Mãozinhas que exploram
Juliane Manatta
Estávamos todos em nosso quintal, sentindo a brisa que balançava as folhas das árvores. Era uma manhã calma e ensolarada na nossa Vila. Foi então que iniciamos um processo de exploração.
Uma massa preta com bolinhas? O que será isso? Theo e Maya ficaram admirando por alguns segundos sem saber o que deveriam fazer.
Maya, após um curto período de observação, colocou suas mãozinhas naquela geleia nova e sorriu!
Parece ter gostado do que sentiu!
Theo observou a amiga e colocou sua mãozinha em outro pote com aquela geleia. Sorriu também!
Era chia! Uma geleia feita de chia!
Maya explorava com os olhos e sentia com o corpo. Theo apertava a massa com as pequenas mãozinhas e sentia aquela textura diferente que talvez nunca tivesse sentido antes.
E nesse momento a diversão tomou conta do quintal da nossa vila, com muitas sensações novas e risadas por toda parte.
A potência e os encantos dos bebês
Sheila Daiane
Como é lindo perceber a potência das crianças.
Em meio a muitos balbucios, conseguem expressar, delicadamente, suas vontades e necessidades, basta observarmos atentamente.
Dentre todos os encantos, é admirável ver como exploram e descobrem o mundo à sua volta.
Brincando, investigando e sentindo o mundo, avançam para um lindo e saudável desenvolvimento.
O olhar encantador, curioso e concentrado ajuda suas lindas mãozinhas a buscar novas sensações.
Um parque, muitas aventuras e um regador
Juliana de Araujo
Chegando ao parque, Caetano percebeu que ali havia algo diferente do que está acostumado e, com curiosidade, decidiu investigar. Através de pequenos movimentos, explorou, sentiu, transformou e testou novas possibilidades com o amido de milho e os temperos.
Com seus gestos, convidou seus amigos Miguel e João Guilherme a também se aproximarem e observarem. Miguel olhou, olhou, tentou se aproximar, mas percebeu que havia outro espaço em que desejaria explorar naquele momento. Então partiu, foi em direção a um regador e decidiu colocar pedras dentro dele, uma a uma.
Já João, tentou encontrar novos movimentos ainda não observados e nem sequer testados pelos demais.
Foi então que encontrou duas canecas repletas de água e rapidamente as pegou derramando a água sobre o amido e criando novas texturas. Ao terminar sua exploração, decidiu entender com seus amigos o que havia de tão curioso naquele regador.
A poesia das “miudezas”
Aline Alves
Temos um quintal lindo, aconchegante e cheio de belezas, mas a beleza maior aparece quando os pés das crianças entram em contato com aquele chão.
Tudo é minuciosamente explorado sob esses olhares tão curiosos e potentes.
Nicholas estava imóvel observando o Manacá, pegou um pedacinho do galho e agarrou sobre suas pequenas mãos que seguiram firmes até um lugar que para ele era seguro. Ficava logo ali, atrás do escorregador. Abriu suas mãos com muita atenção e testou as possibilidades daquele pequeno galho. Tocou, observou suas formas, até que lhe quebrou ao meio e lhe fez descansar.
Foi então que meus olhos foram gentilmente convidados a observar os gestos de Lavínia que, com muita atenção e paciência, tentava deixar uma pequena folha da grama em pé sobre um montinho de areia. Mas o que era aquilo? Não demorou muito para que minha pergunta fosse respondida. Ela batia palmas com muita rapidez, olhou aquela pequena grama com delicadeza e assoprou.
Lavínia preparou um bolo com areia, usou a grama como vela, e nos contemplou com a observação daqueles gestos.
Não é apenas o quintal, são as crianças trazendo a poesia nas “miudezas” do dia a dia.
Entre linhas e traços
Leticia Henrique
Entre as linhas da educação infantil, uma proposta acontece e um mundo se revela.
Onde cada traço é um convite sutil.
O que poderia acontecer entre uma argila e uma folha?
Entre risos e descobertas, Helena (como semente em solo fértil)
cresce forte, alimentada no mundo de brincadeiras...
Onde se aprende a explorar e sonhar entre as linhas da educação infantil.
Um toque, uma sensação diferente e o desejo de continuar sua exploração
Bruna Dalla
Vanessa Russo
As brincadeiras estão constantemente interligadas ao processo de investigar e realizar descobertas!
Durante uma sessão, Paulo se interessou em mexer na argila que estava com água, disposta dentro de uma forminha de bolo.
O seu primeiro contato foi suave, os seus olhos estavam atentos e curiosos diante daquele objeto de exploração. Mergulhou suas mãozinhas pequenas dentro do recipiente que, em seguida, rapidamente, balançaram para que pudessem ser limpas.
Assim que parou de realizar esses movimentos, olhou com curiosidade para suas mãos, que haviam mudado de cor por conta da argila: estavam marrom!
e água e repetiu os mesmos movimentos que havia realizado no início de suas explorações, molhando suas mãos, balançandoas para limpá-las e observando-as em silêncio.
Demonstrou através de suas expressões faciais e corporais que, mesmo diante de uma sensação que lhe ocasionou um determinado incômodo, o seu desejo em continuar explorando aquela argila imersa na água era muito maior do que a estranheza daquela sensação!
Durante todo o seu processo de experimentação, observação, interação e sensações vivenciadas, não compartilhou nada verbalmente, mas expressou-se utilizando outras linguagens!
Os gestos também comunicam, tanto quanto as palavras!
Estávamos todos nos dedicando a colagem de adesivos em uma proposta coletiva. Era um estudo sobre as cores.
Camila se sentiu cansada, e sabia que ali perto havia uma cama disponível para descanso.
Ana Clara percebeu que sua colega estava cansada e foi se dedicar a cuidar dela!
Pegou um tapete para sentar, a chupeta para que Camila se sentisse tranquila e, após esse cuidado, ofertou afeto através de uma carícia em sua bochecha...
Que cena maravilhosa!
As relações afetivas criadas na educação infantil são muito importantes para a formação integral das crianças. Ana Clara está em fase de adaptação e já compreendeu a potência do acolher e cuidar!
Relações construídas com afeto
Michelle Santos
A magia das palavras: Sofia e suas histórias
Thais Aparecida
Em um dia comum no Nido III, a sala estava repleta de energia e curiosidade, principalmente quando se tratava de histórias. Sofia Helena adora mergulhar nas narrativas que são contadas para ela e seus amigos.
Após uma sessão de histórias em inglês, Sofia encontrou um cantinho aconchegante em sua sala para se acomodar com o livro que acabara de ouvir.
Apesar de não compreender todas as palavras em inglês, Sofia não se deixou intimidar. Ela explorou cada página, interpretando as imagens de forma criativa e expressiva. Sofia narrava a história para si mesma, adicionando detalhes que faziam os olhos observadores daqueles ao seu redor se encherem de encanto e alegria.
Ela transformou aquela simples leitura em uma experiência mágica, repleta de cores, sons e emoções.
Para Sofia, não importava a língua em que a história estava escrita, o que realmente importava era a maneira como ela conseguia enxergar além das palavras, criando um mundo único e encantador em sua mente.