Mesma Merda

Page 1

mesma



PERA AI QUE EU VOU FALAR PRA DEUS DAR RÉ NO SOL PRA VC



S IC

• FU C K T H

EO

LYMPICS • F E H T • FU K C C U

K

O E L YM H T P







C

PIN

D • S O E

P HO P TO

N

V E E R S 'T

GF E N



S Ó

F O R Ç A


se acabo quando uma história se acaba, é certeza que uma outra começa, pode você querer isso ou não, mas é isso aí. às vezes uma história se acaba porque uma outra já começou até, o que é válido também, em qualquer assunto, essa regra se encaixa e sempre se encaixará. talvez por esse motivo ser tão difícil abandonar costumes, rotinas, trabalhos, estilos, relacionamentos, pessoas e qualquer coisa que previamente já tivemos contato de alguma forma. o bom disso tudo é que o fim significa paradoxalmente começo, e o começo é uma contagem regressiva ao fim. então qual é o propósito dessa porra toda? começar uma merda que vai acabar? pra que e por que se é tudo a mesma merda? essas perguntas vão ficar sem respostas amiguinhas e amiguinhos, nem as cabeças que usavam mais de 10% do poder cerebral -grupo onde eu e você não nos encaixamos- chegaram a uma conclusão aceitável. existem várias teorias, várias sugestões de como essa porra pode funcionar de uma maneira melhor, se é que se pode dizer isso dos processos, mas também ficar resmungando enquanto o tempo passa não seria digno da oportunidade que estamos tendo nesse universo -que juntou muitos átomos de uma maneira muito organizada, num certo sentido e em alguns casos melhor organizado que em outros- e não podemos deixar isso passar em branco porque até as plantas -que a grande maioria das pessoas acham que só existem para limpar o ar da atmosfera- deixam sua marca, seu rastro por aqui, com novas espécies, evoluções biológicas no meio ambiente e pelo habitat onde vivem em respeito e gratidão à tudo acerca delas. nós, como a espécie “mais evoluída” desse lugar, deveríamos agir de uma maneira mais eficiente e comunitária, tudo seria muito mais simples e prático, numa paz desgraçada, sem dúvida, mas é tão difícil né? respeitar as diferenças, ser educado e gentil com pessoas que sejam grossas com você, buscar a paz e não a felicidade a qualquer custo, entender que as coisas não acontecem sempre do exato jeito que você quer, e que mesmo sabendo que a vida é somente o que está acontecendo agora, ainda vai ter tempo pra caramba pra muita coisa boa te acontecer, coisas que você nem pode imaginar agora enquanto está lendo esse texto que abre uma nova história de pessoas que fizeram na raça total, uma revista gratuita por 14 anos, curtindo muito cada história contada, cada erro do word que passou na correção, cada crédito que o pdf deu pau e não saiu, cada cor que a gráfica descalibrou 15% de magenta, todos os atrasos das entregas das revistas por causa de erros das transportadoras e tantas outras maravilhosas merdas que aconteceram nesse processo de chegar aqui em 2018 fazendo a mesma merda que fizemos e continuaremos fazendo até morrer, só pra irritar as estatísticas e pessoas que sabem tudo de suas vidas limitadas e controladas ao acerto. mas na rua né não estar na rua te habilita a acessar um tipo de raciocínio específico sobre todo o resto que nos envolve, a não ser que você seja uma pessoa muito evoluída espiritualmente, ou um et, ai você não precisar desse contato com a realidade do lugar onde você vive ou esteja visitando, para sentir que a rua não é igual ao que se vê na tv ou se lê nos jornais, não em todos obviamente, existem pessoas que entendem a importância e responsabilidade de se compartilhar a realidade para que a consciência em relação à comunidade aumente, e assim diminua a tensão entre as pessoas que se deixam “acreditar” que fazem parte de grupos diferentes e devem “odiar e lutar contra o outro grupo” mesmo sendo exatamente iguais. culturalmente o skate está muito além do que só o que envolve a sua performance, pra mim tá mais pro lado cultural e sociológico, mas eles não seriam possíveis se não fosse a performance, ou seja, não tem como separar isso tudo como alguns tentam, o fato é que até o futebol tem isso, o basquete tem isso, o golfe tem isso, o surf tem isso e acredito que qualquer outro esporte tenha essa carga social e cultural. Talvez nós skatistas tenhamos uma visão um pouco mais independente e autônoma na parte cultural por estarmos sempre buscando algo novo, seja lá em que sentido for, e tenho certeza que essa postura em relação aos picos, manobras, roupas, músicas e tudo mais, de sempre querer algo inédito fez com que desenvolvêssemos uma certa habilidade para filtrar coisas novas que outras pessoas de fora do skate seguirão um dia, sabendo ou não que isso veio da cultura do skate.


PSEUDO INTELECTUAIS SÃO A ESCÓRIA


EXPEDIENTE MESMA MERDA faz parte da Vista S/A, mesmo ninguém da VISTA S/A sabendo que a gente fez isso. Andamos pelas ruas criando experiências de conteúdo multiplataformas sobre cultura urbana em todas as suas vertentes, e as vezes só fazendo merda mesmo.

Vista S/A Xande Marten Fernando Tesch Flavio Samelo Gustavo Tesch Tobias Sklar

_________________________________

MESMA MERDA

Paredro: Flavio Samelo - flaviosamelo@gmail.com Iconoclasta: Frederico Antunes - oi@fredericoantunes.com Tutorial: Djavan Amorim - djavan@vistasa.com.br I.A.: Fernando Arrienti - farrienti@gmail.com Salve: Estampilha: Riso Tropical

Não Fale conosco: leia@vista.art.br Confira os canais da Vista no site vista.art.br CHUPA QUE É DE UVA


MOLETONS, CAMISETAS – MODA EVANGÉLICA – MODINHA EM GERAL



T A

F O D A


TAKE A SELFIE • FAKE A LIFE







DON’T


R

Z A Z I D P

R LOV FO E

O

O L T OK ' N

OK FO LO




PÁGINA 17 PÁGINA 11

PÁGINA 5 PÁGINA 26

PÁGINA 13

PÁGINA 20


PÁGINA 22 PÁGINA 10

PÁGINA 19

PÁGINA 26

PÁGINA 15



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.