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LÂMINA

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PROGRAMA

PROGRAMA

A LÂMINA

O edifício lâmina abriga três blocos contínuos, o edifício Guayupiá, Horsa I e Horsa II. O maior movimento a ser feito, foi manter o caráter funcional do projeto, atribuindo a ocupação da lâmina como comercial e residencial. Porém uma grande mudança alterou o projeto final, e apenas 20% de sua área destinada ao uso residencial, foi mantida. O edifício Guayupiá é o primeiro a ser construído e o único a manter o seu programa habitacional. Apresenta 25 andares, sendo os três últimos oavimentos, um único apartamento triplex. Seu acesso é pela Rua Augsuta e define independência em relação à área comercial do Conjunto.

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Foto da construção do bloco Guayupiá na lâmina vertical do Conjunto Nacional. Fonte http://www.arquivo.arq.br/conjunto-nacional?lightbox=image_1pke

Foto da lâmina vertical e a escada do e bloco Guayupiá e a escada do bloco Horsa I ao fundo, pela Rua Augusta. Fonte: http://refugiosurbanos.com.br/casaspredios/conjunto-nacional/ 52

Os blocos Horsa I e Horsa II, construídos de forma independente, são equivalentes às áreas de cinco blocos residenciais previstos no projeto inicial. O primeiro bloco citado, finalizado primeiro, apresenta um pavimento-tipo dividido em algumas unidades comerciais. Possui a mesma solução de escadas adotada no bloco Guayupiá. Já o bloco Horsa II que também é utilizado de forma comercial, é o único que mantem a caixa de escada na parte interna do edifício.

Desenhos Fernanda Marafon Frau

OPÇÃO ESTRUTURAL

O Conjunto Nacional está vinculado ao uso da técnica moderna e emprega o concreto armado, as lajes nervuradas e as vigas de transição como opções estruturais para mediar e resolver as relações entre os dois volumes, vertical e horizontal, que compõem a solução formal do edifício. A opção pela estrutura em pilares de concreto e lajes nervuradas para os pavimentos do embasamento permite a livre ocupação do volume numa operação em que a planta é livre, independente, e pode ser desenhada como planta urbana. O embasamento do edifício se desenvolve a partir de uma malha estrutural que obedece a intervalos de 5; 7,5 e 10 metros de distância. A modulação mantém a coincidência com as unidades comerciais do pavimento térreo, como também facilita a organização de vagas do subsolo. Alguns ajustes de medidas são realizados nas distâncias entre pilares das galerias de circulação que apresentam certa variação, com intervalos de 9,80 metros. Durante a construção do edifício, foram experimentadas diversas soluções para a execução das formas das lajes nervuradas, com 50 e 35 centímetros de altura. A opção final foi a adoção de formas fabricadas em partes e montadas in loco. O corpo vertical tem uma estrutura independente do volume de embasamento com uma distribuição de pilares e vigas em concreto que se adequa aos diferentes programas dos blocos que compõem a lâmina vertical. No Guayupiá os pilares não obedecem uma ordem clara, mas estão posicionados de acordo com a divisão dos ambientes

dos apartamentos, sem modulação ou sistematicidade. No bloco Horsa I, a disposição de pilares coincide com as alvenarias de divisão das unidades comerciais e o formato cilíndrico indica a distinção entre estrutura e vedação. A distribuição de pilares no bloco Horsa II, repete parcialmente a solução existente no Horsa I, porém outros pilares são projetados e posicionados nas paredes que faceiam o corredor de distribuição. Estas diferentes opções estruturais entre os três blocos da lâmina não é aparente no pavimento terraço, onde a utilização de pilotis para a suspensão da lâmina vertical é possível pela construção de vigas de transição. As vigas, dispostas longitudinalmente no volume vertical, estão localizadas na base da lâmina. Elas recebem as cargas provenientes dos 25 pavimentos do volume vertical e transferem os esforços para as linhas de pilotis duplos existentes a partir do terraço jardim. A transição estrutural realizada entre lâmina e base é assim concebida com a intenção de liberar toda a área do terraço, como anteriormente mencionado, constituindo um novo pavimento de uso público, uma repetição do nível térreo como espaço a ser usufruído, tanto pelos moradores do conjunto como pelos habitantes da cidade.

n. 222, p. 213. Acropole Fonte:

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