Sessentões em ação Saiba de que maneira os cursos que surgiram na década de 50 mantêm lugar garantido no mercado de trabalho
agosto 2012 nº 216
Teoria na prática
Conheça alguns dos projetos que aproximam aluno e mercado de trabalho
Ciência sem Fronteiras
Alunos da PUCPR embarcam em uma viagem importante para suas vidas profissionais e acadêmicas
FF Fotos Fernando
índice
A Companhia Jovem da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil apresentou o espetáculo Gala Bolshoi, em maio, no Teatro da PUCPR (TUCA). No palco, 14 bailarinos profissionais dançaram coreografias diversas: do renomado balé de repertório Dom Quixote, passando pela dança a caráter Gopak, até a dança contemporânea de Jomar Mesquita, com 3 Atos por acaso.
08 Filhos da PUC
O ex-aluno Romeu Biscaia lidera a própria empresa no segmento criativo.
12 Capa
Programa Ciência sem Fronteiras leva alunos da PUCPR para estudarem no exterior.
16 Pesquisa
Inseticida natural à base de óleos essenciais de sassafrás preserva a saúde e o bem-estar do meio ambiente.
Sempre aqui 20. Mercado de Trabalho 26. Drops 30. Registro
22 Reportagem
Aprendendo para valer: alunos da PUCPR vivenciam o mercado de trabalho com aprendizado extraclasse.
33. Lumenoso 34. Mundo Melhor
editorial
Tradição Marista O mundo está cada vez menor, as distâncias estão pouco a pouco sendo reduzidas. Se, há alguns anos, estudar fora do país era um luxo para poucos, essa realidade se torna cada vez mais acessível a um número maior de estudantes. Isso obriga a Universidade a rever seus conceitos, programas, metodologias e projeto pedagógico, tendo em vista a possibilidade de intercâmbios e de internacionalização das atividades de aprendizagem e de pesquisa. O tema principal desta edição de Vida Universitária é o programa Ciências sem Fronteiras, mantido pelo Governo Federal. Por meio desse programa, alunos de graduação das universidades de todo o Brasil podem concorrer a bolsas para estudar em universidades do exterior, ampliando, assim, seu leque de oportunidades de formação pessoal e profissional. Os participantes devem estar envolvidos em um projeto de pesquisa, cujo desenvolvimento se dará na instituição estrangeira escolhida. Além da vivência internacional, que em si já é um grande diferencial, o programa permite a permuta de conhecimento entre as universidades do país e as do exterior. A importância do programa está em mostrar que não existem barreiras geográficas para o conhecimento e que é necessário ir além da sala de aula para uma formação plena. Sabe-se que são muitos os candidatos interessados nessa oportunidade
4
de formação, portanto, não é fácil conseguir o benefício. O aluno inscreve-se no processo de seleção e concorre com estudantes do país inteiro. Não é exagero afirmar que a conquista de uma vaga é realmente uma vitória. A PUCPR tem a alegria e a honra de contar com 28 de seus estudantes entre os aprovados no Programa. De acordo com o relato dos próprios estudantes contemplados, a PUCPR teve um importante papel nessa conquista, principalmente na busca de informações, na organização dos documentos necessários e, sobretudo, no direcionamento dos alunos interessados para a escolha do melhor caminho para conseguir a bolsa. Ficamos felizes em poder cumprir nosso papel institucional nesse processo, incentivando assim nossos alunos a trilhar caminhos inéditos em sua formação profissional. Desejo, aos alunos selecionados, todo sucesso nessa tão significativa experiência de vida e de formação. E faço votos de que o exemplo deles estimule muitos outros estudantes da PUCPR a integrar-se nesse programa. Certamente, essa iniciativa em muito contribuirá para o processo de internacionalização que a PUCPR está construindo.
Clemente Ivo Juliatto Reitor
expediente Grão-Chanceler Dom Moacyr José Vitti
Lumen Comunicação
Vida Universitária é uma publicação mensal da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Registrada sob o nº 01, do livro B, de Pessoas Jurídicas, do 4º Ofício de Registro de Títulos, em 30/12/85 - Curitiba, Paraná
Reitor Clemente Ivo Juliatto
Rua Amauri Lange Silvério, 270
Vice-reitor Paulo Otávio Mussi Augusto
Pilarzinho. Cep 82120-000
Pró-reitor Acadêmico Eduardo Damião da Silva
Curitiba. Paraná. (41) 3271-4700
Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação Waldemiro Gremski
www.grupolumen.com.br
Jornalista Resp. Rulian Maftum - DRT 4646
Pró-reitor Administrativo e de Desenvolvimento Nelio Mauro Aguirre de Castro
Textos Michele Bravos e Julio C. Glodzienski Editor de Arte Julyana Werneck Tiragem 25.000 exemplares Impressão Mult-Graphic
Pró-reitor Comunitário Ricardo Tescarolo
Rua Imaculada Conceição, 1155 - 2º andar Prado Velho - Curitiba - Paraná Caixa Postal 17.315 - CEP: 83.215-901 Fone: (41) 3271-1515 www.pucpr.br
Para anunciar, ligue: (41) 3271-4700 Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução sem autorização prévia e escrita. Todas as opiniões são de responsabilidade dos respectivos autores.
Arquivo pessoal
Marcos Borges
um toque
Quem vê cara...
Maria Ignez Simões Designer de joias
Se eu soubesse que eu iria fazer suces-
so como designer de bijuterias de luxo, teria insistido mais para esse ter sido o tema do meu projeto final da faculdade.
Livro: 1984 Autor: Eric Arthur Blair – George Orwell (pseudônimo) Editora: Companhia das Letras Quem indica: Lia Loana Curial Oliva, 32 anos,
Me formei na PUCPR, em Desenho Industrial – Projeto do Produto.
3º período do curso de Direito - Câmpus Curitiba
6
1984 é um livro bastante intrigante, pois aborda questões sobre a manipulação dos meios de comunicação, a opressão, o controle do pensamento, a imposição de verdades e o domínio total dos indivíduos. Metaforicamente, é uma obra que nos convida à reflexão sobre a liberdade e a opressão; sobre a esfera particular de cada indivíduo e a coletividade; sobre o poder e a manipulação. Ou seja, temas extremamente atuais e que permeiam nossas vidas.
O que você aprendeu? Li esse livro por volta dos 17 anos e foi muito marcante, pois tive contato com essa obra tão reflexiva e crítica exatamente no período em que comecei a questionar qual era o meu papel como indivíduo inserido na sociedade.
Divulgação
Qual a história do livro?
Hoje tenho meu showroom e minha própria marca, participo de feiras atacadistas pelo Brasil, minhas criações são vendidas no exterior e já tive minhas peças em três novelas globais. A última foi Aquele Beijo, onde minhas bijuterias ajudaram a compor os figurinos de várias atrizes. Ainda na mesma emissora, eu também já criei para o Criança Esperança. Entre outros trabalhos, tenho fornecido peças para o staff feminino da Rede TV. Tanto as repórteres quanto as apresentadoras usam meus produtos durante a programação da emissora. Participo de feiras para profissionais do setor ao lado de designers consagrados, que sempre admirei durante a faculdade. Adoro trocar experiências com meus vizinhos de estande, pois, afinal, eles estão nesse segmento há muito mais tempo que eu e sempre têm algo a me ensinar.
Se eu soubesse antes onde estaria hoje,
não ligaria tanto para a opinião dos outros sobre a carreira escolhida e não teria duvidado, nem por um minuto, de que sempre estive no caminho certo.
FF Fotos Fernando
filhos da puc
8
Voando alto Romeu Biscaia Machado, 34 anos, é formado em Desenho Industrial com habilitação em Programação Visual, pela PUCPR. Em 2000, o designer assumiu um risco e deu um grande salto em sua carreira: abriu a própria empresa em um ramo que está cada vez mais competitivo – o da criatividade Há 12 anos, o designer lidera a Commcepta Brand Design, que tem como objetivo buscar soluções inovadoras em comunicação visual. O resultado é marcas de reconhecimento nacional na lista de clientes da empresa.
Qual era o seu foco como universitário?
Como você decidiu por esse curso?
Em algum momento você sonhou em trabalhar para uma empresa específica?
Com 19 anos não sabemos o que escolher. Alguns fatores contribuíram para a decisão. Minha irmã já cursava Desenho Industrial em outra instituição e eu gostava de visualizar os projetos e estudos que ela fazia. Aliado a isso, os testes vocacionais apontavam para as áreas de criatividade.
De que forma a sua família esteve envolvida com esse período da sua vida e como isso o influenciou?
Minha família sempre apoiou todas as minhas decisões de graduação – acompanhando tudo por meio dos projetos desenvolvidos na universidade e até da correria de entrega de trabalhos. Eles sempre proveram os melhores livros e materiais que o Design requisitava.
Entrei na faculdade com o intuito de aproveitar ao máximo todos os momentos e ensinamentos possíveis para a minha carreira. Fiz estágios em escritórios de arquitetura e até em uma clínica odontológica.
Sempre existe o sonho de conhecer o sistema de funcionamento das grandes referências do setor. Mas, as experiências de estágio me mostraram que o meu caminho seria com a própria empresa.
Como a ideia do negócio próprio saiu do papel?
Basicamente pulando de corpo e alma. A empresa foi quase um projeto de graduação. As linhas de pesquisa com as quais eu me identificava e a paixão por descobrir novos caminhos dentro da profissão, naturalmente, me direcionaram para a abertura do negócio.
E como se deu a trajetória da empresa, para chegar ao patamar atual, atendendo grandes clientes?
A Commcepta foi fundada em 2000, bem na época das start-ups [novas empresas com futuro promissor] que eclodiram com o boom da internet. Alguns clientes nos enxergaram como uma “empresa-embrião” que valia ser incubada. Durante os anos seguintes, a atenção ao cliente e o comprometimento de fazer o máximo em todos os projetos foram moldando a nossa atuação, o que refletiu na forma como somos reconhecidos no mercado.
Você percebe que é possível ser empreendedor em qualquer área?
Sim, desde que a formação e o conhecimento corretos permitam a produção de práticas inovadoras e diferenciadas. Acredito que nem todo empreendedor precisa abrir o seu próprio negócio. Vale dizer que o empreendedor e o empresário são perfis distintos. O empreendedor tem a proatividade necessária, mas nem sempre desenvoltura nas atividades gerenciais. Já o empresário tende a
9
FF Fotos Fernando
filhos da puc
10
Durante os anos seguintes, a atenção ao cliente e o comprometimento de fazer o máximo em todos os projetos foram moldando a nossa atuação.
enxergar somente a oportunidade de negócio, sem se preocupar tanto com o processo que gera a produção inovadora. O ideal é o equilíbrio entre os dois.
Você fez programação visual, mas hoje está à frente de uma empresa. Que outras competências você precisou desenvolver?
Quando a gente sonha com a própria empresa, nem imagina a quantidade de áreas de conhecimento que a gestão e a direção de uma empresa envolvem. O segredo é sempre buscar o apoio e a consultoria dos profissionais mais competentes no aconselhamento. É preciso aprender a conseguir se liberar da necessidade de acompanhar todos os processos de perto,
acumulando responsabilidades. A arte de delegar sem infantilizar a equipe é um dos grandes desafios da gestão de pessoas.
Como você avalia o mercado atual para o designer?
O mercado entende que o designer deve estar atualizado e preparado para trabalhar de forma plena naquilo a que se propõe. Para traçar um paralelo com outras áreas tão promissoras quanto o Design, eu citaria a Informática e a Moda. Estamos vivendo e caminhando cada vez mais para a Era do Design – as marcas mais valiosas atualmente são empresas que, no passado, embasaram sua pesquisa e desenvolvimento no Design e em seu impacto social e econômico.
capa
Fotos: João Borges
Sem fronteiras para aprender
ESTADOS UNIDOS Allan Adley Amorim 27 anos Engenharia de Produção * Universidade Carolina do Norte - Charlotte
“Programas como esse disseminam o conhecimento no Brasil. O país está exportando tecnologia, pesquisadores."
frança Aline de Fatima Lapchensk] 23 anos Arquitetura * Universidade de Lille
Ana Paula Rebelo
12
23 anos Medicina Veterinária * Universidade da Flórida
“Esse programa vai agregar muito conhecimento para mim. Isso permite ao Brasil se desenvolver como um país de primeiro mundo."
“Percebemos que nada é impossível, vamos incentivar nossos colegas a buscar o seu espaço." Sabrina Xavier Haj Mussi 23 anos Design * Universidade Tecnológica de
André Mendes 21 anos Engenharia Mecatrônica * Universidade da Califórnia
“Esse programa vai contribuir para o desenvolvimento do Brasil. Ele vai trazer mais conhecimento prático."
Belfort-Montbéliard
“Esse programa é ideal para o desenvolvimento, pois ainda não existe essa cultura do intercâmbio no Brasil."
João Borges
Com bolsas concedidas pelo Programa Ciência sem Fronteiras, alunos da PUCPR embarcam em uma viagem importante para suas vidas profissionais e acadêmicas. No mapa, você confere alguns dos universitários viajantes HOLANDA Eduardo Martelli 21 anos Medicina * Universidade Erasmus
“Percebemos que no exterior tem muita gente boa. Nós, brasileiros estudantes, temos que ir atrás. A educação é o que faz o Brasil crescer."
Mateus Justi Luvizotto 25 anos
ALEMANHA
Medicina * Universidade Erasmus
“Para a educação brasileira este programa é fundamental. O Brasil está na moda, todos falam. Temos que mostrar que o Brasil tem pesquisa."
Filipe Sant'Ana 21 anos Engenharia Mecânica * Universidade Tecnológica Kaiserslautern
“Esse projeto vai agregar muito ao Brasil. Ele vai produzir mais tecnologia, o desenvolvimento vai melhorar, o grau de conhecimento vai aumentar."
13 Ciro Albuquerque II 34 anos Fisioterapia
AUSTRÁLIA Giullia Ulrich Kurt 20 anos
* Universidade de Queensland
“Eu acredito que vai ajudar a moldar o Brasil do futuro, afinal, são milhares de estudantes brasileiros que estão tendo esta oportunidade."
Engenharia de Produção * Politécnico de Milão
“Sabemos que nosso país peca bastante com relação à ciência quando comparado a outros, e essa oportunidade de ir para fora buscar conhecimento para agregá-lo ao Brasil é um grande passo."
Renata Antunes 22 anos Arquitetura e Urbanismo * Universidade de Western
“Desenvolver pesquisa em outro país amplia muito o conhecimento acerca do tema, pois temos a possibilidade de compreendê-lo em outro contexto."
João Borges
capa
No evento, os estudantes foram recepcionados pelo reitor da PUCPR, Clemente Ivo Juliatto; o vice-reitor, Paulo Mussi; o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Waldemiro Gremski; o pró-reitor Acadêmico, Eduardo Damião; além de toda a equipe envolvida no projeto, entre eles o diretor de Relações Externas, Álvaro Amarante; a coordenadora dos Programas de Iniciação Científica, Cleybe Vieira; e a coordenadora do Núcleo de Intercâmbio e Cooperação Internacional, Anelise Seleme Zandoná Hofmann.
14
Neste ano, as férias de inverno para 11 alunos da PUCPR estão sendo diferentes. Desta vez, eles arrumaram as malas, colocaram na bagagem as pesquisas de Iniciação Científica e Tecnológica que fizeram aqui no Brasil e carimbaram os passaportes para uma universidade no exterior, por um período de até 12 meses. Sabe como eles conquistaram essa carta branca? O Programa Ciência sem Fronteiras foi o que proporcionou um ano de estudo e pesquisa para esses intercambistas. Por meio de um benefício do Governo Federal, eles poderão estudar e desenvolver pesquisas em universidades dos Estados Unidos, Alemanha, Holanda, França e Austrália. Eles são apenas alguns dos 100 mil acadêmicos de graduação, doutorado e pós-doutorado que, até 2014, o programa pretende levar para conhecer outras culturas, desenvolver pesquisas e entrar em contato com a mais alta tecnologia. Esse programa foi desenvolvido no ano passado,
por uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Ministério da Educação, e tem como objetivo expandir o conhecimento e internacionalizar a ciência e a tecnologia. Mas não é só o aluno que ganha com essa oportunidade, afinal, o Programa Ciência sem Fronteiras visa contribuir para a competitividade e o reconhecimento do mercado brasileiro – ou seja, todo mundo ganha. Cada aluno poderá ficar de 6 a 12 meses estudando, pesquisando e conhecendo a cultura do país em que vai estudar. Para o reitor da PUCPR, Clemente Ivo Juliatto, a experiência que esses alunos terão vale a pena para o crescimento e a educação das pessoas e para o país. O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade, Waldemiro Gremski, ressalta a importância do programa para o crescimento profissional dos estudantes que decolaram para o exterior. “É um conhecimento adquirido que não se esquece, vai além da sala de aula.
Os acadêmicos devem superar várias outras barreiras, como o idioma e a concorrência nacional”. Para a PUCPR, ter 28 alunos aprovados no programa de uma só vez para estudar fora do Brasil também faz parte do ideal de internacionalização da Universidade. “Os benefícios que este programa proporciona são vários, além de serem muitos para a PUCPR, por se tornar reconhecida e conhecida lá fora, mais do que já é”, comenta o futuro engenheiro de produção Allan Amorin, que desembarca nos Estados Unidos em breve.
O programa
Esse programa busca promover a formação de recursos humanos na área da pesquisa, tecnologia e informação. Todos os estudantes que conquistam essas bolsas podem escolher e participar de projetos de pesquisa e estágios em laboratórios de ponta em empresas competitivas e inovadoras no exterior. “Esse é um
podem se inscrever para disputar as bolsas. “Uma ideia minha é ser pesquisador e também ser professor, e essa oportunidade vem completar muito. Essa abertura de portas engrandece, agrega bastante na formação acadêmica e profissional”, diz o graduando em Medicina Eduardo Martelli Moreira, que também vai viver e estudar na Holanda. Para o futuro engenheiro mecânico Filipe Sant’Ana, que vai para a Alemanha, o programa lhe permitirá conhecer outras culturas, outras pessoas e fazer muitos contatos diferentes, essenciais para a sua carreira.
Quem pode participar
Os benefícios do programa interferem diretamente no aluno, na universidade, mas também na educação e no desenvolvimento do país. “Não existe um panorama melhor na história do Brasil do que este momento”, expõe a coordenadora Cleybe. Para participar do programa, os alunos que se candidatam devem estar matriculados em uma instituição de ensino superior e estudar em cursos relacionados às áreas prioritárias do Ciência sem Fronteiras, áreas definidas como estratégicas, na área de ciência e tecnologia. “Cursos como
Design, Arquitetura, Comunicação, Teatro e Cinema também podem participar, pois fazem parte da indústria criativa. Áreas estratégicas também estão abertas para esses cursos”, explica a coordenadora. Mas para ser selecionado, é preciso também uma pontuação expressiva no Enem – no mínimo 600 pontos –, um bom desempenho acadêmico, e é bastante importante ter domínio de um idioma estrangeiro. Para quem se encaixa nesse perfil e concluiu entre 20% e 80% do seu curso, esta é uma oportunidade imperdível! Alunos do PIBIC, PIBITI ou PIBID ou que já foram agraciados com algum prêmio em olimpíadas científicas têm preferência nas eliminatórias.
Esse é um diferencial para a formação do aluno e, quando ele retornar, será um diferencial para a universidade. Cleybe Vieira, coordenadora dos Programas de Iniciação Científica e do CsF da PUCPR
João Borges
diferencial para a formação do aluno e, quando ele retornar, será um diferencial para a universidade”, aponta Cleybe Vieira, coordenadora dos Programas de Iniciação Científica e do CsF da PUCPR. Ela complementa dizendo que “a ideia do governo é promover um salto qualitativo nessas áreas estratégicas, áreas em que o Brasil precisa crescer”. Os estudantes já embarcam com o plano de estudos que desenvolverão nas universidades – ou seja, mal chegarão e já vão dar início ao trabalho. Não necessariamente os alunos estudarão na área em que fazem faculdade. Eles poderão optar por disciplinas de outros cursos, desde que tenham relação com o projeto a ser realizado. “Vou cursar matérias diferentes das que tenho na PUCPR ou no Brasil. São matérias fundamentais para a área que tenho interesse em pesquisar”, cita o estudante de Medicina Mateus Luvizotto, que vai desenvolver suas pesquisas em terras holandesas. A estudante de Design Sabrina Mussi, cujo destino é a França, acredita que “conquistar uma oportunidade como essa, de viajar para outro país, vai além do fato de estudar Design, é uma questão cultural”. A relevância do programa também se dá pela alta concorrência, uma vez que alunos de todo o Brasil
Até o fechamento dessa edição, outros alunos foram aprovados. São eles: (CAN) Arthur Dias, Marcus Galdino, Bernardo Richter, Henrique Sebastiani, Gustavo Mendes l (ESP) Alex Xavier, Talissa Rosa, Caio Dall Stella l
(PRT)
Fagner Rodrigues, Nicolle Schio, Juliano dos Santos, Felipe Riva, Milaine Szmainski, Eduardo Moreira, Cynthia Nadal, Washington Balsevicius, Amanda Voltolini.
O reitor da PUCPR desejou sucesso aos estudantes e lembrou a importância da iniciativa para o crescimento do país.
Interessou-se pelo programa? Então clique em: www.cienciasemfronteiras.gov.br
15
pesquisa
PUCPR cria inseticida natural João Borges
Pesquisa comprova a eficácia de um inseticida natural à base de óleos essenciais de sassafrás
16
Floresta Ombrófila Mista (Sassafrás) e plantios florestais (Eucalipto) da Fazenda Experimental Gralha Azul da PUCPR.
Professor de Agronomia Airton Rodrigues, pesquisador do projeto.
A necessidade da substituição de inseticidas artificiais por um produto natural, visando à saúde e ao bem-estar do meio ambiente, estimula o mercado a produzir produtos menos prejudiciais. Diante disso, a PUCPR desenvolveu uma pesquisa que comprova a eficácia de um inseticida natural à base de óleos essenciais de sassafrás. Para o professor de Agronomia Airton Rodrigues, pesquisador do projeto, esse produto, que já está em processo de patente, vem com a finalidade de ser utilizado em momentos em que o inseticida convencional não pode ser aplicado, ou quando seu uso não é desejável. Além disso, pretende-se que a sua comercialização seja acessível: “o custo de uso de um produto desta natureza não pode ser maior do que o empregado convencionalmente”, diz.
Foi em 2008 que o professor, ao identificar a ausência de patentes de compostos à base de sassafrás, deu início às pesquisas e ao desenvolvimento desse inseticida. “Tínhamos como objetivo a produção de uma formulação de inseticida natural para o controle de pragas. Identificamos estes compostos como os mais eficientes dentre os testados pelo grupo”, afirma. O estudo se deu utilizando larvas e insetos adultos de diferentes pragas. “Eles foram mantidos em ambiente climatizado, acondicionados em recipientes plásticos”, explica o professor. Os óleos essenciais foram obtidos por meio de extração por arraste a vapor de água em escala piloto, e os materiais foram coletados na Floresta Ombrófila Mista (sassafrás) e em plantios florestais
Jo'ao Borges
João Borges
(eucalipto) da Fazenda Experimental Gralha Azul da PUCPR. Para que a pesquisa fosse possível, a PUCPR contribuiu com o estudo fornecendo os óleos essenciais e o laboratório para os testes. Os alunos também estavam presentes no estudo por meio de projetos desenvolvidos pelo PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica) e PIBITI (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Tecnológica e Inovação). Segundo o pesquisador, o Programa de Iniciação Científica da PUCPR foi fundamental como suporte à realização de parte das pesquisas, proporcionando a formação de um grupo de estudantes nessa tão importante área. A instituição tende a ganhar com iniciativas de pesquisas como essas. “A universidade tem conhecimento de quais áreas são importantes para o país em termos de desenvolvimento tecnológico”, expõe o professor, ao afirmar a necessidade do desenvolvimento de estudos. “Além disso, demonstra a preocupação da formação dos alunos com o uso racional dos recursos ambientais, preservando o meio ambiente”, completa.
17
Por meio da planta mãe, os pesquisadores desenvolveram mudas para preservação da espécie e cultivo em escala comercial.
dna
Os sessentões em ação Cursos que surgiram na PUCPR durante a década de 50 acompanham as mudanças sociais e têm lugar garantido no mercado de trabalho. O segredo está em querer ensinar com excelência e manter o foco nas pessoas
18 O crescimento da internet, a acessibilidade a novas tecnologias e as possibilidades de se aprender por conta própria não tiram, necessariamente, das escolas o seu valor. Por isso, cursos de licenciatura, como Filosofia, Letras, Matemática, Química e Pedagogia – que existem na PUCPR há 60 anos –, têm lugar garantido no mercado de trabalho. Segundo o professor doutor Jelson Oliveira, coordenador do curso de Filosofia da PUCPR, o avanço e o desenvolvimento de um país passa, necessariamente, pela educação (tal qual conhecemos, com professores e alunos). “Não só pelo grande deficit no número de professores no Brasil,
mas sobretudo pela qualidade metodológica e teórica que é demandada, é altíssimo o índice de empregabilidade dos egressos de nossos cursos”. Antes mesmo de serem formados, os alunos são instigados a ir a campo, com o suporte da Universidade. Há quem diga que o verdadeiro aprendizado vem com a prática, e as graduações de licenciatura fazem jus ao dito popular. Por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), que existe há cinco anos, 146 instituições já envolveram mais de 21.500 estudantes desses cursos com a educação básica de todo o país.
Desde 2010, a PUCPR está comprometida com o programa e conta com 124 alunos participantes. Segundo a professora Ana Maria Eyng, coordenadora institucional do PIBID/PUCPR, o objetivo do programa é elevar a qualidade das ações acadêmicas voltadas à formação inicial de professores nos cursos de licenciatura nas universidades e melhorar os processos de ensino nas primeiras séries de escolas públicas do Brasil. Para o professor Oliveira, os cursos mantêm o compromisso com a produção e a reflexão teórica – herança dos pensadores de cada uma dessas áreas. Mas o que mantém os
19 cursos vivos é esse foco na formação de profissionais comprometidos com um modelo de educação que contribui para o pleno desenvolvimento dos indivíduos e, consequentemente, da sociedade como um todo. A coordenadora conta que são inúmeros os relatos de crianças que mudaram a sua ideia sobre o colégio. “Antes do programa, eles achavam que a escola era um lugar difícil e inóspito e agora veem o quanto se trata de um espaço de partilha, de afetividade, de realizações”. O desafio do graduando está em conciliar a teoria com questões que envolvem os aspectos emocional,
questionador e crítico do aluno. A coordenadora Ana Maria afirma que a criatividade dos acadêmicos chega, em determinados momentos, a surpreender os próprios professores, e isso amplia a possibilidade de que esses jovens estimulem os alunos da educação básica na busca pelo conhecimento. Com uma visão macro da situação, a coordenadora diz que a grande contribuição para o futuro docente está na experiência adquirida, o que repercute na qualidade da educação ofertada. Esse progresso tem como consequência um impacto no desenvolvimento do país.
Não só pelo grande deficit no número de professores no Brasil, mas sobretudo pela qualidade metodológica e teórica que é demandada, é altíssimo o índice de empregabilidade dos egressos de nossos cursos.
mercado de trabalho Divulgação
A equação da vida Para ser bem-sucedido, leve na bagagem amor pelo que você faz e um rastreador de oportunidades
20
Por mais que façamos planos, não temos ideia de como será a nossa vida. Aliás, seria muito chato se soubéssemos. Estaríamos vivendo um roteiro muito pequeno. Temos que dar espaço para que as surpresas possam vir. Quando jovem, estudei Economia na Universidade de Paris IX e, nessa época, já trabalhava como fotógrafo. Aos poucos, a fotografia passou a ser mais evidente na minha vida que noções macroeconômicas e discussões sobre fórmulas. Tentei ser economista por três meses e percebi que não era o que eu queria. Então, embarquei em uma viagem de seis meses e 40 mil km, da Europa para a Índia. Ali eu decidi que a minha profissão era ser viajante ou, como digo, viajólogo. A minha grande escola foi a viagem e até hoje tem sido. É lá que eu aprendo história, geografia, antropologia, economia, arquitetura, arqueologia, religiões. A viagem se tornou um elemento prioritário na minha lista de interesses. Quando eu escolhi seguir nesse caminho, a única coisa que tinha como base era fazer o que eu amava. Hoje, com 70 anos, eu sei que trabalho não pode ser motivado por dinheiro, por pressão da sociedade, nem por família. Dessa forma, até
Haroldo Castro atua como jornalista e fotógrafo. Escreve no blog Viajologia, para a Revista Época e é autor do livro Luzes da África.
as vezes em que é preciso engolir sapos não são tão maçantes. O desafio está em descobrir o que se gosta. Para você criar a equação de sua vida, é preciso conhecer seus sentimentos. Eu tenho paixão pelo quê? Nem sempre essa resposta vem cedo, mas é melhor tentar respondê-la ainda entre os 20 e 30 anos. Para isso, é preciso aceitar novas experiências e, principalmente, não ter medo da vida. Se eu tivesse medo, eu não teria percorrido continentes de carro, de Kombi e também não estaria vivendo do que mais amo: viajar e contar histórias. Alinhar a vocação com algo que seja viável financeiramente também é uma tarefa árdua. É preciso saber agarrar as oportunidades e, se for preciso, até mesmo criá-las. Todas as ocasiões devem ser usadas em nosso favor. Um exemplo disso foi minha viagem para a África, que culminou no livro Luzes da África. A viagem foi programada exatamente nove meses antes da Copa do Mundo de 2010 – época em que os holofotes estariam todos voltados para lá e, naturalmente, haveria uma curiosidade maior para se saber sobre esse continente. Assim, foi propício veicular muitas matérias jornalísticas. Estar atento às necessidades,
novidades do mundo, é requisito básico para profissionais de todas as áreas. Não se pode perder o momento decisivo.
Para você criar a equação de sua vida, é preciso conhecer seus sentimentos. Eu tenho paixão pelo quê? Divulgação
Por Haroldo Castro
Na foto, Haroldo Castro e o filho Mikael, na expedição para a África.
reportagem
Aprendizado
Para aprender para valer, é preciso vivenciar a teoria
FF Fotos Fernando
extraclasse
22
Da fala do professor, dos seus escritos no quadro negro, vêm os conhecimento técnicos e objetivos, elementos essenciais na formação de um profissional. É essa mesma técnica que embasa outra parte importante da graduação: a prática. Essa vem com a vivência real do mercado de trabalho. Estágios e visitas a empresas significativas em determinadas áreas de atuação são exemplos clássicos de como a universidade pode proporcionar ao aluno esse contato com a realidade extracâmpus. Além disso, experiências diferenciadas que ocorrem dentro da própria universidade e que se aproximam do mercado lá fora também contribuem para o crescimento profissional do aluno. Cada Escola da Universidade desenvolve projetos com foco na aproximação do aluno e do mercado de trabalho. A seguir, conheça mais sobre o que tem acontecido nos câmpus da PUCPR. .
Na prática, a teoria é outra!
Creio que todos nós já ouvimos alguma vez ao menos essa afirmação. Trata-se de um equívoco pedagógico, pois a tarefa da educação não é apenas tecer belas teorias que, na vida real, pouco ou nada têm a acrescentar. Hoje, insiste-se na importância dos “quatro pilares da educação”, expressão nascida do Relatório da Unesco sobre a educação do futuro, publicado em 1999, sob a direção de Jacques Delors. Os quatros pilares acenam para as dimensões inseparáveis da educação em perspectiva integral: o aprender a aprender; o aprender a fazer; o aprender a ser; e, finalmente, o aprender a conviver. Sem a integração harmoniosa desses elementos, a prática pedagógica é tudo, menos autêntica tarefa educativa. A presente edição de Vida Universitária traz para nossa reflexão um desses quatro elementos da educação: o aprender a fazer. A publicação reflete o constante empenho da PUCPR em formar a mente e também as mãos de nossos estudantes, ensinando-os a vivenciar, desde os anos de formação acadêmica, os primeiros passos da prática profissional. Desse modo, os cursos da PUCPR oferecerem para o aluno inúmeras formas de vivenciar a profissão na prática, seja em laboratórios ou clínicas, seja em projetos piloto ou estágios, seja em escritórios ou agências-escolas, entre outras diversas modalidades de operacionalização do saber adquirido. Clemente Ivo Juliatto Reitor
Escola de Arquitetura e Design Cursos integrados Além da proximidade com a realidade técnica, é preciso contribuir para o desenvolvimento do aluno no âmbito relacional. Trabalhar em equipe é uma das competências profissionais que o mercado de trabalho exige. Pensando nisso, a PUCPR câmpus Curitiba envolveu os cursos de Design de Moda, Design Digital, Arquitetura e Urbanismo e Teatro para a criação da instalação Ícones: Contestação e Evolução – proposta que participou do espaço expositivo do 6º Paraná Business Collection, representativo evento de moda do Estado. O projeto interdisciplinar conta com um vídeo editado pela equipe de Design Digital e encenado pelos alunos de Teatro, que interpretam importantes ícones da moda. O roteiro e os figurinos ficaram por conta dos alunos de Design de Moda e a instalação tem a assinatura do curso de Arquitetura e Urbanismo, com o apoio da Masisa, empresa de produção e comercialização de painéis de madeira.
23
reportagem
Escola de Comunicação e Artes O curso de Relações Públicas tem como objetivo formar profissionais preparados para liderar a gestão da comunicação nas organizações, ao efetivar de forma positiva a imagem corporativa e o relacionamento com os vários públicos envolvidos. Dentro da Universidade, a agência experimental Link proporciona aos alunos colocar em prática seus ensinamentos, por exemplo, desenvolvendo o evento Homenagem ao Colaborador, em que os estudantes criam uma forma de prestigiar e demonstrar gratidão aos funcionários.
Escola de Direito
24
Em audiências simuladas, os alunos assumem o papel dos autores do julgamento – réu, advogados, testemunhas. Um caso real e atual é escolhido para que alunos e professores possam estudá-lo, garantindo uma boa interpretação e um aprendizado de maior valor durante a simulação. No último semestre, a juíza do Trabalho Sibele Rosi Moleta conduziu a sessão na Escola de Direito da PUCPR – Câmpus São José dos Pinhais. Para o professor Roberto Eresten, coordenador do curso de Direito, a presença de um profissional magistrado na simulação é enriquecedora. “Essa experiência é extremamente importante. A juíza contribui mostrando aos alunos a realidade das audiências e as possibilidades reais que poderiam ocorrer durante uma sessão”.
Escola de Negócios Tudo em inglês Durante um semestre, alunos da PUCPR – Câmpus Curitiba têm a oportunidade de estudar algumas disciplinas dos cursos de Administração e Ciências Econômicas em inglês. Para o professor Alex Weymer, coordenador do curso de Administração, o foco está na interculturalidade, uma vez que alunos brasileiros e estrangeiros se tornam colegas de classe. Essas matérias em inglês não têm custo adicional para alunos dos cursos citados. Alunos de outros cursos pagam o valor da disciplina.
Escola de Negócios - Toledo Passando adiante O dia a dia de uma empresa exige desenvolvimento de estratégias e precisão nas tomadas de decisões. Essas habilidades podem ser vividas por meio de jogos empresariais, nos quais equipes são formadas e um mercado fictício é criado. Situações reais são propostas aos alunos, estimulando o crescimento e o desenvolvimento profissional deles diante de uma situação competitiva como as realidades empresariais. No Câmpus Toledo, essa ideia se expandiu para fora da Universidade, possibilitando o desenvolvimento de outras habilidades. Neste segundo semestre, os alunos do 2º ano de Administração – que já participaram desses jogos – serão facilitadores da experiência em três escolas técnicas de Administração em Toledo.
Segundo o professor Domingos Vida Costa Filho, coordenador do curso de Administração da PUCPR – Câmpus Toledo, escolas e universitários são beneficiados nesse projeto. “Os alunos da escola técnica, em contato com os universitários, são estimulados a ingressar na universidade e dar continuidade aos estudos. Já os acadêmicos da PUCPR ampliam suas habilidades sendo multiplicadores de conhecimento estratégico e liderança”.
Escola Politécnica Pensando no futuro Na lista de profissões do futuro estão cursos das áreas de Engenharia e Computação, com temáticas que envolvem o aprendizado para atuação nas áreas de Petróleo ou Aeroespacial. É na Escola Politécnica que esses futuros profissionais são capacitados. Por meio de parcerias com empresas que são referência em suas áreas de atuação, os alunos têm a oportunidade de estar em contato direto com o mercado de trabalho. O curso de Engenharia Ambiental, por exemplo, gera a interação dos alunos com Petrobras, Votorantin e Heringer, trabalhando em serviços de monitoramento ambiental de águas e qualidade do ar. Determinados cursos possibilitam o desenvolvimento de aeromodelos e veículos, instigando os alunos a participar de competições nacionais.
Escola de Medicina Simulação clínica A formação de um médico exige o domínio de habilidades clínicas, como a comunicação com o paciente e a tomada de decisões diante de um diagnóstico. Em casos como esses, o desempenho do aluno é aperfeiçoado conforme a prática. Além do contato com o paciente em hospitais-escolas, uma forma de moldar os conhecimentos dos alunos são as simulações clínicas. Nas situações simuladas, voluntários saudáveis interpretam pacientes com diagnósticos fictícios, de modo que determinados tipos de competências sejam aprendidas ou treinadas pelos acadêmicos.
Escola de Saúde e Biociências Hora do treino Profissionais da saúde também precisam passar por um momento de aprendizado na prática, até adquirirem segurança para o desempenho de suas futuras funções. Porém, como proporcionar isso se o trabalho desses profissionais envolve diretamente a vida de seres humanos? A disciplina de Hematologia, ensinada no curso de Farmácia, utiliza braços artificiais, com réplicas de vasos sanguíneos, para que os alunos possam treinar a técnica para uma coleta de sangue, por exemplo.
Escola de Educação e Humanidades Aprendendo a ensinar Para aproximar os alunos da realidade escolar, os cursos de licenciatura desenvolvem várias atividades. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) é uma delas. Por meio do programa, os alunos de Filosofia, Pedagogia, Letras, Matemática e Biologia estão em contato direto com as escolas públicas. “Os resultados são muito valiosos quanto a essa aproximação. As escolas públicas mantém uma grande demanda por profissionais qualificados e empenhados no enfrentamento dos desafios apresentados pela educação brasileira”, diz o professor Jelson Oliveira, coordenador do curso de Filosofia da PUCPR – Câmpus Curitiba.
Escola de Ciências Agrárias e Medicina Veterinária Por meio do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), os alunos acompanham o tratamento de animais debilitados – a maioria deles capturada na casa de quem os comprou com a intenção de criá-los como “bichos de estimação”. São encaminhados para lá pumas, tamanduás, entre outros animais de várias regiões do Estado. O Cetas está localizado em Tijucas do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, e é o único local no Paraná autorizado pelo Ibama a receber animais silvestres.
História atual De que adianta aprender sobre o passado, entender o valor da memória e guardar isso para si? Por isso, o curso de História da PUCPR – Câmpus Curitiba mantém várias parcerias com museus do Paraná, garantindo uma relação estreita e viva entre os conteúdos ensinados aos futuros historiadores e a História preservada pelas instituições.
25
Divulgação
drops
Estampa premiada
Na última edição do Paraná Business Collection (PBC), importante evento de moda para o Estado, as passarelas também foram dos futuros estilistas. A aluna Mariana Leal, do 5º período de Design de Moda, foi a vencedora de um concurso de estampas promovido pela marca curitibana Jefferson Kulig. A empresa confeccionou uma peça com a criação da estudante para o seu desfile primavera/verão 2013, no PBC.
Estampa vencedora desenvolvida pela aluna Mariana Leal.
Vou de carona
João Borges
Com foco no empreendedorismo sustentável, o aluno Marcelo Ling, de Engenharia Ambiental, criou o aplicativo – já premiado – Eu curto carona, que estimula e promove caronas entre usuários do Facebook. O software sincroniza os usuários que estão dispostos a dar caronas com os que precisam delas, de acordo com horários e itinerários. A ideia, ainda em desenvolvimento, sugere que menos carros estejam circulando na cidade e contribui para a diminuição da emissão de carbono. Para incentivar a adesão, pretende-se angariar empresas parceiras para que os participantes possam ganhar descontos em postos de gasolinas e lojas.
26
Alunos da Escola de Arquitetura e Design da PUCPR estiveram no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo, com o intuito de conhecer de perto a arquitetura, os simbolismos e as histórias do local. O coordenador adjunto do curso de Arquitetura e Urbanismo, Carlos Domingos Nigro, conta que a viagem integra uma proposta maior. “O objetivo é realizar uma exposição sobre os santuários marianos pelo mundo e o Santuário Nacional tem uma grande representatividade junto ao povo brasileiro e exige uma interpretação técnica mais adequada”. A exposição pretende retratar com fidelidade os dados do santuário.
João Borges
Viagem
Alunos do curso de Design visitam o Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo.
Arquivo pessoal
Na terra do sol nascente
O agora administrador Takashi Nishizaka, graduado em março de 2012 na PUCPR, foi contemplado com a bolsa Nikkei Scholarship, da The Nippon Foundation, com o projeto sobre implementação de políticas públicas no Brasil para incentivar o desenvolvimento de pesquisa e exportação no setor de softwares e serviços. Ele estudará na Waseda University, no Japão. “Com certeza, o meu sonho de servir como ponte de conhecimento entre o Brasil e o Japão também me ajudaram a conseguir a bolsa”, declarou Nishizaka. Takashi Nishizaka, ex-aluno PUCPR e atual bolsista da The Nippon Foundation, no Japão.
O Centro de Formação de Tecnólogos da Escola de Negócios da PUCPR forma suas primeiras turmas em Gestão de Recursos Humanos, Financeira, Comercial, da Qualidade, de Segurança Privada e Logística. Já no início deste segundo semestre, serão 68 novos tecnólogos da área empresarial no mercado de trabalho.
Istockphoto
Novos profissionais
27
pastoral
Coragem para ser missionário Para os inconformados com a atual conjuntura da sociedade, seu lugar é em missão. Lá, o seu maior ato de bravura será o de se doar e amar o próximo
28
Florianópolis, SC, foi o destino dos missionários enviados pelo Câmpus Curitiba.
Em uma terra desprovida de boas condições sociais e já estigmatizada negativamente, seus heróis são aqueles que carregam no coração um amor imensurável pelo próximo. O Seu Teco, a Dona Darcy, o padre Vilson e a estudante de jornalismo Laura são alguns dos que personificam esse sentimento e o manifestam em atitudes.
Por meio da quarta edição da missão Henri Vergès, ocorrida em julho, 164 pessoas puderam ser esses heróis. A missão, criada em 2009, leva universitários, ex-alunos, professores e demais colaboradores para uma imersão em comunidades em situação de vulnerabilidade social, com o intuito de propor maior reflexão sobre o próximo,
suas necessidades e como é possível contribuir, cada um fazendo o que está ao seu alcance. A Pastoral entende que esse é um momento de doar o seu tempo para olhar o mundo através da perspectiva das pessoas mais empobrecidas e aprender, por meio da sabedoria delas, a buscar a construção de uma sociedade verdadeiramente
O Câmpus São José dos Pinhais levou o grupo para atuar em Guaraqueçaba, PR.
mais humanizada, mais justa e mais fraterna. Para os universitários que participam da missão, essa experiência é uma possibilidade de sair, por um tempo, do ambiente da Universidade e viver o mundo como ele realmente é. A estudante Laura Silva, do 7º período de Jornalismo da PUCPR/Curitiba, conta um pouco da experiência. “Ficamos uma semana morando no morro, no Complexo do Maciço, em Florianópolis. Os moradores e líderes comunitários nos receberam de braços abertos. As crianças completaram a receptividade com muitos abraços, cartas, histórias. Foi um choque de realidade, principalmente no morro do Mocotó, onde tivemos que pedir permissão para entrar e as ruelas são estreitas e precariamente estruturadas”.
Beneficiados
Entendendo o potencial da missão, hoje ela ocorre divida em três grupos. Nessa última edição, os câmpus Toledo, Maringá e Londrina atuaram em Caçador, SC. O câmpus São José dos Pinhais foi responsável por Guaraqueçaba, PR, e o câmpus Curitiba, por Florianópolis, SC. As cidades são escolhidas conforme a consolidação do Grupo Marista no local. Espaços onde há Unidades Sociais são as primeiras opções, pois é garantido que haverá um atendimento contínuo da Instituição por lá. Além disso, é uma forma de alunos e
Participantes dos Câmpus Toledo, Maringá e Londrina foram missionários em Caçador, SC.
colaboradores conhecerem a atuação social do Grupo. A Pastoral acredita que a presença dos missionários nas comunidades é um sinal de esperança. Por outro lado, os participantes têm o seu futuro impactado, na atuação profissional de cada um, no relacionamento interpessoal, na maneira de olhar o outro, as comunidades vulneráveis e nas reflexões sobre políticas públicas.
o fato de apreciar as conquistas, as belezas naturais de cada local. “Missão Universitária é amor, é doação, é comprometimento com as causas sociais”, completa a estudante Laura.
O depois
O ato heroico dos missionários perdura em diversos desafios posteriores: mudar a maneira ingênua de perceber o mundo, não ser conivente com a injustiça social, ter comprometimento em ser a voz profética daqueles que muitas vezes não são ouvidos, lutar para que aconteça o empoderamento por meio do conhecimento. A maior parte dos missionários é muito consciente de que as grandes transformações, na verdade, são sutis. Primeiramente, elas se revelam em mudanças pessoais, e só então nas comunitárias e sociais. Para os participantes, a melhor parte da Missão Henri Vergès é ver o semblante de satisfação no olhar de todos os envolvidos, o que reflete a certeza de que o caminho trilhado está certo e valeu a pena. Tudo é carregado de muito significado, desde a preparação para a viagem até a convivência com pessoas que vivem na comunidade, bem como
29
Quem foi Henri Vergès? No dia 15 de julho de 1930, nasceu Henri Vergès, em Matemale, França. Em 1946, ingressou como membro do Instituto Marista e 22 anos depois foi enviado à Argélia como missionário. Enquanto Irmão Marista, ele também era professor e por isso doou a sua vida a serviço dos menos favorecidos, por meio da educação. Em 8 de maio de 1994 foi assassinado no campo missionário, sendo reconhecido como exemplo de fidelidade ao povo argelino.
registro
João Borges
PUCPR é sede do Foprop
FF Fotos Fernando
Divulgação
Da esq. para a dir. Waldemiro Gremski, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da PUCPR; Álvaro Prata, secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia; e Sergio Scheer, pró-reitor de Pesquisa e PósGraduação da UFPR.
A PUCPR foi sede do Encontro de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação do Sul (Foprop), que acontece três vezes por ano. O evento conta com a presença de pró-reitores e diretores de pesquisa e pós-graduação de cerca de 50 universidades federais, estaduais, comunitárias e particulares do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O objetivo é alinhar pontos de interesse e discutir problemas comuns da área, além de sugerir novos projetos.
Alunos participantes do Projeto Comunitário da Universidade junto ao reitor Clemente Ivo Juliatto. No detalhe, o reitor com o prefeito Luciano Ducci.
30
Projeto Comunitário 10 anos
A PUCPR e a Prefeitura de Curitiba promoveram o 7º Seminário e a Feira do Empreendedorismo do Programa Comunidade Escola, que visa avaliar e compartilhar as ações realizadas pelo Programa. Aconteceram palestras e a exposição dos produtos feitos pelos participantes da ação. Além disso, houve o lançamento da exposição itinerante que celebra os 10 anos do Projeto Comunitário da Universidade. O evento de abertura contou com a presença do prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, e do reitor da PUCPR, Clemente Ivo Juliatto, no Tuca.
Ministra Gleisi Hoffman, Arcebispo Dom Albano Cavalin, reitor Clemente Juliatto e diretor do Câmpus Londrina, Charles Vezozzo.
Câmpus Londrina lança curso de medicina
Foi inaugurado o curso de Medicina no Câmpus Londrina. A cerimônia contou com a presença da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman. A PUCPR Câmpus Londrina foi a única instituição privada do Paraná a receber a autorização para a abertura do curso. Foi aprovada pelo MEC com nota 5, que é a máxima. A estrutura deve contar com 12 laboratórios multifuncionais, um biotério e um corpo docente formado por 22 professores, com experiência pedagógica, experiência profissional e titulação, como determina a legislação.
Divulgação
João Borges
Palestra internacional
A Escola de Direito trouxe à PUCPR o renomado conferencista francês Didier Boden para ministrar a palestra ‘Crise Econômica Europeia e os seus reflexos para o processo de Integração’. O objetivo era esclarecer a atual condição financeira da Europa e a fragilidade que a crise gerou sobre Estados que possuem moeda única. Por meio de seus estudos e experiências, a ideia é proporcionar ao aluno uma reflexão sobre o que o Brasil vivencia com o processo de integração do Mercosul e da América Latina.
Professor Marciano Cunha com as alunas Mariana e Gabrielle na Cidade do Porto, onde apresentaram pesquisas do PIBIC no 7º Congresso Português de Sociologia.
Futuras parcerias
As pesquisas PIBIC das alunas Mariana Sobral e Gabrielle Tosin, do curso de Administração da Escola de Negócios da PUCPR, orientados pelo professor Marciano de Almeida Cunha, geraram interesse em universidades portuguesas para possíveis parcerias com a Universidade. Os trabalhos foram apresentados no 7º Congresso Português de Sociologia, promovido pela Sociedade Portuguesa de Sociologia, na Cidade do Porto, em Portugal, de 19 a 22 de junho.
FF Fotos Fernando
Na foto, o renomado conferencista francês Didier Philippe Maurice Jacques Boden vindo para ministrar palestra sobre a ‘Crise Econômica Europeia e os seus reflexos para o processo de Integração’.
Troca de experiências
A cada dois anos, o curso de Engenharia de Alimentos promove a troca de experiências entre profissionais e estudantes da área. O 4º Encontro de Profissionais de Engenharia de Alimentos da PUCPR, que aconteceu em 31 de maio, contou com a presença de seis profissionais que atuam em diferentes especialidades da profissão. Acadêmicos e, pela primeira vez, estudantes de ensino médio em fase de preparação para os vestibulares participaram do evento.
Na foto, os profissionais que compuseram a mesa (esq. para dir.): Nilton Cantu Neto, da Docelância; Daniela Crivari de Resende, da Granotec; Rafaela Curtareli, da Brasil Foods; Gabriela de Lima Correia Mewes, da Ambev; Juliana Ribeiro e Thais Watanabe, da Kraft Foods.
31
vem aí
Luz, câmera, produção Anote aí na sua agenda. Estão abertas, até o dia 31 de agosto, as inscrições para o Concurso de Documentário Made In PUCPR. Esse é um novo projeto da Universidade, lançado pela Escola de Comunicação e Artes, e que vai selecionar anualmente um projeto de produção documental para receber a orientação de um professor da escola e o apoio da Instituição. O objetivo dessa oportunidade é incentivar a produção audiovisual e expor os trabalhos desenvolvidos pelos acadêmicos. São oito meses para produção do material, com direito à estreia realizada pela PUCPR. Se você curtiu a ideia, acesse: <www.pucpr.br/madeinpucpr>
Liberação do FIES Fique de olho no calendário da liberação do Fundo de Financiamento ao Estudante de Ensino Superior, FIES. O primeiro lote, liberado em 6 de julho, é feito pela própria página do FIES, onde o acadêmico deve realizar a inscrição ou regravação da inscrição. Mas atenção: os recursos são restritos e podem acabar a qualquer momento. E não se esqueça de protocolar sua inscrição no SIGA, com o formulário e toda a documentação necessária. O segundo lote será liberado no dia 7 de agosto e o terceiro, em 21 de agosto. Os alunos que não conseguirem a inscrição podem tentar o financiamento próprio da PUCPR: Fundo Solidário - Crédito Educacional. Acesse o ícone Inscrição do Crédito Educacional no site: <www.pucpr.br/siga/financiamento.php>
Tanahora estreia novo espetáculo
32
O Grupo de Teatro Tanahora/PUCPR estreia o espetáculo Homem ao Vento, no dia 4 de agosto, no Teatro da Universidade (Tuca). Com texto do diretor e dramaturgo Marcos Damaceno e direção de Laercio Ruffa, o roteiro é inspirado nas obras do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, autor de O Pequeno Príncipe, entre outros. A peça fica em cartaz até o dia 2 de setembro e as sessões são aos sábados e domingos em dois horários, às 18h e às 20h. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) e podem ser adquiridos na bilheteria do teatro, a partir de uma hora antes do início da apresentação.
Fórum de Carreiras PUC Talentos Entre os dias 14 e 16 de agosto, a PUCPR promoverá mais uma edição do Fórum de Carreiras, cujo tema esse ano são as profissões do futuro. A estrutura será montada no hall dos auditórios e no saguão das escolas de Saúde e Biociências e de Medicina. O evento contará com mais de 30 estandes de organizações convidadas e com o Espaço Arena, onde serão realizados debates, mesas redondas, workshops e, inclusive, processos de seleção. Quem abre a edição 2012 do Fórum de Carreiras é o coach Alexandre Prates e o grupo de improvisação Santo Improviso, no dia 14 de agosto, a partir das 19h, no Tuca. Os interessados devem se inscrever no site do evento: <www.pucpr.br/forumdecarreiras>
Eu me formei em Metalurgia e comecei a escrever por hobbie. Os convites começaram a aparecer e passei a escrever no Estadão e na Bizz, revista que eu lia na época. A transição de revista para livro veio por um motivo. Desde 2000 sou editor de redação e nesse cargo atuo muito mais como gestor. Faz sentido para mim que meus projetos paralelos sejam como jornalista mesmo. No desenvolvimento de um livro, conheço pessoas e ouço histórias. A história de Simonal, por exemplo, provoca reflexões e isso é incrível. O charme de escrever sobre música diminuiu muito nos últimos anos, principalmente na geração de mp3 e música compartilhada. Os livros são um lugar interessante para os que querem se envolver com a música. Eu penso que o chamado do jornalista é para gerar discussões, e as ferramentas que usa são as de apuração jornalística a serviço do assunto para o qual ele escreve. Não importa sobre o que ele escreve, é o senso de missão sobre o tema que interessa. No caso da música, é possível instigar uma discussão que é atemporal.
João Borges
Ricardo Alexandre
Simoninha
Divulgação
Divulgação
Divulgação
Falar das décadas de 60/70 ainda é um pouco misterioso. Elas guardam histórias que despertam o interesse dos filhos dessa época e até de gerações posteriores. Num encontro promovido pelo Trajeto Lumen Ao Vivo, programa da Lumen FM em parceria com as Livrarias Curitiba, Wilson Simoninha, filho de Simonal, e Ricardo Alexandre, autor do livro Nem vem que não tem: a vida e o veneno de Wilson Simonal, contaram ao público sobre a vida desse ídolo brasileiro da década de 60. Entre outros fatos, abordaram as circunstâncias que o levaram a ser considerado um informante da ditadura e de que forma ele arcou com esse peso pelo resto da vida. Com exclusividade à Revista Vida Universitária, Simoninha e Ricardo Alexandre contam como as suas histórias se intercalam com essas décadas e no que isso refletiu em suas vidas profissionais.
Eu nasci no mundo musical, vivia rodeado de LPs. Eu já sabia que a música ia ser a minha vida. Sempre me arrisquei nessa área. Eu sempre busquei estar no meio e estudar com os mestres da época. No entanto, no momento de fazer uma faculdade, escolhi fazer Direito, principalmente pela história do meu pai, as acusações em que ele estava envolvido. Mas eu percebi que ali não era o meu lugar. Na busca por um diploma, tentei Propaganda e Marketing. Até a hora em que eu resolvi seguir o meu caminho na música, no qual estou até hoje.
O Lumenoso faz parte da Lumen Comunicação, que mantém a Lumen FM, a Lumen Clássica e a Clube FM.
Cultura é
fácil
mundo melhor
Lícia Maria Munhoz Manzano
Prática de sucesso
CÂMPUS CURITI BA E SÃO JOSÉ DOS PINHAIS ETAPA DE PREPARAÇÃO
Acadêmicos em pendência ou que desejam antecipar o Projeto Comunitário a partir do 3º período: • 22 e 23/08 – Inscrições para Etapa de Preparação Remanescente INSCRIÇÕES PARA AÇÕES SOCIAIS
Acadêmica de Administração ensina balé a crianças Por Arielly C. de Moura Grande, colaboradora do Núcleo de Projetos Comunitários
34
A acadêmica Mariana de Almeida Miotto, do curso de Administração (Câmpus Londrina), realizou seu Projeto Comunitário ministrando aulas de balé a meninas de 4 e 5 anos, alunas do Centro de Educação Infantil Victória Mazetti Dinardi. As crianças se apresentaram no Dia das Mães, evento que também contou com a presença de pais, alunos e professores. Em uma sala de aula, a acadêmica reunia as crianças e, ao som de músicas infantis, desenvolvia movimentos corporais que as faziam interagir e dançar, ainda que, no início, tivessem certa dificuldade. Mariana conta que, ao chegar à escola, não sabia exatamente qual atividade cumpriria. Foi então que surgiu a ideia de ensinar um pouco do que ela aprendeu durante 15 anos de aulas de balé. A apresentação realizada no Dia das Mães emocionou todos, pois as crianças não haviam tido contato anterior com a música e o balé. “As mães ficaram encantadas ao ver, pela primeira vez, suas filhas ‘nas pontas dos pés’”, completa Mariana. As professoras Vera Scrimin, Divânia de Souza Meretica, Verônica Ferre Freitas e Angela Eugenia C. Pinhatari, que recebem Mariana na escola, comemoram o sucesso dessa ação e afirmam que o Projeto Comunitário auxilia tanto os acadêmicos quanto as crianças a se desenvolverem. “A aluna Mariana nos surpreendeu com seu carisma e simplicidade. Quando as aulas de balé começaram, as crianças ficaram encantadas, pois muitas jamais tiveram a oportunidade de fazer uma aula diferenciada; o que ela proporcionou a essas crianças jamais será esquecido. Várias mães vieram agradecer a oportunidade que suas filhas tiveram de aprender alguns passos dessa dança”. "
É necessário ter participado da Etapa de Preparação para inscrever-se nas ações sociais do Projeto Comunitário. • 17 a 21/08 – Inscrições para formandos (último período do curso) • 24 a 30/08 – Inscrições para todos os acadêmicos • 28 a 30/08 – Inscrições para os acadêmicos remanescentes ATENDIMENTO EM SÃO JOSÉ DOS PINHAIS
Atendimento especial nos dias 17, 24 e 30/08/2012, das 8h30 às 11h, e das 17h30 às 21h, no Laboratório de Informática II do câmpus.
CÂMPUS LONDRINA INSCRIÇÕES PARA AÇÕES SOCIAIS
• 06 a 15/08 – Inscrições para todos os acadêmicos
CÂMPUS MARINGÁ INSCRIÇÕES PARA AÇÕES SOCIAIS
• 31/07 e 01/08 – Inscrições para formandos (último período do curso) • 02 a 07/08 – Inscrições para todos os acadêmicos
CÂMPUS TOLEDO INSCRIÇÕES PARA AÇÕES SOCIAIS
• 06 a 14/08 – Inscrições para todos os acadêmicos
12 de setembro, no Câmpus Maringá: Missa em Ação de Graças, Cerimônia de Reconhecimento Público aos acadêmicos e às instituições sociais parceiras do Núcleo de Projetos Comunitários e abertura da exposição “Projeto Comunitário PUCPR Ano 10”.