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EMBASAMENTO

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BIBLIOGRAFIA

BIBLIOGRAFIA

Em relação ao embasamento do edifício foram mantidas as mesmas características do projeto inicial, que seriam os três pavimentos para uso comercial e dois subsolos para 786 vagas de veículos. O seu volume é composto de dois pavimentos de sobrelojas suspensos sobre pilotis e o pavimento térreo é ocupado por unidades comerciais A implantação obedece ao recuo obrigatório de 10 metros na face da Avenida Paulista 31 e guarda recuo de 4 metros na Alameda Santos, mantendo o posicionamento das cinco galerias de acesso ao interior do edifício. Internamente as galerias convergem numa área central onde estão posicionados três elevadores, uma rampa helicoidal e duas escadas rolantes, que articulam os acessos entre os diferentes pavimentos do bloco de embasamento. O desenho das cinco galerias internas e da rampa helicoidal permanece como idealizado inicialmente, com as generosas dimensões e a intenção de efetuar um prolongamento das calçadas no interior do edifício. Os acessos o Conjunto estão distribuídos nas quatro faces da quadra. A Avenida Paulista, a Rua Augusta e a Alameda Santos contam com um único acesso e a Rua Padre João Manuel tem dois acessos para a área interna do edifício. Esta rua abriga também a entrada da rampa dos dois subsolos das áreas comerciais. Já o subsolo das unidades residenciais, com 70 vagas de veículos tem acesso pela Alameda Santos. A escolha da localização do acesso aos subsolos na rua menos movimentada parece acertado, mas é curiosa a manutenção de duas entradas para o centro comercial neste mesmo logradouro, onde o fluxo de

pedestres é menor. Em relação ao aumento de área construída, as modificações efetuadas tiveram a intenção de ampliar as unidades comerciais nos três pisos do embasamento. No pavimento térreo, o perímetro das unidades comerciais é expandido e uma marquise é construída para abrigar o fluxo de pedestres nas imediações do edifício. Nos demais pavimentos é a região da circulação em torno da rampa helicoidal que recebe acréscimo de construção limitando o espaço livre da área central. Nas galerias, assim como nas calçadas, os pilares estão soltos em relação à delimitação das unidades comerciais, recuadas, e assumem no interior da galeria a forma cilíndrica. O projeto original não distingue o tratamento interno e externo dos estabelecimentos comerciais, mas no edifício, com a opção pela construção da marquise, as unidades comerciais situadas nas fachadas ficam com a altura das vitrines menores que as unidades da área interna. No Conjunto Nacional, às circulações verticais foram inicialmente posicionadas em local com acesso direto pelo passeio público. A entrada dos edifícios residenciais, na Alameda Santos, proporciona uma grande área livre coberta como prolongamento das calçadas. Porém no edifício construído, com a adoção do programa comercial para dois dos blocos da lâmina, a entrada para as circulações verticais transfere-se para o interior das galerias e a área destinada anteriormente ao acesso dos blocos residenciais passa a ser ocupada pelo volume do cinema, que anteriormente estava localizada no primeiro pavimento do embasamento. Dessa forma, também o acesso ao cinema é deslocado da Avenida Paulista para a Alameda Santos e localizado junto à rampa de acesso ao subsolo das unidades residenciais.

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pedestres é menor. Em relação ao aumento de área construída, as modificações efetuadas tiveram a intenção de ampliar as unidades comerciais nos três pisos do embasamento. No pavimento térreo, o perímetro das unidades comerciais é expandido e uma marquise é construída para abrigar o fluxo de pedestres nas imediações do edifício. Nos demais pavimentos é a região da circulação em torno da rampa helicoidal que recebe acréscimo de construção limitando o espaço livre da área central. Nas galerias, assim como nas calçadas, os pilares estão soltos em relação à delimitação das unidades comerciais, recuadas, e assumem no interior da galeria a forma cilíndrica. O projeto original não distingue o tratamento interno e externo dos estabelecimentos comerciais, mas no edifício, com a opção pela construção da marquise, as unidades comerciais situadas nas fachadas ficam com a altura das vitrines menores que as unidades da área interna. No Conjunto Nacional, às circulações verticais foram inicialmente posicionadas em local com acesso direto pelo passeio público. A entrada dos edifícios residenciais, na Alameda Santos, proporciona uma grande área livre coberta como prolongamento das calçadas. Porém no edifício construído, com a adoção do programa comercial para dois dos blocos da lâmina, a entrada para as circulações verticais transfere-se para o interior das galerias e a área destinada anteriormente ao acesso dos blocos residenciais passa a ser ocupada pelo volume do cinema, que anteriormente estava localizada no primeiro pavimento do embasamento. Dessa forma, também o acesso ao cinema é deslocado da Avenida Paulista para a Alameda Santos e localizado junto à rampa de acesso ao subsolo das unidades residenciais.

Corte esquemático. Desenho Fernanda Marafon Frau

PLANTA URBANA

Uma planta baixa de uma edificação se torna planta urbana, a partir do momento em que a arquitetura interage com o espaço público e o espaço público interage com a arquitetura. No Conjunto Nacional, diversos atributos urbanos são introduzidos como características do edifício, com a intenção de construir essa relação de integração com a cidade. A circulação desenha novas ruas, que embora constituam domínio privado, são projetadas como edificação. A continuidade dos passeios pode ser observada com a continuação das calçadas e delimitam novas parcelas urbanas no interior da incorporação da geografia

do lote nas circulações internas do edifício. A quadra, embora apresente declividade pequena, ao final de seus aproximados 120 metros de extensão, apresenta um desnível de um metro entre as entradas da Avenida Paulista e Alameda Santos, assim como entre as ruas Padre João Manuel e Rua Augusta. Este desnível não é percebido, pois a laje do pavimento térreo é construída como continuação da cota da rua e acompanha o desnível das calçadas. Esse tipo de inserção é evidente no edifício Copan, onde a diferença de cotas entre as ruas confrontantes ao edifício é maior e atinge 4 metros, exigindo a adoção de degraus na entrada das unidades comerciais do pavimento térreo. A dimensão de uso público, no Conjunto, é reforçada pela instalação de equipamentos urbanos tais como telefones, bancos, lixeira e pela própria escolha dos acabamentos, uma vez que o piso de mosaico português utilizado nas calçadas é adotado como revestimento de toda a área das galerias do pavimento térreo A proteção proporcionada pela marquise, a utilização do vidro em vedações e vitrines, permitindo a visão entre espaço interno e externo, e as amplas dimensões das galerias, construídas com larguras equiparáveis aos logradouros da cidade, constituem outras características que evidenciam a integração da arquitetura do edifício com as áreas públicas da cidade.

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