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Thamires Zelinda dos Santos

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A CIDADE NA CIDADE

A CIDADE NA CIDADE

ANÁLISE DA OBRA

Por Thamires Zelinda dos Santos

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Quando penso na Av. Paulista logo me vem à cabeça todos os edifícios que a compõe e dão a ela um aspecto único. O Conjunto Nacional é um desses edifícios grandiosos não pelo tamanho, mas pela complexidade e funcionalidade existente em seu projeto. O Conjunto Nacional tem uma tipologia lâmina sobre base que se a gente parar para pensar é um volume “simples”, mas quando temos a oportunidade de estudar a fundo uma obra desse porte, conseguimos entender toda a funcionalidade e desafios dentro do projeto. Seu volume é composto pela base horizontal que ocupa todo o terreno e tem uso comercial, enquanto a lâmina vertical é composta por três torres, que abriga residências e escritórios. Encontramos ainda uma cúpula geodésica e alguns pavilhões no terraço do edifício, além claro, da marquise que cobre parcialmente as calçadas presentes ao redor do lote e que contribui para que a arquitetura esteja inserida no espaço urbano. O fato do Conjunto Nacional ser uma arquitetura que faz com que os pedestres a permeiem e a explorem de maneira simples, faz com que a sua planta se torne urbana. Toda essa conexão torna o projeto mais próximo das pessoas que o utilizam. O funcionamento presente no prédio é simples e não deixa a desejar, além de ser um projeto harmonioso. Acredito que o Conjunto Nacional é um exemplo vivo de como uma arquitetura pode respeitar o sítio em que se encontra e como pode entrar em sintonia com o

espaço público. E como vimos, a questão do uso público é reforçada de diversas maneiras, com o uso do mosaico português que é usado desde a calçada até o interior do edifício, com a presença de bancos no interior, com acessos amplos nas quatro ruas que circundam o lote, entre outros. É um projeto complexo, mas que foi resolvido de uma maneira tão precisa que o resultado não poderia ter sido melhor.

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