Revista GBC Brasil #6

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GBC G R E E N

REVISTA

REVISTA

B U I L D I N G

C O U N C I L

BRASIL

C O N S T RU I N D O U M F U T U RO S U S T E N TÁV E L

ANO2 / Nº6 / 2015

GREENBUILDING BRASIL 2015: REFORÇANDO AS TENDÊNCIAS PARA UM FUTURO SUSTENTÁVEL Rio de Janeiro lança movimento rumo à Resiliência VA Casa da Praia é primeira loja LEED Platinum no país LEED Dynamic Plaque: desempenho em tempo real

DOSSIÊ ESPECIAL CLIMATIZAÇÃO: INTEGRAÇÃO COMO SOLUÇÃO

VIBEDITORA


2016 09 a 11 AGOSTO

2016

SP EXPO EXHIBITION & CONVENTION CENTER

SÃO PAULO - SP

CALL FOR PROPOSALS

e CALL FOR REVIEWERS

INSCRIÇÕES ABERTAS EM 13/11 !!!

O PODER DA TRANSFORMAÇÃO EM SUAS MÃOS

O sucesso da Greenbuilding Brasil 2016 também depende da sua participação! Compartilhe sua expertise, experiências, cases de sucesso e novos empreendimentos com os nossos congressistas. As inscrições estão abertas a partir de 13 de novembro. O nosso objetivo em 2016 é enfatizar a contribuição da comunidade da construção sustentável para a apresentação de conteúdos relevantes, atuais e necessários.

FIQUE ATENTO ÀS NOVIDADES DESTA EDIÇÃO: 2016

Realização simultânea à nova feira High Design - Home & Office Expo no SP Expo Exhibition & Convention Center. Encontro mais forte e abrangente para os setores de Arquitetura, Construção e Design Greenbuilding Brasil manterá seu foco em sustentabilidade dentro destes segmentos Mais de 15 mil profissionais reunidos 25 mil metros quadrados de área total Mais de 200 marcas em exposição.

A partir de 2016 a Greenbuilding Brasil contará com a expertise do Informa Group, grupo multinacional líder mundial na organização de Conferências e Feiras com forte operação no Brasil, responsável por feiras como Greenbuild EUA e Mediterrâneo, World Concrete Show, Designjunction, Dwell on Design, Interior Design Show, ForMóbile, Expo Revestir e Fórum Internacional de Arquitetura e Construção, entre outras.

Acesse nosso site e apresente sua proposta ou se candidate a ser um de nossos revisores! Você também pode fazer parte da transformação!

www.informagroup.com.br/greenbuilding Mais informações sobre o evento: greenbuilding@informa.com


Foco nas tendências e evolução

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO MEMBROS DO CONSELHO Manoel Gameiro - Trane - Presidente José Moulin Netto - Vice presidente José Cattel - Alcoa Celina Antunes - Cushman & Wakefield Mark Pitt - Sherwin Williams Hugo Rosa - Método Carmen Birindelli - WTorre Convidada: Thassanee Wanick - Fundadora do GBC e Cônsul Geral da Tailândia no Brasil

O ano de 2015 tem passado rapidamente, o mercado da construção sustentável evolui a passos largos à medida que as adversidades vão surgindo em nossa sociedade. A busca por novas soluções, tecnologias, equipamentos e processos, mostra o quão engajado o mercado está frente aos problemas do nosso planeta. É um pouco desta evolução contínua que trazemos nas edições da Revista GBC Brasil.

CONSELHO FISCAL Renato Alahmar - 3M Guido Petinelli DIRETOR GERENTE Felipe Faria

Esta edição traz a cobertura de um dos maiores eventos da construção sustentável no Brasil, a 6° Greenbuilding Brasil, Conferência Internacional e Expo, que contou com a participação diversos palestrantes e congressistas do Brasil e do mundo, que compartilharam suas experiências de sucesso. Em especial a ilustre presença da ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que explanou sobre os desafios da sustentabilidade em nosso país.

LUIZ SAMPAIO DIRETOR EXECUTIVO VIB Editora

DIRETOR EXECUTIVO Luiz Sampaio lfsampaio@vibcom.com.br REDAÇÃO Bruna Dalto - MTb 72943 Verônica Soares - MTb 13093 Patrícia Braga redacao@vibcom.com.br DIRETORA COMERCIAL Cibele Oliveira coliveira@vibcom.com.br COMERCIAL Douglas Alves dalves@vibcom.com.br Taís Colares revistagbc@vibcom.com.br © Bianca Wendhausen

Ainda nesta edição, você poderá conferir as novidades e as tendências sobre o setor de ar condicionado, conforto térmico e qualidade ambiental através da seção “Especial Climatização”, além de explicar sobre as diversas regulamentações voltadas para atender este setor, bem com sua constante evolução. Empresas especializadas em instalação de sistemas, fabricantes e fornecedores mostram suas estratégias em projetar, executar e operar de forma mais eficiente. É olhando para as tendências e absorvendo novas experiências que a Revista GBC Brasil se empenha em aproximar-se de você, leitor, promovendo informação de qualidade para um futuro sustentável.

VIBEDITORA

FINANCEIRO Roseli Pereira adm@vibcom.com.br DESIGN GRÁFICO E EDITORIAL VIB EDITORA REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO VIDA IMOBILIÁRIA BRASIL - VIB EDITORA Rua Roque Petrella, 46 - sala 501 Brooklin - São Paulo - SP CEP 04581-050 Tel/Fax: 11 5078 6109 www.vidaimobiliaria.com.br RESPONSÁVEL DO GBC Maíra Macedo

Capa: Divulgação GBC Brasil

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índice

GBC G R E E N

REVISTA

B U I L D I N G

C O U N C I L

BRASIL

C O N S T RU I N D O U M F U T U RO S U S T E N TÁV E L

ANO2 / Nº6 / 2015

EDITORIAL...................................................> 3 COLUNA GBC..............................................> 6

GREEN PAGES

MARINA SILVA.................................> 8

PROJETO DESTAQUE...........................> 14

INOVAÇÃO...................................................> 18 DESEMPENHO.............................................> 20

CAPA

COBERTURA DO EVENTO..............> 26 2015

agosto/august, 201536 VIDA SUSTENTÁVEL ...................................> 6 11 - 13 de

Qualidade

Produto

Energia

Água

Qualidade

Materiais

Energia

Arquitetura & Projetos

Arquitetura e Projetos

opção 2

ª/th

O EDIÇÃ N EDITIO

Água

opção 1

Transamerica Expo Center | São Paulo/SP - Brasil/Brazil

opção 3

ESPECIAL CLIMATIZAÇÃO

Planta do Evento/Floor Plan INTRODUÇÃO.............................................................> 40 PRÊMIO SMACNA 2015.....................................> 46 SALA/ROOM 1

SALA/ROOM 2

SALA/ROOM 1

SALA/ROOM 1

EMPRESAS EM DESTAQUE...............................> 50 POLÍTICAS PÚBLICAS..................................> 76 SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS........................> 78 A.40

FRG

B.39

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REFERENCIAL CASA GBC BRASIL..............> 80 A.36

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SENSYM

SOBRATEMA

REVISTA PREFEITOS E VICES

B.35 A.34

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ANDALUZ

BRY AIR

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BRIAND ENERGIES SALA DE PALESTRANTES/ SPEAKER LOUNGE

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ECOACUSTICA

AREA DE COFFEE/ COFFEE AREA

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SANITRIT

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ASBRAV

CONSULADO EUA

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AQUADROP

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RAIN

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REWOOD

BIRD

CAU/SP

VERTIGARDEN

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VERTICAL ALLPEX

GREEN

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GBC 2016

REVISTA ARES

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AXION RUFFINO

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ABRAVA/AHRI

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PLOT

ZAGONEL BRASUS

ELETROBRAS

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BRASTON

ARCO

REVISTA CORPORATIVA A

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B.21 LUTRON

EASTMAN

BEAULIEU

CONEXLED

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ETRIA

PLENARIA DE ABERTURA/ OPENING PLENARY

ABIESV

USGBC

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BRAGENIX DYSON

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A CUSHMAN & WAKEFIELD TEM A SOLUÇÃO COMPLETA PARA COMBINAR EFICIÊNCIA E SUSTENTABILIDADE EM TODAS AS ETAPAS DO SEU EMPREENDIMENTO.

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coluna gbc

Integração, colaboração e evolução em busca de um mesmo propósito, um futuro mais sustentável

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ais uma vez o mercado mostrou-se fortemente engajado com as questões de sustentabilidade nas construções, que não envolvem somente o fator meio ambiente, mas questões econômicas e sociais. A 6° edição do Greenbuilding Brasil Conferência Internacional e Expo provou que a forte rede colaborativa entre o GBC Brasil, organizações e associações, brasileiras e internacionais, na busca de melhores processos, melhores tecnologias em produtos e equipamentos e melhores soluções trouxeram e, continuam trazendo resultados positivos para o nosso país. Um dos principais desafios em tempos preocupantes, como a crise hídrica, crise energética, drásticas mudanças climáticas, além da atual situação econômica que o Brasil atravessa é a busca por soluções significativas que consigam integrar preservação do meio ambiente e otimização de recursos financeiros. Para isso, o setor da construção sustentável se coloca em uma posição de evolução, através da procura por especialização e capacitação dos profissionais, atentos às tendências internacionais, buscando sempre as melhores práticas de sustentabilidade nas construções. O GBC Brasil traz um saldo positivo para o ano de 2015, pois cada vez mais empresas como, membros associadas ao GBC Brasil, associações e evolução das normas reguladoras proporcionam um estímulo frente aos desafios

atuais da construção civil e da sociedade como um todo. Vale ressaltar a importância da evolução da certificação LEED com sua nova versão – LEED v.4, que traduz este envolvimento do GBC Brasil em prol de construções mais eficientes, econômicas e que se preocupam com a saúde e bem-estar dos usuários. Em especial, com o aumento da demanda por edificações residenciais e, consequentemente, o empenho do GBC Brasil com a consolidação da certificação Referencial GBC Brasil Casa, lançado em 2014, reforça ainda mais esta preocupação e conscientização massiva da sociedade. Os números mostram o comprometimento, principalmente do setor privado, com a sustentabilidade do país. Nesta 6° edição do Greenbuilding Brasil foram 65 expositores que apresentaram inúmeras soluções de alto desempenho, alta tecnologia e criatividade. As 56 sessões educacionais contaram com a apresentação 125 palestrantes do Brasil e do mundo, que contribuíram de forma significativa através de suas experiências profissionais e cases de sucesso que comprovam que estamos no caminho certo. Cerca de 830 congressistas e o número extraordinário de quatro mil visitantes, além dos 40 voluntários que trabalham por esta causa, também realçou esta conscientização mundial em busca de uma sociedade mais sustentável em todos os sentidos. Essa integração entre pessoas e instituições, trabalhando em prol da construção de uma sociedade mais sustentável é que faz toda a diferença. FELIPE FARIA, DIRETOR Green Building Council Brasil

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Marina Silva ©GBC Brasil

ENTREVISTA

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Marina Silva é historiadora, professora, ambientalista e política brasileira. Sua atuação pela preservação do meio ambiente lhe rendeu reconhecimento internacional, tendo recebido uma série de prêmios internacionais por sua luta pela preservação da Floresta Amazônica, por sua atuação na área de mudanças climáticas e pelas iniciativas para criar um desenvolvimento sustentável no Brasil. Senadora da República por dois mandatos consecutivos e Ministra do Meio Ambiente entre 2003 e 2008, Marina Silva foi a keynote speaker do 6º Greenbuilding Brasil, apresentando a todos a audiência, seus conceitos e posicionamento frente aos desafios para a consolidação de um modelo de desenvolvimento nacional que privilegie a sustentabilidade dos recursos naturais, e a preservação da humanização das relações sociais num futuro próximo, convicções que reafirma nesta entrevista exclusiva à revista GBC Brasil. revistagbcbrasil.com.br

Com toda esta crise política e econômica, o Brasil tem condições de implantar um modelo de desenvolvimento sustentável, qual seria este horizonte de tempo? Marina Silva: Acredito que o Brasil reúne condições muito favoráveis para fazer uma profunda inflexão no modelo de desenvolvimento predatório e excludente, que tem prevalecido até aqui no mundo. Somos uma potência em recursos naturais, temos 11% da água doce disponível e 22% das espécies vivas do planeta. Temos a maior floresta tropical do mundo e diversos ecossistemas extremamente ricos como o pantanal, cerrado, caatinga e mata atlântica, além da nossa vasta costa atlântica. Dispomos de enorme potencial de geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis, como a solar, eólica, biomassa e hídrica. A grande extensão de terras agricultáveis, superior a 300 milhões de hectares, pode garantir produção de alimentos de qualidade sem a necessidade de desmatar novas áreas de vegetação primária. Além disso, temos gigantescas jazidas minerais que precisam ser cuidadosamente exploradas, porque, como diz um amigo, são safras que só dão colheita uma única vez. Mas apesar de toda essa riqueza natural, temos tido enormes dificuldades para sair do modelo de exploração predatória, dos recursos naturais e da dependência econômica das '"commodities". Infelizmente nos tem faltado visão estratégica para construir um projeto de nação que nos faça grande, não mais pela própria natureza, mas pela natureza das decisões que tomamos, como por exemplo, investir em educação, ciência e tecnologia de alta qualidade. Unindo a base de recursos naturais que temos com o potencial criativo e empreendedor de nossa população, não tenho dúvida de que em poucas décadas poderíamos galgar níveis de qualidade de vida e desenvolvimento bastante satisfatórios. Mas para isso, precisamos sair desta crise política com uma democracia mais saudável e com nossas instituições mais fortes. Para tanto, é fundamental que as investigações em curso redundem em punições exemplares e que sepultem a cultura da impunidade no Brasil. Com esses alicerces estabelecidos, podemos debelar a crise econômica e dar os passos estruturais que o Brasil precisa para retomar a trajetória virtuosa que vinha seguindo, e que nos fez conquistar estabilidade econômica e inclusão social nas últimas duas décadas. Ninguém se conforma com o desmatamento na Amazônia. O que vem sendo feito efetivamente nos últimos anos para a redução do índice de desmatamento, e quais são as perspectivas futuras? MS: O Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia foi lançado em 2004 durante minha gestão no Ministério do Meio Ambiente e, desde então, tem dado uma grande contribuição para a redução das taxas de desmatamento. Desde então já atingimos uma redução de 80%

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na destruição. Mas, a continuidade desse processo está fortemente ameaçada desde que a Presidente Dilma sancionou o novo Código Florestal, que deu anistia ao desmatadores e reduziu as áreas de proteção, não só na Amazônia mas em todos os biomas do país. Além disso, ela praticamente paralisou o processo de criação de unidades de conservação, as quais são uma das estratégias mais eficientes para redução do desmatamento. Infelizmente com o enfraquecimento do governo em meio a essa crise política, a legislação socioambiental tem sido ainda mais usada como moeda de troca na tentativa de amealhar apoio político. Prova disso são as propostas de enfraquecimento da legislação das unidades de conservação, terras indígenas e licenciamento ambiental que contam com apoio velado do governo. Atualmente o tema sustentabilidade está se disseminando cada vez mais principalmente através do engajamento do setor privado com iniciativas e soluções tecnológicas cada vez mais avançadas, buscando sempre a preservação do meio ambiente atrelado à otimização de recursos econômicos e a conscientização do mercado de forma geral. Porém sabemos que é muito importante a participação continua do setor público para que estas iniciativas se desenvolvam e evoluam em escala para que seja possível atingir um nível de eficiência. O que a Sra. acredita que tem que ser feito para envolver mais o poder público nesta empreitada pela sustentabilidade? MS: Tenho dito que o maior entrave que o país enfrenta para continuar avançando em todas as agendas estratégicas, como é o caso da agen-

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da da sustentabilidade, da inclusão social e da modernização de nossa economia, que passa por superarmos a má qualidade de nossa política. O presidencialismo de coalização que nos trouxe até aqui, baseado na distribuição de pedaços do Estado aos partidos e coronéis políticos se esgotou. Um país da magnitude e importância do Brasil não pode mais ser governado por pessoas e partidos que não apresentem um programa de governo ao escrutínio da sociedade. Não podemos mais continuar dando cheques em branco para os políticos nos governarem, sem que se comprometam com uma visão de país e uma concepção de desenvolvimento que possa ser debatida e julgada claramente pela população nos pleitos eleitorais. A crise atual mostra como a má política corrói os bons fundamentos econômicos e as conquistas sociais. Ajeitar essa política é o passo inicial para qualquer agenda séria e de longo prazo em nosso país. A 6° edição do Greenbuilding Brasil Conferência Internacional e Expo, que ocorreu em agosto de 2015, é um dos eventos mais importantes no âmbito da construção sustentável, e vem ao longo dos anos consolidando-se cada vez frente ao setor da construção civil. Como foi a experiência de participar como “Keynote Speaker” neste evento e qual a importância das atividades do Green Building Brasil para o país? MS: Foi uma grande alegria encontrar-me com tantos profissionais e empreendedores envolvidos de forma tão apaixonada com a questão da sustentabilidade. Os diálogos que tivemos foram muito ricos e me mostraram que temos uma comunidade profissional no Brasil ligada à questão das edificações sustentáveis do mais alto nível técnico e de grande

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A Hitachi Ar Condicionado do Brasil é membro do Green Building Council Brasil desde 2011. Sua linha de produtos completa, atende ambientes residenciais, comerciais e industriais, com foco na eficiência e na economia de energia, oferecendo ao mercado o que há de melhor em tecnologia de ar condicionado com produção no Brasil. Todos os seus produtos são compatíveis com fluidos refrigerantes amigáveis. Como prova de sua preocupação com as questões ambientais, a Hitachi oferece ao mercado equipamentos sustentáveis com a mais alta tecnologia que contribuem para a certificação de sustentabilidade de construção civil, LEED (Leadership in Energy and Environmental Design).

Acesse: www.jci-hitachi.com e www.hitachiapb.com.br


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GREEN PAGES ©GBC Brasil

compromisso ético. Como diz o sociólogo francês Edgard Morin, somos parte de uma comunidade de pensamento que milita em favor de um modelo de desenvolvimento socialmente justo, economicamente próspero, ambientalmente sustentável, culturalmente diverso e politicamente democrático. Um dos temas da abertura da 6° Greenbuilding Brasil Conferência Internacional e Expo foi “colaboração”. É um sonho pensar em uma fórmula de se fazer política colaborativa no Brasil? MS: Para mim não há nada mais concreto do que o sonho. Foi sonhando em voar que o homem construiu aeronaves, foi sonhando com o fim da descriminação racial - no fundo de uma cela - que Nelson Mandela pavimentou o caminho para o fim do apartheid na África do Sul. Da mesma forma, Luther King, Gandhi, Chico Mendes e tantos outros. Eu não quero deixar de sonhar, jamais. Foi sonhando em estudar e ser freira que sai, analfabeta e doente, de um seringal no Acre e cheguei a ser senadora e ministra e à honrosa posição de candidata a Presidente do Brasil, por duas vezes. Acho que a visão de um Brasil melhor tem que habitar primeiro em nossos sonhos para depois surgir de nossas decisões e de nossas mãos. Pensar em processos colaborativos não é mais uma opção. Num mundo em rede, conectado e vazado de todos os lados pela transparência e repleto de pessoas sedentas por participação e protagonismo, não haverá mais lugar para os processos fechados, para as estruturas herméticas, para as mentalidades engessadas. A colaboração é a principal característica do funcionamento dos sistemas naturais. A competição é a exceção. E o exagero na competição criou essa crise no mundo em que vivemos. A saída passa por nos reconectarmos uns aos outros é nos ouvirmos, nos respeitarmos e construirmos juntos os caminhos que decidirmos seguir como nação, empresas, famílias ou indivíduos. Imagine-se no dia 12 de Dezembro de 2015, um dia após o COP de Paris... Qual seria a notícia que você gostaria de ler, em relação às conclusões e comprometimentos assinadas pelos principais chefes de Estados, durante a reunião de Cúpula? Ou o que você gostaria de ler sobre a participação do Brasil? MS: Como falei antes, o sonho é uma força motora a nos impulsionar para frente e para o alto. Então, sonhando alto, eu gostaria de ver os jornais informando que o acordo firmado em Paris pelos governantes dos países garante que as emissões de gases somadas de todas as nações do mundo não ultrapassarão o limite de 11,3 gigatoneladas por ano a partir de 2020. Alcançarmos esse limite é condição fundamental para que a elevação da temperatura do planeta não ultrapasse os 2 graus Celsius estimado pelo painel científico da ONU, o IPCC. Sonho também que o governo brasileiro contribua de forma significativa para que esse resultado tenha sido alcançado.

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projeto em destaque

VA Casa da Praia

em Itajaí é LEED Platinum

Primeira loja do Brasil a conquistar o nível máximo da certificação LEED traz o pioneirismo não só pelo nível de certificação, mas pela sua autossuficiência energética

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setor de varejo vem ganhando notoriedade devido o trabalho do Green Building Council Brasil para a promoção da preservação do meio ambiente e programas de qualificação frente às construções novas e existentes. Em busca de maior conforto para o usuário, melhora e integração com o entorno e preservação do meio ambiente, os mais variados segmentos vem aderindo estes conceitos em seus projetos e construções. De acordo com Guido Petinelli, diretor da Petinelli Consultoria, o mercado neste setor vem crescendo e continuará crescendo. “Fomos pioneiros na certificação da loja da C&A em Porto Alegre e estamos trabalhando junto com o Grupo Boticário e com

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o Hard Rock além da VA. Vemos que, quando focamos em desempenho, ou seja, nos benefícios reais, a certificação torna-se simplesmente a coisa certa a se fazer. Um bom investimento”, diz o diretor da Petinelli. A Certificação LEED, não se restringe a apenas uma tipologia, são diversos segmentos como, hospitais, edificações comerciais e residenciais, indústrias, estádios, além das certificações para projetos de interiores na categoria CI (Commercial Interiors) e edificações já existentes na categoria EB&OM (Existing Buildings – Operation and Maintenance). Entre todos estes segmentos existe a certificação para o setor do varejo que é contemplado com a categoria Retail do LEED, e ganha cada vez mais espaço.

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projeto em destaque

Projeto: VA Casa da Praia Itajaí Localização: Itajaí - SC Cliente/proprietário: Via Artística Área terreno: 411,75 m² Área construída: 361,00 m² Fotos: Divulgação Petinelli / Via Artística / by Cabral

Conclusão da obra: Abril de 2013 Certificação: 23/07/2015

Sistema e Nível da Certificação: LEED NC - Platinum

Pontuação: 88 pontos - maior pontuação no Brasil

Arquitetura: Carlos Eduardo Ramos Construtora: IDA Empreendimentos Consultoria de sustentabilidade: Petinelli Consultoria

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conômico também força o varejista a olhar com maior atenção questões como eficiência energética. A queda nas vendas torna esse item (redução de custos de operação) uma das poucas oportunidades para manter a lucratividade. Os conceitos e as tecnologias aplicadas a VA não só lhe forneceram o titulo inédito de primeira loja certificada LEED Platina no país, como também resultaram em grandes reduções de consumo de energia e água”, afirma Guido Petinelli, diretor da empresa de Petinelli Consultoria. Os principais diferenciais do projeto consistem no excelente desempenho energético do empreendimento, tais como, projetos de iluminação e de climatização eficientes, envoltória que reduz os ganhos de calor, ventilação natural comprovada por simulações CFD - que permite conforto dos ocupantes sem que o equipamento de HVAC esteja ligado o tempo todo. Além disso, o sistema de energia renovável por painéis fotovoltaicos que produz 17% do consumo energético em escala anual. A sustentabilidade no varejo é uma oportunidade enorme de disseminação e conscientização dos conceitos na sociedade. O planejamento de um negócio sustentável traz esta sustenta-

Comissionamento e Simulação Energética: Petinelli Consultoria

PLATINUM

Um exemplo disto foi a recente certificação LEED da loja MAC Design Balneário Camboriú, especializada em mobiliário e decoração para áreas externas, localizada na cidade de Itajaí – SC. A rede, presente na cidade desde 2009, foi inaugurada em alto estilo, e traz um projeto que alia sustentabilidade, bioarquitetura e mobilidade urbana, e teve processo de certificação acompanhado pela Petinelli Consultoria, empresa especializada em construções sustentáveis que visa à certificação LEED. A certificação LEED Platinum, ocorreu em julho de 2015, e se destaca no segmento varejo sendo a primeira obra desta tipologia a conquistar o nível máximo da certificação no Brasil. O pioneirismo da loja não se restringe à certificação. Segundo Guido Petinelli, a loja gera sua própria energia, sendo que, do total de energia consumida, 17% é gerada através de painéis fotovoltaicos na cobertura. O projeto também foi concebido para o máximo aproveitamento da ventilação natural, algo que acontece pouco no segmento de varejo. “A VA demonstra que é possível e viável economicamente certificar empreendimentos menores, como é a grande maioria dos casos no varejo. O cenário macroe-

LEED NC

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ção, começando pelo bem-estar do consumidor, adicionando beleza, design aconchegante e responsabilidade socioambiental, o que proporciona para a marca uma visibilidade positiva, levando a um reposicionamento estratégico e, consequentemente, mais rentabilidade nos negócios.

madas a redução do consumo e produção de energia, o empreendimento atinge 61,4% de Redução de Custos Energéticos. Com relação a água, o empreendimento atinge uma redução de 81,5% de consumo de água potável através da especificação de metais e louças eficientes e do reuso de água de chuva.

Características sustentáveis

Conforto térmico

No projeto da loja foram definidos medidas que atendem aos requisitos máximos do LEED, tais como, redução no consumo de energia e de água, aumento do conforto térmico e qualidade do ar interno – que proporciona melhor qualidade de vida aos usuários-, gestão e descarte corretos dos resíduos gerados na obra e durante a operação. Com isso, a loja garante 53% de redução no consumo de energia através de reduções em iluminação interna (47%), iluminação externa (10%), aquecimento de água (11%) e HVAC (71%), representatividade de 17,3% de energia fotovoltaica produzida, em escala anual. So-

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O Projeto VA Casa na Praia, desde a sua concepção junto aos projetistas, já possuía algumas premissas que contemplavam a eficiência energética. Mesmo com fachadas envidraçadas para leste e oeste, a arquitetura mitigou o efeito da radiação solar direta com uma fachada que se projeta, sombreando as superfícies envidraçadas. Além disto, a fachada principal possui diversos brises que também reduzem os ganhos de calor e, consequentemente, a carga térmica. Somam-se a isso o vidro selecionado, que possui um excelente desempenho energético, a cobertura da edificação, onde foram utiliza-

das telhas termoacústicas com alta refletância solar (pintura branca), que contribuem com a redução de transmissão de calor. Ao longo da parceria com o cliente, diversas alternativas de sombreamentos, brises e seleção de vidros foram simulados. Desde as primeiras definições conceituais do empreendimento, a simulação termoenergética estava envolvida, auxiliando proprietário e equipe de projeto a tomar as melhores decisões, tanto para a eficiência energética quanto para o melhor investimento e consequente custo x benefício.

Iluminação

Na parte de sistemas, o projeto luminotécnico levou em consideração a seleção adequada de luminárias e lâmpadas, com simulação para verificar os níveis de luz nos espaços internos. Ainda, a iluminação externa possui controles por sensores fotoelétricos e controladores horários para reduzir potência de iluminação ligada ao longo da noite.

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projeto em destaque

Economia de Energia 53% de redução no consumo através: • 47% de redução com iluminação interna • 10% de redução com iluminação externa • 11% de redução com aquecimento de água • 71% de redução com sistema HVAC

17,3% de representatividade da energia fotovoltaica produzida, em escala anual;

Somadas a redução do consumo e a produção de energia, atinge-se 61,4% de Redução de Custos Energéticos.

Ar condicionado e ventilação natural

O sistema de ar condicionado foi dimensionado levando em consideração todas as especificações da arquitetura para a envoltória. Paredes, cobertura, vidros, projeções de sombreamento e os brises foram considerados. A carga térmica, com relação a uma envoltória padrão de mercado foi reduzida em 50% aproximadamente, assim, reduz-se o investimento inicial e os custos operacionais sem prejudicar as condições internas de conforto. O sistema utilizado é do tipo VRF e se adapta as condições de cargas parciais verificadas, em simulação computacional, para este tipo de empreendimento e ocupação de varejo. A especificação de janelas operáveis em fachadas opostas possibilitou a ventilação natural, reduzindo a necessidade por climatização mecânica em épocas de clima ameno. Para tanto, fez-se uso de CFD para comprovação (simulação fluido-dinâmica computacional). A sinergia de todas as medidas de eficiência energética proporcionou a obtenção de todos os pontos de eficiência energéti-

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ca (EAc1) da certificação LEED. A redução do consumo energético e consequente redução de custos energéticos associados possibilitou o investimento em um sistema de energia renovável por módulos fotovoltaicos. Com uma potência instalada de 1.96 kWp, aproximadamente 17% do consumo energético do empreendimento é produzido in loco, em escala anual. “Todas estas medidas de eficiência energética, a busca pelo pioneirismo, impacto e preocupação com os recursos naturais fez este empreendimento ter um excelente desempenho na dimensão de energia e atmosfera. Mesmo certificada, a Petinelli mantém uma estreita relação com o cliente (Via Artística) e monitora o desempenho e operação deste empreendimento nível Platina”. afirma Guido Petinelli.

Economia de água

Em relação às estratégias adotadas para redução no consumo de água, durante a especificação dos materiais e tecnologias no empreendimento foi considerado todo o controle de gestão da água de chuva, onde pavimentos drenantes e concregrama foram utilizados em

toda o perímetro da obra e todo o telhado capta a água de chuva. A água captada é filtrada e abastece um reservatório de 9m³ que após desinfecção via lâmpada de UV, abastece descarga dos vasos sanitários. A escolha por metais sanitários como torneiras com arejadores para vazão de 1,8 litros de água por segundo/m³ e vasos com sistema double flash. Além disso, também foi incorporado um sistema de tratamento de efluentes para que seja enviada água tratada à rede de saneamento público. “A VA é um empreendimento pequeno. Para viabilizar economicamente a certificação tivemos que focar tanto em custo de obra (CapEx) quanto de operação (OpEx). Quando falamos em certificação, o foco geralmente é na economia gerada na operação. Nesse caso, tivemos que buscar desde o início, soluções práticas dentro de um orçamento restrito. Acredito que viabilidade econômica é um ponto critico para o varejo, principalmente quando falamos em lojas menores. A VA mostra que é possível e viável”, destaca Guido.

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LEED Dynamic Plaque: Desempenho em tempo real

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comunicação é uma das formas mais eficazes de se garantir o sucesso em qualquer tipo de processo. No setor da construção sustentável, é primordial que haja essa comunicação, não somente no momento da concepção e execução do projeto, mas também na fase de operação e manutenção, que são acompanhadas principalmente pela equipe de facility das edificações. A nova plataforma tem como principal objetivo manter esta comunicação integrada com todos os usuários do edifício em tempo real. A ferramenta LEED Dynamic Plaque, trata-se de um painel de monitoramento do desempenho de edificações aliado a uma plataforma de pontuação. O processo de medição deste painel inteligente é feito através de cinco categorias: energia, água, resíduos, transporte e experiência humana, categorias semelhantes às exigidas para a certificação internacional LEED na construção. A medição de desempenho destas categorias gera uma pontuação, a qual é atualizada instantaneamente tão logo quando atualizado o banco de dados do edifício na plataforma. Alguns dos benefícios mais importantes conquistados com a implantação desta plataforma na edificação vão desde a possibilidade de reduzir os custos de operação e manutenção do prédio até a visualização panorâmica da satisfação dos usuários nos ambientes de trabalho. Além disso, sua funcionalidade também contribui para observação dos resultados, tendências de forma ampla, o que possibilita a ações de melhorias e gerenciamento de projetos tanto no ambiente quanto nos processos do edifício. Segundo o Diretor Executivo do GBC Brasil, Felipe Faria, o principal objetivo com a concepção do Dynamic Plaque é estimular ações 18

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nas equipes relacionadas à administração predial e também nos usuários do prédio, considerando que eles passam a ter conhecimento de que a eficiência de seu prédio está caindo ou melhorando. Esta troca de informações entre edifício e pessoas contribui para a conscientização quanto à sustentabilidade nas edificações de forma contínua, tornado as ações de responsabilidade ambiental e social inerente ao cotidiano dos usuários e, consequentemente, aumentando o engajamento das pessoas na busca da preservação do meio ambiente.

Os resultados do monitoramento da plataforma LEED Dynamic Plaque é visualizado de forma integrativa através de uma placa de medição instalada na entrada da edificação. A unidade de medição pode ser utilizada em qualquer tipo de projeto de construção para visualização do desempenho em todas as categorias, além daqueles que já possuem a certificação LEED. As principais vantagens adquiridas ao utilizar o painel inteligente são: Medição de cinco categorias de desempenho da construção; Utilização dos dados de monitoramento para rev/gbc/br


inovação

Comunicação e transparência para melhor desempenho. Este é o principal objetivo desta nova tecnologia contribuir na obtenção da certificação ou recertificação LEED; Observação de dados reais de desempenho para contribuição de melhorias significativas e redução de custos; Unidade de exibição atrativa que mostra a pontuação de desempenho; Acúmulo do histórico de desempenho do edifício local e global.

Categorias e pontuações do LEED Dynamic Plaque Os critérios de pontuação se baseiam através dos critérios definidos para edificações que possuem a certificação ou recertificação LEED. Além disso, a utilização dos dados de monitoramento gerados pelo LEED Dynamic Plaque também pode ser utilizado para conquistar a certificação LEED nas edificações. Caso a pontuação regularmente atingida recue, a plataforma LEED Dynamic Plaque, por se tratar de um dispositivo inteligente, identifica áreas de melhorias no edifício através de mecanismos de rastreamento com o intuito melhorar o desempenho e, consequentemente, melhorar a pontuação. Para receber a pontuação de desempenho é necessário o fornecimento dos dados de um período de 12 meses das seguintes categorias: energia, água, resíduos, transporte e experiência humana. Nas primeiras duas categorias, a forma de coleta de dados se dá através do uso total de consumo do edifício, no caso de “energia”, e uso de água potável, incluindo irrigação, torres de resfriamento, entre outros, no caso da “água”. Para a categoria “resíduos” é necessário efetuar um conjunto de leitura compatível para o peso total de todo o resíduo desviado para aterros. Já nas categorias “transporte” e “experiência humana”, o cálculo dos dados é feitos através de pesquisas com os ocupantes, sendo que no segundo caso, deverá ser inclusa leitura de CO2 e VOC (Composto Orgânico Volátil) nos ambientes internos. revistagbcbrasil.com.br

Pontuação máxima por categoria Energia: 33 Água: 15 Resíduos: 08 Transporte: 14 Experiência humana: 20 Pontuação base: 10 Apesar de não ser obrigatório, o fornecimento de todos os dados do período é fundamental para visualizar um desempenho mais próximo possível do real. O LEED Dynamic Plaque é uma ferramenta que contribuiu significativamente para melhora do desempenho do edifício de forma geral. No caso de empreendimentos cuja pontuação declinou ou não chegou a atingir o nível desejado, a plataforma, por meio de mecanismos de monitoramento contribui para criação de estratégias para melhoria do edifício.

Inclusão de dados na plataforma de software A configuração do empreendimento na plataforma de software é feitas através das diversas opções de entrada de dados. Inicialmente é necessário imputar no sistema dados básicos do empreendimento, tais como, LEED ID online, endereço, ano da construção, horário de funcionamento, ocupação e área construída. Após este procedimento é necessário incluir os dados de consumo de água, energia, resíduos, CO2 e VOC do período de 12 meses através do compartilhamento da conta Energy Star Portfólio Manager no projeto LEED. Desta forma a LEED Dynamic Plaque instalada irá monitorar o desempenho através da comunicação feita com os dados imputados na plataforma software conferindo a pontuação em tempo real ao edifício.

Para adquirir a certificação ou recertificação com o LEED Dynamic Plaque Apenas os resultados obtidos através do monitoramento do LEED Dynamic Plaque não garantem a certificação ou recertificação do LEED, mas servirá como complemento. Para atender os requisitos exigidos para a certificação ou recertificação é necessário apresentação da seguinte documentação: contas de serviço de energia e água; relatório de auditoria relativo a resíduos gerados; leituras de sensores e relatório de auditoria relativo à categoria “experiência humana”. As informações de certificação são disponibilizadas na linha do tempo do projeto em questão, bem como no diretório do projeto USGBC, que torna pública as informações sobre a certificação conquistada.

Design Visualmente a plataforma física do LEED Dynamic Plaque chama a atenção pelo seu design, o que contribui para assimilação, conscientização e atitude por parte dos usuários quanto às iniciativas sustentáveis de seu ambiente. A placa física possui aproximadamente sete centímetros de profundidade e 45 centímetros de diâmetro. A placa para fixação possui cerca de 18 centímetros de largura e 19 de altura. O peso é de aproximadamente 3,200 quilogramas. A primeira placa foi instalada na entrada sede do USGB, em Washington, DC, que foi certificada com o nível Platinum na categoria Commercial Interiors, em 2009. No Brasil a placa foi lançada no Greenbuilding Brasil 2015, Conferência e Expo, que ocorreu em agosto, e foi instalada no estande do GBC Brasil para divulgação desta nova tecnologia.

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EEB Lab propõe ações para a eficiência energética no Rio Por Verônica Soares

Análise do cenário carioca buscou soluções que possam ser implementadas em todo o país

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om a queda do volume de chuvas e o nível baixo dos reservatórios de água para abastecimento e geração de energia, o Brasil vem enfrentando uma de suas maiores crises energéticas, que se traduz, entre outras questões, em um aumento do custo das tarifas de energia elétrica. As edificações são responsáveis por cerca de 50% do consumo total de energia no país e 1/3 da emissão de gases do efeito estufa nas cidades. Diante desse cenário, a eficiência do setor torna-se uma necessidade estratégica, vinculada à economia e à valorização dos recursos naturais. Trocar lâmpadas comuns por LED ou instalar detectores de presença são soluções que ajudam a reduzir a conta, mas é urgente que a eficiência energética seja concebida desde o projeto arquitetônico, passando por todas as fases da construção. Tais soluções, quando incorporadas globalmente aos projetos, garantem não só a redução do consumo energético como também um retorno do investimento inicial, economia que pode chegar a 30%. Embora já existam ações e campanhas no Brasil que direcionam para um consumo mais consciente de energia - como os selos Procel, o programa Esplanada Sustentável, dentre outras normas técnicas e sistemas de certificação -, é preciso que a eficiência energética seja incorporada em todos os níveis de construção das edificações. Daí surge o conceito de Energy Efficiency Building (EEB, ou Eficiência Enérgica em Edificações) uma solução proposta pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), já aplicada em diversos países. O objetivo do EEB é fomentar a eficiência energética de maneira financeiramente viável e identificar barreiras não-técnicas, como falta de capacitação da mão de obra, gargalos orçamentários, impedimentos regulatórios e conflitos de interesses entre stakeholders, aspectos que impedem a ação de atores do mercado da construção civil. Dentro dessa proposta, o EEB Lab é um laboratório que serve de base para um processo de engajamento local, que busca entender o mercado e, com a ajuda de especialistas, recomendar ações e propor soluções. Depois de passar por cidades como Amsterdam, São Francisco, Varsóvia e Houston, o projeto

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“EDIFICAÇÕES MAIS EFICIENTES SÃO A CHAVE PARA A SEGURANÇA ENERGÉTICA NO BRASIL” Roland Hunziker, WBCSD

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desembarcou no Rio de Janeiro entre os dias 14 e 16 de abril de 2015. A escolha do Rio para sediar essa primeira experiência no Brasil não foi aleatória: desde 2007, quando sediou os Jogos Pan-americanos, e com a realização da Copa do Mundo em 2014, o Rio tem recebido obras urbanas de grande envergadura. A cidade também passa por uma grande mobilização em torno da realização dos Jogos Olímpicos de 2016, o que vem contribuindo para o impulso na revitalização e construção de espaços dentro de parâmetros de eficiência e sustentabilidade.

EEB Lab in Rio O programa foi organizado pelo WBCSD, pelo Conselho Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e pela Lafarge, que coordenou o evento na condição de empresa-membro e líder do grupo de eficiência energética. Contou também com o apoio do Green Building Council Brasil, que participou do Comitê de Liderança e do Comitê Técnico. O evento promoveu o encontro de stakeholders dos setores público e privado, interessados em desenvolver e implementar o plano de ação que seria originado no laboratório. Sob a direção de Roland Hunziker, o EEB Lab teve como objetivo principal obter um claro entendimento do quadro na capital fluminense para a implantação de soluções de eficiência energética em edificações. “Com a ajuda de variado painel de especialistas, tivemos condições de não só recomendar como dar a início a importantes ações visando à implantação de ações conjuntas pela eficiência energética, uma vez que o maior desafio é justamente a fragmentação das empresas que compõem esse setor”, explica o diretor e representante da WBCSD. Como empresa fornecedora de materiais de construção e de soluções construtivas, a Lafarge ocupa posição estratégica na rede que vai possibilitar que as propostas do evento saiam do papel. CEO da empresa, Alexis Langlois reconhece que, com a redução do consumo de energia nas edificações, o Brasil pode contribuir para a mitigação de efeitos das mudanças climáticas de maneira impactante. Em sua análise, as principais barreiras não são as técnicas, mas a falta de informação sobre o que fazer, como fazer, e o que esperar de projetos de eficiência energética. “Existem muitos mitos que precisam ser desfeitos. Diversos setores da sociedade acreditam que o custo é muito alto. Também há um desconhecimento em relação às alternativas de financiamento existentes”, comenta. Entre outras barreiras identificadas no evento, Hunziker cita a necessidade de treinar a mão de obra nas tecnologias e soluções já disponíveis no mercado, a falta de modelos de financiamento adequados e também a necessidade de melhorar a aceitação de políticas já existentes, como o selo Qualiverde. No entanto, ele é otimista e acredita que as ações estabelecidas no Rio de Janeiro têm potencial para serem replicadas por todo o país, principalmente considerando o importante papel econômico e turístico que a cidade desempenha, não só no Brasil, mas em toda a América Latina. O diretor ainda reforça que é importante que a iniciativa, embora tenha sido promovida por instituições internacionais, continue mobilizando os atores locais, que compartilham um entendimento acerca dos desafios, soluções e oportunidades para o mercado carioca: “Na

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plenária de encerramento, representantes do setor privado e da administração pública a nível municipal, estadual e federal defenderam de maneira entusiasmada o interesse em gerar valor para a eficiência energética, assim como desenvolver habilidades e reduzir impactos no meio ambiente”.

Repercussão positiva Para Marina Grossi, presidente do CEBDS, o EEB Lab teve o mérito de reunir um grupo extremamente qualificado de especialistas no tema, contribuindo não apenas para o quadro nacional, mas também em escala mundial. Ela explica que, internacionalmente, tem-se o objetivo de trabalhar com parceiros para alavancar uma transformação no mercado e buscar 1.000 declarações de compromisso de tomadores de decisão para implementar ações ousadas. “O EEB Lab realizado no Rio foi tido como o mais bem-sucedido até então”, comemora. Grossi destaca, ainda, a presença de representantes do Ministério do Meio Ambiente: “Foi importantíssima a presença deles, sobretudo para que essa experiência chegue em outras cidades”. Alexandra Albuquerque Maciel, analista de infraestrutura da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério, explica que a participação se deveu justamente pelo entendimento de que os resultados podem ser replicados nacionalmente. “Esse tipo de evento produz interações valiosas entre os diversos agentes, permitindo a compreensão de problemas e experiências diversas. Há produção de um conhecimento baseado em práticas, o que facilita a sua incorporação às propostas de políticas públicas”, esclarece. Entre as ações do Ministério, existe o Projeto Transformação do Mercado de Eficiência Energética no Brasil, que já treinou cerca de 345 gestores públicos e agentes do setor privado entre agosto de 2014 e julho de 2015. Mais 26 capacitações estão previstas para este ano. “Esses treinamentos são gratuitos e abertos a servidores públicos e profissionais de engenharia e arquitetura. Além disso, estamos colaborando com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para a operacionalizar a Instrução Normativa 02 de 2014, que torna obrigatória a etiquetagem de eficiência energética PBE Edifica em todos os 28 mil edifícios públicos federais, com potencial para alavancar o setor de prestação de serviços”, destaca. Alexandra Maciel acredita que a principal barreira na incorporação de ações de eficiência energética está no fato de que quem constrói não é quem vai usar ou administrar os espaços: “Como o construtor entende que incorporar eficiência energética ao projeto vai onerar o empreendimento, ele não tem interesse”, analisa. Paulo Henrique de Souza, gerente de Negócios da EcoBuilding da Schneider Electric, também compartilha dessa opinião. Ele avalia que as empresas que se utilizam do edifício são extremamente receptivas, pois vão se beneficiar diretamente da redução da conta de energia, além dos benefícios corporativos de sustentabilidade e responsabilidade ambiental. Por outro lado, reconhece que construtoras ou grandes projetistas são pressionados para entregar a obra acabada e em funcionamento com o menor custo possível, o que leva à necessidade de rever o cenário e as regras atuais do mercado.

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"Um prédio eficiente pode ser entre 10% e 15% mais caro que um prédio convencional. Hoje, não existe nenhuma legislação que exija ou incentive que a empresa que constrói o empreendimento coloque soluções inteligentes e eficientes. A empresa de construção só incorpora essas soluções se há exigência do usuário do empreendimento", observa Paulo Henrique. Ele reconhece a importância do EEB na atual conjuntura nacional, com a escassez de água comprometendo a geração de energia limpa e fazendo com que termelétricas, que são extremamente nocivas ao meio ambiente, entrem em operação para suprir a demanda. "Criar um projeto de eficiência energética em edifícios se torna essencial do ponto de vista ambiental", destacou. A mobilização do Secovi Rio (Sindicato da Habitação) como um dos representantes do Comitê Técnico demonstrou também a importância de instituições capazes de promover a disseminação de boas práticas para administradoras de condomínios, síndicos e demais atores do segmento. Há dois anos, o Sindicato criou o projeto Condomínios Verdes, um portal que reúne dicas, informações e cases de sucesso sobre sustentabilidade em edificações. Em termos de capacitação, a Universidade Corporativa Secovi Rio atua diretamente na promoção de ações educacionais para o desenvolvimento de competências dos funcionários de condomínios e empresas do setor imobiliário. Luiza Marinho, representante do Sindicato, entende a oportunidade de participar do EEB Lab como uma forma de também trazer menos custos e mais qualidade de vida aos usuários. “As discussões realizadas mostraram que a cultura de eficiência energética ainda precisa ser mais disseminada no Brasil, tanto para as empresas, como para a população em geral. Acreditamos que o investimento em educação, muito presente nas propostas apresentadas no EEB Lab e no trabalho desenvolvido pelo Secovi Rio, é um grande passo para alcançarmos maturidade”, declara, assumindo um compromisso de fomentar práticas de consumo consciente e incentivar a educação ambiental nos condomínios. Entre as próximas ações previstas, está o desenvolvimento e publicação de um Plano de Ação robusto e factível para ser implementado no mercado da construção no Rio de Janeiro, além da estruturação de uma rede de organizações interessadas em implementar as soluções discutidas durante o EEB Lab. A longo prazo, o programa pretende que projetos integrados de eficiência energética em edifícios tomem escala, ou seja, passem a ser amplamente incorporados na rotina da construção civil no país, de modo a tornar o setor da construção sustentável mais competitivo.

Informação para avançar Durante o evento, os participantes tiveram acesso a um Market Review, que forneceu um panorama do cenário de eficiência energética das edificações na cidade do Rio de Janeiro. Elaborado pela Universidade Federal de Fluminense (UFF), sob a coordenação da professora Louise Land B. Lomardo, doutora em Planejamento Energético e vinculada ao Laboratório de Conservação de Energia e Conforto Ambiental (LabCECA) da Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFF,

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o documento apresenta um bom panorama dos desafios e oportunidades da eficiência energética no Rio de Janeiro. De acordo com Louise Lomardo, o mercado de conservação de energia é fortemente dependente de políticas públicas, como as regulamentações obrigatórias, de financiamentos e da divulgação de informação. “Os agentes financeiros, os pesquisadores, as concessionárias de energia e o poder público devem trabalhar em sintonia para alcançar benefícios nobres de conservação ambiental, tanto para evitar novas e gigantescas obras, quanto para evitar que a cidade se torne densa a ponto de impedir a passagem dos fluxos naturais de energia, como luz solar e ventos”, defende a professora.

Análise de Louise Land B. Lomardo, doutora em Planejamento Energético e professora da Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFF sobre o cenário da eficiência energética no Brasil:

Desafios

Oportunidades

•Não há conhecimento prático

•Há um ótimo mercado de trabalho ainda incipiente a ser explorado;

sobre os benefícios diretos e indiretos da eficiência energética; •A mão de obra não é capacitada para realizar as tarefas nos diversos níveis profissionais; •O financiamento para investir em EE; •As políticas públicas municipais não são integradas às federais; •As informações técnicas dos produtos não são acessíveis; •Não há um local único onde se possa esclarecer todas essas dúvidas; •Não existem benchmarks (kWh/m2 ano) a serem "perseguidas" pelos consumidores.

•As empresas que investem em EE encontram retorno financeiro direto e associam sua imagem ao respeito ao meio ambiente; •Um país que está em crescimento rápido deve crescer de forma saudável e consciente para não ter de corrigir erros de infraestrutura depois; •As famílias que conservam energia exercem influência e ajudam a difundir essa prática; •Dispomos de recursos naturais abundantes como energia solar, luz natural, ventilação natural; •A energia solar é muito pouco aproveitada no Rio de Janeiro.

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ENTREVISTA

Roland Hunziker WBCSD - Diretor do EEB Lab O que é o EEB Lab (Laboratório de Eficiência Energética em Edificações) e que as cidades já receberam esta iniciativa? Roland Hunziker. O EEB Lab é um Laboratório de 3 dias de imersão para envolver as partes interessadas que representam toda a cadeia de valor da construção para identificar as principais barreiras de mercado para a criação de edifícios energeticamente eficientes e para desenvolver um plano de ação para superar essas barreiras. Os EEB Labs já foram organizados em Varsóvia (Polônia), Houston (EUA), Bangalore (Índia), Amsterdam (cobrindo Holanda e Bélgica), e Rio de Janeiro (Brasil). Futuros EEB Labs serão realizados em Cingapura, Jacarta (Indonésia), Kuala Lumpur (Malásia), Jaipur (Índia) e China (a confirmar).

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Por que a cidade do Rio de Janeiro foi escolhida para sediar o projeto? RH. O Brasil tem sido há muito beneficiado com o fornecimento de energia de baixo carbono com base em energia hidrelétrica. Isso começou a mudar e a questão do abastecimento de energia e eficiência energética tornou-se um tema importante. O modelo Lab EEB é normalmente situado a nível da cidade, a fim de reunir as principais partes interessadas e tomadores de decisão em um mercado local e para desenvolver ações tangíveis com propriedade claramente atribuída. O Rio de Janeiro é uma das grandes metrópoles do mundo, o núcleo de uma vasta região metropolitana com mais de 15 milhões de habitantes. Além disso, tem grande visibilidade nacional, e é o principal destino turístico não só no Brasil, mas em todo o hemisfério sul. Ações sobre eficiência energética em edifícios que acontecem aqui são susceptíveis de serem replicados em todo o país. Os líderes do projeto Lab EEB, Lafarge e CEBDS, baseiam-se no Rio e tinham, portanto, excelentes oportunidades para atrair os principais intervenientes que contribuem para o sucesso de um EEB Lab. Além disso, a cidade do Rio sinalizou um grande interesse em apoiar o trabalho e envolver as partes interessadas do setor privado para discutir as políticas e ações da cidade sobre a questão da eficiência energética em edifícios. Quais são as fases do EEB Lab? RH. O EEB Lab começa com uma reunião inicial, durante a qual uma uma dezena ou mais de partes interessadas se reúnem para debater o desejo e a viabilidade de organizar um evento em sua cidade e para desenvolver e implementar um plano de ação com base no EEB Lab. A primeira fase de preparação também é apoiada por uma análise do mercado, que resume as principais políticas, compromissos e ações e listas dos players na área de edifícios energeticamente eficientes. O próprio EEB Lab é realizado durante 3 dias - no primeiro dia com um comitê de peritos técnicos entrevistam 40-50 stakeholders que representam a cadeia de valor, a fim de compreender as barreiras e ouvir idéias de ações para superar estes. No segundo dia, os peri-

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tos se reúnem para categorizar os principais obstáculos de mercado e debater ações específicas para abordar cada uma dessas barreiras. No terceiro dia, uma sessão plenária de alto nível reúne palestrantes e um público de mais de 100 tomadores de decisões seniores do setor público e privado para fornecer o contexto e urgência ao tema da eficiência energética nos edifícios e para apresentar um plano de ação para superar os obstáculos no contexto do mercado local. Após o evento, diferentes equipes de ação são formadas e um mecanismo de coordenação estabelecido, a fim de começar a conduzir a mudança no mercado. Qual é o objetivo do EEB Lab na cidade do Rio de Janeiro e quando isso começou? RH. O objetivo do EEB Lab no Rio era obter uma compreensão clara da situação do mercado para a eficiência energética nos edifícios, e, com a ajuda de um painel de especialistas, recomendar e iniciar a ação. O Laboratório começou com uma reunião de lançamento em Novembro de 2014, para o qual 20 especialistas do setor público e privado se uniram. Essas pessoas, em seguida, ajudaram identificarm os decisores-chave e intervenientes no mercado para serem envolvidos no próprio laboratório e eles concordaram sobre a agenda exata para o Lab. Após a reunião de lançamento, uma análise do mercado foi contratada para entender o panorama atual do mercado. Quem são os principais envolvidos? RH. A barreira mais importante para um estoque mais eficiente em termos de energia e construção sustentável em qualquer mercado é a fragmentação da cadeia de valor da construção. É, portanto, fundamental para o sucesso de um EEB Lab envolver todos os grupos interessados, desde empresas de fornecedores, da construção e de desenvolvimento, até os investidores, gerentes, corretores imobiliários, bancos, serviços públicos, reguladores e usuários finais. Durante o EEB Lab, cada stakeholder é entrevistado em uma entrevista pessoal de uma hora, de modo que todas as perspectivas podem ser plenamente apreendidas e compreendidas. Além disso, o

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Comitê Técnico de especialistas é composto por representantes de todos os grupos-chave, a fim de chegar a uma visão holística e recomendações sobre as medidas necessárias. Quais são os segmentos de mercado do EEB Lab no Rio de Janeiro? RH. O EEB Lab não se concentra em qualquer segmento de mercado específico, mas tem uma visão holística através do estoque de edifícios da cidade, residenciais, comerciais e edifícios públicos. A análise do mercado foi encomendado pela Universidade Federal Fluminense para descrever o panorama do mercado de edifícios no que diz respeito à eficiência energética, incluindo o status de políticas relevantes e com foco em impulsionadores do mercado. Quais foram as barreiras e oportunidades identificadas pelo projeto? RH. As principais barreiras no mercado do Rio foram classificadas da seguinte forma: A falta geral de consciência sobre os benefícios de um parque imobiliário de eficiência energética; a necessidade de treinar a força de trabalho em soluções de tecnologia disponível e modelos de negócios; a falta de modelos de financiamento e; a necessidade para melhorar a aceitabilidade de mercado e captação das políticas existentes, por exemplo, Qualiverde. Como resultado das ações do Lab foram feitos acordos para abordar estas principais barreiras. O mercado precisa de campanhas de sensibilização dedicadas para realçar o benefício de gerenciamento de energia ativa e mostrar histórias de sucesso. Desenvolvimento de capacidades tem de ter lugar a nível técnico, bem como a nível operacional e de gestão, como as tecnologias disponíveis e modelos de negócios não são suficientemente conhecidas ou adotadas no mercado. Em finanças, uma maior consciência precisa ser criada para mecanismos de financiamento existentes e uma maior padronização será necessária para fazer projetos em relação à poupança de energia financiáveis. Em termos de política, uma maior ênfase deve ser colocada sobre o desempenho e transparência e também para incorporar a sustentabilidade no código de construção.

Quais são os próximos passos da EEB Lab Rio? RH. Vamos desenvolver e publicar um plano de ação para o mercado da construção no Rio de Janeiro e vamos continuar a desenvolver uma rede de organizações que estão dispostas a implementar essas ações acordadas. Nós também estamos dispostos a discutir com os parceiros se haveria uma abordagem semelhante em reunir os stakeholders da cadeia de valor dos edifícios para outras cidades do Brasil ou se haveria uma maneira de envolver os stakeholders em outras cidades em algumas das ações acordadas em andamento. Você poderia falar sobre os benefícios possíveis sociais, ambientais e econômicos do EEB Lab para a cidade do Rio? RH. Edifícios mais eficientes são fundamentais para a segurança energética futuro do Brasil. O país tem desfrutado de um modelo bem sucedido de fornecimento de energia com base na amplamente disponível geração de energia hidrelétrica. No entanto, com secas recentes, maior controle sobre os impactos ambientais de grandes projetos e uma crescente demanda continuamente tem sido necessário recorrer cada vez mais a fontes de energia de combustíveis fósseis, que por sua vez coloca as metas do Brasil para a mitigação das mudanças climáticas em risco. A Agência Internacional da Energia chama a eficiência energética como o "primeiro combustível", uma vez que ajuda a aliviar os orçamentos dos consumidores, reduzindo a necessidade de investimentos dispendiosos em expansão da oferta de energia. A eficiência energética é uma situação ganha-ganha para os consumidores, bem como o meio ambiente e a economia. Como pode um Edifício Verde contribuir para uma melhor eficiência energética em uma cidade? RH. É importante que o consumo de energia em edifícios seja monitorado mais de perto. Mesmo edifícios que são projetados para ser muito eficiente nem sempre efetivamente vão executar o nível desejado. A ênfase também necessita ser colocada sobre o funcionamen-

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to e a manutenção de edifícios, de modo a garantir um bom desempenho. Por último, é importante levar em conta os padrões de uso e comportamento das pessoas em edifícios e como eles têm um grande impacto sobre o consumo de energia. Como é que o Governo pode contribuir para enfrentar uma maior eficiência energética nos edifícios na cidade do Rio de Janeiro? RH. A cidade do Rio introduziu o sistema de certificação do edifício Qualiverde para incentivar a eficiência energética, gestão da água e desempenho térmico. Pode, por um lado, buscar alinhar este regime com outros regimes nacionais, por exemplo, Procel; por outro lado, a cidade também poderia promover e difundir exemplos de boas práticas baseadas em evidências para aumentar a consciência global do mercado. Qual é a sua impressão sobre os resultados da primeira fase do EEB Lab no Rio de Janeiro, em comparação com o resultado do Lab nas outras cidades? RH. Estamos muito satisfeito com o entusiasmo que os stakeholders mantiveram para com o EEB Lab. É importante que esta iniciativa, embora iniciada por um player internacional como o WBCSD e as suas empresas membros, seja levada adiante pelos parceiros locais com base em um entendimento comum não só sobre as barreiras, mas também soluções e oportunidades. Na sessão plenária de encerramento do EEB Lab ouvimos fortes declarações do setor privado, bem como dos três níveis do setor público (municipal, estadual, nacional) de apoio ainda maior à colaboração na condução da eficiência energética no mercado como um meio de geração de valor, desenvolvimento de habilidades e redução da pressão sobre o meio ambiente. Nós sempre dizemos que o EEB Lab é apenas o começo do esforço, e estamos muito felizes que os nossos parceiros, como o GBC Brasil, CEBDS e outros estão interessados em desempenhar um papel ativo na promoção da agenda da eficiência energética no Brasil e para ajudar a iniciar e conduzir a ação.

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EM SUA 6ª EDIÇÃO

Fotos: Divulgação GBC Brasil

GREENBUILDING BRASIL REFORÇA SUA POSIÇÃO NO MERCADO

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Colégio Estadual Erich Walter Heine, rev/gbc/br Rio de Janeiro


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Evento de maior importância da construção sustentável consolida-se como um marco na história de evolução no país

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6° edição do Greenbuilding Brasil Conferência Internacional e Expo, que aconteceu nos dias 11, 12 e 13 de agosto, mais uma vez foi um grande sucesso, a feira contou com diversas empresas do setor de construção sustentável bem como fabricantes e fornecedores com o desenvolvimento de produtos. O evento contou com a participação de 65 expositores apresentando uma série de produtos e tecnologias eficientes disponibilizadas para o mercado. Foram abordados temas de grande importância e relevância para o mercado da construção civil, além de contribuir para a disseminação destas soluções que visam à sustentabilidade. A oficialização da abertura do evento foi realizada por Felipe Faria, diretor executivo do Green Building Council Brasil, com agradecimentos aos expositores, patrocinadores, palestrantes, estudantes voluntários e parceiros, além de ressaltar a importância de celebrar o ambiente colaborativo entre o GBC Brasil e outras ONGs e Associações. “O fato é que nós somos decisivos para auxiliar na crise energética e hídrica do nosso país, bem como atender as principais demandas da sociedade civil, e com muito otimismo nós estamos verificando nossos avanços neste sentido, são muitos projetos, temos uma forte rede colaborativa, e nós estamos espalhando

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para diferentes setores em todo o país. Podemos aspirar sim grandes realizações”, declara Felipe Faria. Na abertura do evento, o Greenbuilding Brasil homenageou líderes de empresas engajados com a questão da construção sustentável, que contribuíram nos últimos anos com a posição do Brasil no ranking de certificações por meio de projetos voltados à construção verde. Foram homenageados com o troféu “Liderança em Ação”, Renata Leite Falcão, superintendente da Eletrobrás, Márcio Kogan, sócio-diretor do Studio MK27 e Lair Reis, também do Stúdio MK27 com os projetos do Referencial GBC Brasil Casa. Além disso, foi oficializada a entrega da placa de certificação LEED ND nível Silver, no segundo estágio da certificação para bairros para o empreendimento Parque da Cidade, e LEED Retail NC nível Gold para o Posto Ecoeficiente Ipiranga - Jardim Carioca. Menção importante no evento também foi a utilização do Alternative Compliance Path (ACP), pela agência do Citibank Faria Lima para atingir o crédito referente ao Green E.. O trabalho de equiparação entre as normas contou com a colaboração da Key Associate, entre a recém criada, certificação Selo Energias Renováveis da ABEEOLICA e ABRAGEL e a certificação internacional GREEN E. O Citibank Faria Lima é o primeiro empreendimento certificado a utilizar esta ferramenta.

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“A sustentabilidade não é uma maneira de fazer, mas sim de ser” A Plenária de abertura da 6° Greenbuilding Brasil teve a ilustre presença da ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que compartilhou com os participantes suas ideias sobre os desafios da sustentabilidade no país. Foram abordados pela ex-ministra temas como a crise da civilização, conceitos de sustentabilidade, tendências no ambiente social, empresarial e político bem como o perfil de liderança necessário para o avanço da conscientização e para o sucesso das iniciativas no âmbito do desenvolvimento sustentável. Marina ressaltou em seu discurso que o país precisa sair do modelo atual e partir para um modelo sustentável, independente de qualificação deste modelo ou não e, sobretudo, ser capaz de combinar duas coisas, a mudança e a preservação, “a sustentabilidade não é uma maneira de fazer, mas sim de ser”, declarou. Em sua exposição a ex-ministra destaca outro ponto importante, a questão da crise civilizatória, que engloba cinco grandes crises, a econômica, social, ambiental, política e finalmente crise de valores. “As crises civilizatórias não ocorrem em função do fracasso, elas ocorrem em função do sucesso. O sucesso que nos leva à estagnação, à repetição do ato”, e ainda complementa, “temos que ter política de longo prazo para o nosso curto prazo político. Não se pode sacrificar o rumo de uma nação por causa de uma eleição”, defende. Segundo ela, é preciso pensar neste problema em escala de atitude clínica, “atitude clínica, este é o nosso desafio”.

Executive Lunch e Business Mettings Após a plenária de abertura, Marina Silva também participou do Executive Lunch, almoço que contou com a participação de presidentes e CEO´s de 30 empresas atuantes do setor da sustentabilidade, que realizaram perguntas para a ex-ministra. Representantes de empresas como, Honeyweel, Odebrecht, Cyrela, Deca, Nestlè, CitiBank, Ingersoll, representantes do USGBC e GBC Brasil, bem como meios de comunicação de grande porte como Grupo O Estado de São Paulo, e diversas outras empresas de grande influência no setor da construção civil, fabricantes e fornecedores. Ainda no Stand do GBC Brasil, ocorreram durante os três dias de evento, reuniões com representantes do USGBC,

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GBCI e GBC Brasil. Alguns dos principais temas discutidos durante os Business Meetings foram a apresentação da Certificação WELL Building Standard, implementação do LEED Dynamic plaque, aplicação do LEED ND (Neighborhood Development) em um projeto localizado em Manaus e a introdução do LEED versão 4. Também participaram destas reuniões diversas consultoria e empresa do setor engajadas com o tema sustentabilidade e que buscam inovações em seus empreendimentos. Algumas empresas de destaque foram: ITAU BBA, Odebrecht, CTE, Cushman & Walkfield, Eletrobrás, Petrobrás, Casa do Futuro, Arup, ETRIA, Asclépio Consultoria, Kahn do Brasil e Sustentech.

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Lançamentos Uma novidade de grande relevância para a sociedade foi o lançamento do Primeiro Projeto Legado do GBC Brasil, o desenvolvimento e certificação da sede do Instituto Favela da Paz, localizado no Jardim Ângela, uma das maiores favelas de São Paulo. O Instituto cria um espaço que visa a integração das pessoas dentro dos princípios da sustentabilidade. Um projeto multidisciplinar, que se baseia em cinco pilares, arte e cultura, ecologia, convivência, tecnologia sustentável e equidade social. O projeto do espaço cultural foi executado com o suporte do USGBC, GBC Brasil e conta com a participação voluntária dos membros do GBC Brasil para a sua realização. Aqueles que tiverem interesse em co-

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laborar com a Certificação do Instituto Favela da Paz, seja através de doações de materiais ou serviços, podem entrar em contato com o GBC Brasil para obter maiores informações sobre o primeiro projeto Social. Importante pesquisa também lançada no evento foi apresentada pelo CTE (Centro de Tecnologias em Edificações), no segundo dia do evento, “Sustentabilidade: Tendências na Construção Brasileira 2015”, estudo este que trouxe informações relevantes sobre o cenário brasileiro das edificações sustentáveis como, materiais, soluções tecnológicas e sistemas construtivos. A pesquisa foi realizada pelo CTE em parceria com o instituto de pesquisas Criactive. O lançamento do evento Women in Green Power Breakfast, que ocorreu no segundo

dia do evento onde participaram mulheres líderes da indústria da sustentabilidade e na formação do movimento de Green Buildings. No evento ocorreram palestras de quatro mulheres, bem como mesas de discussões com temáticas relacionadas ao papel da mulher, sucesso e liderança. Comandaram as apresentações, Maria Carolina Fujihara, Coordenadora Técnica no Green Building Council Brasil, Linda Murasawa, Superintendente de Desenvolvimento Sustentável no Grupo Santander Brasil, Thassanee Wanick, Fundadora do GBC Brasil e Cônsul Geral da Tailândia. Como moderadora Kate Hurst, Vice-presidente, Comunidade Avanço, Conferências e Eventos, USGBC, e Kimberly Lewis, Vice presidente Senior, Comunidade Avanço, Conferências e Eventos, USGBC.

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As palestras e os principais temas abordados no 6° Greenbuilding Brasil O ponto forte do evento foram as palestras comandadas por congressistas especialistas do Brasil e da América Latina apresentando as melhores soluções para a construção sustentável no país. Entre o palestrantes estão profissionais da arquitetura, construtores e contratantes, designers de interiores, engenheiros, incorporadores, prestadores de serviços, entidades governamentais, instituições financeiras, instituições acadêmicas, líderes de Green Building, associações e instituições socioambientais abordando temas como desenvolvimento sustentável, habitação de interesse popular, planejamento urbano, energia e água. As áreas de atuação dos profissionais vão desde departamentos técnicos e compra até presidência. O evento consolida-se cada vez mais como o principal evento de negócios e construção sustentável no país. No total foram 125 palestrantes que comandaram 56 sessões educacionais apresentadas na 6° Greenbuilding Brasil, entre eles se encontravam diversos profissionais internacionais que apresentaram as soluções, tecnologias e tendências de cada país. Os principais temas apresentados discursavam a cerca de dois assuntos de extrema relevância no atual cenário do Brasil e

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do mundo, a crise hídrica e a crise energética, que afeta o mercado tanto no âmbito econômico quanto no ambiental. Também participaram do evento, 830 congressistas e um total de 4 mil visitantes nos três dias da feira.

Expositores apresentam novas soluções para o mercado na feira Considerado o principal encontro de negócios sustentável da America Latina, a 6° edição do Greenbuilding Brasil reuniu expositores de todo o país com o objetivo de promover a troca de informações e apresentar ao público as inovações tecnológicas destinadas às construções sustentáveis. Seguindo a mesma característica das outras edições, a feira

de exposições ocorreu simultaneamente às sessões educacionais. O evento contou com a participação de empresas importantes em todas as áreas do setor, que vem ao longo de todas as edições do evento, apresentando suas soluções em tecnologias. Empresas com de forte presença e credibilidade no mercado marcaram presença no evento apresentando seus produtos e novidades, além de participarem ativamente desde a primeira edição como patrocinadores e expositores, contribuindo diretamente para o crescimento do mercado no que tange à sustentabilidade na construção. A Trane, uma das empresas patrocinadoras, destacou produtos eficientes voltados para o setor de climatização. Como membro funda-

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dor do GBC Brasil, e tendo como presidente do conselho do GBC, o diretor Manoel Gameiro, a empresa possui um papel importante e de muita responsabilidade em promover soluções tecnológicas e inovadoras alinhadas aos conceitos de sustentabilidade que o GBC tem apresentado para o mercado brasileiro. Também tiveram grande destaque como patrocinadores, apresentações de novos produtos e palestras em sessões educacionais do evento empresas como, a consultoria Cushman & Wakefield, a Docol - Indústria do setor de metais sanitários -, Honeywell - empresa focada no desenvolvimento de soluções tecnológicas que visam à eficiência energética - e o CTE (Centro de Tecnologia de Edificações), consultoria referência no mercado da sustentabilidade e responsável por 100 projetos certificados pelo LEED no país. Com o intuito de conquistar a certificação LEED, como edificação sustentável, o Instituto Neymar Jr participou do evento com um stand, também para divulgação de suas ações voltadas para o meio ambiente e responsabilidade social, além de apresentar o trabalho realizado com cerca de 2.400 crianças. A WWF-Brasil também marcou presença na Expo, a Ong, participante de uma rede internacional e comprometida com a preservação do meio ambiente. Marco Lentini, coordenador do Programa Amazônia da WWF - Brasil apresentou em uma das sessões técnicas do evento a problemática relacionada ao desmatamento e impactos ambientais, abordando a importância da gestão consciente da madeira durante as obras. Comprovando sua solidez no mercado, o Greenbuilding Brasil, é a concretização da iniciativa do setor privado em construir cada vez

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mais consciente e eficientemente, buscando sempre disseminar o conceito da sustentabilidade nas construções para a sociedade frente aos problemas ambientais, sociais e econômicos que o país atravessa atualmente, realizando parcerias com organizações governamentais a fim de incentivar políticas públicas de fomento para construção sustentável. A 6° Greenbuilding 2015 Conferência Internacional e Expo, contou com ampla cobertura da mídia. Foram 24 veículos de comunicação e um total de 110 profissionais de imprensa que contribuíram, de forma assídua, para divulgação de todas as etapas do evento bem como a visão representantes de empresas que participaram da feira de negócios.

Sustentabilidade para promover a sustentabilidade As ações de sustentabilidade feitas durante os três dias de evento mostram que o importante não é somente informar e divulgar, mas sim incorporar para conscientizar. O evento teve a participação de 40 voluntários, contou com um processo de gestão de resíduos onde, foram disponibilizadas lixeiras para coleta seletiva pelo pavilhão e lixeiras específicas para resíduos orgânicos, próximas às áreas de alimentação. O evento também contou com processo de separação de resíduos recicláveis dos não recicláveis, máquina de compostagem para resíduos orgânicos gerados durante os três dias de evento, implantação de duas caçambas na área externa do pavilhão, inventário dos resíduos, além de treinamento com a equipe de limpeza para o procedimento correto da gestão dos resíduos. Além disso, as credenciais foram confeccio-

nadas com papel semente, que poderiam ser plantadas após o uso. O material de divulgação foi impresso em papel reciclável. Também foram disponibilizadas informações prévias com relação às alternativas locomoção, hospedagem e postura sustentável para os visitantes como, opções de transporte público e mapas para o percurso a pé; incentivo á hospedagem em hotéis com práticas sustentáveis com localização próxima ao evento e orientações como, “imprima apenas o necessário” e “ leve sua própria caneta e bloco de anotação”, ações que expandem ainda mais os conceitos sustentáveis. Para atender os visitantes, foram contratadas empresas do setor de alimentação que ofereceram diversas opções de alimentação

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diferenciada e saudável, como por exemplo, Dona Linda e o Fit Truck.

Eficiência energética é tema principal abordado no primeiro dia do evento A questão energética foi predominante no primeiro dia do evento com temas relacionados às superfícies frias e sua contribuição para o conforto térmico e redução no consumo de energia, avanços e oportunidades na geração de energia distribuída fotovoltaica, os desafios e oportunidades para a indústria em relação à crise energética, além da sessão focada para o Programa Nacional de Eficiência Energética, trabalho conjunto realizado entre o Ministério do Meio Ambiente, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), do Global Environmental Facility (GEF) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento, programa este que abordou temas como, inovações técnicas e financeiras para suporte na implantação de projetos e ações de eficiência energética e energia renovável. A apresentação do case Parque da Cidade em uma das sessões, também foi destaque que focou a questão energética, conforto e bem estar do usuário. Além das sessões educacionais focadas em eficiência energética, o evento teve a apresentação do Plano de Aplicação do referencial Casa bem como os desafios e obstáculos enfrentados utilizando como case o projeto piloto residencial Catuçaba Ecovila,

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Trajetória da certificação LEED para lojas de Varejo (Retail), Gestão de projetos sustentáveis, Natureza da cidade eficiência ecossistêmica dos projetos e da gestão, Escolas Net Zero Energia, Serviços ambientais como vetores de Planejamento Territorial, Selo Procel Edificações e sua aplicação ao processo de certificação LEED (apresentação – case Posto Ipiranga) e Estratégias passivas em hospitais através de simulação termodinâmica. Temas como revisão de zoneamento, utilização responsável da madeira e gestão de resíduos sólidos, processo de certificação de edifícios residenciais no Brasil, LEED versão 4 e a preparação da indústria para atender a esta nova demanda, análise de microclima para conforto ambiental em espaços urbanos abertos, estratégias e soluções LEED para diferentes tipos de construção e setores do mercado, entre outros, tiveram maior destaque no segundo dia do congresso. Foram 16 sessões educacionais que ocorrem simultaneamente durante o dia. A presença de palestrantes renomados no mercado a construção e da sustentabilidade de forma geral, consolidou mais uma vez a importância e a credibilidade do evento no âmbito econômico, ambiental e social. Uma das principais discussões foi a dimensão ambiental na proposta de revisão do zoneamento e uso e ocupação do solo na cidade de São Paulo, que determina as formas de uso e ocupação do solo da cidade e seus reflexos em todo o setor. Representantes da

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Secretaria Municipal e Desenvolvimento Urbano (SMDU), Daniel Todtmann Montandon, diretor do Departamento de Uso do Solo, os vereadores, Gilberto Natalini, Ricardo Young e Paulo Frange, autor do Projeto de Lei de Zoneamento, discursaram sobre a revisão de zoneamento, bem como os pontos previstos no projeto de lei que contribuem diretamente para o aumento da sustentabilidade, tema discutido há anos na cidade de São Paulo. Além disso, abordaram a questão dos rumos a ser seguidos pela sociedade para conscientização em relação à exploração e a comercialização da madeira. A questão de resíduos sólidos urbanos, também foi um importante tema debatido através do case Parque da Cidade com a apresentação do sistema de coleta automatizada. Dentro de um projeto diferenciado, que possui um conceito de cidade compacta, o Parque da Cidade é o primeiro empreendimento a aderir a gestão de coleta através do sistema automatizado de resíduos sólidos à vácuo. Esta tecnologia pioneira no Brasil, que pode ser observada em grandes cidades como Londres, Estocolmo e Barcelona, trará como benefícios, além de uma gestão mais limpa e eficiente, a redução da quantidade de resíduos encaminhados para aterros e a redução de viagens de caminhões de lixo necessárias para atender o empreendimento, promovendo assim o descarte ambientalmente correto dos resíduos produzidos e reduzindo a emissão de CO2 causada pelo transporte. A

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Leed versão 4: A importância da comunicação transparente para melhoria contínua aliada à análise do ciclo de vida do produto A importância da atualização e inovação dos processos e materiais desenvolvidos para o mercado sustentável também tiveram destaque entre os assuntos debatidos do segundo dia do Greenbuilding 2015 com a apresentação do LEED versão 4 bem como a preparação das indústrias para atender esta nova demanda. Em razão desta constante busca por inovações e tecnologias diferenciadas para atender às certificações, os desafios atuais, comunicação transparente e a melhoria contínua dos processos, o LEED versão 4 vem propor à indústria e aos fabricantes os novos requisitos de sustentabilidade para se atingir resultados mais eficientes, tanto nas construções quanto nos desenvolvimento de materiais. As novas medidas apresentadas englobarão ferramentas de análise e otimização frente ao consumo de água energia, além da preocupação em relação à composição dos materiais visando

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à toxicidade de seu conteúdo. “O LEED é um exercício de melhoria contínua que traz vários desafios. Existe a necessidade de um novo posicionamento desses fabricantes em buscar melhoria contínua e de se comunicar de forma transparente, e para isso é necessário mostrar a importância dessa transparência”, apontou Alessandra Caiado, Arquiteta, especialista em Design Ecológico e Coordenadora de Materiais Sustentáveis do CTE. As novidades da nova versão abrangem a transparência em relação à composição de materiais para comprovação desta melhoria dos materiais, opção de número de produtos ou em custo para atingir a certificação, preocupação com a origem da matéria-prima, regionalidade, emissão de COV bem como a incorporação de questão da responsabilidade social. Todos os novos créditos que serão abordados na nova versão do LEED seguirão o conceito da análise do ciclo de vida, seja no âmbito do edifício como um todo, seja com um no enfoque do produto através da solicitação de declarações ambientais. Segundo a engenheira ambiental e consultora de Sustentabilidade do CTE, Adriana Hansen, a análise do ciclo de vida contempla a extração da matéria-prima e manufatura, passando pela montagem até o descarte e reciclagem do produto. “Para o crédito que fala sobre a análise do ciclo de vida do edifício, as três primeiras opções estão atreladas

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palestra que abordou a questão da coleta automatizada foi ministrada por Fábio Colella, diretor da empresa Envac Brasil, idealizadora do sistema de coleta de resíduos sólidos urbanos por sucção.

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a reaproveitamento da estrutura existente, ou seja, retrofit. A quarta opção é a realização de estudo de análise de ciclo de vida do edifício a fim de demonstrar uma redução efetiva de impacto de 10% englobando temas como mudanças climáticas, depleção da camada de ozônio, acidificação de solo e água, eutrofização, formação de ozônio troposférico, sendo que, uma das melhorias obrigatórias é o impacto de mudanças climáticas, sendo necessária uma análise que vai desde a extração da matéria-prima até as atividades construtivas e efetivas do prédio e a operação, considerando as simulações de água e energia”, afirmou a engenheira durante a sua apresentação.

Último dia da 6° Greenbuilding Brasil 2015 fecha em grande estilo com o foco na “água”

construtoras e incorporadoras, promovendo uma abordagem mais abrangente na questão da gestão da água no desenvolvimento urbano. “Nós como, incorporadores, agentes da área de desenvolvimento urbano, temos um papel muito importante na cidade quanto à preservação dos mananciais e a contribuição na gestão da água, é uma questão de sobrevivência nas cidades”, declarou Virgínia. Outros debates importantes realizadas com relação ao tema na agenda foram: Certificação do setor público com destaque para a primeira creche certificado no Brasil, a Creche Hassis; Redução de custo do m² com a sustentabilidade; Gestão de demanda com evolução e tendências; A importância de como “esportes verdes” estão impulsionando a sustentabilidade; Arquitetura e Sustentabilidade; Plano de Segurança da Água focando na saúde em edificações e indústrias.

Um dos temas reservados para agenda do último dia do evento foi a questão da gestão no uso da água. No total foram 20 palestras que abordaram temáticas como, consumo consciente, otimização de sistemas eficientes, promoção de saúde e bem estar dos usuários de edifícios, preocupação com o tratamento da água bem como a apresentação de estratégias de gestão integrada visando à redução no consumo deste recurso. Uma importante questão foi abordada na apresentação da diretora técnica da Infinitytech, Virgínia Sodré, sobre o atual cenário de escassez de água, além de apresentar um trabalho pioneiro no mercado de desenvolvimento urbano, o Programa Água de Valor, onde é levada em consideração a gestão estratégica do uso da água e os impactos da utilização deste recurso englobando processos de gestão a nível micro, meso e macro do consumo da água através de soluções inovadoras para diversos segmentos de negócios, desenvolvendo inclusive o primeiro plano de gestão estratégico de água para uma incorporadora no Brasil. O Greenbuilding Brasil Conferência Internacional e Expo é um evento de extrema importância para disseminação deste tipo de programa. O cenário atual e futuro é de escassez, e existe uma necessidade de ações imediatas e permanentes para a melhoria deste cenário. O programa Água de Valor se encaixa perfeitamente dentro deste cenário com a disseminação e a conscientização das indústrias,

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Rio Resiliente: Um novo enfoque sobre a cidade Em tempos de drásticas mudanças climáticas bem como adversidades sofridas, a resiliência é um conceito fundamental que deve ser abordado e aplicado na sociedade

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apresentação do projeto Rio Resiliente ganhou destaque na 6° edição do Greenbuilding Brasil 2015 Conferência Internacional & Expo. A sessão técnica foi apresentada por Pedro Junqueira, chefe-executivo de resiliência e operações e por Luciana Nery, gerente de resiliência. Com o intuito de promover ainda mais este conceito, o Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro desenvolveu o projeto que contempla dimensões como, mudanças climáticas, comportamento resiliente, gestão resiliente e resiliência socioeconômica.

©Embratur

“Participar de um evento que trata de sustentabilidade, que trata de construções verdes, seja porque tem mais consciência, seja

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por serem mais inteligentes é fundamental para cultivarmos novos aliados e também conhecer novas opções. Essas trocas são importantes, e o Greenbuilding nos ajuda a divulgar esse conceito”, diz Pedro Junqueira. A resiliência abordada no projeto abrange não somente as mudanças climáticas, mas também inclui desafios sociais, que leva em consideração o acesso aos serviços básicos, que são de extrema importância para a população, envolvendo tanto as esferas governamentais quanto a sociedade e exige um esforço contínuo para prevenir, monitorar, mobilizar, comunicar e aprender com as experiências, o torna uma cidade essencialmente resiliente. Conceitualmente resiliência demonstra a capacidade de adaptação e sobrevivência dos indivíduos, instituições e até mesmo das cidades frente às eventuais contingências que possam surgir, bem como a recuperação após as adversidades. A resiliência como gestão de cidades ainda é um tema relativamente novo, porém vem ganhando força devido iniciativas como a do Centro de Operações do Rio de Janeiro juntamente com os órgãos governamentais da cidade.

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O projeto Rio Resiliente, lançado em 22 de janeiro de 2015, foi criado através de um diagnóstico realizado com a participação de diversos órgãos municipais como, por exemplo, CET Rio, Comlurb, Light, Câmara Metropolitana do Estado, Defesa Civil, Secretaria do Meio Ambiente, Secretaria da Educação, Secretaria da Saúde, entre tantos outros que fazem parte do grande colegiado da máquina operacional da cidade do Rio de Janeiro. No total são 39 órgãos municipais e empresas envolvidas nos serviços básicos e na gestão da mobilidade. Através de uma ampla análise do Plano Estratégico da Cidade, onde foram mapeados projetos, programas e iniciativas concretas de resiliência voltadas para assuntos que afetam a capacidade de resistência da cidade. O papel destes órgãos na construção do documento elaborado é mandatório, e contribuiu para a construção de um diagnóstico transversal que se propõe a congregar uma série de aspectos que envolvesse todas essas instituições visando uma operação mais integrada em relação às ações de resiliência. Para Pedro Junqueira, o envolvimento destas instituições foi e continua sendo fundamentais para o trabalho do

Centro de Operações. O documento ainda conta com o prefácio de Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos e Nobel da Paz por sua atuação no combate às mudanças climáticas. “Absorvemos um ótimo conhecimento, confirmando o que já sabíamos, e o que ainda não sabíamos em relação à vida das instituições, nós aprendemos quanto aos desafios para os próximos anos, quais tipos de soluções serão possíveis ou obrigatórias. Então foi uma grande troca, em várias dessas oportunidades foi praticamente uma sessão de análise de olhar pra dentro, que por conta desse desafio nós permitimos aos órgãos”, afirma.

Projeto 100 Cidades Resilientes O Rio de Janeiro já se apresenta como uma das cidades líderes em desenvolvimento sustentável, além de ganhar destaque internacional ao ocupar uma posição de liderança no grupo C40, onde os países integrantes elogiaram o trabalho realizado pelo Rio de Janeiro e irão sugerir que o plano seja o modelo a ser seguido pelas demais cidades integrantes da principal rede global de megacidades, que atuam na promo-

ção do desenvolvimento urbano sustentável. Segundo resultados do diagnóstico, a cidade vem mostrando nos últimos anos, mesmo que não concentradas em um único órgão, diversas ações de revitalização da região portuária, melhoria dos serviços de mobilidade com implantação de BRT (Bus Rapid Transit), BRS (Bus Rapid System), serviços de bicicletas compartilhadas, implantação do serviço único de atendimento à população, além da criação do Centro de Operações Rio, o que a caracteriza como cidade com iniciativas voltadas à resiliência. A criação do Centro de Operações Rio foi crucial para concentrar estas ações de forma estruturada dentro da gestão municipal, o que garante melhor eficácia no atendimento das demandas e problemas que surgem na cidade. O projeto Rio Resiliente rendeu à cidade do Rio de Janeiro o convite para fazer parte do primeiro grupo do projeto “100 Cidades Resilientes”, promovido pela Fundação Rockefeller, organização internacional sem fins lucrativos que incentiva, há mais de um século, iniciativas filantrópicas.

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©Miguel Ferraz Araújo

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“UMA CIDADE É

UM ORGANISMO VIVO, COM

VONTADE PRÓPRIA, E PROMOVENDO

ESSA INTEGRAÇÃO, EXISTINDO MAIS EMPATIA ENTRE GOVERNO E

SOCIEDADE,

ENTRE SOCIEDADE E EMPRESAS E

VICE VERSA, NOS PREPARAMOS

PARA MOMENTOS DIFÍCEIS”

Pedro Junqueira, chefe-executivo de resiliência e operações da Cidade do Rio de Janeiro

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Em 2013, a cidade entrou para a lista das 32 primeiras cidades selecionadas para fazer parte da rede. Com o projeto, o Rio ganhou suporte técnico para implantar a competência da resiliência no município, além de ter a possibilidade de trocar experiências com outras cidades, como Medelín (Colômbia), Melbourne (Austrália) e Nova Orleans (EUA). “Conseguimos ocupar um espaço que buscamos para nós mesmo como prefeitura e como órgão, que é promover essa discussão, apontar o que está no bom caminho e buscar algumas iniciativas que, ainda no campo das ideias, se tornem realidade” destaca Pedro. O chefe-executivo de operações da COR considera como primeiro resultado positivo a comprovação de já se haviam ações de resiliências na cidade, mesmo antes da criação dos órgãos, e que já possuía, desde 2009, um cardápio de investimentos de R$ 4,3 bilhões em projetos de resiliência realizados. “Quando paramos para mapear essas ações na cidade, percebemos que a “máquina” já estava com um amplo cardápio de resiliência. Essa foi a primeira grande entrega, ter um catalogo de ações que fortalecem a resiliência do Rio de Janeiro e perceber

que muito mais do que ações, já existiam vários projetos entregues”, afirma Pedro Junqueira. Algumas das ações de resiliência já existentes na cidade do Rio de Janeiro, mapeados pelo projeto são: a construção de quatro “piscinões” na região da Grande Tijuca que, somados ao desvio de parte do Rio Joana, aumentam a capacidade de drenagem da água da chuva, reduzindo os riscos de alagamentos na região da Praça da Bandeira; a implantação de 150 km de vias exclusivas para circulação de ônibus BRT; o mapeamento de comunidades e encostas habitadas com risco geológico e a implantação do plano de evacuação com o sistema de sirenes, em 103 localidades identificadas, aliados às obras de contenção e melhorias em infraestrutura para reduzir ou até mesmo mitigar riscos. A prefeitura do Rio de Janeiro também irá desenvolver um Plano de Resiliência, através de apoio colaborativo contando com a participação de outras esferas governamentais, parceiros privado, sociedade civil e dos cidadãos cariocas, além da parceria com as principais redes internacionais que discutem o tema. A primeira ação concreta

para discussão dos pilares das diretrizes do programa ocorreu no lançamento do projeto, que reuniram especialistas e representantes de instituições e da sociedade civil. Os temas abordados nos workshops abrangeram questões sobre mudanças climáticas, economia circular e, atualmente, está em andamento a realização de um workshop de indicadores de resiliênciais individuais visando a interação do indivíduo no quesito resiliência. Outra grande conquista, de acordo com Pedro Junqueira, foi o convite feito pela Casa Civil para participação do Planejamento Estratégico para a próxima administração municipal, de 2017 a 2020. “Tivemos esta oportunidade por causa do diagnóstico, devido ao nosso esforço, ao trabalho técnico que estamos fazendo no Planejamento Estratégico de modo a apresentar os problemas atuais da cidade além de definir o que deve ser feito no futuro. Estar presente com a Fundação Rockefeller proporcionou a oportunidade delegada pela Casa Civil do município, que abriu este espaço para trabalharmos o tema resiliência, além do Planejamento estratégico para os próximos quatro anos”, destaca Pedro Junqueira.

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Foto: Divulgação Prefeitura do Rio

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Lançamento do Projeto Rio Resiliente, com a presença do prefeito Eduardo Paes.

Definição das áreas de foco De acordo com dados pesquisados para elaboração do diagnóstico, o IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) indica que a mudança climática é uma realidade, com o aumento da temperatura global de 0,85° Celsius entre 1880-2012. O relatório do Grupo de Trabalho I, dedicado à base científica, indica que, em comparação com 1950, os oceanos estão mais quentes, a quantidade de neve e gelo no planeta é mais baixa, o nível do mar subiu e a concentração das emissões de gases de efeito estufa está em seu nível mais alto. Hoje, o Rio de Janeiro tem como um dos principais desafios de resiliência os eventos relativos a mudanças climáticas como, chuvas intensas, ondas e ilhas de calor, elevação do nível do mar, fortes ventos e problemas como a dengue e outras diversas epidemias, além de uma série de outras situações com potencial de modificar a normalidade da cidade. No campo da resiliência existem dois fatores que afetam tal normalidade, são os choques e estresses crônicos. O primeiro exige ações imediatas, pois seus impactos podem alterar a rotina da cidade assim que ocorrem.

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Ao segundo estão ligadas a tendências de longo prazo, principalmente relacionadas ao clima, à área social, a situações demográficas e a mudanças econômicas. Tendo como pilar “mudanças climáticas”, foram definidas as outras três principais áreas de foco do projeto, Gestão Resiliente, Comportamento Resiliente e Resiliência Socioeconômica. A Gestão Resiliente promoverá ações que ampliem a velocidade da máquina pública, tendo como pano de fundo a necessidade de se poupar tempo e modernizar a capacidade de responder à cidade. A ênfase será na melhoria da gestão de recursos durante crises e nas principais rotinas operacionais e de suporte do município. A atuação no Comportamento Resiliente prevê iniciativas que despertem e construam comportamentos resilientes na população, por meio de programas educativos de vários gêneros. O objetivo é transmitir noções de resiliência a crianças, jovens e adultos para que sejam praticantes e multiplicadores de práticas resilientes e sustentáveis.

conômica e incentivará iniciativas de inclusão social e desenvolvimento sustentável, em parceria com o Instituto Pereira Passos (IPP), e o engajamento do setor de negócios e da indústria no fomento à promoção de uma economia de baixo carbono. Segundo Pedro Junqueira, a ideia é buscar da melhor forma possível levantar o tema de modo que todos entendam e que possam concordar, e se discordarem que sejam com bons argumentos, para que seja possível aprender e produzir melhores decisões, e assim conseguir estimular as empresas privadas, as instituições governamentais e a sociedade civil para melhores práticas da resiliência. “Uma cidade é um organismo vivo, com vontade própria, e promovendo essa integração, existindo mais empatia entre governo e sociedade, entre sociedade e empresas e vice versa, nos preparamos para momentos difíceis”, finaliza.

O programa também focará seus trabalhos na Resiliência socioe-

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Foto: Divulgação Tishman Speyer

DOSSIÊ SOLUÇÕES

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DOSSIÊ SOLUÇÕES

DOSSIÊ ESPECIAL

CLIMATIZAÇÃO: A INTEGRAÇÃO COMO SOLUÇÃO Demanda por soluções sustentáveis no setor de climatização são apostas das grandes empresas na busca de conforto térmico, qualidade do ar e redução no consumo de energia

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preocupação com o meio ambiente, através da redução do consumo de energia tem se tornado parte inerente à vida das pessoas. A busca por soluções inovadoras está cada vez mais presente na agenda das grandes empresas brasileiras, principalmente no setor da construção sustentável. O Brasil é o 9º maior consumidor de energia elétrica do mundo e o estudo da projeção do consumo para os próximos anos aponta continuidade da tendência de crescimento, com uma elevação em cerca de 55% (EPE, 2011). Grande parte dessa energia, assim como na maioria dos países do mundo, é destinada ao condicionamento artificial do ar. O Brasil figura, também, como o 5º maior comprador mundial de condicionadores de ar, considerando os aparelhos de janela e splits. Tal demanda tem se elevado rapidamente nos países desenvolvidos e ainda mais nas economias emergentes de clima quente. Esta procura por soluções inovadoras é incentivada também pela alta demanda de construções que buscam os chamados “selos verdes” como a certificação Internacional LEED no Brasil, concedida para as diversas tipologias de edificações. Como parte funda-

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mental deste processo, em favor da economia de energia, estão as empresas especializadas em sistemas climatização, que estão diretamente ligadas a essa necessidade de países com o clima tropical como o Brasil. Anderson Benite, Diretor de Sustentabilidade do CTE (Centro de Tecnologia de Edificações), aponta que as empresas deste setor vêm trabalhando muito na questão da eficiência nos últimos anos. “O mercado avançou muito, e uma das coisas que mais evoluiu foi a eficiência das máquinas de resfriamento. As máquinas consomem muito menos energia do que no passado, e o movimento do Greenbuilding ajudou a alavancar esta visão, fazendo com que as construtoras, consultorias e outras empresas do setor aderissem a essa demanda com indicações e opções de produtos mais eficientes”, afirma. É válido também ressaltar a importância, não somente dos fabricantes que desenvolvem estes produtos, mas as empresas responsáveis pelo projeto, instalação e operação dos sistemas de climatização nos ambientes, partes fundamentais dentro da cadeia produtiva, visando um resultado satisfatório no tocante a este tema. Para Anderson, o papel do projetista é fundamental para um funcionamento

de alto desempenho de um edifício. “A eficiência nasce com o projeto. O projetista junto ao cliente precisa relacionar os sistemas, se empenhar em buscar novas tecnologias e maior eficiência na operação e consumo. O projetista ao realizar o projeto, precisa olhar como o edifício vai operar”, explica. Com o objetivo de promover a circulação de ar condicionado, resfriado ou aquecido, para manter o conforto térmico nos ambientes, remover ar contaminado e particulado sólido, garantindo assim maior desempenho por parte dos usuários, medidas e soluções eficientes são apostas das empresas e fornecedores para instalação nas mais variadas tipologias de construção, tanto em edificações novas ou já existentes. No entanto, para que este cenário positivo se torne uma realidade permanente, é necessário não somente a incorporação de tecnologias avançadas e soluções inovadoras, mas também é preciso que a instalação seja feita de forma adequada levando em consideração todo o processo desde a instalação até a operação e manutenção dos dispositivos. Para isso, é preciso acompanhar de forma integral e integrada todo o processo, desde o projeto até a entrega e manutenção do empreendimento.

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CLIMATIZAC Ç Operação e manutenção são fundamentais para atingir o desempenho esperado

A importância da gestão de energia do edifício e a preocupação com a operação e a manutenção das instalações de sistemas HVAC-R (Heating, Ventilation, Air Conditioning and Refrigeration) são de extrema importância para que o edifício desempenhe da forma esperada. Para Rafael Lazzarini, Gerente de Novos Negócios do CTE, o caminho correto a ser seguido é a integração do processo de introdução de uma nova tecnologia em todo o ciclo de um empreendimento. Este processo deve percorrer as etapas de projeto, aquisição dos equipamentos, instalação, comissionamento do sistema, treinamento das equipes de operação e manutenção, bem como o gerenciamento e o acompanhamento dos sistemas de forma contínua após a entrega do empreendimento. “Se entregarmos um sistema eficiente que não é bem instalado ou é operado da forma incorreta, ele não gera os benefícios previstos na etapa de projeto. É necessário olhar a operação do empreendimento na prática e não somente a eficiência dos equipamentos. Todas as partes têm que funcionar de forma integrada, acredito que esse seja o caminho", ainda conclui, “Geralmente os administradores prediais não têm a qualificação técnica necessária para fazerem a gestão de energia de um edifício ou uma avaliação mais profunda do desempenho de um sistema complexo como o de ar condicionado” afirma Rafael. Segundo estudos realizados pelo CTE, o desempenho obtido através de simulações computacionais feitas para o processo de certificação LEED em alguns empreendimentos, não conferem com o real resultado obtido após a ocupação do edifício, ou seja, mais de 70% dos empreendimentos que con-

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quistaram a certificação destoam em 46% acima do consumo previsto em simulações energéticas. Obviamente que as simulações são previsões que levam em consideração uma série de fatores que se alteram durante a operação real do empreendimento, tais como horário de ocupação, quantidade de ocupantes, perfil dos ocupantes, existência de data centers, dentre outros. Porém, nos levantamentos de campo, nota-se que estes não são os únicos responsáveis pelo “GAP” entre o desempenho previsto e o real, e que existem pontos a melhorar nas etapas de projeto, construção, entrega e operação. “Vemos a necessidade de considerar com a devida atenção o lado operacional, isso não vale apenas para prédios existentes, mas também para prédios novos. O LEED versão 4 já começa a falar em uma renovação anual da certificação, e isso também vale para o Procel e todas as certificações que são de projetos, e é importante criar esses referenciais para que isso possa ser feito, como por exemplo, através do Desempenho Operacional Energético”, diz Roberto Lamberts, professor da UFSC e conselheiro do CBCS (Conselho Brasileiro de Construção Sustentável).

Conforto térmico e qualidade ambiental interna Além da redução no consumo de energia, dois pontos de extrema importância se esperam de um sistema de climatização: o conforto térmico nas edificações e a qualidade do ar interior ambiental. Com o objetivo de garantir a eficácia destas duas vertentes aliadas à otimização do consumo de energia elétrica, o mercado está cada vez mais engajado em relação ao desenvolvimento de novas soluções. A preocupação com a saúde, bem-estar e produtividade nos ambientes também tem gerado bastante interesse do mercado cor-

porativo, industrial, construção bem como no setor educacional. Por isso, a busca por estas características se torna cada vez mais ampla no setor da construção civil. No geral, o setor vem demonstrando resultados positivos em relação à utilização destes sistemas de climatização nos ambientes que contribuem para o conforto ambiental, maior produtividade e desempenho dos usuários, além da diminuição no consumo de energia elétrica e emissões de gases poluentes na atmosfera. Mas, para Roberto Lamberts, é preciso se atentar a algumas medidas que possibilitem atingir níveis recomendáveis de qualidade do ar e temperatura ambiental de uma forma integrada. “O primeiro passo é respeitar as normas, como a NBR 16.401 e uma portaria da Anvisa, que obriga a renovação do ar nos ambientes, isso tem que fazer parte de um bom projeto. Outra questão é o conforto térmico, que é bem mais do que somente temperatura, e está sendo discutido na revisão da norma NBR 16.401, sendo tratada em três partes, projetos de ar condicionado, conforto térmico e qualidade do ar”, destaca. Ainda segundo Lamberts, a parte de qualidade do ar tende a seguir as normas americanas, a ASHRAE 62.1. Para a parte que trata de conforto térmico foi proposta a introdução de uma tradução da ASHRAE 55, “Foi uma proposta minha a introdução da tradução da norma americana. É uma norma bastante inovadora, que começou a ser usada pela ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating, and Air-Conditioning Engineers) em 2004, que incorpora a possibilidade de conforto natural e adaptativo, dependendo da temperatura externa. Existe uma série de possibilidades de se ter conforto de forma adaptativa, diversas soluções que estão sendo desenvolvidas e que consomem muito pouca energia. É uma oportunidade de economizar e dar conforto de uma forma mais eficaz para mais pessoas”, explica.

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CÃO Ç Renovação do ar: Mais saúde e melhor desempenho do usuário

Nos ambientes fechados, há geração de poluentes por diversos motivos, um dos principais é a utilização de equipamentos de ar condicionado que utilizam gás refrigerante que, consequentemente, são lançados na atmosfera causando o chamado “efeito estufa”. Há também, não menos importante, a emissão de COV (Compostos Orgânicos Voláteis), causada por utilização de materiais com alta toxidade como, materiais de construção e manutenção utilizados nos ambientes, carpetes, vinil, tintas, selantes, plásticos, produtos de madeiras, móveis, eletrônicos, agente de limpeza dentre tantos outros. São diversas as categorias de gases poluentes que devem ser analisadas rigorosamente a fim de garantir a utilização do dispositivo mais adequado para cada situação. As medidas mais indicadas para controlar a circulação desses gases nocivos é a utilização de sistemas de exaustão e renovação de ar, que promove a movimentação do ar contribuindo para a diluição deste ar prejudicial à saúde humana. Roberto Lamberts explica que a falta de renovação do ar torna os ambientes insalubres, prejudicando significativamente o a saúde dos usuários e a produtividade em espaços de trabalho. “A medida que aumenta o número de pessoas em um ambiente, aumenta a quantidade de CO2. Por isso, a renovação do ar é necessária trazendo ar externo para que não se gere ambiente insalubres e perda de produtividade do usuário. Trazer ar externo para um ambiente que já está refrigerado, irá aumentar o consumo de energia do sistema.Segundo a pesquisa Sustentabilidade Tendências na Construção Brasileira 2015, lançado pelo CTE em agosto deste ano, no Greenbuilding Brasil Conferência Internacional e Expo, 48% das edificações incorporou

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alguma tecnologia para o tratamento do ar externo. Entre estes sistemas estão, trocadores de calor, rodas entalpias e controle de demanda de ventilação por CO2. O processo de renovação e filtragem do ar externo também é fundamental para se atingir um bom desempenho dos ocupantes da edificação em questão. Um projeto adequado a cada ambiente e manutenção periódica é fundamental para que haja um bom rendimento das atividades, além de não prejudicar a saúde dos ocupantes. No caso dos sistemas do tipo Split, para garantir uma taxa adequada de renovação de ar o ideal é que seja utilizado um sistema de renovação de ar e filtragem em conjunto ao aparelho de ar condicionado, ou sistemas de ventilação mecânica também aliada ao sistema de filtragem, nos casos de ambientes que não comportam o aparelho de ar condicionado e que não é possível manter as portas e janelas abertas. Segundo a norma ANVISA publicada em 16 de janeiro de 2003, a RE n°9, a taxa de renovação do ar adequada de ambientes climatizados é de no mínimo 27 m³/hora/pessoa, não sendo admitido em qualquer situação que os ambientes possuam uma concentração de CO2 maior ou igual a 1000 ppm de dióxido de carbono.

Simulação computacional A realização de uma simulação energética durante a fase de projeto é fundamental para que se possa definir as melhores estratégias de eficiência energética para o edifício analisando o custo benefício de cada estratégia proposta. O processo de simulação computacional de um edifício depende de diversos fatores tais como, clima, temperatura do ar externo, radiação solar - que variam ao longo das horas do dia -, posicionamento do pré-

dio, tipos de vidro da fachada e seus coeficientes, entre outros. A simulação computacional do edifício utiliza dados climáticos horários de estações meteorológicas que passam por um tratamento estatístico descartando desvios padrões, como anos com temperaturas atípicas, formando um arquivo climático que trata esta questão de forma mais uniforme. Segundo Lazzarini, existem diferentes curvas de desempenho para cada potência requerida e situação em que o sistema está operando, conforme a temperatura do ar externo, o desempenho do sistema muda, por isso é necessária uma avaliação através de uma simulação computacional. “É a única maneira de fazer uma avaliação de consumo de forma mais consistente. A simulação computacional é uma ferramenta de grande importância para a avaliação da eficiência energética de sistemas aplicados para cada tipo de situação. Com isso você consegue definir todas as estratégias antecipadamente, e pode se economizar milhões ao longo da vida útil do edifício”, diz.

Tecnologias e Automação A tecnologia vem se tornando uma das prioridades nas ações das empresas do setor de climatização. A necessidade de se estar presente em um ambiente para gestão dos equipamentos dos sistemas está tornando-se cada vez menor. O desenvolvimento de softwares, tecnologia que visam à otimização de controle dos sistemas de ar condicionado, por exemplo, é uma das inovações que vem ganhando espaço no Brasil e no mundo. A utilização destas tecnologias permitem realizar o cálculo da carga térmica determinando as características dos equipamentos de ar condicionado como, por exemplo, potência, refrigeração, temperatura do ambiente, vazão

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No mercado existem basicamente dois tipos de sistemas de ar condicionado, sistemas de expansão direta e indireta, que são diferenciados pela forma que realizam o resfriamento. No primeiro, há o contato do ar condicionado com o fluido refrigerante através de serpentina ligada ao equipamento, como por exemplo os equipamentos do tipo VRF (Fluxo Variável de Refrigerante). No segundo sistema, os chillers, conhecidos como resfriadores, resfriam a água que é distribuída para as unidades individuais para troca de calor com o ar (fan coils), são as chamadas CAGs (Centrais de Água Gelada). De acordo com a pesquisa realizada pelo CTE, a utilização dos VRFs predomina entre os edifícios comerciais, o correspondente a 80% dos edifícios. Já a utilização de sistemas CAGs corresponde a boa parte dos edifícios com grande fluxo de pessoas, como estádios e shopping centers, estando presente em 35% desta tipologia. Segundo Anderson Benite, essa demanda por sistemas VRFs para as edificações comerciais se dá pela possibilidade de independência do sistema nos pavimentos. “Existe uma tendência para individualização de sistemas de ar condicionados, o mercado está caminhando para individualização do consumo, tanto de água como de energia, e com isso se percebe uma redução de 20% a 30% somente pela individualização de um prédio”, destaca o diretor do CTE.

Regulamentações no Brasil e no mundo Para o especialista Roberto Lamberts, construir de forma sustentável é sinônimo de muitos benefícios para a sociedade, é necessário cobrar que os prédios sejam construídos de forma cada vez mais eficientes. “Nos Estados

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Anderson Benite

©Divulgação CTE

Tipologias de sistemas e suas tendências

Unidos, vemos essa preocupação na fase de projeto com a ASHRAE 90.1, que vem subindo seus níveis de eficiência cada vez mais, e isso é uma inspiração para nós, pois usamos muito desta norma em termos de eficiência. O ideal é implementar cada vez mais premissas de sustentabilidade nas normas para que os prédios demonstrem cada vez mais eficiência. Não acredito que se precisa tanto de incentivo, precisa-se regulamentar normas mais rígidas e obrigatórias,” defende. De acordo com estudos feitos pelo CBCS sobre o consumo de aparelhos de ar condicionado e a crise energética brasileira, uma análise a respeito de condicionadores tipo split demonstra que economias como União Europeia, China e Japão comercializam produtos com eficiência muito superior aos melhores equipamentos brasileiros. O aparelho mais eficiente no Brasil apresenta coeficiente de eficiência energética de 4,79 W/W. Já na China, país de onde são importados grande parte dos condicionadores de ar consumidos no Brasil, há equipamentos com valores superiores a 6,0 W/W, e no Japão tal coeficiente ultrapassa 6,5 W/W. A escolha de equipamentos, que possuem certificações de eficiência energética como potencial para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e, comprovadas por órgãos regulamentadores brasileiros são de extrema importância para se garantir um desempenho positivo na manutenção e operação do local. Para isso existem as normas reguladoras determinadas por organizações como a Anvisa, com a resolução 09 de 2003 e a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), NBR e ASHRAE, com orientações de instalação e manutenção deste tipo de sistema. Lamberts afirma que o nível mínimo estabelecido na regulamentação brasileira ainda se mostra de forma tímida se comparada em outros países. Os atuais níveis mínimos exigidos pela legislação nacional são compatíveis apenas com o apresentado atualmente na Índia e com o que havia na China em 2004. A China, porém, em 2010 já elevou tal valor, e vários outros países analisados já apresentam dados superiores aos brasileiros.

Rafael Lazarini

©Divulgação

de ar, ventilação entre muitas outras particularidades, sendo possível o controle pelo próprio celular, sem a necessidade de estar presente.

©Divulgação CTE

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Roberto Lamberts

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OBRAS LEED GANHAM PRÊMIO EM ENGENHARIA TERMOAMBIENTAL

©Divulgação Smacna

A premiação “Destaques do Ano 2014 – Smacna Brasil”, considerado o “Oscar” do setor de ar condicionado, apresentou a retrospectiva das edições anteriores e premiou empresas e fornecedores destaques do setor de climatização

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emas como a crise energética vem preocupando cada vez mais a sociedade nos últimos anos. Decorrente da crise hídrica, a escassez de água recorrente em todo o país, principalmente na região sudeste, a crise energética como consequência da primeira, também está alarmando a população, o setor público bem como o setor privado. Como medida para minimizar e otimizar o consumo deste recurso, o mercado atual dispõe de ferramentas e métodos com alta tecnologia para que se atinja níveis de consumo de energia cada vez mais eficientes. Com o objetivo de promover o reconhecimento em âmbito nacional das melhores empresas de engenharia termoambiental no ano de 2014, a Smacna (Sheet Metal Ar Conditioning Contractors’ National Association) capítulo Brasil promoveu no mês de agosto, em São Paulo, a 22° edição do evento “Destaques do Ano Smacna Brasil”, que premiou empresas responsáveis por sete empreendimentos de referência. A premiação criada em 1993 pela Smacna Brasil, que já premiou 146 projetos em todo o Brasil, visa atender interesses e objetivos em comuns do setor de tratamento de ar e climatização. O evento é realizado pelo convênio Smacna-ABRAVA, e a comissão julgadora do prêmio também fica a cargo dos realizadores do evento, que avaliam se os projetos se adéquam aos pré-requisitos do regulamento do prêmio. A importância da premiação Smacna no mercado de climatização é desenvolver e difundir tecnologias avançadas em instalações de tra-

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tamento de ar, fomentando a capacitação profissional em vários níveis. Os principais diferenciais dos empreendimentos contemplados com a premiação abrangem a preservação do meio ambiente através da contribuição para o desenvolvimento do equilíbrio ambiental, comprovação da reciclagem de conhecimentos e de adaptações às evoluções, concepção tecnológica de ponta, excelência de qualidade de instalação, versatilidade operacional, inovação e incorporação de dispositivos que traduzam economia e uso racional de energia, nas categorias retrofit e construções novas. A retrospectiva dos 20 anos da premiação mostra a força e a credibilidade que a Smacna Brasil possui no mercado de climatização. “Fazemos uma breve retrospectiva em cada edição para o público tomar conhecimento dos avanços tecnológicos do setor de HVAC-R”, afirma Áureo Salles, presidente da Smacna Brasil e da empresa Áureo Salles Engenharia. Dentre os empreendimentos premiados nesta edição “Destaques do Ano Smacna Brasil”, quatro deles receberam ou estão em vias de receber a certificação LEED. São eles: o estádio Arena Dunas – Natal/ RN (LEED NC nível Certified), Templo de Salomão – São Paulo/ SP (LEED NC Registrado Gold), Banco Itaú – FL3500 - São Paulo/ SP (LEED CI nível Gold) e Hotel Sheraton Reserva do Paiva – Cabo de Santo Agostinho/PE (registrado LEED NC), além da Usina Santa Vitória Açúcar e Álcool – Santa Vitória/MG, o Data Center da WEG – Jaraguá do Sul/SC, e o Sumaúma Park Shopping – Manaus/AM.

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“Cada um dos empreendimentos premiados reúne potencial para atender as exigências do ambiente a ser beneficiado, com elaboração de um projeto adequado ao perfil de utilização que se deseja, seguido de montagem com aplicação dos produtos que foram especificados no projeto”, ressalta Wadi Tadeu, presidente da ABRAVA.

©Tishman Speyer

Foto: YouTube

Templo de Salomão e Banco Itaú – FL 3500 rendem premiação para a Star Center

e contra fluxo, instaladas no 1° subsolo, que conferem ao empreendimento o primeiro prédio comercial no Brasil a receber esse conceito em suas instalações. Além disso, contribuindo para redução de carga térmica do consumo energético, o projeto possui sistema entálpico que conserva a energia térmica liberada ao meio externo. Visando atender as necessidades do Banco Itaú, que veio a se tornar único usuário do edifício, a EPT Engenharia e Athié Wohnrath conduziram a segunda fase do projeto. A utilização de equipamentos do tipo fancoil com variador de frequência, rede de dutos e caixas de volume do tipo VAV possibilitou o controle das temperaturas por zonas, contribuindo para o conforto e bem-estar dos colaboradores do Itaú. Unidades de resfriamento, localizadas no 5° pavimento como backup do sistema principal, bem como unidades de precisão também foram instaladas na área de missão crítica garantindo o controle da temperatura e umidade relativa do ar.

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Arena das Dunas e Hotel Sheraton Reserva do Paiva: Sistemas inteligentes e tecnologia de ponta por Arclima Engenharia ©Canindé Soares

O Templo de Salomão foi um dos empreendimentos mais ousados que recebeu a premiação. Chamando a atenção pela sua magnitude, uma reprodução mais fiel possível do Templo de Salomão em Israel, o projeto segue os mais altos padrões de sustentabilidade, características pelo qual o Templo conquistou a primeira certificação “verde” do Brasil para uma construção religiosa, o selo LEED nível Gold. O sistema de climatização projetado pela Planenrac Engenharia Térmica e instalado pela Star Center Soluções em Climatização está dentro dos quesitos de tecnologia de ponta, o que torna o Tempo um marco em relação à climatização e eficiência energética. Localizado em São Paulo, e construído em uma área de 75 mil metros quadrados, o empreendimento é considerado referência na arquitetura mundial. Além disso, a Star Center, responsável pelo projeto de climatização e conforto térmico, adotou a implantação de um sistema de climatização do tipo expansão indireta, que é composto por duas unidades de resfriamento condensação a ar, uma unidade de resfriamento condensação a água, anéis de bombas primárias e secundárias, compostos por três tanques de termoacumulação de água com 60 metros de altura, embutidos em três grandes pilares frontais localizados ao lado direito do Templo. Visando à redução no consumo de energia elétrica, o sistema utiliza o calor rejeitado pela unidade de resfriamento que serve para aquecimento da água nas áreas de banho e batistério e sistema entalisco, que utiliza o ar externo, em dias propícios para beneficiar a nave. Outro empreendimento que também teve o projeto de climatização assinado pela Star Center e Teknika é o Itaú FL 3500, que com sua estrutura arquitetônica monumental, que remete a um diamante lapidado, recebeu a homenagem no evento. Desenvolvido com recortes assimétricos e grandes vãos livres que unem os espaços e valorizam a paisagem urbana da região, o empreendimento que também possui a certificação LEED nível Gold, possui torres de resfriamento localizadas na cobertura com disponibilidade para atender o sistema 24 horas, com único anel de vazão variável para distribuição de água gelada e unidades de resfriamento, ligadas em série no conceito fluxo

Empresa também homenageada na 22° edição do “Destaques do ano 2014 – Smacna”, a Arclima Engenharia, empresa especializada em execução de obras e preservação de instalações de sistema de climatização foi a responsável pela implantação dos sistemas do estádio Arena das Dunas, em Natal-RN. Neste empreendimento, a empresa focou na preservação do meio ambiente com o sistema de ar condicionado, com destaque para o uso de gás refrigerante ecológico, nos chillers, que corroborou para garantir a certificação LEED nível Certified. Com a utilização de tecnologia de ponta, como o sistema de água com volume variável, o sistema de balanceamento hidrônico dinâmico e o sistema de ar com volume variável, a Arclima garantiu ao Arena

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©Paulo Brenta

Dunas uma taxa de renovação e qualidade do ar, cuidados com a manutenção e operação automatizada tornado o estádio altamente eficiente e moderno dentro dos padrões FIFA, além de fornecer excelência em conforto, minimizando os custos de energia sempre seguindo os conceitos sustentáveis. O sistema de climatização do projeto também contempla chillers parafusos de condensação a água onde a distribuição de água se dá por bombas inline gerando grande economia de energia e água.

mentos, comércio e serviço do mundo). O sistema de climatização conta com 900 TR´s de capacidade divididos em equipamentos do tipo Self Contained condensação a ar e água além de possui nas diretrizes de projetos características como, severas condições ambientais da agroindústria, preocupação com a manutenção e preservação do desempenho dos equipamentos e Eficiência e Manutenção e Baixo Consumo Elétrico. Os sistemas contam com filtros de ar autolimpantes de alta capacidade de acumulação, ambientes pressurizados a fim de evitar fontes de poluentes e manter a qualidade do ar interno e rejeitos de calor realizados por meio de torres de resfriamento.

©Divulgação WEG

Data Center WEG

Com um sistema inteligente de ar condicionado, o Hotel Sheraton Reserva do Paiva, também projetado pela Arclima Engenharia, possui instalações de alto nível no que tange a sistemas de climatização e ar condicionado que garantem a renovação, qualidade do ar e eficiência energética, além de terem um foco sustentável, o que garantiu ao Hotel os requisitos para ingressar no processo de certificação LEED, destacando-se pela utilização de gás refrigerante ecológico, recuperação das águas das chuvas e dos chuveiros - que são armazenadas em reservatórios adequados -, além de passar por processo de tratamento para reutilização na alimentação de água das bacias das torres de resfriamento, bem como na recuperação de energia dos condensadores dos chillers que contribuem para o pré-aquecimento de água quente nos chuveiros e cozinhas do hotel.

©Divulgação SVAA

Usina Santa Vitória Açúcar e Álcool

O setor industrial também teve destaque no evento. A usina Santa Vitória Açúcar e Álcool (SVAA), localizada na cidade de Pontal do Triângulo Mineiro, é considerada a mais moderna e automatizada indústria do setor sulcroalcooleiro no país. A SVAA é uma joint venture formada pela Dow Química S.A., subsidiária da The Dow Chemical Company (maior produtora mundial de polietileno) e pela empresa japonesa Mitsui & Co Ltda (uma das maiores companhias de investi-

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O novo Data Center da fabricante de equipamentos eletrônicos WEG foi construído para ampliar a capacidade e a segurança de toda infraestrutura operando de forma ativa e balanceada ao já existente. Foram atendidos inúmeros requisitos que abrangem o conceito de sustentabilidade com o objetivo de reduzir os custos operacionais e aumentar a eficiência. Incorporando estes quesitos à construção, o Data Center da WEG conquistou o título Destaques do ano Smacna. O sistema de climatização implantado pela Constarco Engenharia consiste de um sistema de expansão indireta, utilizando três Chillers Hitachi com condensação a água, sendo duas unidades instaladas nesta etapa e uma futura. Em se tratando de uma construção complexa, o projeto do Data Center oferece a garantia de segurança e capacidade de operações de TI. A operação do sistema é feita de forma ininterrupta com backup de todos os equipamentos, sistemas elétricos, automação, periféricos e redundância tipo anel para as tubulações hidráulicas de alimentação e retorno. Foram utilizados fancoils especiais com alto fator de calor sensível, sistema de umidificação e reaquecimento e válvulas independentes de pressão para um controle preciso de temperatura e umidade relativa do ar. O sistema de automação visa automatizar o controle das máquinas e sistema de climatização, bem como o gerenciamento das variáveis e dispositivos do projeto, que possibilita o controle local e remoto de todas as informações possibilitando a completa supervisão, análise diagnóstico e manutenção de todo o sistema.

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Soluções sem

©Alex Pazuello / Semcom

Sumaúma Park Shopping

desperdícios

Localizado na zona norte de Manaus, o Sumaúma Park Shopping possui em seus mais de 137 mil metros quadrados um dos sistemas de climatização e ar condicionado que garante eficiência, confiabilidade e conforto para os usuários, além de contribuir com o progresso do bairro mais populoso de Manaus bem como o do cidade. O shopping, que fica próximo a Unidade de Conservação do Amazonas, o Parque estadual Sumaúma, faz parte do Grupo DB, maior rede de varejista de hipermercados e supermercados da região Norte do Brasil. O empreendimento possui modernas centrais de automação e controle além de controladoras DDC e periféricos que são responsáveis pelo funcionamento dos sistemas, gerando economia dos recursos naturais e da operação bem como o prolongamento da vida útil dos equipamentos, o que resulta em redução de custos na operação e manutenção. A Newset Engenharia, responsável pela instalação do sistema de climatização, utilizou sistema tipo expansão indireta, com condensação de água, utilizando 3 tipos de centrifugas com capacidade total de 2.400 TR com predisposição para expansão de 800 TR. Condicionadores do tipo fancoil com vazão de ar variável foram utilizados para a climatização do Mall, sanitários e Praça de Alimentação, sendo a vazão máxima de água gelada garantida através da utilização de válvulas de balanceamento independentes de pressão. Os resultados positivos renderam o reconhecimento “Destaques do Ano Smacna” para todas as empresas envolvidas no projeto: Representantes do Grupo DB, Gerenciadora Controtrec, Projetista Thermo Consultoria e Instaladora Newset Engenharia além dos fornecedores dos equipamentos.

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Atmos aposta em alternativas valiosas para redução no consumo de energia elétrica Identificar objetivos e restrições do empreendimento bem como o cenário econômico atual também são fundamentais para analisar as alternativas corretas frente a gama de soluções disponíveis no mercado

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eficiência energética vem adquirindo um espaço cada vez mais amplo no mercado e, principalmente, no setor da construção civil. Nunca foi tão emergente a necessidade de pensar e agir sustentavelmente visando à preservação do nosso planeta. Para garantir esta eficiência, o mercado voltado a sistemas de climatização, refrigeração e ar condicionado está evoluindo constantemente. Empresas especializadas neste setor alavancam este conceito de forma eficiente, na mesma velocidade em que o planeta necessita na busca da redução de extração dos recursos naturais, otimização dos custos além da promoção da conscientização voltada para esta temática. A Atmos Engenharia de Climatização é um exemplo de evolução do mercado atual. Especializada em engenharia de climatização, a empresa foi criada a partir da demanda e necessidade de mercado que buscava soluções cada vez mais eficientes, e tendo o

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compromisso sempre buscar a otimização do consumo energético em seus projetos, aumentando a economia financeira a médio e longo prazo, além de reduzir o impacto ambiental a cada projeto. Associada à organizações como Abrava, Green Building Council Brasil e seguindo as diretrizes de certificações como a ASHRAE, a empresa está sempre em desenvolvimento com foco em melhoria contínua, eficiência energética, preservação do meio ambiente e redução de custos operacionais. Atuando com projetos de climatização, comissionamento e consultoria, a Atmos Engenharia de Climatização se tornou empresa referência no setor, sendo responsável por diversos cases de sucesso que se caracterizam por suas construções eficientes, tais como, laboratórios, hospitais, prédios corporativos, galpões industriais, hotéis dentre tantas outras assinadas pela empresa. Para Bruno Nassar, Diretor da Atmos Climatização, o cenário atual do Brasil de recessão, somado ao recente aumento das tarifas elétricas e, até pouco tempo, com nível crítico

das reservas hídricas, levou a indústria de construção civil a uma forte retração. Contudo, há um movimento do mercado consumidor de busca por soluções sustentáveis, pois isto impacta em custo. “Há a perspectiva de aumento das tarifas em função da adoção do Brasil por uma matriz energética mais dependente de combustíveis fósseis. Assim, a busca por redução do consumo de energia e água nunca foi tão intensa como atualmente, o que pode indicar uma mudança da demanda por soluções para operação e manutenção. Projetos de implementação relativamente simples, que mantenham a mesma qualidade e intensidade de uso dos prédios, mas com menor consumo de energia destacam-se nesse contexto”, diz. O sistema de ar condicionado possui grande importância neste cenário, pois trata-se de um sistema que representa bastante no consumo energético e de água. Em se tratando de energia elétrica em prédios, em geral, o sistema de ar condicionado é o maior consumidor, representando em média de 40% a 60% do consumo de energia da edificação.

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E, quando o ar condicionado possui sistema de arrefecimento por água de condensação, como através de torre de resfriamento, torna-se responsável por 14% do consumo de água no prédio. Muitos arquitetos e consultores fomentam soluções para eliminação de sistemas de ar condicionado nos seus empreendimentos. Quando o projeto de arquitetura permite a ventilação natural tal que atenda ao conforto e à qualidade do ar interior ao longo dos dias do ano, é possível obter neste caso uma solução sustentável e com consumo muito baixo de energia. Porém, para o diretor da Atmos, na maioria das cidades do Brasil, esta realidade não é viável. “Um projeto com ventilação natural não consegue atender, por exemplo, um escritório localizado no Rio de Janeiro, onde pessoas trabalham de terno e, no verão, as temperaturas ultrapassam os 40°C com elevada umidade do ar. Outro inconveniente da ventilação natural é a velocidade do vento do ambiente que não pode ser totalmente controlada, podendo ser excessiva e ocasionar desconforto”, esclarece Bruno Nassar. Apesar disso, alguns tipos de soluções em HVAC podem contribuir para uma arquitetura sustentável que visa a redução de energia, além de contribuir para o conforto térmico, tais como: Tetos verdes, que contribuem para a redução da radiação solar absorvida, redução da capacidade do equipamento de ar condicionado necessária na instalação, e, consequentemente, economia de energia no prédio em questão e melhora do clima dos centros urbanos; Solução integrada de projeto arquitetônico da envoltória e ar condicionado: quanto mais isolada termicamente a envoltória e focada na redução de insolação, maior será a redução do consumo de energia do sistema de ar condicionado o que será melhor solução global para o empreen-

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dimento; Simulações termoenergéticas mais robustas. Análises que consideram apenas a carga térmica de equilíbrio e não as características termodinâmicas dos sistemas de ar condicionado e de inércia térmica dos materiais estão muito distantes da realidade de ocupação de um edifício. Como exemplo, ao utilizar o software Energy Plus, o dimensionamento do sistema de ar condicionado apenas através da ferramenta “ideal load” despreza as características dinâmicas dos sistemas de ar condicionado e da edificação, o que distancia a simulação da realidade, podendo resultar em baixa performance do sistema ou inconsistências na seleção dos equipamentos. Nos prédios existentes dos grandes centros urbanos, os problemas estão em geral associados ao tempo de utilização dos equipamentos. Em sistemas com mais de vinte ou trinta anos e sem a manutenção adequada, o consumo de energia é excessivo, e, em adição, o sistema não consegue atender aos requisitos de conforto dos usuários e os custos de manutenção, se não bem planejados. “Com as informações mencionadas, há indícios de que o sistema de HVAC (Heating Ventilation, and Air Condicioning) deve ser modernizado. Mas o que é importante ter em mente é que nem todas soluções devem se reduzir a substituição de todo o sistema de ar condicionado. Este tipo de decisão além de ser custosa para o cliente, especialmente em momentos de incerteza como o atual, nem sempre é a melhor saída. Uma avaliação personalizada para cada empreendimento deve ser realizada antes de se tomar a decisão da modernização do prédio”, destaca Bruno Nassar. A correta manutenção e controle do sistema da água da torre são essenciais para a eficiência energética do sistema de ar condicionado e para a redução do desperdício

“O SISTEMA DE AR CONDICIONADO

PODE CHEGAR A

14% DO CONSUMO DE ÁGUA DE UM PRÉDIO”

Bruno Nassar, diretor da Atmos Climatização

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CLIMATIZAÇÃO de água. A importância deste tema é representada com destaque no LEED for Building Operations and Maintenance item WE Credit: Cooling Water usage, representando até 4 pontos no LEED O&M. Bruno explica que existem soluções que já são amplamente adotadas no mundo e que se aplicam ao Brasil, mas que ainda pouco difundidas, como por exemplo, o reaproveitamento da água condensada nas serpentinas dos fancoils como água de alimentação das torres, ao invés de desperdiçá-la no ralo, o que é mais comum. Segundo ele, esta solução é excelente em três grandes aspectos. “Primeiro, aproveitamento de água que seria desperdiçada. Segundo, a água que condensa na serpentina está a baixa temperatura (12ºC a 16ºC), o que auxiliará a torre executar sua principal função que é arrefecer a água. E, o terceiro ponto é que esta água é destilada, ou seja, não possui os sais e íons normalmente presentes na água fornecida pela companhia distribuidora. O resultado final será menor desperdício de água e melhoria da eficiência energética predial. Soluções como estas são referências no mundo com prazos de retorno financeiro em torno de seis meses. Por exemplo, um restaurante na cidade de São Paulo conseguiu economizar 12.000 L de água por mês com esta simples solução. Este caso mostra que soluções deste tipo podem ser implementadas, mesmo no pico da crise de falta de água”, defende o diretor da Atmos.

Alternativas de redução no consumo de energia elétrica Tratando-se de uma empresa expertise em sistemas HVAC bem como a implantação mais adequadas destes sistemas, que permita a redução do recurso “energia elétrica”, a Atmos Climatização avalia alternativas que se adequém melhor a cada projeto e suas particularidades. Existem diversas opções de soluções que podem atingir os níveis previstos em projeto, que irão depender se o empreendimento existe ou será construído incluindo seu propósito. “Em face de tamanha diversidade de soluções, é importante a identificação dos objetivos do empreendimento e suas restrições para posteriores análises de alternativas, com suas vantagens e limitações técnicas e econômicas”, destaca Nassar.

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Para o diretor, empreendimentos novos que demandem, concomitantemente, sistemas de ar condicionado e geração de calor (e.g. água quente para banho ou para cozinha, como é o caso por exemplo, de shoppings, supermercado e hotéis e hospitais) normalmente são projetados com sistemas independentes. Nestes casos, um sistema integrado que produza ao mesmo tempo eletricidade, água quente e água gelada, possivelmente a partir do gás natural, torna-se uma solução interessante. “Este tipo de aplicação, conhecida como cogeração, ainda tem pequena entrada no mercado nacional. Uma questão a ser analisada é que estes equipamentos demandam manutenção especializada e, com a alta do dólar, a importação tornou-se uma barreira”, explica. Outra solução específica para se reduzir o consumo de energia elétrica durante o horário de ponta, de 17h30 e 20h30, é a termo acumulação. Neste tipo de aplicação, o sistema de ar condicionado com água gelada é operado apenas fora do horário de ponta. O volume em excesso de água gelada refrigerada fora do horário de ponta é armazenado em tanques isolados termicamente para posterior utilização em horários de maior tarifa e com o chiller desligado. “O interessante desta solução é a redução significativa dos custos operacionais relacionados à energia elétrica, sem alteração da qualidade do sistema de ar condicionado para o usuário final”, ressalta.

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Reaproveitamento de perdas energéticas também são soluções excelentes para redução de consumo de energia predial. Por uma questão de higiene e legislação, os banheiros dos prédios devem ter exaustão. Quando o prédio é climatizado, esse ar exaurido pelos banheiros está com baixa temperatura (22º a 26ºC) e também baixa umidade relativa (35% a 65%). Por outro lado, este mesmo prédio dever ter uma vazão de renovação de ar, ou seja, ar externo dever ser insuflado no edifício. Este ar, no verão de São Paulo, por exemplo, normalmente está com elevada temperatura (acima de 28ºC) e umidade relativa alta (acima de 65%), explica o diretor da Atmos climatização. “Neste caso, a solução é realizar a troca térmica destes dois fluxos de ar para obter um pré-resfriamento da corrente de ar externo de renovação e assim se reduzir o consumo de energia do sistema de ar condicionado. Esta solução tem aplicabilidade também em prédios existentes a um custo relativamente baixo”, completa. Ainda neste quesito de aproveitamento de perdas energéticas, outra solução viável é a utilização de parte da energia existente na água de condensação dos chillers resfriados à água para preaquecer a água quente para banheiros ou cozinhas. Similar a esta alternativa é o reaproveitamento da temperatura dos gases de exaustão captado pelas coifas das cozinhas para também preaquecer a água que é destinada para cozinha.

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projeto em destaque

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Newset: Equilibrar para sustentar Buscar equilíbrio entre os três pilares da sustentabilidade, econômico, social e ambiental é fundamental para garantir harmonia e resultados positivos

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o contrário do que boa parte da sociedade pensa, a sustentabilidade é um conceito amplo e não trata apenas da questão “meio ambiente”, o conceito deste termo, além da preservação do meio ambiente, abrange questões sociais e econômicas, e o equilíbrio deste tripé é fundamental para se garantir resultados satisfatórios na execução de projetos com o objetivo de atingir harmonia nestas três esferas. Para a Eng. Maria Luiza Palinkas, gerente de contratos da Newset, empresa especializada em soluções de climatização, um projeto e instalação ecologicamente correto traz benefícios diretos tanto para o meio ambiente quanto no âmbito socioeconômico. Do ponto de vista operacional como durante a construção, uma obra bem sucedida traz como principal resultado, a redução do consumo de energia e água. Durante a fase de construção, vem a contribuir com a redução de resíduos descartados e com o descarte correto dos mesmos, focando na reciclagem e devolução da maior parte ao mercado de forma utilizável. Já os benefícios trazidos aos usuários refletem diretamente em sua qualidade de vida. No projeto são definidos os equipamentos, forma construtiva das infraestruturas e a filtragem - objetivando a qualidade do ar nos ambientes climatizados (temperatura, umidade, velocidade, pureza e distribuição do ar). Neste quesito, o processo de construção/montagem também é feito de forma controlada, para a garantia do resultado final. Financeiramente, pode-se dizer que o projeto e instalação bem executados podem proporcionar resultados positivos a curto, médio e longo prazo. Estudos demonstram que empreendimentos construídos com foco na sustentabilidade tem sua comercialização mais rápida, valorização no preço de revenda e redução do custo de operação. Outra questão importante do ponto de vista financeiro é o aumento da eficiência e produtividade dos usuários/funcionários submetidos a um bom grau de conforto, atingidos e garantidos por um sistema ecologicamente correto e em sintonia com as tecnologias de ponta, tanto na eficiência da geração quanto na operação. “Entendemos que a sustentabilidade apoia-se em três pilares: o eco-

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nômico, o social e o ambiental. Nosso maior desafio é encontrar o melhor equilíbrio entre estes três pilares, lembrando sempre que ganhos ambientais e sociais muitas vezes representam vantagens competitivas em estratégia de negócios”, destaca Maria Luiza. Atualmente, devido à crise energética, houve a introdução de cobrança nas contas de energia através do sistema de bandeiras tarifárias e incentivos obtidos com a redução do consumo de água. Segundo o diretor da Newset, Eduardo Rodovalho, ao comparar um sistema de climatização operando da maneira convencional com um sistema eficiente, chega-se à conclusão que a redução financeira operacional mensal do sistema eficiente é muito vantajosa. “Dados reais de obras onde efetuamos Retrofits – substituindo sistemas convencionais centrais antigos por sistemas atuais e eficientes com operações e controles individualizados – demonstram uma média de redução no verão, de até 40% no consumo de KW e até 95% no consumo de água (quando desativamos sistemas com condensação à água). Em muitos casos, o custo mensal da equipe de manutenção dos sistemas também é reduzido”, afirma Eduardo Rodovalho. Além da concepção de projetos com alvo na sustentabilidade, a Newset emprega procedimentos acurados de execução em campo, isto envolve cuidado extensivo desde a compra adequada de insumos, passando por processos de fabricação e montagem ideais, até a preocupação com redução de resíduos e racionalização de consumo de recursos naturais.

Capacitação técnica e busca por novas tecnologias A Newset investe constantemente em capacitação de seu pessoal técnico, bem como atualizações sobre as novas tecnologias no Brasil e no exterior. Completando 20 anos de atuação no mercado de AVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado), a empresa tem como foco a eficiência energética das obras executadas. Seu nascimento foi alicerçado sobre grande known how e capacitação já inerente ao seu fundador / diretor – Eng. Eduardo Rodovalho. De acordo com o diretor do grupo Newset, Eduardo Rodovalho, o acompanhamento da tendência mundial do mercado, sempre foi

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Eduardo Rodovalho prioridade da companhia, a busca pela modernização das ferramentas de trabalho, que vão de encontro com as exigências e procedimentos requeridos, inclusive por investidores externos, bem como a utilização de softwares de controle e projeto eficientes que garantem a eficácia na execução de obras e resultados. “Estudos técnico/financeiro são efetuados para encontrarmos a melhor solução para cada aplicação objetivando a viabilidade do negócio. No decorrer destes 20 anos, a Newset passou a ser reconhecida pelo mercado como “Empresa de Soluções”. Nossa equipe de engenharia apresenta soluções específicas para cada cliente e aplicação. Isso garante atingirmos com supremacia o resultado final esperado por nossos clientes”, aponta Maria Luiza Palinkas. Com a experiência adquirida nestes 20 anos de existência, planejamento e engenharia a Newset também é uma das poucas empresas brasileiras especializadas na execução de Retrofits de Sistemas de Climatização. “Temos como meta para 2016 dar continuidade neste segmento, onde temos feito grandes investimentos em softwares, atualizações e cursos de nossos colaboradores. Resultados comprovados em retrofits já efetuados pela Newset demonstram que a substituição de instalações existentes por sistemas ecologicamente corretos traz retorno à expectativa dos investidores, satisfação aos usuários finais e contribuem para o meio ambiente”, diz Eduardo.

O caminho a ser seguido Para Maria Luiza Palinkas é necessário entender quais os componentes que influenciam o resultado de um “sistema eficiente”. A eficiência em um sistema, ou seja, resultados eficientes, que dependem basicamente de três fatores: Equipamentos de alta performance (fabricantes); Concepção e arquitetura do empreendimento, com utilização de materiais adequados (projeto / especificação); Controle, engenharia, procedimentos e comissionamento na implantação, (engenharia de instalação). A engenheira explica que o primeiro e mais importante passo é dado pelos grandes fabricantes de equipamentos e insumos, no sentido de investir em pesquisas e engenharia, mas não se pode descartar a importância dos dois passos seguintes, dos quais fazem parte os projetistas e instaladores no tocante às suas respectivas atuações, que também são fundamentais para se garantir o resultado final esperado. “Temos assistido nos últimos anos uma grade evolução tecnológica em todos os seguimentos da indústria, incluindo o nosso setor de AVAC. Não podemos parar por aqui, precisamos desenvolver

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Maria Luiza Palinkas

equipamentos cada vez mais eficientes e economicamente viáveis, além de insumos que agreguem melhores condições de operação às instalações”, defende Maria Luiza Palinkas.

Tendências Nos últimos anos houve um crescimento muito grande no setor de ar condicionado, o que levou a criação de muitas empresas, porém subdividindo o mercado de acordo com as necessidades e exigências de cada nicho (residencial, comercial, industrial, hospitalar, etc). Para acompanhar a tendência mundial e requisitos de nosso mercado interno com relação a empreendimentos sustentáveis, muitas empresas de engenharia e instalações do segmento de climatização encontraram a necessidade de se especializar no assunto. No geral, houve o treinamento de muitos profissionais do ramo da engenharia, envolvendo as empresas de projeto, instaladoras e fabricantes - tanto de equipamentos como insumos. Desta forma, houve um grande crescimento dos empreendimentos ecológicos certificados nos últimos 5 anos. No entanto, segundo o diretor da Newset, nem todas as empresas possuem condições de avançar neste segmento, “É necessária muita experiência, estrutura de engenharia, planejamento e acima de tudo muito investimento. Nós da Newset, há anos temos trabalhado e planejado investimentos que nos diferenciam para atuar neste mercado”, diz Eduardo Rodovalho.

Evolução dos sistemas Mundialmente, existem produtos e soluções com grande desenvolvimento tecnológico voltado à sustentabilidade e eficiência energética de um projeto, porém, Eduardo Rodovalho alerta que, esbarramos na inviabilidade de utilizá-los devido a sua indisponibilidade no Brasil, gerando altos custos de importação ou não atendimento aos prazos estabelecidos nas obras. Portanto, tratando-se de Brasil, é necessário evoluir para gerar viabilidade de fabricá-los aqui. Por enquanto somente os projetos com grandes exigências e que objetivam certificações, permitem a utilização de algumas tecnologias disponível mundialmente. “Através das certificações de qualidade e eficiência, os principais projetos se destacam e conferem aos usuários a garantia de eficiência desde sua construção até a operação planejada. Isto nos levou a uma grande evolução no caminho da sustentabilidade em um curto período de tempo, mas ainda temos a evoluir nesta questão”, enfatiza Eduardo.

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CLIMATIZAÇÃO

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Obras A Newset possui um largo portfólio de obras com soluções inteligentes que garantem altos níveis de eficiência dos empreendimentos. Entres eles estão alguns destaques que conquistaram a certificação sustentável LEED, do GBC Brasil, certificação Acqua, bem como a premiação Smacna Brasil . O Shopping Pátio Paulista é um exemplo, no qual foi realizado um estudo técnico/econômico com foco na eficiência energética, comprovando que a substituição total da CAG (Central de Água Gelada) provocaria o pay back do investimento inicial e ganho significativo operacional a médio prazo. Trata-se de uma obra vencedora da Premiação Destaques do Ano Smacna em 2007. Outro empreendimento que conquistou a premiação Smacna-Brasil em 2013 foi o Shopping Ponta Negra, em Manaus. Projeto inicial previa CAG com seis chillers com compressor parafuso. A Newset desenvolveu solução de alta eficiência energética, junto ao fabricante dos equipamentos e projetista da obra. Foram instaladas duas unidades tipo centrífugas, em série com contra fluxo, além de válvulas de balanceamento independentes de pressão nos pontos de consumo, que contribuíram para eficiência e perfeito balanceamento do sistema hidráulico. As ações de engenharia tomadas no devido tempo resultaram em maior eficiência da instalação. A certificação LEED veio para várias obras, tais como o Edifício Sky – Vila Olímpia, em São Paulo, e os Centros de Armazenagem – GR Properties – Jundiaí, Campinas, Louveira, Hortolândia, Rodoanel e outros. No edifício Sky – Vila Olímpia, edifício comercial de alto padrão, foi utilizado sistema do tipo expansão direta com fluxo de refrigerante variável (VRF). Os sistemas foram instalados individualmente em cada conjunto comercial, propiciando o rateio energético correto e sustentável entre os condôminos. A concepção do projeto e eficiência nas instalações proporcionaram a obtenção de certificação LEED a este empreendimento. Nos Centros de Armazenagem – GR Properties, os sistemas de climatização atendem a área de escritórios dos centros de armazenagem,

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sendo também do tipo expansão direta com fluxo de refrigerante variável (VRF). As obras foram executadas com todas as premissas do LEED, tendo como exemplo a forma de fabricação, armazenagem e montagem de infraestruturas, especificação correta dos materiais construtivos, eficiência energética e qualidade ideal do ar interior. A Newset também concluiu com êxito as instalações de várias lojas de venda de materiais de construção – Home Center em Belo Horizonte, Curitiba, Londrina entre outros com foco em soluções sustentáveis e obtenção da certificação Acqua. A solução empregada para climatização das lojas consiste em equipamentos de expansão direta do tipo Split Top de alta eficiência. As obras foram executadas com todas as premissas da Certificação Acqua. “A empresa tem como foco soluções inteligentes e dedicadas a eficiência energética. Este é um ponto sempre estudado e aplicado em nossas obras”, diz Maria Luiza. Na categoria Retrofit, a solução dedicada para a obra de um edifício comercial em São Paulo foi dimensionada junto ao projetista de forma a melhorar a eficiência energética do sistema de climatização existente, além de resolver problemas de climatização apontados pelos usuários finais, alocados neste importante edifício. Nesta obra, o sistema de água gelada com condensação a água foi substituído por sistema com tecnologia de ponta e condensação a ar. Também foram instalados novos condicionadores de ar tipo fancoil e inversores de frequência. O novo sistema de ar condicionado já foi instalado e o projeto encontra-se em fase final de testes e comissionamento, sendo que já foi comprovada significativa redução dos consumos de energia elétrica e água, além da liberação de área antigamente ocupada por equipamentos desativados para outros usos que podem agregar valorização ao condomínio. “O maior desafio da Newset foi chegar ao objetivo final sem que o sistema de climatização ficasse inoperante e de forma que não houvesse interferências na rotina de utilização do edifício”, afirma Maria Luiza.

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inovação

CONFORTO TÉRMICO ALIADO COM MÁXIMO DE APROVEITAMENTO DO PROCESSO PRODUTIVO.

SANTA VITÓRIA AÇÚCAR E ÁLCOOL

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CLIMATIZAÇÃO Soluções Green da Star Center garantem um ambiente confortável e saudável, além de reduzir o consumo de energia

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edução de custos, economia de energia e de água, conforto e qualidade do ar são algumas das metas principais na agenda de grandes empresas que tem em seu DNA a preocupação com a sustentabilidade. Porém, ainda, muito se vê no mercado empresas que visam apenas a redução de custo durante o processo, não levando em consideração a questão da eficiência energética, fator que tem causado grande alerta na sociedade nos últimos anos. De acordo com Edson Alves, diretor da Star Center Climatização, o mercado é divido em dois cenários quando se fala em sustentabilidade, a construção de uma obra que não tem a intenção de garantir uma certificação verde, e a construção que já tem como pré-requisito a obtenção de uma certificação sustentável, como é o caso da certificação internacional LEED. "Quando você tem uma obra que não visa uma certificação sustentável, porém o investidor é apenas um construtor, infelizmente, na maioria das vezes, a preocupação principal não é com o fator consumo de energia, mas sim com o valor do incremento financeiro da obra”, afirma. No entanto, esta afirmação não se aplica a todas as obras que não visam certificação. Segundo Edson, em casos onde o cliente será o usuário do edifício, a preocupação com o consumo de energia passa a se tornar parte

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integrante do processo. “Estando na posição de usuário do edifício, o cliente passa a se preocupar mais com a questão do consumo de energia, bem com outras ações que possam otimizar o consumo durante a operação, e neste cenário conseguimos fazer uma oferta de um produto que vá agregar uma condição de consumo de energia e rendimento do sistema”, complementa. Ainda segundo o diretor da Star Center Climatização, o outro lado da moeda são as obras que já possuem em fase inicial do projeto o selo verde como pré-requisito. Neste caso, a opção por um produto que se adeque às características e exigências da certificação é prioridade, o que possibilita a construção de um edifício eficiente com possibilidade de redução de energia, além a redução de custo com a operação e manutenção, em muitos casos com payback em curto prazo. “Em um empreendimento LEED, o cliente já entende que precisa optar por um produto com essas características para atingir a pontuação necessária e, consequentemente, economizar. Ai neste caso é mais simples apresentarmos um produto de alto desempenho bem como estratégias que contribuem para a eficiência do edifício”, destaca.

Soluções Green da Star Center A Star Center Climatização, está no mercado de climatização desde 1999, e presta serviços de instalações de sistemas de ar condicionado, além de prestar consultoria e comissionamento durante a após o processo de construção do empreendimento. A experiência no mercado permitiu a organização um Know How em sistemas para sala limpa, Data Centers, montagem de sistemas especiais para área hospitalar, além de destacar-se no segmento como uma das poucas empresas no Brasil com expertise em grandes construções com certificação LEED. Por isso, prioriza em seu largo portfólio a implementação de “Solução Green em Sistemas de Climatização”. Algumas dessas soluções que a empresa apresenta ao mercado são focadas na otimização do consumo energético e conforto térmico - com equipamentos de última geração asseguram a produtividade, saúde e bem-estar aos ocupantes; desenvolvimento de sistemas que dispensam a utilização de água garantindo assim uma redução no consumo; utilização de gás ecologicamente correto, evitando o uso de CFC (R22); sistemas de ar externo com a instalação de recuperadores de calor, o que permite redução de até 15% no consumo de energia; qualidade do ar interno através da utilização de sistemas em conformidade com as normas da ABNT.

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“A Star Center sempre cresceu neste sentido, mesmo antes da certificação LEED. Vendemos soluções inovadoras. Sempre trouxemos e continuamos a trazer para o mercado o que tem de melhor em sistema de climatização em função de consumo energético, automação de operacionalidade do sistema, nós estamos sempre buscando alternativas novas para isso”, afirma Edson Alves. Em seu portfólio a empresa possui, entre registrados e já certificados, 17 projetos com a certificação LEED. Entre eles, alguns cases importantes como o Edíficio Eco Berrini, que conquistou a certificação em seu nível máxima, o Platinum, o maior Data Center do país, do grupo Santander, que conquistou a certificação nível Gold, bem como os projetos especiais como os hospitais Unimed, primeiro certificado no Rio de Janeiro e Hospital Maternidade São Luiz, ambos com a certificação nível Gold. Como destaque, há também o Templo de Salomão, localizado no Brás, e Banco Itaú – FL 3500, ambos em São Paulo, que, além de possuírem a certificação Gold, foram projetos premiados na 22° edição do Smacna Brasil – Destaques do Ano 2014, que ocorreu em 20 de agosto de 20115. Outros projetos que tiveram participação importante da Star Center foram: Edifício Rochaverá Torre C; Edifício CES - Centro Empresarial Senado RJ; Data Center BM&F Bovespa; Ez Towers; Data Center Tim Celulares; Edifício Sede Odebrecht; Centro

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Empresarial Nações Unidas - CENU III; Edifício JK; Complexo Porto Atlântico - RJ - Platinum e Gold; Edifício Praça SP; Edifício São Paulo - Santander JK. Todos com certificação nível Gold.

Início e execução do projeto A primeira ação a ser tomada no inicio de um projeto é a forma de utilização de um sistema dentro de um empreendimento atrelada às necessidades do cliente, a partir daí é feito um planejamento com base nestes requisitos, que será apresentado ao cliente. A apresentação de resultados feitos através da simulação irá possibilitar demonstrar ao cliente informações importantes como, por exemplo, o payback que terá com a utilização de determinado sistema. Desta forma é possível garantir maior controle, eficiência durante a execução da obra. “Devido a experiências com obras certificadas LEED, adquirimos um time de profissionais que trabalha com produtos e um principio de atendimento que atende as exigências de uma obra verde. É importante verificar o tipo de material que está sendo empregado, como será feita a instalação do mesmo, e não menos importante, como é feito o descarte dos resíduos gerados”, destaca o diretor da Star Center.

Comissionamento e balanceamento Uma fase muito importante que também deve ser levada em consideração é a fase de comissionamento e balanceamento. O processo de comissionamento é iniciado durante a obra, necessário para detectar eventuais problemas de instalação permitindo a correção destes desvios antes da finalização da obra. Apenas a instalação de produtos de alto desempenho não é garantia de que o edifício irá funcionar da forma correta de forma que garanta sua devida eficiência. Por isso, é de grande importância a integração dos processos de comissionamento e balanceamento para que os sistemas trabalhem de forma homogênea, evitando desta forma um retrabalho com futuras adequações.

Sistemas de climatização para retrofit O processo de instalação de sistemas de ar condicionado em edifício já existentes, nos casos de projetos de retrofits é necessário a realização de um diagnóstico para o entendimento completo do empreendimento. Não se trata de um processo padrão, a ação a ser tomada pela equipe de instalação dependerá da situação de cada empreendimento, do tempo de vida, o horário em que o mesmo é utilizado e,

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CLIMATIZAÇÃO principalmente, entender qual a necessidade do cliente e, a partir daí, analisar e buscar as melhores alternativas para o desenvolvimento do projeto em questão. Há edifícios que possuem sistema de água gelada onde é necessário realizar um diagnóstico mais apurado, entender as particularidades do sistema bem como as condições da instalação. Há edifícios que a simples troca do chiller e um ajuste na automação é possível atingir uma redução de 50% no consumo de energia. A troca completa de um sistema ou apenas alterações e ajustes pontuais dependerá da particularidade de cada empreendimento. Desta forma, é possível garantir a adequações necessárias que atendam as normas ambientais, contribuir para redução no consumo de energia, otimizar os custos na fase operacional e de manutenção, além de promover um condicionamento uniforme para as áreas climatizadas. “Percebo que o retrofit é uma grande saída, dado a atual crise energética que o país atravessa. O retrofit também é um item que necessita de uma regulamentação que possa proporcionar benefícios e incentivos para o setor. Se o processo for feito em um prédio com mais de 10 anos com certeza terá uma redução de 30% a 50% no consumo energético. Considerando que o ar condicionado é responsável por 45% do consumo, então o edifício terá uma redução de 20% 25% no consumo, mas pra isso precisaria ter regulamentação e incentivo do governo para que o cliente possa investir cada vez mais nisso”, aponta o diretor da Star Center. Segundo o diretor, a tendência retrofit é muito forte para os próximos anos devido ao impacto da atual política econômica. Por isso, a Star Center vem buscando alternativas diferenciadas, como a de retrofit. “É uma oportunidade grande, pois existem muitos sistemas com 15 ou 20 anos de vida que se encontram na fase final de vida útil, e a troca destes sistemas, além de reduzir os gastos com manutenção trará uma redução no consumo energético muito grande para o usuário. É nesta linha que estamos trabalhando”, ressalta.

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Edifícios corporativos e de grande fluxo de pessoas e corporativos A definição do tipo de sistema de ar condicionado a ser instalado em uma obra varia de acordo com a tipologia construtiva. No caso de empreendimentos corporativos ou hotéis, geralmente a escolha é feita pelo sistema VRF (Fluxo de Refrigerante Variável), pois trata-se de um sistema de característica não homogênea, permitindo assim uma operação individualizada, conforme a necessidade do usuário, além de se mostrar com potencial maior de redução no consumo energético. Partindo para empreendimento de grande fluxo de pessoas como, por exemplo, áreas de exposições de eventos, shoppings, Data Centers, a melhor saída é a utilização do sistema CAG (Central de Água Gelada), cujas características não contemplam limites de distancia entre a central de água gelada e os terminais localizados nos ambientes.

Elevação de níveis de eficiência atrelada a incentivos do governo Para Edson Alves, a certificação LEED tem contribuindo fortemente para o desenvolvimento de produtos eficientes instigando os fabricantes e fornecedores. Com a constante mudança e evolução dos níveis de exigências da certificação, como é o caso do LEED versão 4, o setor também evolui, e passa a pensar e buscar melhores alternativas para o desenvolvimento de seus produtos. “Cada vez que o LEED muda seu nível faz com que o setor evolua quanto a seus produtos, percebemos isso ao analisarmos os últimos 10 anos. À exemplo disso é a linha de água gelada de chiller que deu um salto de eficiência, primeiro devido a demanda de mercado, segundo porque ele passou a ter uma concorrência direta com o VRF. Neste caso, foi necessário tornar-se mais eficiente em função destes dois fatores”, aponta. A melhora das normas faz com que o setor caminhe para um patamar maior de eficiência, como acontece com as marcas mundiais, tan-

EDSON ALVES,

DIRETOR DA STAR

CENTER CLIMATIZAÇÃO, RECEBE O PRÊMIO

DESTAQUES DO ANO

SMACNA BRASIL 2014 PELOS PROJETOS

TEMPLO DE SALOMÃO

E BANCO ITAÚ FL 3500 (CERTIFICADOS LEED GOLD)

to de chiller quanto de VRF, que apresentam produtos novos e de maior eficiência todos os anos. O fato é que quanto mais se eleva o nível do produto, seja ele de linha tradicional, intermediária ou premium, maior fica o investimento necessário para aquisição, o que consequentemente nem todo investidor está disposto a pagar. De acordo com Edson, em alguns países há grande incentivo do governo em relação à redução de impostos ou em aporte de valores dependendo do tipo de empreendimento que é apresentado, o que não acontece no Brasil.

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Projetos de climatização eficiente

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Eficiência energética é uma tendência mundial cada vez mais forte, principalmente no setor imobiliário. Adotar ações que, além de proporcionarem conforto e bem-estar ao usuário e contribuírem para o meio ambiente, sejam também economicamente viáveis, é uma prática cada vez mais comum no mercado. A Atmos tem o compromisso de buscar sempre a otimização do consumo energético em seus projetos, aumentando a economia financeira a médio e longo prazo e reduzindo o impacto ambiental de cada empreendimento.

EMPRESA ASSOCIADA:

(21) 3799 3964 revistagbcbrasil.com.br

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Produtos inovadores e eficientes foram apostas da TRANE durante a Expo Greenbuilding Brasil 2015

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Danilo Alves

Manoel Gameiro

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e acordo com a AIE - Agência Iíder global no fornecimento de soluções e serviços de conforto interno, a TRANE, empresa que faz parte do grupo Ingersoll Rand, apresentou soluções eficientes de alta tecnologia na 6° edição do Greenbuilding Brasil 2015, que ocorreu no espaço Transamérica expo Center, em São Paulo, entre os dias 11 e 13 de agosto. As soluções apresentadas na Expo estão alinhadas com os mais altos requisitos de eficiência energética e de sustentabilidade, que comprovam o comprometimento do grupo Ingersoll Rand na redução de emissão de gases de efeito estufa, que teve inicio em setembro de 2014. De acordo com Danilo Alves, vice-presidente de HVAC e Transportes da Ingersoll Rand no Brasil, a importância política da TRANE em participar o evento, traz uma responsabilidade muito grande em promover e trazer tecnologia, inovação que se alinhe ao conceito que o GBC (Green Building Council) Brasil pretende implantar e divulgar no mercado brasileiro. “Estamos falando hoje em 1.000 prédios registrados e certificados, e nós entendemos que isso é um passo importante, estamos

em 4° posição no mundo, mas isso para nós ainda é muito pouco comparado ao potencial de crescimento que enxergamos para Brasil em certificação, de entender o que significa o conceito do GBC, não somente do ponto de vista de ar condicionado, mas como conceito de sustentabilidade”, afirma Danilo. A TRANE tem um desafio diário em busca de soluções energeticamente eficientes, tanto no desenvolvimento do produto quanto em sistemas. Como membro-fundadora do GBC Brasil, a empresa possui um portfólio de produtos adequados com esta demanda. “O mercado está demandando isso, e é interessante para nós termos um portfólio de produtos que é exatamente para atender este tipo de cliente desse mercado”, destaca Manoel Gameiro, líder de produtos aplicados da Trane para a América Latina. “A nossa busca por eficiência é muito grande, nós estamos falando em reduzir 50% das emissões de gás efeito estufa, que vão vir de produtos mais eficientes que contribuem para redução desses gases, além de produtos com uma nova geração de gás refrigerante que está chegando, então está muito alinhado com a nossa realidade”, completa.

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Durante o evento do GBC Brasil, a TRANE compartilhou quatro linhas de produtos, as mais recentes novidades da empresa, que se sobressaem no que tange à eficiência energética. São produtos de destaque do portfólio desenvolvidos com alto nível de eficiência e performance que visam à sustentabilidade. Todas essas soluções estão alinhadas ao comprometimento da TRANE e de todo o grupo Ingersoll Rand na redução de emissão de gases efeito estufa. Foram apresentados no estande da empresa os chillers resfriados a ar Trane® Sintesis™, apresentados no início de 2015 e disponíveis no Brasil desde junho. Estes chillers são projetados para reduzir o impacto ambiental, com o uso de gás refrigerante de última geração e baixo potencial de aquecimento global (GWP), combinado a uma operação de alta eficiência energética. Além de ser energeticamente eficiente e silencioso ele oferece aos clientes a opção de operá-lo com gás refrigerante de última geração e com menor potencial de aquecimento global – o DuPont™ Opteon® XP10 (R-513A) ou com o R-134a. O Sintesis é um dos primeiros produtos do novo portfólio Ingersoll Rand EcoWise™, composto por soluções de última geração e projetadas para diminuir os impactos ambientais, com refrigerantes de baixo potencial de aquecimento global e alta eficiência em operação. Outra solução da Trane com foco em eficiência energética é a nova geração dos sistemas Trane DC Inverter VRF: o novo TVR™ LX, que possui taxas de eficiência energética (EER) e de coeficiente de performance (COP) entre as líderes do setor. Os produtos da linha TVR™ LX possuem a maior faixa de capacidade entre sistemas de gás refrigerante variável disponíveis no mercado e podem ser aplicados como o principal sistema HVAC em um edifício ou como um sistema complementar, combinado às instalações de ar condicionado existentes, atendendo necessidades de aplicação. É ideal para climatização de edifícios residenciais, condomínios e prédios comerciais. Os sistemas TVR™ LX possuem diversos controladores via internet que permitem operação mais eficiente e confortável, inclusive um aplicativo para smartphones com sistemas operacionais iOS e Android, tudo pensado para maximizar o conforto do usuário.

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A Tecnologia sem fio Air-Fi, mais uma solução apresentada pela TRANE, substitui a necessidade de controles prediais com fios, permitindo que instalações sejam concluídas rapidamente e com menos interrupções para os ocupantes em edifícios existentes, e ao mesmo tempo proporciona maior confiabilidade, instalação simplificada e maior flexibilidade de acordo com as mudanças de espaço do prédio. Trane Air-Fi é uma solução confiável, flexível e que libera os proprietários de edifícios de aborrecimentos associados a sistemas tradicionais e com fio para o controle do edifício. O Air-Fi oferece uma fácil solução de problemas, com desempenho eficiente e economia de custos ao longo da vida do equipamento. "Estamos conduzindo nossa indústria em direção a um mundo mais sustentável e estamos mostrando a nossos consumidores, funcionários e acionistas que nossos futuros produtos se igualarão ao nosso legado de soluções eficientes, confiáveis e sustentáveis”, diz Danilo Alves.

Investimentos de 500 milhões de dólares e redução de 50% no uso de fluido refrigerante até 2020. Desde setembro 2014, o grupo Ingersoll Rand e a TRANE assumiram o compromisso em relação à redução a emissão de gases de efeito estufa, onde o presidente dos Estados Unidos conclamou a indústria americana a apoiá-lo neste movimento sustentável e, onde vinte e duas empresas se comprometeram a participar desta agenda. Sendo parte deste grupo, a Ingersoll, sempre atuante em todas as frentes de sustentabilidade.

Fotos: Divulgação Trane

Produtos TRANE em destaques no evento

O comprometimento da empresa em relação a esta iniciativa abrange os seguintes critérios: Redução de 50% no uso de fluido refrigerante com potencial de aquecimento global em seus produtos até 2020 e alternativas com menor potencial de aquecimento global em seu portfólio até 2030; Investimento de 500 milhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento de produtos ao longo dos próximos cinco anos para financiar a redução de emissões de gases de efeito estufa a longo prazo, além de reduzir 35% do uso de gás de efeito estufa em suas próprias instalações até 2020, incluindo escritórios, fábrica e frota da empresa. “Nos comprometemos em reduzir 50% da nossa base de 2013, das emissões de gases efeito estufa na geração de produtos mais eficientes e/ou com uma nova geração de gás refrigerante, reduzir em 35% as emissões oriundas às nossas fabricas, escritórios e nossos transportes, pois estes ambientes são geradores. Investir em 500 milhões de dólares em pesquisas de desenvolvimento, tudo isso para 2020, para que a gente consiga acelerar drasticamente o lançamento de novos produtos e sistemas”, aponta Manoel Gameiro.

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Etiqueta EcoWise Com o objetivo de permitir que o cliente final saiba que está adquirindo um produto pensado para o futuro, a TRANE desenvolveu a etiqueta EcoWise, etiqueta utilizada em produtos extremamente eficientes que utilizarão uma nova geração de gases refrigerantes ou serem preparados para esta nova geração visando também a segurança, estas três vertentes precisam estar incorporadas ao produto para que possam receber o selo. O chiller resfriado a ar da Trane Sintesis é o primeiro produto que está sendo lançado na America Latina e que já recebeu o selo EcoWise. A etiqueta será aplicada em alguns produtos da linha, e tem como objetivo principal demonstrar aos clientes a transparência de um produto eficiente, seguro, com menor impacto ambiental e com benefícios econômicos em longo prazo. “Trabalhamos diariamente visando a melhoria contínua, lançando sistemas cada vez mais eficientes e com essa preocupação nós entendemos ter uma participação importante não somente na criação, mas sim na solução do problema”, afirma Manoel Gameiro.

Chillers da linha Trane CenTraVac recebem selo de Declaração Ambiental de Produto (EPD) A TRANE recebeu a verificação e registro da Declaração Ambiental de Produto (EPD) tipo III em todo o portfólio de chillers Trane® CenTraVac™. A verificação tipo III da EPD prova o cumprimento das exigências ambientais com relação ao desempenho dos resfriadores de líquido e a conformidade nos documentos com os rigorosos requisitos de certificação da Organização Internacional de Normalização (ISO). A certificação fornece aos consultores, projetistas e proprietários de edifícios uma verifica-

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ção externa e independente dos requisitos do desempenho ambiental. Em 2011, os chillers Trane EarthWise™ CenTraVac tornaram-se os primeiros chillers comerciais a ganhar o registro EPD tipo III. Este ano a certificação foi expandida para incluir os chillers Trane Series L™, Series S™ e Series E™ CenTraVac. A certificação EPD nos produtos contribuiu para conquista da certificação LEED, que será exigido em um dos critérios de pontuação do LEED versão 4 na categoria Materiais e Produtos para “transparência e otimização dos materiais da construção – Declarações Ambientais de Produto”. Além disso, a EPD realiza um estudo de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), onde serão disponibilizadas informações sobre os componentes e as fases de vida do produto, no caso do chiller, este estudo expõe informações sobre o montante de aço, cobre e outros metais utilizados em sua produção, uso de energia durante a vida média de um resfriador de líquido bem como a recuperação de metais no final da vida útil do produto. Emissões de gás refrigerante perto de zero e baixo nível de emissões relacionadas à geração de energia elétrica para a operação do chiller também são avaliadas. “A Declaração ambiental é uma grande demanda sustentável nos próximos anos de certificação. Tínhamos apenas um produto certificado pelo EPD e hoje temos uma fábrica inteira, todos os produtos são certificados, e é o único fabricante do mundo que tem uma linha de produtos certificados pela EPD, isso vai ajudar muito na certificação LEED v.4”, aponta Manoel Gameiro.

Uma cultura sustentável A empresa possui uma direção voltada para a sustentabilidade. Trata-se de um grupo empreendedor que pensa com inovação, não somente no âmbito de desenvolvimento de produtos mais eficientes e com melhor performance, mas também do ponto de vista econômico, demonstrando isso para seus clientes e investidores. “É necessário destacar que isso não é uma tendência vinda do mercado, o famoso “todo mundo faz todo mundo copia”, nós temos o nossa missão, nossos valores e iniciativas”, aponta Danilo. Para o vice-presidente da Ingersoll Rand no Brasil, outro ponto importante que engloba a visão do grupo é a cultura inovadora, a cultura vencedora de ter colaboradores, fornecedores e parceiros que seguem princípios de sustentabilidade, não somente no aspecto da tecnologia, mas sim em um aspecto cultural e comportamental que a empresa possui, divulgando constantemente isso a nível mundial. Segundo ele, todos os comunicados do grupo valorizam e ressaltam quais são os objetivos, quais são as metas e quais são os valores a serem buscados, “você tem que olhar não só o mercado, também tem que olhar dentro da empresa, para os colaboradores, o que se espera deles do ponto de vista performance, execução planejamento, ética, honestidade”, completa Danilo Alves.

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Constarco Engenharia: Redução de prazo, otimização de recursos e Know How

Fotos: Divulgação Constarco

O movimento de associações e organizações sustentáveis aliados à expertise das empresas do setor de climatização é fundamental para atingir alto desempenho nas edificações

Paulo César Santini

Anderson Marcato

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É

notória a relação das empresas com a preservação do meio ambiente, principalmente no que se refere a consumo de energia. Empresas do setor de climatização focadas em instalação, projetos entre outras áreas do setor veem nas novas e já existentes construções a oportunidade de garantir a implantação de um sistema que irá gerar redução de custo, conforto para as pessoas que utilizam esses edifícios, além de contribuir com a preservação do meio ambiente. Este interesse pela sustentabilidade se confirma com o número de empreendimentos já certificados, ou em vias de certificação, com os chamados “selos verdes”, tais como LEED, concedida pelo Green Building Council para certificações de diversas tipologias, incluindo residencial com o Referencial GBC Brasil Casa, selo Acqua e Selo Azul da Caixa, certificações sustentáveis obtidas para construções residenciais, Selo Procel Edifica, da Eletrobrás, que atesta a eficiência energética nas edificações e, hoje já obrigatória em edificações públicas. Atualmente existem quase mil empreendimentos certificados no Brasil, no caso do LEED. O aumento desta demanda por sustentabilidade vem sendo influenciada principalmente pelo avanço neste sentido, por parte de outros países, que buscam a constante evo-

lução dos níveis de eficiência em equipamentos, como é o caso da norma americana ASHARAE 90.1, que trata da questão energética e 62.1204, que abrange questões de conforto térmico e qualidade do ar interno, além da norma brasileira, a NBR 16.401 da ABNT que também trata de projetos de climatização de sistemas de ar condicionado. A aderência destas normas bem como suas evoluções também é constantemente impulsionada pelas ações de associações voltadas para o setor de climatização, tais como ABRAVA (Associação Brasileira de refrigeração, Ar Condicionado, ventilação e Aquecimento) e Smacna (Sheet Metal & Air Conditioning Contractor´s national Association). Sabe-se que um dos principais responsáveis pelo consumo de energia em uma edificação é o sistema de ar condicionado, chegando a 40%. De acordo com Anderson Marcato, diretor da Constarco Engenharia as empresas vêm trabalhando no constante aprimoramento da equipe de engenharia passando por treinamentos específicos, alinhando a real necessidade demandada por cada situação e cliente, mas ainda é necessário que as exigências das normas sejam aplicadas de forma mandatória, visando o emprego dos melhores equipamentos com tecnológica adequada e disponível no mercado nacional, que garantem o desenvol-

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Siemens

O edifício da Siemens – Parque Tecnológico, localizado no Rio de Janeiro é um exemplo de projeto com alta eficiência energética de precisão para área de Data Center. O moderno centro de pesquisa e desenvolvimento possui 9.800 metros quadrados de área construída conquistou a certificação LEED Gold. O projeto de climatização foi baseado nos requisitos de sustentabilidade, com a utilização de equipamentos modernos e eficientes alinhando-se com as necessidades dos clientes. Na instalação da central de ar condicionado do empreendimento, foram instalados dois

©Ronaldo Rizzutti

Entre os projetos que atendem a estes conceitos sustentáveis, a empresa possui alguns em seu portfólio como empreendimentos certificados pelo LEED, tais como os edifícios da Siemens no Rio de Janeiro e Jackson Tower Corporate, em São Paulo. Outro projeto destaque cujo sistema de climatização foi desenvolvido pela Constarco Engenharia é o novo Data Center da WEG, que conquistou o prêmio Smacna Brasil 2015 na categoria “Obra Nova/Industrial”. “Ao executar um projeto ecologicamente correto, você passa a utilizar uma cadeia de produtos e fornecedores que se preocuparam em reduzir seu consumo e desperdício, que consequentemente passam a gerar menor impacto ambiental. Este ciclo que nos obriga a buscar sistematicamente a utilização de produtos e processos ecológicos, é o melhor método para conquistar em uma implementação as formas eficientes de certificar a sustentabilidade. Vale salientar que, no Brasil, certifica-se que determinada construção é ou não sustentável a partir do selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design)”, diz Anderson Marcato

chillers de condensação a ar de alta eficiência e compressor do tipo parafuso, com sistema de bombeamento primário e secundário. O sistema de controle para estes equipamentos foi distribuído através de unidades CLP (controlador lógico programável), integrado através do IHM (interface Homem/Maquina). Os condicionadores de ar possuem sensores eletrônicos de precisão que funcionam ininterruptamente durante o verão e inverno.

Jackson Tower O edifício Jackson Tower localizado em Tamboré (Alphaville), SP , conquistou em 2014 a certificação LEED Core and Shell nível Silver. A decisão de implementar a certificação impactou em mudanças positivas no comportamento dos colaboradores e no meio ambiente. Além de antigir níveis positivos de todos os requisitos necessários para obter a certificação, o projeto de climatização atendeu aos requisitos mínimos das normas ASHRAE 62.1-2007, além de aumentar o fornecimento de ar exterior em 20% no interior do edifício. A Constarco forneceu e instalou um sistema de ar condicionado inteligente tipo VRF com controle de capacidade e consumo utilizando da tecnologia Inverter. Total: 330 TR ©Divulgação Botti Rubin

Cases

©Ronaldo Rizzutti

vimento de soluções sustentáveis de engenharia para sistemas em diversas especialidades. “Para cada tipo de empreendimentos deveria existir a obrigatoriedade em se enquadrar ao nível de exigência pré-estabelecida por um órgão certificador, e somente após aprovação deste projeto conceitual e que seria permitida o inicio dos tramites legais para sua implantação”, defende Anderson. A Constarco Engenharia, especializada em instalação de sistemas de climatização vai por este caminho. Internalizando dentro dos processos da empresa, o conceito de sustentabilidade, com uma política de gestão integrada que, além da capacitação da equipe de engenharia e busca por melhores soluções e equipamentos mais eficientes, inclui ações diretas para gestão de resíduos sólidos, líquidos, pastosos e gasosos. Dentro da política socioambiental da empresa também está a identificação de fontes contaminantes; minimização de geração de resíduos, reciclagem, reuso de insumos e tratamento. “A Constarco está sempre em busca de inovação e renovação na forma de conduzir a prestação dos seus serviços de engenharia que se propõem a realizar, tendo como foco a satisfação do nosso cliente. Dito isto, passamos a cultivar, ao ponto de sermos incansáveis, em formação e desenvolvimento contínuo dos nossos colaboradores, criando assim profissionais motivados e qualificados que nos motivam a buscar a excelência em todos os trabalhos realizados”, destaca Paulo Cesar Santini, diretor da Constarco Engenharia. O know how da empresa é fundamental para atender às necessidades de uma obra, dentro dos prazos estipulados além de otimizar os recursos financeiros destinados aquele projeto. Em tempos de crises energética e econômica, torna-se cada vez mais difícil associar custo e prazo, por isso, a expertise na área torna-se crucial para um alto desempenho de um projeto. “Tudo isso só é possível com o empenho, dedicação e adesão total ao plano de trabalho voltado ao cliente, do nosso principal e mais importante patrimônio: os nossos colaboradores. Com emprego de soluções adequadas para cada tipo de aplicação e buscando sempre o menor nível de consumo energético dentro das opções de sistemas de HVAC, é a forma que encontramos para contribuir na questão da sustentabilidade em nossos projetos implantados”, afirma Santini.

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©Divulgação WEG

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WEG O novo Data Center da WEG, fabricantes de equipamentos elétricos, localizada em Jaraguá do Sul (SC), também é um case de sucesso no portfólio da Constarco Engenharia. O empreendimento recebeu prêmio Smacna Brasil – Destaques do Ano 2014. O sistema de climatização do novo Data Center foi realizado pela EPT Engenharia com instalação da Constarco e tem como diferencial um alto nível de resiliência em suas operações. Foram instalados no empreendimento sistema de expansão indireta, utilizando três chillers de 72 TR casa, com condensação a ar. O prédio também possui bombas de água gelada primária e secundária, bombas de água de condensação, além de três torres de refrigeração. A instalação de válvulas independentes de pressão permite um controle preciso da temperatura e umidade relativa do ar. Os três fancoils

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instalados de 30 TR, com alto fator de calor sensível foram instalados em sala técnica do Data Center com insulflação pelo piso através de difusores com registro de fornecimento. O projeto do sistema foi realizado para permitir futura instalação de um tanque de termoacumulação para fornecer água gelada para todo

o sistema de ar condicionado. Foi projetado para o escritório um sistema de expansão direta, que utiliza seis condicionadores de ar do tipo splitão, com evaporadoras instaladas em casas de máquinas próprias nos andares e unidades condensadoras instaladas na área externa do 2° pavimento.

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©Divulgação LG

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Tecnologia Inverter e um amplo leque de soluções e produtos são apostas da LG Eletronics para promoção da sustentabilidade

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istema de climatização, ar condicionado, conforto térmico e boa qualidade do ar, são assuntos em alta, considerando um país com o clima tropical como o Brasil. As opções do setor de HVAC-R disponíveis no mercado são variadas, e muitas com alto desempenho em eficiência energética, manutenção do ar interno bem como dispositivos que adéquam a temperatura ambiental proporcionando conforto térmico aos usuários. As empresas trabalham para tornar seus produtos e serviços cada vez mais adequados à realidade atual do país no que tange a sustentabilidade. Neste ponto, a economia de energia é fator crucial, considerando o momento que o país atravessa em relação às crises hídrica e energética. De acordo com o Balanço Energético Nacional 2015 (BEN), aproximadamente 50% da energia do País é consumida por prédios, sendo que cada prédio consome em média 48% da energia elétrica com ar condicionado, segundo o Ministério de Minas e Energia. Segundo Daniel Fraianeli, especialista em ar condicionado comercial da LG Electronics no Brasil, o correto dimensionamento e escolha da tecnologia a ser adotada para os sistemas de ar condicionado tem uma fundamental importância no que diz respeito ao perfil de consumo de energia de um empreendimento. “Da mesma forma, as principais certificações consideram um “peso” bastante grande para questões do desempenho energético da edificação, fazendo com que os sistemas de ar condicionado tenham um papel fundamental na obtenção das certificações de edifícios “verdes” existentes no mercado”, complementa o especialista. Daniel destaca também que o ponto mais importante para melhorar a eficiência do setor de condicionamento de ar é abandonar mitos e preconceitos estabelecidos e adotar a prática

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de análise criteriosa das melhores soluções já disponíveis no mercado. “Os softwares de simulação computacional estão cada vez mais acessíveis, e a adoção mais ampla deles permite não só a melhoria de projetos, que passam a prever com mais precisão como será o desempenho de cada solução, mas também permite a melhoria dos próprios softwares. Da mesma forma, a prática de projeto integrado permite grandes reduções de desperdício de tempo e recursos, além de fazer com que as instalações sejam instaladas mais próximas do desejado inicialmente”. Níveis altos de Coeficientes de Performance (COP), sistemas VRFs (Fluxo de Refrigerante Variável), que não agridem a camada de ozônio, sistemas de ventilação para melhor fluição do ar interno, temperaturas adequadas às variadas condições humanas são focos prioritários do setor HVAC-R para atender exigências e alta demanda entre os proprietários de edificações como prédios corporativos, industriais, hospitalares e até mesmo residenciais. Devido ao recente interesse por prédios sustentáveis e menores custos de operação, as empresas tem utilizado no Brasil os produtos mais avançados que dispõem em outras partes do mundo. Em paralelo, as certificações e normas têm sido cada vez mais exigentes, como por exemplo, a última versão da norma ASHRAE 90.1, forçando os fabricantes a embarcarem cada vez mais tecnologia em seus produtos. A exemplo disso, a LG Electronics busca, constantemente, desenvolver novas tecnologias e formas de ser economicamente viável e mais eficiente energeticamente, sem abdicar do conforto e qualidade do ar em seus aparelhos e sistemas. Por isso, tem investido na aplicação da tecnologia VRF, versátil tecnologia que poupa energia e, na maioria das versões, não necessita de água em seu ciclo de refrigeração, funciona de forma semelhante a um sistema multi-split tradicional – que devido

“A EFICIÊNCIA

ENERGÉTICA É

UM PONTO QUE

NUNCA PODE SER PLENAMENTE

ATENDIDA, POIS QUANTO MAIS EFICIENTE O

PRÉDIO OU O

EQUIPAMENTO MELHOR”

Daniel Fraianeli, especialista em ar condicionado comercial da LG Electronics do Brasil

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LG Eletronics apresentou na 19° edição da FEBRAVA, portfólio de sistema HVAC que permite economia de até 60% no consumo energético Para o diretor comercial de H&A da LG Electronics do Brasil, Lúcio Bacha. É muito importante ter o nome da LG relacionado à FEBRAVA, que é a principal feira do setor e tem grande visibilidade internacional. “A nossa expectativa é proporcionar aos instaladores, clientes e revendedores um ambiente com soluções, tendências de mercado e aproveitar a feira como uma oportunidade muito além do negócio, uma oportunidade de relacionamento e diálogo com os profissionais e a LG”, reforça ele. “A feira é uma importante oportunidade de expor as tendências de produtos residenciais e comerciais e aprofundar no aspecto da eficiência energética dos produtos.Temos a atenção em oferecer produtos, soluções e conteúdos que atendam não só em design, mas em qualidade e custo-benefício as necessidades dos nossos usuários”, complementa o executivo. Alguns dos sistemas apresentados na FEBRAVA pela LG E promovem uma economia de energia de até 60%. “Com o propósito de oferecer aos seus clientes fatores de diferenciação, essenciais no atual mercado competitivo, a LG Electronics desenvolve soluções em Condicionadores de Ar Comerciais que aliam altos índices de eficiência energética, maior conforto aos usuários e otimização do espaço físico ocupado, permitindo que o consumidor obtenha as mais avançadas tecnologias aliadas ao melhor custo-benefício”, afirma Daniel Fraianeli.

©Divulgação LG

à alta tecnologia propicia excelentes níveis de eficiência energética. “A linha Multi V IV da LG, por exemplo, atinge excepcionais “coeficientes de performances” (COP) chegando até 5,2”, destaca Daniel. Para o especialista, um dos pilares para impulsionar o crescimento da área é a estratégia de fomentar as grandes construções certificadas ambientalmente, com sistemas que apresentam melhor desempenho e maior eficiência energética, se comparados aos convencionais, além de proporcionar uma otimização do espaço físico ocupado, o que garante melhor adaptação do sistema a diferentes estruturas prediais. Segundo ele, a LG também está investindo em uma nova estrutura de vendas para impulsionar os negócios, mesmo que o momento do país seja de atenção, pois a empresa acredita que o mercado continuará crescendo. Há trinta anos, o atual nível de eficiência energética dos equipamentos de ar condicionado seria inacreditável, especialmente em cargas parciais. Com a popularização de tecnologias como o inversor de frequência (inverter), o nível de eficiência dos equipamentos deu um salto, de acordo com Fraianeli. “Mesmo após a popularização da tecnologia inverter, um COP de 3,5 era considerado bastante elevado para quase qualquer equipamento de ar condicionado. Hoje, a linha Multi V atinge até 5,2 de COP, mesmo em equipamentos de condensação a ar. Dessa forma, é impossível prever até onde poderemos chegar em termos de eficiência. Atualmente, as soluções de ar condicionado da LG podem atender às normas de desempenho mais rigorosas vigentes e possuem grande versatilidade de aplicações.A eficiência energética é um ponto que nunca pode ser plenamente atendida, pois quanto mais eficiente o prédio ou o equipamento melhor”, diz.

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Sistemas LG Eletronics Compressores 100% inverter em sua linha de condicionadores de ar comercial, como o Multi V IV destaca-se pela trajetória variável do refrigerante, o controle ativo de quantidade de refrigerante, o recolhimento inteligente de óleo e a 2ª geração da tecnologia HiPOR™, que contribuem todas para uma alto desempenho energético, além de garantir um condicionamento de ar mais rápido e menos oscilações de temperatura. Além disso, o aparelho otimiza a área de piso ocupada pelas unidades condensadoras e oferece, ainda, facilidade de manutenção, que pode ser feita por acesso remoto via wireless por meio de smartphones, tablets ou notebook. Para áreas com alto índice de salinidade ou pré-disposição para ocorrências de chuvas ácidas, a LG trouxe ao mercado o Multi V IV resistente à corrosão, com proteção em todos os componentes para durabilidade três vezes maior contra salinidade e nove vezes maior contra compostos ácidos, garantindo a manutenção da eficiência energética por mais tempo. O GHP LG é uma solução de controle de temperatura acionada a gás natural, que apresenta altos níveis de eficiência energética e alto desempenho - tanto em resfriamento quanto em aquecimento -, sendo útil, principalmente, em situações onde a estrutura de energia elétrica não pode atender corretamente a instalação, devido à qualidade ou disponibilidade, seja da instalação local ou da concessionária. Esta solução possui ainda a opção de recuperação de calor do motor para aquecimento de água, gerando água quente para hotéis, spas, academias e residências sem custo algum, enquanto refrigera o ambiente. O GHP LG também permite até 200m de tubulação

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e tem uma condensadora mais compacta e leve, se comparada a outras condensadoras do mercado, permitindo uma instalação mais fácil e menos custosa. A LG também conta com sistema de automação que complementa o desempenho dos sistemas de condicionadores de ar. A aquisição destes equipamentos representa aproximadamente 5% do valor total do sistema de refrigeração. Porém, com a sua correta instalação e configuração, eles podem trazer uma economia de consumo de energia de até 35% mensais, além da valorização do imóvel. Dentre eles destaca-se o AC Smart premium, que além de permitir um controle intuitivo através da tela sensível ao toque, permite acesso remoto via celular. O sistema AC Smart Premium centraliza o controle e aumenta o conforto dos usuários. Com uma interface gráfica amigável manuseada por meio de uma tela sensível ao toque, permite o acesso remoto via celular, com a mesma facilidade de uso que o acesso direto pela tela, realizando ajuste instantâneo de temperatura, comandos liga-desliga e mudanças na ventilação, além do agendamento destes comandos. É possível instalar dispositivos na condensadora do produto que conectam o sistema a internet, possibilitando o controle e monitoramento por especialistas da LG, diretamente da Coreia, gerando relatórios que oferecem análises preventivas e sugestões de melhor utilização do sistema de ar condicionado. Além disso, permitem o controle remoto de funções via smartphone, por meio de aplicativo, disponível para sistemas Android e iOS; O Power Distributor Indicator – PDI – é uma ferramenta da LG, responsável por fazer o rateio do consumo indireto do sistema de ar condicionado, ou seja, relaciona o consumo do compressor com o das evaporadoras, individualmente, baseando-se em alguns fatores

como capacidade, velocidade de ventilação e tempo de uso. Esta função torna possível cobrar individualmente a conta de energia, mesmo que as evaporadoras pertençam a um mesmo sistema. Estudos mostram que a medição individualizada de energia gera diminuição do consumo de até 15%, através da reeducação dos usuários. Pensando na segurança de seus usuários a LG desenvolveu o sensor de vazamento, que conectado opcionalmente nas evaporadoras, não somente monitora os vazamentos de gás refrigerante em tempo real, com alta sensibilidade, como também pode fechar válvulas, imediatamente, impedindo que o vazamento continue. Embora o gás refrigerante R 410 A não seja tóxico, inflamável ou danifique a camada de ozônio, o vazamento desse gás causa efeito estufa, além de prejudicar o desempenho do sistema, tornando o uso dele um grande aliado na eficiência energética. “Todos os produtos da linha de ar condicionado comercial da LG apresentam excelentes índices de eficiência energética e se adéquam perfeitamente às mais rigorosas exigências para certificações de edifícios sustentáveis, apresentando eficiência - não apenas à mínima exigida - aos sistemas utilizados como base no comparativo a partir do qual são avaliadas as pontuações e classificações dessas certificações”, afirma o diretor Daniel Fraianeli.

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CLIMATIZAÇÃO Heating & Cooling e sua vocação para a certificação LEED

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uando o tema é sustentabilidade e green buildings, o ar condicionado está presente em diversos aspectos e, principalmente, em vários requisitos exigidos para obtenção da certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). Dentre os critérios necessários para a certificação, como eficiência no uso da água, energia e atmosfera, materiais e recursos, qualidade ambiental interna e inovação e processos, são especialmente representativos e, com participação expressiva dos sistemas de ar condicionado e ventilação duas categorias: “Energia e Atmosfera” e “Qualidade Ambiental Interna”. A evolução das normas que tratam de consumo de energia e ar condicionado abre precedentes significativos para a onda dos movimentos green buildings, assim como para o mercado de sistemas e equipamentos de climatização tais como, fabricantes, fornecedores e instaladores. Grande parte da busca por equipamentos mais eficientes vem através das empresas instaladoras, porém esta procura está mais forte nos fabricantes de equipamentos, que são os verdadeiros consumidores de energia. Segundo Heitor Faria, diretor da Heating & Cooling, muitos destes equipamentos são desenvolvidos com projetos nos Estados Unidos, cujo desenvolvimento é baseado pelas normas ASHARAE (American Society of Heating, Refrigerating, and Air-Conditioning Engineers). “Nos Estados Unidos as normas tem que ser atendidas. Cada vez mais eles buscam eficiência energética através de desenvolvimento dos equipamentos, como por exemplo, em termos de tecnologia de compressores. Isso vem sendo cumprido principalmente pelas exigências dos standarts da ASHARAE. Outro exemplo é a área de chillers, um dos grandes vilões da energia, e a ASHARAE vem, a cada evolução das suas publicações, exigindo eficiência mais elevadas”, Heitor Faria. Na parte ligada ao projeto, a questão de eficiência energética pode vir já de forma maturada através de uma consultoria de projeto, ou às vezes ajustados e adaptados por empresas como a Heating & Cooling,

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Heitor Faria

instaladores que são os executores de obra. “Nessa área o que se faz normalmente é buscar ou sugerir alterações que no conceito da distribuição de ar e da distribuição de água que possam trazer soluções como mais eficiência energética e, eventualmente, até sugerir equipamentos mais eficientes em relação àqueles que foram contemplados no projeto. Outra opção é quando projeto possibilita a alternativa de buscar as opções de equipamentos que são mais eficientes”, Heitor Faria. A Heating Cooling Tecnologia Termica, fundada em 1974, com sede em São Paulo e filiais no Rio de Janeiro e Bahia, trouxe nestes 40 anos de mercado um posição de liderança no segmento HVAC. A empresa tem como missão o compromisso com a sustentabilidade e prestação de serviços com os mais altos padrões de qualidade e respeito ao meio ambiente, visando assim atender as necessidades e expectativas dos seus clientes.

A constante evolução dos níveis de exigências dos equipamentos e sistemas de climatização. A área de energia se baseia no standard americano 90.1 da ASHRAE, que está em constante evolução. Como exemplo, muitas das atuais certificações LEED estão baseada na versão 2007 da ASHRAE 90.1. Hoje, esse standard já está na versão 2013 com padrões cada vez mais rígidos no que se refere à eficiência energética dos equipamentos. Tomando como exemplo os chillers, com o significativo aumento de eficiência da versão 2007 para a versão 2015. No caso dos chillers com condensação a ar, por exemplo, o IPLV (Integrated Part Load Value) requerido no critério passa – não passa (obrigatório), teve um significativo incremento, passando o IPLV de 3.45 para 4.76 nos equipamentos com capacidade acima de 150TR. No caso de centrifugas com capacidade superior a 600TR, a exigência é ainda maior, sendo que, a partir de 2015 passa do IPLV de 6.40 para IPLV de 7.04 ou 9.26 dependendo do COP (Coeficiente de Performan-

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ce) a plena carga considerado. “Vemos que os Estados Unidos vêm exigindo a cada nova emissão dos Standards a evolução dos níveis de eficiência, principalmente na área de energia da ASHARAE 90.1. Esta é uma tendência internacional de não ficar satisfeito com os níveis de exigências eficiência energética do sistema de ar condicionado, mas que ela evolua a cada passo forçando a indústria a desenvolver equipamentos objetivando cada vez mais eficiência”, Heitor Faria. No que se refere à qualidade ambiental, as prescrições LEED estão referenciadas nos Sandards ASHRAE 62.1-204 e no Standard ASHRAE 55-2004, que tratam especificamente da qualidade do ar interno e do conforto térmico, base para os pré-requisitos LEED e diversas oportunidades de pontuação. A Heating & Cooling como associada ao GBC Brasil, e tendo em seu corpo técnico engenheiros membros da ASHRAE, se mantém sempre atualizada com as políticas, procedimentos e requisitos técnicos estabelecidos por essas entidades, buscando sempre aplicá-las nos projetos e obras sua responsabilidade. De acordo com Heitor Faria, o mercado está mais consciente quanto à evolução de equipamentos com alto nível de desempenho. Segundo o diretor da Heating & Cooling, esta busca por eficiência se dá principalmente por uma necessidade de mercado. No que se refere a equipamentos em termos de consumo energético, tais como chillers, condicionadores de expansão direta ou sistemas VRF (Fluxo de Refrigerante Variável), os fabricantes veem a eficiência como uma necessidade de projeto. “Eles não conseguem ter mercado caso não trouxerem ao menos alternativas de equipamentos de boa eficiência. Existem equipamentos menos eficientes para certas aplicações, mas na maioria dos projetos, e principalmente os que almejam a eficiência energética, são desenvolvidos de acordo com as normas já estipuladas na ASHARAE”, reafirma Heitor.

Comissionamento e gestão eficiência nos edifícios Uma das fases mais importantes na execução de uma obra é o processo de operação e manutenção. Em alguns casos, o retorno obtido em relação ao consumo energético e consequentemente a economia financeira não conferem com o propósito esperado obtido em simulação realizada no início do projeto. Diante disto, o payback esperado a médio e longo prazo acaba não se confirmando. Para o diretor da Heating & Colling, no mercado de construções LEED esta questão já está bastante desenvolvida com as empresas. Porém, a falta de gestão ainda é uma constante no mercado em relação aos administradores e usuários dos edifícios. “A questão de um prédio bem operado é algo que precisa amadurecer. Apesar da conscientização das empresas que fazem não só a execução, mas também a fiscalização disso, não sentimos o mesmo envolvimento dos administradores de prédio na operação e dos proprietários de manter os critérios que foram usados nos projetos ao longo da operação do prédio. É necessário que haja um comissionamento contínuo por parte dos gestores dos edifícios”, destaca Heitor Faria.

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Incentivos para construção de obras verdes Para as obras que visam à certificação LEED, a utilização de soluções e equipamentos eficientes é uma obrigação. Caso isso viesse acompanhado por incentivos traria maior viabilidade para construção de projetos com alto desempenho. De acordo com o diretor da Heating & Cooling, apesar das iniciativas buscadas através de órgãos como o GBC Brasil e associações voltadas para o setor de climatização tais como ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento) e Smacna (Sheet Metal and Air Conditioning Contractors’ National Association), não há no Brasil uma preocupação de ordem prática que visa incentivar no desenvolvimento de equipamentos mais eficientes. “Não vejo do lado governamental, no Brasil, nenhuma sinalização com ações mais atrativas que possam incentivar o desenvolvimento de equipamentos com maior eficiência. Os produtos eficientes existem, mas agrega componentes de custo mais alto e um benefício fiscal com certeza seria bem vindo para que se tornem mais competitivos”, enfatiza Heitor Faria.

Obras certificadas LEED – Heating & Colling A Heating & Cooling é associada ao “Green Building Council Brasil”, e possui em seu portfólio inúmeras obras com certificação LEED ou em fase de certificação, tais como: Ed. W Torre Nações Unidas (Silver – CS – 2008); Ed. Ventura II (Gold – CS -2009); Ed. CEO RJ (Gold – CS – 2013); Ed. RB 2 (Gold – CS – 2013); Ed Sede FGV RJ (Gold – CS – 2015); Ed. Vila Olímpia Corporate (Gold – CS – 2014); Prefeitura de Itu (certified – CS – 2012); Data Center Vivo Alphaville (Gold – NC – 2011); Google Brasil (platinum – CI – 2013); Estádio Corinthians; Hospital das Américas - Blocos B e C (Silver – NC – 2015); Sicpa Santa Cruz (Gold – NC – 2015); Tiete Plaza Shopping (Gold – EB&OM – 2014); Projeto Viol (Platinum – CS – 2015); Data Center Itaú Mogi Mirim (Gold – NC – 2015); Ed. Thera (Gold – CS - 2015); Centro Tecnológico L´oreal (Gold – NC – 2016); Centro Comercial Marrecas (Gold – CS – 2016); Infoglobo (Gold – NC – 2015); Globo.com (Gold – NC – 2015) ; Torre Matarazzo (Gold – CS – 2015); Hospital Nove de Julho (Silver – NC – 2015). Segundo Heitor Faria, a empresa sempre teve uma equipe de engenharia cuidando destes aspectos sustentáveis, ligados à revisão e avaliação de projetos, e principalmente no sentido de seleção de equipamentos que contribuem para a eficiência energética. “Este é um cuidado da nossa área de engenharia, da área de obras e comissionamento, que tem como foco a qualidade de execução, limpeza, manutenção de higiene na obra, armazenamento de materiais e de cuidados de instalação. Com certeza com o advento do LEED, este conceito ficou mais evidenciado, mais documentado e com certeza foi também incrementado”, diz Heitor.

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CLIMATIZAÇÃO DOSSIÊ SOLUÇÕES

Obras destaques da Heating & Cooling ©Divulgação JLL

Um dos destinos mais sustentáveis do mundo, o São Paulo Corporate Towers é um empreendimento comprometido com o futuro, composto por duas torres com 30 andares cada e uma ampla área verde com mais de 170 espécies nativas da Mata Atlântica em quase 50% do terreno. É o primeiro empreendimento comercial com a pré-certificação LEED Platinum 3.0, Core and Shell, apresentando os mais altos índices de eficiência energética e sustentabilidade de acordo com o United States Green Building Council (USGBC). Possui sistema de ar-condicionado por meio de expansão indireta (água gelada) com condensação a água e distribuição de volume de ar variável (VAV) pelo teto, com sensor de controle da qualidade do ar (CO2) no retorno. O sistema é composto por 8 chillers (4 em cada torre) com capacidade térmica de 4.000 TR. O projeto de escritórios encontra-se localização privilegiada no coração do novo centro econômico da cidade, com múltiplos acessos, dentre eles a Avenida Presidente Juscelino Kubitschek.

©Divulgação Aflalo Gasperini

Outro destaque é o Shopping São Paulo – Torre Matarazzo, empreendimento localizado na Avenida Paulista, cartão postal da cidade de São Paulo, é composto por 13 pavimentos de escritórios parcialmente envolvidos por 5 pavimentos do shopping center. Com 125 metros de altura, é considerado o arranha-céu da região. A Torre Matarazzo se enquadra na seleta categoria “Triple A”, que define edifícios de escritórios modernos, eficientes e de alto padrão, tendência adotada com êxito nos empreendimentos desenvolvidos pela Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário e Cyrela Commercial Properties, duas das principais empresas do setor imobiliário brasileiro. O projeto está em processo de certificação LEED Gold Core and Shell.

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©Divulgação Itaú Unibanco

O Complexo Tecnológico Mogi Mirim (Data Center Itaú Unibanco) considerado maior da América Latina, realizará o processamento e armazenamento de todas as operações do banco, com capacidade de atender demanda até 2050, contando com duas linhas de transmissão de 138 mil Volts e uma subestação de energia com capacidade de até 90 MW, suficiente para abastecer uma cidade com aproximadamente 140 mil habitantes. Embora o principal insumo industrial do Data Center seja energia elétrica, nesta instalação há uma redução de 43% de consumo elétrico em comparação ao CPD de São Paulo, que já é eficiente. O terreno tem uma área de 815.000m², incluindo uma nascente, fato este que mostra interesse na sustentabilidade local. O complexo tecnológico foi construído em busca da certificação LEED Gold New Construction. Possui sistema de ar condicionado por meio de expansão mecânica (água gelada) com condensação a água e distribuição de volume de ar variável (VAV) sendo composto por 14 chillers. Na área de eficiência energética, a refrigeração apresenta economia de 12%, com uso da técnica de free cooling – quando a temperatura externa fica abaixo de 23°, o ar frio natural é direcionado ao interior do Data Center.

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políticas públicas

Quota Ambiental

e incentivos fiscais na proposta de revisão da Lei de Zoneamento em São Paulo

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Sessão técnica na 6° edição do Greenbuilding Brasil, Conferência Internacional e Expo apresenta os principais pontos da nova lei de zoneamento frente aos desafios da sustentabilidade na cidade

lanejar uma infraestrutura adequada, controlar o crescimento populacional bem como a melhor distribuição das construções e, ainda sim, reduzir os impactos ao meio ambiente é um dos desafios mais importantes para o crescimento de uma grande metrópole como a cidade de São Paulo. Aliar estas ações de melhorias à promoção da responsabilidade socioambiental e econômica em busca de uma cidade mais sustentável também vem sendo pauta na agenda das grandes empresas e instituições governamentais. A revisão da nova Lei de Zoneamento tem causado polêmica no âmbito da sustentabilidade. O governo de grandes metrópoles, como a cidade de São Paulo, vem lidando constantemente como este tipo de situação, o que direcionada cada vez mais a atenção para este tema. Diante da relevância do assunto, a 6ª Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo promoveu uma sessão de debates sobre a dimensão ambiental na proposta de revisão de zoneamento na cidade de São Paulo. A proposta de revisão da Lei de Zoneamento (PL 272/15), também chamado de Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, determina as formas de uso do solo da cidade de São Paulo, bem como seus reflexos em todo setor. O PL 272/15, que esta sendo estudado pela Câmara Municipal, desde junho de 2015, é uma das diretrizes que integra do Plano Diretor Estratégico, aprovado em 2014, e vem sendo discutido amplamente pela prefeitura de São Paulo. A revisão reúne um conjunto de regras que definem quais atividades podem ser instaladas em diferentes regiões de São Paulo, como por exemplo, locais permitidos para instalação de residências, comércio, indústria bem como quais critérios serão exigidos no caso de construções e imóveis no terreno, visando a melhoria da relação com o entorno, melhorando a mobilidade urbana e o desenvolvimento sustentável da cidade. A dimensão ambiental na proposta de revisão do zoneamento do solo na cidade São Paulo foi um dos temas de grande importância 76

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durante o evento, com o propósito de estabelecer o diálogo entre o poder público e a sociedade acerca do que vem sendo feito para melhorar a infraestrutura da cidade. “Trata-se de um tema de grande relevância para a cidade e que impacta diretamente na vida das pessoas, por isso é fundamental que o maior número possível de pessoas tome conhecimento do assunto e possa assim dar as suas contribuições”, diz Ricardo Young. Foram abordados na sessão técnica temas como Preservação, Qualificação Ambiental, Fortalecimento da mobilidade urbana sustentável no uso do solo e Estratégias de regulação voltadas à redução da pressão da ocupação de áreas ambientalmente frágeis. Para a discussão desses temas, estiveram presentes na palestra Daniel Todtmann Montandon, representante da Secretaria Municipal e Desenvolvimento Urbano (SMDU) e os vereadores Paulo Frange, relator do Projeto de Lei de Zoneamento, Gilberto Natalini e Ricardo Young.

Quota Ambiental e Incentivos Fiscais Entre os pontos previstos no projeto de lei, que contribuem de forma direta com o aumento da sustentabilidade, está o instrumento da quota ambiental - que tem como objetivo melhorar aspectos da cidade. A quota ambiental também estabelece a qualificação ambiental na construção imobiliária através do processo de produção e transformação do espaço urbano, adensamento demográfico e construtivo relacionadas a melhorias de drenagem urbana através de soluções paisagísticas, retenção de águas pluviais, medidas de redução de ilhas de calor e melhoria de paisagem, neste caso determinada por meio de plantio espécie vegetais através de soluções de arborização. Para o vereador Ricardo Young, a quota ambiental é uma das inovações apresentadas na nova lei, mas ainda precisa ser melhorada para compensação ambiental. “Na fórmula da quota ambiental o fato do empreendedor preservar poucas árvores no terreno, em alguns rev/gbc/br


©Divulgação

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políticas públicas

Ver. Gilberto Natalini

Ver. Ricardo Young

casos, lhe dá pontos suficientes para cumprir a quota, mas não leva em consideração quantas outras árvores foram removidas no mesmo local”, afirma Young. Segundo o vereador, outra alternativa que poderia ser utilizada como instrumento de preservação ao meio ambiente é a utilização de energias alternativas, que podem ter um impacto mais positivo para a cidade do que a adoção de soluções como jardins verticais e telhados verdes. A quota ambiental exige que construções em áreas superiores a 500 metros quadrados atinjam uma pontuação mínima para obtenção do licenciamento para construção. O cálculo da quota ambiental é realizado de acordo com a localização e tamanho do terreno, e através utilização de soluções construtivas e paisagísticas que compõem os Indicadores Cobertura Vegetal e Drenagem. O PL 272/15 também visa aumentar cerca de 10% as zonas de preservação ambiental em relação às áreas verdes da cidade. As construções que atingirem pontuação superior à exigida pela quota ambiental ou que apresentarem soluções sustentáveis comprovadas por certificação específica de sustentabilidade que seja reconhecida no âmbito nacional ou internacional, serão beneficiadas com incentivos fiscais mediante desconto na contrapartida financeira da outorga onerosa. A não apresentação do certificado de edificação sustentável num prazo de 180 dias corridos após a emissão do certificado de conclusão da obra implicará na incidência automática de multa pecuniária correspondente a duas vezes o valor do desconto concedido, além de cassação do alvará de aprovação e do certificado de conclusão do referido empreendimento. O vereador Gilberto Natalini, corrobora com a opinião de Young. De acordo com Natalini, a quota ambiental é uma boa aquisição que foi implantada na nova lei de zoneamento, porém não garante amplamente o avanço da sustentabilidade da cidade. Para ele, deveriam ser inclusas nesta proposta a proteção de áreas, como por exemplo, a ZER (Zona Exclusivamente Residencial), além disso, a inclusão dos corredores de transportes que estão incluídos no plano teria que vir com outra visão. “Nós temos uma proposta intermediária de fazer zonas de transição para quebrar esta questão de transformação, por exemplo, de algumas ruas e ZER para outra forma de permissão de verticalização, nos temos uma proposta procura diminuir o impacto negativo desta proposta desses 85 corredores”, diz. Ainda segundo o vereador Gilberto Natalini, organizações de construção sustentáveis no país como o Green Building Council Brasil , bem como influências sustentáveis de outros países podem contribuir de forma bastante positiva para redução do impacto ambiental na cidade. “São Paulo tem uma quantidade enorme de edifícios revistagbcbrasil.com.br

sustentáveis, as chamadas “construções verdes”, tem muitos exemplos, a sociedade civil e o próprio mercado é que tem buscado este caminho, também muito influenciado pela Europa e Estados Unidos. Existem empresas americanas que não investem em edifícios sem determinados padrões de sustentabilidade, então, o mercado brasileiro engajado pelas exigências dos estrangeiros fazem prédios sustentáveis”, afirma Natalini. De acordo com o vereador, o poder público não tem dado importância para esta questão ambiental da cidade. “Tenho enviado várias propostas para o governo, mas a construção sustentável no Brasil ainda é uma coisa muito espontânea. Não é uma política publica”, completa. A participação da população nas audiências publicas também tem sido fundamental para promover o aprimoramento da nova revisão da Lei de Zoneamento. A Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente (CPUMMA), está coordenando as mais de 40 audiências que estão ocorrendo em cada uma das subprefeituras da cidade de São Paulo, desta forma, a população poderá contribuir de forma democrática com os pontos e desdobramentos debatidos nas sessões. O calendário proposto pelo relator do PL 272/2015, Paulo Frange, propõe a aprovação da proposta até o final de 2015.

Agrupamento das zonas As zonas que contemplam o PL 272/15 foram agrupadas em três tipos de território, transformação, qualificação e preservação. A organização das zonas em três agrupamentos visa a simplificação, o que evite eventuais divergências e dúvidas a cerca das incidências das zonas, visando maior eficácia no atendimento às necessidades da cidade. Em relação ao território de transformação, que é formado pelas zonas ZEU (Zona Eixo de Estruturação e Transformação Urbana), ZEUP (Zona Eixo de Estruturação e Transformação Urbana Previsto), ZEM (Zona Eixo de Estruturação e Transformação Metropolitana), e ZEMP (Zona Eixo de Estruturação e Transformação Metropolitana Previsto), são áreas em que se objetiva a promoção do adensamento construtivo e populacional, das atividades econômicas e dos serviços públicos, a diversificação de atividades e a qualificação paisagística dos espaços públicos adequando a forma de uso do solo à oferta de transporte público coletivo. Os territórios de qualificação, formado pelas zonas, ZOE (Zona de Ocupação Especial), ZPI (Zona Predominantemente Industrial), ZDE (Zona de Desenvolvimento Econômico), ZEIS (Zona Especial de Interesse Social), ZM (Zona Mista), ZCOR (Zona Corredor), ZC (Zona Centralidade), ZC-ZEIS (Zona de Centralidade Lindeira à ZEIS) e ZMIS (Zona Mista de Interesse Social) abrangem a manutenção de uso não residenciais existentes, o incentivo de atividades produtivas, diversificação de usos ou adensamento populacional moderado, dependendo das particularidades das regiões que constituem estes territórios. Quanto aos territórios de preservação, são áreas que dizem respeito à preservação ambiental, paisagística, cultural. São os bairros com baixa densidade de conjuntos urbanos específicos e possuem territórios que se destinam à promoção de atividades econômicas sustentáveis aliadas à preservação do meio ambiente. Estes territórios contemplam as zonas ZEPEC (Zona Especial de Preservação Cultural), ZEP (Zona Especial de Preservação), ZEPAM (Zona Especial de Preservação Ambiental), ZPDS (Zona de Preservação e Desenvolvimento Sustentável), ZER (Zona Exclusivamente Residencial) e ZPR (Zona Predominantemente Residencial). out-nov/15

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Referencial GBC Brasil Casa® e a importância da capacitação profissional

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ais do que em edifícios comerciais, as pessoas estão cada vez mais preocupadas com a questão da sustentabilidade em suas próprias residências. Para atender a esta recente demanda o GBC (Green Building Council) Brasil criou a certificação Referencial Casa. Esta nova versão da certificação visa à promoção do conhecimento técnico para consultoria de obras residenciais oferecendo as ferramentas e diretrizes necessárias para execução de projetos, bem como a fase de construção e operação de edifícios residenciais e residências horizontais, garantindo assim um alto desempenho sustentável. A certificação foi desenvolvida pelo Comitê Técnico do GBC Brasil, que conta com equipe de profissionais das empresas associadas, professores universitários e gestores públicos convidados, ao todo são cerca de 200 voluntários. O programa teve inicio em 2011 com a retomada dos comitês técnicos do GBC Brasil para adaptação do LEED Homes para o Brasil. Inicialmente, os profissionais experts da área buscavam possíveis formas de adaptação das certificações internacionais para a realidade do Brasil, e com a crescente demanda do setor residencial, este trabalho de estruturação avançou significativamente, com isto, viu-se a necessidade da criação de uma nova ferramenta que se adequasse às certificações do setor. De acordo com Maria Carolina Fujihara, instrutora do curso Referencial GBC Brasil Casa e coordenadora técnica do GBC Brasil, a criação da certificação vem baseada em diversos parâmetros internacionais. “Passamos por algumas fases específicas após a criação do conteúdo como: comentários públicos, abertura de inscrições para projetos pilotos, avaliação dos pilotos e publicação final da versão para a certificação”, diz. O lançamento do Referencial GBC Brasil Casa ocorreu na Expo Greenbuilding Brasil em 2014. A partir daí, casas residenciais começaram a ser oficialmente certificadas no Brasil, e devido aos avanços de trabalho no setor residencial, a demanda para certificação também

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aumentou. A fase piloto foi iniciada para condomínios e, atualmente já existem três projetos em andamento, sendo um trata-se de um condomínio Minha Casa Minha Vida. “Essa relação se torna muito importante a partir do momento em que começamos a levar sustentabilidade para as classes mais baixas da população”, destaca Maria Carolina Fujihara.

A importância da capacitação técnica

A capacitação profissional é peça fundamental para garantir que os processos construtivos sejam executados da forma esperada. Para Maria Carolina o Referencial Casa tem o objetivo de manter o arquiteto/engenheiro do projeto como o consultor de sustentabilidade do projeto em que está atuando, tanto por questões econômicas, ou seja, para garantir a otimização dos recursos financeiro, quanto para o atendimento de arquitetura englobe a maior parte das medidas sustentáveis propostas pela certificação, tornando-o mais eficiente. “O profissional-consultor precisa possuir conhecimentos específicos de gestão de projetos e conhecimento técnico da certificação, relacionado em como projetar, construir e fazer a gestão de forma sustentável. A consultoria não é obrigatória para o projeto ser certificado e não é obrigatório que o consultor seja da área de construção civil, podendo ser um profissional de qualquer área. A única obrigatoriedade existente, é que o consultor tenha conhecimento do conteúdo técnico da certificação (conteúdo do Referencial como pré-requisitos e créditos) e conhecimento em como aplicar o gerenciamento de todos os projetistas que envolvem a construção de um edifício, sendo um facilitador da sustentabilidade ambiental e econômica do projeto”, afirma a arquiteta. Para Rosana Correa, sócia da Casa do Futuro e instrutora do curso Projeto Integrado, a capacitação é de extrema importância, tanto para os profissionais de canteiros quanto para gerentes desenvolvedores de empreendimento, equipes de arquitetura e engenharia. “É urgente que a maneira de projetar e construir sejam repensadas, como já foi feito em países desenvolvidos. Não podemos mais nos dar ao luxo de aceitar que, por exemplo, tenhamos na área da construção civil,

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©Divulgação GBC Brasil

referencial GBC CASA brasil®

“SE QUEREMOS UM MUNDO MELHOR, DEVEMOS COMEÇAR PELAS NOSSAS CASAS” Maria Carolina Fujihara, GBC Brasil

níveis de produtividade três vezes abaixo do que é praticado nos Estados Unidos. Esta situação se agrava em tempos de crise, onde as margens são reduzidas e a competitividade aumenta”, defende.

Como se tornar um consultor

Para se tornar um Consultor GBC Brasil Casa é necessário realizar os dois cursos, o Referencial GBC Brasil Casa (Programação Módulo I) e Projeto Integrado (Programação Módulo II ) e, após a conclusão dos cursos, realizar uma prova com conhecimentos sobre os conteúdos aprendidos. A prova contém 100 questões de múltipla escolha, sendo que, 80% refere-se ao conteúdo técnico do Referencial Casa e 20% ao conteúdo de Projeto Integrado. Somente após passar no teste de conhecimento e receber a credencial, que o profissional estará apto a prestar consultoria para projetos que buscarão a certificação residencial. A realização da prova é gratuita para todos aqueles que fizeram os dois cursos. De forma geral, o curso sobre Referencial GBC Brasil Casa trata de questões mais técnicas e detalha os critérios a serem atendidos para uma certificação residencial, enquanto que, o Curso de Projetos Integrados visa processos e pessoas, maximização de resultados, definição de objetivos, técnicas de facilitação, entre outras questões muito mais ligadas à gestão dos projetos e metodologia aplicada. Rosana Correa explica que a metodologia de Projetos Integrados não é feita sob medida para projetos residenciais, mas sim para todo e qualquer tipo de projetos, inclusive aqueles não relacionados à construção civil. Porém, é fundamental a integração com o curso Referencial GBC Brasil Casa, que atende os requisitos específicos desta tipologia. Atualmente são 24 consultores já com a credencial Referencial Casa, as turmas para inscrição dos cursos são abertas a cada dois meses. O GBC Brasil planeja levar os esta capacitação para outros estados até 2016 e, a expectativa é que, em fevereiro do mesmo ano já esteja instaurado no Rio de Janeiro. “Estamos acompanhando o mercado e, conforme aumento da demanda, nosso planejamento é aumentar as datas e locais de realização do mesmo”, ressalta Maria Carolina.

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Os projetos sustentáveis necessitam de um tempo maior de planejamento, sendo que o tempo de obra bem menor se comparado com obras comuns. Com a capitação dos profissionais é possível evitar desperdícios em obra, prever pequenos erros e reduzir o tempo de execução e cronograma de obra, evitando perda financeira. “Ambos os cursos são de extrema importância para a realização de qualquer projeto, pois promovem uma visão abrangente e detalhista de como projetar e construir de forma mais eficiente”, pontua.

LEED e Referencial Casa

A grande e principal diferença entre as certificações Referencial Casa e LEED é que, a primeira é utilizada especificamente para edifício residenciais e condomínios horizontais. Ao Todo são 24 projetos registrados, sendo dois já certificados, ou seja, uma média de 1,4 projetos residenciais registrados por mês em pouco mais de um ano. Já o LEED certifica todas as outras tipologias de edifícios, incluindo, mas não limitando a: hospitais, museus, estádios, edifícios comerciais, escolas, etc. O conteúdo exposto nos cursos para consultor das duas certificações são similares. O sistema de pontuação é o mesmo para ambas (110 pontos totais possíveis), incluindo pré-requisitos e créditos, porem o Referencial Casa possui abordagem direta às leis e normas brasileiras, incluindo o Procel Edifica, a NBR 15757, entre outras. Além disso, foi incluída uma nova categoria dentro do Referencial Casa que relaciona os Requisitos Sociais do projeto, que tratam sobre a legalização da mão-de-obra e das empresas contratadas para a realização do projeto. Este item essencial para a realidade brasileira, frente ao mercado, ainda bastante informal (principalmente o residencial), que precisa de maior fiscalização e de atendimento a parâmetros mínimos de qualidade e formalidade. “Todos os itens relacionados no Referencial Casa são realmente muito factíveis de serem realizados e não distanciam muito da nossa realidade. É mais uma questão de pensar diferente, ser correto e criativo, e desenvolver estratégias que condizem com a sustentabili-

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©Divulgação Casa do Futuro

REFERENCIAL GBC CASA BRASIL®

Rosana Correa, Casa do Futuro

dade. É muito mais simples e fácil do que se imagina. É muito importante ter em mente que esta foi uma metodologia criada para avaliar projetos e obras sustentáveis, que existe uma linha de raciocínio por trás e principalmente, que todos os itens são justificáveis. Costumo dizer que a certificação é um caminho sem volta, que a partir do momento que você tem acesso a isso e começa a praticar, não é mais possível voltar atrás e fazer do jeito “errado” que se estava acostumado a fazer”, destaca Maria Carolina Fujihara.

Tendências e expectativas para o setor residencial

Em meio às crises hídrica e energética, aumento de impostos, redução de recursos naturais, São Paulo se depara com algumas iniciativas positivas como o desconto no IPTU para edifícios certificados ambientalmente, o que aumenta o interesse e o da população de forma mais engajada e crítica sobre suas ações. O aumento da competitividade e a busca dos compradores, os incorporadores ou responsáveis pelo desenvolvimento de projetos residenciais buscar atender o público alvo com o diferencial da sustentabilidade, uma vez que estes clientes já entenderam a sua importância. Segundo Maria Carolina, as expectativas do GBC Brasil são enormes, porém o trabalho é feito de acordo com a realidade do Mercado. “Estamos tratando de uma mudança de cultura, de possibilitar levar conhecimento técnico sobre construções sustentáveis para todos, de realmente disseminar esses conhecimentos básicos que deveriam ser de interesse comum, pois tratam de saúde pública”, e ainda complementa, “A partir do momento em que as pessoas começam a se perguntar e questionar as construtoras e os governos sobre o que é morar em uma casa sustentável, trabalhar em um edifício que produz sua própria energia, para onde vão nossos resíduos ou quais políticas públicas incentivam a construção de um telhado verde, teremos certeza então que cumprimos nosso papel”.

Feedback

sidade de mudança de seu posicionamento no mercado, bem como a urgência de incorporar os critérios de sustentabilidade em seus projetos. “Fiquei muito satisfeita e feliz ao receber o feedback dos alunos. Os níveis de satisfação foram os melhores possíveis. Acredito que, por mais qualificados e experientes que possamos ser, todos ainda podem se surpreender com as possibilidades de aprendizado de coisas inovadoras, interessantes e altamente aplicáveis ao dia a dia profissional”, destaca Rosana Correa. Segundo Maria Carolina, a certificação é somente um caminho para a sustentabilidade da construção civil, porém o grande valor em participar do curso está mais relacionado ao ganho de um novo conhecimento do que a conquista de uma certificação. “Uma boa parte dos alunos que fazem o curso busca informar-se sobre esses conceitos, aplicando em algum projeto existente os conceitos básicos de sustentabilidade. Outra parte está mais interessada em realizar a prova e ser um profissional acreditado em sustentabilidade para melhorar seu trabalho e agregar valor aos seus projetos, e existem alguns ainda que nem são nem da área de construção civil, somente se interessam pelo assunto, e estão buscando mais referencias para aplicarem sustentabilidade em suas próprias vidas. Esses últimos são muito especiais, pois o dia que quiserem fazer ou comprar imóveis sustentáveis saberão exatamente o que querem e o que podem pedir para o arquiteto /engenheiro desenvolver”, ressalta Maria Carolina. Para a arquiteta, é um momento importante no marco da construção civil, momento para investir em conhecimento e valores, fortalecendo relações e criando negócios baseados em boas ideias. “Temos certeza que a construção sustentável será demanda de muitos e, em breve, a realidade do país neste setor estará em outro patamar. Quanto mais cedo os profissionais entenderem isso, mais rápidas acontecerão as mudanças que estamos prevendo. Se queremos um mundo melhor, devemos começar pelas nossas casas”, Maria Carolina Fujihara.

De acordo com Rosana Correia, a procura pelos cursos é grande. Geralmente, os alunos são profissionais que já enxergaram a neces-

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