VÍRUS Porque neutro nem sabonete, nem a Suíça
R$5 edição nº 19 janeiro 2013
PLANETÁRIO
Quebrando o tabu
PRAZER,
DINHEIRO, GLAMOUR...
É ISSO?
Um debate sem preconceito sobre a regulamentação da
Prostituição
ENTREVISTA:
Carlos Guedes de Guedes
Presidente do INCRA e a pressão dos movimentos sociais
Economia Solidária Bancos Comunitários se espalham pelo Distrito Federal Edição Digital reduzida.
Com conteúdo do
FAZENDO
MEDIA
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Em defesa do projeto dos movimentos sociais para o petróleo, com monopólio estatal, Petrobrás 100% pública e investimento em energias limpas. Notícias da campanha: www.apn.org.br www.tvpetroleira.tv organização: Participe do abaixo-assinado:
Por Laíssa Gamaro | Veja mais em: estudiocosmonauta.com.br
traço livre
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Por Adriano Kitani | Veja mais em: pirikart.tumblr.com/
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Afinal, o que é a Vírus Planetário? Muitos não entendem o que é a Vírus Planetário, principalmente o nome. Então, fazemos essa explicação maçante, mas necessária para os virgens de Vírus Planetário: Jornalismo pela diferença, não pela desigualdade. Esse é nosso lema. Em nosso primeiro editorial, anunciamos nosso estilo; usar primeira pessoa do singular, assumir nossa parcialidade, afinal “Neutro nem sabonete, nem a Suíça.” Somos, sim, parciais, com orgulho de darmos visibilidade a pessoas excluídas, de batalharmos contra as mais diversas formas de opressão. Rimos de nossa própria desgraça e sempre que possível gozamos com a cara de alguns algozes do povo. O bom humor é necessário para enfrentarmos com alegria as mais árduas batalhas do cotidiano.
O homem é o vírus do homem e do planeta. Daí, vem o nome da revista, que faz a provocação de que mesmo a humanidade destruindo a Terra e sua própria espécie, acreditamos que com mobilização social, uma sociedade em que haja felicidade para todos e todas é possível.
Recentemente, unificamos os esforços com o jornal alternativo Fazendo Media (www.fazendomedia.com) e nos tornamos um único coletivo e uma única publicação impressa. Seguimos, assim, mais fortes na luta pela democratização da comunicação para a construção de um jornalismo pela diferença, contra a desigualdade.
EXPEDIENTE: Rio de Janeiro: Aline Rochedo, Ana Chagas, Artur Romeu, Beatriz Noronha, Caio Amorim, Chico Motta, Eduardo Sá, Gabriel
Bernardo, Ingrid Simpson, Julia Maria Ferreira, Maria Luiza Baldez, Mariana Gomes, Miguel Tiriba, Noelia Pereira, Raquel Junia, Seiji Nomura e William Alexandre | Mato Grosso do Sul: Marina Duarte, Tainá Jara, Jones Mário, Fernanda Palheta e Rafael de Abreu | Brasília: Alina Freitas, Ana Ribeiro Malaco, Mariane Sanches, Luana Luizy e Thiago Vilela | São Paulo: Ana Carolina Gomes, Bruna Barlach e Luka Franca | Minas Gerais: Ana Malaco e Laura Ralola Diagramação e projeto gráfico: Caio Amorim Ilustrações: Laíssa Gamaro (ES), Adriano Kitani (SP), Rafael Balbueno (RS), Carlos Latuff (RJ), Ricardo Tokumoto (MG) Revisão: Bruna Barlach Colaborações: Paulo Henrique Cople Capa: foto: Valentina Costi, arte Thiago Vilela e Alina Freitas
Conselho Editorial:
Adriana Facina, Amanda Gurgel, Ana Enne, André Guimarães, Carlos Latuff, Claudia Santiago, Dênis de Moraes, Eduardo Sá, Gizele Martins, Gustavo Barreto, Henrique Carneiro, João Roberto Pinto, João Tancredo, Larissa Dahmer, Leon Diniz, MC Leonardo, Marcelo Yuka, Marcos Alvito, Mauro Iasi, Michael Löwy, Miguel Baldez, Orlando Zaccone, Oswaldo Munteal, Paulo Passarinho, Repper Fiell, Sandra Quintela, Tarcisio Carvalho, Virginia Fontes, Vito Gianotti e Diretoria de Imprensa do Sindicato Estadual dos Profissionais de Edução do Rio de Janeiro (SEPE-RJ)
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COMUNICAÇÃO E EDITORA A Revista Vírus Planetário - ISSN 2236-7969 é uma publicação da Malungo Comunicação e Editora com sede no Rio de Janeiro. Telefone: 3164-3716
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Editorial
Sumário
(da edição completa)
Nômade: que não tem habitação fixa. Grupo de pessoas que transita por diferentes territórios, sem transformá-los em sua propriedade. Ser nômade é construir diferentes identidades, é romper com o estabelecido, é começar o ano encarando de frente debates fundamentais. É estar presente cada vez mais nacionalmente, sem perder de vista as contradições inerentes a cada local. E é cada vez mais nômade que a Vírus se lança em sua primeira edição de 2013. Sabemos que a questão da prostituição não pode mais vir a reboque: abrimos aqui um debate essencial sobre os possíveis caminhos trazidos pela regulamentação desta profissão que sim, sempre esteve debaixo de nossos olhos, mas que a sociedade finge muito bem, há muito tempo, que não existe ou que não deve ser vista como profissão. O problema é que, enquanto isso, as prostitutas continuam a ser desrespeitadas e seu trabalho visto como um não-trabalho. E quando não é trabalho não merece nem acesso aos direitos e nem respeito. Pensando em diferentes formas de organização dentro do capitalismo, os bancos comunitários e a economia solidária também estão em pauta, trazendo diferentes leituras deste sistema de pensamentos e práticas que tem chamado atenção nos últimos anos em todo mundo e conquistado muito espaço no Brasil e no debate da esquerda. Para não perder o ritmo uma viagem musical e política que vai desde o samba, suas origens e realidade atual no Rio de Janeiro, onde reúne gerações. Da “voz dos morros” para a subida da ladeira, o cenário musical independente do Mato Grosso do Sul tem mostrado que é possível resistir à hegemonia do(s) sertanejo(s) enlatado(s), construindo caminhos alternativos, abrindo espaço para sua música, mostrando que há interesse por diversidade musical, o que não há é espaço no cenário musical tradicional, que ainda lucra muito em restringir e controlar o interesse musical da população. Ainda na subida do morro, é linda a ressignificação que os moradores do Borel fizeram do movimento “Ocupa”. Se ocupar é preciso, ocupar aquilo que é seu, empoderar-se, é fundamental. A UPP sobe o morro, com a justificativa de trazer a paz, mas que paz é essa em que moradores esquivam-se com medo diante daqueles que supostamente deveriam protegê-los. A partir do grito de “O morro é nosso” entoa-se um canto, um canto de liberdade que ecoará em outros morros, num grande grito de “Ocupa Favela”. Somos partes singulares disto, entrelaçando-se às lutas, ecoando, vibrando.
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Rio de Janeiro_#SalveReserva
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Bula Cultural_Cena Alternativa MAto Grosso do Sul
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Bula Cultural_Samba, o lugar do encontro
14 Bula Cultural 16 Colaborações_A vida entre os nômades
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Brasília_É possível a economia ser solidária?
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CAPA_Prostituição_Prazer, dinheiro, glamour... é isso?
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Fazendo Media_Entrevista Carlos Guedes
30 Traço Livre 32 Rio de Janeiro_Ocupa Borel 34 Ana Enne_As palpiteiras de plantão 35
O sensacional repórter sensacionalista
Bula cultural
algumas recomendações médico-artísticas
Subindo a ladeira na contramão do mercado Realidade de iniciativas independentes contra o domínio financeiro dos novos ramos do sertanejo no MS
Confira a reportagem na edição completa digital ou impressa 6
Vírus Planetário - JANEIRO 2013
Samba,
o lugar
Fotos: Aline Rochedo
“Foram me do Encontro. chamar, Eu estou aqui, o que é que há” Por Aline Rochedo Ouvi dizer que uma roda de samba está acontecendo todo segundo domingo do mês entre os bairros de Madureira e Oswaldo Cruz, no subúrbio carioca. Fui conferir! Você acaba de chegar e já se sente em casa. É o ritmo, o batuque, o calor do encontro. A rua é a extensão do quintal de casa, da roda na favela, do jongo da serra. E como dona Ivone Lara, “não pude resistir! Foi numa roda de samba, que junteime aos bambas, pra me distrair” .
Samba é o cotidiano cantado em poesia, nas favelas, nos bairros do subúrbio, nos bares ao pé do morro. É também a história de muitas lutas. Uma prática cultural que resulta de cruzamentos de diferentes experiências individuais, culturais, sociais e musicais ocorridas nos múltiplos cenários da cidade. Gerado no ambiente de família, onde as pessoas se reúnem, conversam, expõem suas angústias, tomam sua cerveja e festejam.
Confira a reportagem na edição completa digital ou impressa Vírus Planetário - JANEIRO 2013
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Contra a privatização dos Hospitais Universitários!
NÃO À
EBSERH! Gestão Mobilização Docente
e Trabalho de Base
www.aduff.org.br
brasília Inauguração do Banco Estrutural | Foto: Ateliê de Ideias / Flickr
É possível a economia ser solidária? Bancos Comunitários
se espalham pelo Distrito Federal
Por Thiago Vilela e André Shalders Aumentar a circulação de dinheiro em comunidades pobres, dar crédito para iniciativas empreendedoras e resgatar a autoestima dos moradores. Estes são alguns dos objetivos dos bancos comunitários que começam a chegar ao Distrito Federal (DF). Depois da implantação do Banco Estrutural, inaugurado na antiga vila de catadores em junho de 2012, outras duas iniciativas do mesmo tipo estão prestes a serem implementadas no DF. No Itapoã, bairro periférico da cidade do Paranoá, o banco já realiza eventos para arrecadar dinheiro e deve começar suas atividades dentro de algumas semanas. A outra comunidade selecionada para rece-
Projeto prevê a criação de mais dois bancos comunitários no Distrito Federal, nos mesmos moldes do que já funciona no município de Estrutural ber o empreendimento é o bairro de Arapoangas, em Planaltina, onde ainda não há uma data definida para o lançamento. Os três bancos comunitários do DF são parte de um programa da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). “Quando começamos esse projeto, em 2005, o país tinha apenas dois bancos comunitários, e hoje já são 81. Nosso objetivo é chegar a 100 até o final do ano. São as próprias comunidades que criam os bancos. Nós só oferecemos o treinamento, o apoio técnico e logístico para que eles próprios se organizem”, conta Antônio Haroldo, da Senaes.
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sociedade
Prazer, dinheiro, glamour... é isso? Por Maria Luiza Baldez, Mariana Gomes e Ingrid Simpson
Para além dos tabus mais clichês impostos por todo tipo de pensamento, o que pode estar por trás da regulamentação da profissão do sexo?
Confira a reportagem na edição completa digital ou impressa Foto: Valentina Costi
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Vírus Planetário - JANEIRO 2013
Sirlei Dias Carvalho Pinto esperava o ônibus para voltar para casa, era a madrugada do dia 23 de junho de 2007, na Avenida Lucio Costa, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, quando foi violentamente espancada por um grupo de cinco jovens de classe média alta. Na Delegacia os rapazes explicaram que acreditavam se tratar de uma prostituta. Para esses jovens, a explicação parecia adequada. Isilda Maria Ferreira Dias, Fabiana Teixeira, Vania Machado, são alguns nomes que se somam à lista das milhares de mulheres assassinadas anualmente no país. A causa? Se prostituírem. Com as novas iniciativas legislativas em torno do tema, a polêmica volta à tona e um debate profundo acerca do assunto se faz necessário.
FAZENDO
*É isso mesmo, caro leitor, agora a Vìrus e o Fazendo Media são um veículo único!
MEDIA
dezembro de 2012 | Ano 9 | Número 101 | www.fazendomedia.com | contato@fazendomedia.com
a média que a mídia faz
Entrevista: Carlos Guedes de Guedes “Terras improdutivas têm que ser desapropriadas”, diz presidente do Incra
Foto: Reprodução
Macapá (AP) — Desde sua fundação em julho de 1970, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) tem a missão de realizar a reforma agrária no Brasil. O órgão é criticado por diversos movimentos sociais do campo, principalmente o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), e, recentemente, seus funcionários entraram em greve. Em julho de 2012, sua presidência foi modificada durante a greve, tendo o presidente substituído ficado pouco mais de um ano à frente do órgão. Funcionário de carreira da instituição, o economista Carlos Guedes de Guedes é o novo presidente do Incra. Na entrevista concedida durante um encontro nacional de extrativistas em Macapá (AP), ele apresenta dados que mostram a importância da Amazônia na reforma agrária. Fala também sobre as mudanças em curso no Incra, e apresenta novas políticas para 2013. Segundo ele, se necessário, serão realizadas novas desapropriações e os assentamentos devem ser potencializados com mais políticas públicas para ampliar a reforma agrária no país.
Confira a entrevista na edição completa digital ou impressa Vírus Planetário - JANEIRO 2013
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rio de janeiro
Foto de fundo: Correspondentes da Paz / flickr
Moradores da favela “pacificada” da Tijuca, na zona norte do Rio, organizam evento contra Toque de Recolher implantado pela Unidade de Polícia Pacificadora local
OCUPA BOREL, Resistência e Alegria. Por Chico Motta Cheguei tarde, por volta de 22:30, e me disseram que as pessoas tinham ido para o “Terreirão”. Perguntei se havia muita gente, responderam que tava que era para mais de mil, abri um sorriso no rosto. O protesto, marcado para ocorrer na rua São Miguel, resolveu subir o morro, entrou no meio desse espaço vivo e presente que é o lugar deles, que é o motivo daquela luta, rompendo com uma estigma – marco simbólico da reapropriação do próprio território. 12
Vírus Planetário - JANEIRO 2013
“Eu moro na Tijuca, na Rua São Miguel O morro mais bonito é o morro do Borel No bairro da Tijuca, no morro do Borel Aqui tem quem luta, quem faz seu papel” Funk do Borel
O morro como dentro, como o eu, atravessado de histórias e vidas que fazem dele o que é, não mais um outro, que impõe e submete a vida dos moradores, não mais o que vem de fora como regra, mas sim de dentro como potência livre e pulsante, era multidão. “O morro é nosso” , escutei de um menino que devia ter por volta de onze anos. Era a primeira vez que subia o Borel e me impressionou o número
excessivo de policiais. “É por causa do protesto” me informou um morador, “eles estão apreensivos com a mobilização da comunidade”. Chegando no “Terreirão” havia cerca de 500 pessoas, jovens, adultos, mães e pais com os filhos, moleques alegres que escalavam os muros e a assistiam a tudo do alto. Uma moradora radiante e carismática discursava ao microfone que era só emoção. No rosto das pes-
Fotos: Chico Motta
soas se notava o orgulho, felicidade. Contra as últimas ações abusivas e repressoras, responderam com festa, música e alegria. Diversos MCs e poetas da Associção dos Profissionais e Amigos do Funk (APAFUNK), como MC Leonardo, marcaram presença. A afirmação do que eram, e que ninguém de querer iria lhes tirar. Na semana anterior o plantão da UPP havia passado de qualquer limite, impôs toque de recolher às 21h, ameaçou quem quer que mantivesse estabelecimentos abertos, agrediu física e verbalmente pessoas, submetendo-os a uma violência doentia. Não era a primeira vez que tais abusos ocorriam, denúncias se multiplicam, em especial com relação a policiais de dois dos plantões da comunidade. “Tem certos policiais que não conseguimos nem olhar no olho que a gente treme”, disse-me uma moradora. Não se tratava ali, é importante ressaltar, de querer a saída da polícia, mas pelo contrário, que esta esteja como servidora daquela população. O que não dá é para trocar de mãos as armas e a opressão continuar. O estado tem que servir aos moradores, não os oprimir. Em carta aberta dos manifestantes, enviada ao Capitão Amaral, comandante da UPP, foram elen-
“
O Ocupa Borel foi um marco, uma quebra de paradigma de uma comun idade que se sentia acuada.
cados os pontos positivos e negativos que a instalação da unidade trouxe. Entre os positivos destacaram o fim das incursões violentas do “caveirão” que gerava pânico e medo na população; a diminuição dos homicídios consequente do fim dos conflitos entre traficantes e policiais; e pequenas melhorias no desenvolvimento humano por conta de cursos e outras iniciativas que se estabeleceram na comunidade. Como pontos negativos, ressaltaram os abusos reiterados cometidos por policiais, o fato do disquedenúncia não funcionar de maneira satisfatória, o toque de recolher e o impedimento de circular livremente pelo morro. Pediram o afastamento dos policiais envolvidos nos abusos para tratamento psicológico, pois entendem que não deve ocorrer de serem transferidos e continuarem praticando abusos em outras Unidades.
O Ocupa Borel foi um marco, uma quebra de paradigma de uma comunidade que se sentia acuada. “Era como se estivéssemos engasgados e de repente conseguimos falar”. Com cartazes onde se lia “Sou morador e quero respeito” e “Ocupa Borel” estão reescrevendo a sua própria história. Ao final, perguntava-se entre as pessoas quando seria o próximo. Informaram que outras comunidades já se articulam para realizar manifestações semelhantes. “Tá rolando um Ocupa Alemão, e deve sair o Ocupa Maré, acho que esse movimento vai virar Ocupa Favelas”, disse otimista a moradora. *O nome dos moradores foram omitidos para a segurança dos mesmos.
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35 anos
Educação Estadual
Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro
na luta!
2013 será um ano de lutas para redes estadual e municipais da educação Os profissionais das escolas estaduais e municipais do Rio de Janeiro têm encontro marcado com a mobilização e com a luta contra os ataques do governador Cabral e do prefeito Eduardo Paes que acontecerão em 2013. No dia 23 de fevereiro (sábado), a rede estadual realiza uma assembleia geral, às 14h, no auditório da ABI (Rua Araújo Porto Alegre 71/9º andar). A categoria vai se mobilizar contra os ataques de Cabral, por melhores salários e contra a remoção arbitrária dos funcionários das escolas. Na quarta, 27 de fevereiro, será a vez da rede municipal da capital fazer sua assembleia, às 18h, também na ABI. Os professores e funcionários das escolas municipais do Rio estão em luta contra a reestruturação da rede e por um reajuste salarial digno. Nas demais redes municipais, a mobilização será a palavra de ordem para a luta pela valorização profissional e pela educação de qualidade.
Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação – Sepe/RJ
www.seperj.org.br