CARLOS RIBEIRO
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editorial S
Stanley Ignacio & Marcello Gouvea Limeira-SP Flavio Samelo
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Flavio Samelo
#skatelife Nas redes sociais, que de certa forma é a ferramenta pela qual muitas pessoas se comunicam hoje, existe um símbolo chamado hashtag que é esse aqui - # - caso você não esteja sabendo. Essa paradinha, escrita em frente a qualquer palavra, faz com que todas as imagens, notas, matérias, vídeos e tudo, fiquem meio que conectados caso alguém queira pesquisar todas as publicações que a mencionaram.
Tudo que eu comecei a reparar e pensar num hashtag, acabava em #skatelife. Também, a minha vida inteira tem sido em função do skate, dos amigos que o skate me trouxe e de tudo mais que me fez o que sou hoje. Tenho certeza que assim como eu, muitas outras pessoas em todo o mundo se tivessem parado para pensar sobre o tal hashtag também perceberiam como o skate se torna totalmente parte de nossas vidas.
Uma das que eu mais vejo no mudo do skate mundial é a clássica #skatelife. Nem precisa de tradução, certo? Fotos de campeonatos, sessões com os amigos, vídeos de manobras que se aprendeu, matérias legais que se viu num site ou revista, fotos de tours ou seja lá mais o que alguém achou que tivesse a ver com a “vida de skate”.
A história do hashtag eu nem sei qual é, na real. Não sei pra que aquilo serve realmente no final da história, mas o que importa mesmo é que me fez perceber o quanto eu, e muitos amigos meus, vivem skate e o quanto o skate vive por causa da gente e das nossas viagens por lugares e culturas diferentes. Percebi que no mundo inteiro skatista é tudo igual e que, sentir essa liberdade e possuir essa identidade própria só sabe quem tem #skatelife.
Patrick Vidal, novo profissional da Ă–US.
foto: Fernando Zanoni
gianca rlo n acca rato andr ĂŠ genov es i l. p. aladin p a t r i c k v i d a l r o n i c a r l o s d a n i e l m o r d z i n p e d r o b i a g i o g a b r i e l r o co
Agora ficou pequeno!
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fudeu. Caetano Oliveira
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Diego Wanks S達o Paulo - SP
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Nesta edição entrevistamos Klaus Bohms. Um skatista que vê o skate como forma de expressão artística. Klaus olha, observa, registra. Abrimos espaço para que as imagens produzidas por ele também ilustrassem a Vista 052.
Murilo Romão em Oscar Niemeyer - RJ | Holga 120mm com filme de 35mm adaptado
Klaus Bohms
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Meu mundo ainda ĂŠ outro - SP | Holga 120mm com filme de 35mm adaptado
Klaus Bohms
K E V I N “ S P A N K Y ” L O N G B Y A L E X I S R O S S, 2 0 1 3 . GOUACHE AND INDIA INK. PORTRAIT BY KENNETH CAPPELLO.
T H E
B A L A N C E
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O P P O S I T E S
F A C E B O O K . C O M / R V C A B R A S I L S H O P . R V C A . C O M . B R R V C A . C O M
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Locais: Sebastopol / Los Angeles | IPhone
Klaus Bohms
Ambiente. F
Camilo Neres
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Camilo Neres
Conhecer novos lugares. Todo skatista tem um pouco disto em seu DNA. Mas o que te move? O que te faz ir de um lugar ao outro independente da distância? A primeira vez que vi algo sobre a tal Ambiente, foi aqui nas páginas da Vista em uma extinta seção de nome PDV (se não me engano). Caramba, que loja louca! Onde que é? Goiânia! Onde fica isto mesmo? Alguns anos depois, sai de Porto Alegre e parei no Centro-Oeste. Sim, em Brasília, ao lado de Goiânia e da tão atraente Ambiente Skateshop. Voltando para, "o que te move?" Hoje me movo por um conjunto de emoções geradas por escolhas. Onde quase sempre o fator determinante é o skate e alguns sentimentos que me despertam o interesse pelos lugares como aquela "diferente" loja. "Por trás do que eu sinto, existem mais de mil complicações, que juntas se transformam em direções e no final já são quase milhões. Eu quero o infinito!" Este trecho da música de abertura do vídeo "Ambiente 10 Anos" é o que temos em comum. Estou falando de pessoas movidas por sentimentos reais, amor, momentos difíceis, alegrias e muitas outras coisas. Sentimentos que fazem com que se dediquem de corpo e alma em busca de um skate ainda melhor e mais divertido. Sem esperar grandes recompensas, acreditando apenas na capacidade de propagar o sentimento de amor infinito por tudo que fazem. Quem venham os próximos anos!
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Tobias Sklar
E ninguém melhor para nos contar alguns detalhes dessa vida que o pai da criança, Daniel Atassio: Dez Anos... Quando a gente fala que já temos essa idade as pessoas se impressionam, dizem que a loja já tem muito tempo. Mas a verdade é que pra nós esse tempo passou e nem vimos. Pra quem está no olho do furacão, trabalhando duro num projeto já pensando no próximo, o tempo passa muito rápido. Tão rápido que a ordem cronológica das coisas fica meio confusa. Parece que foi ontem que fizemos nossa inauguração com a presença dos skatistas profissionais e grandes amigos Robson Reco e Ricardo Pinguim. Na véspera os caras nos ajudaram a montar o que faltava na loja e até carregaram um balcão de meia tonelada com a gente. Outro dia apareceu um moleque com jeitão de surfista, que vinha de um tempo morando em São José dos Campos e andava muito de transição. Era o Jukinha (Juliano Amaral) e isso foi em 2004. Putz... E o sonho que realizamos quando fizemos nosso primeiro campeonato de street, numa praça pública onde já andávamos há muito tempo e sempre pensávamos em um dia fazer um evento, mas já fazem nove anos. O Desafio de Rua foi outra grande conquista e nos lembramos com detalhes de tudo. O Blunt de front do Rafael Cabral na borda de granito, na chuva. Isso foi em 2005. Um ano depois fizemos mais um grande evento em um pico que também era sonho. Foi o campeonato do Jaó! Nossa... E nesse mesmo ano ainda fizemos uns dez shows ao vivo no deck da loja. Em 2007 fizemos um monte de coisas e um ano depois veio o campeonato da Feira da Estação. Outro sonho realizado que teve uma super pista montada por nós mesmos e a participação de Luan de Oliveira que ficou em segundo lugar atrás de Lehi Leite.
E daí pra frente foi tudo ontem mesmo. E tudo se mistura com o que culminou no projeto do vídeo de 10 Anos. É skate, é diversão com os amigos e vira uma família grande e cheia de alegria. No projeto do vídeo dedicamos quase um ano e celebramos do jeito que a gente gosta, numa festa cheia de skatista doido (quase cinco mil pessoas), seis bandas e nossa pistinha montada. O que importa é que nesses dez anos vimos uma molecada virar homem, Juliano Amaral, LP Aladin, Felipe Gustavo hoje são grandes nomes do skate brasileiro e fazem parte de nossa história; vimos algumas gerações de skatistas se formar e temos uma felicidade enorme dentro da gente por saber que fizemos nossa parte. A Ambiente é uma loja e nesse país não é fácil manter um negócio, mas o que nos mantém é exatamente o fato de não sermos “apenas” uma loja. Somos parte de uma cena, somos skatistas e amamos de verdade o que fazemos. A cada realização o que nos move é construir obstáculos novos com nossas próprias mãos e depois andar nesses obstáculos vendo a felicidade no rosto da rapaziada. Esse é nosso combustível e a fonte é inesgotável. Ainda tem muito o que fazer e esses dez anos foram só o começo! Não poderia ter um nome melhor: Vídeo Ambiente 10 anos. Para a gente esse video é o nosso ambiente, nossa cena e nesse caso a loja entra como uma familia. Assista ao vídeo em www.vista.art.br
Barata :: fs noseblunt f: Camilo Neres
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Juliano Amaral :: bs smith f: Victor Souza
James Skaf :: fs nosegrind f: Victor Souza
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Juliano Amaral :: fs no-comply f: Camilo Neres
A Bilas :: fs boneless f: Camilo Neres
Bilas f: Camilo Neres
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Locais: Venice / Ilhas Canarias | IPhone
Klaus Bohms
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E M 2 0 1 4 , A VA N S A P R E S E N TA S UA P R I M E I R A S É R I E D E D O C U M E N TÁ R I O S. AC E S S E O S I T E E C O N F I R A .
MArloN SIlva fRoNTsiDe huRrICANE FotO hElge tscharN novo mOdelo GLESA DISPONÍVEL NOS TAMANHOS 8"- 8,2" - 8,61" DISTRIBUÍDO POR WWW.DROPFAMILY.COM.BR 0 XX (48) 3246.3570 YERBAH.COM
yErBaH YERBAH Foto Helge Tscharn
fredericoantunes.com
Renato Cust贸dio
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KLAUS
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Renato Cust贸dio
“Ver revistas, assistir vídeos, curtir os gráficos dos shapes, adesivos, as músicas dos vídeos, tudo isso foi formando meu senso estético e meus interesses além do skate.”
Halfcab f: Alan Carvalho São Paulo - SP
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laus Bohms não parece ser o skatista que anda de manhã, à tarde e à noite. Uma hora por dia pode satisfazê-lo, assim como um flip shifty no lugar de um switch kick. Estilo é uma coisa natural que não se planta e nem se compra. O Klaus é o skatista que até a nossa mãe gosta de ver, acha bonito, fluído e simples. Dropa parede de switch, fuma cigarro eletrônico, curte ler e ver filmes como poucos que conheço. Conheci ele fotografando umas das minhas primeiras sequências sinistras, um fs blunt saindo de flip de back que, na época, estava muito além do que eu poderia imaginar. Jorge Simas deu a letra, quando estava filmando Estilo Brasileiro.
K Como você se tornou gigante? Foi de um dia pro outro. Juro! Você cresceu mais quando começou a morar sozinho (use o duplo sentido da pergunta)? Acho que sim. Tive até que construir uma pia mais alta pra não ter dor nas costas quando lavo louça. E é engraçado ver a galera tentando alcançar as coisas no armário em casa, que foi feito pra minha altura haha. O que você tem feito hoje em dia? Skateando, filmando bastante, viajando… Quando fico em casa, faço minhas músicas, assisto filmes de monte, tô sempre procurando uns cursos pra fazer, geralmente de cinema…
Quando você começou a se interessar por cinema? Algum tempo depois de ter começado a andar de skate. Acho que o fato de ter assistido tanto vídeo de skate e ter feito alguns com amigos, filmado e editado, ter tido essa experiência de criar algo com a câmera, tenha me levado a me interessar por cinema. Depois, fiquei sabendo que o Spike Jonze fazia filmes pra cinema, assisti "Adaptação" e acho que isso também deve ter influenciado. Foi a partir do cinema que você começou a fotografar? Cara, tudo o que eu fiz/faço, e talvez até o que farei, parte do skate. Foi ele que me abriu as portas pra diversas outras formas de expressão. Ver revistas, assistir vídeos, curtir os gráficos dos shapes, adesivos, as músicas dos vídeos, tudo isso foi formando meu senso estético e meus interesses além do skate. Você curte uns filmes densos e com uma fotografia subjetiva? Eu gosto de cinema autoral. Filmes que prezam pela evolução da arte, de contar uma história com imagem e som, que buscam algo novo, te fazem sair do modo automático de interpretação das coisas, te dão espaço pra pensar e interpretar. Filmes de diretor, não de produtor.
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Bs 180 Malmo - Suécia f: Daniel Lorén
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Wallie S達o Paulo - SP f: Fabiano Lokinho
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Flip to fakie Malmo - Suécia Daniel Lorén
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Quais são suas influências do cinema para fotografia? Por que a Holga? Não posso citar influências do cinema nas fotos que faço, eu só brinco de fotografar. Curto muito a fotografia dos filmes do Antonioni, por exemplo, aquela coisa da arquitetura mais poderosa que o homem, das construções engolindo o personagem, sufocando. Yasujiro Ozu, que enquadrava tudo muito diferente do padrão americano de fazer cinema, Kurosawa, Tarkovski, Bergman, Fellini, Wim Wenders, Angelopoulos… Tem muitos monstros.
A Holga, porque eu queria muito começar a fotografar com filme, fazer umas experiências, e uma vez vi o Fabiano (Lokinho) usando a Holga e curti a despretensão dela. Perguntei e ele demonstrou o maior carinho pela câmera, ele que me convenceu.
Tropicalients - Curitiba | Holga 120mm • f: Klaus Bohms
Quem são seus camaradas de sessão atualmente em SP? Não tem bem um camarada fixo, cada dia é uma sessão diferente, com pessoas diferentes, mas geralmente é o Murilo "Molusco" Romão, ou Daniel Marques, ou Coto, ou Xapa e SAM crew…
Como é dividir o quarto com os gringos nas tours da adidas? Eu curto. Principalmente porque cada um é de um país diferente, cada um tem suas loucuras locais, é divertido. E todos já se conhecem bem. Por exemplo, agora aqui de onde escrevo tá o Chewy, que é inglês, o Lucas, que é francês, o Lem, que é alemão, o Chris Mulhern, que é americano… Chega uma hora que você nem precisa mais se comunicar verbalmente, a gente criou uma dinâmica maluca.
Como é sua relação com o Mark Gonzales? Certo, vou contar a história. Conheci ele quando rolou a tour da adidas no Brasil, fomos eu e a Tiane (adidas Sports Marketing) buscar ele no aeroporto,. Chegando no hotel, na Av. Paulista, ele me falou: "Então é aqui que você anda de skate? Me mostra uns picos!" E fomos sem skate, de madrugada, andando pela Paulista e ele começou a pular nos picos, fazendo um parkour mesmo, e a inventar uns desafios pra gente. Ficamos umas 2 horas fazendo parkour na Paulista, foi doidêra.
Uns dias depois, ele me perguntou: "Você é bom com nose manuals?" Respondi que não e ele retrucou: "Nem eu!'' Acho que depois desse dia, rolou uma certa identificação hahaha… Apresentei meu irmão e minha mãe pra ele e no dia seguinte ele fez um desenho - que eu suponho que seja nós 3 — numa caixinha de papelão e me deu— muito daora. Depois que acabou a tour, ele começou a me mandar uns e-mails e praticamente toda semana ele me manda um vídeo mais doido que o outro, ele rolando na escada interna do Louvre, em Paris, fingindo um acidente, uns curtas que ele faz com a mina dele, uns apanhados do que tem acontecido nas tours. Também me manda desenhos novos que tem feito, aí eu mando uma música que eu fiz como retribuição. Ele falou que faria a capa do meu cd se um dia eu decidisse lançar, fiquei faceiro… Diz ele que quer voltar pra São Paulo pra andar de skate, que gostou daqui.
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E o Dennis Buzenitz, como é acompanhar ele pelas ruas de São Francisco? E sua família? A primeira vez que fui pra São Francisco fui ficar na casa dele. Um dia antes de chegar, eu estava em Los Angeles e tinha feito uma sessão muito cansativa até as 4 da manhã, estava acabado. Entrei no ônibus e fui pra SF. Cheguei lá com o corpo moído, completamente travado e ele falou: "Vamos dar um rolê de skate, quero te apresentar a cidade". Não tinha como recusar. Ele já saiu naquela remada Busenitz na ladeira, e eu atrás todo dolorido tentando acompanhar, imagina! Depois de 10 minutos acompanhando ele, eu já nem sentia mais dor. Ficamos na remada por umas 2 ou 3 horas, conheci vários picos famosos assim, só passávamos pelos picos dando uma ou duas manobrinhas e continuávamos o rolê, foi muito bom!
Na mesma semana, fui com ele e a mulher, Julia, e os filhos Sep e Rune pra casa de campo deles numa cidade chamada Sebastopol. Foram 4 dias de vivência interiorana, cortando grama, fazendo horta, comprando terra e fazendo um quarter de cimento no quintal. As crianças são foda, tem uma energia Busenitz nos moleques, já me acordavam às 6 da manhã: "Clown, clown, do the beatbox!" Hahah. Quando falei meu nome, eles entenderam clown e eu deixei assim mesmo. Aí eu fazia uns beatbox tabajara que eles piravam.
Como rolou aquele seu vídeo de intro no time internacional com trilha toda sua? Um dia o Jascha Muller (team manager global) veio pro Brasil e ficou em casa uma semana (na época eu ainda morava com minha mãe em SBC). Antes de ir embora, ele plugou o Ipod no meu computador e pegou um monte de música. Tempos depois, quando estavam editando minha parte, me mandaram uma pré edição com minha música de trilha, até assustei. Eu nem tinha falado pra ninguém que fazia música, mas quando o Jascha plugou o Ipod no meu computador, levou as minhas junto, foi uma situação engraçada. E eu curti a ideia de usar o próprio som, fez sentido.
E suas músicas com instrumentos infantis de gente grande, como que é? É um lance que faço pra passar o tempo. Sento lá no chão da sala e começo a viajar nos instrumentinhos, passo horas, às vezes dias fazendo isso. Às vezes gosto do resultado, devo ter umas 300 músicas feitas, mas só gosto de 4 haha.
O que você me diz da frase "Aqueles que pensam que são maiores do que o resto, devem ir ao cemitério." do Jim Jarmusch em Limites do Controle? Eu escrevi até na lixa essa frase. "Limites do controle" ficou na minha cabeça pra sempre. Incorporou. Acho essa frase forte e é a filosofia que eu tento aplicar à vida. Quando vi no contexto do filme, foi uma boa sensação. Do filme que quase não tem contesto né hahaha. Mas no contexto que eu criei pro filme.
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Flip bs tailslide S茫o Paulo - SP f: Renato Cust贸dio
INSPIRED BY TWENTY YEARS OF PROGRESSION Tudo começou em 1994 por um grupo de skatistas com um ponto de vista que era quase inédito na época, que os tênis de skate deveriam ser projetados para atender as necessidades que eles tinham em mente. A partir disso, várias inovações foram surgindo, causando uma revolução nos tênis para prática do Skateboard. Para comemorar, a DC Shoes orgulhosamente apresenta o “LYNX”, uma releitura de um dos modelos mais clássicos da marca. Em 2014 a DC Shoes completa 20 anos de dedicação ao Skateboard, inspirada pelas pessoas que desafiam o convencional.
Special Twenty Year Anniversary Edition of
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Pedro Barros Layback beer grind BrasĂlia- DF
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Helge Tscharn
DIAS SABÁTICOS T
Pedro Damasio
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Pedro Barros Lien tweak Porto Alegre- RS
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Pedro Damasio
ada de torcida, transmissão ao vivo, comentarista, Tiago Leifer, ESPN, Esporte Espetacular... Nada de esporte. Só de skate mesmo, e o que vem de carona com ele: diversão, camaradagem, bagunça. As fotos que você vai ver aqui mostram Pedro Barros, Murilo Peres, Felipe Foguinho, Vi Kakinho e Marlon Silva à vontade, em sessões de puro skate for fun, sem o aparato de um mega evento em volta. E parece que eles não estão sentindo a menor falta disso.
Reza a lenda que tudo começou com o show do Black Sabbath em Porto Alegre. Em outubro de 2013, o clã do RTMF desceu até a capital gaúcha pra conferir a apresentação da banda e resolveu aproveitar o embalo pra agilizar uma tour, batizada de Capital Killer. Começava ali uma jornada de skate regada a cerveja, churrasco e zoeira, que passou por vários picos da cidade, entre eles a mítica fazenda/playground/refúgio anarquista conhecida como Zetopia. "Nunca na minha vida eu tinha ido para um hotel no qual os quartos foram feitos de estábulos de cavalos!", declarou André Barros sobre as instalações peculiares do local. Zetopia é vida. De Porto Alegre, a barca seguiu pra Brasília, levando o comparsa Marlon Silva de carona, o que garantiu mais munição pra atacar as transições e os picos de rua. Aliás, esse foi outro ponto positivo da tour: a chance de ver esses caras se atirando em gaps e corrimãos com a mesma gana e intensidade que costumam mostrar nas sessões de bowl. Até Helge Tscharn, com toda a bagagem que tem nas costas, se surpreendeu: "Eu fiquei espantado como esses bowlriders conseguem andar tão bem na rua. O mais impressionante foi o dia em que o Foguinho estava tentando acertar uma manobra. Ele sangrou muito, sofreu muito, mas não desistiu. Tentou umas 20 vezes, até que voltou. Suave." Tentei levantar mais informações sobre os bastidores da tour, mas não rolou. Enquanto essa matéria saía do forno, os RTMFs estavam em algum lugar entre Madureira e Wellington, pulando da etapa carioca do Circuito Mundial de Bowl pro Bowl-a-Rama da Nova Zelândia, o que prejudicou a comunicação. Fazer o quê... O negócio é aproveitar essas fotos e conferir os vídeos que estão na web, porque sabe-se lá quando a agenda atribulada desses caras vai permitir mais momentos assim, longe dos compromissos. Saudações ao Príncipe das Trevas por ter inspirado esses dias sabáticos.
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Marlon Silva Fs Blunt Porto Alegre- RS
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Leo Kakinho Fastplant Porto Alegre- RS
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Vi Kakinho Fs Rock'n'roll Porto Alegre- RS
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Foguinho Judo air BrasĂlia- DF
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Marlon da Silva a.k.a Brando Mothercucker Fs Hurricane BrasĂlia- DF
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Murilo Peres Bean plant BrasĂlia- DF
URGH.COM
THE CONVERSE CONS KA-II
Diego Stephan fs bigspin Barcelona - Espanha f: Guilherme Varella
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Jefferson Bill ollie Belo Horizonte - MG f: Diogo Andrade
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Rafael Vieira flip Urussanga - SC f: Nelson Nascimento
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Alex Lekinho fs noseslide Curitiba - PR f: Igor Wiemers
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Cezar 'Gordo' ss heelflip Santa Ana - EUA f: Heverton Ribeiro
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índice exp. 14 FUDEU 32 KLAUS BOHMS 46 SÁBADOS.. 64 ARTE MUDA
Editor Chefe: Xande Marten xande@vista.art.br Direção de conteúdo: Tobias Sklar tobias@vista.art.br Direção de arte, projeto gráfico e diagramação: Frederico Antunes oi@fredericoantunes.com Editor Fotografia: Flavio Samelo flaviosamelo@gmail.com Fotografia: Renato Custódio renatocustodio@gmail.com Redator: Pedro Damasio Colaboradores Texto: Camilo Neres, PIRIKITO SEM ASA, Colaboradores Fotografia: Allan Carvalho, Alex Brandão, Camilo Neres, Daniel Lorén, Diogo Ramos, Helge Tscharn, Klaus Bohms, Fabiano Rodrigues & Victor Souza. Agradecimentos: Mia Sklar & Mc Baballoo. Direção e planejamento digital: Fernando Arrienti farrienti@gmail.com Janine Olinto janineolinto@gmail.com Comercial : Xande Marten 0 (xx) 11 9837 16304 Administrativo: Karina Feitosa karina@vista.art.br Distribuição: Janine Olinto distribuição@vista.art.br
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Lance Chapin Bs noseblunt Bakersfield - EUA Klaus Bohms
Distribuição gratuita realizada em boardshops, galerias de arte, blitz & cadastro. Periodicidade: Bimestral Impressão: Gráfica Portão Para anunciar: anuncie@vista.art.br ou pelo telefone 0 (xx) 11 2768 2064 Fale conosco: Leitores e lojistas, comuniquem-se com a Vista através do e-mail contato@vista.art.br ou através do telefone 0 (XX) 11 2768 2064 Veja mais em: www.vista.art.br
Caderno Traduções Arte: Nei Caetano da Silva www.marginalink.com marginalink@hotmail.com Tradução: Grazi Oliveira.
English Version Illustration by Nei Caetano da Silva www.marginalink.com
Klaus Bohms T: Renato Custódio
Klaus Bohms doesn’t look like skateboarder who skateboarding in the morning, afternoon and at night. One hour per day it’s enough, like kick flip shifty to switch kick. Style it’s natural you can’t plant or buy. Klaus is a guy that our mother love to see, looks handsome, easy and simple. He drops the wall to switch, smoke e-cigarettes, like read and watch movies. I meet him while I was shooting my fist sick sequences (fs blunt bs flip out) that time I couldn’t imagine doing that. Jorge Simas said while he was filming Estilo Brasileiro video. How did you become a gigantic? Was one day after other. I swear! Did you grow up more after live without parents? I think so. I made a sink especially for me to don’t have problems in my back washing the dishes. It’s funny when people try to reach things in my closet at home. Every thing was made for my size. What are you up to? Skateboarding, filming, traveling... At home I play my songs, watch movies, study... When did you start your love to movies? Watching, making, editing skateboarding videos I guess. This experience was import to start love movies. I heard about Spike Jonze and his movies, I watched "Adaptação" and that was the most famous influence to me. After this you got a photographic camera? Skatebording was guilty. This lifestyle opened doors in differences ways. Read magazines, watch videos, stickers, decks graphics, skate video tracks everything were modeling my personality.
Do you like different movies with subjective photographic? I like independent movies. I appreciate movies that have art, I like a good history, something new that make you think more and different. So, the movies inspire your photos? Why do you use Holga? I just play. I like the photography from the movies by Antonioni, for example, it’s a kind of crazy architecture; Yasujiro Ozu, have a groundbreaking frames; Kurosawa, Tarkovski, Bergman, Fellini, Wim Wenders, Angelopoulos… There are many monsters. I chose Holga because I wanted take pictures with film, have that experience. I saw Fabiano Rodrigues shooting with Holga and loved the power of this camera. Who are the session dudes in SP? Every day is a different spot and friend. But I would say Murilo Romão, Daniel Marques, Xapa are my crew lately. Who was share the room with “gringos” at the Adidas’ tour? I liked because everyone is from different countries and have their own style. It’s fun. Now everybody knows each other. For example, around me I see the British Chewy, Lucas from France, Lem is German and the American Chris Mulhern. We are connected. How about Mark Gonzales? Let tell you a history. I met him at Adidas Tour in Brazil and we went to pick him ate the airport. When we arrived at the hotel Makr said: “So it’s here do you skate? Show me some spots”. Was late, dark, during the night, without boards. We spent two hours walking and showing the city. Two days later he asked: “Can you try nose manuals?” I answered no and he replayed: “Me either!”. That moment we stated a friendship. I introduced my brother and my mom and the next day he gave us a gift (draw). When the tour was over Mark Gonzales sent me e-mails and videos every week. He gave some draws and I gave him some of my songs. He told me one day he can draw the art of my album if I decide play for real. Gonzales wants to come more times to skate in SP. He loved here.
Who was skate with Dennis Buzenitz at San Francisco? The last time I was in SF I stayed at his house. One day before I was in LA and skated too hard. I got a bus to SF and when I arrived he said: “Let’s skate! I wanna show the city”. I would never say no. We spent 2 or 3 hours go pushing down the streets. I saw many spots. In the same week Dennis showed me his camp house in Sebastopol. Four amazing days whit his family! Buzenitz’s ked are so cute. Every day they Wake up early they called me: "Clown, clown, do the beatbox!" Hahah. When I said my name they thought was clown I didn’t mid. But they loved my weird beatbox. Do your song are a kind of kids instrumental for adults? It’s just for fun. I play my guitar for hours and sometimes I send day doing this. Some times I like to listen what I record. I have 300 songs, but I like only 4 I guess. Who was be part of the into at Adidas international team? Is your song right? Yes. Jascha Muller (team manager global) went to Brazil and stayed in my house. Before he leave Muller got some of my songs in his iPod. Days later I was editing my video part and he sent me the pre edition with my music. I was choked. I didn’t say anything about my hobby. I was stoked to watch the video enjoying my song. What you would said about this quote: "He who thinks he is bigger than the rest must go to the cemetery” by Jim Jarmusch (The Limits of Control)? I wrote this quote in my board. The Limits of Control stayed in my head forever. I think this quote is the philosophy that I try to explain. When I watched the movie was amazing. I learned many things from that.
Ambiente T: Tobias Sklar
Find new spots. This is part of the skateboarder’s DNA. Don’t matter if it's far away... What make you do this? The first time I heard about Ambiente was here (at Vista). I thought: “Damn, rad skateshop. Where can I find it? Hum, Goiania”. Years later I left Porto Alegre straight to midwest. Yes, the capital, Brasília, next to Goiania and close to the amazing Ambiente Skateshop. But let’s go back to the beggining question: “What make you move?” Today I do many things by my emotions that make my decisions. Almost all the time my focus is skateboarding and the world around this life style – like Ambiente for example. But in my head there are thousands of doubts where show me directions (where show more thousands directions too). I want the infinity! That’s the quote song of Ambient’s video part about 10 years and this is what we have in common. I’m talking about people who are moved by their real feelings like love, hard times, happiness… Everything when you do your best will reach goals and having fun. Never wait for one return but believe in their powers that will disseminate infinity love for what they do. Bring on another 10 years!
There is no one better than the father to talk about this, Daniel Atassio: 10 years.. When we say the age we shocked the people who thinks we are old. But we didn’t see the time, that’s the true. We were working hard, planning the next level and the time passed really fast. I remember the day of the grand opening where good people and friends helped us to organize. Big skateboarders were part of this like Robson Reco and Ricardo Pinguim and Juliano Amaral. Damn... We realized our dream that was the first street skate championship at the skate park where we grow up. That was a challenge and we can remember all the details. In 2005, Rafael Cabral’s f/s blunt on the table during rain. One year later we made another dream event. Jaós competition! Wow... that time we made more than tens show from the deck of the store. Two years passed and another championship was made Feira da Estação. We made by ourselves a super skate park where Luan Oliveira skate and got the 2nd place. However everything became the video project of 10 years. This is skateboarding, have fun with friends and be a big happy family. We sent the roll year with the project of the video. The celebration was parting and skating with more than 5 thousand people. The most import thing of this 10 years is the young evolution: Juliano Amaral, LP Aladin, Felipe Gustavo are big names of brazilian skateboarding and they make the difference. We saw many generations and we feel happy to be part of this. The Ambiente is a skateshop and in this country is not easy be in the industry, but our base is what we are. We are not a simple store. Ambiente are the skaters how love what we do for real.
Every goal reached is that move us. We like to build obstacle by our hands and the happiness in our faces after all. This is our power inexhaustible power. We still have a lot of work to do because this 10 year were just the beginning! The name: Video Ambiente 10 anos. This video is our atmosphere, our scene and family skateshop. Check-it-out at vista.art.br
Dias Sabáticos T: Pedro Damasio
No supporters, live stream, TV host, Tiago Leifer, ESPN, Esporte Espetacular TV Show... nothing about sport. This is skateboarding and everything behind it: fun, friends and party. All the pictures what are you going to see here show Pedro Barros, Murilo Peres, Felipe Foguinho, Vi Kakinho e Marlon Silva just chilling during fun sessions without the glamour of a big competition. They are not worry missing this. Let’s star from the begging: Black Sabbath concert in Porto Alegre. In October, 2013, RTMF crew went to the capital of Rio Grande do Sul just to see Ozzy and his band and they enjoyed their time there to skate at Catipal Killer tour. The goal was skate, drink beer, bbq and have fun. RTMF crew went to many spots like the famous farm Zetopia. “I never been in a hotel in my roll life where the rooms were Horse stables in the past”, said Andre Barros about the differences of the place. Zetopia is life! From Porto Alegre they went to Brasilia now with the gnarly dude Marlon Silva. This guy brought more emotion for the tour. Now big gaps and rails appeared showing the power not only in concrete bowls but at the street too. Even Helge Tscharn who has a big experience was surprised: “ I was shocked how this bowl rides can skateboarding very well at the street. Foguinho surprised me when he tried many times one trick and after all he lend it”. I tried tell everything behind-the-scenes about the tour but I didn’t get it. While I was reporting this trip the RTMF’s crew went to Madureira and later at Wellington. That was crazy and we didn’t talk. That was nothing to do just enjoy the web videos because nobody know when they’ll stop.