Pop It Up: The Final

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“Pop It Up” Victor Hugo Araujo Cruz PUC-Rio | 2014.2 Orientado por Flávia Nizia, Evelyn Grumach e Edna Cunha DSG 1032 | 1AC



Para todos os que transferem parte dos seus anseios para personagens de um mundo musical. ;)



Sumário INTRODUÇÃO Sobre o projeto ....................................................11 Objetivos primários .............................................12 CONCEITUALIZAÇÃO Inquietações .........................................................15 Mercados ..............................................................16 METODOLOGIA Pesquisas ..............................................................19 Buscando artistas ............................................... 20 AS DIVAS ............................................................... 23 PRÉ-CRIAÇÃO A arte ..................................................................... 37 A imagem ............................................................. 40 SIMILARES E INSPIRAÇÕES ............................... 43 PRIMEIROS TRABALHOS Definições ............................................................. 49 Testes e analises ..................................................49 Estudo de Grids .................................................. 50 Paleta cromática ................................................. 51 PRODUÇÃO Protótipos ............................................................. 53 O OBJETO Definições ............................................................. 57 Produto final ........................................................ 59 Artes finais e Mockups ...................................... 65 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................. 79 BIBLIOGRAFIA ...................................................... 82 ANEXOS COMPLEMENTARES .......................... 84


Agradecimentos Eu consegui. Eu não desisti. Não poderia começar de outra forma. Esse projeto foi (e tem sido) uma experiência impar, transcendendo uma experiência acadêmica ou de vida. Aprendi muito sobre o Victor pessoa e o Victor designer. Minha depressão, as minhas tristezas, as minhas fraquezas, até me fizeram cair, mas levantei com a ajuda de anjos. Eu consegui, repito. Vôzinho – conseguimos! Juntos, como sempre. Te amo eternamente. Não teria como não agradecer a cada pessoa que esteve comigo nessa jornada louca. Por 2 vezes tentei tocar esse projeto e não consegui, mas nunca meus queridos me abandonaram. Saibam que todos são parte da minha família, vocês são a melhor parte de mim.


Gaby – não existem palavras para descrever tudo o que você fez por mim. Passou horas comigo me incentivando, me mandou comer, me mandou dormir, chorou (muito) comigo. Muito obrigado por ter dedicado todas essas horas diárias para que eu conseguisse sair dessa. Estamos juntos sempre, minha irmãzinha. Dora Reis e Olivia Blanc – tenho sempre que começar por vocês duas. Irmãs. O que seria da minha vida sem vocês surtando junto comigo? Obrigado por cada segundo que passamos juntos. Por cada mensagem. Sou muito grato por ter conhecido vocês e por me aceitarem como um amigo chato e mal humorado e antissocial e... por ai vai. Carlos Cidrini – Você voltou, né?! Meu querido parceiro que sempre esteve do meu lado durante as semanas. Conseguimos, enfim! Superamos todas as pedras no caminho, não desistimos. Ingrid Bittar – Vou sempre te amar, tá traveca? Seremos uma eterna dupla na vida. Seja ela como for. Henrique Moraes, Julliane Alberigi, Mariana Vieira, Thais Marinho, Eliza Lima, Luma Cabral, Vinicius Mesquita, Kevin Jones; meus mais do que queridos amigos, não tenho como não agradecer a todos por ter me aguentado/escutado reclamar, gritar, surtar, rir, bancar o bipolar, comer, chorar, etc. Não existe forma de mostrar o quanto sou grato a todos por estarem do meu lado sempre. Vocês merecem muito mais do que apenas um elogio genérico, mas saibam que todos estarão sempre no meu coração e por mérito próprio. Por ultimo, porém, tão (ou mais) importante quanto, o que seria de um aluno sem os seus grandes mestres. Ainda não inventaram palavras para descrever o quanto importante é um

ser humano que dedica o seu tempo e vida para ensinar outras pessoas. A mais nobre das profissões. Sempre reconheci e aplaudo todos os mestres que tive durante toda a minha vida. Flavia Nizia – obrigado por ser a pessoa que me orientou e me ajudou (às vezes contra a vontade) a botar esse projeto no mundo. A sua força me motivou. Você nunca desistiu de mim e nem do meu projeto. Edna Cunha – um amor. Não posso te descrever de outra forma. Obrigado por ser essa pessoa elegante, gentil, prestativa, esperta, disposta e atenciosa como foi durante esse semestre. Nenhuma critica sua era inválida ou depreciativa. Tudo o que disse foram ensinamentos. Agradeço muito por ter sido seu orientando, mesmo que disperso e problemático. O azar foi todo meu de não ter aproveitado, mas pelo menos, tirei uma lasquinha. Silvana Marquês – não tenho palavras para descrever todo o apoio que você me deu nesse semestre. Quase uma segunda psicóloga, mesmo durante a monitoria. Obrigado por me encorajar e não me deixar desistir. E sim, eu quero colo. Evelyn Grumach, Roberta Portas, Bebeth, Simone Formiga, Barbara Necyk, Vera Bernardes, Roberto Meneghini, Emilio Rangel, Leonardo Cardarelli e todos os meus outros professores que tive durante todos esses anos – mestres, mestres, mestres. Obrigado pelos ensinamentos, apoio, broncas, dicas e por todas as vivencias que tivemos durante o curso. Vocês marcaram a minha história. Serei eternamente grato.


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Introdução Sobre o projeto A ideia desse projeto surgiu pouco antes de começar a fazer o projeto 7. Inicialmente seria um projeto modesto e pensado para ser uma preparação para o meu projeto final de conclusão do curso. Ao idealizar e refinar algumas ideias com o tempo percebi que poderia atingir um nível maior de exigência caso assumisse alguns novos desafios caso dedicasse mais tempo e trabalho que esse projeto merecia. Assim nasceu esse projeto. E, com muita luta, foi. Esse projeto possui uma conexão entre os temas: cultura da musica pop internacional, indústria de entretenimento e cultura de massas. Adotei como linguagem gráfica uma certa influência do movimento artístico da Pop Art. Basicamente, o trabalho foi construir uma ligação entre um projeto gráfico de uma publicação em série, cujo conteúdo é baseado em artistas populares do gênero da musica Pop internacional que tenham marcado época e a sua imagem trabalhada através de elementos gráficos típicos da Pop Art.

O nome “Pop it Up” surgiu de uma brincadeira feita com o nome de uma máquina de simulação de dança muito famosa no fim dos anos 90, a “Pump It Up”. Essa máquina que faz com que as pessoas dancem ao pisar nos locais indicados de acordo com a música que toca, aparece em vários filmes e em vídeo clipes clássicos (como “Hung Up” da cantora Madonna). A nomenclatura do projeto se fez importante tendo em vista que o produto final seria uma série de cartazes, então o nome do projeto é aquele que também dá nome a série produzida. Outro objetivo é tentar mostrar a arte que pode ser enxergada, sem preconceitos, nos trabalhos de cada um desses artistas que fazem parte de um gênero musical depreciado por alguns. A importância do design entra na capacidade de entender as diferenças e similaridades e conseguir explicitálas de forma mais concreta, sem fazer juízo do que seja certo ou errado. O design pode ajudar a construir a visão do mundo de forma mais ampla através da compreensão das diferentes formas de interpretação de um fato. Como profissionais, também podemos ser formadores de opinião.

Apesar de ter sido iniciado no final da década de 1950, os conceitos de “mass media” e valorização da cultura popular capitalista se encaixam no contexto do projeto. A procura pela estética da cultura popular é uma das características da época que se fazem presente até hoje quando vemos veículos de mídia se preocupando em atingir cada vez mais um público maior.

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Objetivos primários No inicio do projeto propus a produção de uma série de 4 ou 6 cartazes. Cada cartaz teria como tema um artista da música pop selecionado. O formato final dos cartazes deveria ser selecionado durante o processo de desenvolvimento, pois creio que o projeto necessitava de uma diferenciação de produtos e formatos existentes, tais quais: cartazes que somente dependiam do formato do papel A3, A2 ou A1. Para produzir os cartazes imaginei misturar tipos de impressão diferentes como um offset e serigrafia (silkscreen). Um projeto ganha muito quando misturamos técnicas de produção que fazem parte da história do design gráfico. Ao longo das pesquisas de conceituação do projeto, poderá ser percebida que o conceito do popular, reprodução em massa e o trabalho manual, aparecem em vários momentos fazendo com que as decisões tomadas nas definições projetuais sejam justificáveis, porém, o tempo viável para produção acabou por impedir essa mistura na produção. A seleção dos artistas foi feita de acordo com a análise do fluxo de informações obtidas em sites referências para tema música. Revistas renomadas como Billboard, Rolling Stone, diversos fã sites e outros meios de conseguir vastas informações. É importante frisar que durante o desenvolvimento de conteúdo e outras etapas criativas, busquei me manter atualizado com a imagem do artista perante os fãs que consomem os seus produtos e demais pessoas que se identificam e consomem o estilo musical, através de fã-sites e fóruns musicais. O projeto é para fãs colecionadores. O objeto é direcionado a homens e/ou mulheres, de classe ‘média’ que tenham interesse por música Pop internacional e de faixa etária entre 18 e 25 anos – faixa

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etária de maior consumo de músicas pop internacional. A escolha desse corte do público alvo deu-se de acordo com a vontade de trabalhar com indivíduos que valorizem e saibam que esses artistas fazem parte de uma cultura musical e que estão mais conectados, mas não creio que a idade seja um fator limitador, tendo em vista que a música e a identificação do público podem transcender idades e gerações. As peças têm como objetivo servir como base tentar conectar o mundo dos artistas e o fã. Os cartazes buscarão uma valorização da imagem desses cantores e do gênero musical, mostrando através desses personagens que, sim, a música Pop possui o seu valor e importância para quem a consome. Com o projeto busco reflexões sobre a cultura do entretenimento musical e a sua valorização, a importância dos artistas selecionados no contexto e os produtos e questões artísticas envolvidas (como qualidade musical, fama, reconhecimento, etc.). Busquei tentar conectar o mundo dos artistas e seus conceitos e movimentos de arte que possuem uma identificação conceitual que também são explorados pelo estilo musical. Ao final do projeto produzi este relatório descritivo de todo o processo de investigação e desenvolvimento do trabalho e o produto final, uma peça que desdobrada se transforma em um pôster. Essa peça contém informações referentes ao artista e a sua história e o pôster traz a sua imagem trabalhada de forma gráfica, podendo ser descrito como um sistema de cartazes-folders sobre cantoras da música pop.


Representação da relação entre o fã e o seu ídolo.

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Conceitualização Inquietação Música sempre foi um termo recorrente na minha vida pessoal e acadêmica, esse é o segundo projeto dentro desse universo. Desde adolescente tentava entender o funcionamento do sistema de um estilo musical que tenta proporcionar entretenimento para milhares de pessoas que se identificam com as suas letras fáceis, repetitivas, sem muita “complicação literária” e de rápido consumo. O pop é mais do que um mero som ou barulho, ele possui conceitos, estrutura e, assim como diversos outros produtos e projetos, tenta agradar a grande massa e se fazer interessante para o consumo e venda. Muitos defendem a não existência desse estilo, pois se baseiam em uma linha de pensamento onde “tudo pode ser pop”. O termo popular sempre esteve muito ligado ao caráter comercial e urbano, podendo chegar a ser classificado por alguns como algo pejorativo. Se todas as canções escritas têm por função original o entretenimento de quem escuta, por que para alguns a ‘música entretenimento’ não tem o seu valor reconhecido na cultura? O autor Henry Burnett escreve que “desde o primeiro momento a música popular já era comercial, e iria tão somente aprofundar essa relação entre criação e venda ao longo dos anos”. O termo popular sempre esteve muito ligado ao caráter comercial e urbano, podendo chegar a ser classificado por alguns como algo pejorativo.

Burnett diz que a chamada ‘música de entretenimento’ seria um tipo de música ‘simplória, pequena, banal, de baixa qualidade’ porque não possui comprometimento ‘estético’. Em dado ponto do seu artigo, chega a indagar se esse tipo de música deve sempre ser tida como arte. Talvez esse pensamento explique o motivo do preconceito. Assim como a grande maioria das músicas que são produzidas atualmente, o objetivo principal é fazer com que o seu “produto” seja consumido. No decorrer da história, a música se tornou um objeto de consumo de uma indústria multimilionária (mercado fonográfico) dentro de um sistema ainda maior. Adorno analisa essa Indústria Cultura é como um sistema de alienação dos indivíduos por parte do Capitalismo e que teria como função principal criar falsas necessidades de consumo e criar relações sociais (geradas a partir do mesmo ato de consumo), promovendo uma sensação ilusória de relaxamento e descanso da monotonia e ‘exploração’ que o trabalho árduo proporciona. Isso seria uma consequência do trabalho de uma divulgação maciça de imagens conservadoras e, às vezes, estereotipada que seria de fácil acesso a todos, uma ilusão de uma ‘cultura sem esforço’, quase uma mercadoria pronta para ser apreciada por qualquer um. Atualmente a música se tornou um refúgio para muitos que a utilizam como meio de expressão, como um escape da realidade ou como uma forma de reflexão para questões do cotidiano. A sua relação com o usuário consumidor faz com que a sua importância seja variante por parte de quem a utiliza e o momento que vive. Todos possuem uma música que o faz remeter a algum momento da vida, por mais simples ou complexo. A música como forma de expressão quebra barreiras e a faz ser um importante item da vida contemporânea.

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Sendo algo tão globalizado e que gera um ciclo de influencias entre si, a música hoje se tornou algo sem fronteiras. Com ajuda da internet (e dos seus artifícios, como redes sociais e demais sites de compartilhamento via download ou streaming) a difusão da cultura musical de diversos países ficou acessível ao grande público. Com base nisso e olhando para a quantidade de informações e materiais que são gerados para divulgação e vendas, escolhi como tema de estudo a indústria da música pop internacional. Ela é a grande fonte de geração de receita do mercado fonográfico de diversos países e possui como personagens, vários artistas bilionários, polêmicos, amados e odiados.

Mercados Nos últimos anos a indústria voltou a dar muita atenção para o mercado fonográfico. Com as constantes quedas de vendas dos produtos, muitos preveem que o sistema de vendas de CD morreu e que nunca mais será o mesmo que um dia foi. Com essa preocupação, as empresas buscaram se atualizar e a lançar novos atrativos para não perder o seu consumidor. Praticamente todos os CDs lançados nos dias de hoje possuem diferentes versões com materiais extras e exclusivos, fazendo com que cada vez mais essas pessoas comprem versões e edições de luxe, reavivando os fãs colecionadores. O ato de colecionar itens sempre existiu na sociedade, mas para o mercado fonográfico, é importante a venda de vários itens de um mesmo lançamento (versões importadas de outros países, versões com capas diferentes, conteúdo variável, formatos, etc.) fazendo com que o mercado sobreviva a crises. A música internacional representa cerca de 25,6% das vendas de CDs físicos no Brasil, 25,2% de DVDs e BluRays, tendo como principais nomes as cantoras Adele, Beyoncé, Lady GaGa, Justin Bieber, Amy Winehouse, segundo a Associação Brasileira de Produtores de Discos (ABPD). Dados referentes aos primeiros meses de 2013 sugerem que o mercado fonográfico mundial esta em crescimento, segundo dados da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, em inglês). Os sites

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de serviços de streaming de música online, como Spotify, Grooveshark, o próprio iTunes e, mais recentemente a gigante Google, sugerem que o papel das assinaturas de musica online é importante para o mercado e ajuda a divulgar novos artistas. Desde 2008, o mercado brasileiro de músicas cresceu cerca de 24%. A receita total do mercado americano chegou ao patamar de US$ 16,5 bilhões. Enquanto no Brasil, a receita é de R$ 398,2 milhões. Como o mercado brasileiro não consegue suprir todas essas “novas necessidades” de constante atualização e divulgação em diversos meios para que os seus produtos não caiam no desuso. Pode-se notar o surgimento de um mercado alternativo, a criação de produtos fanmades. Eles são produtos personalizados e produzidos por outros fãs, que fazem uso de material extraoficial para criar itens que não são produzidos de modo oficial mas que vão de acordo com o que o fã realmente quer. Shows variados, músicas que vazam pela internet, vídeo clipes não comercializados, entrevistas e diversos tipos de material são utilizados para promover novos itens. Vale lembrar que geralmente são produtos de utilização de material promocional e que não usados de forma ilegal, sem a devida autorização.

interessante (e importante) seria fazer o uso desses cartazes-folders do Pop It Up como material promocional de divulgação do trabalho desses artistas. Em outros países como Estados Unidos e Reino Unido, as gravadoras produzem vários materiais de divulgação que acabam virando itens de desejo para fãs colecionadores. Esses itens vêm em edições de tiragem limitada, brindes em compras de sites oficiais e diversas outras ações para aumentar vendas dos produtos (CDs, DVDs, BluRays e outros).

Busquei pesquisar lojas e modos de venda dos cartazes que serão produzidos. Como o foco é o mercado nacional, grandes lojas como a Livraria Saraiva, Livraria da Travessa e a Papel Craft poderiam ser opções de ampla distribuição e venda. Também existem galerias digitais como a Urban Arts, onde comercializam produtos variados com base em criações de artistas, recebem artes digitais e aplicam a suportes variados (quadros, pôsteres, almofadas, cadernos, canecas, dentre outros). Porém, creio que o mais

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Metodologia Pesquisas Inicialmente para buscar compreender o funcionamento dessa indústria do entretenimento, busquei ler artigos e textos que relacionassem a questão da Indústria Cultural musical com as questões propostas pelo pensador Theodor W. Adorno (1903 – 1969), muito conhecido por estudos desses temas sob a visão da Filosofia da Arte. Com um olhar mais atual, as criticas propostas pelo alemão Theodor me pareceram muito inflexíveis, apesar de concordar em alguns pontos. É inegável que muito do que é explicitado pelos textos do filósofo tenha o seu valor e se mantenha relevante até hoje, porém pode soar de forma bastante elitista por ser, às vezes pessimista e muito critico em relação às culturas de massa. Adorno analisa essa Indústria Cultura é como um sistema de alienação dos indivíduos por parte do Capitalismo e que teria como função principal criar falsas necessidades de consumo e criar relações sociais (geradas a partir do mesmo ato de consumo), promovendo uma sensação ilusória de relaxamento e descanso da monotonia e “exploração” que o trabalho árduo proporciona. Isso seria uma consequência do trabalho de uma divulgação maciça de imagens conservadoras e, às vezes, estereotipada que seria de fácil acesso a todos, uma ilusão de uma “cultura sem esforço”, quase uma mercadoria pronta para ser apreciada por qualquer um.

Um dos traços marcantes da música popular, um produto dessa indústria cultura, seria o fato da padronização do que é produzido. Ele indica que essa produção é baseada na competição e que quando um item se destaca (se tornando um sucesso, um hit), outras produções aparecem imitando a sonoridade e seguindo as regras para atingir um sucesso de maneira rápida. O consumidor tende ouvir as músicas que sejam estimulantes e que proporcionem um revigoramento da rotina exaustiva de trabalho. As músicas e as sua letras seriam apenas uma distração, pois todas são padronizadas e puramente comerciais. Concordo com o autor quando propõe que essas músicas possam parecer padronizadas e, às vezes, irrelevantes, porém creio que tudo que é fruto da produção de entretenimento, tenha o seu valor. Me parece uma visão bastante antiquada (tendo em vista quando foi escrito) quando julgamos que a arte só é arte quando proporciona uma reflexão mais profunda e ‘cultural’, porém será mesmo que deve ser sempre assim? Será que a música tem que sempre querer dizer algo? Não. Assim como alguns defendem que arte pode ser tudo e ao mesmo tempo nada, creio que podemos utilizar esse pensamento para o mundo da música. Como tudo que é produzido, trabalhado e que tenha um gasto de energia para a sua elaboração, a música também pode ser um produto de compra e venda. É inocência pensar que a música é um bem natural de todos e que deve ser compartilhada livremente. Existe essa possibilidade quando levamos em conta a pirataria, mas devemos levar em conta o trabalho de vários profissionais e o processo de produção. O mesmo ocorre no Design, quando um produto é tão bem aceito e ele começa a ser compartilhado e replicado

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Mapa Anatomia do Pop Star

sem autorização, sem preocupação com direitos de quem gastou dias para desenvolver, o vemos como um produto inserido em um mercado, uma indústria. Tudo tem o seu valor quando é inserido em um mercado. Durante o anteprojeto desenvolvi uma pesquisa online com a professora Flávia Nízia onde os resultados comprovavam que muitas pessoas sentiam que um fã poderia ser vitima de preconceito por escutar o gênero da música Pop ou apreciar alguma cantora especifica. 71% dos entrevistados já teriam sofrido ou conheciam alguém que tenha sofrido preconceito por esse fato. A pesquisa foi realizada durante 3 dias e contou com a participação de 15 pessoas, na época. Eram usuários de fóruns de artistas e páginas do Facebook que falam de música, como: POPlândia e POP Club. Os resultados obtidos encontram-se nos anexos desse relatório. Também busquei entrevistar pessoas próximas e amigos de amigos com o fim de debater questões relacionadas ao preconceito com o pop, as cantoras e os fãs. Os resultados foram bem parecidos com o do questionário online. A maioria escuta esse gênero porque gosta ou porque acha que se sente mais animado. Alguns disseram que é “quase como tomar um remédio” quando se está triste ou estressado.

Buscando artistas No primeiro momento tentei entender o que é um artista no campo da música pop. Com base em pesquisas e diversas leituras desenvolvi uma espécie de mapa da anatomia da profissão, onde busquei desmembrar os elementos que o compõe e que são relevantes para o seu sucesso e reconhecimento. Usei a ferramenta online Coggle para criar esse mind-mapping. Como vertentes principais podemos destacar a produção do artista que são basicamente os produtos gerados pelo trabalho dele, os artistas associados (outros nomes que serviram de influencia, fizeram parcerias e até foram influenciados), o tempo de carreira já que não são todos aqueles que conseguem manter os níveis de sucesso sempre. Outro aspecto importante é o contexto onde esse artista se insere, já que ele faz parte de um sistema social, mercadológico e histórico tendo em vista a sua relevância e trabalho produzido. O mapa “Anatomia do Pop Star” me guiou para entender a complexidade de fatores que influenciam direta e indiretamente

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Para tentar fundamentar a escolha dos artistas ou de um recorte, realizei pesquisas em sites e revistas especializados em música observando listas feitas anualmente como temas como, por exemplo, “artista do ano”, “cantora que mais vendeu” e “cantora com mais números 1”. Dentre as fontes de pesquisa estão: Billboard, Rolling Stone, Letras.mus.br, UOL Música, Vagalume e BCharts. Uma série de levantamentos de dados numéricos foi feita com fim de entender possíveis conexões entre as cantoras. Criei mapas visuais de dados de produção (CDs, Singles e vendas) e de fator de sucesso (Tempo de carreira, citações no Google e prêmios recebidos). Esses dados serviram para visualizar a formação de pequenos grupos dentre tantos nomes variados, por tanto, serviram para meu entendimento do problema.

na construção de uma imagem do artista e no seu sucesso. É importante destacar que fatores externos como o próprio mercado, produção de equipes (publicitários, empresários, agentes, marqueteiros, etc.) são fatores também levados em conta, assim como a vida pessoal do mesmo. Junto com as professoras Roberta Portas e Clarissa, no período passado, buscamos criar uma espécie de árvore genealógica, buscando entender de onde se derivavam as cantoras do universo Pop. Essa informação foi muito importante e interessante para entender que um artista busca referências variadas para compor o seu som e a sua imagem. É um ciclo continuo que está em constante atualização.

Ao todo, 36 citações foram as que mais apareceram no cruzamento de dados pesquisados, inicialmente permiti que nomes de bandas femininas ou cantoras de outros estilos aparecessem no mapeamento, tornando-o mais completo e abrangente (obviamente muitos desses nomes seriam excluídos). Com os dados obtidos até esse momento, pude selecionar seis cantoras do cenário da musica Pop internacional como objeto de estudo e personagens do projeto. Usei como critério de escolha a história de cada uma e a relevância no cenário musical.

Mapeamento das conexões dos artistas, “árvore genealógica”

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As Divas Selecionar os nomes finais foi uma tarefa bastante difícil, já que contava com um grande número de cantoras. Minimamente busquei pesquisar a biografia de todas a fim de destacar um pequeno grupo que se tornaria base para o desenvolvimento do projeto. Como explicado anteriormente, a relevância no cenário musical (mercado e “buzz” gerado na mídia) acabou por ser decisivo. De forma planejada, procurei separar seis cantoras e consegui dividi-las em 3 grupos distintos. No primeiro grupo temos as duas cantoras que mais influenciaram as demais, são quase pioneiras no segmento e possuem um grande respeito no cenário musical mundial, são as divas dos anos 1980 e 1990: Janet Jackson e Madonna. Já no segundo grupo, encontram-se as cantoras Beyoncé e Britney Spears, que dominaram o mercado nos anos 2000, quebrando recordes e ganhando o respeito das antecessoras. Separei como o ultimo grupo os nomes das cantoras mais promissoras que já estão marcando o cenário musical atual, são as rebeldes e fashionistas: Rihanna e Lady GaGa. Esses três grupos contemplam um grande corte histórico que vai de 1980 até 2014, seguindo quase uma hierarquia. Cantoras que ditaram e ainda ditam modismos e influenciam milhares de pessoas ao redor do mundo. A seguir, uma breve biografia de cada uma seguindo a ordem de surgimento no mercado musical.

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Janet Jackson

a se retirar do cenário músical e entrando em hiato. Em 2009, foi lançado a sua ultima compilação dos seus melhores sucessos e, após 2 anos, a cantora anunciou que faria uma turnê para a divulgação do CD de greatest hits. Os 80 shows terminaram em dezembro de 2011 e Janet votou a se afastar da música para se dedicar a vida pessoal e outros trabalhos.

A americana Janet Damita Jo Jackson (16 de maio de 1966) é a filha mais nova da família Jackson, de onde também saiu o cantor Michael Jackson. A artista começou a sua carreira no mundo do entretenimento em 1974 (durante um show dos Jacksons 5) e já se aventurou como atriz, compositora, produtora e autora. Apesar da família famosa, Janet logo buscou se distanciar e descobrir o seu próprio som. Em parceria com os produtores Jimmy Jam e Terry Lewis, fizeram grandes álbuns como Control (1986), Rhythm Nation 1814 (1989), seu primeiro sucesso mundial, janet. (1993), álbum com grande apelo sexual e The Velvet Rope (1997), um álbum bastante autobiográfico e introspectivo. Ao longo dos anos Janet se mostrou uma grande artista que soube se adaptar muito bem às mudanças do cenário da musica pop. Seu sucesso se baseia, principalmente, no mercado americano, fazendo com que não seja tão conhecida como Madonna, apesar de terem surgido na mesma época. Mas isso não atrapalhou a carreira de Janet Jackson, que em 2004 apareceu como a nona artista mais bem sucedido da história segundo a Billboard, revista americana especializada em música.

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Seu ultimo CD de canções inéditas foi lançado em 2008 (intitulado de “Discipline”). O trabalho obteve sucesso bem aquém do esperado, forçando Janet

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comparado ao inicio da carreira quando se mudou para New York e se alimentava basicamente de pipoca e conseguia dinheiro através de trabalhos como modelo para jovens artistas plásticos.

Madonna Madonna Louise Veronica Ciccone (16 de agosto de 1958) é uma das maiores figuras da música Pop mundial. Durante a sua carreira já acumulou 9 prêmios Grammy, 2 Globo de Ouro e suas músicas já receberam 2 prêmios Oscar. Madonna também detém o título de maior vencedora da história do VMA (Video Music Awards da MTV) com 21 estatuetas. Em 11 de Março de 2008, Madonna foi inclusa no seleto grupo de artistas que fazem parte do Hall da Fama do Rock and Roll, título americano cedido aos ícones que fazem história e tem influência no mundo da música por no mínimo 25 anos. A cantora começou a carreira em 1982 e até 2014, já contabilizou mais de 280 milhões de álbuns e 160 milhões de singles vendidos no mundo inteiro, o que a torna a cantora que mais vendeu na história da música mundial. Seu sucesso deriva de escolhas não obvias e desafios que a própria se propôs. Madonna começou a se rebelar e questionar o mundo após perder a mãe durante a sua adolescência. Através das polêmicas que causou ao misturar temas políticos, sexuais e religiosos aos seus produtos (músicas, vídeo clipes e shows), Madonna construiu o seu nome (e fortuna) ao desafiar a sociedade e o – dito – bom costume.

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Sem precedentes, Madonna ditou modas, tendências e comandou a indústria da musica Pop como ninguém. Graças ao seu trabalho, muito outros artistas surgiram e continuarão surgindo tentando igualar o seu impacto e sucesso que se mantém até hoje. Nas próximas semanas é esperado o lançamento da sua mais nova música de trabalho e o anúncio do seu próximo álbum de inéditas, seguido de mais uma turnê mundial. Madonna é a artista que esta sempre um passo a diante. Em 2009 rompeu com a sua gravadora e trocou o modo de gerenciar a sua carreira. Percebendo os problemas do mercado fonográfico, ela fundou a sua gravadora e transformou os seus álbuns em apenas base para os seus grandiosos mega espetáculos. A mudança esta em perceber que o que gera capital são as turnês e não as vendas de CDs, como antigamente.

Segundo o livro Guinness e a revista Forbes, ela se tornou a cantora mais rica do mundo com fortuna estimada em mais de 1 bilhão de dólares. Nada mal se

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feito pelos seus pais, que desde cedo notaram o talento da filha e buscaram realizar o seu sonho. Beyoncé construiu a sua história e a sua imagem, moldando-a da forma certa para o sucesso.

Beyoncé Beyoncé Giselle Knowles (4 de setembro de 1981) é uma das maiores artistas da atualidade, seja como cantora, compositora, dançarina, atriz, coreografa, produtora e empresária. Se tornou conhecida através do sucesso da banda Destiny’s Child, onde era a voz principal. A carreira solo foi apenas uma questão de tempo e em 2003, ela lançou seu primeiro CD em solo, o “Dangerously in Love”. Após um enorme sucesso comercial, foi premiada com 5 Grammys , o Oscar da música americana. O segundo CD, “B’Day” (2006), foi gravado em apenas algumas semanas pois a cantora estava comprometida com o filme “Dream Girls”. Seu terceiro álbum solo, “I Am... Sasha Fierce”, foi um lançamento audacioso pois era um CD duplo em um mercado em crise, mas o sucesso foi garantido. Durante o Grammy de 2010, Beyoncé se tornou a artista feminina mais premiada em apenas uma noite, vencendo 6 das 10 indicações que teve. Ao todo, a cantora já possui mais de 17 prêmios Grammy e contabiliza mais de 115 milhões de CDs vendidos pelo mundo.

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No dia 13 de Dezembro de 2013, a cantora deu a sua mais recente cartada para o sucesso comercial. Sem avisos e sem divulgação prévia, lançou pelo site de vendas musicais, iTunes, seu quinto e ultimo CD, “BEYONCÉ”. O sucesso foi instantâneo. A cantora não só lançou um álbum de inéditas de surpresa como também divulgou todos os vídeos clipes de todas as músicas do respectivo álbum. A repercussão gerou um grande número de vendas e fez com que ela entrasse para o livro dos recordes por estreiar em 1º lugar na lista dos álbuns mais vendidos em mais de 100 países. Esse ano a revista Time incluiu a cantora como a 17ª pessoa mais influente do mundo.

De acordo com a revista americana Billboard, Beyoncé é um das maiores artistas da década de 2000 e em 2011 durante a premiação da revista, recebeu o premio de Billboard Millennium Award, pela sua trajetória na música americana. A cantora sempre figura entre as melhores e mais poderosas cantoras do mundo e isso se deve ao seu trabalho incansável e a todo um planejamento

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lasers, projeções, vídeos de background interativos, mágicas, fogo, chuva, essas são apenas alguns dos elementos usados pela cantora para traduzir a essência das músicas e entreter o seu público.

Britney Spears Britney Jean Spears (2 de dezembro de 1981) pode ser classificada como cantora, compositora, dançarina, produtora e alguns outros rótulos dados a grande maioria dos artistas contemporâneos. Ao longo dos seus mais de 15 anos de carreira, vendeu em torno de 100 milhões de álbuns, 90 milhões de singles e 40 milhões de DVDs, segundo dados da sua gravadora americana RCA Records (filiada a Sony Music no Brasil). Atualmente é a 3ª artista que mais vendeu CDs nos anos 2000 e a 8ª artista que mais vendeu CDs em toda a história dos Estados Unidos. Outros números impressionam, como os mais de 308 prêmios que coleciona durante a carreira, tais quais: Grammy Awards, MTV Vídeo Music Awards, Europe Music Awards, Teen Choice Awards, Billboard Music Awards, World Music Awards, American Music Awards, MTV Vídeo Music Brasil e segue. Ela é a única cantora na história a ter os seus 7 álbuns de canções inéditas a estrear no Top 2 (apenas 1 ficou em segundo lugar) da lista de CDs mais vendidos da América.

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Entreter sempre foi o forte da cantora. Seus shows nunca foram voz e violão, nunca se basearam em apenas cantar com banda ou fazer com que as pessoas apenas escutassem as suas músicas, Britney Spears se entende no palco, suas músicas e shows são feitos para serem degustados com os olhos e ouvidos – nessa exata ordem. Coreografias complexas, muitos dançarinos, explosões, papel picado, pessoas voando,

A sua carreira sempre esteve atrelada a sua vida pessoal. Muitos olhos acompanharam a todos os seus passos através das lentes dos (muitos) paparazzi que sempre a perseguiram durante os anos. Todos os momentos bons e, principalmente, os ruins foram registrados e explorados por tabloides, revistas e sites especializados em fofocas de celebridades. Ao mesmo tempo em que Britney se deixou levar pela mídia, permitindo essa invasão de privacidade, ela se viu sugada e amplamente explorada por eles – chegando a ter o titulo de segunda celebridade mais fotografada da história, perdendo apenas para a Lady Di (morta em um acidente de carro ao fugir de paparazzi). Após atingir o auge do sucesso, Britney quis destruir a imagem que foi construída agindo de maneira errática com fim de mostrar que ela não era perfeita e manipulada como todos pensavam. Apesar disso, sua música nunca deixou de tocar, nunca encalhou e o seu nome sempre esteve ligado ao sucesso. Um exemplo perfeito: a apresentação da canção ‘Gimme More’ no MTV Vídeo Music Awards de 2007, auge da sua fase ‘louca’. Britney foi a apresentação de abertura do show, entrou no palco com pouca roupa e muito corpo. A imprensa mundial criticou o seu playback, a sua dança, o seu cabelo, o seu corpo, a sua roupa, tudo foi criticado – a revista americana Entertainment Weekly chegou a colocar uma imagem da apresentação na capa com uma enorme chamada de ‘Oh, The Horror!’. Apesar de todas as criticas da mídia especializada, a música chegou ao topo das paradas, vendeu mais de 3 milhões de cópias mundialmente e se consagrou como mais um single de sucesso na trajetória da cantora.

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Rihanna

Como bagagem a carreira, um tanto quanto recente, Rihanna contabiliza mais de 50 milhões de álbuns e 180 milhões de singles, sendo um dos maiores nomes da era de vendas digitais (mercado base para as suas vendas). De maneira incrivelmente rápida, ela já conseguiu 13 singles #1 na parada da Billboard Hot 100, organizada pela revista Billboard, e é a artista feminina com mais números 1s da década de 2000 e do século XXI.

Robyn Rihanna Fenty (20 de fevereiro de 1988), é uma cantora nascida na ilha de Barbados. A cantora assinou contrato com a gravadora Def Jam após uma apresentação para o produtor Evan Rogers e o rapper Jay-Z (marido da cantora americana Beyoncé). Seu primeiro CD, “Music of the Sun”, foi lançado em 2005 e conseguiu entrar para a lista dos 10 CDs mais vendidos da Billboard. Um ano depois lançou outro álbum, “A Girl Like Me”, onde estava incluída a sua primeira música numero 1 a canção a nível mundial, “S.O.S.”. Mas o sucesso comercial apenas começou em 2007, após o lançamento do CD “Good Girl Gone Bad”, onde a cantora rompia com a imagem genérica de menina boa e se rebelava contra “tudo e todos”, sem motivo aparente. Os singles extraídos desse álbum foram tocados por semanas consecutivas no mundo todo e o CD vendeu mais de 15 milhões de cópias.

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Em 2009 a cantora lançou “Rated R”, álbum de sucesso mediano onde cantava sobre os seus problemas amorosos e sobre a violência doméstica sofrida após apanhar do namorado na noite anterior a festa do prêmio Grammy. Já em 2010 a cantora reencontrou o sucesso com o CD “Loud”, chegando a fazer uma extensa turnê mundial e visitando o Brasil para o Rock In Rio. Como a produção é quase que instantânea, a cantora lançou o álbum “Talk That Talk” no ano seguinte, mais um trabalho mediano, sem grandes inovações musicais.

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Lady GaGa Stefani Joanne Angelina Germanotta (28 de março de 1986), conhecida mundialmente apenas por Lady GaGa, é uma cantora, compositora e produtora musical americana. Após passear durante anos no cenário da música alternativa e underground de New York, assinou um contrato com a Streamline Records, no fim de 2007. Durante o seu início na gravadora, compôs diversas musicas para artistas já consagrados como Britney Spears e assim conseguiu certa notoriedade no mercado.

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mais recente CD, o “ARTPOP” (2013). GaGa prometeu que esse seria o álbum da década e que o sucesso seria garantido, porém o fiasco foi grande. A estratégia de marketing falhou e a cantora demitiu o seu empresário e mudou toda a sua equipe de colaboradores. A ideia principal era misturar a arte com a música Pop, mas o CD se mostrou apenas genérico e sem grandes inovações nas produções. Lady GaGa sempre disse que foi influenciada por grandes nomes da música como David Bowie, Michael Jackson, Madonna, Cher e Queen. Seu papel e colaboração com a indústria da moda são inegáveis. Sempre busca usar roupas extravagantes, exageradas e opta por apresentações diferentes (beirando o estranho) em shows e clipes. Até agora já vendeu entorno de 23 milhões de CDs e 64 milhões de singles.

Seu primeiro álbum, “The Fame”, foi lançado em 2008 e fez com que GaGa conquistasse os holofotes. O CD foi um enorme sucesso comercial e os seus singles fizeram sucesso no mundo todo. O álbum chegou a ser relançado com a inclusão de novas músicas e acabou por conquistar 7 indicações no Grammy . O “The Fame Monster”, o nome dado ao relançamento, vendeu mais de 6 milhões de unidades e foi o álbum mais vendido de 2010. O segundo álbum, “Born This Way”, foi lançado em 2011 e conseguiu vender mais de 1 milhão de cópias apenas na primeira semana nos EUA, vendendo no total 6 milhões de cópias pelo mundo. GaGa chegou a fazer uma turnê mundial, chegando a passar pelo Brasil, mas teve que cancelar a etapa final alegando ter que fazer uma cirurgia no quadril. A excentricidade da cantora ao usar roupas bastante extravagantes, se auto intitular de “mãe monstro” e chamar os seus fãs de “monstrinhos” não garantiu o sucesso comercial do seu

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Pré-Criação A busca por uma linguagem gráfica para poder começar a desenvolver layouts para os cartazes foi bastante difícil complexa. Acabei gerando outras novas pesquisas e novas questões que me fizeram ficar perdido quanto a que partido adotar para começar a desenvolver as peças. Com base nos meus questionamentos derivados da contextualização do tema principal e questionamentos sobre cultura de massa e a sua aceitação no meio acadêmico, busquei compreender onde essa “cultura de massa” passava a ser um conceito bem aceito e fundamental para o desenvolvimento de trabalhos artísticos. Pesquisando em livros e em alguns sites, encontrei uma opção que seria a base perfeita para a conexão entre o conceito do projeto e os artistas pop e uma linguagem gráfica que possui elementos e conceitos parecidos. Acabei por investigar também os desdobramentos da Pop Art nas décadas seguintes ao seu boom, já que até hoje, é facilmente encontrado traços e derivações no meio artístico.

A arte Os avanços tecnológicos crescentes desde 1960 e mudança de valores da sociedade, culminaram em embates culturais e novas reflexões por parte dos indivíduos. Nas artes isso ficava explicito nas propostas dos artistas em buscar um olhar novo, diferenciado que eram unidos a linguagens diferentes buscando representar uma realidade múltipla, mista e às vezes fragmentada. O pósmodernismo surge denunciando a rotina da sociedade inundada de informações, novas tecnologias que surgem a cada hora e uma nova sociedade de consumo, diversão e espetáculos.

“O momento pós-moderno não apresenta propostas definidas, nem coerências, tampouco linhas evolutivas. Deste modo, diferentes estilos convivem sem choques formando ecletismos e pluralismos culturais. Não há grupos ou movimentos unificados. Além disso, ele não se desfaz do passado que é agregado ao pós-moderno, apenas o tradicional foi eliminado.” - Luciana Leite e Daisy Peccinini (MAC-USP) A primeira vista, a Pop Art pode parecer uma escolha óbvia para retratar o momento, mas ao entender bem o cenário, podemos ter certeza que é uma das opções que mais se encaixam com o pensamento da indústria do entretenimento e o cenário musical, através dos artistas que se destacaram. Ao traçar um paralelo com a música, a Pop Art também cresce no Reino Unido e ganha status internacional ao chegar aos Estados Unidos. A Pop Art surge entre o fim da década de 1950 e a década de 1960, os artistas da época defendiam a criação de uma arte que se comunicasse com o publico

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de forma mais fácil, sem fronteiras e acessível. Começa a surgir uma arte jovem, sexy, chamativa, que faz uso de elementos do cotidiano e da cultura de massa para criar arte com desenhos simplificados e cores saturadas. Existe também uma linha experimental de materiais novos da vida cotidiana e e fácil replicação. A arte começa a ter um maior valor decorativo. Um dos contemporâneos da Pop Art americana foi o Nouveau Réalisme, movimento desenvolvido na França em 1960, que faz uso de materiais do cotidiano urbano e materiais reciclados para criar novas formas de representação do real. A associação com o movimento da Pop Art vai além das técnicas de colagens e montagens, o uso de readymades na construção de peças e a representação artística através de várias visões destoantes e sem julgamentos, porém o movimento francês se conecta melhor com o movimento Dadá. O movimento se dissolveu no inicio dos anos 70.

Arte dos anos 80 O pós-modernismo no fim dos anos 70 acaba por mostrar artistas que repudiam a academia e todas as formas de linguagem tradicional de arte, pois as classificavam como corrompidas e dependentes diretas do mercado das artes. Elas representavam uma representação da burguesia e os seus valores. Durante a década de 1980 a pintura volta a ser valorizada após agregar novas características como o uso ilimitado de cores, os formatos inusitados, o uso de objetos do cotidiano como suporte, figurativismo e o expressionismo. A ideia passa a ser ironizar, inverter significados, representar imagens desconstruídas, não se limitar aos formatos dos suportes e misturar técnicas e materiais sem limitações.

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Arte dos anos 90 Tal como foi uma década conturbada e movimentada na questão musical, os anos 1990 foram igualmente inquietos nas artes. Na década anterior, o surgimento do movimento punk no Reino Unido veio exerceu uma grande influencia na sociedade, gerando debates que incidiram na literatura, na moda, na música e nas artes. O estilo gráfico dessa época fazia uso de recortes grotescos e composições com o uso de intervenções gráficas espontâneas (como se fossem feitas a mão) com base em fotos, jornais e demais elementos que pudessem gerar subversões de diversas naturezas. A mensagem deveria ser transmitida de forma direta e clara para a população, com conteúdo extremamente politico e critico. O pós-modernismo dos anos 90 faz uso dessa rebeldia e necessidade de se expressar que nasceu em anos anteriores. Essa mentalidade influenciou artistas para produzirem artes conturbadas e provocadoras que flertavam com o erotismo e tabus como morte, exploração relações pessoais e a complexidade da vida cotidiana. Os escândalos e polemicas se tornaram base fundamental para as criações. Algumas características marcantes do movimento são: inspirações em elementos do cotidiano que são utilizados para gerar reflexão; uma metalinguagem onde a arte é o suporte utilizado para falar da própria arte; o questionamento de paradigmas e demais valores “dúbios” que foram impostos pelo mercado e a realização de trabalhos de um artista através de uma equipe de produção.


A vontade dos artistas por uma liberdade de expressão acabou por gerar manifestações artísticas curiosas, talvez de gosto duvidoso, mas, certamente polêmicas. A seguir uma rápida citação dos nomes e trabalhos mais interessantes que marcaram a década de 1990. Jeff Koons é um dos principais nomes da época. Artista conceitual americano ganhou fama ao retratar a sua vida intima com Cicciolina (sua esposa e ex-atriz pornô) através de fotografias e esculturas que mostravam posições e atos de sexo explicito. A série chamada “Made In Heaven” debatia a pornografia como arte e a quebra de um tabu moralista. Recentemente Koons ficou responsável pela capa do álbum “ARTPOP” da cantora americana Lady GaGa, onde uma estátua da cantora foi criada e faz parte de uma colagem de diversos elementos artísticos. O artista britânico Damien Hirst ficou conhecido através de um dos trabalhos que se tornaram um retrato da década. O “The Physical Impossibility Of Death In the Mind Of Someone Living” é um enorme aquário onde existe um tubarão tigre nadando em formol (liquido utilizado para manter o animal em boas condições) e que se mostra imponente perante o observador. A obra propõe questões relativas a vida e morte, flerta com o choque e provocação, fazendo com que o observador reflita a sua existência ao mesmo tempo que observa a beleza do animal como se estivesse em uma vitrine. Apesar de ser uma obra de gosto duvidoso para alguns, ela foi vendida por aproximadamente 10 milhões de dólares em 2004. Outra peça criada e vendida por muitos milhões foi o “For The Love Of God”, um crânio verdadeiro com aplicação de 8 mil diamantes em toda a sua superfície.

Cindy Sherman, fotógrafa americana e diretora de cinema, se tornou conhecida através dos autorretratos conceituais. Em seus trabalhos buscava explorar uma nova visão do feminismo e seus conflitos de poder. O fotógrafo inglês Richard Billingham resolve transformar o seu álbum de retratos familiares em trabalho, expondo-o para o mundo. As fotos mostram o cotidiano de uma família problemática onde cada personagem possui um problema maior que o outro: o pai é alcoólatra, a mãe fumante obesa e o irmão problemático. Quase como um documentário, essas fotos mostram temas desconcertantes e que geram uma visão quase intimista. Tendo em vista os fatos marcantes que ocorreram durante a década de 1990, alguns movimentos artísticos anteriores podem ser associados ao cenário musical e social. A ambiguidade entre tratar assuntos polêmicos e tentar forçar reflexões sobre a vida cotidiana são características dessa mentalidade de virada do século XX para XXI. A proposta era fazer com que as pessoas reconsiderassem conceitos e ideias, provocando a sociedade a pensar a sua existência e as relações com questões importantes (sociais, ambientais, mercadológicas, entre outras).

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permissão e fazem fotos expondo para o mundo as situações inesperadas e, por muitas vezes, intimas. Esses registros são vendidos para agencias e grandes meios de informação por muito dinheiro.

A imagem Durante o desenvolvimento do projeto, pude perceber o tamanho da importância que a imagem fotográfica tem no universo da música. Os registros deixaram de ser apenas para divulgação dos artistas e seus produtos, mas também passaram a ser o produto – a imagem do artista. O que faz, o que não faz, o que veste, como veste, o que come, onde vai, o que compra, como acorda, como anda, dentre bilhões de outros atos banais que acabam se tornando pauta para sites, tabloides e os seus respectivos fotógrafos. Nota-se que a fotografia se torna uma importantíssima forma de expressão artística nos anos 1980 e 1990 e acaba por se tornar quase que uma essência nas décadas seguintes. A importância da imagem fotográfica transcende quadros, telas e princípios fundamentais. Sai do poder de técnicos especializados (fotógrafos) e passa a fazer parte da vida de cada pessoa no mundo contemporâneo, onde “cada piscada é um clique”. É impossível não citar a importância da fotografia nessa década. Os primeiros paparazzi surgem ainda na década de 1960, mas começam a se tornar personagens conhecidos do grande público no fim dos anos 80 e durante a década de 1990, atingindo o auge nos anos 2000. Eles possuem como função fazer registros de figuras publica em situações da vida normal. Muitas vezes perseguem as celebridades sem

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Ao mesmo tempo em que podem sofrer com o assedio da mídia, muitos são os artistas que fazem uso desses veículos para se divulgar e alcançar o sucesso. O poder da mídia faz parte da plataforma de sucesso dos artistas pop, assim como a sua vida intima. É uma troca. Assim como podem ficar mais famosos, poderosos e ricos, a não colaboração pode destruir carreiras. A imagem do artista já não depende apenas de como ele quer que seja lançada no mercado, o próprio mercado também acaba moldando e adicionando mais características aos artistas. Hoje, só a música não basta, todos querem saber da vida pessoal, com permissão ou não. Obviamente grandes artistas aprendem a tirar proveito disso e converter em mais mídia e divulgação.


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Projeto [CDR]

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Similares e Inspirações Para começar um desenvolvimento criativo dos cartazes, busquei fazer um levantamento de projetos existentes no mercado. Alguns dos projetos citados aqui existem apenas no campo digital e não são comercializados (estão disponíveis na internet para download) e apenas o projeto Draw Me A Song esta disponível para venda via site. Segue uma breve descrição de cada projeto, exemplos coletados e analise de similaridades.

_Projeto [CDR] Conheci o Projeto [cdr] através do aluno de design Vinicius Mesquita durante o desenvolvimento do projeto 7, semestres atrás. Achei interessante pela exploração de recursos visuais e pela proposta. O projeto “tem como objetivo difundir a cultura brasileira em meios alternativos, fomentando as ruas com cultura” através de intervenções urbanas utilizando estêncil, grafite, pinturas e outras técnicas. O projeto foi criado pelo designer gráfico Eduardo Denne e pode ser encontrado facilmente por muros da zona oeste e do centro da cidade. Podemos notar que imagens dos personagens são utilizadas com tratamento digital e artístico, nunca são reproduzidas de forma total. A composição das imagens e backgrounds torna as criações mais interessantes e garantem um destaque maior para o artista retratado, sem contar que chama a atenção dos transeuntes.

_Draw Me A Song “Draw Me A Song” é uma marca conceitual que pretende vender cartazes ilustrados com letras de músicas famosas. Segundo o site da marca, o objetivo é fundir as letras das músicas com as artes visuais, para isso cada cartaz possui uma ilustração digital e tipografia estilizada. O projeto foi desenvolvimento pela fundadora Nour Tohme, designer formada pela American University of Beirut. Os cartazes podem ser comprados em formatos A1, A2, A3, A4 e postcard (uma mica), os preços variam de 30 a 3 dólares. Existe uma categorização por estilos musicais e podemos encontrar cartazes com musicas de Madonna, Katy Perry, Rihanna, Amy Winehouse, Bob Marley, Cyndi Lauper e outros.

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Os cartazes produzidos são bem interessantes e mostram uma boa interação de imagens e tipografia. As ilustrações são bem feitas e podem ser percebidos diferentes usos de estéticas e movimentos artísticos.

_Musica. Entenda do que é feita Esse projeto é formado por uma série de cartazes desenvolvidos pela agencia paulista AlmapBBDO com o objetivo de divulgar a revista Billboard Brasil, lançada em 2010. As artes consistem em imagens reticuladas que mostram um artista, mas ao perceber de perto, cada cor da reticula é formada por uma imagem de outro cantor. O interessante é mostrar que um artista atual possui traços de outros artistas antigos. A agência foi premiada com um Leão de Prata pelas criações desses cartazes. Também busquei expandir a pesquisa de similares a projetos gráficos que poderiam se tornar referências estéticas. Esses projetos análogos, em sua maioria, exploram a mistura de técnicas e uma liberdade de experimentação de técnicas de representação gráfica. Abaixo segue uma descrição de alguns selecionados e informações analisadas.

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Cartazes do projeto Música: entenda do que é feita


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Páginas do livro Stages (a cima) Páginas do livro SEX (ao lado)

_“Britney: Stages” Livro de 104 páginas que mistura ilustrações e fotografias feitas durante a gravação do documentário “Stages: Three Days in Mexico” da cantora americana Britney Spears. Apesar de ser um livro com muitas fotos, possui algumas inserções de ilustrações e manipulação de imagens com grafismos. São identificáveis referências aos movimentos, vibrações, repetição e outros conceitos do design utilizados nas composições das imagens. Como pontos negativos, estão a pouca exploração de grafismos e outras interpretações gráficas e a falta de um conceito mais fechado para a composição do livro.

_“SEX” Livro com 128 páginas, encadernação Wire-O e embalado por um envelope metálico. O conteúdo é composto de fotos eróticas e alguns textos como cartas amorosas e eróticas. Foi lançado em 21 de outubro de 1992, precedendo o lançamento do CD “Erotica”, dentre os temas como sadomasoquismo e sexo livre. Esse projeto possui diversas interpretações sobre o tema sexualidade através de técnicas variadas, como fotografia, interferências gráficas, colagens e outras. O livro é experimental tanto nas técnicas quanto na utilização de materiais e texturas diferentes no miolo. A maioria das imagens faz parte de composições maiores e cria uma

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estética suja, caótica e dark. Entretanto, o livro possui muitas fotografias e algumas cartas que acabam por mudar o foco do livro, deixando-o similar a um diário de fotos intimas. Outro tipo de material pesquisado foram os tourbooks. Eles são uma espécie de livro de registro de shows/ turnês mundiais que são feitas por diversos artistas e que são vendidas em lojinhas nos próprios shows. Esse tipo de produto é muito explorado no exterior, onde a cultura de uma indústria de mega espetáculos é bem desenvolvida e amplamente aceita pela sociedade. Esses livros possuem imagens dos shows, ensaios, bastidores e informações de equipe, set list e locais por onde a turnê passou. As imagens são tratadas e manipuladas digitalmente e exploram conceitos variados, dependendo do conceito da turnê e do artista.

Diversas páginas de Tourbooks: livros com imagens especiais vendidos apenas em shows


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Layouts primรกrios apresentados na G1


Primeiros trabalhos Definições Após definir as cantoras e a linguagem gráfica, comecei a desenvolver experimentos de layouts. Inicialmente o projeto seriam apenas cartazes com interpretações gráficas da imagem das cantoras através de elementos da Pop Art. Seriam cartazes em formato A1 com fim estético para uso decorativo e venda. Até então, também continuava querendo fazer uma mistura de cartaz impresso digitalmente e que, posteriormente, levaria uma camada de serigrafia por cima, fazendo uma composição de técnicas muito utilizadas no movimento artístico selecionado.

Testes e analises Após fazer testes com diferentes técnicas de ilustração, busquei montar alguns layouts de ideias de cartazes. Os primeiros layouts podem parecer fora de contexto de acordo com os objetivos do projeto, porque foram diretamente trabalhados no computador. Busquei fazer cartazes utilizado elementos como reticulas, brushes de pinceis, aguadas de nanquim, colagens e recortes bruscos e utilização de imagens tratadas. Busquei utilizar conceitos de repetição, proporção, movimento para que os cartazes. Os resultados não me agradaram, sentia que “faltava vida” no que estava produzindo. Em uma conversa com a professora Roberta Portas, percebi que precisava entender mais o que estava fazendo e com o que estava trabalhando. Precisava sair do automático do computador e ir para o imprevisto da mão na massa, ir para o laboratório e testar as possibilidades, assim como os grandes nomes da Pop Art faziam. A prática manual me ajudaria a entender um sistema de criação.

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Também percebi que a utilização de imagens fotográficas desconstruídas e retrabalhadas funcionavam bem, porém precisava manter uma conformidade com o conceito das “divas”. Deveria criar algo que “engrandecesse” uma figura de artista poderosa aos olhos dos seus fãs.

Estudos de Grids Com o projeto tomando mais formas e se desenvolvendo, senti uma necessidade de fazer um pequeno estudo de grids. Inicialmente utilidade desse estudo poderia ser questionada, dado o conceito de trabalhar imagem sem texto, porém durante a pesquisa dos estudos notei a importância. É essencial estar (mesmo que) minimamente preparado para as diversas situações e utilizações que um projeto possa ter. Nos estudos analisei prováveis possibilidades de montagens dos cartazes e cortes de imagens que funcionariam sem atrapalhar a leitura de quem o vê. Entendendo os limites, vi que, apesar de ser imensas, sempre existe a possibilidade de buscar uma forma diferente de composção.

Layouts pr foram bem conceitual

Cartazes: Grid Modular

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Cartazes: Grid1 Angular Estudos de grid Modular

Estudos de grid Angular

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Paleta Cromática Visando uma confecção de paleta cromática, optei por selecionar peças gráficas das cantoras escolhidas e tentei extrair 4 cores de cada. As peças gráficas escolhidas foram a capa dos CDs de maior sucesso de cada uma, assim as cores seriam justificadas pela identificação da cantora e o produto do seu trabalho. como a capa do CD da Beyoncé só possui 2 cores, utilizei uma das imagens promocionais.

rimários que m avaliados lmente

Em uma orientação da professora Edna, ela mostrou o quanto importante é ter e respeitar uma paleta cromática, pois só assim o trabalho pode ser coeso e organizado. As cores selecionadas também deveriam estar de acordo com uma paleta básica que fiz pesquisando obras típicas da Pop Art.

Cores selecionadas para a cantora Beyoncé C:6% M:54% Y:0% K:0%

C:0% M:100% Y:0% K:0%

C:14% M:0% Y:100% K:0%

C:0% M:0% Y:100% K:0%

Cores selecioadas paraa cantora Britney Spears C:100% M:0% Y:0% K:0%

C:97% M:79% Y:0% K:0%

C:0% M:100% Y:0% K:0%

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C:0% M:0% Y:100% K:0%


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Produção Logo após os feedbacks das bancas de G1 e G1.5, o projeto mudou consideravelmente. Antes o que era apenas um cartaz, viraria um “cartazfolder” de 2 lados, onde na frente o leitor teria informações relativas ao artista em questão e no verso seria um cartaz com uma ilustração da mesma. Essa mudança deu-se após eu perceber que deveria dar um valor maior ao processo de pesquisa que foi feito. Assim, a valorização da artista e do seu trabalho poderia ser ainda maior do que a ideia que vinha sendo trabalhada inicialmente. Dada essa mudança, comecei a desenvolver 2 linhas de trabalhos: frente e verso dos cartazes. Em nenhum momento achei que, necessariamente, os dois lados precisavam conversar entre si. Creio que eles podem ser pensados como itens distintos. Sem a obrigatoriedade de manter o mesmo esquema cromático ou traços ilustrativos. A única limitação ou regra que firmei era que ambos os lados deveriam ter elementos do movimento artístico da Pop Art e tentar captar a essência da artista foco. Busquei utilizar ferramentas que me permitissem simular efeitos de reprodução em grande escala, como transferência por thinner e fotocópias, assim comecei um trabalho com autocontraste. Esse efeito também poderia ser obtido através de softwares, mas queria manter as imperfeições das transferências de thinner, gerando um “ruído”, um granulado, que achava interessante esteticamente. Como o resultado não saiu perfeito, tratei digitalmente as imagens no computador Mesa com layouts e bonecas mostradas na banca de G1.5

buscando manter os traços principais das artistas e limpar excessos, fazendo uma imagem mais fiel ao que eu buscava como resultado final. Continuei com a ideia de misturar técnicas manuais com o trabalho digital, mas para evitar maiores problemas, apenas elementos de suporte (pinceladas, recortes, rabiscos e etc.) seriam feitos à mão e tratados digitalmente. A reticula foi algo muito utilizado por vários nomes da Pop Art, então pensei em utiliza-las nas imagens do verso para suavizar o trabalho feito com o autocontraste das imagens do lado informativo, a parte folder.

Protótipos Para desenvolver protótipos do cartaz final em A1 (594mm X 841mm), primeiramente era importante entender o sistema da sua composição. O cartaz em formato A1 é composto por 2 tamanhos A2 (420mm X 594mm) que, por sua vez, pode ser dividido em 4 cartazes A3 (297mm X 420mm). Tendo isso em mente, fiz um espelho da frente do cartaz como 3 folhas duplas de conteúdo e 1 folha contendo a capa e contra capa. Com as artes que estava trabalhando, fui montando bonecas com as opções variadas que estavam em desenvolvimento, sempre pensando que o cartaz dobrado teria o tamanho de uma folha A4 (210mm X 297mm), então as folhas A3 deveriam ser pensadas como uma página dupla, que seria dobrada ao meio. Essa forma de pensamento facilitou por eu ter certa experiência em alguns trabalhos de diagramação de editoriais de moda, porém a adição de conteúdo textual variado e a relação com as ilustrações criadas, acabou complicando um pouco o trabalho que pensei ter simplificado inicialmente.

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Primeiros protótipos de layouts do cartaz-folder

Os primeiros estudos de layouts dos cartazes-folders tiveram como base a cantora Beyoncé, o objetivo era criar um sistema organizacional que seria replicado nos demais trabalhos. Para criar uma linguagem ilustrativa, idealizei mesclar uma imagem trabalhada em autocontraste com algum elemento diferenciador. Tal elemento traria uma forma diferente e a cor para as páginas. No caso da cantora Beyoncé, esse elemento seriam recortes de formas aleatórias com cor e textura (item que pode ser observado em alguns trabalhos de Richard Hamilton, Peter Phillips, Mimmo Rotella, dentro outros). O elemento textual da primeira página dupla seria uma pequena biografia da cantora que deveria interagir de alguma forma com a ilustração produzida. A segunda página dupla tem como tema uma linha do tempo de feitos importantes da carreira da cantora em questão. Como elementos textuais teriam os anos dos fatos e uma legenda descritiva do que ocorreu. Para ilustrar, não tive como fugir da utilização de fotografias dos fatos, o que busquei fazer foi dar um tratamento digital integrando as fotos com a linguagem gráfica. Nos primeiros momentos recortei a imagem de forma aleatória, tentando manter os elementos dos recortes e texturas, porém o resultado não ficou visualmente interessante. Com ajuda da minha orientadora, alterei o formato, tirei as bordas e deixei as imagens tons de cinza e um layer da textura do recorte. A terceira página dupla foi a ultima a ser desenvolvida, por isso poucas variações existem. Ela começou a ser desenvolvida quando o sistema da linguagem já estava quase toda aprovada junto a orientação, então foi relativamente fácil fechar essa ultima página. O conteúdo é bastante parecida com o da página anterior, a linha do tempo, ainda na G1,5 a professora Evelyn deu como feedback que seria interessante colocar curiosidades

e informações mais variadas sobe a cantora. Antes dessa ideia, pensava em fazer uma rede de conexão entre artistas relacionados com a cantora em questão e outras informações que, realmente, não são atrativos e relevantes para os fãs. A Evelyn me fez perceber que eu deveria olhar e decidir questões da forma como um fã que vai consumir o projeto. Para resolver a questão da capa e contracapa, devo deixar os créditos para a minha orientadora Edna que me mostrou uma referência gráfica que era justamente o que eu queria fazer. Edna me apresentou a capa do livro de Geoffrey Strokes “The Beatles” e que teve todo o planejamento visual da designer carioca Bea Feitler. Achei maravilhoso e muito bem executado. Então voltando a trabalhos da Pop Art, pensei no clássico da imagem em duotone com cores bem vivas e chamativas para a capa e que terminava na contracapa. Como elemento de texto da capa, teríamos apenas o nome da cantora em caixa alta. Na contracapa, teríamos um pequeno briefing do projeto, o logo do projeto que dá nome a série e um QR Code que poderia servir como código de barras ou como link para um hotsite online, onde o usuário teria acesso a mais informações sobre o projeto e das demais cantoras.

BEYONCÉ BEYONCÉ BEYON BEYONCÉ BEYONCÉ BEYON BEYONCÉ BEYONCÉ BEYON BEYONCÉ BEYONCÉ BEYON BEYONCÉ BEYONCÉ BEYON BEYONCÉ BEYONCÉ BEYON BEYONCÉ BEYONCÉ BEYON BEYONCÉ BEYONCÉ BEYON BEYONCÉ BEYONCÉ BEYON BEYONCÉ BEYONCÉ BEYON

Avanço nos protótipos de layouts do cartaz-folder

Estudos de ca

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CÉ CÉ CÉ CÉ CÉ CÉ CÉ CÉ CÉ CÉ

apas

Estudos da página dupla biográfica

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Estudos da página dupla da linha do tempo


Variações de protótipos desenvolvidos

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O Objeto Definições Para o inicio da impressão digital das peças, algumas definições de produção foram tomadas tendo em vista a desenvolvimento do projeto e a meta de conclusão do mesmo. As decisões surgiram, principalmente, com base nas orientações dos técnicos das gráficas consultadas e com base nos conhecimentos adquiridos no Laboratório de Processos Gráficos da PUC.

O cartaz final possui impressão digital nas duas superfícies (lados) e tem o tamanho total de 594mm X 841mm. Primeiramente ele deve ser dobrado verticalmente e depois, dobrado ao meio. Após essas primeiras 2 dobras, a folha deve ser dobrada mais uma vez, totalizando 8 partes em tamanho A4. Para que o cartaz consiga abrir como um booklet ou como um folder comum, é necessário fazer um corte de 420 mm na área em vermelho na simulação a seguir. Esse corte é necessário para que durante a dobra, as páginas sejam passadas de forma seguida, dando a impressão de que o leitor esta lendo uma revista ou folheto.

A escolha dos papéis foi feita de acordo com seleção entre algumas amostras fornecidas pela empresa Diplomata Papéis. O papel mais utilizado para a confecção dos cartazes seria o Offset Branco 150g/m², mas a maioria das gráficas só aceitam trabalhar com o papel que já é fornecido por elas, então a solução é idealizar uma produção digital ideal e fazer uma produção real de acordo com as melhores opções da gráfica.

Area do corte e dobras do cartaz

Etapas das dobras do poster A1

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A leitura do folder ocorre naturalmente. O leitor deve abrir e na primeira página dupla terá um pequeno texto biográfico da artista. O texto se foca na importância e na carreira da artista em questão e não se aprofunda em outras questões secundárias. Ao virar, o leitor tera em mãos uma espécie de storyline com imagens e datas de eventos ocorridos na vida da artista. Por ultimo, o leitor tem uma visão de curiosidades da carreira e vida pessoal da artista além de informações da discografia. Nesta página também constam os créditos dos fotógrafos que fizeram as imagens utilizadas para fazer as ilustrações do conteúdo. Após a leitura do conteúdo informativo, o leitor pode abrir e verificar o poster da artista. Uma grande imagem colorida mesclada com retículas que mostram a imagem da cantora em uma poser ou corte que mostre um pouco da sua “essência”.

Protótipos impresso em A1 e dobrado para demonstrar a forma de leitura

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Produto final Após os estudos de layouts, ajustes e refinamentos, consegui fechar o sistema e, assim, finalizar as artes dos cartazesfolders. Todas as orientações e demais dicas dadas pelas professoras foram de grande ajuda para solucionar problemas que foram aparecendo no caminho. Creio que o produto final está de acordo com o que foi conceituado no inicio, ele se manteve fiel ao que foi idealizado mesmo tendo se adaptado às novas questões que só apareceram enquanto o projeto já estava em desenvolvimento. Segue agora uma descrição das especificações do produto final. Como já dito anteriormente, o cartazfolder produzido tem dimensões de um papel A1, sendo 594mm x 841mm. A sua impressão é digital e leva tinta nos dois lados da superfície do papel (frente e verso), a maior carga de tinta se localiza na parte interior (onde está a imagem da cantora). O cartaz/pôster do verso possui uma imagem sangrada em reticula, para conseguir sangrar a imagem, trabalhei apenas com um corte (pedaço) da imagem original. Esse cuidado foi tomado devido à grande possibilidade de erros de impressão onde deve existir certa precisão para casar o lado da frente e o verso. Tendo uma margem de bleed bem maior, o erro pode até ocorrer, mas não vai estragar e descartar completamente o trabalho.

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Para a composição tipográfica do trabalho, fiz uso de uma família opensorce chamada “Open Sans” para o texto biográfico, legendas e créditos. Essa fonte foi lançada em 2011 e foi feita pelo designer Steve Matteson. O projeto foi comprado pela empresa Google e é disponibilizada para utilização gratuita. Já para os títulos, anos e nome das cantoras fiz uso do estilo medium da fonte “Knockout”, segundo o site “Typography” o nome completo seria “Knockout No. 26 Junior Flyweight”. Para a entrega a apresentação da banca, desenvolvi os cartazes de duas cantoras: Beyoncé e Britney Spears. Conforme expliquei no processo de desenvolvimento, o sistema criado permite manter uma unidade entre os cartazes ao mesmo tempo em que também podemos diferenciá-los. As imagens foram trabalhadas em contraste preto e branco (primeiro fazer transferência de thinner e depois digitalizando com o comando Threshold no software Adobe Photoshop) e foram adicionados elementos gráficos para diferenciar, tanto pela cor, quanto pelo formato. No caso da cantora Beyoncé foram utilizados recortes com formatos aleatórios de papel texturizado e, no caso da cantora Britney Spears, foram utilizadas pinceladas de tintas. Essas pinceladas poderiam ter sido feitas através de bushes do Photoshop, mas como não consegui um efeito satisfatório, optei por fazer as pinceladas no papel e depois tratar digitalmente. Idealizei outras diferenciações e outros cartazes possíveis de serem feitos, caso o projeto continuasse. Lidar com o tempo viável para o desenvolvimento e criação das artes foi algo que errei. Tive o meu rendimento afetado por um problema pessoal, por isso acabei desenvolvendo apenas dois dos três ou quarto que gostaria de apresentar.

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O pôster, verso do cartaz-folder, possui uma grande imagem da cantora pintada digitalmente e reticulada. Para a seleção das imagens para fazer o cartaz, fiz uma pesquisa em photoshoots de revistas de moda para as quais as cantoras tivessem posado. Esse fator facilitou em conseguir imagens onde a cantora parecesse mais poderosa, como uma diva. Um fator limitador que enfrentei durante a pesquisa foi conseguir imagens em alta resolução e sem tags dos sites. Como disse anteriormente, busquei imagens que transparecessem características da artista e a sua “essência” não focando apenas em uma imagem bela ou outra qualquer. Também fiz um enquadramento diferente da imagem, buscando assim, dar a impressão de uma imagem diferenciada e não tão obvia ao primeiro olhar.


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Artes finais e Mockups Devido a um erro na confecção e o atraso na nova entrega dos cartazes finalizados, optei por fazer um mock up digital simulando como ficarão os cartazes finalizados. Como os receberei na próxima semana, farei a alteração dessa parte do relatório e gravarei nos documentos que foram pedidos para entrega no dia da banca.

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Simulação do cartaz dobrado: paginas de conteúdo

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Simulação do cartaz dobrado: paginas duplas

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Simulação do cartaz aberto: parte frontal (folder)


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Simulação do cartaz aberto: pôster do verso


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Simulação do cartaz dobrado: paginas de conteúdo

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Simulação do cartaz dobrado: paginas duplas

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Simulação do cartaz aberto: poster do verso


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Simulação do cartaz aberto: poster do verso


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Considerações finais Esse projeto é uma realização pessoal e consegui me expressar através dele. Como disse o designer João Leite em uma aula nos primeiros semestres “uma pessoa começa a estudar design porque sente necessidade de se expressar”. Isso ficou gravado em mim. É real. Como um futuro designer, tenho que assumir desafios que possam ajudar a potencializar as minhas habilidades e acrescentar de forma positiva na minha formação. Trabalhar com artes gráficas e representação visual sempre foi um desafio que me propus, mesmo temendo não conseguir. Nunca me achei um artista, nem que possuía um dom especial para o design, mas sempre busquei trabalhar, trabalhar, trabalhar. Eu tentei e muito. Creio que esse projeto é muito rico tendo em vista o caminho percorrido. Os rumos que ele tomou foram de muitas voltas, reviravoltas, pausas, reflexões e correrias. Não conseguiria imaginar ou planejar um projeto assim, tão intenso. Certamente existem falhas, existem algumas etapas que foram puladas, mas isso não desmerece o trabalho. Um trabalho que foi meu, mas com o suporte, apoio de pessoas maravilhosas e únicas. Admitir o limite de tempo de desenvolvimento foi difícil, acho que o processo só amadurece e melhora com o tempo, mas isso só o trabalho árduo cura. Um desafio que me propus enfrentar foi o preconceito musical, acadêmico e pessoal. Acredito que o preconceito é um fator limitador de criatividade, de inteligência e de evolução que deve

sempre ser combatido da melhor maneira possível. Esse projeto me motivou a pensar e refletir as relações emocionais das pessoas. Uma simples música ou um artista (e o fruto do seu trabalho) podem remeter a diversos momentos e emoções que marcaram a vida de indivíduos. Isso significa algo para alguém. A música tem o poder de suprir, recuperar e transformar a vida e as pessoas, só dependendo apenas da importância que o usuário deposita. É muito errado pensar que o preconceito se combate com repressão ao fato que o gera, ele deve ser combatido através do conhecimento e da reflexão gerada pelo ato de observar de modo diferente. Tenho muito orgulho desse projeto. Quando vi os primeiros protótipos cartazes impressos quase chorei. Fazia muito tempo que não me lembrava do que é ver o seu trabalho se tornando algo físico, palpável, bonito, senti orgulho de ter conseguido. Consegui vencer a depressão que trazia comigo. Não estou curado. A terapia é longa, os efeitos são perceptíveis com o tempo, mas não parei de tentar. Por varias vezes não conseguia sair da cama e pensei em desistir de tudo. Mas não, não mesmo. Procurar ajuda foi difícil, mas quando se tem as melhores pessoas ao seu redor, tudo é possível. Foi difícil admitir a situação, não quis envolver as professoras, não me sentia confortável, contei com o apoio de amigos, das Drª Silvia e Drª Graça. Espero que de alguma forma, esse projeto traga algum beneficio para que o veja e/ou possua. Não propus uma mudança completa de “paradigmas” da sociedade em relação ao estilo musical e seus artistas, apenas gostaria de dar uma visão diferenciada, alternativa. Espero que os fãs, base principal desse trabalho, entendam e apreciem o conceito e desenvolvimento do “Pop It Up”. Espero que fiquem impactados com o fruto desse projeto. Já presenciei algumas

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reações positivas durante o processo, quando mostrei imagens para algumas pessoas e isso já bastou. Fazer alguém sorrir e se sentir feliz, valeu por todo o caminho percorrido. Se alguém conseguir sorrir com uma música, sorrir ao ver seu artista, sorrir ao ver esse projeto e, ao fim de qualquer outra coisa, sorrir... pronto, valeu. Levo desse projeto experiências únicas. O processo de pesquisa de busca pelo objetivo não foi nada parecido com algum outro projeto que eu tenha feito. Me orgulho do conceito. Me orgulho do processo. Me orgulho do resultado. Me orgulho de não ter desistido e de continuar tentando. O trabalho não acabou e nunca acaba. Quem acaba é o tempo.

Muito obrigado se você chegou até o fim desse memorial do projeto “Pop It Up”. :)

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Anexos complementares Questionรกrio on line feito durante o anteprojeto

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Questionรกrio on line feito durante o anteprojeto

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Anatomia da Pop Star: mapeamento de fatores que comp천e uma carreira

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Relatório G1 “Pop It Up” Para visualização on line via Issuu, utilize o QR Code.


PUC-Rio | 2014.2 Departamento de Artes & Design

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