Quarentão
Apresentações emocionantes fazem parte da história do Coral Champagnat
novembro 2012 nº 219
Bioética
Mestrado multidisciplinar é o único aprovado pela Capes no Sul do Brasil
Do outro lado Alunos e professores dispostos a vencer obstáculos para levar conhecimento à Penitenciária Feminina de Piraquara
ANÚNCIO PUC
FF Fotos Fernando
índice
Em homenagem ao Dia dos Professores, a PUCPR preparou uma comemoração cultural. Os grupos artísticos da Instituição uniram-se numa apresentação criada especialmente para os docentes. No palco, Orquestra, Coral e solistas estavam em harmonia com as bailarinas da Companhia de Dança e os atores do grupo Tanahora.
7 Mercado de Trabalho
Trabalho não é tudo na vida: conheça a história de superação de Vitor Caruso Jr.
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Projeto realizado em presídio tem foco no resgate da cidadania, na promoção da cultura da paz e na reinserção social.
Sempre aqui 16. Dna 18. Reportagem 26. Drops
8 Filhos da PUC
Silvia Döring fala sobre sua trajetória e como se tornou referência no segmento de joias no país.
22 Pesquisa
Saiba como o óleo de cozinha pode virar combustível natural.
30. Registro 33. Lumenoso 34. Mundo Melhor
editorial
Portas abertas para a sociedade Uma universidade, por sua própria natureza de instituição que produz e difunde o conhecimento, não pode cerrar suas portas à comunidade externa. Muito pelo contrário, é justamente na abertura à sociedade que a universidade encontra e fortalece o sentido de sua existência e de suas ações. A escola não se constitui em uma torre de marfim, metafisicamente isolada do mundo real e, portanto, sem compromissos com o universo que a envolve. Galileu, um dos pais da ciência moderna, já estava convencido disso, quando dizia: “Eu sustento que o papel da ciência é o de melhorar a existência humana”. Estamos situados numa comunidade que espera da escola respostas concretas para os problemas concretos que seus estudantes e seu entorno enfrentam no dia a dia. Arie de Geus, em seu livro A empresa viva, afirma que, dentre as características das instituições que conseguiram se manter em estado de dinamismo vital por longos períodos, está a sensibilidade ao ambiente externo e, em particular, às situações sociais. Em outras palavras, isso corresponde, como costumo dizer, à sintonia social, ou seja, à capacidade de a instituição perceber as necessidades da comunidade que a cerca e de procurar respostas para os desafios do cotidiano, por meio da disponibilização do conhecimento, da tecnologia e da ciência. Para a PUCPR não poderia ser diferente, dado que sua
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missão é justamente servir à comunidade, por meio da educação, da ciência e da cultura. É nesse sentido, por exemplo, que o Projeto Comunitário, que em 2012 comemora 10 anos de atividades, foi criado. É um esforço da Instituição para educar seus estudantes tanto nas lições da ciência como nas lições de vida e de solidariedade. Nesta edição de Vida Universitária, vamos falar sobre mais um projeto da PUCPR que reflete sua sintonia social. Trata-se de uma iniciativa desenvolvida em parceria com a Secretaria de Segurança, para realizar atividades na Penitenciária Feminina de Piraquara. Os alunos de diversos cursos promoverão oficinas para as mulheres privadas de liberdade, oportunizando-lhes meios de desenvolvimento pessoal e ressocialização. A iniciativa faz parte do Programa para o Desenvolvimento Integrado (PDI-Cidadania), promovido pelo governo estadual. Com essa parceria, a PUCPR pretende favorecer a interação dos alunos com a realidade da penitenciária, levando para lá conhecimentos e tecnologias desenvolvidos na Instituição. Além disso, esse projeto tem o objetivo de ser mais um meio de formação de cidadãos éticos e atentos às necessidades da sociedade. Aproveite este seu momento de leitura para conhecer e ajudar a divulgar essa tão significativa iniciativa. Clemente Ivo Juliatto Reitor
expediente Vida Universitária é uma publicação mensal da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Registrada sob o nº 01, do livro B, de Pessoas Jurídicas, do 4º Ofício de Registro de Títulos, em 30/12/85 - Curitiba, Paraná Jornalista Resp. Rulian Maftum - DRT 4646 Supervisão Maria Fernanda Rocha Textos Michele Bravos, Julio C. Glodzienski e Elizangela Jubanski
Grão-Chanceler Dom Moacyr José Vitti
Revisão Editora Champagnat
Reitor Clemente Ivo Juliatto
Lumen Comunicação
Vice-reitor Paulo Otávio Mussi Augusto
Rua Amauri Lange Silvério, 270
Pró-reitor Acadêmico Eduardo Damião da Silva
Pilarzinho. Cep 82120-000
Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação Waldemiro Gremski
Curitiba. Paraná. (41) 3271-4700
Pró-reitor Comunitário Paulo Otávio Mussi Augusto (Interino)
www.grupolumen.com.br
Pró-reitor Administrativo e de Desenvolvimento José Luiz Casela Rua Imaculada Conceição, 1155 - 2º andar Prado Velho - Curitiba - Paraná
Editor de Arte Julyana Werneck
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Tiragem 15.000 exemplares
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Para anunciar, ligue: (41) 3271-4700 Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução sem autorização prévia e escrita. Todas as opiniões são de responsabilidade dos respectivos autores.
Arquivo pessoal
Cris Lemos
Arquivo pessoal
um toque
Quem vê cara... Livro: O vendedor de sonhos: o chamado Autor: Augusto Cury Editora: Academia de Inteligência Quem indica: William Léon Kieski, 23 anos, 6º período de
Eloi Pires Ferreira
Administração, Câmpus Curitiba
Diretor de cinema e diretor do filme Curitiba Zero Grau
Qual a história do livro? Divulgação
A saga O vendedor de sonhos é composta por uma sequência de três livros, mas que podem ser lidos separadamente. A história principal é baseada num homem que perambula como mendigo pelas ruas de uma grande capital, semeando ideias e conquistando seguidores. As palavras desse andante muitas vezes são pesadas e fogem ao “politicamente correto”. Seus discursos contém uma imensa crítica à sociedade contemporânea, levantando reflexões sobre valores que estão sendo esquecidos na loucura do mundo moderno. Os seguidores, chamados de “discípulos”, merecem destaque na trama, pois é possível se identificar com eles em determinadas situações, além de garantirem momentos hilários mesmo nas situações mais embaraçosas.
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O que você aprendeu? O livro, por si só, é uma grande lição. Beirando a autoajuda, o autor consegue abordar assuntos complexos de forma simplificada e afirma que a sociedade moderna tornou-se um manicômio global. A história nos convida a ser mais altruístas e a nos colocar nos lugares daqueles que, por ora, julgamos e interpretamos mal. É uma grande lição de tolerância, que nos instiga a pensar e sair do conformismo, em vez de simplesmente aceitar tudo de braços cruzados. Em suma, o livro nos resgata valores básicos e alerta para o que nos é mais importante: viver.
Eu nunca tive bola de cristal. Ainda bem.
Se eu soubesse todos os percalços que iria encontrar na minha lida de fazer filmes, não sei se teria me preparado melhor para bem exercer esta atividade. É mais provável que tivesse desistido dela, ou cometido os mesmos erros. Não sei até que ponto a antevisão das coisas, em especial dos problemas, é realmente um estímulo para você seguir em frente. Para alguns pode ser, mas não dá pra dizer que isso sirva para todos. Planejar é importante, aliás, fundamental, em qualquer atividade, profissional ou não. Os planos também embasam nossos sonhos. Mas o perigo está no excesso de racionalidade, que pode ser engessante. A própria natureza humana, essa maluca, vive dando rasteira na razão. Acho mais interessante aprender a ter jogo de cintura para lidar com as surpresas do caminho. Os imprevistos nos obrigam a improvisar e o exercício do improviso nos torna criativos. E a criatividade carrega uma centelha do Divino. A beleza da vida está também na sua imprevisibilidade. No cinema eu gosto dos finais em aberto. Como diz aquela música, “deixa a vida me levar, vida leva eu...”.
mercado de trabalho
Juventude pró-vida Alimentação saudável, relacionamentos menos egoístas e espiritualização são fatores que contribuem para uma vida melhor
Arquivo pessoal
Por Vitor Caruso Jr.
Vitor Caruso Jr. é formado em Economia, autor do livro Com qualquer um de nós e defensor de uma vida mais saudável.
A juventude e o ritmo esportivo, superior ao da maioria das pessoas, faziam-me acreditar que tinha especial proteção e que não necessitava de mais cuidados: alimentares, emocionais ou espirituais.
O ano era 2000. Eu tinha 30 anos e uma carreira profissional bem-sucedida – era diretor de uma multinacional em Curitiba. No tempo livre, que não era muito frequente, praticava corridas e brincava de short triathlon. Isso não me protegeu de ser diagnosticado com câncer. A juventude e o ritmo esportivo, superior ao da maioria das pessoas, faziam-me acreditar que tinha especial proteção e que não necessitava de mais cuidados: alimentares, emocionais ou espirituais. Afinal, era um atleta, já havia desempenhado boa performance em cinco São Silvestres. Percebi que precisava dar atenção a outras áreas da vida. O que isto tem a ver com você? A mensagem dessa história tem relação com qualquer um de nós. Segundo a World Cancer Research Fund, são aproximadamente 2,8 milhões de novos casos por ano. Só no Brasil, são 500 mil. A medicina avança, a quimioterapia avança, a radioterapia avança, mas a incidência do câncer e sua mortalidade também avançam. A saúde fica à mercê do estresse, bloqueador do sistema imunológico. Além disso, vivemos num mundo em que as pessoas se fecham para os relacionamentos, em atitudes egoístas, permitindose serem levadas por emoções de raiva, ódio, ou excessivo apego – sentimentos que destroem a vida. Dados da mesma instituição afirmam que 20% dos casos de câncer
poderiam ser facilmente evitados com pequenas medidas mais saudáveis, principalmente alimentação mais natural, atividade física constante e meditação ou outras práticas espirituais que nos elevassem o pensamento e nos permitissem entender mais o próximo e estabelecer relacionamentos saudáveis. A lógica por trás dessas medidas é: Alimentação mais natural e atividade física, para tornar o sistema energético do corpo mais dinâmico.
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l Efetivas práticas de tranquilização, que melhoram o relacionamento com o próximo e contribuem para uma vida melhor. l Estar conectado com a criação e o meio a sua volta, procurando se harmonizar com a criação e seu Criador.
Estas medidas todas são promotoras de saúde, pois se harmonizam com o sistema da vida. Buscar diariamente esta conexão quando nos alimentarmos, quando falarmos com o próximo, e nos relembrarmos disto em caminhadas contemplativas, em momentos de prece, será um caminho seguro para a recuperação ou mesmo a promoção da saúde. Minha vida é um exemplo disso. Seguindo esses passos, tive uma cura considerada extraordinária e em tempo recorde.
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filhos da puc
Lapidando o sucesso! Divulgação
Formada em Desenho Industrial pela PUCPR, a designer paranaense Silvia Döring começou a moldar suas criações ainda na faculdade
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Silvia Döring acredita que a qualidade e o design diferenciado de suas peças garantem o sucesso da grife.
Silvia Döring é referência no mercado de joias no Paraná e em todo Brasil. Dona de um trabalho renomado, com peças exclusivas e criativas, Silvia procura inspirações cotidianas em suas coleções. Depois de trabalhar anos em joalherias, decidiu que estava pronta para ter sua própria marca. O sucesso confirmou a decisão.
Curitiba ainda é uma cidade com pouca oferta de trabalho nesta área. Na maioria das vezes, o estudante vai ter que começar com marca própria, sem ter tido experiência de trabalho anterior.
Divulgação
Seu trabalho está entre os mais reconhecidos do mercado de joias de luxo do Paraná. A que atribui este sucesso?
Design diferenciado e qualidade. Como tenho um traço característico, sempre busco novas inspirações para criar peças diferentes a cada coleção. Procuro desenhar até as lapidações das pedras para ter um produto realmente exclusivo. Também uso cores de metais variados, conforme as coleções.
De que forma sua formação na PUCPR a auxiliou?
Estudar na PUCPR me ajudou 100%. Quando entrei na faculdade, não tinha ideia do que eu queria. Durante todo o curso de Desenho Industrial, percebi que esse era o meu caminho. Ainda tinha dúvidas se escolheria design de objetos, para casa ou moda. Mas, no último ano, comecei a montar minhas bijuterias e tive certeza da escolha.
Como foi o início deste projeto de uma linha com o seu nome?
Eu trabalhava para a joalheria Bergerson há oito anos, então, resolvi que estava na hora de buscar minha própria identidade. Em seis meses, escolhi o ponto onde abriria minha loja, desenvolvi a marca, o site, a identidade visual e as coleções. Depois dessas metas traçadas, o processo foi muito rápido. A inauguração da primeira loja foi em 2007.
Como aconteceram suas especializações e como viu a necessidade de se aprimorar?
Passei um ano na cidade de São Paulo fazendo aulas de ourivesaria, design de joias e esculturas em cera. A necessidade de fazer um complemento veio logo após me formar, porque na faculdade a gente aprende a base, mas não tem nada específico – pelo menos na minha área. Se apenas desenharmos uma joia, não tem segredo. Mas você tem que saber como o metal se comporta, se o desenho é viável e
Empresária afirma que tem produtividade suficiente para expandir a marca.
toda essa parte de produção. Passei um ano fazendo minhas peças e isso me proporcionou uma segurança enorme. Em 2011, fiz um curso específico sobre marcas de luxo no Brasil, voltado para marketing. Também foi bem interessante. O próximo, talvez, seja de gestão empresarial, porque é bom diversificar e aprender sobre tudo que envolve sua empresa.
Como vê uma expansão da sua marca com franquias?
Ainda estou com multimarcas que revendem minha marca. Tenho produtividade para expandir. Em 2013,
vou retomar esse assunto. Mas é um caminho natural.
Qual conselho daria a um estudante que quer seguir esta carreira de criatividade e marca própria?
O segredo é não desistir. Curitiba ainda é uma cidade com pouca oferta de trabalho nesta área. Na maioria das vezes, o estudante vai ter que começar com marca própria, sem ter tido experiência de trabalho anterior. Por outro lado, é um campo de trabalho que está crescendo muito. Então, o importante é ter criatividade e persistência.
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O que você não vê por trás dos muros PUCPR e Pastoral realizam ação em presídio paranaense, com o objetivo de promover a educação, a profissionalização e a reinserção social. Por trás dos muros, há histórias de pessoas que precisam de mais uma chance. Seguindo pelo Contorno Leste, avista-se um complexo de grandes pavilhões no meio do campo, cercado por muros altos e de acesso difícil, por uma estradinha de chão. Partindo do Câmpus Curitiba, esse local está a 40 minutos de distância, mas, pelo menos, há 70 anos longe do que seria um mundo ideal.
É lá, excluído dos olhos da sociedade, que está o Complexo Penal de Piraquara, criado na década de 1940, sob uma política focada na “exclusão do que era visto como problema”, afirma a diretora da Penitenciária Feminina de Piraquara, Rita de Cássia Costa.
Na tentativa de transformar essa realidade, o complexo recebe diversas atividades focadas na reabilitação dos presos, assim como na sua reinserção social. A PUCPR e a Pastoral estão engajadas nessa transformação, por meio do programa Ciência e Transcendência: educação, profissionalização e
Fotos: João Borges
reinserção social, que faz parte do Programa para o Desenvolvimento Integrado (PDI)/Cidadania, da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SEJU). O objetivo do programa governamental é transformar as prisões do Paraná em escolas de capacitação profissional que contribuam com a promoção da cultura da paz. Segundo Ir. Rogério Mateucci, diretor de Pastoral e Identidade Institucional da PUCPR, viver num mundo onde a pessoa é respeitada em sua dignidade pelas outras pessoas e pelas instituições é um ideal a ser desfrutado por todo ser humano que passa por este mundo. Por essa razão, o projeto busca inspiração na crença de que todo ser humano precisa ser visto com amor, independente de onde ele se encontra e de qual a sua situação. “Não é porque estamos em um presídio, que ele precisa ser feio, sujo e fedido. Há
seres humanos convivendo aqui”, diz a diretora Rita de Cássia. Para o professor Fernando Arns, gestor do programa da PUCPR, dentro dessa proposta, o foco das atividades sugeridas pela Universidade está direcionado para o desenvolvimento humano. “Como o nome diz, os projetos estão focados na transcendência do conhecimento. O aluno vai vivenciar de que forma aquilo que é aprendido na Universidade pode ser usado a favor do outro. Acredito, também, que muitas barreiras serão quebradas. Na verdade, já estão sendo”.
Por outro lado
Alunos que estão participando do projeto contam que, no início, questionavam-se muito se as apenadas realmente mereciam tanta mobilização em prol de suas vidas: “se elas estão presas, é porque cometeram algo que as colocou
nessa condição”, “elas escolheram isso”, “precisam pagar pelo o que fizeram”. No entanto, os alunos, hoje, percebem que elas precisam de mais uma chance. Independente do que fizeram, são seres humanos com sentimentos, sonhos, família. Elas possuem um passado, que não pode ser mudado, mas um presente que pode ser construído para um futuro melhor. E esses estudantes querem fazer parte disso. A aluna Mariana Cavanha, 19 anos, de Engenharia Civil, acredita que pequenos projetos podem fazer a diferença e que a maior experiência que os envolvidos com o projeto terão será aprender a conviver com o diferente, a se relacionar. “Não podemos chegar lá querendo mudar o sistema e achando que temos a solução para os problemas. Temos que conhecer as pessoas e ouvir suas necessidades, para tentar atendê-las”.
É esse relacionamento que vai gerar confiança e possibilidades de êxito para o projeto. Segundo o diretor da Pastoral, Ir. Mateucci, a pessoa fragilizada por seus erros precisa estar potencializada para crescer. “Muitas mulheres que estão na penitenciária necessitam do gesto amoroso do acolhimento, do gesto de solidariedade, que se traduz em oferecer oportunidades de crescimento, e da exigência de superar o erro e tornar-se melhor”. Para o Ir. Mateucci, “o amor desinteressado pelo outro é a melhor forma de fazer o mundo um lugar melhor”. Em síntese, toda pessoa é merecedora da graça do perdão e precisa vislumbrar novas chances para se tornar mais íntegra. Fazendo-se pessoalmente melhor, qualquer pessoa fará da sociedade um lugar melhor para se viver.
Fotos: João Borges
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O que tem valor
A busca pela liberdade e pelo reencontro com a família é o que move essas mulheres a suportarem a detenção. Por isso, lá, cursos e trabalhos são um privilégio, pois todas essas atividades oferecem redução de pena. Apenas aquelas que apresentam bom comportamento podem participar. A diretora explica que, atualmente, todas as vagas já estão preenchidas e que a demanda só aumenta. Por isso, projetos que envolvem o aprendizado e a capacitação profissional são muito bem recebidos. “Acredito que a penitenciária feminina é um lugar propício para se colocar em prática muitas ideias. Temos capital humano para isso”. O aluno Carlos Silva, 18 anos, de Engenharia Civil, acredita que as oficinas são importantes para que, futuramente, as apenadas tenham a chance de ter um emprego.
números Saiba mais sobre a estrutura da Penitenciária Feminina de Piraquara.
João Borges
l Atualmente, a Penitenciária Feminina de Piraquara tem 460 apenadas.
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Muitas mulheres que estão na penitenciária necessitam do gesto amoroso do acolhimento, do gesto de solidariedade, que se traduz em oferecer oportunidades de crescimento, e da exigência de superar o erro e tornar-se melhor. Ir. Rogério Mateucci Diretor de Pastoral e Identidade Institucional
l Em uma cela convivem 4 pessoas, mas o ideal seriam 3. l A maioria dessas mulheres tem entre 18 e 25 anos. l 80% dos casos estão relacionados ao tráfico de drogas. l
88% delas são mães.
l Vivem na creche da penitenciária 35 crianças de 0 a 3 anos. l Cerca de 90 mulheres não possuem familiares nem amigos. Estão sozinhas. l A penitenciária feminina conta com 1 psicóloga e 1 assistente social para atender a todas.
Tudo junto e misturado
O projeto é interdisciplinar, e cada proposta sugerida pode ser desenvolvida em parceria com vários cursos, até mesmo de áreas diferentes. Para Arns, essa mescla proporciona troca de conhecimentos, o que engrandece o projeto, potencializando seus resultados, tanto para quem está recebendo a atividade quanto para quem a está aplicando. Conheça algumas ideias.
João Borges
ÁGUA AQUECIDA
Alunos da Escola Politécnica estão dispostos a ouvir necessidades das apenadas e aperfeiçoar suas propostas.
Tomar banho quente todos os dias é tão comum para a maioria das pessoas, que nem chega a ser considerado uma regalia. No entanto, essa não é a realidade do Complexo Penitenciário de Piraquara. As mulheres quase sempre usufruem desse benefício, mas como os chuveiros são elétricos e a quantidade de banhos é enorme, por vezes não é possível tomar banho de água quente. No presídio masculino, essa possibilidade não existe e o gasto com medicação por resfriado e doenças pulmonares é grande – cerca de R$ 100 mil mensais. Por isso, a solução sugerida é a implantação de um sistema de aquecimento solar para a água, com garrafas PET e latinhas de refrigerante. “A ideia é que elas aprendam a fazer o sistema e até mesmo a manutenção”, afirma a aluna de Engenharia Civil Gabrieli Ficanha, 18 anos.
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Participam do projeto: Escola de Arquitetura e Design e Escola Politécnica.
LIXO NA TERRA? O que fazer com restos de comidas e guardanapos usados? Para dar um fim adequado, sem sobrecarregar o sistema de coleta de lixo, uma solução prática e sustentável é a composteira, espaço de terra reservado e preparado para receber os dejetos orgânicos do local onde se encontra. Com o tempo, os resíduos viram adubo, fortificando o solo. “O que a gente faz afeta tudo que está ao redor. A sustentabilidade envolve o econômico, o social e o ambiental”, afirma o aluno de Engenharia Civil Artur Hatschbach de Paula, 18 anos.
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Participam do projeto: Escola Politécnica e Escola de Saúde e Biociências.
Dentes limpos Segundo a diretora da penitenciária feminina, não existem atividades relacionadas ao incentivo da higiene bucal para os filhos das apenadas que moram ali. Por isso, os alunos de Odontologia foram convidados a apresentar alguma ação que possa suprir essa demanda. Participam do projeto: Escola de Saúde e Biociências.
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capa Criando o próprio caminho Por meio de atividades que estimulem a criatividade, a estudante Isabella Cristina de Moura, 19 anos, de Design Digital, acredita que as detentas podem ter seu senso de independência restaurado. “As atividades profissionais realizadas no presídio são focadas na execução. Elas não são provocadas a pensar. Com essas outras ações, acho que elas serão incentivadas a pensar por si e acreditar que podem cuidar da própria vida”. Dentre as propostas dessa ação, está a oficina de criação de estampas e de conceitos, atividade que pode ser realizada futuramente no mercado de trabalho. Participam do projeto: Cursos da Escola de Arquitetura e Design.
João Borges
A lei do arrependimento
A proposta dos alunos de Direito aborda questões jurídicas de forma humana.
Já parou para pensar o que leva um ex-presidiário a reincidir no crime? Para a advogada Patricia Piaseck, professora do curso de Direito da PUCPR e participante do projeto, pode ser a falta de entendimento dos fatos e, consequentemente, a ausência de arrependimento. Junto com alunos de Direito, Psicologia e Serviço Social, a professora aplicará no presídio ação focada na Justiça Restaurativa, que visa a conhecer a fundo o agressor e estudar, analisar os fatos com ele, por diversas óticas – judiciária e psicológica, por exemplo. Em seguida, é promovido um encontro entre o agressor e a vítima, para que tenham chance de pedir, receber e dar o perdão. “Normalmente, as mulheres praticam um crime imbuídas de passionalidade. Por isso acredito que a chance de êxito ao realizar essa ação com elas é grande. A mulher, naturalmente, também tem uma tendência a ser mais sensível, o que pode facilitar o processo”. Participam do projeto: Escola de Direito, Escola de Educação e Humanidades e Escola de Saúde e Biociências.
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João Borges
A ARTE DE OUVIR
Alunos da Escola de Saúde e Biociências pretendem desenvolver atividades preocupadas com a saúde mental e física da apenada.
Uma psicóloga e 460 histórias para serem ouvidas. Essa é a realidade da Penitenciária Feminina de Piraquara. Independente do que as levou à prisão, elas são mulheres com sentimento de culpa, com questionamentos sobre sua existência e carentes de atenção. A estudante Cecília dos Santos, de Teologia, participará do projeto com os alunos de Psicologia em uma atividade chamada Escuta, que consiste em doar tempo e atenção às apenadas, ouvindo seu desabafo, tudo o que elas têm a dizer. “O fato de ter alguém as ouvindo pode aliviar o sofrimento que estão sentindo”, acredita a aluna. Participam do projeto: Escola de Educação e Humanidades e Escola de Saúde e Biociências.
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Os sabiás da PUCPR Coral Champagnat completa 40 anos. A paixão pela música é a marca de sua trajetória. muito de cantar, pois ele deverá aliar sua rotina aos ensaios e apresentações do grupo. A farmacêutica Marlene dos Santos, professora na PUCPR e há dois anos no Coral, comenta que a música está presente em sua vida desde a adolescência. “Amo cantar e estar envolvida com tudo que se relaciona com música (ritmos, técnica vocal, expressão facial)”. Ela ainda afirma que sua maior alegria é
João Borges
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Cantar para expressar o amor, a dor, a alegria e a tristeza. Cantar para ver o outro se surpreender, sorrir, chorar. Cantar sem parar. Há 40 anos, o Coral Champagnat – PUCPR tem encantado o Paraná e outros estados do país, com as vozes de seus sabiás. A maestrina Rosemeri Paese, há 22 anos no comando do Coral, afirma que, além da aptidão, é fundamental que o participante goste
quando uma música fica pronta para ser cantada. A arquiteta Fabianne Balvedi, também professora da PUCPR e integrante do coral desde a década de 1990, conta o quanto cantar lhe faz bem. “Quem canta os males espanta. Isso é verdade! Ver as pessoas sorrirem ao ouvir nossas vozes também traz uma alegria indescritível”. Além de professores e alunos, demais colaboradores da
Achamos importante que o cantor vivencie vários estilos musicais, de diversos países e períodos históricos. Coral Champagnat se apresenta para Desmond Tutu, em Curitiba. Uma experiência inesquecível e marcante na vida dos cantores.
Rosemeri Paese Maestrina do Coral
Música e teatro
Os espetáculos apresentam, além de vozes entoadas, encenação do repertório escolhido. Um roteiro envolve o canto e a interpretação cênica, que chama a atenção do público pela elaboração de figurinos, cenários e iluminação apropriada. A primeira apresentação do Coral Champagnat no estilo coro cênico foi em 1988. Fabianne participou de uma das primeiras apresentações encenadas: Retratos (1990), sob a regência de Rosemeri Paese e direção de Laércio Ruffa. “O que mais me atraiu foi a proposta diferente deste coral, que também é cênico. Interpretar junto com as canções é muito legal”, conta Fabianne. A arquiteta afirma que essa foi a
apresentação mais emocionante de sua vida. “Foi a minha primeira apresentação. Meus pais vieram me assistir de surpresa. Na verdade, eles é que se surpreenderam. Eles achavam que eu era desafinada, mas quando me ouviram com os outros membros cantando direitinho, acharam que o Coral tinha feito um milagre comigo”.
conhecermos um ser humano tão especial quanto o bispo Tutu”. Marlene compartilha da mesma opinião. “Quando nos apresentamos para Desmond Tutu, ele disse que fechou os olhos e achou que estava na África [terra natal do bispo]. Foi emocionante”.
Emoções em palco
Para conciliar ensaios, apresentações e a rotina diária, é preciso driblar o relógio. O Coral ensaia duas vezes por semana, às terças e quintas-feiras, das 16h30 às 18h30, no Salão Nobre do Hospital Nossa Senhora da Luz. Nos ensaios, são trabalhadas técnica vocal, análise e interpretação de obras. O cronograma de apresentações está dividido entre: missas solenes, eventos acadêmicos (congressos e semanas acadêmicas), inaugurações, abertura de exposições de arte, homenagens e espetáculos do Coral. Para Fabianne, a maior dificuldade para quem participa do Coral é justamente compatibilizar todos os horários. “Quando se tem muitas pessoas em um grupo, isso fica bem desafiador. E quando se têm muitas outras tarefas, fora a participação no Coral, isso fica ainda mais difícil”.
Não é só o público que se emociona ao ouvir uma canção entoada por várias vozes: os cantores de coro também se arrepiam com esse momento. Para a maestrina, é difícil dizer qual evento mais lhe emocionou durante o tempo em que coordena o Coral. “Cada um carrega suas particularidades especiais. Participamos de muitos momentos históricos marcantes da PUCPR, entre inaugurações de todos os câmpus, homenagens dedicadas a pessoas que marcaram a trajetória da instituição, entre outros”. Para citar uma, a apresentação em que cantaram para o bispo anglicano e Prêmio Nobel da Paz Desmond Tutu, na solenidade de entrega de título de Doutor Honoris Causa pela PUCPR, é lembrada com muito carinho. “Foi inesquecível, especialmente pela oportunidade de
Rotina atribulada
João Borges
Universidade e cantores da comunidade externa dão vida a músicas clássicas e populares. Atualmente, o Coral conta com um grupo de 25 a 30 integrantes. A maestrina explica a diversidade de repertórios. “Anualmente, mudam-se os integrantes do Coral – principalmente, por se tratar de um coro universitário. Achamos importante que o cantor vivencie vários estilos musicais, de diversos países e períodos históricos”, afirma.
Quem participa? O Coral é o lugar para aqueles que amam cantar e estão dispostos a aprender e aprimorar o dom. No momento da seleção, o interessado apresenta uma música de livre escolha e realiza exercícios vocais. “Todos passam por um teste de avaliação e, conforme os quesitos afinação, musicalidade e timbre, são selecionados para participar do grupo”, explica Rosemeri. Segundo a maestrina, não é preciso ter conhecimentos avançados de canto para ingressar. Mais informações no site <www.pucpr.br/coral> As inscrições ocorrem no início do ano.
A maestrina Rosemeri Paese coordena o Coral Champagnat há 22 anos.
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reportagem
Em Bioética, ciência e reflexão caminham juntas Julio Glodzienski
PUCPR oferece mestrado sobre o tema. Curso é o primeiro na área aprovado no Sul do Brasil.
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Professor Mário Antonio Sanches, coordenador do mestrado em bioética da PUCPR.
O avanço das ciências é, sim, um indicador de evolução humana, desenvolvimento econômico e cultural de um país. Essas descobertas e aprimoramentos, elaborados a princípio para melhorar a vida dos seres humanos, estão cada vez mais próximos do cidadão comum. E é bem por causa desse avanço e dessa aproximação que surge a Bioética. Essa nova área da ciência aparece a fim de despertar uma reflexão nas tomadas de decisões que envolvem a vida dos seres vivos. Mas o que significa Bioética? De modo simples, “é a ética frente às biociências, a ética da vida”, como explica o professor Mário Antonio Sanches, coordenador do Mestrado em Bioética da PUCPR, que terá início em março de 2013. Essa é uma área que busca promover diálogo interdisciplinar, tendo como palavra-chave a reflexão. Portanto, a Bioética não oferece respostas para todas as perguntas, “ela é a reflexão do que é o melhor a ser feito em relação à determinada situação em que se
deve tomar uma decisão”, conclui o professor. Essa reflexão, proporcionada pela ética da vida (tradução ao pé da letra do termo), é fundamental quando assuntos de opiniões extremistas são abordados. “Quando se vê os dois extremos – o fanatismo –, a Bioética se torna ainda mais necessária. A sociedade perde com a conclusão das ideias, perde com o fechamento da reflexão política, econômica ou científica, por exemplo”, diz o professor Sanches, ao esclarecer que essa área não envolve apenas a ciência em si. Ela também gera questões que envolvem a ética social. “Um exemplo disso é o aborto, o debate fica apenas na questão se é melhor liberar ou proibir. Nós entendemos que é melhor estudar, pesquisar e refletir a respeito dos motivos que levam ao aborto. Talvez assim possamos promover uma redução do aborto no Brasil”, provoca o professor, para ilustrar a importância dos resultados que uma discussão pode trazer, em vez de apenas um decreto.
João Borges
Comitê de Ética em Pesquisa da PUCPR.
Mestrado na PUCPR
Em 2013, a PUCPR vai abrir o Mestrado em Bioética, o primeiro na área aprovado pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) no Sul do Brasil. Essa conquista é importante para a instituição. “Por sermos uma instituição do Grupo Marista, a Bioética está sempre presente”, explica Sanches, que aponta que ela está presente há muito tempo nos comitês de ética e pesquisa do Grupo. Com essa novidade, não é apenas quem já é formado que sai ganhando. “Vamos insistir no vínculo da pós com a graduação. Nossos professores doutores farão pesquisas em Bioética e levarão a reflexão para os acadêmicos”, diz o coordenador. Ele também explica que, com esse envolvimento, os alunos podem desenvolver habilidade e simpatia pela área, e, quando formados, buscar maior aprofundamento reflexivo em torno da vida no curso oferecido pela PUCPR. Sendo base teórica para a avaliação ética das pesquisas com seres humanos e outros seres, o mestrado vai trabalhar com duas
linhas de pesquisa. A primeira é a de Fundamentos da Bioética, em que a proposta é analisar as bases éticas, filosóficas, teológicas, epistemológicas, histórico-culturais e científicas presentes no saber da Bioética, a fim de buscar conhecer e refletir os desafios criados ao longo da história humana. Já a outra linha de pesquisa é a de Humanização e Sociedade, em que se despertará a busca pela análise das diferentes interfaces da realidade social humana e das relações mantidas com
seus semelhantes, a fim de manter a vivência em sociedade. Ao todo, serão 19 disciplinas oferecidas, sendo 3 obrigatórias (Fundamentos da Bioética, Temas de Epistemologia da Bioética e Seminário de Projeto) e 16 disciplinas eletivas, das quais o aluno poderá escolher cinco. Os docentes são originários de várias áreas como Biologia, Direito, Educação, Enfermagem, Filosofia, Medicina, Medicina Veterinária, Odontologia, Saúde Coletiva e Teologia.
Para participar do mestrado... Para participar do Processo Seletivo do Mestrado em Bioética, o candidato deve estar aberto ao conhecimento e ao diálogo interdisciplinar. É preciso que o interessado tenha curso superior reconhecido. As inscrições abrem em dezembro e poderão ser feitas até o fim de janeiro. Já as provas de seleção acontecem em fevereiro. As aulas da primeira turma devem começar em março de 2013. Para mais informações do processo, acesse <www.pucpr.br/ppgb>.
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reportagem
Será que minha área está envolvida com Bioética? Como a base da Bioética é justamente a interdisciplinaridade, veja como algumas matérias se envolvem com a ciência:
Direito: Os estudos bioéticos alcançam diversas questões jurídicas, como relacionamento profissional-paciente, saúde pública, reprodução humana, pesquisas biomédica e comportamental, saúde mental, sexualidade e gênero, morte e morrer, meio ambiente etc. O Biodireito assume posicionamento peculiar: espera-se que aquilo que ingressar no ordenamento jurídico seja resultado do aceitável, do legitimado pelo conjunto dos valores sociais.
Teologia: A Teologia contribuiu com a Bioética na especificidade da reflexão ética, na concepção de ser humano subjacente às intervenções biotecnológicas (Antropologia), no modo do ser humano relacionar-se com a natureza (ecologia). A Bioética em geral, usa, nos debates, o método do “procedimentalismo” ético que acentua o respeito a certos procedimentos necessários para chegar a uma decisão válida.
Filosofia: A reflexão filosófica contribui diretamente com o debate dos grandes temas da Bioética atual, sobretudo por duas razões: a) por sua capacidade de refletir do ponto de vista ético e epistemológico a existência humana e o conhecimento produzido; b) por sua preocupação em assegurar a continuidade autêntica da vida humana e extra-humana no futuro, sobretudo diante dos novos desafios apresentados pelo poder técnico-científico da civilização tecnológica.
Ética: A Ética na pesquisa é um grande ramo da Bioética e já normatizado. No Brasil, a Ética na pesquisa é normatizada pela Resolução n. 196, de 1996, da Comissão Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. E isto ocorreu por causa do desrespeito aos humanos participantes de pesquisas, principalmente as realizadas pelos nazistas com judeus na Segunda Guerra Mundial. Essas pesquisas deram origem aos documentos internacionais e aos documentos existentes hoje que preservam a vida dos seres humanos envolvidos em pesquisas.
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Biologia: A demanda por estudos que avaliem a percepção ética, moral e legal no uso de animais, domésticos e selvagens, na alimentação, vestuário, trabalho, entretenimento, companhia, pesquisa e ensino tem sido cada vez mais expressiva. Além disso, na busca por um diagnóstico que propicie melhores condições de bem-estar aos animais cativos, por meio da aplicação do enriquecimento ambiental, a sociedade tem exigido mudanças nos paradigmas éticos relativos ao modo como o homem trata os animais.
Enfermagem: A Enfermagem atua no cuidado do ser humano nas ações de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação da saúde do indivíduo, família e comunidade. O avanço tecnológico na área da saúde, com o poder de intervenção na vida das pessoas e da sociedade, gera situações de dilemas éticos e, consequentemente, reflexão crítica sobre a prática profissional do enfermeiro.
Medicina: Podemos dizer que a Bioética é uma transformação da milenar ética médica, pois, embora a Ética tenha sempre estado presente na Medicina, com a Bioética a reflexão se amplia para outros profissionais envolvidos e analisa a importância de outras realidades e contextos que vão além do contexto biomédico.
Como você pode perceber... A Bioética está tão próxima do nosso dia a dia, e envolve tantas questões delicadas em torno da sociedade, que se torna fundamental, diante dos conflitos, frequentes, que o avanço científico nos traz. Para simplificar e, propormos uma reflexão, segue uma lista de sugestão de filmes em que você pode visualizar a forma como a Bioética se envolve e é tratada no nosso contexto. Gattaca (1997) Ao mostrar que, no futuro, os seres humanos podem ser geneticamente criados em laboratório, a partir de modelos, e que o processo natural de geração da vida passaria a ser concebido como o gerador de “inválidos”, o filme de ficção científica carrega em seu enredo uma forte questão ética, na medida em que permite questionar os critérios na escolha dos modelos considerados
Jardineiro fiel (2005) Mostra a relação de governos e das grandes multinacionais com o setor farmacêutico, com testes de medicamentos em seres humanos. Os testes eram primeiramente manipulados de acordo com o objetivo da pesquisa e os resultados sobre os efeitos colaterais eram omitidos, divulgando-se, unicamente, os possíveis benefícios.
Mar adentro (2004) Mostra a história de um marinheiro que, aos 26 anos, fica tetraplégico e permanece na cama por 28 anos. Ele decide lutar na justiça pelo direito de decidir pela sua própria vida e morrer com dignidade. Sua opção, no entanto, confronta-se com as questões morais, religiosas, sociais e até familiares.
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... [Bioética] é a reflexão do que é o melhor a ser feito em relação à determinada situação em que se deve tomar uma decisão. Mário Antonio Sanches
Coordenador do Mestrado em Bioética da PUCPR Fotos: Divulgação
pesquisa
Uma solução sustentável
Fotos: Divulgação
O que é lixo para uns, virou produto de valor para outros. PUCPR faz combustível natural a partir do óleo de cozinha.
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“O que fazer com o óleo da fritura?” Por vezes, essa é uma pergunta frequente entre donas de casas e profissionais que trabalham em restaurantes. Com o descarte adequado e passando por um processo específico, esse resíduo pode virar energia. Desde 2010, pesquisa desenvolvida pelos professores e alunos de Engenharia Química da PUCPR, por meio do PIBIC, tem buscado maneiras de produzir biodiesel1 a partir do óleo de fritura. A alternativa já é considerada sustentável e viável. Você já pensou em como contribuir para a redução do efeito estufa? Você já parou para pensar que fontes de energias não renováveis podem se esgotar em poucos anos? “Existe a previsão de que o petróleo se esgotará em 50 anos, daí a importância da produção dos combustíveis alternativos”, explica Nei Hansen, professor de Engenharia Química da PUCPR e doutor pela Universidade de São Paulo (USP). Foi entendendo essas problemáticas que a PUCPR montou uma unidade de fabricação de biodiesel, com foco no desenvolvimento sustentável, visando a suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender às demandas das futuras gerações.
Destino sustentável
Para manter os princípios básicos da sustentabilidade, é preciso matéria-prima barata e tecnologia não poluente. É o que acontece na unidade de biodiesel da PUCPR, instalada na Fazenda Gralha Azul. O espaço, financiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), é uma unidade-piloto, a partir da escala de laboratório, que usa óleo de fritura e álcool etílico como matérias-primas, com capacidade de produção de 100 litros/dia de biodiesel. “O projeto da FINEP termina em 5 de novembro de 2012, e todos os objetivos propostos foram atingidos”, aponta o professor Hansen.
Existe a previsão de que o petróleo se esgotará em 50 anos, daí a importância da produção dos combustíveis alternativos. Nei Hansen Professor de Engenharia Química da PUCPR
1 O biodiesel é um combustível natural produzido a partir de fontes renováveis, como óleos vegetais, gordura animal e óleos e gorduras residuais.
João Borges
Professor Nei Hansen, do Curso de Engenharia Química da PUCPR.
Além do problema ambiental, o óleo de soja, do qual é feito o biodiesel tradicional, é caro. Já o óleo de fritura tem somente o custo de coleta. “Se compararmos o custo do óleo de soja com o óleo de fritura, é promissora sua economicidade”, explica Hansen. Então, o próximo passo “é oferecer a nossa tecnologia para proprietários de empresas de
ao diesel de petróleo. Nos Estados Unidos, por exemplo, a mistura do óleo de fritura ao óleo diesel de petróleo pode ser de até 10%”, diz Hansen. O Brasil, como país mais desenvolvido em tecnologia de fabricação de biodiesel, tem como objetivo na área seguir esse caminho e diminuir cada vez mais a dependência do diesel de petróleo.
transporte, que, ao construir uma unidade, poderiam produzir seu próprio combustível com respaldo na lei”, aponta o professor ao ver perspectiva mercadológica para o produto. Desde 2004, com o lançamento do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, o Brasil tem ganhado destaque no meio. “Hoje, pela lei, são adicionados 5% de biodiesel
A substituição do óleo diesel mineral pelo biodiesel resulta na redução de emissões de:
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VOCÊ SABIA?
- 26,8% - 20%
l A cada 3,8 litros de gasolina queimada por um automóvel, 10 kg de CO2 são liberados na atmosfera.
- 14,2% - 9,8% - 4,6% Enxofre
Anidrido
Hidrocarbonetos
Material
Óxido de
carbônico
não queimados
particulado
nitrogênio
Laboratório de Desenvolvimento de Técnologias Limpas
Fonte: www.biodieselbr.com/efeito-estufa/gases/emissoes.htm
Para produzir 1 litro de biodiesel, é necessário 1,25 litro de óleo de cozinha.
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1 litro de óleo pode contaminar 25 mil litros de água.
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FF Fotos Fernando
entrevista
Satisfação não é uma métrica absoluta Especialista defende a segmentação como forma de atender às expectativas O renomado pesquisador da área de Marketing, V. Kumar, ministrou palestra e workshop na PUCPR.
24 Por Vivian Lemos O professor V. Kumar, durante o segundo dia de workshop, em entrevista exclusiva à PUCPR, defendeu que as empresas não devem buscar a satisfação de seus clientes de forma padronizada. “Devese satisfazer os clientes mais rentáveis de uma forma, e os menos rentáveis, de outra. Por exemplo, para aqueles clientes de maior valor, a empresa pode deixar um telefone à disposição para resolução de problemas. Os demais podem ter outro canal – o site da companhia é um exemplo”.
Para o professor, a parceria entre a Global Marketing Network (GMN) e a PUCPR (iniciativa inédita para realizar, em Curitiba, workshops presenciais em inglês com renomados experts) contribuirá para disseminar conhecimento entre os executivos de marketing no Brasil. “Um dos objetivos da GMN é ter uma boa conexão com a comunidade de negócios local. Ter parceria com uma universidade como a PUCPR contribuirá para que os profissionais de marketing do Brasil tenham acesso às últimas tendências
e informações do mercado mundial e também aproximará a academia e a comunidade de negócios”. O público que compareceu aos dois dias de workshop causou boas impressões em Kumar: “Fiquei muito feliz com o nível de engajamento nas discussões pelos profissionais aqui presentes. Em alguns países os participantes ficam extremamente quietos, seja pela timidez ou pela barreira da língua, mas aqui as pessoas estão muito participativas. Temos 15 indústrias diferentes representadas, o que
Divulgação
O Brasil é um dos países mais rápidos em crescimento e um dos maiores mercados da atualidade.
O aluno Iago com o pesquisador Kumar (ao centro) e a coordenadora do curso de Secretariado Executivo, Sara Regina Hokai.
enriquece o nível da discussão, pois traz realidades distintas. Tenho um estilo que convida à participação e o público reagiu muito bem”, comenta. De acordo com o indiano, um dos maiores desafios do Brasil para manter seu crescimento é investir na educação: “O Brasil é um dos países mais rápidos em crescimento e um dos maiores mercados da atualidade. O país está fornecendo oportunidade para que multinacionais fabriquem e comercializem seus produtos aqui. No entanto, a educação precisa acompanhar esse ritmo. É preciso que mais universidades tenham essa proposta de aproximar a academia e a comunidade de negócios. Nos Estados Unidos esse intercâmbio entre indústria e universidade é muito comum. Há muita procura, por parte das indústrias, pelas universidades, especialmente para desenvolver pesquisas”. Entre os principais desafios do profissional de marketing da atualidade estão as novas possibilidades de comunicação, abertas sobretudo pela tecnologia: “As ferramentas online têm grande destaque na
atualidade, inclusive nas economias em desenvolvimento. Muitas estratégias estão sendo desenvolvidas pensando no mobile, mas eu penso que ainda há um longo caminho até que se atinja o consumidor da forma correta neste meio. Hoje, na Índia, se recebemos uma mensagem de propaganda por meio do celular, nosso impulso mais comum é apagá-la. Já se uma pessoa bate à nossa porta para fazer uma propaganda, há mais chance de ouvirmos. É preciso entender o comportamento local. Acho que o mercado ainda não entendeu a forma correta de fazer essa pessoa se engajar e abrir a mensagem. É mais uma questão de entender o comportamento do consumidor localmente do que da tecnologia”. Para Kumar, a segmentação é a chave do sucesso: “A segmentação é algo crítico para o sucesso. O Brasil será um grande foco de crescimento para as multinacionais, mas é preciso fazer um produto global ter a cara do mercado local. É preciso entender que tipo de produto e promoções funciona para a comunidade local”.
Aluno com melhor desempenho no Exame Multidisciplinar da Escola de Negócios participa de workshop com V. Kumar Estudante do curso de Secretariado Executivo foi convidado para workshop como reconhecimento pelo bom desempenho
Aluno do curso de Secretariado Executivo da PUCPR, Iago Hitoshi Ueki conquistou o melhor desempenho no Exame Multidisciplinar da Escola de Negócios da PUCPR. Como reconhecimento, ele foi convidado para participar do workshop promovido pelo pesquisador V. Kumar, referência mundial da área de Marketing. Kumar é um dos cinco primeiros na lista de escolas de Marketing no mundo, presidente de Marketing e diretor executivo no Center for Excellence in Brand & Customer Management e professor na J. Mack Robinson College of Business, da Georgia University, EUA. O workshop aconteceu nos dias 3 e 4 de outubro.
Escola de Direito promove Congresso Internacional A ministra do STJ, Eliana Calmon, encerrou o Congresso de Direito da PUCPR na última sexta-feira (19). Ela foi recebida pelo decano da Escola de Direito da Universidade, Alvacir Nicz, e a coordenadora do curso, Marilena Indira Winter. O reitor da Universidade, Clemente Ivo Juliato, também prestigiou a palestra da ministra.
Ministra Eliana Calmon (ao centro) ao lado dos representantes da PUCPR.
Aluna de Jornalismo da PUCPR comanda programa de TV sobre futebol
Samara em ação, durante a gravação do programa.
2ª Semana de Moda da PUCPR revela novos talentos A aluna Mariana Pietrobelli, do 4° período do curso de Design de Moda da PUCPR, levou o 1º lugar no 2º Concurso de Novos Talentos de Design de Moda da PUCPR, ocorrido durante a 2ª Semana de Moda da Universidade. Neste ano, o concurso teve como tema looks em retalhos de tecidos, incentivando a sustentabilidade. A Semana de Moda da PUCPR é realizada pela Escola de Arquitetura e Design e propõe um ambiente de aprendizado, fomentação da criatividade, inovação de ideias, inspiração, interdisciplinaridade e preocupação ambiental.
Samara Macedo concorreu com mais de 30 candidatos e foi a escolhida para apresentar o programa Nação Coxa Branca, do canal PFC (121 da Sky). O programa é quinzenal, tem 30 minutos de duração e traz informações sobre o Coritiba, sua torcida e os bastidores do esporte. O diferencial dessa produção é que o Coritiba é o primeiro clube a ter um programa exclusivo na TV. Para a estudante, o estágio está sendo a realização de um sonho. “Eu comecei o curso de Jornalismo com o intuito de trabalhar em TV. Acredito que o Nação Coxa Branca será uma vitrine que pode me abrir muitas outras portas”, afirma.
João Borges
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João Borges
drops
Mariana, segurando o prêmio, ao lado da coordenadora do curso de Design de Moda da PUCPR, Camila Ferreira, e das modelos que desfilaram com as peças premiadas.
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Annelise Mileo interpreta a protagonista Maria Rosa em uma das séries do Casos e Causos.
Estudante de Teatro da PUCPR estreia na televisão este mês A paraense Annelise Mileo saiu de sua terra natal para morar em Curitiba e aprimorar o sonho de ser atriz. “Eu sempre quis ter um diploma na área de interpretação teatral, e escolhi a universidade para ser o meu diferencial no mercado de trabalho”. O que ela não imaginava era que, em pouco tempo, daria um salto em sua carreira. A dedicação aos estudos e a paixão pela atuação levaram Annelise a ser escalada como protagonista de uma das séries do Casos e Causos, programa da RPCTV. Ela estreia na televisão, em novembro, interpretando Maria Rosa, uma das seguidoras mais fervorosas do monge José Maria, figura central na Guerra do Contestado. “Nunca tive outro sonho que não fosse viver personagens. Maria Rosa foi um grande presente. Para mim, foi um lindo desafio, como atriz, viver uma menina de 14 anos que tem uma fé enorme e consegue convencer 10 mil soldados a lutarem pelas suas terras”.
Thales Marcon Almeida, 20 anos, é o primeiro colocado no Vestibular de Verão 2013 da PUCPR. Ele comemora a conquista da bolsa de estudos para o curso de Medicina com o vicereitor da PUCPR, Paulo Mussi, e com o reitor da Universidade, Clemente Ivo Juliatto. Thales mora em São Paulo e a PUCPR foi a única instituição paranaense em que prestou vestibular. Para se preparar, faz cursinho pré-vestibular, além de aulas particulares nas disciplinas em que tem mais dificuldade. Entre aulas e tarefas de casa, foram mais de sete horas de estudo diárias. Mesmo assim, o resultado foi uma surpresa. “Fiquei assustado quando o vice-reitor da PUCPR me ligou informando a minha classificação. Depois do susto, foi só festa”, disse.
João Borges
Primeiro lugar no vestibular da PUCPR
Thales Almeida comemora a conquista da bolsa de estudos para o curso de Medicina com o vice-reitor da PUCPR, Paulo Mussi (à esq.), e com o reitor da Universidade, Clemente Ivo Juliatto.
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pastoral
Vida Universitária
além das salas
Por meio dos mais variados projetos, os Núcleos de Pastoral dos câmpus universitários da PUCPR proporcionam experiências diferenciadas ao acadêmico
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PARTICIPE Os estudantes podem participar engajandose naquelas ações planejadas e ofertadas pela Pastoral, ou ainda sugerindo ações, projetos e parcerias que tenham relação com os objetivos específicos da Pastoral. Clique lá no <www.pucpr.br/pastoral> ou passe na Pastoral do seu câmpus para viver essa experiência.
interdisciplinar. “Foi por meio da Pastoral que descobri que a vida universitária não é apenas sala de aula, mas, sim, uma jornada da vida”, completa o aluno do 4º período de Letras, Hong Ruwen. “Esse é grande diferencial da Pastoral. Faz a gente se sentir mais acadêmico da Pontifícia Universidade Católica. Eu não consigo mais vir para a PUCPR sem passar pela Pastoral, pois é uma verdadeira fonte de juventude e de ’identidade’ com o selo Universidade”, declara Rodolff Nunes da Silva, acadêmico do 9º período de Medicina, do Câmpus Curitiba.
Curitiba Acervo da Pastoral
Uma experiência única! É o testemunho de todos aqueles que participam das vivências oferecidas pelos Núcleos de Pastoral nos câmpus da PUCPR. Um dos objetivos da Pastoral é fortalecer o diálogo constante e enriquecedor entre Ciência e Fé, valorizando as sociedades e as culturas, sob uma perspectiva cristã da realidade. Ela proporciona, de um lado, a oportunidade de o aluno aprofundar temas ligados à solidariedade, justiça, comprometimento social e compromisso com o meio ambiente, e, por outro lado, espaços importantes para o enriquecimento de suas relações humanas, convivência e cultivo pessoal. E há quem pense que na Pastoral fala-se apenas de religião. A coordenadora do Núcleo Pastoral do Câmpus Curitiba, Ana Langner, mostra que não. “A Pastoral promove ações que visam a possibilitar ao universitário a vivência de valores universais, tais como a ética, o respeito, o diálogo enriquecedor com o ’diferente’”, explica. O professor da PUCPR, Dr. Marciano Cunha, aponta que a “Pastoral é vida, é juventude, é dinamismo, é vínculo e, por que não, religião – mas religião no sentido etimológico da palavra, porque promove espaços de convivências”. A PUCPR, por sua identidade cristã, tem a missão de dedicar-se sem reservas, por meio da educação, à formação de cidadãos éticos, justos e solidários para a transformação da sociedade, “por isso, torna-se o espaço onde os conhecimentos são partilhados, confrontados, sistematizados, constituídos em Sabedoria, e colocados a serviço da vida”, aponta a coordenadora Ana, ao explicar a promoção e o objetivo do convívio
PUC Solidária “O projeto tem como foco importante a interdisciplinaridade entre alunos, professores e a comunidade. O trabalho do assistente social tem como objetivo garantir direitos e assistência para a população em vulnerabilidade social. O PUC Solidária faz isso de forma organizada e planejada, lutando contra os problemas das injustiças que podem afetar os desamparados socialmente e, com isso, posso vivenciar na prática o meu fazer profissional.” Matilde Ventura Luciano 6º período de Serviço Social, Câmpus Curitiba
Maringá Acervo da Pastoral
Acervo da Pastoral
Londrina
ACAMPUC “É um acampamento que proporciona o contato com a natureza e imprime caráter de coletividade, companheirismo, integração e superação, demonstrando a importância da relação consigo, com o próximo, a natureza e com Deus. O ACAMPUC é um espaço forte de amizade, simplicidade e convivência, onde os acadêmicos deixam de ser futuros advogados, médicos, engenheiros, etc. e se entregam ao momento. São claros a satisfação e o crescimento de todos os que participam, conhecem acadêmicos de outros câmpus e enraízam novos laços de amizade.”
Constituição em Evidência “Incrível perceber que não estamos sozinhos, a distância entre as turmas se mostrou mínima assim que decidimos trabalhar juntos. Encontramos colegas com a mesma visão sobre o curso, cientes da importância de mostrar o Direito e a Constituição de maneira acessível e evidente no cotidiano. Agora vemos o resultado do projeto também em nós, pois percebemos que, assim como o Direito, os acadêmicos caminham melhor em unidade.”
Douglas Rocha Paixão, 20 anos 4º período de Direito, Câmpus Londrina
Naiara Coelho, 19 anos 4º período de Direito, Câmpus Maringá
Acervo da Pastoral
Toledo Acervo da Pastoral
São José dos Pinhais
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Missão Universitária Henri Vergès “Saímos do Câmpus São José como acadêmicos e retornamos como graduados na vida. Aprendemos muito durante aquela semana realizada entre 30 de junho e 7 de julho de 2012, em Guaraqueçaba (PR), aprendemos lições de vida, tais como partilha, convívio, paciência, respeito com os diferentes, ser diferente e amor ao próximo. Creio que a missão se resume em uma palavra: amor. Amor foi realmente o sentimento exalado por todos, tanto dos moradores para conosco, quanto dos jovens para aquela comunidade.” Luiza Janaina Rosa, 22 anos 8º período do curso de Agronomia, Câmpus São José dos Pinhais
Fórum de Juventudes “Os jovens de Toledo e região foram agraciados com o Fórum de Juventudes, ocorrido no dia 18 de agosto, com o tema Juventude e Política: responsabilidades e desafios. O Fórum teve como objetivo fomentar discussões relacionadas à realidade juvenil. Um aspecto positivo do evento foi a presença de muitos jovens das mais diversas realidades. Isso mostra que muitos deles estão dispostos a assumir responsabilidades e fazer a diferença. Parabenizo a iniciativa e, como jovem, digo que temos que ‘mostrar nossas caras’ e ocupar nossos espaços. Só assim seremos de fato a mudança que queremos ver.” Jéssica Manfrin, 21 anos 6º período de Engenharia Ambiental, Câmpus Toledo
registro
A abertura do evento contou com a presença de várias autoridades governamentais, empresariais e acadêmicas.
João Borges
João Borges
Uma parceria da PUCPR com o Sistema FIEP e a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, promoveu, no dia 16 de outubro, mais uma edição do Inovatec Paraná. O evento reuniu as maiores instituições de pesquisa do Estado, a fim de promover a interação indústria/academia em projetos de inovação tecnológica. O objetivo da promoção é oportunizar que universidades e institutos de pesquisa apresentem tanto suas competências como os projetos já patenteados, que aguardam parcerias para serem levados ao mercado.
João Borges
Inovatec Paraná 2012
Coordenadora do curso de Turismo da PUCPR, Raquel Panke Apolo, com a revista online em mãos.
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Caderno de Estudos e Pesquisa do Turismo
O curso de Turismo da Escola de Negócios da PUCPR lançou o Caderno de Estudos e Pesquisa do Turismo. Na revista, que é online, serão publicados trabalhos que promovam a difusão de estudos, pesquisas e documentos relativos à área do Turismo, dando ênfase para o desenvolvimento socioeconômico e cultural, abordando temas emergentes capazes de suscitar a troca de informações, bem como o debate de questões nesse campo do conhecimento. Para conhecer, acesse: <www2.pucpr.br/reol/index.php/TURISMO>.
Coordenadora do curso de Engenharia Ambiental da PUCPR, Fabiana Andreoli, durante o evento.
Fórum de Sustentabilidade
O curso de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica da PUCPR, promoveu, de 23 a 25 de outubro, o 2º Seminário Internacional de Sustentabilidade Ambiental Urbana: Revitalizações de Rios Urbanos. O evento, que aconteceu no teatro da PUCPR (Tuca), teve como objetivo promover o intercâmbio entre pesquisadores e profissionais de diversas áreas do conhecimento, interessados e envolvidos em estudos sobre revitalização e naturalização de rios urbanos, proporcionando subsídios à pesquisa, ao ensino e à extensão.
Vidal Martins, decano da Escola Politécnica, fez a abertura do Fórum.
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A PUCPR recebeu o 2º Mini Fórum de Aplicação de Ingredientes Funcionais: Cereais e Vegetais, que aconteceu em 26 de outubro, no Câmpus Curitiba. Esta edição, que traz este tema pelo destaque da região como produtora de hortifrutigranjeiros, sucos e néctares de trigo, incluindo moagem, panificação, massas e biscoitos, é uma continuidade do 1° Mini Fórum de Aplicação de Ingredientes Funcionais: Produtos Lácteos, realizado com sucesso, em junho, em Ponta Grossa (PR).
João Borges
2º Mini Fórum de Aplicação de Ingredientes Funcionais
5º Encuentro Internacional Marista de Instituiciones de Educación Superior aconteceu na Cidade do México.
PUCPR no Encontro Internacional Marista
O reitor da PUCPR, Clemente Ivo Juliatto, participou do 5º Encuentro Internacional Marista de Instituiciones de Educación Superior. O evento aconteceu em outubro, na capital do México, ocasião em que foi assinado o certificado de filiação da PUCPR à Rede Marista Internacional de Instituições de Educação Superior.
I Simpósio de Clínica Médica
A Escola de Medicina da PUCPR promoveu o I Simpósio de Clínica Médica, no dia 22 de outubro. Com o objetivo de esclarecer aspectos fundamentais ao desempenho da carreira médica, foram promovidas palestras com temas como segurança de pacientes, interação entre farmacologia e medicina, solicitação de exames complementares. O evento contou ainda com uma conferência com dicas para o profissional elaborar um currículo médico e encerrou com uma palestra sobre o futuro do ensino médico.
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vem aí
Cursos Cisco CCNA Exploration e CCNA Security Estão abertas as inscrições para as turmas de 2013 da Academia Cisco Oficial PUCPR. São ofertados cursos dos currículos oficiais Cisco CCNA Exploration e CCNA Security (Segurança de Redes). Mais informações e inscrições no site <www.pucpr.br/cisco>.
Inscrições para Mestrado em Informática Os interessados em ingressar no curso de Mestrado em Informática da PUCPR podem se inscrever até o dia 30 de novembro. O início das aulas é em março de 2013. O curso possui seis linhas de pesquisa e já contabiliza 254 dissertações de mestrado e oito teses de doutorado defendidas. Mais informações no site <www.ppgia.pucpr.br>.
Estágio em Cirurgia do Joelho no Hospital Cajuru O Grupo do Joelho do Hospital Universitário Cajuru (HUC), da PUCPR, coordenado pelo médico Fabiano Kupczik, está com inscrições abertas para duas vagas de estágio em cirurgia do joelho, com início em 2013. Podem se inscrever médicos ortopedistas com título da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Interessados devem enviar currículo resumido mais duas cartas de recomendação para o e-mail <fabianokupczik@yahoo.com.br>, até 30 de novembro. O resultado será divulgado até 15 de dezembro.
32 Exposição itinerante Projeto Comunitário 10 anos Desde o fim de outubro, a exposição itinerante Projeto Comunitário PUCPR: Ano 10 está passeando pelos blocos da Universidade. Amostra, com projeto gráfico do professor Ivens Fontoura, curador do Museu Universitário da PUCPR, e textos de Cesar Augusto Rufatto, do Núcleo de Projetos Comunitários, faz parte dos eventos comemorativos dos 10 anos do Projeto Comunitário e apresenta a trajetória de suas atividades. A exibição segue até dezembro.
Quarta Brasileira
Lumen FM, inspirada pelo Dia Nacional da Música Popular, decreta que toda quarta-feira é dia de música nacional
Fotos: Divulgação
Por Juliana Sartori
A Lumen FM está com uma novidade na programação, que é a Quarta Brasileira. Agora, às quartas-feiras a 99.5 só toca música nacional. São 24 horas com clássicos, novidades, passando por todos os ritmos e sotaques. É um dia inteiro para reunir um pouquinho da grande e rica produção musical do Brasil. Como a Lumen FM – que já se intitula a rádio da MPB em Curitiba – sempre priorizou a música brasileira na programação musical, fazer um dia inteiro na semana somente com canções nacionais foi apenas uma ação a mais para valorizar os artistas brasileiros. Essa ideia surgiu após a homenagem que a Lumen FM fez ao Dia Nacional da Música Popular, de outubro – uma lei, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, instituiu a comemoração, celebrada no dia do nascimento da pianista e regente Chiquinha Gonzaga, primeira compositora popular do Brasil. A programação especial da Lumen FM nesse dia agradou os ouvintes, que se manifestaram positivamente, elogiando a iniciativa e pedindo mais espaço para a música brasileira no rádio. Resolvemos atender aos pedidos e implantar um dia por semana só com a nossa música.
Bem brasileira Tem muita novidade boa pra prestar atenção na música nacional e a maioria dos artistas teve trabalho lançado em 2012. l Novatos: a safra de novas cantoras – Céu, Tulipa Ruiz, Maria Gadú, Ana Cañas, Roberta Sá, Tiê – possui, cada uma, trabalho autoral e diferenciado que merece ser apreciado. Tem ainda os compositores de canções melódicas e introspectivas, como Marcelo Jeneci. O pessoal do rap, a exemplo do Criolo, ou o som maluco com toques eletrônicos do Curumim, não ficam para trás. l Veteranos: eles continuam com todo o gás lançando discos novos: Djavan lançou em outubro o Rua dos Amores, no qual voltou a compor bem ao seu estilo já consagrado há vários anos. O pessoal do pop, como Nando Reis e Capital Inicial, já estão com canções novas na rádio.
O Lumenoso faz parte da Lumen Comunicação, que mantém a Lumen FM, a Lumen Clássica e a Clube FM.
Cultura é
fácil
mundo melhor
Arielly C. de Moura Grande
Divulgação
João Borges
Prática de sucesso
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A acadêmica Ana Luiza está a direita, junto com as crianças participantes e as Irmãs responsáveis pela instituição. Apresentação do espetáculo Dito e Feito.
De 2 a 17 de setembro, acadêmicos do curso de Teatro realizaram o Projeto Comunitário com seis apresentações do espetáculo infantil Dito e Feito, no teatro Leopoldo Scherner, no Câmpus São José dos Pinhais. O espetáculo surgiu como uma iniciativa da Companhia do Intérprete e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de São José dos Pinhais e abordou questões de natureza artística, social e ambiental. Com orientação do professor Elderson Melo, os alunos Luann Vianna da Conceição e Valter Emanuel dos Santos, do 6º período do curso de Teatro, protagonizaram a peça, que fala do abandono de animais e gira em torno da vontade do menino Oscar, representado por Luann, em ter um animal de estimação. Quando Oscar é presenteado por sua mãe com um cãozinho, percebe que o animal não possuía o movimento das pernas nem podia latir. Um amigo do garoto, Pedrinho, representado pelo acadêmico Valter, orienta-o a abandonar o animal, mas " Oscar resolve ficar com o bichinho e amá-lo da mesma forma, dizendo que “todos os animais e todas as pessoas são diferentes um do outro e precisam ser amados”.
Acadêmicos do curso de Teatro, vinculados ao Projeto Comunitário, apresentaram o espetáculo Dito e Feito Por Arielly C. de Moura Grande Colaboradora do Núcleo de Projetos Comunitários
A peça foi apresentada de forma lúdica e interativa: as crianças conversavam com o personagem principal, inclusive orientando Oscar no que deveria fazer. O espetáculo também mostra às crianças que ter um animal em casa não é como ter um brinquedo – o animal exige cuidados, e a peça orienta como de cuidar de um. Nos seis dias de apresentação, o público foi composto por estudantes da rede pública de ensino do município de São José dos Pinhais. De acordo com o acadêmico Luann Vianna, o Projeto Comunitário é essencial, fornece autoconhecimento e leva conhecimento para os outros. Para ele, apresentar a peça de teatro às crianças fez diferença em sua vida. “É tocante perceber que as crianças entendem a mensagem de como lidar com a diferença, seja ela qual for. No dia em que a APAE estava presente, uma das alunas com dificuldades especiais disse a frase: ‘O que eu entendi do teatro foi que você deve amar a diferença. O cachorrinho tinha problema para andar e latir, mas o menino e a mãe cuidaram dele e deram muito amor e carinho’. E foi com essa frase que ela deixou todos da equipe e da prefeitura estarrecidos”.
O Projeto Comunitário se inscreve no contexto das questões sociais da contemporaneidade, em sintonia com a dinâmica e as perspectivas de todo o Instituto Marista ao qual pertence. Com a iniciativa, a PUCPR deseja que seu acadêmico, como cidadão e cristão, tenha um coração sensível, capaz de se indignar com as situações de injustiça, e esteja disposto a lutar por uma nova sociedade, marcada pela solidariedade, pela promoção humana e pelo senso de justiça. Ir. Antônio Benedito de Oliveira Vice-presidente executivo do Grupo Marista – Divisão APC
VOCÊ CONHECE O MASA? A cada ano, a PUCPR realiza o mapeamento de todas as atividades sociais e/ou ambientais desenvolvidas por seus acadêmicos, colaboradores e professores. O cadastro tem por objetivo propor ações de integração entre os diversos elos e suas atividades, levando à concretização das interfaces institucionais, conhecer e divulgar as diversas ações que compõem a estrutura da PUCPR. Isso é o MASA. Caso tenha realizado alguma atividade de cunho social e/ou ambiental ligada à PUCPR, cadastre-a no sistema IGER até 23 de novembro de 2012: Menu iniciar>Atividades sociais> Cadastro de atividades sociais. Para saber quais os tipos de atividades podem ser cadastradas, acesse: <www.pucpr.br/masa>.