MAS-CATÁLOGO

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Catálogo do Museu de Arte Sacra de Oeiras (PI)

Pedro Dias de Freitas Júnior

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Catálogo do Museu de Arte Sacra de Oeiras (PI)

© Copyright 2020 Pedro Dias de Freitas Júnior

Catálogo do Museu de Arte Sacra de Oeiras, Piauí Créditos: Este catálogo é parte dos resultados da pesquisa-ação sob o título “MUSEU DE ARTE SACRA DE OEIRAS, PIAUÍ: Diagnóstico e exercício de documentação museológica”, desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-graduação em Artes, Patrimônio e Mu-seologia, Mestrado Profissional da Universidade Federal do Piauí. Universidade Federal do Piauí | Universidade Federal do Delta do Parnaíba Reitor da Universidade Federal do Piauí Prof. Dr. José Arimatéia Dantas Lopes Vice-reitora da Universidade Federal do Piauí Profª. Drª. Nadir do Nascimento Nogueira Pró-reitor de Ensino de Pós-graduação da Universidade Federal do Piauí Profª. Drª. Regina Lúcia Ferreira Gomes Reitor da Universidade Federal do Delta do Parnaíba Prof. Dr. Alexandro Marinho Oliveira Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Artes, Patrimônio e Museologia Profª. Drª. Áurea da Paz Pinheiro Orientação Profª. Drª. Áurea da Paz Pinheiro Capa, projeto gráfico e editoração eletrônica Victor Veríssimo Guimarães Editora Educar Artes e Ofícios F866c

Freitas Júnior, Pedro Dias de. Catálogo do Museu de Arte Sacra de Oeiras. [manuscrito] / Pedro Dias de Freitas Júnior. – Luís Correia: MAPM/UFPI, 2020. 46 f.: il. color (Capa, projeto gráfico e editoração eletrônica Victor Veríssimo Guimarães) ISBN 978-65-86484-02-1 1. Museu. 2. Arte Sacra. 3, Oeiras. 4. Piauí. I. Titulo.

CDD 363.69

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apresentação Esta publicação faz parte de nossos estudos e intervenções realizados no Programa de Pós-graduação, Mestrado Profissional, em Artes, Patrimônio e Museologia da Universidade Federal do Piauí, sob a orientação da Professora Doutora Áurea da Paz Pinheiro, igualmente, coordenadora do Programa. Nosso objetivo foi investigar, documentar, comunicar e propor políticas de salvaguarda do patrimônio eclesiástico de Oeiras sob a tutela do Museu de Arte Sacra, equipamento público com mais de 35 anos a reafirmar sua função educativa e cultural na sociedade. Na qualidade de leitor, você terá a oportunidade de conhecer o Museu de Arte Sacra, o diagnóstico que realizamos de seu estado atual e a documentação de 10 peças, das mais de 261, que formam o rico e complexo acervo do Museu; são imagens de madeira policromada dos séculos XVII, XVIII e XIX, castiçais e coroas de prata, mobiliário e objetos provenientes das igrejas seculares de Oeiras ou de colecionadores particulares. Uma parte dos objetos que documentamos ainda fazem parte das procissões e celebrações da Semana Santa, Divino Espírito Santo, Corpus Christi e Nossa Senhora da Vitória (Padroeira de Oeiras e do Piauí). Documentamos, com as técnicas da museologia contemporânea: a Imagem Primitiva de Nossa Senhora da Vitória, o Crucifixo de Prata, o Crucifixo de Madeira, a Vara do Pálio, a Lanterna de Prata, Castiçal de Prata, o Ostensório de Ouro, o Cálice de Ouro, o Estandarte do Divino (Resplendor) e o painel de Nossa Senhora do Rosário.

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A cidade e sua história Oeiras foi a primeira capital do Piauí. Está localizada a 235 km de Teresina, atual capital. Sua origem remonta às expedições do sul do território, no século XVII; aventureiros buscavam terras para a criação de gado. Nesse contexto, nasceu a Fazenda Cabrobó, criada por Domingos Afonso Mafrense. Sua história está intimamente ligada à da Igreja Católica na região. Em 1696, foi elevada à categoria de Freguesia, sob a invocação de Nossa Senhora da Vitória; em 1712, a povoação da Mocha foi elevada à categoria de Vila com o mesmo nome e instalada somente em 26 de dezembro de 1717, sendo designada para ser a sede do novo Governo. Recebeu o título de cidade pela Carta Régia de 19 de junho de 1761, época em que teve o seu nome alterado para Oeiras, por ato do seu primeiro governador João Pereira Caldas, em homenagem ao Conde de Oeiras Portugal, Sebastião José de Carvalho Melo, depois Marquês de Pombal, Ministro de Estado do Rei de Portugal Dom José I.

Figura 01: Mapa de Localização de Oeiras no Brasil/Piauí

Em 24 de janeiro de 1823 participou do movimento de adesão do Piauí ao Grito do Ipiranga e em 1852, por injunções políticas, que envolveram o Presidente da Província, José Antônio Saraiva, a capital foi transferida para a Nova Vila do Poti, quando recebeu o nome de Teresina, uma homenagem à imperatriz Teresa Cristina. Oeiras, como primeira capital do Piauí, detém riqueza histórica e religiosa, traduzida em seus casarões e nas manifestações de fé, religiosidade e espiritualidade. A considerar o seu acervo arquitetônico colonial foi declarada Cidade Monumento Nacional pela Lei Federal nº 7745 de 30 de março de 1989. Em 2012, o Conjunto Histórico e Paisagístico de Oeiras foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, como Patrimônio Cultural do Brasil.

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Fonte: Google Mapas (2020). Edição: Víctor Veríssimo


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Neste território, a comunidade mantém viva uma cultura religiosa ancestral; são costumes, valores, modos de ser e viver o sagrado traduzidas em celebrações, nas quais se hibridizam erudito e popular. Estão vivas e pulsantes procissões e festas, que reforçam o sentido de comunidade. A principal e mais pungente dessas manifestações é o exercício da fé, comoção e penitência nas celebrações da Semana Santa repleta de ritos, símbolos, sentidos, metáforas, atavismos e teatralização barroca. A Semana Santa de Oeiras é a maior manifestação religiosa do Piauí, antecede as celebrações em honra ao Bom Jesus dos Passos, quando milhares de pessoas acompanham sua imagem secular pelas ruas do Conjunto Histórico. Nesse período, a cidade recebe milhares de fiéis, romeiros vestidos de roxo, para orar e agradecer as graças recebidas. Figura 02: Praça das Vitórias, 2007

Fonte: Arquivo do Autor (2007)

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A celebração do Bom Jesus dos Passos acontece sempre às sextas-feiras anterior a sexta-feira da paixão na cidade de Oeiras desde o início do século XVIII. Na segunda metade do século XIX, a Confraria do Bom Jesus dos Passos de Oeiras era responsável por fazer com toda decência e da melhor forma possível a procissão do Senhor Bom Jesus dos Passos; organizava-se, pois, já naquela época, o ritual, símbolo da crença e da fé da comunidade. (PINHEIRO, 2009, p. 10) Figura 03: Procissão de Bom Jesus dos Passos de Oeiras

Fonte: Cássia Moura (2008)

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O Museu O Museu de Arte Sacra de Oeiras foi criado em 1983 como parte das celebrações dos 250 anos da Catedral de Nossa Senhora da Vitória, primeiro templo regular do Piauí. Encontra-se instalado desde a sua fundação no antigo Sobrado João Nepomuceno, depois Palácio Episcopal. O antigo Sobrado foi residência do Capitão-mor João Nepomuceno Castelo Branco, que o erigiu no primeiro quartel do século XIX. A edificação ainda preserva a sua configuração arquitetônica original. De residência passou à sede da Intendência Municipal, Grupo Escolar Costa Alvarenga, Palácio Episcopal e Museu. O Palácio Capitão-Mor João Nepomuceno possui tombamento federal, portanto, inscrito no Livro de Belas-Artes sob o nº235 e no Livro Histórico sob o nº117, ambos em 14 de janeiro de 1939.

O Museu de Arte Sacra de Oeiras tem a seguinte estrutura organizacional: coordenação, representada por funcionária do próprio Museu, dois professores cedidos pela Secretaria de Estado da Educação, um vigia, funcionário da Secretaria de Estado da Cultura, um vigia e uma zeladora, cedidos pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo da Prefeitura de Oeiras. O Museu pertence à Paróquia Nossa Senhora da Vitória, Diocese de Oeiras e há um contrato de comodato com o Governo do Estado do Piauí, Secretaria de estado da Cultura, com parceria da Prefeitura de Oeiras, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo

Figura 04: Década de 1940 | Antigo Sobrado João Nepomuceno, Oeiras

Figura 05: Antigo Sobrado João Nepomuceno, desde 1983, Museu de Arte Sacra, Oeiras.

Fonte: Arquivo Iphan

Fonte: Pascom Diocesana (2019)

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As Salas

Sala Dom Expedito Lopes Figura 06: Sala Dom Expedito Lopes

O acervo está distribuído em 08 salas temáticas: Dom Expedito Lopes, Dom Edilberto Dinkelborg, Dona Alina Nunes de Carvalho (Santos), Dona Maria de Cota (Semana Santa), Mariana (Procissões), Dona Alzira Reis Tapety (Divino), Dona Júlia de Carvalho Nunes (Música Sacra) e Capela Nossa Senhora da Vitória.

Na primeira sala (térreo), Dom Expedito Lopes, primeiro bispo de Oeiras, no período de 1949 a 1954, encontram-se objetos sacros e mobílias usadas no período em que o sobrado João Nepomuceno abrigou o Paço Episcopal (de 1950 a 1977), como conjunto de cadeiras datadas da década de 40 do século XX, constando o brasão episcopal; uma pintura jesuíta do século XVIII que pertenceu ao forro de madeira da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e o báculo, cajado do pastor, de Dom Expedito Lopes, bispo mártir que foi assassinado no dia 2 de julho de 1957, com um tiro à queima-roupa, por um padre na cidade de Garanhuns em Pernambuco, quando era bispo daquela Diocese. Fonte: Faulkner Sá (2019)

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Sala Dom Edilberto Dinkelborg Figura 07: Sala Dom Edilberto Dinkelborg

A sala seguinte (térreo) é uma homenagem ao clérigo alemão Dom Edilberto Dinkelborg, terceiro bispo de Oeiras, que presidiu a Diocese de 1959 a 1991. Foi quem passou mais tempo em Oeiras, e é o único que tem enterro na Igreja Catedral de Nossa Senhora da Vitória. Nesta sala é possível constatar muitos pertences dos primeiros bispos, como, paramentos litúrgicos, mitras, conhecidas popularmente como chapéu episcopal, e objetos pessoais que pertenceram tanto a Dom Edilberto, quanto a Dom Expedito Lopes e Dom Raimundo Castro. Há ainda uma sala há uma galeria com fotos de todos os bispos, até o atual, Dom Edilson Nobre, que chegou em Oeiras no dia primeiro de abril de 2017, totalizando o sétimo bispo da Diocese de Oeiras-PI. Fonte: Faulkner Sá (2019)

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Galeria Padre Miguel de Carvalho Figura 08: Galeria Pe. Miguel de Carvalho

Ainda no térreo está a Galeria Pe. Miguel de Carvalho, uma sala de exposições de curta duração e que atualmente recebe a exposição “Impressões Afetivas da Velha Urbe” de autoria do artista plástico e arquiteto Evandro Veras. O Pe. Miguel de Carvalho foi quem implantou a Freguesia e/ou Paróquia de Nossa Senhora da Vitória do Brejo da Mocha há 322 anos. Fonte: Faulkner Sá (2019)

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Sala Alina Nunes (Santos)

Alina Nunes (Santos) é nome da primeira sala do pavimento superior, e uma homenagem a essa senhora que foi diretora do Museu de Arte Sacra na década de 80 do século XX, com um legado de trabalho dedicado à cidade, através do Instituto Histórico de Oeiras, instituição cultural criada em 1972, por intelectuais da urbe e que fomenta a salvaguarda do patrimônio cultural. Há nesta sala imagens de madeira policromada do século XVIII e XIX. A maior parte do acervo pertence às Igrejas seculares de Oeiras - Catedral de Nossa Senhora da Vitória, Igreja de Nossa Senhora do Rosário e Igreja de Nossa Senhora da Conceição. Ainda possui algumas imagens sacras, oriundas de colecionadores particulares; que cederam ou doaram para o MAS, no período de sua criação em 1983; além de formas de fazer hóstia, cortadores e sacrários de madeira. Figura 09: Sala Alina Nunes

Fonte: Faulkner Sá (2019)

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Galeria Maria da Cota

Sala Maria de Cota (Semana Santa) é a segunda sala do pavimento superior e representa a memória de uma mulher caridosa, que durante muitos anos fez trabalhos comunitários, principalmente em relação à cadeia e penitenciária local; enquanto viveu, cuidou com zelo do Passo do Rosário, a primeira capela por onde o Bom Jesus dos Passos faz sua parada, remete ainda a sua passagem durante a Procissão na Semana Santa. A Sala é composta por uma instalação onde o público conhece a Procissão do Fogaréu em Oeiras. Há peças importantes como a Urna Eucarística, os andores usados nas procissões da Semana Santa (andor do Bom Jesus, de Nossa Senhora das Dores e o Esquife do Senhor Morto), além da matraca que substitui os sinos a partir da Quinta-Feira Santa, fazendo memória da Paixão e Morte de Cristo. Figura 10: Sala Maria da COTA (Semana Santa)

Fonte: Faulkner Sá (2019)

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Sala Mariana (Procissões)

Na sequência do percurso expositivo, chega-se à Sala Mariana (Procissões). É uma sala dedicada à Nossa Senhora, pois Oeiras é uma cidade mariana. As principais igrejas são dedicadas à Maria, mãe de Jesus. Nesse ambiente, estão expostas as imagens processionais de Nossa Senhora da Vitória (Gesso - século XX), da Imaculada Conceição do século XVIII e do Imaculado Coração de Maria (Gesso – século XX). Há ainda nessa sala o Pálio Dossel com as varas e lanternas de prata do século XVIII e XIX, a imagem do Cristo Ressuscitado de madeira, século XIX, bem como a máquina do relógio da Catedral, de 1817, que veio da Inglaterra.

Figura 11: Mariana (Procissões)

Figura 12: Mariana (Procissões)

Fonte: Faulkner Sá (2019)

Fonte: Faulkner Sá (2019)

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Sala Alzira Reis Tapety (Divino)

Na sequência está a Sala Alzira Reis Tapety (Divino). Uma homenagem a uma das primeiras professoras de Artes da Escola Normal Presidente Castelo Branco, escola em formação para docentes na década de 40 do século XX. Podemos perceber na sala uma imagem do Divino (Pomba do Divino) de madeira policromada, século XVIII, vários painéis fotográficos de autoria do oeirense, Olavo Bráz, que demonstram a Celebração do Divino em Oeiras, além da bandeira do Divino e de outros objetos que compõem a sala. Figura 13: Sala Alzira Reis Tapety (Divino)

Fonte: Faulkner Sá (2019)

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Sala Júlia de Carvalho Nunes (Música Sacra)

Ao sair da Sala Alzira Reis Tapety, seguimos para a Sala Júlia de Carvalho Nunes (Música Sacra). O MAS homenageia dona Julinha, como era conhecida, pelo incansável trabalho caritativo à frente da Arquiconfraria do Imaculado Coração de Maria, uma associação religiosa que existe há mais de um século na cidade de Oeiras. Na sala está um conjunto de anjos de madeira (arte santeira do Piauí - século XXI); os anjos músicos trazem consigo instrumentos musicais, uma louvação a Nossa Senhora e a Oeiras, por todo o traço musical da cidade, reconhecida nacionalmente como a terra dos bandolins.

Figura 14: Sala Júlia de Carvalho Nunes (Música Sacra)

As orquestras de bandolins surgiram na década de 1930, em Oeiras, mas somente em 1983, nas comemorações dos 250 anos da Igreja Catedral, despontou o grupo Bandolins de Oeiras, formado por senhoras, sempre presentes nas atividades culturais, cívicas e religiosas da comunidade. Na atualidade, a prática musical foi democratizada com inserção de crianças, adolescentes e jovens, através da Escola de Música Dona Petinha, Projeto da Secretaria de Estado da Cultura, bem como através do Projeto Núcleos de Cultura das escolas da rede municipal de Educação. Além dos anjos, a Sala possui um harmônio do século XIX, um piano do século XX e um livro de partituras de cânticos sacros em latim. Fonte: Faulkner Sá (2019)

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Na Sala Capela da Imagem Primitiva está a imagem de Nossa Senhora da Vitória (Século XVII), padroeira de Oeiras e do Piauí, entronizada em um retábulo neoclássico do século XIX, que pertenceu ao antigo hospital de Caridade de Oeiras. A imagem segundo relatos dos fiéis, chegou com os padres jesuítas, que implantaram a Freguesia, em 2 de março de 1717, considerada a primeira imagem a chegar em solo piauiense. Durante cinquenta anos, a imagem esteve em Teresina, aos cuidados de uma família de oeirenses que foram convidados a devolver a imagem a Oeiras. Fato ocorrido no dia 14 de agosto de 2015, nas comemorações dos 1970 anos da Diocese de Oeiras. A Sala é convidativa, possui ainda crucifixo e castiçais de prata, resplendores, coroas e outros objetos litúrgicos, usados ainda em algumas celebrações na Catedral. Além de confessionários, genuflexórios e bancos de madeira, antigo mobiliário da Igreja Catedral.

Ao concluir o percurso expográfico do MAS, o visitante pode conhecer a loja no pavimento superior, onde pode adquirir livros de autores oeirenses, camisetas das celebrações religiosas e outros souvenirs. Mesmo com dificuldades, a pequena loja sobrevive e favorece o Museu com uma renda extra. No andar térreo há a Sala da Administração com um banheiro, para uso dos funcionários do Museu. Os dois banheiros usados pelos públicos estão próximos à garagem da Casa Paroquial (térreo), onde há uma escada de cantaria que dá acesso à parte superior do prédio.

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Ponto da situação do Museu Para investigar a situação atual do Museu, usamos a matriz SWOT, traduzida como FOFA, em português, uma técnica análise, que significa forças, oportunidades, fraquezas e ameaças. Com o seu uso concluímos que o Museu de Arte Sacra possui inúmeros desafios.

a_

b_

_Localização privilegiada, no Centro Histórico de Oeiras, próximo à Catedral de Nossa Senhora da Vitória;

_Ausência de acessibilidade (elevador e rampas);

pontos fortes

pontos fracos _Expografia com o uso excessivo de objetos, o que compromete a mobilidade física e cognitiva dos usuários e visitantes;

_As ações educativas e culturais do Museu de Arte Sacra e seu acervo dialogam com as tradições religiosas da cidade;

_Regimento Interno a necessitar de revisão;

_Possui um acervo, rico e complexo, dos séculos XVII, XVIII e XIX;

_Ausência de Plano Museológico; _Carência de uma gestão com profissionais da museologia.

_Está presente nas redes sociais como facebook e Instagram, o que lhe confere visibilidade; _Desenvolve atividades educacionais e culturais sistemáticas, o que inclui a promoção da Semana Nacional de Museus e Primavera de Museus em parceria com o Instituto Brasileiro de Museus; _Mantém parcerias com os poderes públicos municipal e estadual, instituições culturais e educacionais de natureza social; _Promove de forma regular visitas orientadas com os públicos escolares, universitários e turistas.

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_Parceria com agentes públicos, privados e socais para a realização de projetos e ações;

_Ausência de uma gestão profissional;

ameaças

oportunidades

_Ausência de políticas de: acervo - o que inclui: documentação museológica, conservação, restauro;

_Proximidade das escolas e entidades de cultura;

_Ausência de políticas de segurança, infraestrutura, sustentabilidade.

_Envolvimento da comunidade nas atividades do Museu; _O Museu está localizado no Centro Histórico da Cidade.

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O acervo Do acervo do Museu de Arte Sacra fazem parte 261 peças raras e significativas, com mais de duzentos anos, ainda usadas em momentos celebrativos como a Procissão de Bom Jesus dos Passos, Semana Santa, Procissão do Fogaréu. O acervo está aberto para visitação em 08 salas temáticas em exposições de longa duração. O acervo é originário das igrejas católicas da cidade: Nossa Senhora da Vitória, Nossa Senhora do Rosário e Nossa Senhora da Conceição. Uma parte pertencia também a colecionadores; foram famílias que doaram à instituição eclesiástica peças para compor o acervo do Museu.

Cálice | Material: ouro e prata | Técnica: Cinzelada e Repuxada | Dimensões: 27,5 cm x 13 cm x 12 cm

Trata-se de um copo de ouro com decoração trabalhada em prata, em motivos fitomorfos (florais, animais, baús e folhas estilizados). A base tem ornamentos em alto relevo, com símbolos religiosos, ramos de trigo, cacho de uvas, flechas, círculos de pérolas e folhas de acanto. A peça sacra é do século XIX, faz parte nas cerimônias da Semana Santa, principalmente na Quinta-Feira Santa, na missa da Ceia do Senhor, bem como na celebração de Corpus Christi na Igreja Catedral de Nossa Senhora da Vitória.

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Ostensório trabalhado em alto relevo, ladeado por 12 cabeças de anjos alados; no alto 13 pedras brancas no crucifixo sobre a pomba do Divino. No centro, círculo formado por 30 pedras brancas e por trás, pontilhada em cristal, por onde é introduzida a hóstia consagrada e dentro meio resplendor. No pé, tralhado em motivos florais e símbolo religioso, cobra alada entrelaçada na cruz, ramos de trigo cruzados, espada atravessada num vácuo, possui ainda cachos de uvas e um santo com um anjo alado segurando seu braço direito, na mão uma espada, e cuja mão esquerda passa sobre a cabeça de um rapaz que está sentado sobre seus pés e por trás de sua perna esquerda um carneiro deitado. Na base falta um cacho de uva. O Ostensório (Custódia) é uma peça sacra do século XVIII que fica na caixa forte do Museu de Arte Sacra, não está exposta por motivos de segurança. A peça sai uma vez por ano durante a procissão de Corpus Christi para a veneração dos fiéis.

Ostensório – Custódia | Material: ouro | Técnica: Cinzelada e Repuxada Dimensões: 80 cm x 30 cm x 29 cm. Doado em 1984 à Igreja Catedral de Nossa Senhora da Vitória

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O Crucifixo tem base em forma de gruta, pintada de verde e marrom. No lado esquerdo, um lagarto. Na parte de trás está inscrito em tinta vermelha “A.I.A. 13-3-67”. Cruz talhada em forma de tronco de árvore, pintada de verde, marrom e amarelo. No alto da placa branca com contorno em azul e inscrição “J.N.R.J.” da mesma cor. Cristo de cor clara, cabeça pendendo para a direita, olhos fechados, cabelos castanhos longos, ondulados, caído nas costas e sobre ombro direito. Barba castanha, curta, partida. Braços estendidos com mãos meio-fechadas e cravo nas palmas. Pernas levemente flexionadas, pés caídos – direito sobre esquerdo, caimento deixando à mostra parte do corpo. Apresenta manchas de sangue (tinta vermelha) em algumas partes do corpo. O Cristo está com os dois braços quebrados (junto ao tronco). Também recebeu uma camada de pintura sobre a original. Pertencia ao altar-mor da Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Peça sacra do século XVIII. É usada na Sexta-Feira da Paixão, durante a cerimônia de adoração e beijo da Santa Cruz na Igreja catedral, onde milhares de fiéis participam desse ritual.

Crucifixo | Material: madeira | Técnica: Técnica: escultura em madeira policromada Dimensões: 88 cm x 30 cm x 26 cm.

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No alto do Estandarte há uma cruz com base arredondada e extremidades em ponta. Resplendor dourado; no centro, pomba de asas abertas, branca com acabamento em dourado, bico, olhos e pernas vermelhos, apoiada sobre volutas esverdeadas. Haste iniciando com elevação trabalhada, abaixo gomo com incisões na vertical, mais estreito no alto, terminando outra elevação decorada com folhagens. Base redonda baixa, com incisões que terminam no início da haste. Apresenta grandes folhas na pintura. A base encontra-se danificada e faltam quatro raios do resplendor. Trata-se de uma peça sacra do século XVIII; uma vez por ano sai do museu para a missa solene da Celebração do Divino Espírito Santo, onde é entronizada no altar-mor da Igreja Catedral de Nossa Senhora da Vitória.

Estandarte do Divino (Resplendor | Pomba do Divino) | Material: madeira | Técnica: escultura e talha Dimensões: Altura do Estandarte 81cm x 24cm x 23cm. Doação 1984 da Igreja .

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Painel retangular, com a parte superior ovalada. No centro a figura de Nossa Senhora do Rosário com o Menino Jesus. A figura apresenta vestimenta longa e de mangas compridas na cor branca. Com manto longo na cor azul escuro com a parte interna em vermelho. Cabeça ligeiramente para a direita, cabelo castanho caindo pelos ombros, véu cor branca. Acima da cabeça auréola feita com estrelas brancas. Braços flexionados, na mão esquerda segura um terço de contas brancas; no braço direito sustenta o Menino Jesus. Este sem vestimenta, pernas flexionadas e abertas. Na mão direita sustenta uma esfera. Cabeça ligeiramente voltada para a esquerda, cabelos castanhos e curtos, acima da cabeça um resplendor de cor branca. A figura está de pé sobre meia lua branca com dois crescentes, apoiada em nuvem azul estilizada. Painel do século XVIII, possivelmente de origem jesuítica, que pertenceu ao acervo da Igreja de Nossa Senhora do Rosário.

Painel Nossa Senhora do Rosário | Material: madeira | Técnica: pintura sobre madeira Dimensões: 138 cm x 79 cm 1984 passou a fazer parte do acervo, originário da Igreja de Nossa Senhora do Rosário

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Base arredondada com quatro pés trabalhados e parte superior mais estreita, decorada com motivos florais. Cruz com haste trabalhada com motivos florais até a altura dos pés do Cristo. Apresenta no alto e ponta dos braços, acabamento trabalhado com motivos florais e um anjo alado de perfil em relevo. No alto, placa decorada nas bordas com inscrição “I.N.R.I” no centro em relevo. Resplendor dividido em quatro partes, decorado com volutas no centro, em relevo. Cristo com cabeça pendendo para a direita, olhos fechados. Cabelos longos, caídos nas costas e sobre o ombro direito. Barba curta em duas pontas. Braços estendidos com mãos meio fechadas e cravos nas palmas. Pernas levemente flexionadas, cruzada direita sobre esquerda. Pés caídos, direito sobre esquerdo, presos por cravo. Veste cendal preso na cintura com ponta caída no lado direito. Há ausência de um raio do esplendor do lado direito e há fratura em outro do mesmo lado. Trata-se de uma peça sacra do século XVIII ainda usada em cerimônias na Igreja Catedral, para ornamentar o altar-mor. A saber nas celebrações: Semana Santa, Divino, Corpus Christi e da Padroeira, Nossa Senhora da Vitória.

Crucifixo | Material: Prata | Técnica: Prata batida | Dimensões: 101cm x 35cm x 31 cm

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Lanterna em forma triangular com parte superior em forma de pirâmide. No alto pequena esfera. Há um anjo sobreposto em um dos cantos que separam as duas partes (originalmente era um anjo em cada canto). Um dos lados da parte inferior apresenta portinhola, fechado por pequena alça com decoração igual aos outros lados, por onde é introduzida a vela. Decoração nas técnicas repuxado (provocando vazados) e cinzelado com motivos florais. Dentro da lanterna pequeno recipiente onde se encaixa a vela. Completando a peça, haste dividida em cinco partes, também em prata, sendo a primeira decorada em cinzelado, com motivos florais. São de tamanhos variados, entre 23 e 36 cm e possuem em seu interior varal de madeira. As lanternas, em número de 4, são ainda usadas nas procissões do Bom Jesus dos Passos, Senhor Morto, Transladação do Santíssimo Sacramento e procissão do Senhor Ressuscitado durante a Semana Santa, bem como na procissão do Divino e Corpus Christi. São usadas duas à frente e duas atrás do Pálio. São originárias de Portugal e datam do século XIX.

Lanterna | Material: prata | Técnica: prata batida | Dimensões da Lanterna: 36 cm x 26 cm x 25 cm Vara do Pálio: 154cm x 7cm de diâmetro | Altura total: 190cm Doada em 1984, originária da Igreja Catedral de Nossa Senhora da Vitória

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Vara composta de oito partes ocas com acabamento nas duas extremidades. A superior apresenta ponta curva, uma argola é amarrada o pálio e logo abaixo inscrição de quem carregava a lanterna. A inferior tem a ponta roliça. Em cada parte, é possível vizualizar a marca da prata um “B” coroado. No interior dos cilindros de prata há uma vara de madeira. As varas (em número de 05) são usadas sustentando o Pálio Dossel, nas procissões da Semana Santa, procissão do Divino e Corpus Christi. Originárias de Portugal, datam possivelmente do século XIX.

Vara | Material: prata | Técnica: Prata batida | Dimensões: 2,43cm X 12 cm Doada em 1984, originária da Igreja Catedral de Nossa Senhora da Vitória

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Base com três pés trabalhados. Tem Três faces decoradas com motivos florais e medalhão liso em alto relevo, no centro de cada face. Acima do medalhão, uma flor. Parte superior da peanha mais estreita. Haste trabalhada com motivos florais e parte superior mais estreita. Copo castiçal arredondado, decorado com folhagens e pontos salpicados. Tem Três cantos sobrepostos com ponta superior saliente. No alto, base para vela derretida, arredondada com centro elevado. Acima, base para vela, trabalhada com motivos geométricos. Os castiçais, em número de 12, formam um conjunto que acompanham o crucifixo de prata. Ainda são usados durante as cerimônias da Semana Santa, Divino, Corpus Christi e da Padroeira para ornamentar o altar-mor da Igreja Catedral de Nossa Senhora da Vitória. Originária de Portugal e possivelmente do século XVIII.

Castiçal | Material: prata | Técnica: repuxada – cinzelada Dimensões: 71cm x 23cm x 20 cm Doada ao Museu em 1984, originária da Igreja Catedral de Nossa Senhora da Vitória

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Imagem esculpida em bloco de madeira policromada. A estrutura básica da composição é simétrica. Está disposta em torno do eixo estrutural vertical, enfatizando a simetria natural do corpo da figura humana. Esta simetria mantém figura ereta, em posição rigorosamente frontal, com peso distribuído igualmente sobre as pernas. Ao observar a figura na parte posterior confere, pelo caimento do manto em linhas hirtas e verticais, o eretismo simétrico da imagem. Os pontos de interesse estão distribuídos de maneira a reforçar a simetria axial e bilateral da composição, pois se localizam na cabeça, na mão direita segurando o cetro, na mão esquerda incluindo o Menino e nas cabeças dos querubins que se encontram na peanha. Verifica-se na parte frontal da imagem na disposição do manto, uma assimetria o mesmo acontecendo na parte superior, visto que os cabelos caem em linhas diagonais buscando correspondência na posição dos ombros que estão em posição diagonal. Esta assimetria vem quebrar, um pouco, a rigidez causada pela simetria, denotando um leve movimento reforçado pelas linhas sinuosas produzidas pelo caimento do manto na parte frontal. Outro tipo de simetria é notado, ainda, na parte posterior da imagem, desta vez em torno de eixos horizontais. Intuindo linhas horizontais atravessando a imagem ao nível do caimento dos cabelos, à base do manto e ao nível inferior da peanha, configura-se acima dessas linhas a forma de “U”, que se repetem, introduzindo através de semelhanças sequências rítmicas. As atitudes da Virgem e do Menino criam dois eixos opostos levemente inclinados. Sua inclinação para o seu lado esquerdo e do Menino Jesus em direção à direita, ligam as duas figuras numa relação maternal. Esta conexão é realçada ainda mais pelo estreito contato da mão e braço da Virgem segurando filho. (continua)

Imagem Primitiva de Nossa Senhora da Vitória | Material: Madeira | Técnica: Talha e policromia Dimensões: 66,5cm x 30cm x 60cm.

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Catálogo do Museu de Arte Sacra de Oeiras (PI)

A desproporção é observada no pequeno volume da cabeça, nas mãos grandes, na figura do Menino que é muito pequena e, nas cabeças grandes dos três querubins localizados na peanha. A fisionomia do rosto exprime um estilo duro e preciso denotando uma quase ausência de movimento notando-se a desproporcionalidade do conjunto das partes que compõem o rosto. Apresenta uma composição vultosa e desproporcional. Seu manto azul-escuro no exterior e vermelho no forro é decorado com motivos florais estilizados, pintados com purpurina dourada o que confere o costume adotado na pintura de imagens populares desse período. Observa-se um contorno dourado dando acabamento às bordas de suas vestes. O amarelo se faz presente nas nuvens da peanha em forma de volutas onde está assentada a imagem. A carnação das figuras de Nossa Senhora, do Menino e dos querubins é de cor rosa claro. A imagem de Nossa Senhora da Vitória encontra-se classificada dentro da fase de Virgem Mãe, pois carrega consigo atributos que a identificam nesta fase. Representada carregando no braço esquerdo o Menino Jesus, segura com a mão direita um cetro de prata, símbolo da vitória. De sua cabeça sobre a qual assenta uma coroa de prata, saem duas madeixas que descem onduladas até abaixo dos ombros, o que vem a conferir a época, século XVII, em que a grande maioria das imagens femininas daquele tempo apresentava-se com a cabeça descoberta e os cabelos soltos, caídos sobre os ombros. Apresenta-se assentada uma peanha que lhe serve de sustentação, na qual se encontra figuras de três anjos que representa a transcendência da fé na exaltação dos habitantes do paraíso. Trata-se de uma peça mista, por ficar entre o erudito e o popular. A imagem foi trazida a Oeiras pelos padres Miguel e Tomé de Carvalho, vindos de Olinda, Pernambuco. Foram esses religiosos os responsáveis por erigir a Freguesia de Nossa Senhora da Vitória do Brejo da Mocha em 02 de março de 1697. Durante cinquenta anos a imagem permaneceu na residência do oeirense, Leopoldo Portela, que foi pároco da catedral antes de deixar o sacerdócio e contrair matrimônio. Em 14 de agosto de 2015, depois de uma campanha para a devolução da imagem, a família devolveu a imagem a Oeiras, dentro das comemorações dos 70 anos da Diocese de Oeiras. Possivelmente, a imagem tem origem no século XVII na Bahia. É considerada a primeira imagem sacra que chegou em solo piauiense.

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Catálogo do Museu de Arte Sacra de Oeiras (PI)

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Catálogo do Museu de Arte Sacra de Oeiras (PI)

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MUSEU DE ARTE SACRA OEIRAS . PIAUÍ


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