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Vinicius de Faria
ANÁLISE DA OBRA
Por Vinicius de Faria
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O Conjunto Nacional é um grande marco para a cidade de São Paulo, principalmente se tratando do contexto Avenida Paulista. Projetado na década de 50, o Conjunto trouxe imponência e funcionalidade à região, vivenciou e foi um grande colaborador no crescimento da capital econômica do país, São Paulo. Com duas lâminas que se compõem perfeitamente, o edifico é facilmente reconhecido por seu uso misto e sua diversidade arquitetônica. Na lâmina horizontal, nota-se o uso predominantemente comercial que convive com a arquitetura existente do edifico, que é repleto de elementos marcantes, como uma marquise que avança paralelamente as calçadas, um piso que se integra a calçada criando uma sensação de continuidade, que convida os pedestres a adentrarem à obra, principalmente pelo fácil acesso às ruas Augusta e Padre João Manuel, a Avenida Paulista e a Alameda Santos, que implantam o loteamento. A rampa de acesso ao terraçojardim e uma grande cúpula geodesia são os maiores protagonistas dessa lâmina horizontal. A lâmina vertical foi a que mais sofreu com mudanças projetuais e realocação de transposições. São três blocos, construídos de forma independentes, que integram ao chamado “edifício lâmina”, são eles: o bloco Guayupiá, Horsa I e Horsa I. O uso comercial e o uso residencial é o que marca esta lâmina, que teve um grande papel para a consolidação da avenida Paulista, que pela.
visão do empreendedor José Tjurs, deveria se tornar a “quinta avenida” de São Paulo. Hoje, todo podemos ver, que a Avenida Paulista se tornou sim uma “quinta avenida” para São Paulo, porém, não apenas para a cidade, mas também, para todo o país, que é um dependente econômico desse “Wall Street” paulistano. Ambicioso e icônico, o projeto feito aos 25 anos de idade do arquiteto David Libeskind, foi sua maior e mais famosa realização, o que ocasionou um enorme marco na sua vida profissional. Ao se inspirar em grandes obras de Oscar Niemeyer como o edifício Copan e obras de Le Corbusier, o tão jovem arquiteto projeta não só pensando no edifício, mas também, nas pessoas que utilizariam este edifício e, concomitantemente, na intervenção urbanística e socioeconômica da região. É notório que seu uso é facilmente esclarecido no contexto da obra, e sua intervenção é fundamental e extremamente importante para o contexto de cidade, e na vida das pessoas que convivem diariamente com o edifico. “O mais importante não é a arquitetura, mas a vida, os amigos e este mundo injusto que devemos modificar. ” ― Oscar Niemeyer