2 minute read
MODELO METROPOLITANO
Na década de 50 a cidade de São Paulo apresenta uma certa demanda pela construção de novas edificações atrelada ao mais novo caráter desenvolvimentista nacionalista do país. Havia uma vontade de impor a condição de cidade metropolitana á são Paulo e assim expandir suas influencias, algo conquistado pela materialização de grandes projetos na cidade. O segmento residencial tem uma mudança em seu perfil, uma vez em que os projetos passam a ter serviços e facilidades, permitindo a transferência de atividades domésticas ao âmbito coletivo, uma concepção que se vê claramente no projeto da Ville Contemporaine de Corbusier. Portanto vemos uma mudança nas tipologias e nos cenários urbanos porem mantendo o espaço. Segundo o arquiteto Alan Colquhoun havia um fenômeno intitulado de “The superblock” que consistia nas transformações de uma visão macro em que a construção de grandes blocos e novas tipologias influenciam a estruturação Urbana. Um dos principais grandes exemplos citado pelo autor é o caso do Rockefeller Center em Nova Iorque. Tal projeto se desenrolou com soluções arquitetônicas para empreendimentos de larga escala associando uma boa resposta arquitetônica a uma grande rentabilidade financeira. A intenção desde o início era a de se criar um espaço em que houvesse qualidade urbana, através de uma praça central onde ao redor se organizavam diversos edifícios. Para implementar a questão da escala do pedestre e a escala da cidade foi trabalhada a questão dos gabaritos com desenhos e volumes baixos na escala micro e altas torres que estabeleciam por sua vez a relação de
monumentalidade com o entorno na escala macro. No projeto final a tal praça central fica numa cota um pouco mais baixa que o nível da rua, conectando as edificações ao subsolo onde haviam galerias comerciais assim criando um espaço de passagem para a área de garagens e acesso alternativo à estação do metrô. De modo geral, o projeto do Rockfeller Center é compreendido como um modelo projetual da década de 50, onde encontrava se um modelo arquitetônico de grande influencia para a cidade que tinha o caráter metropolitano, conciliava a ampliação e integração ao espaço publico e que também maximizava o lucro sobre o solo urbano. No caso do Conjunto Nacional, assim como no Rockfeller, temos uma intervenção arquitetônica de iniciativa privada que acaba por consolidar uma grande nova centralidade, com capacidade para alteração até mesmo dos fluxos de deslocamentos das pessoas na cidade, gerando um novo eixo comercial atrativo na Avenida Paulista.
Advertisement