22 minute read

Autárquicas 2021 Páginas 16 e 17, 20 e 21, 24 e 25, 28 e 29, 36 e 37, 40 e 41 e 45

Next Article
Páginas 42 a

Páginas 42 a

AUTÁRQUICAS 2021

Rafael Corte Real:

Advertisement

“O IMI é o segundo mais elevado do distrito”

Texto: Miguel Almeida Fotos: Gabriela Monroy

Quem é o Rafael Corte Real?

Faz sentido dizer, em primeiro lugar, que sou nascido e criado Rio Tinto, Gondomar. Tenho 29 anos, sou licenciado em direito comercial pela universidade católica do Porto. Sou advogado desde 2018, com escritório próprio no centro de Rio Tinto. Sou alguém que viveu sempre aqui mas que foi fazendo vida noutros sítios. Eu estudei grande parte do tempo no Porto e isso também me permitiu perceber a perceção que existia sobre Gondomar de fora e ver outras realidades. Tenho algumas curiosidades no meu percurso: quando me dizem que é improvável alguém com 29 anos ser candidato a uma das melhores câmaras do país, eu costumo dizer que o meu percurso é todo ele improvável ou pelo menos com curiosidades. Por exemplo, eu estudei seis anos no ensino público e seis anos no ensino privado; no secundário, fi z um curso de desporto, quando era magro e jogava ténis e queria seguir esse caminho mas depois, à última da hora, tive uma professora de português que dizia que eu pensava muito bem, que escrevia muito bem e devia de pensar noutras coisas e acabei por ir para Direito. Portanto, o meu percurso é um percurso diversifi cado, tive bandas de rock, fundei um clube de futsal amador, fi z coisas muito diferentes ao longo do tempo. Eu acho que são 29 anos muito vividos, não quero com isto fazer-me muito mais velho do que sou, até porque a juventude e o carácter geracional da nossa candidatura é muito interessante e tem sido muito bem recebido. Sempre com residência aqui em Rio Tinto, a minha família é toda daqui à exceção da minha avó paterna, todo o resto da minha família é de Gondomar. Tivemos sempre negócios em Gondomar: uns correram melhores outros piores nos diferentes ramos da família.

bichinho da política?

Surge exatamente no 12.º ano, em que eu começo a ter outros interesses e em que decido ir para Direito. Esse é um ano importante para mim, pois foi um ano de transição e começo a olhar para a política e a querer participar desde cedo. Eu recordo que estive vários anos na JSD, no PSD do Porto – porque, na altura, era onde estudava – e ainda sou do tempo da SOP, embora tenha sido presidente do núcleo eleitoral. Recordo-me desse tempo, eu tinha 17 anos, quando fui a um evento do partido. Portanto, já era liberal em toda a linha, antes de haver o novo partido. Logo, estive no PSD a tentar fazer isso e depois percebi que a ala Liberal do PSD, nunca seria maioritária e quando vi a Iniciativa Liberal ao lado a fazer algo em que me revia completamente e acreditava totalmente decidi vir e larguei tudo. Esta história é interessante, pois eu vou para a Iniciativa Liberal e desligo do PSD uma semana antes das europeias de 2019, onde a Iniciativa Liberal não tinha ido a votos. Na altura, tinha dois mandatos a decorrer na JSD e larguei porque de facto acreditava, com pura convicção, e vim para cá porque quis ajudar. E disse-o na altura, não quis estar à espera para ver se a Iniciativa Liberal conseguia deputados, se garantia que não íamos eleger ninguém em 10 anos, mas passados dois meses estava a celebrar a eleição do João nas eleições legislativas. Queria participar no projeto e tem corrido lindamente. Posso dizer que tenho 12 anos de vida política ativa, embora tive um período de afastamento, e nunca tive tanto gozo como estes dois últimos dois anos na Iniciativa Liberal. É verdade que estou na comissão executiva do partido, na direção nacional, sou candidato autarca, mas não é só por isso, tudo o que esteve à volta desta caminhada e que valeu muito a pena. Nós quando temos que fazer o exercício de defi nir as prioridades políticas do nosso programa, nós decidimos fazer um diagnóstico ao concelho e perceber o que é que não estava a correr tão bem. Até fi camos surpreendidos, sobretudo agora na campanha, mas ainda antes disso, porque tínhamos a ideia que o partido socialista e o Marco Martins eram intocáveis e têm muito mais anticorpos do que nós pensávamos. É menos popular do que nós pensávamos. E começamos a perceber que realmente havia algumas coisas que não funcionavam e defi nimos as nossas prioridades políticas nesse sentido. Desde logo a questão da competividade e do desenvolvimento económico: tinha que estar na linha da frente do nosso programa porque este é o concelho, como já tivemos oportunidade de falar anteriormente, mais pobre dos concelhos limítrofes do Porto e do Grande Porto. Portanto, num concelho com estas caraterísticas – que ostenta este rótulo que não orgulha ninguém – tinha que ser prioridade e nós começamos a defi nir um conjunto de propostas e a olhar para bons exemplos. Nós temos procurado fazer, não temos a ambição de trazer tudo de novo. Esta parte da economia e desenvolvimento económico são prova disso. Por exemplo, queremos mudar o paradigma de passividade que a câmara tem tido relativamente ao investimento, parece que espera que caia do céu e adoto uma postura que nós chamamos de “postura ativa de investimento”, ter a câmara municipal a servir como intermediária entre aquilo que são os interesses e necessidades das empresas e do que Gondomar tem para nos oferecer, nós não estamos a falar em abstrato. Nós estamos a olhar para o que foi feito no Porto, em Braga, Vila Nova de Famalicão e noutros concelhos com muito sucesso, que conseguiram trazer para os seus municípios investimento, criação de emprego qualifi cado e é assim que se fi xa gerações, que se aumenta os salários e se cria melhores condições de vida. Estamos focados nisso, como também em baixar os impostos, porque naquele diagnóstico feito também percebemos que a câmara municipal de Gondomar não devolve um cêntimo da taxa de participação, IRS…

Se lhe fosse pedida uma análise dos últimos quatro anos do Município de Gondomar, o que é que diria?

Eu diria que tem sido, assim a olho, um mandato centrado em algumas grandes obras, em alguns grandes projetos que é a imagem de marca deste executivo, descorando outras coisas. Nós não conseguimos compreender como é que se projeta uma rede de parques urbanos, orçamentada em pelo menos 25 milhões de euros. Mas agora há mais dois ou três: o Monte Crasto, Baguim do Monte e Medas, penso eu, que certamente será um investimento superior a 25 milhões de euros. E depois há casos como o do bairro do Mineiro, em S. Pedro da Cova, onde há uma praga de baratas há dois anos por resolver. Quando vou à urbanização das Areias e vejo o estado degradante daquelas habitações, pergunto-me: isto é o partido socialista? Eles dizem que são socialistas, imagina se não fossem! É curioso que se diz muitas vezes que a Iniciativa Liberal é o partido do estado mínimo, é o partido que não tem sensibilidade social, mas quando nos acusam disso nós dizemos o contrário. Em Gondomar é um bom exemplo: nós queremos que o investimento público seja pensado, seja estruturado desta forma, direcionando primeiro o dinheiro para onde ele é mais preciso, como investir na reabilitação da habitação social e só depois pensar em enterrar não sei quanto milhões na avenida Dr. Mário Soares ou numa rede de parque urbanos.

A grande pecha deste Município é a Habitação?

Eu acho que sim, é um dos grandes falhanços deste município. Eu acho que o presidente Marco Martins devia de estar mais preocupado, em vez de querer cumprir o seu sonho de um central-parque por freguesia. Nós não somos contra os parques urbanos, agora temos prioridades e certamente a habitação social está à frente da jardinagem.

Se for eleito a 26 de setembro quais são as suas duas primeiras medidas que irá tomar, caso ganhe as eleições? Depois peço-lhe, de uma forma mais estruturada, como seria a governação pela Iniciativa Liberal?

Podemos fazer esse exercício, mas deixe-me dizer abertamente com toda a honestidade: nós temos consciência ao que vamos, nós temos consciência que a Iniciativa Liberal é a primeira vez que se apresenta em eleições autárquicas, nós temos consciência que as diferenças ao nível do orçamento são abissais. Não temos condições, ainda, e creio que no futuro vamos ter, para disputar a vitória na câmara. O que nós queremos é eleger um primeiro vereador liberal, eleger vários membros da assembleia municipal das assembleias municipais. Esse é o grande objetivo da candidatura: é ter uma entrada com força da Iniciativa Liberal no concelho e acreditamos nisso. Mas entrando na vertente programática, nós mesmo na oposição podemos fazer parte desse trabalho. Não estaremos a gerir o concelho mas estaremos a contribuir para a sua gestão e certamente enquanto vereador na Câmara Municipal de Gondomar faria um trabalho de levar as ideias do nosso programa para a câmara municipal e o próprio exercício da construção do programa tem sido uma lógica de trazer os princípios que têm orientado a Iniciativa Liberal a nível nacional, para a realidade autárquica. Por exemplo, os impostos municipais: claro que têm de ser uma questão aqui tratada pela Iniciativa Liberal quando, como dizia há pouco, não há um cêntimo que seja devolvido na taxa de participação do IRS. A câmara fi ca com os 5% que é consignado. Quando o IMI, nas freguesias urbanas, é o segundo mais elevado do distrito. Eu quero acreditar que a câmara municipal repensando o seu plano de investimento, a grande obra pública, tenha a capacidade para devolver esses 5% de IRS e que as pessoas possam com as suas escolhas estimular a economia. Baixar o IMI é uma das coisas que faremos, com toda a certeza, se entrar como vereador na câmara municipal. Agora há outras questões programáticas, outras prioridades que nós temos. A questão das águas, todos falam nela por algum motivo. O presidente Marco Martins anunciou recentemente um acordo que afi nal é um princípio de acordo com iniciação em janeiro de 2022. É sempre para a frente. Teve oito anos para resolver este problema: sabemos que houve uma negociação em 2014, dessa renegociação feita pelo executivo, a própria reguladora das águas tem dito que é em complementos contratuais. Mas só agora aparece aí, em vésperas de eleições, que consegue baixar em 16%: vamos ver, ao certo, o que é que isso representa na fatura a partir de 2022. Temos de estar céticos perante isto. Mais: durante os dois mandatos, o presidente Marco Martins não teve infl uência política para trazer o metro para Gondomar. É em parte uma questão de peso político, falta de capacidade política de colocar Gondomar no centro das questões da mobilidade, na área metropolitana do Porto.

AUTÁRQUICAS 2021

Teria feito diferente?

Eu teria, com certeza, feito diferente. Eu tenho consciência que o problema de base está em 2001 no contrato de concessão, mas houve oito anos para pensar, por exemplo, se há incumprimento contratual ou eventual recurso à via judicial contra as Águas de Gondomar SA. Houve tempo para estudar o alargamento da tarifa social. Houve tempo até para estudar – e isso recordo-me de ouvir o presidente Marco Martins dizer que era de legalidade duvidosa, o que é curioso, porque legalidade duvidosa é a ação das Águas de Gondomar. Lembro-me do presidente Marco Martins dizer que legalidade duvidosa é a câmara comparticipar ou entrar / injetar diretamente dinheiro para baixar a tarifa. Eu acho que isso seria um melhor investimento do que os 25 milhões de euros em parques urbanos. Só para dar um exemplo daquilo que poderia ter sido feito. Era preciso ter havido mais força da parte do executivo: dizem estar a negociar há dois anos e meio com as Águas. Podiam estar a renegociar há oito. Se calhar aquela primeira negociação devia ter tido outro resultado relativamente àquele que teve. Oito anos é muito tempo para conseguir, pelo menos, atenuar o problema das águas. Depois duas notas que gostaria de dar sobre a questão da mobilidade, transportes públicos e habitação social. Na mobilidade, como disse nós somos céticos, pois se em 8 anos o metro ainda não apareceu, vamos ver se ele aparece em 2025 como está projetado. Temos muitas dúvidas, infelizmente. No entanto, gostaríamos de ver a câmara municipal de Gondomar preocupada em aproximar-se do centro do concelho que não tem metro com outras soluções de mobilidade. Sabemos que o metro e o comboio estão em Rio Tinto e em Fânzeres. Acho que era importante repensarmos a linha rodoviária nesse sentido mas, também, gostamos de usar a mobilidade numa ótica de coesão territorial. Nós temos uma proposta no nosso programa que vai ser apresentado: a de criar uma linha de autocarro expresso, com ponto de origem no alto concelho, faria sentido na zona das Medas – perto da autoestrada – para levar aqueles 15 mil habitantes esquecidos, que valem muito pouco eleitoralmente, ao centro de Gondomar e a um terminal intermodal do Porto. Gostávamos também de cumprir, ou de fazer a câmara cumprir, o que prometeu em 2017: criar um serviço de transporte a pedido no alto concelho que, tanto quanto se sabe, não viu a luz do dia. Portanto, certamente como vereador liberal estaria nas reuniões da câmara a lembrar o executivo da proposta que fez em 2017 para o alto concelho e que devia de ser cumprida. Isso é coesão social, é aproximar as pessoas. Gostaríamos também de perceber o critério, ou de ter outro critério mais claro, na reabilitação das vias de comunicação que estejam na responsabilidade da câmara. Falamos há pouco que assistimos a um investimento brutal na avenida Dr. Mário Soares, na Conduta, gostaríamos de perceber se aquele dinheiro que está ali a ser metido não faria mais falta distribuído de outra forma. Em pensar no concelho como um todo. Eu penso que a mobilidade no concelho não tem sido pensada como um todo, por isso temos também propostas no nosso programa para isso. Por fi m, a habitação social. Nós temos ido aos bairros sociais e a situação degradante em que se encontram é injustifi cável quando assistimos a grandes investimentos no concelho, ao mesmo tempo em que há pessoas que vivem sem condições mínimas de habitabilidade. Também gostaríamos de estar presentes na câmara municipal e na assembleia municipal para dizermos “não”. Antes de investir 3.5 milhões ou 4 milhões num parque urbano vamos resolver os problemas da habitação social e garantir que todos os Gondomarenses vivem com os mínimos de dignidade. É o nosso projeto. A nossa visão para o investimento público, isto é uma mensagem importante da nossa candidatura, é uma visão de proximidade. Nós não somos contra o investimento, nós somos a favor do investimento que faz a diferença. Eu não tenho ambição, nem a Iniciativa Liberal tem, de colocar uma placa num parque ou numa rua a dizer que fui eu que fi z ou que remodelei. Ficaria muito contente de ser recordado como alguém que pôs as pessoas da urbanização das Areias a viver com dignidade, todas. Ou que conseguiu aproximar o alto concelho daquilo que é a realidade do centro de Gondomar e do centro do Porto. Isso é que é transformar a vida das pessoas e a nossa candidatura incide muito nisso.

Mobilidade, ação social e ambiente são os três pontos mais importantes da sua candidatura?

Não diria assim. Eu diria que as grandes prioridades da minha candidatura prendem-se com as questões da falta de competividade do concelho, com as propostas que já falei. É preciso criar condições para que as empresas se instalem aqui. Não é fi car à espera. Eu sei que o presidente Marco Martins trouxe agora, diz que trouxe, um investimento. Em 8 anos apareceu um investimento Holandês. Eu estou em crer que Gondomar tem um outdoor que diz: “Gondomar precisa de outro ritmo”, porque quando somos passivos de facto as coisas podem acontecer e calhou de acontecer aqui. Em 8 anos nunca houve uma estratégia. Não sei qual a participação da câmara para esse investimento, agora sei que houve um em 8 anos. E sei que o programa do partido socialista em 2017 dizia que uma das grandes prioridades, aliás acho que era a primeira medida do seu programa, era investir nas áreas empresariais e atrair empresas do setor tecnológico de impacto. Eu acho que a prioridade é, sem dúvida, a produtividade e o desenvolvimento económico e apoiar o comércio local. Nós, ao contrário do Marco Martins, não fomos entusiastas do confi namento, fomos cúmplices do governo de António Costa que quis fechar tudo por demasiado tempo, por vezes sem adotar um critério. É preciso apoiar o comércio local, é preciso isentá-los de algumas taxas que pagam anualmente, como taxas que pagam de publicidade de ocupação de espaço público, mais uma série de outras taxas. É preciso olhar para isso e para esta trapalhada que aconteceu com mais um contrato de concessão ruinoso do estacionamento, que toda a gente se tem queixado em isentar uma hora os consumidores para, por exemplo, fazerem as suas compras no comércio. É preciso haver aqui alguma ação local da câmara, para apoiar o comércio local, porque houve muita vontade em fechá-lo. Penso que os portugueses tem esta ideia de que o segundo confi namento foi um exagero. Eu recordo de ver a câmara municipal a publicitar que a polícia municipal andava a controlar se a sociedade estava a cumprir ou não as regras. Isso, connosco, não acontecia com toda a certeza. O nosso critério saiu da proporcionalidade. Se havia uma situação extrema e era preciso fechar, muito bem, mas não era fechar sem prazo, sem haver um compromisso com as pessoas, como de resto aconteceu a nível nacional com medidas que foram tomadas de um dia para o outro ou aprovadas numa quarta feira e postas em prática numa quinta ou sexta feira. E este executivo esteve sempre ao lado disso e fechou o comércio, fechou as feiras, fechou tudo. Nós, certamente, não teríamos feito esse processo da forma acrítica como foi feito. Portanto, sem dúvida, competividade e desenvolvimento económico. Águas, porque não há forma de evitar o problema que é gravíssimo. Somos a quarta ou quinta autarquia com a fatura mais elevada. Defendi aqui há pouco um conjunto de soluções transitórias: acho que o problema é não se saber o que vamos fazer até 2031. Temos que no espaço de 10 anos encontrar medidas que impliquem, obviamente, alguma disponibilidade orçamental, mas é preciso fazer as coisas. Um orçamento, seja do Estado seja da câmara, é sempre um exercício político de escolhas e de prioridades. Há quem queira meter 25 ou 30 milhões de euros em seis ou sete parques urbanos, ou não sei quantos mais, e há quem queira olhar para estas questões da competividade, habitação social, das águas, da mobilidade: essas, sim, são as nossas bandeiras.

Para terminar, peço uma mensagem a quem no dia 26 vai às urnas, colocar o seu voto.

O fenómeno que nós queremos criar aqui é idêntico ao que temos criado no país. Ao contrário de outros, nós costumamos dizer que não seguimos atalhos, queremos fazer as coisas bem-feitas. Mas também podíamos ter feito, como outros, de irmos a todas as juntas e buscar candidatos a Gaia, ao Porto, e não sei onde, e fazer candidaturas às três pancadas. Não somos assim: queremos fazer as coisas com tempo, sustentado, e vamos onde temos condições para ir e para ir bem. Com a diferença que tem feito, um deputado único liberal no Parlamento, tenho a certeza que nas próximas eleições seremos mais, porque vai haver esse reconhecimento do mérito e do trabalho. Estamos capazes de trazer essa dinâmica para a câmara municipal de Gondomar. Acho que somos o partido claramente de ideias que não anda atrás de um rosto messiânico, que não vai com os “améns” que cantam: vem com um conjunto de ideias, vem com um estilo de intervenção diferente, com seriedade, com uma mensagem credível. Acho que as pessoas devem votar Iniciativa Liberal em Gondomar, é a minha convicção, porque as pessoas já perceberam que a coligação PSD/CDS não lhes serve de nada, não é alternativa. Acho que, nem a própria coligação PSD/CDS acredita que é alternativa ou sequer sonha em virar a câmara. Penso que é evidente até na escolha do candidato. O Jorge Ascensão não é um candidato que mobilize e nós temos ouvido isso na rua: é uma pessoa simpática, mas que não tem capacidade política para virar a câmara. Eu acho que esta é uma oportunidade única desse eleitorado, do eleitorado chamado “espaço não socialista”, em dar a oportunidade a um partido que tem criado impacto a nível nacional e tem trazido para a agenda temas que, de outra forma, não teriam sido trazidos. Como, por exemplo, as questões da TAP e da taxa única de IRS. Nós queremos fazer isso em Gondomar, com a força das ideias e, com elas, marcar a diferença. Esta é a eleição ideal para refrescar esse órgão, e os outros, e dar força a uma nova força política jovem com ideias, que vem pelas boas razões. ■

CULTURA

Fânzeres e São Pedro da Cova comemora sétima arte com Festival de Curtas Metragens

No dia 18 de setembro, pelas 21h, decorreu no auditório da Junta de Freguesia de São Pedro da Cova, a cerimónia de entrega de prémios da sexta edição do concurso de Curtas Metragens de Fânzeres e São Pedro da Cova. No fim da noite, foi a portuense Carolina Neves, que levou o prémio de vencedor para casa, com a curta metragem Alvorada.

Este ano, o concurso organizado pela Junta da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova contou com, aproximadamente, uma centena de participações provenientes de vários pontos do país. Este concurso ao longo das suas seis edições, tem vindo a ganhar o respeito e reconhecimento dos apaixonados pela sétima arte, conta agora com participação internacional de várias curtas provenientes de países como Espanha, França, Angola, Inglaterra e Brasil. O executivo decidiu ainda realizar uma homenagem, pela sua carreira internacional, ao realizador gondomarense, Paulo Ferreira. Assim, a plateia presente foi contemplada com a visualização das curtas metragens Hope, Lockdown e Terra dos Homens. Sobre o concurso, o membro do executivo da Junta de Freguesia e organizador do evento, Pedro Barbosa, refere o seguinte: “O concurso tem vindo a crescer de ano para ano, o que se nota pela quantidade de inscrições nacionais e internacionais que temos vindo a receber. Pretendemos que seja um concurso de referência nesta área e que a população desta União de Freguesias participe, o que tem vindo a acontecer”. Sobre o prémio, a jovem vencedora refere o seguinte: “Sinto-me muito sensibilizada e feliz pela distinção que tive no Concurso de Curtas-metragens de Fânzeres e São Pedro da Cova. Iniciativas como esta são muito importantes para jovens realizadores darem a conhecer o seu trabalho. Agradeço o caloroso acolhimento, em particular ao Pedro Barbosa e à sua tenacidade na organização do concurso que já vai na sexta edição. Este prémio deu-me ânimo e confiança para continuar a trabalhar mais e melhor, com expectativa de voltar para o ano com um novo projecto!" Gustavo dos Santos e Catarina Nascimento, receberam uma menção honrosa com as curtas “Capacetes” e “Blue 52”, respetivamente. O júri da iniciativa foi composto pelo jornalista, Pedro Ferreira, o realizador e fotografo, Paulo Ferreira e Flávio Pires, produtor e realizador. O evento teve o patrocínio de Rui Castro Team. ■

Viva Prevenido Catarina Gonçalves

Optometrista da Opticália da Opticália

UMA EM CADA CINCO CRIANÇAS TÊM PROBLEMAS DE VISÃO QUE AFETAM O RENDIMENTO ESCOLAR

A Organização Mundial de saúde (OMS) estima que 7,5 milhões de crianças em idade escolar tenham algum tipo de deficiência visual, no entanto só 25% delas apresentam sintomas. O sistema visual evolui, desde o nascimento até sensivelmente aos 12 anos de idade, período durante o qual, o olho cresce e se desenvolve em função de estímulos visuais (luz e formas). Caso o olho seja privado desses estímulos durante o seu desenvolvimento, a visão estaciona ou regride, podendo apresentar baixa visão - ambliopia. As causas da privação desse estímulo podem dever-se a erros refrativos não corrigidos, como a miopia, hipermetropia, astigmatismo, assim como a anisometropia ou problemas binoculares. Verificamos que, nas atividades escolares, as crianças passam a maior parte do tempo a praticar atividades ao perto. É necessário, portanto, terem uma boa visão de perto e uma boa percepção para lerem mais rapidamente e compreenderem o que leem. Quando há problemas no processamento da informação visual, as crianças, efetivamente, precisam de um maior esforço de concentração, que se traduz em falta de atenção e de motivação para a leitura e escrita. A longo prazo, estes problemas podem levar ao insucesso escolar, pelo que deve ser o educador (pais ou professor) a estar atento. A lentidão ou rejeição das tarefas que exigem esforço visual, o fechar ou tapar um dos olhos, apresenta letras tortas e grandes para a idade, os erros a copiar do quadro são sinais de alerta. As dores de cabeça, náuseas, olhos vermelhos, inchados ou lacrimejantes, estrabismo (olhos desviados para o nariz ou para fora) e fotofobia (dificuldade em suportar a luz) são sintomas que não devem ser ignorados. Os rastreios visuais na infância, pelo menos, a partir dos 3/4 anos, têm elevada importância, pois através destes conseguem-se detetar os problemas oculares e a deteção precoce é fundamental para o tratamento antes de virem a arrastar consigo outros mais vastos. Para promover a saúde visual, os pais e educadores devem providenciar boa iluminação, cadeira e secretária adequadas para tarefas de leitura, corrigindo posições erradas (como ler deitado de barriga para baixo) e certificarem-se de que a distância de leitura é de 30 a 40 centímetros. No computador os olhos devem estar a um nível superior (15 a 20º) do centro do monitor e a distância da televisão deve ser cinco vezes a largura do ecrã.

PUB

INSCRIÇÕES ABERTAS!

Fa ÚLTIMAS VAGAS!

PUB

This article is from: