ABR/MAI2010 vista.art.br
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Ed.
T Tobias Sklar
Assim como nossa capa, os entrevistados desta edição da Vista foram trazidos dos anos 80, começo dos anos 90 diretamente para o século XXI. Andre Genovesi, Gustavo Black Alien e os produtores do documentário sobre o Clube 12 e o skate em Floripa criaram suas raízes num passado distante, nem tão distante no quesito espaço-tempo, mas milhares de anos luz na questão de tecnologia, globalização e tudo mais que a internet e uma economia estável podem proporcionar. Mas, e por que eles estão aqui nas páginas da Vista em pleno 2010? A resposta simples, porém longe de ser simplória, é porque eles são foda naquilo que eles fazem e/ou representam. Simples assim. Faça uma pesquisa rápida entre seus amigos e pergunte quem não quer saber quais as manobras o Genovesi está dando ou quando sai um disco novo do Black Alien. E a nossa parte nisso é buscar as raízes deles, para que você além de ver, possa perceber o porque deles fazerem parte do nosso imaginário. Coisa que o Google ainda não é capaz. Podem acreditar que o maior combustível para continuar fazendo a Vista é sonhar que no ano 2100 algum desavisado possa pegar uma edição qualquer da revista e ao folheá-la descubra o porque de amar tanto o skate, a música, a arte e passe adiante este sentimento.
CAPA
S Gustavo 'Black Alien'
M Sadplant
F Acervo Black Alien
Exp. EDITOR CHEFE: Alexandre Marten xande@vista.art.br PRODUÇÃO, DIREÇÃO & EDIÇÃO DE CONTEÚDO: Tobias Sklar tobias@vista.art.br PROJETO GRÁFICO, ARTE & DIAGRAMAÇÃO: Frederico Antunes frederico@chibachiba.com EDITOR FOTOGRAFIA: Flavio Samelo flaviosamelo@gmail.com COLABORADORES TEXTO: Ana Ferraz, Daniel Tamenpi, Flavio Samelo, João Periquito Sem Asa, Lucas Pexão & Ricardo Tibiu COLABORADORES FOTOGRAFIA: Allan Carvalho, Eduardo Gabriel, Fabiano Lokinho, Flavio Samelo, Jr Lemos, Pablo Vaz, Raul Passos, Robson Sakamoto & Renê Júnior FOTO-COMPOSIÇÕES/COLAGEM ARTE MUDA: Silvana Melo AGRADECIMENTOS: Leo Lopes, Vagner do Nascimento, Pedro Gutierres Comercial : Alexandre Marten RS: 0 (xx) 51 8413.6898 SP: 0 (xx) 11 6152.2013 Administrativo: Gustavo Tesch gustavo@vista.art.br Periodicidade: bimestral Distribuição: distribuição@vista.art.br Distribuição gratuita realizada em boardshops, galerias de arte, blitz & cadastro. Impressão: Gráfica Coan Para anunciar: anuncie@vista.art.br ou 0 (xx) 51 3012.7078 Fale conosco: leitores e lojistas, comuniquem-se com a Vista através do e-mail contato@vista.art.br ou através do telefone 0 (xx) 51 3012.7078
Confira os canais da Vista no site: www.vista.art.br
Sum. 16 18 20 22 24 26 30 44 64 72
Parede Bloguigrafia Tony Hank Só Pedrada Too drunk to Surf Visita Genovesi Arte Muda Black Alien Clube 12
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T Tobias Sklar
Parede
Nesta página você confere algumas ações que englobam skate, arte e atitude. No site da Vista você confere muito mais.
Mais conteúdo sobre o universo Vista em: www.vista.art.br
F Pedro Gutierres
F Vagner Donasc
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Follow the Art
O Processo
Follow the Queen é a primeira exposição criada especialmente para Iphone do mundo. Trata-se de um aplicativo, que pode ser baixado gratuitamente, e que tem a participação de diversos artistas que você já viu aqui pela Vista, como Phil Guimarães, Lidia Brancher e Pedro Gutierres. Além do aplicativo também está rolando a ação Follow the Art, onde qualquer pessoa pode passar em uma das galerias participantes e retirar um pôster em branco para ser customizado e depois enviado, gratuitamente, para a curadoria do projeto, a cargo da Pomba Arts. Esses pôsteres serão posteriormente trocados por de outras pessoas e enviados junto com um adesivo especial, criando assim uma rede de comunicação real entre os participantes. É arte invadindo todos os espaços. Para saber mais sobre o projeto acesse:
Parece que o calor do Rio de Janeiro ao invés de fritar cérebros os aquece ao ponto certo da ebulição que os neurônios precisam para ter boas idéias. Prova disso é o vídeo realizado por Vagner Donasc e Wilbor Domingues, artistas e skatistas cariocas, chamado “O Processo”. Uma bela interação entre skate, arte e diversão. “A parada era simples, fazer um vídeo andando de skate e pintando ao mesmo tempo, a experimentação foi foda, várias ideias novas, vários freestyle, amigos, cerveja e Praça XV daquele jeito” é o resumo de Vagner sobre a ação.
www.followthequeen.cc/desk
Para assistir: www.youtube.com/user/wilborcob Para ver fotos: www.flickr.com/vagnerdonasc
F Divulgação
F Flavio Samelo
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Tarda mas não falha
Concreta
Imagine o dia-a-dia de cinco skatistas, entre manobras, baladas e curtição. Acrescente um film maker distraído, que atrasa e falta às gravações, demorando um ano para realizar o que estava previsto para quatro meses. O resultado dessa fórmula divertida é o vídeo “Tarda Mas Não Falha”, criado pela...Lost. Com cenas realizadas no interior de São Paulo - e na capital, em alguns bares do “Baixo Augusta” - Minas Gerais e Estados Unidos, o curta, protagonizado pelo intrépido skate team da ...Lost, era para ser inicialmente um viral, com circulação apena na web. Mas acabou se transformando em um vídeo com oitos minutos. Laurence Reali, Luiz Apelão, Rodrigo Maizena, Marco Cruz e JP Frank são os protagonistas do curta, que está disponível para download no site da ...Lost. Para baixar: http://www.lost.com.br
Concreta é um sonho sobre o visual arquitetônico das cidades. Ou, mais uma obra de colecionador criada por Flavio Samelo. O livro, lançado via Blurb (você deve encomendá-lo via internet), conta com fotografias sob a perspectiva do olhar concretíssimo de Samelo. Para comprar: http://www.blurb.com Para ver os trabalhos de Samelo: www.flaviosamelo.com
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T Flavio Samelo
F Divulgação
http://telhadosdomundo.blogspot.com
www.flaviosamelo.com www.flourishestudio.com
Bloguigrafia
Vários discos que vieram para minhas prateleiras eu comprei por causa da capa. Nunca tinha ouvido a banda, nem sabia do que se tratava, mas a capa era tão colorida, ou misteriosa, tão gráfica, ou psicodélica que me chamava a atenção e eu não podia resistir. Hoje com os blogs é a mesma coisa, vários discos que eu baixo, eu vou direto pela capa, na verdade a grande maioria deles, dos quais não conheço o som, é claro.
A
estética das capas do final da década de 60 e começo dos 70, é a minha favorita. Uma coisa psicodélica, colorida, alegre, estranha, gráfica e com muita coisa de fotografia no meio. Um dos blogs que eu sempre visito e sempre me surpreende pelas capas dessa época, é o Telhados do Mundo. Ele tem muita coisa de rock progressivo americano e muita coisa de rock dessa época, onde várias capas com essas idéias foram usadas. Se você gosta de rock de verdade, como Black Sabbath, Beatles, Bo Diddley, entre outros, o blog tem vários desses clássicos. Porém, uma das coisas mais legais ali é que ele tem muita coisa de sobras das gravações, que é das coisas mais legais de se poder ouvir, o processo de gravação dos discos clássicos.
Boa sorte e dá-lhe back-up em DVD.
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T Lucas Pexão
F Divulgação
Tony Hank: Cheap Skate A
imagem que vi na internet do jogo Cheap Skate (Skate Barato), para o obsoleto computador Commodore 64, foi uma das principais motivações para iniciar essa coluna infame aqui na Vista. Um skatista com cabelo estilo He-Man, blusão azul e calça marrom, em posição fecal sobre um skate pontudo em rota de colisão com uma bola verde. Era bizarro demais, eu precisava jogar aquilo. Mas pra experimentar Cheap Skate era necessário revirar os sites mais nerds da internet, emular o Commodore 64 em um PC atual e depois rodar o jogo nessa coisa. Como meu amigo Tobias já queria minha caveira por não cumprir o deadline da revista, optei por um jogo mais acessível. Agora, finalmente encarei a missãozinha de testar esse estranho jogo de 1989. Usando o emulador Vice (nada a ver com a revista de
mesmo nome), um arquivo do jogo encontrado no site gb64.com e depois de perder um bom tempo acertando a configuração do teclado, consegui me dedicar ao desafio de entrar para a gangue Street Hawks (sim, esse é o objetivo do game). Para tanto, você tem que embalar pela calçada desviando de obstáculos como bolas, montinhos de tijolos amarelos (barras de ouro?), diversas tranqueiras e projéteis (adagas, bolas de fogo, etc) que vem da direção oposta, do além. Também é fundamental acocar cada vez que aparece uma barra de flexão, para passar por baixo. Se você encostar em qualquer uma dessas coisas, por mais devagar que esteja, vai desintegrar no ar. Tudo ao som de uma musiquinha eletrizantemente
divertida, pelo menos nos primeiros cinco minutos de jogo. Em seguida o som passa a colaborar para uma experiência infernal onde a única maneira de progredir é decorar a ordem dos obstáculos. De volta para o presente, vale notar que no jogo EA Skate 2, provavelmente o título mais sofisticado do mercado de games da atualidade, uma das novidades é a manobra hippie jump, ou seja, quando o skatista pula e retorna para o skate, que segue andando no chão. Em Cheap Skate, já dava pra mandar hippie jumps. Na verdade, essa era a única manobra possível e serve para pular sobre buracos (!?). Infelizmente skate barato não presta mesmo.
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T
Daniel Tamenpi
F
Divulgação
www.sopedradamusical.com
Só Pedrada:
A coluna dessa edição é voltada para o Dubstep. Uma das vertentes mais novas da música eletrônica que vem fazendo a cabeça das pessoas no mundo todo e a minha também. Com menos de uma década de existência, o Dubstep é um som basicamente instrumental que tem nas frequências baixas (graves) o seu cartão de visitas, o tornando também uma das vertentes mais obscuras e antipop’s da cena eletrônica. Mas engana-se quem limita o estilo a apenas isso.
Introdução sonora ao estilo: VA – The Roots Of Dubstep VA – Dubstep Allstars Vol.1 (Mixed by Hatcha) VA – Dubstep Allstars Vol. 2 (Mixed by DJ Youngsta) VA – Dubstep Allstars Vol. 3 (Mixed by Kode9) VA – Dubstep Allstars Vol. 4 (Mixed by Hatcha & Youngsta) VA – Dubstep Allstars Vol. 5 (Mixed by N-Type) VA – Dubstep Allstars Vol. 6 (Mixed by Appleblin) VA – Dubstep Allstars Vol. 7 (Mixed by Chef & Ramadanman)
A
pesar de o colocarem como evolução do Jungle e Drum n’ Bass, o Dubstep possui raízes bem mais amplas. Tem influência direta do Dub jamaicano, com enxurradas de efeitos, reverbs e delays e seguiu como evolução do 2-step, estilo quebrado que retirava a segunda e a quarta marcação dos bumbos do House e distribuia timbres como pratos de condução no espaço em branco, criando uma batida diferente do esquema 4x4 original. De todos esses estilos surgiu o Dubstep, citado com essa nomenclatura pela primeira vez em 2001 e eternizado na revista XLR8R. Batidas lentas, com levadas irregulares, mas tão frenéticas que chacoalham mais que as lenhas pesadas do techno. O grave é a frequência que mais se acentua gerando um impacto físico e mental grande, resultando até em sensações claustrofóbicas. Por essa característica, é uma vertente que necessita de sons potentes e subs poderosos, se adequando muito bem aos sound systems e clubes com sistema de som decentes. Em 2006, ocorreu o boom em cima do estilo. Nomes como Burial, Benga, Kode9, MRK1, Skream e o trio Horsepower Productions fazem parte da primeira geração do Dubstep. Cada um impondo sua característica e injetando doses sombrias na sempre alegre e colorida cena eletrônica. Afinal, o Dubstep cravou raízes no experimentalismo e no “Do It Yourself” (Faça Você Mesmo). As primeiras músicas de Benga e Skream foram produzidas usando em conjunto um Playstation e os softwares Fruity Loops e Logic no PC. Com isso, o estilo acabou se tornando o patinho feio das pistas de dança. Já que faltava groove na panela. A partir de 2008, nomes como Headhunter, TRG e Martyn tentam aproximar cada vez mais o estilo com os clubes e as pistas, incorporando referências do soul, jazz e r&b, tornando-os mais acessíveis aos ouvidos sensíveis. No Brasil, o estilo ainda está sendo descoberto. São poucas as festas e os produtores na area. Podemos destacar o DJ Bruno Belluomini, considerado o embaixador do dubstep no país, com o site e a festa Tranquera, em São Paulo.
Kode9 – Memories Of The Future Burial – Burial Burial – Untrue MRK1 – Copyright Laws Skream – Skream! Horsepower Production – To The Rescue Benga – Newstep Benga – Diary Of An Afro Warrior Headhunter – Nomad TRG – Missed Calls 2562 – Aerial Martyn – Great Lenghts Breakage – Foundation
Selos essenciais: Tempa Hyperdub Records
Leia mais:
www.tranquera.org www.dubstepforum.com
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T Ricardo Tibiu
F Rafael Passos
Too Drunk to Surf
Em 2007, depois de sair de Vila Velha (ES), onde tocava em bandas como Hillbilly The Kid e Morto Pela Escola, Rogério Japa encontrou na capital paulista dois aliados para sua nova empreitada. Do grind Attack Bastard chegou o baterista Gustavo FYP e trazendo o punch metal do Macabra veio o guitarrista Mauricio Matel. Das jams enfumaçadas regadas à cerveja nasceu o The Barfly Surfers e, agora, baseado nelas o álbum “Surf Trash Attack”. Disponibilizado para download gratuito ele agrega referências a surf music, literatura, garage rock e punk. O baixista Japa é quem nos explica um pouco mais sobre o TBS.
O
nome The Barfly Surfers faz uma analogia ao universo que circunda a banda: surf music, Bukowski e o próprio ambiente de bar, certo? Na verdade o nome foi meio que a junção de duas coisas. “Bar”, de boteco mesmo, e “fly” que é uma gíria usada no Espírito Santo para se dizer que vai dar uma volta “fumando um”. Somou-se a isso o filme baseado no Bukowski. Qual você acha que é a importância do nome em uma banda? Não sei realmente, nunca fui muito bom nessas coisas, mas acho que no Barfly Surfers o nome resume bem o que é a banda. O quê o TBS, que é uma banda nova, já te proporcionou que nas outras que você tocou ainda não tinha rolado? Agora, fica mais a meu cargo esses lances de divulgação, marcar show, o que é um saco fazer... Ah, e também tem o fato de ser uma banda nova em uma cidade nova, né?! Em Vila Velha, eu conhecia todo mundo, sabia os lugares que tinham para tocar e aqui estamos começando realmente do zero. Você já tocou no skate-punk Morto Pela Escola e agora o TBS segue para o lado da surf music. E aí, você se dá melhor praticando esporte ou fazendo música? Me dou melhor bebendo cerveja. O skate foi bem importante na minha juventude, ainda gosto de ver vídeos, estou até pensando em comprar um longboard. O surf nunca foi a minha, definitivamente esse lance de acordar cedo para pegar onda não é pra mim.
Separadamente vocês já tocaram nos mais diferentes estilos, do ska ao grind, passando por metal e country. Como foi que juntos chegaram a essa sonoridade do TBS? Tudo começou no violão tocado em casa! Eu tinha umas bases que não cabiam nas minhas outras bandas e como começamos como um duo e não sei tocar guitarra e muito menos tocar e cantar, começamos com o surf, o garage e o punk. O Matel entrou quando a gente já tinha quase um ano de ensaios e trouxe muitas outras referências. E no final é tudo rock! (risos).
E com o disco que acabou de ser lançado? Então, o “Surf Trash Attack” tá novinho pra baixar. Temos tido um retorno legal, pelo menos os amigos disseram que gostaram (risos). Além do mundo virtual, existe a intenção de um dia lançar algo físico, um CD, quem sabe um vinil? Com certeza vai rolar algo físico numa próxima oportunidade. Agora faltou tempo, dinheiro e paciência. Estamos estudando algumas possibilidades, em vinil seria perfeito e é um plano nosso, só não sei para quando.
Faixas como “O Buk, o Dick e o Pereio” e “Tristessa” entregam que literatura e cinema estão entre as preferências de vocês. Além destes, quais “ingredientes” não podem faltar para compor o TBS? O cinema e a literatura são grandes referências e preferências. E todo esse universo que envolve bar, fumaça, cidade e caos também nos atrai. De uma forma ou de outra acaba também influenciando o som.
O Dead Kennedys tem a música “Too Drunk To Fuck”, quando é que vocês farão “Too Drunk To Surf” em resposta a ela? (risos).
Com toda essa mistura de referências, quem você diria que é o público de vocês? Essa é uma resposta que não sei te dar! Apesar de nossas referências surf, não tocamos ainda pra um público mais ligado a esse tipo de som e nem sei se o pessoal da surf music entenderia. Temos tocado principalmente nuns shows mais ligados a punk/hardcore e uns lances mais rock´n´roll. Na verdade, ainda nem sei dizer se temos um público, estamos começando agora. Acabamos de lançar material, ainda tem muito chão. E como o público costuma reagir? Quem nos conhece de nossas outras bandas, normalmente leva um susto, rola um estranhamento. Mas tem sido bom, estamos tendo uma boa resposta!
Eu tinha te falado disso? (risos). Não mas, vi no Fotolog de vocês e achei genial o trocadilho... Esses dias fazendo um “fly” pela cidade tivemos essa ideia, vamos começar a ensaiar e ver no que vai dar. O Dead Kennedys é, sem dúvida, uma de nossas maiores influências. Vai ser instrumental só que com o novo refrão. O “Fresh Fruit for Rotting Vegetables” [1980] é surf music até o osso! Pra encerrar, quais são os próximos planos do TBS? Estamos juntando ideias para fazer um clipe. E queremos pegar a estrada, fazer bastante show, tentar tocar no interior e em outros estados.
+ tbsurfers@gmail.com www.fotolog.com.br/thebarflysurfers www.myspace.com/thebarflysurfers http://www.megaupload.com/?d=HTC8N120 (Link para baixar o álbum “Surf Trash Attack”)
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T Lucas Pexão
F Flavio Samelo
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uisa Ritter, Luciano Scherer e Carla Barth são jovens artistas gaúchos que, desde 2008, dividem um apartamento/ atelier no bairro Pinheiros, em São Paulo. Um lugar cheio de arte, produzida ou encontrada, frequentado por amigos artistas, como os vizinhos Tinico Rosa e Emerson Pingarilho (que gravou seu
último filme no local), galeristas (da Thomas Cohn, Choque Cultural e Emma Thomas) e entidades da arte urbana brasileira, a exemplo de Carlos Dias e Bruno 9li. É claro que também existe o caos. "Já teve vomito da sacada. Em uma festa veio o Pure Evil (artista inglês) e no final alguém tinha escrito 'sextime' nas escadas",
conta Luciano. Mas acredite, a energia mais intensa desse apartamento se concentra nas obras produzidas por seus habitantes. Mesmo morando e trabalhando juntos, cada um consegue mergulhar em sua própria busca particular na hora de criar.
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ANDRÉ gENOvESi F Robson Sakamoto
F Ivan Shupikov
T Flavio Samelo
T Flavio Samelo
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M Nollie crooked, nollie out
L Verona, IT.
F Davide Biondane
34 M Ss bs Tailslide L Verona, IT. F Davide Biondane
NOME: ANdre GeNovesi iDADE: 29 PATRO: Hurley iNtl, HoSoi SkateS, royAl truckS, Filmore wheelS, diaMoNd Supply co, val surf SkateShop. ONDE ViVE: NeWport Beach, CA ORiGiNAL DE: Itapecerica da Serra, SP. Como era a SON? A Son era a nossa vida, quem a gente era, era a nossa filosofia de vida, skateboard puro, andar na rua. Era a nossa família, a gente se ajudava, puxava o nivel do skate entre a gente. Era mais que uma marca, era uma ideia, e essa ideia era skateboard. A gente fazia tudo junto, vivíamos juntos, com certeza foi um dos melhores momentos da minha vida, um dos mais engraçados, sem dúvida nenhuma. Amizades foram feitas para sempre. A Son foi minha escola!
Quais as dificuldades? Dificuldades são as mesmas, o negócio é que para mim dificuldades são a minha motivação para mudar e evoluir para melhor. Quais são seus objetivos hoje? Vou ser pai, estamos esperando um moleque, quero ser o melhor pai e marido. Continuar andando de skate até meu corpo não agüentar mais, fazer meu negócio e dominar Pipeline.
O que te fez ir para Califórnia? Eu cresci ouvindo hardcore, punk, hip hop americano, cresci andando de skate que nasceu aqui na Califórnia. Eu era totalmente influenciado pelas coisas daqui, então sempre sonhei em vir para América. Também acho que conquistei muitas coisas muito jovem no Brasil e parecia que não tinha mais para aonde ir. Eu nunca tive o desejo de ser campeão brasileiro de skate, e a 12 anos atrás era isso que estava em evidência.
Com quem você anda por ai? Quem vai na sessão contigo? Rodrigo Gerdal, Maurício Bozo, Hosoi, Vina, Jazon Vanzant, Richard Mulder e Bob B são os mais freqüentes.
Quando cheguei em Los Angeles pela primeira vez, sai do aeroporto e já sabia que era aqui o lugar, não só pelo skate, mas por tudo: cultura, lifestyle, skate. Até pelos americanos serem um pouco mais fechados, eu me senti bem. Para mim, vir para a Califórnia foi o conjunto de várias coisas e não só skate. É muito difícil viver aqui se você não gosta, eu sou brasileiro e amo o Brasil, mas meu coração é listrado, vermelho e branco. Eu amo a Califórnia. O que aconteceu na sua vida com essa mudança? Aconteceu tudo, fui abençoado com a oportunidade de viver meu sonho, de aprender coisas novas e evoluir na vida. Conheci vários lugares e várias pessoas que hoje fazem parte da minha vida.
Quem mais te inspirou por ai quando você chegou? Na real a minha maior inspiração foi o meu sonho. Quando cheguei aqui, queria fazer a minha história, era como eu tivesse um livro novo, com as páginas brancas, pronto para escrever. Lógico que tive inspirações no skate, mas no geral estava aberto para descobrir coisas novas ao invés de tentar seguir um caminho que já estivesse traçado. Planos para o Brasil? Tenho planos de ir visitar com certeza, e passar mais tempo ai. Agora com os meus documentos todos OK tudo é mais fácil.
36 M Bs nollie heelflip L Inland Impire, CA. F Sean Petersen
40 M Fs tailslide to fs hellflip out
L Verona, IT. F Davide Biondane
40 M SS Crooked L Compton, LA. F Joe Krolick
44 C Bartolomeu F Jr.Lemos
ARTE MUDA
46 S Leonardo Maldonado M Bs Noseslide L Ribeir達o Preto, SP F JrLemos
48 A Silvana Mello
49 S Vitor Sim達o M Bs mute air L Rio de Janeiro, RJ. F Rene Jr.
50 S Paulo Galera M Fs smith L Uberaba, MG. F Fabiano Lokinho
52 S Klaus Bohns M Shift ollie L São Bernardo do Campo, SP F Allan Carvalho
53 S Letícia Bufoni M Wallride L São Paulo, Sp. F Eduardo Gabriel
54 S Bob Burnquist M Loopit L Rio de Janeiro, RJ. F Pablo Vaz
56 A Silvana Mello
57 S Vi Kakinho M Boardslide L Florian贸polis, SC. F Raul Passos
58 S Willian Chou M Nollie L S達o Paulo, Sp. F Flavio Samelo
60 S Tarobinha M Mayday L Santo AndrĂŠ, SP. F Allan Carvalho
61 S Vinicius Aquaman M Airwalk L Itapecerica da Serra, SP. F Fernando Arata
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"Dá um cérebro Para um macaco Que ele vai pensar Que é o centro Do universo" T João Periquito com colaboração de Leo Lopes
F Renê Jr. & acervo
Dizem por ai que entrevistar uma pessoa que você conhece é complicado, mas não desta vez. Caso você não o conheça, Gustavo “Black Alien” já fez parte de uma das maiores bandas de rap do Brasil, o Planet Hemp, também do Reggae B, dupla formada com o já saudoso Speedy Freaks. A música dele toca na rádio, em novela, trilha de filme, comercial, teatro, dentre outros. Para muitos uma lenda viva, para mim ele é o cara mais chato que eu conheço, porém um dos mais inteligentes, ao mesmo tempo. Acreditem ou não, ele está voltando a andar de skate e é um dos caras que mais me liga para fazer uma sessão. Com um disco novo para chegar ao seus ouvidos, o Mic Master respondeu estas perguntas.
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J
á são muitos anos de skate e de música, uma convivência nas ruas, bares, muitos amigos e mulheres. O que mudou do início para cá? Estilo, convivência, fama? Olha. Estilo, convivência e fama. O estilo, ele se mantém o mesmo, quem anda de skate, sempre tá na frente, sinto muito. Essa parada até rima, quem anda de skate, não bota qualquer pano no corpo. Quem anda de skate, conhece a rua e o champagne, conhece todos os tipos de pessoas porque ele lida com todos os tipos de pessoas. Skatista conhece união porque você quando tá longe, você tem que tá unido na parada, todo mundo tem que tá unido na parada. Eu me preocupo mais ainda com o que eu coloco no corpo, de estilo e de jeito, de gestual até. De certa forma até agora eu ganhei um pulmão preto e um fígado ruim dessa época, então quer dizer, eu bebi demais. A fama é muito perigosa, o dinheiro é muito perigoso, as mulheres são muito perigosas, o mundo da música é podre, é nojento. Mas ao mesmo tempo é fascinante, mas é podre, nojento e sinistro. Você se arrepende ou faria tudo outra vez? Não me arrependo, de maneira nenhuma. Eu agradeço, sabe? Eu agradeço. Agora, eu não faria de novo, porque se eu fizer de novo, sabe qual é? O empresário sou eu, eu é que vou fazer. Você tem que centralizar tudo em você, o que gasta muito mais energia, é muito mais difícil, você sofre muito mais. Eu to com trinta e sete anos, eu sai do Planet há dez anos, eu tinha vinte e sete anos. Então em dez anos eu aprendi muita coisa, nos cinco anos com o Planet eu já tinha aprendido muita coisa, e antes do Planet, eu não sabia nada. Tá na foto que eu mostrei para o Renê Júnior ali, a minha cara de que eu não sei de nada, primeiro show da minha vida. Então, o que mudou até hoje é que eu fiquei um cara de certa forma doente, de certa forma paranóico e pé atrás com coisas que as vezes não tem nada a ver, de coisas que eu vivi nessa época, que eu vi nessa época. Mas eu tenho ambições diferentes, acho que agora que eu to ambicioso, que nessa época eu nem era ambicioso. E a minha ambição é não dar dinheiro para banqueiro nenhum, não dar dinheiro para safado nenhum. Sintetizando mais ou menos, foi por falta de ambição que você não rumou para... Mas para onde que eu quero ir? Eu quero ter dinheiro como todo mundo, porque eu gosto de mergulhar, eu gosto de mar, de piscina. Tudo que tem água, por incrível que pareça. Eu gostaria de ter, por exemplo, tem uma cobertura ali, se o cara botar a venda, meu irmão... Se eu souber, eu já to. Sei lá, tem uma piscina, tem um jardim... Eu conheço ali, meu amigo Raul, que é o meu professor de guitarra, ele tem o prédio ali
em baixo, o pátio ali embaixo. Eu quero isso para mim, isso não é barato. Esse é o meu luxo máximo. Quero ter um barquinho, que eu possa, de vela mesmo ou o que seja, dar um role e as contas estarem todas pagas e só fazer show quando eu quiser. Porque eu não gosto de fazer show, é que neguinho não sabe. Esse é um ponto que eu iria tocar, para isso você teria que fazer três shows por noite, trabalhar para caralho para poder comprar. Claro! Mas isso se você for um escravo do seu empresário, se você for um escravo da sua gravadora. Se você for o seu empresário entre aspas sozinho ou com alguém de confiança se você for a sua gravadora, você faz show quando você quer. Você também não pode ser escravo do público, você também não pode ser escravo da indústria. Reza a lenda que você foi um dos pioneiros a mandar variações de tailslide de back (com flip), aqui em Niterói. É verdade isso? Com quem você andava naquela época? Onde você viu alguém mandando tail de back? Bom, tailslide de back é um barato que quando eu vi, eu me fascinei. Eu não lembro se foi o Natas, mas eu acho que sim. De back eu não sei não se foi Natas, mas de front foi Natas. Streets on Fire? Não, talvez no primeiro, no Wheels On Fire. Streets On Fire é o segundo da Santa Cruz e o primeiro é o Wheels on fire, e o segundo Streets on fire, no segundo ele já ta dando aquele rockslide na quatro por quatro de rampinha. No primeiro ele, com aquele biquinho pequeninho, aquele tail, ele dá um tailslide, eu falo “caralho, o que é que é isso“? Não lembro, não lembro quem foi, agora você me pegou. É tipo coisas de lembrar de madrugada, te acordar e falar, foi tal cara, sabe qual é? Desde essa época você era o Black Alien? Não, eu era Gustavo “Negão”, fui promovido e virei Black Alien. Como foi o processo de parar de andar e por que? Quantos anos andando de skate? Nem foi muito, parece que foi muito mas não foi, porque foi tão intenso que parece que foi muito tempo. Eu ando desde moleque, passei a andar diariamente desde os nove anos. Mas andar todo dia, me interessar pela parada foram cinco
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anos. Que engraçado, foi o mesmo tempo que eu fiquei no Planet Hemp e tão intenso quanto, mas eu não sinto tanta falta do período do Planet como sinto falta do período de andar de skate, sem não ter nem comparação. Parei de andar porque eu comecei a cantar, comecei a beber demais e perder disciplinas de ser atleta, até que vendi o meu skate, uma coisa que Simão falou “pô, você é maluco? Pára de andar mas não se desfaz do skate, porque um dia bum, você vai dar um role e pronto” e eu não ouvi que o cara falou e me desfiz do skate. Eu fiquei sem skate em casa maluco, anos! Sei lá, de 94 a 98.
e até a senhora que é humilde ou não, sabe o que é rap. São Paulo inspira rap legal. Você é rapper por causa da política? Não, eu sou rapper por causa do Public Enemy.
Quais as diferenças para você entre o rap em São Paulo e Rio? Onde mais tem uma cena de rap forte no Brasil?
Com que perspectivas encara a atual situação política do pais? Você vota? Voto aqui na faculdade de Direito, onde Romeu Dumas se formou. Eu acho que a atual situação política do Brasil é a parada que mais me incomoda no momento, é a parada que mais tira o meu sono, que me faz sofrer é o estado do povo, o estado do mundo. A atual política do Brasil é uma parada que me deprime, que me dá angústia, se eu não dispersar nas letras eu taco uma bomba em algum lugar, e eu to falando sério. Eu acho que Sarney estar lá até agora e dizer que “não saio”, eu acho um absurdo surreal, absurdo é uma palavra que já virou absurda de absurda, daqui a pouco ela perde a essência. Mas é um absurdo, sabe qual é? Várias coisas que eu vejo, que eu prefiro nem falar, informações eu tenho, que você vê que neguinho ta se fudendo e ainda ta agradecendo, coisas que me deixam mal, que eu choro sozinho. Eu não vou ser político, sei lá também, a gente nunca pode dizer que não vai ser. Meu pai até diz que eu poderia ser um bom político, mas que provavelmente eu não agüentaria a nojeira. Mas eu falei “pai, o mundo do entretenimento é uma nojeira” e ele respondeu “mas eu sou político e sei que é uma nojeira”. E eu tento extravasar pelas letras e é por isso que eu admiro caras como o Marcelo Yuka, que são assim, vamos dizer, guerrilheiros/políticos, que tentam clarear ou combater de alguma forma, ele e vários outros, que desculpa de novo, eu citar. Não vou falar mal de ninguém nem bem de ninguém, mas esse Sarney aí meu amigo, isso é normal de falar, mas agora não vou falar de candidatos que podem entrar ou não, eu não digo nem um nome. Entendeu? Mas certos candidatos, que antes fêmeas ou não, que eram, dizem que são de esquerda, que hoje são ultra direita, eles vão acabar com a parada que já acabou, tava vendo agora um programa sobre o que Winnipeg fez pelo Canadá, o que que Pequim fez pela China, ai fiquei analisando, o que o Pan fez pelo Rio? O que sobrou do Pan? O que vai sobrar das Olimpíadas? O que vai sobrar da Copa? O que vai sobrar de continuar uma capitania, um coronelismo no país inteiro? Como é que isso vai, até quando nego vai continuar sendo manobrado que nem boneco, mané. Por falta de informação, nessa hora ai , a música e a poesia fazem o papel que o governo não faz. O papel do governo é ser
Definitivamente em São Paulo, forte em São Paulo é o rap, sinto muito. Todo mundo sabe o que é rap, todo mundo conhece
o governo, que é fazer nada pelo povo. Governo que eu saiba que fez algo pelo povo,
Mais agora ta voltando? Devagarzinho né? Devagarzinho, até outro dia acertei um flip, ollie flip. Voltei sem saber subir calçada, hoje em dia já subo calçada. Você tem quantas revistas de skate? Tem muita cara, eu devo ter duas mil revista de skate. Mesmo sem andar, continuei comprando as revistas de skate, ta drogado no aeroporto indo fazer show sei lá aonde, cidades que eu nem lembro mais, sempre skate, revista de skate. Você viu o bolo ali, eu nunca dei uma ou joguei uma fora. O que o skate significa na sua vida e de que forma influencia a sua música? O skate, se eu falasse que é a minha vida, eu seria demagogo, porque não foi, foi só por um período. Mas influencia na música direto, não sei como, mas que influencia, influencia! Nesse disco novo tem música falando sobre skate ou para skatista, explique melhor esse assunto? Acho que skatista entende todos os assuntos, acho que falei sobre isso antes. Está sempre a frente, entende de muitos assunto variados, mais do que o super humano sem poderes, como diria o “Sombra”. Tem mais a ver com skate, porque eu to nessa de voltar a andar, de ser o que eu era (se corrige), de ser o que eu sou! Já algum tempo há uns dois anos atrás. De três anos para cá, então acho que eu to falando, to me comunicado mais com amigos que andam de skate das antigas, indo mais na casa deles, me informando sobre skate. Uma vez que você veio aqui, não tinha tanto filme, né? Tinha uns cinco filmes, uns quatro?
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nem em fábula meu amigo. Eu não vivenciei isso, tomara que tenha existido mesmo, mas ta tudo erradão, e o papel de uma reportagem, é dar informação para o povo se defender melhor, que é uma coisa que o governo não faz por interesse próprio. Porque se o povo se defender melhor, como é que o governo vai ser o governo, fala para mim? Da sua coleção de discos, qual é que vai furar de tanto você ouvir? Busta Rhyms, Public Enemy, Erick Bim Rakin, Sizzla, Gueldel Productions, tem muito mais coisa, dá até tristeza de não lembrar agora, tudo isso eu tenho comprado o terceiro, quarto ou o quinto disco do mesmo, ou perder ou gastar, arranhar, do mesmo. Tem um OutKast, Atliens (Aliens de Atlantis), que eu vou comprar o quinto disco agora, eu perdi, arranhou. Babylon by Gus – Volume Dois – A água, o por que desse nome? Você acredita que a próxima guerra será por água? O nome Babylon.... Nem ia colocar Babylon By Gus Vol. 2 mas como neguinho gostou tanto desse titulo, eu vou deixar. Poderia ser que o disco fosse fora de uma série, mas tem a ver com o primeiro, então vai ser Vol. 2. Se eu tivesse um alter ego bem louco, tipo sei lá, “Caramujo Sonolento” de repente iria tirar o Babylon e iria ser um título normal e talvez voltasse com a série depois. Mas aí vem essa série Babylon vol. 2 - A água. Porque a água é a parada mais importante do momento, a água que você quer que seja água benta, a água de nadar, a água de beber, a água que passarinho não bebe. Água é a parada mais importante e mais escassa do momento cara. Entendeu? E basicamente sem água, e para ficar um título simples, é mais para os intelectuais não ficarem enchendo o saco ou fazendo pergunta chatas, ficando “perguntandinho” com aqueles óculos quadrados, estilo zapping. Então é a água e pronto, fica cada um com a sua água, é água, água, água.
Porque eu gosto dessa sonoridade desse nome Mistério Instereo., A água. Você segue alguma religião? (Começa a mostrar a variedade de santos que ele tem) Sou, sou. Eu não sigo religião nenhuma não brother, eu fui criado no catolicismo, eu me interesso por todas as crenças e tento ler sobre todas as crenças, Kardecista, Umbanda, Joherei, sei lá o que, Luterana, qualquer uma ou qualquer um que me interessa. Mais eu não sigo nenhuma não, mas eu ainda faço o sinal da cruz quando eu passo em frente a uma igreja católica. Gosto muito do islamismo, é muito interessante. Quando sobe no palco também? Quando subo no palco eu sigo a religião da música, da informação passada, por isso que eu não gosto de toque. Se eu sair de casa, eu não gosto de sair de casa. Primeiro, quero ser pago, segundo, eu quero fazer o que eu tenho que fazer, é passar o que eu gosto para quem eu tenho que passar. Por isso que eu não gosto de tocar duas horas da manhã, ou eu to bêbado, ou todo mundo tá bêbado, ou eu e todo mundo tá bêbado. E se fosse Chitaozinho e Chororó é a mesma merda. Então cara, eu gosto de tocar até essa hora ai para as pessoas poderem absorverem aquilo que eu to falando, e eu quero passar aquilo é uma lança e eu tenho que passar aquilo ali. Para fechar, é verdade que você é bem calado, bem na tua? Eu só não sou quieto quando eu não bebo, como eu bebo muito, eu não sou mais quieto. Então, se eu não bebo, eu não falo nada. Absolutamente nada, por isso que tem uma Skol ai, sempre me escoltando.
Mais iria ter um outro nome? Verso Desconverso. Não! Mistério Instereo. Por quê?
Força e positividade ao nosso amigo Black Alien, que assim como nós, durante o fechamento dessa edição, perdeu um grande amigo e outro ícone do hip hop nacional, Speed.
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Cuidado Perigo: a hist贸ria da pista de skate do clube 12 T Flavio Samelo
F Eduardo Dumbo
F Eduardo Dumbo
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Pesquisar a história das coisas, seja lá qual for o assunto, é uma das funções mais memoráveis que um ser humano pode se por a fazer. Sabendo o que aconteceu se evitam erros e problemas futuros, mas também se acaba conhecendo o porque de certas coisas, de onde vieram, como vieram, ou, o que estão fazendo ali. Querendo mostrar uma dessas histórias, os skatistas de Florianópolis Rodrigo Jaca, Gabriel Sândalo, Dimitri Sândalo e Júnior Cachorro se juntaram numa missão que parecia impossível: levantar a história da pista do Clube 12 em um documentário independente. O lendário “Snake do 12” foi palco de várias gerações do skate catarinense e brasileiro também. Nomes como César Gyrão, Junae Ludvig, Bob Burnquist, Nilton Urina entre tantos outros já gastaram suas rodas nas curvas perigosas da pista. Com o titulo de Cuidado, Perigo!, o documentário dirigido por Gabriel Sândalo, mostra imagens históricas dos anos 70, 80 e 90 com depoimentos atuais dos personagens dessa verdadeira história do skate brasileiro.
O que foi o Clube 12?
O que é o Clube 12 hoje?
O Clube 12 de Agosto é um clube social tradicional de Florianópolis. Fundado em 1872, conta com três sedes que possuem uma infra-estrutura de lazer, eventos sociais e esportes. Na sede de Jurerê, na praia de Jurerê Internacional, está localizada a pista de skate do Clube 12, que foi construída em 1978, acompanhando a tendência da popularização do skate na década de 70. A Pista de Skate do Clube 12 (snake) é a pista mais antiga de Florianópolis e possivelmente a pista mais antiga do Estado de Santa Catarina. Posteriormente em 1989 foi construído um half pipe junto ao snake, acompanhando a popularização do skate vertical na época.
O Clube 12 ainda mantém suas atividades de clube social, porém com um foco diferenciado, se olharmos pelo ponto de vista do skate. Com a mudança de hábitos da sociedade, muitos sócios deixaram de freqüentar o clube e os filhos que eram skatistas, que freqüentemente utilizaram a pista nas décadas de 70, 80 e 90, passaram a praticar o skate em pistas públicas de fácil acesso. Além disso, os skatistas de Florianópolis em geral, passaram a não mais utilizar a pista do Clube 12, andado mais na rua.
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Qual a importância dos eventos que aconteceram por lá? Pode-se dizer foi muito importante para o skate de Florianópolis e também para o skate nacional, pois ali passaram pelo menos 3 gerações de atletas. Destaque para o campeonato brasileiro de 1978, um dos primeiros eventos de skate realizado no Brasil, reunindo vários nomes importantes para o skate na época como: Cesinha Chaves, Jun Hashimoto, Luis Roberto Formiga, Cesar Gyrão, entre outros. Mais tarde em dezembro de 1989 foi realizado o Invert Skate Rock, campeonato nacional de vertical, organizado por Christian Rosa, sendo um marco na história do skate na cidade, contando com vários nomes do skate nacional, Junae Ludvig, Lemoel Dinho, Rogério Mancha, Crisitano Mateus e Bob Burnquist. Nos anos 90 a pista desempenhou papel importante, sendo um espaço para a prática do skate, já que na época não existiam pistas públicas na cidade como existe hoje. Naquele tempo o skate praticado na rua começou a ser praticado em massa e a pista do Clube 12 passou a ser a skatepark de muitos atletas de Florianópolis. O mais importante na história da pista do Clube 12 é que ela durou aproximadamente 20 anos, estando ligada diretamente ao skate da cidade. A pista presenciou toda a evolução do esporte, justamente nas décadas que o skate passou pelas maiores transformações de sua história, em termos de manobras, equipamentos e conceito. Além disso, é interessante notar o fenômeno que aconteceu por volta do ano de 1998, que com o surgimento de pistas públicas mais adaptadas às novas necessidades do skate, os freqüentadores da pista do Clube 12 migraram para outros locais para praticar o esporte, o que mostra que a história da pista teve um início meio e um fim.
Por que vocês decidiram fazer esse documentário? O interesse em fazer o documentário surgiu da vontade valorizar a história do skate em nossa cidade e do nosso estado. Achamos justo dar crédito às pessoas que se dedicaram ao skate antes de nós e que inspiraram as novas gerações a entrar no esporte. Além disso, o fato de andarmos de skate a mais de 20 anos, conhecermos a história e trabalharmos com vídeo, fez com que acreditássemos que poderíamos contar essa história de uma maneira interessante, e não simplesmente um vídeo de manobras.
em Florianópolis ou em Santa Catarina, porém se fizéssemos um filme com esta abrangência alguém poderia dizer "Ah, mas o skate de Floripa e de Santa Catarina não é só isso". Por isso decidimos contar a história do ponto de vista da Pista do Clube 12, ou seja usando a pista como fio condutor da história pois ela esteve presente em nossa trajetória no skate e sem dúvida é um ponto significativo na história do skate na cidade e no estado.
Poderíamos facilmente ter feito um documentário sobre o Mama Cavalo ou sobre a OitoMilimetros para promover nossa imagem ou falar de uma pessoa ou outra. Entretanto, a proposta do “Cuidado Perigo” é realizar um trabalho diferenciado, dentro de nossa vivência no skate, contando parte da história do skate em Florianópolis, e, em Santa Catarina. Já
O propósito deste documentário é buscar informações sobre porque a pista foi construída, quem teve a iniciativa, como foi a construção. Como foi a evolução da pista e quais pessoas que passaram por lá e suas histórias no skate e porque ela parou de ser utilizada, porque o Clube não investiu mais nela também. Além disso, procuramos busc ar respostas para outras questões: Existiram outros marcos na história da pista que não conhecemos? Com o movimento old school (que é um retorno das manobras e estilo de skate da época da pista do Clube 12) será que a pista pode ter uma nova vida? Qual a relação do street skate, modalidade que
tínhamos conversado sobre a possibilidade de fazer um documentário sobre o skate
teve grande expansão no início dos anos 90, com a história da pista do Clube 12.
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Cuidado Perigo: a história da pista de skate do clube 12 Equipe: Gabriel Sândalo direção / edição Dimitri Sândalo supervisor de som Junior Cachorro edição / finalização Rodrigo Jaca produção / roteiro / pesquisa Com lançamento previsto para 2010, você pode acompanhar informações, making of, curiosidades e novidades sobre o andamento do projeto pelo site www.cuidadoperigo.com.br