![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/4cc3ef670a6eafc1b717492070001fcc.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
95 minute read
Página
BREVES
Espaço Cidadão de Jovim comemora aniversário
Advertisement
O Espaço de Cidadão de Jovim, comemora este mês dois anos da sua inauguração. António Braz, Presidente da União de Freguesias, demonstra-se satisfeito com a aceitação e satisfação das pessoas e constata que a procura deste espaço, tem sido elevada.
Doe Sangue, Doe vida!
Para o mês de outubro, a população interessada poderá proceder à doação de sangue nos seguintes locais: dia 10 de outubro, na Escola Básica e Secundária de Jovim, entre as 9h e as 12h 30 min; com o mesmo horário, no dia 20 de outubro, a doação será no Multiusos de Gondomar; e no dia 31 de outubro, no mesmo horário, será realizada na Escola Básica e Secundária de São Pedro da Cova.
Lançada pelo Movimento "Cuidar dos Cuidadores Informais", a 1ª edição da Rede de Autarquias que Cuidam dos Cuidadores Informais (RACCI) reconheceu o projeto "+CUIDAR" - Programa de Apoio ao Cuidador Informal do Município de Gondomar. Com este reconhecimento, materializado na atribuição de um selo de mérito, válido até fi nal de 2022, o Município passa a integrar a Rede de Autarquias que adotam as melhores práticas e medidas de apoio em benefício dos cuidadores informais.
Decorreu a recolha do voto antecipado ao domicílio e dos lar de idosos
No dia 21 de setembro, as equipas da Câmara Municipal de Gondomar visitaram os domicílios de eleitores em confi namento obrigatório que requereram o voto antecipado, assim como, uma estrutura residencial para idosos. Os serviços municipais receberam a inscrição de sete eleitores confi nados, por força da pandemia, e de 19 eleitores residentes em lar de idosos.
Gondomar em Semana #Beactive
O Município de Gondomar aderiu à semana Europeia do Desporto com várias atividades que irão decorrer entre os dias 23 e 30 de Setembro. O objetivo é promover o desporto e a atividade física, encorajando mais as pessoas a serem ativas. As modalidades presentes no programa vão desde a Atletismo, o Remo, o Ténis de Mesa e o Basquetebol.
Manuel Soares e José Andrade lançam livro
No passado dia 11 de Setembro foi lançado no Jardim da Junta de Freguesia de Melres o livro “ A Irmandade dos Santos Passos e Cruz de Cristo de Santa Maria de Melres”. A autoria da obra é de Manuel Joaquim Soares e José Manuel Soares de Andrade.
Melres e Medas com Música
A Banda Musical de Melres deu o concerto Promenade, no passado dia 4 de Setembro no Parque de festas das Medas. Já Ana Maria Pinto e Joana Moreira realizaram um recital de canto e Piano, no Auditório da Banda Musical de Melres, no dia 28 de Agosto.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/e7d55a44816f37da7289e02c7081ca11.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Fânzeres e S.Pedro da Cova celebram enterro das Merendas
De forma a iniciar o novo ano lectivo do Movimento Sénior, promovido pela Junta de União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, os alunos e professores deste movimento recriaram esta tradição, marcando o fi m das merendas oferecidas pelos lavradores aos seus criados no fi nal do verão.
SOCIEDADE
Rio Tinto abraça Arte Urbana
Chegou este mês a Rio Tinto, o projeto “Rio Tinto Arte Urbana”. Com esta iniciativa a Junta fez das paredes da sua freguesia um Museu de pintura urbana, que todos podem visitar e contemplar.
Desde sempre que as primeiras telas que o Homes utilizava para expressar a sua arte, foram as paredes. No Graffi tti, a situação é semelhante, no sentido em que as paredes assumem o papel de serem as telas de pintura dos artistas e tal como os grandes pintores da humanidade, este estilo de arte tem a capacidade de preservar através do seu estilo único, sentimentos, sensações, pensamentos, bem como de dar uma nova vida, mais colorida, às cidades. Para o autarca da Junta de Freguesia, Nuno Fonseca, este era um dos projetos que estava na sua gaveta há anos até que, aliado ao facto da necessidade de requalifi car o túnel pedonal da estação, o edil tomou a decisão de implementar este projeto com o intuito de dar um novo dinamismo à cidade utilizando a arte como sua aliada e assim evitar possíveis atos de vandalismo. Outro ponto benéfi co desta iniciativa é a capacidade de unir o interesse e a atenção de várias faixas etárias. Nuno Fonseca, explicou que fi cou surpreendido com a excelente receção das pessoas ao admirar o processo e o resultado fi nal das obras destes artistas. O Presidente diz que esta é uma forma de levar o nome da freguesia para o mundo, visto que os próprios artistas têm, nas suas redes sociais, muitos seguidores de diversas nacionalidades. O responsável sublinha ainda que, após os trabalhos estarem concluídos, a divulgação e partilha das pessoas nos meios digitais: "Foi surpreendente. Pelos comentários e as partilhas nas redes sociais, podemos dizer que foi uma aposta ganha. Melhor, a reação das pessoas foi muito mais positiva do que aquela que nós estávamos à espera”. A intenção da Junta é repetir esta iniciativa anualmente, tendo em conta que os gastos do projeto são de aproximadamente 5 mil euros. ■
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/79783d6e27e8ebcd3288a32afeebee18.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/168db1432a698eb02cc17324bcfef3e7.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/61bfecdf2c50a0b21894d6073880d45c.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/30cabd15688e72635ccb15cd305e2ed9.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/8d8260cb73a37b2efb984f9a010039db.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/960b4065b18986d53912d1297b94c4fe.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/c9b2c7f5a6f0feb9e4e4e8951bd39592.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/1eb909a612223b3e732f405c4270e6ef.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/cb20995fd3e99ad95b90230c02f2bb84.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/3b48c4778231b044c187e3f3e89fbc8c.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/8b2c69409aceda13b5b69e8575bcce50.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/6b72d2f3a96409948ae0977527db6dd7.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/5a0ed177f60fa3f44ec5eddfcd885479.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/51baa68193ab97a1b39ed9f8b0ddee89.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
SOCIEDADE
Estimados Alunos e Encarregados de Educação
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/ff34218c7c9be1a0df86928d84c7b2cd.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Antes de mais, quero agradecer a todos aqueles que acreditam neste agrupamento e estão connosco. Em conjunto, levaremos por diante esta exigente tarefa que é a de garantir uma instrução e uma educação de qualidade para todos os que nos procuram e que em nós continuam a confiar, geração após geração. É, pois, por todos reconhecida a qualidade do projeto deste agrupamento. Também é sabido que só é possível a manutenção desse grau de exigência pela grande dedicação e pelo empenho de todos na dinamização e abertura para aceitar novos e permanentes desafios, consubstanciados em inúmeros projetos de grande relevância.
Com vista a melhorar a qualidade do sucesso dos nossos alunos, o seu sucesso pleno e os respetivos percursos diretos de sucesso, aceitamos o desafio de implementar um Plano de Inovação, Ir Mais Além.
Trata-se de uma forte aposta em minimizar os constrangimentos da grande dispersão curricular existente, procurando garantir o envolvimento dos alunos na construção das suas próprias aprendizagens, de uma forma mais prática e mais experimental. Sabemos que os dois últimos anos letivos foram tempos de muita incerteza que exigiram, quer nas nossas vidas pessoais, quer profissionais, o melhor de cada um de nós. Neste ano letivo que agora começa, e mantendo o foco na proteção e saúde de todos nós, vamos retomar, paulatinamente, algumas ações conducentes à normalização das rotinas que a pandemia nos obrigou a abandonar. Por isso, voltaremos a ter aulas para todas as turmas no período da manhã, mantendo, todavia, o cuidado de respeitar o desfasamento de horários de atividades letivas e de intervalos; também as entradas, percursos e recreios dentro da escola serão diferenciados; cuidaremos de uma maior ventilação dos espaços e do reforço da higienização dos equipamentos; manteremos a obrigatoriedade de uso de máscara, dentro e fora das salas de aula, entre outros. Contamos com a colaboração cívica de todos, pois só agindo em conjunto, de forma consciente e atenta, poderemos continuar a levar de vencido este terrível vírus. Assim, não me canso de agradecer a todos o imenso compromisso e dedicação em prol dos nossos alunos.
No AEG1, TODOS CONTAM! A diretora
Lília Silva
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/4dfa1b17a7809df34d762fa3977300ad.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
A avaliação ao serviço das aprendizagens!
O Agrupamento de Escolas nº1 de Gondomar irá comemorar o Dia Europeu do Desporto Escolar nos dias 22 e 24 de setembro,
das 9h00 às 13h00. Os alunos que têm Educação Física nesses dois dias terão a oportunidade de vivenciar atividades diferenciadas, no âmbito das modalidades do Desporto Escolar, existentes no Agrupamento. No dia 22, as atividades a apresentar serão Ténis de Mesa e Atletismo na (ESG) e Ténis de Mesa e Ténis, na Escola Básica de Jovim e Foz do Sousa (EBJFS); o dia 24 será destinado às modalidades de Voleibol e Badminton, em ambas as escolas. O Clube Ala Nun' Álvares de Gondomar prontificou-se a colaborar nesta efeméride, com a vinda de técnicos especializados às duas escolas, nas modalidades de Ténis de Mesa, Ténis e Voleibol. A dinamização do Badminton estará a cargo dos professores Américo Silva e Armando Silva; a dinamização do Atletismo será da responsabilidade do professor Fernando Marreiros. Com esta mega participação dos alunos, pretende-se que se diversifiquem as modalidades desportivas, que os nossos jovens adiram cada vez mais à prática desportiva e possam inscrever-se na modalidade que mais apreciaram durante a comemoração.
Alice Figueiredo, (Coordenadora do Departamento das Expressões)
Visitem-nos em https://www.youtube.com/channel https://www.facebook.com/aeg1gondomar http://www.aeg1.pt/
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/6d8e6a6df72dc33cdda99962fd0988df.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Dinamismo Diversidade Motivação Transversalidade Parcerias Monitorização Sucesso Inclusão Resolução de problemas Recuperação de aprendizagens Autonomia Articulação e reorganização curricular
Um ano na ESG – testemunho da minha experiência nesta escola.
Em 2020/21, frequentei a ESG e, embora não tenha sido fácil devido à pandemia, foi uma experiência muito boa. Apesar das medidas de segurança, que limitaram um pouco a minha experiência, habituei-me bem mais rápido à escola do que eu pensava. Os espaços são muito bons e grandes, o que permite aos alunos movimentarem-se pela escola. O ambiente, tanto na sala de aula como fora dela, também é muito agradável e cheio de “boas pessoas” (docentes, alunos, …). Mesmo no período em que ficamos em casa, a escola e os professores tentaram ajudar-me sempre que precisei, o que eu apreciei muito. No início, não gostei de termos que ficar todos os intervalos na sala de aula, mas, mais tarde, já pudemos sair, e ficar na sala de aula era opcional. Os serviços, como a secretaria, a papelaria, a cantina e o bufete trabalham muito bem, embora não os tenha visitado muito por não necessitar e devido às medidas de segurança. Para mim, a ESG é uma excelente escola, com muito boas pessoas que tentam mantê-la em segurança nestes tempos difíceis. Eu adoro estudar na ESG!
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/ec7b3667215da04e847745c0f54a9fe2.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/25c5c7c4432a457a034233f08ae33c22.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/b25328d39105e3376895fcdbc6c48050.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/58cc48d28e8526b2fb540d50807c57d1.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/3e2785604080b6a5f427fae80e7b2248.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/c8357dab2ba081c8da3e280a219670d7.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/b38e478d7583710b60938aed76a305ad.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
PUB
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/53e25f76665f6abbf9e657d97384f964.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/11b554e3403e33978aa0368bbb433f9c.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/d8549d71abb3c2793b480253d818f411.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/0d10495b7b39e27de582b06c3d13d021.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/1f40a5d619df2f98a96c3ece5e559645.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/f8df4a0f77ce6001ae6207f5b87ec3a4.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
SOCIEDADE
Festas do Concelho de Gondomar estão de volta
No último ano de pandemia, os gondomarenses presenciaram um corte abruto nas atividades culturais, bem como nas festas do concelho de Gondomar. Passado aproximadamente um ano, as atividades voltam com força, sendo que o Município de Gondomar, já anunciou o calendário para as próximas festas.
Para o vereador da cultura, Luís Filipe Araújo, neste último ano como as pessoas sentiram um corte abruto nas atividades, a comunidade sentiu essa diferença de uma forma mais signifi cativa. Para o responsável, era urgente trazer de volta a alegria de viver que a cultura proporciona, para as pessoas. Foi nesse sentido que a equipa camarária decidiu colocar as mãos à obra e criar um novo programa cultural, que cumprisse as normas de segurança implementadas pelas DGS. Assim, o executivo tomou a decisão de não realizar os seis concertos habituais que eram realizados em São Cosme, para milhares de pessoas. Posto isto, a principal diferença que os gondomarenses irão sentir, passa pela eliminação das iniciativas que pudessem colocar em risco a saúde dos presentes, damos o exemplo dos concertos que não tinham lugares marcados. “Tudo o que representa grandes multidões, não vai acontecer”. Outro exemplo fornecido por Luís Filipe Araújo, é o caso das Bandas Filarmónicas, “Ao invés de termos duas bandas como já era habitual, vamos ter apenas as bandas do concelho, uma em cada dia. Cada uma destas bandas vai ter o seu próprio dia para atuar no anfi teatro”. As procissões ainda não se encontram autorizadas, “É uma decisão que não é nossa, é uma decisão que é tomada pela paróquia”, o que para o executivo já era expectável, aliado ao facto de que estas procissões atraem sempre multidões. Como todos sabem, uma das festas mais esperados do concelho são as romarias do Rosário, Luís Filipe explica que é evidente que no próximo ano litúrgico, a Igreja irá aliviar as medidas e assim, as procissões vão passar a ser autorizadas. Um dos pontos altos que o vereador referiu concerne às bandas filarmónicas. “Habitualmente, já era um ponto alto nas festas nos anos anteriores, porque tínhamos sempre muito público que queria ouvir a atuação das bandas, mas acho que, este anos vai ser mais especial por dois motivos: Por um lado temos um público que está realmente sedento de ouvir alguma atividade cultural, e no que diz respeito às bandas filarmónicas, aqui em gondomar, nós temos uma afeição muito grande para com elas. Por outro lado, quando transmitimos a vontade de tê-los este ano connosco ficaram radiantes, porque realmente não têm tido deslocação para lado nenhum. As saídas têm sido praticamente nulas e também vai ser para as bandas um momento de renascimento. Esses dois pontos, acho que serão os momentos mais altos. Temos aqui uma série de concertos agendados que é expectável que vá encher os lugares disponibilizados”. O Vereador da Cultura garante ainda que, quem marcar presença nas Festas do Rosário, estarão em segurança, dado que as regras serão cumpridas. Mas, independentemente das restrições, é importante voltar a respirar cultura no concelho. ■
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/acf74e3736eb005fc45820bf9f717368.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/4e934f25a97785d9f7dafae13ce4178a.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/3523e30fd7309be4e5afb9e58f705a11.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/99c1f769526e9eff0ade929ee49cdcaf.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/c90aec7cad2c6dc0a1f0cf0b2d425466.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/77a01e90d7cceb6dffa1164ed7eafcdd.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/550465ec06820bc82458205dbc1013d6.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/8be2b9111f42a64150a29b4a180b6baf.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
SOCIEDADE
Gondomar: Vacinação de vento em popa
O concelho de Gondomar tem sido um exemplo na vacinação quando comparado aos restantes municípios limítrofes da Área Metropolitana do Porto. Atualmente, contamos com, aproximadamente 85% da população vacinada com, pelo menos, a primeira dose inoculada. Para Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, este feito só foi possível devido à estreita colaboração entre a Autarquia e a ACES de Gondomar. Foi esta união de sinergias entre os trabalhadores da Câmara e os profi ssionais de saúde que, segundo o edil, foi o segredo para este sucesso. Quanto à terceira dose, o autarca refere que não tem, ainda, informações sobre o assunto por parte da DGS, no entanto garante que o seguinte: “Nós estamos cá para colaborar e vamos o fazer sempre que a nossa ajuda for solicitada”. Quanto ao Centro de Vacinação situado no Multiusos de Gondomar, Marco explica que o espaço ainda não vai ser desmontado, mas sim reconfi gurado. Ou seja, deixará de ser no espaço central do Pavilhão, no entanto a vacinação continuará a ser realizada nestas instalações. ■
- Aconselhamento - Aluguer - Venda - Revenda - Transporte - Construção e Manutenção de Parques e Jardins - Limpeza de terrenos e Matas - Projetos de Arquitetura Paisagista
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/aef2261958549a22254948e6e74e0541.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/06d409051ac28a5f05e9b89bbccf6057.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/db2ba0c89c1140e5a29669aeb50739fe.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Rua Padre Andrade e Silva, 1103 4420-242 GONDOMAR Telefones 224631317 - 226175006 Fax 224631319 Telemóveis 918713786 – 917309075 Contribuinte: 505540762 SITE www.hortocircunvalacao.pt Correio electrónico: geral@hortocircunvalacao.pt orcamentos@hortocircunvalacao.pt
PUB
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/71cfbbee3dc06dadd84c1ee6907e9c23.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/cef2d7349e3284cbce118ed8e66e36b9.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
PUB PUB
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/eb85721c9e5631923e881e3b8e0a4231.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/f9e54bafb83fb14712a5fa1207d7a722.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/8d0c0674b3c8743438c53cd773a81f97.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
PUB
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/0da5b2718629aba51cd66e67bfab385e.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
GONDOMARENSES LÁ FORA...
Para mais uma rubrica dos Gondomarenses lá fora, nesta edição estivemos à conversa com Joana Gomes, natural de Baguim do Monte, partiu para Londres para exercer a sua profissão -enfermagem- e viver novas aventuras.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/76a24e63cb47ffb769266aa2abf780ff.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Fala-nos um pouco sobre ti, quem é a Joana e como é que surgiu a ideia de partir rumo a Londres?
Sou a Joana, tenho 28 anos e sou natural de Baguim do Monte, Gondomar. A ideia de partir para outro país começou desde muito cedo. Sempre senti vontade de explorar outras culturas e de viver fora de Portugal. Inglaterra surgiu como uma opção natural enquanto ainda era estudante de Enfermagem. Desde pequena sempre tive um fascínio pela língua Inglesa e pela cultura britânica. O Reino Unido trouxe-nos algumas das melhores bandas, músicos, pintores, poetas, escritores, atores, realizadores…da história! É impossível não ser fascinada por este país.
Quais foram os factores que pesaram no momento em que tomaste a decisão de partir nesta aventura? Londres sempre esteve como tua primeira opção?
A primeira cidade onde trabalhei como enfermeira foi Manchester, em 2016. Uma cidade bonita, com pessoas acolhedoras, onde fiz grandes amizades que mantenho até hoje. No entanto, Londres foi sempre o meu grande objetivo, só que na altura em que me qualifiquei como Enfermeira, os hospitais de Londres exigiam experiência prévia no National Health Service (NHS- Serviço Nacional de Saúde inglês), pelo que Manchester acabou por ser a minha catapulta para Londres. Em Londres trabalho como Enfermeira Instrumentista no Bloco Operatório Pediátrico no hospital que era o meu grande sonho, o St Thomas’ Hospital.
tiste? E atualmente, o que é que sentes mais falta do teu país e, em concreto, de Gondomar?
Sair de Portugal não foi um passo fácil, mas tal como muitos colegas e amigos sempre me disseram, custa menos à medida que o tempo passa, acabamos por nos habituar. Tenho a sorte de poder viajar com frequência para o Porto (antes da pandemia viajava a cada quatro ou cinco semanas, nem que fosse por três ou quatro dias!) e isso ajuda imenso a suportar as saudades. Também tenho familiares e amigos que me visitam em Londres, algo que adoro porque permite-me partilhar com eles um bocadinho desta cidade que tanto admiro. Aquilo de que sinto mais falta é da comida da minha mãe, que é a melhor cozinheira do mundo.
Porquê enfermagem?
Sempre gostei de ajudar as pessoas e de sentir que posso fazer a diferença na vida delas. Acho que a nossa existência ganha verdadeiro sentido quando podemos contribuir positivamente para a vida de alguém. Profissões como Enfermagem têm muito intrínseco o ato de cuidar, pelo que surgiu como uma opção natural para mim. Não é uma profissão fácil, mas é, sem dúvida, gratificante.
Como é que comparas o sistema de saúde de Londres, com o de Portugal? São diferentes?
Em Inglaterra o sistema público de saúde é o National Health Service (NHS). É semelhante ao Serviço Nacional de Saúde de Portugal, no sentido em que o acesso a cuidados de saúde é universal e considerado um direito básico. Como cidadã da União Europeia não pago, mesmo após o Brexit, qualquer tipo de taxas para aceder a serviços de saúde. O NHS é essencialmente financiado pelos nossos impostos e os britânicos em geral apreciam esse facto, desde que o acesso à saúde continue a ser público e gratuito. Aqui existe também uma enorme preocupação pela dignidade, privacidade e experiência em geral que o paciente tem no hospital, pelo que os profissionais de saúde recebem treinos e cursos constantes para melhorarem a sua prestação de cuidados e se manterem atualizados com protocolos e padrões de cuidados a nível nacional.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/ff88afbc993fc03e997c01b6965fe921.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Atualmente, atendendo à fase de covid que estamos a viver, em que a vacina surgiu como uma ferramenta de esperança para muitos, como é que está a correr o processo de vacinação no país em que resides e trabalhas? E, como é que foi trabalhar como enfermeira nos picos da pandemia?
O processo de vacinação em Inglaterra está a correr muito bem. O meu hospital foi dos primeiros a providenciar vacinas ao público e, desde o final de 2020, já administrámos mais de quinhentas mil. Este facto deixa-me bastante orgulhosa na minha instituição de saúde mas, não posso deixar de enaltecer o orgulho que sinto por Portugal ser neste momento o líder em vacinação! Trabalhar durante a pandemia foi um misto de emoções. Voluntariei-me para trabalhar no Serviço de Cuidados Intensivos do meu hospital e nada nos prepara completamente para o que vi. Foram meses duros física e emocionalmente, em que vemos tantos doentes a sofrer, vários deles jovens (tive doentes na casa dos trinta anos), nos deixava com um sentimento de impotência. Nada chega à sensação que foi ver alguns destes doentes a vencer a fase mais crítica da doença e a serem transferidos dos Cuidados Intensivos para serviços de Cuidados Intermédios – pequenas vitórias que nos iam mantendo motivados ao longo dos meses mais duros da pandemia. versidade cultural e gastronómica, assim como as oportunidades profissionais que existem. Não posso deixar de salientar a riqueza artística da cidade, que me continua a surpreender ao fim de todo este tempo, assim como os inúmeros parques com árvores centenárias, aves e raposas lindíssimas ou esquilos que vêm comer à nossa mão. Quase nos esquecemos de que estamos no meio de uma das capitais económicas do mundo!
Ainda na mesma linha, dirias que a cultura londrina é muito diferente da cultura portuguesa?
Em Londres existe uma diversidade cultural que eu nunca tinha experienciado em Portugal. Penso que Portugal caminhará na mesma direção pois existe cada vez mais pessoas a apaixonarem-se pelo nosso cantinho no sudoeste da Europa e a imigrar a partir de todas as partes do mundo.
Achas que Portugal tem muita coisa a aprender com o estilo de vida londrino, ou dirias que é mais ao contrário?
Penso que ambos os países podem aprender imenso um com o outro. No fim de contas, somos nós próprios os grandes vencedores por podermos experenciar os estilos de vida, pontos fortes e pontos fracos, de ambos os países.
Que mensagem gostarias de deixar a aqueles que, como tu, anseiam partir numa aventura além fronteiras portuguesas?
A mensagem que costumo dar a quem anseia partir além fronteiras portuguesas é: força nisso! Não é um passo fácil, mas prometo que, um dia mais tarde, irão sentir-se muito felizes e agradecidos por terem tomado a decisão de viver noutro país. O quanto crescemos e nos enriquecemos a nível pessoal faz com que as saudades de casa valham a pena. Criamos amizades que se tornam a nossa família, criamos raízes, recebemos oportunidades profissionais e académicas que só são possíveis por termos tido a coragem de sair de Portugal. Eu considero-me uma cidadã do Mundo e já não me imagino de outra forma! ■
SOCIEDADE
Querer Ser apresenta Formações Modulares Certificada
A Querer Ser - Associação para o Desenvolvimento Social, enquanto entidade promotora, possui um conjunto alargado de Formações Modulares Certificadas em diversas áreas de educação e formação para a população ativa da região Norte do país, entre as quais se destacam as áreas do Comércio, das Ciências Informáticas, do Trabalho Social e Orientação e do Secretariado e Trabalho Administrativo.
As Formações Modulares são Unidades de Formação de Curta Duração (UFCD) de 25 ou 50 horas que visam potenciar a empregabilidade da população ativa, nomeadamente dos empregados e desempregados, com especial enfoque nos que se encontram em risco de desemprego, através do aumento da sua adaptabilidade por via do desenvolvimento das competências requeridas no mercado de trabalho. Estas formações, desenvolvidas tanto em regime presencial como à distância, são totalmente financiadas e certificadas no âmbito do Sistema Nacional de Qualificações. Até ao final do ano, a Associação continuará a desenvolver UFCD’s nas diversas áreas formativas, estando previsto o início das formações de Primeiros Socorros, Folha de Cálculo - Excel, Línguas Estrangeiras, Gestão do Stresse e Higiene e Segurança no Trabalho, entre outras. Para além de ser uma resposta que contribui para o desenvolvimento pessoal e social da população ativa da região Norte, também as empresas que queiram proporcionar aos seus trabalhadores novas habilitações e competências profissionais encontram aqui uma solução à sua medida. Se desejar conhecer mais pormenorizadamente o vasto leque de opções formativas da Querer Ser, ou obter mais informações sobre o processo de inscrição, pode contactar a Associação através do 914 096 013 e do e-mail: formacao@ quererser.pt. ■
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/6dcd259d68e845fced598f2f03393a68.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
PUB
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/27e4231034e1481b8be60ada8c7e38a3.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
SOCIEDADE
ACIG: 120 anos a representar os empresários de Gondomar
A Associação Comercial e Industrial de Gondomar (ACIG), é uma Instituição Pública que foi fundada a 29 de agosto de 1901. São 120 anos de história, a representar os empresários do nosso Concelho. A comemoração foi realizada no dia de aniversário da fundação, na atual sede da ACIG, em Gondomar (São Cosme).
A comemoração contou com intervenções de quatro personalidades, Graciano Martinho, Presidente da Direção da ACIG, o Presidente da Assembleia Geral, Jorge Santos, o Vice Presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), Nuno Camilo e a Vereadora da Câmara Municipal de Gondomar, Cláudia Vieira. Sobre os 120 anos da ACIG, Graciano Martinho revela ao nosso Jornal que ao longo dos anos, esta associação tornou-se como uma família, sendo para o responsável uma “Enorme satisfação” ser dirigente associativo da ACIG, uma coletividade que, durante 120 anos tem lutado contra diversas adversidades e tornado-se cada vez mais forte sendo atualmente, uma das poucas do país que tem património próprio: “Não só com este edifício onde está atualmente a nossa sede, mas também, possuímos outros dois edifícios”. A premissa de trabalho dos representantes da ACIG passa por melhorar a qualidade de vida e de trabalho dos empresários gondomarenses e quanto ao futuro, o dirigente levanta um pouco o véu admitindo que “Esta questão da pandemia, fez-nos recuar um pouco, mas estou certo que está a chegar, novamente, a hora do arranque do caminho para a vitória final. Vamos criar coisas muito bonitas. Vamos criar um ninho de empresas na sede antiga que é muito grande”. Graciano Martinho aproveitou ainda o momento para deixar uma mensagem: “A minha palavra vai para os empresários do concelho de Gondomar, independentemente se são associados ou não da ACIG. A todos os empresários do concelho, em meu nome pessoal e em nome da ACIG, para todos eles, desejamos os maiores êxitos e que tenham sempre presente que, em qualquer momento de dificuldade -não estamos a pensar em dinheiro, nem em cotas- que não tenham qualquer problema em vir ter connosco, porque aqui teremos sempre a porta aberta e uma voz amiga para os ajudar e aconselhar no que for necessário”. Nuno Coelho, Vice-Presidente da CCP, aproveitou a sua intervenção para enaltecer o papel fundamental que os empresários têm na economia portuguesa e reconheceu, bem como parabenizou, o trabalho constante que é realizado por parte das Associações Comerciais: “As Associações Comercias têm tido um papel preponderante, naquilo que é a organização do tecido empresarial ao longo dos últimos anos. Têm sido eles, nos momentos de maior dificuldade que têm feito, junto das entidades competentes - Câmaras Municipais, Governo e União Europeia- defendido aquilo que é, os heróis, que são os empresários. Foram as Associações que junto do governo conseguiram negociar aquilo que foi os pacotes de medidas capazes de ajudar a superar algumas das dificuldades que os empresários tiveram”. “Nós somos o verdadeiro motor da economia, porque somos nós, todos os dias, que pagamos impostos, pagamos as nossas contas, dá-mos emprego e conseguimos colocar o tecido empresarial a funcionar. Somos nós também que dá-mos segurança às próprias ruas, porque uma rua sem atividade empresarial, é uma rua cinzenta, é uma rua parada e insegura. Nós hoje, estamos aqui essencialmente para felicitar pelo trabalho e atividade desenvolvida pela a ACIG. Prova disso, é comemorar estes 120 anos com um edifício novo, com um sinal de vitalidade pela renovação dos mandatos ao longo dos anos e esperemos também e acima de tudo que, Gondomar, continue a crescer com mais empresas, com um tecido empresarial mais forte e mais capaz de responder àquilo que são as necessidades. Felicidades para a ACIG”, concluiu Nuno Coelho. A Vereadora da Câmara Municipal de Gondomar, Claúdia Vieira, iniciou a sua intervenção reconhecendo a importância dos empresários portugueses, dado que são eles “O motor do desenvolvimento do nosso país e a economia não existe por si só, ela necessita dos seus empresários e empreendedores”. Quanto ao futuro, a representante da Autarquia explicou aos presentes que ainda não foi apresentado um novo modelo de trabalho à ACIG para não haver conflitos com este “Período mais sensível, mas a verdade é que temos previsto para o próximo ano, em conjunto e nesta lógica de trabalho horizontal, esta apresentação. Assim, há semelhança do programa que temos para o Movimento Associativo, a ACIG é também representativa de um Movimento Associativo muito dedicado e que merece todo o nosso reconhecimento”. A Vereadora aproveitou o momento final para congratular, José Rodrigues, Presidente do Orfeão de Gondomar, pela escolha dos “Artistas maravilhosos que abrilhantaram o momento”, foi nessa mesma linha que acrescentou o seguinte: “É com muita satisfação e honra que aqui estou e não poderia acabar a minha intervenção sem realizar aqui uma referência ao momento inicial, Vitor Neves que declamou aqui um poema que adjectivou as nossas empresas, como empresas honradas e sim, é isso que as nossas empresas são, empresas honradas de muita dedicação e que muito fazem pelo nosso concelho. Naturalmente que, a Câmara Municipal de Gondomar está cá para trabalhar em conjunto e para fazer o melhor pela sua comunidade, é esse o nosso propósito, é esse o nosso principio”. No final da cerimónia, Claúdia Vieira entregou um presente a Graciano Martinho, com o intuito de eternizar a comemoração dos 120 anos. De seguida, decorreu um convívio, onde foi cantado os parabéns à ACIG. Por causa do covid-19, a presença no evento de aniversário ficou condicionada, no entanto, fez-se presente os seguintes nomes: o Presidente da União de Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim, António Braz; o Presidente da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, Pedro Vieira; o Deputado da Assembleia da República Portuguesa, Carlos Brás; o Presidente da Federação das Coletividades do Concelho de Gondomar, Manuel Pinto. Para além dos nomes mencionados, marcaram presença na comemoração várias personalidades do concelho de Gondomar de outras forças políticas. ■
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/52b7e3adc1cc67ab49f0f1a12e3ad2ad.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/c933703ebd203e0d648b53283007dd83.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/d57a52ffd1b005afadc1444e31e1e7f2.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/2cf55d7649062d15d4912d118924ed9a.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
PUB
PUB
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/6b3a7e6f59bea3d9c120835eae9199c2.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
AUTÁRQUICAS 2021
Marco Martins:
o parque urbano de Fânzeres/ S. Cosme – que é o mais recente e que já está em curso –, a expectativa do parque de Gondomar, o parque urbano de S. Pedro da Cova, são coisas que, para nós, são uma marca diferenciadora de qualidade de vida e ser revertido naquilo que é a imagem de Gondomar lá fora e a atratividade de outros públicos a Gondomar. Tem crescido imenso. No outro dia estava com o Porto Canal, a gravar no parque urbano de Rio Tinto, e veio uma senhora ter comigo a dizer que era de Ermesinde… Afi nal diziam que o de Rio Tinto era mau, mas afi nal não. Os parques urbanos são, não uma aposta na qualidade de vida mas, uma coisa muito importante: nos dois principais centros, que são S. Cosme e Rio Tinto, uma política de alterar o betão pelo verde. E isso faltava em Gondomar.
Daquilo que foi o seu compromisso com a população, conseguiu executar o que prometeu em 2017?
Sim. Algumas coisas não estão ainda concluídas, estão em curso e atrasaram-se devido à pandemia. Tivemos um ano e meio de pandemia que alterou tudo isto, mas tudo aquilo que estava no caderno de encargos, em compromisso ou no projeto eleitoral, ou está executado ou está em curso. Por exemplo, o PDM já podia estar concluído: não está não por culpa da câmara mas por culpa das entidades de gestão central, dado que a legislação alterou. Portanto, foram todos adiados mais dois anos, como a questão das obras e da falta de mão-de-obra: tudo isto são coisas que nós não controlamos e que está tudo em curso.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/14a148c4c1cc0bba4bccebdc1eab8148.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Texto: Miguel Almeida Fotos: Gabriela Monroy
Em 2017 dizia-me qualquer coisa do género: "O que me move é continuar um projeto que iniciamos em 2013”. Partilha ainda da mesma opinião?
Claro. Aliás, em 2013 quando tomei posse disse que o projeto tinha 12 anos e terminaria, mesmo que a legislação se alterasse, em 2025. O projeto está executado com grande parte e outra parte em execução. Há coisas que quero ser eu a concluir. Nomeadamente a questão dos parques urbanos, a questão da linha do metro, a questão do novo PDM. Agora com aquilo que é a realidade e resoluções pós pandemia, isso são coisas que eu naturalmente quero concluir e com a equipa. Aliás, a equipa manteve-se toda igual desde 2013: só saiu, por opção própria, o Carlos Brás.
E, é exatamente por isso que se recandidata a um terceiro e último mandato?
Certo. E um mandato em que nós, nesta candidatura, temos uma coisa ainda mais marcante que nas anteriores, que é juntar um conjunto de pessoas de sensibilidades e ideologias em torno de um projeto, que é o «Juntos por Gondomar», e que estou a encabeçá-lo.
O primeiro mandato foi marcado por várias surpresas nomeadamente na área fi nanceira. Neste segundo mandato ainda existiram aquelas surpresas desagradáveis?
Não, já não surgiram surpresas novas, houve alguns processos que felizmente se concluíram, mas o grande impacto fi nanceiro, a grande entrave à gestão, foi o primeiro mandato. E é importante que as pessoas percebam que nós só em 2018, portanto no fi nal do quinto ano de funções, passámos do vermelho para o amarelo nas contas, que nos permitiu fazer um conjunto de coisas, nomeadamente começar a pensar nalgum tipo de investimentos e também começar a fazer uma coisa fundamental que é a renovação dos recursos humanos da câmara. Pudemos contratar, porque até ao primeiro concurso que nós abrimos em 2019 já tinham saído por aposentação 360 pessoas, hoje já serão 400, mas nós já começamos a renovar. Renovámos quadros técnicos na área da arquitetura e engenharia; renovámos muitos quadros de assistentes operacionais para as escolas – ainda agora colocamos num concurso que era para 45 e fomos à bolsa e, em vez de 45, colocamos 60; renovámos, também, para as obras e no reforço da polícia municipal que estava a fi car numa situação depauperada, com 8 agentes e que era uma situação inviável na gestão. Temos vindo a reforçar nalgumas áreas de quadros de know how, na área da economia, na área da gestão e novos quadros. Portanto, isso é uma coisa que dá fl exibilidade. Outra coisa importante são os investimentos programados a longo prazo, que não podíamos fazer. Só para dar o exemplo, é importante recordar isto: nós tivemos entre dívida assumida – mais aqueles 11 milhões que foram detetados na auditoria das rendas, mais as condenações – 162 milhões de euros de dívida. Neste momento, a Câmara deve qualquer coisa como 76 milhões de euros: quer dizer que, de grosso modo, já amortizamos 86 milhões de euros. Tudo aquilo que fi zemos está, neste momento, executado, pago, com zero de endividamento e sem prejuízo de investimento. Imagine se nós pudéssemos ter ainda mais 86 milhões de euros, que é aquilo que gastámos para corrigir erros da gestão anterior.
É várias vezes acusado, pela oposição, de ser o Presidente que pensa demasiado nos Parques Urbanos. Considera isso um elogio ou uma crítica?
Isso é um elogio. Só a oposição é que pensa isso, porque os cidadãos não é isso que pensam. Nós vemos o que a população usufrui dos passadiços e parques urbanos. Não havia nada em Gondomar e nós conseguimos dinamizar o polis: é importante dizer que este espaço não tinha jardins mas apenas mato, os bares estavam fechados e hoje é um espaço de vida. O passadiço de Rio Tinto, o parque urbano de Rio Tinto,
Ou seja, o que eram os grandes compromissos, as linhas mestras do programa 2017, estão basicamente concluído ou em execução.
Não há nada que não esteja em curso ou a avançar. Aliás, já tinha acontecido de 2013 a 2017: a taxa de execução foi de 92%.
Dizia-me igualmente em 2017, que acreditava que iria arrancar em meados de 2020, o metro. O que é que falhou?
O que falhou foi o fi nanciamento, porque o governo não conseguiu incluir o metro no «PT2020» e, além disso, também houve a situação de alteração de traçado que fez atrasar. E ainda bem que foi alterada: é importante recordar que o metro inicialmente previsto era Campanhã, Freixo e Valbom, pela parte sul até à feira. E nós alterámos o traçado envolvendo o município do Porto, puxando mais para norte, com a ligação via Cerco, Lagarteiro, futuro polo da Universidade do Porto em Gondomar, centro de Valbom e, em vez de acabar na feira, acaba no Souto. Servindo, na mesma, o hospital-escola Fernando Pessoa. Isso foi fundamental porque nos estudos daquela linha, anteriormente prevista, não eram sustentáveis a nível económico nem de procura nem de exploração. Com uma alteração muito importante, e as pessoas não têm noção disto: demorei meses a convencer o anterior presidente da Metro e o atual presidente, bem como os técnicos, de que está solução é uma utilização direta. Ou seja, um serviço que vem direto: entra-se na Casa da Música ou na Trindade e um metro com destino ao Dragão ou a Fânzeres, hoje vai ser Gondomar, porque a solução por Campanhã implicava transbordo de composição e tinhas que mudar de linha e mudar de cota. Portanto, vai conseguir-se ter serviço comercial direto do centro de Gondomar a toda a rede do metro e isso faz toda a diferença.
Então esta alteração faz baixar o custo da obra, além de chegar a mais sítios…
Esta alteração de traçado, além de baixar o custo da obra, diminui o tempo de ligação, evita transbordo e serve o município do Porto e Valbom. Valbom vai passar a ter duas estações, dantes tinha previsto uma no Freixo e outra junto à piscina e, agora, vai ter uma naquela zona da Lagoa e vai ter uma na zona por trás da junta de freguesia, em Pinheiro de Além. Além do mais, vai já fi car preparado para ser construída no futuro (ainda está a ser feito esse projeto) uma estação no futuro polo universitário. Quando o polo ali se instalar vai já fi car tudo preparado e depois constrói-se. Neste momento não há qualquer dúvida, há fi nanciamento garantido, há contrato assinado com o governo, o que falta agora é o tempo dos projetos, das burocracias.
Há um grau de certeza muito grande que podemos dizer que em 2025 teremos metro…
Há um grau de certeza muito grande que em 2023 a obra começa. Não depende de nós estar pronto em 2025. Neste momento, são como as obras da câmara: a partir do momento que decidimos fazer uma obra e há dinheiro para ela, segue-se o tempo de projetos, o tempo de concurso, o tempo da aceitação – ou seja, as burocracias – e a execução da obra. A decisão está tomada com fi nanciamento. O governo já assumiu isso. Aliás, o primeiro-ministro sempre que estamos, olha para mim a rir-se e diz: “não está esquecido, senhor presidente”. Isso é um não assunto. Neste momento é só o tempo de concretizar. Se vou embora / deixar de ser presidente de câmara com o metro a funcionar, gostava muito, mas não tenho toda a certeza pois não depende de nós. Com a obra quase toda concluída, certamente que sim.
Há cerca de dois meses assumiu uma redução na tarifa da água de 16% para janeiro de 2022. A pergunta é: porquê a negociação a dois meses das eleições?
Primeiro, a negociação começou em 2018, depois durante a pandemia parou cerca de um ano. Fizemos vários estudos com consultores externos e depois nós tínhamos quatro caminhos. Um, resgatávamos a concessão e isso implicava um custo de 104 milhões de euros e cerca de mais 20 milhões de euros para montar o serviço. Por isso, esta questão iria custar cerca de 125 milhões de euros aos gondomarenses que iriam ter de os pagar, duma forma ou de outra, e implicaria a harmonização da tarifa para a média da área metropolitana, ou seja, iria baixar 25% a 30% da tarifa, mas iríamos colocar mais 125 milhões de euros de dívida em cima das contas do município. Portanto, não nos parece solução. A segunda opção seria prolongar o contrato de concessão por mais 10 anos. No contrato com esta empresa privada o concurso era de 25 e o Valentim Loureiro prolongou para 30, em 2008 com o PSD, não nos esqueçamos disso. Não queríamos isto. A terceira opção, de legalidade duvidosa, era a câmara pagar um subsídio à tarifa direto, ou seja, passar um cheque no fi nal de cada ano para pedir a fatura e as nossas contas diziam que, para dar uma média de 10€ por mês a cada consumidor, a câmara tinha que passar um cheque de 9 milhões de euros, ao fi nal do ano. Não nos parece. E a quarta solução, a que nos pareceu mais equilibrada, é a câmara abdicar das rendas de concessão. Portanto, a empresa paga todos os anos à câmara uma renda pela concessão, a câmara abdica dessa receita – são cerca de 5 milhões de euros que abdicamos – e autorizamos renegociar os empréstimos que têm. Irão agora endividar-se ao juro atual – que é praticamente inexistente – e permitir que esse retorno fi nanceiro se acumule na gestão. Portanto, isso dá uma redução média, no primeiro escalão, de 16%: é aquilo que afeta 80% dos consumidores. Porquê janeiro de 2022? Porque isto não é automático. Naturalmente que nós fi zemos os estudos; levámos à câmara; já anexámos à entidade reguladora dos serviços de águas residuais, que dá o seu parecer e, depois deste parecer, tem que vir novamente à câmara, à assembleia e ao Tribunal de Contas. Portanto, é o tempo que demora. As negociações foram concluídas em maio, le-
AUTÁRQUICAS 2021
vamos à câmara em junho e, agora, é o tempo da tramitação.
Parte do processo está explicado, a parte de ser em janeiro de 2022 também está. Só não percebi por que não o ano passado nem há dois anos a não conclusão desta negociação…
Porque nós começamos esta negociação em janeiro de 2018, como já disse. Demorou tempo, arranjamos consultores e isto da pandemia atrasou o processo durante um ano. Nós, só depois do estudo dos consultores validado, é que pudemos concluir a negociação. E foram opiniões nada simpáticas, como compreendemos.
A recolha de lixo continua a ser muito criticada pelos gondomarenses. O que é que o Município está a tentar fazer para minorar este enorme problema do concelho de Gondomar?
O município está agarrado a um contrato de prestação de serviços que acaba em 2023. Contrato esse com a Rede Ambiente que temos vindo a melhorar, temos introduzindo uma série de questões no porta a porta. Por exemplo, ao domingo está-se a recolher 30 toneladas de lixo – e não estava no contrato –, para se evitar que à segunda feira as ruas estejam tão sujas. Mas, de facto, a empresa hoje tem uma grande difi culdade em cumprir o serviço e diz, publicamente, que não consegue contratar pessoas. Há um problema grave de recursos humanos. Não é só na limpeza, é nas obras, é na restauração e na hotelaria. Portanto, nós temos falado com a empresa, a recolha de lixo melhorou muito face ao que era. A varredura está um bocadinho aquém do que nós gostávamos e vamos ponderar naquilo que será o concurso do próximo ano para o novo contrato, por exemplo, que alguns serviços retornem às juntas de freguesia. Vamos ponderar qual a melhor forma e poderá passar, eventualmente, por não ser a câmara a fazer o serviço, é impossível. Há a ideia de, por exemplo, criar uma empresa municipal na área do ambiente, como têm quase todos os municípios aqui à volta – Matosinhos, Porto, Maia e como está em criação em Valongo. Estamos a ponderar essa questão para o próximo executivo decidir, mas esse é um dos caminhos.
A próxima renegociação do contrato com a Rede Ambiente irá sofrer muitas alterações?
Há vários caminhos e um dos que estamos a admitir e a estudar tem de ser tomado até ao próximo executivo. Mas o que estamos a fazer é criar estudos nessa matéria para criar uma empresa municipal, para ser a empresa municipal a gerir a recolha de lixo, não a câmara diretamente com os procedimentos em curso: só para comprar uma peça, para um camião que avariasse, demorávamos um mês. É um dos caminhos. Outros caminhos poderão ser, como referi, devolver algumas competências às juntas. São caminhos que estão em aberto e que naturalmente os próximos eleitos, os próximos atores, na câmara e nas freguesias, vamos ter que decidir.
De futuro, caso ganhe as eleições, parte para o seu último mandato: o que é que os gondomarenses podem esperar de 2021 a 2025?
Da minha parte e equipa que continuem a contar com todo o trabalho, dedicação e empenho 24 horas por dia e algumas à noite, como costumo dizer (risos). E naturalmente que queremos concretizar os processos que estão em curso e queríamos apostar nalgumas áreas novas. Como, por exemplo, a questão da implementação da rede local de habitação, que já tem aprovada para Gondomar 78 milhões de euros. Vai-nos permitir dar uma resposta imediata a 900 famílias e criar cerca de mais de 2 mil casas no mercado para arrendamento. A estratégia é aumentar a oferta no mercado para se estar à procura ao preço baixo. Pois, de facto, hoje em dia é impossível: no Porto nem se fala, mas em Gondomar já é impossível para um casal jovem arrendar ou comprar. Portanto, a ideia é nivelar por baixo o preço com o aumento da oferta que existe no mercado. Por exemplo, a estratégia local é uma prioridade de habitação e também, com isso, permitir renovar muitas que estão degradadas como a Triana em Rio Tinto, em S. Caetano, em Valbom, como a zona de Aguiar ou a zona do Vinhal em S. Cosme, ou aquela zona de Santa Bárbara em Fânzeres e as zonas envolventes. Por outro lado, também, há nove anos que anunciámos isso: vamos duplicar aquilo que são os apoios sociais, dos programas que a câmara tem de «mais habitação», «mais alimentação», «mais saúde» no pós pandemia. De facto, para já as coisas do macroeconómico estão mais ou menos estáveis, mas não sabemos o que vai acontecer. Há alguns sinais de preocupação que sentimos e o presidente da câmara, ao seu nível e às suas competências, tem que dar resposta. Para já, no próximo ano, no próximo orçamento, prevemos duplicar os apoios, mas não podemos já fazer isso. Depois temos outra questão muito importante, que é a questão do novo PDM, que vai trazer a triplicação da área de estabelecimento empresarial, criar zonas industriais para também atrair empresas. Temos recebido imensos contactos e o PDM atual é, de facto, um entrave, além do preço de alguns terrenos, que são proibitivos. Portanto, temos o caso da METIS que é já um sucesso, mas queremos trazer muitas METIS, fazer novas áreas industriais e ampliando outras. A câmara já tinha em concurso um investimento de milhões de euros em infraestruturas para fazer em Tardariz, S. Pedro da Cova, uma zona industrial. Mas queríamos fazer uma zona industrial em Medas, junto à a auto estrada, e queríamos fazer a zona industrial ao lado da A41 e também da A43. Esse é o objetivo da aposta daquilo que é captação de investimento e a fi xação do emprego em Gondomar para reduzir o número de deslocações diárias que as pessoas fazem para fora do concelho para trabalhar. Depois, também temos que fazer aquela aposta da mobilidade e do ambiente com vias estruturantes: a via norte/sul que já abriu a fase A e vai abrir a fase B daqui a uns meses, a via nordeste que está avançar a um ritmo de cruzeiro em Rio Tinto, com a nova via que vai ligar, em S. Cosme, a feira a Ramalde e ao Gold Park, criar uma cintura em S. Cosme para atravessar o Souto, ou pela ligação para quem vem de Fânzeres desde a rotunda do ciclista até à curva da roleta, junto à câmara. Portanto, há aqui um conjunto de coisas que estamos a fazer e obviamente com o metro e com as novas vias e com o novo concurso de transportes da área metropolitana vamos aqui criar mais condições de circulação e mobilidade e com isso, também, contribuir para o objetivo ambiental que é a questão da descarbonização e promover a utilização de transporte público.
A habitação social é um problema grave que este Município herdou e que não conseguiu resolver. Como é que se resolve de uma vez a questão dos lixos à porta dos bairros degradados, das fi ssuras nas paredes, das baratas dentro das casas, etc.?
As baratas dentro das casas aconteceu porque, de facto, houve ali alguém – e já foi detetado – que andava a injetar baratas na rede de esgotos. Nós fi zemos várias intervenções seguidas, durante alguns meses, acompanhámos semanalmente, verifi cámos a origem e participámos isso a quem devíamos de participar. Quanto às fi ssuras, nós temos 29 bairros. Já intervimos numa renovação total em 9, temos 5 em curso, neste momento, temos a Lomba que vai avançar o concurso ainda este mês de setembro. Agora, o problema dos lixos à porta e dos comportamentos tem que ser resolvido com medidas duras. A câmara tem de ser mais dura. É totalmente um problema de civismo e de má utilização por parte de alguns moradores. São alguns que contaminam e dão cabo do resto. Quem tem maus comportamentos, quem prevarica constantemente, tem naturalmente que ser punido.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/11dc80938b34b28e9f704efc0f2f4302.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Há pouco elencou uma série de obras que prevê agora para este novo mandato: peço-lhe que indique aquela obra que verdadeiramente importante para o mandato de 2021/2025...
O fórum cultural de Rio Tinto e a ampliação do edifício da Câmara de Gondomar, com a construção dum novo parque operacional para tornar os serviços mais efi cientes.
São obras que quer que fi quem concluídas?
Sim, isto no aspeto macro, pois há a questão do Cavalete de S. Vicente e o Complexo do Mineiro, obras que já estão anunciadas.
Sensivelmente a meio deste mandato, que agora termina, aconteceu a saída do Carlos Brás e a entrada da Cláudia Vieira: é previsível, para o novo mandato que se avizinha, alguma alteração na equipa que te acompanha desde 2013?
A lista já é pública, portanto, a equipa é a mesma.
A equipa é a mesma, mas não haverá alteração nos pelouros?
Sim, vai haver uma alteração radical nos pelouros.
Mas não quer anunciar?
Não, porque não sei quantos vereadores vou ter, se 8 ou 9. Já agora, deixe-me dizer e porque não perguntou: nós vamos reduzir em 2,5%, por ano, o IMI. Sim, para cumprir já no próximo ano, os primeiros 2,5 é para o ano de 2022.
Por que é que as pessoas, no dia 26, devem votar no partido socialista, em Marco Martins?
No dia 26, devem votar no meu projeto, pois é um projeto já com provas dadas a Gondomar, é governado por Gondomarenses e para Gondomarenses. É um projeto que tem qualifi cado Gondomar e promove Gondomar, interna e externamente. Nós mudamos a imagem do concelho, nós criamos um conjunto de eventos de referência que permitiram naturalmente potenciar Gondomar, atrair investimento, atrair novas pessoas, novos públicos – aliás, é só ver na marginal os terrenos que se estão a vender e o tipo de casas que se está a fazer – e, acima de tudo, é um projeto que, se continuado, junta não só aquilo que é da base do partido socialista mas, também, muita gente doutros locais e de outros partidos, inclusive, em torno de uma causa que é o «Juntos por Gondomar». Não tenho dúvidas nenhumas que somos o único projeto com preparação técnica, política e com conhecimento, capaz de continuar um trabalho que iniciámos em condições muito difíceis, há 8 anos. Queremos continuar a promover durante a minha gestão e, naturalmente, no pós a minha gestão, esperando ser um projeto que se mantenha.
Não tinha aqui para perguntar, mas há pouco “brincou” com os 8 ou 9 vereadores: o que é um bom resultado para si?
O bom resultado é manter a maioria na Câmara – se possível reforçá-la –, é conquistar a maioria da Assembleia Municipal e é, naturalmente, ganhar as sete juntas de freguesia. Isso é o meu objetivo!
SOCIEDADE
António Brandão:
Neste mês de setembro o nosso jornal esteve à conversa com o Presidente da Escola Dramática e Musical de Valbom, António Brandão. Fomos saber todos os detalhes da retoma das atividades culturais desta coletividade centenária.
Para quem ainda não conhece o Dramático de Valbom, conte-nos um pouco da vossa história.
A Escola Dramática Musical Valboense foi fundada em 4 de agosto de 1905, com sede no lugar da Culmieira, hoje rua dr. Joaquim Manuel da Costa. Intitulava-se então Escola Dramática Juventude Valboense, e tinha por lema “Instrução, Recreio e Beneficência”. Em 1909 a sua sede foi instalada no lugar das Camboas, hoje rua Alexandre Herculano, num edifício térreo e depois, feitas certas obras, foi aí construído um salão-teatro. Mudou então o nome “Juventude” para “Musical”. Em 1913 editou pela primeira vez o jornal VITÓRIA, comemorativo do seu aniversário. Em 1914 comprou-se o terreno para a construção dum edifício próprio; mas a grande guerra, pelo encarecimento dos materiais de construção, veio interromper os trabalhos que prosseguiram em 1920. Inaugurou, também, nesse ano o primeiro cinema do concelho, sendo sua projeção com gasogénio; em 28 de outubro de 1933 foi inaugurado um belo aparelho cinematográfico sonoro, atualmente exposto no museu. Na sua sede funcionou o primeiro Lactário do Concelho de Gondomar; as mães recebiam leite da melhor qualidade para alimentar os seus filhos. Durante a 2ª grande guerra, a Escola era responsável pela distribuição de senhas pelos mais necessitados. Nesta Escola têm sido tratados assuntos de magna importância: a primeira rua a ser pavimentada no concelho foi em Valbom e por imposição da Escola Dramática, como também a criação da empresa de transportes públicos e ainda a primeira empresa de distribuição de energia elétrica na área metropolitana do Porto. Dava pelo nome de Empresa Eletrificadora Valboense. Esta empresa foi depois agregada aos Serviços Municipalizados de Água e Eletricidade de Gondomar, posteriormente, controlada pela EDP. Aqui nasceram, também, outras coletividades e instituições, como os Bombeiros Voluntários de Valbom e o Clube Naval Infante D. Henrique.É considerada a mais nobre Casa de Cultura do concelho de Gondomar, preservando, com orgulho, uma história plena de importantes iniciativas, das quais se enfatiza o teatro amador. Organiza, há 36 anos, o Festival de teatro Amador de Valbom (FETAV). Por lá passaram, como ainda passam, destacadas pessoas ligadas à vida cultural, social e política da região. Por detrás da sua bela fachada, tem um interior com espaços ímpares, destacando-se o seu salão nobre, museu, salão de jogos, ginásio, biblioteca e uma maravilhosa, quanto moderna, sala de espetáculos. Em 1996, a EDMV foi reconhecida como pessoa coletiva de utilidade pública (DR II série de 11/04/1996).
De momento, quantas pessoas integram esta associação?
Nós temos algumas parcerias. Vamos agora constituir uma parceria com um Agrupamento de Escolas de Valbom, a nível de teatro. Em temos também tivemos a patinagem da Escola Dramática Musical Valboense que recebeu vários títulos nacionais e internacionais. Temos escola de dança. Portanto, diria que ao todo temos cerca de 600 pessoas, incluindo sócios e não sócios. Sem contar com os miúdos que vêm para aqui, com a atividade do teatro.
Para uma Associação com esta dimensão e com a história centenária, como é que foi lidar com o último ano em que a cultura esteve fragilidade por causa da pandemia?
Durante este periodo, devido ao confinamento, estivemos encerrados. Todas as atividades foram suspensas. Iniciamos este ano, ainda com algum receio, algumas atividades, nomeadamente convívio com sócios e o FETAV que costumávamos realizar em abril, adiamos para setembro, com a intenção que a pandemia estivesse mais atenuada. Portanto, durante este período e precavendo, novos períodos idênticos, nós estamos a apostar nos meios digitais. Estamos a tentar criar um site, em que vamos ver se vem a tempo, do FETAV. Assim, se houver confinamento, será transmitido em direto via internet, se não houver confinamento, após os espetáculos, poderemos vir a disponibilizar os espetáculos através desse canal de comunicação. Estamos a tentar virar-nos um pouco para os nossos meios de comunicação, para colmatar aquilo que sentimos durante a pandemia.
sobre a iniciativa, o que é que vocês estão a planear? Agradecia que levantasse ainda um pouco mais da cortina para saber o vosso planeamento de aulas e espetáculos.
Com este projeto, nós estamos a tentar chamar a comunidade aqui à Escola Dramática, não é exclusivamente os sócios, mas sim toda a comunidade. Daí que o FETAV, desde o seu primeiro espetáculo, foi sempre gratuito e aberto para todos, independentemente da zona do concelho ou do país. O FETAV costuma ser dois meses, este ano, excepcionalmente vai ser só de um mês, assim irá ocupar todos os sábados do mês de outubro. Em que à semelhança de anos anteriores, vamos ter grupos de teatro amadores e por uma tradição, geralmente esses grupos não são do concelho. Portanto, tentamos sempre criar interpelações com grupos de fora de Gondomar. Assim, o FETAV vai ter cinco peças de teatro. Podemos adiantar que vai iniciar uma semana antes, porque no dia 25 de setembro, vamos ter uma peça de teatro que será o pontapé de partida do Festival. No que concerne às nossas atividades normais, a nossa escola de dança está a funcionar, temos a escola de musica que funciona e temos a escola de teatro para os mais novos, que está a dar os primeiros passos, mas que já está a funcionar, desde o início do mês. E, depois disso, teremos atividades de fado e poesia, bem como festas temáticas, isto é vamos ter um magusto, vamos ter espetáculos de tunas, no dia 24 deste mês, teremos ainda aos domingos filmes para as crianças de manhã. Devemos ter, ainda não está confirmado, a apresentação de um livro de um associado nosso. Temos também planeado feiras de artesanato, entre outras atividades.
Onde é que as pessoas podem ter acesso ao vosso plano de atividades?
Neste momento está disponível na nossa página do Facebook. E depois internamente, através de cartazes. Estamos ainda a considerar criar um folheto informativo para distribuir aos nossos sócios, para eles redistribuirem. Quanto ao site, ele está a andar e pensamos que, ou no início do FETAD, portanto até ao final do mês, podemos já ter o site, caso não dê até final de setembro, será lançado durante o mês de outubro.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/78c4e0c7bf8ae2426b6943b5faff7e6c.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Para as pessoas que ainda estão receosas em começar a voltar a participar nas atividades, para si é seguro e importante voltar a trazer a cultura para perto da comunidade?
Sim, isto porque todos os nossos espetáculos e em todas as nossas atividades, cumprimos as normas da DGS. Portanto, temos o afastamento, temos disponível produto para desinfeção das mãos, entre outras medidas onde tentamos sempre cumprir as normas de segurança da DGS. As pessoas relativamente a isso, escusam estar preocupadas.
Porque é que as pessoas tem que vir ao Dramático de Valbom?
A nossa sede deve ser uma das mais antiga. É uma sede que tem boas condições, que tem uma excelente sala de espetáculos e que apresenta espetáculos de todos os géneros. Assim, as pessoas que venham e que se divirtam porque nós, com esta pandemia, verificamos que, as pessoas ficaram um pouco receosas e com medo de viver. É necessário viver e aproveitar a vida, e aqui é um bom local para isso. ■
PUB
AUTÁRQUICAS 2021
Cristina Coelho:
Texto e Fotos: Gabriela Monroy
Quem é a Cristina Coelho?
Tenho 43 anos. Licenciei-me em 2001, sou professora de geografi a há exatamente 20 anos. Entretanto, realizei uma segunda licenciatura que correspondeu a um mestrado na área da história, assim também sou professora de história do 3º ciclo e Secundário. Em simultâneo, tenho feito muita formação na área da cidadania, porque é uma área que me é muito cara, no que concerne aos direitos humanos, à igualdade de género, e até mesmo de termos uma sociedade onde todos possam ter uma participação democrática. Ainda no profi ssional, realizei muitas formações ligadas ao insucesso e à indisciplina. Ferramentas que me ajudam a passar a mensagem aos meus alunos na sala de aula, de um forma mais profícua. Apesar da naturalidade dizer que sou do Porto, na realidade só estive umas horas na maternidade, porque sempre vivi cá. O que é que a Cristina gosta? Gosta de ler muito, apesar que agora tenho muito pouco tempo para ler, mas considero-me uma devoradora de livros. Vejo pouca televisão. Em termos de religião, não professo nenhuma. Gosto muito de caminhar às 6h da manhã, diria que o meu sitio de eleição é aqui em Gramido. Não gosto de dormir, diria que durmo muito pouco. Estive ligada à Associação de estudantes no Secundário, assim como na Faculdade. Depois quando fui mãe, estive presente nas Associações de pais. Fui delegada sindical. Tive sempre um princípio de ser ativa socialmente.
É nessa linha que a questiono, qual foi o ‘bichinho’ que a levou a entrar para a vida política?
Desde miúda, dizia muito aos meus pais que era injusto ver pessoas a passar mal. Apesar de não ter crescido com muito, vivia com condições. Tive acesso à educação, a comida nunca faltava na mesa… no entanto, quando via alguém que não tinha essa condições, eu dizia aos meus pais que um dia ia lutar para ter uma sociedade mais justa. Ao longo da minha vida profi ssional, quando comecei a exercer a minha profi ssão em 2001, fui contactando com pessoas ligadas a partidos políticos, nomeadamente da CDU. Nunca pensei vir para a política, porque nos bastidores eu estava bem. No entanto, há quatro anos recebi um convite por parte de um candidato da CDU quem lançou esse repto, pensei, porque iria sair da minha zona de conforto, porque na minha opinião, quando dizemos que sim, temos que estar de corpo e alma. Depois de pensar muito, aceitei esse desafi o, assim fui eleita na Assembleia Municipal e desde então exerço funções na mesma. Em simultâneo, quando é necessário, sou deputada substituta na Assembleia da União de Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim. Basicamente, a minha intenção com a política, é lutar por uma sociedade mais justa, fraterna, com igualdade de oportunidades para todos. Uma Utopia? Não. Porque se todos contribuirmos com a nossa parte, se calhar não é assim tão utópico, temos é que nos envolver e participar de forma efetiva. Há pessoas que adotam uma participação de só reclamar. Eu costumo dizer que tenho um feitio de reclamar, mas temos que apresentar soluções. Eu não posso ser parte do problema, porque tenho que ser parte da solução. Mesmo nas escolas, perante um problema de insucesso escolar ou de indisciplina de algum aluno, enquanto professora, tenho que fazer parte da solução. Um aluno não tem difi culdades académicas ou indisciplina só porque sim, nós temos que os entender. Essa tem sido sempre a minha demanda, é procurar soluções, porque se temos problemas, vamos ser parte dessa solução.
Como tem um envolvimento político no concelho há já alguns anos na Assembleia Municipal e na Assembleia de Freguesia, é difícil exercer o papel de oposição em Gondomar?
É! Nomeadamente num concelho gerido por uma maioria. Não me lembro nos últimos quatro anos, muitas propostas da CDU que tenham sido aprovadas e nós fi zemos propostas ligadas aos maiores problemas, tais como: as Águas; a recolha de resíduos; limpeza urbana; o problema dos trabalhadores do Município. Apresentamos sobre forma de propostas de recomendação, perguntas, moções e difi cilmente, não me lembro de muitas que foram apresentadas, quer em termos de Assembleia Municipal que é o órgão deliberativo, quer nas nossas intervenções institucionais na Câmara. No entanto, depois percebemos que elas são acolhidas, não em nome da CDU, porque depois são reformuladas, o que também nos congratula porque, afi nal, a CDU tem um património de intervenção que é assertivo, que é efi ciente e que é oportuno, porque é utilizado pela oposição, e são vários os exemplos que poderia dar.
Atualmente, como é que vê o panorama politico de Gondomar?
A nível politico diria que é a falta de participação. Quem gere o Município, não envolve os cidadãos nesta participação. Por exemplo, na Assembleia Municipal, nós temos lutado pela participação dos cidadãos no inicio da Assembleia. É impensável um cidadão que no outro dia tem que ir trabalhar, ter que esperar pelo período depois da ordem de trabalhos, por volta da 1h ou 2h da manhã, para poder apresentar o seu problema e para poder intervir naquele que é o órgão máximo do concelho. Por isso, há uma difi culdade em envolver os cidadãos e isso traz consequências, porque as pessoas acabam por se afastar da política. A política não é só dos políticos, a raíz da palavra política é “Polis” o que signifi ca Povo. Todos nós fazemos política, nas suas várias dimensões. Não tem havido uma intervenção de quem de direito, para que os cidadãos sejam realmente envolvidos. Agora, há aqui uma maquilhagem ligada à revisão do PDM, que não se traduz em nada, porque as reuniões que existiram para auscultar os cidadãos é algo muito frágil para aquilo que se quer que é, olhar para o Município e progetê-lo para daqui a 10, 20 anos. Depois, no entendimento da CDU, há aqui um problema no Município que o executivo, ao longo dos últimos oito anos, tem esvaziado as suas responsabilidades na gestão dos bens essenciais tais como a água, o saneamento, a recolha dos resíduos, a limpeza urbana, a gestão das cantinas escolares e a limpeza dos equipamentos. A Câmara delegou a terceiros, contratando empresas, serviços que deveriam estar sob a esfera pública. É um problema que tem vindo a crescer e a ser divulgado, porque a privatização destes serviços trouxe um aumento de custos para os Munícipes e presenciamos um decréscimo na qualidade de prestação dos serviços. Quem está no poder, pode dizer que é o contrário, mas este é um facto que é incontornável.
Não considera que a gestão do Município fi ca mais fácil quando as competências são delegadas?
Claro que sim, esse é o motivo. É mais fácil delegar noutros, responsabilidades que deviam estar em si. Porque? Porque qualquer problema empurramos para a empresa. Como é o caso da situação da Rede Ambiente, onde a Câmara não assume que há um caderno de encargos que tem que fi scalizar, que tem que monitorizar, não é só dar o dinheiro. Veja a questão das ETAR’s. No caso, as águas de Gondomar são as responsáveis pela sua gestão e o que é que tem acontecido? Multas? Empresas que tem lucros fabulosos não se preocupam por pagar uma multa. Porque continuam a fazer o mesmo. No entanto, se as multas fossem extremamente pesadas e ‘se essas empresas fossem mesmo chamadas à pedra’, já se tinha resolvido o problema, mas não. O maior problema aqui é que a empresa ainda não assumiu o investimento que tem que realizar nas ETAR’s de desinfeção. E, porque é que eles têm que assumir, porque as consequências estão à vista. Quantas praias fl uviais temos aconselhadas a banhos? Uma. Isto revela o mau funcionamento das ETAR’s. O PS poderá dizer que o problema são os barcos, mas no último ano e meio, devido à pandemia da COVID-19, o tráfego marítimo fl uvial foi muito diminuto. Há um problema aqui que ainda não foi assumido, há um problema de colocarmos os nadadores salvadores nas praias que não são aconselhadas a banhos. Com isto, estamos a apelar para que as pessoas vão para a água. Há falta de medidas pedagógicas. O nadador devia fazer este trabalho de informar os banhistas que a água está imprópria banhos. A Câmara poderia por exemplo realizar um outdoor grande a avisar as pessoas sobre o problema das praias, tal como faz na entrada dos Passadiços a dizer ‘os Passadiços já estão acessíveis a todos’. Há uma desresponsabilização com a saúde pública. Isto vai além de ser uma questão política porque vemos famílias inteiras em águas que não são aconselhadas a banhos. Não sei o porquê de não o fazerem, mas garanto que não tem sido por falta de intervenção da CDU.
E quanto à mobilidade e à habitação?
A Câmara aprovou recentemente a Estratégia Local de Habitação. É um documento muito importante e que a CDU defende. E, em primeiro lugar, este documento veio a dar razão à CDU que há muitos anos que temos feito intervenção e que há problema, melhor há uma carência a nível de Habitação Pública, em Gondomar. Algo que, o PS vinha sempre dando para trás argumentando que ‘Não, isso não é verdade…’ Não! Há um problema, porque vemos que há muitas famílias que necessitam de habitação pública e que não está a ser dada uma resposta. Para além disso, este documento foi elaborado tendo como base dados de 2017. Estamos em 2021 e não sabemos qual é o desfasamentos dos dados, ou seja, se entretanto as carências agonizaram ou não, porque nos últimos anos, sabemos que não se resolveram nenhuns problemas. É necessário termos dados mais atuais. Para além desta questão, é necessário reclamar e reivindicar, junto ao poder central mais investimento. Aquilo que será transferido para a Autarquia, não é sufi ciente face às carências que temos. Depois, ainda dentro desta questão, nós andamos pelos Conjuntos Habitacionais e conseguimos ver que há problemas que não estão resolvidos, os problemas diagnosticados. Continuamos a ver problemas de infi ltrações, continuamos a ver problemas de acesso às entradas dos próprios prédios e o problema que concerne ao envolvimento dos moradores -para estes problemas a CDU tem propostas- nós sabemos e a sociologia assim o diz que, quando as pessoas se sentem bem nos espaços onde moram, onde os mesmos estão arranjados, em que os moradores fazem parte da solução desses espaços, se eles estivessem envolvidos na dinamização, teríamos outro tipo de Habitação Pública. O estado tem que dar resposta, a Habitação é um direito que está consagrado na Constituição. Uma das nossas proposta é nomeadamente, a criação de Gabinetes de Apoios às Famílias, nos Conjuntos Habitacionais, para dar um apoio efetivo nos problemas e conseguir dar uma resposta mais célere. Também poderíamos criar Associações de Moradores. Já tivemos em tempos e há noutros concelhos exemplos disso, Associações muito dinâmicas que até desenvolvem atividades junto dos jovens, em várias vertentes. Outro problema que temos é a Mobilidade. A mobilidade é fulcral para o desenvolvimento de um concelho. Nós conseguimos atrair população, bem como atrair investimentos ou ter entradas de industrias, se tivermos uma mobilidade, melhor uma acessibilidade efi ciente. O que é nós temos? Não temos uma rede de transportes públicos que dê resposta ou que una o concelho. Temos um Município que faz parte do primeiro anel da Área Metropolitana do Porto e que ainda não tem metro no centro. O projeto pode estar aprovado, mas ainda não chegou. Em 2017, Marco Martins tinha tomado posse há pouco tempo e dizia num órgão de comunicação social que tinha a garantia do Governo que em 2018, o projeto estava a chegar, no entanto estamos em 2021. E, agora o que é que ouvimos, ouvimos que há prospeções geotécnicas, há sondagens, mas não conhecemos ainda o projeto. O que nós defendemos? A linha do Metro, Fânzeres - Valbom, ou seja, defendemos que haja um fecho deste circuito circular, Dragão, passagem por Valbom, Fânzeres e depois, centro do concelho. Para que realmente, consigamos
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/4647320e86a3519df46f049d27f102dc.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
AUTÁRQUICAS 2021
ter o concelho unido. Mas não é só, temos que assumir a STCP, como uma operadora alargada a todo o Município, porque nós vamos ao alto Concelho, temos um serviço rodoviário privado que não dá resposta às necessidades daquela população. Temos freguesias como as de Valbom e de Jovim, em que as pessoas têm difi culdades de se deslocarem ao centro do concelho. Eu dou o meu próprio exemplo, eu moro na parte de baixo de Valbom, a 2 km do Porto e há alturas do dia em que não temos transportes, que não temos Gondomarense. Há um documento muito importante que a maior parte dos gondomarenses não o conhecem que é o Relatório Estratégico de Ordenamento do Território (REOT) que foi um documento proveniente de um pedido da Câmara Municipal em 2019 e que contem dados muito interessantes. Primeiramente porque, está muito bem feito, porque destaca os pontos fortes e os pontos fracos do concelho. Temos muitas potencialidades a nível natural, a nível humano, mas sobre os pontos fracos, é um pouco arrasador. Gondomar tem 60% de peso automóvel, com isto quer dizer que as nossas deslocações quotidianas assentam nos automóveis. Somos um concelho dormitório, não queria utilizar esta expressão, mas o próprio relatório diz que o efeito dormitório em Gondomar está a acentuar-se e porquê? Porque as pessoas vão trabalhar e estudar para fora do nosso Município, nós não temos Ensino Superior, o que origina um aumento das deslocações diárias, porque não tem os uma política de transportes públicos e isto, origina consequências. Nós estamos na cauda da AMP, no que concerne à mobilidade, nos níveis de escolaridade e na empregabilidade. Há outros, mas aqueles que se destacam são estes os três. Temos a população a diminuir, também pelos problemas de natalidade, mas porque há muitas pessoas que, devido ao preço praticado em Gondomar nas habitações, está a fi car incomportável. A pressão face ao Porto é muito grande, assim como a especulação imobiliária. A CDU tem propostas para políticas do uso do Solo e Habitação de Renda controlável, caso contrário qual é o jovem, qual é a família monoparental, qual é a família que tem um ordenado reduzido e que não tem critérios para uma habitação pública, mas que também precisa de uma habitação e que não consegue pagar 600 euros por uma casa.
E dos últimos oito anos, peço-lhe que exerça agora o papel de professora e questiono-a como é que avalia as medidas tomadas pelo executivo? Por exemplo, podemos começar pela dívida do Município?
Sobre os últimos oito anos, muitas oportunidades perdidas. Quanto à dívida, nós temos que pensar que quando falamos em herança e temos ouvido um discurso anacrónico ao longo destes oito anos e eu já o ouvia sem estar ainda ligada à CDU, é essencial não esquecer que a divida que foi perdoadas pela EDP é da responsabilidade do antigo Presidente da Câmara que é o atual Presidente e novamente candidato pelo PS à Assembleia Municipal, Aníbal Lira, foi quem deixou, a maior divida do concelho. É fácil nós olharmos para o passado e utilizá-lo como desculpa. Há uma divida e temos um orçamento frágil. Mas certo é que o PS e o PSD foram os responsáveis de condicionar o desenvolvimento do concelho. Ao longo destes últimos anos, a maioria PS tem falado sobre a dívida, mas nunca foi capaz de afi rmar que esta divida da EDP, foi deixada pelo PS, sendo que o responsável por ela está a exercer funções políticas. Quanto à avaliação do mandato do PS, a CDU tem o feito nas diferentes intervenções na Assembleia Municipal. Há oportunidades perdidas, continuamos a fazer e a desfazer obras, como é o caso da Avenida da Conduta, quantas derrapagens fi nanceiras tivemos, vemos os problemas da mobilidade, nestes oito anos e nada foi feito. Tendo o Presidente Marco Martins responsabilidade na área dos transportes, não há nenhuma medida concreta, a única medida tomada foi a do passe único, que foi uma ideia do PCP e que os eleitos da CDU muito lutaram pelo alivio do orçamento familiar dos gondomarenses e de todos os portugueses. Assim, não vemos grandes avanços com a mobilidade, continuamos refém de um serviço rodoviário privado, continuamos sem metro no centro do concelho. E continuamos com um alto Concelho discriminado…
Sente que o executivo valoriza de forma diferente as freguesias urbanas, das freguesias do Alto Concelho?
Nós temos um concelho a duas velocidades. Não há dúvidas de que o Alto Concelho é discriminado ciclicamente. A anterior revisão do PDM permitia a construção de uma zona industrial na saída da A43 e da A41, está construída? Não! Era uma promessa. Entre outras questões. Têm sido medidas avulsas no ambiente, na mobilidade, na habitação e só ouvimos promessas, e mais promessas. Outro comprometimento deste executivo foi com a água. A redução do preço das futuras têm sido uma promessa. Agora, a três meses das eleições é que nós vemos uma solução. Aliás, segundo o que foi comunicado na Comunicação Social, há muitas soluções, mas os gondomarenses não conseguem ter a certeza se a medida que a Câmara vai implementar, é realmente a melhor solução para eles, até porque, se há um estudo, é preciso que as pessoas o conheçam, porque há outros factores e variáveis que é necessário trazer para a discussão. A ERSAR (Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos) tem vindo ano após ano, através de Pareceres, comunicar que os gondomarenses pagam valores acima do que é aconselhável, até tem um parágrafo dos últimos três anos que é muito claro, ‘devia ser devolvido, desde 2014, os valores indevidamente cobrados’, no entanto, a Câmara fez sempre tábua rasa desses pareceres e o argumento dado é que eles não são vinculativos. Quem é eleito, não tem que zelar pelos interesses dos munícipes? A câmara tem sido cúmplice da empresa Águas de Gondomar. E quando digo que são cúmplices é porque eles utilizam argumentos do género que as renegociações são por causa da viabilidade económica da Empresa Águas de Gondomar. Isso é mentira! A empresa ADG, ano após ano apresenta imensos lucros, por isso, a viabilidade de negócio da ADG não está aqui em causa. Assim, ao longo destes oito anos, não vemos nenhum avanço na questão da redução do preço da água. Este contrato foi assinado pelo PSD, que agora até colocaram o outdoor à porta da Câmara de Gondomar a dizer que é preciso olhar para o preço da água quando foram os responsáveis pelo assunto. A CDU nunca esteve ao lado da privatização deste serviço e que fi que claríssimo que nós não defendemos ‘o rasgar contratos’. A nossa proposta passa pela criação de uma Comissão de Acompanhamento ao Resgate da Concessão. Esta comissão teria uma dupla função. Em primeiro lugar, avaliar qual era o impacto do resgate da concessão no alivio da factura mensal das famílias, do comercio e da indústria, para perceber se realmente valia a pena gastar o dinheiro. Tínhamos que estudar o impacto. Depois, também teríamos que perceber esse impacto no orçamento municipal. Tendo em conta que, o orçamento municipal é muito frágil, tínhamos que analisar o impacto a médio e longo prazo no mesmo.
Um dos argumentos de Marco Martins é que a Câmara não possui dinheiro sufi ciente, atendendo à divida que a autarquia possui, para realizar este resgate?
Pois. O Marco Martins diz isso, mas ele também tem que dizer por exemplo, que a questão da outra concessão que corresponde à Rede Ambiente, o contrato da mesma termina no próximo ano e que seria possível, porque a Câmara tem condições logísticas, quer humanas, quer de Infraestruturas, para chamar a si este serviço que todos sabemos que é uma das maiores reclamações dos gondomarenses. E o que é que Marco Martins fez? Realizou cinco reuniões com a Rede Ambiente e prolongou o contrato. Por isso, a questão do dinheiro são opções.
Caso seja eleita, quais são as principais medidas que constam no vosso plano eleitoral?
O nosso plano eleitoral abrange o ambiente, a educação, o movimento associativo, a mobilidade e o bem estar animal. A primeira medida seria tratar desta questão das concessões. Reunia com a AdG, com a Rede Ambiente e com a empresa que gere as cantinas escolares, e assim começar a preparas as reversões. Nós defendemos que estes bens têm que estar na esfera pública. Assim, precisamos de perceber todas as premissas para encontrar as soluções mais adequadas para que tenhamos um serviço de qualidade e com um preço nobre. A segunda medida seria a nível cultural. Seria olhar para o nosso intenso e imenso movimento associativo e potencia-lo, reconhecê-lo e valorizá-lo, criar uma verdadeira agenda cultural em Gondomar. Uma agenda que não seja só de grandes espectáculos, que não se cinja somente à Noite Branca, que terá o seu interesse, mas que seja muito mais que isso. Em que se articule os nossos recursos endógenos, as bandas fi larmónicas, o teatro e a dança, com a formação de jovens, de dirigentes. Essa seria a minha segunda grande medida, era trabalhar em articulação com o movimento associativo e popular. A terceira grande medida, podia falar do ambiente ou da mobilidade, mas não. A terceira corresponde à participação democrática. Era estar uma vez por mês, basicamente fazer uma espécie de ‘Presidência aberta’ nas diferentes freguesias, ouvindo as populações, envolvendo as populações de uma forma que não fosse populista. Digo ‘presidência aberta’, porque ainda não pensei num nome concreto, mas era auscultar as pessoas de uma forma próxima, não é dizer que estamos próximos e estar apenas nas redes sociais. É estar mesmo próximo das pessoas, falar com elas e perceber os problemas e as suas necessidades. Não numa espécie de Presidente da República, mulher selfi e, mas era este contacto, até porque pela minha profi ssão de professora, esta proximidade é algo que me diz muito. Um dos meus maiores gostos na escola é estar nos intervalos a falar com os meus alunos, é conhecer a individualidade de cada um. E assim é o que temos que fazer com as populações. Permita-me só uma quarta medida que seria com os trabalhadores do município. Eles foram exemplares na questão da vacinação e da pandemia. Quer os trabalhadores que andavam na rua, quer os trabalhadores do Multiusos… eles têm sido incansáveis. Precisávamos de reunir com eles, propor o alargamento do subsídio de insalubridade e penosidade a todos. Para além disso avançar com a construção de uma Parque Operacional. Nós temos um, em Fânzeres, sem condições dignas, assim era necessário dar condições dignas de trabalho aos trabalhadores, porque quando damos condições, as pessoas até trabalham com outra vontade.
Para terminar a nossa entrevista, peço-lhe uma mensagem, sobre o porquê de terem que votar na CDU?
A CDU tem um património de intervenção alicerçado no trabalho, na honestidade e na competência. Isso é incontornável. Mas votar na CDU é votar na única força alternativa em Gondomar, que tem sido a voz de todos os problemas dos gondomarenses, através de reivindicações e fazendo intervenções, mas sempre propondo soluções. Garanto que, não há nenhum problema em Gondomar que nós não tenhamos apresentado soluções. O nosso programa eleitoral dá resposta aos principais problemas do concelho e apresenta ainda medidas que sendo concretizadas, contribuíram para o desenvolvimento do concelho a todos os níveis. Nós pretendemos um desenvolvimento sustentável do nosso concelho. ■
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/996688a9fed1b9dce7dd3ce5e87eb428.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Posto de Vigia
Manuel Teixeira Professor Universitário e investigador do CEPESE (UP)
AUTÁRQUICAS: MEDIR A TEMPERATURA
SOCIEDADE
Universidade Sénior de Gondomar volta a reabrir
1 – No próximo domingo os portugueses vão às urnas para escolherem os seus autarcas em 308 câmaras municipais e cerca de 3 100 juntas de freguesia. No total, serão perto de 65 mil pessoas que irão ser eleitas para estes cargos. Não espanta, por isso, que estas sejam as eleições que mais mobilizam a classe política e os eleitores em geral. Caso para dizer que estas são as eleições em que o povo mais se revê.
E há razões para esta gigantesca movimentação geral de norte a sul, e do continente às ilhas. Na realidade o poder local infl ui diretamente na vida de todos nós. Queiramos ou não, é impossível dizer que as autárquicas pouco interessam. Desde a lâmpada fundida do candeeiro mais próximo da nossa casa, passando pelo piso da travessa, da rua, da avenida, da praceta ou da praça, do caminho ou da vereda, tudo nos toca… 2 – Mas não é só por este pragmatismo, mais ou menos real ou egoísta, que o poder local é importante. Sejamos absolutamente justos. Quem anda pelo país fora, sobretudo pelas aldeias, vilas e pequenas cidades, não pode deixar de reconhecer que os nossos autarcas têm um histórico a seu favor altamente louvável. Independentemente de muitas vicissitudes, o poder local transformou completamente, nas últimas quatro décadas, a paisagem do país.
E nem vale a pena entrar pela discussão sobre qual a força política que demonstra melhor desempenho. Temos de reconhecer que há excelentes autarcas em todos os partidos, como há, naturalmente, alguns menos bons ou menos capazes. Mas o saldo global é altamente positivo. E também não é verdade que a maioria dos autarcas sejam gastadores e despesistas. Só quatro por cento da dívida pública é da responsabilidade do poder local! 3 – Mas os resultados das urnas do próximo domingo não se esgotarão nas perdas e ganhos de cada lista de concorrentes. Há uma dimensão nacional no signifi cado da escolha dos eleitores, que se traduz também numa espécie de termómetro de avaliação ao desempenho de cada partido nos órgãos de soberania executivo e legislativo. Não estando em causa a manutenção dos atuais detentores desses poderes, mesmo assim há um balanço a fazer.
Na prática haveremos de concluir, perante a tal leitura nacional dos resultados, se os portugueses consolidam as suas opções partidárias na atual composição desses órgãos, ou se aproveitam as autárquicas para alterar as tendências de voto no poder político central. Este é, por tudo isto, um enorme desafi o que se coloca aos eleitores. Saber ler, no domingo à noite, de forma equilibrada e justa, a mensagem dos eleitores é um desafi o para todas as forças políticas. O Presidente da União de Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim, António Braz anunciou que, após um ano e meio fechada, a Universidade Sénior irá abrir novamente as portas para a população. “Nós queremos que a Universidade Sénior retome a sua pujança, como antes da pandemia”, garantindo ainda que, a Instituição irá assegurar a segurança de todos os alunos, tendo em conta as normas da DGS (Direção Geral da Saúde). A sua retoma trará novidades quanto ao funcionamento das aulas: “Neste momento, não teremos nenhuma disciplina nova, iremos manter tudo igual. Depois, conforme a evolução da situação é que iremos tomar decisões. No entanto, os horários vão diminuir, porque geralmente as aulas são a partir das 9h 3o até às 17h 30, de segunda a quinta, porque a sexta, é para passeios. Iremos ainda ajustar as salas e as disciplinas à capacidade e à dimensão das turmas. Algumas aulas que decorriam em salas maiores, passaram a decorrer no auditório, outras que decorriam em salas mais pequenas, passaram para as salas maiores. As pessoas podem fi car cansadas porque todas as medidas de segurança serão providenciadas para a segurança dos nossos alunos”. ■
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/1509f9879e186d4bb1927f02da2eec29.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Águas de Gondomar assinala dia nacional da Águas
A Águas de Gondomar assinala o Dia Nacional da Água, que se celebra no dia 1 de outubro, com uma campanha que se destina a sensibilizar a população para um consumo efi ciente deste recurso indispensável à vida. Em tempo de regresso às aulas, a empresa recorda ainda a importância da hidratação para o correto funcionamento do nosso corpo e o papel da mesma na manutenção de funções físicas e cognitivas normais e na regulação da temperatura corporal. Os especialistas recomendam que se beba diariamente entre 1,5 e 3 litros de água, dependendo de circunstâncias variáveis, como as condições climatéricas, a idade e o sexo. Entre os quatro anos e o período da adolescência, as crianças têm em geral uma atividade física intensa, toleram menos o calor e têm menor capacidade para excretar pelo suor, o que aumenta a temperatura do corpo mais rapidamente. A correta hidratação assume ainda maior importância, pelo que é fundamental promover o ensino de bons hábitos, que passam por uma alimentação saudável e equilibrada e pela ingestão adequada de água diariamente. A necessidade de hidratação varia entre 0,6 litros no primeiro ano de vida e 1,8 a 2,6 litros na adolescência, como uma estratégia de hábito de vida saudável que, para além de contribuir para o bom funcionamento das funções físico cognitivas das crianças, também previne o excesso de peso. Neste contexto, a AdG recomenda que as crianças levem uma garrafa de água diariamente para a escola na mochila ou na lancheira, não apenas para incentivá-las a criar esse hábito como também para reduzir o consumo de bebidas açucaradas, como sumos e refrigerante, que, por conterem mais calorias e menos fi bras do que as frutas naturais, podem aumentar o risco de obesidade quando bebidos em excesso. A AdG sugere que, numa atitude ambientalmente responsável, sejam privilegiadas a utilização de garrafas reutilizáveis, o que permite a redução dos consumos energéticos da produção de resíduos plásticos e a diminuição das emissões de CO2 para o meio ambiente. As garrafas reutilizáveis devem ser lavadas diariamente com água quente e detergente, antes de serem reabastecidas com água da torneira, considerada, em Gondomar, 100% segura para consumo humano. Avaliada anualmente, à semelhança do que acontece em todo o País, a qualidade da água em Gondomar está acima da média nacional, valor esse correspondente a 98,66%. O Dia Nacional da Água apela ainda a que a data seja também uma oportunidade para se refl etir sobre a importância deste recurso, para um uso mais efi ciente da água, consciencializando para o seu valor em todas as suas dimensões - social, ambiental e económica.■
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/1b79c06c7603cb98a37f3cf6317e9276.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/12bb068e7d0207941248353f0308ec30.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/4e180d745babf758dc4a397129ae86a7.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/410cb549315b86e74e3bc638f166bb70.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/78de2cbd9905c8667f93a4c1964b9224.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
PUB PUB
Madalena de Lima, Advogada de Direito Criminal, Civil, Família e Menores, Administrativo, Comercial, Urbanismo e Internacional. Inscrita na Ordem dos Advogados desde 1983, com escritório em Rio Tinto.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/c12fe8b0fd0c7779d882245fdfddb289.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
PUB
Registo Comercial Registo Predial Registo Automóvel Reconhecimentos Autenticações Procurações Certificações Traduções Contratos Escrituras Doações Testamentos Partilhas Sociedades Empresas na Hora Registo de Insolvências Recuperação de Créditos
Email: madalenadelima.advogados@gmail.com Facebook: @advogadamadalenadelima
CONFIANÇCONFIANÇA A - ÉTICA - LEALDADE
ESCRITÓRIOS 1: Travessa da Ferraria, 9 – Venda Nova – 4435-468 Rio Tinto 222 434 035 2: Rua Dr. Pedro Dias, 45 – Paranhos – 4200-441 Porto 220 932 196 3: Largo do Campo Lindo, 13 – Paranhos – 4200-142 Porto 220 171 364
AUTÁRQUICAS 2021
Jorge Ascenção:
Texto e Fotos: Gabriela Monroy
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/d71baeed21a757900eb9bb4bb1de8344.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Quem é o Jorge Ascenção?
O Jorge Ascenção é um cidadão gondomarense que nasceu em Fânzeres, há 58 anos e que sempre viveu no concelho. Sempre fui uma pessoa implicada na intervenção cívica. Desde muito cedo, por volta dos meus catorze anos, formei um grupo de jovens na freguesia de Fânzeres. Para além disso, acompanhei sempre a vida associativa. Na área social, fui dirigente de várias Instituições, IPSS. Também colaborei com associações desportivas. Até mesmo dentro do jornalismo e da cultura, desenvolvi atividades amadoras. E, em simultâneo, o que é mais conhecido entre a população, é que fui dirigente associativo na área da educação. Portanto, sou um cidadão do mundo, preocupado com as pessoas, porque considero que estamos a fi car muito egoístas e egocêntricos.
É nessa linha que o questiono, o porquê da decisão de ingressar na política?
Eu sempre gostei de política, no seu sentido nobre. Normalmente, nós confundimos política, com políticos. A política é uma ciência que nos deve interessar a todos, porque implica toda a população, porque é com ela que nós temos que pagar impostos, que nós temos o custo de vida que ela nos impõe, a infl ação, o rendimento do trabalho, o investimento, os estudos, a saúde...tudo isto é política. Quando recebi este convite pensei, sendo eu um indivíduo com espírito crítico, que tem uma visão critica sobre o que está a acontecer em Gondomar, o Município é muito mais do que aquilo que hoje parece, por isso, tinha que dizer que sim, ou então tinha que o deixar de criticar, porque o meu princípio é esse, se eu critico e me desafi am para a mudança, eu devo estar presente, ou então nem vale a pena criticar.
quer "mudança" para Gondomar, pergunto qual a sua perspetiva sobre o panorama político atual do concelho de Gondomar?
Neste momento, uma das minhas grandes preocupações é a juventude. Nós tínhamos um índice de envelhecimento em 2001 de 62.7%, no entanto em 2020, esse índice de envelhecimento encontrava-se em 160,4% e já cresceu em relação a 2021. Ou seja, nós estamos acima dos 160 idosos por cada 100 jovens. Estes dados signifi cam muito, porque transparece que a nossa juventude está a sair do nosso concelho e demonstra que nós não estamos a conseguir renovar este capital humano de juventude e há razões para isso. Nós temos um dos IMI mais alto da Área Metropolitana do Porto, está numa taxa de 0.42, sendo o máximo 0.45. A factura da água é a quarta mais cara da AMP -juntando os resíduos e o saneamento- e a quarta água mais cara por metro cubico, do país. Assim sendo, para um jovem que queira instalar uma casa em Gondomar, neste momento estamos com um estilo de vida muito caro. Eu ouvi cidadãos a dizer que tinham vindo do Porto e que se arrependeram, porque a água está cara, assim como o IMI. Além disso, o nosso rendimento per capita é dos mais baixos do país. Perante esta situação, nós estamos com um per capita muito baixo e com um custo de vida de permanência elevado. Depois, se olharmos para o nosso concelho, pergunto-me onde temos um espaço para passar um fi m de tarde, agradável? Atualmente, um jovem, provavelmente, ao fi m da tarde quer ir passear um pouco, vai até ao Porto, ou à ribeira, ou passear pelas ruas, toda a gente foge daqui, porque em Gondomar não foram criados estes espaços e, isto, devia de ser criado. Portanto, de facto há todo um conjunto de factores no concelho que nós precisamos mesmo de inverter, mas com seriedade. Nós tivemos um concelho que foi evoluindo nalgumas coisas, porque há alguns anos atrás nem piscinas tínhamos, mas neste momento, o que nós sentimos é que a juventude não vê grande esperança aqui, porque nem emprego há. Cria-se muito a ilusão de que às vezes estamos a fazer um conjunto de coisas, por exemplo, quando nós temos atualmente um Presidente que diz que o grande desenvolvimento é realizar cinco parques...
Mas não acredita que esta rede de Parque Urbanos que o atual executivo está a desenvolver e que é uma das suas bandeiras, não é uma das soluções para o desenvolvimento do concelho ou até mesmo para fomentar essa atração turística e dos jovens, já que vão ter novos espaços de lazer?
Não. Esse é talvez um dos problemas, a limitação dessa visão, porque obviamente que, nós deveríamos ter aqui um Parque Urbano em condições, sem termos que ir para o Porto, ou para a Maia, ou para Gaia, que é para onde vamos quando queremos passar um domingo de tarde com a família, não é no Jardim de Rio Tinto. Alguém passa lá uma tarde? Não. Aliás, quem lá vai, vai brincar um pouco com as crianças ao fi m do dia. Não tenho nada contra termos um jardim, mas é uma questão de prioridades. Agora, não podemos dizer que este tipo de jardins é o desenvolvimento de Gondomar. E digo mais, só há este, porque quando se fala do de Fânzeres, não há Parques, nem Jardins, apenas Passadiços. Quem conhecer, aquilo não tem lá nada. Não vou dizer que isto prejudica, mas o que estamos aqui a gastar são mais de 20 milhões, quando existe outras necessidades que estão a ser deixadas para trás. Assim, podemos ver que está plasmado a falta de visão no PDM deste executivo quando tomou posse que dizia que, se satisfazia por ser um bom dormitório. Nós não podemos fi car satisfeitos que o nosso concelho que tanto gostamos seja apenas um dormitório, temos muito mais que isso, assim há muito para fazer, mas é necessário que tenhamos uma visão, uma estratégia de futuro e eleger as prioridades.
De acordo com a sua resposta pergunto-lhe se o que me está aqui a dizer é que, na sua perspetiva, acredita que há uma lacuna no atual executivo no que concerne a ouvir a população e a identifi car as suas necessidades?
Falta trabalho de terreno. O que me dizem e o que sinto diariamente é que as pessoas fi cam à espera de respostas aos emails, abordam na rua e são ignorados, licenças...tudo aquilo que a Câmara tem que ser que é uma instituição ao serviço dos gondomarenses, no entanto a realidade é "Eu é que sei, eu quero, eu posso, eu mando!", isto é o que os gondomarenses estão a sentir. Dou o exemplo das nossas ruas, eu sou de cá e sei que as ruas não estão assim muito limpas, mas nunca pensei que nós tivéssemos um concelho com tanta sujidade. Enquanto Presidente da Câmara, se eu andasse na rua todos os dias, não posso permitir que um serviço que tenho e que no qual sou responsável, se mantenha naquelas condições durante dias. É preciso andar nas ruas e ver, porque nós nos gabinetes por vezes podemos tomar decisões, mas é necessário ouvir primeiro. Eu tenho dito que se quero fazer determinada obra, se quero tomar uma determinada decisão, posso até estar convencido que sei a melhor solução, mas se ouvir as pessoas, elas vão dizer-me "olhe, mas já pensou nisto?" e eu vou dizer "ah tem razão, deixe ver isso", portanto, juntamente com as pessoas fazer. Se eu quero arranjar uma solução para os idosos, falo com as IPSS'S ou com as Associações que trabalham nesta área, eles sabem-me dizer o que é que eles precisam...eu estive em situações de casas camarárias, em que o cidadão está preso lá dentro. Um dos casos fi cou sem as duas pernas, por causa de uma bactéria, eu sei que este caso já foi comunicado à Câmara e a mesma ignora a situação, sendo que o cidadão está preso, porque a entrada para a casa é uma escada, ele só sai com os bombeiros para ir fazer o tratamento. Isto são problemas que custam menos que uma lona, numa obra. Outro caso, há uma senhora que não consegue tomar banho, porque tem uma doença que a impede de entrar na banheira, a mesma já fez o pedido à Câmara para colocar um poliban e, no entanto, está lá há meses à espera que o coloquem. Uma situação que custa umas centenas de euros, já a lona para as obras custa milhares de euros. Este afastamento...Eu acho que às vezes há uma falta de sensibilidade humana de quem está hoje à frente da Câmara...
Há uma lacuna social?
Acho que é mesmo uma lacuna de humanidade. Quem está no poder, tem que continuar a ter a consciência de que é preciso continuar a ouvir as pessoas, ter alguma humildade. É certo que cometemos erros, até ai tudo bem, mas reiteradamente ignorar as pessoas, não conversar com elas, não procurar.. não podemos dizer “Ah! isso não é possível" e depois ir embora. Eu não consigo fazer isto. O que tenho no programa é proximidade! Conversar e gostar das pessoas. Temos que gostar das pessoas. Eu vou ser o Presidente da Câmara, mas vou fazer em conjunto com os Gondomarenses. Na rua, vou ser uma pessoa como as outras. Por isso, é que digo que a política é nobre.
Mas está a dizer-me que há falta de trabalho em equipa?
Sim. Há esta ideia de que "Eu ganhei o Partido" ou "Eu ganhei a Câmara", "ou ganhei não sei o quê" e, "Agora eu é que sou o dono disto". Mas ninguém é dono de nada. Eu quando ganho uma Câmara ou uma Associação, por exemplo na minha CONFAP ou na minha FAPAG, o que eu ganhei foi o serviço que me predispus para prestar as pessoas, ou seja, ganhei aqui uma carga, porque é como digo e por isso é que é difícil, nós quando assumimos, exige muito de cada um. Eu vejo que as pessoas tem muita desconfi ança. O meu fi lho ontem dizia-me assim, vais ser Presidente de Câmara e vais ser o melhor que já tivemos e, porque é que ele disse isto, porque ele sabe o pai que tem. E se eu não conseguir fazer alguma coisa, irei dizer aos gondomarenses que não será possível. Eu quero cativar os gondomarenses a estarem comigo. Viver em Gondomar e ter medo de expressar a sua opinião, porque pode sofrer represálias, porque pode ser perseguido ou ter o seu negócio prejudicado...
Isso é grave na sua perspetiva?
Gravíssimo! Então nós não podemos ter direito a dar a nossa opinião, embora discorde do Presidente de Câmara? Sim,
AUTÁRQUICAS 2021
podemos desde que seja educado e não o falte ao respeito. Não tem problema nenhum em discordar, agora só por causa disso, é prejudicado....
Então, no seu entender, há aqui um atentado à democracia?
Há. Se as pessoas estiverem atentas, neste momento há. A perseguição, a ameaça, ela existe só por sermos contra, mas o que é isto? Estamos em que mundo? Estamos em Gondomar, século XXI, num país livre, temos todo o direito a termos uma opinião diferente e temos que a respeitar. Mas não está acontecer.
Atendendo aos últimos quatro anos, que análise faz sobre Gondomar? Considera que Gondomar evoluiu?
Não. Gondomar estagnou completamente, para não dizer que regrediu. O que Gondomar teve nestes últimos quatro anos foram rotundas e grandes supermercados, além de um jardim. E estas grandes superfícies, prejudicaram muito o comércio local, sendo que este até tem preços mais atrativos, relativamente às grandes superfícies. Em termos económicos, é necessário dar um impulso, muito grande, para que haja dinamismo no comércio local.
Sente então que nada mudou, no que concerne às medidas tomadas para melhorar a qualidade de vida dos gondomarenses?
É uma questão de perguntarmos aos gondomarenses. O lago que ali está em Rio Tinto, tem lá uns bichinhos que não são coelhos, já se vêm lá ratazanas enormes. Portanto, é preciso percebermos o que estamos a fazer, porque é muito bonito quando falamos das coisas, mas depois como é que vamos manter aquilo. Nós temos muita coisa que pode ser feita com muito menos dinheiro e que traz mais qualidade de vida. Há uns que parecem autênticas selvas. Isto é enganar. Há pessoas que vão fazendo aos poucos, mas a Câmara não o está a fazer. A serra das Banjas também tem sido muito esquecida, agora querem fazer lá uma exploração mineira, só um Município, creio que foi Paredes ou Penafi el, é que se opôs, aqui está tudo muito caladinho. Aquela exploração Mineira que prejuízo vai trazer para as linhas de água e para a poluição daquela região. O que é que vai acontecer aquela Biodiversidade? Se falarmos com as Associações, vamos perceber que há questões que é necessário ponderar, antes de pensar apenas naquilo que é o ganho fi nanceiro. Portanto, há aqui um conjunto de situações que nós vamos falando e percebemos que há erros que se cometem e que são irreparáveis no futuro. As águas do rio Douro, o que é que está a acontecer? Nós não temos nenhuma praia em condições, estamos a convidar as pessoas a banhos, em águas impróprias… andam lá crianças. Temos é que trabalhar para que as águas tenham condições. Temos que explorar aquela natureza, aquela margem do Douro, mas é explorar sem colocar em causa a qualidade de vida das pessoas. Os centros de dias vivem com muitas difi culdades, embora tentem dar tudo o que podem aos idosos que lá estão, mas nós precisamos é de dar vida a estes idosos. Nós precisamos de criar espaços e de os colocar em ligação com os mais novos. Isso é possível, é como nós temos no nosso programa… fazer as residências e espaços intergeracionais, coloca-los a conviver, não é só pô-los num espaço a jogar cartas, temos que fazê-los sentirem-se úteis. Eu sei que isto não se faz de um dia para o outro, mas ao fi m de oito anos é ter esta visão de futuro, por isso é que o nosso plano é um de estratégia de futuro a médio, longo prazo. Podíamos até falar do Metro. Quando pergunta-me se o concelho estagnou… transportes, essencial para uma comunidade nos tempos em que vivemos., já devíamos estar a caminhar para os transportes verdes. Já se fala disso há muito tempo. Nem sequer temos pontos de carregamento para quem quiser comprar um carro elétrico. O problema é este, é esta falta de visão, estamos a gastar o dinheiro não sei onde e depois não temos para aquilo que as pessoas precisam. Por exemplo, a efi ciência energética…porque é que nós não temos os equipamentos municipais com produção de energia fotovoltáica.
Caso seja eleito, quais são as principais medidas que tenciona implementar em Gondomar?
O que irei fazer em primeiro lugar é ver, com cuidado, como está a autarquia. Quero, e é possível gerindo bem a concelho, resolver o problemas das águas. O rendimento per capita que temos, não nos dá o luxo de pagar a quarta água mais cara do país…
A Câmara anunciou recentemente uma redução nos custos praticados nas tarifas…
Não. Não há solução nenhuma ainda, há mais uma promessa para janeiro. Diria até que isso é curioso, durante oito anos sempre se disse que não seria possível e, agora, de repente chega as eleições, está cá o Jorge Ascenção e, afi nal já é possível descer 16%. Agora, nós não podemos é a deitar dinheiro na rua como estamos a fazer. Há questões urgentes no âmbito social que necessitam de uma resolução imediata. Por exemplo na Lomba, há um conjunto habitacional que pode estar em perigo e irei pedir à área competente da engenharia que analise e perceber o que é preciso resolver. Por isso, os problemas urgentes de humanidade e de segurança das pessoas, eu quero resolvê-los já! E, depois, obviamente é trazer à população a alegria de fazer coisas sem receio. Eu quero que as pessoas voltem a ter orgulho de ser de Gondomar. Como não quero passar por mentiroso, não irei fazer promessas, mas estarei com as pessoas e os problemas que são urgentes e que merecem atenção, vou resolvê-los. Este da água parece-me urgente, mas depois temos que ver as condições para dinamizar o comercio local. Nós para termos apoio social e para termos investimento no ambiente, temos que ter economia. É isso que quero fazer. Temos jovens com muitos talentos que têm difi culdade em implementar a sua empresa. E como é difícil, acho que faz todo o sentido a autarquia preocupar-se em ter um espaço compartilhado, onde o jovem utiliza para criar a sua empresa. Assim, tenho que dar condições aos jovens para facilitar o empreendedorismo e o início da vida económica e empresarial. Temos que criar as condições favoráveis para a aquisição de casa. O que é lamentável é que a estratégia de habitação local, em Gondomar, tenha sido aprovada em julho, quando noutros municípios já está em andamento a aprovação do orçamento. Acho que há alguma incapacidade ou competência de colocar as coisas a andar. Porque é que nós não fi zemos isto há mais tempo? Porque é que andamos a dormir? Porque é que não temos a estratégia já pronta? Quando se diz que vai haver agora 78 milhões de euros para 1 400 famílias e, quando ando nas casas comunitárias da Câmara e observo algumas encerradas a degradar-se e depois vejo pessoas a precisar de casa e que não tem resposta. Quanto à educação, infelizmente, ao nível que é a responsabilidade da vereação da educação, ela de facto é do pior. Péssimo. Neste momento, constitui-se um Conselho Municipal de Educação que não cumpre o que é regular e nunca funcionou, portanto, não há um envolvimento, há uma imposição e aquilo que acredito e que tenho no programa é trabalhar a educação com as escolas, com os pais e com as comunidades. O que está a faltar neste momento é sobretudo voltar a trazer-lhes a confi ança e a alegria de trabalhar na escola e de ir para a escola. Este órgão nunca funcionou como democrático. Temos que mudar isto.
Mas é possível colmatar todas as necessidades?
Não. Não é fácil colmatar tudo de uma vez só, mas é possível caminhar no sentido de melhorar essas condições de vida. Assim, esta questão da estratégia de habitação local tem que ser resolvida, a questão dos transportes tem que ser resolvida, porque já podíamos ter o metro até ao centro de Gondomar e ainda não o temos. E, a solução que agora se apresenta, o próprio Presidente da Câmara disse na altura que ia servir o Porto, portanto, fugiu-lhe a boca para a verdade. E, dizer que é um projeto que está garantido, não é verdade, ainda estamos a estudar a viabilidade. Isto é tudo a atirar areia para os olhos dos gondomarenses e acho muito feio, é por isso que as pessoas deixam de acreditar na política e nos políticos.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/703bbacacdfef6ded2b6a811158b2430.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Antes de terminar a nossa entrevista, peço-lhe uma mensagem para os gondomarenses do porquê de votar na sua equipa nas eleições que se avizinham…
É muito simples. A nossa candidatura da coligação é “Gondomar nas suas mãos”. Assim, a proposta que trago é que nós gondomarenses sintamos Gondomar como nosso e sintamos o orgulho de estar em Gondomar. Portanto, para todos os gondomarenses, que não benefi ciam da atual atitude e comportamento de gestão desta liderança, para todos os gondomarenses que sentem que o concelho necessita de uma mudança, a única possibilidade que temos é votar na coligação PSD/CDS. A opção está com os gondomarenses, mas acho que devem avaliar bem os projetos e conhecer bem, sobretudo, as pessoas que se propõem a liderar e gerir o concelho.
Sente-se confi ante? O que é para si um bom resultado?
Sinto-me muito confi ante. Para mim um bom resultado é ganhar e quem anda connosco na rua, já percebeu que nós vamos ganhar. Porque nós sentimos que as pessoas estão cansadas. Acho que isto já ultrapassa uma questão partidária. Eu tenho muitos amigos do PS, é de facto o caracter, é a forma como nós falamos com as pessoas, a humildade e a proximidade. Manter esta situação que vivemos durante mais quatro anos é de facto incomportável.