Guia do 26º Festival de Cinema de Vitória

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Ministério da Cidadania e ArcelorMittal apresentam:

26o FESTIVAL DE

CINEMA DE VITORIA

24 a 29 set 2019 Centro Cultural Sesc Glória Cine Metrópolis - Ufes Hotel Senac Ilha do Boi ENTRADA GRATUITA

MOSTRAS COMPETITIVAS 20º FESTIVALZINHO - SESSÃO ARCELORMITTAL DEBATES TENDA MUSICAL www.festivaldevitoria.com.br 1


O cinema enaltece a cultura de um povo, atravessando fronteiras e levando ao conhecimento de pessoas do mundo inteiro as histórias contadas. O cinema tem o poder de converter sonhos em imagens e de transformar realidades. Não apenas no que tange à subjetividade de um indivíduo ou de uma comunidade. O cinema também é indústria, é geração de emprego e renda, é o sustento de milhares de famílias. O audiovisual brasileiro é responsável por 0,46% do PIB do país. São mais de 300 mil pessoas empregadas diretamente no setor. São 13 mil empresas de pequeno, médio e grande portes desenvolvendo de maneira autossustentável uma atividade que injeta 25 bilhões de reais na economia brasileira. O setor de Mostras e Festivais é parte importante da manutenção do funcionamento dessa cadeia. Considerados uma das maiores vitrines da produção audiovisual brasileira, os mais de 140 eventos nacionais realizados atualmente são o primeiro contato dos filmes com público, críticos e distribuidores. São os festivais que impulsionam a circulação dos filmes e garantem vida longa às produções. E assim como as pessoas, que contêm em si razão e emoção, o cinema também alcança várias esferas do pensamento humano e da vida cotidiana. Além dos números, está a magia. Em 26 anos de Festival, cada uma das pessoas que passou por nossas sessões, são olhos atentos para a arte. Cada pessoa é um coração, que vibra junto a outros corações dentro da sala de exibição. Esse momento de conexão é uma experiência única, que aproxima e une, que desperta afetos. É o momento do amor vencendo as dificuldades, curando nossas emoções. Citando a artista Nelma Guimarães, “eu vejo e não estou só”, e quando estamos juntos e vemos, o amor cura. Agradeço aos nossos patrocinadores, sem os quais seria impossível estabelecer essas conexões. Agradeço a toda a equipe do 26º Festival de Cinema de Vitória, por olhar junto comigo para cada detalhe do evento, e também agradeço ao público, por estarmos juntos pelo 26º ano ininterrupto. Lucia Caus Diretora do 26º Festival de Cinema de Vitória

Expediente: Textos e Edição: Galpão Produções | Direção de Arte: Neusa Mendes | Ilustrações: Nelma Guimarães Design Gráfico: Anaise Perrone | Informações: (27) 3327 2751 E-mail: producaofcv@ibcavix.org.br


SU M Á R I O

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Homenagem Nacional - Vera Fischer Homenagem Capixaba - Bernadette Lyra 20º Festivalzinho de Cinema de Vitória Sessão ArcelorMittal 3ª Mostra Nacional de Videoclipes 8ª Mostra Foco Capixaba 4ª Mostra Cinema e Negritude 4ª Mostra Mulheres no Cinema 6ª Mostra Outros Olhares 9ª Mostra Quatro Estações 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas 8ª Mostra Corsária 2ª Mostra Nacional de Cinema Ambiental Sessão EDP

20 1ª Mostra Do Outro Lado 21 Sessões Especiais 22 Lançamentos 24 Formação 25 Debates 28 Tenda Musical 30 Premiações 31 Programação

LEGENDAS: ANI: Animação; DOC: Documentário; FIC: Ficção; VID: Videoclipe; XX’: tempo em minutos.


A PRIMEIRA VERA, AOS 16 Vera sempre foi o que existe de belo: musa, deslumbramento, desejo – essa tríade que compõe a mulher necessária, essencial e absoluta, aquela que compôs (e ainda compõe) nossa vida no imaginário, no sonho, na atmosfera tangível, no quadro da parede, no instantâneo ocasional. Lembro-me – aos dezesseis anos – de quando estive pela primeira vez diante de Vera: “Sinal de Alerta” na tevê, horário quase impróprio ao adolescente que acordaria no outro dia, rumo à escola, bem cedo. Vera, no apogeu da beleza – apogeu que se mantém –, olhava-me do cume do que havia de mais alto e mais distante, sem sequer se importar com o fato de que eu assistia à telenovela menos por conta do tema – a poluição, os desmandos, a corrupção – do que por sua beleza, que iluminava as cenas com aquela força sideral que poucas mulheres puderam impor ao que se via, ao que se expunha. Vera sempre foi à vera, imaginei: devia ter tal brilho no dia a dia, indo à básica compra no supermercado, dirigindo o carro, atravessando a rua, escrevendo um bilhete, abrindo a geladeira. Sempre pressupus que Vera fosse a mesma, na tevê ou fora dela, sempre e tanto, e era justamente nisso, nessa crença, que mais se estacionava a beleza plástica que me comovia e que me faz, nesse momento, após tantos anos, escrever o que escrevo – aqui, também à vera. E espero de verdade que, como ela, fique para sempre. Francisco Grijó 4


Homenagem Nacional

Vera Fischer

Uma mulher à frente de seu tempo

Vera Fischer é A Super Fêmea. Uma mulher à frente de seu tempo, que combateu o machismo e encarou de frente uma indústria dominada pelos homens desde o início de sua carreira. Sua beleza estonteante a transformou em Miss, mas sua fibra e seu caráter moldaram uma sólida carreira artística que se entrelaça com a história do cinema brasileiro. Dona de uma filmografia prolífica, seus personagens são ícones do cinema nacional. Nas décadas de 1970, 1980 e 1990, seu rosto foi um dos mais vistos nas grandes telas, interpretando papéis fortes e complexos, que lhe renderam diversos prêmios. Com suas atuações na televisão, conquistou o imaginário popular dos brasileiros, sendo lembrada todas as vezes em que se rememoram grandes obras da teledramaturgia. Conquistou os palcos com uma força dramática capaz de dominar de Shakespeare a Tennessee Williams. Inteligente, interessante, vivaz e com um vasto repertório sobre cultura, Vera fala sobre cinema com referências apuradas, sobre teatro e artes plásticas, e desfila por todos os assuntos com imensa naturalidade. Uma artista completa, Vera, além de atriz, pintou quadros, é excelente dançarina, escreveu livros, faz colagens, dirigiu filmes e peças, tem uma voz única elogiada por ícones da MPB e agora canta. Por tudo que representa para a arte no Brasil e pelo imenso desejo de seguir sempre fazendo mais, é um prazer e uma honra render homenagem à Vera Fischer no 26º Festival de Cinema de Vitória. Lucia Caus

Diretora do 26º Festival de Cinema de Vitória

EVENTOS Coletiva de imprensa com Vera Fischer quinta-feira (26), às 15h - Hotel Senac Ilha do Boi Homenagem a Vera Fischer quinta-feira (26), às 20h - Teatro Glória (Centro Cultural Sesc Glória) 5


Homenagem Capixaba

Bernadette Lyra O encontro entre cinema, academia e literatura

Bernadette Lyra nasceu em Conceição da Barra e se orgulha de ter suas raízes na “areia clara e fina”, se orgulha da Cabula e de seu Tatá do vento. A escritora, pesquisadora e educadora tem pós-doutorado em Sorbonne e derrama sua gratidão à Universidade Federal do Espírito Santo por ter sido a base de sua carreira acadêmica. A valorização da educação é um dever social, e urgente. É preciso homenagear uma mulher que dedica sua vida à academia e à literatura. É importante homenagear uma mulher que desbravou, em tempos obscuros, o caminho das mulheres pesquisadoras. Esse caminho que Bernadette traçou, levou consigo várias mulheres que produzem e realizam o audiovisual brasileiro. Suas pesquisas sobre cinema como arte, análise fílmica e cinema e comunicação são referências para estudiosos em todo o território nacional. Seus estudos em comunicação reacendem o interesse público pelos seus temas. Bernadette cunhou o termo Cinema de Bordas, que hoje é denominação para um tipo de cinema periférico com narrativas e estéticas específicas. Sua mais recente pesquisa investiga o cinema Queer. Em 2018, recebeu da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (Socine) o prêmio de Pesquisadora do Ano. No meio literário tem reconhecimento internacional. Bernadette também ocupa a cadeira número 1 na Academia Espirito-Santense de Letras, e seu livro “Memórias das Ruínas de Creta” foi indicado ao Prêmio Jabuti, o mais importante prêmio literário do Brasil. Várias instituições do país prestaram homenagens à maravilhosa Bernadette Lyra, porque é uma homenagem mais que necessária. Mas para nós, homenagear Bernadette é retribuir com amor o amor que ela sempre dedicou e dedica ao Festival de Cinema de Vitória. Viva Bernadette Lyra! Lucia Caus Diretora do 26º Festival de Cinema de Vitória

EVENTO Lançamento do Caderno em Homenagem a Bernadette Lyra Sexta-feira (27), às 15h Salão Penedo (Hotel Senac Ilha do Boi) Homenagem a Bernadette Lyra domingo (29), a partir das 19h - Teatro Glória (Centro Cultural Sesc Glória) 6


20º Festivalzinho de Cinema de Vitória - Sessão ArcelorMittal Cinema para crianças e adolescentes O 20º Festivalzinho de Cinema de Vitória - Sessão ArcelorMittal traz uma programação com oito curtas-metragens nacionais, entre os gêneros de animação e ficção. Ao longo de suas edições, desde o ano 2000, a mostra já contabiliza mais de 160 sessões para um público de 48 mil crianças e adolescentes. O Festivalzinho já atendeu 57 escolas e instituições de 52 bairros, em cinco cidades, e serve como importante ferramenta educacional, ajudando a formar plateias e a desenvolver a sensibilidade para as artes, muitas vezes promovendo o primeiro contato com o cinema. A produção mais votada pelo público leva o Troféu Vitória pelo júri popular. Lily’s Hair (FIC, 15’, GO), Raphael Gustavo da Silva. Lily é uma garota negra que não gosta de seus cabelos. Com a ajuda de Caio, seu amigo cadeirante, tenta ter os cabelos do jeito que sempre sonhou. O Malabarista (ANI, 11’, GO), Iuri Moreno. Documentário em animação sobre o cotidiano dos malabaristas de rua, que colorem a rotina monótona das grandes cidades. Na Casa da Bisa (FIC, 12’, RJ), Realização Coletiva. Dois irmãos que passam o fim de semana na casa da avó e em meio às brincadeiras, descobrem um passado distante de sua família, desconhecido por eles até então. Metamorfose (ANI, 5’, MG), Jane Carmen Oliveira. Em busca de aceitação e felicidade, uma menina se espelha nas pessoas ao seu redor. Arani Tempo Furioso (FIC, 20’, ES), Roobertchay Domingues Rocha. Cinco adolescentes e uma menina de 9 anos passam o fim de semana juntos em uma casa de campo. Após Alice mexer num armário, eles descobrem uma antiguidade. Curiosos, resolvem seguir as instruções que encontram dentro da peça. Eles são transportados para dentro de um universo paralelo, onde percebem que precisam se unir. Eles têm pouco tempo para atingir o objetivo, ou ficarão presos para sempre. Vida Real (ANI, 1’, MG/EUA), Camila Mezzetti e Ramon Faria. O que devemos fazer quando descobrimos que a vida não é, literalmente, uma vida de princesa? Guri (FIC, 12’, ES), Adriano Monteiro. Victor é um menino de 12 anos que sonha em vencer um campeonato de Bolinha de Gude do seu bairro. 8 Patas (FORA DE COMPETIÇÃO) (ANI, 3’, SP), Fabrício Rabachim, Gabriel Barbosa e Pietro Nicolodi. Ao receber uma visita inesperada, Beatriz se vê dentro de seu pior pesadelo. A aparição de uma pequena aranha transforma o conforto de seu lar em uma sucessão de desventuras, que provará que o maior perigo a enfrentar é o seu próprio medo.

20º FESTIVALZINHO DE CINEMA DE VITÓRIA – SESSÃO ARCELORMITTAL • terça-feira (24) a sexta-feira (27), sessões às 9h e às 14h, Cine Metrópolis. Classificação indicativa: Livre 7


3ª Mostra Nacional de Videoclipes Lutas retratadas por meio da canção e do clipe A 3ª Mostra Nacional de Videoclipes deste ano traz 12 produções selecionadas que refletem os rumos musicais brasileiros em um verdadeiro caldeirão de ritmos, rostos, cores e gêneros. As produções concorrem ao Troféu Vitória pelo júri técnico. Alguém na Janela (VID, 3’, SP), Aksa Lima. Gustavo apresenta seu terceiro trabalho, “Alguém na janela”, que fala de empatia. Com participação da artista Nath Dias e seu filho Caetano como condutor do videoclipe. Gustavo mostra que quando a gente se coloca no lugar do outro, quando abrimos a janela e de fato olhamos para rua, isso faz do mundo um lugar mais interessante. Toasted (VID, 4’, SP), Cintia Nakashima. Videoclipe “Toasted”, música que está no “Gooley EP” do artista Danos. Rever sem poder desfazer tudo o que já foi feito. Fausto de Gueto (VID, 7’, MG), Arthur B. Senra e Robert Frank. Um Fausto à brasileira, da realidade, onde não existem pactos que possam mudar seu contexto, a não ser com a própria força. Não ficar em silêncio, não se entregar ao medo. 19 (VID, 4’, SP), LaBaq e Laís Catalano Aranha. Entre 1º de janeiro e 15 de abril de 2018 uma pessoa LGBTQI+ foi agredida, assassinada ou cometeu suicídio a cada 19 horas no Brasil. De todos os homicídios contra LGBTQI+s no mundo, 52% acontecem em terras brasileiras. Destes alarmantes números nasce o título do poderoso single de LaBaq, “19”, que aborda a necessidade de quebrar barreiras problemáticas da sociedade. É um hino sobre o amor universal, aquele em que a cor da pele, as roupas e a orientação sexual das pessoas pouco importam. Ninguém Perguntou por Você (VID, 6’, RJ), Pedro Henrique França. Duas mulheres vivem uma noite de amor e liberdade, numa festa-sonho onde todo lance é livre, mas nem sempre imaginário. OK OK OK (VID, 6’, RJ), Victor Hugo Fiuza. Videoclipe “Ok Ok Ok”, para Gilberto Gil, faixa do álbum homônimo, lançado em 2018. Brisa (VID, 4’, BA), MAGU (Marina Abranches e Gustavo Martins). Clipe oficial da música “Brisa”, do artista brasileiro, Silva. Permeando o território baiano de Salvador, revelando seus trajetos: dos explícitos aos ermos. Permitindo que, a partir da musicalidade, se costure as imagens e sua história. Meu Carnaval (VID, 4’, ES), Gabriela Brown e Tati Rabelo. No Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, pela primeira vez desde o início de sua carreira, Gabriela Brown lança o clipe de seu mais novo single “Meu Carnaval”. Com a delicadeza de casais reais e de uma potência feminista, o clipe não apenas retrata, como também celebra o amor entre duas ou mais mulheres, comemorando tudo o que há de feliz, comum e incomum nas relações. Tempos Loucos (VID, 4’, RS), Fabrício Koltermann. Uma família entre aparências cotidianas e a verdade escondida se envolve numa experiência transformadora. Pedrinho (VID, 4’, SP), Fabio Lamounier, Pedro Henrique França e Rodrigo Ladeira. Inspirada na performance “La Bete”, de Wagner Schwarcz, que foi censurada em 2017 após desagradar os conservadores, o clipe realizado para a cantora Tulipa Ruiz propõe uma narrativa inversa: um efeito dominó de liberdade sobre os corpos gays e trans. Provocado por um Pedrinho libertador, vivido pelo ator Kelner Macêdo, o resultado é um grito de liberdade e o direito de ser e amar quem quiser. Space Woods (VID, 5’, ES), Gustavo Senna. Em um sonho, Gabi é expulsa do planeta Terra e viaja para encontrar outras dimensões do seu ser. Vazio (VID, 4’, DF), Maurício Coutinho. A viagem de um músico dentro do seu inconsciente.

3ª MOSTRA NACIONAL DE VIDEOCLIPES • sexta-feira (27), às 16h, Sala Marien Calixte, 3º andar (Centro Cultural Sesc Glória). Reexibição domingo (29), às 7h. Tenda Musical. Classificação indicativa: 14 anos 8


8ª Mostra Foco Capixaba Reconstrução A 8ª Mostra Foco Capixaba apresenta, mais uma vez, a diversidade da produção do Estado. Embora diversa, em meio a tantos estilos e narrativas, é possível encontrar, como linha dorsal, um tecido de crítica social que se apresenta com variadas modulações em cada um dos seis títulos que compõem a Mostra. Todos concorrem ao Troféu Vitória de Melhor Filme, eleito pelo júri técnico. Minhas Mães (DOC, 9’, ES), Gustavo Guilherme da Conceição. Um filme sobre ausências e silêncios, mas também sobre reencontros e reconciliações. Pescadores Urbanos (DOC, 15’, ES), Yolanda Faustini. Ensaio documental sobre pescadores urbanos que resistem e mantêm a tradição pesqueira em meio à metrópole de Vitória. Guri (FIC, 12’, ES), Adriano Monteiro. Victor é um menino de 12 anos que sonha em vencer um campeonato de Bolinha de Gude do seu bairro. Práticas do Absurdo (FIC, 16’, ES), Alexander S. Buck. Cinco personagens vivenciam fenômenos que alteram a realidade de forma absurda e inesperada. Um experimento cinematográfico que busca desafiar a lógica, o senso comum e até a gravidade. Os protagonistas descobrirão que nem sempre serão compreendidos diante dos eventos repentinos que mudaram suas vidas, e que as reações das pessoas ao redor podem ser igualmente absurdas. Ou até piores. Casa de Vó (FIC, 16’, ES), André Ehrlich Lucas. Meu filho vem com o garotinho dele passar uns dias aqui, e eu tô precisando de uma menina que goste de criança que trate bem ele e que possa tomar conta dele. Jardim Secreto (DOC, 19’, ES), Shay Peled. O filme segue a vida de Eugênio Martini, comerciante do centro de Vitória, que ao longo dos anos instalou em volta da sua loja e nas redondezas do bairro, mais de 100 câmeras de vigilância.

Pescadores Urbanos

8ª MOSTRA FOCO CAPIXABA • terça-feira (24), às 19h, Teatro Glória (Centro Cultural Sesc Glória). Classificação indicativa: 16 anos 9


4ª Mostra Cinema e Negritude Cinema como matéria Os cinco filmes que compõem a 4ª Mostra Cinema e Negritude apresentam alguns olhares sobre narrativas cotidianas da população negra. Para dar conta dessa pluralidade, a seleção de curtas-metragens apresenta uma narrativa que valoriza os filmes dentro das suas individualidades, tanto técnica quanto esteticamente, mas que também dialogam entre si. Os filmes concorrem ao Troféu Vitória de Melhor Filme, eleito pelo júri técnico, e a premiações extras. Ao final da mostra, será realizado um debate. Santos Imigrantes (FIC, 7’, SP), Thiago Amepreta. Santos Imigrantes é um curta independente que conta com a participação do ator Weslley Baiano e lida com as religiões de matriz africana no Brasil a partir da presença marcante do orixá Exu como um personagem. Você já ouviu a palavra de Exu hoje? Kairo (FIC, 1’, SP), Fabio Rodrigo. Em uma escola na periferia de São Paulo, a assistente social Sônia precisa retirar o garoto Kairo, de 9 anos, da sala de aula para ter uma difícil conversa. Do Dia em que Mudamos a Rota (DOC, 10’, ES), Diego Nunes. Um pequeno relato dos habitantes de Jardim da Penha, bairro que abraça o aeroporto de Vitória, no dia em que percebemos que a rota dos voos irá mudar. Sem Asas (FIC, 5’, SP), Renata Martins. Zu é um garoto negro de 12 anos. Ele vai à mercearia comprar farinha de trigo para a sua mãe e, na volta para casa, descobre que pode voar. Motriz (DOC, 15’, BA), Tais Amordivino. Apesar dos olhos d’água, Bete carrega consigo um sorriso largo que entrelaça a dor, o afeto e a saudade das filhas.

Santos Imigrantes

4ª MOSTRA CINEMA E NEGRITUDE • quinta-feira (26), às 14h, Teatro Glória (Centro Cultural Sesc Glória). Classificação indicativa: 12 anos 10


4ª Mostra Mulheres no Cinema Olhares femininos Os filmes selecionados para a 4ª Mostra Mulheres no Cinema oferecem ao público a multiplicidade presente nos olhares femininos de diferentes regiões do país sobre as questões importantes para as mulheres. A Mostra privilegia o olhar feminino e reafirma ainda o compromisso em debater a pluralidade do ser feminino, sem esquecer a forma cinema e o caráter cineclubista, com um debate no local, após a mostra. Os quatro curtas-metragens concorrem ao Troféu Vitória de Melhor Filme, eleito pelo júri técnico, e a premiações extras. Deus te dê Boa Sorte (DOC, 23’, PE), Jacqueline Farias. “Deus te dê Boa Sorte” é um curtametragem documental que revela a voz ancestral das mulheres parteiras indígenas Pankararu. Habitantes das margens do Rio São Francisco, na fronteira dos municípios de Tacaratu, Jatobá e Petrolândia. Essas mulheres de espiritualidade antiga carregam a experiência de receber no mundo os pequenos índios e índias e de garantir que sangue, placenta e cordão umbilical retornem para a terra, guardando o direito de que habitem o chão onde nasceram. Mãe Dora, tia Ana, Luciene e Juliana são guias nesta viagem que descortina entre maracás e toantes uma herança silenciosa, onde cada mulher é a guardiã de um grande mistério. Fosfeno (EXP, 12’, MG), Clara Vilas Boas e Emanuele Sales. Teçá é uma jovem solitária que trabalha como DJ. Durante seu setlist, em uma festa, uma mulher tira uma foto de Teçá. Essa mulher continua aparecendo pelo seu caminho. Poder (FIC, 19’, RJ), Sabrina Rosa. “Poder” conta a história de quatro amigas negras vivendo seus dramas cotidianos. Decidem, para relaxar, ir a uma cachoeira. Durante o banho, recebem uma carga energética que lhes dá superpoderes. Linda vive um relacionamento abusivo e violento com seu marido. Ele a humilha, desvalorizando seu trabalho como estilista. Maria é professora de capoeira. Trabalha em uma ONG que possui um dirigente machista e ainda desvia dinheiro do projeto. Paula trabalha como empregada doméstica e, nas horas vagas, estuda para ingressar numa faculdade. Sua patroa, por sua vez, sempre a desencoraja. Claudinha é bolsista em uma universidade particular. Sempre atenta aos direitos dos alunos, entra em constante conflito com a reitoria. Com os poderes recebidos, Linda, Maria, Paula e Claudinha optam por usá-los e enfrentar os desafios de cada uma, um por um, transformando-se em heroínas do mundo real. Afeto (EXP, 15’, RJ), Gabriela Gaia Meirelles e Tainá Medina. O corpo-mulher versus o tratorcidade. Um apagamento histórico, arquitetônico, simbólico. Um desmemoriamento. Em meio a uma das maiores crises políticas e representativas brasileiras, “Afeto” é um curta-metragem experimental sobre arquitetura, memória e ocupação feminina do espaço urbano. Além de performances, o filme usa imagens de grandes obras e inaugurações nas metrópoles brasileiras ao longo de meio século, questionando a imparcialidade do planejamento urbano e o papel social da mulher.

4ª MOSTRA MULHERES NO CINEMA • sábado (28), às 14h, Sala Cariê Lindemberg - 2º andar (Centro Cultural Sesc Glória). Classificação indicativa: 16 anos 11


6ª Mostra Outros Olhares De encontro ao dissenso Neste momento de um Brasil polarizado, regido por discursos de ódio e pouquíssima tolerância, a 6ª Mostra Outros Olhares é um pequeno oásis da escuta. Do encanto por mundos distintos, discursos de frequências e tensões variadas, desencaixes e corpos livres ocupando e resistindo nosso país. As 19 produções estão divididas em quatro dias de exibição, e concorrem ao Troféu Vitória de Melhor Filme, eleito pelo júri técnico. QUARTA-FEIRA (25) • PROGRAMA MUSICALIDADES

Classificação indicativa: 14 anos

Quando as Pedras Dilatam (FIC, 21’, RJ), Diego Amorim. Rita canta uma cidade de diferentes fachadas e esquinas. Diante da quantidade enorme de assassinatos no Rio de Janeiro, certos lugares revelam que o passado é um presente e os espaços emanam nossa história. Poesia Azeviche (DOC, 20’, BA), Ailton Pinheiro Junior. “Poesia Azeviche” é um documentário que conta, através das memórias dos compositores e letristas de destaque dos Blocos Afros Tradicionais da Bahia, da década de 1970 aos anos 1990, a importância histórica de suas canções para valorização da identidade negra e da luta contra o racismo na Bahia e no Brasil. Diz que é Verdade (DOC, 16’, MG), Claryssa Almeida e Pedro Estrada. Alexandre e Suelen são pessoas anônimas que exercem suas atividades cotidianas de forma ordinária até se encontrarem em um videokê do baixo centro de Belo Horizonte, onde viverão o estrelato por uma noite. Tetê (DOC, 25’, SP), Clara Lazarim. Tetê é um documentário que explora o universo da compositora, instrumentista e intérprete Tetê Espíndola, investigando seu trabalho de pesquisa criativa – em especial a forte ligação com a natureza como tema e fonte de inspiração. QUINTA-FEIRA (26) • PROGRAMA AFETOS LGBT

Classificação indicativa: 12 anos

Deusa Olímpica (DOC, 20’, CE), Emília Schramm, Jéssika Barbosa, Pedro Luis Viana, Rafael Brasileiro. Ao voltar para casa cheia de medalhas no colo do peito, Deusa teve sua cabeça guilhotinada. Hoje só resta o corpo detido e algumas medalhas pelo chão. Em Reforma (FIC, 20’, RN), Diana Coelho. Ao receber a notícia de que a filha vem passar uns dias em sua companhia, Bianca decide retomar a obra inacabada na laje de sua pequena casa. Os planos, contudo, não saem como o esperado. Riscados pela Memória (FIC, 20’, DF), Alex Vidigal. O dono de um sebo de discos, em meio a uma compra de LPs de segunda mão, se depara com algo que vai muito além de uma aquisição trivial. Do Outro Lado (FIC, 14’, SP), Bob Yang e Frederico Evaristo. Às vésperas de uma importante decisão, a juíza da Corte Suprema de Taiwan recebe uma carta inesperada. Marie (FIC, 25’, PE), Leo Tabosa. Mário retorna ao sertão, depois de 15 anos, para enterrar o pai. Ele regressa para sua cidade natal, como Marie, uma mulher trans. Lá reencontra seu melhor amigo de infância, Estevão e com ele o seu passado. Com a ajuda de Estevão, Marie parte numa viagem para enterrar o pai na cidade do Crato.

6ª MOSTRA OUTROS OLHARES • quarta-feira (25), quinta-feira (26), sexta-feira (27) e sábado (28), às 16h, Sala Cariê Lindenberg - 2º andar (Centro Cultural Sesc Glória). 12


SEXTA-FEIRA (27) • PROGRAMA NARRATIVAS 1

Classificação indicativa: 12 anos

O Quadro (FIC, 15’, ES), Melina Leal Galante. Francisco, Lúcia e Julieta passam um dia em casa sem sua mãe. Aulas que Matei (FIC, 23’42”, DF), Amanda Devulsky e Pedro B. Garcia. Mais um dia de aula. Nem todos conseguem chegar. Tomar o Tempo – Poesia Inútil (EXP, 08’20”, ES), Amanda Brommonschenkel, Carol Covre, Juane Vaillant, Marcéu Rosário Nogueira e Thaís Rodrigues. Poesia de desencontros que geram encontros dos olhos aos troncos dos seres da cidade inútil, uma conversa silenciosa no côncavo, que sem nexo é sentido com verso. Kris Bronze (DOC, 23’, GO), Larry Machado. No dia 8 de março, Kelly Cristina prepara uma festa apenas para mulheres. Conte Isso Àqueles que Dizem que Fomos Derrotados (DOC, 23’, MG/PE), Aiano Bemfica, Camila Bastos, Cris Araújo e Pedro Maia de Brito. Na escuridão, as luzes apontam o caminho. SÁBADO (28) • PROGRAMA NARRATIVAS 2

Classificação indicativa: 16 anos

Eu, Minha Mãe e Wallace (FIC, 23’, RJ), Irmãos Carvalho. A história de uma fotografia: uma mãe solteira, um pai ausente e uma criança. Rocha (FIC, 18’, RN), Luiz Matoso. Todo dia essa mesma penitência. Os que Esperam (DOC, 19’, ES), PH Martins. Cidadãos do interior precisam passar por uma longa viagem num transporte público para receber tratamento médico na capital de seu Estado. Crua (FIC, 20’, PB), Diego Lima. Uma radiografia das relações humanas estabelecidas em torno de uma praça, no centro da cidade. Mesmo com Tanta Agonia (FIC, 20’, SP), Alice Andrade Drummond. É aniversário da filha de Maria. No trajeto do trabalho para a festa, ela fica presa no trem, em função de uma pessoa caída acidentalmente sobre os trilhos.

Marie

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9ª Mostra Quatro Estações Megazord Os seis filmes que compõem a 9ª Mostra Quatro Estações vêm para mostrar a nova liberdade que os realizadores adquiriram nesses novos tempos: filmes mais íntimos e pessoais, repletos de olhares e jogos táteis, distanciando-se do melodrama e dos rótulos fáceis, atendendo às especificidades de cada uma das letras que compõem a sigla. Os filmes concorrem ao Troféu Vitória de Melhor Filme, eleito pelo júri técnico. Selma Depois da Chuva (FIC, 12’, SC), Loli Menezes. Selma é uma mulher trans que construiu sua vida afastada da família. Um dia ela recebe um chamado para ir ao encontro de sua mãe idosa, que sofre de Alzheimer e precisa de tratamento. Nesse encontro, perdidas entre memórias confusas, as duas mulheres lembram dores e desejos esquecidos, e revisitam culpas e afetos perdidos. Vigia (FIC, 23’, RJ), João Victor Borges. Num grande supermercado, Magno vigia meninos de mochila nos corredores, enquanto a madrugada se arrasta lentamente para Bismarck, o caixa. Tea for Two (FIC, 25’, SP), Julia Katharine. Silvia é uma cineasta de meia idade em crise com sua vida. Na mesma noite em que é surpreendida pela visita da ex-esposa, que a largou há alguns anos, conhece outra mulher que a fascina. Superpoderosa Mathilda (DOC, 21’, ES), João Giry. O artista Wallace Breciani mostra alguns dos momentos importantes no processo de criação de sua obra. Enquanto cria sua personagem, Mathilda, ele compartilha motivos pessoais que o levaram a abraçar a arte de se montar e como isso tornou-se parte de sua identidade. Reforma (FIC, 15’, PE), Fábio Leal. Saindo com um rapaz diferente a cada dia, Francisco revela à amiga Flávia que está insatisfeito com seu corpo gordo. Ela o ouve, mas tem dificuldade para entender a dimensão do problema do amigo. VIRADÃO VITÓRIA

Peixe (FIC, 17’, MG), Yasmin Guimarães. Marina é uma jovem mulher que trabalha em Belo Horizonte realizando entregas com a sua bicicleta.

Peixe

9ª MOSTRA QUATRO ESTAÇÕES • domingo (29), às 16h, Salas Cariê Lindenberg e Marien Calixte - 2º andar e 3º andar (Centro Cultural Sesc Glória). Classificação indicativa: 18 anos 14


9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas Cinema: uma emoção que dispara a invenção A emoção é o guia dos olhares e ouvidos dos realizadores interessados em pequenas e grandes transformações, em várias esferas, pública e privada, cidadã e governamental, doméstica e institucional. Há um transbordamento vital e multifacetado, e isso reflete nos seis longasmetragens selecionados para a na 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas. Eles concorrem ao Troféu Vitória em diversas categorias pelo voto do júri técnico. TERÇA-FEIRA (24) Classificação indicativa: 10 anos 21:00 Pacarrete (FIC, 97’, CE), Allan Deberton. Pacarrete é uma bailarina idosa, considerada louca, que vive em Russas, uma cidade do interior. Na véspera da festa de 200 anos da cidade, ela decide fazer uma apresentação de dança, como presente, “para o povo”. Mas parece que as pessoas não se importam... QUARTA-FEIRA (25) Classificação indicativa: 16 anos 20:30 O Seu Amor de Volta (Mesmo que Ele Não Queira) (DOC, 82’, PB), Bertrand Lira. O amor perdido e a crença no poder da magia, das cartas e dos búzios para trazê-lo de volta compõem o quadro de histórias deste documentário. Para abordar esse universo, quatro personagens relatam suas desventuras amorosas e são colocados frente a frente com cartomantes e videntes que poderão apontar uma saída para suas vidas. QUINTA-FEIRA (26) Classificação indicativa: 12 anos 20:30 Selvagem (FIC, 95’, SP), Diego da Costa. Sofia tem um objetivo muito claro: passar no vestibular, achar um emprego e sair de casa. Porém, quando a escola onde estuda é ocupada pelos seus amigos e colegas de classe, ela se vê em um dilema entre continuar estudando sozinha ou compartilhar seu conhecimento na transformação da escola. SEXTA-FEIRA (27) Classificação indicativa: 14 anos 20:30 Mirante (DOC, 78’, RS), Rodrigo John. Do alto de seu apartamento, morador observa a vida no centro de Porto Alegre. Nos vidros das janelas, as narrativas de dentro e de fora se misturam, ecoando a precariedade das relações. Enquanto uma reviravolta na história do Brasil desafia a rotina da cidade, vozes fantasmagóricas compõem um retrato caleidoscópico da nossa época, numa sinfonia distópica. VIRADÃO VITÓRIA

SÁBADO (28) Classificação indicativa: 10 anos 20:00 Alice Júnior (FIC, 86’, PR). Alice Júnior é uma youtuber trans cercada de liberdades e mimos. Depois de se mudar com o pai para uma pequena cidade, onde a escola parece ter parado no tempo, a jovem precisa sobreviver ao ensino médio e ao preconceito para conquistar seu maior desejo: dar o primeiro beijo. DOMINGO (29) Classificação indicativa: 12 anos 19:30 Casa (DOC, 93’, PE), Letícia Simões. Letícia, a filha recém-separada, se culpa por ter se distanciado da mãe em dez anos longe de casa. Heliana, a mãe, encara uma crise depressiva, que começou depois da decisão de colocar a sua mãe, Carmelita, num asilo. Quando confrontada com a obsessão de Heliana pelo passado – ela arquiva fotos, diários, correspondências e objetos de toda família – Letícia acredita que a memória é uma forma de recriar a intimidade entre elas. Mas para abrir esses arquivos, vai ter de convencer a mãe, que os mantém trancados. Na construção dos espaços de afeto entre essas mulheres, Casa questiona o que é sanidade, memória, feminino, solidão, família, o que é casa.

9ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS • terça-feira (24) a domingo (29), Teatro Glória (Centro Cultural Sesc Glória) 15


23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas Das ruínas do presente, reimaginar o futuro Os 17 curtas-metragens que compõem a 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas prosseguem nas veredas abertas pelas levas anteriores, aprofundando questões e por vezes arriscando respostas para as inúmeras tensões e lacunas que surgem no tecido social de um Brasil em intensa convulsão, tomado por impasses diante das quais nosso cinema não pode jamais se omitir. Os filmes concorrem ao Troféu Vitória em diversas categorias, inclusive pelo voto do júri popular, e a premiações extras. QUARTA-FEIRA (25), às 18h30 Classificação indicativa: 14 anos Arquitetura dos que Habitam (EXP, 5’, ES), Daiana Rocha. O cotidiano, tempo e detalhes de um lugar ocupado por pessoas. Os Mais Amados (FIC, 28’, ES), Rodrigo de Oliveira. O mundo acaba e Emanuel precisa guiar João até o portal que leva os merecedores à eternidade. Emanuel está desesperado para ascender, mas João desafiará o direito do mestre ao paraíso. Uma adaptação queer-cristã do Apocalipse: Livro das Revelações. Sangro (ANI, 7’, SP), Tiago Minamisawa, Bruno H Castro e Guto BR. Inspirado em uma história real, “Sangro” é a confissão íntima de uma pessoa que vive com HIV. Turbilhão de sentimentos. As primeiras sensações. Um filme em animação que busca desmistificar questões que sobrevivem até hoje no imaginário social em relação ao vírus. Dôniara (FIC, 17’, GO), Kaco Olimpio. Iara se prepara para o fim da água no mundo. Perpétuo (FIC, 24’, RJ), Lorran Dias. Século XXI, América do Sul, Brasil, Rio de Janeiro, Baixada Fluminense, Nova Iguaçu, Cerâmica e Comendador Soares: Silvia e Alex voltam a morar juntos. Forças invisíveis do passado se atualizam nas ruínas do presente. Vida em movimento. QUINTA-FEIRA (26), às 19h

Classificação indicativa: 12 anos

Guaxuma (ANI, 14’, PE), Nara Normande. Eu e Tayra crescemos juntas na praia de Guaxuma. A gente era inseparável. O sopro do mar me traz boas lembranças. Riscadas (DOC, 15’, ES), Karol Mendes. Tendo como cenário o Centro da capital do Espírito Santo, três artistas mulheres capixabas contam suas vivências e como a arte urbana, aliada ao movimento feminista, se tornou importante ferramenta no enfrentamento à violência contra a mulher. Fartura (DOC, 27’, RJ), Yasmin Thayná. A partir da observação de imagens domésticas feitas por famílias negras de periferias e favelas cariocas, o filme investiga as relações entre encontros familiares e a comida como elemento simbólico que não só alimenta um corpo, mas também é capaz de calibrar afetos e simbolizar rituais de vida e morte. Um filme-ensaio sobre memórias marcadas pelo preparo e o oferecimento de comidas como um conjunto simbólico dos modos que as famílias presentes no filme encaram a vida e revelam suas relações. Tempestade (FIC, 20’, PE), Fellipe Fernandes. Ao longe, sobrevoando os vulcões multiplicados, uma tempestade elétrica era gestada em silêncio.

23ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE CURTAS • quarta-feira (25) a sábado (28), Teatro Glória (Centro Cultural Sesc Glória) 16


SEXTA-FEIRA (27), às 18h30

Classificação indicativa: 12 anos

Refúgio (DOC, 20’, ES), Shay Peled e Gabriela Alves. Recomeçar em um novo país – faces da crise humanitária da imigração. A Praga do Cinema Brasileiro (FIC, 20’, DF), William Alves e Zefel Coff. Com a pedra da 3ª força, Zé do Caixão vai ao passado, na virada do milênio, em 2/2/2000, para evitar o terror político do Brasil, instituído pelo Capetal e seus capetalistas, infiltrados nos setores estratégicos que arrastou o país para o 5º dos infernos com as bênçãos dos boizebus, das diabas e dos satanazes dos três poderes. Zé do Caixão abre um portal para os infernos do passado, onde liberta antigos filmes sequestrados pelo Capetal, pois estes trazem a luz, as palavras dos profetas que tudo sabiam. NEGRUM3 (DOC, 22’, SP), Diego Paulino. Entre melanina e planetas longínquos, “NEGRUM3” propõe um mergulho na caminhada de jovens negros da cidade de São Paulo. Um ensaio sobre negritude, viadagem e aspirações espaciais dos filhos da diáspora. O Órfão (FIC, 15’, SP), Carolina Markowicz. Jonathas foi adotado. Mas logo é devolvido ao abrigo devido ao seu “jeito diferente”. VIRADÃO VITÓRIA

SÁBADO (28), às 18h30

Classificação indicativa: 12 anos

Quando Elas Cantam (DOC, 28’, SP), Maria Fanchin. O documentário acompanha os encontros de mulheres do projeto Voz Própria, para um show na Capela da Penitenciária Feminina da Capital de São Paulo. O filme teve sua estreia no 22˚ Festival de Tiradentes em janeiro de 2019 e foi convidado para diversos festivais, entre eles o 31˚ Cinélatino em Toulouse (França), IFEMA (Suécia), HotDocs (Canadá). Recebeu o Prêmio de Público no 22˚ Festival de Cinema Luso-Brasileiro em Santa Maria da Feira em Portugal. Sobrado (FIC, 22’, SP), Renato Sircilli. As cicatrizes nos corpos de quatro mulheres marcam um passado difícil de esquecer. Quando um dos cômodos da casa onde elas moram é tomado por algo desconhecido, às vésperas da realização de uma grande festa, a segurança delas é colocada à prova. Elas não estão mais sozinhas. O Pássaro Sem Plumas (FIC, 15’, ES), Tati Rabelo e Rodrigo Linhales. O desafio de uma criança que diariamente tem que escolher entre dois caminhos. Uma aventura de coragem e superação que aborda a questão de gênero na década de 80. Cor de Pele (DOC, 15’, ES), Livia Perini. “Cor de Pele” é um sensível documentário sobre a vida do menino albino Kauan, de 11 anos. Na bela cidade de Olinda, Kauan relata como é o dia a dia de sua atípica família e de seus cinco irmãos: dois albinos e três negros. Ele conta como lida com as dificuldades de ter a pele e visão sensíveis, sendo uma criança superativa numa cidade em que o sol brilha todos os dias do ano. Kauan é um menino cativante e engraçado, que luta para se encaixar na cultura local e provar que cor de pele não quer dizer nada. O documentário é narrado por ele, e destaca a forma espontânea que ele conta sua vida e histórias.

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8ª Mostra Corsária Distopias, fábulas e experiências táteis Em sua oitava edição, a Mostra Corsária segue em sua missão de apontar as principais linhas de força das vertentes do audiovisual nacional mais afeitas ao risco e à experimentação. Na edição deste ano, mais da metade das 13 obras selecionadas usam da ficção científica ou pelo menos de narrativas distópicas para lançar olhares provocativos às questões urgentes do presente. O júri técnico premiará duas obras, sem ordem classificatória, com o Troféu Vitóra. QUARTA-FEIRA (25) Classificação indicativa: 12 anos Teoria Sobre um Planeta Estranho (FIC, 15’, MG), Marco Antonio Pereira. Uma jovem com deficiência auditiva está apaixonada pelo jovem frentista do posto de gasolina de Cordisburgo. Os familiares da moça não querem que ela se case, mas só ele consegue acessar o mundo ao qual ela pertence. Escafandro (EXP, 14’, CE), Carolena de Morais. Um apanhador de lixo que se depara com a inutilidade de seu ofício ao sentir que o lixo da cidade só aumenta e ele nada pode fazer. Agoniado por um presságio, ele decide agir. Unreal (EXP, 15’, ES), Luiz Will Gama. Como seria se existisse um aplicativo capaz de alterar a realidade durante as capturas de fotos e vídeos para as redes sociais? O que você escolher alterar em sua realidade? A aparência, o local ou quem sabe o som ambiente? Mas como você saberia o que é real ou não? Quais seriam os impactos dessa falsa realidade? Obeso Mórbido (EXP, 14’, AM), Diego Bauer e Ricardo Manjaro. Diego é um ator que era obeso e emagreceu 43 quilos em dois anos. Ele precisa lidar com as inseguranças e possibilidades que esse novo corpo representa. Cartuchos de Super Nintendo em Anéis de Saturno (FIC, 19’40”, CE), Leon Reis. Diante da dor, solidão e desespero, um homem negro assopra um cartucho de Super Nintendo em uma encruzilhada. Umas & Outras (FIC, 20’, RJ), Samuel Lobo. Entre uma ideia e outra sempre tem alguma história. QUINTA-FEIRA (26) Classificação indicativa: 16 anos Seiva (FIC, 8’, PB), Ramon Batista. Entre a contemplação e o alerta para trazer luz à seiva essencial da vida, a água. Recurso finito e fundamental. Sem Título # 5: A Rotina Terá Seu Enquanto (EXP, 10’, SP), Carlos Adriano. Um duplo tributo amoroso: ao último filme do diretor japonês Yasujiro Ozu (1903-1963) – “A Rotina Tem Seu Encanto” (“Sanma no Aji”, 1962) – e a um sol nascente que pintou em meu horizonte (2018). Um cinepoema de reapropriação de arquivo. Um found footage haikai. O filme é composto de materiais reciclados de “Sanma no Aji” e de imagens da filmagem, e também da filmagem original rodada em 2018 durante uma viagem de trem entre Ouro Preto e Mariana e durante um sol nascente em Salvador. Espavento (FIC, 23’, CE), Ana Francelino. Em um futuro qualquer, a cidade de Fortaleza sofre a contaminação de uma patologia causada pela poluição das construções civis. A luta e as ações contra a principal empresa imobiliária são os motivos que levam Enya a resistir. Resistir como quem deseja. Estranho Animal (EXP, 5’, MG/DF), Arthur B. Senra. Estranho animal a ditadura: homens sem asas, pássaros sem pés. Plano Controle (FIC, 16’, MG), Juliana Antunes. O ano é 2016. Um golpe político da direita derruba a primeira mulher eleita presidente no Brasil. Nesse contexto político distópico, Marcela usa o serviço de teletransporte de seu celular para deixar o país, mas seu plano é controle. A Profundidade da Areia (FIC, 17’, ES), Hugo Reis. Num tempo impreciso, uma caminhada contínua e uma ameaça constante. Vestígios na areia revelam memórias que eles parecem desconhecer, mas não totalmente. Chiclete (FIC, 19’, RJ), Philippe Noguchi. Irene é uma das exiladas de uma ilha distópica povoada por jovens de curiosos hábitos alimentares, cuja única conexão com o mundo lá fora é um barco de suprimentos. Um evento inesperado a coloca no centro de uma estranha catarse coletiva no até então pacato mercadinho da vila. 8ª MOSTRA CORSÁRIA • quarta-feira (25) e quinta-feira (26), às 16h, Sala Marien Calixte, 3º andar (Centro Cultural Sesc Glória) 18


2ª Mostra Nacional de Cinema Ambiental - Sessão EDP Onde foi parar a nossa empatia? A 2ª Mostra Nacional de Cinema Ambiental - Sessão EDP assume a responsabilidade de apresentar um tecido social diversificado e singular naquilo que nos identifica – criar laços, somar ou dividir – para o resgate das emoções do que é humano. Emoção, neste caso, são as disposições corporais dinâmicas que definem os diferentes domínios de ação em que nos movemos. Os filmes concorrem ao Troféu Vitória pelo júri técnico. Poética de Barro (ANI, 6’, MG), Giuliana Danza. O curta-metragem “Poética de Barro”, animado em stop motion com argilas do Vale das Viúvas de Maridos Vivos (Jequitinhonha/ MG). Baseado no trabalho de ceramistas mineiras e com trilha original composta por instrumentos de cerâmica, retrata a saga de uma pequena criatura que precisa sobreviver às vicissitudes da vida. Resta saber se todas as barreiras serão transpostas. Menino Pássaro (FIC, 15’, SP), Diogo Leite. Gabriel se instala ao lado de uma árvore em um bairro nobre da cidade de São Paulo. Clarisse acompanha atônita e inerte ao tratamento dado a Gabriel, ao mesmo tempo em que leva uma vida estagnada e dependente da mãe. S/N (Sem Número) (FIC, 10’, PE), Renata Malta. Um homem tenta retornar à sua casa, lugar que acredita ter sido substituído por uma farmácia. Glória (EXP, 6’, RJ), Yaminaah Abayomi e Nádia Oliveira. Das lágrimas aos tsunamis, toda água tem a mesma origem e um só fim. Quarto de Cura (DOC, 4’, ES), Castiel Vitorino Brasileiro. Documentário sobre a experiência instalativa Quarto de Cura. Realizada pela artista Castiel Vitorino Brasileiro, no Morro da Fonte Grande, em Vitória, Espírito Santo. Ka’a Zar Ukyze Wà – Os Donos da Floresta em Perigo (DOC, 14’, SP/MA), Flay Guajajara, Edivan dos Santos Guajajara, Erisvan Bone Guajajara. A terra indígena Araribóia, no Maranhão, é uma das mais ameaçadas da Amazônia. É o território do povo Guajajara e também de um grupo de indígenas isolados, os Awá Guajá. O filme é um alerta e pedido de socorro dos Guajajara pela proteção das florestas e de seus parentes Awá Guajá. Um dos últimos povos caçadores e coletores do mundo, cujo modo de vida depende essencialmente da floresta, está com os dias contados se a destruição continuar.

2ª MOSTRA NACIONAL DE CINEMA AMBIENTAL - Sessão EDP • domingo (29), às 14h, Salas Cariê Lindenberg e Marien Calixte – 2º andar e 3º andar (Centro Cultural Sesc Glória). Classificação indicativa: 10 anos 19


1ª Mostra Do Outro Lado – Cinema Fantástico e de Horror A visão desse lado Uma das novidades deste ano, a 1ª Mostra Do Outro Lado – Cinema Fantástico e de Horror, traz seis filmes, vindos de diversas partes do país, que apontam medos e frustrações, mas também algumas pontinhas de esperança. O horror não vem só de sustos fáceis com sons estridentes do cinema comercial, mas também da sensação da falta de liberdade. Os filmes concorrem ao Troféu Vitória pelo júri técnico. Para Minha Gata Mieze (FIC, 25’, DF), Wesley Gondim. Francisco é um jovem veterinário, que nas horas vagas, cuida de gatos abandonados. Um dia, ele começa a ser perseguido por homofóbicos... Papa-Figo (FIC, 16’, SP), Alex Reis. Uma brincadeira de crianças acaba se tornando um pesadelo, quando eles se propõem a desafiar uma lenda urbana. Broto (FIC, 20’, RJ), Antonio Teicher. A jovem Clementina acaba de conseguir um emprego como secretária. Ar-condicionado. Clientes, tesouras, apontadores, crachás. Marilene, a outra secretária, parece inquieta com a chegada de companhia. Será que isso tem a ver com as plantas que nascem do chão da empresa? Guará (FIC, 20’, GO), Fabrício Cordeiro e Luciano Evangelista. No cerrado habitam lobos-guarás e bandeirantes. Carne Infinita (FIC, 14’, RJ), Isadora Cavalcanti. Alice joga em seu tablet, quando sons estranhos na máquina de lavar interrompem o jogo. De sua imersão na realidade virtual, Alice passa a encarar uma realidade, a princípio, estranha ao seu corpo. Caranguejo Rei (FIC, 23’, PE), Enock Carvalho e Matheus Farias. Eduardo tem uma doença misteriosa em seu corpo. A aparição de caranguejos por toda a cidade do Recife pode ter algo a ver com isso.

1ª MOSTRA DO OUTRO LADO - CINEMA FANTÁSTICO E DE HORROR • sábado (28), às 15h. Sala Marien Calixte - 3º andar (Centro Cultural Sesc Glória). Reexibição domingo (29), às 5h. Tenda Musical. Classificação indicativa: 16 anos 20


Sessões Especiais Sessões Especiais Fora de competição, as Sessões Especiais apresentam o longa-metragem “Espero a Tua (Re)Volta, de Eliza Capai, e o curta “Vitória Delas”, de José Augusto Muleta. O primeiro será exibido na sexta-feira, às 14h, no Centro Cultural Sesc Glória. E “Vitória Delas” será exibido na madrugada de sábado para o domingo, a partir das 5h, na Tenda Musical, dentro da programação do Viradão Vitória. O primeiro é um convite a pensar sobre os fatos recentes do país, do ponto de vista de jovens que participaram dos movimentos de ocupações estudantis, e ganhou dois prêmios na Berlinale: o Prêmio Anistia Internacional de Cinema sobre o tema dos direitos humanos e o Prêmio Independente de Cinema da Paz para filmes que se distinguem por meio de uma poderosa mensagem de paz. O documentário “Vitória Delas” é fruto de um trabalho produzido pela Secretaria de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho da Prefeitura de Vitória. No filme, são mostradas as trajetórias de superação de quatro moradoras da capital do Espírito Santo, que ao partilhar suas histórias contra o machismo, propõem uma reflexão sobre as questões das mulheres na sociedade. SEXTA-FEIRA (27) - Centro Cultural Sesc Glória

Classificação indicativa: 14 anos

14:00 Espero Tua (Re)Volta (DOC, 93’, RJ), Eliza Capai. Quando a crise se aprofundou no Brasil, os estudantes saíram às ruas e ocuparam escolas, protestando por um ensino público de qualidade e uma cidade mais inclusiva. O filme acompanha as lutas estudantis desde as marchas de 2013 até a vitória do presidente Jair Bolsonaro em 2018. Inspirada pela linguagem do próprio movimento, é conduzido pela locução de três estudantes, representantes de eixos centrais da luta, que disputam a narrativa, explicitando conflitos do movimento e sua complexidade. DOMINGO (29) - Tenda Musical

Classificação indicativa: 12 anos

05:00 Vitória Delas (DOC, 16’, ES), José Augusto Muleta. O documentário “Vitória Delas” conta a história de quatro mulheres: Winy Fabiano, Dora Costa, Ivete Pereira e Berenice Correa. Todas são lideranças influentes em suas comunidades e protagonistas de suas vidas.

SESSÕES ESPECIAIS – sexta-feira (27), às 14h. Salas Marien Calixte e Cariê Lindenberg – 2º e 3º andar (Centro Cultural Sesc Glória). Domingo (29), às 5h. Tenda Musical (em frente à Praça Costa Pereira) 21


Lançamentos O lançamento das publicações acontecerá no Salão Penedo, Hotel Senac Ilha do Boi, na quinta-feira (26), às 15h. CINEMA DE BORDAS Bernadette Lyra & Gelson Santana (orgs.), Editora a lápis, 224 páginas, 2006

O PARQUE DAS FELICIDADES Bernadette Lyra, Editora a lápis, 128 páginas, 2009

Os dez trabalhos publicados neste livro chamam a atenção para um cinema brasileiro “invisível”, um cinema que, em geral, permanecia às bordas dos estudos acadêmicos e que, aqui, comparece configurado em um conjunto de filmes, pensados, alinhados e analisados em suas características formais e conteudísticas, sob os mais variados aspectos. Neste sentido, a tentativa principal deste livro sobre cinema de bordas no Brasil é a superação das dicotomias valorativas que dominam os estudos de cinema no país.

Os contos que compõem esta coletânea resultam de uma contradição aparente: jogam, ao mesmo tempo, com traços de intimidade e traços de mundanidade. Foram desenhados no rigor dos dois mundos, num misto de fascínio e estranhamento – vida e morte.

CINEMA DE BORDAS 2 Gelson Santana (org.), Editora a lápis, 264 páginas, 2008

Segundo a autora, “o principal motivo que me incitava a estudar as chanchadas era minha experiência cinematográfica, desde a infância formada no gosto de assistir a comédias populares. No fundo, as experiências de uma pessoa são o fundamento do que ela usa para suas explicações”.

Os dez trabalhos publicados em “Cinema de Bordas 2” dão continuidade às investigações de um grupo de pesquisadores que aceita como legítima certas práticas cinematográficas, costumeiramente consideradas periféricas ou marginais, quase sempre postas às bordas pelas entidades institucionais, a partir da valorização de determinados padrões e da cristalização de modelos, tradicionalmente pautados no autoral ou no artístico.

CINEMA DE BORDAS 3 Gelson Santana (org.), Editora a lápis, páginas, 2014 O que transparece nos dez textos reunidos no “Cinema de Bordas 3” é o amoroso, respeitoso e minucioso trabalho com que são investigados os detalhes da maquinação, da combinação de imagens e sons que compõem o corpo desses filmes desgarrados, para que eles encontrem seu lugar de direito nos estudos cinematográficos e não se percam de vez no desprezo, no pouco caso ou na indiferença. Observa-se uma distinção flagrante entre esta coletânea de artigos e as duas anteriores é o conforto e a desenvoltura com que, agora, os artigos trabalham em cima de um referencial conceitual que se estabelece a partir do termo “cinema de bordas”

FOTOGRAMAS DO BRASIL: AS CHANCHADAS Bernadette Lyra, Editora a lápis, 108 páginas, 2ª edição, 2014

O PRAZER TRIVIAL: CULTURA MIDIÁTICA, GÊNERO E PORNOCHANCHADA Gelson Santana, Editora a lápis, 96 páginas, 3ª edição, 2014 A pornochanchada constituiu-se o elixir da sabedoria no Brasil da década de 1970 do século XX. Esse elixir resultou das essências de um imaginário cinematográfico “confuso” que se articulou entre a imagem de um país brejeiro (um país do quintal), destilado das chanchadas, e as experiências de urbanização processadas por mídias como a televisão.

MEMÓRIA DAS RUÍNAS DE CRETA Bernadette Lyra e Nelma Guimarães, Editora a lápis, 58 páginas, 2018 Lançado em 1998 e indicado ao Prêmio Jabuti, “Memória das Ruínas de Creta” ganhou uma edição muito especial produzida pela editora “a lápis”. O livro da escritora Bernadette Lyra é uma história mítica da ilha de Vitória e é todo ilustrado com obras de Nelma Guimarães, fotografadas por Roberto Burura.

FILMES DE CRISTO, OITO APROXIMAÇÕES Luiz Vadico, Editora a lápis, 232 páginas, 2009

O JOGO DOS FILMES Bernadette Lyra, Editora a lápis, 215 páginas, 2018

Todos os filmes que contenham a estória da vida, paixão e morte de Jesus Cristo são considerados, nos ensaios deste livro, como “Filmes de Cristo” – mesmo obras na qual Cristo só faz pequenas aparições (diretas ou indiretas). Estas obras audiovisuais tornaram-se a fonte de novas representações da imagem de Jesus construídas ao longo do século XX.

O livro estuda vários filmes como se fossem um jogo aberto às pessoas que assistem a eles. Pode ser lido como um método para apreciar e analisar filmes cinematográficos. E tem um capítulo especialmente dedicado ao cinema de Andreï Tarkovsky, Pedro Almodóvar, Marcelo Mazagão, Manoel de Oliveira, Peter Greenaway.

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ULPIANA Bernadette Lyra, Editora a lápis, 122 páginas, 2019

FAMA VOLAT Francisco Grijó, Editora Cândida, 222 páginas, 2019

“Ulpiana” começa com o suicídio de uma mulher, e, a seguir,várias histórias vão se entrelaçando, à medida que a sobrinha tenta decifrar o enigma da morte da tia. O título “Ulpiana” se refere a uma antiga necrópole em ruínas, situada nos Balcãs, na planície do Kosovo. O local misterioso situa cenas do livro e perpassa toda a narrativa, que se desenrola de forma não linear em torno da vida de várias mulheres, unindo fragmentos de memórias e tramas, envolvendo enganos, desenganos e perdas.

Fama Volat é um romance com os componentes básicos da literatura policial. Há um detetive, há crimes, há investigações e há uma delegacia. Há também uma narração paralela, que envolve o mundo das artes, com suas vaidades e seus jogos de interesses. E há, por fim, um elemento polêmico, tratado no livro com respeito e ironia: as teorias da conspiração. A Fama Volat existe ou não? É isso que o leitor é convidado a descobrir em uma história carregada de referências históricas.

POEMÍNIMOS Rodrigo Caldeira, Editora Cousa, 58 páginas, 2018

TRAJETÓRIA DA CRÍTICA DE CINEMA NO BRASIL Paulo Henrique Silva (org.), Editora Letramento, 455 páginas, 2019

Em “Poemínimos” há uma perfeita sintonia entre forma e conteúdo. O poeta situa seu olhar nas minúcias, revelando o lirismo que a pressa nos impede de ver, militando pela necessidade de tempo para observar o mundo. O objeto livro respira esse tempo, com a datilografia do poema na Olivetti Roma e a montagem artesanal dos exemplares.

POÉRICA Érica Magni, Editora Cousa, 44 páginas, 2019 Primeiro livro da poeta Érica Magni, que nasceu no Rio de Janeiro numa terça-feira de Carnaval: “Minha mãe sentiu um desejo incontrolável de beber vinho naquela noite, era dia 18 de fevereiro de 1986”. De mãe imigrante do Norte e de pai italiano forasteiro, veio ao mundo e não tinha nem berço. Cresceu entre Rio e Roraima.

MINIVIDAS Wladimir Cazé, Editora Cousa, 56 páginas, 2018 “Minividas”, terceiro livro de poemas de Wladimir Cazé, reúne textos escritos entre 2016 e 2018. A obra traz uma diversidade temática maior que os trabalhos anteriores do autor, englobando temas sociais e pessoais, críticas à contemporaneidade e retratos do cotidiano coletivo e da intimidade familiar.

PREVISÃO PARA ONTEM Henrique Rodrigues, Editora Cousa, 106 páginas, 2019 “Previsão para ontem” traduz o olhar reflexivo que Rodrigues tem sobre as inquietações do mundo, em especial sobre um Brasil que finge caminhar para a frente, mas parece sem rumo (eis uma possibilidade irônica já no título), utilizando a poesia como forma aguda de se repensar o mundo pela força da palavra.

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O livro é resultado de um trabalho inédito, reunindo, pela primeira vez, a história do início e do desenvolvimento do exercício da crítica de cinema em 23 dos 27 estados do país, incluindo o Distrito Federal. Neste levantamento, que envolveu 34 autores, é possível traçar uma trajetória comum, que começa junto à abertura das primeiras salas de exibição, no início do século passado, e prossegue com a criação de cineclubes. A publicação também reúne artigos sobre a produção na internet, para onde a crítica vem migrando nos últimos anos; lança luz sobre o trabalho feito por mulheres; e registra a formação de associações de críticos.

REIS DE PAUS Luiz Carlos Lacerda, Editora Mariposa Cartonera, 2ª edição, 66 páginas, 2018 O livro “Reis de Paus – Poemas”, do cineasta e poeta Luiz Carlos Lacerda, reúne 37 poemas eróticos e ganhou uma edição artesanal numerada e assinada, feita pela editora Mariposa Cartonera (Recife) com capas de papelão reutilizado costuradas à mão e pintadas, uma a uma, pelo artista plástico Victor Arruda.

RAUL SEIXAS POR TRÁS DAS CANÇÕES Carlos Minuano, Editora Best Seller, 336 páginas, 2019 Em “Raul Seixas por Trás das Canções”, Carlos Minuano vai, através das letras de Raul e de sua relação com a composição, abordar a vida e a carreira do artista de uma forma precisa e íntima, nunca feita antes. O livro também conta com depoimentos de amigos, parceiros de trabalho e familiares de Raul e com o relato de uma inusitada e incrível turnê chamada Ouro de Tolo, que passou por dois garimpos no interior do Pará e fotos inéditas dessa viagem. Uma jornada pela memória de um dos brasileiros mais ilustres e peculiares de todos os tempos, guiada pela poesia única de suas composições.


Formação As oficinas e painéis do 26º Festival de Cinema de Vitória acontecem durante toda a semana do Festival, em diversos horários, no Hotel Senac Ilha do Boi. Todas as inscrições estão encerradas. Oficina de Realização em Cinema e Vídeo • Ministrada pelo cineasta Luiz Carlos Lacer-

da, que já realizou mais de 30 documentários sobre personalidades da cultura brasileira, o resultado final desta oficina é a criação de um curta-metragem, que será exibido na noite do último dia de Festival. Em aulas práticas e teóricas, os alunos experimentam funções distintas desse processo, nos moldes de uma equipe profissional com polivalência de funções. Também são trabalhadas as inter-relações entre os setores das áreas técnica e artística na realização de um filme em todas as suas fases (pré-produção, filmagem e finalização). Inscrições encerradas.

Oficina de Roteiro • O escritor, diretor e roteirista José Roberto Torero, diretor, autor de 40 livros, além de roteiros para cinema e TV vai ensinar os participantes da oficina a fazer um argumento, formatar um roteiro, preparar uma escaleta e a trabalhar os diálogos e as cenas. Inscrições encerradas. Oficina de Direção de Arte • A oficina de direção de arte propõe um contato inicial com

as noções da direção de arte em projetos audiovisuais. São apresentados conceitos introdutórios sobre o papel do diretor de arte em um projeto e como o departamento de arte interage com os demais departamentos. O programa da oficina avança no tema, expondo meios de estruturar um projeto de arte, de maneira a buscar elementos estéticos e narrativos coerentes com a visualidade da proposta e de como organizar a execução. Também é abordada a criação de figurinos e maquiagem, que fazem parte do universo da direção de arte. A jornalista Joyce Castello, que atua em direção de arte, cenografia e figurino em projetos de cinema, teatro, dança, videoclipes e publicidade desde 2010, será responsável por esta oficina. Inscrições encerradas.

Oficina de Elaboração de Projetos Culturais • A oficina ministrada pela realizadora

de eventos culturais Simone Marçal e pelo comunicólogo Daniel Morelo é a oportunidade de dialogar a cultura de forma enriquecedora, colaborativa, sustentável e criativa, contribuindo para o fortalecimento do setor e da cadeia produtiva. Os temas abordados são: elaboração da ideia ao papel, falando da escrita, objetivo, cronograma, planilhas, orçamentos, chegando na prestação de contas e gestão do projeto. A Oficina de Elaboração de Projetos Culturais é uma capacitação para artistas e produtores culturais, para que possam construir projetos de valor para editais e leis de incentivo, além de entender como realizar uma gestão eficiente do projeto, para que toda a execução seja coerente e a prestação de contas efetiva. Inscrições encerradas.

Oficina de Interpretação: Estado e Criação de Cena • Ministrada pelo ator, dramaturgo e diretor Silvero Pereira, a oficina propõe criar um ambiente de investigação cênica, a partir do corpo indivíduo e do corpo coletivo, com a oportunidade desenvolver cenas, trabalhar alguns fundamentos da interpretação, improviso e direção de espetáculo. Inscrições encerradas. Painel: Trilha Sonora na Produção Audiovisual Nacional e Internacional

Apresentado por Katerina Polemi e Marcus Neves e mediado por Daniel Morelo, este painel abordará sobre a trilha sonora, que é um dos elementos mais importantes na hora de se pensar um filme, sendo muitas vezes responsável por ditar o clima das cenas. Os participantes conhecerão mais sobre o processo criativo e técnico por trás da trilha, por meio dos especialistas no assunto convidados para o painel. Inscrições encerradas.

Painel Interativo: “Dramaterapia” - Experiência (Workshop) com Refugiadas. Exibição do Filme Feito nas Oficinas da Grécia

“Todas as formas de arte têm poder para mudar o interior de uma pessoa, fazê-la sonhar, até se curar”, explica Katerina Polemi, multi-instrumentista, compositora e cantora greco-brasileira. Através de um workshop que une princípios de terapia com técnicas de drama e movimento, constroem-se conexões e quebram-se barreiras; supera-se o medo por meio de atividades como a narrativa (contação de histórias), aprender a utilizar a voz (como um instrumento) e exercícios com o próprio corpo ou objetos que ajudem a despertar a confiança, elementos básicos para introduzir técnicas de atuação e expressão pessoal. Inscrições encerradas. 24


Debates Ao longo da semana do Festival, realizadores e espectadores se encontram no Hotel Senac Ilha do Boi e conversam sobre as produções exibidas no dia anterior, dentro das mostras: 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas; 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas; e 8ª Mostra Foco Capixaba. Todos os dias de debate, uma van do 26º Festival de Cinema de Vitória sairá da frente do Teatro Gloria (Centro Cultural Sesc Glória) às 9h da manhã, transportando o público interessado até o Hotel Senac Ilha do Boi, e fará o caminho de volta ao final do encontro. O transporte é gratuito. Além desses, haverá debates entre os espectadores imediatamente após a exibição de filmes dentro das mostras: 4ª Mostra Mulheres no Cinema e 4ª Mostra Cinema e Negritude. QUARTA-FEIRA (25) 10:00 Hotel Senac Ilha do Boi • Debate com os realizadores da 8ª Mostra Foco Capixaba e da 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas. QUINTA-FEIRA (26) 10:00 Hotel Senac Ilha do Boi • Debate com os realizadores da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas e da 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas. 14:00 Teatro Glória (Centro Cultural Sesc Glória) • Debate da 4ª Mostra Cinema e Negritude logo após a exibição. SEXTA-FEIRA (27) 10:00 Hotel Senac Ilha do Boi • Debate com os realizadores da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas e da 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas. SÁBADO (28) 10:00 Hotel Senac Ilha do Boi • Debate com os realizadores da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas e da 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas. 14:00 Teatro Glória (Centro Cultural Sesc Glória) • Debate entre espectadores da 4ª Mostra Mulheres no Cinema logo após a exibição, na Sala Cariê Lindemberg – 2º andar. DOMINGO (29) 10:00 Hotel Senac Ilha do Boi • Debate com os realizadores da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas e da 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas.

Arquitetura dos que Habitam

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Tenda Musical Nova proposta une música e cinema O 26º Festival de Cinema de Vitória traz novamente a Tenda Musical, este ano com um espaço completamente reformulado e diferente, contando também com bar e praça de alimentação. O projeto irá receber atrações capixabas, nacionais e internacionais. Entre as atrações estão a cantora GAVI, que abre a programação, na terça-feira (24). Já na quinta-feira (26), quem comanda o palco é André Prando. Atendendo a pedidos, o FCV traz de volta algumas atrações nacionais: Zéu Britto e a dupla Chico Chico e João Mantuano, além de Rita Cadillac. Entre os artistas confirmados também está o cantor Johnny Hooker, que faz um pocket show na sexta-feira (27). O BatuQdellas abre o dia 28 de setembro com muito samba e animação. Paulo Prot Trio, Roberta de Razão, Banda de Congo Amores da Lua e a Banda de Congo Panela de Barro completam o time de capixabas na programação. O público ainda poderá se divertir com o Karaokê do Filippo e apresentações de uma série de DJs, e com a reexibição dos filmes da 1ª Mostra do Outro Lado: Cinema Fantástico e de Horror e da 3ª Mostra Nacional de Videoclipes. Com uma mistura inusitada de estilos, que vai da música popular brasileira, passando pelo jazz e chegando às canções tradicionais em grego, a musicista greco-brasileira Katerina Polemi é a atração internacional da Tenda. No dia da premiação, Tunico da Vila fecha o dia em grande estilo com um pocekt show.

Lojinha do Festival • De terça a domingo - A partir das 17h

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TERÇA-FEIRA (24) 23:00 Show GAVI QUARTA-FEIRA (25) 23:00 Show Chico Chico e João Mantuano QUINTA-FEIRA (26) 23:00 Show André Prando SEXTA-FEIRA (27) 23:00 Pocket show Johnny Hooker 00:30 Ursula Pussynail e Rita Cadillac VIRADÃO VITÓRIA

SÁBADO (28) 16:00 BatuQdellas 18:00 Banda de Congo Amores da Lua e Banda de Congo Panela de Barro (em frente ao Centro Cultural Sesc Glória) 23:00 Katerina Polemi

VIRADÃO VITÓRIA

MADRUGADA DE SÁBADO PARA DOMINGO 00:00 Pocket Show Zéu Britto 01:00 Pocket Show Roberta de Razão 01:30 Karaokê do Filippo 04:00 Playlist FCV 05:00 3ª Mostra Nacional de Videoclipes (reexibição) Sessão Especial - “Vitória Delas” 06:00 1ª Mostra Do Outro Lado - Cinema Fantástico e de Horror (reexibição) DOMINGO (29) 15:00 Paulo Prot e Trio 22:30 Pocket Show Tunico da Vila

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Premiações No domingo (29), o 26º Festival de Cinema de Vitória premia os melhores filmes em competição no Festival. A cerimônia oficial de premiação acontece no Teatro Glória (Centro Cultural Sesc Glória). 23ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE CURTAS Troféu Vitória - Melhor Filme Troféu Vitória - Prêmio Especial do Júri Troféu Vitória - Melhor Direção Troféu Vitória - Melhor Roteiro Troféu Vitória - Melhor Contribuição Artística Troféu Vitória - Melhor Interpretação Troféu Vitória - Prêmio do Júri Popular 9ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS Troféu Vitória - Melhor Filme (júri técnico) Troféu Vitória - Melhor Direção Troféu Vitória - Melhor Roteiro Troféu Vitória - Melhor Contribuição Artística Troféu Vitória - Melhor Interpretação 9ª MOSTRA QUATRO ESTAÇÕES Troféu Vitória - Melhor Filme (júri técnico) 8ª MOSTRA CORSÁRIA Troféu Vitória - para os dois melhores filmes (júri técnico e sem ordem classificatória) 8ª MOSTRA FOCO CAPIXABA Troféu Vitória - Melhor Filme (júri técnico) 6ª MOSTRA OUTROS OLHARES Troféu Vitória - Melhor Filme (júri técnico) 4ª MOSTRA CINEMA E NEGRITUDE Troféu Vitória - Melhor Filme (júri técnico) 4ª MOSTRA MULHERES NO CINEMA Troféu Vitória - Melhor Filme (júri técnico) 3ª MOSTRA NACIONAL DE VIDEOCLIPES Troféu Vitória - Melhor Filme (júri técnico) 2ª MOSTRA NACIONAL DE CINEMA AMBIENTAL - SESSÃO EDP Troféu Vitória - Melhor Filme (júri técnico) 20º FESTIVALZINHO DE CINEMA DE VITÓRIA - SESSÃO ARCELORMITTAL Troféu Vitória - Melhor Filme (júri popular) 1ª MOSTRA DO OUTRO LADO – CINEMA FANTÁSTICO E DE HORROR Troféu Vitória - Melhor Filme (júri técnico)

PREMIAÇÕES EXTRAS: Mistika: • Serviço de Encode de DCP de até 15 minutos, com validade de 1 ano, para o Melhor Filme da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas escolhido pelo Júri Técnico do Festival; • Serviço de Encode de DCP de até 15 minutos, com validade de 1 ano, para o Melhor Filme da 4ª Mostra Cinema e Negritude, escolhido pelo Júri Técnico do Festival. Link Digital: • 4 horas de correção de cor e encode para DCP de curta de até 15 minutos para o Melhor Filme da 4ª Mostra Mulheres no Cinema, escolhido pelo Júri Técnico do Festival. CTAv: • Empréstimo de equipamentos (SI-2K e acessórios) por duas semanas e serviço de mixagem de 20 horas para o Melhor Filme da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas, escolhido pelo Júri Técnico do Festival; • Empréstimo de equipamentos (SI-2K e acessórios) por duas semanas e serviço de mixagem de 20 horas para o Melhor Filme da 4ª Mostra Mulheres no Cinema, escolhido pelo Júri Técnico do Festival. CiaRio: • Prêmio Edina Fujii - CiaRio ao Melhor Filme da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas, escolhido pelo Júri Popular, no valor de R$ 8.000,00 (oito mil, reais) em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria; através da empresa Naymar com Validade de 1 ano; • Prêmio Edina Fujii - CiaRio ao Melhor Filme da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas, escolhido pelo Júri Técnico do Festival, no valor de R$ 8.000,00 (oito mil,

reais) em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria; através da empresa Naymar com Validade de 1 ano;

• Prêmio Edina Fujii - CiaRio ao Melhor Filme da 4ª Mostra Cinema e Negritude, escolhido pelo Júri Técnico do Festival, no valor de R$ 6.000,00 (seis mil, reais) em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria; através da empresa Naymar com Validade de 1 ano.

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Programação 24/09 TERÇA-FEIRA |09:00 20º Festivalzinho de Cinema de Vitória - Sessão ArcelorMittal Cine Metrópolis |14:00 20º Festivalzinho de Cinema de Vitória - Sessão ArcelorMittal Cine Metrópolis |19:00 Abertura do 26º Festival de Cinema de Vitória Centro Cultural Sesc Glória 8ª Mostra Foco Capixaba Centro Cultural Sesc Glória 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas Centro Cultural Sesc Glória “Pacarrete”, Allan Deberton (FIC, 97’, CE) |23:00 Gavi Tenda Musical 25/09 QUARTA-FEIRA |09:00 20º Festivalzinho de Cinema de Vitória - Sessão ArcelorMittal Cine Metrópolis |10:00 Debate da 8ª Mostra Foco Capixaba e 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas Hotel Senac Ilha do Boi |14:00 20º Festivalzinho de Cinema de Vitória - Sessão ArcelorMittal Cine Metrópolis |16:00 6ª Mostra Outros Olhares - Programa Musicalidades Centro Cultural Sesc Glória |16:00 8ª Mostra Corsária Centro Cultural Sesc Glória |19:00 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas Centro Cultural Sesc Glória 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas Centro Cultural Sesc Glória “O Seu Amor de Volta [Mesmo que Ele Não Queira]”, Bertrand Lira (DOC, 82’, PB) |23:00 Chico Chico e João Mantuano Tenda Musical 26/09 QUINTA-FEIRA |09:00 20º Festivalzinho de Cinema de Vitória - Sessão ArcelorMittal Cine Metrópolis |10:00 Debate da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas e 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas Hotel Senac Ilha do Boi |14:00 20º Festivalzinho de Cinema de Vitória - Sessão ArcelorMittal Cine Metrópolis |14:00 4ª Mostra Cinema e Negritude + Debate Centro Cultural Sesc Glória |15:00 Coletiva de Imprensa da Homenageada Nacional Vera Fischer e Lançamentos de Publicações Salão Penedo, Hotel Senac Ilha do Boi |16:00 6ª Mostra Outros Olhares - Programa Afetos LGBT Centro Cultural Sesc Glória |16:00 8ª Mostra Corsária Centro Cultural Sesc Glória |19:00 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas Centro Cultural Sesc Glória Homenagem a Vera Fischer Centro Cultural Sesc Glória 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas Centro Cultural Sesc Glória “Selvagem”, Diego da Costa (FIC, 95’, SP) |23:00 André Prando Tenda Musical 27/09 SEXTA-FEIRA |09:00 20º Festivalzinho de Cinema de Vitória - Sessão ArcelorMittal Cine Metrópolis |10:00 Debate da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas e 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas Hotel Senac Ilha do Boi |14:00 20º Festivalzinho de Cinema de Vitória - Sessão ArcelorMittal Cine Metrópolis |14:00 Sessão Especial Centro Cultural Sesc Glória “Espero Tua (Re)Volta”, Eliza Capai (DOC, 93’, RJ) |15:00 Lançamento do Caderno da Homenageada Bernadette Lyra |16:00 6ª Mostra Outros Olhares - Programa Narrativas 1 Centro Cultural Sesc Glória |16:00 3ª Mostra Nacional de Videoclipes Centro Cultural Sesc Glória |19:00 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas Centro Cultural Sesc Glória 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas Centro Cultural Sesc Glória “Mirante”, Rodrigo John (DOC, 78’, RS) |23:00 Pocket Show com Johnny Hooker Tenda Musical |00:30 Rita Cadillac e Ursula Pussynail Tenda Musical 28/09 SÁBADO |10:00 Debate da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas e 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas Hotel Senac Ilha do Boi |14:00 4ª Mostra Mulheres no Cinema + Debate Centro Cultural Sesc Glória |15:00 Mostra Do Outro Lado - Cinema Fantástico e de Horror Centro Cultural Sesc Glória |16:00 6ª Mostra Outros Olhares – Programa Narrativas 2 Centro Cultural Sesc Glória |16:00 BatuQdellas Tenda Musical |18:00 Banda de Congo Amores da Lua e Banda de Congo Panela de Barro em frente ao Centro Cultural Sesc Glória |19:00 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas Centro Cultural Sesc Glória 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas Centro Cultural Sesc Glória “Alice Junior”, Gil Baroni (FIC, 86’, PR) |23:00 Katerina Polemi Tenda Musical 28/09 DOMINGO |00:00 Pocket Show com Zéu Britto Tenda Musical |01:00 Pocket Show com Roberta de Razão Tenda Musical |01:30 Karaokê do Filippo Tenda Musical |04:00 Playlist FCV Tenda Musical |05:00 3ª Mostra Nacional de Videoclipes e Sessão Especial “Vitória Delas” (DOC, 16’, ES) Tenda Musical |06:00 1ª Mostra do Outro Lado - Cinema de Horror e Fantástico Tenda Musical |10:00 Debate da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas e 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas Hotel Senac Ilha do Boi |14:00 2ª Mostra Nacional de Cinema Ambiental Centro Cultural Sesc Glória |15:00 Paulo Prot Trio Tenda Musical |16:00 9ª Mostra Quatro Estações Centro Cultural Sesc Glória |19:00 Homenagem a Bernadette Lyra Centro Cultural Sesc Glória 9ª Mostra Competitiva Nacional de Longas Centro Cultural Sesc Glória “Casa”, Leticia Simões (DOC, 93’, PE) Premiação e Encerramento do 26º Festival de Cinema de Vitória Centro Cultural Sesc Glória |22:30 Pocket Show Tunico da Vila Tenda Musical 31


Ministério da Cidadania e ArcelorMittal apresentam:

26o FESTIVAL DE

CINEMA DE VITORIA

PATROCÍNIO

COPATROCÍNIO

APOIO

APOIO INSTITUCIONAL

jangadavod

REALIZAÇÃO


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