Projeto de Urbanismo Uma praรงa no Bairro Nova Alianรงa
LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE DADOS PARA PROJETO DE INTERVENÇÃO- ETAPA 1 Universidade Paulista- UNIP Curso de Arquitetura e Urbanismo- 3º semestre Disciplina PUP- CHIP Professora Catherine D’andréa Grupo: Letícia Morello Vitória Giovanna João Francisco
ÍNDICE: PRODUTO:
PÁGINAS
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
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Mapa Loteamento Mapa de Ocupação do Solo (Figura-Fundo e Gabarito) Mapa do Uso do Solo EQUIPAMENTOS URBANOS
8
Mapa de Localização e Análise DENSIDADE
10 Síntese e Cálculo sobre a Densidade na Área de Estudo
MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE
16
Mapa de Hierarquia Viária Física Infográficos e Análise da Hierarquia Funcional Mapa dos Principais Pontos Relacionados ao Transporte UNIDADE DE VIZINHANÇA
18
Mapa de Reconhecimento da Unidade de Vizinhança MOBILIÁRIO URBANO
19
Mapa de Localização do Mobiliário Urbano ANÁLISE VISUAL
20 Mapa dos Trajetos das Análises Visuais Desenhos dos Trajetos da Análise Visual
1
ÍNDICE: PRODUTO:
PÁGINAS
REFERÊNCIAS PROJETUAIS
28
DIRETRIZES DE PROJETO
34
Problema e Potencialidades Definição de Programa Fluxograma Espacialização do Programa no Terreno PROJETO
40 Implantação Plantas dos Setores 2 Cortes Esquemáticos Perspectivas
MAQUETE
48 Fotos
BIBLIOGRAFIA
49
2
MEMORIAL JUSTIFICATIVO
Neste semestre no curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIP (Universidade Paulista) nos foi proposto a realização em duas etapas de uma praça no Bairro Jardim Nova Aliança em Ribeirão Preto, SP. A primeira sendo o recolhimento de dados e criação de mapas com informações sobre a área em que ela seria construída, em forma de análises preliminares e um estudo geral do local em que ela seria inserida, passando a conhecer seu público alvo estimado e seu impacto no meio. Como resultado desta primeira etapa temos o Mapa Síntese dos Levantamentos (página 25) e uma nova perspectiva sobre as potencialidades e problemas presentes na área e a partir disso ditamos as diretrizes. Durante a segunda metade do semestre, nos voltamos à pesquisas projetuais e a concepção dos planos de massas que posteriormente foram traduzidas em uma implantação e por último materializada em um modelo de representação 3D. A parte isso, todos os processos se interagem no resultado e se mostram consequência de um programa de planejamento. Abrangendo desde a constatação do fluxo do trânsito até a escolha das massas vegetais. Sendo fragmentos que levam a conciliação, organização e concepção da ideia criativa, a modelando conforme o andamento do processo. Neste caderno se encontra todos estes fragmentos na ordem de sua realização e do própria metodologia aplicada. 3
N
Fonte: Google Maps
Introdução
Importância da área: Se referindo à aspectos históricos e econômicos para o município, esta área apresenta fonte de interesse até os dias atuais. Nos anos da Inauguração do Novo Shopping passou a ser uma nova centralidade para a cidade, além de atrair a atenção pelos seus conceitos de bairro-jardim. Hoje é um centro de educação para a região por conta da UNIP, apesar de seu aspecto residencial com centros comerciais pontuais (Mercadão, Shopping, venda de automóveis, etc), as quais formam uma rota de passagem por conta das vias e avenidas.
Durante o semestre corrente de PUP, foi proposto a realização de um diagnóstico da área demonstrada no mapa ao lado no município de Ribeirão Preto. Analisando o uso do solo, mobilidade e identificando uma Unidade de Vizinhança. Este se caracteriza a primeira fase para a conclusão de uma proposta para um Projeto de Urbanismo. À parte isso, uma referência para a localização da área estudada é a Avenida Bráz Olaia Acosta e a Instituição de Estudo Unip (Universidade Paulista), a qual é apresentada como um polo regional em seu contexto.
N
100m
200m
Mapa Loteamento da Área Limites do lote Escala: Escala Gráfica
300m
Este mapa mostra a delimitação dos lotes, que por sua vez formam o lote e influenciam sobre os edifícios. Observa-se na área de estudo a padronização do tamanho dos lotes, já que estes passaram por um planejamento. Os maiores lotes dentro do mapa são os que fogem da tipologia residencial, sendo eles o da Instituição de ensino Unip e as áreas vazias e verdes (Parque das Artes). Apesar de sua distribuição variada em quadras heterogêneas, os lotes menores são em suma destinados a residência; comércios periódicos e pequenas instituições regionais, compartilham de uma formatação uniforme, utilizando na maioria dos casos 2 a 3 lotes.
4
N
100m
Ocupação do Solo (Figura-Fundo)
Escala: Escala Gráfica
200m
Espaços cheios Espaços vazios
300m
Temos por espaços cheios as áreas do terreno que foram construídas e por vazios, as áreas livres, em que se pode ver o solo. Por estes espaço, se pode entender os recuos dos lotes, áreas verdes, lotes não construídos ou quintais e jardins particulares do lote. Com este mapa de figura-fundo se é permitido uma visão da densidade de casas no solo; e neste caso se nota ser bem distribuída, pois os edifícios na maioria são de alta densidade e verticalizados, o que acarreta em uma menor ocupação horizontal. A rotatória, lotes verdes de áreas não construídas, o contorno da Unip e o Parque das Artes formam a maior porção de espaços vazios, delegando características de bairro 5 jardim da área.
N
100m 100m
Mapa de Uso do Solo Escala: Escala Gráfica
Residencial Comercial Serviços Institucional Áreas Vazias
200m 200m
300m 300m
Área Verde Industrial
Após a análise visual do Mapa de Uso do Solo, a espacialidade e a distribuição dos usos se torna mais palpável, e com isso suas ações na percepção do espaço e de sua relação com seus moradores. Desta maneira, é observável uma proporção entre o tamanho dos lotes e seus usos. Pois, os lotes residenciais no mapa se revelam maioria e apresentam uma área menor nos quarteirões, enquanto alguns lotes Institucionais e Áreas Verdes aparecem como minoria, mas podem chegar a medir o quarteirão por inteiro. Este padrão é constante e também o vislumbrarmos nos lotes comerciais dos arredores da área, como o Shopping e o Mercadão. A área possui todos os usos, menos o industrial; o comércio dentro dela não é vasto, nem nas margens das avenidas, porém, às suas proximidades se localizam grandes pontos comerciais e acaba por 7 possuir grandes vazios.
N
100m
Mapa Equipamentos Urbanos Escala: Escala Gráfica
200m
300m
1- Escola Objetivo e Universidade Unip 2- Salão do Reino das Testemunhas de Jeová 3- Escola Miró 4- E.M. Elisa Duboc Garcia 5- Parque das Artes
Com a realização e análise do Mapa de Equipamentos Urbanos, nos é permitido uma visão de alguns dos principais atrativos da área, e compreender melhor seu comportamento e características locais. Cercada por dois Equipamentos de Saúde municipal (Hospital Estadual de Ribeirão Preto e o Hospital Unimed). Tendo em seu interior 3 Equipamentos escolares, sendo 1 regional (Unip) e um Equipamento Religioso portando uma escala diminuída para a local, encontrada na Rua Catarina Aparecida Navis Silva. Assim, apesar de não ser uma área numerosa em variedade de Equipamentos Urbanos, esta ainda se impõe como interessante neste âmbito. 8
N
100m
Ocupação do Solo (Gabarito)
Escala: Escala Gráfica
Térreo ao 2
200m
300m
10 ao 15
3 ao 5
16 ao 22
6 ao 9
23 ao 30
Foram realizados estudos e análises, para que fosse possível a apresentação do mapa ao lado, sendo este o de Ocupação do Solo (Gabarito). O que mais nos chama atenção neste mapa são as cores, que são usadas para sabermos a quantidade de seus pavimentos, que vão desde o Pavimento Térreo e chegam a marcações de até 30 Pavimentos. Do mapa se utiliza a informação de uma característica que define a área e a permeia em sua percepção: o alto gabarito. Assim, é visível a predominância de edifícios residenciais verticalizados e poucos casos periódicos, em sua maioria lotes de comércio ou serviço, os quais não se elevam tanto do solo. As instituições também se limitam a primeira cota, de um à dois andares. Concluindo a demanda populacional por maiores de edifícios residenciais.
6
N
Fonte: Google Maps 100m
Análise Equipamentos Urbanos Escala: escala gráfica
200m
300m
1- Equipamento Educacional Regional 2- Equipamento de Religião de Escala de Vizinhança 3- Equipamento Educacional de Escala de Bairro 4- Equipamento Educacional de Escala de Vizinhança 5- Equipamento de Lazer
Para ser considerado um Equipamento Urbano é irrelevante se este parte de uma iniciativa privada ou de fundos públicos, já que é sua utilidade pública que o define. Deste modo, podem ser divididos de acordo à sua escala de alcance e influência. Como entre equipamentos que atendem a demanda da escala da vizinhança, a escala do bairro ou a territorial. Deste modo eles foram segregados seguindo estas diretrizes.
9
SĂntese Densidade Fonte: IBGE 2010
10
Setores Censitários Fonte: IBGE 2010
Análise: Tendo como referencial o Censo Censitário de 2010 do IBGE, pode-se observar uma prevalência da faixa etária de 16 a 19 anos dentre as demais. Isso provoca uma correlação com os equipamentos em evidência, pois com a presença do equipamento escolar- UNIP: Universidade Paulista, a residência de estudantes, em sua maioria, jovens adultos é atraída em âmbito regional. Nota-se uma baixa considerável de crianças e adolescentes de 5 a 15 anos como de idosos com mais de 60 anos. Os adultos de 20 a 24 possuem uma situação intermediária no gráfico, o que também pode indicar estudantes que se fixam nas proximidades da 11 faculdade.
Fonte: Google Maps
Mapa Densidade Populacional Líquida
Áreas Ocupadas Áreas Livres
Apenas áreas ocupadas/ edificadas
Demarcando as áreas com densidade de edifícios- a qual culmina na densidade e concentração de pessoas-, se torna nítido em quais pontos há uma predisposição para uma maior concentração de pedestres e automóveis. Além de destacar a presença de recortes urbanos inteiramente vazios, o que segrega mais a vizinhança, além de desencorajar o transporte através de caminhadas. E feita esse levantamento, se é possível criar soluções para criar um interesse por um ponto menos denso ou valorizar um que já possui uma densidade e tráfego constante, dependendo da intenção do projetista.
12
R. Eng. Guaraci Calçada Esquerda: 3,17m Rua: 8,om
R. Catarina Navis Calçada Direita: 3,0m Calçada Esquerda: 2,57m Rua: 8,98m
R. Magda Perona Calçada Direita: 2,95m Calçada Esquerda: 3,06 Rua: 11,84m
R. Arnaud Capuzzo Calçada Direita: 2,32m Calçada Esquerda: 2,55m Rua: 8,98m
R. Horácio Pessine Calçada Direita: 1,17m Calçada Esquerda: 2,36m Rua: 8,93m
R. João Perone Calçada direita: 2,57m Calçada Esquerda: 2,51m Rua: 8,83m
Hierarquia Viária Física
Com a coleta das dimensões viárias do traçado urbano da área de estudo, se obtém uma visão mais clara sobre a condição de locomoção da área de estudo.
13
N
100m
Hierarquia Viária
200m
Vias Expressas Vias Coletoras
Escala: Escala Gráfica
Vias Locais
300m
As vias são definidas tanto por suas características físicas quanto as funcionais. É por meio delas que sua potencialidade é expressa. Parte do projeto urbano consiste no manipulação do resultado da interação entre as vias, buscando sempre uma relação harmônica, evitando e amenizando as situações de deseconomias e conflitos. Sendo que se é destacado como prioridade o conforto dos pedestres sobre os veículos. Se vê na área de estudo, que esta é circundada por vias expressas, as quais levam para as coletoras que, por sua vez, minguam para as locais- as mais restritivas. Esta é uma estratégia para facilitar o tráfego de passagem e barrar sua entrada nas áreas mais voltadas aos lotes residenciais, reforçando por ruas sem ligação direta às outras, as reservando para seus moradores. Permitindo, assim, acessos e privacidades ao meio urbano.
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N O O O
O
O
100m 100m
200m 200m
300m 300m
Características Viárias Físicas
Ocorrência de Tráfego
Transporte
Embarque e Desembarque
Neste mapa, está representado de maneira gráfica, baseada em estudos de observação e gráficos de fluxos viário, os pontos que são mais receptíveis a geração de trânsito e congestionamento dentro dos limites propostos para esta área de estudo desta primeira etapa de desenvolvimento de projeto urbano e paisagismo. Demonstrado a aptidão destes como pontos de maior cuidado por conta de seu maior fluxo com o tamanho adotado para cada um evidenciando seu grau. Se é possível notar que estes se formam no cruzamento entre vias expressas e coletoras, em instâncias de expressas, em cruzamentos entre coletoras (algumas sinalizadas) de alta largura e fartas em mãos viárias. As instituições de Ensino somam como fator de gravidade, influenciando em uma ocorrência ampla de ônibus em alguns horários específicos. Todo o tráfego sofre aumento à noite.
15
Sábado
Sábado
Gráfico Fluxo de Veículos
Fluxo de Veículos Segunda- Feira Fluxo de Veículos Quarta- Feira Fluxo de Veículos Sábado
Rua: Arnaud Capuzzo
Com o estudo e contagem do fluxo de veículos em diferentes horários e dias, variando entre estes em dias do meio da semana e finais de semana, se é possível formar um gráfico que auxilia muito no momento de decisão de um projeto. Além de expor a tipologia do automóvel- se este se trata de uma moto, um carro ou algum veículo de maior extensão e porte. Ponderar a passagem de ônibus (se ela existir) e esta relação com os dias da semana em seus ciclos contínuos, os quais permitem enxergar uma padronização devido a rotina de trabalho, do fluxo que as vias suportaram durante um futuro contínuo, até que haja alguma alteração cultural ou espacial 16 dentro da área.
Sábado
Sábado
Gráfico Fluxo de Veículos
Fluxode deVeículos VeículosSegundaSegundaFeira Fluxo Feira Fluxo Feira Fluxode deVeículos VeículosQuartaQuartaFeira
Rua: Horácio Pessini
Fluxo de Veículos Sábado
Fluxo de Veículos Sábado
Assim, tendo em vista os casos isolados das ruas: Horácio Pessini e Arnaud Capuzzo, todos esses pontos se tornam observáveis. Como por exemplo a não passagem de ônibus, pelo menos nos períodos assistidos, e a minoria de caminhões e veículos para cargas maiores. Notando em ambas ruas, a prevalência de carros sobre as motos e o aumento do fluxo durante o final de semana (sábado), contudo no horário do rush- o qual se manteve como na frente nos dois casos, do horário de almoço. Destas conclusões se chega a hipótese do baixo fluxo nesta área seja um resultado de sua configuração mais intimista e restrita. E se esse for o caso, funciona em certos níveis muito 17 bem.
Fonte: Google Maps
Mapa Unidade de Vizinhança
Reconhecimento U.V.
Área Identificada Como Unidade de Vizinhança
Se é delimitado este espaço destacado no mapa como os limites da Unidade de Vizinhança, pois ele atende a cartilha proposta por Clarence Perry- seu idealizador. Portando uma escola (Objetivo) e uma universidade (UNIP) distribuída de modo que uma caminhada de até 5 quarteirões (500m) atenda, e em uma localidade de acesso fácil apesar de não se encontrarem centralizadas, para o restante da U.V. sendo ligados por vias coletoras. Um marco que a segrega e dificulta sua penetração são as vias expressas que a emolduram, evitando a necessidade de tráfego de passagem, sendo o presente somente o que realmente tem necessidade de parede e de proveito do área. O comércio do dia a dia está presente, possuindo farmácias, padarias e restaurantes;
18
N
100m
Mobiliário Urbano
200m
Postes Semáforos Pontos de Ônibus
Escala: Escala Gráfica
Lixeiras Públicas
300m
Orelhões
Marcando e destacando a morfologia urbana dada pelo mobiliário urbano, é uma forma de compreender e tomar conhecimento do o que já está construído e, por sua vez, pode ser utilizado dentro do projeto urbano. Sendo possível ou manter-los ou modificar-los. Dependendo da mente e do partido do projetista, que avaliará o estado de conservação, seu uso, a quantidade, a localização e sua interação com o entorno. Se observa que há uma quantidade concentração de ônibus próximo das Instituições de ensino, sendo que estes muitas vezes são da região toda de Ribeirão e a constância linear e contínua de postes nas calçadas, estes que deveriam ser assim para iluminar uniformemente.
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Fonte: Google Maps
Análise Visual Trajeto Realizado pelo grupo
Mapa do Trajeto
Representado neste mapa, está destacado o caminho realizado por todos os integrantes do grupo durante a atividade de análise visual. A qual engloba sensações sensoriais, relação afetuosa devida a uma lembrança, geração de admiração pelo contraste ou por remeter à algo de significado intrínseco, se transformando em uma pontífice entre o material e os planos sutis. Assim, demonstramos que, apesar de seguir o mesmo trajeto e, em teoria, observar as mesmas paisagens urbanas, nos é despertado diferentes emoções. Chegando a conclusão que além da cidade ser um meio emotivo e um grande livro aberto à todos de histórias, a percepção pessoal e individual acaba exercendo um papel de peso semelhante ao se deparar com uma ela; criando uma relação única para cada pessoa, em uma abrangência coletiva.
20
Ponto 1
Neste croqui feito dentro da Instituição Unip, se vê um frame por duas palmeiras, o campo e um skyline dos edifícios de alto gabarito. Faz parecer que há uma grande cidade escondida por detrás dos prédios, trazendo uma sensação de espacialidade ilimitada e esperando por você ir ao seu encontro.
Leituras Perspectivas
Ponto 2
Partindo de um bloco para o outro, está é a vista do interior do bloco C da Unip. Fitando essa paisagem, parece que os olhos do projetista do edifício são os meus; e penso em como ele emoldura essa visão com paredes e tetos, utilizando da linguagem arquitetônica, a qual diz, para um pouco e olhe para fora antes de retornar para dentro.
Letícia Morello
Ponto 3
Agora nos encontramos na rua. Andamos até depararmos com um vazio. Um campo vazio entre prédios de alto gabarito cinzas e de variações de marrom. A cor verde pulsa, e nela a cidade paira mais leve. A cidade se afasta, dando lugar ao gramado que não pertence a ninguém menos do que a todos.
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Ponto 4
Logo após, a cidade nos fecha novamente. Na realidade, somos engolidos. Dois muros de concreto sempre nos acompanhando, um de cada lado e uma corrente de árvores de pequeno porte nos oriental para a saída. A visão é uma ode a perspectiva, e a padronização nos desestabiliza por estar tão presente.
Ponto 5
Pode-se dizer que apesar de parecer infinito e absoluto, a paisagem anterior não é eterna. Logo tudo ao redor parece perder sua dimensão, e incomoda o alívio de não ter que olhar mais para cima, e sim para frente, os olhos se acostumando em retornar ao seu centro óptico. E então estamos na beira da cidade e a sensação de infinitude retorna.
Ponto 6
Todo o percurso resulta em uma visão razoável e comum. As forças se balanceiam e de repente se esquece de olhar para paisagem a busca de detalhes que saltam aos olhos e sensações ou de contrastes formados organicamente pela inconstância criadora que é a cidade. De Repente se vê parte daquilo à frente, e então regressamos, pelo mesmo caminho, mas nenhuma visão é repetida.
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Ponto 1
Este croqui é localizado logo após a Rua da Unip, onde em um lado da rua tem árvores e edifícios e do outro um Terreno vazio. Mas o melhor a observarmos é os prédios, que chama a nossa atenção, por serem de um alto gabarito.
Leituras Perspectivas
Ponto 2
Ponto 3
Localizada na mesma esquina que o croqui passado, este croqui nos proporciona a imagem de um terreno vazio e logo em seguida edifícios. Parece até mesmo que este espaço vazio faz parte, ou melhor, complementa os edifícios.
Vitória Giovanna
Este Croqui localizado ainda na mesma rua que os croquis anteriores, porém visto por outro ângulo, sendo possível ver um dos Blocos da Unip. Logo atrás é possível observar edifícios, quando olhamos de imediato, além da Unip nos chamar a atenção, os edifícios também fazem tal trabalho.
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Ponto 4
Ponto 5
Caminhamos bastante neste dia.
No croqui acima é possível observar uma paisagem urbana, onde edifícios foram levantados, em após o outro, e então nos perdemos com a imensidão desses prédios.
Observamos cada rua que passamos e também vários prédios, mas nesta rua foi bem diferente a sensação como ilustrado nos outros croquis, a sensação é de Paz, pois ao olhar as árvores, acima delas podemos ver um céu azul e nenhum edifícios pôde tirar o foco, que naquele momento era o dia maravilhoso que estava, a luz do sol nas árvores, e ao passámos pela calçada sentirmos a sombra delas, isso trouxe Paz.
Ponto 6
Neste croqui foi observado de dentro do Campus da Unip. Quando é atravessado o pátio é possível chegar ao local, onde parece nos oferecer tranquilidade, e transparência de tudo que está ao nosso redor.
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Mapa Síntese dos Levantamentos Unip/Objetivo Parque das Artes Lote Verde
N
Edifício Residencial Edifício Comercial Edifício Institucional Lote Vazio Vias Expressas Vias Coletoras Vias Locais
Cruzamento com tráfego nas avenidas, mesmo sinalizadas e com o leito carroçável alargado
Parque com muita potencialidade, porém cercado e segregado, o qual limita o lazer e a recriação
Ponto de conflito entre os veículos e os pedestres, como polo de congestionamento
Travessia qual seria mais harmônica ao pedestre se a faixa fosse elevada
Pontos de Ônibus Semáforos Ocorrência de Tráfego Ponto de Foto
100m
200m
300m
CONCLUSÃO
No final do levantamento e da análise feita da área de estudo, se clareia quais pontos podem sofrer melhorias através de um desenho urbano e paisagístico; os pontos de tensão e de conflito entre os moradores e os veículos, e as características próprias desta área, que a destaca entre os demais bairros e formam sua identidade própria, como o alto gabarito e os recortes vazios, além das fachadas e tipologia dos edifícios que refletem a história de sua ocupação. Se familiarizando com a área que será o papel em branco do projetista, é um passo fundamental e primordial. É nele que se dará o diagnóstico, para então, poder ser melhorada e corrigida em alguns aspectos com a finalidade de amenizar os situações desarmônicas entre a cidade e o meio e o ser humano. Assim, se toma a consciência de que a cidade não é como uma folha em branco para o projetistamas essa é uma ocorrência constante e cumulativa de vivências e um resultado natural da própria história e modo de pensar de diferentes gerações juntas em um mesmo espaço. Assim, se faz impossível solucionar definitivamente algo na cidade, já que ela não se mantém estática, pois as pessoas não o fazem. Mas se se retirar o melhor de cada geração, os positivos serão somados no final, e o futuro pensado e projetado poderá tornar o resultado mais positivo. 26
REFERÊNCIAS PROJETUAIS
Uma etapa entre a idealização e a concepção de um projeto é a busca e a análise de referenciais. Se é preciso ter armazenado na mente o que de parecido já foi feito com problemáticas similares. Assim, soluções já realizadas podem ser unidas e mescladas para dar origem à uma nova. Podemos definir seu lugar nas diretrizes do projeto como direcionamentos, além de seu papel como inspiração. Para o Projeto de Arquitetura e Urbanismo: Uma Praça no Bairro Nova Aliança, a principal inspiração foi o Projeto do grupo OFL Architecture chamado Zighizaghi. A partir deste foi feito análises e leituras projetuais as quais serão apresentadas a seguir. Entre os fatores que levam a sua escolha, estão a dimensão da intervenção, a qual possui uma escala minimizada em comparação a outros projetos de praças e parques urbanos. Tendo essa proximidade, como o clima o qual é mediterrâneo e compartilha de uma certa similaridade com o clima cerrado de Ribeirão Preto, algumas soluções encontradas por Zighizaghi podem ser extraídasuso de plantas da região, entre elas aromáticas e frutíferas; a modulação e variação de uma mesma forma; a acústica como elemento de aproximação e atração de pessoas e sua escolha de materiais. Desta forma, todos estes elementos são traduzidos respeitando a singularidade de cada terreno e suas necessidades únicas, como a faixa etária e o contexto da cidade em que esse se insere. 27
ZIGHIZAGHI OFL Architecture Equipamento Urbano construído na região italiana de Favara, na Sícilia Área de intervenção de 320m2 Estrutura feita de madeira compensada e resina fenólica Gênesis do projeto no campo da biologia, sendo inspirado nas colméias
Grupo: Letícia Morello Vitória Giovanna João Francisco
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Implantação
Modelos tridimensionais demonstrando como a praça Zighizaghi interage com a rua, o lote, a calçada e os elementos preexistentes no local em que ele se encontra
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CORTE TRANSVERSAL E LONGITUDINAL
Dimensionamento dos elementos horizontais e verticais
30
Módulos
Execução da área proposta. As caixas hexagonais projetadas em várias funções: piso, banco e floreira.
Principal material: madeira 31 compensada
Vazios Preenchidos por vegetação
Módulos são usados como canteiros 32
Mobiliário Urbano
Luminária com alto falantes
Bancos móveis que aceitam 33 diferentes configurações
DIRETRIZES DE PROJETO
Falta de espaços direcionados à faixa etária de adolescentes e jovens adultos de 16 a 219 anos, a qual é maioria na área.
Espaços livres dentro do loteamento, os quais possuem potencialidade para a criação de áreas voltadas ao lazer e a recriação.
Criação de praças de recreação e lazer voltadas à faixa etária de 16 a 19 anos, a qual é maioria dentro da área e se encontra carente neste aspecto
Tensão e conflitos entre moradores, veículos e pedestres, as características próprias desta área, que a destaca entre os demais bairros e formam sua identidade própria.
As vias que dão acessos de dentro para fora da cidade permite fluxo que controle às necessidades de pedestres.
O alcance de novas formas para a melhora no trânsito, pensando em não apenas melhorar a vida social, mas também pensar no meio ambiente, formas que não são todos que praticam mais que são andar à pé.
Na área estudada um dos pontos que mais tráfego é na Av. Ligia Latufe com a Rua Dr. Mário de Assis.
As vias e os semáforos ao redor da quadra em que se encontra a Unip, e em ruas próximas são de bom grado, sem tráfego de automóveis.
Solução possível a ser tomada , poderia ser também em pensar na acessibilidade para cadeirantes, onde a faixa de pedestre fosse elevada.
Geração de tráfego nos cruzamentos de vias coletoras e vias expressas.
O traçado das vias expressas isolam a unidade de vizinhança, detendo o fluxo de passagem de a penetrar.
Sinalização no cruzamento entre vias coletoras, principalmente no entre as ruas Magda Perona e Dr. Mário de Assis Moura
Dificuldades encontradas na travessia de pedestres para o quarteirão da UNIP, devido a dimensão das vias e o fluxo de veículos.
Uso de vias locais cortando os quarteirões mais voltados para a ocupação de lotes residenciais, com exceção de apenas pequenos comércios e serviços.
Alto Gabarito aglomerados e demasiado próximos.
Quantidade suficiente de pontos de ônibus para o embarque e desembarque.
Porcentagem alta de recortes no loteamento deixados vazios, aumentando as distâncias.
Loteamento uniforme, visando os usos, deixando lotes maiores espacialmente para os Equipamentos Urbanos.
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Áreas Verdes Área de intervenção Ponto de ônibus Cerca Postes
N
25m
50m
100m
35
36
FLUXOGRAMA
Contemplar Brincar Espaço Cívico
Ler
Esperar
Conversar Comer 37
EVOLUÇÃO PLANO DE MASSAS
N
38
PLANO DE MASSAS
Brincar
o
heir
Ban
R. Dr. Mário de Assis Moura
N
Comércio AV. D Silva r. Cessá rio M onte iro d Acessos Principais a
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39
PROJETO
Realizado a partir da coleta de informações e análises decorrentes do entorno e do próprio lote, se chega ao plano de massas, o fluxograma e o programa de atividades, estes que agora ganham forma e espacialidade mais definidos. A Praça no Jardim Nova Aliança é o resultado da correlação e a concretização destes dados e observações. Sendo que o que direciona estas é o partido adotado individualmente. Assim, o partido este caderno é a integridade do terreno e de seu relevo como a interação com o natural e o construído. Portanto, as massas vegetais e topografia foram inalterados, mas sim incrementados para portar as atividades humanas. O material escolhido foi a madeira laminada para os decks e para o brise móvel no auditório e mobiliário, concreto armado para o auditório e comércio. O deck serve ao mesmo tempo como cobertura e piso, tendo um vão ao meio, entre a calçada e o auditório, atingindo um desnível de 4m neste. A vista para o Parque das Artes foi pensada como um ponto de interesse a ser evidenciado e a prevalência do verde e do solo em contraste a área construída, que apesar de extensa não supera a vazia. As particularidades, espacialidades e massas vegetais serão abordadas separadamente a seguir, com as plantas baixas de cada setor. Sendo que todos trazem intrínsecos em si todas as etapas presentes neste caderno até agora direcionado pelo partido adotado.
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IMPLANTAÇÃO
N
Centro Cívico
Banheiros Espaço de Brincar
Espaço de Convivência
5m
10m
20m
Espaço Comércio
41
ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA
N
Pergolado
Vegetações aromáticas
Mobiliário
3m
6m
12m
Pensado para ser dividido entre as atividades de esperar, conversar, promover encontros, descansar e contemplar, o espaço de convivência possui 4 curvas de nível, sendo que a calçada se encontra no mais elevado. Há um acesso direto que o liga ao espaço destinado ao comércio e outro ao centro cívico, além de um que termina na frente de um canteiro florido na divisa do lote, o qual apresenta um pergolado de madeira destinado a contemplação e admiração da vista. O mobiliário é modular e circular, convidando ao uso e incentivando a interação popular. As massas verdes nativas são preservadas e novas árvores frutíferas, flores e arbustos são implementados, trazendo novos atrativos à ela e definindo os percursos. 42
ESPAÇO DE BRINCAR
N Rampa para acesso Mobiliário recreativo infantil
Bancos
3m
6m
12m
O terreno foi dividido para as várias atividades propostas, uma delas é a de brincar, na qual proporciona além de lazer às crianças, o contato com a natureza. A área de brincar foi posicionada nesta região do lote devido a preocupação de deixar as crianças com sombreamento natural e um ambiente lúdico com pousos gradientes topográficos. O local é seguro pois é bem iluminado e próximo da calçada de esquina, e ainda traz bancos pensados para os cuidadores, que asseguram um lugar de espera, como também de supervisão. Possui um caminho com rampa de acesso ao deck, bancos, um mobiliário urbano infantil: balanço, balanço vai e vem, carrossel (gira-gira) e um tratamento com planos vegetais para realçar os caminhos e tornar o ambiente mais agradável, se aproveitando ainda 43 das já existentes.
ESPAÇO DE COMÉRCIO
N Deck suspenso
Pergolado
3m
6m
12m
Comércios
No espaço de comércio temos dois blocos de comércios, com duas unidades em cada, disponíveis para o uso das pessoas que frequentam o parque como para as que estão ao redor ou passantes. No meio dos comércios há um pergolado, o qual proporcionará conforto térmico, acolhimento, além de dar como benefício o sombreamento que nos levam a um deck suspenso que serve como local de estadia e espaço de comer. Um dos acessos ao parque está a poucas distâncias de um dos comércios, esta entrada proporciona o acesso não só ao espaço de convivência, mas também um caminho diretamente ao deck que está ligado aos comércios. O deck possui vegetação ao seu redor e é sustentável por pilotis sobre o terreno, proporcionando conforto sem 44 modificar a topografia original da área.
ESPAÇO CÍVICO
N Auditório
Deck suspenso Árvore integrada
5m
10m
20m
O terreno está localizado logo em frente a UNIP, a intenção de um auditório neste terreno é proporcionar não apenas o entretenimento, mas também palestras, exposições e outras atividades cívicas. Acima do auditório temos um deck que começa logo no nível da calçada e que a acompanha, ficando suspenso, ou seja, o deck se estende até se transformar no final a cobertura do auditório. O acesso ao deck pelo nível da calçada se encontra na AV. Dr. Cessário Monteiro da Silva, tendo ainda outros dois acessos pela calçada da Rua Dr. Mário de Assis Moura, os outros dois acessos por esta rua é feito por uma rampa acessível, pensando em como todos poderão utilizar-la. Chegando ao deck é possível se deparar com a copa de uma árvore que está integrada ao ambiente e ter uma vista da Praça das Artes.
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BANHEIROS
N
Os banheiros ficaram localizados na extremidade do lote ao lado do Espaço Cívico, tomando para seu deck como cobertura para as entradas, tendo como preocupação seu acesso em dias de chuva. Seu perímetro foi dividido entre feminino e masculino, sendo que em cada um há um box voltado ao deficiente físico. Contabilizando 5 boxes em cada um e 5 pias. As portas escolhidas são de correr e a acessibilidade, se feita pelo auditório, atente a cadeirantes.
1m
3m
5m
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CORTES ESQUEMÁTICOS
3m
6m
12m
46 3m
6m
12m
PERSPECTIVAS
Perspectiva livre feita da praça vista ao longe, mostrando as relações entre alturas e em como afetaria a paisagem.
Perspectiva livre feita no interior do auditório, demonstrando a vista que este teria do Parque das Artes e algumas de suas características internas, como os brises móveis de madeira e as luzes pendentes do teto.
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REPRESENTAÇÃO 3D
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BIBLIOGRAFIA
Imagens: Todas as imagens de satélite foram retiradas do Google Imagens enquanto que as demais foram feitas pelos alunos participantes do grupo Textos: Todos os textos foram embasados seguindo as aulas de PUP-CHIC na UNIP (Universidade Paulista) durante o primeiro bimestre do 3 semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo Gráficos e Mapas: Todos os gráficos e mapas foram modelados pelos integrantes do grupo seguindo observações feitas pelos mesmos do espaço urbano
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