![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/e86e9454ef136c3749fcc3387b296f7d.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
16 minute read
Destaque Páginas 32 e
DESTAQUE
Nas freguesias o Partido Socialista deverá igualmente ser o mais votado, com exceção de Fânzeres e São Pedro da Cova, onde a CDU deverá continuar a liderar
Advertisement
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/4ed89418acc508182b588c575566d38d.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/cb4281d3a502f0929a2ba12ed4c51d53.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/01a878322f4575ab723726137201d6c7.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/b0974f873e5c4ac92c9724d959416470.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/9212035b830fdeda76e68bf3dc05ed6b.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/f0e9869ecbdb44699a1dbf56470a0d73.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Ficha técnica
Esta sondagem foi realizada pelo pela Multidados – Consultoria e Tratamento Estatístico de Dados, Lda. para o Jornal VivaCidade, entre os dias 07 e 17 de setembro de 2021. O universo alvo é composto pelos indivíduos com 18 ou mais anos recenseados eleitoralmente e residentes no concelho Gondomar. Os inquéritos foram elaborados em seleção aleatória, por quotas, proporcional aos dados do Censos do INE, 2011, por sexo, idade e nível de instrução. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1000 inquiridos é de 3,09%, com um nível de confi ança de 95%. A direção técnica desta sondagem é de Helena Lencastre.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/b086dc27d3373d8c3e2df6d1776714e3.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/320a1050450a5b884330ddbe81b23632.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
AUTÁRQUICAS 2021
Isabela Mendes:
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/a991b65fc5666132d050b45c9682db2b.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Texto: Miguel Almeida Fotos: Gabriela Monroy
Quem é a Isabela Mendes?
Enquanto cidadã, moro em Gondomar desde os meus 6 anos, nasci em Angola. Viemos em abril/maio de 1974. O meu pai teve o discernimento de vir depois do 25 de Abril, mas não tivemos que passar por aquela situação complicada que aconteceu nas colónias, porque viemos antes das coisas correrem mal. Quando o meu pai começou a perceber que que as coisas iam correr mal, nós viemos embora. Viemos para Ovar e, depois, com 6 anos, viemos para Gondomar. A partir daí vivi sempre em S. Cosme. O meu pai era industrial, agora reformado. Estudei em Gondomar e depois no Porto. Comecei a trabalhar com 22 anos, quando estava a terminar a faculdade, tirei gestão de empresas na Universidade Católica, trabalhei sempre como gestora, liderei equipas nas mais diversas áreas de negócios – seja de produção, de produtos de luxo, de distribuição. Basicamente, este é o meu percurso. Nunca estive ligada à política, em nenhuma área, nunca fui militante de nenhum partido, nunca tive nenhum interesse especial, além daqueles normais de nós vermos antes das eleições o que é que foi feito ou o que é que deixou de ser feito, em quem é que vamos votar. Sempre tive as minhas preferências, acho que todos temos. Mas, a partir de uma determinada altura e tendo em consideração o estado da nação e o do nosso concelho, eu exerci sempre o meu dever cívico, mas em branco ou nulo. Não me revia nas políticas nem nos políticos, nem nos candidatos que nos eram apresentados. Venho de uma família tradicional, que é uma família grande: tenho muitos tios, muitos primos e os meus pais, que estão os dois vivos, também moram em Gondomar. A minha família próxima mora em Gondomar. Portanto, sou uma pessoa normal.
Quando e como surgiu o ‘bichinho’ da política que a leva hoje a ser candidata à Câmara de Gondomar?
Não foi o bichinho da política. Honestamente, não tem nada a ver com “política”, se assim podemos usar o nome. Tem a ver com o olhar à minha volta e perceber que eu trabalho tanto – e trabalhei sempre tanto enquanto empresária, enquanto dona de empresas, enquanto diretora comercial, tudo aquilo que eu fi z e os lugares que ocupei, trabalhei sempre tantas horas, sábados, domingos, feriados, dias santos – e perceber que, quando olho à minha volta, o país que nós temos é fraco e está cada vez pior. Nós cada vez pagamos mais impostos e cada vez temos menos coisas.
Foco no concelho, ao qual se candidata…
Mas a história começa pela parte nacional.
Foi o que a levou a enveredar por este caminho?
Porque se nós não começarmos ao contrário… A minha visão é: se tu começas, se tu tentares cortar a cabeça duma cobra nascem sete, portanto, nós temos que começar por baixo. Porque a questão não está só no parlamento, não está só no governo, está em cada freguesia, está em cada concelho. Vim para Gondomar com 6 anos e tenho 48 anos. São 42 anos que eu olho para Gondomar e vejo que a quantidade de população que nós temos e a área que nós temos, não evoluímos mas regredimos.
momento?
Vejo muitas dimensões e muitas velocidades diferentes. E nenhuma delas é boa. Portanto, nós tínhamos antigamente uma área industrial forte que hoje não temos, tínhamos uma população em crescente – aliás, segundo os dados dos Censos está a decrescer –, a nossa população está extremamente envelhecida, porque não conseguimos fi xar pessoas no concelho.
Porquê?
Há tantas razões. Temos um IMI que é elevadíssimo, temos casas a preços absurdos, temos água – e estou a dar exemplos básicos – que é a quarta ou a quinta mais cara do país. Eu não consigo explicar porquê, se alguém me conseguir dar uma justifi cação eu até gostaria de ouvir. Ainda assim, somos um dos grandes concelhos da área metropolitana que tem um desemprego elevadíssimo.
Vai entrar, brevemente, uma redução de 16% no preço da água, era possível fazer melhor?
Eu não estive nas negociações. Portanto, teria que ter estado lá. Mas creio que sim.
Como faria mais?
Há outras coisas que estão na nossa fatura da água que podem ser ajustadas.
Quer exemplifi car?
Posso pegar numa fatura da água. Por exemplo, temos uma rubrica que acho muito interessante que é os “outros”. Acho fantástico e gostava que alguém me explicasse, até porque já tentei perceber o que eram os outros / receitas de diversas entidades, que nem sequer vem discriminado. Nós, contribuintes, pagamos e nem sabemos o quê e para quem.
Falta de transparência?
Por exemplo. Por que é que tenho que pagar “outros”, que são receitas de diversas entidades, que nem sei quem são, nem porquê nem para quê. Eu e todos os munícipes. Pagamos os resíduos, certo, também sei que aqui se podia ajustar, mediante o orçamento, se calhar fazendo menos obras desnecessárias como a avenida da Conduta, que já foi alterada umas 500 vezes e ainda ninguém percebeu, nem para quê nem qual o objetivo. Poderia dar aqui umas ideias, mas acho que não vale pena. Ou, por exemplo, porque é que do lado de quem vai de S. Cosme para Rio Tinto, do lado direito, temos candeeiros que estão colocados a uma distância correta para que haja luz à noite e, do lado esquerdo, está em obras. Já se vêm os espaços onde vão fi car os candeeiros e que estão com o dobro do espaço do lado oposto. Porquê? Precisamos de holofotes à noite? Para já vai fi car um disparate, porque não fi ca coerente. Além disso, vamos gastar três vezes mais. Porquê? É para dar um exemplo. Se calhar conseguimos retirar, conseguimos gerir melhor o orçamento do município e ajudar os munícipes a pagarem menos. Outro exemplo que é gritante: houve vários concelhos que reduziram a taxa de IMI, sobretudo com esta situação da pandemia. Gondomar não reduziu. Nós temos uma das taxas mais caras de IMI, porquê? O que é que nós temos, nós concelho, a mais para pagarmos tanto de IMI? Antes de candidata à câmara, como munícipe, sempre foi uma pergunta que eu me fi z: porquê?
Pedindo-lhe uma análise aos últimos quatro anos no concelho de Gondomar, o que é que diria?
Diria que, tirando estas últimas obras que estamos a ver assim atabalhoadas – eu não queria dizer disparatadas, mas maioritariamente disparatadas, para mostrar serviço antes das eleições –, gostaria de perceber o que é que, efetivamente, foi feito com cabeça, tronco e membros. Ah, e o novo jardim ou parque urbano de S. Cosme – como queiram chamar –, que para mim é a coisa mais absurda que se poderia fazer naquele sítio.
Está contra o local ou está contra por ser mais um Parque Urbano? O que a incomoda?
Incomodam-me ambas as coisas, porque se nós formos a ver, muitos deles, estão ao abandono. Portanto, qual é a lógica de ir fazer mais um naquele sítio, se temos metade das ruas esburacadas nas freguesias, se tenho jardins, grande parte deles ao abandono, em S. Cosme. Vamos pegar num outro exemplo: a estrada de D. Miguel é surreal.
Porquê?
Porquê? É passar lá e ver a quantidade de buracos, de bocados que estão por arranjar, que não são arranjados, sujo, ervas a sair por todos os lados, enfi m… E poderíamos continuar por diante. As nossas vias nem sequer estão limpas da maneira como deviam. Nós temos, como eu disse ainda há pouco, uma população envelhecida e para nós a população envelhecida é péssimo, porque as pessoas andam na rua e não conseguem. Se tiveres mobilidade reduzida estás desgraçado. Eles não conseguem e não moram todos no centro de S. Cosme ou, provavelmente, moram poucos no centro de S. Cosme. Esta é a realidade dos factos.
Caso ganhe as eleições no dia 26 de setembro quais seriam as suas primeiras duas medidas quase instantâneas, atendendo ao seu olhar sobre o concelho? E quais as medidas mais estruturadas, medidas mais a longo-prazo?
A primeira coisa necessária a fazer seria uma auditoria, para perceber exatamente o estado das coisas.
Ainda na transparência, há dúvidas do estado da saúde fi nanceira do Município neste momento?
Tenho, dúvidas sobre a transparência e tenho dúvidas sobre a gestão. Portanto, acho que nada melhor, se há alguém de novo que vai entrar. Não é começar do zero, porque no zero não se começa porque tem um passado e, além disso, já há o orçamento aprovado para 2022 e, portanto, quem entrar “vai ter de viver com ele” ou pode fazer reajustes mas pontuais. Não podemos chegar lá e fazer um novo orçamento, não pode ser assim.
AUTÁRQUICAS 2021
Sim e, a partir daí, vamos ver o que é que nós podemos fazer com as medidas, com aquilo que retiramos daquilo, em que contas é que podemos mexer para podermos ajudar a nossa população, as pessoas. Nós temos, em termos de desemprego, temos uma das taxas mais elevadas. Nós estamos em quarto e quinto, tanto na área metropolitana como a nível nacional. O que é péssimo! É preciso atrair investimento, é preciso atrair indústria, é preciso atrair empresas, é preciso ajudar as que cá estão para ultrapassar esta fase que nós todos passamos, em pandemia, para respirar. E nós temos, em termos de câmara, imensas medidas que se podem tomar.
O que faria para ajudar as empresas, para atrair investimento, para baixar a taxa de desemprego?
Nós temos uma derrama de 1.25, quando o máximo é de 1.5, à exceção de se as empresas faturarem menos de 150 mil euros e aí é zero. Ora, se eu preciso de empresas que criem postos de trabalho, provavelmente elas vão faturar mais de 150 mil euros. Isso é óbvio, é uma regra básica. Sendo esse o caso, pagar 1.25 de derrama não é muito interessante. Uma das medidas, pode ser fazer um acordo com as empresas que queiram vir investir, criar um gabinete de apoio às empresas que invistam em Gondomar. Ponham as vossas empresas aqui e nós vamos ver convosco a possibilidade de, por exemplo, durante 10 anos não pagarem a derrama. Aliás, Paços de Ferreira fez esse acordo com o Ikea: foi a derrama, foi a eletricidade, deram-lhes um terreno para eles construírem a fábrica. Portanto, nós temos imensas zonas onde também o podemos fazer. Cada uma das empresas que queira vir investir terá um conjunto de soluções ou de vantagens, e mediante as vantagens, nós podemos oferecer soluções. Isto para as novas empresas como para as já existentes, podem ir ao gabinete de apoio às empresas e ver como nós os podemos ajudar a criarem mais postos de trabalho, como é que nós os podemos ajudar a crescer. Mediante aquilo que nos propuserem nós vamos ajudá-los. Por exemplo, é preciso fazer uma obra na Câmara: eu posso privilegiar uma empresa que tem contrato e sede em Gondomar, que tem trabalhadores de Gondomar. Por que não? Há que rever os processos de contratação, para que eles sejam transparentes e mais justos.
O que é que propõe para a população envelhecida que referenciou? Acha que essa população é menos bem tratada? O que faria diferente?
Acho que sim. Será necessário estar mais próxima dessa população. Por exemplo, neste concelho – que é muito grande –, nós temos uma extensão de terra muito cumprida e não temos uma proximidade de ambulâncias de emergência tão rápida como deveríamos. E estou a imaginar os idosos, criar uma forma de os poder apoiar e perceber as pessoas que estão isoladas, ou que estão mais distantes, ou que sejam mais de risco, ou que morem sozinhas, e contactá-las, ir ver como é que elas estão, o que é que elas precisam. Ter aqui quase como que uma bengala em que elas se possam apoiar. Os nossos centros de saúde também não estão tão próximos de toda a gente: por que não fazer domicílios ou fazer mais domicílios? Sei que há alguns, mas não há muitos! O ir buscar as pessoas e trazê-las, ter mais lares onde as pessoas possam estar – permanentemente ou temporariamente, de acordo com a vontade delas e com as suas necessidades. Alguns têm necessidades permanentes e outros não. Nós temos que os apoiar e estar mais próximos delas. Há idosos que com 80 anos podem estar ótimos e, outros, com 75 anos já não estão. É preciso, também, que as juntas de freguesia – com, obviamente, uma auditoria ou uma supervisão – possam ter algumas competências que nós vejamos que ajudam, porque estão mais próximas.
Nada disso é feito neste momento?
Não direi que nada seja feito, agora se é feito sufi cientemente ou que se pode fazer mais… A ideia é essa: poder fazer-se mais, é fazer mais, olhando àquilo que eu vejo nos anos em que moro neste concelho. Tenho uma outra visão, porque saí e vi outras realidades, vi outros países, vi outras formas de fazer as coisas. Portanto, a ideia é um bocadinho essa. Se há sítios que fazem melhor, por que é que nós não podemos fazer melhor? Por que é que não podemos começar pela freguesia da Lomba e vir de lá para cá e fazer um concelho de Gondomar melhor? E ir por aí fora pelo outros concelhos e fazer um Portugal melhor?
Outra questão que no seu entender seja muito premente, no dia em que chegar à Câmara?
A mobilidade, o investimento, trazer famílias para Gondomar, trazer pessoas que fi quem em Gondomar, porque, na realidade e conforme reza a lenda, quando eu era miúda, as pessoas que moravam em Gondomar faziam as coisas em Gondomar e aqui trabalhavam. Hoje em dia, a maioria das pessoas dorme em Gondomar, mas depois sai de Gondomar, porque não têm alternativas de sítios onde estar, porque o nosso comércio é parco. Por exemplo, nós temos uma cobertura da zona ribeirinha do Douro que podia ser muito melhor aproveitada, mesmo os passadiços estão cheios de ervas, o que se torna perigoso. Há tanta coisa que podemos fazer mais. Nós temos um concelho muito bonito que podia atrair turismo, podia deixar com que as pessoas fi cassem cá dentro e os Gondomarenses não têm orgulho em ser Gondomarenses. A tendência é: eu vou dormir a Gondomar. O que é importante é que as pessoas passem a dizer: eu moro em Gondomar, eu vivo em Gondomar e tenho orgulho em ser de Gondomar. Hoje em dia, isso não acontece.
O que é que é um bom resultado para si, no dia 26?
Ora bem, vou dar a mesma resposta que dei numa outra entrevista. Se fosse política, eu teria a capacidade de saber o que é “um bom resultado”. Não sendo, eu vou dizer que, para mim, é um bom resultado se conseguir que as pessoas vão votar, mesmo que não votem em mim e que façam uma mudança. Que consigam criar uma disfunção entre os últimos 8 anos, que nós tivemos, e o futuro. Antes de ser candidata, eu sou munícipe e não gosto de ver as ruas todas sujas, nem esburacadas, nem o estado em que as coisas estão. Foi para isso que eu sai do meu sofá e da minha vida, que estava ótima. Portanto, se não for eu a ser eleita presidente da Câmara, pelo menos um bom resultado para mim é que as pessoas mudem alguma coisa. Que permitam que haja pessoas que entrem e que possam fazer a mudança, ou possam contribuir para que haja uma mudança.
![](https://assets.isu.pub/document-structure/210923020537-1db8b8a6db34b6ce6a1ecf06b146f8d7/v1/0734fef5cd4bb65cbfa6567370b6add6.jpeg?width=720&quality=85%2C50)
Deixe-me fazer a pergunta ao contrário, para ver se não foge à questão: com que ambição parte para esta corrida eleitoral?
De ter a possibilidade de mudar alguma coisa.
Depreendo, pelo que diz, que o que interessa é que as pessoas votem, mesmo que não seja em si. Verdade?
Não. É importante que votem em mim. Votar em mim signifi ca perceberem que nós – que não temos um percurso político, que vimos de outras áreas e que temos outras visões e outras formas de gerir – também podemos fazer uma diferença muito grande comparativamente com as pessoas que estiveram a fazer aquilo. Isto é um bocadinho a questão de “duas cabeças pensam melhor do que uma”. E alguém que vem de novo, que não estava aqui na gestão camarária, vê as coisas de uma forma diferente. Traz uma visão diferente. Portanto, é importante votar em mim. Mas, acima de tudo, é importante votar! É triste e faz-me confusão quando se chega ao fi m das eleições e vejo uma abstenção de 40 a 50%, porque as pessoas que foram eleitas foram-no com metade dos portugueses. E isto não é uma eleição! É importante que todos nós tenhamos a consciência que o estado do nosso concelho, o estado das nossas freguesias, o estado do nosso país começa em nós, no nosso dever cívico. E, depois, em cada um de nós fazer a mudança, saindo da sua zona de conforto. Nunca ganhei um cêntimo com a política, nunca me quis meter nisso, mas há um momento em que nós temos que dizer assim: se eu não me meter, e se mais ninguém se meter, nós vamos continuar a ter mais do mesmo. Portanto, não queremos.
Para terminar, uma mensagem que queira deixar às pessoas, convencendo-as a votar em si no dia 26…
A mensagem é que dêem uma oportunidade a quem tem visões diferentes, que vem dum mundo totalmente diferente e que gerir um concelho, gerir uma freguesia, é o mesmo que gerir uma empresa. Quem não foi talhado para gerir ou quem não se preparou para isso, ou quem não o fez uma vida inteira, não o fará tão bem feito como quem estudou e trabalhou nisso a vida toda. Portanto, votem numa mudança, votem numa pessoa que não tem “vícios” e que tem uma visão diferente, que vai trazer uma coisa nova e uma forma diferente de ver a vida. ■