Catálogo do 26º Festival de Cinema de Vitória

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MinistĂŠrio da Cidadania e ArcelorMittal apresentam:

26o FESTIVAL DE CINEMA DE VITORIA


MinistĂŠrio da Cidadania e ArcelorMittal apresentam:

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FESTIVAL DE CINEMA DE VITORIA


Centro Cultural SESC Glória Cine Metrópolis - Ufes Hotel Senac Ilha do Boi 24 a 29 de setembro de 2019 www.festivaldevitoria.com.br

PATROCÍNIO

COPATROCÍNIO

APOIO

APOIO INSTITUCIONAL

jangadavod

REALIZAÇÃO



Troféu Vitória: Andrius Machado e Brena Ferrari Foto e Tratamento do Troféu Vitória: Thiago Christo e Vitor Nogueira


O cinema enaltece a cultura de um povo, atravessando fronteiras e levando ao conhecimento de pessoas do mundo inteiro as histórias contadas. O cinema tem o poder de converter sonhos em imagens e de transformar realidades. Não apenas no que tange à subjetividade de um indivíduo ou de uma comunidade. O cinema também é indústria, é geração de emprego e renda, é o sustento de milhares de famílias. O audiovisual brasileiro é responsável por 0,46% do PIB do país. São mais de 300 mil pessoas empregadas diretamente no setor. São 13 mil empresas de pequeno, médio e grande portes desenvolvendo de maneira autossustentável uma atividade que injeta 25 bilhões de reais na economia brasileira. O setor de Mostras e Festivais é parte importante da manutenção do funcionamento dessa cadeia. Considerados uma das maiores vitrines da produção audiovisual brasileira, os mais de 140 eventos nacionais realizados atualmente são o primeiro contato dos filmes com público, críticos e distribuidores. São os festivais que impulsionam a circulação dos filmes e garantem vida longa às produções. E assim como as pessoas, que contêm em si razão e emoção, o cinema também alcança várias esferas do pensamento humano e da vida cotidiana. Além dos números, está a magia. Em 26 anos de Festival, cada uma das pessoas que passou por nossas sessões, são olhos atentos para a arte. Cada pessoa é um coração, que vibra junto a outros corações dentro da sala de exibição. Esse momento de conexão é uma experiência única, que aproxima e une, que desperta afetos. É o momento do amor vencendo as dificuldades, curando nossas emoções. Citando a artista Nelma Guimarães, “eu vejo e não estou só”, e quando estamos juntos e vemos, o amor cura. Agradeço aos nossos patrocinadores, sem os quais seria impossível estabelecer essas conexões. Agradeço a toda a equipe do 26º Festival de Cinema de Vitória, por olhar junto comigo para cada detalhe do evento, e também agradeço ao público, por estarmos juntos pelo 26º ano ininterrupto. Lucia Caus

Diretora do 26º Festival de Cinema de Vitória


A hora do cinema Renato Casagrande Governador do Espírito Santo

Jean-Luc Godard, um dos ícones do movimento que se tornaria mundialmente conhecido como Nouvelle Vague, disse certa vez que, se a fotografia é um registro da verdade, o cinema é a verdade 24 vezes por segundo. De fato, nenhuma outra manifestação artística já explorada pela humanidade chegou mais perto do objetivo de capturar, traduzir e expressar a realidade do que o cinema. Mas é claro que a arte de fazer filmes vai muito além do registro documental ou da investigação dos vícios e virtudes da nossa sociedade. Cinema é entretenimento e estímulo ao pensamento abstrato. Como disse outro mestre das imagens animadas, o italiano Federico Fellini, é linguagem na qual os anos podem passar em segundos, distâncias físicas perdem o sentido e cada movimento tem seu significado, como nos sonhos. Mas o cinema é também um ofício, uma indústria, uma atividade econômica que movimenta bilhões e gera milhares de empregos ao longo de toda a cadeia de criação, produção e exibição. É essa atividade complexa, rica e tão característica da nossa época que estará em cartaz no 26° Festival de Cinema de Vitória, com filmes de curta e longa metragens se revezando nas telas, em paralelo a debates, cursos e oficinas voltados para as mais diferentes etapas da produção cinematográfica. Ou seja, mais do que as obras participantes das 12 mostras competitivas, o que estará no centro das atenções é o próprio cinema. Sejam todos bem-vindos. Ao longo desses dias de Festival, Vitória será a capital nacional da sétima arte. E, como só acontece nos sonhos e nos filmes, todos teremos a oportunidade de ser ao mesmo tempo espectadores, criadores e críticos.


Prefeitura de Vitória Luciano Rezende Prefeito de Vitória

Mais do que entreter, o cinema é um espaço que funciona como espelho de um país. Na sala escura e diante da tela grande, através das narrativas audiovisuais, é possível refletir sobre os mais diversos assuntos e apresentar para o espectador inúmeras possibilidades no que se refere às formas de viver para além dos padrões que estamos acostumados. Com 26 anos de estrada, o Festival de Cinema de Vitória é um dos palcos mais representativos da produção capixaba e nacional. Em 12 mostras, o festival faz um recorte do que existe de mais potente, tanto nas exibições competitivas quanto nas mostras temáticas, reforçando a diversidade como elemento potencial do evento. É com orgulho que a Prefeitura de Vitória apoia este projeto no ano em que a cidade comemora 468 anos. O Festival de Cinema de Vitória tem uma relação direta com a nossa vocação cultural, além de ser uma marca da cidade e contribuir para fortalecer o turismo. Também fomenta a produção cinematográfica da capital capixaba, de modo particular, e do estado do Espírito Santo, de maneira geral. Gostaria de parabenizar todos os envolvidos neste projeto e, em especial, as artistas homenageadas no ano de 2019: a atriz Vera Fischer, pelas suas história e relevância para o cinema, o teatro e a televisão no Brasil; e Bernadette Lyra, que, além do seu olhar para o audiovisual, é uma referência na literatura produzida no Espírito Santo. Toda atividade cultural gera um ambiente mais tolerante, humano e solidário. A cultura é um importante mecanismo para fortalecer esses vínculos. A cidade participa e agradece pelo vigor do Festival de Cinema de Vitória. Boa sessão!


ArcelorMittal Jennifer Oliva Coronel Gerente de Comunicação e Relações Institucionais da ArcelorMittal Tubarão

Em tempos de multitelas, com conteúdos tão disponíveis em celulares, computadores e SmartTVs, assistir a um filme no cinema continua sendo uma experiência única e insubstituível. Eventos como o Festival de Cinema de Vitória proporcionam e fomentam essa oportunidade, e ainda tem a característica de formar públicos cada vez mais interessados e criteriosos, estimulando a criação e a produção cinematográfica em nível competitivo no país. Cada vez mais consolidado no calendário cultural capixaba como um importante canal de difusão audiovisual, o Festival tem oferecido ao público a cada edição um cardápio dos mais variados dentro de sua programação, oportunizando ao capixaba conhecer longas e curtas-metragens de diferentes gêneros e formatos. Ser parceira de uma iniciativa como essa, considerada uma vitrine da produção audiovisual capixaba e importante espaço para divulgação de obras de novos realizadores, é mais que gratificante para a ArcelorMittal Tubarão. É também uma forma de ratificar o seu compromisso e a sua longa tradição de apoio à arte e à cultura. Para a empresa, apoiar historicamente a produção artística representa acreditar no poder da cultura para a transformação da sociedade e para o fortalecimento da cidadania.


Rede Gazeta

Promover um Espírito Santo melhor faz parte da missão da Rede Gazeta. E, ao longo dessas quase três décadas, estamos ao lado do Festival de Cinema de Vitória porque acreditamos no poder da cultura, em especial da arte, como agente transformador para alcançar esse objetivo. Assim como na comunicação, é através do cinema, seus sons e imagens, que é possível dar significado às mais diversas histórias e pessoas, levantar debates, ampliar pontos de vista e fomentar novas ideias. As obras que passaram por essas telas fizeram o público rir, chorar, se emocionar e se questionar. E há maneira melhor de evoluir do que contestar os próprios hábitos e opiniões? Há 91 anos, evoluímos junto com os capixabas. E para dar continuidade a esse compromisso, reforçamos nosso apoio ao evento que coloca Vitória, e todo nosso Estado, no protagonismo da cinematografia do Brasil, um orgulho para todos nós. Aproveitem o 26º Festival de Cinema de Vitória. Luz, câmera... transformação!


Sumário

13 MOSTRAS COMPETITIVAS 15 23ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE CURTAS 27 9ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS 3 3 9ª MOSTRA QUATRO ESTAÇÕES 3 9 8ª MOSTRA FOCO CAPIX ABA 45 8ª MOSTRA CORSÁRIA 55 6ª MOSTRA OUTROS OLHARES 69 4ª MOSTRA CINEMA E NEGRITUDE 7 5 4ª MOSTRA MULHERES NO CINEMA 81 3ª MOSTRA NACIONAL DE VIDEOCLIPES 91 2ª MOSTRA NACIONAL DE CINEMA AMBIENTAL - SESSÃO EDP 97 1ª MOSTRA DO OUTRO L ADO - CINEMA FANTÁSTICO E DE HORROR 103 20º FESTIVAL ZINHO DE CINEMA DE VITÓRIA - SESSÃO ARCELORMITTAL


111 PRÉ-EVENTO 112 SESSÕES ESPECIAIS 113 HOMENAGENS 119 OFICINAS 12 2 L ANÇAMENTOS 12 8 JÚRI 13 6 PREMIAÇÕES 13 8 AGRADECIMENTOS 140 FI CHA TÉCNICA 143 COL ABORADORES 146 NELMA GUIMARÃES 151 OUTROS PROJETOS


O amor cura


Mostras Competitivas

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23ÂŞ Mostra Competitiva Nacional de Curtas

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Das ruínas do Presente, Reimaginar o Futuro Investigar, questionar e fabular acerca das inúmeras fraturas e cicatrizes de um país “quase continente” sempre foram estratégias utilizadas por nosso cinema em sua história, buscando compreender a realidade que nos cerca. Na última década, isso se intensificou, especialmente no contexto do curtametragem, à medida que novos segmentos sociais, para além da hegemônica monocultura audiovisual de sempre, foram se tornando, a passos largos, sujeitos dos discursos fílmicos e passaram, cada vez mais, a produzir e fazer circular suas próprias imagens. A atual safra de curtas-metragens que compõem esta mostra prosseguem nas veredas abertas pelas levas anteriores, aprofundando questões e por vezes arriscando respostas para as inúmeras tensões e lacunas que surgem no tecido social de um Brasil em intensa convulsão, tomado por impasses diante das quais nosso cinema não pode jamais se omitir. Alguns filmes buscam ampliar os modos de cartografar as experiências daqueles que sobrevivem às margens do sistema – sem-teto, refugiados, população carcerária – e, nesses casos, é interessante entender que os olhares renovados, mais atentos e situados além dos usuais estereótipos, como os propostos, respectivamente, pelos filmes Arquitetura dos que Habitam, Refúgio e Quando Elas Cantam, também vêm acompanhado de elaborados desenhos sonoros que buscam sacudir o espectador de seu habitual torpor.

Especificamente no último desses filmes, o ato de cantar e sentir a musicalidade ecoar pelo próprio corpo é o elemento que refaz os vínculos entre as detentas, evidenciando uma ideia de comunidade como modo de resistir, que também atravessa outras obras desta mostra. É o caso de Fartura, que resgata a centralidade da partilha e abundância do alimento nas reuniões das famílias negras, como aspecto fundamental da cultura afrodiaspórica brasileira, ou ainda de Guaxuma, que aposta na amizade como primeiro escudo de enfrentamento da dureza o mundo. Por vezes, as formas de resistir partem de questões individuais para ressignificar seu entorno – como os surpreendentes pontos de vista do garoto que toma para si o foco do documentário Cor de Pele, ou a transfiguração do super-herói de quadrinhos para o cotidiano do aparentemente silencioso menino trans de O Pássaro sem Plumas. Há ainda o arrebatador relato em primeira pessoa em Sangro, que traduz o turbilhão de sentimentos diante do diagnóstico de soropositividade e do posterior processo de aceitação e amadurecimento, e os rituais de preparação para o fim da água no mundo (ou seria o mundo terminando em água?), pacientemente elaborados por Dôniara. Nem sempre cabe tanta esperança, como quando presenciamos a dor da dupla rejeição enfrentada desde cedo pela criança queer negra em O Órfão,


mas a necessidade extrair forças inesperadas das próprias cicatrizes também é poderoso combustível de sobrevivência num mundo que tem como regra o apagamento de quem excede a mediocridade da norma. Há os filmes que apostam no fim de uma era como possibilidade de refundação – seja pela sorrateira e irrefreável obstrução dos cômodos do Sobrado (que transpõe o conto “A Casa tomada”, de Julio Cortázar, para o contexto anestesiado de nossas classes médias urbanas), seja pela reencenação alegórica do apocalipse com apóstolos oriundos das minorias mais perseguidas, em Os Mais Amados. Já A Praga do Cinema Brasileiro denuncia uma espécie de maldição em que presente e passado estão intimamente mesclados, de modo que problemas antigos (e inclusive já encenados e imaginados por nosso cinema) reaparecem com a falsa sensação de novidade, num perigoso eterno retorno que precisa ser urgentemente superado. E há filmes que apostam na conjugação simultânea de gestos individuais e intervenções coletivas no cotidiano como formas de enfrentar o que sufoca, especialmente nos modos como os filhos da diáspora brasileira ocupam as ruas e demais espaços públicos e privados para reordenar os afetos. Seja na apropriação

multicor do afrofuturismo para evidenciar as potências dos corpos inclassificáveis das bichas pretas em NEGRUM3, seja nos jatos de spray e colagens de stickers que, com suas frases instigantes, perfuram e costuram repetidamente a estabilidade da paisagem urbana em Riscadas, ou ainda na tensão entre o opressivo ambiente profissional e a liberdade dos prazeres corporais da esfera íntima em Tempestade. Testemunhamos a vida em incessante movimento, prestes a ser saboreada com todas as suas inquietações, como quando os personagens de Perpétuo percorrem os escombros das edificações escravocratas na Baixada Fluminense, na vizinhança onde vivem: um misto de estranhamento, familiaridade, vida que segue e alguma fantasmagoria. Como bem define a sinopse do curta de Lorran Dias, “forças invisíveis do passado se atualizam entre as ruínas do presente” – inclusive as forças que podem virar o jogo e, com o auxílio do cinema, produzir um imaginário mais justo e diverso, capaz de nortear o futuro melhor que tanto desejamos.

Erly Vieira Jr, curador

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A PRAGA DO CINEMA BRASILEIRO

ARQUITETURA DOS QUE HABITAM

William Alves e Zefel Coff

Daiana Rocha

Direção de Produção, Produção Executiva e Roteiro: William Alves e Zefel Coff Coprodutoras: Inspira Filmes e Festival Taguatinga de Cinema Direção de Arte: William Alves Fotografia: Maninho Ferreira Tratamento de Imagem e Cor: Leandro G. Moura e Zé dos Cortes Montagem e Trilha Sonora: Zefel Coff Som: Elder Miranda Junior Edição de Som: Raffaello Santoro Sonoplastia: Zefel Coff Elenco: José Mojica, como Zé do Caixão Filmografia conjunta: A Roda da Vida (2018); Lucinda (2019) Filmografia de William Alves: 100 Anos de Perdão (2000); Teodoro Freire - O Guardião do Rito (2002); Filme Pirata (2010); Na Trilha das Guerreiras (2014) Filmografia de Zefel Coff: Reality Show (2002); Sagrada Terra Especulada (2011); A Ditadura da Especulação (2012); O Último Adeus de Fellini (2018); O Dia do Adeus de Fellini (2019) Sinopse: Com a pedra da 3ª força, Zé do Caixão vai ao passado, na virada do milênio, em 2/2/2000, para evitar o terror político do Brasil, instituído pelo Capetal e seus capetalistas, infiltrados nos setores estratégicos que arrastou o país para o 5º dos infernos com as bênçãos dos boizebus, das diabas e dos satanazes dos três poderes. Zé do Caixão abre um portal para os infernos do passado, onde liberta antigos filmes sequestrados pelo Capetal, pois estes trazem a luz, as palavras dos profetas que tudo sabiam.

Produção, Produção Executiva, Fotografia e Montagem: Adriano Monteiro e Daiana Rocha Roteiro e Som: Daiana Rocha Filmografia da diretora: Braços Vazios (2018)

FIC, Cor, HDV, 20’, DF, 2018 Classificação Indicativa: Livre

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EXP, Cor, HDTV, 5’, ES, 2018 Classificação Indicativa: Livre

Sinopse: O cotidiano, tempo e detalhes de um lugar ocupado por pessoas.


COR DE PELE

DÔNIARA

Livia Perini

Kaco Olimpio

Direção de Produção: Karla Laet Produção Executiva: Karla Laet e Livia Perini Roteiro: Livia Perini Fotografia: Patrick Tristão Montagem: Yan Motta Som e Edição de Som: Tiago Lorena Trilha Sonora: Pedro Santiago

Direção de Produção: Barbara de Almeida Produção Executiva: Daniel Calil e Ludmilla Rodrigues Roteiro: Kaco Olimpio e Daniel Calil Direção de Arte: Carol Breviglieri Fotografia: Dani Azul Montagem: Thomaz Magalhães Som e Edição de Som: Thiago Camargo Trilha Sonora: Doroty Marques Elenco: Doroty Marques Filmografia do Diretor: A Viagem de Ícaro (2018)

DOC, Cor, HDV, 15’, ES, 2018 Classificação Indicativa: Livre

Sinopse: Cor de Pele é um sensível documentário sobre a vida do menino albino Kauan, de 11 anos. Na bela cidade de Olinda, Kauan relata como é o dia a dia de sua atípica família e de seus cinco irmãos: dois albinos e três negros. Ele conta como lida com as dificuldades de ter a pele e visão sensíveis, sendo uma criança superativa numa cidade em que o sol brilha todos os dias do ano. Kauan é um menino cativante e engraçado, que luta para se encaixar na cultura local e provar que cor de pele não quer dizer nada. O documentário é narrado por ele, e destaca a forma espontânea que ele conta sua vida e histórias.

FIC, Cor, HDTV, 17’, GO, 2019 Classificação Indicativa: Livre

Sinopse: Iara se prepara para o fim da água no mundo.

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FARTURA

GUAXUMA

DOC, Cor, HDTV, 27’, RJ, 2019 Classificação Indicativa: Livre

ANI, Cor, 2k, 14’, PE, 2018 Classificação Indicativa: Livre

Yasmin Thayná

Direção de Produção: Juliana Nascimento Roteiro: Yasmin Thayná Montagem: Luana Cortes Edição de Som: Luana Cortes e Yasmin Thayná Filmografia da diretora: Kbela (2015) Sinopse: A partir da observação de imagens domésticas feitas por famílias negras de periferias e favelas cariocas, o filme investiga as relações entre encontros familiares e a comida como elemento simbólico que não só alimenta um corpo, mas também é capaz de calibrar afetos e simbolizar rituais de vida e morte. Um filme-ensaio sobre memórias marcadas pelo preparo e o oferecimento de comidas como um conjunto simbólico dos modos que as famílias presentes no filme encaram a vida e revelam suas relações.

Nara Normande

Direção de Produção: Livia de Melo e Justin Pechberty Produção Executiva: Livia de Melo, Justin Pechberty e Damien Merghebi Roteiro, Direção de Arte e Elenco: Nara Normande Fotografia: Maira Iabrudi, Pedro Sotero e Jean-Louis Padis Montagem: Eduardo Serrano Som, Edição de Som e Trilha Sonora: Normand Roger Animação: Nara Normande, Pedro Iuá, Sylvain Derosne, Abi Feijo, Julien Laval, Clémence Bouchereau, Tânia Duarte, Sofia Gutman, Aurore Peuffier, Mélody Boulissière, Anne-Lise Nemorin, Gervaise Duchaussoy e Diego Akel Filmografia da Diretora: Dia Estrelado (2011); Sem Coração (2014) Sinopse: Eu e Tayra crescemos juntas na praia de Guaxuma. A gente era inseparável. O sopro do mar me traz boas lembranças.

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NEGRUM3

O ÓRFÃO

DOC, Cor, HDTV, 22’, SP, 2018 Classificação Indicativa: 10 anos

FIC, Cor, 2k, 15’, SP, 2018 Classificação Indicativa: 12 anos

Diego Paulino

Carolina Markowicz

Direção de Produção: Claudia Alves Produção Executiva: Victor Casé Roteiro: Diego Paulino Direção de Arte: Maiara Del Pino Fotografia: Leandro Caproni Montagem: Amanda Beça Som e Edição de Som: Diana Ragnole Trilha Sonora: Jhonatta Vicente Animação: Martin Namikawa Elenco: Eric Oliveira, Félix Pimenta, Euvira e Aretha Sadick Filmografia do Diretor: Paleta de Cores (2015)

Direção de Produção: Bruno Alfano Produção Executiva: Mayra Faour Auad Roteiro: Carolina Markowicz Direção de Arte: Vicente Saldanha Fotografia: Pepe Mendes Montagem: Lautaro Colace Som, Edição de Som e Trilha Sonora: Audio Ink Elenco: Clarisse Abujamra, Kauan Alvarenga, Georgina Castro, Ivo Müller e Julia Costa Filmografia da Diretora: 69 – Praça da Luz (2007); Edifício Tatuapé Mahal (2014); Postergados (2016); Namoro a Distância (2017)

Sinopse: Entre melanina e planetas longínquos, “NEGRUM3” propõe um mergulho na caminhada de jovens negros da cidade de São Paulo. Um ensaio sobre negritude, viadagem e aspirações espaciais dos filhos da diáspora.

Sinopse: Jonathas foi adotado. Mas logo é devolvido ao abrigo devido ao seu “jeito diferente”.

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O PÁSSARO SEM PLUMAS

OS MAIS AMADOS

FIC, Cor, 2k, 15’, ES, 2019 Classificação Indicativa: Livre

FIC, Cor, 2k, 28’, ES, 2018 Classificação Indicativa: 14 anos

Tati Rabelo e Rodrigo Linhales

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Rodrigo de Oliveira

Direção de Produção: Lara Toledo e Guilherme Rebêlo Produção Executiva: Tati Rabelo Roteiro, Direção de Arte, Montagem: Tati Rabelo e Rodrigo Linhales Fotografia: Yury Aires Som: Gisele Bernardes Edição de Som e Trilha Sonora: Constantino Buteri Animação: Rodrigo Linhales Elenco: Thalita Patuzzo e Lara Sopeletto Filmografia dos Diretores: Distopia (2015); Minhas Horas com Camomila (2017); Território do Bem (2017)

Direção de Produção: Bob Redins Produção Executiva: Vitor Graize Roteiro e Montagem: Rodrigo de Oliveira Direção de Arte: Joyce Castello Fotografia: Lucas Barbi Som e Edição de Som: Hugo Reis Elenco: Rômulo Braga, Fagner Soares, Suely Bispo e Alberto Contarato Filmografia do Diretor: As Horas Vulgares (2011); Teobaldo Morto, Romeu Exilado (2015); Eclipse Solar (2016); Ano Passado eu Morri (2017); Todos os Paulos do Mundo (2017)

Sinopse: O desafio de uma criança que diariamente tem que escolher entre dois caminhos. Uma aventura de coragem e superação que aborda a questão de gênero na década de 80.

Sinopse: O mundo acaba e Emanuel precisa guiar João até o portal que leva os merecedores à eternidade. Emanuel está desesperado para ascender, mas João desafiará o direito do mestre ao paraíso. Uma adaptação queer-cristã do Apocalipse: Livro das Revelações.


PERPÉTUO

QUANDO ELAS CANTAM

FIC, Cor, 2k, 24’, RJ, 2018 Classificação Indicativa: 12 anos

DOC, Cor, DCP, 28’, SP, 2018 Classificação Indicativa: Livre

Lorran Dias

Direção de Produção: Daniele Araujo Produção Executiva: Gabriela Amadei Roteiro: Lorran Dias Assistente de Direção: Gabriela Amadei e Yaminaah Abayomi Direção de Arte: Max Willa Morais Fotografia: Suelen Menezes Montagem: Clarissa Ribeiro e Lorran Dias Som: Isabela Godoi Edição de Som: Raquel Lazaro e Victor Oliver Trilha Sonora: Jhonatta Vicente Elenco: Rainha Timbuca, Gustavo Dias, Edna Toledo, Elvecio Martins, Kesia de Farias e Marilda Batista

Maria Fanchin

Direção de Produção: Regina Albano Produção Executiva: Beatriz Carvalho e Karina Lima Roteiro: Julia Rufino e Maria Fanchin Fotografia: André Tashiro e Cris Lyra Montagem: Manoela Ziggiatti Som: Gustavo Brandão Edição de Som: Simone Alvez Sinopse: O documentário acompanha os encontros de mulheres do projeto Voz Própria, para um show na Capela da Penitenciária Feminina da Capital de São Paulo.

Sinopse: Século XXI, América do Sul, Brasil, Rio de Janeiro, Baixada Fluminense, Nova Iguaçu, Cerâmica e Comendador Soares: Silvia e Alex voltam a morar juntos. Forças invisíveis do passado se atualizam nas ruínas do presente. Vida em movimento.

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REFÚGIO

RISCADAS

DOC, Cor, 2k, 20’, ES, 2019 Classificação Indicativa: Livre

DOC, Cor, HD, 15’, ES, 2019 Classificação Indicativa: Livre

Shay Peled e Gabriela Alves Direção de Produção: Elisa Kobi Produção Executiva: Willian Loyola Roteiro: Shay Peled e Gabriela Alves Fotografia: Willian Rubim Montagem: Claudiana Braga e Shay Peled Som: Marcus Neves e Natália Dornelas Edição de Som: Marcus Neves Trilha Sonora: Sann Gusmão Animação: Fabio Baptista Filmografia das Diretoras: Ociosa (2016); C(ELAS) (2017); A Tua Sombra (2017); Jardim Secreto (2018) Sinopse: Recomeçar em um novo país – faces da crise humanitária da imigração.

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Karol Mendes

Direção de Produção: Ana Pagani Produção Executiva: Willian Loyola Roteiro: Karol Mendes Direção de Arte: Diana Klippel Fotografia: Luana Correa Montagem: Carol Covre Som e Edição de Som: Gisele Bernardes Trilha Sonora: Gisele Bernardes e Melanina MCs Elenco: Amanda Brommonschenkel, Thiara Pagani e Kika Carvalho Sinopse: Tendo como cenário o Centro da capital do Espírito Santo, três artistas mulheres capixabas contam suas vivências e como a arte urbana, aliada ao movimento feminista, se tornou importante ferramenta no enfrentamento à violência contra a mulher.


SANGRO

SOBRADO

ANI, Cor, 4k, 7’, SP, 2019 Classificação Indicativa: 14 anos

FIC, Cor, 4k, 22’, SP, 2018 Classificação Indicativa: 12 anos

Tiago Minamisawa, Bruno H Castro e Guto BR Direção de Produção: Tiago Minamisawa Produção Executiva, Roteiro e Montagem: Tiago Minamisawa e Bruno H Castro Direção de arte e Animação: Guto BR Fotografia: Fernando Fernandes Som e Edição de Som: Ultrassom Music Ideas Trilha Sonora: Ruben Feffer e Gustavo Kurlat Elenco: Caio Deroci Sinopse: Inspirado em uma história real, “Sangro” é a confissão íntima de uma pessoa que vive com HIV. Turbilhão de sentimentos. As primeiras sensações. Um filme em animação que busca desmistificar questões que sobrevivem até hoje no imaginário social em relação ao vírus.

Renato Sircilli

Direção de Produção e Produção Executiva: Eduarda Galvão Roteiro: Nicole Oliveira Direção de Arte: Tati Otaka e Tatiane Takahashi Fotografia: Emilio Gonzalez e Ricardo Miyada Montagem: Renato Sircilli Som: Felipe Cadillac Edição de Som: Caio Gox Trilha Sonora: Beatriz Id Limongelli e Cainã Vidor Elenco: Beatriz Id Limongelli, Catarina São Martinho, Maria Emilia Faganello e Nicole Oliveira Filmografia do Diretor: Cabeça de Peixe (2012); Se o Mundo Acabar, Me dê um Toque (2014); O Rosto da Mulher Endividada (2015); Fôlego (2018) Sinopse: As cicatrizes nos corpos de quatro mulheres marcam um passado difícil de esquecer. Quando um dos cômodos da casa onde elas moram é tomado por algo desconhecido, às vésperas da realização de uma grande festa, a segurança delas é colocada à prova. Elas não estão mais sozinhas.

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TEMPESTADE

Fellipe Fernandes

FIC, Cor, 2k, 20’, PE, 2019 Classificação Indicativa: 12 anos

Direção de Produção: Julia Machado Produção Executiva: Dora Amorim e Thaís Vidal Roteiro: Fellipe Fernandes Direção de Arte: André Antonio Fotografia: Maira Iabrudi Montagem: Quentin Delaroche Som: Lucas Caminha Edição de Som e Trilha Sonora: Nicolau Domingues Elenco: Kildery, Clebia Souza, Fábio Leal, Mariah Teixeira e Edilson Silva Filmografia do Diretor: O Delírio é a Redenção dos Aflitos (2016) Sinopse: Ao longe, sobrevoando os vulcões multiplicados, uma tempestade elétrica era gestada em silêncio.

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9ÂŞ Mostra Competitiva Nacional de Longas

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tem l ĂĄ seus bich os...

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Cinema: Uma Emoção que Dispara a Invenção A palavra emoção está diretamente relacionada às ideias de movimento, de transformação. Emoção é o termo que encontramos como guia dos olhares e ouvidos dos realizadores interessados em pequenas e grandes transformações, em várias esferas, pública e privada, cidadã e governamental, doméstica e institucional. Há um transbordamento vital e multifacetado, e isso reflete na produção audiovisual contemporânea. Algo como um curto-circuito disparador de potencialidades criativas, a emoção afeta o artista gerando um processo de invenção da realidade nas imagens e sons. Os filmes de ficção, documentários, experimentais e de animação estão sendo produzidos em todas as regiões do Brasil, conforme indicam as inscrições. Há um mapa da diversidade diretamente ligado aos quadros da produção audiovisual, tanto em relação aos temas quanto às abordagens. Depois do digital, a produção democratizou-se e, nessa mesma toada, outros modos de narrar, intervir, observar e fabular surgiram também, num movimento contínuo de elaboração dos corpos, das relações pessoais, da paisagem, da memória, da história, da política. Desse contingente, destacam-se os documentários e as ficções narrativas, com propostas estéticas instigantes. Documentários, tradicionalmente, buscam intervir na realidade historicamente constituída, com procedimentos variados. Na presente seleção, os títulos Mirante (Rodrigo John), Casa (Letícia Simões)

e O seu Amor de Volta (Mesmo que Ele Não Queira) (Bertrand Lira) evidenciam essa premissa. No entanto, é preciso ressaltar que são filmes que buscam oferecer curvas de reflexão sobre acontecimentos e experiências de modos bem particulares, ao mesmo tempo em que esses motes são amplamente partilhados na vontade de narrar pelo documentário, com o diferencial de lançarem-se pela invenção e disputas dos códigos e procedimentos de linguagem. Nesse horizonte, pode-se, inclusive, notar em alguns filmes, a busca pela superação de padrões estabelecidos, questionando-se o próprio formato documentário, por via da invenção na montagem, na encenação e na construção do ponto de vista. A narrativa é o lugar por excelência em que se dosam as emoções, justamente para que o espectador possa ter a experiência plena do acontecimento imaginado. Diante do turbilhão de coisas ao redor, há, por um lado, um país atravessado pela emergência de sujeitos empoderados que urgem em romper fronteiras, defender lugares de fala e ocupar cada vez mais os espaços historicamente negados, inclusive, o direito ao próprio corpo; por outro lado, nesse mesmo contexto, avança uma onda conservadora, interessada em interromper forçosamente esse processo. Há um campo de disputas, e a ficção narrativa faz vibrar esses conflitos. Aqui, nos longas-metragens


Alice Júnior (Gil Barone), Selvagem (Diego da Costa) e Pacarrete (Allan Deberton), ressaltamos recortes narrativos que privilegiam os modos como gerações e classes sociais distintas lidam com novas e antigas demandas dos sujeitos em suas demandas. Essas experiências imaginadas surgem a partir de desafios que nos convidam a pensar sobre os vários processos de realização, em que esses embates e emoções são atualizados na forma e na experiência com a linguagem. A partir do par emoção/invenção, os filmes aqui reunidos traduzem em vibrantes expressões visuais e sonoras emergências urbanas e intergeracionais, de macro e micropolíticas. O cinema aqui representado é, justamente, a janela dessas vivências. Assim, acenamos à reflexão sobre os efeitos de sentido desses investimentos. Nos documentários, podemos destacar, primeiramente, em Mirante, o trabalho com o tempo e o espaço, articulados em torno da duração e do ponto de vista e como esse trabalho inspira uma reflexão sobre a montagem e, consequentemente, sobre o turbilhão recente na política brasileira. Ainda em relação ao ponto de vista, Casa ancorase na performance da primeira pessoa da diretora e de suas relações familiares, para dar vazão a uma busca por algo perdido, ao mesmo tempo em que o encontro faz emergir novas possibilidades afetivas e evidenciam tensões étnico-raciais que aludem

ao processo de miscigenação do Brasil. Já O seu Amor de Volta (Mesmo que Ele Não Queira) atualiza a herança coutiniana para abordar consultas espirituais e embaralhar o que é o plano do real com o imaginado. E no campo da ficção, o trabalho com personagens individuais (Alice Júnior e Pacarrete) e coletivos (Selvagem) informam sobre narrativas de formação e o mundo da velhice, em que a atividade da imaginação e da fantasia não se desprende das questões da realidade social.

Gilberto Alexandre Sobrinho e Leila Bourdoukan, curadores

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ALICE JÚNIOR

CASA

FIC, Cor, 2k, 86’, PR, 2019 Classificação Indicativa: 10 anos

DOC, Cor, DCP, 93’, PE, 2019 Classificação indicativa: 12 anos

Direção: Gil Baroni

Direção de Produção: Andréa Tomeleri Produção Executiva: Andréa Tomeleri e Gil Baroni Roteiro: Luiz Bertazzo e Adriel Nizer Silva Direção de Arte: Bea Gerolin Fotografia: Renato Ogata Montagem: Pedro Giongo Som: Lucas Maffini Edição de Som: João Caserta Trilha Sonora: Vinícius Nisi Animação: Nyck Maftum Elenco: Anne Celestino Mota, Emmanuel Rosset, Thaís Schier, Surya Amitrano, Matheus Moura, Katia Horn, Marcel Szymanski, Antonia Montemezzo, Amanda Leal, Cida Rolim, Altamar Cezar, Gustavo Piaskoski, Simone Klein, Paolla Torrilhas, Bruno Previdi, Angélica Garcino, Megg Rayara Gomes de Oliveira, Leonarda Gluck, Regina Bastos, Verônica Rodrigues, Rafael Bonacin, Vinicius Marcelo, Micael Bueno, Felipe Veiga, Ed Canedo, Simone Hidalgo, Nina Ribas, Melissa Locatelli e Igor Augustho Filmografia do Diretor: A Cela de Foucault (2003); Terra Incógnita (2005); Cantoras do Rádio (2008); Perna (2008); Brasil Santo (2009); Ciclo 7x1 (2015); Cinecelular (2015); O Amor de Catarina (2016); Horizonte de Eventos (2016); Eutanásia Virtual (2019)

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Sinopse: Alice Júnior é uma youtuber trans cercada de liberdades e mimos. Depois de se mudar com o pai para uma pequena cidade, onde a escola parece ter parado no tempo, a jovem precisa sobreviver ao ensino médio e ao preconceito para conquistar seu maior desejo: dar o primeiro beijo.

Letícia Simões

Direção de Produção: Luna Gomide Produção Executiva: João Vieira Jr. Produtora: Carnaval Filmes Distribuidora: Pandora Filmes Roteiro: Letícia Simões Fotografia: Breno César e Letícia Simões Montagem: Eduardo Chatagnier e Letícia Simões Som: Pedrinho Moreira Edição de Som: Nicolau Domingues Trilha Sonora: O Grivo Animação: Bateu Castelo Elenco: Carmelita Fragoso, Heliana Castro e Letícia Simões. Filmografia da Diretora: Bruta Aventura em Versos (2011); A Geografia é Algum Lugar entre o Coração e aquilo que já Foi (2013); Tudo Vai Ficar da Cor que Você Quiser (2014); O Chalé é uma Ilha Batida de Vento e Chuva (2018) Sinopse: Letícia, a filha recém-separada, se culpa por ter se distanciado da mãe em dez anos longe de casa. Heliana, a mãe, encara uma crise depressiva, que começou depois da decisão de colocar a sua mãe, Carmelita, num asilo. Quando confrontada com a obsessão de Heliana pelo passado – ela arquiva fotos, diários, correspondências e objetos de toda família – Letícia acredita que a memória é uma forma de recriar a intimidade entre elas. Mas para abrir esses arquivos, vai ter de convencer a mãe, que os mantém trancados. Na construção dos espaços de afeto entre essas mulheres, Casa questiona o que é sanidade, memória, feminino, solidão, família, o que é casa.


MIRANTE

Rodrigo John

DOC, Cor, 2k, 78’, RS, 2019 Classificação Indicativa: 14 anos

Direção de Produção: Adriana Hiller, Rodrigo John e Vado Vergara Produção Executiva: Adriana Hiller Roteiro, Fotografia e Montagem: Rodrigo John Som e Edição de Som: Rodrigo John e Leo Bracht Trilha Sonora: Vagner Cunha Filmografia do Diretor: O Limpador de Chaminés (2002); Propriedades de uma Poltrona (2010); Céu, Inferno e outras Partes do Corpo (2011) Sinopse: Do alto de seu apartamento, morador observa a vida no centro de Porto Alegre. Nos vidros das janelas, as narrativas de dentro e de fora se misturam, ecoando a precariedade das relações. Enquanto uma reviravolta na história do Brasil desafia a rotina da cidade, vozes fantasmagóricas compõem um retrato caleidoscópico da nossa época, numa sinfonia distópica.

O SEU AMOR DE VOLTA (MESMO QUE ELE NÃO QUEIRA) Bertrand Lira

DOC, Cor, 2k, 82’, PB, 2018 Classificação Indicativa: 16 anos

Direção de Produção e Produção Executiva: Diego Benevides Roteiro: Bertrand Lira Direção de Arte: Tiago Trapo Fotografia: Luis Barbosa Montagem: Diego Benevides e Bertrand Lira Som e Edição de Som: Gustavo Guanaes Trilha Sonora: Gabriel Araújo Elenco: Williams Muniz, Danny Barbosa, Zezita Matos, Marcélia Cartaxo, Afrovalter, Pai Júlio, Mãe Severina e Pai Nelito Filmografia do Diretor: Bom Dia, Maria de Nazaré (2003); O Senhor do Engenho (2005); Crias da Piollin (2008); Homens (2008); O Rebeliado (2009); O Diário de Márcia (2011); A Poeira dos Pequenos Segredos (2012) Sinopse: O amor perdido e a crença no poder da magia, das cartas e dos búzios para trazê-lo de volta compõem o quadro de histórias deste documentário. Para abordar esse universo, quatro personagens relatam suas desventuras amorosas e são colocados frente a frente com cartomantes e videntes que poderão apontar uma saída para suas vidas.

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PACARRETE

SELVAGEM

FIC, Cor, 2k, 97’, CE, 2019 Classificação Indicativa: 10 anos

FIC, Cor, 2k, 95’, SP, 2019 Classificação Indicativa: 12 anos

Allan Deberton

Direção de Produção: Clara Bastos e César Teixeira Produção Executiva: Allan Deberton e Ariadne Mazzetti Roteiro: Allan Deberton, André Araújo, Natália Maia e Samuel Brasileiro Direção de Arte: Rodrigo Frota Fotografia: Beto Martins Montagem: Joana Collier Som: Márcio Câmara Edição de Som: Cauê Custódio e Rodrigo Ferrante Trilha Sonora: Fred Silveira Elenco: Marcélia Cartaxo, João Miguel, Soia Lira, Zezita Matos, Samya de Lavor, Edneia Tutti Quinto, Rodger Rogério e Débora Ingrid Filmografia do Diretor: Doce de Coco (2010); O Melhor Amigo (2013); Os Olhos de Arthur (2016); Baião de Dois (2018) Sinopse: Pacarrete é uma bailarina idosa, considerada louca, que vive em Russas, uma cidade do interior. Na véspera da festa de 200 anos da cidade, ela decide fazer uma apresentação de dança, como presente, “para o povo”. Mas parece que as pessoas não se importam...

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Diego da Costa

Direção de Produção: Well Darwin Produção Executiva: Rodrigo da Costa, Well Darwin e Diego da Costa Roteiro: Vinicius Cabral, Vitor Drumond e Gabriela Gois Direção de Arte: Patrícia Passos Fotografia: Giovanna Pezzo Montagem: Sergio Gag Som: Carolina Barranco e Rafael Alves Ribeiro Edição de Som: Eduardo Barbosa e Fernando Ianni Trilha Sonora: RBS, Rincon Sapiência, Libaldo Mantovani Neto e Leonardo de Sá Elenco: Lucélia Santos, Rincon Sapiência, Kelson Succi, Fran Santos, Juliana Gerais, Paulo Pinheiro, Érica Ribeiro, Rafael Imbroisi, Dagoberto Feliz, Lucélia Sérgio, Vilma Melo, Everson Anderson, Leonardo de Sá, Jady Maria Bandeira, Felipe Marinho, Renata Jesion, Igor Veloso, Fabricio Zava, Melina Marchetti, Cleyton Nascimento, Mona Rikumbi, Bárbara Arakaki, Victória Ferreira, Juracy de Oliveira, Nadja Kouchi, Ligia Yamaguti, Matheus Prestes, Bia Paganini, Alexandre Correia, Bianca Cristina e Daniel Arcanjo. Filmografia do Diretor: Os Caubóis do Apocalipse (2018) Sinopse: Sofia tem um objetivo muito claro: passar no vestibular, achar um emprego e sair de casa. Porém, quando a escola onde estuda é ocupada pelos seus amigos e colegas de classe, ela se vê em um dilema entre continuar estudando sozinha ou compartilhar seu conhecimento na transformação da escola.


9ª Mostra Quatro Estações

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Megazord

Investigando traços específicos do imaginário Investigando traços específicos do imaginário LGBLGBTQI+, os filmes que compõem a 9ª Mostra TQI+, os filmes que compõem a 9ª Mostra Quatro Quatro Estações para mostrar a nova liberdade Estações vêm paravêm mostrar a nova liberdade que os que os realizadores adquiriram nesses novos tempos: realizadores adquiriram nesses novos tempos: filmes filmes mais íntimos e pessoais, repletos de olhares mais íntimos e pessoais, repletos de olhares e jogose jogos táteis, distanciando-se do melodrama e dos rótáteis, distanciando-se do melodrama e dos rótulos tulos fáceis, atendendo às especificidades de cada fáceis, atendendo às especificidades de cada umauma das das letras que compõem a sigla. Podemos imaginar letras que compõem a sigla. Podemos imaginar esta esta temporada como a junção partesde deum um corpo corpo temporada como a junção dedepartes complexo, uma espécie de Megazord se unindo para, complexo, uma espécie de Megazord se unindo para, no final, final, destruir destruir o(s) monstro(s) –– ou seja, as as inúmeinúmeno o(s) monstro(s) ou seja, ras estratégias e ameaças que a heteronormatividade ras estratégias e ameaças que a heteronormatividade lança lança mão mão para para tentar tentar controlar controlaros oscorpos corposeedesejos. desejos. A A cabeça cabeça seria seria Reforma, Reforma, de de Fábio Fábio Leal. Leal. Uma Uma mente mente bastante inquieta, bastante inquieta, lutando lutando para para superar superar aa insatisfainsatisfação ção com com o o próprio próprio corpo corpo gordo/urso, gordo/urso, ee reconhecer reconhecer que dele recebe inúmeros que dele recebe inúmeros prazeres prazeres –– aceitar aceitar ee enentender tender o o próprio próprio corpo corpo éé o o primeiro primeiro passo passo para para se se libertar, ainda ainda mais mais num num mundo mundo que que continua continua vendo vendo libertar, problemas problemas em em existir existir um um amor amor diferente diferente em em corpos corpos fora dos padrões estabelecidos. Os braços fora dos padrões estabelecidos. Os braços fortes fortes do do Vigia Vigia (João (João Victor Victor Borges) Borges) carregam carregam uma uma históhistória de de opostos: opostos: com com um um deles deles consegue consegue erguer erguer aa didiria fícil vida de um homem negro e periférico e com fícil vida de um homem negro e periférico e com o o outro outro tenta tenta segurar segurar aa energia energia transgressora transgressora de de uma uma “poc” “poc” afeminada. afeminada. Quando Quando esses esses braços braços se se cruzam, cruzam, formam uma uma enorme enorme explosão explosão colorida. colorida. formam As mãos,delicadas, delicadas, por da conta da As mãos, ficamficam por conta SuperSuperpoderosa Mathilda, drag capixaba que abre poderosa Mathilda, drag capixaba que abre seu

seu coração sobre a artedodotransformismo transformismo em em um um coração sobre a arte momento bem íntimo, à medida que partilha conosco momento bem íntimo, à medida que partilha conosco diária remodelagem remodelagem do do próprio próprio corpo corpo drag. drag. Nosso Nosso aa diária coração é um coração que bate diferente depois coração é um coração que bate diferente depois de de uma uma renovação: renovação: aa protagonista protagonista de de Selma Selma Depois Depois da da Chuva Chuva precisa precisa criar criar um um novo novo vínculo vínculo com com sua sua mãe, que que agora agora requer requer seus seus cuidados cuidados àà medida medida mãe, que que avançam avançam os os efeitos efeitos do do Alzheimer Alzheimer –– conferindo conferindo novas reflexões às relações novas reflexões às relações familiares familiares envolvendo envolvendo pessoas pessoas trans. trans. Peixe Peixe (Yasmin (Yasmin Guimarães), Guimarães), são são os os dedos habilidosos, habilidosos, que que rompem rompem amarras amarras ee nos nos dedos rendem rendem com com o o toque, toque, mas mas também também são são aa boca boca que não se cala diante do que a ameaça, que não se cala diante do que a ameaça, ao ao mesmo mesmo tempo tempo que que percorre percorre o o corpo, corpo, sedutora, sedutora, ativando ativando afetos ee desejos, desejos, desreprimindo desreprimindo corpos corpos ee mentes, mentes, afetos mostrando a verdadeira força da mulher sapatona, mostrando a verdadeira força da mulher sapatona, especialmente especialmente na na catarse catarse de de seu seu canto canto final. final. A A arma, arma, poderosa poderosa ee cheia cheia de de lasers, lasers, éé Tea Tea for for Two. Two. Dirigido por Dirigido por Julia Julia Katherine, Katherine, o o curta curta fala fala de de amor amor ee sororidade, sororidade, aproximando aproximando uma uma mulher mulher trans trans ee uma uma lésbica, e nos lembrando o quão próximas lésbica, e nos lembrando o quão próximas são são (ou (ou pelo pelo menos menos deveriam deveriam ser) ser) as as letras letras da da nossa nossa sigla, sigla, uma união união capaz capaz de de derrotar derrotar qualquer qualquer adversidade adversidade uma ee normatização que tentam nos impor – normatização que tentam nos impor – afinal, afinal, as as vividas LGBTQI+ jamais cabem nos limites de qualquer das LGBTQI+ jamais cabem nos limites de qualquer caixinha, caixinha, elas elas sempre sempre transbordam, transbordam, nos nos levam levam além. além. E, respeitando respeitando as as diferenças diferenças entre entre nós, nós, podemos podemos ir ir E, muito além, podemos também ser superpoderosos. muito além, podemos também ser superpoderosos. WaldirSegundo, Segundo,curador curador Waldir

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PEIXE

REFORMA

FIC, Cor, HDV, 17’, MG, 2019 Classificação Indicativa: 14 anos

FIC, Cor, 2k, 15’, PE, 2018 Classificação Indicativa: 18 anos

Yasmin Guimarães

Direção de Produção: Luiz Malta Produção Executiva e Roteiro: Gabriel Quintão e Yasmin Guimarães Direção de Arte: Bruna Maynart, Gabriela Rezende e Lorena Maruch Fotografia: Lorena Cardoso Montagem: Gabriel Quintão, Juliana Antunes e Yasmin Guimarães Som: Marina Meira e João Tito Edição de Som: Yara Torres e Pedro Durães Elenco: Camila Botelho e Leonardo Branco Sinopse: Marina é uma jovem mulher que trabalha em Belo Horizonte realizando entregas com a sua bicicleta.

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Fábio Leal

Direção de Produção: Henrique Lapa Produção Executiva: Dora Amorim e Thaís Vidal Roteiro: Fábio Leal Direção de Arte: André Antônio Fotografia: Maíra Iabrudi Montagem: Quentin Delaroche Som: Lucas Caminha e Rafael Travassos Edição de Som: Nicolau Domingues Elenco: Fábio Leal, Mariah Teixeira e Paulo César Freire Filmografia do Diretor: O Porteiro do Dia (2016) Sinopse: Saindo com um rapaz diferente a cada dia, Francisco revela à amiga Flávia que está insatisfeito com seu corpo gordo. Ela o ouve, mas tem dificuldade para entender a dimensão do problema do amigo.


SELMA DEPOIS DA CHUVA

SUPERPODEROSA MATHILDA

FIC, P&B, 2k, 12’, SC, 2019 Classificação Indicativa: 12 anos

DOC, Cor, HDV, 21’, ES, 2018 Classificação Indicativa: 14 anos

Loli Menezes

Direção de Produção: Ana Paula Mendes Produção Executiva: Loli Menezes e Ana Paula Mendes Roteiro: Renato Turnes Direção de Arte: Loli Menezes e Maria Fernanda Bin Fotografia: Kike Kreuger Montagem: Cintia Bittar Som: Ju Baratieri Edição de Som: Mateus Bittencourt Trilha Sonora: Vanusa Elenco: Amélia Bittencourt e Selma Light Filmografia da Diretora: Ocorredor (2002); Codinome Shirley (2004); Orientame (2005); Isto Não é um Filme (2006); Encontros (2007); G (2008); Histórias de Cinema (2008); Ilha 70 (2009); Meu Tio Tommy – O Homem que Fundou a Newsweek (2019)

João Giry

Direção de Produção, Roteiro, Montagem, Som, Edição de Som e Trilha Sonora: João Giry Direção de Arte: Laíza Saitt e Caio da Rocha Fotografia: Marcelo Gomes Elenco: Wallace Breciani Filmografia do Diretor: Vai Chorar, Mineiro! (2008); Volta com a Gabi (2017); Invento Rap (2018) Sinopse: O artista Wallace Breciani mostra alguns dos momentos importantes no processo de criação de sua obra. Enquanto cria sua personagem, Mathilda, ele compartilha motivos pessoais que o levaram a abraçar a arte de se montar e como isso tornou-se parte de sua identidade.

Sinopse: Selma é uma mulher trans que construiu sua vida afastada da família. Um dia ela recebe um chamado para ir ao encontro de sua mãe idosa, que sofre de Alzheimer e precisa de tratamento. Nesse encontro, perdidas entre memórias confusas, as duas mulheres lembram dores e desejos esquecidos, e revisitam culpas e afetos perdidos.

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TEA FOR TWO

VIGIA

FIC, Cor, 2k, 25’, SP, 2018 Classificação Indicativa: 12 anos

FIC, Cor, 2k, 22’, RJ, 2018 Classificação Indicativa: 14 anos

Julia Katharine

Direção de Produção e Produção Executiva: Lara Lima e Laila Pas Roteiro: Julia Katharine Direção de Arte: João Marcos de Almeida Fotografia: Cris Lyra Montagem: Beatriz Pomar Som: Vanessa Silva Edição de Som: Marilia Mencucini e Mariana Vieira Trilha Sonora: Adriana Davi Elenco: Gilda Nomacce, Amanda Lyra, Julia Katharine, Carlos Eduardo Valente e Lui Seixas Sinopse: Silvia é uma cineasta de meia idade em crise com sua vida. Na mesma noite em que é surpreendida pela visita da ex-esposa, que a largou há alguns anos, conhece outra mulher que a fascina.

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João Victor Borges

Direção de Produção, Produção Executiva e Montagem: Will Domingos Roteiro: João Victor Borges Direção de Arte: Lua Guerreiro Fotografia: Ana Galizia Som: Karen Suzane Edição de Som: Tomaz Griva Viterbo Elenco: Alexandre Amador, Artur Maia, Érida Castello Branco, Lucas Inácio Nascimento, Raul Franco e Celino Dutra Sinopse: Num grande supermercado, Magno vigia meninos de mochila nos corredores, enquanto a madrugada se arrasta lentamente para Bismarck, o caixa.


8ª Mostra Foco Capixaba

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Reconstrução Mono mono mono mono mono Particularmente, um desafio uma Particularmente, ééum desafio falarfalar sobresobre uma mosmostra dedicada às obras audiovisuais produzidas tra dedicada às obras audiovisuais produzidas aqui aqui no Estado, pois tanto com tanto dededicado vida deno Estado, pois com tempotempo de vida dicado à realização, se eu estivesse à realização, é comoésecomo eu estivesse falando falando de mim de mim Já mesma. Já via nossa produção como pomesma. via nossa produção como potente, retente, crítica, mas os filmes este inscritos sistenteresistente e crítica, emas os filmes inscritos ano este ano reforçaram em mim este entendimento. reforçaram em mim este entendimento. A 8ª 8ª Mostra Mostra Foco Foco Capixaba Capixabaapresenta, apresenta,mais mais uma vez, a diversidade diversidade da daprodução produçãodo doEstado. Estado.Embora Embora diversa, meio a tantos estilos e narrativas, diversa, emem meio a tantos estilos e narrativas, ararrisco dizerque queencontro encontro como como uma uma linha risco dizer linha dorsal um tecido de crítica social que se apresenta com variadas modulações em em cada cada um dos seis títulos variadas modulações que compõem a Mostra. Restou evidente que os realizadores e as realizadoras, afetados afetados pelo pelo processo político atual brasileiro, buscaram costurar com sensibilidade dia aa dia diade denossa nossasociedade. sociedade. sensibilidade oo dia

Já Secreto(Shay (ShayPeled) Peled) parte parte da da história história Já Jardim Jardim Secreto do outro para tecer uma uma crítica, trazendo a vida vida de um comerciante do centro da da cidade, cidade, que se apropria esquinas de apropria de uma das esquinas de seu seu bairro, como extensão sua casa extensão de sua casa e que é impedido de fazê-lo. Intolerância falta de comunicação, que também também Intolerância ee falta é trabalhada (Yolanda trabalhada em em Pescadores Pescadores Urbanos Urbanos (Yolanda Faustini), público as várias facetas Faustini), que queapresenta apresentaaoao público as várias fade uma que parecem não se tocar. Mostra cetas decidade uma cidade que parecem não seAtocar. A traz, assim, necessários e que, emeconjunto, Mostra traz,filmes assim, filmes necessários que, em apresentam faces de uma sociedade em necessária conjunto, apresentam faces de uma sociedade em reconstrução. necessária reconstrução. Úrsula Dart, curadora Ursula Dart, curadora

Se Minhas Guilherme da Conceição), MinhasMães Mães(Gustavo (Gustavo Guilherme da Conceicom de família, constrói uma crítica ção), imagens com imagens de família, constrói uma críticaà situação seus filhos à situaçãodedetantas tantasmulheres mulheresque quecriam criam seus filhosà margem VóVó (André à margemdodoolhar olhardadasociedade, sociedade,Casa Casadede (AnEhrlich Lucas) parte também dré Ehrlich Lucas) parte tambémdedeuma uma situação familiar para para explorar explorar relações construídas entre pessoas de classes sociais e econômicas econômicas distintas. distintas. Ainda sobre o trilho da crítica crítica social, social, temos temos Guri Guri (Adriano Monteiro) Monteiro) eePráticas Práticas do do Absurdo Absurdo (Alexander S. Buck), Buck), que que acertam acertam aa mão mão quando quando abusam da daironia ironiapara pararealçar realçar o racismo incrustado o racismo incrustado em em nossa sociedade. nossa sociedade.

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CASA DE VÓ

GURI

FIC, Cor, 2k, 16’, ES, 2019 Classificação Indicativa: 16 anos

FIC, Cor, 2k, 12’, ES, 2019 Classificação Indicativa: Livre

André Ehrlich Lucas

Direção de Produção: Lívia Pegneau Produção Executiva, Roteiro e Montagem: André Ehrlich Lucas Direção de Arte: Joyce Castello Fotografia: William Sossai e AIP Som: Greco Nogueira Edição de Som: Audiorama Trilha Sonora: Rodrigo Marçal Elenco: Maria Aidê Malanquini, Fagner Soares e Davi Pontes Sant’ana Filmografia do Diretor: Espírito Santo Futebol Clube (2012); Alguns Tritões (2015) Sinopse: Meu filho vem com o garotinho dele passar uns dias aqui, e eu tô precisando de uma menina que goste de criança que trate bem ele e que possa tomar conta dele.

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Adriano Monteiro

Direção de Produção e Produção Executiva: Daiana Rocha Roteiro: Adriano Monteiro Direção de Arte: Castiel Vitorino Brasileiro Fotografia: Francisco Xavier Montagem: Alexander S. Buck Som: Natália Dornelas Edição de Som e Trilha Sonora: Greco Nogueira Elenco: Wesley Silva, Rejane Faria, Joaquim Marques Rosa de Novais, Kauã Golfeto Escodino, Marina Maciel Vargas, Lucas Ricardo Assunção Rangel, Assíria Vitória Fernandes Silva, Markus Konká, Margareth Galvão e Leonardo Patrocínio Filmografia do Diretor: Candomblés: Fé e Axé (2018) Sinopse: Victor é um menino de 12 anos que sonha em vencer um campeonato de Bolinha de Gude do seu bairro.


JARDIM SECRETO

MINHAS MÃES

DOC, Cor, HDTV, 19’, ES, 2018 Classificação Indicativa: 16 anos

DOC, Cor, HDTV, 10’, ES, 2018 Classificação Indicativa: Livre

Shay Peled

Direção de Produção, Produção Executiva, Roteiro e Montagem: Shay Peled Fotografia: Luiza Grillo Som: Natália Dornelas Edição de Som: Hugo Reis Trilha Sonora: Sann Gusmão Elenco: Eugênio Martini Filmografia da Diretora: Ociosa (2016); À Tua Sombra (2017); Refúgio (2018) Sinopse: O filme segue a vida de Eugênio Martini, comerciante do centro de Vitória, que ao longo dos anos instalou em volta da sua loja e nas redondezas do bairro, mais de 100 câmeras de vigilância.

Gustavo Guilherme da Conceição Produção Executiva, Roteiro, Direção de Arte e Edição de Som: Gustavo Guilherme da Conceição Fotografia: Eriton Ribeiro Montagem: Luciana Gb Som: Juliana Saiter Elenco: Fátima da Conceição, Laurenita Guilherme, Rosana Conceição Coutinho, Rossana da Conceição Gerhardt e Rosimere da Conceição Sinopse: Um filme sobre ausências e silêncios, mas também sobre reencontros e reconciliações.

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PESCADORES URBANOS

PRÁTICAS DO ABSURDO

DOC, Cor, HDTV, 15’, ES, 2018 Classificação Indicativa: Livre

FIC, Cor, 2k, 16’, ES, 2019 Classificação Indicativa: 16 anos

Yolanda Faustini

Direção de Produção: Bárbara Ribeiro Roteiro: Yolanda Faustini Fotografia: Bárbara Ribeiro Montagem: Bárbara Ribeiro, Gabriel Lavinsky e Yolanda Faustini Som: Gabriel Lavinsky Sinopse: Ensaio documental sobre pescadores urbanos que resistem e mantêm a tradição pesqueira em meio à metrópole de Vitória.

Alexander S. Buck

Direção de Produção: Eder Formigoni Produção Executiva: Magno Santos Roteiro e Montagem: Alexander S. Buck Direção de arte: Syã Fonseca Fotografia: Letícia Tambucci Som: Greco Nogueira Edição de Som e Mixagem: Leo Molini Trilha sonora: Fepaschoal Efeitos Especiais Práticos: Rodrigo Aragão Efeitos Visuais: André Rios Elenco: Carlos Rosado, Sandra Chagas, Markus Konká, Silmer Gonçalves, Welington Lucas, Vivian da Cunha, Edson Ferreira, Billih Bantu Soluelo Filmografia do Diretor: Jeitinho Brasileiro (2010); Eu, Zumbi – Coisas de Bar ou Passa a Régua e Traz a Conta (2011); A Fantástica Vida de Baffus Bagus Bagarius (2012); Carmina (2013); Monstrólogo (2015); Plantadores de Água (2015); Repolho (2015); Devaneio – André Prando (2016); HIC (2017) Sinopse: Cinco personagens vivenciam fenômenos que alteram a realidade de forma absurda e inesperada. Um experimento cinematográfico que busca desafiar a lógica, o senso comum e até a gravidade. Os protagonistas descobrirão que nem sempre serão compreendidos diante dos eventos repentinos que mudaram suas vidas, e que as reações das pessoas ao redor podem ser igualmente absurdas. Ou até piores.

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8ª Mostra Corsária

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Distopias, Fábulas e Experiências Táteis Em sua oitava edição, a Mostra Corsária segue em sua missão de apontar as principais linhas de força das vertentes do audiovisual nacional mais afeitas ao risco e à experimentação – um cinema de arestas proeminentes e provocativas. Assim como muitos dos cineastas que estiveram presentes nas primeiras edições da Corsária hoje estão na linha de frente do longa-metragem brasileiro mais ousado e inventivo, de forte entrada no circuito internacional, acreditamos que a tradição da mostra é apontar para o futuro do nosso cinema, a partir do afiado gume estético e político de seus filmes. Este ano, impressiona o fato de que mais da metade das 13 obras selecionadas faça uso da ficção científica (esse gênero de pouca tradição em nossa filmografia) ou pelo menos de narrativas distópicas para lançar olhares provocativos às questões urgentes do presente. Há diversas apropriações do gênero, desde a crítica, em Unreal, à virtualidade cosmética com que se elogia a desenfreada avatarização dos indivíduos nos dias de hoje, ao tom farsesco e demolidor com que as falhas do serviço de teletransporte e viagem no tempo, em Plano Controle, rearticulam os sonhos e desilusões políticas brasileiras das últimas décadas. Este filme, aliás, é representante de uma vertente que tem ganhado espaço no curta-metragem brasileiro dos últimos anos: um tipo de sci-fi distópico que aposta no

precário, não somente como condição sine qua non da experiência periférica, mas também como potente arma para questionar as contradições, opressões e abismos sociais já há muito naturalizados em nossa sociedade. Esse é um espírito partilhado por outros dois filmes desta seleção, que inclusive fazem da precariedade a força motriz para que sujeitos usualmente oprimidos possam tomar o espaço urbano pelas bordas e resistir: Cartuchos de Super Nintendo em Anéis de Saturno, com sua potente crítica ao racismo estrutural, e Espavento, cuja protagonista e seus amigos buscam, subterraneamente, minar a hegemonia poluente da grande corporação que transformou a cidade num monstro – não à toa, a letra de “Moça”, canção de Evinha que a personagem escuta no fone de ouvido, descreve com exatidão poética suas motivações: “Seu sonho é passo em falso/ (...) /é como as flores que há debaixo do asfalto”. A poluição também é uma preocupação em Escafandro, que oferece uma relação mais háptica (tátil) com o mundo, aposta que também ecoa em Seiva, que equilibra sua protagonista na tensão entre ser parte da paisagem por nós observada, e poder observá-la. A Profundidade da Areia, filme de êxodo, também aposta no háptico, como na sua sequência inicial ou na cena do espelho, e essa imagem que roça a pele do


espectador parece irradiar suas propriedades táteis nas cenas seguintes, fazendo ecoar em nós a sensação da areia que nunca sai do corpo ou do sol que continua a ofuscar a visão, mesmo estando fora de quadro. A corporeidade ressurge de outras formas em Chiclete (um dos raros filmes da seleção a apostar num final utópico): há toda uma coreografia dos corpos, tanto no permanente ato de se mastigar quanto na constatação da iminente proximidade da febre, que tanto temem os habitantes da ilha. Obeso Mórbido faz transbordar a ansiedade e obsessão com o corpo ideal para além dos limites de seu protagonista, num potente híbrido entre real e ficcional, enquanto que Estranho Animal tem na metáfora seu ponto de partida para discutir ditadura e silenciamento. Já Teoria Sobre um Planeta Estranho aposta na psicodelia como chave (inclusive sensória, vide a cena do encontro com Deus) para discutir a irrealidade da perda da pessoa amada, além de um trabalho de montagem bastante complexo. É também sob a fricção de diversas camadas temporais que se estrutura o uso criativo do found footage de Sem Título #5: A Rotina Terá seu Enquanto, que parte de imagens do último filme de Yasujiro Ozu, para revelar outros sentidos na reorganização rítmica e semântica de imagens já tão canônicas para o público cinéfilo.

E, em meio a tantas possibilidades, Umas & Outras é um rico elogio à fabulação, seja pelo prazer de uma conversa no terraço, seja pela contação de causos, que logo em seguida tornamse delírios oníricos dos personagens, ou ainda pelos desdobramentos metalinguísticos e citações intertextuais – como uma partida de futebol com bola de fogo, que tanto remete ao cinema de Apichatpong Weerasethakul, quanto a um popular meme surgido de um vídeo amador, ao mesmo tempo que se encaixa com total naturalidade no universo proposto pelo curta de Samuel Lobo.

Erly Vieira Jr, curador

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A PROFUNDIDADE DA AREIA Hugo Reis

FIC, Cor, 2k, 17’, ES, 2019 Classificação Indicativa: Livre

Direção de Produção: Maria Grijó Simonetti Produção Executiva: Vitor Graize Roteiro e Edição de Som: Hugo Reis Fotografia: Igor Pontini Montagem: Natália Dornelas Som: Matheus Noronha Elenco: Afari, Erick dos Santos Gomes, Jonathan Araújo, Rodrigo Jesus, Yann Araújo, Yasmin Ferreira e Ysaque Ferreira Sinopse: Num tempo impreciso, uma caminhada contínua e uma ameaça constante. Vestígios na areia revelam memórias que eles parecem desconhecer, mas não totalmente.

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SEM TÍTULO # 5 : A ROTINA TERÁ SEU ENQUANTO Carlos Adriano

EXP, Cor, 2k, 10’, SP, 2019 Classificação Indicativa: Livre

Direção de Produção, Produção Executiva, Roteiro, Direção de Arte, Fotografia, Montagem, Som, Edição de Som, Trilha Sonora e Animação: Carlos Adriano Elenco: Yasujiro Ozu, Eduardo Hideaki Yanaguihara, Chishu Ryu, Shima Iwashita, Keiji Sada e Mariko Okada Filmografia do Diretor: Suspens (1989); A Luz das Palavras (1992); Remanescências (1997); A Voz e o Vazio: a Vez de Vassourinha (1998); Um Caffé com o Miécio (2003); Militância (2002); O Papa da Pulp: R. F. Lucchetti (2002); Das Ruínas à Rexistência (2007); Porviroscópio (2006); Santoscópio = Dumontagem (2009); Santos Dumont Pré-Cineasta? (2010); Sem Título # 1: Dance of Leitfossil (2014); Sem Título # 2: La Mer Larme (2015); Sem Título # 3: E para que Poetas em Tempo de Pobreza? (2016); Festejo Muito Pessoal (2016); Sem Título # 4: Apesar dos Pesares, na Chuva Há de Cantares (2018) Sinopse: Um duplo tributo amoroso: ao último filme do diretor japonês Yasujiro Ozu (1903-1963) – “A Rotina Tem Seu Encanto” (“Sanma no Aji”, 1962) – e a um sol nascente que pintou em meu horizonte (2018). Um cinepoema de reapropriação de arquivo. Um found footage haikai. O filme é composto de materiais reciclados de “Sanma no Aji” e de imagens da filmagem, e também da filmagem original rodada em 2018 durante uma viagem de trem entre Ouro Preto e Mariana e durante um sol nascente em Salvador.


CARTUCHOS DE SUPER NINTENDO EM ANÉIS DE SATURNO

CHICLETE

Philippe Noguchi

Leon Reis

FIC, Cor, 2k, 19’, RJ, 2019 Classificação Indicativa: 16 anos

Direção de Produção: Elvio Franklin e Samara Cabral Produção Executiva: Elvio Franklin Roteiro: Leon Reis Direção de Arte: Paolla Martins e Lidia dos Anjos Fotografia: Rodrigo Ferreira e Darwin Marinho Montagem: Clébson Oscar Som: Tatiana Ferreira e Marcelo Júnior Edição de Som: Mike Dutra Trilha Sonora: Íron Cauan, Diego Fidelis, Gustavo Carvalho, Mike Dutra e Leon Reis Elenco: Felipe Oliveira, Lucas Limeira e Polly Di

Direção de Produção: Guilherme Meirelles Produção Executiva: Philippe Noguchi, Bernardo Portella e Elizabeth Maldonado Roteiro: Philippe Noguchi e Sofia Maria Direção de Arte: Betina Monte-Mór Fotografia: Daniel Venosa Montagem: Philippe Noguchi Som: Akira Band e Bernardo Massot Edição de Som: Bernardo Massot Trilha Sonora: Bernardo Massot, Nixon Silva, Jayme Monsanto, J.Mig e RÁAE Elenco: Olivia Torres, Pedro Nercessian, Indira Nascimento, Mariah de Moraes e Miwa Yanagizawa Filmografia do Diretor: La Duda (2015)

FIC, Cor, HDTV, 20’, CE, 2018 Classificação Indicativa: 10 anos

Sinopse: Diante da dor, solidão e desespero, um homem negro assopra um cartucho de Super Nintendo em uma encruzilhada.

Sinopse: Irene é uma das exiladas de uma ilha distópica povoada por jovens de curiosos hábitos alimentares, cuja única conexão com o mundo lá fora é um barco de suprimentos. Um evento inesperado a coloca no centro de uma estranha catarse coletiva no até então pacato mercadinho da vila.

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ESCAFANDRO

ESPAVENTO

EXP, Cor, HDV, 14’, CE, 2018 Classificação Indicativa: Livre

FIC, Cor, HDTV, 23’, CE, 2019 Classificação Indicativa: 14 anos

Carolena de Morais

Direção de Produção e Produção Executiva: Lays Antunes Roteiro: Lays Antunes e Carolena Morais Direção de Arte: Marcelo do Sol Santiago e Carolena Morais Fotografia: Wanessa Malta Montagem: Victor Furtado Som: Marco Rudolf Edição de Som e Trilha Sonora: Eric Barbosa Elenco: Victor McDowell, Aline Silva e Alexis Rommel Sinopse: Um apanhador de lixo que se depara com a inutilidade de seu ofício ao sentir que o lixo da cidade só aumenta e ele nada pode fazer. Agoniado por um presságio, ele decide agir.

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Ana Francelino

Direção de Produção: Clara Capelo Produção Executiva: Samara Cabral Roteiro: Ana Francelino e Clara Capelo Direção de Arte: Daniela Costa e Eduardo Barrosa Fotografia: Gabi Trindade e Luciana Rodrigues Efeitos Visuais e Coloração: Darwin Marinho Figurino: Arara e Paulo Victor Maquiagem: Monstra e Helen de Sá Montagem: Clébson Oscar Edição de Som: Mike Dutra Som Direto: Tatiana Ferreira Trilha Sonora: Evinha e Banda Missiane Elenco: Mara Rachel Oliveira, Lidia dos Anjos, Tupini, Patrícia Maria e Fernando Diego Sioli Sinopse: Em um futuro qualquer, a cidade de Fortaleza sofre a contaminação de uma patologia causada pela poluição das construções civis. A luta e as ações contra a principal empresa imobiliária são os motivos que levam Enya a resistir. Resistir como quem deseja.


ESTRANHO ANIMAL

OBESO MÓRBIDO

EXP, Cor, 2k, 5’, MG/DF, 2019 Classificação Indicativa: 14 anos

EXP, Cor, 2k, 14’, AM, 2018 Classificação Indicativa: Livre

Arthur B. Senra

Direção de Produção, Produção Executiva, Direção de Arte, Montagem: Arthur B. Senra Roteiro: Arthur B. Senra e Paulo Vilara Fotografia: Alex Budovsky, Arthur B. Senra, Cris Ventura, Guto Borges, Joacelio Batista, Marisa Merlo, Pedro Paulo Rocha, Saulo Salomão e Sávio Leite Som e Edição de Som: Thiago Guedes Trilha Sonora: Thiago Guedes e Tiago Salgado Animação: Arthur B. Senra, Diego Akel, Jackson Abacatu Elenco: Alessandra Carneiro de Mendonça e Ricardo Righi Filmografia do Diretor: Eletronic Brightness Systems (2007); Cabezas Desconocidas (2009); Marcatti (2015); Curta Memória (2016) Sinopse: Estranho animal a ditadura: homens sem asas, pássaros sem pés.

Diego Bauer e Ricardo Manjaro Direção de Produção: Tercio Silva Produção Executiva: Artrupe Produções e Duplofilme Roteiro: Diego Bauer e Ricardo Manjaro Direção de Arte: Francisco Ricardo Fotografia: Jimmy Christian Montagem: Eduardo Resing Som: Heverson Batista Edição de Som: Lucas Coelho Elenco: Diego Bauer, Victória Muller e Wallace Abreu Filmografia dos Diretores: A Última no Tambor (2012); O Necromante (2012); O Tempo Passa (2014); O Que Não Te Disse (2014); Chama o Cara de Índio (2016); Morcego de Rua (2016) Sinopse: Diego é um ator que era obeso e emagreceu 43 quilos em dois anos. Ele precisa lidar com as inseguranças e possibilidades que esse novo corpo representa.

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PLANO CONTROLE

SEIVA

FIC, Cor, 4k, 16’, MG, 2018 Classificação Indicativa: 14 anos

FIC, Cor, HDV, 8’, PB, 2019 Classificação Indicativa: Livre

Juliana Antunes

Direção de Produção: Marcella Jaques e Camila Bahia Produção Executiva: Marcella Jaques Roteiro: Juliana Antunes Direção de Arte: Dayse Barreto Fotografia: Alice Andrade Drummond Montagem: Gabriel Martins e Luisa Lanna Som: Julio Cruz e Vitor Brandão Edição de Som: Pedro Durães Elenco: Marcela Santos e Uirá dos Reis Filmografia da Diretora: Baronesa (2017) Sinopse: O ano é 2016. Um golpe político da direita derruba a primeira mulher eleita presidente no Brasil. Nesse contexto político distópico, Marcela usa o serviço de teletransporte de seu celular para deixar o país, mas seu plano é controle.

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Ramon Batista

Direção de Produção, Produção Executiva, Roteiro e Direção de Arte: Ramon Batista Fotografia: Breno César Montagem e Edição de Som: Kennel Rógis Som: Guilherme Schmitt Elenco: Maria Aparecida Ramon Batista, Vitor Lima e Matheus Alves Filmografia do Diretor: Fogo-Pagou (2012); Capela (2014); Aroeira (2016) Sinopse: Entre a contemplação e o alerta para trazer luz à seiva essencial da vida, a água. Recurso finito e fundamental.


TEORIA SOBRE UM PLANETA ESTRANHO Marco Antônio Pereira

FIC, Cor, HDTV, 15’, MG, 2019 Classificação Indicativa: Livre

Direção de Produção: Ariane Rocha Produção Executiva: Felipe Pimenta Roteiro, Fotografia e Montagem: Marco Antônio Pereira Elenco: Gerson Marques e Larissa Bocchino Filmografia do Diretor: A Retirada (2017); Alma Bandida (2018) Sinopse: Uma jovem com deficiência auditiva está apaixonada pelo jovem frentista do posto de gasolina de Cordisburgo. Os familiares da moça não querem que ela se case, mas só ele consegue acessar o mundo ao qual ela pertence.

UMAS & OUTRAS Samuel Lobo

FIC, Cor, 2k, 20’, RJ, 2018 Classificação Indicativa: 12 anos

Direção de Produção e Produção Executiva: Sabrina Bitencourt Roteiro: Samuel Lobo Direção de Arte: Daniela Nigro Fotografia: Diego Amorim e Guilherme Tostes Montagem: Diego Amorim e Samuel Lobo Som: Anne Santos Edição de Som: Etienne Chambole Elenco: Pamella Magno, Rafael Ricardo, Rodrigo de Janeiro, Fernando Magno, Augusto Magno e Igor Cabral Filmografia do Diretor: Noite Escura de São Nunca (2015); O Olho do Cão (2017) Sinopse: Entre uma ideia e outra sempre tem alguma história.

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UNREAL

Luiz Will Gama

EXP, P&B, HDTV, 14’59”, ES, 2018 Classificação Indicativa: Livre

Direção de Produção: Raissa F.G. Produção Executiva, Roteiro, Fotografia, Montagem, Edição de Som, Animação: Luiz Will Gama Direção de Arte: Lília Portilho Trilha Sonora: Gimu Elenco: Alberto Contarato Filmografia do Diretor: Inhumane I (2018); Creative Labyrinth (2018); 3 Gotas (2019) Sinopse: Como seria se existisse um aplicativo capaz de alterar a realidade durante as capturas de fotos e vídeos para as redes sociais? O que você escolher alterar em sua realidade? A aparência, o local ou quem sabe o som ambiente? Mas como você saberia o que é real ou não? Quais seriam os impactos dessa falsa realidade?

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6ª Mostra Outros Olhares

eu vejo e não estou só...

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De Encontro ao Dissenso Mais do que uma janela de exibição para curtasmetragens que se lançam rumo às inventividades estético-narrativas, a 6ª Mostra Outros Olhares vai ao encontro do outro, das diferenças. Neste momento, de um Brasil polarizado, regido por discursos de ódio e pouquíssima tolerância, encontramos aqui um pequeno oásis da escuta. Do encanto por mundos distintos, discursos de frequências e tensões variadas, desencaixes e corpos livres ocupando e resistindo nosso país. O programa Narrativas é uma aposta em filmes que apresentam a pluralidade dos cotidianos desses muitos Brasis, que, por vezes, se tangenciam na dureza da realidade, ou dela extraem fissuras deliciosas. Eu, Minha Mãe e Wallace, segundo curta dos Irmãos Carvalho, premiado no 51º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e na Semana de Cinema (Semana dos Realizadores), e também presente no Soul in the Eye no Festival Internacional de Rotterdam, traz com precisão e sensibilidade a história por trás de uma fotografia, uma realidade que se repete na vida de muitas mulheres que sozinhas criam seus filhos. A tristeza do não-pertencimento flana pelos dias de um rapaz no curta A Rocha, e o documentário capixaba Os que Esperam também não facilita ao radiografar as dificuldades de outros tantos brasileiros que moram no interior e contam com transportes de esferas públicas para fazerem

tratamentos médicos nas capitais. Solidariedade, dor e esperança compartilhados nos relatos de pacientes, familiares e profissionais desse entorno. Como já adianta o título do filme, uma crueza aguda descortina o cotidiano de uma prostituta nos arredores de uma praça – vemos as várias violências sociais sofridas por essa mulher em Crua, e o cansaço que aos poucos a silencia. No filme Mesmo com Tanta Agonia acompanhamos a jornada em três atos distintos em um dia na vida de Maria - a precisão no ambiente de trabalho, seguindo apática pela cidade até a festa de aniversário da sua filha Júlia - num universo paralelo de luzes neon e música alta, ela comemora com amigas da sua idade, numa limusine que deriva pela cidade. Maria se une com ternura ao delírio das meninas que pedem likes aos seguidores imaginários daquela aventura. Conflitos familiares e o sobrenatural saltam entre três irmãos que passam um dia sem sua mãe em O Quadro. Com direção precisa e enredo potente, As Aulas que Matei comprova a tese de Mandela de que “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”. Os vários mundos. Encerramos com o capixaba Tomar o Tempo – Poesia Inútil, uma experimentação de rimas visuais e sonoras pela urbe. Em meio à nossa realidade distópica de mamadeiras de piroca e um medo descabido da “ideologia/doutrinação de gêneros”, o programa Afetos LGBT


vem leve e tenaz, dando visibilidade a outras construções familiares e narrativas que saem dos lugares-comuns sobre a cultura da diversidade. Deusa Olímpica abre a sessão lançando luz sobre Marcia Maia Mendonça, uma das maiores pintoras de arte sacra do mundo, uma mulher trans que viveu em Limoeiro (CE) na década de 1980 e foi cruelmente apagada na história da arte brasileira. O potiguar Em Reforma apresenta um outro modelo familiar não caracterizado pelo tripé Pai (homem), Mãe (mulher) e filhos, mas nem por isso menos amoroso e unido. Com habilidade narrativa, em Riscados pela Memória o passado invade o presente numa negociação por LPs usados, tirando do armário memórias há muito trancafiadas. O tempo e a maturidade são grandes aliados numa relação familiar estremecida, mudando o curso da História (com H maiúsculo) em Do Outro Lado, curta filmado em Taiwan. Mais uma vez o que entendemos por masculinidade e feminilidade caem por terra no road-movie Marie, durante uma viagem inusitada com dois amigos de infância que se reencontram depois de 15 anos. A música se fez presente ao longo de todo o processo de seleção da Mostra de Curtas, fosse através de videoclipes, ficções documentais, documentários sobre gêneros ou movimentos musicais.

No programa Musicalidades, compartilhamos experiências musicais como Quando as Pedras Dilatam, que desconstrói mitos e reconta a história de espaços públicos na cidade do Rio de Janeiro. Poesia Azeviche dá voz aos compositores e letristas dos tradicionais Blocos Afros Baianos, surgidos entre as décadas de 1970 e 1980, de relevância não só no âmbito musical, mas político identitário, especialmente na luta contra o racismo. O documental Diz que é Verdade acompanha a rotina de seus personagens, cujo arco dramático nos deleita com um dos maiores hits de karaokê, que dá título ao filme. Tetê mergulha no universo inventivo da cantora Tetê Espíndola, promessa musical dos anos 80, com uma narrativa construída através da justaposição de um vasto material de arquivo e conversas atuais com a artista, decodificando a pesquisa da sua obra: natureza e música.

Flavia Candida, curadora

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DIZ QUE É VERDADE

POESIA AZEVICHE

DOC, Cor, HDTV, 16’, MG, 2019 Classificação Indicativa: Livre

DOC, Cor, 2k, 20’, BA, 2018 Classificação Indicativa: Livre

Claryssa Almeida e Pedro Estrada Direção de Produção: Baju Fernandes Produção Executiva e Roteiro: Claryssa Almeida e Pedro Estrada Direção de Arte: Breno Henrique Fotografia: Diego Lucas Montagem: Victor Cruz Som: Bárbara Monteiro e João Pedro Rodrigues Edição de Som: Bárbara Monteiro, Diogo França e Nina Goulart Elenco: Alexandre Omar, Sue Tayne, Eliane Gonçalves, Firmino Omar e Letícia Omar Filmografia dos Diretores: PuPa (2012); Metanimu (2016); Quatro Paredes (2018); Carinho (2018); Estamos Sendo (2019) Sinopse: Alexandre e Suelen são pessoas anônimas que exercem suas atividades cotidianas de forma ordinária até se encontrarem em um videokê do baixo centro de Belo Horizonte, onde viverão o estrelato por uma noite.

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Ailton Pinheiro Junior

Direção de Produção: Cida Castro Produção Executiva e Roteiro: Ailton Pinheiro Junior Direção de Arte: Gabriel Machado Fotografia: Cassius Borges Montagem: Lucas Cerqueira Som e Edição de Som: Eduardo Joffly Ayrosa Trilha Sonora: Bira Reis Animação: Marcel Araujo Elenco: Compositor Adailton, Compositor Ademário, Bira Reis, Carlos Lima, Luis Felipe dos Santos, Mestre Jackson Bailarina, Nara Couto, Juraci Tavares e Banda Mirim do Olodum Filmografia do Diretor: Mbanza (Espaço de Resistência Negra no Centro de São Paulo) (2010); Cinestesia Central (2010); Bikudos (2011); Vovó Cici Vai ao Benim (2019) Sinopse: “Poesia Azeviche” é um documentário que conta, através das memórias dos compositores e letristas de destaque dos Blocos Afros Tradicionais da Bahia, da década de 1970 aos anos 1990, a importância histórica de suas canções para valorização da identidade negra e da luta contra o racismo na Bahia e no Brasil.


QUANDO AS PEDRAS DILATAM

TETÊ

FIC, Cor, 2k, 21’, RJ, 2019 Classificação Indicativa: 14 anos

DOC, Cor, HDTV, 25’, SP, 2018 Classificação Indicativa: 10 anos

Diego Amorim

Produção Executiva: Anele Rodrigues Roteiro: Diego Amorim Direção de Arte: Marcos Reis Fotografia: Guilherme Tostes Montagem: Vicente Oliveira e Diego Amorim Som: Anne Santos, Eduardo Falcão, Marcelo Palmeiras e Thiago Dideus Edição de Som: Hugo Rocha e Miguel Mermelstein Elenco: Dani Câmara, Isabel Abrantes e Henrique Patuá Direção de Produção: Rafael Andreoni Filmografia do Diretor: Farol (2013); Ocupa Câmara Rio (2014) Sinopse: Rita canta uma cidade de diferentes fachadas e esquinas. Diante da quantidade enorme de assassinatos no Rio de Janeiro, certos lugares revelam que o passado é um presente e os espaços emanam nossa história.

Clara Lazarim

Direção de Produção: André Cury, Clara Lazarim e Nayara Xavier Produção Executiva: Joel Yamaji Roteiro: Clara Lazarim e João Pedro Turri Direção de Arte: Felipe Lemos Fotografia: Gabrielle Criss e Natalia Belasalma Montagem: João Pedro Turri Som: João Pedro Bim e Clara Lazarim Edição de Som: Marilia Mencucini Trilha Sonora: Tetê Espíndola Animação: Maria Kauffmann e Renato Duque Filmografia da Diretora: Doc Minimus (2014); No Cinemão (2016); Batalha (2019) Sinopse: “Tetê” é um documentário que explora o universo da compositora, instrumentista e intérprete Tetê Espíndola, investigando seu trabalho de pesquisa criativa – em especial a forte ligação com a natureza como tema e fonte de inspiração.

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DEUSA OLÍMPICA

Emília Schramm, Jéssika Barbosa, Pedro Luis Viana, Rafael Brasileiro DOC, Cor, HDTV, 20’, CE, 2018 Classificação Indicativa: 12 anos

Direção de Produção, Produção Executiva, Roteiro, Direção de Arte, Fotografia, Montagem, Som e Edição de Som: Emília Schramm, Jéssika Barbosa, Pedro Luis Viana e Rafael Brasileiro Elenco: Lilu, Frei Moisés, Frei Domingos e Márcia Maia Mendonça Filmografia dos Diretores: Tarde à Noite (2017) Sinopse: Ao voltar para casa cheia de medalhas no colo do peito, Deusa teve sua cabeça guilhotinada. Hoje só resta o corpo detido e algumas medalhas pelo chão.

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DO OUTRO LADO

Bob Yang e Frederico Evaristo FIC, Cor, 2k, 14’, SP, 2018 Classificação Indicativa: Livre

Direção de Produção, Produção Executiva, Roteiro, Direção de Arte, Fotografia, Montagem e Som: Bob Yang e Frederico Evaristo Edição de Som: Rafael Gomes Trilha Sonora: Sebastian Gallardo Barton Elenco: Chang Hsi Oh Filmografia dos Diretores: O Chá do General (2016) Sinopse: Às vésperas de uma importante decisão, a juíza da Corte Suprema de Taiwan recebe uma carta inesperada.


EM REFORMA

MARIE

FIC, Cor, 2k, 20’, RN, 2019 Classificação Indicativa: Livre

FIC, Cor, 2k, 25’, PE, 2019 Classificação Indicativa: 10 anos

Diana Coelho

Direção de Produção: Tereza Duarte Produção Executiva: Babi Baracho Roteiro: Diana Coelho, Rosy Nascimento Direção de Arte: Rosângela Dantas Fotografia: Sylara Silvério Montagem: Carlos Segundo Som: Marina de Lourdes Edição de Som: Paolo Araújo (ÍCONE) Elenco: Rosane Santana, Lila Gomes, Andreia Souza, Enio Cavalcante e Múcia Teixeira Filmografia da Diretora: Som do Morro (2016); Família Tropa Trupe - O Circo Enquanto Vida (2016) Sinopse: Ao receber a notícia de que a filha vem passar uns dias em sua companhia, Bianca decide retomar a obra inacabada na laje de sua pequena casa. Os planos, contudo, não saem como o esperado.

Leo Tabosa

Direção de Produção: Petla Pâmela Produção Executiva: Arthur Leite Produção Geral: Jorge Sardo Jr. Roteiro: Leo Tabosa Direção de Arte: Isabela Stampanoni Fotografia: Petrus Cariry Montagem: Caio Zatte Som: Lucas Caminha Edição de Som: Érico Paiva Elenco: Rômulo Braga, Wallie Ruy e Divina Valéria Filmografia do Diretor: Retratos (2010); Tubarão (2013); As Aventuras do Menino Pontilhado (2016); Baunilha (2017); Nova Iorque (2018) Sinopse: Mário retorna ao sertão, depois de 15 anos, para enterrar o pai. Ele regressa para sua cidade natal, como Marie, uma mulher trans. Lá reencontra seu melhor amigo de infância, Estevão e com ele o seu passado. Com a ajuda de Estevão, Marie parte numa viagem para enterrar o pai na cidade do Crato.

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RISCADOS PELA MEMÓRIA

AULAS QUE MATEI

FIC, Cor, 2k, 20’, DF, 2018 Classificação Indicativa: 12 anos

FIC, Cor, 2k, 24’, DF, 2018 Classificação Indicativa: 12 anos

Alex Vidigal

Direção de Produção: Mariane Cunha Produção Executiva: Alisson Machado Roteiro: Alex Vidigal Direção de Arte: Daniel Banda Fotografia: André Carvalheira Montagem: Rafael Lobo Som: Marcos Manna Edição de Som: Olivia Hernández Trilha Sonora: Décio Gorini Elenco: Antonio Pitanga, Gabrielle Lopes, Isabella Ferrari, Sérgio Sartório, Thiago Jorge e Helena Naves Filmografia do diretor: O Filho do Vizinho (2010); De Bom Tamanho (2013) Sinopse: O dono de um sebo de discos, em meio a uma compra de LPs de segunda mão, se depara com algo que vai muito além de uma aquisição trivial.

Amanda Devulsky e Pedro B. Garcia Direção de Produção: Camilla Shinoda Produção Executiva: Lorena Figueiredo Roteiro: Amanda Devulsky e Pedro B. Garcia com colaboração de Bárbara de Barros, Beatriz Santos Sousa, Eduardo Alves, Luiz Guilherme Lopes, Indiara Castro, Juliana Plasmo, Kaira Lorrane, Patrícia Barros, Rafael Perfeito e Ricardo Pratesi Direção de Arte: Marcus Takatsuka Fotografia: Emília Silberstein Montagem: Bruno Ribeiro Som: Francisco Craesmeyer Edição de Som: Camila Machado Elenco: Luiz Guilherme Lopes, Marcus Curvelo, Beatriz Santos Sousa, Indiara Castro, Juliana Plasmo, Patrícia Barros, Alex Alves, Januário Junior, Bianca Yslana, Kaira Lorrane, Herica Magna, Alefe Pinheiro, Lúcio Campelo, Elder de Paula e Raphael Dorsa Filmografia dos Diretores: Querido Capricórnio (2014); Fantasma Cidade Fantasma (2016); A Outra Caixa (2016); Tente Não Existir (2018) Sinopse: Mais um dia de aula. Nem todos conseguem chegar.

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CONTE ISSO ÀQUELES QUE DIZEM QUE FOMOS DERROTADOS

Aiano Bemfica, Camila Bastos, Cris Araújo e Pedro Maia de Brito DOC, Cor, 2K, 23’, MG/PE, 2018 Classificação Indicativa: Livre

Produção: Aiano Bemfica, Pedro Maia de Brito Roteiro: Pedro Maia de Brito Fotografia: Aiano Bemfica e Rick Mello Desenho de Som: Nicolau Domingues Montagem: Bersa Mendes e Pedro Maia de Brito Filmografia dos Diretores: Intervenção (2015); Na Missão, com Kadu (2016) Sinopse: Na escuridão, as luzes apontam o caminho.

KRIS BRONZE Larry Machado

DOC, Cor, HDV, 23’, GO, 2018 Classificação Indicativa: 12 anos

Direção de Produção: Tothi Cardoso Produção Executiva: Cecília Brito Roteiro: Larry Machado Direção de arte: Wilma Morais Fotografia: Antônio Queiroz Montagem: Thomaz Magalhães Som e Edição de Som: Guilherme Nogueira Elenco: Kelly Cristina e Moisés Ferreira Filmografia do Diretor: Hóstia (2010); Assim Nascem as Amoras (2017) Sinopse: No dia 8 de março, Kelly Cristina prepara uma festa apenas para mulheres.

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O QUADRO

Melina Leal Galante

FIC, Cor, 2k, 15’, ES, 2019 Classificação Indicativa: Livre

Direção de Produção e Produção Executiva: Maria Grijó Simonetti Roteiro: Melina Leal Galante Direção de Arte: Diana Klippel Fotografia: Willian Rubim e Junior Batista Montagem: Manoela Ziggiati Som e Edição de Som: Hugo Reis Elenco: Davi Machado Martins, Brenda Perim e H. Rosa Pasolini Filmografia da Diretora: Desfragmentos (2014); Lá Não Venta como Venta Aqui (2018) Sinopse: Francisco, Lúcia e Julieta passam um dia em casa sem sua mãe.

TOMAR O TEMPO - POESIA INÚTIL

Amanda Brommonschenkel, Carol Covre, Juane Vaillant, Marcéu Rosário Nogueira e Thaís Rodrigues EXP, Cor, HDV, 8’, ES, 2018 Classificação Indicativa: Livre

Direção de Produção: Amanda Brommonschenkel, Carol Covre e Thaís Rodrigues Produção Executiva: Amanda Brommonschenkel e Thaís Rodrigues Roteiro, Direção de Arte e Fotografia: Amanda Brommonschenkel, Carol Covre, Juane Vaillant, Marcéu Rosário Nogueira e Thaís Rodrigues Montagem, Som e Edição de Som: Carol Covre Animação: Thais Rodrigues Elenco: Marcéu Rosário Nogueira, Juane Vaillant e Amanda Brommonschenkel Sinopse: Poesia de desencontros que geram encontros dos olhos aos troncos dos seres da cidade inútil, uma conversa silenciosa no côncavo, que sem nexo é sentido com verso.

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CRUA

EU, MINHA MÃE E WALLACE

FIC, Cor, 2k, 20’, PB, 2019 Classificação Indicativa: 16 anos

FIC, Cor, 2k, 23’, RJ, 2018 Classificação Indicativa: 12 anos

Diego Lima

Direção de Produção: Juliana Pontes Produção Executiva, Roteiro e Montagem: Diego Lima Produtora: Pignata Filmes Co-Produtores: Extrato de Cinema e Heco Produções Direção de Arte: Diogenes Mendonça Fotografia: Bia Marques Som e Edição de Som: Léo Bortolin Trilha Sonora: Gil Bala Elenco: Nyka Barros, Felipe Espíndola, Kelner Macedo, Omar Brito, Marcio di Paula, Norma Goes, Alice Maria, Fafa Dantas, Dhyan Urshita, Suzy Lopes, Ravi Lacerda, Pedro Ivo, Aquilles Nud e Alison Bernardes Filmografia do Diretor: Atrito (2017) Sinopse: Uma radiografia das relações humanas estabelecidas em torno de uma praça, no centro da cidade.

Irmãos Carvalho

Produção Executiva: Eugenio Puppo, Irmãos Carvalho e Matheus Sundfeld Roteiro: Irmãos Carvalho Direção de Arte: Cleissa Regina Martins Fotografia: Safira Moreira Montagem: João Rabello Som: Gustavo Andrade Edição de Som: Gabriel Marinho Animação: Erik Fisher Elenco: Fabrício Boliveira, Noemia Oliveira, Sophia Rocha e Robson Santos Filmografia dos Diretores: Boa Noite, Charles (2015); Chico (2016) Sinopse: A história de uma fotografia: uma mãe solteira, um pai ausente e uma criança.

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MESMO COM TANTA AGONIA

OS QUE ESPERAM

FIC, Cor, 2k, 20’, SP, 2018 Classificação Indicativa: 10 anos

DOC, Cor, HD, 19’, ES, 2019 Classificação Indicativa: Livre

Alice Andrade Drummond

Direção de Produção: João Pedro Bim Produção Executiva: Matheus Rufino Roteiro: Alice Andrade Drummond, Matheus Rufino e colaboração de Maria Leite Direção de Arte: Luiza Conde Fotografia: Anna Júlia Santos Montagem: Bruna Carvalho Almeida Som: Ana Chiossi Edição de Som: Juliana Santana, Alandson Silva e Henrique Chiurciu Elenco: Maria Leite, Preta Ferreira, Olanias Almeida, Marília Grampa, Isabela Cordaro, Rogério Bandeira, Rafael Lebre Neto, Julya Inhota, Rillary Rihanna Guedes, Erin B. Borges, Livya Lima, Giovanna Leirião, Melissa Leirião, Guilherme Siqueira, Pedro Brito, Maria Isabela, Leila Alves e Julia Zakia Filmografia da Diretora: Sem Você a Vida é uma Aventura (2015) Sinopse: É aniversário da filha de Maria. No trajeto do trabalho para a festa, ela fica presa no trem, em função de uma pessoa caída acidentalmente sobre os trilhos.

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PH Martins

Direção de Produção: Ana Carolina Pagani Produção Executiva: Willian Loyola Roteiro: PH Martins Fotografia: Luana Correa Montagem: Natália Dornelas e Claudiana Braga Som: Natália Dornelas Edição de Som: Marcus Neves Filmografia do Diretor: Alana (2016); Ela Partiu (2016); Presenças (2017); Você Pode Sair? (2018) Sinopse: Cidadãos do interior precisam passar por uma longa viagem num transporte público para receber tratamento médico na capital de seu Estado.


ROCHA

Luiz Matoso

FIC, Cor, HDV, 18’, RN, 2019 Classificação Indicativa: 10 anos

Direção de Produção: Helena Vannucci Roteiro: Luiz Matoso Direção de Arte: Danilo Freitas e Helena Vannucci Fotografia: Sarah Cambraia Montagem: Luiz Matoso Som: Helena Vannucci e Lucas Vasseur Elenco: Danilo Freitas Sinopse: Todo dia essa mesma penitência.

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4ÂŞ Mostra Cinema e Negritude

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Cinema como matéria Matéria Em um país como o Brasil, em que as narrativas cinematográficas são majoritariamente construídas por homens brancos, brancos, heterossexuais hetrossexuais ee cisgêneros, conforme divulgou em 2018, a Agência Nacional de Cinema (Ancine), Cinema (Ancine),nono“Informe “Informe Diversidade Diversidade de Gênero de Gêenero Raça e Raça nos Lançamentos nos Lançamentos Brasileiros Brasileiros de 2016”, de 2016”, que que identificou identificou a falta a falta de falta de falta de de representatividade representatividade de de negros negros e mulheres e mulheres na produção na produção de longas-metragens de longas-metragens brasileiros, brasileiros, pensar uma pensar curadoria uma curadoria temática, temática, como écomo o caso é o caso da mostra da mostra “Cinema “Cinema e Negritude”, e Negritude”, é oé o equivalente equivalente a dar a dar início início a uma a uma grande grande reportagem. reportagem. Embora os números ainda não sejam os mais animadores e ainda precise de ajustes para a engrenagem da máquina funcionar a contento, desde a retomada do cinema brasileiro, na metade da década de 1990, homens e mulheres negras começaram a dar voz às suas próprias narrativas, um marco desta quarta edição da mostra, que contempla exclusivamente a produção destes cineastas. O primeiro passo é investigar uma série de curtas-metragensinscritos metragens inscritospara parao oFestival Festivalde deCinema Cinema de de Vitória eeproduzidos Vitória produzidosdas dasformas formasmais mais diversas diversas – que inclui desde financiamento coletivo até patrocínio público, além de recursos próprios e produções acadêmicas ––o oqueque demonstra demonstra um potencial um potencial criativo – em criativo – em suasua maioria maioria – –dedeuma umanova nova geração geração de realizadores, além de uma necessidade urgente de apresentar novas narrativas para o audiovisual do país por meio dos mais diversos gêneros fílmicos.

pluralidade, a seleção de curPara dar darconta contadessa dessa pluralidade, a seleção de tas-metragens precisa apresentar umauma narrativa que curtas-metragens precisa apresentar narrativa valorize os filmes dentrodentro das suas que valorize os filmes dasindividualidades, suas individutanto técnica quanto esteticamente, mas que tamalidades, tanto técnica quanto esteticamente, bém dialoguem entredialoguem si criando uma mas que também entrecontinuidade si criando ao apresentar os pontos de convergência e as partiuma continuidade ao apresentar os pontos de cularidades doepovo preto por meio do do povo audiovisual. convergência as particularidades preto por meio do audiovisual. Os cinco filmes que compõem a mostra apresentamcinco algunsfilmes olhares narrativas cotidianas do Os quesobre compõem a mostra apresenpovoalguns preto.olhares Santossobre Imigrantes é umcotidianas curta expetam narrativas do rimental queSantos atualiza Imigrantes o mito de Exu e a curta intolerância povo preto. é um expepela qualque as religiões matrizes africanas passam. rimental atualiza odemito de Exu e a intolerância Kairoqual é uma ficção sensível sobre a perdapassam. e dos pela as religiões de matrizes africanas atravessamentos que sensível acometem a população Kairo é uma ficção sobre a perda negra. e dos atravessamentos que acometem a população negra. Do Dia Em Que Mudamos A Rota é um documentárioDia queem falaque de território, e memóDo Mudamospertencimento A Rota é um documenrias a que partir rota depertencimento aviões. Sem Asas trata tário faladadenova território, e memóda violência, danova tensão e da em que rias a partir da rota dedureza aviões.cotidiana Sem Asas trata viveviolência, o povo preto. Motriz docuda da tensão e da fecha durezaa seleção. cotidianaOem que mentário trata da saudade, de luta, solidão eOalegria, vive o povo preto. Motriz fecha a seleção. docue da sororidade mulheres negras. mentário trata daentre saudade, de luta, solidão e alegria, e da sororidade entre mulheres negras. Considerando-se a variedade de saberes apresentados nesses filmes, é possíveldetranscender a simConsiderando-se a variedade saberes apresenples utilização do cinema como estímulo audiovisutados nesses filmes, é possível transcender a simples al, mas como ferramenta que ilustraaudiovisual, e reflete a utilização do uma cinema como estímulo realidade. mas comoBoa umareflexão! ferramenta que ilustra e reflete a realidade. Boa reflexão! assinatura Thaís Souto Amorim e Leonardo Falta Vais, curadores

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DO DIA EM QUE MUDAMOS A ROTA

KAIRO

DOC, Cor, HDV, 10’, ES, 2018 Classificação Indicativa: Livre

FIC, Cor, 2k, 1’, SP, 2018 Classificação Indicativa: 12 anos

Diego Nunes

Direção de Produção: Aline Alves Produção Executiva, Roteiro e Edição de Som: Diego Nunes Fotografia: Tati Hauer Montagem e Som: Bárbara Ribeiro Trilha Sonora: Arian Motta Elenco: Derly Nunes, Marianni Taufner, Adriane Nunes e Breno Scárdua Sinopse: Um pequeno relato dos habitantes de Jardim da Penha, bairro que abraça o aeroporto de Vitória, no dia em que percebemos que a rota dos voos irá mudar.

Fabio Rodrigo

Direção de Produção: Jorge Guedes Produção Executiva: Eduarda Galvão e Jorge Guedes Produtora: Cinematográfica Superfilmes Roteiro: Fabio Rodrigo Direção de Arte: Ana Rita Bueno e Beatriz Oliveira Direção de Fotografia: Felipe Arrojo Poroger e Rodrigo Provazi Mesquita Montagem: Caroline Neves Desenho de Som: Fábio Baldo Elenco: Vaneza Oliveira, Pedro Guilherme, Samuel de Assis, Fernanda Viacava, Jane Mara e Xuru Cassius Filmografia do Diretor: Lúcida (2015) Sinopse: Em uma escola na periferia de São Paulo, a assistente social Sônia precisa retirar o garoto Kairo, de 9 anos, da sala de aula para ter uma difícil conversa.

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MOTRIZ

SANTOS IMIGRANTES

DOC, Cor, HDTV, 15’, BA, 2018 Classificação Indicativa: Livre

FIC, Cor, HDTV, 7’, SP, 2018 Classificação Indicativa: Livre

Tais Amordivino

Produção Executiva: Ailton Pinheiro Roteiro, Direção de Arte, Fotografia, Montagem e Som: Tais Amordivino Edição de Som: Piratas F&M Trilha Sonora: Mateus Aragão e Filipe Aragão Elenco: Nilzabete Oliveira e Odilia Maria Filmografia da Diretora: A Invisibilidade da Identidade Negra na Educação (2017); Térmico (2018); A Trajetória das Cineastas Baianas (2018) Sinopse: Apesar dos olhos d’água, Bete carrega consigo um sorriso largo que entrelaça a dor, o afeto e a saudade das filhas.

Thiago Amepreta

Roteiro: Thiago Amepreta Assistente de Direção: Débora Visini Fotografia e Montagem: Camila Silva Som e Trilha Sonora: Felipe Florentino Figurino: Lucas Andrade Elenco: Weslley Baiano Sinopse: Santos Imigrantes é um curta independente que conta com a participação do ator Weslley Baiano e lida com as religiões de matriz africana no Brasil a partir da presença marcante do orixá Exu como um personagem. Você já ouviu a palavra de Exu hoje?

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SEM ASAS

Renata Martins

FIC, Cor, HDTV, 20’, SP, 2019 Classificação Indicativa: Livre

Direção de Produção: Giovana Ferrari Produção Executiva: Issis Valenzuela Roteiro: Renata Martins Direção de Arte: Luana Castilho e Fernando Timba Fotografia: Mariane Nunes (Nuna) e Thais Nardi Montagem: Cristina Amaral Efeitos Especiais: Estevão Santos Som: Andressa Clain Edição de Som: Guile Martins Trilha Sonora: Vinícius Calvitti Elenco: Grace Passô, Kaik Pereira e Melvin Santhana Filmografia da Diretora: Renata Reificação (2006); Margarida (2007); Aquém das Nuvens (2010); Pedro e Bianca (2012); Websérie Empoderadas (2015 a 2018); Malhação Viva a Diferença ( 2017); Sem Asas (2019) Sinopse: Zu é um garoto negro de 12 anos. Ele vai à mercearia comprar farinha de trigo para a sua mãe e, na volta para casa, descobre que pode voar.

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4ÂŞ Mostra Mulheres no Cinema

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Olhares Femininos

Os filmes selecionados na Mostra Mulheres no Cinema, do 26º Festival de Cinema de Vitória oferecem ao público a multiplicidade presente nos olhares femininos de diferentes regiões do país sobre as questões importantes para mulheres. A Mostra privilegia o olhar feminino, portanto, a curadoria formada por Bárbara Cazé, Hégli Lotério e Saskia Sá, definiu uma seleção de filmes dirigidos por mulheres e com mulheres como protagonistas. Chegando em sua 4ª edição, a mostra Mulheres no Cinema reafirma ainda o compromisso em debater a pluralidade do ser feminino sem esquecer a forma cinema e o caráter cineclubista, no qual o debate após a sessão se torna essencial para que os filmes se realizem junto ao público, o que torna essa sessão tão especial. Agradecemos a todas as diretoras que nos confiaram seus filmes, acreditando na força do Festival de Cinema de Vitória, e que trouxeram suas visões plurais de todos os cantos do país. E com um número tão alto de inscritas, o processo de curadoria foi difícil, mas a seleção buscou trazer uma síntese das reflexões apresentadas pelo total dos filmes, pautando e ampliando debates propostos pelas produções, no mesmo coro. Os quatro curtas-metragens selecionados evidenciam a força das mulheres e sua atuação como fundamentais em suas comunidades, como uma

tendência observada nas produções inscritas, desde as mais tradicionais àquelas presentes nas grandes metrópoles brasileiras. É o que podemos ver com o curta-metragem Deus te dê Boa Sorte, com direção de Jaqueline Farias. O curta exalta a força das mulheres a partir das parteiras, na comunidade indígena Pankaru, às margens pernambucanas do Rio São Francisco. Além de receberem os novos integrantes da comunidade, elas são responsáveis também pela preparação das mulheres mais jovens para dar continuidade à tradição. Entre o conhecimento científico e o conhecimento ancestral, as mulheres da comunidade optam pelo fortalecimento da rede de apoio feminino, parindo em casa sob orientação das parteiras. Fosfeno, de Clara Vilas Boas e Emanuele Sales, transporta o telespectador para a estética jovem, urbana e noturna das festas com música eletrônica. O filme, em tons de lilás, faz referência à cor símbolo do movimento feminista. Na trama, um casal lésbico interracial vive uma noite ou o tempo de duração de sua paixão. A ausência de diálogo indica que a comunicação pode se dar de vários modos. A produção mineira oferece ao público uma experiência fílmica próxima do universo psicodélico. As diretoras negras se destacaram nesta edição e Poder, da diretora Sabrina Rosa, traz a força e


o protagonismo das mulheres negras na disputa por uma narrativa autoral sobre suas vidas a partir de quatro amigas moradoras da cidade do Rio de Janeiro. Um filme divertido em sua abordagem, para tratar dos conflitos cotidianos atravessados pelas protagonistas ao longo da trama, que reflete sobre questões de gênero, classe, raça e violência contra a mulher, com referência ao universo dos quadrinhos. Utilizando linguagem experimental, Afeto, das diretoras Gabriela Gaia Meirelles e Tainá Medina, fala sobre arquitetura, memória e ocupação feminina do espaço urbano. O filme resgata a memória e dá visibilidade à produção feminina na arquitetura, tratando de questões contemporâneas relacionadas ao corpo feminino em seu embate com a cidade. Afeto traz uma possibilidade de reflexão sobre a questão de ocupação dos espaços urbanos e de como esses espaços sugerem um apagamento do corpo feminino. O som do filme é um elemento central para compreender a violência que as mulheres sofrem nas grandes metrópoles brasileiras. Esperamos que o público compareça e participe do debate após esta sessão imperdível do Festival de Cinema de Vitória e que muitas outras Mostras Mulheres no Cinema tenham uma vida longa com cada vez mais filmes realizados e protagonizados por mulheres! Bárbara Cazé, Hégli Lotério e Saskia Sá, curadoras

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AFETO

DEUS TE DÊ BOA SORTE

EXP, Cor, HDV, 15’, RJ, 2018 Classificação Indicativa: 16 anos

DOC, Cor, 2k, 23’, PE, 2019 Classificação Indicativa: Livre

Gabriela Gaia Meirelles e Tainá Medina Direção de Produção: Anthonio Boeri Andreazza, Gabriela Gaia Meirelles e Tainá Medina Produção Executiva: Anthonio Boeri Andreazza, Gabriela Gaia Meirelles, Tainá Medina e Olivia Nielebock Roteiro: Gabriela Gaia Meirelles, Isabela Peccini, Luiza Dreyer e Tainá Medina Direção de Arte: Luana Kozlowski Fotografia: Dudu Mafra, Fernanda Lins e Yulli Nakamura Montagem: Isadora Boschiroli Edição de Som: Ernesto Sena Trilha Sonora: Pedro Sodré e Rogério da Costa Jr. Elenco: Aline Besouro, Ana Lobo, Joana Castro, Gabriela Gaia Meirelles, Tainá Medina Mônica Lima e Geisa Garibaldi Filmografia de Gabriela Gaia Meirelles: NADA (2015); Uma Carta para Laura Krauss (2016); Muito Prazer, Gabriela (2017); TUFIT (2018) Sinopse: O corpo-mulher versus o trator-cidade. Um apagamento histórico, arquitetônico, simbólico. Um desmemoriamento. Em meio a uma das maiores crises políticas e representativas brasileiras, Afeto é um curtametragem experimental sobre arquitetura, memória e ocupação feminina do espaço urbano. Além de performances, o filme usa imagens de grandes obras e inaugurações nas metrópoles brasileiras ao longo de meio século, questionando a imparcialidade do planejamento urbano e o papel social da mulher.

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Jacqueline Farias

Direção de Produção: Laura Pimentel Produção Executiva: Mariana Jacob Roteiro: Jacqueline Farias Fotografia: Breno César Montagem: Caio Sales Som: Sálua Oliveira Edição de Som: Nicolau Domingues Trilha Sonora: Gean Ramos Elenco: Maria das Dores Silva Nascimento, Luciene Maria da Silva, Juliana Maria da Silva, Maria Ivaneide de Sá, Bia Pankararu, Nayara Santos Silva e Tia Ana Sinopse: “Deus te dê Boa Sorte” é um curta-metragem documental que revela a voz ancestral das mulheres parteiras indígenas Pankararu. Habitantes das margens do Rio São Francisco, na fronteira dos municípios de Tacaratu, Jatobá e Petrolândia, essas mulheres de espiritualidade antiga, carregam a experiência de receber no mundo os pequenos índios e índias e de garantir que sangue, placenta e cordão umbilical retornem para a terra, guardando o direito de que habitem o chão onde nasceram. Mãe Dora, tia Ana, Luciene e Juliana são guias nesta viagem que descortina entre maracás e toantes uma herança silenciosa, onde cada mulher é a guardiã de um grande mistério.


FOSFENO

PODER

EXP, Cor, FullHD, 12’, MG, 2018 Classificação Indicativa: 14 anos

FIC, Cor, HDV, 19’, RJ, 2018 Classificação Indicativa: 12 anos

Clara Vilas Boas e Emanuele Sales

Sabrina Rosa

Direção de Produção: Clara Vilas Boas Produção Executiva: Marina Soares e Vanderson Silva Roteiro: Bruna Maynart e Emanuele Sales Direção de Arte: Penélope Victoria e Nina Bicalho Fotografia: Jelton Oliveira Montagem: Clara Vilas Boas e Emanuele Sales Som: Ben Schlarbaum Edição de Som: Ben Schlarbaum e Fábio de Carvalho Trilha Sonora: Fábio de Carvalho Elenco: Mel Jhorge e Giuli Paz Filmografia dos Diretores: Mariposa (2017); Atravésse (2017); Reconvexo (2018)

Direção de Produção: Karen Antunes Produção Executiva: Dubeco Produções e Luciano Vidigal Roteiro: Sabrina Rosa Direção de Arte: Eder Ferreira Fotografia: Luis Gomes Montagem: Bebel Rodrigues Som: Mario Celso Neto Edição de Som e Trilha Sonora: Alessio Slossel Animação: Gi Ceneviva, Joice Nagamura e Rodrigo Ferreira Elenco: Cintia Rosa, Mary Sheila de Paula, Luana Xavier e Mariana Alves Filmografia da Diretora: Vamos Fazer um Brinde (2011)

Sinopse: Teçá é uma jovem solitária que trabalha como DJ. Durante seu setlist, em uma festa, uma mulher tira uma foto de Teçá. Essa mulher continua aparecendo pelo seu caminho.

Sinopse: “Poder” conta a história de quatro amigas negras vivendo seus dramas cotidianos. Decidem, para relaxar, ir a uma cachoeira. Durante o banho, recebem uma carga energética que lhes dá superpoderes. Linda vive um relacionamento abusivo e violento com seu marido. Ele a humilha, desvalorizando seu trabalho como estilista. Maria é professora de capoeira. Trabalha em uma ONG que possui um dirigente machista e ainda desvia dinheiro do projeto. Paula trabalha como empregada doméstica e, nas horas vagas, estuda para ingressar numa faculdade. Sua patroa, por sua vez, sempre a desencoraja. Claudinha é bolsista em uma universidade particular. Sempre atenta aos direitos dos alunos, entra em constante conflito com a reitoria. Com os poderes recebidos, Linda, Maria, Paula e Claudinha optam por usá-los e enfrentar os desafios de cada uma, um por um, transformando-se em heroínas do mundo real.

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3ÂŞ Mostra Nacional de Videoclipes

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Lutas Retratadas por Meio da Canção e do Clipe A canção e o clipe compõem um mesmo sistema de produção que seguem caminhos muito semelhantes na cultura midiática. Os desdobramentos da cultura audiovisual acompanham a evolução dos aparatos técnicos empreendidos na música. Da câmara escura ao smartphone, do gramofone ao .mp3, muita coisa evoluiu. Nas últimas décadas, novos suportes de streaming possibilitaram um boom, tanto na produção e distribuição das obras, quanto na forma do espectador consumir a canção utilizando dois sentidos. Hoje assistimos música! O público do 26º Festival de Cinema de Vitória na 3º Mostra Nacional de Videoclipes vai conhecer um panorama nacional relacionado a um fenômeno mundial: o videoclipe como gênero audiovisual político, marginal, periférico, negro, diverso em corpos e cores, efeitos visuais e experimentação, marcado pelo protagonismo das minorias nas telas ou por trás das câmeras. São 12 produções selecionadas que refletem os rumos musicais brasileiros em um verdadeiro caldeirão de ritmos, rostos, cores e gêneros. Meu Carnaval, co-dirigido pela cantora Gabriela Brown e por Tati Rabelo, lançado no Dia da Visibilidade Lésbica, traz para as telas casais lésbicos celebrando a vida e a liberdade de amar. Estruturado por imagens de grande impacto visual, 19 – outra co-direção feminina da artista Labaq e Laís Catalano

Aranha – serve-se das cores, texturas, encontros e tensões entre diversos corpos nos atentando para o triste fato de que a cada 19 horas uma pessoa LGBTQI+ foi agredida, assassinada ou cometeu suicídio no Brasil entre 1º de janeiro e 15 de abril de 2018. “É um hino sobre o amor universal, aquele em que a cor da pele, as roupas e a orientação sexual das pessoas pouco importam”. Sob o guarda-chuva LGBTQI+ ainda temos Ninguém Perguntou por Você, de Letrux e Pedrinho, de Tulipa Ruiz. Este último “Inspirado na performance ‘La Bête’, de Wagner Schwarcz, censurada em 2017, após desagradar os conservadores, propõe uma narrativa inversa: um efeito dominó de liberdade sobre os corpos gays e trans”. Fausto de Gueto, de Pelos, e OK OK OK, de Gilberto Gil, revelam a luta diária de jovens negros das periferias do Brasil. Transitando entre a linguagem lúdica e documental, o sonho do menino e a dura luta por sobrevivência, a obra de Pelos apresenta um “Fausto à brasileira”. No clipe de Gil, montado em plano-sequência, outro jovem negro nos apresenta a narrativa de luta e resistência diária vivida por esta população. A narrativa é repleta de metáforas visuais que dialogam com a tocante canção de Gil. Toasted do artista Danos, dirigido por Cintia Nakashima, encabeça os clipes que investiram


na experimentação da linguagem. Nele, conhecemos uma narrativa contada em tempo reverso que nos conduz, do fim para o início, à origem da história. Vazio, de Pxrtela investe numa viagem na cadeira de praia, já em Space Woods, da banda My Magical Glowing Lens, nos leva diretamente para o espaço! Na sequência, Silva nos conduz por caminhos de Salvador num passeio com belas composições e imagens da cultura e do povo da cidade, em Brisa. Enquanto Silva paira nesta beleza de cenários, Tempos Loucos, de Fabrício Koltermann apresenta uma família que é levada a encarar a hipocrisia cotidiana numa experiência transformadora. O tema familiar também é abordado no clipe Além da Janela, que traz como condutores da história a artista Nath Dias e seu filho Caetano, numa narrativa lúdica sobre empatia.

em 2019, foram mais de 70 videoclipes inscritos. O videoclipe enquanto gênero audiovisual se mostra potente na profusão de ideias que combatem o preconceito, de valorização de modos e estéticas de existência à margem da normatividade e no empoderamento das diversas minorias, que muitas vezes não transitam pelos espaços dos festivais, ainda dominados por culturas elitistas e excludentes. O videoclipe é o gênero popular que resiste contaminando, confundindo e tensionando a arte e a cultura popular do nosso tempo e a 3ª Mostra Nacional de Videoclipes vai ser o palco da expressão desse gênero que por mais que o tempo passe, nunca envelhece. Luiz Eduardo Neves e Suellen Vasconcellos, curadores

Muitos videoclipes apresentam histórias de vida, retratos e mensagens, que vão além do discurso emoldurado pela canção, abrindo as portas da percepção para reflexões que nos afetam e modificam nossa atitude e visão do mundo. A inserção e permanência deste gênero nos festivais permitem que essas histórias de vida se propaguem por espaços que antes não transitavam. A Mostra de Videoclipes do Festival de Cinema de Vitória vem crescendo a cada ano, e

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19

ALGUÉM NA JANELA

VID, Cor, HDV, 4’, SP, 2018 Classificação Indicativa: Livre

VID, Cor, HDTV, 4’, SP, 2018 Classificação Indicativa: Livre

LaBaq e Laís Catalano Aranha Performance: LaBaq Direção de Produção e Produção Executiva: Cássia Sandoval Roteiro, Som e Edição de Som: LaBaq Direção de arte: Fernanda Leite Fotografia: Laís Catalano Aranha Montagem: Bruna Fortes Elenco: Bruna Fortes, Cella Azevedo, Debora Gepp, Erica Nascimento, Hildit Nitsche, Inês Teixeira, Jessica Mancini, Jorge Lira, Juliano Carvalho, Nathan Ranhel, Rafael Leal e Steffano Dias Filmografia das Diretoras: E se Nada o Diálogo (2016); Liberdade X Segurança (2017); Este Lado para Cima (2017); In and Out (2018) Sinopse: Entre 1º de janeiro e 15 de abril de 2018 uma pessoa LGBTQI+ foi agredida, assassinada ou cometeu suicídio a cada 19 horas no Brasil. De todos os homicídios contra LGBTQI+s no mundo, 52% acontecem em terras brasileiras. Destes alarmantes números nasce o título do poderoso single de LaBaq, “19”, que aborda a necessidade de quebrar barreiras problemáticas da sociedade. É um hino sobre o amor universal, aquele em que a cor da pele, as roupas e a orientação sexual das pessoas pouco importam.

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Aksa Lima

Performance: Gustavo Rosseb Direção de Produção: Lampião Filmes e Caio Oliveira Produção Executiva: Flávia Rabachim Roteiro: Gustavo Rosseb e Aksa Lima Direção de Arte e Montagem: Aksa Lima Fotografia: Marcelo Batista Som: Gustavo Rosseb Animação: Estela Correa Elenco: Nath Dias e Caetano Filmografia da Diretora: Memórias de Cláudio Fulco (2016); O Artesão (2017); O que a Gente Leva Daqui (2017); Nu (2018); Soberana (2018); Tão Bem (2018); Vestes de Alegria (2018); Eu e a Nuvem (2019); Lençóis (2019); Maceió (2019); Por que Você? (2019); Sossegai (2019); Tudo Vai Passar (2019) Sinopse: Gustavo apresenta seu terceiro trabalho, “Alguém na Janela”, que fala de empatia. Com participação da artista Nath Dias e seu filho Caetano como condutor do videoclipe. Gustavo mostra que quando a gente se coloca no lugar do outro, quando abrimos a janela e de fato olhamos para rua, isso faz do mundo um lugar mais interessante.


MEU CARNAVAL

NINGUÉM PERGUNTOU POR VOCÊ

VID, Cor, HDTV, 4’, ES, 2018 Classificação Indicativa: Livre

VID, Cor, 4k, 6’, RJ, 2019 Classificação Indicativa: 14 anos

Gabriela Brown e Tati Rabelo Performance: Gabriela Brown Direção de Produção, Produção Executiva, Som: Gabriela Brown Roteiro: Gabriela Brown, Tati Rabelo e Gabriel Hand Direção de Arte: Gio Rosetti Fotografia: Gabriel Hand Montagem: Gabriela Brown, Tati Rabelo e Gabriel Hand Trilha Sonora: Gabriela Brown e Rodolfo Simor Animação: Rodrigo Linhales Elenco: Gabriela Brown, Yasmin Nariyoshi, Aressa Alves, Nádia Tristão, Thainá Schroeder, Yasmin Zandomenica, Giovanna Rosetti, Marina Ribeiro, Marina Vargas, Nataly Volcati, Isabela Pagotto, Milana Milanezi e Laysa Sabadini Filmografia de Tati Rabelo: Distopia (2015); Minhas Horas com Camomila (2017); Território do Bem (2017); O Pássaro sem Plumas (2019) Sinopse: No Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, pela primeira vez desde o início de sua carreira, Gabriela Brown lança o clipe de seu mais novo single “Meu Carnaval”. Com a delicadeza de casais reais e de uma potência feminista, o clipe não apenas retrata, como também celebra o amor entre duas ou mais mulheres, comemorando tudo o que há de feliz, comum e incomum nas relações.

Pedro Henrique França

Performance: Letrux Direção de Produção: Reprodutora e Acme Produção Executiva: Gabriel Bortolini e Nathalia Ribeiro Produção Executiva: Gabriel Bortolini e Nathalia Ribeiro Produção: Reprodutora e Acme Roteiro: Pedro Henrique França Direção de Arte: Chica Caldas Fotografia: Dudu Mafra Still: Flora Negri Figurino: Marina Franco Montagem: Bia Medeiros e Vinicius Nascimento Finalização: Pedro Magalhães Preparação de Elenco: Sol Miranda Elenco: Bruna Linzmeyer e Camila Pitanga Filmografia do Diretor: Pedrinho (2018) Sinopse: Duas mulheres vivem uma noite de amor e liberdade, numa festa-sonho onde todo lance é livre mas nem sempre imaginário.

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OK OK OK

Victor Hugo Fiuza

VID, Cor, HDV, 6’, RJ, 2018 Classificação Indicativa: 10 anos

Performance: Gilberto Gil Direção de Produção: Camilla Leal Produção Executiva: Natalia Erre Roteiro e Montagem: Victor Hugo Fiuza Direção de Arte: Trovoa Fotografia: Tiago Rios Elenco: Kevin Santtos, Soraia Arnoni e Murilo Sampaio Filmografia do Diretor: Os Olhos de Cecília (2015); Uma História das Cores (2018); Quatro Dias com Eduardo (2019) Sinopse: Videoclipe “Ok Ok Ok”, para Gilberto Gil, faixa do álbum homônimo, lançado em 2018.

PEDRINHO

Fabio Lamounier, Pedro Henrique França e Rodrigo Ladeira VID, Cor, 4k, 4’, SP, 2018 Classificação Indicativa: 12 anos

Performance: Tulipa Ruiz Direção de Produção: Pedro Henrique França Produção Executiva, Roteiro e Direção de Arte: Fabio Lamounier, Pedro Henrique França e Rodrigo Ladeira Fotografia: Fabio Lamounier e Rodrigo Ladeira Montagem, Som e Edição de Som: Fabio Lamounier Elenco: Kelner Macêdo, Andrez Leite, Bernoch, Lucas Resende, Lucas Silvestre, Pedro Henrique França, Pedro Lacerda, Renan Menegazzi, Rony Hernandes e Thiago Loreto Sinopse: Inspirada na performance “La Bête”, de Wagner Schwarcz, que foi censurada em 2017 após desagradar os conservadores, o clipe realizado para a cantora Tulipa Ruiz propõe uma narrativa inversa: um efeito dominó de liberdade sobre os corpos gays e trans. Provocado por um Pedrinho libertador, vivido pelo ator Kelner Macêdo, o resultado é um grito de liberdade e o direito de ser e amar quem quiser.

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FAUSTO DE GUETO

BRISA

VID, Cor, 4k, 8’, MG, 2018 Classificação Indicativa: Livre

VID, Cor, HDTV, 4’, BA, 2018 Classificação Indicativa: Livre

Arthur B. Senra e Robert Frank Performance: Pelos Direção de Produção: Alessandra Carneiro Produção Executiva: Robert Frank e Heberte Almeida Roteiro: Arthur B. Senra e Robert Frank Assistente de Direção: Tarley Mccartiney Fotografia: Ceres Canedo Montagem: Arthur B. Senra Assistente de Câmera: Leonardo Fonseca Som e Edição de Som: Robert Frank Finalização: Carlos Henrique Roscoe Elenco: Saulo André (Saulin MC) Filmografia de Arthur B. Senra: Cabezas Desconocidas (2009); Chico Trujillo – Caleta Vargas (2013); A Fase Rosa – Desmancha (2013); WRY – Waves (2015); Marcatti (2015); Buceo Invisible – Invierno (2016); Curta Memória (2016); Estranho Animal (2019) Filmografia de Robert Frank: Estranhos que Acompanham (2007); Abril, Manhã de Sábado, 32ºC, e Agora? (2008)

MAGU (Marina Abranches e Gustavo Martins) Performance: Silva Direção de Produção e Produção Executiva: Bob Redins Roteiro, Fotografia e Montagem: MAGU (Marina Abranches e Gustavo Martins) Filmografia dos Diretores: Pequena Grande Vitória (2015); Prainha Hyperlapse (2016); São Paulo Hyperlapse (2017); Salvador Hyperlapse (2018) Sinopse: Clipe oficial da música “Brisa”, do artista brasileiro, Silva. Permeando o território baiano de Salvador, revelando seus trajetos: dos explícitos aos ermos. Permitindo que, a partir da musicalidade, se costure as imagens e sua história.

Sinopse: Um Fausto à brasileira, da realidade, onde não existem pactos que possam mudar seu contexto, a não ser com a própria força. Não ficar em silêncio, não se entregar ao medo.

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SPACE WOODS

TEMPOS LOUCOS

VID, Cor, HDTV, 5’, ES, 2019 Classificação Indicativa: Livre

VID, Cor, HDTV, 4’, RS, 2018 Classificação Indicativa: 16 anos

Gustavo Senna

Performance: My Magical Glowing Lens Direção de Produção: Raphael Gaspar Produção Executiva: Mirela Morgante Roteiro: Gustavo Senna e Mirela Morgante Direção de Arte: Barbara Carnielli Fotografia: Francisco Xavier Montagem: Gustavo Senna Animação: Barbara Cani Elenco: Gabriela Deptulski Filmografia do Diretor: Última Esperança (2015) Sinopse: Em um sonho, Gabi é expulsa do planeta Terra e viaja para encontrar outras dimensões do seu ser.

Fabrício Koltermann

Performance: The Outs Direção de Produção: Camila Marques, Elisa Fonseca e Matheus Toledo Produção Executiva: Matheus Toledo Roteiro: Fabrício Koltermann Direção de Arte: Camila Marques Fotografia: Thomás Townsend Montagem: Matheus Fighera Elenco: Joel Cambraia Machado, Natália Krum, Tânia Bilhalva, Rossano Martins, Dennis Guedes, Gabriel Politzer e Vinícius Massolar Filmografia do Diretor: Vítimas em Nós (2006); Farsa Seca (2007); A História de Antemar Manuzo (2008); No Fundo do Buraco (2010); Homem Arroz (2011); Som do Morro (2018) Sinopse: Uma família entre aparências cotidianas e a verdade escondida se envolve numa experiência transformadora.

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TOASTED

VAZIO

VID, Cor, 2k, 4’, SP, 2018 Classificação Indicativa: 12 anos

VID, Cor, HDTV, 4’, DF, 2019 Classificação Indicativa: 16 anos

Cintia Nakashima

Performance: Danos Direção de Produção: Tiago Pinheiro, Maria Eça e Julia Dimitrow Produção Executiva: Luiza Marques da Costa Roteiro: Cintia Nakashima Direção de Arte: Eduardo “Crox” Kissajikian Fotografia: Marcus Samed Montagem: Daniel Weber Som e Edição de Som: Danos Elenco: Danos (Rômulo Teixeira) e Ariela Alon Filmografia da Diretora: Bushido (2011); Corpo Vazio (2013) Sinopse: Videoclipe “Toasted”, música que está no “Gooley EP” do artista Danos. Rever sem poder desfazer tudo o que já foi feito.

Maurício Coutinho

Performance: Pxrtela Direção de Produção, Roteiro, Direção de Arte e Fotografia: Maurício Coutinho Montagem: Daniel Sena Som: Fator Rec Edição de Som: Pxrtela Efeitos Sonoros: Daniel Sena Trilha Sonora e Elenco: Bruno Portela Filmografia do Diretor: Kalleby e o Som das Ruas (2017); Não vou a Lugar Nenhum (2018); Nada (2019) Sinopse: A viagem de um músico dentro do seu inconsciente.

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2ÂŞ Mostra Nacional de Cinema Ambiental SessĂŁo EDP

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Onde foi Parar a Nossa Empatia? Nossas indagações socioambientais estão apoiadas no conceito do biólogo e escritor Humberto Maturana, para quem o ser humano é um sistema que define, constrói e modifica sua própria organização a partir de seu comportamento e suas ideias. Nessa relação criativa, meio-sistema, é que emerge o social. Aqui entendido como domínio de condutas relacionais fundadas na emoção originária da vida. A emoção fundante do social – o amor – é o elemento estrutural da fisiologia humana, porque, “O amor é a emoção que constitui o domínio de condutas relacionais em que se dá a operacionalidade da aceitação do outro como legítimo outro na convivência”. A 2ª Mostra Nacional de Cinema Ambiental - Sessão EDP assume a responsabilidade de apresentar um tecido social diversificado e singular naquilo que nos identifica – criar laços, somar ou dividir – para o resgate das emoções do que é humano. Emoção, neste caso, são as disposições corporais dinâmicas que definem os diferentes domínios de ação em que nos movemos. Poética do Barro é uma animação com proposta bastante amadurecida, que inova nos recursos expressivos propostos e técnicas, como a animação em argila em diálogo e aprendizado com a tradição artística de populações tradicional mineira – hoje, majoritariamente exercida por

mulheres – de maneira criativa e não figurativa aborda conteúdo socioambiental. Menino Pássaro. Bem produzido, com elenco convincente e roteiro baseado em fatos reais publicados na imprensa, o filme se apresenta como “um olhar de um diretor negro para a branquitude do cidadão brasileiro”. S/N (Sem Número) permeia a mudança da paisagem urbana em constante transformação à falta de identidade, pertencimento e memória dos cidadãos que habitam nessa paisagem. Glória é um filme experimental poético confessional e íntimo que aborda a ocupação urbana em áreas de riscos à habitação humana, com um sensível olhar feminino. Em vídeo gravado para o Prêmio PIPA de Arte Conteporânea, a artista descreve o que vem a ser a prática artística de experiência instalativa ao afirmar: “Entendo o meu corpo-flor como uma encruzilhada, mas também compreendo essa encruzilhada como diálogo formado por saberes que se distanciam, mas que eu faço conversarem: junto saberes da psicologia, da medicina, da macumbaria, da feitiçaria, curandeirismo, arte, química e o que eu julgar necessário para eu produzir sobrevivência”. Essa junção de técnicas afirmativas em produções artísticas é o que Castiel Vitorino Brasileiro denomina como Experiências Instalativas em Quarto de Cura.


Com depoimentos sobre o grave contexto de violência e destruição ambiental no Maranhão e imagens registradas por um cinegrafista Guajajara de um encontro inesperado com povos isolados, Ka’a Zar Ukyze Wà – Os Donos da Floresta em Perigo é um alerta do povo Guajajara pela proteção dos AwáGuajá isolados da floresta. Boa sessão!

Margarete Taqueti e Jefferson Albuquerque Jr, curadores

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GLÓRIA

Yaminaah Abayomi e Nádia Oliveira EXP, Cor, HDTV, 6’, RJ, 2019 Classificação Indicativa: Livre

Roteiro e Montagem: Yaminaah Abayomi Direção de Arte: Verônica da Costa, Timbuca Hai, Nádia Oliveira e Yaminaah Abayomi Fotografia: Fernando Fernandes e Nádia Oliveira Som: Nádia Oliveira Edição de Som: Acacia Lima Elenco: Timbuca Hai, Maria Gilda Alves de Oliveira e Yaminaah Abayomi Sinopse: Das lágrimas aos tsunamis, toda água tem a mesma origem e um só fim.

KA’A ZAR UKYZE WÀ - OS DONOS DA FLORESTA EM PERIGO Flay Guajajara, Edivan dos Santos Guajajara, Erisvan Bone Guajajara DOC, Cor, HDTV, 14’, SP/MA, 2019 Classificação Indicativa: Livre

Direção de Produção, Roteiro, Fotografia e Som: Flay Guajajara, Edivan dos Santos Guajajara e Erisvan Bone Guajajara Produção Executiva: Majoí Gongora, Clara Roman e Antonio Oviedo Coprodução: Mídia Índia, Instituto Catitu e Instituto Socioambiental Montagem: Mari Corrêa, Flay Guajajara e Edivan dos Santos Guajajara Edição de Som: Hélio Rimaud Animação: Estúdio Caxa Filmografia dos Diretores: A Festa dos Encantados (2015); Araribóia 45 Graus (2016) Sinopse: A terra indígena Araribóia, no Maranhão, é uma das mais ameaçadas da Amazônia. É o território do povo Guajajara e também de um grupo de indígenas isolados, os Awá Guajá. O filme é um alerta e pedido de socorro dos Guajajara pela proteção das florestas e de seus parentes Awá Guajá. Um dos últimos povos caçadores e coletores do mundo, cujo modo de vida depende essencialmente da floresta, está com os dias contados se a destruição continuar.

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MENINO PÁSSARO

POÉTICA DE BARRO

FIC, Cor, FulHD, 15’, SP, 2018 Classificação Indicativa: 10 anos

ANI, Cor, 2k, 6’, MG, 2019 Classificação Indicativa: Livre

Diogo Leite

Direção de Produção: Giovana Ferrari Produção Executiva: Max Eluard Roteiro: Diogo Leite Direção de Arte: Luana Castilho Fotografia: Danilo Nunes Montagem: Manoela Ziggiatti Som: Vanessa Silva Edição de Som: Confraria de Sons & Charutos Elenco: Larissa Ballarotti, Fabiano Araújo, Magali Biff, Gustavo Vinagre e Gilda Nomacce Filmografia do Diretor: Esse é o Carnaval da Superação (2008); Attimo (2013) Sinopse: Gabriel se instala ao lado de uma árvore em um bairro nobre da cidade de São Paulo. Clarisse acompanha atônita e inerte ao tratamento dado a Gabriel, ao mesmo tempo em que leva uma vida estagnada e dependente da mãe.

Giuliana Danza

Direção de Produção, Roteiro e Direção de Arte: Giuliana Danza Produção Executiva: Danza Studio Fotografia: Giuliana Danza e Levi Magalhães Montagem: Beto Mundim Som e Trilha Sonora: Jackson Abacatu Edição de Som: Rodrigo Lana Animação: Diego Akel, Jackson Abacatu, Giuliana Danza e Levi Magalhães Filmografia da Diretora: Quindins (2010); Engole ou Cospervilha? (2013) Sinopse: O curta-metragem “Poética de Barro”, animado em stop motion com argilas do Vale das Viúvas de Maridos Vivos (Jequitinhonha/MG). Baseado no trabalho de ceramistas mineiras e com trilha original composta por instrumentos de cerâmica, retrata a saga de uma pequena criatura que precisa sobreviver às vicissitudes da vida. Resta saber se todas as barreiras serão transpostas.

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QUARTO DE CURA

S/N (SEM NÚMERO)

DOC, Cor, HDTV, 4’, ES, 2019 Classificação Indicativa: Livre

FIC, Cor, HDV, 10’, PE, 2018 Classificação Indicativa: Livre

Castiel Vitorino Brasileiro Direção de Produção, Produção Executiva, Roteiro, Direção de Arte, Montagem, Som, Edição de Som: Castiel Vitorino Brasileiro Fotografia: Rodrigo Jesus e Castiel Vitorino Brasileiro Elenco: Felipe Lacerda, Kika Carvalho, Brunna Tera, Paulo

Gois Bastos, Rafael Segatto, Felipe Gomes, Haroldo Lima, Luiz Henrrique Brasileiro Vasconcelos, Priscila de Oliveira Pereira, Jessika dos Santos Ferreira, Larissa Brasileiro Silva, Maksuel Brasileiro dos Santos, Narelly Luis, Quenia Nascimento Lyrio, Gelso de Souza Vieira, Luiza Vitorio, Matheus Magno, Rafael da Silva Machado, Karen Valentim. Gleice Neves, Michelle Lopes, Hanne Machado Grillo Martins, Natan Dias dos Santos, Giulia Bravo, Guilherme Duarte, Camila, Maria Amelha, Maria Anitta Brasileiro Falcão, Marcela Brasileiro Falcão, Lucia dos Santos, Penha (Dona Penha), Maria da Glória (Doquinha), Roger Gomes Ghil, Elida Teixeira Vitorino, Eduardo Rangel, Marciel, Rodrigo S. de Jesus, Catarina Silva, Antenor, Zeni, Ramon Matheus, Kenedy A Gualande, Kauan Viana Gualande, Heloyane Ferreira Viana, Napê Rocha, Maria Tereza (Tia Tetê), Larissa Brasileiro Silva, Sâmila Candeia, Andressa Riguête, Tatiane Loureiro Brasileiro, Maksuel Brasileiro Silva, Luís Felipe dos Santos Nascimento, Daniele Souza Viana, Paulo Viana, Maria Luiza de Barros Rodrigues, Gabriela L. Pereira, Arielly da Fonseca Campos, Bárbara Galvão Silva, Thaís Almeida Rodrigues, Danilo dos Anjos, Michele Sá, Bernaro, Joyce Castello, Davi Alves Rocha, Juan Victor Gonsalves, Thaísa Formentini, Eduardo Schettini Corrêa, Nayara Oliveira, David Rocha, Ana Carolina Lyriu Carvalho, Matheus A. Sampaio, Rebeca dos Santos Ribeiro, Luísa Aguiar, Ana Heckert, Kemila, Thiara Pagani e Patricia Bragatto

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Sinopse: Documentário sobre a experiência instalativa Quarto de Cura. Realizada pela artista Castiel Vitorino Brasileiro, no Morro da Fonte Grande, em Vitória, Espírito Santo.

Renata Malta

Roteiro e Direção de Arte: Bruna Malta Fotografia: Herbert C. Silva Montagem: Eduardo Santos e Herbert C. Silva Som: Francisco de Assis Trilha Sonora: Miguel Guerra Elenco: Paulo Cesar Freire, Edilene Lima e Washington Machado Sinopse: Um homem tenta retornar à sua casa, lugar que acredita ter sido substituído por uma farmácia.


1ÂŞ Mostra Do Outro Lado

Cinema FantĂĄstico e de Horror

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A Visão Desse Lado

Durante sua história, o cinema de horror cresceu e vive cercado de símbolos, metáforas e conceitos, geralmente bem estabelecidos no decorrer de uma onda – desde os monstros da Universal, passando pelo slashers de mascarados dos anos 80 até chegar no millennial pós-horror atual. Um desses conceitos também envolvem a produção: a maioria dos filmes são realizados geralmente com verbas irrisórias, impactando diretamente no filme em si, na linguagem e nos modos de envolver o espectador. Apesar do horror e o cinema fantástico terem atingido no cinema hollywoodiano o status de blockbuster, no Brasil ainda vemos a luta para, além de conseguir realizar a produção, encarar talvez um desafio ainda maior: o da distribuição. Apesar de algumas distribuidoras já terem se atentado à força que esse cinema tem, ainda existe muito preconceito: da indústria do cinema independente, do circuito de festivais e também do público. O cinema fantástico e de horror por muitas vezes se vê num limbo: não é o “cool-independente-avant-garde” mas também não é o drama leve que as pessoas estão acostumadas a consumir em uma sala de cinema alternativo. Muitas produções ficam relegadas a festivais específicos do tema, então é necessário expandir ainda mais essas janelas de exibição. Fiquei extremamente feliz quando o Festival de Cinema de Vitória cedeu essa janela de exibição para um gênero por tantas vezes esquecidos

nos festivais Brasil afora, mesmo sendo, quantitativamente, um dos gêneros de maior produção no Brasil atualmente. Nos filmes desta safra, o horror não vem só de sustos fáceis com sons estridentes do cinema comercial, mas também da sensação da falta de liberdade que Francisco, um veterinário gay, tem em sua vida. Só pelo fato de existir, seu direito de ser encontra-se ameaçado e seus únicos companheiros são os gatos que alimenta pela noite. Para Minha Gata Mieze, de Wesley Gondim, apresenta o que talvez seja uma das cenas mais tensas do ano: um jantar que evolui em meio a violência e privações. Papa-Figo, de Alex Reis, por outro lado, exalta a liberdade da infância em uma reimaginação da história do “homem do saco”, mas deixa a pergunta: mesmo as crianças estariam livres da violência? O fantástico também pode ser lúdico e sensível, como em Broto, dirigido por Antonio Teicher, aproximando o cinema ao realismo fantástico de forma sutil e divertida, transformando o estranhamento em um novo sentimento. Também tratando de transformações, Caranguejo Rei, de Enock Carvalho e Matheus Farias, poderia ser mais uns dos milhares filmes inspirados n’A Metamorfose, de Franz Kafka, mas seu sucesso vem justamente ao desconstruir essa obra, jogando a fantasia no opressor ambiente corporativo, rompendo o clichê de utilizá-lo no escape cômico,


e renovando o “conto da especulação imobiliária”, sob a forma de um body horror. E por falar em body horror, David Cronenberg ficaria orgulhoso com o trabalho de Isadora Cavalcanti para Carne Infinita, que apresenta a puberdade através de fluidos em excesso, criando uma crosta na pele como signo da despedida da infância. Em uma pegada mais monster classic, uma homenagem aos monstros do começo de Hollywood: Guará, de Fabrício Cordeiro e Luciano Evangelista, apresenta uma versão do cerrado para o lobisomem, criatura mística, mas bem enraizada na cultura brasileira, principalmente em lendas interioranas. O lobo do cerrado vem em busca de vingança, mas contra quem? O horror brasileiro se desponta pela originalidade em todos os processos, desde o conceito inicial (até porque nossa realidade é um fértil terreno para o gênero) até novos tipos de maquiagens inventadas justamente pela escassez de verbas. Nesta primeira edição da mostra Do Outro Lado, apresentamos esses seis filmes, vindos de diversas partes do país, que nos apontam nossos medos e frustrações, mas também algumas pontinhas de esperança, que no contexto atual são extremamente necessárias.

Waldir Segundo, curador

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BROTO

CARANGUEJO REI

FIC, Cor, HDTV, 20’, RJ, 2018 Classificação Indicativa: Livre

FIC, Cor, 2k, 23’, PE, 2019 Classificação Indicativa: 14 anos

Antonio Teicher

Direção de Produção: Amina Nogueira e Marina Cruz Roteiro: Antonio Teicher Direção de Arte: Alice Cruz e Duda Gambogi Fotografia: Lucas J. Badini Montagem: Rodrigo Leme Som e Edição de Som: Mariana von Seckendorff Trilha Sonora: Jennyfer Cabrera Elenco: Gisele Lisbôa, Thais D’Castro, Guilherme Bianco, Rollo e Sandra Incutto. Filmografia do Diretor: Saci (2015); Receita de Suco Digital (2016); O Tempo aí em Cima (2017) Sinopse: A jovem Clementina acaba de conseguir um emprego como secretária. Ar-condicionado. Clientes, tesouras, apontadores, crachás. Marilene, a outra secretária, parece inquieta com a chegada de companhia. Será que isso tem a ver com as plantas que nascem do chão da empresa?

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Enock Carvalho e Matheus Farias Direção de Produção: Clarissa Dutra Produção Executiva: Carol Ferreira, Luiz Barbosa Roteiro: Enock Carvalho e Matheus Farias Direção de Arte: Iomana Rocha Fotografia: Maíra Iabrudi Montagem: Matheus Farias Som: Lucas Caminha Edição de Som: Nicolau Domingues Trilha Sonora: Mateus Alves, Nicolau Domingues e Caio Domingues Elenco: Tavinho Teixeira, Arilson Lopes, Clebia Sousa, Marconi Bispo e João Vigo Filmografia dos Diretores: Quarto para Alugar (2016) Sinopse: Eduardo tem uma doença misteriosa em seu corpo. A aparição de caranguejos por toda a cidade do Recife pode ter algo a ver com isso.


CARNE INFINITA

GUARÁ

FIC, Cor, HDV, 14’8”, RJ, 2018 Classificação Indicativa: 14 anos

FIC, Cor, 4k, 20’, GO, 2019 Classificação Indicativa: 12 anos

Isadora Cavalcanti

Direção de Produção: Pedro Fontoura Produção Executiva, Roteiro e Montagem: Isadora Cavalcanti Direção de Arte: Evelyn Cirne Fotografia: Pedro Waddington e Cesar Augusto Moura Som e Edição de Som: Rodrigo Fontoura Elenco: Ingrid Cairo Filmografia da Diretora: Corrida do Rato (2020) Sinopse: Alice joga em seu tablet, quando sons estranhos na máquina de lavar interrompem o jogo. De sua imersão na realidade virtual, Alice passa a encarar uma realidade, a princípio, estranha ao seu corpo.

Fabrício Cordeiro e Luciano Evangelista Direção de Produção: Suelen Corsino e Tothi Cardoso Produção Executiva: Cecília Brito Roteiro: Fabrício Cordeiro e Luciano Evangelista Direção de Arte: Gabriela Richter Lamas Fotografia: Larry Machado Montagem: Fabrício Cordeiro e Luciano Evangelista Som e Edição de Som: Vasconcelos Neto Elenco: Rodrigo Cunha, Valeska Gonçalves, Tothi Cardoso, Juliana Albuquerque, Allan Santana, Jonatas Borges, Sidi Leite, Telma dos Reis e Marcos Aurélio Neto Filmografia dos Diretores: Filmografia de Luciano Evangelista: Pornólogos (2008); Aqueles que Andam pelo Fogo (2012); Wendigo (2015); Leblon Marista (2016); Doklin (2018); Guará (2019) Sinopse: No cerrado habitam lobos-guarás e bandeirantes.

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PAPA-FIGO

PARA MINHA GATA MIEZE

FIC, Cor, 2k, 16”, SP, 2018 Classificação Indicativa: 12 anos

FIC, Cor, 2k, 25’, DF, 2018 Classificação Indicativa: 16 anos

Alex Reis

Direção de Produção: Beatriz Piffer Produção Executiva: Alex Reis e Marcus Araujo Roteiro: Alex Reis Direção de Arte: Ana Zavascki Fotografia: Wilson Velasco Montagem: Alex Reis e Caio De Pietro Som, Edição de Som e Trilha Sonora: Alex Kim Manso Elenco: Chiara Scalett, Herbert Richers Jr e Vitor Abate Sinopse: Uma brincadeira de crianças acaba se tornando um pesadelo, quando eles se propõem a desafiar uma lenda urbana.

Wesley Gondim

Direção de Produção: Vanessa Medrado Produção Executiva: Wesley Gondim e Vanessa Medrado Roteiro: Wesley Gondim Direção de Arte: Carmem Santhiago Fotografia: Dani Azul Montagem e Edição de Som: Cleber Martins Som: Hudson Vasconcelos Trilha Sonora: Lupa Marques e Munha da 7 Elenco: João Campos, Sérgio Sartório e André Araújo Filmografia do Diretor: Marias (2013); Como se Voasse para Casa (2015); Berço das Águas (2016); Lugar de Gente Feliz (2016) Sinopse: Francisco é um jovem veterinário, que nas horas vagas, cuida de gatos abandonados. Um dia, ele começa a ser perseguido por homofóbicos...

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20ยบ Festivalzinho de Cinema de Vitรณria

Sessรฃo ArcelorMittal

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Cinema para Crianças e Adolescentes O Festivalzinho de Cinema de Vitória completa 20 anos em 2019. É bonito pensar em quantas crianças e adolescentes, que hoje já são adultos, passaram pelas sessões. Em seus 20 anos de existência, o Festivalzinho de Cinema de Vitória já atingiu um público de mais de 40 mil crianças, de 57 escolas do Espírito Santo. Desde 2000, o Festivalzinho ajuda a formar plateias e a desenvolver a sensibilidade para as artes. Ao longo de suas edições, a mostra já contabiliza mais de 160 sessões, servindo como importante ferramenta educacional.

Ele é uma oportunidade para os estudantes terem contato com filmes vindos de diversas partes do Brasil, o que contribui para ampliar o repertório desse público. O Festivalzinho também estimula o pensamento crítico, colocando o público no papel de decidir o vencedor da mostra. Assim, a sessão de cinema é um momento de diversão e também um instrumento no processo educativo. Rosemeri de Assis, curadora

O 20º Festivalzinho de Cinema de Vitória Sessão ArcelorMittal traz uma programação com oito curtas-metragens nacionais, entre os gêneros de animação e ficção. Voltado para crianças e adolescentes, entre eles estudantes da rede pública de ensino, o Festivalzinho sensibiliza os pequenos espectadores para as artes, promovendo, muitas vezes, seu primeiro contato com o cinema.

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ARANI TEMPO FURIOSO

GURI

FIC, Cor, HDTV, 20’, ES, 2019 Classificação Indicativa: Livre

FIC, Cor, 2k, 12’, ES, 2019 Classificação Indicativa: Livre

Roobertchay Domingues Rocha

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Adriano Monteiro

Direção de Produção: Lorena Guimarães Produção Executiva e Roteiro: Roobertchay Rocha Direção de Arte: Jonny Mattos Fotografia: Arthur Magalhães de Amorim Montagem e Edição de Som: Roobertchay Rocha e Fábio 3D Som: Hugo Reis e Matheus Noronha Trilha Sonora: GJ Music Producer Animação: Fábio 3D Elenco: Luiza Rocha, Guilherme Rocha, Gabriel Bottecchia, Gabriela Braga, Anelise Godoy, Maria Alice, Henrique Rocha, Eduardo Bottecchia e Ana Pissarra Filmografia do Diretor: Pararurá (2010); O Embrolho (2019)

Direção de Produção e Produção Executiva: Daiana Rocha Roteiro: Adriano Monteiro Direção de Arte: Castiel Vitorino Brasileiro Fotografia: Francisco Xavier Montagem: Alexander S. Buck Som: Natália Dornelas Edição de Som e Trilha Sonora: Greco Nogueira Elenco: Wesley Silva, Rejane Faria, Joaquim Marques Rosa de Novais, Kauã Golfeto Escodino, Marina Maciel Vargas, Lucas Ricardo Assunção Rangel, Assíria Vitória Fernandes Silva, Markus Konká, Margareth Galvão e Leonardo Patrocínio Filmografia do Diretor: Candomblés: Fé e Axé (2018)

Sinopse: Cinco adolescentes e uma menina de 9 anos passam o fim de semana juntos em uma casa de campo. Após Alice mexer num armário, eles descobrem uma antiguidade. Curiosos, resolvem seguir as instruções que encontram dentro da peça. Eles são transportados para dentro de um universo paralelo, onde percebem que precisam se unir. Eles têm pouco tempo para atingir o objetivo, ou ficarão presos para sempre.

Sinopse: Victor é um menino de 12 anos que sonha em vencer um campeonato de Bolinha de Gude do seu bairro.


LILY’S HAIR

NA CASA DA BISA

FIC, Cor, HDV, 15’, GO, 2019 Classificação Indicativa: Livre

FIC, Cor, HDV, 12’, RJ, 2018 Classificação Indicativa: Livre

Raphael Gustavo da Silva Direção de Produção: Pedrinho Fiel Produção Executiva e Roteiro: Raphael Gustavo da Silva Direção de Arte: Rochelle Silva Fotografia: Marcelo Kamenach Montagem e Animação: Isabela Veiga Som e Edição de Som: Thiago Camargo e Guilherme Nogueira Trilha Sonora: Pedrinho Fiel, Raphael Gustavo e Thiago Camargo Elenco: Regiane Grabriele, Bernardo Luiz, Vitória Mikaeli, Regina Silva, Adriana Brito, Izabela Nascente, Mel Gonçalves, Lailston Rodrigues (Tom) e Miguel Tsidkenu Filmografia do Diretor: Era uma Vez um Bandeirante (2010); My Brother (2013); Pane (2014); Funcionário do Mês (2014); A Casa Mais Bela da Rua (2015); Mademoiselle do Rap (2016); A Piscina de Caíque (2017)

Realização Coletiva

Direção de Produção, Roteiro, Direção de Arte, Fotografia, Montagem, Som e Edição de Som: Realização Coletiva Produção Executiva: Panapaná Produções Artísticas Elenco: Maria Iasmin Sales, Gustavo Linhares e Dona Júlia Sinopse: Dois irmãos que passam o fim de semana na casa da avó e em meio às brincadeiras, descobrem um passado distante de sua família, desconhecido por eles até então.

Sinopse: Lily é uma garota negra que não gosta de seus cabelos. Com a ajuda de Caio, seu amigo cadeirante, tenta ter os cabelos do jeito que sempre sonhou.

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O MALABARISTA

METAMORFOSE

ANI, Cor, 2k, 11’, GO, 2018 Classificação Indicativa: Livre

ANI, Cor, 2K, 5’, MG, 2017 Classificação Indicativa: Livre

Iuri Moreno

Direção de Produção: Danilo Kamenach e Marcelo Kamenach Produção Executiva: Lara Morena Roteiro e Montagem: Iuri Moreno Direção de Arte: Wesley Rodrigues Som: Thiago Camargo e Guilherme Nogueira Edição de Som: Thiago Camargo Trilha Sonora: Dênio de Paula e Saracura do Brejo Animação: Wesley Rodrigues Filmografia do Diretor: Eu Kalunga (2011); Lápis sem Cor (2016) Sinopse: Documentário em animação sobre o cotidiano dos malabaristas de rua, que colorem a rotina monótona das grandes cidades.

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Jane Carmen Oliveira

Direção de Produção, Produção Executiva e Roteiro: Jane Carmen Oliveira Direção de Arte: Rayanne Vieira Montagem: Gabriel D’Angelo Louzada Som: Bruno Medeiros Edição de Som e Trilha Sonora: Bruno Medeiros Animação: Gabriel D’Angelo Louzada, Jane Carmen Oliveira, Luiz Prado e Nathalia Coimbra Ibraim Sinopse: Em busca de aceitação e felicidade, uma menina se espelha nas pessoas ao seu redor.


VIDA REAL

8 PATAS

ANI, Cor, HD, 1’, MG/EUA, 2019 Classificação Indicativa: Livre

Fabrício Rabachim, Gabriel Barbosa, Pietro Nicolodi

Camila Mezzetti e Ramon Faria Direção de Produção e Direção de Arte: Camila Mezzetti e Ramon Faria Produção Executiva, Montagem, Som, Edição de Som, Trilha Sonora, Animação: Ramon Faria Roteiro: Camila Mezzetti Filmografia dos Diretores: A Mesma Velha Estória (2009); Funcionário do Mês (2011); Cuca no Mundo da Música (2012); A Varinha Mágica (2014); Creatio (2015); SERF (2018); Fragile (2019) Sinopse: O que devemos fazer quando descobrimos que a vida não é, literalmente, uma vida de princesa?

ANI, Cor, 2K, 2’, SP, 2017 Classificação Indicativa: Livre

Direção de Produção, Fotografia e Montagem: Fabrício Rabachim, Gabriel Barbosa, Pietro Nicolodi Produção Executiva: Flávia Rabachim Roteiro: Fabrício Rabachim Direção de Arte: Pietro Nicolodi Som, Edição de Som e Trilha Sonora: Gabriel Barbosa Animação: Fabrício Rabachim, Pietro Nicolodi Sinopse: Ao receber uma visita inesperada, Beatriz se vê dentro de seu pior pesadelo. A aparição de uma pequena aranha transforma o conforto de seu lar em uma sucessão de desventuras, que provará que o maior perigo a enfrentar é o seu próprio medo.

Fora de competição 109


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Pré-Evento

2ª Mostra de Cinema de Bordas O cinema periférico dos quatros cantos do Brasil A 2ª Mostra de Cinema de Bordas foi o pré-evento do 26º Festival de Cinema de Vitória, que contou com a curadoria da escritora e pesquisadora Bernadette Lyra, criadora do termo “cinema de bordas” e grande investigadora da área. Guerras imaginárias, monstros, maldições, tragédias e comédias do cotidiano representadas de uma forma não-convencional. Esses são apenas alguns dos temas que povoaram o universo dos filmes exibidos no Cine Metrópolis, no dia 25 de julho de 2019, na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Os filmes exibidos são um recorte da produção brasileira desse tipo de gênero fílmico, e apresentam características alternativas, voltadas especificamente para o entretenimento, apresentando regiões e modos de vida, com roteiros conectados às comunidades e populações que os realizam. Segundo a pesquisadora e curadora da mostra, Bernadette Lyra, o Cinema de Bordas é um cinema alternativo, mas que faz parte da história e do universo do cinema no Brasil. É um fenômeno muito interessante, porque junta realizadores que são autodidatas e fazem filmes em suas comunidades. E ter um espaço para trazer essas produções para as telonas é uma forma de apoiar e resgatar um Brasil que muitas vezes não conhecemos, de maneira muito singela, mas sempre criativa.

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Sessões Especiais

ESPERO TUA (RE)VOLTA Eliza Capai

DOC, Cor, HDTV, 93’, RJ, 2019 Classificação Indicativa: 14 anos

VITÓRIA DELAS

José Augusto Muleta

DOC, COR, HDTV, 16’, ES, 2019 Classificação Indicativa: 12 anos

Produtor Executivo: Mateus Cassol Produção: Viviane Ferreira Igor Moura e Carlos Devillart Direção de fotografia: Diego Luis Assistente de fotografia: Caio Miranda Edição: Maurício Jacob Direção de arte: Diego Lopes Sinopse: O documentário “Vitória Delas” conta a história de quatro mulheres: Winy Fabiano, Dora Costa, Ivete Pereira e Berenice Correa. Todas são lideranças influentes em suas comunidades e protagonistas de suas vidas.

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Direção de Produção e Produção Executiva: Mariana Genescá Roteiro: Eliza Capai Direção de Arte: Bijari Fotografia: Bruno Miranda e Eliza Capai Montagem: Eliza Capai e Yuri Amaral Edição de Som: Confraria de Sons & Charutos Trilha Sonora: Décio 7 Elenco: Nayara Souza, Lucas “Koka” Penteado e Marcela Jesus Filmografia da Diretora: Tão Longe é Aqui (2013); Severinas (2013); No Devagar Depressa dos Tempos (2014); É Proibido Falar em Angola (2015); O Jabuti e a Anta (2016); Resistência (2017) Sinopse: Quando a crise se aprofundou no Brasil, os estudantes saíram às ruas e ocuparam escolas, protestando por um ensino público de qualidade e uma cidade mais inclusiva. O filme acompanha as lutas estudantis desde as marchas de 2013 até a vitória do presidente Jair Bolsonaro em 2018. Inspirada pela linguagem do próprio movimento, é conduzido pela locução de três estudantes, representantes de eixos centrais da luta, que disputam a narrativa, explicitando conflitos do movimento e sua complexidade.


Homenagens

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Vera Fischer é A Super Fêmea. Uma mulher à frente de seu tempo, que combateu o machismo e encarou de frente uma indústria dominada pelos homens desde o início de sua carreira. Sua beleza estonteante a transformou em Miss, mas sua fibra e seu caráter moldaram uma sólida carreira artística que se entrelaça com a história do cinema brasileiro. Dona de uma filmografia prolífica, seus personagens são ícones do cinema nacional. Nas décadas de 1970, 1980 e 1990, seu rosto foi um dos mais vistos nas grandes telas, interpretando papéis fortes e complexos, que lhe renderam diversos prêmios. Com suas atuações na televisão conquistou o imaginário popular dos brasileiros, sendo lembrada todas as vezes em que se rememoram grandes obras da teledramaturgia. Conquistou os palcos com uma força dramática capaz de dominar de Shakespeare a Tennessee Williams. Inteligente, interessante, vivaz e com um vasto repertório sobre cultura, Vera fala sobre cinema com referências apuradas, sobre teatro e artes plásticas, e desfila por todos os assuntos com imensa naturalidade. Uma artista completa, Vera, além de atriz, pintou quadros, é excelente dançarina, escreveu livros, faz colagens, dirigiu filmes e peças, tem uma voz única elogiada por ícones da MPB e agora canta. Por tudo o que representa para a arte no Brasil e pelo imenso desejo de seguir sempre fazendo mais, é um prazer e uma honra render homenagem à Vera Fischer no 26º Festival de Cinema de Vitória. Lucia Caus

Diretora do 26º Festival de Cinema de Vitória

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Bernadette Lyra nasceu em Conceição da Barra e se orgulha de ter suas raízes na “areia clara e fina”, se orgulha da Cabula e de seu Tatá do vento. A escritora, pesquisadora e educadora tem pós-doutorado em Sorbonne e derrama sua gratidão à Universidade Federal do Espírito Santo por ter sido a base de sua carreira acadêmica. A valorização da educação é um dever social, e urgente. É preciso homenagear uma mulher que dedica sua vida à academia e à literatura. É importante homenagear uma mulher que desbravou, em tempos obscuros, o caminho das mulheres pesquisadoras. Esse caminho que Bernadette traçou, levou consigo várias mulheres que produzem e realizam o audiovisual brasileiro. Suas pesquisas sobre cinema como arte, análise fílmica e cinema e comunicação são referências para estudiosos em todo o território nacional. Seus estudos em comunicação reacendem o interesse público pelos seus temas. Bernadette cunhou o termo Cinema de Bordas, que hoje é denominação para um tipo de cinema periférico com narrativas e estéticas específicas. Sua mais recente pesquisa investiga o cinema Queer. Em 2018, recebeu da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (Socine), o prêmio de Pesquisadora do Ano. No meio literário tem reconhecimento internacional. Bernadette também ocupa a cadeira número 1 na Academia Espirito-Santense de Letras, e seu livro “Memórias das Ruínas de Creta” foi indicado ao Prêmio Jabuti, o mais importante prêmio literário do Brasil. Várias instituições do país prestaram homenagens à maravilhosa Bernadette Lyra, porque é uma homenagem mais que necessária. Mas para nós, homenagear Bernadette é retribuir com amor o amor que ela sempre dedicou e dedica ao Festival de Cinema de Vitória. Viva Bernadette Lyra! Lucia Caus

Diretora do 26º Festival de Cinema de Vitória

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Oficinas OFICINA DE REALIZAÇÃO EM CINEMA E VÍDEO Com Luiz Carlos Lacerda A oficina apresenta como resultado um curta-metragem, que é exibido no último dia do Festival. A Oficina de Realização em Cinema e Vídeo tem o objetivo de instrumentalizar os participantes, técnica e artisticamente, para a realização de um curta-metragem de ficção de até 15 minutos. Em aulas práticas e teóricas, os alunos experimentam funções distintas desse processo, nos moldes de uma equipe profissional com polivalência de funções: noções básicas de dramaturgia cinematográfica, construção do personagem, decupagem, linguagem e nomenclatura dos planos e movimentos de câmera, utilização dramatúrgica das lentes na construção da narrativa, elaboração, exercícios e análise técnica do roteiro, plano de produção etc. Também são trabalhadas as inter-relações entre os setores das áreas técnica (pesquisa, câmera, fotografia, som direto, edição, produção) e artística (roteiro, direção, direção de arte, figurino, direção musical) na realização de um filme em todas as suas fases (pré-produção, filmagem e finalização). Luiz Carlos Lacerda é cineasta e realizou mais de 30 documentários sobre personalidades da cultura brasileira, entre elas, Cecília Meireles, João da Baiana, Maria Della Costa, Vianinha e Barão de Itararé, além dos longasmetragens “Mãos Vazias” (1970), “O Princípio do Prazer” (1978), “Leila Diniz” (1988), “For All – O Trampolim da Vitória” (1997), “Viva Sapato!” (2004), “Casa 9” (2011), “A Mulher de Longe” ( 2012), “Introdução à Música do Sangue” (2015) e “O que Seria Deste Mundo sem

Paixão?” (2016). Luiz Carlos Lacerda foi professor de Cinema dentro e fora do país, produtor de novelas na TV Globo e fez diversas séries para TV.

OFICINA DE ROTEIRO Com José Roberto Torero Na Oficina de Roteiro os participantes aprendem a fazer um argumento, formatar um roteiro, preparar uma escaleta e a trabalhar os diálogos e as cenas. José Roberto Torero é escritor, diretor e roteirista. Formado em Letras e Jornalismo, cursou pós-graduação em Cinema e Roteiro. Torero dirigiu vários filmes e é autor de 40 livros, além de roteiros para cinema e TV, como do quadro “Retrato Falado”, da Rede Globo. Entre os roteiros de filmes que assina, está o de “Uma História de Futebol”, finalista do Oscar em 2001. Já entre os livros publicados está “O Chalaça”, vencedor do prêmio Jabuti de Romance.

OFICINA DE DIREÇÃO DE ARTE Com Joyce Castello A Oficina de Direção de Arte propõe um contato inicial com as noções da direção de arte em projetos audiovisuais. São apresentados conceitos introdutórios sobre o papel do diretor de arte em um projeto e como o departamento de arte interage com os demais departamentos. O programa da oficina avança no tema, expondo meios de estruturar um projeto de arte, de maneira a buscar elementos estéticos e narrativos coerentes com a visualidade da proposta (conceito, pesquisa, proposta estética,

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cores, mood e projeto cenográfico) e de como organizar a execução (mapa de arte, produção de objetos e adereços e cenotecnia). Também é abordada a criação de figurinos e maquiagem, que fazem parte do universo da direção de arte. Após a etapa expositiva, os alunos são guiados por dois exercícios práticos. Joyce Castello colabora com projetos de cinema, teatro, dança, videoclipes e publicidade desde 2010. Atua em direção de arte, cenografia e figurino. Formada em Jornalismo, cursou Direção de Arte na Academia Internacional de Cinema de São Paulo (AIC-SP). Foi responsável pela Direção de Arte e Figurino de diversas produções, como a série Vença do Jeito Certo, exibida pelo Canal FOX; os longas “Abissal” (2017) e Simone (2016); e o Videoclipe “A Cor é Rosa”, do cantor Silva.

OFICINA DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS CULTURAIS Com Simone Marçal e Daniel Morelo A Oficina de Elaboração de Projetos Culturais é a oportunidade de dialogar a cultura de forma enriquecedora, colaborativa, sustentável e criativa, contribuindo para o fortalecimento do setor e da cadeia produtiva. Os temas abordados são: elaboração da ideia ao papel, falando da escrita, objetivo, cronograma, planilhas, orçamentos, prestação de contas e gestão do projeto. Uma capacitação para artistas e produtores culturais, para que possam construir projetos de valor para editais e leis de incentivo, além de entender como realizar uma gestão eficiente do projeto para que toda a execução seja coerente e a prestação de contas efetiva. Simone Marçal é pós-graduada em Gestão Cultural e graduada em Comunicação Social e atua no setor cultural há 20 anos. Tem vasta experiência em realização de eventos culturais, elaboração e gerenciamento de projetos perante Governos Federais, Estaduais e Municipais. Idealizadora da Formação Mercado Musical (Formemus), produz a Mostra Cinema e Direitos Humanos – etapa Vitória, realizada pelo Ministério dos Direitos Humanos.

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Foi coordenadora do Ponto de Cultura “Museu do Comum”, do Projeto “Vídeo nas Comunidades – Etapa Parceiros do Bem”, coordenou o Projeto “Rede Olhares do Mundo”, realizado em parceria com o Ministério da Cultura, Produziu os 1º e 2º Festival de Cinema de Muqui (Fecim). Produtora Executiva das Mostras de Audiovisual da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo (Secult), entre 2008 e 2011. Daniel Morelo formou-se comunicólogo com ênfase em publicidade e propaganda, é pós-graduado em planejamento estratégico de comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo e Licenciado em Filosofia pela Universidade Federal do Espírito Santo. Idealizador e apresentador dos programas de rádio Sorvetinho FM (que só veicula músicas de artistas do ES) e da Sexta Vraum, na Universitária 104.7 FM. Coordenou os Festivais “Voadora” e “Tarde no Bairro” e a coletânea Voadora Records, que reúne produções musicais capixabas, que são distribuídas para alunos da rede pública estadual. Parecerista de projetos, também idealizador da Formação Mercado Musical (Formemus), que acontece em Vitória.

OFICINA DE INTERPRETAÇÃO: ESTADO E CRIAÇÃO DE CENA Com Silvero Pereira A oficina propõe criar um ambiente de investigação cênica, a partir do corpo indivíduo e do corpo coletivo, com a oportunidade desenvolver cenas, trabalhar alguns fundamentos da interpretação, improviso e direção de espetáculo. Silvero Pereira é ator, dramaturgo, diretor e fundador do Coletivo As Travestidas (Fortaleza/CE). No teatro, atuou em mais de 30 peças e circulou por quase todo o território brasileiro, além de EUA e Alemanha. Na TV, atuou na novela “A Força do Querer” e participou do “Show dos Famosos 2018”, do Domingão do Faustão, e foi mobilizador do programa Criança Esperança. No Cinema fez “Serra Pelada” (2012), curtas como “No Fim de Tudo” (RN) “As Bodas do Diabo” (SP) e “Mar de Zila” (RN), e participou do filme “Bacurau”, de Kleber Mendonça e Juliano Dorneles.


OFICINA DE PRODUÇÃO EXECUTIVA: GESTÃO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS PARA O AUDIOVISUAL Com Paulo Boccato Como um filme é orçado e financiado? Como planejar, executar e distribuir um filme? Essas são algumas das questões a serem trabalhadas durante a oficina. A abrangência dos assuntos abordados faz da oficina um curso que aborda todas as etapas de um projeto audiovisual. O conteúdo, dividido em cinco dias, cobre desde entender o que é um filme do ponto de vista mercadológico e o papel do produtor, passando por roteiro, pós-produção e estrutura financeira, chegando até o momento da distribuição. Paulo Boccato é formado em Cinema e Comunicações pela ECA (USP) e se estabeleceu como um grande produtor na indústria audiovisual brasileira, tendo produzido e lançado nove longas nos últimos anos, metade dos quais alcançou o Top 10 de bilheteria nacional em seus respectivos anos de lançamento – “Loucas pra Casar” sendo a oitava maior bilheteria de todos os tempos para um filme nacional. Boccato também produziu a bem-sucedida série de animação “Historietas Assombradas para Crianças Malcriadas”, líder de audiência na TV paga brasileira pelo Cartoon Network e o primeiro longa stop-motion da América Latina, “Minhocas”, lançado em cinemas na França e nos EUA. Atualmente, produz longas e documentários em coprodução com Canadá, Espanha, EUA e Itália, em diversos gêneros. Boccato tem trabalhado em parceria com empresas como Fox Films, Buenavista, Sony Pictures, Warner, Paramount, Paris Filmes, Globo Filmes, Turner e Warner Channel.

PA I N É I S

TRILHA SONORA NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL NACIONAL E INTERNACIONAL Com Katerina Polemi e Marcus Neves Mediação Daniel Morelo O painel irá discutir a relação entre os profissionais de direção e produção executiva e o compositor/produtor musical e/ou desenhistas de som (sound designer), com enfoque nas demandas orçamentárias e questões de organização de workflow para criação, produção, gravação e entrega de uma trilha musical e/ou sonora. Em paralelo, os papéis do compositor de trilha musical e do desenhista de som na construção de uma obra audiovisual. Também serão abordados os tópicos: Como se cria uma trilha sonora? Por onde começar? Quais instrumentos utilizar? Como utilizar a tecnologia? Qual é o papel do compositor? Qual é o lugar desse profissional dentro da produção de um filme e como utilizar a estrutura do projeto para esse trabalho?

OFICINA INTERATIVA - “DRAMATERAPIA”: EXPERIÊNCIA (WORKSHOP) COM REFUGIADAS. EXIBIÇÃO DO FILME FEITO NAS OFICINAS DA GRÉCIA Com Katerina Polemi

“Todas as formas de arte tem poder para mudar o interior de uma pessoa, fazê-la sonhar, até se curar”, explica Katerina Polemi, multi-instrumentista, compositora e cantora greco-brasileira. Através de um workshop que une princípios de terapia com técnicas de drama e movimento, constroem-se conexões e quebram-se barreiras; supera-se o medo por meio de atividades como a narrativa (contação de histórias), aprender a utilizar a voz (como um instrumento) e exercícios com o próprio corpo ou objetos que ajudem a despertar a confiança, elementos básicos para introduzir técnicas de atuação e expressão pessoal. Katerina Polemi é multi-instrumentista e estudou no Conservatório de Música de Berklee (Berklee College of Music), nos Estados Unidos, onde viveu por cinco anos. Em 2011, lançou seu primeiro álbum chamado “Spread the Music not the Name” (“Divulgue a Música e não o Nome”, em tradução livre). Durante as Olimpíadas Rio 2016 fez quatro shows na Casa da Suíça, a convite do consulado do País. No repertório de seu show, Katerina mistura jazz, gipsy, swing e música brasileira. Em 2012, trabalhou pela primeira vez como compositora de música para teatro, com a peça “Eurydice”, de Sarah Ruhl. Em 2013 começou a escrever trilhas para cinema, e já foi responsável pela trilha de produções premiadas internacionalmente.

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Lanรงamentos


Cinema de Bordas

Bernadette Lyra & Gelson Santana (orgs.), Editora a lápis, 224 páginas, 2006 Os 10 trabalhos publicados neste livro chamam a atenção para um cinema brasileiro “invisível”, um cinema que, em geral, permanecia às bordas dos estudos acadêmicos e que, aqui, comparece configurado em um conjunto de filmes, pensados, alinhados e analisados em suas características formais e conteudísticas, sob os mais variados aspectos. Neste sentido, a tentativa principal deste livro sobre cinema de bordas no Brasil é a superação das dicotomias valorativas que dominam os estudos de cinema no país.

Cinema de Bordas 3

Gelson Santana (org.), Editora a lápis, páginas, 2014 O que transparece nos 10 textos reunidos no Cinema de bordas 3 é o amoroso, respeitoso e minucioso trabalho com que são investigados os detalhes da maquinação, da combinação de imagens e sons que compõem o corpo desses filmes desgarrados, para que eles encontrem seu lugar de direito nos estudos cinematográficos e não se percam de vez no desprezo, no pouco caso ou na indiferença. Observa-se uma distinção flagrante entre esta coletânea de artigos e as duas anteriores é o conforto e a desenvoltura com que, agora, os artigos trabalham em cima de um referencial conceitual que se estabelece a partir do termo “cinema de bordas”.

Cinema de Bordas 2

Gelson Santana (org.), Editora a lápis, 264 páginas, 2008 Os 10 trabalhos publicados em Cinema de bordas 2 dão continuidade as investigações de um grupo de pesquisadores que aceita como legítima certas práticas cinematográficas, costumeiramente consideradas periféricas ou marginais, quase sempre postas às bordas pelas entidades institucionais, a partir da valorização de determinados padrões e da cristalização de modelos, tradicionalmente pautados no autoral ou no artístico.

Filmes de Cristo, Oito Aproximações Luiz Vadico, Editora a lápis, 232 páginas, 2009

Todos os filmes que contenham a estória da vida, paixão e morte de Jesus Cristo são considerados, nos ensaios deste livro, como “Filmes de Cristo” – mesmo obras na qual Cristo só faz pequenas aparições (diretas ou indiretas). Estas obras audiovisuais tornaram-se a fonte de novas representações da imagem de Jesus construídas ao longo do século XX.

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O Parque das Felicidades Bernadette Lyra, Editora a lápis, 128 páginas, 2009

Os contos que compõem esta coletânea resultam de uma contradição aparente: jogam, ao mesmo tempo, com traços de intimidade e traços de mundanidade. Foram desenhados no rigor dos dois mundos, num misto de fascínio e estranhamento – vida e morte.

Fotogramas do Brasil: As Chanchadas Bernadette Lyra, Editora a lápis, 108 páginas, 2a edição, 2014

Segundo a autora, “o principal motivo que me incitava a estudar as chanchadas era minha experiência cinematográfica, desde a infância formada no gosto de assistir a comédias populares. No fundo, as experiências de uma pessoa são o fundamento do que ela usa para suas explicações”.

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O Prazer Trivial: Cultura Midiática, Gênero e Pornochanchada Gelson Santana, Editora a lápis, 96 páginas, 3a edição, 2014

A pornochanchada constituiu-se o elixir da sabedoria no Brasil da década de 1970 do século XX. Esse elixir resultou das essências de um imaginário cinematográfico “confuso” que se articulou entre a imagem de um país brejeiro (um país do quintal), destilado das chanchadas, e as experiências de urbanização processadas por mídias como a televisão.

O Jogo dos Filmes Bernadette Lyra, Editora a lápis, 215 páginas, 2018

O livro estuda vários filmes como se fossem um jogo aberto às pessoas que assistem a eles. Pode ser lido como um método para apreciar e analisar filmes cinematográficos. E tem um capítulo especialmente dedicado ao cinema de Andreï Tarkovsky, Pedro Almodóvar, Marcelo Mazagão, Manoel de Oliveira, Peter Greenaway.


Memória das Ruínas de Creta

Bernadette Lyra e Nelma Guimarães, Editora a lápis, 58 páginas, 2018 Lançado em 1998 e indicado ao Prêmio Jabuti, “Memória das Ruínas de Creta” ganhou uma edição muito especial produzida pela editora “a lápis”. O livro da escritora Bernadette Lyra é uma história mítica da ilha de Vitória e é todo ilustrado com obras de Nelma Guimarães, fotografadas por Roberto Burura.

Minividas

Wladimir Cazé, Editora Cousa, 56 páginas, 2018 “Minividas”, terceiro livro de poemas de Wladimir Cazé, reúne textos escritos entre 2016 e 2018. A obra traz uma diversidade temática maior que os trabalhos anteriores do autor, englobando temas sociais e pessoais, críticas à contemporaneidade e retratos do cotidiano coletivo e da intimidade familiar.

Ulpiana

Bernadette Lyra, Editora a lápis, 122 páginas, 2019 “Ulpiana” começa com o suicídio de uma mulher, e, a seguir,várias histórias vão se entrelaçando, à medida que a sobrinha tenta decifrar o enigma da morte da tia. O título “Ulpiana” se refere a uma antiga necrópole em ruínas, situada nos Balcãs, na planície do Kosovo. O local misterioso situa cenas do livro e perpassa toda a narrativa, que se desenrola de forma não linear em torno da vida de várias mulheres, unindo fragmentos de memórias e tramas, envolvendo enganos, desenganos e perdas.

Poemínimos Rodrigo Caldeira, Editora Cousa, 58 páginas, 2018

Em “Poemínimos” há uma perfeita sintonia entre forma e conteúdo. O poeta situa seu olhar nas minúcias, revelando o lirismo que a pressa nos impede de ver, militando pela necessidade de tempo para observar o mundo. O objeto livro respira esse tempo, com a datilografia do poema na Olivetti Roma e a montagem artesanal dos exemplares.

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Poérica

Érica Magni, Editora Cousa, 44 páginas, 2019 Primeiro livro da poeta Érica Magni, que nasceu no Rio de Janeiro numa terçafeira de Carnaval: “Minha mãe sentiu um desejo incontrolável de beber vinho naquela noite, era dia 18 de fevereiro de 1986”. De mãe imigrante do Norte e de pai italiano forasteiro, veio ao mundo e não tinha nem berço. Cresceu entre Rio e Roraima.

Reis de Paus

Luiz Carlos Lacerda, Editora Mariposa Cartonera, 66 páginas, 2ª edição, 2018 O livro “Reis de Paus”, do cineasta e poeta Luiz Carlos Lacerda, reúne 37 poemas eróticos e ganhou uma edição artesanal numerada e assinada, feita pela editora Mariposa Cartonera (Recife) com capas de papelão reutilizado, costuradas à mão e pintadas, uma a uma, pelo artista plástico Victor Arruda.

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Previsão para Ontem

Henrique Rodrigues, Editora Cousa, 106 páginas, 2019 “Previsão para ontem” traduz o olhar reflexivo que Rodrigues tem sobre as inquietações do mundo, em especial sobre um Brasil que finge caminhar para a frente, mas parece sem rumo (eis uma possibilidade irônica já no título), utilizando a poesia como forma aguda de se repensar o mundo pela força da palavra.

Fama Volat

Francisco Grijó, Editora Cândida, 222 páginas, 2019 Fama “Volat” é um romance com os componentes básicos da literatura policial. Há um detetive, há crimes, há investigações e há uma delegacia. Há também uma narração paralela, que envolve o mundo das artes, com suas vaidades e seus jogos de interesses. E há, por fim, um elemento polêmico, tratado no livro com respeito e ironia: as teorias da conspiração. A Fama Volat existe ou não? É isso que o leitor é convidado a descobrir em uma história carregada de referências históricas.


Trajetória da Crítica de Cinema no Brasil

Paulo Henrique Silva (org.), Editora Letramento, 455 páginas, 2019 O livro é resultado de um trabalho inédito, reunindo, pela primeira vez, a história do início e do desenvolvimento do exercício da crítica de cinema em 23 dos 27 estados do país, incluindo o Distrito Federal. Neste levantamento, que envolveu 34 autores, é possível traçar uma trajetória comum, que começa junto à abertura das primeiras salas de exibição, no início do século passado, e prossegue com a criação de cineclubes. A publicação também reúne artigos sobre a produção na internet, para onde a crítica vem migrando nos últimos anos; lança luz sobre o trabalho feito por mulheres; e registra a formação de associações de críticos.

Raul Seixas por Trás das Canções Carlos Minuano

Editora Best Seller, 336 páginas, 2019 Em “Raul Seixas por Trás das Canções”, Carlos Minuano vai, através das letras de Raul e de sua relação com a composição, abordar a vida e a carreira do artista de uma forma precisa e íntima, nunca feita antes. O livro também conta com depoimentos de amigos, parceiros de trabalho e familiares de Raul e com o relato de uma inusitada e incrível turnê chamada Ouro de Tolo, que passou por dois garimpos no interior do Pará e fotos inéditas dessa viagem. Uma jornada pela memória de um dos brasileiros mais ilustres e peculiares de todos os tempos, guiada pela poesia única de suas composições.

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23ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE CURTAS / 8ª MOSTRA FOCO CAPIXABA Kênia Freitas Pós-doutoranda (CAPES/PNPD) em Comunicação da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Doutora em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Realizou a curadoria das mostras “Afrofuturismo: Cinema e Música em uma Diáspora Intergaláctica”, “A Magia da Mulher Negra” e “Diretoras Negras no Cinema Brasileiro”. Escreve críticas para o site Multiplot! e integra o Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.

Rafael Malta Diretor de fotografia com formação na Global Cinematography Institute em Los Angeles. Com mais de 12 anos de experiências, nos últimos cinco, vem dedicando sua carreira para o cinema de longa-metragem em documentário e em videoclipes. Trabalhou nas séries de televisão “A Garota da Moto” (SBT, 2018) e “A Vida Secreta dos Casais” (HBO, 2018), e no filme “Chorar de Rir” (2017, Warner Bros).

Samantha Brasil Pesquisadora e crítica de cinema, graduada em Direito e em Ciências Sociais, com mestrado em Sociologia e Antropologia (UFRJ). Curadora do Cineclube Delas, no Rio de Janeiro, que tem enfoque no cinema realizado por mulheres, e do Festival Internacional Colaborativo Audiovisual (FICA.VC). É editora associada do site

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Horizontes ao Sul. Integrante das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema e colaboradora dos canais de YouTube A Lente Escarlate e Sobre Elas, além de escrever regularmente sobre cinema no Delirium Nerd. Integrou a equipe do podcast Feito por Elas, de julho de 2016 a fevereiro de 2019. Compôs diversos júris em festivais de cinema nacionais e internacionais como: Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Curta Cinema, Festival Internacional Latino-Americano Mujeres en Escena, Recine – Festival Internacional de Cinema de Arquivo, Femina – Festival Internacional de Cinema Feminino, entre outros.

9ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS André Dib Jornalista, pesquisador e crítico de cinema com textos publicados em diversos jornais, revistas, sites e catálogos. Mestrando no programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Realiza curadorias e oficinas para instituições, mostras e festivais de cinema. Membro da diretoria da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (2013-17). Coautor dos livros “Trajetória da Crítica de Cinema no Brasil” (2019), “Animação Brasileira: 100 Filmes Essenciais” (2018), “Documentário Brasileiro – 100 Filmes Essenciais” (2017) e “100 Melhores Filmes Brasileiros” (2016), todos organizados pela Abraccine. Organizador do livro “Antologia da Crítica Pernambucana”, a ser lançado em 2019.


Júri Irina Neves Produtora com experiência de mais de 15 anos na área audiovisual, publicitária e de novas mídias, trabalhou em diversos segmentos da área, como captação, produção e distribuição de longas metragem. Hoje atua na produção de diversas obras audiovisuais como “Ricos de Amor” (Netflix), “Delação” (Warner), “SOS Mulheres ao Mar 2” (Universal Pictures), “Soundtrack” (MGM) e “Eu Fico Loko” (Paris/Downtown), dentre outros. Durante cinco anos esteve na produtora Total Entertainment, onde contribuiu com projetos como “Se eu Fosse Você”, “Assalto ao Banco Central” e “Se Puder Dirija”. Responsável pela criação da primeira empresa de distribuição de conteúdo audiovisual em mídias digitais, CineMobile, empresa que representou os principais estúdios do mundo junto às empresas de telefonia móvel no Brasil, América Latina e América Central, tais como Disney, DreamWorks, Fox, Paramount.

Realizou os curtas “Sonar 2006 – Special Report” (2006), “Das Gesetz des Staerkeren” (2007), “Black Berlim” (2009), “Cinema Mudo” (2012) e “Personal Vivator” (2014) e o documentário de média-metragem “Rio Encantado” (2014), além de uma série de videoclipes. Em 2016 foi a diretora-convidada do edital Usina Criativa de Cinema, promovido pelo Pólo Audiovisual da Zona da Mata de Minas Gerais e pelo Grupo Energisa, e com isso realizou seu último trabalho, o média-metragem “Rainha” (2016), selecionado para a mostra Perspectives, do International Film Festival Rotterdam (IFFR). O filme ganhou 13 prêmios, entre eles, o troféu de Melhor Filme pelo Júri Popular do 26º Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro – Curta Cinema. Foi uma das cinco diretoras contempladas do edital Fundo AVON para Mulheres no Audiovisual (F.A.M.A 2018), e com isso, finalizará o seu primeiro projeto de longa-metragem, o documentário de longa-metragem sobre a historia do funk carioca, “Cidade do Funk”.

Sabrina Fidalgo Premiada realizadora carioca, seus filmes já foram exibidos em mais de 300 festivais nacionais e internacionais, em lugares como Los Angeles e Nova Iorque (EUA), Tegucigalpa (Honduras), Cidade do México (México), Buenos Aires e Cordoba (Argentina), Tóquio (Japão), Praia (Cabo Verde), Acra (Gana), Maputo e Cabo Delgado (Moçambique), Berlim e Munique (Alemanha). Em março de 2018 foi eleita, em 8º lugar, pela publicação norte-americana “Bustle”, como uma das 36 diretoras de todo o mundo que estão mudando paradigmas em seus respectivos países. Estudou na Escola de TV e Cinema de Munique, na Alemanha, e fez especialização em roteiro na Universidad de Córdoba, na Espanha.

9ª MOSTRA QUATRO ESTAÇÕES Alexandre Soares Taquary Produtor audiovisual, diretor dos festivais Curta Taquary e Criancine. Estudou “Guion cinematográfico” e “Curadoria, gestão e network de festivais de cinema” na Escuela Internacional de Cine e TV de San Antonio de Los Baños (EICTV/Cuba). Assinou a produção da série “Giga” e dos longas da Trilogia Cinza de Taciano Valério, exibidos em Tiradentes e Brasília. Produziu o curta em 16 mm “Repulsa” de Eduardo Morotó, coproduziu os curtas “O Esquema” de Caio Dornelas, “Capela” de

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Ramon Batista e “A Moça que Dançou com o Diabo” de João Paulo Miranda, exibidos em diversos festivais nacionais e internacionais entre eles: Cannes, Biarritz (França), Busan (Coréia do Sul), Havana (Cuba), Olhar de cinema (PR) e Curta Cinema (RJ). Colaborou com a curadoria dos festivais internacionais: Thessaloniki LGBTQ int. film festival (Grécia) Hacelo Corto (Argentina), Antofadocs e Muestra Polo Sur (Chile). Atualmente dedica-se na produção do curta em 16 mm “Sonhos” de Chico Lacerda e na pré-produção do longa de Eduardo Morotó “Irmãos Karaíba”.

André Morais Um artista múltiplo. Sua obra une teatro, cinema e música. Nascido na cidade de João Pessoa (PB), seu primeiro curta-metragem, “Alma”, participou de mais de 20 festivais no Brasil e no exterior. O filme venceu o prêmio de Melhor Curta no Festival Latino-Americano de Toronto (Canadá). Seu mais recente trabalho é o longa-metragem “Rebento”, no qual é autor e diretor. O filme estreou em janeiro de 2018, na seleção oficial da Mostra de Cinema de Tiradentes.

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Elza Soares, Mônica Salmaso, Naná Vasconcelos, Tetê Espíndola e ainda outros. Lançou os álbuns “Dilacerado” (2015) e “Bruta Flor” (2011).

Carol Moreira Formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), é militante do movimento LGBT e tem assento no Conselho Estadual LGBT e no Fórum Estadual LGBT. Integra o grupo Santa Sapataria e coordenou a pasta de Políticas de Diversidade Sexual, na Prefeitura Municipal de Vitória por dois anos. Idealizadora do Séries Por Elas, portal sobre audiovisual e representatividades, projeto citado na lista Mulheres Inspiradoras, de 2016, da organização Think Olga. Tem experiência em jornalismo diário, marketing e produção de conteúdo para meio digital.

8ª MOSTRA CORSÁRIA Gilberto Sobrinho

Foi vencedor dos Prêmios de Melhor Filme no Diorama International Film Festival, em Nova Delhi (Índia), e no Festival Internacional de Cinema Independente de São Paulo, além do prêmio de Melhor Diretor Estreante no Oniros Film Awards em Aosta, Itália. Ganhou o Concurso do Ministério da Cultura para Desenvolvimento de Roteiros em Longa-Metragem no ano de 2009 e participou do projeto Encontros com o Cinema Brasileiro do Festival de Cannes e Berlim, através da Agência Nacional de Cinema.

Professor no Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp/SP). Atua há mais de duas décadas no ensino e pesquisa sobre cinema e audiovisual, em projetos no Brasil e no exterior. Foi Professor Visitante no Departamento de Cinema da San Francisco State University (EUA), na Universidad Iberoamericana (México), e recentemente integrou projeto sobre artes participativas com a Universidade de Leeds (Inglaterra), Índia e África do Sul, resultando no documentário “Um Pouco de Tudo, Talvez” (2018).

No teatro, viajou pelas cinco regiões do país, em mais de 60 cidades, como ator e criador do monólogo “Diário de um Louco”, baseado no conto russo de Nicolai Gogol. É um dos fundadores do Grupo de Teatro Lavoura, onde encenou as peças “O Último Édipo”, “A Matéria do Sonho” e “Eu Augusto”. Com 15 anos de trajetória, já viveu personagens como Édipo, de Sófocles, Macbeth, de Shakespeare, e o Severino de “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto.

Publicou vários livros e artigos, entre eles, “O Autor Multiplicado, Um Estudo Sobre os Filmes de Peter Greenaway” (Editora Alameda) e “Cinema em Redes; Tecnologia, Política e Estética na Era Digital” (Papirus). Como cineasta, dirigiu também a Trilogia Afro-Campineira: “Diário de Exus” (2015), “A Dança da Amizade” (2017), “A mulher da Casa do Arco-Íris” (2018) e prepara o lançamento da série “Améfrica.TV” (2019).

Na música, é autor de canções em parceria com nobres nomes da música brasileira como Carlos Lyra, Chico César, Ná Ozzetti, Sueli Costa, Ceumar. Já cantou com


Suellen Vasconcelos Mestre em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com graduação em Rádio e TV pela Faesa. Professora dos cursos técnicos em Rádio e TV e Multimídia do Centro Estadual de Educação Técnica (CEET) Vasco Coutinho. Na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), lecionou nos cursos de Cinema e Audiovisual, Música, Jornalismo e Publicidade no primeiro semestre de 2018. Diretora, montadora e assistente de direção da Filmes Fritos, produtora independente de Vitória, realizadora de videoclipes, documentários e web-vídeos.

6ª MOSTRA OUTROS OLHARES Liz Donovan Carioca, graduada em Design pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e fotógrafa de still atuante em publicidade, deu início às suas atividades em cinema no Estado de Pernambuco, em 1998, como diretora de arte, tornando-se em seguida, produtora, diretora e roteirista de seus próprios filmes, o que lhe rendeu prêmios em concursos de roteiros oferecidos pelo Estado de Pernambuco e nos festivais de cinema em que seus filmes foram selecionados pelo Brasil e exterior. Atualmente, mora em Florianópolis (SC), onde trabalha como roteirista freelance. É aluna ligada ao departamento de Artes Cênicas e Cinema da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e dá continuidade às suas atividades em cinema desenvolvendo pesquisas no âmbito experimental como fotógrafa e roteirista.

Soia Lira Atriz, em 1977, fundou o Grupo de Teatro Terra, em Cajazeiras/PB e participou das peças “O Bando de Ciganos” (1977), direção e criação coletiva; “A Seca” (1978), direção e criação coletiva e“A Viagem de um Barquinho” (1980), direção Buda Lira, texto de Silvia Ortof. Estudou Educação Artística em João Pessoa, onde atuou na peça de Teatro “Os Pirralhos”, com direção Luiz Carlos Vasconcelos, em 1980. Participou do Mambembão, com a peça de teatro “Beiço de Estrada”,

de Eliezer Filho, em 1984. Em 1992, esteve na peça “Vau da Sarapalha”, texto de Guimarães Rosa e adaptação e direção de Luiz Carlos Vasconcelos, espetáculo que revolucionou o teatro paraibano, ainda em cartaz, há 18 anos, sendo encenado em toda a América Latina, Espanha, Alemanha, Portugal, Inglaterra e Bélgica. Faz parte do Coletivo de Teatro Alfenim, grupo que integra o Movimento A Lapada, no qual participou do processo colaborativo do espetáculo “Quebra-Quilos”.

Tuna Dwek Atriz paulistana, de teatro, televisão, cinema, publicidade. Formada pela Escola de Arte Dramática (EAD/USP), São Paulo, e em Ciências Sociais pela PUC-SP e Université Paris I, Panthéon – Sorbonne. Jornalista, tradutora, crítica de cinema na Revista da Cultura. Condecorada como Chevalier dans L’Ordre des Arts et Lettres pelo governo da França; indicada ao Prêmio Mambembe de melhor Atriz Coadjuvante, por “Vidros Partidos”, dirigido por Iacov Hillel. Premiada no Los Angeles Brazilian Film Festival (LABRFF), como melhor Atriz Coadjuvante por “A Grande Vitória”, de Stefano Capuzzi Lapietra; Prêmio de Melhor Atriz no Pink City International Short Film Festival, e no Delhi short Film Festival, na Índia; prêmio de Melhor Atriz no Festival Cine Paraíso em Juripiranga, Paraíba; prêmio de Melhor Atriz Coajuvante no Festival Internacional de Cinema Independente (FICINI), Guararema; Prêmio de Melhor Atriz Coajuvante no Festival Cine Tamoio, em São Gonçalo; prêmio de Melhor Atriz no Cine Canedo, Goiânia, pelo curta metragem “Escolhas”, de Ivan Willig. Ganhadora do Life Achievement Award pela carreira, no 10º LABRFF 2017. Indicada e finalista pelo voto popular para o prêmio Aplauso Brasil como Melhor Atriz Coadjuvante por “A Noite de 16 de Janeiro”, dirigida por Jô Soares. Foi repórter colaboradora da Folha de São Paulo, Crítica no Blog de Cinema de Rubens Ewald Filho e do site Magicbus.

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4ª MOSTRA CINEMA E NEGRITUDE André Félix Diretor e roteirista de cinema. Dirigiu os curtas-metragens “A Cor do Fogo” e “A Cor da Cinza” (2014) e “Valentina” (2017); e o longa-metragem “Diante dos Meus Olhos” (2018). Participou ainda como roteirista no longametragem “Entreturnos”, de Edson Ferreira (2013).

Kênia Freitas Pós-doutoranda (CAPES/PNPD) em Comunicação da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Doutora em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Realizou a curadoria das mostras “Afrofuturismo: Cinema e Música em uma Diáspora Intergaláctica”, “A Magia da Mulher Negra” e “Diretoras Negras no Cinema Brasileiro”. Escreve críticas para o site Multiplot! Integra o Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.

Tamyres Batista Negra, poeta e estudante de Ciências Sociais na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Integrante do Cineclube Nome Provisório, onde dirigiu coletivamente os curta-metragens-poemas “RASPAGE” e “MARROM” e também do cineclube Teresa de Benguela. Foi Produtora e locutora do Programa de Rádio Afro-Diáspora entre os anos de 2015 e 2018. Integrou as publicações “De Zacimbas a Suelys: Coletânea Afro — Tons de Expressões Artísticas de Mulheres Negras no ES” e “Elas em órbita”, ambas lançadas lançados em 2017. Tem lutado para garantir o direito de fabular e habitar dentro do próprio sonho.

4ª MOSTRA MULHERES NO CINEMA Liz Donovan

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Carioca, graduada em Design pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e fotógrafa de still atuante em publicidade, deu início às suas atividades em cinema no Estado de Pernambuco, em 1998, como diretora de arte, tornando-se em seguida, produtora, diretora e roteirista

de seus próprios filmes, o que lhe rendeu prêmios em concursos de roteiros oferecidos pelo Estado de Pernambuco e nos festivais de cinema em que seus filmes foram selecionados pelo Brasil e exterior. Atualmente, mora em Florianópolis (SC), onde trabalha como roteirista freelance. É aluna ligada ao departamento de Artes Cênicas e Cinema da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e dá continuidade às suas atividades em cinema desenvolvendo pesquisas no âmbito experimental como fotógrafa e roteirista.

Monica Nitz Documentarista e artista multimídia, desenvolve a série “Memória da Cor”, que são microdocumentários compostos por registros de relações de memória com a vivência em locais itinerados pelo artista. De linguagem minimalista, se projeta em fotografias, vídeos e sons indiciais, na tentativa de apreender, com olhar afetivo, extratos dessa memória da cor dos lugares. Projeto iniciado na Residência Artística Espírito Mundo 2014, que percorreu Áustria, Itália e França, e espera ir sempre além. Trabalha em parceria com o documentarista Ricardo Sá há sete anos, em documentários etnográficos e históricos, como “Amargo Rio Doce” (ainda inédito), “Divina Luz” (2016); “Quando a Criança Nasce” (2015); “Para Durar como o Mundo Dura” (2013) e “Foi Assim Naquela Época” (2012). Em 2017, dirigiu o documentário “Minha Avó é uma Fotografia”, um filme-ensaio autobiográfico, feito a partir da coleção de fotografias de sua família, que fazem parte das famílias mais antigas de Muqui (descoberta que fez durante o processo de pesquisa). Desenvolve também, há 12 anos, pesquisa em pintura de ação. Se trata de um trabalho corporal, documentado em cor, realizado através da gravidade, do sopro, das manobras com o suporte ou do corpo nos espaços e das linhas que reincidem e demarcam territórios. São pinturas que falam de memória e de imagens latentes que se revelam de forma ímpar no olhar de cada expectador.

Natara Ney Formada em jornalismo pela PUC-PE, cursou Teoria da Montagem na Universidade de Brasília. Mudou-se para o Rio em 1993, onde trabalha como montadora. Como editora, é conhecida pelos trabalhos em “Tainá


3” e “Desenrola”, de Rosane Svartman; “O Mistério do Samba”, de Lula Buarque de Hollanda e Carolina Jabor; “Todas as Mulheres do Mundo” e “Separações”, de Domingos de Oliveira; bem como nas séries de TV “Ó Paí, Ó”, de Monique Gardenberg e “Novas Famílias”, de João Jardim; e o documentário “Divinas Divas”, sobre a primeira geração de artistas travestis brasileiras, dirigido pela atriz Leandra Leal; e o mais recente documentário, “A última abolição”. Após a formação em Jornalismo, Natara fez cursos de roteiros produção. Em 2010 escreveu e dirigiu o curta “Um Outro Ensaio”, premiado nos festivais de Gramado e Triunfo. Assinou o roteiro dos documentário “Mistério do Samba”, “Abolição”, “Além Hamlet” e “Divinas Divas”. Estreia na direção de longas-metragens com dois projetos que estão em fase de finalização.

Tuna Dwek Atriz paulistana, de teatro, televisão, cinema, publicidade Formada pela Escola de Arte Dramática (EAD/USP), São Paulo, e em Ciências Sociais pela PUC-SP e Université Paris I, Panthéon – Sorbonne. Jornalista, tradutora, crítica de cinema na Revista da Cultura. Condecorada como Chevalier dans L’Ordre des Arts et Lettres pelo governo da França; indicada ao Prêmio Mambembe de melhor Atriz Coadjuvante, por “Vidros Partidos”, dirigido por Iacov Hillel. Premiada no Los Angeles Brazilian Film Festival (LABRFF), como melhor Atriz Coadjuvante por “A Grande Vitória”, de Stefano Capuzzi Lapietra; Prêmio de Melhor Atriz no Pink City International Short Film Festival, e no Delhi Short Film Festival, na Índia; prêmio de Melhor Atriz no Festival Cine Paraíso em Juripiranga, Paraíba; prêmio de Melhor Atriz Coajuvante no Festival Internacional de Cinema Independente (FICINI), Guararema; Prêmio de Melhor Atriz Coajuvante no Festival Cine Tamoio, em São Gonçalo; prêmio de Melhor Atriz no Cine Canedo, Goiânia, pelo curta metragem “Escolhas”, de Ivan Willig. Ganhadora do Life Achievement Award pela carreira, no 10º LABRFF 2017. Indicada e finalista pelo voto popular para o prêmio Aplauso Brasil como Melhor Atriz Coadjuvante por “A Noite de 16 de Janeiro”, dirigida por Jô Soares. Foi repórter colaboradora da Folha de São Paulo, Crítica no Blog de Cinema de Rubens Ewald Filho e do site Magicbus; e crítica de Cinema na Revista da Cultura.

3ª MOSTRA NACIONAL DE VIDEOCLIPES Diego Scarparo Capixaba, graduado em Artes Visuais pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com extensão em ilustração editorial e narrativas gráficas. É diretor/ realizador audiovisual desde 2011 e conta com seleções e prêmios de cinema e TV, com ficções, animações e documentários exibidos em festivais, mostras de cinema e emissoras públicas e pagas pelo Brasil e exterior. Hoje, vive e trabalha em Vitória/ES, focado em pesquisa de novas narrativas audiovisuais, storytelling e arte.

Heitor Righetti Graduado em Artes Plásticas pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e atua profissionalmente com criação nos meios da cultura, arte e comunicação, desenvolvendo práticas em criação audiovisual, cobertura multimídia e produção de evento. Trabalha nos projetos da produtora Subtrópico, com foco na música autoral e criativa, como o Festival Casa Verde e o Festival Frita Jazz. Foi curador e produtor artístico do projeto Ensaio Aberto, aprovado pelo Prêmio Funarte de Programação Continuada para a Música Popular, em 2015. Foi diretor dos curtas metragens “Além do Mar” e “Ali, na Costa Pereira”, contemplados pelo edital Rede Cultura Jovem. Além da direção de fotografia no videoclipe “Lua Cheia”, da banda Mukeka Di Rato. Realizou o projeto fotográfico “Somos Vivos”, que registrou diversas bandas e projetos musicais do underground que passaram pelo território capixaba entre 2007 e 2013.

Juane Vaillant Juane Vaillant é formada em Rádio e TV pela Faesa, trabalha na área cultural desde 2010, tendo participado como produtora e/ou roteirista em curtas metragens capixabas, como “O Espelho”, “A Febre”, “Da Curvá Pra Cá”, “Inabitáveis” e “90 Rounds”. Além de fazer parte dos coletivos Boas de Prosa (literatura) e Assédio Coletivo (produção cultural), também integra a produtora Bangladesh filmes e é apresentadora e roteirista no canal sobre cultura Hip Hop Vai Vendo. Em 2017 dirigiu dois videoclipes: “Cenários”, do grupo Melanina MCs, e “25K” para o Canal do Dimas.

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2ª MOSTRA NACIONAL DE CINEMA AMBIENTAL - SESSÃO EDP

1ª MOSTRA DO OUTRO LADO - CINEMA FANTÁSTICO E DE HORROR

Diego Locatelli

André Morais

Diego Locatelli é formando em Cinema e Audiovisual pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e hoje é diretor de Criação na produtora audiovisual Lupino Filmes.

Um artista múltiplo. Sua obra une teatro, cinema e música. Nascido na cidade de João Pessoa (PB), seu primeiro curta-metragem, “Alma”, participou de mais de 20 festivais no Brasil e no exterior. O filme venceu o prêmio de Melhor Curta no Festival Latino-Americano de Toronto (Canadá). Seu mais recente trabalho é o longametragem “Rebento”, no qual é autor e diretor. O filme estreou em janeiro de 2018, na seleção oficial da Mostra de Cinema de Tiradentes. Foi vencedor dos Prêmios de Melhor Filme no Diorama International Film Festival, em Nova Delhi (Índia), e no Festival Internacional de Cinema Independente de São Paulo, além do prêmio de Melhor Diretor Estreante no Oniros Film Awards em Aosta, Itália. Ganhou o Concurso do Ministério da Cultura para Desenvolvimento de Roteiros em Longa-Metragem no ano de 2009 e participou do projeto Encontros com o Cinema Brasileiro do Festival de Cannes e Berlim, através da Agência Nacional de Cinema.

Leonardo Almenara Foi pesquisador do Grupo de Estudos Audiovisuais (GRAV). Desde 2008 contribui com a organização e desenvolvimento da atividade cineclubista no Espírito Santo. Participou do Cineclube Kbça – cineclube de caráter popular, atuante nas periferias econômicas de Vitória (ES), membro fundador da Organização dos Cineclubes Capixabas (OCCa), entidade representativa do movimento cineclubista no Estado. Atualmente compõe a diretoria de Acervo e Memória da entidade e participa do Cine Gruta, cineclube que realiza atividades no Parque Gruta da Onça, a partir da exibição de filmes cavernosos. Compõe a equipe de cultura do Serviço Social do Comércio – Departamento Regional do Espírito Santo (Sesc-ES) como assessor técnico em audiovisual. Desenvolve a programação das salas de cinema e do núcleo de formação em audiovisual (espaço de formação em audiovisual) do Centro Cultural Sesc Glória. Participou da pesquisa e assistência editorial do livro “Plano Geral – Panorama Histórico do Cinema no Espírito Santo”, publicado pelo Sesc-ES.

Maria Gladys Atriz nascida na cidade do Rio de Janeiro, iniciou sua carreira no teatro no final dos anos 1950, com a peça “O Mambembe”, ao lado de Fernanda Montenegro, também principiante na época. Simultaneamente, fez diversos cursos de teatro. Entrou para a Companhia Teatro Jovem. Trabalhou em peças como “O Chão dos Penitentes”, que foi censurada quando apareceu com os seios nus, e “Sétimo Céu”, na qual atuou como protagonista. Dedicou-se intensamente ao cinema, tendo participado de mais de trinta filmes, a exemplo de “Os Fuzis”, de Ruy Guerra, e “Sem Essa, Aranha”, de Rogério Sganzerla.

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Bernadette Lyra Bernadette Lyra nasceu em Conceição da Barra, em 1938, e graduou-se em Letras na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), onde também atuou como professora até aposentar-se, em 1991. Hoje é professora emérita da Ufes e integrante do corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Territorialidade. Bernadette é doutora em Cinema pela USP e pós-doutorada pela Sorbonne, em Paris. É a criadora do termo “Cinema de Bordas” e organizou e fez a curadoria de seis mostras de Cinema de Bordas no Instituto Itaú Cultural (SP), além de atuar como jurada em mostras e festivais de cinema em todo país. É autora de livros e artigos sobre cinema e audiovisual, bem como autora – e várias vezes premiada – de livros de ficção, com publicações no Brasil e no exterior.


Rodrigo Aragão Autodidata, a trajetória de Rodrigo Aragão é inseparável da sua produtora, a Fábulas Negras Produções. Apesar de ter iniciado a vida no cinema, aos 17 anos, exercendo o ofício de maquiador de efeitos Especiais, foi a partir de sua produção cinematográfica, que alcançou o reconhecimento no meio audiovisual, pelo seu trabalho e mérito. No comando da Fábulas Negras Produções há apenas 13 anos, Rodrigo já viu nascer cinco filmes de longa duração e cinco curtas-metragens, e é o idealizador de todos os projetos desenvolvidos pela empresa, desde a sua fundação. No currículo, participação em mais de 100 festivais ao redor do mundo, e 23 prêmios nacionais e internacionais; além de distribuição nacional e internacional, nas mais variadas formas e plataformas de exibição. Com muitos projetos ambiciosos em mente, o seu objetivo é sempre renovar o cinema de gênero brasileiro, levando a cultura capixaba para os mais diversos pontos do nosso globo.

20º FESTIVALZINHO DE CINEMA DE VITÓRIA - SESSÃO ARCELORMITTAL Júri Popular

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23ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE CURTAS Troféu Vitória – Melhor Filme Troféu Vitória – Prêmio Especial do Júri Troféu Vitória – Melhor Direção Troféu Vitória – Melhor Roteiro Troféu Vitória – Melhor Contribuição Artística Troféu Vitória – Melhor Interpretação Troféu Vitória – Prêmio do Júri Popular

9ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS Troféu Vitória – Melhor Filme (júri técnico) Troféu Vitória – Melhor Direção Troféu Vitória – Melhor Roteiro Troféu Vitória – Melhor Contribuição Artística Troféu Vitória – Melhor Interpretação

9ª MOSTRA QUATRO ESTAÇÕES Troféu Vitória – Melhor Filme (júri técnico)

8ª MOSTRA CORSÁRIA Troféu Vitória – para os dois melhores filmes (júri técnico e sem ordem classificatória)

8ª MOSTRA FOCO CAPIXABA 136

Troféu Vitória – Melhor Filme (júri técnico)

6ª MOSTRA OUTROS OLHARES Troféu Vitória – Melhor Filme (júri técnico)

4ª MOSTRA CINEMA E NEGRITUDE Troféu Vitória – Melhor Filme (júri técnico)

4ª MOSTRA MULHERES NO CINEMA Troféu Vitória – Melhor Filme (júri técnico)

3ª MOSTRA NACIONAL DE VIDEOCLIPES Troféu Vitória – Melhor Filme (júri técnico)

2ª MOSTRA NACIONAL DE CINEMA AMBIENTAL - SESSÃO EDP Troféu Vitória – Melhor Filme (júri técnico)

20º FESTIVALZINHO DE CINEMA DE VITÓRIA - SESSÃO ARCELORMITTAL Troféu Vitória – Melhor Filme (júri popular)

1ª MOSTRA DO OUTRO LADO - CINEMA FANTÁSTICO E DE HORROR Troféu Vitória – Melhor Filme (júri técnico)


Premiações PREMIAÇÕES EXTRAS: Mistika: • Serviço de Encode de DCP de até 15 minutos, com validade de 1 ano, para o Melhor Filme da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas escolhido pelo Júri Técnico do Festival; • Serviço de Encode de DCP de até 15 minutos, com validade de 1 ano, para o Melhor Filme da 4ª Mostra Cinema e Negritude, escolhido pelo Júri Técnico do Festival. Link Digital: • 4 horas de correção de cor e encode para DCP de curta de até 15 minutos para o Melhor Filme da 4ª Mostra Mulheres no Cinema, escolhido pelo Júri Técnico do Festival. CTAv:

CiaRio: • Prêmio Edina Fujii – CiaRio ao Melhor Filme da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas, escolhido pelo Júri Popular, no valor de R$ 8.000,00 (oito mil, reais) em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria; através da empresa Naymar com Validade de 1 ano; • Prêmio Edina Fujii – CiaRio ao Melhor Filme da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas, escolhido pelo Júri Técnico do Festival, no valor de R$ 8.000,00 (oito mil, reais) em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria; através da empresa Naymar com Validade de 1 ano; • Prêmio Edina Fujii – CiaRio ao Melhor Filme da 4ª Mostra Cinema e Negritude , escolhido pelo Júri Técnico do Festival, no valor de R$ 6.000,00 (seis mil, reais) em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria; através da empresa Naymar com Validade de 1 ano.

• Empréstimo de equipamentos (SI-2K e acessórios) por duas semanas e serviço de mixagem de 20 horas para o Melhor Filme da 23ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas, escolhido pelo Júri Técnico do Festival; • Empréstimo de equipamentos (SI-2K e acessórios) por duas semanas e serviço de mixagem de 20 horas para o Melhor Filme da 4ª Mostra Mulheres no Cinema, escolhido pelo Júri Técnico do Festival.

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ABD/ES Abraccine Adriana Carmo Alexandre Benon Alexandre Soares Taquary Alfredo Bertini Alfredo Santos Junior André Félix André Morais Aline Alves Aline Junqueira Alisson Prodlik Altair Caetano Alza Alves Amacentro Amanda Brommonschenkel Ana Laura Nahas Ana Rita Esgário Ana Sette Anaise Perrone Anderson Bardot Anderson Paiva André De Biase André Dib André Prando André Saddy Andreia Lopes Andy Malafaia Angela Buaiz Anselmo Vasconcellos Antonio Claudino de Jesus ArcelorMittal Ariadne Mazetti Barbara Raquel Paz Bárbara Ribeiro Silva Beatriz Lindenberg Bel Kutner Bernadette Lyra Bernard Lessa Bernadete Duarte Bahe Bertrand Lira Beth Sá Freire Betty Erthal Betty Feliz Bob Redins Brena Ferrari Bruno Isidro Café Lindenberg

Canal Brasil Cariê Lindenberg Carla Buaiz Carla Resende Carlos Morgado Carolina Moreira Carolina Ruas Catarina Mattedi Carneiro César Colnago Cézar Baptista Chico Chico Christian Petermann (in memorian) CiaRio Cineclube Metrópolis Cláudia Cabral Claudia Della Claudia Gutierres Claudino de Jesus Cláudio Alves Cloves Mendes Cristiano Rio Branco Daniel Morelo David Silveira David Tygel Dayse Lemos Deivyd Castro Martins Denise Del Cueto Deputada Estadual Iriny Lopes Deputado Estadual Torino Marques Deputado Federal Evair de Melo Di Moretti Diana Padilha Diego Locatelli Diego Scarparo Dominique Madeira Dorval Uliana Edilson Pedrini Edina Fujii (in memorian) Edson Francisco do Rosário Eduardo Fachetti Elias Oliver Elynes Soares Emerson Rodrigues Érica Colaço Érica Magni Ériton Berçaco Erly Vieira Jr. Fabio Darci

Fabrício Noronha Fernanda Bellumat Fernanda Valladares Fernando Zampirele Festival do Rio Filippo Pitanga Fórum dos Festivais Francisco Cuoco Francisco Grijó Gabi King Gabi Stein Gabriela Jara Gabriela Nogueira Gavi Gelson Santana George Israel Gilberto Sobrinho Giovanna Antonelli Gisele Arantes Giuseppe Zani Governo do Estado do Espírito Santo Grappino Rango Bar Guilherme Fontana Gustavo Cabral Vieira Gustavo Guilherme Gutman Uchôa de Mendonça Heber Trigueiro Hegli Lotério Heitor Arantes Heitor Righetti Helena Peregrino Henrique Rodrigues Herta Torres Hsu Chien Imovision Instituto Marlin Azul Ivan Mello Irina Neves Jace Theodoro Jacob Santos Delbone Jennifer Oliva Coronel João Bosco Reis da Silva João Chagas João Coser João Gualberto Vasconcellos João Guilherme Delbone Vieira João Moraes Johnny Hooker


Agradecimentos Jorge Bodanzky Jornal Metro José Amarildo Casagrande José Carlos Zamprogno José Regio Sallas José Roberto Santos Neves José Roberto Torero Joyce Castello Juan Alba Juane Vaillant Juarez Vieira Juliano Menegon Karen Manzoli Katerina Polemi Katia Adler Kênia Freitas Khalil Rodor Lara Rosado Leila Bourdoukan Leiliane Krohling Vieira Lena Cogo Lenise Loureiro Leonardo Almenara Leonardo Gloor Leonardo Gomes Leonardo Vais Letícia Mameri Link Digital Lino Feletti Lívia Corbellari Liz Donovan Lobo Pasolini Lorena Bonna Lucas Marcelo Siqueira Lucia Luz Luciana Vendramini Luciane Ventura Luciano Rezende Luisa Mendes Arruda Luiz Carlos Lacerda Luiz Paulo Vellozo Lucas Luiz Vadico Marcelo Siqueira Márcia Brito Marcos Didone Marcos Frizera Margarete Taqueti Maria Alice Lindenberg

Maria Gladys Maria Ines Dieuzeide Maria Virginia Casagrande Mariana Ribas Mariana Sandri Maristela Pereira Martha Tristão Mateus Nachtergaele Maurício Mattar Mauro Teles Miguel Delbone Vieira Milly Cruz Mirabólica Vídeo & Design Mistika Monica Nitz Natara Ney Natércia Lopes Nardo de Oliveira Nelma Guimarães Neusa Mendes Neville D’Almeida Ney Latorraca Nonato Freire (in memorian) Nuno Leal Maia Orlando Bonfim Orlando da Rosa Farya Otto Guerra Palavra! Assessoria de Comunicação Patrícia Baby Patrícia Galetto Paulo Gois Bastos Paulo Hartung Paulo Prot Pedro Crivilin Pedro Loureiro Pedro Perini Priscila Gama Prof. Dr. Francisco Aurelio Ribeiro Rafael Braz Rafael Malta Raisa Andrade Raphael Trés Rebeca Epichin Rebeca Silva Mafra Alves Rede Gazeta Rede Tribuna Rede TV Reginaldo Castro Bissi

Renata Bomfim Renata Moça Renata Rasseli Renato Casagrande RF Assessoria de Comunicação Rita Cadillac Rita Sarmento Rita Uliana Rodolfo Harckbart Leal Rodrigo Bitti Rodrigo Caldeira Rodrigo Fonseca Rodrigo Linhales Rogerinho Borges Rômulo Medeiros Rosaura Gomes Pereira Rose Frizzera Sabrina Fidalgo Sandra Bertini Samantha Brasil Saskia Sá Saulo Ribeiro Sérgio Blank Sérgio Gag Sérgio Sanz (in memorian) Silvia Pfeifer Silvio Alencar Simone Marçal Simone Patrocínio Stael Magesck Soia Lira Suellen Vasconcelos Suely Bispo Tamyres Batista Tony Ramos Tuna Dwek Tunico da Vila Ursula Pussynail Vera Fischer Vinícius Belo Vip Van Wallace Valente Wilson Nunes (in memorian) Wladmir Cazé Zéu Britto Zezé Motta

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Realização Galpão Produções IBCA - Instituto Brasil de Cultura e Arte Direção Lucia Caus Coordenação Executiva Larissa Caus Delbone Vieira Fran de Oliveira Coordenação de Produção Cora Made Gabi Nogueira Guilherme Rebêlo

Direção de Arte da Tenda Musical Neusa Mendes Curadoria de Shows da Tenda Musical Lucia Caus Equipe de Produção da Tenda Musical Anderson Paiva Cezar Baptista Lara Toledo Murilo Caldas

Assessoria de Imprensa RF Assessoria A Palavra | Assessoria em Comunicação

Receptivos Ana Luisa Campos Francesca Pera Geovana Paraizo Lara Belfi Lauryanne Domingos Marina Cardoso Marina Prata Milly Cruz Monique Marques Priscilla Duarte Weverton Barroso Zunaik Jr.

Comunicação e Redes Sociais Debora Sonegheti Leonardo Vais

Comissão de Seleção Mostra Competitiva de Longas Leila Bourdoukan Gilberto Alexandre Sobrinho

Revisão de Conteúdo e Memorial Karine Nobre

Comissão de Seleção Mostra Competitiva Nacional de Curtas, Mostra Quatro Estações, Mostra Foco Capixaba, Mostra Corsária, Mostra Outros Olhares Erly Vieira Junior Flavia Candida Ursula Dart Waldir Segundo

Direção de Arte Neusa Mendes Identidade Visual, Ilustrações Nelma Guimarães Design Gráfico Anaise Perrone

Equipe de Produção Claudia Madureira Vidal Cleverson Guerrera Ernane Batista Hosana Caus Lena Cogo Lobo Pasolini Sanny Lys

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Coordenação da Tenda Musical Claudia Cabral

Seleção Mostra Do Outro Lado Waldir Segundo Curadoria e Coordenação Festivalzinho de Cinema de Vitória – Sessão ArcelorMittal Rosemeri de Assis Barbosa


Ficha Técnica Receptivos do Festivalzinho de Cinema de Vitória – Sessão ArcelorMittal Pedro Cogo Leonardo Nascimento Clodoveu Almeida Gabriella Gusmão Modesta Santos Da Silva Comissão de Seleção Mostra Cinema e Negritude Leonardo Vais Thaís Souto Amorim Comissão de Seleção Mostra Mulheres no Cinema Bárbara Maia Cazé Hegli Lotério Saskia Sá Comissão de Seleção Mostra Nacional de Videoclipes Luiz Eduardo Neves Suellen Vasconcelos Comissão de Seleção Mostra Nacional de Cinema Ambiental – Sessão EDP Jefferson de Alburquerque Junior Margarete Taqueti

Iluminador Vitor Lorenção Design da Loja Renato Rodrigues de Souza Vinheta do Festival Mirabólica Video & Design Produção de Conteúdo Audiovisual Antonio Braycon Gabriele Stein Making Of Itamar Palauro e Equipe Coordenação de Oficinas e Painéis Lara Toledo Coordenação de Júri Renata Moça Mediação dos Debates Filippo Pitanga Passagens Aéreas Edilson Pedrini

Programação do Site Silvio Alencar

Logística André Leal

Fotógrafos Cláudio Postay Sérgio Cardoso

Conferência de Cópias, Testes de Projeção e Projeção Fran de Oliveira Nardo de Oliveira

Reportagem Cadernos Jace Theodoro Projeto Editorial dos Cadernos Lucia Caus Paulo Gois Editoração e Finalização Cadernos Paulo Prot Design para Meios Eletrônicos Robson Tambarotti

Troféu Vitória Andrius Machado Brena Ferrari Foto e Tratamento do Troféu Vitória Thiago Christo Vitor Nogueira Engenheiro de Projeção e de Som José Luiz de Almeida

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Colaboradores* Abre Caminhos Produções

Luara Pereira Monteiro

Acrílico Vitória

Lucimar Lazaro Palauro

Allure Filmes e Produções Artísticas

Made Produções

Artist

Magnetismo - Maruzza Valdetaro Brandão

AZ Serviços

P. Prot Designer Gráfico

Beatriz Palauro Produções

Palavra 1 Assessoria em Comunicação

Bernard Miranda Lessa

Penha Rocha Produções

Design Enjoy Studio

Power Projetos

Felippe Dada Gaede Confecções

RF Bassini Assessoria de Comunicação

Fomatur Turismo Receptivo

RHM Estúdio

Gabriela dos Santos Palha Gráfica Santo Antônio

Serviço Social do Comércio - Administração Regional no Espírito Santo (Sesc-ES) - Centro Cultural Sesc Glória

Hotel Senac Ilha do Boi

Silane De Souza

In Off Designer e Serviços

Simone Marçal Produções

JGG Serviços de Gravação e Silkscream

Vila Print Impressão Digital

Joyce Castello

Vip Van Autolocadora

Julia Cabral Abreu Sodré

VN Restaurantes

Karine Nobre

Vox Vídeo

Lar Comunicação

* Página de colaboradores completa no site www.festivaldevitoria.com.br

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Nelma Guimarães Uma percepção visual não é uma fotografia, é uma reconstrução com o olhos. (Edgar Morin)

Não existem imagens mais perfeitas e que definam melhor a artista Nelma Guimarães do que essas. Nelma e o marido Alexis são os que conduzem o resgate de uma região da Serra do Sincorá, ao pé da Chapada Diamantina. Esta, incrustada no coração da Bahia e protegida na categoria de parque nacional, tem sua história marcada pela exploração de diamantes, por volta de 1840. Quem vai à Chapada e procura com atenção, encontra um pontinho ampliado que mostra em seu interior a “Terra de Aruanda”: uma hospedaria rural, o atelier da artista, um jardim enorme, tudo isso protegido por um cinturão de muralhas imensas, limítrofes ao “beco de Guiné” que leva ao vale do Pati (a joia do parque nacional), e do qual desponta um santuário ecológico ao seu redor, situado em Palmeiras e a 40 km do Vale do Capão. Creem os habitantes que muitos anos atrás, trovejou seguidamente durante três dias e três noites, e um raio partiu o paredão ao meio. A “Terra de Aruanda”, na qual cada pontinho repete a ordem das constelações mais luminosas, vizinha do Parque Nacional, foi construída com tal arte e minuciosa regulação ambiental pelas mãos de Nelma Guimarães, artista mato-grossense de nascimento e capixaba de coração.

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Passamos três dias nesse santuário, pois Nelma Guimarães é a artista convidada, e a sua obra é referência para a criação da identidade visual do 26º Festival de Cinema de Vitória. Vasculhamos os arquivos guardados, livros, cadernos, anotações,

desenhos, pinturas e bordados, deslocando a obra para o mundo, para o outro – um gesto de generosidade raro. Em qualquer de suas extensões poéticas, Nelma parece continuar a multiplicar o seu repertório de signos, entrelaçados por agulhadas e linhas de várias cores, em traçados retos e circulares, tintas e panos sobrepostos, cuja alternação deixa ver a urdidura atravessada por sistemas que transcendem linguagens e materialidades, e que se amalgamam entre as técnicas tradicionais e a assemblage. Na observação desse universo, percebe-se que cada lantejoula e os minúsculos objetos incrustados nas obras mostram as suas verdadeiras proporções, a tradução, a transformação e a imprevisibilidade. O resultado é uma profunda investigação sobre a espacialidade afetiva do mundo pessoal e simbólico. Sempre atenta às urgências e questões que vão se colocando entre a dimensão do político e do estético, pelas mãos da artista, a obra ganha feitura divina, quase oráculo. Talvez um dos mais emblemáticos trabalhos da artista seja o que envolve este catálogo. À primeira visada, aparenta ser uma singeleza. São representações de olhos, alguns soltos, uns sobre uma maciça árvore, outros nos lançam a figuras, vários pequeninos brotam do canto direito ao esquerdo da obra em formato de flor; entretanto, a captura entre o excesso e o vazio é sempre o sujeito da obra. Os olhos rompem os intervalos temporais e propõem uma continuidade entre significados e uma sobreposição de explicações a palavras, gestos e materialidade. Assim como


na figura de uma mulher de braços estendidos em postura de redenção, suspensa por um coração: ao colocar-se o coração em posição vulnerável, põe-se em jogo a relação do sujeito com sua história e a sua ancestralidade; é a instância do imaginário que faz a costura do real com o simbólico. Esses dois elementos, olho e coração, recorrentes e com forte valor simbólico na obra da artista, são como uma “âncora visual” para a criação da marca do 26º Festival Cinema de Vitória. O Olho, símbolo da inteligência, do espírito, espelha o conhecimento; e o Coração representa o amor, a força, a justiça e a intuição. São temas que inquietam e tocam de perto todos aqueles que se interessam por pensálos como dispositivos pictóricos, relacionando-os à mobilidade do olhar do espectador e à mobilidade do olhar cinematográfico. Costumo dizer que a identidade visual para esta edição do Festival, assim como a obra da artista Nelma Guimarães, pode ser pensada como um manifesto.

“O AMOR CURA”, frase estampada em uma das obras de Nelma, é a chave para adentrar o 26º Festival Cinema de Vitória, emocionar-se pelo contágio, com outros mundos e os dons mais ocultos da vida, na intenção de não ficarmos petrificados no horror. É a busca de uma narrativa implícita contra um arquipélago da soberba, um tratado entre a alegria, o ver e o sentir, pois o “fundamental é o amor”, como presume o músico Tom Jobim. Alegria de estarmos juntas neste projeto lindo! Dentro de tantas belezas que a artista Nelma produz, eu só poderia acompanhar sua inteligência, generosidade e ética, porque são transmitidas pela força de uma vida. Anaise Perrone, vamos juntas, e longa vida aos projetos tão fundamentais em tempos de opacidade. Agradeço à família Vitória Cine Vídeo pelo convite, por marcar um lugar com aquilo que pode ser comunhão e por cultivar a vibração de forças do bem. Saímos maiores deste encontro. Neusa Mendes

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Nelma Guimarães nasceu no estado do Mato

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Grosso, em 1959, e cresceu no Espírito Santo – Brasil. Estudou Enfermagem, Artes e Letras-Inglês na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Estudou com o artista Carlos Fajardo e fez aulas de arte no Museu Lasar Segall, em São Paulo. Trabalhou como designer têxtil e como professora por muitos anos. Desde muito cedo foi atraída pela pintura e depois pelo bordado e pela confecção de roupas. Ao longo dos anos participou de salões e exposições de arte, individuais e coletivas, no Brasil. De 2003 a 2011 morou em Nova Iorque, Sardenha e Roma. Em Nova Iorque exibiu seus trabalhos na loja Destination Art Space, localizada em Meatpacking, e também na Soho Treasures e no Mundo, em Astoria. Desde 2013, mora e trabalha na Chapada Diamantina, Bahia, onde construiu uma hospedaria rural, denominada de “Terra de Aruanda”.




Outros Projetos

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Festival de Cinema de Vitória Itinerante

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O Festival de Cinema de Vitória Itinerante é um projeto que busca atender as cidades que não dispõem de salas de cinema, ao levar cultura e lazer através de uma mostra de filmes de classificação livre e aberta ao público. Fazem parte das sessões desse projeto filmes de animação, ficções e documentários consagrados em mostras e festivais realizados no país. Durante a itinerância, é reproduzida a magia do cinema a céu aberto com equipamentos e infraestrutura que garantem a qualidade técnica da exibição. Um caminhão com a marca do Festival é estacionado em ponto estratégico em cada cidade, onde é montada a tela de cinema medindo 8 x 5 metros, com cadeiras para a plateia e com o tradicional tapete vermelho. Além disso, o público também interage através do júri popular e concorre a prêmios e brindes. Em sua última edição, o projeto percorreu quatro municípios capixabas, atendendo a um público de mais de 10 mil pessoas no total. A próxima edição do Festival Itinerante acontecerá em janeiro e fevereiro de 2020.


Vídeos nas Comunidades Vídeo nas Comunidades é um projeto de formação audiovisual que tem como proposta promover oficinas de vídeo para jovens e adolescentes de comunidades consideradas de risco social. O objetivo é estimular o interesse pelo audiovisual como forma de expressão cultural e social, envolvendo os integrantes em todas as etapas de produção: pesquisa e elaboração do roteiro, captação de imagens, operação de instrumentos de luz e som, edição. Ao final, o trabalho é apresentado na comunidade onde foi realizado, estando apto, também, a percorrer o circuito nacional dos festivais e mostras de cinema e vídeo. O projeto é mais um instrumento de ação social, atuando nas áreas de educação, cultura e desenvolvimento, promovendo também a autoestima dos estudantes e a ampliação dos horizontes de informação, cultura e relações sociais.

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Tenda Musical A Tenda Musical do Festival de Cinema de Vitória oferece, gratuitamente, para a população de todas as faixas etárias, a oportunidade de assistir a uma programação musical diversificada, ampla e gratuita, com shows de bandas locais e atrações nacionais, e exibições de filmes. Essa interação entre cinema e música promove a difusão de novas bandas, a formação de público e plateia, a partir do acesso da população aos diferentes shows e gêneros, linguagens musicais e audiovisual.

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Cineclube São Jorge A Galpão Produções e o Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA) apostam no Cineclube São Jorge como projeto de difusão e democratização do cinema brasileiro. Além da projeção de filmes, o Cineclube sedia outras atividades com foco na formação na área audiovisual, como cursos, palestras e debates com realizadores. O espaço também traz um pouco da história do cinema de rua de Vitória, uma vez que seus 30 assentos são cadeiras restauradas do extinto Cine Teatro Glória.

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A CULTURA TRANSFORMA O AMANHÃ A ArcelorMittal acredita que a cultura é uma ferramenta fundamental para transformar o amanhã. Por isso, apoia no Espírito Santo iniciativas que facilitam o acesso da população capixaba ao teatro, música, cinema e literatura, além de gerarem emprego e renda. Essa é mais uma forma de compartilhar nossa contribuição para a sociedade. Conheça mais em:

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EM TODOS OS ÂNGULOS, UMA LINDA OPORTUNIDADE DE SE SURPREENDER COM O ESPÍRITO SANTO.







Este impresso foi composto utilizando-se as famílias tipográficas Impact (14, 24) e Humanst521 BT (8, 9, 10, 11, 12, 14). Sua capa foi impressa em papel Supremo 350g/m2 e seu miolo em papel Offset 120g/m2, medindo 20x20cm. Este catálogo foi encartado com a obra de Nelma Guimarães, “autofagia” (comer a si mesma). 68cmx200m, pintura/bordado/aplicações sobre tela, em papel couchè 120g/m2.


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APOIO INSTITUCIONAL

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Rua Professora Maria Cândida da Silva, 115 Bairro República, Vitória, ES. CEP 29.070-210 (27) 3327 2751 www.festivaldevitoria.com.br


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