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DESTAQUE
natural em todas as áreas do edifício. A intenção dos responsáveis é que a primeira fase do projeto esteja concluída no primeiro trimestre de 2022, possibilitando assim a mudança das primeiras equipas para o Campus. No futuro, a empresa pretende construir uma Residência que tem o objetivo de acolher os funcionários da empresa de outros escritórios, que estejam de visita ao campus de Gondomar. Um ponto muito importante que o projeto contempla, é o valor que o ambiente possui para a Multinacional. É nessa linha que a Metyis, enquanto empresa sustentável, pretende que, os seus edifícios sejam integrados na natureza, sendo assim rodeados por áreas verdes, bem como um lago. Atualmente, em Portugal a empresa possui 60 colaboradores, localizados em Lisboa, Porto e Faro. Além disso, a marca está presente em países como Abu Dhabi, Amesterdão, Bangalore, Barcelona, Copenhaga, Dubai, Faro, Gurgaon, Lisboa, Londres, Madrid, Munique, Nova Deli, Porto, Zurich. De momento, a Multinacional conta com mais de 700 colaboradores ao redor do mundo e 15 escritórios. A Metyis trabalha com grandes marcas tais como: Carlsberg, Red Bull, AWWG e SHV. O foco da empresa édesenvolver e implementar transformação digital para seus parceiros e clientes, com uma mistura de consultoria de estratégia, data, digital e tecnologia, aplicando uma abordagem multidisciplinar que é combinada com pensamento inovador, permitindoum impacto duradouro.■
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Yogen Singh, CEO e fundador da Metyis
Para Yogen, este é um dos investimentos mais importantes que a empresa está a realizar este ano. Uma estratégia de longo prazo que pretende investir, ajudar a construir e desenvolver profissionais da área da engenharia: “Estamos a investir muito dinheiro aqui, para construir este novo polo. É um projeto extremamente importante para nós, tanto que podemos ver aqui presentes, hoje, todos os nossos seis parceiros globais que são responsáveis por esta empresa, o que demonstra esse comprometimento. Penso que, à medida que a nossa empresa cresce, Portugal tornar-se-á cada vez mais importante para nós. Por isso, sim, este é um dos projetos mais importantes que estamos a realizar este ano e para o próximo ano”. O investidor destacou ainda o facto de que, ano para ano, Portugal está a perder muitos jovens que vão para o estrangeiro, por falta de investimento no próprio país, o que, na sua perspetiva, é “Muito negativo” para o crescimento económico do mesmo. Para Yogen, este tipo de investimentos por parte de empresas como a Metyis oferece uma “Oportunidade extremamente interessante para que duas situações se unam: uma delas é a nossa necessidade por pessoas e a outra diz respeito à criação de postos de emprego para que os jovens se fixem em Portugal e não sintam a necessidade de sair daqui. Eu sinto que esta situação só traz benefícios para ambos os lados”. Quanto à relação com a Câmara Municipal de Gondomar, Yogen começa por mencionar o seguinte: “Em primeiro lugar, tenho que dizer que o Presidente Marco Martins é uma ótima pessoa. Lembro-me que estávamos a conversar no seu escritório, num dia chuvoso e depois de falar com ele por 20 minutos, deu-me um aperto de mão e disse que íamos construir isto juntos. Obviamente que eu entendo que, para ele, é muito interessante que nós façamos este investimento monetário aqui no concelho. Como referi no meu discurso, nós olhamos para outros países como Espanha, a Ucrânia, a Polónia, a Índia e poderíamos ter investido este dinheiro em qualquer sitio. Mas, na minha perspetiva, quando falo com alguém, as minhas decisões são baseadas nas relações que posso construir com essa pessoa e fiquei positivamente surpre- so com a habilidade do Marco em convencer-nos, como também com a habilidade que ele tem para fazer as coisas acontecerem e isso para nós é importante”. Quanto ao futuro o CEO da Metyis refere o seguinte: “Estou muito confiante perante o futuro. O sol está a brilhar, nós estamos todos no sítio certo e acredito que estamos a fazer o correto, portanto, eu fico sempre muito feliz quando fazemos o certo, porque os resultados são sempre bons.”
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Ricardo Teixeira - Principal da Metyis em Portugal
Para Ricardo a história com a Metyis iniciou-se há cerca de dois anos e meio. Tudo começou quando decidiu, juntamente com mais três colegas, criar uma Start Up ideia que surgiu durante o curso. Foi através de um cliente da sua Start Up que conheceu Yogen (CEO da Metyis). O jovem refere que cada dia que passa tem tido a “Validação de que essa foi a melhor decisão tomada, porque sentimos que temos tido impacto a partir do nosso pequeno escritório que, rapidamente cresceu e que, agora, obviamente com este investimento tem uma projeção ainda maior. Portanto, o meu papel no meio disto tudo, passou desde a gestão do projeto em concreto, para algo mais estratégico de crescimento da equipa e sustentação. Nós trabalhamos com grandes clientes que exigem de nós uma grande capacidade de resposta e no fundo este investimento é nesse sentido: é de construir a nossa capacidade de resposta a nível daquilo que nos é exigido”. O Jovem explica que este projeto é “Sem dúvida um desafio, um privilégio e uma grande responsabilidade, e tenho muito orgulho em fazer parte desta equipa. Naturalmente que não sou só eu, tenho uma grande equipa que contribui em todos os aspetos, até para realizar este evento. Temos grandes ambições e, sobretudo, estamos bem suportados pelos nossos Partners que estão aqui hoje”. Ricardo refere: “Não sou um exemplo para ninguém, acho que ainda sou muito novo para isso, mas aquilo que posso dizer aos mais jovens, ou aos que estão agora a terminar a faculdade é: não tenham medo da arriscar e de tomar a iniciativa”. Quanto aos futuros funcionários da empresa, Ricardo deixa claro que a idade não é um fator decisivo: “Independente da idade queremos ter uma frescura sobre aquilo que é a forma de trabalhar e a forma de aplicar tecnologia nos diferentes projetos. Sem dúvida que é a nossa intenção de marcar essa diferença e, pessoalmente, tenho a ambição dentro de dois ou três anos, alguém que acabe o curso na faculdade de engenharia, consiga olhar para o mercado de trabalho local e ver a Metyis ao lado de nomes importantes da área tecnológica, pelas razões certas. Considero que temos essa capacidade. É uma ambição grande, mas possível”. E revela ainda o seguinte: “Posso dizer que o salário médio de um funcionário da Metyis, em Portugal, é superior ao salário médio Português e, se eu conseguir contribuir para que uma pequena parte dos jovens que estão agora a estudar, consigam ter e sentir esta atratividade por esta carreira na parte digital, de programação, engenharia, design, entre outros, ficarei muito satisfeito”. Quanto ao futuro, Ricardo monstra-se confiante, no entanto não deixa de salientar: “Satisfeito, nunca estou a 100% e acho que é também isso que nos coloca sempre atrás do nosso próximo nível. Também não nos iludimos. Há grandes desafios pela frente, nomeadamente, nesta área digital, porque é muito difícil contratar e fazer crescer uma equipa, porque o mercado é muito competitivo. Temos que saber criar e gerir a nossa proposta de valor, atrair e reter as pessoas na Metyis. Em Portugal, e particularmente em Gondomar, queremos fazê-lo pelas razões certas, queremos ter os desafios tecnologicamente mais interessantes, queremos ter uma proposta de trabalho com um pacote de benefícios e um pacote de atratividade intelectual diferenciadora e acreditamos que temos as armas para o fazer”.
AUTÁRQUICAS 2021
Para a edição deste mês do VivaCidade, estivemos à conversa com os quatro candidatos já apresentados para a corrida às juntas da União de Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim. Quanto aos nomes apresentados para as eleições que decorrerão a 26 de setembro, o Partido Socialista (PS) decidiu apostar, novamente as fi chas no atual Presidente António Braz. Quanto ao Partido Social Democrata (PSD), o nome que vai a jogo é Manuel Marques. A vestir a camisola da CDU – Coligação Democrática Unitária- temos, Luís Fernandes. O último candidato apresentado para a disputa é Pedro Ferreira, que irá representar o partido Bloco de Esquerda (BE).
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> António Braz - PS
A representar o PS na disputa pelo cargo de Presidente da União de Freguesias, temos novamente António Braz. Para o atual autarca, o que o motivou, novamente a aceitar a proposta do seu partido foi a “Vontade de ajudar as pessoas, tornar a vida das pessoas menos difícil”. Para o candidato, a área social será uma das principais bandeiras da sua campanha, principalmente, agora, por causa da pandemia e dos seus efeitos na sociedade: “Com a pandemia as difi culdades das pessoas têm vindo mais ao de cima e a União de Freguesias tem sido a primeira porta que elas vêm bater. Quer na procura de alimentos, quer na procura de outros apoios pontuais e que nós tentamos procurar responder. Temos que continuar a ajudar a nossa população mais débil”. Sobre o tema, o responsável adianta que, tem projetos direcionados a este quesito, sendo que um deles atinge “Aproximadamente nove centenas de pessoas”. Ainda dentro da área social, outra aposta do representante é a Universidade Sénior, projeto que tem o objetivo de “Tornar mais feliz a vida dos nossos seniores”. Sobre o seu mandato, Braz explica que a pandemia difi cultou o seu trabalho em alguns aspetos, tendo em conta a quebra de receita sentida: “Na nossa União de Freguesias, houve uma quebra de receita, de aproximadamente 7 a 8%, em comparação com o anterior mandato e houve , em simultâneo, um aumento de algumas despesas para responder aos problemas da pandemia. E, isso impediu-nos de concretizar alguns dos projetos ou de os concretizar tão depressa quanto gostaríamos. Estou convencido que se não fosse a pandemia, teríamos sido capazes de já os ter implementado. É minha intenção continuar a lutar por eles e vamos implementá-los no próximo mandato”. Para o futuro o projeto que destaca é a construção do metro em Gondomar: “Penso que estamos com condições, cada vez mais próximas, que essa nossa ambição, essa nossa vontade seja concretizada. Porque sempre sensibilizamos a Câmara para esta necessidade”. Outro projeto ressaltado, foi a construção do projeto da Multinacional Holandesa, Metyis, que segundo o mesmo, trará à União de Freguesias outra dinâmica, tanto a nível de empregabilidade, a nível de investimento de outras empresas e a nível habitacional. O autarca destaca ainda a obra do Parque Urbano que está a ser realizada no Centro de Gondomar. Na perspetiva do edil, este espaço vai “melhorar a qualidade de vida dos gondomarenses e de outros que nos queiram visitar”. Quanto a Valbom, ressalta a obra de continuidade do polis até Marecos. Ainda nessa marginal, menciona o crescimento de alguns empreendimentos, entre os quais um hotel nas margens do Douro. Outro objetivo é criar uma ligação entre a Rua Joaquim Manuel da Costa, à Rua Luís de Camões. No que diz respeito a Jovim, “vamos tentar melhorar as ruas. Requalifi camos, neste mandato, as duas escolas e vamos continuar a apoiar algumas Associações para conseguirmos atingir mais pessoas. O autarca faz questão ainda de salientar que, quer em Jovim, quer em Valbom, durante este mandato foi disponibilizado ao serviço da população dois espaços cidadão que são, segundo informação do mesmo, os mais utilizados do concelho de Gondomar e com o maior nível de satisfação”. Quanto aos resultados das eleições de setembro, refere o seguinte: “Estou com esperança de que os eleitores confi em novamente em mim para mais um novo mandato. Todas as indicações que tenho quando ando na rua é que, efetivamente, as pessoas querem que esta equipa continue. Estou aqui para desempenhar o papel que os eleitores me confi arem, se for a oposição, o que eu não acredito que seja, assim o respeitarei”.
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> Pedro Ferreira - BE
A vestir a camisola pelo Bloco de Esquerda, temos Pedro Ferreira. Natural do Porto, vive em Gondomar desde os seus 12 anos. A proposta por parte do partido, surge quando o candidato foi convidado a ingressar na Comissão Coordenadora do BE de Gondomar e, posteriormente, surgiu o convite para encabeçar a lista à União de Freguesias: “Sempre acompanhei a política e ela esteve sempre presente na minha vida, acompanho o Bloco há mais de 10 anos. No entanto, este é o primeiro cargo politico a que me candidato”. Na perspetiva do candidato, há ainda muita coisa por fazer nas três Freguesias, segundo o mesmo, “Não colocando totalmente de parte aquilo que foi feito, mas considero que há muito por fazer, há áreas de intervenção que considero que são essenciais, como por exemplo o preço praticado em Gondomar nas facturas da Água, porque é uma das mais caras do país”. Outro ponto mencionado é a cultura, mais concretamente às Associações Recreativas Culturais e Desportivas na União de Freguesias. Sobre o assunto, o candidato defende que “Elas devem ser acompanhadas, deve haver uma intervenção política no acompanhamento das mesmas, de modo a que elas possam ter mais intervenção junto das pessoas e de modo a que possam oferecer à população a possibilidade de uma participação mais cívica, em determinadas atividades do concelho. Queremos que isto seja descentralizado e que, todas as pessoas tenham acesso à cultura”. Outra questão apresentada é o ambiente. Pedro aponta para a limpeza e manutenção dos Jardins, “É importante manter um aspeto limpo”, outro ponto referenciado concerne à Rede Ambiente, “Aquilo que verifi camos, em alguns pontos das três Freguesias, é que há trabalho que fi ca por fazer. Nós vemos pontos de recolha de lixo que nem sempre são intervencionados e, isso é um trabalho que deve ser acompanhado pela União de Freguesias”. O candidato menciona ainda a carência de transportes presente na União, dado que “As freguesias não possuem uma rede de transportes que assegurem as necessidades das pessoas que lá vivem”. Sobre as eleições de setembro, o candidato sublinha o seguinte:“Nós temos uma candidatura forte. Temos um programa inteligente que vai de encontro às necessidades das pessoas e, por isso estou confi ante”.
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> Luís Fernandes - CDU
A vestir a camisola da CDU, temos Luís Fernandes, tem 33 anos, é natural de Jovim, mas reside em São Cosme. Iniciou a sua carreira profi ssional em 2013, desempenhando vários cargos de coordenação e chefi a, sendo que, atualmente, é responsável do gabinete técnico e de desenvolvimento de produto na empresa móveis Indufl ex. Atualmente, é ativista social e está ligado ao associativismo. Desde 2017 que assume lugar na Assembleia Municipal de Gondomar. Sobre a União de Freguesias, o candidato refere o seguinte: “O grande problema desta União de Freguesias é a falta de proximidade com a população e o facto de serem três freguesias agravou esta situação”. Depois referencia, os problemas ambientais existentes, “É necessário políticas frontais que vão diretos aos pontos chaves. O ambiente é um dos grandes problemas da década”. Segundo a perspetiva do mesmo, o problema do ambiente acaba por estar interligado com a carência de mobilidade nas Freguesias dado que, a partir de determinados horários, “por exemplo, no alto de Jovim, não existem transportes públicos para o centro de Gondomar e falamos de 3 km o que é
AUTÁRQUICAS 2021
inadmissível, se queremos melhorar o ambiente temos de dar condições às populações para andar nos transportes públicos, para não falar que irá melhorar as condições de vida dos cidadãos”. Outro problema apresentado pelo candidato é o respeito pelo património material e imaterial histórico e cultural que diverge muito nas três freguesias. Segundo o mesmo é necessário valorizar a tradição pesqueira dos valboeiros, a tradição agrícola e a indústria da ourivesaria. Outro exemplo dado por Luís corresponde a quinta de Atães, sobre este espaço refere o seguinte: “A população tem uma ligação muito profunda com essa casa e neste momento está à venda”. Sobre estas situações de desvalorização patrimonial, o mesmo explica que, há suituações que não é da competência de resolução das juntas de Freguesia, no entanto sublinha que , estas instituições, tem o “Seu peso politico” e tem que assumir o “Papel de luta” por estes interesses, junto aos órgãos que tem este poder. O candidato refere ainda que tem em mente lutar pela desagregação destas freguesias, dado que “São freguesias com identidades diferentes, onde as suas populações não se revêem na agregação. As Freguesias só têm a perder economicamente, porque o orçamento acaba por ser esmagado a dividir pelas três, mas para além disso, temos também a questão da proximidade e de resolução de problemas junto à população”. Ainda sobre a Universidade Sénior, o representante explica que a mesma deveria ser alargada para as três freguesias do concelho e deixa de estar centralizada em São Cosme. “Sinto-me confi ante com a conquista de um bom resultado, quer na Junta, quer no Município, a CDU é a única força política capaz de trazer diferença, é a única força alternativa ao atual executivo e às décadas de más políticas não só pelo PS, mas também pelo movimento do Major Valentim, como pelo PSD, que foram quem esteve a governar e a CDU é a única força capaz porque tem soluções para resolver os problemas e de ter políticas que façam a diferença e que contribuam para o desenvolvimento do concelho. Nós estamos presentes todo o ano e não só nos últimos meses antes das eleições. Nós somos a voz activa da população”, refere Luís Fernandes, o mesmo acrescenta ainda que, a sua confi ança para os resultados, tem como base o “Bom coletivo que tenho como equipa”. Luís Fernandes explica ainda que, caso não ganhe as eleições assume o papel na Assembleia.
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>Manuel Marques - PSD/CDS
Natural de Gondomar (São Cosme), há 16 anos que está ligado à política em Gondomar. Já esteve na Assembleia Municipal em 2005 e, posteriormente em 2009. Por opção própria e por motivos profi ssionais, afastou-se, na altura, da política. Neste momento, voltou à política e é deputado da Assembleia. No entanto hoje, lança-se como cara do partido na disputa pela União de Freguesias. Para Manuel é urgente colocar este território, novamente a respirar, porque de momento encontra-se morto. É importante para o candidato mudar “As mentalidades e trazer para o seio destas três freguesias ideias mais abertas” que façam -na evoluir. Um dos pontos chaves é transformar esta localidade numa “Smart City”, ao VivaCidade, o próprio refere o seguinte: “Tenho muito conhecimento memorizado que queria colocar em prática com o intuito de ajudar a desenvolver uma instituição como a Junta de Freguesia. No meu ponto de visto, elas tem que ser mais atuais, elas têm que ter preocupações que, neste momento, não têm”. É nessa linha de pensamento que, Manuel apresentou-nos algumas ideias. O Candidato começa por mencionar o ambiente, visto que, tendo as freguesias limpas e bem ordenadas, dá outra imagem aos que por aqui passam e dá outra qualidade de vida aos que habitam nas mesmas. Outro ponto referenciado é a aproximação dos serviços da Junta aos cidadãos: “Os cidadãos, neste momento, tem problemas gravíssimos e com o fi nal da pandemia, ainda vai fi car mais evidenciado. Há uma quantidade de serviços, quer na área jurídica, quer na área da educação, quer na área da saúde que não estão a ser tratados pela Juntas de Freguesia, quanto à área social, as Juntas já tem desenvolvido algum trabalho, mas acredito que conseguimos chegar ainda mais longe, podemos por exemplo criar Associações de vizinho, que normalmente são utilizadas para negociar com as grandes multinacionais quer de gás, quer de eletricidade e, com certeza que, os cidadãos, vão ver os preços muito mais baixos. Quando eu digo que quero aproximar a junta, é no sentido que ela veja a real necessidade das pessoas e para isso, precisamos de organizar-nos”. Outro ponto levantado é a necessidade de dar formação aos funcionários da Junta de Freguesia para que estes possam, junto ao comércio local, ajudar a impulsioná-los. Para além dos funcionários, o mesmo se aplica aos cidadãos. Manuel refere que as instalações das Juntas são “Excelentes para promover formações à população”. Ainda dentro do conceito de “Smart Ciy”, o mesmo defende a criação de networking (rede de contactos) com outras localidades nacionais e internacionais: “Tenho em mente a realização de parcerias internacionais, uma rede europeia de Juntas de Freguesia e devido à minha área de trabalho, tenho muito conhecimento em vários pontos nacionais e internacionais. Com isto a Junta teria acesso direto a fundos comunitários sem ter que passar pelo Governo português ou pela Câmara. Uma instituição como a Junta não tem que ficar apenas à espera de investimento camarário ou central, há outras possibilidades. Há muitas oportunidades que não estão a ser aproveitadas”. Ainda dentro do tema “SmartCity”, o mesmo aponta para um problema “Gravíssimo” de estacionamento em São Cosme: Temos que criar centros, as “Smarts Citys. Eu lutei muito para que este Parque Urbano que estão aqui a fazer fosse o começo dessa grande mudança, isto é, lutei para que colocassem o jardim por cima e, em baixo dois ou três andares de estacionamento, assim libertava todos os carros que estão estacionados na rua. Fazer um investimento de 5 milhões numa coisa como esta, que deve ser o jardim mais caro do mundo, não deve haver outro tão caro como este e, é pena, que não esteja a ser bem aproveitado. Os jovens precisam de andar na rua e não estarem fechados em casa e de momento não há um sitio para os jovens, por exemplo, andarem de skate”. Quanto aos resultados das Autárquicas, revela que está “Completamente confi ante” e, caso não ganhe as eleições, assume o cargo na Assembleia.
AUTÁRQUICAS 2021
União de Freguesias de Melres e Medas
Na corrida às Autárquicas de 2021, foram apresentados três candidatos à disputa pela União de Freguesias de Melres e Medas. Pelo Partido Socialista (PS), o nome apresentado é o atual Presidente José Paiva. A representar o Partido Social Democrata (PSD), o nome proposto foi Manuel Gomes. Pela primeira vez este ano, o partido Chega também vai a jogo, o escolhido é Nuno Teixeira.
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>José Paiva - PS
Com a camisola do PS, surge novamente na disputa para tentar conquistar o segundo mandato, o atual Presidente da União de Freguesias, José Paiva. Para o candidato a sua recandidatura era essencial, dado que, ainda “Há a necessidade de continuar o trabalho que foi iniciado há quatro anos atrás”. O edil, considera que, o tempo do primeiro mandato foi pouco para o que pretende ainda realizar e desenvolver em ambas as freguesias. Dos últimos anos, o que mais pesa para o autarca foi o facto de não ter concluído o Centro de Dia, sobre o assunto o edil acrescenta ainda que: “Estamos a trabalhar para que, pelo menos a primeira fase esteja concluída até ao fi m do ano. A pandemia teve alguma responsabilidade, se bem que não nos podemos desculpar com a pandemia, porque foi um processo que teve algumas burocracias pelo meio e essa foi, a razão principal de não conseguirmos cumprir com o que tínhamos prometido e que era de facto uma das nossas prioridades”. No que concerne à candidatura para o próximo ano, a prioridade é dar continuidade ao trabalho realizados nos últimos anos que passa por, melhorar as acessibilidades no interior das duas freguesias. Para o autarca há ruas que necessitam de ser reabilitadas“E possibilitem a passagem dê pelo menos uma ambulância”. O responsável diz que é um trabalho demorado que tem vindo a ser realizado, no entanto é essencial continuar com ele. Outro ponto evidenciado pelo edil é a valorização do património natural. Assim sendo, o objetivo passa por: “Valorizar as nossas serras, já com os trilhos criados do Parque das Serras, que será a nossa forte aposta. Valorizar o rio. O rio é um ponto fulcral quer em Melres, quer em Medas, e um dos nossos grandes objetivos é a reabilitação total do caminho mineiro. Um percurso que antigamente era realizado pelos Mineiros e que, interligava Melres a Medas, e que situa-se próximo à Margem dos rios”. Outro objetivo do candidato passa pela revisão do PDM: “Agora com a revisão do PDM, conseguimos aumentar a área de construção. Isto porque nós aqui, enquanto freguesia rural, temos muitos terrenos agrícolas e fl orestais que, muitas vezes são de frente para os arruamentos públicos. Assim, consideramos que seria de todo o interesse -e é nisso que nos estamos a focar- criar, nessas frentes zonas de construção, com dois objetivos, por um lado, fi xar os jovens das nossas freguesias e, por outro, atrair pessoas de fora. Com isto e tendo mais terrenos, os valores do mesmo iria reduzir”. Para além disso, pretendíamos a criação de uma zona industrial, “Não só para atrair as empresas, como também para manter as empresas de cá, assim elas terão condições de expandir-se”. Quanto à relação com a Câmara, o autarca refere o seguinte: “No nosso caso e como em qualquer outra Junta, a Câmara nunca investe o sufi ciente, porque enquanto Presidentes queremos sempre mais, e mal o era se assim não o fosse. Agora, temos tido posições concertadas com a Câmara de Gondomar e dentro dessa concertação que tem existido, temos conseguido levar os nossos objetivos a bom porto e um desses que conseguimos, foi o facto da Câmara, por insistência nossa, assinasse o protocolo com o Melres DC, para a instalação do relvado sintético no campo. Também nas Medas, o Parque de Lazer, também está em fase fi nal de projeto e vai ser uma realidade. E na rotunda da A41, estão já as obras a serem realizadas para jardinar, mas ali demorou mais tempo, porque houve problema com a concessionária da Autoestrada e que só agora é que conseguimos chegar a um acordo”. Ainda sobre o papel da Junta, Paiva acrescenta ainda o seguinte: “Costumo dizer que a Junta de Freguesia serve para estar ao lado das pessoas para a resolução de pequenos problemas e infl uenciar as outras entidades, nomeadamente a Câmara, para as grandes obras e para os problemas que, infelizmente, nós não temos a capacidade de resolver”. O edil conclui referindo ainda que, só se compromete com aquilo que pode fazer, “Eu não ando aqui a enganar as pessoas. Felizmente, naquilo que me comprometo com as pessoas no meu dia a dia, temos conseguido resolver”. Caso as eleições não tenham o resultado pretendido pelo autarca, Paiva garante que fi ca na oposição: “Nós devemos assumir os nossos compromissos e, a partir do momento que me candidato irei manter o meu compromisso e, se fi car cá, obviamente que fi carei na oposição, porque considero que, o trabalho da oposição é tão útil, como aquele que está no poder, porque uma oposição infl uencia sempre o bom trabalho do executivo.
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Pela primeira vez, o Chega esta a concorrer às autárquicas. A vestir a camisola do partido, foi apresentado o nome Nuno Teixeira. O candidato é natural de Gondomar e ao VivaCidade revela que, a proposta de candidatura surge porque é uma pessoa de confiança para o partido, “Prontamente aceitei o pedido, porque revejo-me nas ideias do partido”. Atendendo às propostas apresentadas na sua candidatura, Nuno aponta as seguintes falhas: “Os pontos que basicamente estão a falhar são sempre os mesmos: o acesso à saúde, continua a ser muito precário e moroso; as nossas vias de comunicação, infelizmente, são poucas e as que existem, muitas vezes nem bem tratadas são; o acesso a transportes públicos, a preços acessíveis e em horários condizentes com a necessidade da população, muito se fala do tema ambiental, mas o que vemos é que, cerca de 80% da população nacional e, neste caso gondomarense usam o próprio transporte para as suas deslocações laborais e escolares. Nós sabemos que o poder local, não tem muito poder, se não for apoiado e suportado pelo poder nacional, o poder decisório e economico não é muito, mas creio que, pelo menos temos que tentar ter umas escolas melhores e, principalmente mais seguras, dado que, nos dias de hoje, a segurança esta a fi car pior e, agora, os miúdos com a internet, tem acesso a tudo e, depois tentam transpor o que veem para dentro das escolas. Queremos renegociar ou rever melhores contratos com empresas privadas de transportes que há e funcionam muitas vezes melhor, porque tem noção que, se não prestarem o serviço pela qual foram contratados. E, ainda na segurança, mas mais voltada para as autoridades, na minha perspetiva está um pouco esquecida. A nossa PSP e a nossa GNR, não é propriamente bem tratada e bem remunerada”. Quanto às eleições que decorreram em setembro, o candidato sente-se confiante: “Nós sentimo-nos sempre confiantes, uma pessoa quando vai para uma corrida sente-se sempre confiante ou pelo menos com força, para chegar ao fim. Agora também sabemos que o Chega ainda é um partido pequeno que está a crescer e que a disputa não será fácil, porque a nossa população vive na dictomia de PS\PSD. A população está sempre a reclamar das duas forças políticas, mas quando aparece alguém com novas ideias, fecham e não dão a oportunidade para que as pessoas as exponham”. Sobre os resultados pretendidos, Nuno refere ainda o seguinte: “Honestamente, muito dificilmente serei eleito. Caso consiga assumirei o cargo na Assembleia”.