Guitar Hero Metallica
Games
MBA
Educação
Ano 2 • Edição 10 • Jun/Jul09 • Para os melhores leitores.
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SUMÁRIO
06 Nosso Bairro 22 Bem-Estar Sakura Matsuri
Personal Trainer
24 Decoração Que tal um projeto sustentável?
08 Negócios Como fazer para acertar
09 Educação 26 Meio Ambiente MBA
Alarmismo ou realidade?
10 Saúde 28 Gastronomia Práticas corporais
29 Vinhos 12 Pet Cuidando com carinho
30 Mix Cultural
14 Games 36 Perfil Guitar Hero Metallica
Jacques Ardies
16 Turismo Couchsurfing
18 Entrevista Mariana Aydar
38 Diversatilidade O Chateu D’ Aff
Foto: Nikhil
EDITORIAL
EDIÇÃO NOTA DEZ
Expediente Diretor Edgar Kage
É com muita empolgação presentear você com nossa edição dez! Empenhados em trazer o melhor, buscamos Mariana Aydar. Considerada uma das maiores cantoras brasileiras da atualidade, ao voltar de sua turnê na Europa e em meio a tantas atividades, nos concedeu uma entrevista, deliciosa como sua voz. Para quem aprecia MPB, seu repertório é bastante diversificado, sempre agrada. A seção de saúde e bem estar conta com uma colaboradora, Marília Coutinho, que é atleta e trará novas perspectivas sobre prática de esportes. Não percam a oportunidade de conhecer o seu blog, com informações provenientes de intensa pesquisa. Também abordamos o trabalho do personal trainer, com Beatriz Dias. A saúde dos animais também é tratada de forma especial. Nossa jornalista ensina algumas tarefas fáceis e prazerosas que ajudam a identificar problemas de saúde, antes da manifestação dos sintomas. Em nossa seção educação, o que pensam professores das melhores instituições de nossa região, sobre a necessidade de boa formação para o mercado. Em negócios, o planejamento, além do empreendedorismo, é uma condição fundamental para o sucesso no comércio local. E não poderíamos deixar de abordar assuntos voltados ao meio ambiente. Para saber um pouco mais sobre construções sustentáveis e a importância da educação ambiental, a bióloga e arquiteta Martha Nader e o biólogo Zysmann, ele presidente do Instituto Physis, apontam maneiras simples para manter a harmonia em nosso planeta. A arte também tem um espaço especial na seção perfil. Entrevistamos Jacques Ardies, marchand e proprietário de galeria de arte naif. Este estilo de arte é muito interessante porque há aproximação da obra com a simplicidade, com o primitivo. E para aproveitar as férias escolares, uma idéia inovadora e que vem ao encontro à tendência atual de formação de redes de relacionamento. Conversamos com a couchsurfer Adriana Mirage, quem nos conta como conheceu vários países associando-se à rede que permite, ao mesmo tempo, conhecer pessoas especiais em lugares interessantes.
Redação Cláudia Liba redacao@revistaversatil.com.br Jornalista Responsável Silvia Dutra – MTb 15.479 silviadutra@mail.myacc.net www.maluca4u.net Diagramação ED+ Comunicação Comercial comercial@revistaversatil.com.br Colaboradores Adelino Varella, Adriana Mirage, Beatriz Nogueira, Celso dos Santos Filho, Danilo Valeta, Eduardo Assunção, João Valério, Leonardo Caramori, Luciana Mariano, Marilia Coutinho, Maria Martha Nader, Paula Carvalho, Ricardo Franco Barbosa, Ricardo Leão, Zysmann Neiman. Agradecimentos Alan Diniz Agradecimento Especial Mariana Aydar Foto da Capa Nikhil Pré-Impressão, Impressão e Acabamento Doron Central de Compras Assessoria Jurídica MM Advogados Tel.: (11) 3294-0800 Distribuição nas regiões do Butantã, Vl. Indiana, Jd. Rizzo, Vl. Gomes, Jd. Bonfiglioli, Morumbi, Vl. Sônia, Jd. Guedala, Vl. São Francisco e Pq. dos Príncipes. Tiragem 20.000 exemplares
Nossa equipe agradece o constante e crescente apoio dos anunciantes que tornam possível nosso projeto! Versátil Magazine: para os melhores leitores!
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NOSSO BAIRRO
Por Beatriz Nogueira Foto: Divulgação
SAKURA MATSURI FESTA DA CEREJEIRA
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próxima Edição da Festa Sakura Matsuri (Festa da Cerejeira) da região oeste de São Paulo acontecerá domingo, dia 12 de julho, no CCDC Clube da Comunidade do Parque Continental. O clube iniciou suas atividades há mais de 40 anos, com o trabalho e a dedicação de descendentes de imigrantes japoneses que moravam na região. As pessoas reuniam suas famílias e amigos em uma praça para jogar gateball, um esporte semelhante ao críquete inglês. Com o passar dos anos, surgiu a necessidade de um espaço destinado à prática do esporte e às atividades da comunidade. E foi assim que o senhor Paulo Koji Tsuchida, um dos principais incentivadores das atividades do clube, desde então, iniciou a construção do clube que, hoje, tem aulas de pintura, dança, ginástica Lian Gong, culinária e também o gateball entre outras atividades. Senhor Paulo vive no bairro desde 1968 e nos conta que o espaço “era um matagal e naquela época as pessoas trabalharam capinando, usando suas enxadas”. Algum tempo depois, o terreno foi cedido pela prefeitura,
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tornando-se um espaço público ainda subutilizado pela população. Há uma excelente quadra esportiva oficial que está à disposição de grupos que queiram alugar para praticar esporte. Hoje há várias atividades abertas ao público e a mensalidade é uma taxa simbólica, para a manutenção do espaço. E, destaca senhor Paulo, “não é um clube para descendentes de japoneses, mas todos são bemvindos”. Para termos ideia, o frequentador mais idoso tem 97 anos de idade e é encontrado por lá diariamente. Os principais idealizadores da festa Sakura Masturi andam ansiosos para receber os convidados e já estão com os preparativos da festa em dia. Há uma equipe trabalhando diariamente na organização do evento e já há convites à venda. A expectativa maior é que as cerejeiras estejam repletas de flores para recepcionar os visitantes. Sempre um espetáculo lindíssimo, que dura pouco tempo. A cerejeira é a flor símbolo dos japoneses e a festa Sakura Matsuri é um evento muito especial, no qual os nipônicos resgatam a
tradição de olhar para as flores, de sentir a carícia de suas pétalas e promover, assim, a paz interior. No Brasil, a flor começou a ser cultivada apenas em 1974, no Parque do Carmo. A planta se adaptou ao nosso solo, tornandose mais uma demonstração do vínculo de amizade entre os dois povos. Participe e traga sua família. Durante o dia, entre 11 e 17 horas, serão realizadas diversas apresentações culturais, como dança folclórica e venda de comidas típicas. O público presente terá oportunidade de apreciar um pouquinho da cultura do Japão e passar uma tarde agradável. Para o almoço, entre 11 e 14 horas, será servido yakisoba, prato que agrada a todos. E quem passar pelo clube e adquirir os ingressos antecipadamente, ganhará duas cartelas para participar do tradicional bingo.
Clube da Comunidade do Parque Continental Av. Professor Francisco de Paula Vicente de Azevedo, 555 – Parque Continental Telefone: 3766 1418
Sem taxa de MatrĂcula
NEGÓCIOS
Foto: Divulgação
COMO FAZER PARA ACERTAR S
ão várias as razões que levam algumas pessoas a montar um negócio: ganhar mais, conseguir melhores condições de vida, suprir a falta de emprego, largar a rotina e voar mais alto, não ter patrão, beneficiar uma comunidade, poder realizar... Mas a maior razão da existência de empresas é mesmo o lucro. Há também um grande número de motivos para outras pessoas não empreenderem um negócio: o conforto do emprego contra o risco de poder levar um bom tempo para gerar lucro, a garantia do salário, as férias pagas, a trabalheira com clientes, fornecedores, empregados, vendas, controles, planos... Vontade é fundamental para um negócio, mas só vontade não basta... Para um negócio prosperar, o empreendedor precisa usar de habilidade em administração, finanças, marketing & vendas e na tecnologia empregada na atividade de produção. Precisa ainda de boa dose de sorte com a situação econômica da comunidade que atende, saber gerenciar o capital de giro, driblar concorrentes... Precisa também, e é fundamental, saber o que acontece com sua empresa. O fracasso de muitos negócios serve de aprendizado aos que estão no mercado e aos que pretendem ingressar nele. Existe agora um novo tipo de empresário. Tem o mesmo espírito empreendedor, o mesmo gosto pelo risco e pela aventura. Mas usa e sabe como usar o planejamento, cada vez mais. Tem um perfil pouco comum. É ousado e ao mesmo tempo cauteloso, arrisca-se, mas analisa o que poucos questionam, enfrenta desafios com objetividade, cria as oportunidades. Muitos acham que para ter sucesso é preciso capital, muita sorte e amigos influentes. Dinheiro, sorte e amigos são vantagens, mas não o principal. O que vale mesmo é força de vontade, determinação e, principalmente, saber transformar oportunidades em negócios lucrativos. Uma oportunidade é transformada em um bom negócio quando é traduzida em ativida-
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des controláveis, com objetivos e metas bem claros, com prazos para execução, com responsabilidades definidas, com boa comunicação e compromisso de todos os envolvidos. Com planejamento. Com um plano, que é a materialização do planejamento, é possível ter o controle do empreendimento. E é só assim, pois não há bom controle se não houver um bom plano que o suporte. Um plano mostra o caminho a ser percorrido, os meios para percorrê-lo, os recursos necessários, os responsáveis pelas atividades. Tudo com um objetivo claro, mensurável e comunicado aos envolvidos. Quando se aceita um convite para um churrasco na chácara de amigos, é preciso saber quando ir, quem vai, qual o meio de transporte, quanto tempo deve levar, despesas envolvidas, condições da estrada e do veículo, horários, etc. Mesmo se ocorrer algum imprevisto,
tendo um plano, é mais simples administrar: biscoitos para os pequenos, água mineral, parada no posto de abastecimento, telefonema para os amigos que estão aguardando... Sabese a que horas e para o quê se deve chegar; é mais fácil controlar. É possível saber quais os pontos que devem ser ajustados, acertar o que for possível e... atingir a meta! É assim que funciona no dia a dia. É assim que é com uma empresa lucrativa. Uma empresa deve planejar os produtos, os processos, as necessidades de recursos humanos e de recursos financeiros. O negócio deve ser planejado como um todo. Para tornar-se administrável, o todo deve ser dividido em pedaços, detalhados até o nível que permita que sejam entendidos e controlados. Negócios envolvem riscos... Quanto maior o risco, mais o empreendedor de sucesso vê a necessidade de se apoiar num bom plano.
Ricardo Leão Ajzenberg Especialista em Projetos de Financiamento. e-mail: azb@coreconsp.org.br
EDUCAÇÃO
Foto: Divulgação
MBA: INVESTIMENTO EM CAPITAL HUMANO
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m 1992 foi conferido ao professor Gary Becker o Prêmio Nobel de Economia. Parte significativa dos trabalhos deste importante economista, ligado à Universidade de Chicago, está relacionada ao conceito de capital humano. O conceito foi inicialmente enunciado por dois outros importantes autores, Theodore W. Schultz (http:// pt.wikipedia.org/wiki/Theodore_Schultz) e Arthur Lewis (http://pt.wikipedia.org/wiki/ Arthur_Lewis) também ganhadores do Nobel em 1929. Entretanto, coube a Becker a divulgação mais ampla dessas idéias. O capital, como se sabe, corresponde a um amplo conjunto de ativos que se constituem em fatores de produção. Em outras palavras bens que se transformam em outros bens ou bens que são empregados para a obtenção de outros bens. Por decorrência capital humano refere-se aos aspectos formadores da capacidade produtiva do ser humano, principalmente aqueles vinculados à educação e a saúde. Foi com base nesses conceitos que Michael Porter escreveu o livro “Vantagem competitiva entre as nações.” Neste texto Porter examina o desenvolvimento de um conjunto de países contemplando a instalação e evolução de segmentos econômicos diversos. Um dos aspectos ressaltados por ele diz respeito exatamente ao nível de qualificação tanto de produtores como consumidores. Perguntas como: Como a Alemanha depois da Primeira Grande Guerra se recuperou a ponto de em menos de duas décadas apresentar-se novamente como potência militar capaz de iniciar e manter um novo grande
conflito mundial? Como a mesma Alemanha destruída pela derrota da Segunda Guerra se ergueu a ponto de se constituir como uma das mais importantes economias do pós guerra? Respostas a essas perguntas repousam e muito no grau de qualificação do povo alemão, isto é, no conhecimento gerado, acumulado e compartilhado pelos próprios indivíduos. A educação é uma das bases fundamentais para o desenvolvimento. Trata-se, portanto, de um elemento chave de sucesso. Uma sociedade mais preparada exige mais. O maior nível de exigência obriga que se cunhem respostas apropriadas. A necessidade de ter essas respostas empurra indivíduos e instituições na direção da obtenção de padrões de oferta de bens e também de relacionamentos mais evoluídos tecnicamente e socialmente. Por óbvio as empresas neste contexto são elementos absolutamente decisivos. São elas as empregadoras. São elas as transformadoras dos fatores de produção em bens e serviços. São elas, ou por meio delas que as riquezas são geradas. Se o homem é um ativo para a empresa, na concepção da teoria do Capital Humano, ele também o é para ele mesmo. É um ativo para a empresa porque por sua interveniência a empresa estabelece ou não uma posição competitiva nos mercados. É também um ativo para ele porque é de sua capacidade produtiva que advém suas próprias possibilidades. Por esse caminho chega-se naturalmente a idéia de que o aprimoramento profissional é um elemento da maior importância. Programas educacionais como os MBAs são
uma oportunidade, um reforço na jornada profissional. Sendo frequentemente realizados após alguns anos de experiência profissional, programas desta natureza, permitem que os participantes contrastem os conhecimentos recebidos nos anos verdes da faculdade com a experiência vívida no exercício de suas atividades. Esse envolvimento apoiado pelos conhecimentos ministrados no próprio curso e compartilhando as experiências com outros indivíduos alarga os horizontes perceptivos ampliando por consequência a capacidade analítica da realidade. Trata-se de um momento crucial da carreira profissional. Há um conjunto bem limitado de instituições realmente qualificadas que preenchem os atributos necessários ao atendimento das reais necessidades de programas desta natureza. A FIA – Fundação Instituto de Administração é dessas possibilidades. Alicerçada nas idéias anteriormente colocadas, a FIA tem como política oferecer cursos apenas onde desfruta de posição diferenciada de pesquisa. Embora MBA sejam importantes na carreira, como já se assinalou talvez o mais relevante seja uma postura permanentemente orientada ao aprimoramento profissional. Um MBA é uma decorrência dessa forma de pensar e agir. Prof. Dr. Claudio Felisoni de Angelo Diretor Presidente FIA Fundação Instituto de Administração
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SAÚDE
Por: Marilia Coutinho e Leonardo Caramori Foto: Divulgação
PRÁTICAS CORPORAIS E ESPAÇO PÚBLICO: A DIVERSIDADE URBANA
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epois que a Organização Mundial de Saúde assumiu para si e para todos que o mundo vive uma epidemia de sedentarismo, deflagrou-se uma perseguição atabalhoada de indicadores de atividade física. Nenhum deles funciona direito, mas as medidas geraram uma certeza na cabeça dos tomadores de decisão: é preciso estimular o cidadão a se movimentar mais. Alguns problemas se arrastam atrás destas iniciativas: 1. Não se sabe de verdade definir sedentarismo e, portanto, como diminuí-lo ou erradicá-lo; 2. Não se sabe exatamente como equacionar uma vida urbana cada vez mais “imóvel”, tecnológica e com longas jornadas de trabalho sentadas, com a necessidade de estimular mobilidade. Pensar em mobilidade significa também pensar em um espaço onde esse movimento possa acontecer. Além de reforçar a importância dos espaços privados dedicados à atividade física, um dos consensos que se criou foi o de que é preciso tornar o espaço público mais hospitaleiro à atividade física. Assim, foram criados programas de caminhada, corridas, Agita isso e Agita aquilo. Quase sempre, ninguém parou para investigar que usos a população do lugar já fazia daquele espaço,
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compatíveis ou não com as “mobilidades projetadas”, e lá foram criando pistas e trilhas. Pois bem, o espaço público urbano é palco de uma enorme diversidade de atividades pouco conhecidas de todos nós e auto-organizadas. Você já ouviu falar no Le Parkour? É um “esporte” de rua (na verdade, não é: é uma prática corporal nãocompetitiva e não-institucionalizada em federações, e, portanto, não é um esporte propriamente dito). Consiste de manobras radicais em espaço urbano com equipamentos estáticos, cujo objetivo é chegar de um ponto “A” a um ponto “B”, saltando os obstáculos, no menor tempo possível. A prática nasceu na Europa e se difundiu pelo mundo todo. Tem crescido bastante na cidade de São Paulo e já foi apresentado no Parque Villa Lobos. Outro “esporte de rua” amplamente praticado, e agora bastante aceito, é o Skate, que consiste em executar manobras sobre uma prancha com rodas em superfícies de inclinação variável. Ainda dentro das modalidades radicais praticadas na nossa cidade e em muitas áreas públicas da Zona Oeste temos o Free Running, variante do Le Parkour que admite elementos estéticos no repertório
de movimentos, os patins, o BMX e o Bike Freestyle. As versões “de rua” dos esportes majoritários, como o Basquete de Rua (Streetball), o Futebol de Rua e a Corrida de Rua são outras atividades que vêm se auto-organizando pela cidade. Atividades tradicionais como o tai-chichuan e a capoeira também ocupam os espaços públicos, que sendo, afinal, públicos, prestam-se a ser apropriados das maneiras mais diversas e inusitadas. Todas estas atividades são além de “mobilidade” sensu strictu, uma oportunidade para o encontro das tribos urbanas, cozinhando e temperando, como sempre, o famoso caldeirão cultural.
Marilia Coutinho, Ph.D. CREF 059869-P/SP http://lattes.cnpq.br/5658733819493003 Currículo esportivo: http://www.athletebio.com/bra1963f1 http://www.bodystuff.org/curriculoesportivo.html Global Powerlifting Committee Brasil http://www.globalpowerlliftingcommittee-brasil.com http://www.powerlifting-brasil.com BodyStuff Atividade Física e Imagem Corporal www.bodystuff.org http://www.virtusetfortia.com
PET
Por Silvia Dutra Foto: Divulgação
CUIDANDO COM CARINHO
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e você tem um animal de estimação deve saber que nada substitui a visita anual ao veterinário, para as vacinas obrigatórias e um check up de rotina. Mas além desses cuidados há outros, que é possível fazer em casa mesmo e que vão estreitar os laços de amor e amizade entre vocês e evitar que o animal sofra desnecessariamente. É importante investir num bom produto anti-pulgas para evitar infestação na casa e desconforto para o animal. Há atualmente uma grande variedade de produtos para matar ou repelir esses insetos. Aqueles à base de borato fazem com que pulgas adultas, ovos e larvas percam umidade e morram ressecadas. Reguladores de crescimento de insetos impedem que filhotes de pulgas se tornem adultas e se reproduzam. E a pílula que é dada ao cão contém uma substância (Lufenuron) que impede a eclosão dos ovos e nascimento de novas pulgas. Cientistas já identificaram quase 2 mil espécies de pulgas e embora todo o arsenal disponível seja eficiente é necessário jamais baixar a guarda e estar sempre atento para defender seu animal desse tormento.
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Seja qual for o produto indicado pelo veterinário, siga corretamente as instruções porque todos eles são venenos perigosos. Baba intensa e tremedeira são os sinais mais prováveis de envenenamento químico. Se você perceber esses sintomas em seu cão (durante um programa de controle de pulgas ou não) procure ajuda imediata. Sem tratamento, o envenenamento químico pode levar rapidamente a convulsões, colapso e morte. Pelo menos uma vez por semana reserve um tempo para escovar a pelagem do cão sobre um pedaço de papel ou toalha branca. Procure por pele seca, caspas, pulgas e seus resíduos. Pontos de pele úmida, irritada e sem pêlos indicam provavelmente uma dermatite causada por uma reação alérgica à picada de pulgas. Preste atenção à reação do animal durante a escovação. Ele fica relaxado e feliz ou se esquiva? Faça uma massagem nele, procure sentir a textura e temperatura de sua pele. Qualquer sinal de dor ou desconforto nessa hora deve ser investigado. Examine a pele a procura de feridas ou caroços e se achar algo suspeito informe ao veterinário. Examine os olhos, orelhas e boca do animal. Os olhos devem estar brilhantes e
claros, sem vermelhidão ou secreções, e as orelhas não podem exalar nenhum odor desagradável, o que é sinal quase sempre de uma infecção oculta no canal auditivo. Examine a boca, língua, dentes e gengivas. Vermelhidão nos tecidos moles, sinal de tártaro ou placa nos dentes e odor desagradável sempre indicam problemas. Adquira o hábito de oferecer para o seu cão ossinhos próprios para manter uma boa higiene bucal, vendidos em pet shops. Preste atenção às patas e unhas que devem ser mantidas curtas e lixadas para que não encravem na pele ou quebrem dificultando o caminhar. Anote com regularidade as suas observações sobre os hábitos cotidianos do animal, tais como horário e quantidade de comida ingerida, horas e qualidade do sono, hábitos de evacuação, nível de atividade e humor geral. Observando atentamente você perceberá imediatamente qualquer alteração e isso pode ajudar o veterinário a chegar a um diagnóstico preciso. Hábitos saudáveis de alimentação e repouso, vacinação e exercícios regulares, brincadeiras e muito afeto vão garantir vida saudável para seu animal e uma convivência longa e prazerosa entre vocês.
GAMES
Por Danilo Valeta Fotos: Divulgação
OS MONSTROS DO ROCK Depois do Aerosmith, agora o Metallica é a nova banda da série Guitar Hero.
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esde que surgiu em 2005, a série Guitar Hero inaugurou um novo gênero nos videogames – os jogos musicais, com controles que imitam instrumentos de verdade. O gênero – representado pelas franquias Guitar Hero, Rock Band e o recente Rock Revolution, sofreu diversas evoluções ao longo dos anos, e inclusive ganhou novos instrumentos – As versões mais recentes dos games permitem que até quatro pessoas “toquem” ao mesmo tempo, cada uma com um instrumento – bateria, baixo, vocal e a onipresente guitarra. O novo estilo de jogo agradou crítica e público, e os games do gênero figuram em todas as listas de mais vendidos. A nova onda, após trazer games com seleções variadas de clássicos do rock e banda independentes, está nas edições-homenagens a bandas consagradas. Aerosmith e AC/DC foram as duas primeiras bandas a receberem games com seus nomes, mas é com o mais novo lançamento no gênero que o Rock pega pesado: Guitar Hero Metallica, que já está nas lojas, traz diversão sonora e pesada para a sala de estar. Guitar Hero Metallica traz 48 músicas inéditas na franquia Guitar Hero – 28 delas da própria banda, e 21 outras de artistas variados – Queen, Foo Fighter, Judas Priest, Thin Lizzy e Slayers estão no setlist. A seleção de músicas do Metallica
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tenta abranger toda a carreira da banda, começando com as músicas Hit the Lights e Seek and Destroy , do álbum de estréia da banda, Kill’em all, de 1984, e continua com clássicos atrás de clássicos: Disposable Heroes e Master of Puppets (ambas do disco Master of Puppets, de 1986), e uma seleção de músicas do álbum Metallica, talvez o mais famoso da banda, representado pelas músicas Nothing Else Matters, Sad but True, The Unforgiven e Wherever I May Roam. Até mesmo o mais recente disco da banda, Death Magnetic, está representado, com quatro das músicas mais recentes da banda. A jogabilidade continua clássica: para guitarra, baixo e bateria seguem as notas que caem da tela, imitando os movimentos característicos de cada instrumento no “controle”. Quanto maior a dificuldade, maior a quantidade de notas e com
mais velocidade você precisa tocar. Guitar Hero: Metallica é provavelmente um dos títulos mais difíceis da série – tocar heavy metal não é fácil! A qualidade de imagem está melhor, com os membros da banda devidamente representados em 3D. Também é possível criar o seu próprio rockstar utilizando partes pré-definidas de cabelo, rosto, roupas, etc. O som, imprescindível para esse tipo de jogo, segue perfeito, com todas as músicas no seu original. Para quem já é fã dos jogos musicais ou para quem idolatra o Metallica, é um jogo imperdível. E as novidades com certeza não param por aí: o próximo jogo da série Guitar Hero é dedicado ao Van Halen, enquanto o próximo Rock Band vai trazer ninguém mais, ninguém menos do que The Beatles. Muito som ainda vai rolar nos videogames em 2009!
TURISMO
Por: Silvia Dutra Fotos: Divulgação
COUCHSURFING
DORMINDO NO SOFÁ ALHEIO Viajar, viajar e viajar! Conhecer o mundo, novas culturas, gente interessante, paisagens deslumbrantes! Quantos de nós já não nos pegamos sonhando de olhos abertos (Ah, se eu ganhasse na loto…Ah, se eu recebesse uma herança de um tio distante que nem sabia existir….)?
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driana Mirage é uma brasileira que vive nos Estados Unidos e sempre teve o sonho de viajar muito, conhecer o mundo, novas culturas, gente interessante e paisagens deslumbrantes. Como não havia dinheiro sobrando para realizar o sonho, era preciso arrumar uma maneira econômica e interessante de viajar e Adriana se empenhou em procurar essa solução através da Internet. Acabou descobrindo um site interessantíssimo, chamado www.couchsurfing.com, que numa tradução bem livre seria algo como “surfar no sofá”. Trata-se de um projeto de hospedagem voluntária, do qual participam pessoas do mundo inteiro, com idades variando entre 18 a 80 anos, com os mais variados perfis e que têm em comum o gosto por viagens e a curiosidade por novas culturas. São mais de 1 milhão de membros ao redor do glo-
bo, que se conhecem e trocam informações através do site e se propõem a hospedar, servir de guia e ajudar a resolver problemas de viagens daqueles participantes que estejam visitando sua cidade ou país. Não é um site de relacionamento, mas um site de e para viajantes, gente de coração aberto, curiosa, interessada em aprender, trocar experiências, ajudar e fazer novos amigos. Foi através do couchsurfing que Adriana já conheceu mais de 35 países, viveu em alguns deles, foi hospedada por mais de 20 pessoas, hospedou mais de 80 numa casa de sua propriedade no litoral de São Paulo e conheceu mais de 300 novos amigos nos encontros e eventos promovidos pela comunidade. Em 2007, por exemplo, Adriana conheceu a Índia de norte a sul, sendo hóspede somente de “couchsurfers”, e teve a oportunidade de fazer bons amigos, experimentar a comi-
da, os costumes e estilos de vida das pessoas dos lugares por onde passou. Ainda na Índia conheceu outro participante que a acompanhou a uma viagem de Mumbai até Daram Shala, onde vive o Dalai Lama, líder espiritual dos tibetanos, e a ajudou a se comunicar com os locais e entender aspectos da cultura daquela região. Ela admite que sem a companhia desse rapaz a viagem teria sido muito difícil porque ela passou por locais onde ninguém falava Inglês. Tempos depois esse mesmo rapaz veio ao Brasil e foi a vez de Adriana retribuir a hospedagem e depois acompanhá-lo numa viagem até a Patagônia, onde ambos se hospedaram na casa de um outro membro do couchsurfing, que virou mais um amigo. “Já dormi em muito chão, muita cama quentinha, e todos me deram o mesmo conforto na alma de ser bem vinda e respeitada” diz Adriana. Ela conta que os grupos locais são tão interessantes como os diferentes países que já visitou. “A comunidade de São Paulo, por exemplo, é uma das que mais me impressiona, por ser muito unida, focada, prestativa e com gente que sabe se divertir. Já fizemos um
encontro com mais de 50 pessoas, incluindo de outros países, num feriado de setembro, na minha casa no litoral. Dormimos em camas, em sofás, em colchões, em barracas, em redes, em pé, fizemos trekking, dançamos, cantamos, contamos histórias e trocamos experiências com pessoas novas que nunca tínhamos encontrado antes. Com este mesmo grupo já fomos assistir final de campeonato no Morumbi, arrecadamos fundos para presentear crianças em um orfanato, etc. E pode ter certeza que em qualquer lugar que seja o evento vai estar cheio de gringos, pois os viajantes querem conhecer novos membros locais e por isso fazem questão de participar dos encontros nas cidades que visitam.” No site os participantes podem trocar informações sobre potenciais hóspedes ou hospedadores, para verificar a questão da segurança. Há também páginas onde os membros trocam informações sobre outros interesses além das viagens, como apreciar charutos ou praticar ginástica chinesa. “As pessoas tendem a se unir por interesses em comum e assim vamos estreitando os laços”, completa Adriana.
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ENTREVISTA
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alvez um de seus segredos seja pensar que “um artista precisa mostrar o que sente, ser verdadeiro”. Assim ela dizia em 2006, quando entrevistada por uma revista de grande circulação, graças ao sucesso de “Kavita 1”, seu primeiro álbum. A simplicidade está, talvez, em sua maneira de conduzir a vida, em seu cotidiano. Sua música, de simplicidade não tem nada, tem é refinamento, elaboração cuidadosa de arranjos e melodias. E a combinação disso tudo com sua voz, apenas ouvindo para entender. A cantora já estudou violoncelo e violão, mas escolheu o canto. Transita com uma facilidade incrível do baião ao samba, passando por rock, pop ou outros estilos. Depois de cantar em uma banda de forró aqui em São Paulo, de morar em Paris, agora decidiu voltar para o Brasil e nos presentear com “Peixes Pássaros Pessoas”. Mariana Aydar já nasceu em um mundo musical. Seu pai é o músico Mario Manga. Sua mãe, Bia Aydar, é produtora. Então, seu desempenho no palco mostra que a moça que já estava acostumada com camarins, bastidores e com o palco. Não se intimida. Como nós indicamos sempre o que há de melhor para você, trouxemos a cantora que, com sua voz, conquistou Caetano Veloso, quem a compara a outros grandes nomes da música. Mas como vale mesmo a opinião de cada pessoa, depois de ler a entrevista, não deixe de ouvi-la!
“ Eu quis fazer música por isso: muitos discos ou shows me “curavam” de qualquer coisa que fosse... .”
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Por Cláudia Liba Fotos: Nikhil
Versátil Magazine – Caetano Veloso, escrevendo sobre você, destaca “... fiquei muito impressionado com a firmeza, a calma e a originalidade de uma jovem grande cantora dentro da tradição brasileira de cantoras grandes”. De onde busca tais atributos? Mariana Aydar – Fico muito feliz com as palavras do Caetano, você não imagina quanto... Para mim ele é um exemplo de artista, sincero com a sua verdade até hoje e ele que me influenciou muito e abriu todos os caminhos da música brasileira. Mas eu, comigo, acho que ainda há muita coisa pra aprender, muita estrada! VM – Em seu primeiro disco, o Kavita, há músicas muito diferentes que você já afirmou serem algumas de suas “influências musicais”. Já o CD “Peixes Pássaros Pessoas” traz um pouco mais a tônica do samba. Por que você buscou o samba como referência nesse trabalho? MA – Olha, eu não vejo Peixes Pássaros Pessoas como um disco de samba. Acho que é um disco que também traz muitas outras referências como rock, pop, hip hop, xote, baião... O samba predomina, eu amo samba! E um bom samba também é rock, também é blues. Pra cantar samba, rock tem que ser do fundo
da alma, e o que importa é isso, é assim que eu gosto de cantar. No começo, eu tentei não gravar muitos sambas, justamente pra não ser rotulada como sambista. Mas tantos sambas bons, que me emocionavam, chegaram às minhas mãos e seria uma grande hipocrisia da minha parte não gravá-los só pelo conceito de não gravar sambas. VM – A produção do CD atual é do Kassin e do Duani, seu namorado. Conte-nos um pouquinho sobre a experiência deste trabalho de vocês. MA – Antes do Duani ser meu namorado, ele é um dos maiores cantores e músicos que eu já conheci. Eu conheço o Duani desde os meus tempos de forró, onde eu fugia de casa pra dançar. Eu comecei cantando forró e ele era o líder do grupo Forroçacana e sempre fiquei impressionada como ele cantava e tocava tudo tão preciso e swingado. Chamei-o pra tocar no meu primeiro disco e foi tão especial, que a gente está junto até hoje, experienciando muitas coisas, inclusive a música. Esse disco é realmente de muita parceria. Começamos a compor o que a gente conversava em casa, dos problemas que nos afligiam, do ser humano doido, dos bichos, da natureza.
Sempre fomos muito fãs do trabalho do Kassin e começamos a nos aproximar dele mais numas “canjas” que demos com a Orquestra Imperial. Depois, ele tocou baixo com o Duani e começamos a gostar muito dele, também, como pessoa. Achamos que seria perfeito ter o Kassin com a gente, com um olhar de fora e realmente foi perfeito! Ele nos encorajou a fazer um disco autoral e mais hippie, como vemos a vida. E tudo sempre divertido, respeitoso e sincero. VM – “Kavita” é um pseudônimo que você já declarou uma vez, usar “para esquecer que é Mariana Aydar”. Em seu trabalho musical, onde está Mariana Aydar quando Kavita “aparece”? MA – Ela desaparece! A música só acontece quando as duas desaparecem. VM – Mariana Aydar é hoje uma das grandes cantoras brasileiras, aos 29 anos de idade. Como você vem sentindo tal responsabilidade em sua vida? MA – Quando eu lancei o primeiro disco e as pessoas já começaram a nomear a coisa toda, senti um pouco esse peso, mas logo lembrei que é tudo ilusão mesmo, nomes... Agora, já não é uma responsabilidade, porque é uma das coisas que eu mais gosto de fazer. Então, estou me divertindo bastante. VM – Seu pai é um músico de altíssimo nível e a sua mãe, uma importante figura no cenário artístico, como produtora musical. A sua trajetória é mais um resultado do apoio ou do incentivo familiar ou você se descobriu como cantora sozinha? Quando você se percebeu como cantora? MA – Eu sempre gostei de conviver no meio da música, do ambiente todo, eu digo. Artistas, loucos, camarim, tensão, música, passagem de som. E eu tive a oportunidade de viver tudo isso porque a vida me deu os pais maravilhosos que tenho. E eles sempre me deixaram escolher o que eu quisesse, o que me fizesse feliz. Eu sempre gostei do palco, seria muito ruim ficar sem. Eu nem escolhi nada, tudo foi bem natural. VM – O trabalho de alta qualidade que você vem mostrando é resultado de talento e trabalho técnico. Qual é a importância da técnica em sua carreira? MA – A técnica é realmente importante. Ela lhe ajuda a expressar mais nitidamente o que você deseja. Mas o foco nunca pode ser ela, o coração tem que estar antes sempre, tudo partindo de lá.
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ENTREVISTA
VM – Apresentar música de alta qualidade em nosso país é uma tarefa recompensadora? MA – Olha, eu não penso na questão de alta qualidade, da qualidade em si, pois afinal o que seria “música de alta qualidade”? Gostos são diferentes, cada pessoa vê a vida de um jeito, que dirá a música. E me interessa fazer um trabalho sincero, verdadeiro e tocar as pessoas que se identificam com ele, saber que, de algum jeito, você está fazendo bem a elas. Eu quis fazer música por isso: muitos discos ou shows me “curavam” de qualquer coisa que fosse... E isso é um mistério, é amor. VM – Você afirmou em 2006 “Não dá para saber se o sucesso viria se eu estivesse no circuito alternativo”. Há dificuldade, hoje, para que o talento de jovens cantores seja reconhecido pelas pessoas? MA – Eu falei isso, pois me perguntaram como seria se eu tivesse seguido no circuito alternativo, se eu teria sucesso ou não. Eu respondi que eu não sabia, pois não dá pra prever o que não foi. A vida me levou pra outro caminho. Eu acho que hoje é muito mais fácil pra todo mundo, porque a internet democratizou tudo. Ainda faltam oportunidades nos meios de comunicação, casas de shows de médio porte com um bom som, mas público interessado existe sim. E já dá pra mostrar o som de muitas maneiras, que há 10 anos não era possível. VM – Quando você é uma “cantora brasileira se apresentando no exterior”, onde há muita expectativa, há mais ansiedade? MA – Às vezes bate um frio. Palco é “responsa” mesmo, em qualquer lugar. As pessoas se arrumam, saem de casa, pegam fila e vão lá te ver cantar e querem esquecer tudo, se divertir, se emocionar. Então, você também tem que esquecer seus problemas onde quer que você estiver e entrar no palco livre, como se você estivesse no chuveiro mesmo! É lindo ver a reação das pessoas com a música brasileira, ver o que a nossa música causa no corpo que não está acostumado com ela. Acho que o Brasil tem muito pra ensinar pra o mundo todo, a nossa alegria, o nosso jeito de ver a vida, o nosso desapego, o jeito despretensioso de fazer música, tudo é muito moderno e eles sabem disso. A gente acha tudo a normal. Quando você vê o Brasil de fora, fica tudo mais nítido. VM – É mais gostoso cantar em Paris ou no Pelourinho? MA – Paris é ótima, mas Pelourinho é Pelourinho!
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“ Palco é “responsa” mesmo, em qualquer lugar. As pessoas se arrumam, saem de casa, pegam fila e vão lá te ver cantar e querem esquecer tudo, se divertir, se emocionar.”
BEM-ESTAR
Foto: Divulgação
AGORA NÃO TEM MAIS DESCULPA!!!! Conheça os benefícios que o trabalho de um Personal Trainer pode trazer para você.
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alta de tempo, um pouquinho de preguiça (confesse!) ou falta de disciplina... Enfim, são vários motivos que podemos encontrar para não frequentar a academia de acordo com o programa indicado na avaliação física. Mas exercício físico é coisa séria! Tomar conta do nosso corpo é uma forma de prevenir doenças e de manter a mente equilibrada. Uma necessidade que, muitas vezes, só nos damos conta quando uma dor aparece ou o estresse toma proporções incalculáveis em nossa vida. Por outro lado, é fato inquestionável a falta de tempo, o desgaste do trânsito na cidade, o trabalho extra que levamos para casa e outras situações que precisamos lidar. Muitas vezes essas atividades parecem tomar conta de nossa rotina e de nossa vida. Desta forma, uma solução seria praticar exercícios em casa, com o trabalho de um personal trainer. Segundo Beatriz Dias, professora da Academia Runner e personal trainer, “além dos benefícios de adaptação ao cotidiano da pessoa como questões de horário, trabalho, alimentação, etc., o treino com personal é muito seguro, já que a execução do exercício é acompanhada o tempo todo, assim como o ajuste de cargas e a realização dos exercícios prediletos”. Hoje em dia os condomínios contam com espaços bem equipados para treinar, o que também facilita muito a prática, pois “todos procuram otimizar o tempo, sem perder o alcance de resultados. Com o
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treinamento personalizado, as pessoas podem ter sua rotina diária e cuidar da sua saúde na hora de melhor conveniência” afirma Beatriz. Sobre o trabalho do personal, profissão que vem crescendo muito, é importante saber que há muitas possibilidades. ”Ele atua em diversas áreas, não apenas com musculação, mas há aulas em parques, na piscina durante o verão, e claro, dentro das academias. Hoje em dia, existem estúdios especializados com ótimas estruturas em que o personal leva o seu aluno, caso ele não possua um espaço adequado. Falta de opção não é desculpa (risos)!”. Assim, ao iniciar um treinamento, é imprescindível realizar a avaliação física e conversar com o seu médico. Em relação ao personal trainer, este deverá conhecer o cotidiano do aluno, seu trabalho, sua alimentação, saber se toma algum tipo de medicamento, se já realizou ou vai realizar alguma cirurgia, e obviamente, seus objetivos com a prática. “Assim podemos juntar todas as informações para realizar um treinamento completo e com as características da pessoa” esclarece a professora. Beatriz finaliza: “acredito que um treino personalizado traz muito mais segurança, resultado e aproveitamento, já que nós como profissionais, nos preocupamos com bem estar da pessoa de forma totalmente individualizada. Porque, às vezes, o que é bom para um aluno, não funciona para outro”. Como ela mesma nos fala, hoje em dia, falta de opção não é mesmo desculpa...Cuide de seu corpo!
DECORAÇÃO
Por Maria Martha Nader Foto: Divulgação
VAI CONTRUIR OU REFORMAR? QUE TAL UM PROJETO SUSTENTÁVEL?
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a hora de construir sua casa, saiba que a fase de planejamento e projeto é quando se tomam as decisões mais importantes e definitivas e a que mais interfere no custo total de uma residência. Por isso, a consulta a um profissional experiente é fundamental. Não dá mais para planejar e construir uma casa que não seja sustentável e, apesar disso, muitos arquitetos ainda não consideram, na fase de planejamento e projeto, uma abordagem bioclimática, nem utilizam ferramentas que vão influenciar no projeto e no desempenho da casa por toda sua vida útil. O primeiro fator a se considerar é a previsibilidade: para tanto, preferencialmente devemos utilizar tecnologias que fazem com que a construção de uma casa esteja o mais sob controle possível, evitando desperdícios, eliminando riscos de erros de projeto e acabando com as surpresas nem sempre agradáveis, muito comuns nos projetos tradicionais. Uma dessas tecnologias é a utilização de ferramentas de Modelagem Inteligente ou Bim (Building Information Modeling) que concretiza o projeto em 3 dimensões, possibilitando que a pessoa experimente sua casa mesmo antes da colocação do primeiro tijolo. Através dessas ferramentas BIM, pode-se subir ou descer paredes, mudar uma escada de lugar, tirar e colocar vigas, caminhar pelos espaços, visualizar a insolação de qualquer ambiente a qualquer hora de qualquer dia. Além disso, o
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Bim permite experimentar também qual a melhor cor para as paredes, que tipo de piso usar, onde colocar prateleiras e até escolher as louças para os banheiros. A construção sustentável é a grande tendência mundial atual: as empresas não param de lançar novos materiais ecológicos e a legislação está acompanhando o crescimento deste conceito. O reaproveitamento de água já é normatizado, existem selos que certificam edifícios verdes e os compradores têm preferido materiais e produtos de baixo consumo de água e energia, não tóxicos, recicláveis e de procedência conhecida. Recomenda-se também a execução da obra com o sistema de preço fechado, ou seja, com o compromisso de prazo e o orçamento detalhado. Algumas dicas importantes: • Se a obra incluir madeira, opte por fornecedores de produtos certificados; • Uma casa corretamente iluminada e com conforto térmico economiza energia; • Na hora de escolher cerâmicas e carpetes, prefira os fabricantes que assumam compromisso sócio-ambiental; • Muitas empresas de tintas oferecem produtos à base de água, com baixo teor de compostos orgânicos voláteis,prejudiciais à saúde.
MEIO AMBIENTE
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ALARMISMO OU REALIDADE?
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lguns críticos do movimento afirmam que as questões ambientais sempre foram tratadas com uma enorme dose de alarmismo pelos ambientalistas, assumindo posição de incredulidade em relação à gravidade do problema. Para eles, o movimento ambientalista nada faz além de defender o estancamento do progresso científico e tecnológico e a volta ao passado pré-industrial, apelos que, segundo eles, ninguém toleraria (como se a opinião pública não fosse modelada aos sabores e interesses de uma determinada ideologia e grupo social dominante), e que esta estratégia alienou consideravelmente a opinião pública mundial. Ora... Vale aqui um questionamento a esses críticos: como explicar que os problemas ambientais, mesmo diante do enorme avanço tecnológico, só fizeram agravar? Ou será que o desmatamento da Amazônia, a atmosfera poluída das cidades, a degradação dos solos e desertificação de imensos territórios são “lendas” inventadas por catastrofistas? O presente e o futuro são construídos pelo homem graças às características que
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o fazem uma espécie única: a vontade de progredir, mas queremos perguntar: que progresso é esse que supostamente desejamos? Vale a lógica dos desenvolvimentistas, para os quais não se deve interromper o desenvolvimento, mas, ao contrário, construir diques, caso as inundações advindas da elevação do nível dos mares se concretizem? Os entusiastas do capitalismo afirmam que a maior parte da humanidade vive hoje em condições que há cem anos não eram sonhadas nem mesmo para a maioria dos habitantes dos países mais desenvolvidos daquela época. Se o sentido da afirmação é para louvar a melhoria da qualidade de vida da humanidade, há que se destacar que, conforme diversos dados divulgados, a grande maioria da humanidade passa fome, e sofre com epidemias e guerras que parecem infindáveis. Estimativas da ONU apontam que mais de 850 milhões de pessoas em todo o mundo se sub-alimentam. Enquanto isso, a propalada e divinizada “tecnologia” parece só ter trazido benefícios aos detentores do poder econômico. Se a capacidade de produção,
tanto da indústria como da agricultura, é maior do que a necessidade de consumo, porque ainda há tanta fome e miséria no mundo? Os ambientalistas não estão propondo nada que não seja possível. Não pregam a volta à “idade das pedras”, apenas incentivam as boas políticas que direcionem a sociedade à sustentabilidade. A maioria deles está preocupada e não concorda com o tom alarmista com que a questão ambiental vem sendo tratada. Mas nem por isso deixam de estar atentos ao problema, como se, por conta disso, ele simplesmente não existisse. Encontrar soluções só será possível se admitirmos que alguma verdade pode haver nos prognósticos que, cada vez mais se coadunam na mesma direção: a mudança dos paradigmas da sociedade contemporânea sem o abandono da qualidade de vida que a humanidade sempre almejou, mas da qual pode estar cada vez mais distante.
Zysman Neiman é Educador Ambiental, Professor da Universidade Federal de São Carlos.
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GASTRONOMIA
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TRADIÇÃO GASTRONÔMICA
Ristorante Campione
Restaurante Beppe
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Badejo - Beppe
uncionando há cerca de 27 anos no Butantã, o Restaurante e Pizzaria Beppe tornou-se referência gastronômica da região, afinal de contas o Beppe é nada mais, nada menos que a primeira pizzaria a se instalar no Butantã. Tamanha tradição é motivo de muito orgulho para seu patriarca Antonio Reis, o “Sr. Beppe”, que, com seus 49 anos de experiência no ramo, faz questão de comandar a cozinha pessoalmente. Lembra que seu restaurante já faz parte da história do Butantã, pois a maioria dos moradores já tiveram comemorações e momentos felizes no Beppe. O cardápio a la carte reúne pratos já consagrados pela clientela, como o Filet à Parmegiana, a Paleta de Cordeiro, o Filet Quatro Formaggi e a Picanha à moda da casa. Dentre os peixes destacam-se Salmão Belle Meaunieur, Badejo ao Frutos do Mar e Involtini de Linguado, além do Bacalhau que é preparado em 8 diferentes receitas, acesse o site www.restaurantebeppe.com.br e confira! A casa caçula da família é o Ristorante Campione, um lugar aconchegante, que mescla a antiga gastronomia italiana com receitas inovadoras e surpreendentes e tem no comando da cozinha Ornalino Rosa, pupilo do chef Luigi Tartari, e um dos grandes nomes da cozinha paulistana. Com pratos como o Tagliatele com Gamberi e Carciofini, Gnocchi al Ragú di Bacalhau, Penne alla Parmese, Agnolotti di Carciofini, Salmone al Limone e Saltimboca alla Romana, a casa veio suprir uma carência da região do Morumbi. Além do Beppe e do Campione, a clientela pode conhecer o outro restaurante tradicionalíssimo da família, a Churrascaria Brasa de Ouro, localizada no Jardim da Saúde, que vem há 47 anos fazendo sucesso e conquistando amigos naquela região.
Filet a Quatro Formaggi - Beppe
Restaurante e Pizzeria Beppe Rua Hugo Carotini, 549 – alt. km 11,5 Rod. Raposo Tavares Fone: 37213764 / 37213471 Ristorante e Pizzeria Campione Rua Francisco Preto, 304 – próx. Colégio Santo Américo Fone: 37426486 / 37427221 Churrascaria Brasa de Ouro Av. Cursino, 1575 – Jd. da Saúde Fone: 50735299 / 50739666 Massas - Campione
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VINHOS
Por Eduardo Assunção
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ealizamos nosso 1º encontro da Confraria dos Amigos da Versátil, que reuniu funcionários da revista, anunciantes e leitores. Existem várias formas de participar de confrarias. Podem ser encontros mensais, na casa ou no restaurante, cada um pode levar 1 garrafa de vinho ou uma pessoa fica responsável por escolher e comprar os vinhos, etc. No nosso caso, fizemos o encontro num restaurante, porque acho muito importante a harmonização, combinar vinho e comida. Selecionei previamente o menu e os vinhos e conduzi o jantar. A Confraria aconteceu no Restaurante Ora Pois na Vila Madalena, especializado em culinária portuguesa, fundado por uma lisboeta e com um excelente sommelier, o Sr. João, que acompanhou com a sua equipe toda a degustação. O objetivo do encontro era conhecer a grande variedade da culinária portuguesa e experimentá-la com um vinho português Dona Mecia (branco e tinto) da região da Estremadura, para analisarmos em conjunto qual a melhor harmonização para o vinho branco e para o tinto.
O grupo era heterogêneo no conhecimento de vinhos e degustações, mas todos emitiram suas opiniões para contribuir e opinar sobre as sensações, se a comida combinava mais com o vinho branco ou tinto. Primeiro degustamos os vinhos isoladamente, para conhecêlos e, depois, fizemos as harmonizações, da seguinte forma: Entrada: • Salada de bacalhau (bacalhau desfiado temperado, servido frio) * combinou melhor com o Dona Mecia branco, porque o prato era muito leve e delicado e também pela temperatura do prato e do vinho gelado. • Alheiras (enchido de carnes, pão e tempero) * combinou melhor com o Dona Mecia tinto, porque a alheira tem sabor forte de carnes vermelhas e aromas de pimenta e ervas. Pratos: • Bacalhau com Natas (bacalhau com creme de leite gratinado) * combinou melhor com o Dona Mecia branco devido ao molho branco fazer ótimo contraste com a acidez e bom corpo do vinho branco.
• Bacalhau Cozido (posta de bacalhau apenas cozido, para temperar no prato) * combinou melhor com o Dona Mecia branco porque neste prato queremos perceber todo o sabor e aroma do peixe, sem interferência de molhos, então o vinho branco é mais delicado e leve para esta combinação. • Bacalhau a Espanhola (posta de bacalhau cozido com molho de tomate, grão de bico, vagem e pimentão) * combinou melhor com o Dona Mecia tinto porque o molho é mais condimentado, o bacalhau fica com gosto mais forte do molho e o vinho tinto combina melhor os aromas e a persistência de sabor que fica na boca. Restaurante Ora Pois Tel. 11-3815-8224 www.orapoisrestaurante.com.br Onde encontrar os Vinhos: Tel. 11-3719-1504 www.vilavinhos.com.br Participem de confrarias e enviem suas sugestões!
MIX CULTURAL
Por Cláudia Liba, Edgar Kage e Paula Carvalho Fotos: Divulgação
LIVROS O POETA FINGIDOR Para assistir ao documentário com a antologia na mão e, em seguida, se debruçar sobre o melhor da poesia de Pessoa e mergulhar na vida do poeta. Este livro reúne excelentes poemas de Fernando Pessoa, com um documentário exibido pela Globo News em 2008. Editora Globo. LIDERANÇA AUTÊNTICA Bill George escreve sobre vários desafios que enfrentou, de dilemas éticos até seu próprio crescimento como líder. Mostra como desenvolver as cinco dimensões essenciais dos líderes autênticos – objetivo, valores, coração, relacionamentos e autodisciplina. Editora Gente. O CHÁ DO AMOR O romance de Jennifer Donnelly nos leva a uma viagem pelas agitadas ruas de Londres e Nova York do fim do século XIX. Falta um ano para que um casal realize os seus sonhos de casar e abrir uma loja de chá. Mas trágicos acontecimentos se interpõem na vida dos dois, levando a um distanciamento entre os dois. Editora Planeta. OS 4 CS NOS NEGÓCIOS Kevan Hall disponibiliza técnicas gerenciais eficazes, testadas pelo autor em mais de 200 grandes empresas pelo mundo, que trarão agilidade às organizações, facilitarão a administração e tornarão o ambiente de trabalho mais agradável. Editora Gente. QUERIDA COMPANHIA AÉREA de Jonathan Miles, sobre atrasos nos aeroportos, é tema de romance norte-americano aclamado pela crítica. O livro é a história de um pai que viaja ansioso para rever a filha. Ele deve levá-la ao altar em seu casamento, quando é surpreendido por um pouso de emergência. Editora Globo. O LIVRO DE RECEITAS DO POOH São receitas fáceis e saudáveis. O livro traz receitas salgadas, sobremesas, bebidas e refrescos além de ideias para deixar o prato mais divertido, tabela nutricional e rendimento das porções. Editora DCL. DEWEY, UM GATO ENTRE LIVROS A história real de um gato que apareceu na biblioteca pública de Spencer e fez da biblioteca - e da cidade - sua casa e de seus habitantes, os melhores amigos. Com as quatro patas feridas pelo frio, o que lhe causou sequelas, demonstrava gratidão às pessoas que o acolheram. Editora Globo.Editora Companhia das Letras.
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VIVA A INFÂNCIA Escrito por uma educadora, Cristina Poli, a obra ensina como a infância é fundamental no desenvolvimento da personalidade sadia nas crianças para que se tornem adultos autônomos e felizes. Editora Gente. O SEGREDO DOS INVEJÁVEIS Lígia Guerra, que é psicóloga clínica e possui a perspectiva hinduísta e Ayurvédica em seu trabalho, convida o leitor a percorrer um caminho para repensar o que significa ser um invejável. Editora Gente.
MAGOS: COISAS DIVERTIDAS PARA FAZER E BRINCAR São atividades divertidas no livrobrinquedo pata a criançada viajar pelo mundo dos magos. A obra oferece também ideias para fazer uma festa mágica e tem letras para destacar e aprender a escrever. Editora DCL. OS SEGREDOS DAS MULHERES FELIZES NO CASAMENTO Scott Haltzman e Theresa Foy DiGeronimo revelam métodos comprovados para aperfeiçoar relacionamentos afetivos. Com base em biologia, neurociência, diferenças cerebrais e estágios de desenvolvimento, contém histórias reais escritas por e para mulheres. Editora Gente. ARITMÉTICA DA EMÍLIA Monteiro Lobato. A turma do Sítio do Picapau Amarelo aventurase no País da Aritmética, que desembarca no Sítio e se apresenta num circo organizado pelo sábio sabugo. Os artistas da matemática como a matemática pode ser bem divertida. Editora Globo. JOGOS COM MICKEY E SUA TURMA São sessenta e cinco jogos para brincar na companhia de Mickey e sua turma. Neste livro há três tipos de atividades: jogos ao ar livre, jogos para brincar dentro de casa e jogos para festas, todos para divertir muito com amigos e com a família. Editora DCL. ISSO AQUI É SEU: A VOLTA AO MUNDO POR PATRIMÔNIOS DA HUMANIDADE De Zeca Camargo, a obra mostra os dez destinos percorridos por Zeca Camargo como Kosovo, na Europa Oriental, Borobodur, na Indonésia, Sgang Gawali, no Canadá, e Chan Chan, no Peru. O trabalho do jornalista acrescenta aos relatos, histórias de pessoas que ali viveram. Editora Globo.
DVDS SE EU FOSSE VOCÊ 2 Alguns anos se passam desde a primeira troca e o casal volta a brigar. O casal resolve se separar e, para piorar a situação, a filha de 18 anos vai se casar - e que vão ser avós. Porém, mais uma vez, o destino intervém na vida do casal antes que seja tarde demais. Prestes a formalizar sua separação, trocam novamente de corpos. OPERAÇÃO VALQUÍRIA Tom Cruise atua de uma forma excelente em um suspense baseado na história real do Coronel Claus von Stauffenberg, do plano para eliminar Adolph Hitler em uma ousada operação. O filme revela-se um suspense impactante do início ao fim e traz a direção de Bryan Singer, de X-Men e Superman. SEXO COM AMOR? Três casais, em estágio de vida, idades e classes sociais diferentes estão em crise. Falta desejo, há traição e amor, paixão, insegurança entre eles. Para complicar, os pais são chamados para uma reunião quando seus filhos são flagrados folheando um livro de arte erótica. Direção de Wolf Maya. QUEM QUER SER UM MILIONÁRIO Filmado em Mumbai, com atores locais, canções indianas e baixo orçamento, ganhou oito Oscars. Trata-se da história de um jovem de 18 anos que participa de um programa na TV e que ganha, a cada episódio, um maior número de espectadores. Todos torcem por suas conquistas, especialmente porque Jamal nasceu numa favela e sequer sabe ler. O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON Baseado no conto de F. Scott Fitzgerald (1896-1940), escrito em 1922, sobre um sujeito que nasce em circunstâncias incomuns. Benjamin Button nasce velho, já às portas da morte e doente. No entanto, a cada minuto rejuvenesce, numa dramática inversão do ciclo da vida. O MENINO DO PIJAMA LISTRADO A comovente história de um garoto que se muda com a família de Berlim para Auschvitz, sendo seu pai obrigado a trabalhar em um campo de concentração. A criança tem oito anos e inicia uma bela amizade com o filho de um oficial. O LEITOR Hanna (Kate Winslet) durante grande parte da vida era uma mulher solitária e se envolve com um adolescente. Este caso de verão irá marcar suas vidas para sempre. Livro com sucesso mundial de vendas, O Leitor é a uma história que nos leva a reflexões. A obra é baseada no romance de Bernhard Schlink. MILK A VOZ DA IGUALDADE História real do político de São Francisco Harvey Milk, o primeiro gay assumido a ser eleito para um cargo público nos Estados Unidos. No ano seguinte a sua eleição, Milk foi assassinado por um adversário de carreira política com a perda nas urnas. THE L WORLD 5ª TEMPORADA A quinta temporada completa de The L World é uma coleção de quatro discos que trazem sonhos e novos caminhos percorridos pelas personagens da série, combinando sensualidade e emoção.
MIX CULTURAL
CINEMA A MULHER INVISÍVEL Após uma desilusão amorosa, Pedro (Selton Mello), pensa ter encontrado a mulher ideal: Amanda (Luana Piovani) que é sua amiga e vizinha. Seu amigo Carlos não acredita em amor e o desencoraja a investir na relação. Mas Pedro está, definitivamente, apaixonado e até começar a desconfiar de que ela não existe. A ERA DO GELO 3 Dirigida pelo brasileiro Carlos Saldanha, “A Era do Gelo 3” é uma a animação em computação gráfica tanto em 3D como na versão tradicional. Com estréia mundial marcada para 01 de julho, o longa será dublado no Brasil por Diego Vilela, Tadeu Mello, Márcio Garcia e Claudia Jimenez. O EXTERMINADOR DO FUTURO A SALVAÇÃO Depois que grande parte da humanidade é destruída por um holocausto nuclear promovido pela empresa Skynet, um grupo de sobreviventes liderados por John Connor vai lutar para impedir que as máquinas terminem o extermínio. Quarta parte da série “Exterminador do Futuro”. MINHAS ADORÁVEIS EXNAMORADAS O fotógrafo de celebridades Connor Mead (McConaughey) adora liberdade, diversão e mulheres. Às vésperas do casamento de seu irmão mais novo, recebe a visita dos “fantasmas” de suas exnamoradas que o levam a uma hilariante visita aos relacionamentos do passado. SIMONAL NINGUÉM SABE O DURO QUE DEI Dirigido por Cláudia Manoel, Micael Langer e Calvito Leal, o trabalho conta a triste trajetória de Wilson Simonal, grande talento na década de 60. O cantor caiu no ostracismo ao se acusado de colaborar com a ditadura. INIMIGOS PÚBLICOS Adaptação do romance de Bryan Burrough ambientado nos anos de 1930, no auge da criminalidade, quando agentes do FBI tentam capturar notórios gângsteres americanos. Com Johnny Deep. PARIS Pierre é um dançarino profissional que descobre ter uma grave doença no coração. Enquanto aguardo o transplante, segue observando as pessoas do alto da varanda de seu apartamento em Paris. Sua irmã Elise e seus sobrinhos vão morar com ele para cuidar de sua saúde, enquanto ele decide não mudar seus hábitos. Com Juliette Binoche. CORAÇÃO VAGABUNDO Documentário sobre duas turnês de Caetano Veloso, uma nos EUA e outra no Japão. O cantor encontra fãs estrangeiros que conhecem suas músicas, como Pedro Almodóvar, que o escalou para uma cena de seu filme “Fale com Ela”, David Byrne e Michelangelo Antonioni que, antes de morrer, recebeu uma música de Caetano. HARRY POTTER E O ENIGMA DO PRÍNCIPE Enquanto comemora seis anos como aluno da escola Hogwarts, Harry Potter descobre um antigo livro com uma mensagem: ‘’Este livro pertence ao príncipe sangue-ruim’’. Ele começa a aprender um pouco mais sobre o passado sombrio de Lord Voldemort.
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MÚSICA “SINFÔNICO”, “SINFÔNICO POPULAR” E “NO CINEMA” Da obra de Pixinguinha, compositor de humildade extrema, que o levou a esconder arranjos de várias músicas. Trata-se de uma coletânea com três CDs que, depois de dez anos em busca de patrocínio, Marcelo Viana, neto de Pixinguinha, apresenta ao público. Será possível adquirir a caixa de colecionador. No trabalho, músicas inéditas do criador de Carinhoso.
TERRA AMANTIQUIRA BANDA MANTIQUEIRA A banda, que foi vencedora do Prêmio Tim de Música 2006 como melhor grupo instrumental. A formação data de 1991, por iniciativa do clarinetista, saxofonista, compositor e arranjador Nailor Azevedo, o Proveta. No repertório, Pixinguinha, Tom Jobim, Jacob do Bandolim, Cartola, Dorival Caymmi, Joyce, entre outros.
O MUNDO É O MEU LUGAR TERESA CRISTINA Das maiores revelações do samba carioca, a cantora e compositora Teresa Cristina começou a participar de rodas de samba com bambas da Portela. Mas foi seu álbum duplo com canções de Paulinho da Viola, que a projetou na mídia. Considerada uma grande intérprete, o disco “O mundo é o meu lugar” de 2005 foi aclamado pela crítica especializada.
PREMEDITANDO O BREQUE Para você conhecer um pouco mais sobre as origens da Mariana Aydar, aqui está a indicação do grupo onde seu pai, Mário Manga, formado em composição pela ECA USP, integra. O bom humor, sempre presente, já aparece nos títulos das composições, como Marcha da Kombi, Feijoada Total, Empada Molotov e Pinga com Limão. E a música é sempre impecável. Vale um passeio pelo site http://www.preme.com.br
VOL. 1. ANDRÉIA DIAS Conhecida por seu trabalho com a Banda Glória e DonaZica, estreia o seu trabalho solo cercada de elogios por revistas especializadas. Ela assina todas as canções e sua performance ao vivo tem agradado a crítica, com sua musicalidade que também ter referência no blues e rock, que ela mesma classifica como “música popular contemporânea latino americana”.
MADRUGADA MART´NÁLIA Seu pai, Martinho da Vila, deve estar orgulhoso com o sucesso dessa moça que, há cerca de dez anos, ainda não fazia sucesso. Mas, para compensar, a madrugada da moça tem músicas de Djavan, Paulo César Pinheiro, João Nogueira, Dori Caymmi e mistura tudo isso até com Bobby Mcferrin versão de Don´t worry, be happy!
DENTRO DO MAR TEM RIO MARIA BETHANIA É um registro do show gravado em dezembro de 2007 em São Paulo, com direção de Andrucha Waddington. A cantora traz Dorival Caymmi, Capinan, Luiz Gonzaga, canções de domínio público e um repertório de interpretação intensa, marca de Bethania.
ZII E ZIE CAETANO VELOSO Novo álbum de Caetano intitulado Zii e Zie, em italiano significa tios e tias, tem músicas inéditas e parcerias com o trio Cê, banda que acompanha o músico desde 2006. Compila músicas apresentadas na série de shows Obra em Progresso, composições de Caetano de 2008.
MIX CULTURAL
SHOWS, TEATRO, EXPOSIÇÕES, ETC. O MENINO TERESA Uma menina decide virar menino por uma tarde. Um dia ela arma uma expedição ao quarto escuro e abandonado dos meninos, para descobrir o segredo dos garotos. O espetáculo foi aclamado pela crítica (Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte APCA 2008). Teatro Alfa R. Bento Branco de Andrade Filho, 722 Informações: 5693.4000
JOÃO CABEÇA DE FEIJÃO A história de João que decide vender o seu bem, uma vaca, ambientada o nordeste. O espetáculo traz manipulação de bonecos e é recomendado para crianças a partir de três anos de idade. Teatro Imprensa R. Jaceguai, 400 – Bela Vista Informações: 3241 4203
VIVER SEM TEMPOS MORTOS Com Fernanda Montenegro, agora com 79 anos de idade e depois de 8 anos sem atuar, apresenta-se em um espetáculo que traz uma compilação dos pensamentos de Simone de Beauvoir em cartas trocadas com seu companheiro, o filósofo, Jean Paul Sartre. O cenário é de Daniela Thomas.
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A CABRA OU QUEM É SYLVIA A cabra funciona como uma metáfora, pois ela é objeto de desejo de um arquiteto casado. Dirigido por Jô Soares, a peça é encenada por José Wilker, que faz o personagem de forma muito sóbria. Teatro Renaissance Alameda santos, 2233 – Cerqueira César Informações: 2198 7701
RETRATOS FALANTES 1 E 2 Este é um projeto do grupo Tapa, dividido em quatro monólogos cômicos de Alan Bennett. O espetáculo traz Cris Couto em “A sua grande chance”, Clara Carvalho em “Uma cama de lentilhas”, Beatriz Segall em “A senhora das cartas” e Brian Penido Ross em “Fritas no açúcar”. Teatro Eva Hertz, Livraria Cultura Av. Paulista, 2.073 Informações: 3170 4059
LUCIANA MARIANO Exposição de arte naif, para você que gostou de nossa seção Perfil, aprecie e incentive o trabalho da artista que vive em nossa região. De 6 até 30 de junho. Galeria Jacques Ardies Rua Morgado de Matheus, 579 Informações: 5539-7500
O ARTISTA E A NATUREZA De Rubens Matuck. Aldemir Martins apresentou Rubens Matuck como “desenhista dos mais finos e senhor da mão que revela os mistérios das coisas e seres. Conhecedor de peixes, pássaros, animais e pessoas.” A exposição traz 35 trabalhos atuais, entre pinturas, esculturas, cadernos e vitrines. Até 10 de julho e a entrada é gratuita. Espaço Cultural Citi Av. Paulista, 1111 - térreo Informações: 4009 3000 Acesso a portadores de deficiência física pela Alameda Santos, 1146.
ÁLBUM DE VIAGEM O músico e jornalista João Lara Mesquita traz registros de paisagens do litoral brasileiro, desde o Farol do Albardão, no Rio Grande do Sul, bem como outras fotografias que foram apresentadas no programa da TV Cultura, “Mar Sem Fim”. Porto Rubaiyat Rua Leopoldo Couto de Magalhães Jr., 1.142 – Itaim Bibi Informações: 3077 1111
PERFIL
Por Cláudia Liba Fotos: Divulgação
Mara D. Toledo - Armazém Santo Antonio Malu Delibo - Remédio para alma
Helena Coelho - Acrobacia por alguns trocados
J
acques Ardies é o proprietário da galeria de Arte Naif, que leva seu nome. Nasceu na Bélgica e mudou-se para o Brasil. Aqui, sua vida tem sido “procurar beleza”. Uma procura incansável do melhor da arte naif. Ele tem a percepção para identificar talento de pessoas que compartilham histórias de vida, - quase todos nem sabiam que eram artistas e, menos ainda, considerados naif. E, sozinhos, certamente ficariam em suas cidades como anônimos, desperdiçando a possibilidade de mostrarem seu trabalho pelo mundo. Muitos artistas, como Ana Maria Dias, Ivonaldo, Helena Coelho e outros, despontaram uma brilhante carreira e hoje são ícones desse estilo eventualmente pouco apoiado pelas autoridades culturais do país. Porque um naif não tem formação artística, nunca freqüentou escola de belas artes ou estudou arte antes de pintar. Parece ter nascido com o dom. Seria de Deus, seria hereditário? Não sabemos a resposta. Mas é inquestionável que as obras em exposição na galeria despejam sensibilidade, tocam o observador. E quando estamos diante de uma tela, o rigor e a análise técnica ficam mesmo para segundo plano. Olhando para elas, podemos lembrar episódios dessa vida tão brasileira que, se não os vivenciamos, certamente estão no inconsciente coletivo de nosso povo, de nosso modo de viver hoje. E ninguém menos que o próprio Jacques Ardies, um expert na arte de reunir talentos, quem conta um pouco sobre a profissão de marchand e o estilo naif de pintura.
Versátil Magazine – Qual é o significado de arte naif? Jacques Ardies – E uma classificação para definir um grupo de pintores que expressam livremente as suas memórias e suas emoções. Sem a ajuda de um professor de Belas Artes, eles conseguem superar as dificuldades técnicas e inventam uma linguagem inédita e pessoal. A palavra francesa naif significa ingênuo, que foi dada ao estilo apresentado pelo ex-alfandegário Henri Rousseau, que se juntou aos revolucionários da arte moderna. Rousseau era uma pessoa sensível, que vivia um pouco fora do seu tempo. Ele tinha o seu lado bem ingênuo e sua pintura espontânea encantava pelo talento criativo e inédito. VM – Como você começou seu trabalho de marchand e iniciou o trabalho com arte naif? JA – Na verdade, eu gostava de arte, mas não era preparado ou tinha formação. Em arte sou um autodidata. E tudo aconteceu por acaso. Na Bélgica, eu fiz um curso superior em administração de empresas e mais um curso de especialização em economia. Em 1974, viajei para o Brasil, trabalhei em banco e para uma empresa de exportação. Um belo dia fiquei sem trabalho e, por acaso, me deparei com a ideia estranha e meio absurda de abrir uma galeria de arte. Já tinha tido contato com a arte naif, que gostava demais e, por coincidência, percebi que, na época, não havia galeria que se dedicasse a expor esses artistas. Não tive dúvidas e decidi que a minha nova galeria seria especializada em arte naif. Isso aconteceu em 1979.
Ana Maria Dias - Cuidando do jardim
Ivonaldo - Passeio à cavalo Rodolpho Tamanini Netto - Entardecendo
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Edivaldo - Entregador de café Isabel de Jesus - Serenata e o homem valente
Luciana Mariano - Três irmãs no chá da tarde
VM – E como conheceu os artistas? JA – Sinceramente, quando decidi me aventurar como galerista, não tinha muito conhecimento da arte. Tive que estudar e buscar nos livros muita informação. Além disso, também viajei bastante. Assim, selecionei várias obras e conheci um número importante de artistas. Tive também o apoio de muitos amigos, que ficavam torcendo para eu conseguir bons resultados. Gosto da ideia de acompanhar e desenvolver a carreira de um artista. Não me interesso em realizar apenas uma exposição. E muitos dos artistas que estão expondo na galeria são meus parceiros desde o começo. VM – Quais são os artistas que iniciaram com você e hoje estão consagrados? JA– Isabel de Jesus, Ana Maria Dias, Ivonaldo, Rodolpho Tamanini Netto, Maria Guadalupe, Francisco Severino..., sem citar os pintores que já faleceram com Neuton de Andrade, Iaponi Araujo, Jose de Freitas e tantos outros. Atualmente estamos apoiando a Luciana Mariano que venho acompanhando há cerca de um ano. Este caso tem antecedentes criminais (risos), pois ela é sobrinha de um grande artista lançado por mim, o Dótoli Mariano. Ele foi uma pessoa fantástica, que teve uma carreira brilhante e de muito sucesso, mas, infelizmente curta. Nos anos 80 organizei uma exposição individual onde todos os seus quadros foram vendidos imediatamente, a crítica foi unânime, um sucesso tremendo! No entanto, em meio a um cenário maravilhoso, muitas encomendas e uma carreira promissora, Dótoli ficou doente. Foi um sofrimento muito grande que acompanhamos e, infelizmente, ele faleceu. Com a Luciana, as coisas aconteceram quase que por acaso. Ela pintava há muitos anos e dizia ter “vergonha” de mostrar. Como freqüentávamos o mesmo clube, fiquei sabendo que ela era sobrinha do Dótoli, uma incrível coincidência, e pude perceber que ela tinha muito talento, o que acabou me levando a lançá-la como artista. VM – Tem vislumbrado boas oportunidades com a Luciana Mariano? JA – Fizemos o seu lançamento aqui na galeria no ano passado e foi ótimo o resultado. Ela vai muito bem, organizando-se pessoalmente para isso. Temos planos muito promissores para ela. (Coincidência ou não, durante a entrevista concedida, um quadro da artista foi vendido.) VM – E sobre as trajetórias dos artistas, são similares? JA – A história de todos os artistas naif é, invariavelmente, a mesma. É comum dizerem que na escola desenhavam muito bem, mas eram péssimos em matemática. Existe esse lado do dom. Eu mesmo, apesar de conviver com arte, não sei pintar, desenhar. As pessoas que possuem o dom, também têm medo de enveredar pela profissão de artista, porque é muito difícil. Geralmente procuram uma profissão e desenvolvem paralelamente a pintura. Um dia eles têm a coragem de se profissionalizar.
VM – Qual a diferença de uma obra de arte contemporânea e de uma obra naif? JA – A arte naif é contemporânea. A rigor pode-se disser até que ela é atemporal, pois ela existe desde sempre. Estamos vivendo momentos de euforia da arte conceitual que, de tanto intelectualizar-se, esquece de produzir arte. Às vezes fica impossível apreciar uma obra de arte contemporânea sem a leitura concentrada de uma espécie de bula de remédio, sem o qual não se descobre sentido algum. A arte naif oferece um sopro de frescor e toca a nossa alma. Ela pode ser apreciada pelo povo e ao mesmo tempo procurada por colecionadores dos mais exigentes. VM – Como é possível diferenciar arte de artesanato, identificar seu real valor? JA – Pela sua definição, qualquer pessoa que começa a rabiscar pode ser chamada de pintor naif. O fato de pintar cenas típicas brasileiras transforma os rabiscos a preços módicos em boas lembranças para turistas. Existe, assim, uma grande quantidade de pintores artesãos que vendem os mesmos quadros, a cada domingo, para turistas diferentes. A rigor, eles não fazem nada de errado e conseguem, assim, um meio de viver. Mas eles são apenas artesãos que não podem ser confundidos com a obra dos verdadeiros artistas naifs, que se encontram apenas em galerias de arte de renome. VM – E quais são as diferenças e semelhanças da arte naif no Brasil e no mundo? JA – Todos os países têm seu grupo de artistas naifs. Os mais famosos, além do já citado Rousseau, são o francês Bombois, a americana Grandma Moses, o croata Generalic e o haitiano Obin. No momento, pode-se dizer que o Brasil é o maior celeiro de artistas naif de qualidade e que se destaca pela diversidade.
Recentes críticas de Marcelo Coelho, publicadas na Folha Ilustrada: Sobre Arte Naif: http://marcelocoelho.folha.blog.uol.com.br/arch2009-05-10_2009-05-16.html
Matéria sobre o trabalho de Luciana Mariano: http://marcelocoelho.folha.blog.uol.com.br/ Galeria Jacques Ardies Rua Morgado de Mateus, 579 (Próximo ao Instituto Biológico) Fone: 55 11 5539-7500
DIVERSATILIDADE
Alexandre Lourenço é Veterinário, microbiologista, professor, bípede, mamífero e agora, escritor. Não necessariamente nessa ordem. e-mail: duralex@uol.com.br www.microbiologia.vet.br
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