Vina_Guia do Cerrado 2021_WEB final

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D E PA R TA M E N T O S O C I O A M B I E N TA L

GUIA DO

CERRADO Belo Horizonte 2021 1


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GUIA DO

CERRADO

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APRESENTAÇÃO Vivemos em um país caracterizado por uma grande biodiversidade presente em seis biomas, com características distintas em sua vegetação e fauna. A vegetação, importantíssima para a biota, merece atenção em seu estado de conservação por atrair animais para a região e contribuir para os serviços que a natureza fornece ao homem e que são indispensáveis à sua sobrevivência, estando associados à qualidade de vida e ao bem-estar da sociedade. Minas Gerais é o quarto maior estado brasileiro em extensão territorial e abriga três biomas distintos: o Cerrado, a Caatinga e a Mata Atlântica. Destes, o Cerrado é o maior bioma, cobrindo cerca de 60% do território estadual e cerca de 20% do território nacional e, mesmo assim, ainda é pouco pesquisado e protegido. Além de Minas Gerais, o Cerrado está presente em grande parte de Goiás e em fragmentos nos estados de Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal, além dos encraves no Amapá, Roraima e Amazonas. Embora o Cerrado abrigue grande biodiversidade, com extrema abundância de espécies endêmicas, ele sofre muita pressão humana, principalmente pela ação da mineração, culminando na perda de seu habitat natural. O Cerrado não tem sua importância apenas para as espécies de animais e vegetais que nele vivem, ele é também muito importante para as populações que vivem em seu entorno e tiram sua sobrevivência dos recursos que ele oferece (BRASIL, 2020). Esse bioma brasileiro corre sério risco de extinção. De acordo com um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, estima-se que o bioma deverá ser totalmente destruído até o ano de 2030, caso as tendências de ocupação continuem causando uma perda anual de 2,2 milhões de hectares de áreas nativas.

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A VINA Gestão de Resíduos Sólidos e Locação de Equipamentos, estabelecida na região do Barreiro, em Belo Horizonte, se consolidou como uma empresa preocupada com o meio ambiente e o bem-estar de sua equipe de trabalho, buscando atrelar o desenvolvimento econômico ao desenvolvimento social e ambiental. Ainda na etapa de instalação da sede da empresa foi preservada uma área de aproximadamente 5.000 m2 de Cerrado strictu sensu, que abriga inúmeras espécies da flora, dentre as quais muitas têm sido utilizadas em pesquisas por suas propriedades medicinais. Este guia foi criado com o objetivo de levar conhecimento e de aproximar a equipe da VINA do contexto social e ambiental que essa área pode oferecer. Assim, estão aqui descritas algumas das principais espécies presentes na Área de Preservação da VINA. Com propriedades medicinais importantes, já utilizadas em pesquisas para a saúde, o seu conhecimento poderá ampliar a nossa conscientização sobre a importância desse espaço e das espécies nele preservadas. Esta publicação traz informações básicas sobre as plantas: nomes populares, propriedades presentes nas espécies descritas e curiosidades. As fotos aqui apresentadas foram feitas na área de preservação do Cerrado da VINA. Essa área vem sendo também utilizada no processo de educação ambiental da equipe da empresa e junto à comunidade do entorno da sua sede. Esse espaço também fornece serviços ecossistêmicos, como, por exemplo, a alimentação para a avifauna da região. Leitor, ao se deparar com uma das espécies aqui apresentadas, sinta-se à vontade para conhecê-la pessoalmente na área de preservação do Cerrado da VINA e compartilhe conosco sua experiência. Sabrina Soares e Luziene Santos

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EMPRESA-PARQUE A VINA é uma empresa que atua desde 1998 no mercado, oferecendo gestão de resíduos sólidos, serviços de limpeza urbana e locação de equipamentos. Em 2002, a fim de consolidar o compromisso da empresa com a questão social e ambiental, foi criado o Departamento Socioambiental da VINA. Esse departamento tem por objetivos promover a inclusão social com geração de trabalho e renda e a conscientização socioambiental por meio de uma rede de cooperação que envolve a equipe interna da VINA, parceiros e a comunidade do entorno da empresa em ações de educação social, ambiental e cultural. Com o objetivo de fortalecer a conscientização socioambiental na sua equipe interna, em 2008, diante da perspectiva de construção de uma nova sede, o Departamento Socioambiental propôs à VINA que o projeto arquitetônico deveria minimizar os efeitos negativos decorrentes da construção civil e que, também, tivesse coerência com a filosofia de trabalho que vinham desenvolvendo. Um dos principais focos desse projeto foi a preservação da vegetação nativa do Cerrado no terreno da sua sede. Desde então, as espécies nativas da flora, presentes na área preservada na sede da empresa, são monitoradas e catalogadas em estudos florísticos, que revelam uma diversidade alta de espécies do Cerrado. As 140 espécies já identificadas estão preservadas em uma área menor do que 5km2. Conhecer cada espécie preservada é de extrema importância para direcionar a conservação e/ou preservação da biodiversidade existente no Cerrado. A Área de Preservação da VINA é uma área com pequenas dimensões, mas que preserva uma diversidade enorme de espécies do bioma Cerrado. Além das diversas plantas nativas e endêmicas, ela preserva espécies ameaçadas de extinção, que têm relevância ambiental e cultural.

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O CERRADO O bioma Cerrado ocupa aproximadamente um quarto do território brasileiro, pouco mais de 200 milhões de hectares. Ele é o segundo maior bioma brasileiro e concentra um terço da biodiversidade nacional e 5% da fauna e flora mundiais. Em Minas Gerais, esse tipo de vegetação é predominante, aparecendo em cerca de 50% do estado, especialmente nas bacias dos rios São Francisco e Jequitinhonha. Abriga um rico patrimônio de recursos naturais e renováveis adaptados às duras condições climáticas locais. O clima que domina a região é tropical sazonal, com duas estações bem definidas: um inverno seco com baixa umidade relativa do ar e uma forte estação chuvosa. A temperatura média diária sofre grande variação, com dias extremamente quentes e noites frias. As serras e planaltos altos de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul experimentam sensíveis quedas de temperatura, inclusive geadas, caracterizando áreas de clima tropical de altitude. A água acumulada nos lençóis freáticos do Cerrado do Centro-Oeste abastece nascentes que dão origem a seis das oito maiores bacias hidrográfica brasileira (KLINT et al, 2003). Os solos são antigos, profundos e predominantemente bem drenados, mas também ácidos e de baixa fertilidade, com níveis elevados de ferro e alumínio (KLINT et al, 2003; MAROUELLI, 2003). Essa característica favorece a presença de espécies endêmicas, com uma flora e uma fauna ricas e diversas. Considerando a sua extensão, o solo e o clima, o Cerrado não possui uma fisionomia da vegetação única. Muito pelo contrário, ela é bastante diversificada, apresentando desde formas campestres bem abertas, como os campos limpos de cerrado, até formas relativamente densas, florestais, como os cerradões. Sua flora é considerada a mais rica savana do mundo em biodiversidade. (KLINT et al, 2003; MAROUELLI, 2003). A fauna do Cerrado também é rica. Os números de vertebrados e invertebrados já identificados são bastante expressivos, sendo comparável à fauna da Amazônia quando expressa proporcionalmente ao tamanho dos domínios, já que o Cerrado possui apenas a metade da área amazônica. Algumas dessas espécies estão ameaçadas de extinção, como é o caso do lobo guará, do veado-campeiro e do pato mergulhão. A fauna do bioma ainda é pouco conhecida, particularmente a dos invertebrados. Seguramente ela é muito rica, destacando-se naturalmente o grupo dos insetos. Só muito recentemente estão surgindo alguns trabalhos científicos, dissertações e teses sobre este assunto (KLINT et al, 2003). 5


COMO UTILIZAR ESTE GUIA

As espécies foram agrupadas por famílias, que são apresentadas em ordem alfabética. São indicadas pelo “nome popular”, que pode variar entre as diferentes regiões do estado ou do país. Os nomes científicos são disponibilizados em tópicos e obedecem à nomenclatura adotada na Lista de Espécies da Flora do Brasil (2015). Na descrição das espécies, enfatizamos as características que permitem um rápido reconhecimento ou diferenciação de outras espécies similares. Para isso, trazemos informações sobre o hábito, as folhas, a inflorescência, a flor e o fruto. Apresentamos, ainda, a distribuição por regiões, estados ou municípios onde cada espécie já foi encontrada.

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SUMÁRIO Família ANACARDIACEAE: Cajuí

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Família ANEMIACEAE: Samambaia

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Família ANNONACEAE: Araticum

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Família APOCYNACEAE: Pau de Leite

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Família ASTERACEAE: Marcela do campo

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Alecrim do campo

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Carqueja

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Erva Baleeira

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Assa peixe

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Família BIGNONIACEAE: Catuaba

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Família CARYOCACEAE: Pequi

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Família CALOPHYLLACEAE: Pau Santo

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Família CELASTRACEAE: Bacupari do Cerrado

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Família COMBRETACEAE: Capitão do Mato

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Família DILLENIACEAE: Lixeirinha

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Família ERYTHROXYLACEAE: Cocão

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Família FABACEAE: Sucupira preta

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Fecha Maria

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Barbatimão

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Família LYTHRACEAE: Pacari

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Família MALPIGHIACEAE: Arnica-do-campo

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Família MELASTOMATACEAE: Canela de Velho

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Família MYRTACEAE: Pitanga do Cerrado

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Família NYCTAGINACEAE: João Mole

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Família OCHNACEAE: Orquídea Rédea

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Família POLYGALACEAE: Gelol

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Família RUBIACEAE: Chapéu de couro do Cerrado

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Família SALICACEAE: Guaçatonga

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Família SOLANACEAE: Lobeira

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Família VERBENACEAE: Camará

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Família ANACARDIACEAE Cajuí

Nome científico: Anacardium humile Hábito: Arbusto. Habitat: Cerrado, campos sujos, campos rupestres, solos arenosos. Avaliação de risco: Em perigo. Características gerais da espécie e importância socioeconômica Pode chegar até 2m de altura. Possui pseudofruto e sementes comestíveis. Possui propriedades medicinais com efeitos anti-inflamatórios, adstringentes e relatos de combate a células cancerígenas e, também, a úlceras gastrointestinais (CNCFLORA, 2020). A casca serve para a indústria na produção de plástico e verniz e sua resina pode ser usada para queimar calo e verruga. A raiz armazena água, o que favorece a rebrota após fogo e desbaste. Distribuição É encontrada no Tocantins, Piauí, na Bahia, em Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e no Distrito Federal. Clique aqui para ver mais fotos

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Família ANEMIACEAE Samambaia

Nome científico: Anemia tomentosa Hábito: Erva, terrestre ou rupícola Habitat: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal, Savanas, Campo limpos. Avaliação de risco: Não identificado Características gerais da espécie e importância socioeconômica Samambaia de folhas aromáticas, pode ser usada como auxiliar digestivo, expectorante e antigripal. Possui óleo essencial com atividade antimicrobiana e repelente de insetos (PINTO et al, 2009). Distribuição É encontrada na Paraíba, Bahia, em Pernambuco, Mato Grosso, no Espírito Santo, Rio de Janeiro, em São Paulo, Santa Catarina, no Paraná e Rio Grande do Sul (SAKACAMI, 2003). Clique aqui para ver mais fotos

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Família ANNONACEAE Araticum

Nome científico: Annona crassiflora Hábito: Árvore Habitat: Cerrado, Cerradões Avaliação de risco: Pouco preocupante Características gerais da espécie e importância socioeconômica Árvore que pode atingir até 3m de altura, floresce entre novembro e janeiro. Seus frutos são comestíveis e podem pesar até 4,5kg. Pode ser consumido in natura e também é muito utilizado em batidas, bolos, biscoitos, geleias, sorvetes e doces. Em Minas Gerais sua maturação está associada ao período da quaresma. Sua madeira é frágil e suas folhas, casca e sementes são utilizadas na medicina popular para tratar problemas intestinais e para diminuir a menstruação. Suas sementes são utilizadas também contra picada de cobra. Seu nome vem do Tupi e significa “fruta mole”. Nativos da Chapada dos Veadeiros a utilizam para tratar reumatismo, úlcera e câncer de pele. Espécie indicada para recomposição de Cerradão. Distribuição Essa espécie é encontrada no Pará, Piauí, na Bahia, no Ceará, Maranhão, em Goiás, Minas Gerais, São Paulo, no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins. Clique aqui para ver mais fotos

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Família APOCYNACEAE Pau de Leite

Nome científico: Himatanthus obovatus Hábito: Árvore Habitat: Cerrado Avaliação de risco: Não identificado Características gerais da espécie e importância socioeconômica Árvore que pode chegar até 4m de altura. Floresce entre setembro e fevereiro, com frutos entre fevereiro e julho. Suas sementes são dispersas pelo vento e sua madeira é utilizada na confecção de cabos de ferramentas. A entrecasca do tronco é usada em fitoterapia popular como abortivo, laxativo e febrífugo, e seu látex é utilizado no tratamento de úlcera. A espécie é utilizada também na recomposição do Cerrado e na ornamentação de jardins e ruas. Distribuição É encontrado em Rondônia, no Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, em Alagoas, Bahia, Minas Gerais e São Paulo. Clique aqui para ver mais fotos

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Família ASTERACEAE Marcela do Campo

Nome científico: Achyrocline satureioides Hábito: Herbácea Habitat: Cerrado, Mata Atlântica, Pampas Avaliação de risco: Sem informação Características gerais da espécie e importância socioeconômica Planta que atinge até 1m de altura. É invasora em áreas antropizadas. Suas flores são utilizadas na medicina caseira e no preenchimento de travesseiros, almofadas e colchões devido ao seu aroma e suas propriedades calmantes. Sua infusão é utilizada como sedativo, anti-inflamatório e contra desordens intestinais, além de náuseas e cólicas. O extrato das flores apresenta ação antibacteriana e analgésica. A planta em si possui ações antissépticas, digestivas e é também utilizada contra bronquite, dor de barriga e para facilitar o parto. Sua propriedade de clareamento é utilizada na produção de cosméticos para o cabelo. (BARATA et al, 2013). Na Região Sul floresce no mês de março. No Rio Grande do Sul há uma tradição de realizar sua colheita na Sexta-feira Santa, antes de o sol nascer, pela crença de trazer mais eficiência ao chá e é considerada um símbolo neste estado. No Nordeste floresce em setembro e é utilizada como indicativo de solos acidificados e degradados. Distribuição É encontrada na Bahia, em Minas Gerais, São Paulo, no Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Clique aqui para ver mais fotos

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Alecrim do Campo

Nome científico: Baccharis dracunculifolia Hábito: Subarbusto Habitat: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Campo de Altitude, Campo Limpo, Campo Rupestre, Cerrado Avaliação de risco: Não informado Características gerais da espécie e importância socioeconômica Essa espécie pode chegar até 3m de altura e geralmente é utilizada na produção de vassouras. Por meio de coleta de sua resina, abelhas produzem a própolis verde. Também é utilizado na produção de óleo essencial, importante no combate a bactérias, fungos e parasitas. Tem ação diurética e pode ser ingerido na forma de chá no auxílio a problemas intestinais, na redução de gases, no combate a doenças cerebrais e na redução de glicemia. É considerada uma espécie invasora, sendo uma planta pioneira, cresce extremamente rápido e suas sementes, muito leves, se espalham rapidamente pela ação do vento (ORSI, 2015). Distribuição É encontrado na Bahia, em Minas Gerais, São Paulo e no Paraná. Clique aqui para ver mais fotos

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Carqueja

Nome científico: Baccharis genistelloides Hábito: Herbácea Habitat: Cerrado, Mata Atlântica, Pampas Avaliação de risco: Não informado Características gerais da espécie e importância socioeconômica Herbácea perene que pode chegar até 1,2m de altura. Originária da América do Sul, é cultivada principalmente no Brasil. Facilmente encontrada em terrenos baldios e pastos, suas folhas não são verdadeiras, se desenvolvendo no formato de hastes ramificadas. As flores possuem cor que vão do branco ao amarelo e surgem em pequenos tufos, na primavera e no verão. É utilizada como planta ornamental e medicinal. O óleo essencial extraído da carqueja é utilizado pela medicina tradicional para o tratamento de doenças de fígado e de reumatismo, (RODRIGUES, et al, 2006). Empregada principalmente por sua ação digestiva, hepatoprotetora, diurética e cicatrizante. Provoca diminuição dos níveis de glicose no sangue e é abortiva (FLORIEN, 2020). No Rio Grande do Sul, há formação de campos com grande incidência da carqueja, que é uma atração para as abelhas, que utilizam o pólen na produção de mel. Esse mel tem gosto amargo, é utilizado como depurativo e facilita a digestão. Distribuição É encontrada na Bahia, no Ceará, em Pernambuco, Goiás, Mato Grosso do Sul, no Distrito Federal, Espírito Santo, em Minas Gerais, São Paulo, no Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Clique aqui para ver mais fotos

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Erva Baleeira

Nome científico: Cordia verbenacea Hábito: Arbóreo ou arbustivo Habitat: Mata Atlântica, Cerrado e regiões baixas da Amazônia Avaliação de risco: Não avaliado Características gerais da espécie e importância socioeconômica A “erva-baleeira” é uma planta de porte herbáceo, tradicionalmente utilizada pela população para tratar vários processos inflamatórios e é bastante indicada para tratamento de reumatismo, artrite e problemas de coluna. Estudos já comprovaram a sua ação antimicrobiana, antiulcerosa, anti-inflamatória e cicatrizante. Neste contexto, a erva baleeira tem seu uso popular em crescimento, devido às suas atividades farmacológicas, como, por exemplo, a anti-inflamatória. Com suas folhas podese fazer infusões, decocções, emplastos, extratos brutos ou extratos alcoólicos, que são usados pela medicina popular como anti-inflamatório tópico, principalmente para dores articulares, hematomas, etc. (MATIAS et al, 2015). Distribuição É encontrada em todas as regiões do Brasil (FORZZA et al, 2021). Clique aqui para ver mais fotos

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Assa Peixe

Nome científico: Vernonanthura polyanthes Hábito: Arbustos, subarbustos, árvores de pequeno porte Habitat: Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, Campo Limpo, Cerrado Avaliação de risco: Não avaliado Características gerais da espécie e importância socioeconômica Pode ser caracterizada como arbusto, subarbusto e árvore de pequeno porte, sendo frequentemente encontrada próximo a cidades. Chega a 2m de altura. Existem inúmeros estudos que demonstram sua ação anti-inflamatória, antibacteriana, analgésica, reguladora de pressão arterial e antifúngica. É nativa do Brasil, com período de floração em janeiro, maio e junho; sendo polinizado por abelhas. É utilizada na preparação de xaropes contra gripes e resfriados (SILVA, 2015). Distribuição É encontrada em Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, no Distrito Federal, Paraná, Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Clique aqui para ver mais fotos

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Família BIGNONIACEAE Catuaba

Nome científico: Anemopaegma arvense Hábito: Arbusto Habitat: Endêmica do Cerrado Avaliação de risco: Ameaçada Características gerais da espécie e importância socioeconômica A catuaba considerada como a verdadeira catuaba é endêmica e cresce nos campos dos cerrados e, devido a sua ação estimulante, é utilizada como principal constituinte das famosas “garrafadas”, bastante difundidas pela medicina popular. Em 2004, foi estudada a ação antitumoral em frações de extratos da raiz dessa planta. Além disso, o extrato da catuaba vem sendo pesquisado e amplamente utilizado para a produção de cosméticos. Distribuição É encontrada em Roraima, no Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, em Goiás, na Bahia, em Minas Gerais, São Paulo, no Rio de Janeiro e Paraná. Clique aqui para ver mais fotos

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Família CARYOCARACEAE Pequi

Nome científico: Caryocar brasiliense Hábito: Árvore Habitat: Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal Avaliação de risco: Vulnerável Características gerais da espécie e importância socioeconômica Árvore que pode ultrapassar os 10m de altura, no entanto pode ser menor se o solo possuir baixa fertilidade ou fatores genéticos. Floresce em meados de agosto até início de novembro. Sua frutificação ocorre principalmente entre os meses de janeiro a março. Sua madeira possui potencial econômico, sendo muito utilizada na fabricação de móveis, esculturas, cercas e outros artefatos. É utilizado na alimentação popular e é uma espécie muito conhecida (CNCFLORA, 2012). Seus frutos são insumos extrativistas e são empregados na preparação de pratos da cozinha brasileira, doces e ainda como produto medicinal. A árvore do pequi é também muito utilizada para fins ornamentais. É uma espécie que ocorre em toda área de Cerrado, mas tem sido a espécie que mais sofreu com as atividades humanas e, por isso, hoje as populações remanescentes são protegidas do corte por lei. Distribuição É encontrado no Pará, Mato Grosso, em Goiás, no Distrito Federal, em Minas Gerais, São Paulo, no Paraná, Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul, na Bahia, em Rondônia e no Tocantins. Clique aqui para ver mais fotos

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Família CALOPHYLLACEAE Pau Santo

Nome científico: Kielmeyera coriacea Hábito: Árvore Habitat: Cerrado Avaliação de risco: Pouco preocupante

Características gerais da espécie e importância socioeconômica Árvore com altura máxima de 6m. Sua floração ocorre de outubro a dezembro e a frutificação entre novembro e setembro (GOMIDES et al, 1979). A dispersão das sementes ocorre principalmente pelo vento. Muito utilizada na medicina popular para o tratamento de diversos problemas, seu extrato apresenta propriedades fungicida, antidepressiva e antitumoral. Pode ser utilizadas também no tratamento de doenças como a esquistossomose, a leishmaniose, a malária, e em infecções fúngicas e bacterianas. Distribuição É encontrada na Bahia, em Goiás, no Maranhão, Piauí, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, em Minas Gerais, São Paulo, no Paraná, Tocantins e no Distrito Federal. Clique aqui para ver mais fotos

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Família CELASTRACEAE Bacupari-do-Cerrado

Nome científico: Tontelea micrantha Hábito: Arbusto Habitat: Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga Avaliação de risco: Não informado Características gerais da espécie e importância socioeconômica A raiz, nas formas de chá e garrafada, é indicada para tratar anemia, fraqueza sexual, inflamações no estômago e intestino. O óleo extraído de suas sementes secas é usado em massagens locais para cólicas intestinais, dores nas articulações, reumatismo e em partes do corpo que perderam o movimento em decorrência de um derrame. Quando se usa o óleo, é preciso ter o cuidado de não tomar friagem e não mexer em água fria, pois ele é um óleo de natureza quente. O uso interno do óleo, geralmente misturado a um chá ou café quente, é indicado como expectorante, para tratar tosse e gripe. A pomada é usada como cicatrizante de ferimentos. As quantidades do uso interno de remédios caseiros, preparados nas formas de chá, garrafada ou óleo, devem ser pequenas. Distribuição É encontrado em Rondônia, no Pará, em São Paulo, no Paraná e Mato Grosso do Sul. Clique aqui para ver mais fotos

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Família COMBRETACEAE Capitão do Mato

Nome científico: Terminalia argentea Hábito: Árvore Habitat: Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga Avaliação de risco: Pouco preocupante Características gerais da espécie e importância socioeconômica Árvore que pode alcançar até 22m de altura. Seu nome científico tem origem no latim e significa “fim, término, ápice”, devido ao agrupamento de folhas que ocorre na extremidade dos ramos e ao prateado da coloração de suas folhas. Floresce entre julho e setembro e frutifica um ano após a florada (PROGRAMA ARBORETUM, 2019). Está amplamente distribuída pelo Brasil, sendo indicadora de solos ricos em cálcio. Possui crescimento lento, é intolerante à sombra (CNCFLORA, 2012) e é muito importante para a recomposição florestal. Sua madeira é utilizada para a construção civil, naval e rural, para formação de assoalhos, vigas, ripas, caibros. Possui uma resina que serve de alimentação para os saguis e tem potencial apícola. Na medicina, sua casca possui propriedades adstringentes e cicatrizantes e vem sendo utilizada no tratamento de aftas, tumores e para acalmar a tosse. Seus frutos também são utilizados em artesanato (PROGRAMA ARBORETUM, 2019). Distribuição É encontrado em Tocantins, no Maranhão, Piauí, na Bahia, em Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, no Paraná e no Distrito Federal. Clique aqui para ver mais fotos

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Família DILLENIACEAE Lixeirinha

Nome científico: Davilla elliptica Hábito: Arbusto Habitat: Cerrado Avaliação de risco: Não informado Características gerais da espécie e importância socioeconômica Planta arbustiva com cerca de 1,5m de altura. Natural do Cerrado, é empregada na medicina tradicional com poderes adstringentes, tônicos, laxativos e diuréticos. Pesquisas demonstraram seu efeito no aumento da imunidade e contra doenças infecciosas, além de suas propriedades antimicrobianas. De suas folhas pode ser obtido um extrato com características anti-inflamatórias. Sua casca é muito utilizada na forma de chá por possuir ação contra doenças hepáticas, no entanto, seu consumo excessivo pode trazer malefícios à saúde. Suas folhas possuem pelos ásperos e servem, no meio rural, para arear panelas. Frutifica de julho a outubro e serve como ornamentação e para alimentação de aves diversas (SARTORELLI, 2017). Distribuição É encontrada no Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, na Bahia, em Goiás, no Mato Grosso, em Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal. Clique aqui para ver mais fotos

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Família ERYTHROXYLACEAE Cocão

Nome científico: Erythroxylum deciduum Hábito: Arbusto Habitat: Cerrado, Amazônia, Mata Atlântica Avaliação de risco: Não informado Características gerais da espécie e importância socioeconômica Árvore pioneira que pode alcançar até 8m de altura, pode ser encontrada na beira de matas e no Cerrado. Floresce de agosto a janeiro e frutifica de setembro a fevereiro. É uma planta que serve de alimento para animais, no entanto, já foram relatados casos de intoxicação em ovinos. É muito utilizado na medicina popular por suas propriedades antioxidantes, analgésicas, anti-inflamatórias e como anestésico local. Distribuição É encontrado no Rio Grande do Sul, Paraná, em Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, no Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, em Roraima, Goiás, na Bahia, no Tocantins, Piauí, Ceará e Maranhão. Clique aqui para ver mais fotos

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Família FABACEAE Sucupira Preta

Nome científico: Bowdichia virgilioides Hábito: Árvore Habitat: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal Avaliação de risco: Ameaçada Características gerais da espécie e importância socioeconômica Árvore pioneira que alcança entre 8m e 16m de altura, apresentando flores violetas e frutos no formato de vagens pequenas e achatadas. É utilizada de forma ornamental e em programas de recuperação ambiental. Floresce entre agosto e setembro e seus frutos amadurecem de outubro a dezembro. Sua madeira é utilizada para assoalhos, portas e acabamentos internos. Sua casca é utilizada por suas propriedades como analgésico para reumatismo e artrose e na profilaxia de esquistossomose. Distribuição É encontrada no Amazonas, Amapá, Pará, em Rondônia, Roraima, Alagoas, no Tocantins, no Ceará, Maranhão, na Bahia, Paraíba, em Pernambuco, no Piauí, Rio Grande do Norte, em Sergipe, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, no Distrito Federal, Espírito Santo, em Minas Gerais, São Paulo e no Paraná. Clique aqui para ver mais fotos

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Fecha Maria

Nome científico: Mimosa pudica Hábito: Erva Habitat: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica Avaliação de risco: Não avaliado Características gerais da espécie e importância socioeconômica Pequeno arbusto que pode chegar até 2m de comprimento. Seu nome popular é uma referência ao fechamento das folhas quanto tocadas ou expostas ao calor, como defesa da planta contra herbívoros. Possui pequenas flores rosadas e frutos menores que aderem ao pelo de animais. É utilizada na medicina popular para infusão e suco de folhas e raízes. Possui propriedades purgativas, porém é tóxica em alta dosagem. É indicada também contra afecções do fígado, prisão de ventre, inflamações de garganta e boca, dor de dente e contra o reumatismo. Considerada uma planta invasora, é também utilizada para forragem de solo (PAULA, 2013). Distribuição É encontrada no Acre, Amazonas, Amapá, Pará, em Rondônia, Roraima, Tocantins, Alagoas, na Bahia, no Ceará, Maranhão, Piauí, na Paraíba, em Pernambuco, Sergipe, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, no Distrito Federal, Espírito Santo, em Minas Gerais, São Paulo, no Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Clique aqui para ver mais fotos

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Barbatimão

Nome científico: Stryphnodendron adstringens Hábito: Arbusto Habitat: Cerrado Avaliação de risco: Não avaliado Características gerais da espécie e importância socioeconômica Planta que pode chegar até 6m de altura. Embora não apresente valor econômico, é amplamente utilizada no tratamento de patologias como gonorreia, diarreia, úlceras e impingens (CNCFLORA, 2012). Possui ação anti-inflamatória, cicatrizante, adstringente, antisséptica, anti-hipertensiva. Seu nome científico pode ser traduzido como “casca adstringente”. Pelos estudos apresentados sobre essa espécie, ela foi inserida na Lista da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse do SUS. Sua floração creme esverdeada no formato de espigas ocorre entre setembro e novembro, enquanto sua frutificação ocorre entre novembro e junho, com maturação dos frutos entre agosto e setembro (LIMA et al, 2016). Distribuição É encontrado no Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, em Goiás, no Distrito Federal, na Bahia, em Minas Gerais, São Paulo e no Paraná. Clique aqui para ver mais fotos

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Família LYTHRACEAE Pacari

Nome científico: Lafoensia pacari Hábito: Árvore Habitat: Cerrado Avaliação de risco: Não avaliado Características gerais da espécie e importância socioeconômica As folhas e a entrecasca devem ser sempre usadas depois de secas, segundo a medicina popular. Para o tratamento de gastrite e úlceras no estômago ela é indicada na forma de chá, tintura ou garrafada. É usada como cicatrizante para o tratamento de feridas na pele, na forma de banhos e pomada. O pó da entrecasca é usado em feridas de animais, como por exemplo, no cavalo, para tratar pisadura de montaria. O remédio caseiro feito de pacari deve ser usado com cuidado e atenção, observando-se as doses recomendadas, que são bem pequenas. Não há conhecimento sobre tratamento para intoxicações decorrentes de doses excessivas de pacari. Por ser uma árvore de características ornamentais, pode ser utilizada no paisagismo e na arborização urbana. Recomendada em reflorestamento de áreas degradadas para recuperação de vegetação (CORREIA, 2009). Distribuição É encontrada em Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Clique aqui para ver mais fotos

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Família MALPIGHIACEAE Arnica do campo

Nome científico: Camarea ericoides Hábito: Subarbusto Habitat: Cerrado Avaliação de risco: Pouco preocupante Características gerais da espécie e importância socioeconômica Subarbusto de 8cm a 25cm de altura, com vistosas flores amarelas (WATANABE et al, 1998). Suas folhas exalam um aroma que faz lembrar o da cânfora. É uma planta medicinal com substâncias de poder terapêutico, anti-inflamatório e analgésico. Muito utilizada pela comunidade na manutenção e recuperação da saúde bucal. A arnica do campo ou arniquinha é indicada para dor de dente, extração, infecção e ferimentos. Distribuição É encontrada em Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. Clique aqui para ver mais fotos

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Família MELASTOMATACEAE Canela de Velho

Nome científico: Miconia albicans Hábito: Arbórea Habitat: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal Avaliação de risco: Não avaliado Características gerais da espécie e importância socioeconômica Planta pioneira com até 2,5m de altura, é muito utilizada contra artrite e artrose. Estudada por suas propriedades medicinais, apresenta ação analgésica, anti-inflamatória, antimicrobiana e no tratamento do “Mal de Chagas”. Suas flores brancas surgem entre agosto e setembro e seus frutos, pequenos e rosados, entre setembro e dezembro. Essa planta é muito encontrada em áreas de regeneração do Cerrado (ALMEIDA, 2016). Sua madeira é utilizada na construção civil e suas flores são visitadas por abelhas que produzem mel. Suas sementes são também utilizadas em artesanato. Distribuição É encontrada em todo a região do Cerrado e, também, em Roraima, Amazonas e Santa Catarina. Clique aqui para ver mais fotos

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Família MYRTACEAE Pitanga do Cerrado

Nome científico: Eugenia bimarginata Hábito: Árvore Habitat: Cerrado Avaliação de risco: Não avaliado Características gerais da espécie e importância socioeconômica Árvore que pode chegar até 20m de altura e possui o caule acinzentado. Também chamada de cangoba, nome que vem do Tupi e significa “erva frutífera de fazer chá”. Frutifica de outubro a dezembro e pode ser consumida in natura, embora tenha um gosto adstringente. Visualmente parecido com uma azeitona, seu fruto mancha pele, roupas e solo. Suas flores brancas surgem entre maio e junho e são visitadas por abelhas que produzem mel. Suas folhas mais novas são muito nutritivas e podem ser utilizadas como complemento alimentar. Possui propriedades adstringentes, calmantes, diuréticas, hipoglicemiantes, antibióticas, sendo indicada no tratamento de diabetes, afecções gástricas e pancreáticas, diarreia e disenteria. Distribuição É encontrada no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, em Goiás, São Paulo, Minas Gerais, no Paraná e na Bahia. Clique aqui para ver mais fotos

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Família NYCTAGINACEAE João Mole

Nome científico: Guapira noxia Hábito: Árvore Habitat: Cerrado Avaliação de risco: Não avaliado Características gerais da espécie e importância socioeconômica Pode apresentar até 10m de altura, sendo muito utilizada em recuperação de áreas degradadas. Seus frutos são vermelhos, quando maduros, e atraem aves (SEVERI, 2010). Essa árvore é muito utilizada em ornamentação urbana e sua madeira serve de matéria prima para a fabricação de cabos de ferramentas, caixotaria e forros. Leva o nome de “João mole” devido à fragilidade de sua madeira. Inicia seu período de floração a partir de setembro e frutifica entre outubro e novembro, servindo de alimento para aves que dispersam suas sementes. Sua madeira é utilizada na construção civil, na marcenaria leve e como lenha. Suas sementes também são comercializadas. O chá da casca dessa espécie é indicado para diminuição de inchaço, amigdalites e rouquidão. Distribuição É encontrado em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Minas Gerais. Clique aqui para ver mais fotos

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Família OCHNACEAE Orquídea Rédea

Nome científico: Ouratea floribunda Hábito: Arbusto Habitat: Cerrado e Mata Atlântica Avaliação de risco: Vulnerável Características gerais da espécie e importância socioeconômica Essa orquídea exibe florada amarela, muito vistosa, entre agosto e setembro, e frutos belos, de coloração vermelha, entre janeiro e fevereiro, podendo atingir até 5m de altura (AMARAL, 2018). De suas sementes se extrai um óleo adocicado e aromático, conhecido como “manteiga de batiputá”, sendo utilizado em conservas e como tempero. Esse óleo possui propriedades medicinais e é utilizado como antirreumático e contra lesões da pele. Tem sido estudada também por suas propriedades antifúngicas e antimicrobianas. Distribuição É encontrada na Bahia, no Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Rio de Janeiro, em São Paulo, Mato Grosso, Sergipe, Pernambuco, na Paraíba e no Ceará. Clique aqui para ver mais fotos

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Família POLYGALACEAE Gelol

Nome científico: Polygala paniculata Hábito: Erva Habitat: Restinga Avaliação de risco: Não avaliado Características gerais da espécie e importância socioeconômica Encontrada na vegetação de restinga, em beira de praia, com grande função de fixação de areia, impedindo que ela se mova. Apresenta flores brancas e roxas de agosto até maio. Quando suas raízes são maceradas, liberam um aroma que faz lembrar o de “gelol” ou “vick vaporub”, surgindo daí o nome popular da planta (1996); isto se deve à presença do salicilato de metila, substância responsável por este odor de cânfora. Há relatos de que pescadores açorianos cheiravam suas raízes para a desobstrução nasal. Seu uso externo é indicado também para contusões, dores locais e reumatismo, por possuir propriedades analgésicas e anestésicas (PINHEIRO, 1996). Distribuição Pode ser encontrada no Rio Grande do Sul, Paraná, em Santa Catarina, São Paulo, no Rio de Janeiro, Espírito Santo, na Bahia, em Sergipe, Alagoas, Pernambuco, na Paraíba e no Ceará. Clique aqui para ver mais fotos

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Família RUBIACEAE Chapéu de couro do Cerrado

Nome científico: Palicourea rigida Hábito: Arbusto Habitat: Cerrado Avaliação de risco: Não avaliado Características gerais da espécie e importância socioeconômica Essa planta possui uma característica marcante: suas folhas são duras como couro. É também conhecida como “gritadeira”, pelo fato de suas folhas, por serem grandes e duras, produzirem um som quando agitadas pelo vento. Na primavera aparecem flores de cor alaranjada, com frutos aparecendo entre fevereiro e maio. É utilizada no tratamento de problemas renais e do sistema reprodutor feminino. Possui propriedades antioxidantes (ROSA, 2009) e ação antimicrobiana e citotóxica. O chá, na forma de infusão ou decocto das folhas, quando feito concentrado, pode causar vômito, principalmente em crianças. Distribuição É encontrado no Acre, Amazonas, Pará, em Roraima, na Bahia, em Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, no Distrito Federal, Espírito Santo, em Minas Gerais, São Paulo e no Paraná. Clique aqui para ver mais fotos

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Família SALICACEAE Guaçatonga

Nome científico: Casearia sylvestris Hábito: Arbusto ou árvore Habitat: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampas e Pantanal Avaliação de risco: Não avaliado

Características gerais da espécie e importância socioeconômica Espécie que pode medir entre 2m a 6m de altura, mas podendo atingir até mais de 10m em algumas regiões, sendo de fácil adaptação (BARBOSA, 2019). Planta medicinal que floresce de maio a dezembro, com pequenas flores brancas ou creme-esverdeadas, que possuem um aroma que lembra o mel. Sua frutificação ocorre de agosto a dezembro e seu fruto tem formato oval e a cor verde escuro, quando maduro lembra o fruto do café (SARTORELLI, 2017). É muito utilizada na manipulação de remédios homeopáticos e em cremes fitoterápicos, com indicação para o tratamento de herpes labial e aftas. Também pode ser utilizada contra hemorragias, ácido úrico, dores no peito, artrite e diarreia. Possui propriedades depurativas, diuréticas, estimulantes, anti-hemorrágicas, antipiréticas e afrodisíacas, mas não é recomendada para lactantes e gestantes. O nome científico Casearia é uma homenagem ao missionário holandês Dialogus Miraculorum de Caesarius (CARVALHO, 2007). Distribuição É encontrada no Acre, Amazonas, Ceará, em Alagoas, na Bahia, em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, no Distrito Federal, na Paraíba, no Rio de janeiro, Rio Grande do Sul e em São Paulo. Clique aqui para ver mais fotos

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Família SOLANACEAE Lobeira

Nome científico: Solanum lycocarpum Hábito: Arbusto ou árvore Habitat: Cerrado, Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica Avaliação de risco: Não avaliado Características gerais da espécie e importância socioeconômica Essa espécie pode chegar a 6m de altura. Sua floração ocorre entre março e dezembro, e a frutificação vai de janeiro a abril. É importante na medicina caseira para o combate de gripes e resfriados, hepatite e asma. Toda a planta é utilizada e ela possui propriedades antirreumáticas e tônicas. Do fruto se produz a farinha denominada “polvilho da lobeira”, que é utilizada contra diabetes. Seu fruto é grande, carnoso, de sabor doce e tem a cor verde quando está maduro, entre março e julho. Além de ser utilizada na alimentação, é também uma espécie eficaz na restauração de áreas degradadas e apresenta grande adaptação às áreas de seca. Distribuição É encontrada na Bahia, no Distrito Federal, em Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, no Espírito Santo, Rio de Janeiro, em Minas Gerais, São Paulo e no Paraná. Clique aqui para ver mais fotos

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Família SALICACEAE Camará

Nome científico: Lantana camara Hábito: Arbusto Habitat: Cerrado Avaliação de risco: Não avaliado Características gerais da espécie e importância socioeconômica Planta arbustiva, que pode chegar a 2m de altura, ornamental, medicinal e com distribuição cosmopolita. Pode conter espinhos ao longo dos galhos, possui folhas ovaladas e pequenas flores coloridas de branco, amarelo, rosado, vermelho ou mistas; seus frutos são pequenos e arredondados. É considerada uma espécie invasora de pastos, facilmente dissipada por pássaros, sendo muito tóxica podendo levar à morte se consumida por gado bovino. É muito utilizada na composição de cercas vivas e de forma ornamental. Na medicina é utilizada como diurético, expectorante, febrífugo, antirreumático, anticonvulsivo, com folhas ricas em óleos essenciais (COSTA, 2009). Distribuição É encontrada desde a Amazônia até o Rio Grande do Sul (PEREIRA, 2005). Clique aqui para ver mais fotos

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ANOTAÇÕES

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GUIA DO CERRADO: Coordenação Cláudia Pires Lessa Depto. Socioambiental Vina

Sabrina Soares Bióloga, Consultora Ambiental da Vina. CRBio 93160/04-D

Luziene Santos Mestranda em Manejo e Conservação de Ecossistemas Naturais e Agrários CRBio 117657/04-D

Design Gráfico: Lika Prates

Revisão: Élida Murta

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D E PA R TA M E N T O S O C I O A M B I E N TA L

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vinaec.com.br 42


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