Prezada Equipe, Estamos na “construção” do dossiê Nova Sede, com algum tempo de atraso: 2008 a 2012. O tempo foi nos engolindo na nossa rotina e só em 2012 conseguimos dar início a esta ação. Essa demora no registro dos fatos nos trouxe limitações e muitas dificuldades no processo de criação deste dossiê. (A partir de agora, todo ano vamos soltar a documentação anual: o dossiê de 2013 já está sendo organizado). Pelo tempo e por questões de desorganização interna do Depto Socioambiental, estamos com dificuldade para localizar algumas documentações e informações gerais do Projeto Nova Sede: físicas e virtuais. Desde 2012, estamos num processo interno de organização e, aos poucos, estamos tentando sanar esta falha, recuperando dados que considerávamos perdidos. Em breve teremos a documentação pronta para consulta. Neste processo, sentimos que algumas informações não foram registradas no papel, estão na cabeça da equipe envolvida, então é de suma importância que cada um leia com atenção o documento e contribua com os dados não registrados aqui. Além de criticar os pontos positivos e negativos, marcar dúvidas, fazer correções e colaborarem com ideias e sugestões: do texto ao layout. (Se alguém tiver fotos, que por algum motivo ainda não nos foi encaminhada, favor providenciar. Estamos construindo um banco de imagens). Outra dificuldade na construção do dossiê foi a questão dos assuntos mais técnicos. No texto, marcamos de amarelo as pendências gerais, as dúvidas e pedimos uma atenção especial aos responsáveis! Este dossiê ainda está em fase de estudo e ainda faltam alguns dados que serão acrescentados, como: uma avaliação comparativa entre os custos de uma obra padrão e os custos das ações socioambientais do Projeto Multidisciplinar Nova Sede. Porcentagem sobre valor final gasto: valores agregados que não passam por esta lógica. Contamos com a colaboração de todos para que possamos construir, em equipe, um dossiê mais completo e verdadeiro possível, para que ele cumpra com competência o seu fim: demonstrar, a partir de uma experiência prática, a busca pela sustentabilidade, com todos os aspectos positivos e negativos que este tipo de proposta apresenta. Data para devolução: 22/04/13 Nesta data solicitamos, também, um depoimento individual e/ou de todas as equipes envolvidas, que relate a experiência e as vivências neste Projeto: aspectos positivos e negativos. Um depoimento simples, claro e objetivo para ser anexado ao dossiê. Nos colocamos à disposição para dúvidas e esclarecimentos. Desde já obrigada, Claudia e Juliana
Projeto Multidisciplinar
Nova Sede Vina
Documento Piloto PerĂodo de 2008 a 2012
Grandes realizações são possíveis quando se dá atenção aos pequenos começos. (Lao-Tsé, Século VII a.C.)
A ideia e o grupo multidisciplinar A empresa Vina – Gestão de Resíduos Sólidos e Locação de Equipamentos desenvolve, desde 2008, um projeto com foco socioambiental para a construção de sua nova sede, a fim de minimizar os impactos ambientais gerados tanto no processo de construção quanto na utilização do edifício. O Departamento Socioambiental da Vina foi criado em 2002, com o objetivo de colocar em prática conceitos de responsabilidade socioambiental na empresa e na sociedade. Em 2008, ao perceber o grande potencial arbóreo que o lote onde a Nova Sede da empresa iria ser construída, este departamento propôs à Vina desenvolver um projeto inovador, que minimizasse os efeitos negativos decorrentes da construção civil e que também tivesse como base a filosofia de trabalho que esse departamento vem realizando. Para colocar essa ideia em prática, o Departamento Socioambiental montou uma equipe multidisciplinar composta por arquitetos, engenheiros e biólogos. A fusão de diversas áreas de conhecimento possibilita a realização de um projeto mais dinâmico. Como ponto de partida, a equipe começou a traçar a direção que esse projeto iria tomar, levando em conta fatores como recursos, demandas operacionais, preservação ambiental e prazos, dentro da realidade da empresa e de acordo com os conceitos sustentáveis que o Grupo NOC – Novos Olhares Sobre a Construção e o Cidadão* – vem trabalhando: o que é “sustentabilidade”, termo banalizado e distorcido pela atual lógica comercial e econômica da sociedade. Esse grupo de estudo é coordenado pela Prof. Maria Teresa Paulino Aguilar, da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais/Departamento de Materiais e Construção, parceira do Departamento Socioambiental desde 2002. Teresa: alguma consideração ou modificação neste texto?
(*) Para mais informações sobre o Grupo NOC, ver “Ficha técnica” (pág.xx).
O que é a construção sustentável? Grupo NOC – Novos Olhares Sobre a Construção e o Cidadão De acordo com o Grupo NOC, coordenado pela Prof.ª Maria Teresa Paulino Aguilar, criado em XX, a construção sustentável é um sistema construtivo que promove intervenções sobre o meio ambiente, adaptando-o para suas necessidades de uso, produção e consumo, utilizando os recursos naturais de forma consciente, de forma a preservá-los para as gerações futuras. Esse tipo de construção prioriza o uso de materiais e soluções tecnológicas inteligentes para promover o bom uso e a economia de recursos finitos – como água e energia elétrica –, a redução da poluição e a melhoria da qualidade do ar e o conforto de seus moradores e usuários. O objetivo é manter o equilíbrio entre os aspectos econômicos, socioculturais e ambientais envolvidos na implementação e no uso do empreendimento. Conceber e executar uma obra que pense globalmente e aja localmente é um grande desafio e requer uma equipe multidisciplinar, para que seja possível a integração das diferentes áreas do conhecimento e o resultado seja uma obra sustentável. Teresa: Favor completar mais detalhes sobre o grupo NOC se for necessário. E o Projeto Construir? Estamos com dúvida se devemos citá-lo, se ele faz parte do NOC ou vice-versa.
Metodologia e Pr谩tica
Esse documento segue uma ordem cronol贸gica dos fatos. Para uma melhor compreens茫o, alguns fatos mais complexos foram descritos seguindo a sua pr贸pria cronologia.
A área e o levantamento florístico Data: Junho de 2008
A área O terreno adquirido para a construção da Nova Sede da Vina situa-se no Distrito Industrial Jatobá B, pertencente ao bairro Barreiro, na cidade de Belo Horizonte (MG). A área possui 12.296,03 m2. Lilian e Paulinho - VINA: pesquisa de documentação e informações: datas e detalhes da compra, endereço, etc.
Área do terreno: grande potencial arbóreo.
Levantamento Florístico A partir da formação do grupo multidisciplinar, foi iniciado o trabalho dos biólogos*, que consistiu no levantamento, na análise e catalogação das espécies vegetais e na caracterização e avaliação do estado de conservação da vegetação presente no terreno. O primeiro levantamento foi realizado em junho de 2008**. Os biólogos se surpreenderam com a riqueza e variedade das espécies encontradas no terreno, especialmente por se tratar de uma área impactada, fragmentada e rodeada por construções. Foram mais de 60 espécies em uma área com pouco mais de 12.000 m². É importante destacar a coleta de uma espécie rara de orquídea (Habenaria curvilabria), que não apresentava registro de ocorrência em Minas Gerais desde 1950. (*) Para mais informações sobre o grupo de biólogos, ver “Ficha técnica” (pág.xx). (**) O arquivo com essa documentação encontra-se no CD anexo ao documento.
Orquídea Habenaria curvilabria Biólogos: favor revisar o texto abaixo. Bia e Leandro: precisamos do número de catalogação da orquídea, a data, forma de acesso, outros detalhes etc.
Dentre as espécies encontradas na área, cabe destacar a orquídea Habenaria curvilabria, que foi encontrada crescendo sobre um arbusto num ponto central do terreno. A espécie tinha sua última coleta documentada em 1950 e foi tratada como rara pelo especialista do grupo (J. A. N. Batista, com. pess.*). A espécie foi coletada em duas vias, uma para compor um exemplar a ser depositado no herbário do Departamento de Botânica da UFMG (Herbário BHCB) e outra para ser mantida em cultivo em casa de vegetação, juntamente com a coleção viva de orquídeas do Departamento de Botânica do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG. Esta medida permitirá estudos filogenéticos utilizando todo o grupo a que a espécie pertence e compõe uma das metas da Estratégia Global para a Conservação de Plantas (BGCI & UNEP, 2006**), que é a de manter parte da flora em estado de conservação ex-situ (fora do local de origem). Recomenda-se que os indivíduos restantes que foram mantidos in-situ (dentro do local de origem) sejam alocados para uma área onde possam ser preservados.
Habenaria curvilabria (*) Comunicação pessoal (**) referência bibliográfica
Ao final desse levantamento, chegou-se a conclusão de que o terreno era composto por uma vegetação típica de cerrado. O esquema a seguir mostra o mapeamento das áreas que foram demarcadas pelos biólogos, seguindo critérios de distribuição e preservação máxima das principais espécies.
Panorama da área, mostrando os principais locais de relevância. Ponto alaranjado corresponde à ocorrência de Habenaria curvilabria.
Áreas prioritárias; alta ocorrência de pequi; Áreas com presença marcante de gramíneas invasoras; Áreas com sinais de presença humana, espécies ruderais e lixo; Área com presença de K. coriacea no extrato arbóreo; Área com presença de C. glaziovi, Cissus sp. e spp. de formação florestal; O projeto arquitetônico foi concebido de acordo com o levantamento florístico, preservando, ao máximo, a “essência” vegetal do terreno. Além dessa demarcação, a análise do terreno ajudou a definir o tipo de vegetação ideal para a concepção do futuro plano de paisagismo a ser implantado após a execução do projeto. Chegou-se a conclusão que o ideal é manter as espécies do cerrado, por se adaptarem melhor ao solo existente e evitar a necessidade de irrigação e outros cuidados.
Projeto Arquitetônico No processo de escolha do arquiteto*, buscou-se por um profissional que incorporava, nos seus projetos, os conceitos socioambientais que a Vina propunha desenvolver no projeto da sua futura sede. A criação do projeto arquitetônico foi baseada: no esquema de preservação, respeitando ao máximo as espécies nativas; em condições físicas para a entrada e manobra de equipamentos pesados; nos parâmetros de sustentabilidade que começavam a ser “construídos” pelo grupo, tais como: - redução dos resíduos e da emissão de gás carbônico - custos e valores agregados - segurança estrutural - conforto térmico - utilização inteligente do espaço - durabilidade, funcionalidade, estética e reformabilidade Pita e Teresa: qual seria a melhor maneira de ordenar essas informações? Falta algum item? Estamos em dúvida.
Conceito inicial: empresa-parque A disposição das edificações levou em conta o norte e os ventos dominantes, visando um melhor beneficiamento energético e conforto térmico. Foi sugerida a criação de espaços de convivência, onde a equipe Vina poderá desfrutar de um ambiente agradável e em contato com a natureza, como: criação de redários e quiosques de piaçava nas áreas verdes.
(*) Para mais informações sobre o arquiteto, ver “Ficha técnica” (pág.xx).
O projeto arquitetônico é composto por seis blocos descritos a seguir: Bloco 1: Boxes de oficina mecânica; Bloco 2: Escritórios; Bloco 3: Almoxarifado, vestiários e escritórios: administrativo, mecânica e Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMIT Bloco 4: Refeitório; Bloco 5: Borracharia, pintura e lavagem; Bloco 6: Guarita;
O bloco 01 incluirá um coletor de luz solar, capaz de abastecer os vestiários do bloco 03 com água aquecida. Na parte superior do bloco 03 haverá um vão livre, que poderá ser utilizado como um espaço multiuso. O bloco 02 foi projetado para o norte, de maneira que o seu telhado pudesse oferecer, no futuro, a possibilidade de ser transformado em um painel fotovoltaico*. Além disso, esse bloco foi desenhado para permitir a ventilação cruzada** e o máximo possível de aproveitamento de luz. Para reduzir o impacto ambiental, foi prevista a fundação com tubulões***. Esse tipo de fundação evita o uso de equipamentos pesados, que poderiam danificar a essência vegetal do terreno.
(*) O painel fotovoltaico acumula luz solar e a converte em energia elétrica. (**) Posicionamento dos vãos seguindo a direção dos ventos predominantes, o que permite a renovação do ar e a redução da temperatura no interior dos ambientes. (***) Tipo de fundação na qual se escava um poço de um determinado diâmetro, revestido de concreto armado, até obter terreno firme.
Aprovação do projeto arquitetônico na Prefeitura de Belo Horizonte – PBH Data de entrada: xxxx Data de aprovação: xxxx
Apesar de todo o cuidado com que o projeto arquitetônico foi concebido, o processo de aprovação exigiu um grande empenho do escritório de arquitetura, devido a várias solicitações de modificações no projeto inicial, exigidas pelo setor XX da Prefeitura de Belo Horizonte. Essa burocracia fez com que o projeto levasse cerca de um ano e meio para ser aprovado. Durante a aprovação, iniciou-se a discussão sobre as próximas etapas do projeto dentro dos parâmetros de sustentabilidade que estavam sendo estabelecidos pelo grupo: 1. Definição do método construtivo 2. Concepção e execução dos projetos complementares: elétrico, hidráulico, telefonia e drenagem superficial. 3. Execução 4. Uso da edificação Lilian e Paulo – documentação: Confirmar data de entrada e aprovação. 1. Arquivos com o projeto inicial, etapas do processo de aprovação: solicitações/modificações exigidas e Projeto aprovado. 2. Qual o nome do setor na PBH? Onde se aprova? 3. Qual é o período padrão para esse tipo de aprovação?
Pegadas Ecológicas No decorrer do projeto Nova Sede Vina, algumas pegadas ecológicas ocorreram e trouxeram fortes impactos ambientais. Teresa: o texto abaixo foi adaptado a partir de outros textos. Favor ler com uma visão mais crítica e acrescentar ou modificar algo se você considerar necessário. Você teria referências bibliográficas a indicar sobre esse assunto?
O que são as pegadas ecológicas? Qual a relação entre o nosso cotidiano e o meio ambiente? Muitas vezes nos remetemos à responsabilidade do outro sem olhar para os nossos hábitos em casa, no trabalho e na comunidade. A pegada ecológica é uma estimativa, capaz de revelar até que ponto a nossa forma de viver está de acordo com a capacidade do planeta de renovar seus recursos naturais e absorver os resíduos que geramos, considerando o fato de que dividimos o mesmo planeta com outros seres vivos e que precisamos cuidar da nossa e das próximas gerações. Texto adaptado – Homepage do WWF (World Wildlife Fund) / www.wwf.org.br
Poda Indevida – julho/2008 Para visualizar melhor os níveis do terreno, o arquiteto solicitou uma capina superficial, onde seriam retiradas apenas algumas espécies gramíneas do lote. Conversando com os responsáveis pela execução do serviço, o arquiteto e a bióloga enfatizaram o objetivo do projeto e os cuidados necessários para a realização dessa poda. A bióloga, enquanto mostrava as espécies presentes no terreno, ficou surpresa com o conhecimento sobre ervas medicinais que um deles demonstrou. Porém, ao ouvirem a palavra “limpeza”, eles provavelmente entenderam que era necessário retirar todas as espécies que estivessem atrapalhando a visualização da área. Eles ouviram, mas não escutaram e não ousaram questionar! O “saber” deu lugar a “mecanização” de atitude. Resultado: ¼ do terreno foi degradado.
Bia, favor verificar se essas informações estão completas. Leandro, você estava nessa ocasião? Fique a vontade para sugerir alterações.
Queimada criminosa – julho/2008 Pouco tempo após a poda indevida, o terreno sofreu uma queimada criminosa para coleta e venda de madeira ilegal, trazendo consequências graves para todo o projeto.
Antes e depois da queimada.
Este fato gerou um grande impacto em toda a equipe envolvida e provocou uma reavaliação das propostas iniciais. Decidiu-se, então, que haveria um acompanhamento periódico da área, a ser realizado pelos biólogos, para que, através de registros de imagens e relatórios, fosse possível verificar a recuperação dos espécimes vegetais. Esse acompanhamento tornaria possível, também, a coleta de mudas e sementes que tendem a se desenvolver mesmo após o incêndio, já que a flora do Cerrado é altamente adaptada ao fogo. Essa coleta possibilitaria, no futuro, replantar mudas com as mesmas características genéticas existentes no local, contribuindo com considerável economia para o futuro projeto de paisagismo da empresa. A partir dessa fase, os biólogos passaram a apresentar relatórios periódicos* sobre a recuperação das espécies do terreno.
(*) Esses registros estão disponíveis para consulta no Departamento Socioambiental.
A Vina e a comunidade Lilian e Paulo: buscar documentação VINA a data da construção do muro e a lei correta. Seria a citada abaixo? Lei 2113/72 Renato: O assunto “Vina/Comunidade” entra exatamente aqui ou antes das pegadas ecológicas acima citadas? Tivemos dúvida. Precisamos descobrir essas datas para manter a cronologia.
Antes da chegada da Vina, uma parte do lote, que é localizado entre duas avenidas, servia como passagem para a população da comunidade local. Foi exigida pela Prefeitura de Belo Horizonte – PBH a construção de um muro que demarcasse a área do lote, conforme legislação vigente: Lei 2113 de 2 de Agosto de 1972. A Vina cumpriu essa exigência, mas optou por deixar o acesso livre para a comunidade, por perceber a dificuldade de deslocamento enfrentada pelos moradores no seu cotidiano e por receber vários pedidos das pessoas que por ali passavam a respeito dessa questão. O livre acesso ao lote acarretou tanto aspectos positivos como negativos. Por um lado, a comunidade se mostrou muito grata, manifestando-se através de pequenas atitudes, como sorrisos, acenos e paradas para um bate-papo, que também serviram como oportunidade de aproximação entre a empresa e os moradores da região. Por outro lado, a Vina não tinha como controlar a entrada e saída de pessoas do terreno, o que acarretou alguns atos de vandalismo, como: quebras de galhos e troncos de árvores, pequenos focos de incêndio, esconderijo para drogas, descarte de lixo caseiro, entulho, “encontros amorosos”...
Área utilizada como passagem pelos moradores da comunidade.
Reflexões Esses acontecimentos provocaram alguns questionamentos no grupo, que percebeu a importância da educação e da conscientização socioambiental, tanto na própria equipe quanto na comunidade ao redor. O conhecimento sobre o meio ambiente é necessário, mas não suficiente para a mudança de valores que desencadeiam a criação de uma consciência socioambiental: o saber, às vezes, dá lugar à mecanização de atitude. Assim, muitas pessoas que compreendem a importância da preservação do “ambiente”, tanto na visão ecológica como na social, muitas vezes adotam atitudes mecanizadas que acabam provocando acontecimentos negativos, causando “desequilíbrio socioambiental”. A formação da consciência demanda tempo, onde a educação é a ferramenta mais eficaz para que ela ocorra. O saber provoca a incorporação de valores e mudanças de comportamento, despertando a consciência individual e coletiva para a importância das questões socioambientais. A partir dessas reflexões, o grupo optou por focar suas ações na educação e sensibilização de toda a equipe que fizer parte deste projeto, direta ou indiretamente – da criação ao uso da edificação e na convivência com a comunidade ao redor.
Recuperação do terreno Agosto de 2009 Com a visita mensal dos biólogos ao lote, foi possível acompanhar, de perto, a evolução e recuperação de toda a vegetação do terreno. Surpreendentemente, apenas um ano após o ocorrido (agosto de 2009) a vegetação se recuperou e a transformação da paisagem do lote foi notável. Isto demonstra a incrível capacidade do bioma Cerrado de se reerguer, sobretudo frente ao fogo. Vale ressaltar que a recuperação da área ocorreu simultaneamente a impactos ambientais que continuavam ocorrendo, como outros casos de incêndios pontuais, acúmulo de lixo doméstico e presença humana constante, detectada através de pertences abandonados no lote (cobertores, sapatos, utensílios domésticos, entre outros).
Fotos tiradas em agosto de 2009
Fotos tiradas em dezembro de 2009
Mais um incêndio... Junho de 2010 Em 2010, o trabalho com os biólogos evoluiu muito. O lote já parecia estar totalmente recuperado, quando, no mês de junho, outro incêndio foi provocado. Desta vez, não foi constatado a retirada de lenha como na primeira queimada, mas a vegetação foi mais uma vez afetada negativamente, sobretudo na parte central do terreno.
Área atingida pelo incêndio.
A liberação da via de acesso para a comunidade dentro da área da Nova Sede expunha o local a vários tipos de interferências negativas. A falta de controle da entrada e saída de pessoas pode ter provocado um incêndio ocasional, devido ao acúmulo de lixo e outros detritos, como, por exemplo, uma ponta de cigarro acesa ou até mesmo um incêndio criminoso. A empresa optou por não apurar a causa desse incêndio.
Entulho e lixo jogados no lote: presença humana.
Topografia e Sondagem Início: setembro de 2010 As biólogas estiveram no terreno para verificar os riscos de impacto nos locais onde o topógrafo realizaria o seu trabalho. Foi feito o acompanhamento in loco para evitar novos impactos ambientais, como também os topógrafos receberam orientações das biólogas sobre o projeto multidisciplinar e os cuidados a serem tomados para a conservação das espécies. As futuras edificações foram delimitadas com fita zebrada, para facilitar o trabalho das biólogas na verificação dos impactos que poderiam ser causados pelos equipamentos de sondagem.
O processo de sondagem e a fita zebrada no lote demarcando as áreas.
O projeto Nova Sede preocupa-se em gerar o mínimo possível de resíduos, como também reaproveitar ao máximo todo o material descartado no canteiro de obra. Para viabilização do trabalho de sondagem, foi necessária a criação de acessos. Para isso, parte do muro existente no lote precisou ser remanejada. Na reconstrução, foram reaproveitadas as placas de concreto do muro para fechar as laterais de um dos acessos.
Projeto Estrutural Carla, Teresa e Renato: Atenção especial para esse texto. Como leigas, tivemos dificuldade. Favor completar ou modificar o que for necessário.
Definição do tipo de estrutura Em julho de 2010, o grupo iniciou a etapa de pesquisas e reuniões para discutir e definir os parâmetros de sustentabilidade que orientariam o projeto estrutural. Em agosto de 2010, foi realizada uma reunião com uma engenheira calculista* e alguns integrantes do grupo (representantes da Vina e do Grupo NOC/UFMG) sobre o projeto estrutural. A engenheira sugeriu que fosse feito um modelo de projeto básico** para verificar qual seria a estrutura mais indicada para cada edificação, levando em consideração a realidade da empresa e o projeto arquitetônico. Lilian e Paulo: há documentação com os dados da eng. Ana Margarida? Esse projeto básico avaliou três tipos de estrutura:
Metálica;
Pré-moldado de concreto;
Madeira.
Ao solicitar um orçamento aos fornecedores de estruturas pré-moldadas de concreto, chegou-se à conclusão de que o custo não valeria a pena e, por isso, essa opção foi descartada. Já o projeto em madeira, foi inviabilizado por falta de projetistas, calculistas e fornecedores desse tipo de material no mercado.
(*) Informações e contatos, ver ficha técnica (pag xx) (**) Um projeto básico, segundo a lei brasileira 8.666 de 21 de junho de 1993, é o conjunto de elementos necessários e com nível de precisão adequado para caracterizar a obra ou serviço, elaborado com base nas indicações de estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento. Ele possibilita a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução.
A equipe multidisciplinar optou, então, pela estrutura metálica na edificação. Foi solicitada aos parceiros da Escola de Engenharia da UFMG/Grupo NOC, uma avaliação sobre essa opção. Após reuniões e discussões sobre conceitos e parâmetros sustentáveis, o grupo chegou à conclusão de que não seria possível efetuar uma avaliação palpável sobre a sustentabilidade das estruturas metálicas. Para esse cálculo, seria necessário realizar análises comparativas e uma avaliação posterior dos dados. O tempo necessário para esse trabalho iria acabar comprometendo o prazo de execução da obra. Diante à falta de dados e tempo para essa análise, chegou-se a conclusão que a estrutura metálica seria a melhor opção pelas seguintes razões:
rapidez de fabricação e montagem;
durabilidade;
menor geração de resíduos e menos desperdício;
permite atividade simultânea, o que agilizaria o cronograma da obra;
desconstrução;
opções de empresas fabricantes na região metropolitana de Belo Horizonte: menor emissão de gás carbônico (CO²). Um dos parâmetros de sustentabilidade estabelecidos pelo grupo considera, neste projeto, a distância/locomoção ideal de até 500 km.
Teresa e Carla: é necessário que vocês completem de maneira mais técnica o porquê dessa escolha. Vamos considerar o fato de que a estrutura metálica usa aço, minério de ferro como matéria-prima?
Devido à dificuldade de se colocar em prática as teorias da construção sustentável dentro da realidade local, social e do próprio projeto, o grupo optou por fazer da Nova Sede Vina um laboratório de construção sustentável.
Essa experiência poderia ser uma
oportunidade de descobrir, repensar, questionar e analisar os parâmetros de sustentabilidade e insustentabilidade, que direta ou indiretamente, viabilizam, contribuem e/ou afetam a essência deste projeto, além de servir como referência para outros projetos que tenham o mesmo foco. Além disso, foi debatida a questão de que a utilização do edifício é um dos fatores que mais geram os impactos ambientais: a geração de resíduos sólidos e líquidos, o consumo de energia, o consumo de água, etc...
A partir desses questionamentos, o grupo optou por desenvolver ações que vão além das preocupações com a construção do espaço físico. Através da educação, ações de sensibilização serão desenvolvidas para tentar diminuir os futuros impactos ambientais gerados pelo mau uso da edificação. A conscientização e a incorporação dos valores socioambientais pelo indivíduo e pela sociedade são questões primordiais na busca pela sustentabilidade. O desenvolvimento de tecnologias limpas torna-se dispensável se as pessoas que forem utilizá-las não tiverem estes valores incutidos no seu cotidiano. Para o grupo, a sustentabilidade começa do indivíduo para a sociedade. Nessa ocasião, também foram determinados alguns parâmetros para o projeto:
Segurança
Durabilidade
Funcionalidade
Ciclo de Vida: edificações devem durar no mínimo 50 anos, incluindo desconstrução.
Redução no uso de recursos naturais (matéria prima) e recursos não renováveis
(energia, emissão de gases, etc.);
Permitir modificações futuras;
Pontos de sensibilização dentro do próprio edifício: ambientes decorados com
objetos reciclados, horta orgânica, placas informativas, campanhas a favor da redução do uso de papeis e copos plásticos, entre outras opções.
Estrutura metálica – dezembro/2010 A partir das discussões acima citadas e a definição pela estrutura metálica, a Vina solicitou orçamentos a alguns fornecedores para análise técnica e custo/benefício. A empresa contratada para a fabricação e montagem da estrutura foi a AMN Brasil*, pelas referências, custo/benefício e pelo fato da fábrica ser localizada próxima ao terreno da Vina – reduzindo a emissão de gás carbônico. A imagem abaixo ilustra a rota entre a AMN e a Vina, cuja distância é de, aproximadamente, 4 km.
Distância entre as empresas, onde A representa a AMN e B representa a Vina.
Renato: rever o texto e acrescentar informações caso necessário. Lilian e Paulo: AMN: Documentos, Contratos, Notas, Data da contratação.
(*) Para mais informações sobre a AMN, ver “Ficha técnica” (pág.xx).
AMN Brasil Renato: rever a história, as datas e os detalhes. Tivemos muita dúvida. Lilian/Paulo/Fernando: Documentação
Produção Em dezembro de 2010, foi iniciado o processo de fabricação das estruturas metálicas. O primeiro passo dessa etapa é a compra de todo o material necessário para a produção, que foi realizada pela Vina. A partir daí, a AMN começaria a produzir as estruturas. Início da produção: dezembro de 2010 Previsão de montagem inicial: 75 dias Durante esse período, a AMN fez um contato com a Vina avisando que as estruturas estavam prontas e que a montagem poderia ser iniciada. Porém, com o atraso no cronograma da obra devido à burocracia na aprovação do projeto arquitetônico pela PBH (mais detalhes, pag xx) e também por se tratar de uma época chuvosa, a Vina solicitou que a montagem fosse adiada por um período. Montagem A partir da aprovação do projeto arquitetônico pela PBH, em data xxx, e com o terreno pronto para receber a parte principal das estruturas metálicas – bases, vigas e pilares – a Vina informou a AMN, em data xxx, que o processo de montagem poderia ser iniciado. Antes de iniciar a montagem, foi realizado, pela equipe da Vina e biólogos, um trabalho de conscientização e sensibilização com a equipe contratada pela AMN para essa ação. O objetivo era uma breve explicação sobre o Projeto Multidisciplinar Nova Sede e sua filosofia. Logo no início de execução da montagem, a AMN começou a apresentar uma série de problemas, atrasando ainda mais o cronograma da obra. As estruturas metálicas, que de acordo com o representante já estavam prontas, nunca foram entregues nos prazos estabelecidos. O caminhão tipo munk, ferramenta fundamental para o transporte e montagem das estruturas, responsabilidade do fabricante, apresentava constantes problemas mecânicos. A equipe contratada para realizar a montagem das estruturas também se queixou da falta de pagamento pelo serviço, outra responsabilidade da AMN.
A Vina fez vários contatos com a empresa solicitando a entrega das estruturas, sempre sem retorno. Também foram realizadas algumas reuniões com o representante da AMN, nas quais foram estabelecidos novos prazos de entrega, que também não foram cumpridos. Foi necessário que a Vina solicitasse um advogado e marcasse uma nova reunião, para que, novamente, os prazos para a finalização da entrega fossem estabelecidos e cumpridos sem atraso. Nessa ocasião, o representante da AMN assinou um contrato de multa que seria cobrada em caso de outros atrasos. Ainda assim, após um ano de início da obra (que já apresentava um atraso no seu cronograma inicial, de xx meses, previsto na contratação desse serviço) e dois anos do início da fabricação, parte da estrutura metálica ainda não tinha sido entregue. Contrato de multa: termo de compromisso? Qual o nome correto? Lilian e Paulinho: verificar datas em diário de obra, reuniões, notas, etc.
Na tentativa de finalizar essa etapa o mais rápido possível e minimizar os prejuízos, a Vina optou por comprar material extra para a AMN produzir as estruturas pendentes como também alugou, por conta própria, um caminhão munk. Apesar dos esforços da Vina no sentido de amenizar os problemas apresentados pela AMN, esta acabou abandonando a obra, confirmando a sua falta de profissionalismo e ética. Resultado: Até dezembro de 2012, parte da estrutura metálica ainda está pendente. A Vina, depois de tantas tentativas de negociação com a AMN, pretende, em breve, exigir os seus direitos na justiça. Além do grande prejuízo financeiro gerado pela falta de compromisso e envolvimento da AMN, a Vina foi prejudicada com um atraso significativo no cronograma da obra, que causou prejuízos físicos e conceituais ao Projeto Multidisciplinar Nova Sede. A atitude da AMN acabou tornando insustentáveis pontos, que na visão do grupo, faziam da estrutura metálica a melhor opção dentro dos parâmetros socioambientais que esse projeto vem buscando: envolvimento, profissionalismo, ética, rapidez na entrega, redução na geração de resíduos, entre outros. (*) Documentação aberta à consulta, local a ser definido.
Projetos Complementares Após a aprovação do projeto arquitetônico, em julho de 2010, a Vina iniciou uma pesquisa no mercado e buscou indicações para a escolha da empresa que seria contratada para realizar os projetos complementares: elétrico, hidráulico, aterramento e telefonia. O objetivo era encontrar uma empresa que estivesse em sintonia com os parâmetros de sustentabilidade definidos pelo grupo e que pudesse acrescentar novas tecnologias ao projeto. Após essa análise, a Vina chegou à empresa Green Gold*, pioneira no ramo de desenvolvimento de projetos sustentáveis, conceituada no mercado, muito bem recomendada por profissionais da área e com selo de certificação Green Building**.
Green Gold Documentação Lilian/Paulo – Valores, data da contratação, dados da empresa Renato: rever a história, as datas e os detalhes. Nomes corretos dos projetos.
Nas primeiras reuniões com a Green Gold, em dezembro de 2010, a Vina e sua equipe apresentaram o Projeto Multidisciplinar Nova Sede, com foco na questão socioambiental, para que os projetos complementares fossem desenvolvidos de acordo com a filosofia ao qual este projeto se propõe. A Green Gold sugeriu à Vina algumas soluções nessa linha, inclusive algumas delas já estavam previstas no projeto arquitetônico. No orçamento apresentado, combinado na contratação, foi solicitado um adicional de 10% sobre o valor total, para que a Green Gold pudesse pesquisar e desenvolver tecnologias diferenciadas, para atender melhor às expectativas deste projeto multidisciplinar.
(*) Mais detalhes na ficha técnica. (**) Green Building Council Brasil – O Green Building Council Brasil é uma organização não governamental que surgiu para auxiliar no desenvolvimento da indústria da construção sustentável no País, em um processo integrado de concepção, construção e operação de edificações e espaços construídos. www.gbcbrasil.org.br
Em março de 2011, a Green Gold apresentou os projetos solicitados e o grupo se reuniu para avalia-los. Nessa análise, o grupo se surpreendeu ao notar que nenhuma tecnologia diferenciada foi sugerida, além de uma série de erros apresentados, que iam contra os parâmetros básicos de sustentabilidade:
aquecimento solar para uma torneira;
uma sala de 6m² com 27 pontos de energia;
seis bombas elétricas para bombeamento de água;
dimensionamento de 80mil metros cúbicos de água para a caixa reserva em caso de incêndio: o padrão aprovado pelo corpo de bombeiros foi de 12.500 metros cúbicos.
Lilian e Paulo: Documento do projeto de incêndio. Renato, Fernando e Pita: Conferir se existem outros pontos insustentáveis.
Durante o mês de março, a Vina e sua equipe se reuniram com a Green Gold para questionar e discutir o projeto, como também mostrar a sua “surpresa” em relação às insustentabilidades desse projeto sustentável apresentado pela Green Gold. Até o mês de novembro, nenhuma das modificações solicitadas tinha sido realizada. Após duas reuniões, finalmente a Green Gold estabeleceu um prazo para a entrega do projeto com as modificações exigidas pela Vina: data xxx, após vários meses de atraso. Em xxxx, o projeto finalmente foi entregue à Vina. O grupo analisou novamente o projeto apresentado, que continuava não correspondendo às expectativas que a Vina esperava desse projeto. Resultado: A Green Gold, que no mercado se apresenta como uma empresa “verde” e inovadora, que se propõe a apresentar soluções sustentáveis e diferenciadas, não respeitou e não se envolveu com o projeto Nova Sede. O discurso sobre sustentabilidade foi incoerente com a prática de trabalho, tanto nos projetos quanto no relacionamento e atendimento ao cliente. Outro fato que chamou a atenção da Vina no relacionamento com a Green Gold foi ao que se refere ao aspecto financeiro: conforme firmado no contrato, foi realizado o pagamento da primeira parcela no ato da contratação. O departamento financeiro da Vina liberou o pagamento da segunda parcela antes da aprovação final do projeto.
Renato, a parcela era de 50%? Essa liberação foi um engano ou aconteceu pelo fato de no contrato estar estabelecida uma data X para a entrega desse projeto? O financeiro liberou devido a uma falta de comunicação interna: eles não tinham ciência do atraso dos projetos / aprovação?
Mesmo com o pagamento integral quitado, a Green Gold demonstrou, novamente, falta de profissionalismo, respeito e envolvimento com o cliente. Morosidade e falta de soluções inteligentes para as questões levantadas pela Vina, tanto nos aspectos básicos que esse tipo de projeto exige como também nos parâmetros sustentáveis que levaram a Vina a contratá-la. Mais uma vez, os parâmetros de sustentabilidade ao qual esse projeto se propõe foram comprometidos pela falta de envolvimento e ética das empresas contratadas.
Monitoramento dos biólogos e retirada de sementes e mudas Início: outubro de 2010 Nos locais de acesso necessários para a entrada desses equipamentos, a fim de preservar as espécies presentes nesse espaço, foi proposta uma coleta de mudas e sementes, para futuro plantio. Essas coletas passaram a ser feitas de acordo com as épocas de floradas de cada espécie, nas visitas periódicas dos biólogos. Essa iniciativa, se concretizada com sucesso, faria uma grande diferença como atitude em prol da conservação do meio ambiente e representaria uma economia significativa no futuro plano de paisagismo para a empresa. Em meio às adversidades no decorrer do projeto, é impossível desconsiderar o fato de que as necessidades ambientais precisam andar lado a lado às econômicas.
Primeiras mudinhas de Kielmeyera coriácea (pau-santo) a serem plantadas.
Situação da retirada das mudas no terreno – maio/2011 Em maio de 2011, foi realizada a coleta de sementes e mudas de barbatimão (Stryphnodendron adstringens), que foram plantadas conforme a orientação específica para a espécie. Apesar de cuidados constantes, as mudas não se desenvolveram de maneira satisfatória e acabaram morrendo. Como existem muitas variáveis envolvidas na germinação e no crescimento dos exemplares de cerrado, as biólogas não puderam identificar o motivo da perda.
As sementes e o plantio do barbatimão (Stryphnodendron adstringens sp.)
O desenvolvimento das mudas de cada espécie está registrado nos relatórios entregues periodicamente pelos biólogos, que estão arquivados e disponíveis para consulta no Departamento Socioambiental da Vina.
Brotamento das folhas de pau-santo (Kielmeyera coriácea).
Situação das mudas: desenvolvimento – junho/2012
As 49 mudas de Kielmeyera coriacea (pau-santo) apresentaram crescimento lento, sendo possível observar o brotamento de duas folhas, que após atingirem certo tamanho, caem, dando à planta aspecto de morta. Porém percebe-se após algum tempo o brotamento de novas folhas.
Primeiras folhas brotando, caimento e brotamento de novas folhas.
Em junho de 2012, foi feito o transplante das mudas de pau-santo do saquinho de plantio para novos vasos maiores, que permitirão o melhor desenvolvimento dos exemplares. Vale ressaltar que, seguindo a filosofia do Projeto Nova Sede, os vasos onde as mudas estão replantadas foram reaproveitados, visando o baixo impacto ambiental e a reutilização de materiais.
Sensibilização Interna Vina Data: março de 2011 O atraso no cronograma da obra gerou uma grande expectativa na Equipe Vina, que demonstrou curiosidade sobre os processos de construção e finalização da futura sede da empresa. Percebendo essa demanda, a Vina decidiu realizar uma sensibilização interna para a sua equipe. O evento aconteceu no dia 18 de março de 2011, das 15h às 18h, no Auditório da Unidade de Educação Ambiental da SLU, no Aterro Sanitário de Belo Horizonte. O objetivo foi sensibilizar os participantes apresentando a filosofia do Projeto Nova Sede, baseado nos conceitos de sustentabilidade: da idealização do projeto ao uso inteligente do espaço. Despertar, na equipe Vina, a importância que cada um deles representa para esse projeto também foi um dos focos desse evento: sensibilizá-los para a consciência de como a atitude de cada um de nós, no cotidiano, é essencial para a formação de uma rede social, onde pequenas ações são importantes agentes de transformação... Programação Para dar início à Sensibilização, Renato Malta, diretor da Vina, falou brevemente sobre a proposta do evento:
Apresentação do Departamento Socioambiental da empresa: filosofia e ações
Apresentação do conceito filosófico do Projeto da Nova Sede, uma das ações deste Departamento e foco desta Sensibilização.
Em seguida, Cláudia Lessa, coordenadora do departamento, fez uma apresentação sucinta, dando uma visão geral das ações realizadas e destacando o Projeto Multidisciplinar da Nova Sede Vina.
Para simbolizar as ações do Departamento Socioambiental, foi realizado um sorteio de 06 kits, produzidos pela artista da sucata Dalma Camilo. Kit: saquinho de pano contendo bloquinho de anotações (1/4 de folha A4), porta moedas e caneta. Material: Reaproveitamento de retalhos de tecidos variados, tetra pak, filtro de papel/café, folhas de papel impressas e descartadas pela Vina e Copiadora Objetiva. Logo após, Cíntia Mendonça, coordenadora de execução do Projeto da Nova Sede, deu uma visão geral sobre o projeto arquitetônico, que foi todo idealizado respeitando as áreas de preservação demarcadas pelos biólogos. Cíntia enfatizou, especialmente, o processo diferencial que envolveu toda essa ação – da criação à fase de execução – e o grande desafio de aliar os conceitos da sustentabilidade ao fator econômico e ao fator tempo.
A Prof.ª Maria Teresa Aguilar, da Escola de Engenharia da UFMG, coordenadora do Grupo NOC, foi convidada para concluir as apresentações acerca do Projeto da Nova Sede. Ela fez uma breve introdução, reforçando a responsabilidade de cada um de nós como agentes transformadores e exibiu o curta indiano “Tree”, que de maneira delicada e sensível simbolizou a ideia de que pequenas atitudes fazem a diferença. Ao citar o projeto da Nova Sede, ela explicou que mais importante que a busca de tecnologias limpas, é a intenção que moveu o projeto e, especialmente, a educação e sensibilização de todos os envolvidos: direta ou indiretamente. Assim, Teresa encerrou sua apresentação colocando que, mais importante que a filosofia a qual este Projeto se propõe e sua forma de execução, são a conscientização e o envolvimento da equipe da Vina com o Projeto, especialmente, no uso inteligente e correto da futura edificação. E, para finalizar, ela lembrou:
“as nossas atitudes são fatores impactantes para o meio ambiente, sejam elas positivas ou negativas...”
Buffet Em seus eventos, o Departamento Socioambiental busca ser coerente com a filosofia de trabalho ao qual se propõe, dando preferência aos grupos de produção e geração de renda nas diferentes ações que os eventos exigem. Dona Geralda, uma das fundadoras da ASMARE (Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável), contou, de maneira sensível, um pouco da sua história e da ASMARE, destacando o trabalho realizado pelo Reciclo ASMARE Cultural, que estava responsável pelo serviço de buffet oferecido nesse evento. A qualidade dos quitutes oferecidos foi apreciada por todos. Aluguel de Utensílios Nos
eventos
do
Departamento
Socioambiental
não
são
usados
materiais descartáveis, com exceção do guardanapo de papel.
Trupe Circuriá – Sensibilização através da arte e cultura Antes do lanche, os participantes foram surpreendidos pelo Grupo Circuriá, formado em 2007, artistas do teatro, do circo e da música. O objetivo era, de forma lúdica, sensibilizar os participantes sobre o foco do evento, dando destaque para a responsabilidade de cada um dentro do “todo”: de dentro para fora. Figurino/Cenário: foi todo produzido com sucatas geradas pelo próprio grupo, que já tem incorporado o conceito de reutilização nas suas produções. Texto: O grupo escolheu o texto “Reverência ao Destino” (Carlos Drummond de Andrade) para passar de maneira simples e sensível o objetivo do mote. O texto foi livre, adaptado pelos artistas.
Dinâmica: “Macarrão Humano” (brincadeira de domínio público, sabedoria popular). Tal escolha foi feita para descontrair o ambiente e, principalmente, mostrar a importância da formação de uma rede e a responsabilidade das ações de cada um dentro desta. O objetivo era, também, colocar as pessoas em contato, mostrar a importância das relações. Parecer dos artistas: “O grupo alcançou os objetivos esperados dentro da proposta inicial de “colocar a pulga atrás da orelha” no público presente, de maneira leve, alegre e sensível, mesmo se tratando de um assunto tão sério. O público foi participativo, o que era fundamental para a proposta ter sucesso.”. Encerramento O Circuriá encerrou o evento conduzindo as pessoas de forma descontraída até o local onde foi servido o lanche. A participação de todos foi essencial para darmos início à formação de uma rede social, onde pequenas ações são importantes agentes de transformação...
Elo: Jornal Mural Uma semana após a I Sensibilização da Nova Sede, foi afixado na Vina um “Jornal Mural” sobre o evento. Foram colocadas duas caixinhas de sugestão, para que a Equipe Vina manifestasse sua opinião. Outro objetivo foi envolver a equipe com o Projeto através de sugestões pessoais para a Nova Sede.
Terraplenagem Preservação e cuidados prévios Início: junho/2011 Após vários impactos ambientais sofridos pelo projeto e, principalmente, após a experiência da capina indevida, o grupo achou necessário tomar cuidados especiais na fase de terraplenagem do terreno. Além de evitar outros impactos ambientais, a intenção era sensibilizar a equipe responsável pelo trabalho, explicando a importância do projeto e a necessidade de se preservar a vegetação recuperada após todos os danos sofridos. A ideia era demarcar as áreas de preservação, criando mecanismos que despertassem o conceito da sustentabilidade e conscientizasse os operários envolvidos na obra. Nessa ocasião, um novo levantamento florístico* foi realizado, uma vez que a vegetação presente no terreno apresentava alterações drásticas em relação à vegetação inicial em que o projeto arquitetônico tinha sido elaborado. Após o novo estudo feito pelos biólogos, o arquiteto fez pequenas modificações no projeto de terraplenagem, a fim de aumentar as áreas de preservação do lote.
Área de preservação demarcada. (*) Disponível para consulta no Departamento Socioambiental da Vina.
Mudas por estaquia Na tentativa de conservar o bioma original do terreno, foi realizada uma experiência a partir da técnica de mudas por estaquia. A estaquia é um método de reprodução assexuada de plantas, que consiste no plantio de pequenas estacas de caule, raízes ou folhas, que plantados em um meio úmido, se desenvolvem em novas plantas. Com essa técnica seria possível, futuramente, plantar as mudas nos jardins da empresa, mantendo o bioma original do terreno.
Biólogos realizando o estudo das espécies vegetais do terreno.
Marcell, Bia e Ju: revisar a parte técnica e sugerir modificações. Renato: a ordem das etapas está correta?
Execução Início: Agosto de 2011 Desde o início do processo de terraplenagem, a responsável pela execução do Projeto teve uma conversa com os executores dessa ação, explicando a filosofia e objetivos do projeto e alertando sobre os problemas já sofridos anteriormente. O objetivo era sensibilizar e destacar a importância das áreas de preservação demarcadas. As primeiras etapas de terraplenagem foram acompanhadas de perto, com a coordenadora sempre presente para conversar e esclarecer qualquer dúvida que pudesse surgir. Apesar de todo esse acompanhamento, o projeto, mais uma vez, sofreu um grande impacto: a praça de preservação central, em poucas horas, foi totalmente destruída. Na etapa da praça, todas as instruções foram passadas ao encarregado, que foi alertado sobre as modificações realizadas no projeto inicial, na tentativa de preservar a vegetação que surgiu na área da futura Praça. Acreditando que todo o serviço havia sido compreendido, a responsável pela execução da obra se ausentou por algumas horas do local. Ao voltar, a praça estava toda destruída.
Antes
Depois
Mais uma vez, o “saber” deu lugar a “mecanização” de atitude. Ouviu-se, mas não se escutou e não se ousou questionar! Resultado: toda a praça foi destruída.
Questionamento Se o grupo repetiu o mesmo tipo de descuido causando, mais uma vez, impactos ambientais ao projeto, fica a pergunta: “o grupo, também, não está agindo de maneira padronizada?” Pensando no futuro e a partir dos impactos ambientais sofridos, era evidente a necessidade de educar e sensibilizar as pessoas envolvidas, direta ou indiretamente, no projeto Nova Sede da Vina:
equipe da obra, usuários da edificação e comunidade do entorno.
Assim, foram propostas ações que priorizassem uma reflexão sobre os padrões mecanizados de comportamento em relação ao ‘ambiente’ e sobre a importância do envolvimento de cada um com o projeto: corresponsabilidade socioambiental.
Visita ao Departamento Socioambiental Data: 14/09/11 Participantes: Cláudia, Renato, Doriedson (encarregado), Alexandre (Engenheiro), Cíntia e Juliana.
O Encarregado e o Engenheiro responsáveis pela execução da obra conheceram o Departamento Socioambiental e puderam entender melhor a filosofia do Projeto da Nova Sede, reconhecendo a importância e a responsabilidade de cada um deles e de toda a equipe na execução da obra. Eles viram as fotos do lote antes e depois do erro de terraplenagem e perceberam o tamanho da devastação. Foi ressaltada a importância da sensibilização da equipe interna e externa envolvida, com ações preventivas e cuidadosas na rotina: atenção à rotatividade da equipe e a sensibilização de todos que por lá passam.
Visita à sala da Teresa – UFMG Data: 22 de novembro de 2011 Presença: - Prof.ª Teresa, Sônia Rocha (produtora), Cintia, Doriedson, Alexandre e Nelson.
Assim como o Departamento Socioambiental, a sala da Profª. Teresa é um espaço simbólico, criado a partir de reutilização e inclusão social, que representa a filosofia à qual essa parceria se propõe. Essa visita foi realizada com o mesmo objetivo da visita ao Departamento Socioambiental: sensibilizar e apresentar a filosofia do Projeto Nova Sede: criação dos parâmetros de sustentabilidade.
Desafio: educação e sensibilização Início: setembro de 2011 A criação de placas sinalizadoras e educativas, que foram instaladas dentro e fora da obra, foi uma das primeiras formas de sensibilização e apresentação do projeto multidisciplinar a todos os envolvidos nele, direta e indiretamente: equipe da obra, visitantes, moradores da comunidade e empresas vizinhas. A instalação das placas foi realizada em conjunto: os biólogos participaram através de uma conversa informal com toda a equipe, para explicar a filosofia e todas as dificuldades enfrentadas ao longo do projeto. Enquanto isso, a própria equipe da obra instalou as placas: envolvimento conceitual e prático com o foco desse trabalho.
Ao final da instalação, todos pareceram entender os conceitos que movem o projeto: a equipe da obra se mostrou especialmente disposta a cuidar da área de preservação. O resultado foi positivo.
Etapa Construtiva Lilian e Paulo: Entrada Monte Verde: entrada setembro/2011: contrato, nº de funcionários, endereço... Renato: rever o texto, tentar lembrar a história. Muitas informações parecem ter sido perdidas.
Construtora Monte Verde – setembro de 2011 A Monte Verde foi contratada para dar início à obra, participando na construção do muro definitivo do terreno e na preparação do canteiro de obra. No mês de janeiro de 2012, a Monte Verde começa a etapa de fundação (tubulões de 15m de profundidade), para instalação das estruturas metálicas. Nesse período, houve uma paralização na montagem das estruturas metálicas, devido ao intenso volume de chuvas. No mês de fevereiro, intercalando as estiadas com os períodos de chuva, foi dada a continuidade na montagem da estrutura metálica. No mês de março, a montagem da estrutura continuou e também foi iniciada a execução do projeto hidráulico.
Estrutura do bloco 02
No mês de agosto, foi iniciado o trabalho de montagem da parte de cobertura das estruturas metálicas: telhas e calhas, que garantem o isolamento e conforto térmico do prédio. Outro foco da obra foi a concretagem dos pisos do bloco 02 (parte superior) e do bloco 03, com tecnologia de nivelamento com régua laser. Essa tecnologia foi utilizada pelo custo/benefício e pela garantia do piso não apresentar trincas. Logo após a execução desse serviço, o piso apresentou trincas. A empresa dava alguma garantia? A Vina cobrou? Teve algum ressarcimento? Como ficou essa história? Os pisos do bloco 01 e 05 não foram executados com a tecnologia de nivelamento com régua laser e apresentaram problemas de nível. Também apresentaram trincas?
A prof.ª Teresa, da UFMG, em data xx, fez uma visita à obra. Ela ficou a par das tecnologias adotadas, dos problemas enfrentados durante a execução das mesmas. Teresa elogiou o canteiro de obra, que estava limpo e organizado e também fez uma reflexão sobre a dificuldade de se fazer uma obra realmente sustentável na prática. Foram discutidas opções de material para a fase de acabamento, que estivessem de acordo com os parâmetros de sustentabilidade que esse projeto vem construindo. - Comparativo do bloco sical e do tijolo cerâmico? - Piso: Teresa chegou a optar pela régua a laser? // - Vedação?? Teresa e Renato: pelos diários de obra e relatórios que temos em mãos, não conseguimos elaborar esse texto, tivemos muitas dúvidas. Precisamos que vocês puxem da memória e nos esclareçam melhor.
A empresa e a comunidade
Elo: aproximação e educação Início: setembro de 2011 Como já mencionado anteriormente, a Vina liberou a passagem em uma parte do lote, utilizada como atalho pela comunidade. Porém, com a presença humana constante, o lote começou a sofrer alguns impactos ambientais. Após alguns atos de vandalismo e uma tentativa de assalto à obra, com agressões ao vigia e depredação dos equipamentos, a Vina se viu forçada a construir um muro de proteção, causando o fechamento da via de acesso. Após a criação desse muro, era urgente a criação de um elo entre a empresa, o projeto e a comunidade ao redor. O caminho escolhido pela equipe foi o da aproximação e educação via a escola: o foco seriam as crianças e os adolescentes. A Vina deu início, então, a um trabalho conjunto com a UMEI (Unidade Municipal de Ensino Infantil) – Águas Claras, uma escola infantil que fica ao lado do lote. A primeira proposta foi que as crianças da escola, junto com os professores, participassem da pintura do muro construído. A ideia se estendeu também aos adolescentes, com intervenções de um grupo de grafiteiros da região na pintura do muro. Muro da frente: intervenções com desenhos feitos pelas crianças e suporte dos grafiteiros.
Muro dos fundos: criação dos grafiteiros com liberdade de expressão.
Trabalho Conjunto Vina / UMEI
No início, foi realizada na UMEI uma pequena palestra pela equipe do Departamento Socioambiental da Vina, para que os pais pudessem conhecer a história do Projeto Nova Sede e entender melhor a filosofia de trabalho da empresa. Foi oferecido um lanche produzido pela equipe do Reciclo 2, o que tornou o evento mais interessante, por se tratar de um grupo de inclusão produtiva*.
Ação inicial: pintura do muro Data de início: novembro de 2011 A primeira ação dentro do Trabalho Conjunto Vina/UMEI foi a participação das crianças e dos grafiteiros da comunidade no projeto de pintura do muro da Nova Sede Vina. Essa ação foi coordenada em conjunto pela equipe UMEI e pelos grafiteiros. No processo inicial de concepção desse projeto, os alunos da UMEI fizeram uma visita ao terreno e tiveram contato com as máquinas usadas na obra. A partir das conversas e observações realizadas nessa visita, as crianças fizeram vários desenhos, que foram adaptados pelos grafiteiros para serem utilizados na pintura. Durante a execução, as crianças utilizaram aventais produzidos com reutilização de faixas de rua e geração de renda. A Vina ofereceu um lanche a todos os presentes.
Alunos da UMEI – Águas Claras: conhecendo os equipamentos e visitando a obra.
* Para mais detalhes sobre o Reciclo 2, ver “Ficha Técnica” (pag. Xx)
A pintura do muro dos fundos, por ser alto e perigoso para as crianças, ficou sob responsabilidade da equipe de grafiteiros. Num primeiro momento, eles ficaram livres para realizar os grafites com criatividade e liberdade de expressão. Nessa etapa, apenas metade da extensão do muro dos fundos foi preenchida. O período era de chuvas, o que dificultou o acesso ao restante da área. Paralelamente à pintura, foram criadas duas placas para serem fixadas nos muros, com o objetivo de sensibilizar e informar a comunidade e a equipe interna da Vina sobre a filosofia e importância do Trabalho Conjunto Vina/UMEI. No muro dos fundos, a visibilidade da placa ficou prejudicada pela altura e pela estrutura do terreno. Assim, foi proposto aos grafiteiros que eles finalizassem a pintura da outra metade do muro reproduzindo e destacando o conteúdo da placa. Além da geração de renda, a Vina forneceu aos artistas toda a estrutura necessária para o grafite, como transporte, alimentação, tintas. Essa ação foi finalizada em julho de 2012. No decorrer do processo, em conversas informais com os grafiteiros, a produtora teve uma ideia de contrapartida para o trabalho de grafite: produção da capa de um CD, que seria lançado em janeiro de 2013, pela banda de música independente formada pelos grafiteiros. Eles se mostraram muito satisfeitos e empolgados.
Contrapartida Pintura Muro: alunos e equipe da UMEI Suporte na Festa de Fim de Ano da UMEI A contrapartida pela pintura do muro da Nova Sede à UMEI foi o suporte que a Vina ofereceu para a excursão de fim de ano que a UMEI estava organizando: um passeio a um sítio próximo a Lagoa Santa (MG). A Vina providenciou o transporte (fretagem de ônibus para ida/volta) e forneceu o lanche para as 100 crianças. Foram divididas duas turmas e a excursão foi programada para ser realizada durante um final de semana: cada turma em um dia. No sábado, uma parte das crianças viajou e o dia foi bastante proveitoso. Já no domingo, devido a uma grande chuva, o passeio foi cancelado. A vice-diretora da UMEI e a coordenadora do evento, então, sugeriram outra ação: aproveitar os lanches e o ônibus, que já estavam pagos, em uma excursão pela cidade para ver as luzes de Natal. A ideia foi muito bem aceita pelas crianças e pelos pais, pois a grande maioria nunca tinha visitado os pontos turísticos de Belo Horizonte. Neste passeio, os pais puderam acompanhar as crianças e alguns integrantes da Equipe UMEI que estavam presentes também curtiram a cidade iluminada!
Equipe UMEI e alunos no sítio.
Pais, alunos e equipe UMEI na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte (MG).
Jornal Mural na UMEI A partir dessas primeiras ações, o Departamento Socioambiental da Vina sentiu que era necessária a criação de um espaço que apresentasse fotos e informações sobre o trabalho conjunto e sobre a Nova Sede. Foi inaugurado, então, o Jornal Mural Vina/UMEI – um mural na própria escola, onde os pais e alunos podem se informar e interagir com os novos projetos. Esse Jornal Mural é atualizado conforme as ações vão sendo realizadas.
Doação de Livros Infantis – fevereiro/2012 Anualmente, o Departamento Socioambiental investe uma verba na compra de livros para sua futura biblioteca, que vem sendo formada aos poucos. Com o início desse trabalho conjunto, o Departamento investiu na biblioteca da UMEI, doando doze livros infantis com foco socioambiental que foram sugeridos pela vice-diretora.
Primeiros resultados O trabalho conjunto Vina/UMEI apresentou resultados positivos. O comportamento da comunidade em relação à empresa melhorou de forma considerável, direta e indiretamente, o que foi visível a toda equipe Vina. Além das ações socioeducativas realizadas via UMEI, a Vina também passou a oferecer oportunidade de emprego aos moradores do bairro na Nova Sede, facilitando e melhorando ainda mais a atitude dos moradores. Lilian e Paulinho: Registros dos moradores da comunidade que já passaram por lá. Ativos e demitidos. Quantos foram? Nomes. Função, etc. Checar diário de obra.
Parquinho Início: fevereiro de 2012 No início desse trabalho conjunto, foi sugerida pela UMEI a reforma do parquinho da escola, que necessitava de algumas melhorias. A Vina deu suporte, cedendo alguns funcionários da obra para realizarem alguns reajustes na área do parquinho. A primeira ação foi a retirada de três cavalinhos de madeira, que eram antigos e apresentavam riscos às crianças. A UMEI sugeriu que os cavalinhos fossem substituídos por pneus de trator, que passariam a servir de brinquedo para as crianças.
Durante todo esse processo, as equipes da Vina e da UMEI trabalharam na reforma do parquinho: a Vina oferecendo mão de obra na parte técnica e a UMEI cuidando da pintura e da estética. Até o ano de 2012, o projeto ainda estava em andamento.
Parquinho antes e depois da reforma da Vina.
Vânia, Sônia e Fernando: completar com informações mais técnicas, se necessário.
Projeto “Cultura da Criança” Início: março de 2012 A aproximação entre empresa e comunidade se estabeleceu de maneira positiva. O trabalho em conjunto com a UMEI foi fundamental para essa aproximação, pois a escola trabalha em sintonia com o Departamento Socioambiental da Vina, o que vem proporcionando o desenvolvimento de várias ações socioeducativas. Em 2012, a principal ação do trabalho conjunto Vina UMEI foi o projeto “Cultura da Criança”, com a criação e coordenação do educador Adelsin, um educador experiente na temática do universo da infância, que pesquisa e resgata brincadeiras e canções antigas por todo o Brasil. A maior preocupação da equipe UMEI é o choque de conceitos que ocorre quando as crianças saem do ensino infantil e mudam de escola, iniciando o ensino fundamental. Por isso, o foco principal desse projeto é a formação dos educadores da UMEI e da região no universo da criança: resgate da imaginação e das brincadeiras e cantigas lúdicas, para que esse processo de mudança não seja tão sentido pelos alunos. Em busca do resgate da autoestima e do desenvolvimento cognitivo das crianças, festivais mensais e oficinas de brinquedos construídos com material reutilizável* também foram inclusos nesse projeto. A Vina, através da sua rede de cooperação, periodicamente doa à UMEI sucatas para ações desenvolvidas dentro desse trabalho conjunto e outros fins.
Festival realizado em julho de 2012, com o tema “a música na infância”.
Formação: Para a equipe da UMEI Águas Claras e para os educadores das escolas da região: criação de rede pela valorização da infância. Duração de 08 meses com um encontro mensal de quatro horas (total de 32 horas). Temas: O movimento natural do ser humano criança; A infância e a natureza; A cultura da criança; Movimento universal e expressões regionais; A música na infância; As artes visuais e a infância; As histórias, a fantasia, o teatro e a infância; A identidade cultural, a TV e a padronização; Um natal brasileiro. Festivais mensais: Os festivais são encontros que contam com o envolvimento dos familiares das crianças da UMEI. Os festivais funcionam como um exercício dos conceitos discutidos na formação dos professores e oferecem para as famílias a oportunidade de brincar com seus filhos. Os festivais são realizados sempre aos sábados. Espaço e logística: Os encontros acontecem no espaço externo da UMEI. São utilizadas a arquibancada e as áreas próximas ao parquinho, sempre valorizando a possibilidade de realizar atividades ao ar livre, de frente para a montanha e debaixo do céu. A Vina sempre oferece os lanches, que são produzidos na própria escola ou em estabelecimentos próximos, gerando renda para a comunidade.
Oficina realizada em setembro de 2012.
Novas Ações – Vina/UMEI Como a Vina irá se instalar nessa comunidade e pelos excelentes resultados que este trabalho vem apresentando, o Departamento Socioambiental decidiu ampliar e focar, de maneira mais pontual, as suas ações na parceria com a UMEI. Oficinas – Cristina Araújo Início: agosto de 2012 Foco: Reutilização das sucatas geradas nos lares – geração de renda e resgate da autoestima. Ações diversas estão sendo realizadas nessas oficinas. A produção das flores para a sensibilização da Nova Sede da Vina (mais detalhes, pag.x) foi a primeira ação desenvolvida. No fim do ano, a ideia é que sejam produzidas borboletas para a árvore de Natal da Vina e que essa produção gere renda para as mulheres do grupo. Para o Natal, o foco será a produção de enfeites e objetos para a casa, tudo criado a partir da reutilização das sucatas geradas nos lares da comunidade.
Oficinas – Circo em Cena Início: agosto de 2012 O grupo Circo em Cena foi apresentado à comunidade em julho de 2012, em uma participação especial no Projeto Cultura da Criança, em um dos festivais realizados por Adelsin. A partir dessa apresentação, surgiu a ideia de que o grupo participasse do Trabalho Conjunto Vina/UMEI, com oficinas circenses para as crianças e adolescentes da comunidade. Foco: desenvolvimento da cultura e da arte na comunidade, sem perder o foco na alegria e no resgaste da autoestima. As oficinas ainda estão em processo de construção: os artistas do grupo estão se adaptando à comunidade, para ouvir e entender as demandas. Geralmente, as oficinas acontecem aos sábados e têm duração de 2h. O público ainda não é fiel e a faixa etária varia muito. De acordo com o depoimento dos artistas, alguns jovens aparecem e demonstram muito interesse em aprender as técnicas e trabalhar com seriedade. Por outro lado, algumas crianças menores também comparecem e querem apenas “brincar”, se divertir. Essa diferença entre os interesses ainda dificulta o processo de preparação e planejamento dos artistas para as futuras oficinas. Em reuniões, o grupo decidiu que o mais importante nesse início é ouvir e reconhecer as necessidades dos jovens e crianças da comunidade, ganhar a confiança e o respeito deles. E assim, aos poucos, construir uma metodologia de trabalho que seja funcional e preserve a essência do projeto.
Fotos tiradas na Festa de Fim de Ano, em dezembro, e na Festa da Família, em setembro.
Projeto Educação Socioambiental Início: agosto de 2012 Coordenação: Equipe de biólogos Esse projeto de Educação Socioambiental tem como foco resgatar os valores ecológicos e sociais não só na UMEI, mas em toda comunidade Águas Claras. As atividades realizadas buscaram estimular a integração e harmonia das crianças e funcionários da UMEI com o meio ambiente. Objetivos principais:
Criar uma horta, junto às crianças, para o abastecimento da cantina;
Utilizar materiais recicláveis (garrafas pet e pneus usados) para o plantio de
espécimes da flora nas dependências da escola;
Aperfeiçoar habilidades individuais, tal como a coordenação motora;
Propiciar a ampliação de conhecimentos sobre o desenvolvimento de vegetais e
sobre outras questões ambientais relevantes (desperdício).
Plantio realizado na UMEI, em novembro de 2012.
Antes de decidir as hortaliças a serem plantadas, as biólogas realizaram uma pesquisa* com as famílias dos alunos da UMEI sobre os hábitos alimentares. Essa pesquisa mostrou um grande déficit na alimentação dos alunos e das famílias, tanto na qualidade quanto no conhecimento sobre o assunto. Assim, a ideia para 2013 é que seja criado um livro de receitas voltadas para o reaproveitamento de alimentos. Até novembro de 2012, já foram realizados alguns plantios na horta com as crianças acima de 04 anos e plantio de sementes de girassol, com as crianças menores. A colheita estava programada para dezembro, porém as mudas acabaram morrendo, devido a uma série de fatores, como: mau tempo, ruídos de comunicação e algumas falhas de acompanhamento. (*) Disponível para consulta no Departamento Socioambiental.
Festa de encerramento das ações de 2012 Data: dezembro de 2012 Trabalho Conjunto Vina/Umei Encerrando suas atividades de 2012, o projeto Cultura da Criança, que integra as ações do trabalho conjunto VINA / UMEI Águas Claras, realizou um encontro marcado por muita alegria e emoção.
Um presépio vivo, formado pelas crianças da UMEI, foi o centro do palco e da festa. Todas as turmas da escola ofereceram um presente ao menino Jesus: um trabalho coletivo, realizado em sala de aula e que completava a cena do nascimento de Cristo. Foi realmente um presépio muito especial! O palhaço Sufoco, do Grupo Circo em Cena, e o educador Adelsin comandaram a festa antes e durante a sua realização. As crianças e suas famílias participaram de tudo com muita animação. Ao final, a equipe da cantina da UMEI preparou uma mesa linda com um lanche delicioso que foi compartilhado por todos os presentes.
Festa de fim de ano Vina 2012 Trabalho Conjunto Vina/UMEI: Oficinas de reutilização
Árvore de Natal Reciclada Símbolo da renovação e da reciclagem, a tradicional árvore de Natal de sucata – criada em 2007 pelo artista Libério, ex-morador de rua e primeiro contratado do projeto Aracê* – ganhou uma nova decoração e ficou ainda mais especial! Este ano a árvore recebeu borboletas coloridas, que foram criadas com embalagens de produtos de limpeza em oficinas realizadas na UMEI Águas Claras. As oficinas foram coordenadas pela artista plástica Cristina Araújo e contaram com o trabalho criativo de um grupo de mulheres da comunidade. Essas oficinas geraram renda e alegria para todas as participantes. Para cada borboleta produzida, foi pago o valor simbólico, como incentivo, de R$ 0,25 para cada participante das oficinas. Esse valor foi definido em conjunto, levando em conta os valores agregados das oficinas.
(*) Projeto piloto de inclusão social via mercado formal de trabalho, que tem como objetivo servir de parâmetro para que outras empresas possam ampliar as possibilidades do exercício da responsabilidade social a partir de uma experiência prática. Ação do Departamento Socioambiental da VINA.
II Sensibilização Nova Sede Vina Data: setembro de 2012 Dando continuidade ao processo de sensibilização das pessoas que vão utilizar o prédio e com o objetivo principal de apresentar o trabalho com a comunidade, foi realizada uma segunda sensibilização com a equipe interna da Vina. Data: 27 de setembro de 2012 Local: Obra da futura sede Vina. Horário: das 14h às 17h Número de convidados: em torno de 100 -- Equipe Vina BH + Equipe obra + um representante de cada unidade Vina do interior + convidados especiais
Foco:
Visita à futura Sede: filosofia Socioambiental do Projeto
Apresentação: Trabalho conjunto Vina - UMEI
Decoração: coordenação e produção – Cristina Araújo Produzida a partir de sucatas doadas pela equipe da Vina e com aproveitamento de tijolos da obra. As capas das almofadas foram produzidas com reaproveitamento de faixa de rua, com participação do Grupo de Costura da ASMARE. Os vasos que enfeitavam o ambiente foram confeccionados com garrafa pet e botas da Vina também foram reaproveitadas para a construção de um lindo canteiro!
Programação
Apresentação Vina e Projeto Nova Sede
Renato Malta, diretor da Vina, fez uma breve introdução ao evento e apresentação do Projeto Nova Sede. Cláudia Lessa, coordenadora do Departamento Socioambiental, falou um pouco sobre o Departamento e suas ações, destacando a filosofia do Projeto Nova Sede e o trabalho conjunto Vina/UMEI. Anunciou, também, o lançamento do Jornal da Vina (mais detalhes, pág. xx), cuja primeira edição foi entregue a toda equipe da Vina BH e interior no dia 01 de outubro de 2012.
Apresentação UMEI: Projeto Cultura da Criança
Adelsin, educador e coordenador do projeto, e Vânia, vice-diretora da UMEI, falaram um pouco sobre a UMEI e sobre o trabalho que está sendo realizado com os professores, alunos e famílias da comunidade (mais detalhes, pag. Xx).
Plantio simbólico de flores artificiais
Alguns dias antes do evento, as crianças da UMEI “plantaram” flores de pet na cerca da praça central, produzidas nas oficinas da UMEI com sucatas doadas pela equipe Vina. No dia do evento, cada convidado também plantou uma flor feita de sucata! A praça da futura sede da Vina ficou mais alegre e colorida!
Buffet
Produção: Reciclo II -- Grupo de inclusão produtiva. Foi feita uma breve apresentação do grupo pelo coordenador Mauricio.
Encerramento
O grupo Circo em Cena surpreendeu os convidados após o lanche com música e muita diversão! Com um discurso sobre “um mundo mais transparente” e com dinâmicas coletivas, os palhaços Sufoco e Pianinho encantaram e fizeram a tarde mais agradável.
No final do evento, cada convidado levou para casa sua almofada produzida a partir de faixa de rua, juntamente com o caderninho Ações Vina, que fala um pouco sobre as ações do Departamento Socioambiental, desde a sua criação.
Jornal da Vina Primeira edição: outubro O jornal foi criado pelo Departamento Socioambiental e, nas suas duas primeiras edições (Outubro/Dezembro 2012), foi fixado em todas as unidades da Vina (Belo Horizonte e interior). Ele funciona como veículo de comunicação e informação entre a Equipe Vina e o Departamento Socioambiental. O foco principal é a Nova Sede. Todas as edições foram recolhidas e serão reaproveitadas em produção futura de material interno de divulgação do Dpto Socioambiental com geração de renda. Perfil Linguagem simples, textos curtos e layout leve, colorido, que chame atenção. O perfil da Equipe Vina, no geral, é de baixa escolaridade e tem pouco acesso às redes sociais. A publicação é bimestral.
Projeto Amoras Foram plantadas 95 mudas de amora no muro que faz divisa com o “vizinho” da nova sede Vina. Esse plantio vai diminuir o barulho causado pela outra fábrica, além de atrair os pássaros para o local e, futuramente, servir como área de convivência para a equipe Vina, que poderá desfrutar dos pés de amora.
Sensibilização Amoreiras Data: 22 de novembro 2012 Horário: 9 h às 11h Participantes: 04 funcionários Vina (funcionário mais recente, funcionário mais antigo, contratado Projeto Aracê e uma mulher) + 04 representantes UMEI + 07 funcionários da obra + Biólogo e Equipe Departamento Socioambiental. Para essa ação, foi realizada uma pequena sensibilização no processo de plantio, envolvendo as equipes da Vina e da UMEI. O foco foi aliar a responsabilidade de cada um com o “seu” pé de amora ao cuidado com a vegetação do lote como um todo. Todos fizeram o seu plantio com muito cuidado e empolgação, num ambiente muito agradável. Em breve, serão colocadas plaquinhas nas mudas identificando o nome de cada um que as plantou e uma placa de sensibilização sobre essa ação.
Alguns dias após o plantio notou-se um grande ataque de formigas saúvas às mudas. Uma forma de controle menos agressiva e natural foi aplicada, na tentativa de controlar esse ataque. Porém, essa forma foi ineficaz, sendo necessário um controle químico, que acabou resolvendo o problema. Um mês após o plantio, as amoreiras estavam se desenvolvendo muito bem, crescendo rapidamente e muito saudáveis. As fotos mostram o “antes” e “depois” do plantio das amoreiras.
Agosto / 2010
Janeiro / 2013
Agosto / 2010
Janeiro / 2013
Conclusão A partir de uma experiência prática Pessoal, essa é a essência da conclusão que estamos desenvolvendo. É preciso ainda melhorar! Gostaríamos que vocês nos ajudassem nessa construção, contribuindo com sugestões para o texto e outras boas ideias: “canetando”! Tomei a liberdade de escrever incluindo o Grupo Multidisciplinar, porque acredito que este é o caminho que norteia este trabalho de equipe. A aprovação de vocês é fundamental.
Na visão da Vina, uma obra padrão da construção civil na realidade brasileira, geralmente, passa por vários pontos de insustentabilidade, causados não só pelas tecnologias utilizadas, mas também pelos entraves nas relações com os diversos setores da sociedade que participam desse processo: a indústria, o comércio, a economia, a política, a educação e as relações interpessoais, com todos os aspectos positivos e negativos que cada um dos setores envolvidos nesta cadeia, direta e indiretamente, apresenta. A Vina se preocupou em agregar o foco socioambiental ao Projeto Nova Sede, criando um Grupo Multidisciplinar para pensá-lo sob uma nova ótica, dando o primeiro passo no sentido de aprimorar os pontos positivos e amenizar os efeitos negativos decorrentes do processo da construção civil: criação, execução e uso da edificação. Com o Grupo Multidisciplinar, deu-se início à construção de parâmetros sustentáveis que atendessem a realidade do projeto (conceitos: filosóficos e técnicos, recursos e prazos) e que despertassem reflexões e questionamentos sobre o termo sustentabilidade, tão banalizado e deturpado atualmente. Na prática da construção civil, dentro de uma visão mais ampla, o projeto Nova Sede realiza ações de corresponsabilidade socioambiental, que englobam as equipes que participam dessa ação e a comunidade ao redor, com o intuito de sensibilizar e educar. Mesmo com todos os cuidados tomados desde o princípio, por essas e outras questões, a Vina não se surpreendeu, de certo modo, com os diversos “impactos” sofridos, que prejudicaram, de diferentes formas, a execução do projeto. Ficou clara, mais uma vez, a dificuldade em unir teoria e prática nesse setor. Por outro lado, estes “impactos” trouxeram a oportunidade de reflexão em diferentes aspectos dessa experiência. Em vários momentos, o negativo se tornou positivo e as barreiras se tornaram elos.
Por tudo isto, para a Vina e para a equipe multidisciplinar responsável pelo Projeto Nova Sede, apesar de todas as insustentabilidades apresentadas, o projeto continua sustentável, por agregar valores socioambientais que nos levam a novas reflexões sobre a inversão da atual lógica econômica, tecnológica, política, social e ambiental. O conceito e a intenção que norteiam esse projeto, independente dos erros internos e externos que ele possa sofrer, são positivos, capazes de despertar questionamentos, mudanças e transformações...
Fica o convite para a reflexão: “Não é a economia que é mais importante que as pessoas, e não são as pessoas que são mais importantes que o planeta. É o inverso.
“Se a gente quer atingir a sustentabilidade, a gente tem que inverter o eixo¹.”
¹ Trechos da palestra de Hugo Penteado, economista, no TEDx Amazônia 2012. Link: https://www.youtube.com/watch?v=RfFnSp4fa94
Retrospectiva de fotos do lote
Maio / 2008
Agosto / 2008
Setembro / 2009
Julho / 2010
Agosto / 2011
Maio / 2013
Anexos, documentação e relatórios - Relatórios: solicitados na carta inicial (depoimento) - Custos (estimativa e comparação– ainda em estudo pelo Depto. Socioambiental) - Lista dos documentos disponíveis para consulta no Departamento/VINA - Referências Bibliográficas (pegadas ecológicas e outras informações: biólogos, engenheiros, estudos, etc.)
Contatos - Endereços e contatos das empresas contratadas. Paulinho e Renato: completar endereços de todos os fornecedores que vocês acham que devem entrar nessa documentação. Lilian: pesquisar o endereços na documentação AMN Brasil Av. Nelio Cerqueira, 547 - Tirol - Belo Horizonte - MG Telefone: (31) 3382-7307 / 33210998 | E-mail: contato@amnbrasil.com.br Green Gold Monte Verde
Ficha técnica Pessoal, Estamos ainda organizando essas informações. Favor completar os dados profissionais da maneira que acharem mais adequada. Sugerimos que o número do conselho de cada profissional seja registrado, como também os contatos, e-mail e telefone.
Grupo NOC – Novos Olhares Sobre a Construção e o Cidadão, coordenado pela Profª. Maria Teresa Paulino Aguilar, da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. Esse grupo de estudo vem desenvolvendo pesquisas em tecnologias limpas, repensando o que é meio ambiente e o que é sustentabilidade, partindo do indivíduo para a sociedade, com foco na educação. Arquiteto – Márcio Pita, Biólogos – Beatriz Dias, Juliana Barata, Marcell (Marco Túlio?), Leandro. Engenheiros – Carla, Teresa Equipe Vina – Claudia, Renato, Juliana Foini, Élida Murta, Lika, Cíntia Mendonça, Fernando, Depto Socioambiental, Ekofoot – impressão a base de cera
Trabalho Conjunto Vina / UMEI:
Vânia e equipe
Cristina
Circo em Cena
Circuriá
Adelsin
Grafiteiros
Sônia Rocha