Hausmusik
A sua casa pode se tornar um palco
setembro 2012 nº 217
Talentos universitários PUCPR oferece oportunidades que revelam acadêmicos para o mercado de trabalho
Bruno Castilhos, de 25 anos, é mestrando em Odontologia
Mundo científico
Entre estudo e carreira profissional, jovens pesquisadores encontram tempo para uma grande missão: contribuir para um mundo melhor
Fernando Barbosa
índice
O vice-reitor da PUCPR, Paulo Mussi (à esquerda), o reitor Clemente Ivo Juliatto (à direita) e o homenageado Padre Jesus Hortal Sánchez.
A PUCPR concedeu, no dia 22 de agosto, ao Padre Jesus Hortal Sánchez, reitor da PUC-Rio por 15 anos, o título de Doutor Honoris Causa pela dedicação de vida ao serviço da educação e da religião. Esse título é a mais alta dignidade acadêmica que a Instituição pode outorgar a quem tenha contribuído, de modo eminente, para o progresso das ciências, cultura e educação.
Sempre aqui 10 Mercado de Trabalho
Coach Andrea Neiva Roque comenta sobre comunicação assertiva aplicada à imagem individual.
12 Capa
PUCPR aposta em pesquisa como um degrau importante para seu reconhecimento mundial.
18 Pesquisa
Jogos virtuais são eficazes como atividade física.
20. Dna 26. Drops 30. Registro
22 Reportagem
Hausmusik leva música para a sala de estar.
33. Lumenoso 34. Mundo Melhor
editorial
Universidade de pesquisas A edição deste mês de Vida Universitária traz o tema da pesquisa como seu foco principal. A pesquisa é um dos componentes do tripé fundamental que sustenta a própria concepção de universidade. Os outros dois lados do tripé são formados pelo ensino e pela extensão. Com efeito, pode-se dizer que não existe propriamente universidade sem pesquisa. A universidade é compreendida, desde os seus primórdios, como comunidade de mestres e discípulos irmanados pela busca da verdade. Note-se que não se trata da posse da verdade, mas de sua busca. Isso porque o conhecimento é algo que precisa ser cada vez mais ampliado, de modo a corresponder às exigências e demandas do tempo, das culturas e dos novos desafios que se apresentam à comunidade humana. A pesquisa é a condição necessária para a ampliação do conhecimento e para a formação de profissionais nas mais diversas áreas da ciência e da tecnologia. Se o ensino é a preservação do saber e da cultura historicamente produzidos, é a pesquisa que nos permite reconstruir o saber e desbravar caminhos inéditos de elaboração de meios de explicação da natureza, da vida e da sociedade, em todos os campos do saber. A Pontifícia Universidade Católica do Paraná tem uma longa trajetória no
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campo da pesquisa, o que lhe permite desenvolver anualmente cerca de mil projetos de investigação, em diversos programas, desde a Iniciação Científica na graduação, passando pelos cursos de especialização, até a pós-graduação Stricto Sensu, ou seja, os cursos de mestrado e de doutorado. A PUCPR é a universidade privada do Paraná que mais investe em pesquisa, porque entende que a busca da verdade faz parte de sua missão. Destaco que a pesquisa, na PUCPR, tem uma dimensão ética que para nós é fundamental, pois acreditamos que nem tudo o que é possível pela técnica é eticamente adequado. Nós acreditamos que “a investigação vem sempre efetuada com a preocupação das implicações éticas e morais, ínsitas tanto nos seus métodos como nas suas descobertas”, como afirma o Papa João Paulo II, na Constituição Ex Corde Ecclesiae. Por isso, nossas pesquisas são cuidadosamente acompanhadas por comitês de ética, que avaliam o impacto dos estudos na vida humana, na sociedade, nos animais e no meio ambiente. Faço votos de que a leitura desta edição permita a você compreender um pouco mais a dimensão que a pesquisa assume na PUCPR. Clemente Ivo Juliatto Reitor
expediente Grão-Chanceler Dom Moacyr José Vitti
Lumen Comunicação
Vida Universitária é uma publicação mensal da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Registrada sob o nº 01, do livro B, de Pessoas Jurídicas, do 4º Ofício de Registro de Títulos, em 30/12/85 - Curitiba, Paraná
Reitor Clemente Ivo Juliatto
Rua Amauri Lange Silvério, 270
Vice-reitor Paulo Otávio Mussi Augusto
Pilarzinho. Cep 82120-000
Pró-reitor Acadêmico Eduardo Damião da Silva
Curitiba. Paraná. (41) 3271-4700
Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação Waldemiro Gremski
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Jornalista Resp. Rulian Maftum - DRT 4646
Pró-reitor Administrativo e de Desenvolvimento José Luiz Casela
Textos Michele Bravos e Julio C. Glodzienski
Rua Imaculada Conceição, 1155 - 2º andar
Editor de Arte Julyana Werneck
Prado Velho - Curitiba - Paraná
Tiragem 15.000 exemplares
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Para anunciar, ligue: (41) 3271-4700 Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução sem autorização prévia e escrita. Todas as opiniões são de responsabilidade dos respectivos autores.
JOSIAS HOT DOG
Arquivo pessoal
Flávia Ribeiro Pianovski
Arquivo pessoal
um toque
Quem vê cara...
Ricardo Dória
Empresário, fundador da Aldeia Coworking
Se eu soubesse que iria abrir duas empresas em dois anos, emendando um mestrado, teria estudado técnicas de gestão do tempo enquanto estava na faculdade.
Livro: O Guia do Mochileiro das Galáxias Autor: Douglas Adams Editora: Sextante Quem indica: Mariely Czelusniak, 19 anos, 6º período de
Qual a história do livro?
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O livro conta a história do britânico e azarado Arthur Dent, amigo de Ford Prefect, que se fingia de artista desempregado e, quando a Terra estava prestes a ser demolida, revelou ser um alienígena. Outro personagem curioso é Marvin, um robô depressivo com o cérebro do tamanho de um planeta. Seguindo esse rumo de aventuras absurdas e alucinantes, o livro segue sempre surpreendendo com seu incrível humor ácido.
O que você aprendeu? Poderia citar milhões de críticas e ensinamentos que absorvi desse livro, mas os mais importantes com certeza são: tudo o que realmente sabemos sobre o universo é que ele é mais complicado do que pensamos; carregue sempre consigo uma toalha; o tempo é uma ilusão; beber cerveja e comer amendoim ajuda a eliminar os efeitos adversos das viagens espaciais; e nunca, em hipótese alguma, entre em pânico.
Divulgação
Desenho Industrial – Projeto do Produto, Câmpus Curitiba
Depois que me formei em Publicidade e Propaganda, resolvi encarar a carreira em agência. Um ano depois, percebi a oportunidade de abrir um escritório colaborativo aqui em Curitiba, onde profissionais de várias áreas poderiam dividir espaço, gastando menos e fazendo muito mais contatos. Quando pedi demissão na agência, comecei a avaliar esse projeto enquanto me dedicava ao mestrado em administração. Depois de alguns estudos, o projeto do escritório tomou força e, quase ao mesmo tempo em que nasceu a Aldeia Coworking, eu fui aceito no mestrado. Ao ver que os planos estavam dando certo, a empolgação com o empreendedorismo e a administração tomou conta. Meses depois, junto com um amigo, "startamos" um novo projeto maluco: uma escola de coisas que não se aprendem no colégio, chamada A Grande Escola.
Se eu soubesse, teria aprendido a domi-
nar meu tempo antes. Em dois anos, eu tinha a felicidade de estar à frente de duas empresas fantásticas, estava fazendo um mestrado, namorando e não encontrava tempo para aproveitar nenhuma dessas conquistas. Hoje posso dizer que, dentro das 160 horas semanais, tenho sucesso em tudo.
filhos da puc
Da PUCPR para o mundo Jackson Roehrig é engenheiro civil formado pela PUCPR. Há 20 anos, ele trocou as terras brasileiras pelas germânicas, para seguir como pesquisador e se dedicar à vida acadêmica
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Foi lá, do outro lado do oceano, que ele fez carreira, no mundo científico, na área de simulação numérica e águas subterrâneas, e como professor, fazendo parte do corpo docente do Instituto de Tecnologia e Gestão de Recursos nos Trópicos e Subtrópicos da Universidade de Ciências Aplicadas de Colônia (Alemanha), desde 2001. E foi dentro das salas de aula que ele percebeu que, dentre as competências de um professor, incluem-se a didática, a capacidade de abstração e a metodologia científica.
Fiquei preparando mais de uma semana e me lembro bem: tinha comprado um pandeiro e, a cada três horas de preparação, fazia um intervalo e tocava um samba para me distrair.
Como foi que escolheu cursar Engenharia Civil na PUCPR?
Escolhi Engenharia Civil porque gostava de engenharia e não tinha informações ou conhecimentos de outras engenharias além dessa. A Engenharia da PUCPR sempre foi bem conceituada no Paraná. As áreas de recursos hídricos e meio ambiente, bem como de pesquisa, sempre me interessaram.
Quais habilidades e competências você teve que desenvolver -- e julga necessárias -- para ser um professor de ensino superior? Desde meu mestrado, no Brasil, e mais acentuadamente durante meu doutorado, na Alemanha, decidi tentar ser professor. Fui convidado para ser docente da Engenharia Ambiental da PUCPR em 1998, mas o início do curso foi adiado, então decidi ficar na Alemanha. Ao contrário das ciências naturais e
exatas, na engenharia normalmente faz-se necessária a livre-docência, que é substituída por anos de experiência profissional fora da universidade. Porém, esses critérios não são suficientes, visto que muitos candidatos cumprem tais requisitos. Dentre as competências de um professor, incluem-se a didática, a capacidade de abstração e a metodologia científica. No meu caso, também é necessário conhecimento de línguas, em virtude de nossas atividades internacionais: nos últimos anos, lecionei módulos completos em inglês, alemão, espanhol e português.
Para atuar como professor no Instituto de Colônia, você venceu um concurso público em que, dos 11 candidatos, era o único estrangeiro. O que contribuiu para a aprovação? Escolhi para a aula um tema de relevância para o cargo: gestão integrada de recursos hídricos (GIRH), em
Georg Meier
Alicia Bistillos
À esquerda, o professor Jackson Roehrig, acompanhado de João Carvalho, da Agência Nacional de Águas do Brasil. À direita, dois estudantes da Alemanha, durante a instalação de um radar sob a ponte no Rio Búzi, em Moçambique. Professor Jackson Roehrig dando aula no Instituto de Tecnologia e Gestão de Recursos nos Trópicos e Subtrópicos, da Universidade de Ciências Aplicadas de Colônia, Alemanha.
vez do meu tema de doutorado, que era muito específico. Estudei muito as atividades e o perfil do instituto e preparei bem a aula. Fiquei preparando durante mais de uma semana e me lembro bem: tinha comprado um pandeiro e, a cada três horas de preparação, fazia um intervalo e tocava um samba para me distrair. Fundamental para a aprovação foi o currículo, e não havia mais o que fazer a esse respeito. Para mim, foi uma experiência interessante ter me preparado bastante para algo que não acreditava conseguir, por julgar a concorrência muito forte. Mas, se eu acabasse em segundo ou terceiro lugar por não ter me preparado muito bem, não iria me perdoar.
Como vê a demanda de professores para nível superior atualmente? O mercado está saturado, ou faltam bons profissionais?
A maioria dos estudantes das engenharias, ciências naturais, exatas e da saúde faz doutorado para trabalhar no setor privado, ou seja, o “mercado” de doutoramento não é regulado pela academia. Com uma oferta grande de doutores, o mercado para professores é sempre inchado e de bom nível, ou seja, há muitos candidatos qualificados. Porém, o número de candidatos a professor em certas áreas diminuiu, como nas áreas de mecatrônica, engenharia elétrica ou engenharia mecânica.
O que leva um profissional com alta qualificação acadêmica a trocar uma remuneração elevada no setor privado para trabalhar como professor?
Acredito que há varias razões para isso. Deve-se gostar de ensinar e pesquisar, é claro. Mas a liberdade acadêmica ao se dedicar a um tema de pesquisa, a gratificação de se trabalhar com jovens adultos, o reconhecimento social e a estabilidade do emprego em longo prazo são motivos que contam.
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mercado de trabalho
Comunicar para alcançar objetivos Conhecer a si mesmo é o primeiro passo para uma comunicação assertiva Por Andrea Roque Neiva
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crenças limitantes, os valores individuais e o próprio sistema linguístico são limitadores da comunicação. É pertinente aprender a comunicação objetiva, pautada em escuta ativa, perguntas desconstrutoras de subjetividade e coleta de dados correta, para possibilitar o diálogo assertivo e que não dê margem a interpretações que levem a reações equivocadas. Para adquirir o treino desse tipo de comunicação, é necessário ter consciência dos pensamentos e das
reações que a comunicação do outro provoca em nós. O conhecimento mais profundo dos quatro campos da imagem do ser podem trazer essa consciência e facilitar o treino das competências, por meio de um plano de ação específico que permita que os vícios da comunicação sejam transformados em nova forma de agir e falar. Isso nos permite perceber quais serão nossas próprias reações antes de elas acontecerem, o que possibilita uma comunicação mais centrada e equilibrada.
Daniel Sviech
A comunicação é a mais poderosa ferramenta que um ser humano pode ter para chegar aonde deseja, sendo essencial para qualquer forma de relacionamento. Podemos afirmar que a comunicação é a base que fundamenta e potencializa oportunidades de negócios bem-sucedidos e impulsiona a evolução, a quebra de paradigmas e os insights para a criatividade. O ser humano é motivado pelo que vê, toca, sente e analisa. Por isso, a forma mais impactante de comunicação se dá por meio da imagem individual, que engloba tudo que representa o indivíduo perante o outro e a sociedade. A comunicação se dá por meio dos quatro elementos da imagem do ser: no campo etéreo, mental, emocional e físico. São nossas memórias e nossos registros, nossos pensamentos, nossos sentimentos e nossas atitudes. Todos esses elementos são recursos de que dispomos e que, se utilizados de maneira apropriada, fornecem dados tangíveis ao receptor. É importante o desenvolvimento da autopercepção para, por meio do autoconhecimento, integrar esses elementos e proporcionar qualidade à comunicação, o que resultará em relacionamentos intra e interpessoais mais satisfatórios. Alguns aspectos corriqueiros são fatores que geralmente impedem a comunicação eficaz. As restrições da cultura, as distorções da realidade formada por sinapses de memórias, os condicionamentos sociais, a escuta seletiva, as generalizações, as
Andrea Roque Neiva é formada em Publicidade e Propaganda pelas Faculdades Integradas Alcântara Machado e possui 16 certificações – nacionais e internacionais – na área de consultoria de imagem. Atualmente, atua como coach de imagem integrada e é professora da FGV/ISAE e palestrante sobre o tema, em empresas das áreas financeira, automobilística e de moda, além de em instituições de ensino como a PUCPR. Site: <www.andrearoqueneiva.com.br> E-mail: <contato@andreaneiva.com.br> Fones: (41) 9933-9601 e (41) 3088-6114
capa De malucos, eles não têm nada. São cientistas como Bruno Castilhos, mestrando em Odontologia, que fazem descobertas em prol do ser humano.
Pesquisa pode transformar o mundo
Letícia Akemi
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A PUCPR figura entre as primeiras universidades do país que apoiam essa ideia, acreditando que é dos laboratórios, das salas de estudo, das planilhas e das anotações de um cientista que podem vir soluções que vão melhorar a qualidade de vida das pessoas
Por entender o impacto que as pesquisas podem provocar na sociedade é que a PUCPR está entre as cinco universidades privadas que mais investe nesse segmento no país, ocupando o quarto lugar, atrás apenas da PUC-Rio, da PUC-SP e da PUCRS. É a pesquisa que confere valor agregado tangível às instituições de ensino superior. A diretora de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da PUCPR, Paula Trevilatto, afirma que as contribuições geradas por esse segmento são inúmeras, tais como: a qualificação da formação de capital humano, a geração de conhecimento mundial, a melhoria da qualidade de vida da população e o aumento dos níveis de desenvolvimento socioeconômico em seu entorno. Quando se fala em monografia, artigos, teses, logo se associa tudo isso a uma vida estressante, rodeada por livros. Mas os documentos citados são apenas uma forma de registrar o que está sendo produzido em um universo chamado científico. Na prática, as pesquisas são dinâmicas, são instigantes e, na maioria das vezes, o fruto de tantos estudos é a transformação do meio onde se vive. “Já foi o tempo em que a Universidade ficava numa torre de marfim. Ela tem que ficar próxima ao barulho da rua. Comprovadamente, a universidade tem contribuído para a evolução do mundo”, diz o reitor da PUCPR, Clemente Ivo Juliatto, em depoimento para o PUC Ciência (saiba mais na página 16).
Onde a universidade pode chegar
O principal objetivo é tornar a PUCPR uma universidade que apresente condições de qualidade e excelência compatíveis com as grandes universidades americanas ou europeias. Waldemiro Gremski, pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da PUCPR, explica que, para tornar isso realidade, será necessário adotar políticas de formação, atração e retenção de talentos em todos os seus níveis funcionais e acadêmicos. Paula Trevilatto lembra que é preciso entender que leva tempo para um pesquisador começar a produzir ciência e mais ainda para consolidá-la, com a formação de capital humano e produção intelectual de qualidade, e isso só ocorrerá em ambiente favorável. Ela complementa ainda que esse investimento em pesquisa vale a pena e os resultados podem ser vistos a médio prazo. “Uma universidade reconhecida, com boa reputação, influencia e atrai talentos discentes, que são semente para lapidação em um ambiente adequado, crítico e criativo. Esses alunos serão os líderes formadores de opinião, pesquisadores, professores e representantes de setores governamentais, que construirão uma sociedade mais justa”. Quando se fala em investimentos, também se deve pensar em parcerias. Para que as pesquisas sobrevivam, é necessário estabelecer relações entre os diferentes grupos de investigação do mesmo âmbito e com demais instituições do país e do exterior. “Fazer pesquisa, em especial no caso das áreas de saúde e tecnológicas, é muito caro e requer a adoção de um grande número de metodologias. Poucos laboratórios contam com
Mitos e verdades
Desmistifique algumas lendas que contaram a você sobre o universo da ciência
Para ser pesquisador é preciso ter feito Iniciação Científica
Não. Nem todo pesquisador realizou Iniciação Científica, mas certamente ela dá bases para a boa realização do mestrado e do doutorado, o que resulta em produção científica de impacto.
Quem faz mestrado tem que ser pesquisador
Nas salas de mestrado e doutorado não se encontram apenas aqueles que têm vocação para o mundo da ciência. O mercado de trabalho tem solicitado, cada vez mais, profissionais com capacitação em nível stricto sensu, por causa da alta competitividade e crescente demanda por diversificação e qualificação. É por isso que profissionais com carreiras empresariais também buscam essa categoria de especialização.
Pesquisador tem que trabalhar em universidade
Enquanto pesquisador, estar vinculado a uma universidade é positivo, pois ela oferecerá subsídios para o desenvolvimento de sua pesquisa. Por isso, essa pode ser a opção mais propícia, por questões financeiras. Mas não é a única. Alguns pesquisadores já encontram espaço em empresas privadas, que normalmente patrocinam pesquisas que podem gerar impacto real na sua área de atuação.
Cientista ganha muito dinheiro
A história não é bem assim. Pesquisador vinculado a universidade tem como renda as bolsas acadêmicas, que podem ser concedidas pela própria instituição de ensino, pelo Capes, CNPq ou empresas privadas que patrocinam a pesquisa na academia. Segundo informações do CNPq, as bolsas variam de R$ 1.350 a R$ 2.000.
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capa uma riqueza de equipamentos que lhes permita realizar num único local todas as metodologias requeridas pelo projeto em andamento”, afirma Gremski. Daí a necessidade de parcerias, as quais também visam a buscar a atualização do pesquisador, abrir espaços para estágios e convidar visitantes. Ações que contribuem para o crescimento, com excelência, da Universidade.
Planos imediatos
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Atualmente, há um interesse da Universidade em direcionar os investimentos para investigações em áreas consideradas estratégicas. “Certamente as áreas de saúde e de tecnologia, além da escola de negócios, estarão entre estas”, diz Gremski. A diretora justifica que a pesquisa na Universidade tem se destacado na área de saúde, com estudos que objetivam encontrar respostas sobre fatores de risco (ambientais, clínicos ou moleculares) relacionados com doenças crônico-degenerativas, como a renal, endometriose e cardiovasculares; infecciosas, como a hanseníase, vitiligo, cárie e periodontite; e até alguns tipos de câncer, como o de próstata e o bucal. Além disso, a medicina regenerativa, com o estudo de células-tronco para a reposição de tecidos não funcionais, também ganha destaque, juntamente com pesquisas com base tecnológica, como o implante de válvulas cardíacas.
Já foi o tempo em que a Universidade ficava numa torre de marfim. Ela tem que ficar próxima ao barulho da rua. Comprovadamente, a universidade tem contribuído para a evolução do mundo. Clemente Ivo Juliatto Reitor
Vida de pesquisador
Ser pesquisador é um estilo de vida e não uma simples opção profissional. É preciso ter curiosidade, amor pelo que faz e ter certeza de que a sua pesquisa pode ajudar na transformação do mundo. É isso que motiva Bruno Castilhos, 25 anos, mestrando em Odontologia no câmpus Curitiba da PUCPR. A dedicação ao mestrado ocupa boa parte do dia e, nos momentos em que não está pesquisando sobre fatores genéticos associados à odontologia, atua como ortodontista na clínica da PUCPR. Logo que saiu da graduação, Castilhos foi atuar no mercado odontológico. Dois anos mais tarde voltou para as salas de aula, dessa vez para dar
continuidade aos estudos. “Foi muito bom voltar à Universidade mais maduro e com um pouco mais de experiência”, diz. A vida de pesquisador pode começar na graduação, com a Iniciação Científica ou no mestrado, seguindo daí para o doutorado. Para seguir carreira como pesquisador é imprescindível partir para a especialização e publicar artigos. “Hoje em dia você precisa cada vez mais obter formas de se diferenciar dos demais, e a pesquisa (mestrado) e as publicações são uma forma disso acontecer. O mercado está cada vez mais concorrido e a alternativa para conquistar seus objetivos é se qualificar”, afirma o mestrando, que conseguiu publicar um artigo internacionalmente junto com um grupo de pesquisadores. Castilhos tem interesse em dar aulas no ensino superior e vê essa como uma boa oportunidade para a carreira profissional. “Acredito que ser somente pesquisador hoje no Brasil ainda é um pouco complicado, tanto pelo apoio, como por questões financeiras. Dessa forma, poder dar aula e continuar a pesquisar se torna uma boa opção para a carreira”. Para o futuro, Castilhos quer prosseguir no doutorado, quem sabe até um doutorado sanduíche, dar aulas e continuar a pesquisar. “Quero poder obter resultados importantes nas pesquisas para ajudar a todos”, conclui.
Acervo pessoal
O estudante de Teologia Fabrizio Catenassi pesquisa de que formas a sociedade pode lidar melhor com conflitos.
Ainda na graduação
A Iniciação Científica é hoje o grande diferencial na formação do aluno de graduação em qualquer universidade e em qualquer curso. “Embora seja o caminho mais indicado para alguém que queira seguir a carreira de pesquisador, prepara o aluno também para a vida profissional”, explica Gremski. Na Iniciação Científica, o aluno escreve um projeto de pesquisa, desenvolve suas etapas metodológicas, apresenta os resultados em congressos da área, prepara relatórios, redige e defende trabalhos científicos em outras línguas, acessa bases de dados. Tudo isso permite que o aluno esteja exposto e aberto para receber críticas e elogios, sempre apoiado por um orientador, o que faz com que ele conheça suas qualidade e defeitos e esteja mais preparado para a vida profissional que escolher. Para o estudante de teologia Fabrizio Catenassi, do câmpus Londrina da PUCPR, a Iniciação Científica prepara o aluno para as futuras especializações, sem contar que é um período importante em que se está produzindo artigos e publicando-os, o que é um diferencial para ingressar em um mestrado, por exemplo. Mesmo sendo um aluno de Iniciação Científica, sua pesquisa é
relevante para a sociedade; por isso, é financiada pelo CNPq. Nos seus estudos, Catenassi busca entender o livro de Números, da Bíblia, para encontrar respostas aplicáveis aos conflitos que o mundo vive atualmente. “Nosso mundo é um lugar em crise. A proposta é entender como a palavra de Deus pode nos iluminar em momentos assim. Deixar que as crises bíblicas e as soluções encontradas, mostradas lá, reflitam nos dias atuais”. Considerando que a pesquisa contribui para a formação do profissional, mesmo os alunos que não possuem interesse na Iniciação Científica acabam tendo uma introdução do que é
ser pesquisador por meio da monografia e do TCC. Na opinião da estudante de Ciências Contábeis Juliane Bettin, 28 anos, participante do Programa de Iniciação Científica do câmpus Londrina da PUCPR, o TCC pode, sim, ser a porta de entrada para o mundo científico. “Quando estamos desenvolvendo um trabalho, nos aprofundamos no conhecimento. É um processo de imersão no tema pesquisado que sem dúvida vai gerar um amadurecimento e um desenvolvimento do aluno. Isso servirá tanto para sua atuação no mercado de trabalho quanto para despertar a vontade de ser um pesquisador.
CONHEÇA AS SIGLAS DO MUNDO DA PESQUISA: Capes - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior: responsável pela propagação e consolidação dos cursos de mestrado e doutorado em todos os Estados do Brasil.
CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tec-
nológico: ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia, tem como objetivo fomentar a pesquisa científica e tecnológica contribuir para o desenvolvimento de pesquisadores brasileiros.
Doutoramento direto - Título concedido, normalmente, a quem
não possui título de mestre, mas merece ser reconhecido como doutor graças a sua grande contribuição para o meio científico ou por causa de seu desempenho acadêmico, no caso de alunos da graduação.
Doutorado sanduíche - Quando o doutorado é cursado parcial-
mente em outra universidade, que não a que o doutorando está vinculado. Podem ser ambas brasileiras ou uma brasileira e outra estrangeira.
Lato Sensu - Referente a especializações de sentido mais amplo, como pós-graduação e MBA.
Stricto Sensu - Diz respeito a especializações com desenvolvimento de atividades mais específicas. São o mestrado e o doutorado, onde se desenvolvem dissertações a respeito de um problema novo identificado.
PIBIC - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica. PIBID - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência. PIBIT - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Tecnológica.
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capa
PUC Ciência
Por uma vida melhor
Com o objetivo de compartilhar as pesquisas que vêm sendo realizadas na PUCPR com a comunidade científica e a sociedade, foi lançado, em agosto deste ano, o PUC Ciência, um projeto que divulga a ciência por meio da linguagem audiovisual. São seis vídeos, de 15 minutos cada, contendo informações sobre as pesquisas da Universidade e seus desdobramentos na vida das pessoas. Conheça, a seguir, algumas dessas pesquisas.
Andando pela cidade
Divulgação
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Falar em mobilidade urbana é se referir à pessoa que usufrui de um meio de transporte, aquele que se locomove a pé por todos os lugares e até a quem usa cadeiras de rodas ou muletas. Uma pesquisa nessa área está preocupada em saber como as pessoas se deslocam em uma cidade e de que forma isso poderia ser melhorado ou facilitado. Uma das pesquisas realizadas é sobre o uso da bicicleta na cidade de Curitiba, e com os resultados já obtidos foi possível ganhar uma licitação pública que implantará bicicletários públicos na capital, assim como ocorre no Rio de Janeiro e Paris, por exemplo.
Soluções eficazes
Com foco na sustentabilidade do planeta, a PUCPR desenvolve pesquisas que buscam aprimorar o desenvolvimento de combustível a partir de fontes renováveis. No país, existe a produção de biodiesel de fonte petroquímica. A pesquisa se propõe a produzir um biodiesel com óleo de fritura e etanol (proveniente da cana-de-açúcar). Considerar a utilização do óleo de cozinha para a produção do biodiesel também é pensar em uma solução para o descarte desse resíduo doméstico. Além disso, os estudos têm mostrado que o biodiesel produzido na PUCPR é menos poluente que o combustível derivado de petróleo.
A partir de células-tronco, busca-se desenvolver formas cada vez mais eficazes para a regeneração de órgãos comprometidos, garantindo melhor oportunidade de vida a pacientes. Essas células podem, por exemplo, ajudar a regenerar uma parte do coração que tenha parado por causa de um infarto. Os estudos da PUCPR se concentram nessa área, e o Núcleo de Tecnologia Celular da Universidade já possui autorização legal para produzir células-tronco em laboratório para serem aplicadas em humanos. A perspectiva é que as pesquisas sobre células-tronco possam receber cada vez mais atenção e investimento, para que continuem trazendo esperança para quem sofre de alguma doença. Quando a pesquisa sobre células-tronco estiver mais avançada, é provável que se chegue a uma possibilidade de tratamento mais eficiente até para a diabetes, que hoje atinge mais de 7 milhões de brasileiros.
pesquisa
Videogame é caso de saúde Pesquisa comprova que jogos virtuais são eficazes como exercício físico
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Passou o tempo em que videogame era sinônimo de sedentarismo. Uma pesquisa desenvolvida pela PUCPR, em parceria com a Clínica Paranaense de Cardiologia, aponta que há uma equivalência metabólica e respiratória entre a prática comum moderada de uma atividade física e o exercício feito durante uma brincadeira no videogame. Para saber se essa prática virtual poderia ser utilizada no combate ao sedentarismo em jovens, foram recrutados 30 indivíduos do sexo masculino, de 20 a 30 anos, saudáveis e sedentários, para utilizar a plataforma Wii, que simulava corrida, e o console Kinect Xbox 360, com um game que simulava agachamentos, socos e chutes cruzados que destruíam cubos virtuais.
Foram considerados sedentários os universitários que praticavam menos de 150 minutos de atividade física moderada/semana, ou menos de 60 minutos de atividade física vigorosa/semana. Desse modo é fácil comparar quais os benefícios proporcionados pela prática de exercício pelo jogo virtual, que a atividade em si não proporciona, como aponta a fisioterapeuta e mestre em Ciências da Saúde da PUCPR, Ana Cristina Falcade. “Destacam-se o caráter lúdico, a diversão e a interatividade. O indivíduo pratica uma atividade física prazerosa na sala de casa”. Logo, esse benefício pode ser considerado uma vantagem. O orientador da pesquisa, Dalton Precoma, professor de Cardiologia da PUCPR e vice-presidente da Sociedade Bra-sileira de Cardiologia, afirma que “as pessoas que não podem realizar esportes em clubes, praças ou na rua, por vários motivos, podem fazê-lo com esses jogos dinâmicos”. Essa é, também, uma boa notícia para os amantes dos jogos virtuais. Os exercícios propostos no Wii e no Kinect envolvem grandes grupos musculares. Além disso, exigem agilidade e estimulam reações e reflexos, refletindo na coordenação motora. Outra vantagem é que o jogo apresenta pontuação, o que estimula ainda mais a prática do game. “Cada acerto do golpe em alvos apresentados obriga o indivíduo a defender-se, com
chutes e socos cruzados, o que estimula a competitividade e excita a continuidade da atividade”, conta a fisioterapeuta. O custo-benefício é outro ponto positivo. “Considerando o pagamento mensal de uma academia, vale investir na aquisição de um game, em que várias pessoas da família se beneficiarão”, aponta Precoma. Combinado aos jogos, os pesquisadores incentivam que seja praticada uma atividade externa, para que se estabeleça o contato, o relacionamento com outras pessoas, já que esse é um dos benefícios do esporte. Apesar de todos os levantamentos positivos apresentados, “o jogo ainda não foi pesquisado como forma de exercício físico”, esclarece Ana. Logo, essa pesquisa teve como objetivo classificar o tipo de atividade física gerada, para saber se há possibilidades de utilizar os jogos em atividades programadas com grupos específicos, como obesos e hipertensos. A ideia dos pesquisadores é não parar por aí. “Queremos divulgar que qualquer forma de exercício é saudável, pois as pessoas estão ficando muito tempo na frente da televisão e de computadores”, aponta o cardiologista. A pesquisa ainda deve analisar outras formas de exercícios virtuais e, posteriormente, os efeitos delas em adultos que apresentam alguns fatores de risco para o infarto.
Para decidir se dará início aos exercícios virtuais, estude o orçamento e combine as opções:
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mensalidades de academia compram um Nintendo® Wii
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mensalidades de academia compram um Xbox 360 com jogos
As pessoas que não podem realizar esportes em clubes, praças ou na rua, por vários motivos, podem fazê-lo com esses jogos dinâmicos. Dalton Precoma Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia
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Letícia Akemi
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A ex-aluna Potira Miranda Destro, formada em Administração pela PUCPR – Câmpus Londrina, foi contratada para trabalhar na empresa Ambev por meio do Projeto Escola Ambev de Talentos.
Universidade é vitrine para empresas Empresas vêm para a Universidade buscar jovens empenhados e engajados para compor a equipe. O que elas querem são ideias inovadoras e crescimento mútuo
Por que eu?
O diferencial de quem está estudando é que tem a oportunidade de melhorar os seus pontos fracos no exercício profissional. Marciano Cunha, professor da Escola de Negócios e coordenador do Projeto Escola Ambev de Talentos da PUCPR – outra atividade oferecida pela Universidade com foco na carreira do aluno –, diz que “quando se contrata uma pessoa que ainda está estudando e tendo contato com a teoria, ela pode contar com os professores da universidade, por exemplo, para lapidar sua formação diante de possíveis problemas na empresa”. A ex-aluna Potira Miranda Destro, 23 anos, formada em Administração pela PUCPR – Câmpus Londrina em 2010, foi contratada para trabalhar na Ambev e comenta que essa é uma forma maravilhosa de se
entrar em uma grande empresa. “Para os que buscam aprender, é possível ver como funciona, na prática, o que escutamos todos os dias em sala de aula. Os alunos podem aprender casos reais de uma multinacional, e essa também é uma porta de entrada no mercado”, diz ela. Outra vantagem de se recrutar o profissional quando ele ainda está na universidade é ter o aval da instituição de ensino sobre o aluno. “Buscando alguém na academia, temos uma validação da instituição, o que é garantia de que ele está se desenvolvendo, e isso pode ser somado aos valores das empresas”, aponta a consultora de RH da Vivo, Dejane Carvalho.
Oportunidades
Além do Fórum de Carreiras e do Projeto Escola Ambev de Talentos, a PUCPR também promove o treinamento da TOTVS, por meio do qual a empresa investe em alunos da Universidade, para que eles possam adquirir novos conhecimentos, alinhados às necessidades da empresa. Ao término da capacitação, é feita uma proposta de trabalho para os acadêmicos que mais se destacaram durante o curso. Até agora, já foram três os alunos beneficiados por esse processo.
O jovem tem que querer saber o motivo, como funciona, por que é de um jeito e não de outro. Isso ajuda a empresa. Edmar Gualberto Diretor da Leg Assessoria
O jovem tem de querer saber o motivo, como funciona, por que é de um jeito e não de outro. Isso ajuda a empresa. Edmar Gualberto Diretor da Leg Assessoria
O coach Alexandre Prates (à esq.) acompanhado do grupo de teatro Santo Improviso (uniformizado), com a peça O profissional do futuro. Na foto, estão também a coordenadora do PUC Talentos, Daniella Forster (ao centro), e o diretor de Relações Externas da PUCPR, Álvaro Amarante (à direita).
João Borges
Diante de tanta concorrência, o mercado busca pessoas capazes de inovar e apresentar um diferencial benéfico para as empresas. No Fórum de Carreiras deste ano – evento promovido em agosto pelo PUC Talentos, no Câmpus Curitiba –, 32 empresas, de diversos ramos, foram ao encontro dos acadêmicos, com o intuito de estreitar o relacionamento entre mercado profissional e aluno e, quem sabe, encontrar um futuro colaborador. A coordenadora do PUC Talentos Daniella Forster afirma que “esse acesso direto dos alunos às principais empresas dos cenários nacional e multinacional facilita questões acerca de processos seletivos”. A busca das empresas é por um jovem competente, arrojado, inovador e questionador. Edmar Gualberto, Diretor da Leg Assessoria, parceira da Volvo em recrutamento de estagiários, aponta que “o jovem tem de querer saber o motivo, como funciona, por que é de um jeito e não de outro. Isso ajuda a empresa”. Além disso, o acadêmico deve saber agregar valor ao serviço ou produto que a organização demanda, tendo por base seu conhecimento teórico.
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reportagem
O palco é a sala de casa Divulgação
Projeto voluntário Hausmusik Brasil leva música para às residências
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Dentre os participantes do projeto Hausmusik, estão os professores da PUCPR: Ângela Sasse, Cristina Lemos, Joêzer Mendonça e Luciane Hilu. Na foto também estão Renee Rebello Cicarelli (Laudate), Salete Chiamulera (Embap) e Valentina Chiamulera (FAP).
Fotos: Acervo pessoal
Recital do projeto Hausmusik na casa da professora Vera Castelains reúne 24 pessoas.
O relógio marca 19h33. Todos já estão na sala. A flautista, os violinistas e uma família reunida para apreciar a manifestação artística que vai acontecer ali, na sala de visitas da casa. Assim é uma apresentação do projeto voluntário Hausmusik Brasil, uma das atividades desenvolvidas dentro da linha de pesquisa do Núcleo de Música da PUCPR. O projeto, criado em 2008, pela professora de Música Salete Chiamulera, da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap), tem como foco a promoção da arte, principalmente da música, em ambientes privados (residências), sendo intermediada pelo meio acadêmico – além da PUCPR, a iniciativa também está vinculada a outras instituições de ensino do Estado. Para a coordenadora do projeto na PUCPR, Ângela Sasse, faz parte do ideal do projeto a integração de pessoas através da arte, fora do ambiente acadêmico e de maneira espontânea.
Por isso se diz que ele é voluntário. Igualmente, compõe o plano de ação do projeto a construção de um espaço de trocas (compartilhamento) com três elementos: a Arte (artistas), a Família (familiares) e os Convidados (sujeitos do contexto). O primeiro recital do Núcleo da PUCPR Série 2012 aconteceu na residência de Vera Castelains, professora de Pedagogia da PUCPR, e reuniu 24 pessoas. Vera cresceu ouvindo música clássica durante o almoço de família. Era nesse ambiente que conversavam e trocavam ideias sobre o que estavam ouvindo. Por isso, para ela, o Hausmusik é uma atividade “maravilhosa, pois a música, sendo levada ao ambiente do aconchego do lar, aproxima mais as pessoas”. E esse sentimento se reflete no músico. Alessandra Santana, que tocou flauta no evento na casa de Vera e é aluna de Pedagogia da PUCPR, além de professora de música para
o ensino fundamental, comenta que tocar na casa de alguém é uma experiência muito boa. “Nós nos sentimos aconchegados. Também é possível tocar mais pertinho de pessoas que curtem música ou que se interessam por aprender um instrumento. Fiquei superfeliz de ter estado lá e me apresentado com meu marido e filhos e por ouvir as pessoas admirarem nossa apresentação”, diz a flautista. Vera complementa que, diferente de ir ao teatro ou a um show, receber música em casa tem calor humano, troca de experiências. Para o músico, a experiência também é válida. “Essa é uma possibilidade para os músicos mostrarem seu trabalho em um ambiente agradável e simples”, afirma Alessandra. Um dos costumes do Hausmusik é eleger uma frase significativa para aquele evento, e a frase escolhida para a apresentação na casa de Vera diz tudo: “O importante é gente”.
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IStockphoto
reportagem
O quadro Hausmusik de Gustav Igler, 1938.
Roteiro Mais que abrir as portas de casa para receber um evento musical, quem se dispõe a participar do Hausmusik deve estar preparado para vivenciar uma prática secular (comum nos séculos XVIII e XIX) e, por isso, cheia de tradições.
Antes de tudo, convidar familiares, amigos, decorar a sala com fotos da família e preparar a cozinha para um lanchinho. “Pensei em todos os detalhes para receber cada um dos convidados. No dia, percebia-se a emoção de quem participava do momento”, conta Vera.
Quando todos já estão presentes, começa o primeiro momento, o Concerto. Como o nome sugere, o ambiente é envolvido pela música e todos apreciam esse instante. Em seguida, vem o Colóquio, em que, nos intervalos entre as músicas apresentadas, cada participante (ouvinte ou artista) é convidado a comentar sobre o evento ou suas reflexões. Nesse momento, a família anfitriã conta um pouco de sua história, por meio das fotos dispostas na sala. Existe também um livro de presença, no qual cada participante pode fazer considerações durante a apresentação e deixar sua assinatura. No fim, é a hora da Confraternização. Um alimento é oferecido em agradecimento aos artistas e como forma de propor que todos se integrem. Para Vera, o evento foi extasiante. “Permaneci uns cinco dias pensando no momento, nas músicas, na entrega de quem veio nos presentear com as melodias tocadas”. Ela ainda conta que o Hausmusik dominou as rodas de conversas de amigos e familiares por muito tempo. “Todos se sentiram invadidos pela música”, afirma.
Curiosidades 24
Hausmusik Termo germânico que indica música caseira. Outro significado atribuído à palavra é o de manifestações artísticas realizadas nas residências de famílias.
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Primeira aparição
Dizem por aí que a primeira vez que o termo Hausmusik foi utilizado foi em 1623, na capa de uma coletânea com quatro volumes de música de câmara do compositor Johann Staden. Referências históricas mostram que esse material era para o uso doméstico do músico.
19h33 Pontualmente, um evento Hausmusik pode começar no minuto 33. Os eventos costumam ser programados para essa fração da hora (por exemplo, 11h33, 15h33, 20h33), como uma referência à cultura cristã.
Para se programar O Núcleo da PUCPR sugere alguns eventos temáticos por mês, sempre aos domingos, às 18h33. Programe-se para deixar a melodia invadir a sua casa. SETEMBRO
OUTUBRO
NOVEMBRO
DEZEMBRO
Noite Grega – Música e Gastronomia
Evocações Femininas – Música e Sociologia
Sons curativos – Música e Saúde
Cantando o Natal
Folk Music – Música e línguas estrangeiras
Música brasileira
Quero participar
Se envolver com o Hausmusik pode ser uma experiência diferente e enriquecedora, como artista, ouvinte ou família hospedeira. Os interessados em participar podem enviar a sua solicitação pelo e-mail: <angela.sasse@pucpr.br>
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Fotos: João Borges
drops
Pensamentos que o vento traz
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Espetáculo Homem ao Vento, do Grupo de Teatro Tanahora, da PUCPR, discute relações humanas e propõe ao público uma forma diferente de assistir à peça No palco, os atores principais da peça: os espectadores. Na plateia, os atores coadjuvantes, os integrantes do Grupo de Teatro da PUCPR Tanahora. Em Homem ao Vento, espetáculo de Marcos Damaceno, dirigido por Laercio Ruffa, e encenado no TUCA durante o mês de agosto, a inversão de papeis no espaço teatral proporciona experiência inusitada para o público e para o elenco. O texto da peça, inspirada nas obras do autor francês Antoine de Saint-Exupéry, propõe reflexão sobre o homem em suas relações com os ambientes que o cerca.
“
Vivemos numa sociedade caótica, fragmentada, que necessita se autoconfigurar, e para isso temos que nos reinventar. A solidão é necessária para mergulharmos no mais profundo do nosso ser e calar as diversas vozes que nos perseguem em nossa trajetória.
”
Laercio Ruffa Diretor da peça
No caminho dramatúrgico percorrido pelos personagens, essas dúvidas os levam para a construção de quem devem interpretar – uma vez que eles vão se definindo ao longo da encenação. E esse processo também influenciou a vida dos próprios atores. Homem ao Vento é essa busca incessante pela vida.
“
O espetáculo oferece uma série de recortes para o público, que vai inferindo a sua percepção sobre a história. Isso é interessante ,
”
afirma o ator Muhammad El Chab, que nos minutos finais da peça interpreta há menos de um metro do público.
“
Nós tivemos que descobrir quem éramos na sociedade para interpretar essa peça. Eu refleti sobre a minha existência como estudante, atriz, no meu relacionamento amoroso e familiar ,
”
conta a atriz Fernanda Kogin.
Hora de escolher o caminho
Fotos: João Borges
A Feira de Profissões da PUCPR, o Planeta PUC, que acontece todos os anos, é voltada para os alunos do ensino médio, e é o local certo para os futuros acadêmicos decidirem que curso querem fazer e qual profissão vão seguir. Essa é uma oportunidade única em que o vestibulando pode experimentar o gostinho do ambiente da Universidade. Por meio do PUCTour, o vestibulando pode fazer uma visita guiada pelo câmpus em um carrinho elétrico, conhecendo o que esse mundo novo pode oferecer. Além, é claro, de poder conversar diretamente com os universitários e professores dos cursos – este ano foram 63 estandes –, para saber como é o dia a dia do profissional. O evento aconteceu no Câmpus Curitiba, de 30 de agosto a 1º de setembro, e nos Câmpus de Toledo, Londrina e Maringá nos dias seguintes. Para saber mais informações sobre os cursos ofertados pela PUCPR, acesse o site do Planeta PUC: <www.pucpr.br/vestibular>.
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A jovem Thallicyanne Guimarães é participante assídua do Planeta PUC – esse é o terceiro ano que acompanha. “A primeira vez em que vim estava no 1° ano do ensino médio. Sempre quis fazer Medicina e a cada participação essa minha vontade se confirma”, diz. A sua colega, Amanda de Souza, visita a Feira de Cursos da PUCPR pela primeira vez, mas já está decidida: também quer fazer Medicina. “Achei o máximo me vestir com a fantasia da profissão que vou seguir daqui a alguns anos”.
pastoral
Ser universitário cristão
Encontro nacional de universitários cristãos terá Curitiba como sede. EBRUC promove uma experiência além das salas de aula para os jovens estudantes
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De 12 a 14 de outubro, jovens universitários cristãos de todo o Brasil estarão reunidos no Colégio Marista Santa Maria, em Curitiba, no Paraná, para a 2ª edição do EBRUC.O encontro tem como proposta reunir jovens de todo o Brasil que atuam no meio universitário para refletir, partilhar e articular a ação evangelizadora nesse contexto. Com o tema “Educação e Cultura: areópagos da missão” e o lema “Falamos daquilo que sabemos, testemunhamos o que vimos”, o evento é uma realização da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, por meio do Setor Universidades da Comissão Episcopal Pastoral para Educação Cultura, e da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC). Esta edição conta com
o apoio do Grupo Marista, Pastoral da PUCPR, Arquidiocese de Curitiba e Pastoral Juvenil Marista (PJM). O EBRUC tem ainda como objetivo motivar a juventude cristã universitária brasileira para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontecerá no Rio de Janeiro em 2013, e para o Congresso Mundial de Universidades, que será em Belo Horizonte (MG), durante a Pré-Jornada. Ir. Adriano Brollo, um dos coordenadores do evento e diretor do Setor de Pastoral do Grupo Marista, fala sobre a importância dessa reflexão: “Hoje temos um desafio em todos os níveis da educação, uma vez que o enfoque das avaliações nacionais e internacionais consideram apenas questões técnicas”.
O bispo referencial do Setor Universidades, Dom Tarcísio Scaramussa, enfatiza a escolha do tema: “O tema do 2º EBRUC ressalta, portanto, que a Igreja, por meio de seus membros individualmente, e de seus grupos e instituições organizadas, também se faz presente no campo da educação e da cultura, como areópagos do nosso tempo, concretizando neles sua missão evangelizadora”. O bispo destaca ainda o valor do saber e do testemunho cristão: “A participação no diálogo, fé e cultura exige saber fundamentado, assimilado, consciente. Exige, ao mesmo tempo, convicção e coerência para testemunhar o que se vivenciou, o que se interiorizou como experiência de fé.”
Acervo da Pastoral
O que se espera
O EBRUC espera reunir aproximadamente 500 jovens, vindos das mais diversas regiões do país. A grande expectativa do evento é conectar as juventudes universitárias de diferentes contextos, ouvir seus anseios, seus desejos, seus desafios, para promover a partilha e a troca de experiências. “Outra grande expectativa do evento é favorecer o encontro de diferentes olhares, saberes e contextos para um diálogo aberto e respeitoso”, completa Ir. Adriano Brollo. Além de dar voz às juventudes que poderão refletir a respeito de diferentes temáticas, “teremos no evento espaços de formação, convivência, celebração e eventos culturais”, expõe o coordenador. Haverá ainda fóruns, baseados em assuntos propostos pelos próprios participantes, e a presença de areópagos culturais com mostras de arte, apresentações de música e dança e rodas de conversa para compreender a arte como
espaço de reflexão e de cultura crítica. “Uma atração cultural de destaque será a Banda Mais Bonita da Cidade”, completa.
E como foi?
Ninguém melhor para falar da experiência de participar de um evento deste porte do que um participante da primeira edição. “A partir deste encontro, minha rede de contatos se expandiu de tal forma que permitiu 'sair do mundinho' em que vivia e partilhar as experiências que tive na PUCPR com outros estudantes”, aponta o analista de redes, graduado em 2009 pela PUCPR, e atuante no Setor Universidades da CNBB, Alexssandro Domingues de Lima. Alexssandro participará como voluntário desta edição do evento, na área de Tecnologia da Informação, e acredita que “é de grande importância que sejam criados espaços de diálogo entre os universitários, não só para a reflexão, mas também para a ação concreta”. A oportunidade proporcionou
aos participantes de 2010 “uma experiência significativa: encontrar jovens de diferentes realidades reunidos para debater suas crenças e saberes oportunizou a criação de uma rede de relações”, expõe Ir. Adriano, que aponta que esse vínculo foi fundamental para a construção da segunda edição do evento.
Hoje temos um desafio em todos os níveis da educação, uma vez que o enfoque das avaliações nacionais e internacionais consideram apenas questões técnicas. Ir. Adriano Brollo Diretor do Setor de Pastoral do Grupo Marista
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PUCPR e Instituto de Arquitetos do Brasil promovem palestra
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Evento sobre: "Arquitetura e Design: objetos, pessoas, cidades", promovido pela Escola de Arquitetura e Design da PUCPR.
Para discutir a relação da Arquitetura com temas como comportamento, inovação e empreendedorismo, a Escola de Arquitetura e Design da PUCPR promoveu, em parceria com Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Departamento do Paraná, o evento Arquitetura e Design: objetos, pessoas, cidades. O Museu Oscar Niemeyer foi o lugar escolhido para o encontro que ocorreu de 16 a 22 de agosto, e contou com a palestra do professor Caio Vassão, da FAAP, São Paulo. Também estiveram presente o arquiteto Sérgio Magalhães, presidente da Direção Nacional do Instituto de Arquitetos do Brasil.
Professor Roberto Pecoits Filho (de terno marrom) junto dos conferentes na Índia.
Professor Paulo Gustavo Kotze com participantes da aula sobre doença de Crohn.
Professor da PUCPR coordena conferência na Índia
Professor de Medicina da PUCPR ministra aulas no Japão
O coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da PUCPR, Roberto Pecoits Filho, esteve em Hyderabad, na Índia, coordenando atividades da Conferência sobre Nefrologia, Novos e Emergentes Conceitos em Transplantes. A ação é organizada pela Sociedade Internacional de Nefrologia e pela primeira vez foi promovida na Ásia. “É um evento de impacto, com mais de 300 participantes, e a experiência tem sido extremamente interessante”, diz o coordenador.
O professor Paulo Gustavo Kotze, da Escola de Medicina da PUCPR, esteve em hospitais universitários japoneses dando aulas sobre a doença de Crohn (enfermidade inflamatória no intestino). Paulo Kotze também proferiu uma palestra durante o 67º Congresso Nacional Japonês de Cirurgia Gastroenterológica e contribuiu com a confecção de um consenso nacional sobre doenças inflamatórias intestinais, a ser divulgado entre os médicos japoneses brevemente.
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Evento 2012 Summer Academy on Social Vulnerability.
PUC e Renault do Brasil
A escola de Negócios da PUCPR recebeu uma nova sala. A “Sala Renault”, foi inaugurada neste dia 5 de setembro e contou com a participação dos principais executivos da Renault, como o seu presidente, Olivier Murguet, e autoridades acadêmicas, representadas pelo reitor da PUCPR, Clemente Ivo Juliatto. O evento celebrou a parceria bem-sucedida na realização do Renault Experience. Desde 2009, o evento teve a participação de mais de 20 mil estudantes em todo Brasil.
PUCPR é sede de evento da Pastoral de Turismo do Brasil
Evento promovido pela Pastoral de Turismo do Brasil teve como sede a PUCPR, com o tema "Fé, Patrimônio e Desenvolvimento". O objetivo do evento é intensificar a reflexão sobre o fenômeno do turismo religioso, com experiências e cases nacionais e internacionais. A ocasião contou com a presença do reitor da PUCPR Clemente Ivo Juliatto, o arcebispo de Curitiba, Dom Moacyr José Vitti, o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, o secretário de Estado de Educação, Flávio Arns, dentre outros.
Aluna representa PUCPR internacionalmente
Beatriz Hummell, doutoranda em Gestão Urbana da PUCPR, foi a única selecionada da América Latina para o 2012 Summer Academy on Social Vulnerability - a partir de vulnerabilidade social para resiliência: medir o progresso em direção a Redução do Risco de desastres. O encontro contou com a participação de 19 doutorandos do mundo todo. Cada participante escreveu um artigo exclusivamente para o evento, além de participar de aulas teóricas, atividades práticas e elaboração de um projeto.
FF Fotos Fernando
O reitor da PUCPR, Clemente Ivo Juliatto, com o presidente da Renault Brasil, Olivier Murguet, no evento de inauguração da “Sala Renault”.
Da esquerda para a direita: secretário de Estado de Educação, Flávio Arns; secretário de Estado do Turismo, Faisal Saleh; reitor da PUCPR, Clemente Ivo Juliatto; e arcebispo de Curitiba, Dom Moacyr José Vitti.
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vem aí
X Jornada Acadêmica de Farmácia PUCPR Acontece, de 26 a 28 de setembro, a X Jornada Acadêmica de Farmácia PUCPR. Promovida pelo Centro Acadêmico do curso, o tema do evento é Farmácia: o quebra-cabeça da profissão. As inscrições devem ser feitas no dia 26, a partir das 7h30, e a participação é gratuita para alunos da PUCPR. Para a comunidade externa, o valor é de R$ 10. As atividades terão início às 8h, nos auditórios da Escola de Saúde e Biociências da PUCPR (Bloco Verde).
V Jornada de Nutrição Oncológica do I NCA No dia 6 de outubro, o câmpus Curitiba recebe a V Jornada de Nutrição Oncológica do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Os alunos podem participar apresentando trabalhos na área. Para isso, é preciso enviar o estudo até o dia 21 de setembro pelo site do INCA <www2.inca.gov.br>.
Revele seu Talento no Câmpus do Interior Muita música e revelação de talentos é o que os alunos dos Câmpus Maringá, Londrina e Toledo podem esperar do próximo Revele seu Talento, que acontece no dia 11 de novembro, no Teatro Marista Maringá. Durante os meses de agosto e setembro, os interessados se inscreveram e participaram das eliminatórias. Os vencedores de cada categoria ganharão bolsas de estudos no valor de R$ 1.000.
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PUCPR cria capas personalizadas para timeline Nesse ano, a Universidade quis inovar no mundo digital. Os vestibulandos podem personalizar as suas páginas do facebook com uma das 23 opções de imagens criadas pela PUCPR. Para utilizar é necessário acessar o site do Vestibular da PUCPR <vestibular.pucpr.br> e clicar na opção Capa Personalizada para a timeline.
Programação
Polydor Records
Por Juliana Sartori
Considerado uma das promessas musicais dos próximos anos, o jovem britânico de apenas 25 anos Michael Kiwanuka lançou em março seu álbum de estreia, Home Again. Com uma voz apaixonante que lembra Marvin Gaye e Ottis Redding, um clima retrô da boa soul music e uma pitada de harmonias a la Bob Dylan, Kiwanuka é sem dúvida umas das melhores novidades de 2012. Não tem como cansar de ouvir “I’m Getting Ready” – a melhor faixa do disco –, não passar o dia assoviando “I’ll Get Along”, ou não se encantar com o quase blues “Bones”.
Atlantic Records
A vocalista do Pato Fu, Fernanda Takai, mais uma vez se aventura em trabalho solo em Fundamental. E quem a acompanha e também assina o disco é Andy Summers, o guitarrista do desativado trio inglês The Police. Trabalho suave e todo em tom bossa nova, o disco conta com 11 músicas inéditas compostas por Summers, sendo que as cinco primeiras do CD ganharam versões em português feitas por John Ulhoa, Zélia Duncan ou pela própria Takai. Valem destaque a faixa-título “Fundamental” e o quase baião “Pra Não Esquecer”.
A voz aguda e doce e a leveza do trabalho de Tulipa Ruiz são ainda as marcas do segundo disco Tudo Tanto, lançado na internet pela própria cantora. Diferente do primeiro, esse traz uma Tulipa com letras mais corajosas e desafiadoras. Cheia de truques vocais bem interessantes e som mais encorpado. Um disco de música brasileira pop, atual e alegre. Destaque para a balada “Desinibida”, com ótimos arranjos em violão e violinos, e a faixa de abertura “É”.
O Lumenoso faz parte da Lumen Comunicação, que mantém a Lumen FM, a Lumen Clássica e a Clube FM.
Natura Musical
Fotos: Divulgação
Deckdisc
Enquanto muitas cantoras se mantêm na onda soul – muito bem alavancada pela falecida Amy Winehouse –, a cantora anglo-paquistanesa Rumer resolveu remar contra a maré e se deu muito bem. Resgatando a linha melódica eternizada por cantoras como Carole King e Karen Carpenter, Rumer lançou recentemente seu segundo trabalho, Boys Don’t Cry, somente com versões de cantores e compositores dos anos 70. Apesar das referências, nada soa antigo. Voz suave, contemporânea e arranjos modernos para as sempre ótimas baladas de gente como Burt Bacharach, Jimmy Webb, Hall and Oates, entre outros. Destaque para as faixas “P.F. Sloan” e “Sara Smile”.
Cultura é
fácil
Arielly C. de Moura Grande
mundo melhor
Arielly C. de Moura Grande
Prática de sucesso
Apresentação “Social Steps”. A acadêmica Ana Luiza está a direita, junto com as crianças participantes e as Irmãs responsáveis pela instituição.
Atividade realizada por acadêmica de Publicidade e Propaganda é finalizada com apresentação de dança no Palácio Avenida Por Arielly C. de Moura Grande, colaboradora do Núcleo de Projetos Comunitários
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No dia 7 de julho de 2012, a acadêmica Ana Luiza Dourado Medeiros Menescal, do curso de Publicidade e Propaganda do Câmpus Curitiba, finalizou suas atividades do Projeto Comunitário com a apresentação de dança “Social Steps”, no 1º Festival Infanto-Juvenil “Talento em Movimento”, que aconteceu no Palácio Avenida, em Curitiba. A atividade foi realizada no Centro de Amparo ao Menor Nossa Senhora do Monte Claro e tinha como objetivo oferecer duas aulas por dia para turmas diferentes. Logo na primeira semana, as crianças demonstraram interesse pela ação. Foi aí que a Irmã Sandra, responsável pela atividade do Projeto Comunitário no Centro de Amparo, sugeriu que Ana Luiza preparasse uma turma de alunos mais interessados pela dança e os levasse a uma apresentação que aconteceria nas próximas semanas. A universitária conta que dedicou todos esses dias apenas à coreografia, com uma colagem de duas músicas com batidas fortes. Os passos da composição foram simples, porém marcantes. No momento da dança, as sete
crianças beneficiárias mostraram-se muito motivadas e contentes com aquele momento, aplaudido pelos espectadores. Os pais de algumas crianças também prestigiaram o evento e ficaram contentes com a apresentação de seus filhos. De acordo com Ana Luiza, o Projeto Comunitário mudou sua vida. “O Projeto Comunitário está aí para fazermos o bem às pessoas. Parece clichê, mas é realmente fazer a diferença de uma forma criativa. Se o estudante fizer de bom grado, com certeza receberá um retorno positivo, que é a gratidão e o reconhecimento”. Para a Irmã Denise de Freitas, que também acompanhou a atividade da acadêmica na instituição, o fato de Ana Luiza ter abraçado a causa e ter tido disposição para ensinar às crianças fez com que elas se sentissem importantes, valorizadas. “Foi muito importante para elas sentirem que têm capacidade tanto quanto as outras crianças que se apresentaram e que fazem aulas particulares de dança”. De acordo com Irmã Denise, a intenção é dar continuidade ao projeto, para que outras crianças também se sintam motivadas e valorizadas.
Projeto Comunitário é...
O Projeto Comunitário é uma ‘disciplina curricular’, mas as lições que ensina ultrapassam, em muito, os limites acadêmicos. Trata-se muito mais de uma “experiência de vida”, pautada na solidariedade e na disposição de sair de si e buscar ajudar os outros. Os muitos depoimentos dos alunos, que nos chegam a cada ano, evidenciam o sucesso dessa iniciativa. Mais do que isso: tais relatos mostram o quanto a experiência da solidariedade, que o Projeto Comunitário permite realizar, transforma a visão do mundo e da vida de muitos estudantes, dando-lhes uma dimensão mais ‘humana’, que nenhuma ‘aula teórica’ poderia oferecer em plenitude. Clemente Ivo Juliatto Reitor da PUCPR
" VOCÊ CONHECE O MASA? A cada ano, a PUCPR realiza o mapeamento de todas as atividades sociais e/ou ambientais desenvolvidas por seus acadêmicos, colaboradores e professores. Isso é o MASA. Caso tenha realizado alguma atividade de cunho social e/ou ambiental ligada à PUCPR, cadastre sua atividade no sistema IGER: Menu iniciar > atividades sociais > cadastro de atividades sociais. O cadastro acontece até o dia 23 de novembro de 2012. Para saber quais os tipos de atividades podem ser cadastradas, acesse <www.pucpr.br/masa>.