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Páginas 42 a
CULTURA
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Em honra aos 100 anos da Companhia das Minas de São Pedro da Cova, o Museu Mineiro organizou a exposição temporária “100 Anos da Companhia das Minas de Carvão de São Pedro da Cova”, que foi inaugurada no local, no dia 11 de setembro, pelas 18h.
A história desta Companhia Mineira remonta-nos ao ano de 1921, quando a Empresa das Minas de Carvão de São Pedro da Cova passou a ser designada de Companhia das Minas de Carvão de São Pedro da Cova, com nova administração e com novos estatutos. Para além disso, foram realizadas inovações e melhoramentos, dos quais se evidencia um dos símbolos da história mineira de São Pedro da Cova, o Cavalete do Poço de São Vicente, classificado desde 19 de março de 2010, como Monumento de Interesse Público. Para os responsáveis, a realização desta exposição só foi possível graças à vontade de algumas personalidades ligadas ao assunto, bem como através de documentos cedidos: “Cedência de documentos importantes e fotografias do arquivo pessoal de Serafim Gesta “Mazola”, conversas com Dr. Luís Megre, a cedência de documentos do arquivo da CIDMON (empresa herdeira da Companhia das Minas de Carvão de São Pedro da Cova) e finalmente, o apoio incondicional da professora Idalina Ferreira, que utilizando a sua sabedoria, ponderação e poder de síntese concebeu os conteúdos da exposição”. No discurso de inauguração, Pedro Miguel Vieira, Presidente da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, convidou toda a população a visitar a exposição que enfatiza a riqueza patrimonial, a identidade e tradições mineiras, que são importantes para perpetuar a memória da identidade desta freguesia. Ainda sobre o assunto, Pedro explica que já no ano transato, o Museu comemorou os 100 anos do Bairro Mineiro e este ano é a vez da Companhia das Minas, sobre o assunto, o autarca acrescenta o seguinte: É importante relembrar o papel da Companhia na freguesia de São Pedro da Cova, não só na exploração do carvão, como também na construção de vários equipamentos e que passados 100 anos ainda continuam de pé, como o Museu Mineiro. No entanto, é necessário relembrar a urgência em recuperar os equipamentos que estão muito degradados, como o Cavalete”. Sobre a exposição, Micaela Santos, responsável do Museu Mineiro referiu o seguinte: “Através das exposições temporárias, o Museu Mineiro de São Pedro da Cova, desenvolve de forma mais pormenorizada conteúdos menos trabalhados na exposição permanente. Assim, o tema escolhido para a exposição temporária, agora patente no Museu Mineiro, foi a empresa que desde 1921 explorou o carvão em São Pedro da Cova: Companhia das Minas de Carvão de São Pedro da Cova. Através da mesma tencionamos mostrar o impacto que esta teve em termos socioeconómicos e culturais, mas também com a implementação de serviços de apoio à população mineira. A mesma recorre ainda à literatura para transcrever este "mundo" único da exploração mineira.” A iniciativa contou ainda com uma visita guiada à exposição, orientada pela professora Idalina Ferreira. A mesma encontra-se patente até ao dia 12 de março de 2022. A entrada é gratuita. ■
Banda de São Pedro da Cova apresenta nova sede
No dia 11 de setembro, a Banda Musical de São Pedro da Cova apresentou o novo projeto de construção para a nova sede, à população. Recorde-se que a Banda Musical já comemorou os 120 anos de vida.
Ao VivaCidade, Helder Magalhães, Presidente da Associação confidenciou que nos últimos três anos, a Banda Musical tem sentido um “Crescimento exponencial, fruto de uma dinâmica voltada para o exterior com o espírito de servir a comunidade e o concelho, fator relevante que levou ao aumento do número de associados, músicos executantes, alunos e professores, deixando por consequência a descoberto uma das suas maiores fragilidades, como a falta de um espaço adequado para desenvolver a sua atividade”. Assim, o responsável explica que, com este aumento, os 25m2 da atual sede no Rés do Chão da casa da Juventude já não são suficientes para realizar os ensaios, bem como as aulas de formação. Posto isto, a atual sede é apenas utilizada para a realização de ensaios ou aulas de formação, constando ainda que graças ao apoio da Junta de Freguesia de São Pedro da Cova, os ensaios são realizados no auditório da Junta, em casos mais específicos, como por exemplo a gravação do CD da Banda ou da participação no projeto da cantora Cláudia Pascoal, a Câmara Municipal cede o Auditório Municipal ou o Salão de Ouro, situado no Multiusos. Perante esta lacuna, os responsáveis da associação tudo fizeram para resolver a situação que reunisse todas as características necessárias. No entanto, a direção constatou que na Freguesia de São Pedro da Cova, “Não existia essa resposta, iniciando-se assim o projeto da construção de um novo espaço”. Helder levantou um pouco da cortina ao nosso jornal e explicou o projeto: “A nova sede da Banda Musical de São Pedro da Cova contará com um auditório capaz de albergar aproximadamente, 120 lugares, contemplando também uma escola de formação musical, entre outros espaços com funcionalidade multicultural ao serviço da freguesia e do concelho”. “Este é um projeto necessário que vem dignificar uma instituição com 121 anos, mas é ao mesmo tempo bastante ambicioso, sendo a sua execução possível através da união de esforços entre a Banda, população, Junta de Freguesia e essencialmente a Câmara Municipal de Gondomar. Esperamos que este projeto seja em breve uma realidade. Até lá continuaremos a trabalhar afincadamente na formação cultural e representativa da comunidade a quem muito agradecemos o apoio prestado”, explica o Presidente. Sobre o assunto, Pedro Miguel Vieira, Presidente da Junta de Freguesia, refere o seguinte: “Uma decisão de grande coragem por parte da Banda Musical de São Pedro da Cova, que vai honrar a sua história de 120 anos, mas fundamentalmente vai projetar mais e melhores projetos para o seu futuro e também para a Freguesia, onde vai nascer um edifício ao serviço da cultura em São Pedro da Cova.” O projeto tem a assinatura do arquiteto Mário Marques e será realizado num terreno cedido pela Câmara Municipal de Gondomar, que se encontra situado junto do edifício da Junta de Freguesia e da Igreja Matriz de São Pedro da Cova. ■
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DESPORTO
O jovem atleta gondomarense de 19 anos, conquistou a medalha de prata no Campeonato Europeu de Pista pela seleção portuguesa. Agora, a ambição do jovem é os jogos olímpicos e garante que vai lutar por isso.
Apesar de ter descoberto que o ciclismo era a sua paixão, Diogo já foi atleta de futsal, no entanto inspirado no pai e no tio, que andava, de bicicleta com os amigos, ficou com o ‘bichinho’ de experimentar a modalidade. Foi nesse momento que começou a dar os primeiros passos naquela modalidade que seria o seu futuro. “Na altura entrei por diversão, conforme os anos foram passando, comecei a levar as coisas mais a sério e comecei a aplicar-me mais. No Secundário foi difícil conciliar os estudos com os treinos, porque treinava à noite e tinha de ir de metro para casa. Hoje em dia tenho bons resultados e vou continuar a acreditar para fazer ainda melhor”, explica o atleta. Diogo Narciso iniciou a sua carreira na modalidade do ciclismo com 13 anos. A casa que na altura acolheu o jovem atleta foi o FC Ramalde, clube sediado em Gondomar. Após dois anos nesta casa, partiu em direção à equipa da Trofa quando subiu de escalão para cadetes. Passado dois anos, foi para a Maia, depois, no último ano de júnior, surgiu a oportunidade de pedalar pela equipa da Bairrada. Atualmente, o atleta veste a camisola da Sicasal. Sobre a corrida, refere o seguinte: “Na corrida optei por uma estratégia mais defensiva no início, porque eram 160 voltas. Depois, nas últimas 100 voltas, para tentar dar a volta e ganhar os 20 pontos de bónus, mantive ao máximo a minha velocidade”, sobre o prémio acrescenta, “Ao levar a medalha de prata dos europeus para casa foi uma sensação difícil de explicar, mas muito boa. Este ano não correu da melhor maneira, mas preparei-me para o Campeonato da Europa de Pista e, juntamente com o meu treinador e a seleção, felizmente conseguimos trazer cinco medalhas para casa, o que foi espectacular”. Segundo o jovem, a sua maior motivação é os resultados, mas também o companheirismo e a amizade que cria nas competições, principalmente com pessoas de diferentes culturas. Apesar de ter conquistado este Campeonato Europeu, Diogo não perde esforços e diz que, o seu maior sonho, seria vestir a camisola da Seleção Portuguesa e competir nos Jogos Olímpicos. Sobre a modalidade em Gondomar o jovem critica a Autarquia: “Ninguém do Município me contactou, nem a Vereadora do desporto. Sinto que eles não dão tanto valor a certas modalidades. Pode ser que esta conquista abra a visão das pessoas”. ■
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Hospital Fernando Pessoa
CARTÃO D'OURO
O Cartão D’Ouro é o cartão de saúde do Hospital Fernando Pessoa, um hospital cuja natureza não é a busca do assistencialismo como meio de facturação, mas sim a preocupação de cuidar com rigor profi ssional e ético, sendo este um dos pilares da Fundação Fernando Pessoa.
Assim, criamos o Cartão d’Ouro, especialmente vocacionado para permitir à população ter acesso a cuidados de saúde diversifi cados a preços altamente bonifi cados, em condições excepcionais e exclusivas.
Além dos diversos descontos em cuidados de saúde, o Cartão D’Ouro não tem limites de idade ou de utilização, nem tem qualquer custo de adesão, de mensalidade ou anuidade.
30% DESCONTO - Consultas de Especialidade 20% DESCONTO - Consultas de Urgência 20% DESCONTO - Medicina Dentária* 20% DESCONTO - Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica** 20% DESCONTO - Medicina Física e de Reabilitação (incluindo fi sioterapia) 20% DESCONTO - Internamento 10% DESCONTO - Cirurgia***
* excluindo cirurgias, próteses, implantes dentários e aparelhos ortodônticos. ** (exames de diagnóstico, análises clínicas, etc) à excepção da ressonância magnética, com desconto de 5%. *** exceto em preços fechados.
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REPORTAGEM
Uma arte ancestral que representa a história de um concelho D’Ouro- Gondomar
Tendo em conta a sua ligação com o ouro desde a época dos romanos, Gondomar assume o papel e a responsabilidade de ser, atualmente, a Capital da Ourivesaria Portuguesa, sendo que, desde sempre foi reconhecido como o território mãe da concessão da Filigrana Portuguesa. Um concelho de Ouro, com história e com pessoas que fazem desta arte o ex-libris deste Município. Este método ancestral, ganha agora um Museu na Casa Branca de Gramido, com peças ímpares, que representam o trabalho, o talento e a dedicação dos nossos Filigraneiros.
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> Vereadora Sandra Almeida, responsável pelo pelouro do Turísmo
Texto: Gabriela Monroy
Uma técnica ancestral artesanal que estabelece uma relação entre o Homem, a sua Oficina e o Ouro. A génese da produção desta arte, remonta-nos à exploração mineira do ouro, nas serras de Pias e Banjas, por parte dos romanos. No entanto, foi com a entrada na segunda metade do século XVIII, que Gondomar começa a dar os primeiros passos para afirmar-se como um dos berços mais importantes e prolíferos da Ourivesaria Portuguesa. De geração em geração, o talento e o cuidado pela confecção desta arte manteve-se inalterável. A sua produção é realizada minuciosamente pelas mãos e os olhos atentos dos nossos filigraneiros, que criam estas peças ímpares nas suas oficinas de pequena escala e de cariz familiar. Uma técnica que entrelaça delicadamente dois fios de ouro ou prata, usualmente muito finos, que são depois aplicados a molduras com várias formas, preenchendo-as com um rendilhado delicado, e que origina uma das estrelas mais famosas que representa o nosso Município além fronteiras, o coração de Filigrana. Da fundição à peça final vai um longo caminho, um processo lento, mas recompensador, que tem conquistado a admiração nacional e internacional. Esta herança é um dos ex-libris do nosso município, prova disso, é o facto das oito maiores empresas portuguesas de joalharia e ourivesaria, cinco são gondomarenses, sendo que a Ourivesaria em Gondomar regista cerca de 60% da produção nacional. No entanto, hoje, começa a ser cada vez mais escasso, a quantidade de mestres Filigraneiros que mantém esta tradição admirável. Assim sendo, com o intuito de proteger esta arte, o Município de Gondomar, decidiu criar um Museu da Filigrana em Gondomar e formalizar uma candidatura para tornar este ex-libris, Património Imaterial da Humanidade.
Museu de Filigrana
Sandra Almeida, Vereadora do Turismo, levantou o pano do projeto desenvolvido para a Casa Branca de Gramido, local escolhido para acolher este Museu que pretende imortalizar a história desta arte e potencializar o Turismo em Gondomar. “Este Museu tem o intuito de proteger os nossos filigraneiros e de ser um símbolo de orgulho e reconhecimento da nossa história, porque estamos a falar de seis décadas”, refere a responsável. Para o executivo camarário, este museu simboliza o “Passar o testemunho” às próximas gerações e a todos que se interessam pela história das tradições do nosso país e em especifico, da Filigrana de Gondomar. “Agora os gondomarenses e as pessoas que visitarem o nosso Município poderão aprofundar o seu conhecimento sobre esta arte na Casa Branca de Gramido, que agora será o ‘Welcome Center’ da Rota da Filigrana”. A responsável pelo Turismo explica que, "Gondomar é o maior produtor de filigrana, sendo que o segundo Município em Portugal que produz é Póvoa de Lanhoso. Assim, como é uma arte artesanal tradicional histórica e singular, faz todo o sentido preservar a sua identidade e uma das formas que encontramos foi, para além da nossa candidatura no final do ano de 2020, à UNESCO, criar este Museu”. Este novo projeto de criação de um Museu, resulta de um conjunto de sinergias que o executivo tem adotado com o intuito de proteger o legado da Filigrana gondomarense. Assim passaremos a elencar todas as medidas que foram tomadas com o propósito de imortalizar esta arte: A certificação da Filigrana; a criação da Rota da Filigrana, que consiste na visita às pequenas oficinas dos nossos artesões, onde podemos visualizar e presenciar todo o processo realizado para a confessão destas peças; a candidatura desta arte a Património Imaterial da Humanidade- UNESCO; e, agora, a criação do Museu da Filigrana que contem toda a sua historia. Sobre o assunto, a Vereadora refere ainda algumas particularidades deste projeto. Agora, com a abertura deste novo espaço, será possível adquirir peças de Filigrana certificadas, isto é, “A cada produtor certificado é atribuído um punção e etiquetas para colocação em cada peça certificada, comprovando perante o consumidor que se trata de uma peça ímpar, produzida de forma artesanal”, Sandra sublinha ainda que a certificação desta arte permitiu “Reforçar” a importância da Filigrana em Gondomar, bem como protegê-la da comparação com a Filigrana Industrial, “De facto, estamos a tentar proteger a Filigrana Artesanal, da Filigrana Industrial”. Este museu irá ainda contemplar peças únicas e diferenciadas de ourives e filigraneiros de Gondomar, que foram adquiridas pelo Município e que agora serão o espólio deste Museu. “O atraso para a abertura do mesmo foi consequência da pandemia que se fez sentir e que atrasou muitas das alterações que tivemos de efetuar no Museu, no entanto, entendemos que muito brevemente será possível abrir ao público”, a mesma explica ainda que a entrada é gratuita a toda a população e que o espaço estará em funcionamento todos os dias no horário habitual. Sendo que, não é necessário marcação previa para a sua visita, nem um número mínimo de pessoas, ao contrário no que sucede com a Rota da Filigrana. Sandra Almeida deixa ainda uma mensagem a todos os curiosos: