Formação internacional
Parceria possibilita experiências multidisciplinares em países da Europa e da América Latina
outubro 2012 nº 218
Direito na escola
Projeto propõe oficinas sobre Constituição para alunos do ensino médio
"Quero ser professor "
Alunos de cursos de licenciatura acreditam na educação e se apossam de valores imprescindíveis para encarar o desafio de dar aulas
João Borges
índice
Os alunos do Câmpus Maringá foram recebidos, no dia 11 de agosto, com uma festa surpresa para comemorar a nova sede da PUCPR na cidade. Da esquerda para a direita: o diretor do Câmpus, Sandro Marques, a gerente do Câmpus, Roselei dos Santos, a professora de Nutrição Alika Nakamura, o vice-presidente do DCE, Ricardo Palamar, e o reitor da PUCPR, Clemente Ivo Juliatto, descerraram a placa de inauguração.
8 Filhos da PUC
O ex-aluno Moacir da Silva ganha prêmio importante no setor financeiro.
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Os motivos para ser professor.
Sempre aqui 18. Reportagem 20. Dna 26. Drops
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O administrador Rony Ahlfeldt dá dicas de como organizar melhor as 24 horas do dia.
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Obra inédita reúne informações sobre como o período da ditadura brasileira influenciou o Poder Judiciário do país.
30. Registro 33. Lumenoso 34. Mundo Melhor
editorial
O compromisso de ser educador Dedicamos esta edição da Vida Universitária aos professores, cuja homenagem se realiza no dia 15 de outubro. Como tenho insistido em diversas ocasiões, eu acredito profundamente que ser membro do corpo docente de uma escola implica aliar às condições de professor o sagrado compromisso de ser educador. Essa dupla condição transformará o professor em verdadeiro mestre, no sentido pleno da palavra. É nesse sentido que o respeitado educador Paulo Freire afirmava que não se pode divorciar instrução e educação, pois o preparo técnico e a formação de valores precisam caminhar juntos. São palavras suas: “transformar a experiência educativa em puro treinamento técnico é amesquinhar o que há de fundamentalmente humano no exercício educativo: o seu caráter formativo”. Também quero aproveitar esta edição para insistir numa ideia que, para mim, reveste-se de grande valor pedagógico: existe uma distinção fundamental entre ser estritamente professor-instrutor e ser professor-educador. A diferença não é apenas semântica ou de estilo, mas essencial. Professor não é exatamente sinônimo de educador. Mas em que consiste, precisamente, essa diferença? O professor-instrutor é aquela pessoa capaz de transmitir conhecimentos ou de facilitar o processo de aprendizagem. E isso é importante, pois corresponde a uma das principais atribuições da escola. O professor-educador, por sua vez, é aquele que, além de ser instrutor, transmite valores aos seus alunos. Isso pressupõe possuir, além de capacidade técnica e de preparo intelectual, nível
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elevado de desenvolvimento humano. A diferença entre o professor-instrutor e o professor-educador corresponde à diferença entre instrução e educação, entre conhecimento e sabedoria. O conhecimento está na mente, enquanto a sabedoria é o conhecimento que passa pelo coração, que transforma, orienta e é incorporado à vida. Em razão de tudo isso, devemos tomar consciência de que o corpo docente de uma universidade, ou de uma escola de qualquer outro nível, é o seu mais valioso patrimônio. Os professores de uma universidade são, em verdade, “uma potência enorme: a potência das inteligências e da consciência”, dizia João Paulo II, ao abordar o sentido humano da cultura. Das inteligências, porque representam uma expressiva “massa crítica” do país, com especialistas nas mais diferentes áreas do conhecimento. Eles constituem a “maior concentração de cérebros por metro quadrado” de uma região, como gosto de repetir. Das consciências, porque seu elevado padrão cultural e científico os torna pessoas comprometidas com a construção de um mundo melhor ou de uma sociedade mais evoluída, ou seja, mais justa, cooperativa e feliz. Ao homenagear os professores, repito aqui as palavras de Cora Coralina, desejando, a todos os educadores, que sejam felizes e realizados em sua missão pedagógica: “Feliz daquele que transfere o que sabe e que aprende o que ensina”. Clemente Ivo Juliatto Reitor
expediente Vida Universitária é uma publicação mensal da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Registrada sob o nº 01, do livro B, de Pessoas Jurídicas, do 4º Ofício de Registro de Títulos, em 30/12/85 - Curitiba, Paraná Jornalista Resp. Rulian Maftum - DRT 4646 Supervisão Maria Fernanda Rocha Textos Michele Bravos, Julio C. Glodzienski e Elizangela Jubanski
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Arquivo pessoal
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um toque
Quem vê cara... Livro: A Viagem de Théo Autor: Catherine Clemént Editora: Cia. das Letras Quem indica: Ronan de Oliveira Veiga, 24 anos, 4º período
de licenciatura em Filosofia, Câmpus Curitiba
Felipe Belão Professor do curso de Publicidade e Propaganda da PUCPR Divulgação
Qual a história do livro?
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Perguntas como: “por que as pessoas acreditam em Deus?”, “por que tanta gente sente vontade de ter uma vivência espiritual?” e “por que não somos todos ateus?” fizeram surgir o romance A Viagem de Théo, um livro sobre as religiões de todo o mundo. Com incrível equilíbrio intelectual e imaginação narrativa tão viva que parece estarmos vivendo cada cena, Catherine Clément nos faz viajar na companhia de Théo e Marthe – ele, um adolescente que vive enfiado nos livros e sofre de uma doença grave; ela, uma mulher cosmopolita que esbanja vitalidade. Juntos, vão aos principais centros sagrados do mundo e, enquanto visitam os templos e participam das festas rituais, oferecem ao leitor a certeza de que as religiões são uma das maiores aventuras que a humanidade já pôde sonhar.
O que você aprendeu? Há muito eu imaginava que tratar de assuntos complexos e sérios de forma lúdica e simples seria um bicho de sete cabeças. Com essa maravilhosa história com a qual Catherine Clément nos presenteia, aprendi que é possível, sim. Como? Usando linguagem mais acessível e imaginação viva. Por meio desse livro, descobri religiões de que nunca tinha ouvido falar; redescobri, nas que já conhecia, uma espiritualidade a mais. Um livro ótimo. Eu indico a todos os curiosos ou apaixonados por viagem, histórias, um bom romance e religiões.
Se eu soubesse o quanto é importante conhecer a si mesmo para descobrir o que se quer da vida, teria começado antes. Teria começado antes a defender minha identidade e não apenas a ter opinião. Se eu soubesse, teria começado a in-
vestir em mim, antes de fazer isso com os outros, com o mercado, com a carreira ou qualquer outro aspecto da minha vida. Teria investido mais tempo na concretização de mim mesmo. Hoje entendo que, sabendo isso e trabalhando sempre, o mundo traz como recompensa uma sincronicidade de gestos e conquistas. Nossa carreira é construída pela nossa personalidade, pela paixão e amor que dedicamos ao nosso trabalho. As vitórias chegam à medida que tratamos nosso dia a dia como ofício e nosso jeito de ser com respeito.
Se eu soubesse, teria tido menos medo
de ser eu mesmo ontem. Seria mais leve o quanto antes para realizar, fazer e sempre sonhar mais alto.
filhos da puc
Letícia Akemi
E o Oscar vai para... ... Moacir Gomes da Silva, ex-aluno da PUCPR e professor na Universidade. Ele acredita que a construção do sucesso está na disciplina, na capacitação permanente e no trabalho em equipe.
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Ele é formado em Ciências Contábeis pela PUCPR e há 11 anos leciona na Universidade. Neste ano, Moacir Gomes da Silva leva mais um título para seu currículo: o de ganhador do “Oscar” do mundo das finanças – o Prêmio Equilibrista 2012, promovido pelo Instituto de Executivos de Finanças do Paraná.
Você conquistou recentemente o Prêmio Equilibrista. A que atribui este sucesso?
O sucesso está na determinação de atingir meu propósito de vida, de poder contribuir para uma sociedade cada vez mais justa e inclusiva. A construção desse sucesso está na disciplina, na capacitação permanente e, principalmente, no
trabalho em equipe. Agradeço muito a todos os que passaram e passam pela minha vida e contribuem para a construção dos meus sonhos. Faz parte desse sucesso a construção de modelos de gestão na área de finanças e contabilidade, que contribuem para a qualidade da informação para o processo decisório.
Qual a importância deste prêmio, que é considerado o "Oscara" do mundo das finanças, para sua carreira?
Eu já me senti honrado em fazer parte da indicação para participar do processo de discussão da escolha do nome. A importância disso é poder, cada vez mais, acreditar que o caminho que escolhi e estou construindo está atingindo o meu propósito, e mais, que estou sendo reconhecido por esse esforço.
Como foi a escolha pela profissão?
Lembro bem das dificuldades que meus pais tinham em equilibrar o orçamento familiar para o sustento da família. Quando comecei a trabalhar, com 16 anos, a preocupação e a ênfase das empresas em ter o controle econômico e financeiro tinha estreita relação com aquilo que tinha vivido em casa. Vi que a importância e a dificuldade eram as mesmas, tanto em casa quanto no trabalho. Como gosto de números e tenho um modelo lógico de resolver problemas, procurei uma formação que pudesse aliar esses pontos.
Atualmente, você também é professor da Universidade. Como foi essa trajetória de aluno a docente?
Eu sempre precisei trabalhar para me manter na faculdade, e isso me ajudou. Na época em que cursava Contábeis eu passei em um concurso público na extinta Telepar. Depois fui para a Siemens e também trabalhei na antiga Global. Nessa última, dei uma guinada na minha carreira, ao sair da área técnica para a de gestão. Fiz especialização em
Letícia Akemi
Eu planejei toda a minha carreira para agregar aquilo que eu achava importante. Controladoria e então fui convidado pela PUCPR, em 2001, para ministrar aula no curso de Contábeis. Eu percebi que me faltava um conhecimento na área de planejamento e fiz mestrado em Administração Estratégica. Tenho MBA em Gestão Empresarial, o que me fortaleceu como gestor. Eu planejei toda a minha carreira para agregar aquilo que eu achava importante.
Para você, fazer parte do Grupo Marista acrescentou em quais aspectos?
Ser formado pela PUCPR fez e faz toda a diferença, porque encontrei nela a difusão dos valores que a minha mãe tanto falava para mim e meus irmãos. Foi uma identificação à primeira vista. Tive a oportunidade de ser professor da PUCPR e passar adiante todos os valores que aprendi na Universidade. Hoje, contribuo com o Grupo Marista na área de Planejamento, Controladoria e Finanças, e desde então esses princípios cristãos foram cada vez mais reforçados.
Há necessidade, em todas as áreas, de nos atualizarmos. Como isso é possível nas Ciências Contábeis?
Em Ciências Contábeis a necessidade de atualização é permanente por causa da dinâmica da profissão, que agrega organizações, a própria sociedade e todos os modelos de gestão e leis. Essa atualização se faz presente na participação de fóruns, conselhos, sindicatos, e também na capacitação em cursos, no trabalho, muita leitura e paixão pela área.
Moacir da Silva, ex-aluno e professor do curso de Ciências Contábeis na PUCPR, vence o Prêmio Equilibrista 2012.
Hoje em dia, fala-se muito em ter controle e administração nos gastos domésticos. Qual sua opinião sobre isso?
Acho oportuno esse tema numa sociedade em que o dinheiro se faz presente entre nossas relações. O dinheiro, quando bem gerido (planejamento, uso e controle), contribui muito para uma vida saudável, nos aspectos sociais e econômicos. Falar sobre a condição financeira e em quanto se ganha ainda é um tabu. O essencial é que, antes de colocar os valores no papel, haja uma discussão plena sobre as finanças da família. O valor do dinheiro é relativo e diferente para cada pessoa. Então, é necessário que se discuta que o recurso, que vem de um esforço, deve ser deixado às claras para haver controle.
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mercado de trabalho
Horas contadas Pare de reclamar. Aprenda a distribuir suas tarefas e vontades durante o dia. Você verá que vai sobrar até tempo para curtir a vida! Por Rony Ahlfeldt
As pessoas muito atarefadas que conseguem ter excelente desempenho tanto pelo lado acadêmico-profissional quanto na dedicação às esferas da vida pessoal (...) não têm mais do que 24 horas por dia. Elas, em geral, são disciplinadas (...).
TENHA FOCO Procure saber o que você quer (seus objetivos específicos), o que não quer para si e o esforço necessário para alcançar os resultados almejados. Por exemplo, meu objetivo é atuar como profissional competente na área da saúde, mas não pretendo trabalhar em empresas do setor bancário. Ter clareza sobre o que não quer para o futuro é tão importante quanto saber o que deseja, porque assim não ficará perdendo tempo com atividades que não lhe ajudarão a chegar aonde é preciso. TUDO AO SEU DEVIDO TEMPO Não tente fazer ou ser tudo de uma só vez. Planeje suas atividades contando com a próxima semana, o próximo mês, ano... Procure desenvolver visão de longo prazo para seus objetivos e, com isso, observar quando terá que fazer cada coisa. Algumas atividades precisam ser diárias, outras semanais, e assim por diante. Isso serve, em especial, para o lazer, como a ida a festas ou bares: não é algo a ser incorporado à rotina diária, mas também não é preciso se privar dele para sempre. Divulgação
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Quantas vezes você já se atrasou para algum compromisso? Entregou um projeto após o prazo? Não pôde aproveitar o convívio com a família ou os amigos, porque precisava estudar ou terminar uma atividade profissional? Ou simplesmente ouviu a frase “não tenho tempo para nada!”? Esse é um reflexo de nosso dia a dia cada vez mais atribulado. O jeito é largar algumas tarefas? Pode até ser, mas não penso que isso seja realmente necessário. Ocorre que, na maioria dos casos, é uma simples questão de organização do tempo. Ou seja, de estabelecer metodologia e hábitos que o auxiliem a ser mais produtivo quanto ao uso do tempo e também a fazer as coisas com maior qualidade. As pessoas muito atarefadas que conseguem ter excelente desempenho tanto pelo lado acadêmico-profissional quanto na dedicação às esferas da vida pessoal, como a família, a saúde e a religião, não têm mais do que 24 horas por dia. Elas, em geral, são disciplinadas, têm foco e de forma planejada ou intuitiva seguem um método no uso do seu tempo. Preparei três dicas para lhe ajudar a aproveitar melhor o tempo:
Como você estabeleceu seu foco (as prioridades), já sabe que ao sair todos os dias, terá consumido tempo ou esforço importante das demais atividades. DESENVOLVA UMA ROTINA [CRIE HÁBITO] As pessoas com alto desempenho em qualquer campo profissional ou da vida pessoal estabeleceram hábitos para o seu dia a dia. Com isso, elas não dão desculpas a si mesmas por não terem ido fazer a caminhada ou estudar com antecedência para uma prova, por exemplo. Tenha uma agenda ou planilha (seja física, eletrônica ou virtual), planeje seu dia, sua semana, seu mês, seu ano. Esforce-se para fugir das desculpas ou atividades que lhe consomem improdutivamente o tempo, como a televisão e o sofá, a navegação na Internet, o telefone, o cigarro etc. Certamente, o uso mais adequado do seu tempo lhe trará enormes benefícios, tanto em maior qualidade de vida (saúde física e espiritual e dos relacionamentos) quanto em sua carreira acadêmica e profissional. Você verá que vai sobrar tempo para as coisas boas.
Rony Ahlfeldt é formado em Administração pela Univille, mestre em Administração Estratégia e Organizações pela UFPR e doutorando em Administração pela PUCPR, onde compõe o corpo docente e também é coordenador de Graduação.
Festival Sertanejo ou Editora Champagnat
Jovens professores
capa
Letícia Akemi
Por meio da educação, alunos de licenciatura acreditam que podem transformar o mundo em um lugar melhor
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“Você gostava de seu professor?”, pergunta o diretor. “Não. Acho que por isso quis dar aula”, responde o jovem educador. Esse diálogo acontece no filme Lições de um sonho, cuja história é baseada em fatos reais. Nela, o jovem britânico Koch tem que enfrentar a Alemanha de Hitler para ensinar inglês para meninos adolescentes, de um jeito inusitado: por meio de partidas de futebol. Na verdade, Koch queria mais que simplesmente passar um conteúdo, queria influenciar positivamente a vida de seus alunos. Apesar dos anos que separam a
história de Koch da geração de futuros e recém-formados professores, as intenções que os movem a querer ensinar são as mesmas: amor pela educação, vocação e vontade de fazer diferente. Os alunos Aline Mlenek, 22 anos, do curso de Música, e Willian Silva, 22 anos, de Ciências Sociais, são exemplos disso. Aline conta que escolheu essa licenciatura por acreditar que a música pode cativar os alunos e, por meio dessa experiência diferenciada, eles podem despertar a atenção para outras matérias. “Minha maior
motivação em querer ser professora está na possibilidade de provocar nas crianças o interesse de ir à aula. Eu era uma criança que detestava escola. Eu quero que essa geração seja diferente e que goste de estudar.” Wiliam não nega quão apaixonado é pela oportunidade de ensinar. “Eu não sei como aconteceu, só sei que sempre quis ser professor. No começo, não sabia do quê. No ensino médio, tive aula de Sociologia e descobri que era isso. Não me vejo fazendo outra coisa. Eu sou apaixonado por essa profissão.”
Nesta matéria, representam o time de novos professores os universitários: Luiz Guilherme de Lima, 22 anos, e Juliana Rita Baum, 22 anos, ambos do curso de Letras; Willian Silva, 22 anos, de Ciências Sociais; Aline Morel, 22 anos, de licenciatura em Química; Mara Motin, 20 anos, do curso de Matemática; Patricia Caroline de Assis, 24 anos, e Marlene Bueno, 55 anos, ambas de Pedagogia; Aline Mlenek, 22 anos, de licenciatura em Música; Jeferson Ferreira, 20 anos, de Filosofia; e Franc Kragl Junior, 25 anos, do curso de Física.
capa Da universidade para a escola
Por acreditar que o desenvolvimento de um país passa, necessariamente, pela educação tradicional, alguns universitários – como os dez que ilustram essa matéria –, antes mesmo de pegarem o diploma, desafiam-se a dar aulas. Por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), que existe há cinco anos, 21.500 estudantes de cursos de licenciatura estão envolvidos com a educação básica de todo o país. Desde 2010, a PUCPR está comprometida com o projeto e conta com 124 alunos participantes. Segundo a professora Ana Maria Eyng, coordenadora institucional do PIBID/PUCPR, o objetivo do programa é elevar a qualidade das ações acadêmicas voltadas à formação inicial de professores nos cursos de licenciatura e melhorar os processos de ensino nas primeiras séries de escolas públicas do Brasil. Com uma visão holística da situação, a coordenadora diz que a grande contribuição para o futuro docente está na experiência adquirida, o que repercute na qualidade da educação ofertada. Esse progresso tem como consequência um impacto no desenvolvimento do país.
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Para quE ser professor? Para ser rico? Não! Para ter status? Não! Para contribuir para um futuro melhor. Os universitários comentam que, ao ver que é possível influenciar crianças e adolescentes, por meio de quem se é e das aulas ministradas, não há como não querer essa profissão. “Nos dias de hoje, ser professor é uma maneira modesta de mudar o mundo”, afirma o estudante Franc K. Junior, do curso de Física.
Nos dias de hoje, ser professor é uma maneira modesta de mudar o mundo. Franc K. Junior Estudante de Física
O que se ensina?
Educação no Brasil
A estudante Aline Morel, 22 anos, de Química, conta que dentro de uma sala de aula não se ensina apenas a disciplina tradicional. “Nunca passamos só o conteúdo. Nosso papel na escola é dar possibilidades para que os alunos possam se construir como cidadãos”. Os universitários percebem que a relação gerada entre educador e aluno é muito próxima, pois estão juntos pelo menos durante um ano inteiro. As atitudes e as ideias do professor influenciam os alunos. Eles também veem quão difícil é para o professor atender às necessidades de uma turma de 36 alunos, por exemplo. Para Marlene Bueno, 55 anos, de Pedagogia, os universitários do PIBID, quando em sala de aula, têm um grande papel: ser observador. “Como somos uma equipe, nós conseguimos dar mais atenção aos alunos. Conseguimos perceber se algo não está bem ou se o aluno não está acompanhando a matéria. Cabe a nós ajudá-los individualmente”.
Num país em que menos de 10% da população tem formação superior (dados do Censo 2010 do IBGE), os alunos se questionam onde está a falha desse sistema. Por que tão poucos chegam lá? “Quando você para para analisar esse cenário, percebe o quanto a docência é importante”, diz Jeferson Ferreira, 20 anos, aluno de Filosofia. Nessa realidade, eles percebem que programas como o PIBID, que incentivam a formação de bons professores, podem ser fundamentais para influenciar a permanência de alunos na escola e, consequentemente, seu desenvolvimento na vida estudantil.
Nunca passamos só o conteúdo. Nosso papel na escola é dar possibilidades para que os alunos possam se construir como cidadãos. Aline Morel Estudante de Química
Tecnologia em sala de aula
O MITO DA PROFISSÃO Ainda existe muito prestígio em torno da figura do professor universitário. Já os professores de ensino básico e médio costumam ser vistos como os menos favorecidos. Essa galera valoriza as duas possibilidades e aprova a ideia de conciliá-las. Eles acreditam que o bom professor é aquele que é humilde e sabe se colocar na posição intelectual do aluno. “O professor de ensino fundamental sabe fazer isso muito bem. Um dos meus melhores professores universitários é aquele que dá aula para a 5ª série. Ele aplica a linguagem simples do colégio para ensinar conteúdos avançados”, comenta Franc K. Junior.
PROFESSORES ROBÔS? Para esses futuros professores, a tecnologia não os amedronta. “A máquina não vai ensinar. Alguém terá que preparar a aula”, diz a futura pedagoga Patricia Caroline de Assis, 24 anos. A tecnologia pode e deve estar inserida no aprendizado de forma efetiva. Juliana Baum, 22 anos, do curso de Letras, pensa que uma apresentação em slides projetados na tela branca é só uma forma encontrada pelo professor para não ter que escrever no quadro negro, não promove interação diferente entre os alunos. Já ações em redes sociais e debates online podem ser mais interessantes. Seu colega de curso Luiz Guilherme de Lima, 22 anos, afirma que “alguns alunos têm vergonha de falar o que pensam em sala de aula, mas nos fóruns online eles são participativos. O professor pode trabalhar um conteúdo em sala de aula e abrir um bate-papo com os alunos na internet”.
O professor pode trabalhar um conteúdo em sala de aula e abrir um bate-papo com os alunos na internet. Luiz Guilherme Lima Estudante de Letras
Nada de xerox e filmes projetados no quadro. Com a ascensão tecnológica, as novas mídias sugerem nova forma de ensino, trazendo experiências mais realistas e individuais, o que contribui para troca de informações coletivas. O ambiente universitário instiga pesquisadores a descobrirem inovações pedagógicas, uma vez que lá é possível encontrar os alunos contemporâneos, chamados de nativos digitais, e os professores universitários, os imigrantes digitais. A professora Fabiana Andreoli, pesquisadora, pela PUCPR, de metodologias inovadoras no processo de ensino-aprendizagem em ambiente presencial e virtual, afirma que metodologias que usufruem da tecnologia podem ser integradoras e reduzir o distanciamento entre os dois grupos citados. Durante sua tese de doutorado em Educação, Fabiana elaborou material didático online que testa essas novas metodologias. A proposta, aplicada à disciplina Sistema de Abastecimento de Água, do curso de Engenharia Ambiental, continha um vídeo que simulava um experimento de tratamento de água; fotos reais de mananciais, equipamentos e amostras de água; link para acesso de dados reais do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Sanepar; hiperlink para explicação de conceitos e exercícios em que o aluno podia se autoavaliar. Gustavo Adriano Coura, 24 anos, exaluno de Engenharia Ambiental (20072010), participou dessas aulas diferentes e conta que as ferramentas e recursos interativos usados no projeto foram bem aceitos e intensamente utilizados durante todo o semestre. “Acho muito interessante fugir das práticas tradicionais já profundamente exploradas. Creio que o mais importante é fazer o aluno deixar de ser apenas o observador dessas novas ferramentas de ensino e aprendizagem, e passar a integrá-las ao seu cotidiano acadêmico”. A metodologia pedagógica utilizada buscou possibilitar ao aluno o estudo por conta própria e a produção de conhecimentos individuais, a cada semana. Depois, em sala de aula, a produção era coletiva, com resolução de problemas ou estudos de casos, em grupos. Assim, cada aluno podia contribuir para a produção coletiva, a partir de suas percepções individuais.
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capa
O dia a dia na escola
Julio Glodzienski
Para instigar o interesse pelo aprendizado em alunos do ensino básico, é preciso criatividade e interatividade
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Nas aulas de Matemática do PIBID aplicadas no IEPPEP, os universitários sentam ao lado dos alunos surdos e os auxiliam individualmente na resolução dos problemas matemáticos. Enquanto um universitário passa o conteúdo da matéria, um intérprete auxilia a comunicação por meio da Libras.
Matemática prática
Tantos números, sinais e parêntesis às vezes confundem a cabeça até dos mais racionais. Aprender Matemática pode ser mais fácil quando aplicada na prática. Na universidade, o professor Mozart sabe bem como fazer isso. “A Matemática é uma matéria muito teórica e, por vezes, abstrata. Nós, professores, precisamos contextualizar a disciplina adaptando-a a cada realidade de curso. É preciso mostrar onde aquele conhecimento será aplicado”, diz Mozart. Ele complementa dizendo que, mais que passar informações no quadro, o professor precisa ser
observador, sentir as necessidades dos alunos, para saber de que forma poderá contribuir e facilitar o entendimento da matéria. Seguindo as coordenadas do professor, a aluna Mara Motin, 20 anos, e seu grupo de PIBID tentam incorporar criatividade e simplicidade às aulas de Matemática que ministram na 7ª série do ensino básico do Instituto de Educação do Paraná Professor Erasmo Pilotto (IEPPEP). Mas, com mais um desafio: ensinar para alunos surdos. Para facilitar a compreensão, os acadêmicos usam exemplos da realidade do adolescente, como os gastos com ligações de celular, e tentam
despertar outros sentidos para estimular o aprendizado. Os universitários contam que os alunos surdos precisam estar envolvidos em atividades manuais e interativas, por isso, eles ensinam utilizando números e sinais coloridos, que os estudantes possam pegar com as mãos, e um ábaco para as contas de adição e subtração. A aluna Danielle Melo, da 7ª série do Ensino Fundamental do IEPPEP, conta que com essa metodologia tem sido mais fácil estudar. “Quando eu era menor, os professores não sabiam Libras, e aprender era difícil. Agora, a gente aprende muito com essas aulas. É mais fácil de entender as coisas”, diz.
Michele Bravos
Conectados desde cedo
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Não só na universidade a tecnologia pode contribuir em sala de aula. Atualmente, percebe-se que a interação com o mundo virtual começa quando a criança ainda está no ensino básico. Diante dessa relação, há uma demanda por novidades e formas de aprendizagem mais instigantes e criativas, por parte dos alunos. Isso exige que os professores encarem o pedido como uma oportunidade de reinvenção. Três colégios do Grupo Marista são exemplos de como a cultura digital pode beneficiar o aprendizado desde muito cedo. Com o auxílio de dispositivos móveis, como os tablets, interatividade e dinamismo foram incorporados às aulas, por meio de infográficos interativos, jogos, simuladores e recursos audiovisuais.
Música de lata
Ao som da cantiga Escravos de Jó, com latinhas de refrigerante nas mãos e muita disposição, alunos do ensino fundamental do Colégio Estadual Polivalente de Curitiba aprendem sobre ritmos durante a aula de Música, lecionada pela universitária Aline Mlenek e sua equipe do PIBID. Aline afirma que atividades práticas, como a brincadeira com as latinhas, facilitam o entendimento da teoria (partitura, notas), que faz parte do programa pedagógico. A universitária afirma que dar aulas é uma caixa de surpresas. “Antes de realizarmos uma atividade, dá medo. Planejar a aula não garante que ela dará certo. Nunca se sabe se eles irão aceitar e gostar do que preparamos”.
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A universitária Aline Mlenek afirma que a teoria fica mais fácil quando conciliada com atividades práticas. Na aula, alunos do ensino fundamental batem latinhas para desenvolverem ritmo e musicalidade.
Projeto Tablet, aplicado em Colégios Maristas, proporciona aulas mais interativas.
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reportagem
Constituição é tema de debate nas escolas Projeto de alunos do curso de Direito do Câmpus Maringá promove oficinas com alunos do ensino médio
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Levar conhecimento jurídico para adolescentes do 2° e do 3° ano do ensino médio. Essa é a ideia do projeto Constituição em Evidência, promovido pelo curso de Direito do Câmpus Maringá da PUCPR, em parceria com a Pastoral da Universidade e com a Secretaria de Educação do Estado. Um grupo de cinco estudantes (Naiara Tsukada, Saloir Filho, Paulo Brunelo, Fernando Fertonani e Laís Wagner) produziu o conteúdo de uma cartilha com informações sobre direito constitucional, eleitoral, ambiental e do consumidor e sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. O material foi utilizado como apoio em oficinas realizadas em escolas estaduais de Maringá. A primeira ação aconteceu em agosto e a segunda no início de outubro. De acordo com o planejamento, até o fim do ano outras três escolas serão atendidas. O conceito do projeto surgiu na disciplina Direito Constitucional. Em
um dos trabalhos, Fernando Fertonani abordou o tema “Constituição e educação” e questionou por quais motivos a Constituição não é tema de matéria nas escolas. “A população desconhece as leis do país. A maioria não sabe quais são os seus direitos nem como reivindicá-los. Também não conhecem seus deveres como cidadãos”, disse. Para ele, parte da falta de instrução relativa à legislação poderia ser suprimida com a inserção de uma disciplina ou de um projeto que levasse esse conteúdo até as escolas. “O objetivo principal do projeto Constituição em Evidência é contribuir para a formação crítica dos adolescentes e dar argumentos para que eles questionem o poder público e tornem-se cidadãos conscientes”, explicou o aluno Fertonani.
Como funciona
Ao todo, participaram da ação 50 alunos da PUCPR. Cada equipe,
dividida em grupos de sete a dez pessoas, ficou responsável por um tema e atendeu a todas as turmas do colégio. As maiores dificuldades encontradas foram tornar a linguagem jurídica acessível, o tema atraente e próximo à realidade dos adolescentes. O professor do curso de Direito que acompanhou todo o processo, Cristian Rodrigues Tenório, disse que essa preocupação norteou o processo desde a escolha dos temas. “Direito eleitoral, por exemplo, foi abordado em virtude do período eleitoral. Explicamos quais os papéis de cada cargo político, a importância do voto, entre outros”, colocou. Para cada especialidade, os estudantes elegeram os pontos fundamentais da Constituição e mostraram de que forma se aplicam no cotidiano. Nesse sentido, a Pastoral do Câmpus Maringá também deu grande apoio. O agente de Pastoral Mariel
Fotos: João Borges
Ao centro, o professor Cristian com os alunos que elaboraram a cartilha: Naiara, Saloir, Paulo e Fernando.
Mannes disse que a linguagem da cartilha foi revisada e adaptada por sua equipe. No material, procuraram utilizar textos curtos e sempre levantar questionamentos para chamar a atenção do leitor e estimular o senso crítico. Além disso, promoveram oficina de preparação aos universitários para dar dicas de como agir em sala de aula e qual a melhor forma de conversar com os adolescentes. “Abraçamos o projeto. Agora, queremos dar continuidade e expandi-lo para outros câmpus da Universidade, de forma que as informações cheguem a outras escolas”, contou.
Oportunidade gera interesse
O resultado foi o melhor possível. Segundo Naiara Tsukada, aluna do curso de Direito e uma das responsáveis pela elaboração da
cartilha, o interesse dos adolescentes superou as expectativas do grupo. Durante as oficinas, surgiram questionamentos e até mesmo discussões sobre os temas. Para ela, isso mostra a carência dos adolescentes por informações. “Eles têm interesse em aprender sobre a legislação, o que falta é oportunidade”, disse. Para as oficinas são utilizadas apresentações de slides como recurso. Porém, os alunos da PUCPR contaram que o que realmente funciona para manter a disciplina é interagir e mostrar a relevância do tema na vida dos estudantes. “Achávamos que os alunos não iriam prestar atenção, por serem adolescentes, portanto mais inquietos. Mas foi o contrário: eles nem piscavam. Conseguimos prender a atenção com piadas e sempre lhes fazendo perguntas”, explicou.
O objetivo principal do projeto é contribuir para a formação crítica dos adolescentes e dar argumentos para que eles questionem o poder público e tornem-se cidadãos conscientes. Fernando Fertonani Estudante do curso de Direito do Câmpus Maringá da PUCPR
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Diferencial na hora de fazer a pós João Borges
Parceria entre PUCPR e universidade italiana proporciona aos alunos de pós-graduação oportunidade única para ter um diferencial no mercado de trabalho
20 Gianfranco Franz (à esq.), da Universidade de Ferrara, e Claudio Maiolino, da PUCPR
Que tal incluir no currículo uma experiência internacional de pós-graduação? Essa oportunidade existe por meio de uma parceria, que neste ano completa uma década, entre a PUCPR e a Università Degli Studi di Ferrara, na Itália. Com o objetivo de proporcionar e mostrar ao aluno novas formas para crescer e se destacar no mercado de trabalho, surgiu o curso Eco-Polis, uma pós-graduação única no mundo, por trabalhar com a interdisciplinaridade. O Eco-Polis é um
mestrado classificado como Master Internacional em Políticas Ambientais e Territoriais para a Sustentabilidade e Desenvolvimento Local. O objetivo desse curso é permitir aos jovens profissionais a participação em experiências de trabalho de grupo multidisciplinar na Itália e em diversos países da América Latina, além de proporcionar vasta rede de contatos internacionais entre pessoas com as quais estudaram na Itália, no Brasil, na Argentina,
Esse mestrado possibilitou que eu estudasse em três países diferentes (Itália, Brasil e Chile), uma experiência incrível. Nicole Machado Mestre e doutoranda pela Universidade de Ferrara
do Master e, atualmente, doutoranda em Economia pela Universidade de Ferrara. Ela explica a oportunidade: “esse mestrado possibilitou que eu estudasse em três países diferentes [Itália, Brasil e Chile], uma experiência incrível que me permitiu confrontar diferentes realidades de trabalho e pesquisa”.
Resultado
Aproveitar uma oportunidade como o Eco-Polis proporciona aos alunos experiências únicas de desenvolver projetos diferenciados, a partir dos conhecimentos que constroem durante o curso. Foi o que aconteceu com Nicole Pistelli. A partir da tese de mestrado que ela desenvolveu dentro da Associação de Defesa do Meio Ambiente e Desenvolvimento de Antonina (Ademadan), estabeleceu-se entre essas organizações uma parceria que já dura quatro anos. “Essas duas instituições, juntamente com a PUCPR e com apoio, colaboração e patrocínio de diversos parceiros, tornam realidade um projeto que há muito tempo queria realizar”, relata Nicole, atualmente membro da direção do Eco-Polis e pesquisadora da Ademadan.
Essa parceria resultou no I Workshop Internacional Master Eco-Polis, sediado em Antonina (PR). De 24 de setembro a 21 de outubro, os participantes do workshop estarão em contato com temas de pesquisa focados no município de Antonina e no desafio do desenvolvimento local sustentável em um território ambientalmente vulnerável. Em conjunto com o workshop, aconteceu o I Seminário Internacional de Qualidade Ambiental de Antonina, com o objetivo de disseminar o conhecimento técnicocientífico e integrar diferentes temáticas em um evento interdisciplinar de abrangência internacional, aplicando esse conhecimento no território a partir da criação de propostas gerais. O objetivo principal desses trabalhos realizados em Antonina é promover o desenvolvimento local por meio do planejamento territorial e de estratégias integradas, gerando maior empoderamento social. Os trabalhos são orientados por professores e pesquisadores das seguintes instituições: Universidade de Ferrara e Universidade de Bolonha (Itália), PUCPR e Associação de Defesa do Meio Ambiente e Desenvolvimento de Antonina.
Arquivo pessoal
no Chile, por exemplo. Para o diretor do Master Internacional Eco-Polis, Gianfranco Franz, também professor titular de Economia Urbana e de Políticas Urbanas na faculdade de Economia da Universidade de Ferrara, “os alunos podem desenvolver uma cultura inovadora de trabalho de campo sobre casos reais, utilizando metodologias próprias do Eco-Polis”. E, é claro, o aluno cresce e fortalece seu currículo participando de uma experiência como essa, além da troca de conhecimentos que existe entre as universidades graças às diferenças nas grades curriculares, e o contato com outras culturas, professores e alunos. O coordenador da Rede Alvar¹/Eco-Polis pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola de Arquitetura e Design da PUCPR, professor Claudio Forte Maiolino, conta que “o curso agrega a experiência pessoal de trabalhar com estudantes e professores de outra cultura, com novas experiências. Certamente, o amadurecimento e o crescimento individual contam muito”. Nicole Pistelli Machado, formada em Engenharia de Aquicultura pela Universidade de Santa Catarina (UFSC), é ex-aluna
Quem participa? Todos os alunos da PUCPR, em qualquer disciplina ou curso, podem participar do EcoPolis. “Em dez anos de parceria, os estudantes que vieram de muitos países chegaram com licenciaturas em Arquitetura, Biologia, Ciências Humanas, Ecologia, Economia, Engenharia, Filosofia, Políticas e Sociais, Sociologia”, exemplifica o professor Gianfranco. O professor Maiolino explica que, “em geral, os alunos que ingressam no Eco-Polis são aqueles que se formaram recentemente no Brasil, com uma predominância de universitários egressos da PUCPR”. Durante o curso, os alunos estudam três meses e meio em Ferrara, um mês no Brasil e um mês em outro país da América Latina. Até agora já foram diplomados 180 estudantes.
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Alunos do Eco-Polis, durante workshop em 2008, em Los Andes (Chile).
Para saber mais sobre o curso, acesse o site: <www.masterecopolis.it>. ¹ Associação de universidades ligada ao Master Eco-Polis.
pesquisa
A influência do Regime Militar no Poder Judiciário João Borges
Obra inédita no país traz vasto material com notícias, filmes, músicas e análises de um período marcado pela ditadura e pela opressão
Vladimir Passos de Freitas, professor do curso de Direito da PUCPR.
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Os raros e dispersos registros nos arquivos judiciários durante o Regime Militar deram origem a um livro inédito para o Direito no Brasil. O Poder Judiciário no Regime Militar, obra encabeçada pelo desembargador federal aposentado e professor do curso de Direito da PUCPR Vladimir Passos de Freitas, é a primeira obra no país sobre o assunto a analisar toda a influência exercida pelo Regime Militar sobre juízes, tribunais e todo o Poder Judiciário. Durante dois anos, um trabalho minucioso foi feito ao lado de duas alunas bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), Ivy Sabina Ribeiro Morais e Thanmara Espínola Amaral. O resultado é um vasto material de pesquisa, rico em exemplos e detalhes. São 222 páginas que trazem notícias de jornais da época, análises de decisões judiciais, músicas, filmes e entrevistas abrangentes sobre o trabalho que era exercido na área jurídica no período de 1964 a 1985. “É uma pesquisa escrita de forma leve, objetiva, além de despertar o interesse geral”, avalia o professor.
Processo
Todo o período de aprofundamento e de amostragem do tema foi
dividido entre eles. Foram necessários cerca de 15 encontros e discussões até o resultado final. “Uma aluna verificaria as decisões judiciais da época. Outra pesquisaria notícias, jornais, filmes e músicas. A minha parte era, além da minha experiência pessoal, toda a orientação e verificação do material colhido”, conta o professor, que também coletou depoimentos e entrevistas de amigos que viveram o Regime militar. A escassez de registros exatos despertou ainda mais interesse nos pesquisadores em aprofundar o tema, de modo a compor a obra mais completa sobre o assunto. “Ainda é desconhecido o número de juízes e promotores que teriam sido cassados pelos Atos Institucionais. Há dificuldade em sabermos a quantidade de vítimas de atos de tortura. Os números e as informações são imprecisos. Tentamos ser serenos, técnicos e imparciais”, analisa Freitas. Impressões pessoais do próprio autor, que vivenciou o Regime Militar, também enriquecem a obra. São depoimentos da época em que estudava Direito e posteriores, já como advogado. “Participar efetivamente desta obra foi uma sensação de volta ao passado. A obra será bem-vinda àqueles que querem conhecer a história contemporânea do país”, indica.
* O livro O Poder Judiciário no Regime Militar pode ser acessado pelo endereço https://simplissimo.box.com/s/aa1345323dc3452b0189. Para acessar no computador, é necessário baixar o programa Adobe Digital Editions. Quem usa o iPad não precisa deste programa.
Jornais Chegada dos guardas a Curitiba - Gazeta do Povo 1º de abril. Capa do jornal O Estado de S. Paulo 29 de agosto de 1961. Capa do jornal Folha de S. Paulo 22 de outubro de 1968. Página censurada do jornal O Estado de S. Paulo 3 de abril de 1973. Notícia veiculada no jornal Gazeta do Povo 25 de março de 1964.
Cinema Pra frente, Brasil (1982) Cabra-cega (2005) O ano em que meus pais saíram de férias (2006)
Música APESAR DE VOCÊ Chico Buarque (1970) Quando chegar o momento Esse meu sofrimento Vou cobrar com juros, juro Todo esse amor reprimido Esse grito contido Este samba no escuro Você que inventou a tristeza Ora, tenha a fineza De desinventar Você vai pagar e é dobrado Cada lágrima rolada Nesse meu penar
23 CAMINHANDO Geraldo Vandré (1968) Pelos campos, a fome em grandes plantações Pelas ruas, marchando, indecisos cordões Ainda fazem da flor seu mais nobre refrão E acreditam nas flores vencendo o canhão
CORDILHEIRA Sueli Costa e Paulo César Pinheiro (1978) Eu quero crer na solução dos evangelhos Obrigando os nossos moços ao poder dos nossos velhos Eu quero ler o coração dos comandantes Condenando os seus soldados pela orgia dos farsantes
Fotos: Divulgação
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Os alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da PUCPR conquistaram a terceira colocação no V Concurso CBCA de Projeto em Aço para Estudantes de Arquitetura, promovido pelo Centro Brasileiro da Construção em Aço, que teve como tema “Unidade Educativa de Uso Comunitário”. Os estudantes Fernanda Sofiati, Katia Atsumi Nakayama, Manoela Massuchetto Jazar, Rafaella de Siqueira Bisineli e Robson Rigon Leite foram orientados pelo professor Paulo Cesar Braga Pacheco. Já os alunos Wesley da Silva Medeiros e Richard Lins Nogueira receberam Menção Honrosa no Prêmio Soluções para Cidades 2012, sob a orientação do professor Fábio Duarte de Araújo Silva. O prêmio, promovido pela Associação Brasileira de Cimento Portland e organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento São Paulo (IAB/SP), teve como tema neste ano “Habitação de interesse social”.
Equipe que conquistou o terceiro lugar do V Concurso CBCA, Katia Atsumi Nakayama, Fernanda Sofiati e Manoela Massuchetto Jazar.
Os alunos Wesley da Silva Medeiros e Richard Lins Nogueira receberam Menção Honrosa no Prêmio Soluções para Cidades 2012.
Professor da PUCPR nas Paralimpíadas
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Fotos: João Borges
Arquitetura e Urbanismo é destaque em concursos
O técnico-chefe da seleção brasileira de natação, Ruy Menslin, professor da PUCPR, levou a equipe ao 7º lugar nas Paralimpíadas de Londres.
O professor Ruy Menslin, do curso de Educação Física da PUCPR, participou das Paralimpíadas de Londres como técnico-chefe da seleção brasileira de natação. Ele esteve presente em dez dias de competição com a equipe brasileira, que conquistou o sétimo lugar. Para o professor, a experiência é inigualável: “4.200 atletas participantes, nível técnico altíssimo, centenas de recordes mundiais batidos. Conhecimentos técnicos e acadêmicos adquiridos. Novas amizades. Vivenciar a superação de limitações físicas, visuais ou intelectuais e a valorização do ser humano sem dúvida foi a marca desses jogos”, apontou o técnico, que retornou ao Brasil convicto de que a missão foi cumprida e renovado com muita energia humana “boa”.
Professora é destaque internacional A gastroenterologista e professora do curso de Medicina da PUCPR, Lorete Kotze, foi a única médica da América Latina a participar do Simpósio Better Life for Coeliac, realizado na cidade de Helsinki, na Finlândia, de 6 a 9 de setembro. No mesmo evento, participaram pesquisadores dos Estados Unidos, Holanda, Austrália e Alemanha. A organização foi coordenada pelo professor Marco Mäki, considerado um dos melhores pesquisadores em doença celíaca. Lorete Kotze ainda ministrou uma palestra sobre doenças glúten-relacionadas durante o IX Congresso Internacional de Nutrição Funcional, realizado em São Paulo, de 12 a 14 de setembro.
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Lorete Kotze com o pesquisador Marco Mäki, na Finlândia.
As alunas Marcelly Karam, de Engenharia Mecânica, Rafaela Mann Preis, de Engenharia da Produção, Camille Claudino e Flávia Liz Dall’Acqua, ambas estudantes de Educação Física, são vice-campeãs.
Campeonato Brasileiro de Nado Sincronizado O Campeonato Brasileiro de Nado Sincronizado, que aconteceu de 16 a 19 de agosto, em João Pessoa, contou com a participação de alunas da PUCPR orientadas pela técnica da equipe e professora da Instituição, Josiette Dall’Acqua. Elas competiram na categoria Sênior, que reúne atletas com mais de 18 anos. As alunas da PUCPR terminaram o campeonato, que contou com a presença de 18 clubes de 10 Estados brasileiros, como vice-campeãs na pontuação geral, logo atrás da equipe do Flamengo, que atualmente é base da seleção brasileira dessa modalidade esportiva.
PUCPR recebe intercambistas japoneses Os intercambistas japoneses das Universidades de Kake e Junsei foram recebidos pelo curso de Letras da Escola de Educação e Humanidades da PUCPR. Os visitantes fizeram apresentações e confraternizaram com os brasileiros. A visita faz parte de uma parceria, que existe há 25 anos, entre universidades japonesas, a PUCPR e a UFPR. Pelo acordo, todos os anos os estudantes brasileiros são recebidos no país oriental e vice-versa. Em julho deste ano, oito estudantes da PUCPR e quatro da UFPR conheceram um pouco da cultura do Japão e visitaram cidades históricas do país, acompanhados pela coordenadora do curso de Letras da PUCPR, Cristina Yukie Miyaki.
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Recepção aos intercambistas japoneses, organizada pelo curso de Letras da PUCPR.
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Fóruns incentivam troca de experiências entre jovens Acervo da Pastoral
Fóruns jovens são criados por todo o Brasil para entender melhor a juventude, revelar quem ela é e descobrir como trabalhar com essa geração conectada
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Grupo de jovens que participaram do Fórum de Juventude realizado no Câmpus São José dos Pinhais da PUCPR.
Os Fóruns de Juventude realizados pelo Grupo Marista neste ano tiveram o objetivo de dar voz e vez para que os jovens expressassem seus anseios, medos e expectativas sobre seu futuro e papel na sociedade, trazendo à tona debates sobre tribos urbanas, drogas, trabalho, cultura da paz, novas expressões de sexualidade e afetividades, entre outros temas. Uma série de 37 fóruns realizados em 21 cidades brasileiras embasou o Projeto Juventudes 2012/2013.
Foram ouvidos 11,5 mil jovens das regiões Sul, Sudeste e CentroOeste do país. “Optamos por conhecer melhor os jovens com quem trabalhamos a fim de encontrar subsídios para potencializar o diálogo com eles. Queríamos abrir um canal para que os jovens falassem deles mesmos”, explica Marilúcia Resende, coordenadora do Projeto. Além dos Fóruns de Juventude, fazem parte do projeto a produção de vídeos sobre as realidades juvenis e a publicação do livro Imagens
das juventudes. Poderão, ainda, ser acolhidas outras atividades que, por iniciativa das Unidades Pastorais, venham a surgir. “A nossa intenção com os fóruns é dialogar com outros jovens, de outras esferas da sociedade”, afirma a coordenadora. As ações desenvolvidas no Projeto Juventudes 2012/2013 visam a fortalecer o trabalho com os jovens, na busca pela sistematização e pela geração de materiais que potencializem as atividades desenvolvidas nas Unidades Pastorais, bem
Fotos: Acervo da Pastoral
Fórum de Juventude realizado no Câmpus Toledo da PUCPR.
O Projeto ouviu mais de 11 mil jovens em 21 cidades brasileiras como o aprofundamento da articulação com outros organismos que atuam com a juventude. Ao fim dos fóruns, cada Unidade deve sistematizar as discussões realizadas, por meio de artigos, relatos de experiências de trabalhos significativos com a juventude ou utilizando-se das múltiplas linguagens (músicas, desenhos, vídeos, etc.). Esses materiais produzidos subsidiarão a CF 2013 – Juventude e Fraternidade – e contribuirão para a preparação para o Encontro Internacional de Jovens Maristas e a Jornada Mundial da Juventude/2013.
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Na foto, o jovem Michael Dionisio de Souza (à esquerda), Brenda Carranza, da PUC-Campinas (ao centro), e o prof. Cloves Amorim, da PUCPR, palestrantes do III Fórum de Juventude: “Jovens como sujeitos de direitos: novos atores e expressões culturais”, no Câmpus Curitiba.
Optamos por conhecer melhor os jovens com quem trabalhamos, para encontrar subsídios para potencializar o diálogo com eles. Marilúcia Resende Coordenadora do Projeto Juventudes 2012/2013
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João Borges
Comemoração no Câmpus Maringá
FF Fotos Fernando
João Borges
Na foto, o diretor do Câmpus Maringá, Sandro Marques; a coordenadora do Projeto Comunitário, Mari Regina Anastásio; a coordenadora do curso de Nutrição, Flávia Auler, representando os professores do Câmpus; e o reitor da PUCPR, Clemente Ivo Juliatto.
Em virtude da celebração dos 10 anos do Projeto Comunitário da PUCPR, o Câmpus Maringá desenvolveu, no dia 12 de setembro, uma série de atividades em homenagem aos alunos e instituições parceiras do Projeto. Cerca de 43 mil alunos realizaram ações sociais, beneficiando mais de 800 locais de atuação, em 73 municípios do Paraná. Estiveram presentes no evento o arcebispo de Maringá e Doutor Honoris Causa da PUCPR, Dom Anuar Battisti, e o reitor da Universidade, Clemente Ivo Juliatto. Como parte das comemorações, também foi inaugurada, em Maringá, a exposição itinerante “Projeto Comunitário PUCPR: Ano 10”.
Professor Paulo Brofman é premiado internacionalmente.
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Paulo Brofman recebe prêmio do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva da Argentina
O professor do curso de Medicina e coordenador do Núcleo de Tecnologia Celular da PUCPR, Paulo Roberto Slud Brofman, foi escolhido pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva da Argentina para receber o prêmio Dr. Luis Federico Leloir, concedido a personalidades estrangeiras que tenham contribuído para incrementar a cooperação internacional com o país. O prêmio será entregue no dia 23 de novembro, pelo ministro Lino Barañao, em solenidade no Salón Libertador do Palácio San Martín, em Buenos Aires.
Decano da Escola de Negócios da PUCPR, Carlos Fontanini, V. Kumar e o pró-reitor Acadêmico da PUCPR, Eduardo Damião.
V. Kumar na PUCPR
Nos dias 3, 4 e 5 de outubro, a PUCPR recebeu, em parceria com a Global Marketing Network, o professor V. Kumar, para proferir a palestra “Maximizando lucros a partir do engajamento dos consumidores e gerenciamento de marca”, no TUCA, e ministrar workshop para executivos da área de marketing. V. Kumar é conhecido mundialmente nas áreas de métodos de pesquisa e gerenciamento de estratégias no relacionamento com clientes.
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João Borges
Pesquisadores de universidades católicas do país e da América Latina estiveram presentes em seminário na PUCPR.
Frei Betto profere palestra na PUCPR, em comemoração aos 60 anos do curso de Filosofia.
PUCs na PUCPR
Por uma outra economia
Abertura da aula inaugural do Programa de Desenvolvimento de Lideranças Volvo
Cinquenta e três executivos estão participando do Programa de Desenvolvimento de Lideranças Volvo (PDLV), que é oferecido por meio da parceria estratégica entre a PUCPR e a HSM Educação. O vice-presidente de RH e Assuntos Corporativos da Volvo, Carlos Morassutti, enfatizou que a formação de bons líderes é extremamente importante para a construção do futuro da organização.
Os 60 anos do curso de Filosofia da PUCPR foi marcado pela presença do escritor Frei Betto, militante de movimentos pastorais e sociais. Ele esteve na Universidade, proferindo a palestra “Por uma outra economia”. Na sua visita, também foi lançado o livro Agenda Latino Americana, que aborda temas da atualidade sob a visão de inúmeros pensadores, como Eduardo Galeano, Leonardo Boff, o próprio Frei Betto e outros. Segundo os organizadores da obra, ela pretende debater o modelo econômico atual e as questões ligadas aos direitos humanos nesse contexto.
FF Fotos Fernando
Em setembro, as Escolas de Saúde e Biociências e de Medicina da PUCPR promoveram o I Seminário Internacional sobre Saúde e Biociências – PUC Invites PUCs. O evento contou com a participação de pesquisadores da Universidade Católica da América (CUA), da Pontificia Universidad Católica de Chile (PUCCL), da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e da PUCPR. Durante a ocasião, foram apresentados trabalhos de pesquisa de grande importância em diferentes áreas da saúde, além de discussões sobre pesquisas de alto impacto.
Na foto, os representantes da Volvo: Carlos Morassutti (ao centro) e Carlos Ogliari (à direita), junto com o pró-reitor Acadêmico da Universidade, Eduardo Damião.
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vem aí
Jornalismo Cultural Estão abertas as inscrições para o curso de extensão Introdução ao Jornalismo Cultural, na PUCPR. O objetivo é proporcionar e incentivar os alunos a refletir sobre aspectos da cobertura cultural, tendo como foco a prática da crítica de arte. O curso deve acontecer de 22 a 26 de outubro, das 13h30 às 17h30, no Laboratório de Comunicação e Artes, na linha Verde, n. 11.848. O investimento é de R$ 162 parcelados em duas vezes. Se você se interessou pelo curso, não perca tempo! São apenas 20 vagas e as inscrições acontecem até o dia 18 de outubro. Para participar, acesse: www.pucpr.br/extensao.
Fim do mundo na PUCPR Acontece, de 22 a 27 de outubro, a 32ª edição da Semana Acadêmica de Desenho Industrial da PUCPR, conhecida como Charneira. O slogan do evento neste ano é “Fim do Mundo?”, uma menção à previsão apocalíptica do calendário maia e ao fim do curso. Qual será o destino dos alunos formados? Como o mercado de trabalho os receberá? Por meio de palestras e workshops, os alunos poderão refletir sobre formas de driblar o futuro e conhecer histórias de sucesso de quem já passou pelo caminho que eles ainda percorrerão fora do câmpus. As inscrições são feitas pelo site www.charneira.com.br/inscricao. Mais informações nas redes sociais www.facebook.com/charneira2012 e @charneira2012.
Seminário Internacional de Sustentabilidade
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De 23 a 25 de outubro, o curso de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica da PUCPR promove o II Seminário Internacional de Sustentabilidade Ambiental Urbana: Revitalizações de Rios Urbanos. Para participar, basta acessar o endereço www.pucpr.br/extensao e se inscrever na seção Escola Politécnica. Todas as atividades acontecem no Teatro da PUCPR – TUCA.
Vida em Cardiologia Estão abertas as inscrições para a nova turma do curso ACLS – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia. O programa é voltado para médicos, enfermeiros e acadêmicos de Medicina (internato). As inscrições podem ser realizadas até 5 de novembro pela seção Medicina, no site da PUCPR: www.pucpr.br/extensao. Mais informações pelo telefone (41) 3271-2174.
Tiê, Liz, Amora e... esqueci! Entre letras e melodias, Tiê encontra tempo para se dedicar à preciosa – e divertida – tarefa de ser mãe. Ela tem voz doce, jeito de menina e a maturidade que só a maternidade traz. Tiê, mãe de Liz (com “z”), está grávida da segunda filha, que vem compor o hall de nomes inusitados da família – ela se chamará Amora. Mesmo de sete meses, a gestação não tem atrapalhado seu trabalho. Em Curitiba para um pocket show e bate-papo no Trajeto Lumen Ao Vivo, transmitido direto da Livrarias Curitiba do Shopping Palladium, Tiê contou para a equipe da revista Vida Universitária o que gosta de ouvir e ler, admitiu que curte novela e que anda meio esquecida por conta da gravidez.
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Afinal, por que Amora? Liz e eu estávamos assistindo a um dos filmes da Era do Gelo e lá tem uma personagem que se chama Amora. Decidimos que esse seria o nome. O pai delas nem teve vez. De que forma a gravidez interfere em seu processo criativo? Na verdade, eu só fiquei mais distraída, esquecida. Ainda não tive nenhuma inspiração diferente (risos). Você ouve as próprias músicas? Não. Depois que lanço um CD, dificilmente ouço aquelas músicas. Uma vez ou outra. Na verdade, eu não ouço muita música no meu dia a dia, com exceção dos momentos de produção. Só quando estou no carro. Em casa, gosto de ficar em silêncio. Quais foram suas referências para a elaboração do segundo disco A Coruja e o Coração? Eu ouvi muito The Beatles e Johnny Cash. E agora? O que você tem ouvido (quando está no carro)? Tulipa Ruiz. Além de gostar das músicas dela, somos da mesma turma. Eu também estou ouvindo a trilha sonora de Avenida Brasil.
Simpatia e alto astral são marcas da cantora e de seu trabalho.
Você gosta de novela? Dessa eu gosto! Eu também adoro aquele programa... Acumuladores. E que livros você tem lido, que filmes tem visto? Agora, estou lendo Indignação, de Philip Roth. Mas o livro que mais marcou a minha vida foi o Extremamente alto e incrivelmente perto, de Jonathan Safran Foer (que gerou o longa-metragem Tão forte e tão perto). E filme? Qual foi mesmo o último que eu vi? (Tiê pergunta para sua produtora). Ah é! Cosmópolis. Eu falei que estava esquecida. Mas o que mais tenho visto mesmo é Rei Leão e Procurando Nemo. A Liz adora!
Tatuada no punho, a flor de lis é em homenagem à primogênita Liz.
O Lumenoso faz parte da Lumen Comunicação, que mantém a Lumen FM, a Lumen Clássica e a Clube FM.
Cultura é
fácil
mundo melhor
Fotos: Arielly C. de Moura Grande
João Borges
Prática de sucesso
A acadêmica Ana Luiza está a direita, junto com as crianças participantes e as Irmãs responsáveis pela instituição.
Ir. Rogério Renato Mateucci, diretor de Pastoral e Identidade Institucional, e Mari Regina Anastácio, coordenadora do Núcleo de Projetos Comunitários.
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Núcleo de Projetos Comunitários promove o V Encontro de Responsáveis Por Arielly C. de Moura Grande Colaboradora do Núcleo de Projetos Comunitários
Nos dias 4 e 5 de setembro, o Núcleo de Projetos Comunitários promoveu no Câmpus Curitiba o seu V Encontro de Responsáveis, que contempla o Programa de formação continuada destinado aos responsáveis das instituições parceiras que recebem os acadêmicos da PUCPR. O encontro acontece semestralmente, e neste, o tema discutido foi “Processamento dos aprendizados gerados nos acadêmicos na realização das ações sociais”. O encontro acontece em todos os câmpus. No mês de agosto foi realizado em Londrina, Maringá e Toledo. Semestralmente, o Projeto Comunitário tem cerca de 3 mil alunos inscritos nas atividades, e poucas vezes os acadêmicos dispõem de professor orientador ou facilitador da disciplina. Dessa forma, os VOCÊ CONHECE O MASA? "
responsáveis institucionais recebem e orientam os acadêmicos na execução das atividades relacionadas ao projeto. Para que o Projeto Comunitário seja concluído pelo acadêmico de forma efetiva, viu-se a necessidade de contribuir para a qualificação dos responsáveis institucionais no desenvolvimento das atividades. Ao todo, considerando os cinco câmpus da PUCPR, cerca de 200 pessoas participaram neste semestre. De acordo com o Irmão Rogério Renato Mateucci, diretor de Pastoral e Identidade Institucional da PUCPR, “o Projeto Comunitário só é possível graças às parcerias entre Núcleo de Projetos Comunitários e instituições abertas a receber os nossos acadêmicos”.
A palavra que melhor explica o papel do Projeto Comunitário da PUCPR é TRANSFORMAÇÃO. O espírito do Projeto Comunitário é oportunizar aos nossos alunos uma experiência simplesmente inesquecível de vivenciar o bem, e quem faz o bem ao próximo, primeiro o faz a si mesmo. Experiência capaz de imprimir neles uma marca indelével, a marca dos valores da PUCPR e dos seus princípios. Em sua essência, esta é a missão da nossa Universidade: educar. E educar verdadeiramente é transformar comportamentos para melhor. Esta é, em minha opinião, a principal contribuição que o Projeto Comunitário da PUCPR tem oferecido à comunidade nesses 10 anos de existência, que é a de transformar comportamentos para melhor. Ou seja, o Projeto Comunitário da PUCPR é a mais pura expressão do ato de EDUCAR verdadeiramente. Prof. Eduardo Damião da Silva Pró-Reitor Acadêmico da PUCPR
A cada ano, a PUCPR realiza o mapeamento de todas as atividades sociais e/ou ambientais desenvolvidas por seus acadêmicos, colaboradores e professores. Esse cadastro tem como objetivo propor ações de integração entre os diversos elos e suas atividades, levando à solidificação das interfaces institucionais, bem como ao conhecimento e à divulgação das diversas ações que compõem a estrutura da PUCPR. Isso é o MASA. Caso tenha realizado alguma ação de cunho social e/ou ambiental ligada à PUCPR, cadastre-a no sistema IGER: Menu iniciar > atividades sociais > cadastro de atividades sociais. O cadastro acontece até 23 de novembro de 2012. Para saber que tipos de atividades podem ser cadastrados, acesse: www.pucpr.br/masa.
Acesse: www.grupolumen.com.br