda, a nomenclatura dos cortes de carne vermelha. E, em um mundo globalizado, entrar em um bom restaurante e saber escolher entre bife de chorizo, prime rib, baby beef, carré de cordeiro ou entrecote pode levar o cliente, atordoado com tantas possibilidades, a pedir, de novo, a boa e tradicional picanha! Mas há tantas opções deliciosas, que vale a pena tentar refinar mais o paladar. Experimentar novos sabores, texturas, assim como apreciar o que há de melhor. Uma boa churrascaria apresenta, hoje, uma diversidade incrível de cortes. Além disso, os critérios de qualidade para escolha dos ingredientes têm sido bem exigentes. Segundo o Maitre Pereira, da Churrascaria Ponteio, que leva vinte e nove anos de
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experiência na profissão e do churasqueiro Nilton, uma sugestão especial é o entrecote, servido com todo o cuidado no preparo. A peça é um corte, sem osso, retirada do miolo da cabeça do contrafilé, localizado próximo às costelas e, portanto, muito macio, suculento e saboroso. Conhecedores do assunto recomendam, com propriedade, que a carne seja degustada “ao ponto” para não perder a textura ideal. O entrecote pode também ser denominado filé de costela, bife ancho (espanhol), cube roll (inglês) ou bife Noix (francês). Quando é servido com osso, é chamado de bisteca ou chuleta, que todos conhecem bem. Na verdade, a forma de cortar a carne, de assar e preparar fazem toda a diferença no resultado. Faça uma visita ao Ponteio, solicite ajuda ao maitre se desejar saber mais sobre os pratos e será muito bem atendido. O restaurante oferece ao cliente um ambiente requintado, agradável, excelente atendimento e a simpática figura do Senhor Fernando, o proprietário, que faz questão de receber as pessoas à porta, transformando o Ponteio em “um pedacinho de sua casa”. Bon appétit!
Conheça alguns cortes deliciosos: Bife de Chorizo: parte nobre do contra filé cortado no padrão argentino, que é ideal para saborear assado ou grelhado. Prime Rib: um corte especial de bisteca, padrão americano, que combina com grelhados. Assado de Tiras: trata-se do corte localizado no centro da costela bovina em tiras de 8 cm. Fica saboroso em assados e churrasco, pois é muito suculento. Entrecote: corte especial da ponta do contra filé, no padrão francês (noix). Carne muito saborosa, suculenta e macia, com fibras mais curtas. Combina perfeitamente como churrasco ou grelha, mas também cozida com legumes, assados, refogados e picadinhos. Baby beef: trata-se de uma tira de carne do tamanho de um pequeno bife muito macio, retirada do miolo da alcatra. É uma carne nobre e muito saborosa.
Por Eduardo Assunção Foto: Divulgação
VINHOS
HORA DE COMPRAR!!!
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amos aproveitar as promoções de vinhos e montar a adega para o ano todo.
Para planejarmos nossas compras, vamos montar e cuidar de nossas adegas residenciais como os sommeliers profissionais de restaurantes e hotéis o fazem: cada momento merece um tipo de vinho. Podemos montar nossa adega dividida basicamente em três categorias: vinhos para o dia-a-dia, até R$ 35,00/ garrafa (70% da quantidade total), vinho para recepções e jantares, até R$ 100,00/garrafa (20%) e vinhos Premium para datas muito especiais, vinhos de mais de R$ 100,00/garrafa (10%). O ano de 2008 não foi fácil para a indústria e o mercado de vinhos: tivemos aumento do dólar, “Lei Seca”, aumento de impostos diretamente relacionados ao setor, queda do consumo pela incerteza da crise externa, etc. Mas, vamos aproveitar as oportunidades!!! Neste exato momento os importadores, produtores e comerciantes estão ajustando os níveis de estoques, fazendo degustações gratuitas de novos rótulos e ... (preparem-se !) planejando um novo ajuste de preços: trata-se de um aumento de preços que ainda não tinham repassado aos clientes. Além disso, muitos restaurantes refazem suas cartas de vinhos no início de ano e liquidam os vinhos que não vão mais comercializar em forma de promoção ou vinhos em taças, ambos muito baratos. Um abraço a todos, Eduardo Assunção eduardo@vilavinhos.com.br www.vilavinhos.com.br Onde encontrar: Loja Quinta do Vinho Tel.: 11 4616-2748 Av. Ivo Mario Isaac Pires, 1585 (estrada de Caucaia) – Cotia/SP Loja com decoração fina e rústica com Wine Bar para beber com amigos.
MIX CULTURAL
Fotos: Divulgação
DVDS A HISTÓRIA DO BLUES Produção de Martin Scorcesse. No ano de 2003, renomados artistas de diferentes gêneros, comandaram o palco do Radio City Musica Hall, de Nova York, em um tributo ao blues, destinando a renda para a educação musical. Direção de Antoine Fuqua, traz entrevistas, ensaios e clipes de artistas como Buddy Guy, B. B. King, até seus herdeiros, de John Fogerty e Bonnie Raitt a Mos Def e India Arie.
BUSCA IMPLACÁVEL Produzido por Luc Besson, o filme fala sobre seqüestro. O ex-agente do governo, Bryan Mills, passa pelas 96 horas mais longas de sua vida em busca de sua filha, Kim, seqüestrada por uma quadrilha. Direção de Pierre Morel, com Liam Neeson, Maggie Grace e Framke Janseen.
AOS OLHOS DO INIMIGO A cidade do Maine prepara-se para a chegada de uma forte tempestade, quando um ônibus com prisioneiros se acidenta em seus arredores, libertando cincos condenados perigosos. Em um lugar isolado, uma jovem que recentemente ficara cega, percebe que não está sozinha em sua casa: um dos condenados, se escondera por lá. Com Mae Whitman e Jason Gray.
UMA PROPOSTA DECENTE A bela e jovem Tia McLealand vê sua carreira decolando. Ela também está apaixonada, mas um telefonema muda tudo: seu amor, Nick, morreu em um acidente. Grávida, decide casar-se com um homem rico e poderoso. Anos depois, Tia nota que algo vai mal na história. Com direção de Neil Fearnley e no elenco, Jessica Tuck e Spencer Rochfort.
ESPELHOS DO MEDO Ben Carson é um ex-policial suspenso do Departamento de Polícia de Nova York por ter atingido com um tiro outro policial. Após deprimir-se e começar a beber, separa-se de seus filhos e esposa. Direção de Alexandre Aja, com Kiefer Sutherland, Paula Patton e Amy Smart.
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MAIS E MELHORES BLUES Ainda criança, Bleek Gilliam era forçado pelos pais a estudar trompete, até realizar o sonho deles, tornandose trompetista profissional. Torna-se rival do saxofonista Shadow Henderson, enquanto seu empresário, viciado em jogo, causa sérios problemas para todos os músicos da banda. No elenco, Denzel Washington, Wesley Snipes e Spike Lee, também diretor do filme.
MEDOS PRIVADOS EM LUGARES PÚBLI COS Carências e fantasias de um grupo de pessoas, como um corretor de imóveis que se apaixona pela colega, um ex-militar desempregado e uma jovem solitária que marca encontros com estranhos por meio de anúncios. Filme premiado no Festival de Veneza, 2006. Direção Alain Resnais. Com Sabine Azèma, Lambert Wilson, Andre Dussollier, Pierre Ardint, Laura Morante e Isabelle Carré. PIERRE VERGER: MENSAGEIRO ENTRE DOIS MUNDOS Pesquisa realizada por Lula Buarque de Holanda e o roteirista Marcos Bernstein, narrado pelo Gilberto Gil. A obra trata da trajetória do fotógrafo e etnógrafo francês Pierre Verger, trazendo sua última entrevista. Há material fotográfico, textos produzidos por Verger, e também depoimentos de seus amigos, como Jorge Amado e Zélia Gattai.
DUAS SEMANAS Com Sally Field, que nos brinda com uma interpretação para rir e chorar sobre a decisão de uma família de ficar junta até o final. Quatro irmãos adultos voltam para a casa de sua mãe, que parece estar morrendo. Mas a mãe resolve viver e eles se vêem presos por duas semanas muito difíceis.
NOITES DE TORMENTA Uma mulher decide passar um fim de semana Carolina do Norte para esquecer seus problemas. Sua filha mais velha a rejeita por ela ter decidido se separar do marido. Na pousada que se hospeda, inicia um lindo romance com um hóspede, o que muda muito a vida de ambos. Com Diane Lane e Richard Gere, após o sucesso “Infidelidade”.
LIVROS ORIXÁS: DEUSES IORUBÁS NA ÁFRICA E NO NOVO MUNDO Da extensa obra Pierre Verger. O ponto de partida desse livro é a África e o percurso se estende até as Américas, apresentando aspectos de cultos a orixás e aos deuses iorubás em seus locais de origem como Nigéria e Togo, assim como a expressão destes no Brasil e Antilhas. Editora Corrupio.
O SAPO QUE QUERIA SER PRÍNCIPE De Rubem Alves, um dos intelectuais mais respeitados do Brasil. A nova obra é um livro de memórias sobre as histórias do menino que deixou o interior de Minas Gerais para se aventurar pelo Rio de Janeiro. Ler as memórias de Rubem Alves encanta os leitores com suas palavras. Editora Planeta.
VERGER: UM RETRATO EM PRETO E BRANCO Cerca de 200 fotografias do livro reconstituem a trajetória do mais importante pesquisador da cultura afro-brasileira - o etnólogo francês Pierre Veger, doutor laureado pela Universidade de Sorbone, França. De Regina Echeverria. Editora Corrupio.
O EXECUTIVO E SUA TRIBO Durante dez anos, o trio de consultores (Dave Logan, John King e Halee Fischer-Wright) entrevistou mais de 24 mil pessoas, em mais de vinte empresas de diversas áreas e tamanhos. As conclusões desse estudo inédito ajudam a identificar o segredo do sucesso de equipes como a que criou o iPod, na Apple, e outras tantas que viraram referência no mundo dos negócios. Editora Planeta.
OS CANDOMBLÉS DO BRASIL Edison Carneiro trata da cultura afrobrasileira em um guia básico de consulta para os pesquisadores da área, desde 1948, data de sua primeira edição. Na obra há aspectos da organização social dos terreiros, da economia, do simbolismo da linguagem e dos rituais. Editora Martins Fontes.
MARVEL CHRONICAL O volume conta a história da editora que Marvel, que surgiu após a Grande Depressão e criou os vilões e heróis mais importantes dos quadrinhos, como Hulk, Super Homem, Homem Aranha, Capitão América e outros. A história da editora foi dividida em quatro eras, a partir de 1938 até os dias atuais.
O SÁRI VERMELHO Javier Moro, pesquisador narrador, romanceia a história verídica de uma européia que se apaixona e abandona seu mundo e muda-se para a Índia. Em 1965, Sonia Maino, uma estudante italiana de 19 anos, conhece em Cambridge um indiano chamado Rajiv Ghandi. Sua entrega acabarão transformando-a em uma deusa aos olhos de um sexto da humanidade. Editora Planeta.
O ÚLTIMO CHEF CHINÊS A conta a trajetória de Maggie McElroy que passa por depressão após a morte de seu marido e busca no trabalho a motivação para sua vida. Daí nasce uma sólida amizade entre ela e um chef sino-americano, Sam Liangm, que decidira morar na China para mergulhar nas receitas mais tradicionais do país, datadas do tempo dos imperadores.
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CINEMA A TROCA Em Los Angeles, 1928, Christine Collin é uma mãe solteira que ora para que seu filho volte para casa depois de ter sido seqüestrado. Meses depois, a polícia diz tê-lo encontrado, mas a mãe afirma que aquele não é seu filho. PAGANDO BEM, QUE MAL TEM? A comédia conta a história de dois amigos que estão com problemas financeiros e resolvem produzir um filme pornô. No elenco, Elizabeth Banks, Seth Roegn e Jason Mewes. AUSTRÁLIA Uma aristocrata inglesa herda uma fazenda no norte da Austrália. No entanto, descobre que há um plano para tomarem suas terras e se une a um vaqueiro para transportar o gado por terras inóspitas. Com Nicole Kidman, Hugh Jackman. O LUTADOR relata a trajetória de Randy “The Ram” Robinson, um lutador profissional aposentado, que retorna aos ringues do circuito independente. Vencedor de Leão de Ouro no Festival de Veneza. No elenco estão Mickey Rourke, Marisa Tomei e Evan Rachel Wood. ALEXANDRA O drama de uma senhora que vai visitar seu neto num acampamento militar da Chechênia. No elenco, Galina Vishnevskaya, Vasily Shevtsov, Raisa Gichaeva. TÔ DE FÉRIAS A animação conta a história de um grupo de animais numa pequena ilha dos mares do Sul, que tem suas vidas interrompidas por Impy, um bebê-dinossauro. GARAPA Trata-se de um documentário que mostra o dia-a-dia de três famílias que passam fome no Ceará. As três histórias são contadas a partir do ponto de vista das suas vítimas. Filme selecionado para a mostra paralela Panorama, do 59º Festival Internacional de Cinema de Berlim. CHE O drama retrata a primeira parte do épico sobre as guerrilhas de Che Guevara, centrado na batalha de 1956, contra o então presidente de Cuba Fulgencio Batista. Com Benício Del Toro, Demián Bichir, Santiago Cabrera. WATCHMEN A adaptação cinematográfica da reverenciada graphic novel de Alan Moore e Dave Gibbons chega agora aos cinemas. A história conta sobre a guerra fria e um holocausto nuclear. O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON No elenco há Brad Pitt, Cate Blanchett e Tilda Swinton. A história de um homem que começa a rejuvenescer e as estranhas conseqüências desse fenômeno em sua vida.
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MÚSICA ONE KIND FAVOR B. B. KING
NOITES DE GALA, SAMBA DE RUA Uma bela incursão do lendário B. B. King MÔNICA SALMASO por músicas que o influenciaram desde Segundo CD inédito pela Biscoito Fino, 1950. A obra mostra que, aos 82 anos, ain- traz músicas de Chico Buarque. Mônica da há muita energia. Atenção às regrava- Salmaso realizou um show dentro de uma ções “Backwater Blues”, de BigBill Broonzy, exposição sobre Chico Buarque na Biblio“Tomorrow Night”, de Lonnie Johnson, teca Nacional, no Rio de Janeiro em 2004, “See That My Grave Is Kept Clean”, de Blind foi convidada pelo compositor a gravar Lemon Jefferson e “I Get So Weary”, do pro- seu disco e agora apresenta o seu trabalho dutor T-Bone Walker. para o público. SAMBA ENREDO Você está no ritmo de carnaval? A Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo realizou, na quadra da Rosas de Ouro, SAMBA CHIC PAULA LIMA o lançamento oficial do CD dos Sambas de Primeiro DVD da carreira da cantora, graEnredo das Escolas de Samba da Liga para o vado ao vivo durante o show. O disco traz Carnaval 2009, no qual foram apresentados samba e mistura bossa, neo-bossa, soul, os 13 sambas de enredo. funk (criado por James Brown), jazz, o balanço e o delicioso samba-rock.
QUANDO FALA AO CORAÇÃO MAYSA A série global traz à tona uma voz talvez não tão familiar (para o público jovem), mas que foi uma das maiores do Brasil. O álbum duplo traz músicas de diferentes estilos, mostrando a interpretação ímpar da cantora. HEITOR VILLA LOBOS CHOROS Nº 1. 4. 6. 8. 9 Com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, regida pelo maestro John Neschling, tem como convidados Fábio Zanon (violão), Linda Bustani e Ilan Rechtman (piano).
CIRANDA MOURISCA ALCEU VALENÇA O compositor apresenta as suas canções preferidas, com releituras de trabalhos que nunca chegaram ao rádio. Além de diferentes estilos de músicas de seu primeiro álbum “Molhado de Suor”, de 1974, há a influência árabe em algumas faixas.
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Foto: Dilla Meira
SHOWS, TEATRO, EXPOSIÇÕES, ETC. CADA UM COM SEUS POBREMA desde 2004, já foi vista por mais de 150 mil espectadores! Escrita e interpretada por Marcelo Médici, traz nove personagens totalmente diferentes e o humor inteligente que leva o público às gargalhadas do início ao fim. Teatro Shopping Frei Caneca Rua Frei Caneca, 569 – Bela Vista Informações: 3477-2229 SERÁ QUE A GENTE INFLUENCIA CAETANO? Uma comédia sobre dois amigos, um poeta e outro músico, que querem criar uma obra que impressione Caetano Veloso. A comédia é dirigida por Henrique Stroeter e Claudinei Brandão. Espaço Parlapatões Praça Roosevelt, 158 – Consolação Informações: 3258-4449 O AMANTE DE MEU MARIDO Um homem que sonha em ser ator é convidado para interpretar o papel de um homossexual. Daí em diante, sucedem-se vários mal entendidos. Teatro Ruth Escobar Sala Gil Vicente Rua dos Ingleses, 209 - Bela Vista Informações: 3289-2358
CALÍGULA O texto destaca a crueldade e abusos de poder do imperador romano, Calígula, após a morte de sua irmã e amante, Drusilla. De Albert Camus, com a direção de Gabriel Villela e protagonizado por Thiago Lacerda. Sesc Pinheiros Rua Paes Leme, 195 - Pinheiros Informações: 3095 9400 O MISTÉRIO DE IRMA VAP A peça, dirigida por Marília Pêra, satiriza clássicos ao contar a história de uma família que vive em uma enorme casa assombrada. De Charles Ludlam, com Cássio Scapin e Marcelo Médice. Teatro Shopping Frei Caneca Rua Frei Caneca, 569 - Bela Vista Informações: 3472 2226 / 3472 2414 A MORATÓRIA A peça trata-se de um clássico do teatro nacional e conta a trajetória e o sofrimento de um ex barão de café e sua família, após perderem tudo e mudarem para a cidade. De Jorge Andrade, direção de Eduardo Tolentino de Araújo, com Grupo Tapa. Teatro Shopping Frei Caneca Rua Frei Caneca, 569 - Bela Vista Informações: 3472 2226 / 3472 2414
E roqueiros, aguardem: AEROSMITH (abertura de Velvet Revolver) - Dia 12 de abril no Estádio do Morumbi. Informações: www.credicardhall.com.br ou www.ticketmaster.com.br
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BACKSTREET BOYS Sucesso pop dos anos 90, com 75 milhões de álbuns vendidos, a banda se apresenta, no dia 5 de março em São Paulo, com o novo CD Unbreakable. Credicard Hall. Av. Nações Unidas, 17.955 - Santo Amaro Informações: 2846-6010 COLDPLAY Com as músicas “Viva La Vida” or “Death and All His Friends” a banda obteve grande sucesso de vendas em 2008. Apresenta-se nos dias 26, 27 e 28 de fevereiro. Via Funchal Rua Funchal, 65 - Vila Olímpia Informações: 3089 6999 CORALUSP Para quem gosta de cantar, o coral abre inscrições para novos integrantes entre os dias 9 de fevereiro e 31 de março de 2009. O coral é aberto à comunidade (homens e mulheres), com ou sem experiência musical. Não é necessário ter vínculo com a USP. Além de participar gratuitamente dos ensaios, os coralistas recebem orientação nas áreas de técnica vocal e estruturação musical. Inscrições: segunda a sexta-feira, das 10h às 19h, na Avenida Professor Luciano Gualberto, nº 374, travessa J (edifício da Antiga Reitoria), 4º andar – Cidade Universitária. Telefones (11) 3091-3930 / 3091-5071 (com Cida) ou pelo site www.usp.br/coralusp
PERFIL
Por Silvia Dutra Foto: Divulgação
ROBERTO KLEINER CIANTELLI: VOCÊ JÁ OUVIU ESSA VOZ
A Versátil Magazine apresenta a você o homem que criou e dirigiu o primeiro reality show brasileiro produzido no exterior, a primeira voz brasileira a anunciar os programas do Cinemax Prime da HBO e que tem levado a sério a imagem do nosso país no cenário internacional.
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ocê pode não reconhecê-lo, mas com certeza já ouviu a voz dele, em comerciais na televisão e no rádio, dublando séries estrangeiras, como South Park e Lazy Town, apresentando chamadas de programas em canais importantes de TV a cabo, como Discovery Chanel, Discovery Health, People and Arts, Nicklodeon, Fox Kids e Cinemax Prime, da HBO, entre outros. E também avisando, antes de muitos filmes e séries: “versão brasileira: Álamo”. Lembrou? Ele é o talentoso Roberto Kleiner Ciantelli, jornalista, radialista, locutor profissional, que há 20 anos empresta sua potente e versátil voz para dar vida a personagens e peças publicitárias em variados trabalhos de comunicação. Ele ainda é produtor e diretor técnico e artístico de televisão e apaixonado autor, ator e diretor de teatro, que tem no curriculum bem sucedidas montagens no Brasil e nos Estados Unidos.
A paixão pela comunicação vem desde a infância, passada em Rio Claro, SP, onde nasceu em 18 de fevereiro de 1972. Assistia ao programa do Silvio Santos com a mãe, Daisy, e sonhava em trabalhar na televisão. Percebia intuitivamente que o forte sotaque dos paulistas do interior poderia ser um empecilho para seus planos futuros e se policiava para falar um Português neutro, sem carregar nos “R” ou omitir vogais. Era criança, mas já olhava longe. A chance de começar o sonho veio com o curso de radialista do Senac, na época o único profissionalizante do Brasil, que funcionava na Rua da Consolação. Eram 500 candidatos para 20 vagas e Ciantelli passou em primeiro lugar no vestibular que selecionou, apenas, os 14 com maior potencial. Em três meses de curso intensivo, aprendeu técnicas de interpretação, impostação e entonação da voz, noções de psicologia, fonoaudiologia, além de aspectos operacionais de locução para rádio e televisão.
Descobriu-se apaixonado pela atividade. Antes mesmo de terminar o curso, gravou com o conhecido produtor Cacá Blóis o primeiro comercial e nunca mais parou. Entre as décadas de 80 e 90, fez mais de 5 mil trabalhos de locução para instituições e empresas comerciais e teve sua voz difundida por todo o País em anúncios de rádio e televisão. Vendeu e anunciou de tudo: salgadinhos, pipocas (Hikari), talco para os pés (Baruel), pães (Seven Boys e Panco) e foi a voz de todos os shoppings da rede Multiplan que administra centros como o Ibirapuera, rede Iguatemi, Barra Shopping, no Rio, e vários outros estabelecimentos do gênero espalhados por cinco estados brasileiros. Foi adquirindo experiência, aprimorando a técnica e construindo uma carreira respeitada e valorizada por seu profissionalismo e versatilidade. Paralelamente a isso, começou estudar Análise de Sistemas, mas logo
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PERFIL
comerciais dos perfumes da Hugo Boss. Já entrou no estúdio percebeu que sua praia era outra. Trancou a matrícula e foi para gravar a redublagem do seriado Lazy Town, onde interestudar Jornalismo, na FIAM. Em 1989, realizou um sonho preta o vilão preguiçoso, Robin Rotten, e está em negociação de infância: conseguiu trabalhar com Silvio Santos, no SBT, para também dublar o gato Garfield, trabalhos que devem ser participando da equipe que produzia o Táxi do Gugu. Ainda, lançados no Brasil, ainda em 2009. arrumou tempo para perseguir outra paixão: o teatro. EscreNos Estados Unidos, também criou e dirigiu o programa Corriveu, dirigiu e atuou na peça “Quem ri por último não entenda Maluca, primeiro reality show brasileiro produzido no exterior deu a piada”, que ficou em cartaz no teatro Cacilda Becker, nos anos de 92 e 93. e transmitido com grande sucesso pela RIT (Rede Internacional Em 2000, resolveu mudar de ares e encarar outro desafio de Televisão) da Flórida, emissora onde durante dois anos (2006 a 2008) acumulou as funções de diretor técnico e artístico. No fiprofissional: dublagens. Radicou-se em Miami, impressionou nal do ano passado, Roberto Ciantelli criou e dirigiu o espetáculo produtores com sua técnica e, desde então, não parou mais. beneficente “Labirintos da Vida”, que Foi a primeira voz brasileira a anunciar Foi adquirindo os programas do Cinemax Prime, canal durante três finais de semana, recebeu da HBO. Fez trabalhos para a Fox Kids mais de mil expectadores num salão em experiência, aprimorando Pompano Beach, cidade que concentra da Disney (atual Jetix) e para o canal Nicklodeon. Nesse último, entre muitos a técnica e construindo uma grande número de brasileiros. A renda foi toda revertida para as vítimas da trabalhos, destaca o concurso “Meus prêmios Nick”, onde criou 16 vozes caricatas carreira respeitada e valorizada inundação em Santa Catarina e o su(vozes de desenhos animados – 8 mascesso foi tanto que a peça está concorpor seu profissionalismo e culinas e 8 femininas) e dublou todos os rendo ao Brazilian International Press Award, previsto para acontecer, no mês apresentadores do programa, verdadeira versatilidade. febre entre a criançada. Fez, também, alde maio, em Fort Lauderdale, Florida. Criado em 1997, pelo produtor cultural brasileiro Carlos Borgumas vozes no desenho animado South Park, como o professor gay Garrisson e todos os repórteres e apresentadores ges, o evento presta homenagem às personalidades, instituide TV que aparecem naquele seriado. Atualmente, pode ser ções e iniciativas comprometidas com a promoção cultural e a ouvido no Brasil em promos e billboards (você está assistindo imagem positiva do Brasil no exterior. ao programa X, um oferecimento do produtoY), para vários Para entrar em contato com Roberto Kleiner Ciantelli: programas e canais da Discovery Channel e, também, nos ciantelli@live.com
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DIVERSATILIDADE
O que é Burocracia? Comunicado aos funcionários: Comunicamos que haverá uma mudança na dinâmica dos andares do nosso prédio. Até hoje, os andares tinham um valor fixo (1º, 2º, 3º, etc.) e suas salas, um número correspondente ao andar (101, 203, 309, etc.). No entanto, a partir de agora, o número do andar irá variar de acordo com o dia da semana e do mês. Três itens simples regem essas mudanças: A) nas segundas, quartas e sextas, os andares anteriormente ímpares (1,3,5,7 e 9) terão seus números modificados para, respectivamente, 103, 408, 297, 56 e 78 (exceto nos meses de julho e dezembro). B) às terças e quintas, esses mesmos andares terão seus números originais acrescidos do dia anterior. Exemplo: terça, dia 15, você está no 2º andar, ou seja, 2 + 14 = 16º andar. Portanto, salas 1601, 1602, 1603, etc.. C) em todo dia par do mês, independente do dia da semana, os andares pares (2º,4º,6º e 8º) serão modificados para 171º, 125º, 15º e 2º. Nos demais dias, prevalece a numeração original. Com estas mudanças, várias providências terão que ser implementadas: 1. Um funcionário do audiovisual será deslocado para fazer a troca das placas dos andares e das salas de acordo com a escala acima. 2. Um funcionário da manutenção será deslocado para fazer as modificações no painel do elevador. 3. Um funcionário será desviado do setor de xerox para fazer a administração operacional do sistema e atualizar diariamente o mural central, no andar térreo. 4. Um funcionário será deslocado da secretaria geral para ficar dando informações na recepção aos nossos clientes, quando estes estiverem confusos. 5. Um funcionário será deslocado do laboratório para que faça a fiscalização da troca dos números das salas. 6. O setor de compras terá que providenciar a aquisição das placas numeradas. 7. Ao preencher relatórios e formulários, cada funcionário deverá anotar o número da sala em que se encontra e QUE SEJA CORRESPONDENTE ao dia da assinatura do documento em questão, de acordo com as instruções acima. 8. Será constituída uma comissão com os dez funcionários mais antigos que discutirá quinzenalmente os efeitos das mudanças propostas. Essa comissão terá que elaborar um relatório completo e minucioso com uma radiografia da situação em curso. Esse relatório deverá ser feito à mão e em seis vias. Não se esqueçam de olhar TODO DIA o mural para confirmar as mudanças diárias de sala. Eventualmente mudanças não previstas de numeração poderão ocorrer. TODOS devem seguir e se adequar a estas mudanças, sob pena de advertência por escrito. Lembramos que três advertências abrem a possibilidade de demissão por justa causa. Para evitar futuras dúvidas, estamos publicando uma lista de FAQUAs (Frequent Asked QUestions Antecipatórias) que esperamos possa esclarecer plenamente os funcionários acerca das novas regras e da nova cultura da empresa.
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FAQUAs Qual o sentido dessas mudanças? — Elas foram idealizadas para melhor organizar o funcionamento da empresa. Como elas podem melhorar o funcionamento da empresa? — Elas criam um nível adicional de organização. Mas qual a vantagem desse nível adicional? — Apenas cumpra as determinações divulgadas. A diretoria sabe o porquê. Por que não foram contratados funcionários novos para essas novas funções? — Estamos em regime de contenção de despesas. Mas os setores que perderam funcionários ficaram prejudicados. No caso do xerox, só havia um funcionário! — Justamente: o setor de xerox será desativado, já que ficou sem funcionários. A comissão supracitada já se reuniu três vezes e por três vezes consecutivas aconselhou a extinção desse sistema. Por que ele continua em funcionamento? — É preciso de tempo para que ele possa dar frutos e passe a fazer parte do cotidiano das pessoas. E se alguém quiser se informar sobre as mudanças e estiver, por exemplo, no 10º andar? — Terá que descer até o térreo e olhar o mural central. Isso não implica um gasto maior de energia dos elevadores? — Sim. Pensando nisso, a empresa decidiu desativar dois deles. Por que relatórios feitos à mão se eles podem ser digitados e impressos, facilitando a leitura? — Assim foi determinado pela diretoria. Por que 6 vias? — Uma para a presidência, outra para a direção do setor, a terceira para o subchefe do setor, a quarta para o depto. de pessoal, a quinta para a secretaria geral e a sexta ficará como cópia reserva na filial da empresa. Não haverá um gasto excessivo com papel por causa dessas anotações redundantes? — Sim, haverá. Por isso, a empresa está estudando um plano de demissão involuntária para se ajustar ao regime de contenção de gastos e compensar esses acréscimos de despesas. Uma vez que esse sistema é totalmente contra-intuitivo, por que não instalar informações em cada andar do prédio? — Porque não. Por que a diretoria decidiu por essas mudanças? — Isso faz parte de uma nova estratégia empresarial chamada OFF-SPRING-ON-ROAD. O que é isso? — Uma nova técnica de gestão que busca a qualidade total. Em que consiste essa abordagem? — Consiste numa gestão que persegue a qualidade total da empresa. Isso é um raciocínio circular! — Faz parte da OFF-SPRING-ON-ROAD.
Alexandre Lourenço é Veterinário, microbiologista, professor, bípede, mamífero e agora, escritor. Não necessariamente nessa ordem. e-mail: duralex@uol.com.br www.microbiologia.vet.br
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