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Ano 15 - n.º 182 - agosto 2021
Preço 0,01€ Mensal
Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Carlos Almeida
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ENTREVISTA Fátima Lopes:
"Gondomar é uma terra de gente guerreira e muito aguerrida"
> Págs. 12 e 13
POLÍTICA
75% dos jovens gondomarenses com a primeira dose inoculada
> Págs. 24 e 25
Nelson Sousa, Vereador do PSD faz duras críticas ao seu partido
> Pág. 38
DESPORTO Atletas da Ala’ Nun Álvares de Gondomar conquistam título de Campeãs Nacionais na modalidade de Ténis de Mesa
> Pág. 41
Autárquicas 2021:
Nesta edição completamos a apresentação dos candidatos às Juntas de Freguesia do nosso concelho. Conheça nesta edição os nomes apresentados à Junta de Freguesia de Rio Tinto, à Junta da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova e à Junta de Freguesia de Baguim do Monte.
> Págs. 19 a 21; 28 a 30; 32 a 34 PUB
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VIVACIDADE | AGOSTO 2021
EDITORIAL
SUMÁRIO: Breves Página 4
José Ângelo Pinto
Sociedade Páginas 6 a 26 Entrevista Páginas 12 e 13
Economista e Prof. Adjunto da ESTG.IPP.PT
Caros leitores, 1. Continuamos a trabalhar para que o Vivacidade seja a melhor fonte de informação sobre as eleições autárquicas que se aproximam a uma velocidade vertiginosa. Para isso, temos utilizado todos os mais modernos meios de comunicação ao nosso dispor, como o website e o facebook, entre outros, para que a informação possa ser disponibilizada rápida e eficazmente a quem dela quer fazer uso. A versão impressa das notícias da nossa terra continua a ser muito importante e instrumental na nossa estratégia pois sabemos bem que os mais de 40,000 leitores que nos honram todos os meses com a leitura do jornal físico muito o valorizam e respeitam. É também por isso que continuaremos a proporcionar aos nossos leitores uma informação local de grande qualidade, sempre com o nosso lema bem presente: factos são factos mas a opinião é livre. As eleições que se aproximam são um excelente teste à nossa capacidade de prestar um serviço isento, abnegado e de muita, muita qualidade. 2. Ainda não nos encontramos em seca extrema, como em 2017 por esta altura, mas se as variáveis se mantiverem, rapidamente poderemos passar a estar. Com o verão vem muitas vezes uma enorme preocupação, relacionada com a seca que pode ser um dos fortes indutores dos incêndios, mas cujas consequências estão muito para lá daquilo que conseguimos observar diretamente. É em tempo de paz que se limpam as armas e este velho ditado deve ser aplicado aos incêndios e à organização e gestão dos meios de combate, pois só com muito boa organização e disciplina será possível no futuro contrariar estes fenómenos e aplicar fortes medidas de vigilância e prevenção que levem a que os incêndios sejam extintos na sua primeira hora, impedindo que se transformem em algo avassalador.
PRÓXIMA EDIÇÃO 23 SETEMBRO
Autárquicas 2021 Páginas 19 a 21 e 28 a 34 Destaque Páginas 24 e 25 Cultura Páginas 35 e 36 Política Páginas 37 e 38 Desporto Páginas 40 e 41 Empresas e Negócios Página 43 Lazer Página 44 Opinião Páginas 46 e 47
Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org POSITIVO No âmbito da iniciativa "Volta a Portugal a Correr pelos Direitos da Criança", o Atleta João Paulo Félix passou por Gondomar, no dia 16 de agosto e foi recebido em Rio Tinto, na zona da Rotunda do Centro de Saúde, do lado do Parque Urbano.
NEGATIVO Com a exceção da praia da Lomba, os banhos nas praias gondomarenses - Gramido, Zebreiros e Melres- estão “desaconselhados” pela APA- Agência Portuguesa do Ambiente. Nesse sentido, o #MovRioDouro, movimento de cidadania em defesa dos rios da bacia hidrográfica do Douro, tem vindo a realizar ações de sensibilização junto aos cidadãos.
Viva Saúde Paulo Amado* Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia
*MédicoEspecialistadeOrtopediaeTraumatologiaProfessorDoutoremMedicinaeCirurgia MestreemMedicina Desportiva Diretor Clínico da CLÍNICA MÉDICA DA FOZ – PORTO ( 226178917) Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HOSPITAL LUSÍADAS - PORTO Vice Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina e Cirurgia do Pé Membro do Council Europeu do Pé - EFAS CLÍNICA DESPORFISIO – EDIFICIO RIO TINTO I RIOTINTO
A Saúde Mental
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Estimados leitores, numa altura de férias, parece que toda a gente foi para o Algarve. Mostra a necessidade de desconfinar e como ainda existem muitas condicionantes, pelo que a opção, é passar férias cá dentro. É por isso que Madeira, Porto Santo, Açores e Algarve reforçaram ainda mais a fama de destino turístico. Mostram que em tudo existem aspectos positivos, assim acaba a economia Portuguesa, já de si muito doente, tendo uma pequena recuperação. O perfil psicológico das pessoas também modificou, aumentando o estado de ansiedade, de tal forma que evidencia bem no comportamento individual. É fundamental recuperar, tentar arranjar um equilíbrio. É obvio que nada será como antes da era Covid, mas é essencial todos encontrarmos um equilíbrio nas nossas vidas, pois um estado de ansiedade a prolongar-se pode modificar os comportamentos definitivamente, sendo depois muito mais difícil de tratar. A saúde mental e a psicologia é um tema que poucas vezes abordamos o que não deixa de ter importância. Não podemos esquecer “Mente sá em Corpo são”. Mesmo em consultas, quando o componente físico é predominante, como as que exerço de Ortopedia, se nota que o perfil do paciente mudou, tornando-se mais exigente, desconfiado e até depressivo. Não será o rumo ideal a dar nas nossas vidas. É nossa obrigação, encontrarmos em nós próprios o nosso equilíbrio. Existe uma saturação dos serviços de saúde, com dificuldade de arranjar médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde pela evidente saturação que estão a passar estes profissionais, muitos deles sem férias há muito tempo, pelo que também me parece que os acessos à saúde estão ainda mais difíceis. No entanto, os nossos governantes, continuam impávidos e serenos, com atenção a situações materiais, desde a viabilidade da TAP, compra de comboios, etc. O que não de houve dizer, é qual o investimento que projetam para a saúde. Parece que o que se passou, já está resolvido, não retirando lições para o futuro. É obvio que para tudo tem de haver sensibilidade, se possível, profissional. O que seria de uma construção se fosse eu medico a comandar as obras. No entanto vemos altos cargos na Saúde a serem geridos por profissionais que nada tem haver com saúde, exceto terem um curso de gestão hospitalar, como se isso lhes conferisse credenciais suficientes para gerirem sós uma unidade hospitalar. Todos são precisos, e é necessário um gestor e um economista a par de profissionais de saúde, para como em tudo na vida exista uma Gestão equilibrada e trabalho de equipa. Até breve, estimados leitores…
FICHA TÉCNICA Registo no ICS/ERC 124.920 | Depósito Legal: 250931/06 | Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-241A) | Diretor Adjunto: Carlos Almeida Redação: Carlos Almeida e Gabriela Monroy | Departamento comercial: Pedro Barbosa Tel.: 910 600 079 | Paginação: Rita Lopes | Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte | Administrador: José Ângelo da Costa Pinto | Estatuto editorial: www.public.vivacidade.org/vivacidade | NIF: 507632923 | Detentores com mais de 5% do capital social: Lógica & Ética, Lda., Augusto Miguel Silva Almeida e Maria Alzira Rocha | Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435- 778 Baguim do Monte Tel.: 919 275 934 | Sede do Editor: Travessa do Veloso, no 87 4200-518 Porto | Sede do Impressor: LUSO IBÉRIA – Av. da República, n.o 6, 1.o Esq. 1050-191 Lisboa | Colaboradores: André Rubim Rangel, Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Beatriz Oliveira, Bruno Oliveira, Carlos Almeida, Diana Alves, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Frederico Amaral, Gabriela Monroy, Germana Rocha, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Luís Alves, Luís Monteiro, Luís Pinho Costa, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Marta Sousa, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rita Lopes, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Sandra Neves e Sofia Pinto. | Impressão: Unipress | Tiragem: 10 mil exemplares | Sítio: www.vivacidade.org | Facebook: facebook.com/vivacidadegondomar | E-mail: geral@vivacidade.org
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VIVACIDADE | AGOSTO 2021
BREVES Paulo Ferreira continua a conquistar prémios pelo mundo fora O Filme HOPE, do consagrado realizador gondomarense, Paulo Ferreira, foi premiado no Festival Internacional de cinema “Los Angeles Independent Film Festival Awards”. Obteve o primeiro lugar na categoria “Best Experimental Short”. O mesmo filme foi também selecionado para fazer parte da lista oficial do Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, que irá entre 9 e 16 de Outubro, no Município de Seia.
7ª Arte está de regresso a Fânzeres e S.Pedro da Cova. A Cerimónia de Entrega de Prémios e Visualização das Curtas vencedoras do 6º Concurso de Curtas Metragens de Fânzeres e S.Pedro da Cova, irá decorrer no próximo dia 18 de Setembro, pelas 21h no Auditório da Junta de Freguesia de São Pedro da Cova. O Concurso organizado pela Junta de União de Freguesias contou com cerca de uma centena de participações nacionais e internacionais. A entrada neste evento é gratuita e para o responsável do executivo, Pedro Barbosa “estão todos convidados a contemplar um pouco do melhor que se faz nesta arte cinematográfica”.
"Do Sonho para a Realidade" A partir de amanhã, dia 30 de julho, até ao dia 18 de setembro, no Centro Cultural de Rio Tinto Amália Rodrigues - Condomínio das Artes, ficará à disposição da população, a exposição "Do Sonho para a Realidade", de Armando Carvalho. A entrada é gratuita, mas condicionada às normas da DGS.
Doe Sangue, Doe Vida! Para o mês de agosto a população interessada pode ainda realizar a doação de sangue no dia 21, na Escola Secundária de Gondomar, entre as 9h e as 12h 30min. No que concerne ao mês de setembro, poderá realizar a doação de dádivas, na Junta de Freguesia de Valbom, no mesmo horário. Há mesma hora, mas no dia 19 de setembro, poderá doar na Junta de Freguesia de Foz do Sousa.
Gens SC realiza sonho de longa data No dia 14 de agosto, o Gens SC comemorou, no Parque Desportivo de Gens, o lançamento da primeira pedra dos novos balneários. Assim, o clube viu um sonho de longa data a ser concretizado.
Banco do livro de 2021 A União de Freguesias de Gondomar (S.Cosme), Valbom e Jovim está a promover a iniciativa do Banco do Livro. Até ao dia 30 de setembro, o Banco aceita e recolhe oferta de livros e de material escolar. A entrega pode ser realizada na Universidade Sénior de Gondomar, de 2ª a 6ª feira, entre das 9h e às 12h e das 14h às 17h. Os pedidos podem ser realizados através do email: geral@uf-gvj.pt
André Cardoso em 30º lugar na Volta a Portugal O atleta gondomarense, André Cardoso, conquistou nesta edição da Volta a Portugal em bicicleta, o 30º lugar da tabela. Recorde-se que, a caravana da 5ª etapa da Volta passou em Gondomar. Foram vários os gondomarenses que não perderam a oportunidade de presenciar a passagem dos atletas que competiam na 82.ª edição.
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VIVACIDADE | AGOSTO 2021
SOCIEDADE
Resultados preliminares dos Censos 2021 - Gondomar O Instituto Nacional de Estatística Português (INE) já divulgou os resultados preliminares dos Censos de 2021. O Presidente do Conselho Diretivo revelou que, no terreno, encontraram-se 15 mil pessoas a realizar os inquéritos. Dos resultados preliminares, podemos constatar que, a população portuguesa e gondomarense diminuiu e que a maioria da população é do género feminino.
às respostas, no qual 92% da população portuguesa já estava recenseada nas primeiras duas semanas; e a Terceira e última fase, corresponde à conclusão dos trabalhos. Os responsáveis demonstraram-se “Muitos satisfeitos com os resultados obtidos” e por todo o esforço dos envolvidos. Um processo difícil que, segundo os elementos do INE ficou ainda mais complicado devido à pandemia. Um processo que só foi facilitado pela união de sinergias de todos os envolvidos. Quanto aos resultados preliminares já
divulgados, podemos constatar que, a 19 de abril de 2021, em Portugal, residiam 10 347 892 pessoas, sendo que a maioria era do sexo feminino. Os inquéritos demonstraram que, 4 917 794 eram homens (48%) e 5 430 098 eram mulheres (52%). Comparado ao ano de 2011, a população portuguesa diminui, visto que, na altura tínhamos 10 562 178. Quanto a Gondomar, podemos denotar que a população residente diminuiu. Em 2011, o Município tinha 168 027 habitantes e, em 2021, tem 164 255, uma redução de
2.2%. A nível da região Norte, o panorama populacional é semelhante aos resultados nacionais. No Norte, em 2011, tínhamos 3 689 682 e, em 2021, 3 588 701, menos 100 981 pessoas. No entanto, o número de edificados e alojamentos aumentou. No que concerne ao número de edifícios, em 2011, tínhamos 1 209 911 e, em 2021, presenciamos um aumento de 21 203. Quanto ao número de alojamentos, em 2011 tínhamos 1 850 890 e, em 2021, observamos uma subida de 2.2%, ou seja, 40 187. ■
Este ano, devido à pandemia, foi desenhado um plano de contingência que passou pela opção da utilização dos meios digitais. Paula Paulino, coordenadora do gabinete de censos, diz que estes censos ficaram marcados pela sua associação ao caráter digital, para complementar os inquéritos foram traduzidos para 11 línguas estrangeiras. O Coordenador Nacional de Recolha e Diretor Adjunto, Almiro Moreira, explicou que o Planeamento dos censos foram divididos em três fases: A primeira fase corresponde à distribuição; A segunda fase concerne PUB
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VIVACIDADE | AGOSTO 2021
SOCIEDADE
Ser a Escolha - E8 O Projeto Ser a Escolha - E8G, gerido e promovido pela Querer Ser - Associação para o Desenvolvimento Social e financiado no âmbito da 8a Geração do Programa Escolhas, é um projeto de intervenção comunitária que se apresenta como uma resposta inovadora de equilíbrio social assente no desenvolvimento sustentado e equilibrado ao longo das diferentes etapas de desenvolvimento, apresentando soluções para a inclusão social e a inserção profissional da população jovem oriunda de contextos socioeconómicos vulneráveis da freguesia de Rio Tinto. Iniciado no mês de abril e envolvendo diversos contextos de intervenção, entre eles os Conjuntos Habitacionais das Areias e da Ponte, o Agrupamento de Escolas Infanta D. Mafalda e a própria sede da Associação, este projeto conta com um vasto consórcio de parceiros indispensável para a sua dinamização, tais como o Município de Gondomar, a Freguesia de Rio Tinto, o Agrupamento de Escolas Infanta D. Mafalda, a Universidade do Porto - Projeto Universidade Júnior, a Amizade - Associação de Imigrantes de Gondomar, o Instituto do Emprego e Formação Profissional, o Instituto Português do Desporto e
da Juventude, a Associação Comercial e Industrial de Gondomar, a Margem - Formação e Consultadoria, a Voltface - Consultores em Gestão Global e a Amparus. Ao longo do projeto, que terminará no final de 2022, as crianças e os jovens com idades compreendidas entre os 6 e os 25 anos, assim como os seus familiares, poderão usufruir de um conjunto de atividades que pretendem apoiar a inserção no mercado de trabalho, através de orientação vocacional e da promoção de competências de empregabilidade e empreendedorismo, bem como promover a aquisição de competências pessoais, sociais e emocionais, através de apoio psicológico especializado e atividades de educação não formal, artísticas, culturais, ambientais, informáticas, multimédia e desportivas. Através do Projeto Ser a Escolha - E8G, a Querer Ser ambiciona que estas crianças e estes jovens sejam no futuro o fruto das suas próprias escolhas e alarga assim o seu leque de respostas sociais para a comunidade de Rio Tinto. Importa referir que a Instituição Particular de Solidariedade Social, fundada em 2006 e sediada na Rua dos Regueiras, em Rio Tinto, tem ao
população jovem e à comunidade em geral nas vertentes de prevenção, sensibilização e intervenção na Violência Doméstica e de Género. Poderá encontrar mais informações sobre o projeto Ser a Escolha - E8G e acompanhar o seu desenvolvimento, através da página de Instagram: seraescolha.e8g. ■
dispor da comunidade uma multiplicidade de respostas na área do Emprego & Empreendedorismo, onde se destacam um GIP - Gabinete de Inserção Profissional, a Entidade Prestadora de Apoio Técnico (EPAT), o Programa Incorpora da Fundação Bancária “la Caixa”, Formação Modular Certificada para Ativos Empregados e Desempregados e o projeto INcluir, recentemente aprovado pelo Programa Bairros Saudáveis. A estas respostas, junta-se ainda o Projeto Saber Amar que contempla um conjunto de atividades destinadas a vítimas, a profissionais de educação, à
USF de Santa Maria de Rio Tinto com nova cara A Unidade de Saúde Familiar de Santa Maria, situada no Centro de Saúde de Rio Tinto tem agora uma nova cara e está mais preparado para garantir a segurança dos seus utentes. Com a ajuda da Junta de Freguesia de Rio Tinto, o local foi todo pintado.
Foi com a necessidade de melhorar as condições dos utentes que, a equipa multiprofissional (Secretários clínicos, Enfermeiros e Médicos) da USF decidiu, em reunião semanal, realizar alguns melhoramentos nas instalações. A responsável pela USF, a Dr. Isabel Santos explica que, um dos itens que necessitava de maior atenção era o acesso e a segurança dos utentes, principalmente nesta altura do covid, por isso, “Houve a preocupação de tornar o circuito do utente dentro da USF, ser bem especifica, porque muitas vezes as pessoas não sabem o caminho. Agora tem as distâncias recomendadas, todos os sítios tem desinfetantes para as mãos e temos máscaras para todos os utentes. Depois nós tínhamos as paredes desgastadas com o tempo, porque já não eram intervencionadas há 12 anos. Pedimos uma parceria à Junta de Rio Tinto, que nos proporcionou condições para nós pintarmos as nossas paredes. Inicialmente, a
ideia era pintar apenas a Sala de Espera da USF, porque estava muito decadente e degradada, mas depois de ter a sala de espera, não nos contivemos e pedimos ao Presidente que nos apoiasse e ele deu o apoio. Agora, temos todos os consultórios e corredores pintados”. Para a responsável era urgente a realização destas intervenções porque o que realmente importa, é a satisfação dos utentes: “Em qualquer USF ou estrutura de Saúde, o importante é colocar o utente no centro das nossas preocupações”. Quanto ao futuro, a responsável revela que, a equipa pretende continuar a prestar os cuidados com a maior qualidade de sempre aos seus utentes. Ao nosso jornal, o Presidente da Junta de Rio Tinto, Nuno Fonseca, explicou o seguinte: “O centro de saúde estava há 12 anos sem intervenções e tinha o desgaste natural de utilização, em que o aspecto estava muito degradado. A Dr. Isabel fez um pedido para nós realizarmos esta intervenção no espaço, a nível da pintura e de proteções para os utentes. Nós acedemos logo na hora, não conseguimos realizar mais cedo por falta de equipas disponíveis. E, independentemente das questões particulares de dar melhores condições aos trabalhadores da USF, obviamente que para os utentes que chegam ao Centro de Saúde e o veem como está, com esta qualidade e este novo ar limpo, sendo um equipamento médico, parece-me a mim o mais adequado. Correu tudo bem e acho
que todos estão satisfeito, incluindo eu”. Quanto ao futuro, o edil tem a intenção de intervencionar outros pontos do edifício: “Vamos fazer ainda mais do que aquilo que tinha sido pedido para melhorar. Já vamos
colocar todas as proteções das paredes. O teto necessita de manutenção e nós vamos fazer essa substituição, para melhorar o aspecto deste espaço”. ■
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10 VIVACIDADE | AGOSTO 2021
Posto de Vigia
Manuel Teixeira Professor Universitário e investigador do CEPESE (UP)
QUANTOS VOTOS VALE O MEDO? 1 – O mês de agosto, tempo de excelência para as férias de centenas de milhares de cidadãos, está a ser, pelo segundo ano consecutivo, não propriamente um período de descanso, mas antes tempo de balanço da circunstância de cada um. A pandemia é a mãe de todos os medos: medo do vírus, medo do contágio, medo da vacina, medo do desemprego, medo do convívio, medo das viagens, medo do regresso às aulas, medo da quinta vaga, etc, etc. O ano passado, neste mesmo tempo, muito menos emigrantes arriscaram vir à terra passar as férias. E de turistas, nem vale a pena falar. Havia muito mais restrições à circulação por toda a europa, e fortes condicionantes à passagem das fronteiras. Mas o cansaço da pandemia e o processo de vacinação trouxeram um novo impulso de regresso a uma certa normalidade. Mesmo assim, todas as conversas vão dar à pandemia e aos seus efeitos. 2 – Verdade se diga que os últimos doze meses deixaram uma herança tão dramática que não será esquecida nos próximos anos. E no caso concreto do nosso país o trauma foi terrível, quando os hospitais entraram literalmente em rutura, os lares converteram-se em espaços de terror, e chegamos a ter mais de 300 mortos num só dia. O governo e as autoridades de saúde entraram em modo de descontrolo, e o confinamento tornou-se modo de vida… Naturalmente, justifica-se que recordações tão dramáticas continuem a ter efeitos devastadores nos comportamentos individuais e coletivos das pessoas. Mas ainda assim não justificam o pavor dominante que continua a existir de norte a sul, em todas as idades e condições. Porque o processo de vacinação é um sucesso quer ao nível organizativo – mérito único de um militar que do anonimato saltou para a ribalta - quer ao nível dos efeitos da proteção sanitária. 3 – Como se explica, nestas circunstâncias, o clima social dominante? Fundamentalmente por efeito dos media, com destaque especial para as televisões. São horas e horas de notícias, programas, debates e comentários sobre a covid, as variantes, as vacinas, os contágios, os internamentos, etc. São cientistas nem se sabe bem de quê, especialistas em tudo e mais alguma coisa, sociólogos e psicólogos, todos a debitar sentenças! Por detrás destas ondas avassaladoras está uma gigantesca máquina de propaganda governamental, a quem interessa manter as pessoas anestesiadas, amedrontadas e paralisadas de capacidade crítica. É que o medo vale votos, e estamos às portas de eleições autárquicas. O PS, que é maioritário nas autarquias, tem todo o interesse em alimentar este clima, porque sabe que a simples inércia do medo favorece a continuidade do poder. Mas na vida há limites para tudo, ou deveria haver.
SOCIEDADE
Riotintense ganha Miss Freedom Portugal 2021 Durante a manhã do dia 16 de agosto, nas instalações da Junta de Freguesia de Rio Tinto, o Presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Nuno Fonseca, procedeu à imposição da faixa ganha, a Olivia Azevedo, no Miss Freedom Portugal. A jovem Riotintentense já ganhou, no mundo da beleza, vários prémios, sendo eles, o Miss Porto, a 2° Dama Miss Queen Portugal Miss Social Beauty, o Miss Seissa- Moda. E, agora, com “Muito orgulho”, recebe a faixa Internacional do Miss Freedom Portugal 2021. É nesse sentido que, no dia 30 de agosto, irá representar as cores da nação portuguesa, em Pristina, NO Kosovo, no Concurso Mundial Miss Freedom of the World. Consigo, na bagagem,
leva: “A história e a cultura Portuguesa e a alma pioneira da nossa Eco Freguesia que defende a Liberdade, a Economia Circular e a Sustentabilidade futura. O
projeto da nossa freguesia que, enquanto Miss, defendo e partilho agora para o mundo, que é o projeto da Economia Circular "Composto para Trocar”. ■
> Na foto, Olivia Azevedo e Nuno Fonseca
Junta de Rio Tinto desenvolve projeto “ReMobilaRT” No âmbito da candidatura ao Aviso JUNTAr+ 2021, a Junta de Freguesia de Rio Tinto irá desenvolver o projeto “ReMobilaRT”, que tem por objetivo implementar uma solução que integra uma Oficina de Mobiliário e um Mercado de Trocas, a instalar num espaço público desaproveitado. O projeto será co-financiado por apoio público do Fundo Ambiental no montante de 31.250,00€ e o restante será financiado pela Autarquia de Rio Tinto. O objetivo passa por implementar um modelo estratégico do local de Economia Circular, o projeto: promove o reaproveitamento e reutilização de mobiliário; contribui para a extensão da vida útil de peças de mobiliário; fomenta a redução da ocorrência de resíduos; cria, equipa e partilha espaço de reaproveitamento de mobiliário; promove a utilização de espaços subaproveitados; contribui para o desenvolvimento social e a cedência de meios e equipamentos para a utilização partilhada pelos cidadãos. Uma candidatura que a Junta de
Freguesia de Rio Tinto apresentou ao Fundo Ambiental e que conseguiu um financiamento à
taxa máxima no âmbito dos 19 projetos aprovados e financiados a nível nacional. ■
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12 VIVACIDADE | AGOSTO 2021
ENTREVISTA
Fátima Lopes:
“Tudo aquilo que se banaliza perde valor e deixa de ter magia”
Texto e fotos: André Rubim Rangel
Se tivesse que escolher as suas origens, e pudesse fazê-lo, seria na mesma o Barreiro? Porquê? Mantinha, claro que sim. Porque nós nunca devemos renegar a terra onde nascemos e onde aprendemos a ser as pessoas que somos. Portanto, eu sou filha do Barreiro. Foi aquela cidade onde nasci, que vivi 20 anos da minha vida e foi nela que me fiz gente. Nunca escolheria outro sítio, pois somos fruto das nossas origens. Antes da televisão passou pela Imprensa e pelo marketing, em experiências distintas. Sentiu grandes diferenças e melhorias nessa transição? É uma diferença muito grande passar do jornal para a televisão, até porque estamos a falar de meios de comunicação muito diferentes. Na imprensa escrita eu era uma jornalista anónima atrás da minha coluna: ninguém sabia quem eu era. A partir que começo na televisão é um aumento de exposição: toda a gente nos fica a ver, a acompanhar o nosso trabalho, a avaliar e a formar uma opinião. Passa a haver um rosto. A vida leva uma volta de 180 graus. A entrada na televisão é isso mesmo! Pouco tem a ver com a imprensa. São dois estilos distintos que eu gosto bastante. Até porque a escrita, como se nota, nunca ficou esquecida na minha vida (risos). Aliás, essas opiniões e comentários que foi ouvindo do seu trabalho moldaram a sua forma de ser e de estar, ou foi sempre firme às suas convicções?
Eu sou uma pessoa de opiniões formadas. Ou seja, não sou uma “Maria-vai-com-as-outras”. Gosto de pensar com a minha própria cabeças. É óbvio que as críticas construtivas que foram sendo feitas ao longo do meu caminho, quando eram feitas por pessoas que sabiam da “poda”, eram tidas em consideração. Porque é assim que deve de ser. Agora, quando há pessoas que não têm conhecimento na matéria e dizem meia-dúzia de chalaças só porque sim, muitas vezes eu não lhes presto atenção porque não sabem da nossa área nem da nossa arte. Uma coisa é ouvir uma opinião dum Júlio Isidro, que tem muita experiência, de colegas que trabalham há anos em televisão. Como também o José Eduardo Moniz. Pessoas que sabem muito mais do que nós e que devem ser tidas em conta, porque vamos seguramente aprender com elas. Esses dois nomes que referiu são referências para si, entre outras, que a ajudaram no seu percurso? São duas referências. Eu diria que, no meu caminho, a pessoa que foi a minha maior referência foi aquela que me lançou: o Emídio Rangel. Ele era um visionário. Ele via aquilo que ninguém viu. O que sou na televisão devo-lhe a ele. Depois, fui-me cruzando com pessoas muito sábias e experientes, como o Carlos Cruz – não se pode esquecer o nome dele – que nos ensinou muito a todos. Como também já referi, o Júlio Isidro. Ele é um apaixonadíssimo pela televisão: as conversas com ele não têm fim. Ele é um mundo numa pessoa! Todas essas pessoas, daquela geração, ensinaram-nos mesmo muito e acrescentam-nos verdadeiramente. Há muitos nomes na praça que ainda continuam a trabalhar e
que gosto imenso deles. Foi ganhando experiência e currículo em apresentação de programas televisivos, de entretenimento ou não. Qual aquele que lhe foi mais difícil de realizar, que exigiu mais de si, até pela sua maneira de ser? Não consigo apontar um programa que tenha sido o mais difícil de fazer. Apenas procurei aceitar sempre projetos com os quais me identificava. Se calhar há um ou outro que eu fiz e que não tenho nada a ver com eles. Fiz porque tinha de os fazer, enfim, mas não vou dizer quais. Em geral, fiz aqueles programas que se relacionavam comigo. A dificuldade estava em fazê-los bem por respeito às pessoas que participavam neles. Programas de daytime ou de histórias de vida são extremamente difíceis, porque as vidas que temos à frente são reais. E as pessoas têm de ser tratadas com muito respeito. Esse é o grande desafio, que não apenas a grande dificuldade. E tratar com o mesmo cuidado a pessoa que vem contar uma história alegre, bem-disposta e com brincadeira, tal como a pessoa que vem contar uma história dura. Conseguir que ambas se sintam em casa é um desafio enorme. Se um apresentador de daytime não percebe que tem de acolher ali as pessoas como sendo a segunda casa delas, é importante que aprenda! E foram precisamente essas histórias reais de vidas pessoais que deu a conhecer, que a inspiraram para escrever os seus livros. Assim sendo, porque são praticamente ficção? Os meus livros não são todos de ficção. Este mais recente é o oitavo e dos oito livros dois não são de todo ficção: um, é de
pensamentos e, outro, é sobre a minha experiência enquanto peregrina a Fátima. E, ainda, o «Mãe e Filha com história» é um romance histórico. Pondo esses três à parte, os restantes são romances. O romance é uma oportunidade de criarmos vidas. E nós criamos vidas como nós queremos, damos-lhes o rumo que nós entendemos. Os meus livros tiveram sempre o propósito de passar determinadas mensagens. Então tenho de criar histórias onde consiga passá-las. Por exemplo, este livro «Encontrei o amor onde menos esperava» está cheio de mensagens positivas, de mensagens de força, esperança, nascimento e recomeço. Por que é que isso é importante? Porque nós vimos e atravessámos uma pandemia. Eu preciso que as pessoas acreditem e que não mandem a toalha ao chão! Quero sentir que posso fazer alguma coisa – nem que seja zero vírgula zero, zero, zero, zero, um por cento – e que toque a vida de quem me lê, de quem me dá oportunidade de ler, e que essa pessoa sinta uma imensa esperança. Mesmo que tenha 50 ou 60 anos de idade, que possa pensar: eu ainda posso fazer alguma coisa, ainda posso recomeçar e experimentar, ainda tenho vida. É isto que quero que as pessoas sintam. E só é possível seu eu criar histórias de raízes, porque vou colocar lá os ingredientes todos que são necessários para tocar a vida das pessoas. Caso contrário, não consigo. Boa parte deles – senão mesmo todos e cada um à sua maneira – versa sobre o tema do “amor”. Para si, como proceder para que ele não seja, como tantas vezes, tão banalizado? O amor é algo muito sério. Muito difícil de explicar, muito difícil de falar. A ideia de não banalizar é porque tudo aquilo que se banaliza perde valor e deixa de ter magia. Daí que, sendo o amor tão sério não devemos banalizá-lo. Por isso, cada um dos meus livros aborda o amor de maneira diferente, porque ele é muito rico. Acho que não há palavras suficientes para descrever o que é o amor na sua plenitude. Eu diria que cada um dos meus livros tem uma visão distinta do amor, talvez porque eu não consiga contar duma vez só tudo o que é o amor (risos). Mas ao ser sério implica ou complica o humor no amor? Não. As pessoas ao lerem os meus livros vão entender que quando digo que o amor é um assunto sério é no sentido de merecer respeito, não no sentido de ser sisudo, fechado e sem sorrisos. Até porque isso é a antítese do amor. O amor é brilho, é alegria, é felicidade. O contrário é outra coisa qualquer. Além de o ter encontrado onde menos esperava, encontra sempre o amor onde espera encontrar? E de que modos ele se revela mais autêntico, genuíno? Considero que o título deste livro está mesmo bem conseguido porque, em verdade, não encontramos o amor onde menos esperamos. Pois o amor não é só aquele da experiência amorosa, mas pode ser entre pessoas que são amigas e que são familiares. Eu digo muitas vezes às minhas amigas e amigos que os amo profundamente. Mas digo isto verbalmente e por escrito! Eu
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ENTREVISTA despeço-me, muitas vezes, das amizades com um abraço e com um “amo-te tanto”: são formas de amor. Depois, posso cruzar-me com alguém na rua que não conheça, com quem possa falar e estabelecer até uma relação e ficar como uma das pessoas mais importantes da minha vida. Portanto, o amor encontra-se onde não se esperava. Esta imprevisibilidade é que faz a magia, sem que o ser humano tenha de controlar este sentimento que pensa dominar. Esqueça! Ganhe humildade, ele é que nos controla a nós. E isso acontece – de encontrar em todo o lado o amor – porque está recetiva a tal. Facilita o processo, caso contrário… Exato. Acontece porque sou uma pessoa aberta e que me encanto com as pessoas. E isso é bom! Eu gosto de ter a alegria de saber que ao cruzar-me com uma pessoa, ela provavelmente não só me vai fazer melhor pessoa, como também me poderá fazer viver umas das experiências mais intensas da minha vida. Há pessoas que não conhecemos e que com o pouco que digam podem fazer tanto sentido. Essa é a imprevisibilidade da vida a surpreender-nos. Daí não a controlarmos, tal como o amor: deixamos acontecer. É nisto que sou uma eterna criança: quando alguém me apresenta uma pessoa nova eu parto do princípio que há algo para viver com essa pessoa. Essa curiosidade de conhecer algo ou alguém faz-nos viver coisas bonitas e intensas. O pôr um rótulo de imediato diante da pessoa que não se conhece – tipo “parece ser pouca informada” ou “tem ar de ser insegura” – é boicotar por completo a experiência do conhecimento. Temos de ter o espírito do “aí vou eu”, que dá uma leveza incrível à vida! Já encontrei, em séries e filmes, a visão
e expressão de que "o amor não é tudo, que só amor não chega para segurar uma relação". Concorda? O que lhe parece? Concordo, porque além do amor tem de haver respeito, amizade, generosidade e vontade de fazer o outro feliz.
mais depressa nós retomamos e diremos: “Portugal sou eu! Somos todos nós”! E temos de dar as mãos para nos ajudar. Isto vai levar tempo – a reerguer, a reconstruir as vidas, a dar esperança a quem não a tem –, mas só juntos e unidos conseguiremos.
Neste seu livro «Encontrei o amor onde menos esperava», já na 4.ª edição, reforça a sua paixão pelo Alentejo, de que é Embaixadora. Antes já tinha sido investida Embaixadora do «Portugal Sou Eu». Que balanço faz deste projeto do Governo com quase 10 anos? Mantenho-me como Embaixadora e afirmo que precisamos de fazer muito mais pelo projeto «Portugal Sou Eu». Ou seja, é um trabalho que não tem fim. Enquanto existir alguma coisa para fazer, para podermos defender e valorizar – como as boas empresas portuguesas, os produtos de excelência que nós temos, o orgulho do “isto é made in Portugal” – este trabalho não está terminado. Apesar de serem já 10 anos e de se terem feito algumas coisas, é necessário fazer ainda mais! Até porque, e antes da pandemia já estava consciente em toda a gente, Portugal estava a viver uma fase em que o país em si sentia finalmente o orgulho de ser Português. Mesmo que sejamos pequeninos, podemos ser diferenciadores em muita coisa. Não digo que somos melhores do que os outros povos, mas somos diferentes em muitas coisas. E algumas delas somos realmente muito bons! É preciso não perder esta consciência, mesmo com a desorientação que a pandemia nos deixou, no mundo inteiro. Temos de acreditar que vamos recuperar. Quanto mais rápido recolocarmos e nos recentrarmos naquilo que nós temos, nas nossas mais-valias, nas nossas competências e nas nossas particularidades,
E nesse percorrer e no conhecimento reforçado que vai ganhando dos nossos municípios, como descreve o de Gondomar? O que destaca nele? Gondomar é uma terra de gente guerreira e muito aguerrida, de empresários com muita força. Tem um tecido empresarial forte. As pessoas têm, efetivamente, um grande dinamismo. E é sempre importante lembrar isto, porque nos momentos de fragilidade é bom ir resgatar a História, quando ela é de força e de fazer acontecer. E Gondomar faz acontecer muita coisa! Ao invés do que muita gente possa pensar, não é apenas a criação e produção de filigrana… Ora essa, não é só isso! Não sejam limitados: vão lá, vão ver, ponham os pés no terreno. A filigrana é espetacular! Eu tenho algumas peças, olho para elas e penso: “que mãos abençoadas!”. Mas Gondomar é mais do que filigrana. É preciso olhar a terra, para as gentes, para as pessoas, e se não conseguirmos ver logo as mais-valias ali presentes deixo um desafio: vão à História! Ela permite-nos, muitas vezes, perceber, quem são estas gentes, do que elas são capazes. Fica o convite: vá a Gondomar, conheça melhor esta terra. Vale a pena! E não é só por causa da filigrana (risos). Se a sua vida não fosse comunicar, e da forma tão humana e emotiva com que o faz, de que outro modo seria? É uma boa pergunta. Nunca ma fizeram nem nunca pensei nisso. Não sei a resposta (risos). De facto, não me vejo a fazer outra coisa que não seja a comunicar. Eu sou muito polivalente, é verdade, porém quando há alguma coisa que nunca fiz eu faço muitas perguntas para tentar aprender. Não quer dizer que eu consiga aprender ou que consiga fazer bem. Mas pelo menos tento e esforço-me. Pode até não estar ao alcance da minha inteligência ou da minha capacidade e isso não tem mal nenhum. Tenho a humildade para o reconhecer. As pessoas não sabem todas de tudo. Se me perguntar se me vejo comunicar que não na televisão, aí já respondo que sim. Há várias formas de comunicar e assim o tenho feito desde janeiro 2021. Tem o desejo de voltar à TV de forma mais regular? Em que moldes e tipo de projeto gostaria de abraçar? Sim, ainda tenho muita coisa que gostaria de fazer na televisão. Não tenho fechado o regresso à mesma, só não sei quando. Nenhuma porta está fechada na minha vida. Sabemos que é uma mulher de fé, como, aliás, está bem patente no seu anterior livro. Sem fé a sua vida seria (muito) diferente? Sem dúvida! Porque a fé é o salto no escuro, a certeza de que nunca vamos cair. É uma coragem que renasce, é uma força que surge nos momentos mais difíceis, é a
alegria imensa de viver. Tudo isto é fé. Foi e é essa fé que a fez descobrir que “a vida tem um plano para ti”, tal como escreve em «Encontrei o amor onde menos esperava»? Sim, eu acredito que Deus quando nos faz passar por aqui tem uma missão para cada pessoa. Depois, ficamos com o livre-arbítrio de fazer as nossas escolhas. E quando elas não são as melhores para nós, Deus manda-nos sinais. Uma coisa é não estarmos atentos, mas Ele vai enviando sinais que nos fazem perceber que “não é por aí”. A vida de todos é importante – a minha vida não é mais importante que a sua – e somos todos necessários! Se todos acreditássemos nisto, valorizávamo-nos mais e respeitávamo-nos mais uns aos outros. Não há pessoas de primeira categoria e pessoas de segunda categoria. Há pessoas, “ponto final”. E há muitas delas que andam desorientadas e perdidas. Acha que será por não saberem desse plano, ou por não amarem a vida ou, ainda, por não quererem abrir o seu coração a esse plano? É por razões várias. Muitas vezes tem a ver com uma história de vida muito sofrida, em que essas pessoas não tiveram ajuda de ninguém nem quem as escutasse. Quando assim é, torna-se mais difícil. Depois, há pessoas que são negativas por natureza: veem sempre o copo meio vazio, veem sempre e apenas aquilo que não correu bem, estão sempre a criticar e isso em nada ajuda. Por outro lado, gasta-se demasiado tempo a criticar. Cada vez que critico e aponto o dedo ao outro, estou a ajudá-lo a cair. Não a ajudá-lo a levantar. É bom que se tenha esta noção. Deixemo-nos da crítica gratuita do “bota abaixo”. Será um defeito do sofrimento a pessoa fechar-se em si mesma? Pois tantas vezes não conseguimos ver e perceber que ela está a sofrer… Por isso é que temos de estar atentos ao outro. E, por vezes, o outro dá-nos sinais que são muito ténues. Mas eu só vejo o sinal do outro se olhar para ele! Se as pessoas não olham umas para as outras, hoje em dia, como é que eu posso ver que esta ou aquela precisa de ajuda?! Temos de olhar com “olhos nos olhos”. Eu só vou poder perguntar a alguém: “estás com olhos tristes. Estiveste a chorar? Passa-se alguma coisa? Em que te posso ajudar?”, se me fixar nos seus olhos. Temos de parar e nos deter no outro. E isto não é perda de tempo, é respeito, é concentração, é gostar das pessoas. Entre outras frases e desafios marcantes, nele refere: “olhar para a nossa realidade sem máscaras”. Como será isso possível, quando há cada vez mais falsidade, egoísmo e inveja? Eu não escolho o meu caminho por aquilo que os outros fazem ou escolhem. Eu prefiro a verdade e, por isso, dispenso as máscaras a viver a vida. Que mensagem motivacional e final pode deixar a quem mais precisa e aos que nos vão ver, ouvir e ler? A mensagem que quero deixar é: a vida vale sempre a pena! ■
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SOCIEDADE
Instituições do Porto e de Gondomar solidárias com a APPC “Run Porto” e Rotaract Clube de Gondomar, em iniciativas distintas, escolheram a Associação do Porto de Paralisia Cerebral e a unidade residencial “Villa Urbana” de Valbom para a entrega de donativos resultado de iniciativas solidárias. Recentemente o Rotaract Clube de Gondomar dinamizou uma campanha de angariação de fundos para posterior entrega a uma instituição local – e, finalizada a ação, a instituição escolhida foi a Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC). Na sequência de tal iniciativa, no dia 23 de julho um grupo de representantes do Rotaract Clube de Gondomar fez uma visita à unidade residencial “Villa Urbana” de Valbom, ocasião durante a qual procederam à entrega do donativo monetário e ainda de material de apoio (destinado ao Banco de Equipamentos de Apoio da APPC).
Pedro Sousa, presidente do Rotaract Clube de Gondomar, foi recebido por Fábio Guedes, vice-presidente da Associação do Porto de Paralisia Cerebral. “Sabemos que será um singelo contributo para a aquisição de algum tipo de material de apoio necessário aos vossos clientes, mas foi algo feito com boa vontade e que gerou dinâmicas muito interessantes no nosso movimento”, referiu Pedro Sousa. Acompanhado por Mariana Costa, Lúcia Pereira e Camila Cerqueira, o presidente do Rotaract Clube de Gondomar mostrou-se “surpreendido com a dimensão, quantidade, diversidade e qualidade de serviços, bem como a dinâmica interna” que ficou a conhecer na “Villa Urbana” de Valbom. Entretanto, nos dias 10 e 11 de julho, realizou-se de forma integralmente digital e “à distância” mais uma edição da “Maratona Solidária”, tradicional iniciativa da “Run Porto” e que, este ano, escolheu a Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC) como destinatária da verba angariada com as inscrições. No total foram mais de quatro centenas de atletas a marcar presença – participando na prova correndo, caminhando, usando bicicleta (fixa), praticando ginástica ou karaté. A registar participantes de oito nacionalida-
des: Portugal, Espanha, Holanda, Bulgária, Alemanha, França, República Checa e Bangladesh. Alguns dias depois da prova, a 27 de julho, Jorge Teixeira, Diretor Geral da “Run Porto”, deslocou-se à Associação do Porto de Paralisia Cerebral para proceder à entrega do cheque referente ao donativo conseguido com as verbas das inscrições. Na ocasião Jorge Teixeira foi recebido por Abílio Cunha, Presidente da Direção da APPC, a quem foi entregue o donativo – que totalizou 2.085 euros. Sendo que esta é uma parceria que já se verificou no passado, Jorge Teixeira salientou (aquando da entrega do donativo) que a próxima Maratona presencial voltará a ter como beneficiária a Associação do
Porto de Paralisia Cerebral. “Trata-se de um projeto que conheço há muitos anos, que aprendi a respeitar e ao qual associo uma excelente capacidade de trabalho e de intervenção social”, disse o responsável da “Run Porto” referindo-se à APPC e destacando a importância de, sempre que possível, “ajudar uma instituição especialista na prestação de serviços de excelência pela diversidade humana”. Abílio Cunha, da Associação do Porto de Paralisia Cerebral, salientou como “crucial aliar o desporto à componente de solidariedade”, destacando o facto de este evento funcionar como “um incentivo às pessoas para contribuírem para uma causa solidária, divulgando a instituição e o trabalho que nela é desenvolvido”. ■
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Madalena de Lima, Advogada de Direito Criminal, Civil, Família e Menores, Administrativo, Comercial, Urbanismo e Internacional. Inscrita na Ordem dos Advogados desde 1983, com escritório em Rio Tinto.
Registo Comercial Registo Predial Registo Automóvel Reconhecimentos Autenticações Procurações Certificações Traduções Contratos
Escrituras Doações Testamentos Partilhas Sociedades Empresas na Hora Registo de Insolvências Recuperação de Créditos
Email: madalenadelima.advogados@gmail.com
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ÉTICA
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LEALDADE
ESCRITÓRIOS 1: Travessa da Ferraria, 9 – Venda Nova – 4435-468 Rio Tinto 2: Rua Dr. Pedro Dias, 45 – Paranhos – 4200-441 Porto 3: Largo do Campo Lindo, 13 – Paranhos – 4200-142 Porto
222 434 035 220 932 196 220 171 364
Rua Dr. José Luis Araújo, 45 4435-154 Rio Tinto Tel. 224896533 Fax 224809935 Tlm. 917346924 geral@antoniomiranda.pt
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SOCIEDADE
Reduzir pegada ambiental e melhorar a gestão do orçamento familiar ÁGUAS DE GONDOMAR PROMOVE ADESÃOÀ FATURA ELETRÓNICA E DÉBITO DIRETO Com o objetivo de reduzir de forma significativa o consumo de papel e minimizar a pegada ambiental no concelho, a Águas de Gondomar (AdG) está a promover a adesão à fatura eletrónica para os serviços de água e saneamento. Com esta iniciativa, para além de ajudar a poupar o ambiente, os clientes passam a receber comodamente as faturas no email indicado, podendo aceder às mesmas de uma forma imediata e muito mais prática, a qualquer hora e em qualquer lugar, sem recurso a papel. A adesão à fatura eletrónica é simples, segura e totalmente gratuita, podendo ser efetuada no site www.aguasdegondomar. pt, através de registo na “loja online”, onde é possível escolher a modalidade de fatura eletrónica, seguindo as respetivas instruções. A partir desse momento, a fatura é enviada para a conta de email, de um modo mais
rápido, evitando eventuais atrasos ou extravios de correspondência, mais cómodo e, principalmente, contribuindo para a sustentabilidade ambiental. As faturas eletrónicas apresentam a mesma validade fiscal e legal que a fatura tradicional em papel e são totalmente seguras e confidenciais. Em simultâneo, a AdG disponibiliza a possibilidade de pagamento das faturas através da modalidade de pagamento por
débito direto/SEPA. Esta ativação não tem custos e permite um total controlo sobre os pagamentos, evitando esquecimentos e deslocações desnecessárias, podendo até indicar um montante limite para esse débito. O débito direto é um serviço que apresenta vantagens na organização e controlo do orçamento familiar e na gestão do tempo despendido para este tipo de responsa-
bilidades, uma vez que depois de aderir, o utilizador já não precisa de efetuar o pagamento manual de todas as suas contas. Com o pagamento programado evitam-se também atrasos no pagamento e consequentes juros de mora, ao mesmo tempo que facilita o controlo das despesas mensais. Esta modalidade permite ainda limitar os valores a cobrar, salvaguardando situações de possíveis erros de cobrança. ■
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SOCIEDADE
UCAPG entrega prémios à Comunidade Educativa A UCAPG realizou, no Jardim da Capela do Monte Crasto, em Gondomar (S. Cosme), a entrega de prémios, do "Desenvolve" e "Memórias D' Ouro da Minha Infância", à comunidade educativa. A iniciativa “Desenvolve” contou com os jurados, Paulo Ferreira, realizador gondomarense, a Vereadora da Educação, Aurora Vieira e a votação online. Quanto ao projeto “Memórias D’Ouro da Minha Infância”, o jurado foi a UCAPG. Começando pela Iniciativa “Memórias D’Ouro da Minha Infância”, foram quatro os premiados. Do Agrupamento de São Pedro da Cova -EB Belo Horizonte- o vencedor foi o Martinho. Do Agrupamento N1 de Gondomar -EB de Jancido- a vencedora foi a Joana. Do Agrupamento das Escolas Júlio Dinis, pela EB de Ramalde, a vencedora foi a Catarina. Por fim, a vencedora do Agrupamento de Pedrouços, pela EB da Boucinha, a premiada foi a Leonor. Este projeto é direcionado para as crianças e jovens, e conta com o envolvimento dos
pais, encarregados de educação, assim como professores, familiares e a comunidade. O objetivo passa por impulsionar a participação dos menores em projetos do concelho de Gondomar e proporcionar momentos de descoberta e partilha intergeracional, sensibilizar as crianças e os jovens para a utilização das novas tecnologias de uma forma consciente e educativa, difundir a história, cultura e tradições de Gondomar. Promover a economia, gastronomia, cultura e o território do município, estabelecer redes dinâmicas com Associações de Pais e todos os seus associados. Desta forma, a UCAPG lançou três desafios às crianças e jovens: Trilhos e caminhos da minha Terra para o pré-escolar e primeiro ciclo; Histórias de ouro de outros tempos, para o segundo e o terceiro ciclo: e Arte e ofícios de antigamente, para o Secundário. Sendo que, só o desafio trilhos e caminhos da minha terra contou com participações. Desta iniciativa, para além dos premiados terem recebido uns binóculos, todos os participantes ganharam com a iniciativa um passeio nos trilhos d’ouro que, segundo os responsáveis, quando a situação pandémica acalmar, as Associações de Pais serão comunicadas para que os alunos possam usufruir do prémio. Para além do projeto já mencionado, foi realizado, no mesmo dia, a entrega de prémios da iniciativa “Desenvolve”, que pretende promover a participação ativa da comunidade educativa, das Associações de Pais. Tendo em conta a educação dos mais novos e com o intuito de valorizar esse trabalho desenvolvido, a UCAPG desenvolveu este desafio, que foi aceite por quatro Associações de
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Pais, são elas: A Associação de Pais da Escola de Ramalde; A Associação de Pais da Escola secundaria de Gondomar; A Associação de Pais da Escola da Boucinha: e a Associação de Pais da Escola de Santa Bárbara, do Agrupamento de Fânzeres. O vencedor da iniciativa foi a Associação de Pais da Escola da Boucinha, com o projeto “Horta que nos une mais”. Segunda a coordenadora do projeto, a finalidade da Horta é unir “Todos os parceiros da escola, falo da Associação de Pais, Professores, alunos e funcionários. Ela nasceu da necessidade que nós sentimos e que vemos que as crianças também sentem de se tornarem participantes em projetos que os envolve. O vencedor da iniciativa recebe 1000 euros para ajudar o projeto no qual se candidatou e os restantes receberam 200 euros, com o intuito de investi-lo com o mesmo propósito. Estes quatro projetos foram lançados através da página de Facebook da UCAPG e foram colocados a votação. A iniciativa contou com 1500 votos de populares. O responsável da UCAPG, Luís Lobo, explicou que o grupo tem delineado um plano
de atividades anual para trabalhar com as Associações de Pais, quanto ao futuro o responsável revela o seguinte: “Queremos alargar também às Associações de Estudantes, para que elas também consigam, através de um apoio monetário da nossa parte, desenvolver aqueles projetos que tanto anseiam desenvolver e que, muitas vezes, por falta de verbas não o conseguem. Vamos desenvolver os projetos, oferecer prémios monetários, para que isso possa acontecer”. Para Luís Lobo, este evento foi um sucesso, “Como é obvio, não podemos ter a moldura humana que pretendíamos devido às contingências provocadas pela pandemia. Queremos continuar com este projeto nos próximos anos. Esperamos agora com a divulgação daquilo que aconteceu aqui, outras Associações de Pais vejam e que, no próximo ano letivo, também participem, para que eles próprios consigam desenvolver os projetos que planeiam, que ambicionam”. Os mesmos terminaram o evento referindo o seguinte: “Estejam atentos à UCAPG porque esta equipa ainda tem muito para dar”. ■ PUB
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Filipa Alexandra Maia Magalhães – Notária – Gondomar Cartório: Rua José Saramago, nº43, 4420-171 Gondomar (São Cosme) Certifica Para fins de publicação, que em 03 de Agosto de 2021, no Cartório Notarial de Gondomar a cargo da Notária Filipa Alexandra Maia Magalhães, foi lavrada a partir de folhas 80 do Livro de Notas nº6 a Escritura de Retificação de Justificação, em que Artur Martins da Cruz Ramos (NIF 154 194 557) e mulher, Maria Beatriz de Jesus Rodrigues (NIF 127 720 790), casados sob regime da comunhão de adquiridos, naturais ele da freguesia de Jovim, ela da freguesia de Gondomar (São Cosme), ambas do concelho de Gondomar, residentes na Rua da Escoura, Caixa Postal 201, Jovim, atual união das freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim, concelho de Gondomar, declararam que retificam a Justificação outorgada em 29 de Março de 2010 no Cartório Notarial de Gondomar a cargo do Notário José Idalécio Fernandes, cujo acervo documental se encontra à guarda deste cartório, lavrada a partir de folhas 87 do respetivo livro de Notas número 47-A, no sentido de ficar a constar que o prédio urbano, objeto dessa Justificação, era e sempre foi constituído por um edifício de um pavimento, para habitação, duas albergarias para lavoura e um alpendre com logradouro junto, e tem a área coberta de 119,16 m2 (cento e dezanove virgula dezasseis metros quadrados) e a área descoberta de 457,84 m2 (quatrocentos e cinquenta e sete virgula oitenta e quatro metros quadrados), totalizando assim 577 m2 (quinhentos e setenta e sete metros quadrados).___________________________________ Está conforme o original e na parte omitida, nada Há em contrário que amplie, modifique, restrinja ou condicione a parte transcrita.____________________ Gondomar, três de Agosto de dois mil e vinte e um. ____________________
gondosucatas@gmail.com Trav. Dr. Oliveira Lobo, n° 62 4510-553 Fânzeres GDM Tel./Fax: 224 804 027 Tlm.: 917 049 276
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AUTÁRQUICAS 2021
Junta de Freguesia de Baguim do Monte Chegou a vez de analisarmos a lista de candidatos à Junta de Freguesia de Baguim do Monte. Atendendo a ordem do Boletim de Votos, passaremos a apresentá-los. Começando pela direita, a coligação PSD\CDS, escolheu Rui Faria para ir a jogo. Quanto à coligação CDU, o nome que veste a camisola do partido é Bruno Ferreira. Voltando novamente à direita, temos a estreia do CHEGA com o candidato, Nuno Oliveira. Já os Socialistas decidiram, novamente, apostar as fichas no atual Presidente, Francisco Laranjeira. Ainda na esquerda, mencionamos o último partido que surge no Boletim de Votos, o Bloco de Esquerda que, por sua vez chamou a jogo, Marina Romana.
> Rui Faria, candidato pelo PSD\CDS Foi candidato em 2017 à Junta dos Baguinenses, perdeu as eleições, mais isso não foi impedimento para a recandidatura de Rui Faria: “O que me moveu para esta recandidatura foram as pessoas. No início deste ano, muitas pessoas questionavam-me se seria novamente recandidato. As pessoas sabem que, apesar da minha primeira derrota, sempre estive presente em tudo, sempre dei a cara por elas, seja nas Assembleias, nas coletividades nos eventos, basicamente em tudo o que acontecia na Freguesia. A partir dai as pessoas sempre contaram comigo para ser recandidato este ano. E sem dúvida que sou um candidato mais bem preparado do que há quatro anos atrás. Costumo dizer
> Bruno Ferreira, candidato da CDU A vestir a camisola pela coligação da CDU temos Bruno Ferreira. Para os Baguinenses que se irão dirigir às urnas em setembro, este nome não é desconhecido, visto que, é a segunda vez que Bruno se candidata a esta disputa. Tem 44 anos e é de Baguim do Monte. Politicamente é militante do PCP e integra a Assembleia de Freguesias. Profissionalmente, trabalha numa empresa de transportes. Para além disso, é membro de uma Comissão de Trabalhadores da CP. Para Bruno, a Terra que o viu crescer foi muito penalizada e, “Se calhar ainda continua a ser”, por ter estado associada a Rio Tinto. Na perspetiva do mesmo, apesar da separação já ter ocorrido há muito tempo, considera que Baguim continua ainda “Um pouco na cauda” da freguesia vizinha, isto
que, ser cabeça de lista de uma Assembleia de Freguesia é o melhor curso de formação que uma pessoa pode ter em recursos humanos. Porque é ter uma panóplia de processos que passa desde as pessoas, à parte económica, à parte de estudos, à parte social, basicamente tudo!”. “Quando nós somos candidatos e não estamos inseridos no meio politico, obviamente que não temos bases para sustentar os nossos projetos, são possíveis, mas muitas vezes falta-nos a base legal e até política, para os defender. Hoje, os projetos que defendo para a Freguesia são sustentáveis e perfeitamente enquadrados no orçamento de uma Junta”, complementa o candidato. Foi com este olhar atento nos últimos anos que passaram que Rui reflete o seguinte: “Houve coisas que melhoraram, nomeadamente, a parte da organização dos equipamentos e do pessoal. Outro ponto que melhorou foi a parte da contabilidade, porque ficou mais transparente, também fruto da nossa exigência com as explicações, agora o trabalho é realizado por contabilistas certificados, o que nos dá mais segurança. Agora, há outras situações que foram abandonadas e cortadas, onde as pessoas é que ficaram para segundo plano na Freguesia. Dou dois exemplos: O corte daqueles passeios que havia para os idosos. Foi demasiado radical. Foi apenas realizado um, e não vamos dizer que foi por causa do Covid, porque a pandemia foi basicamente um ano. Outro ponto é as crianças e os projetos das escolas. Não se tem visto nada com dignidade, nem um cortejo, nada de apoios. As próprias Associações de Pais tem sempre criticas
porque para o candidato, a importância dada a Rio Tinto é diferente da de a Baguim, e “Baguim continua a pagar este preço” a nível politico, “Há opções políticas que foram tomadas que faria de outra forma”. É nessa ordem de ideias que critica o facto de haver um afastamento dos órgãos autárquicos, com as pessoas. “A freguesia praticamente não tem ação social. Há um afastamento entre os órgãos autárquicos e as pessoas. Na nossa opinião isto está mal. Um bom ponto de partida era, a Câmara e a Junta criarem um infantário, de maneira a aproximar as pessoas e de colmatar uma grande falha da freguesia a nível da educação pública”. Para além do referido, aponta um tema que, para si, é crucial, o ambiente: “Como foi anunciado na minha apresentação da candidatura, estou muito ligado à causa animal. E, em Gondomar, esse assunto praticamente, não consta na agenda das entidades autárquicas. Considero que, há uma negligência muito grande com os animais que estão abandonados. Tudo é encarado ainda de uma forma muito retrógrada e nesse sentido, ainda não somos um concelho e uma freguesia que encara este problema como um assunto sério. Em Gondomar, temos um Centro de Recolha de Animais que está incluido num Centro de Tratamento de Lixo. Logo, neste ponto, começamos muito mal. De uma forma geral quem tem a responsabilidade neste assunto é a Câmara, mas a Autarquia não o faz e as Freguesias não a pressionam, nem sequer colaboram para que esta mentalidade mude. É lógico que isto não muda assim tão rápido, mas é um processo gradual, no entanto continuamos com proble-
a fazer porque os projetos que eles apresentam não são sustentáveis, sei até que os pedidos dos pais não foram executados. Investiu-se muito em obras, na política do alcatrão, do cimento e dos jardins”. Sobre as obras do atual executivo, cita: “O largo de São Brás era uma obra deste executivo. Foi a sufrágio, as pessoas votaram, ganhou a maioria, por isso teve todo o direito de ser construído, se podia ser melhor? Claro que sim! Mas isso é como todas as obras. Na minha opinião devia ter sido executados alguns trabalhos para melhorar a proximidade das pessoas. Isso é o que eu defendo e caso ganhe, irei concretizar. Quanto à Rua Dom Castro Meireles, esperemos que a façam toda e não às parcelas. Em janeiro de 2019, defendi numa reunião com o executivo da Câmara a colocação de passeios dos dois lados, visto que é uma via com muita circulação pedonal. Na altura, disseram-me que não era importante. No entanto, nesta segunda fase da obra estão a colocar os passeios. Isso quer dizer que tinha razão. Ficou uma vez mais demonstrado que eles não escutam as pessoas”. É nessa linha de proximidade que Rui Faria faz uma critica direta ao executivo da Junta, “Essa arrogância que às vezes o Presidente da Junta tinha, porque era o seu projeto, era a sua ideia, prejudicou a ligação com o povo. As pessoas reclamavam e deste lado ouvia-se, 'O Presidente é que sabe' ou 'O Presidente quer que se faça desta maneira’, isto não pode acontecer. Nós fomos eleitos pelos povo, por isso temos que estar ao seu serviço”. Caso ganhe as eleições o candidato anunciou
mas graves, que a maioria das pessoas não dão importância. Temos de uma vez por todas, ter mão nisto. Este assunto elenca um pouco no primeiro referido que é a ação social, acho que também passa pela educação, com ações de formação de sensibilização direcionadas para as pessoas, porque para mudar temos que começar por aqui, dado que as proibições e obrigações, não têm o efeito desejado”. Um terceiro tópico que para o candidato é importante de ser abordado é os transportes. Na sua opinião a freguesia está “Mal servida” neste setor. “Temos uma estação de metro na nossa Freguesia, mas não temos ligações a essa estação de metro que fica localizada no local mais distante do centro da freguesia. Considero que era muito útil criar essa ligação. Para além deste ponto, as próprias carreiras de autocarros que temos, têm algumas lacunas. As carreiras são pouco frequentes e não há circulação à noite. Ainda sobre o metro, acrescento que, o metro é muito útil para quem viaja para o Porto ou Matosinhos, mas para Gondomar, por exemplo, arranca de Baguim, chega a Fânzeres e não sai dali. Mas, esse é um problema que já tem muito tempo e que, aparentemente, parece que não há vontade política para o resolver. “Estas são as minhas principais bandeiras, mas ainda há muitas outras questões que necessitam de atenção. Dou só o exemplo, da nossa freguesia, o único que se promove é as obras. No entanto, continua a haver falta de equipamentos geriátricos, juvenis ou infantis, para que a nossa população possa usufruir. Temos um polidesportivo que está sempre fechado, quem quer usufruir tem que contactar a Jun-
que a primeira ação que irá realizar diz respeito à Mobilidade: “Quero estudar todo o processo da mobilidade de Baguim. Pretendo realizar um levantamento exaustivo do estado de todas as ruas da Freguesia. Para isso, quero falar com as pessoas das localidades. E, uma coisa é certa e o Presidente Francisco Laranjeira nisso, tem razão, não conseguimos chegar a tudo. Mas pode-se fazer um levantamento geral de todas as ruas, criar corredores de circulação, de forma a criar boas acessibilidades de entrada e saídas de Baguim. Este movimento que quero fazer é com a participação das pessoas”. É nessa linha de criar pontes com os Baguinenses que, Rui fala sobre a segunda medida que pretende implementar caso seja o vencedor. Para o candidato é essencial criar proximidade com os mais carentes e as pessoas da terceira idade. Quanto à terceira medida apelida por “Movimentar Baguim”, isto é, criar atividades culturais e festivas, com o intuito de levar “Animação para às ruas com o intuito de erguer Baguim, porque o povo Baguinense é muito festivo”. Em caso de derrota o candidato garante que assumirá, novamente, o seu papel na Assembleia, enquanto oposição: “As pessoas que votarem em mim, merecem a minha consideração e merece mque eu fiscalize a Junta. Obviamente que, pode existir alguma situação que mude a minha decisão, mas se nada acontecer, irei assumir o meu papel”. Rui Faria sublinha ainda que, um bom resultado é obviamente ganhar.
ta para que a sua abertura seja validada”, Bruno acrescenta ainda que “Ser membro da oposição em Baguim não é fácil, como é lógico eu tenho outros camaradas de partidos e não só, que fazem parte de outras Assembleias de Freguesia e aqui em Baguim, temos um problema com o funcionamento democrático. Aqui a oposição não é tratada, como oposição. Aqui o que nós dizemos contra, já somos colocados de parte. Também porque a partir do momento em que temos aqui uma maioria absoluta e nenhum outro partido tem eleitos suficientes, para haver qualquer tipo de contestação ou discussão, automaticamente, qualquer tipo de propostas que apresentamos em Baguim são chumbadas. De uma forma geral, é o que acontece há quatro anos e é o que vai continuar a acontecer se isto não mudar, o que é mau. Porque há coisas que de certeza seriam benéficas para a Freguesia que são negadas por sermos da oposição”. “Considero um bom resultado chegar aos dois eleitos. Nós temos consciência de que não é fácil e na conjuntura em vivemos com novos partidos e movimentos, ainda é mais difícil. Mas para nós um bom resultado para estas eleições seria, efetivamente, um reforço da presença da CDU na Assembleia de Freguesias. Caso consigamos esse resultado, tenho todo o gosto de continuar a fazer parte da Assembleia, porque encaro estes quatro anos que passaram com muita honra. E, sem dúvida nenhuma que, encaro com muita força de vontade para continuar a dar o meu contributo desta forma”, conclui o candidato.
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> Nuno Oliveira - CHEGA A estrear a corrida à Junta de Baguim do Monte, temos Nuno Oliveira como representante da lista do CHEGA. O candidato começa por dizer que, antes de se tornar militante desta força política, não se conseguia identificar com nenhum partido e considerava que “A política era tudo mais do mesmo”. Com o surgimento desta direita, a mentalidade de Nuno mudou, tornou-se militante e, agora, é representante do partido na disputa à Junta dos Baguinenses. Nasceu e cresceu em Baguim até aos seus 27 anos. Profissionalmente, a sua experiência com a política é nula, mas garante que “É uma pessoa que gosta de estudar” e de estar por dentro dos problemas: “Eu vejo que este país está um caos e o CHEGA deu-me vontade de fazer algumas coisa por isto”. O seu principal objetivo com a sua candidatura é “Ajudar o partido do Chega, a Junta de Freguesia de Baguim do
> Francisco Laranjeira, candidato pelo PS Pelo Partido Socialista, temos novamente como recandidato, Francisco Laranjeira, atual Presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte. A recandidatura do candidato socialista surge com a intenção de continuar o trabalho que tem vindo a realizar dentro da Freguesia: “Pretendo dar continuidade às obras que iniciei há quatro anos”. Sobre o seu plano eleitoral de 2017, refere que há alguns compromissos que não conseguiu concretizar: “Há um caso ou outro que não conseguimos realizar como é o caso do Parque de lazer da Quinta
Monte e todos os baguinenses. Irei citar uma frase que já é muita antiga, que é: Se queremos mover algo, a primeira coisa que temos que nos mover somos nós próprios. E, a partir do momento em que os meus ideais vão de encontro com os do Chega, acreditei que podia fazer a diferença na política dai ter-me ligado ao partido e ter aceitado esta proposta. Acredito que, poderemos mudar as coisas”. Quanto ao seu programa eleitoral, ainda não está definido, “Porque ainda tem que ser avaliado, dado que, ainda há arestas a limar”. No entanto, revela que “Uma das carências muito grandes da freguesia e que, só não é visível a quem não vive em Baguim do Monte, é que se investe muito no centro de Baguim”. Na perspetiva do candidato, o centro é valorizado, enquanto que o resto não: “Quem passa por Baguim do Monte e passa no Lago de São Brás, é tudo muito bonito, porque está tudo alcatroado. O cemitério e a Igreja também foram umas boas obras, mas, Baguim não se resume àquilo. Eu posso dar um exemplo, nasci na localidade de Vale Ferreiros, que abrange a zona de Xistos e apesar de ter saído de lá com 27 anos e, hoje ter 43 anos, vou sempre visitar os meus pais e posso dizer que, em 16 anos, não fizeram nada. No meu entender e é isto que me desagrada muito, não existem baguinenses de primeira, nem de segunda, ou seja, não existem baguinenses de primeira que vivem no centro de Baguim e onde é tudo muito bonito, e baguinenses de segunda que vivem nos arredores do centro e não têm
a mesma atenção. É lógico que é impossível agradar a toda a gente, mas temos que fazer um esforço, temos que ouvir as pessoas. Outro ponto mencionado pelo candidato diz respeito ao setor cultural. Na perspetiva do mesmo, com a criação de eventos culturais, a Freguesia só tinha a beneficiar, porque “Iria atrair mais pessoas de outras cidades. Há falta de investimento na parte da cultura e se calhar, quando investem, trazem pessoas de fora da freguesia, em vez de trazerem os nossos. Temos que apostar nos nossos. O Candidato menciona ainda que a área social deveria ter um olhar redobrado: “Eu sou muito ligado aos animais, mas também sou ligado a qualquer pessoa que passe dificuldades. Em Baguim, há muitas pessoas a sofrer em silêncio e nisto não aponto a culpa à Junta, como é óbvio, mas sim ao estado do país em si. Esta realidade está a acontecer em todo o país, mas nós não conseguimos cuidar de todo o país, por isso, nós temos de cuidar daqueles que estão dentro da nossa freguesia. No que concerne aos boatos de uma possível coligação com o PSD\CDS, clarifica que: “Os ideais do CHEGA não estão à venda, muito menos os meus, por isso, nunca na vida irei fazer coligação com ninguém, seja o partido que for. O CHEGA entra sozinho e vai sair disto sozinho. Porque nós não nos identificamos com os ideias dos outros partidos, portanto é impossível haver uma coligação. Não sou politico e não me identifico como
tal, mas começo a perceber essas jogadas. Portanto, não quero acreditar nisso. É o Nuno que vai representar o CHEGA e nunca existirá uma coligação com ninguém”. Quanto ao dia do juízo final, refere o seguinte: “Sinto-me sempre confiante, quer seja para ganhar, quer seja para perder. Vou fazer uma outra analogia, pratico artes marciais desde os meus seis anos de idade, tenho muito em mim a cultura japonesa e quando era a altura dos combates, tinha adversários muito maiores que eu. No entanto, o meu sensei (mestre) costumava dizer-me, ‘a tua maior vitória não vai ser derrubar aquele oponente, a partir do momento em que tenhas a coragem de subir para o enfrentar já és vitorioso, porque ele é muito maior, mas tu és mais forte, utilizando a frase como analogia para o CHEGA, o nosso partido é muito recente e é muito ostracizado pela comunicação social, as pessoas ainda não conseguiram perceber que o CHEGA, não é extremista, nem racista, nem xenófobo, nem homofóbico, não é nada disso, isto para dizer o quê? O simples facto de estar a dar a cara pelo CHEGA -tanto eu como os meus colegas- que é um partido recente que não tem a mesma força que os outros, já é uma vitória. Mas, penso que sim, iremos conseguir um bom resultado e acredito que vamos conseguir eleger alguém para a Assembleia da Junta de Freguesia. Se assim for, a não que exista algo que impossibilite, assumo o cargo”.
da Missilva, isto porque, quando entrei para a Junta disseram-me que, aquele terreno era da Câmara, verifiquei depois que não era verdade. O projeto já estava feito, mas só viemos a descobrir mais tarde esta situação. Atualmente, estamos em negociações para tentar comprar o terreno. Temos também a zona industrial que não conseguimos fazer. Mas em contra partida, fizemos outras obras tais como, a via nordeste, que não estava no meu programa, mas que agora, a primeira fase da empreitada já está concluída e a segunda fase, já se encontra em construção. Temos também o caso do cemitério em que acabamos por realizar obras mais profundas, nas casas de banho e na capela mortuária (totalmente remodelada), no saneamento e nos balneários dentro do cemitério direcionados para os funcionários. Também intervencionamos várias ruas da freguesia, em Baguim realizamos 14 artérias”, é nessa linha que aborda as obras da Rua Dom Castro Meireles. Sobre o assunto refere que, a mesma recebeu todo o tratamento possível e adequado: “Desde as lombas que nós pedimos aos passeios que, ain-
da vamos concluir, porque estamos em negociações com os proprietários. Esta empreitada foi realizada para ter a maior durabilidade possível, os locais que têm maior desgaste tivemos o cuidado de colocar um reforço de 12 cm nas camadas de alcatrão, principalmente na zona de entrada para Zonas Industrias”. Caso ganhe as eleições as medidas que tem como meta para o próximo mandato são: “Queremos um Parque Urbano, ao longo do rio Torto, até a Arquiteto Valentim, temos ali dois Moinhos, para recuperar, mas a Câmara necessita de comprar os terrenos aos proprietários e penso que, não devem ser muito caros. Obviamente que há compromisso por parte da Câmara em ajudar com esta construção. A segunda obra que pretendemos fazer e que já é uma certeza absoluta, será a construção de um Museu Etnográfico. Posso ainda adiantar que iremos concluir as obras de renovação do projeto já apresentado para o Pavilhão do Polidesportivo”. Quanto ao sector social e cultural, o edil explica o seguinte: “Para nós a parte social é muito importante e pretendemos aumentar ainda mais esse
setor aqui na nossa freguesia, bem como o setor cultural. No que diz respeito à cultura, queremos apoiar ainda com mais força as coletividades. A pandemia veio atrasar e parou todos os projetos que tínhamos para lançar, como é o caso das festas de verão. Essas festas tinham o objetivo de movimentar todas as coletividades de Baguim do Monte. Tínhamos igualmente planeado as colónias de férias, com os mais novos e com os nossos idosos. Assim como os passeios para conhecer Portugal que também foi cancelado e o passeio anual para as pessoas acima dos 55 anos, que este ano o destino previsto seria Santiago de Compostela, mas também tivemos que cancelar”. Se a pandemia assim o permitir, para o próximo ano retomaremos todas estas atividades. Para Francisco Laranjeira, “A derrota não é um cenário que esta na minha cabeça”, tanto que nem colocou em hipótese se irá assumir ou não um cargo na oposição. Com o trabalho executado nos últimos quatro anos, acredito que iremos claramente aumentar a nossa votação.
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> Marina Romana, candidata pelo BE O nome escolhido pelo Bloco de Esquerda para a corrida à Junta de Baguim foi, Marina Romana. Faz igualmente parte da Comissão Coordenadora do Bloco de Esquerda de Gondomar. Na perspetiva de Marina, há muita coisa que está a falhar na Freguesia de Baguim do Monte. Dá-nos três exemplos: “O primeiro que refiro está relacionado com a proximidade com as pessoas. Não há comunicação entre o poder local e os seus cidadãos. Não há uma forma clara
de delinear linhas de ação, porque não há comunicação nenhuma. Vivo cá há três anos e nunca ninguém da Junta me perguntou nada, o site da Junta também não tem relativamente nenhuma informação, por isso, na minha opinião, um dos pontos que mais falha na freguesia é este. Um segundo ponto que irei referir e que considero que a maioria das pessoas não sabe, é o papel importante que um Presidente da Junta tem na defesa dos interesses das suas populações nas Assembleias Municipais, é nestes momentos que eles tem que fazer valer os interesses de quem mora nas suas freguesias. Por exemplo, nós no concelho temos dois grandes problemas, as Águas de Gondomar e a recolha dos resíduos da Rede Ambiente, são serviços que nós pagamos e que são péssimos. Na Assembleia Municipal, o Presidente da Junta deve fazer valer o seu papel e deve defender o interesse da população, independentemente da cor que representa. O terceiro tópico que menciono é a mobilidade. Nós temos a nível de transportes as linhas que vêm do Porto, para Valongo, e temos as linhas que vêm do centro de Gondomar até Ermesinde. Quem não tem
transporte próprio ou quem tem mobilidade reduzida, como é que se desloca dentro da freguesia? Não se desloca”. Das principais bandeiras que irá levar consigo para implementar na Junta, após o dia 26 de setembro são os seguintes: “Pretendo sinalizar todas as situações de pobreza, perante esta crise socioeconómica em que estamos. Quero sinalizar e abrir as portas da Junta, para que as pessoas venham e digam quais são as dificuldades que têm.Também quero ajudar as pessoas nos processos burocráticos da Segurança Social ou até do próprio Município, que tem o programa Social+ que, apesar de estar muito bem estruturado, tem que ser aprimorado. Visto que, há falta de encaminhamento das pessoas, não há sinalização nem acompanhamento das questões, para que ninguém fique para trás. A Taxa de natalidade em Portugal está a diminuir. O distrito do Porto e o de Lisboa foram os que registaram mais nascimentos e Baguim do Monte, felizmente, tem vindo a registar esse crescimento da natalidade. No entanto, não temos uma única creche pública, nem serviços para as pessoas. As crianças nascem e têm que ir para fora da Freguesia, para consegui-
rem frequentar uma creche e isso, é inadmissível. Uma outra medida que para mim também é importante é a limpeza do rio Torto. O rio nasce em Baguim e desagua no rio Douro, em Campanhã. Uma das grandes queixas dos baguinenses é que a nossa Freguesia não tem espaços de lazer. Assim, temos que estudar o rio Torto, limpá-lo e ver que projetos que podemos fazer para reabilitar as suas margens. A cultura também é um ponto que me preocupa na freguesia, quem vive em Baguim, nem sabe que a freguesia tem uma Casa da Cultura, eu própria nem sabia. E esta casa tem que ser mais bem aproveitada com atividades e posteriormente divulgadas. Nós temos que saber unir as pessoas à Freguesia’’. Para a candidata um bom resultado seria eleger deputados para a Assembleia de freguesia, porque de momento, não temos nenhum representante: “Estou confiante com o projeto que tenho e pretendo fazer a melhor campanha possível, mas o resto não está nas minhas mãos. No entanto, caso consigamos eleger, obviamente que assumo o meu papel na Assembleia”. PUB
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DESTAQUE
75% dos jovens gondomarenses com a primeira dose da vacina contra a COVID-19 Para muitos, após o último ano, levar a primeira dose da vacina é como realizar um sonho. Cansados do confinamento, muitos anseiam pela segunda dose para poder sentir novamente a vida, que outrora foi parada pela pandemia. Para os pais, é um alívio verem os filhos a serem vacinados. Texto e fotos: Gabriela Monroy
O centro de vacinação de Gondomar, situado no Multiusos, recebeu no fim de semana de 14 e 15 de agosto, 3 140 jovens, com idades compreendidas entre os 16 e 17 anos. No sábado foram inoculados 2500 jovens, sendo que 2200 realizaram o auto-agendamento e 300 optaram pelo regime de Casa Aberta. No domingo, foram vacinados 640 menores. Com estas idades -16 e 17 anos- encontram-se inscritos nos Centros de
Saúde de Gondomar, aproximadamente 4 400 jovens. Tendo em conta o número total de menores inoculados no passado fim de semana, podemos dizer que, o concelho de Gondomar atingiu a marca dos 75% de jovens inoculados com a primeira dose. Nos próximos fins de semanas, será a vez da faixa etária entre os 12 e os 15 anos. Fomos até ao Multiusos de Gondomar para perceber como é que estava a correr o processo de vacinação e tivemos à conversa com vários jovens e os seus respectivos encarregados de Educação.
> Beatriz Correia, acompanhada pela mãe, Aldina Correia
Beatriz Correia, tem 16 anos e tomou a Pfizer. Ao nosso jornal confessa que, inicialmente sentia-se nervosa ao pensar que iria tomar a vacina, mas confessa que o nervosismo passou e que não sentiu nenhum sintoma. Sobre o Centro de Vacinação, Beatriz refere que na sua perspetiva o atendimento foi rápido e o processo estava a funcionar bem. Para a jovem, tomar esta vacina foi muito importante, porque agora, pode sentir-se mais segura.
A acompanhá-la, estava a sua mãe, Aldina Correia. Para a responsável da menor, vê-la a ser vacinada, foi muito importante. A sorrir, revela que, anseia pela segunda dose da filha e que, principalmente corra tudo bem, como foi com a primeira. Quanto ao Multiusos diz o seguinte: “Comparado com os outros sítios, está muito bem organizado. O atendimento foi muito rápido”. Na perspetiva de Aldina, “Todos deviam tomar a vacina, porque é a única forma de ultrapassar este problema”.
fazer com que as coisas melhorem o mais rápido possível”. Revela que se sente “Muito mais segura” para voltar às aulas: “Agora sinto que já estou mais protegida e mesmo que contraia o vírus, porque ainda é possível, já não vou ter as mesmas complicações”. Na sua perspectiva todos os jovens deveriam de tomar a vacina -“Acho que é o melhor”. Quanto aos sintomas da inoculação, até ao momento “Sinto-me bem. Não tenho sentido nenhum problema”. Para Patricia Sousa, mãe de Lara, a
conversa que tiveram foi simples, porque a própria já recebeu as duas doses da vacina, “E correu lindamente”. Sobre o processo de vacinação, diz o seguinte: “Nós em Portugal, já temos o hábito de vacinar as crianças desde pequeninos, por isso, isto para mim é apenas mais uma vacina e temos que confiar na Ciência. E sem dúvida que agora que a minha filha foi vacinada, estou mais tranquila, porque, foi como ela disse, mesmo que contraia o vírus, porque é possível, está protegida, ou seja o sistema imunitário irá responder de uma forma mais célere”.
> Gonçalo Martins, acompanhado pela mãe, Ana Oliveira
Gonçalo Martins, tem 17 anos e também recebeu a Pfizer. Sobre a primeira dose, diz que até ao momento se sentia bem. Para Gonçalo, tomar a vacina foi um alívio, “Porque significa que há avanços, há progressos” nesta matéria, para que a situação volte a normalizar, principalmente com a volta às aulas. Quanto ao Multiusos, refere que está bem organizado e o processo de vacinação foi rápido. A mãe, Ana Oliveira, foi quem fez o agendamento da vacinação do filho e admite que, estava receosa pelo momento. Mas atendendo ao facto do filho ter 17 anos e já estar per-
to dos 18, considerou que era mais tranquilo do que se tivesse 12 ou 13 anos. Para Ana, apesar do filho ser responsável, refere que sente-se mais segura para a volta às aulas. Sobre o assunto acrescenta que, “Sinto um alivio por ele ser vacinado, embora as noticias coloquem sempre com um pé atrás porque as pessoas vacinadas continuam a contrair o Covid-19, porque a vacina não quer dizer que é 100% eficaz, mas será uma boa ajuda, no caso de contrair, porque os sintomas serão mais leves. No meu caso, sou doente de risco e fui logo vacinada na primeira fase. Acima de tudo, para mim a vacina é importante”.
> Lara Asis, acompanhada pela mãe, Patricia Sousa
Lara Asis, tem 17 anos e recebeu a primeira dose da Pfizer. A jovem foi quem tomou a iniciativa para falar com os pais, porque ansiava pelo
dia de ser vacinada: “Para mim ser vacinada é um contributo para ajudar a melhorar a sociedade. Assim, conseguimos controlar esta pandemia e
> Ricardo Araújo, acompanho pelo pai, Jorge Araújo
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DESTAQUE Ricardo Araújo, tem 17 anos e recebeu a Pfizer. No que concerne à escolha de levar a vacina, o jovem diz que anseia para que tudo volte ao normal: “Para mim é um dever cívico”.Quanto aos sintomas da primeira dose confessa que, até ao momento, tem-se sentido bem: “Estou a sentir-me bem. Não tenho sentido tonturas, nem outros sintomas”. Para o jovem, tomar a vacina no Multiusos foi “Sinceramente, muito rápido”. Sobre a volta às aulas refere o seguinte: “Obviamente que sinto-me mais seguro para voltar às aulas agora que tomei a primeira dose da vacina, porque já tenho alguma imunidade e já posso andar mais descansado”. Para o pai Jorge Araújo, ver o filho a receber a primeira dose da vacina, depois do último ano vivido, o sentimento é de alívio, porque agora, lá em casa,
António Sarmento, Diretor de Serviço de Doenças Infeciosas do Hospital de S. João Eu sou totalmente a favor da vacinação dos mais jovens e considero que eles devem ser vacinados, por uma série de motivos. Em primeiro lugar, nós temos que pensar que as vacinas foram a intervenção da humanidade que mais vidas salvou e, numa perspetiva geral, as vacinas sempre funcionaram muito bem. Posto isto, a nossa DGS tem uma experiência brutal no que concerne à vacinação. E, tem uma experiência não só na concessão do programa, como na sua execução. Apesar de ser consultor, não sou funcionário da DGS, por isso não tenho aqui conflitos de interesse para agradar alguém. Agora, a DGS tem uma experiência fantástica e possui um dos melhores programas de vacinação do Mundo, portanto, há aqui um Know-How muito grande. Depois foram realizados cálculos, onde de um lado da balança pesaram-se os riscos de receber a vacina e do outro lado da balança, colocou-se os riscos da doença e, claramente, os riscos da doença são significativamente maiores, do que os riscos da vacina, por isso, ser vacinado vale a pena, mesmo para este grupo etário. Há pessoas que dizem que, para esta idade, os riscos e complicações são menores, mas há casos graves e pode ha-
já estão todos vacinados com pelo menos a primeira dose. Para os pais do jovem, sentem-se mais seguros para o regresso às aulas agora, com a vacina: “Pelo menos ele agora está, não digo 100% imune, mas já está mais imunizado, não sei se os outros vão estar ou não, mas pelo menos eu respondo por ele e sei que ele está à vontade para voltar às aulas. Sobre a organização do Multiusos, testemunha o seguinte: “Está espetacular. Por exemplo, quando foi a minha vez de tomar a vacina, tomei a minha em Valongo e em comparação, aqui está espetacular. Diria até que foi muito rápido, para ser sincero estava à espera que demorasse mais”. Sobre a vacina, acrescenta ainda que os pais deveriam falar com os filhos sobre a importância de serem vacinado.
ver sequelas graves. E, digo mais, aquele medo que as pessoas têm da Miocardite provocada pela vacina, a doença em si dá Miocardite e, provavelmente, com mais frequência do que a vacina. Como é óbvio, esta decisão foi muito bem pensada e não foi hesitação nenhuma da DGS, porque eles tiveram argumentos dos dois lados e depois nunca há uma certeza absoluta. No entanto, sobre os dados que existem, a minha opinião é muito mais a favor da vacinação, do que não vacinar, mesmo estando a falar de crianças com 12 ou 13 anos. Mesmo os cálculos que foram realizados em outros países, como EUA, França, Dinamarca, Canadá, Alemanha, entre outros, conduziram às mesmas conclusões que nós e nessas nações a vacinação é universal para os mais jovens. Posto isto, com centenas de milhares de crianças já vacinadas, se surgisse alguma coisa de grave e com uma incidência preocupante, já teria sido detetada, porque os programas de farmacovigilância são contínuos isto é, as autoridades estão sempre a vigiar o que vai acontecer. Assim sendo, se houvesse um alarme as preocupações eram tomadas de imediato. Posto isto, também temos que ver que, se todas as pessoas estiverem protegidas numa sociedade, menos os menores, as crianças são o terreno ideal para os vírus fazerem a sua propagação, com a possibilidade de surgirem as variantes e até variantes mais perigosas nos mais novos. E isso é uma realidade que pode acontecer. Eu não estou aqui a falar no beneficio da sociedade, mas a pensar nas nossas crianças, eu considero que, realmente, é mais seguro a inoculação da vacina do que a atitude de não vacinar. Por outro lado, a vacina não é obrigatória, ninguém é obrigado a levá-la e os pais podem não deixar que os filhos recebam as doses, isto é uma opção das pessoas, agora, repito, tendo que optar por uma das situações, optava claramente pela vacina, mas respeito que possa haver outras opiniões, com outros argumentos.
Portanto, os jovens de Gondomar estão realmente de parabéns. Naturalmente que, havia alguns ansiosos e apreensivos, mas havia muitos mais pais ansiosos do que jovens. Por isso, foi um sucesso. Tivemos apenas que fazer algumas alterações internas no Multiusos, nomeadamente, na logística nas bancadas e esperemos que continue a ser um sucesso, principalmente agora, com os jovens dos 12 aos 15 anos.
Marco Martins Presidente da Câmara Municipal de Gondomar e da Comissão Distrital do Norte da Proteção Civil. Qual o impacto que considera que a vacina, nesta faixa etária terá na sociedade daqui a uns meses? Na minha opinião, vai ser fundamental, não só para concluir o Verão, porque estamos a falar de um grupo etário com uma idade que já é normal fazer convivios e festas, mas sobretudo para o arranque do novo ano letivo. Porque são jovens com idade de ensino secundário e profissional e, portanto vai garantir uma tranquilidade. Agora, já está programado para os próximos fins de semana, a vacinação dos menores com idade compreendida entre os 12 e 15 anos. Como é que tem corrido o processo no Centro de Vacinação do Multiusos? O processo tem corrido muito bem. O concelho conseguiu atingir logo no primeiro fim de semana, os 75% de jovens gondomarenses vacinados. E, é importante dar nota que no Município, mesmo sem Djs e sem shots, como outros andaram a oferecer, tivemos uma grande adesão.
Lília Silva- Diretora do Agrupamento de Escolas nº1 de Gondomar A importância de vacinar os mais jovens O vírus que teimosamente nos apoquenta, há cerca de dois anos, era, no início desta pandemia, desconhecido da comunidade científica. Neste contexto, é possível perceber as imensas dificuldades das autoridades em tomar decisões num campo tão sensível, desconhecido e incerto. Ainda maior desafio tem sido explicar, de forma assertiva e no tempo certo, essas
Do ponto de vista geral, a vacinação está a correr lindamente. Claro que com o grande esforço e colaboração entre a Câmara e a equipa do ACES de Gondomar. A Câmara alocou os próprios meios. Neste momento, temos mais de 40 pessoas por dia que estão responsáveis por estes serviços e o pavilhão Multiusos está totalmente comprometido. Mas, todo o esforço tem valido a pena, porque temos estado muito acima da média nacional, sob o ponto de vista do número de vacinas admnistradas. Esta semana, atingimos a vacina 200 mil. Portanto, tem sido um grande esforço realizado por parte dos profissionais de saúde, que têm sido incansáveis nesta matéria e as pessoas tem aderido e colaborado com todo este processo. Felizmente, aqui em Gondomar, o discurso negacionista é mínimo. Qual é a sua opinião quanto à inoculação da vacina? Sou claramente a favor da vacinação, desta e de qualquer vacina. Agora com a volta ás aulas, acredito que, esta vacinação vai permitir proteger ainda mais a comunidade escolar, porque para além dos alunos -que são o maior nicho da população escolar- os professores já foram vacinados, assim como os funcionários. Portanto, eu espero que o próximo inverno não seja parecido com o que foi o último.
decisões, tanto mais que o tempo da investigação e da ciência raramente coincidem com o tempo da comunicação social ou o das redes sociais. É público que em Portugal o processo de vacinação tem sido, globalmente, um êxito de que muito nos devemos orgulhar. O final desta pandemia ainda não estará para muito perto e não será a vacinação dos mais jovens que irá impedir, certamente, o aparecimento de novos surtos. Todavia, devemos continuar, como até aqui, a fazer a nossa parte, tomando uma vacina que tanta gente no mundo gostaria de ter a oportunidade de tomar. Sabemos que quem está vacinado pode contrair a doença, mas será de modo menos grave e transmitirá menor carga vírica aos outros. Se a Escola já tem sido um espaço seguro, ela sê-lo-á ainda mais com a ampla vacinação dos nossos estudantes. Por isso, para garantir que o próximo ano letivo decorre com tranquilidade e com o mínimo de sobressaltos (no que ao combate à pandemia diz respeito), a vacinação dos mais jovens é uma excelente oportunidade que ninguém deve deixar passar ao lado.
26 VIVACIDADE | AGOSTO 2021
SOCIEDADE
António Machado:
“Esta é uma casa de alegria e descontração. As pessoas vêm para aqui, para sentir paz, porque o andar de bicicleta é uma sensação livre e espectacular” Sediada em Fânzeres, este ano, a Ciclocabanas comemora 25 anos. Fomos conhecer um pouco da história desta Associação que promove a paixão pelo ciclismo. Estivemos à conversa com um dos fundadores e, atual Presidente da Coletividade, António Machado.
Comecemos pela história da Associação, como é que ela surgiu. A Ciclocabanas surgiu através de um grupo de sete amigos de infância. Tudo começou quando aos domingos de manhã, saiamos para dar uma volta de bicicleta. O gosto pela modalidade foi crescendo e, com isso, mais pessoas se juntaram à nossa Associação. Nessa altura, sentimos a necessidade de dar mais um passo, foi quando batizamos a nossa coletividade de Ciclocabanas. O nome surgiu porque era um sonho que tínhamos e que conseguimos realizar na Rua de Cabanas. Desde o seu ano de fundação, 1996 até 2015, a nossa sede era no Café Central de Cabanas. Depois de 2015, viemos para a nova sede. Eu sou um dos fundadores desta coletividade e já passei por vários cargos, mais do que uma vez e neste momento, encontro-me novamente no cargo de Presidente. Hoje, quantos atletas vocês têm na Ciclocabanas? Quanto a associados que pagam as quotas temos aproximadamente cem. Desde que a Ciclocabanas foi fundada, o adulto paga um euro por mês e os mais novos, começam a pagar depois dos 15 anos, 50 cêntimos. Em tempos, já tivemos faixas etárias mais diversificadas, também a disponibilidade das pessoas era outra, mas nessa altura tínhamos desde os 17 anos e ia até aos 70. Neste momento, a média anda acima dos 50 anos. Vocês têm o hábito de participar em muitas provas? Nós já fizemos competições, mas não eram Federadas, porque a associação funciona como um escape do dia a dia, ou seja, os atletas não treinam a esse nível de competição. Os troféus que temos e as idas são, essencialmente, de uma ou
outra prova que participamos, por exemplo, já participamos no Douro Granfondo. Normalmente, nós temos um calendário anual com as provas que fazemos, como é o caso da ida a Fátima, a Santiago de Compostela e Finisterra. Estas três são aquelas que sempre fazemos. No entanto, neste momento, devido ao Covid-19, no ano passado e este ano, elas não foram realizadas. Em 2018, participamos na Nacional 2 e tínhamos programado para fazê-la novamente este ano, mas também por causa da pandemia, não foi possível. Também temos atividades em que são outros clubes que nos chamam. Nessas situações falamos com os sócios, o clube paga uma taxa e os atletas vão. Já que tocou no tópico da pandemia, como é que foi o último ano para vocês? Na perspetiva financeira foi muito mau, porque nós vivemos essencialmente com os apoios da Câmara, da Junta e dos patrocinadores que temos. Tanto a Câmara, como a Junta, já no ano passado e em anos anteriores, têm-nos ajudado, mas o valor tem vindo a ser reduzido cada vez mais e isto, já é negativo. Com a pandemia foi pior, porque os apoios vieram ainda mais baixos. Quanto aos patrocinadores, temos alguns ligados ao ramo da restauração, mas nem tentámos pedir ajuda, porque não nos sentíamos bem a fazê-lo. Houve outros que nós pedimos apoios e dentro das suas disponibilidades, eles nos ajudaram. Temos aqui a sede, com o bilhar, os matraquilhos e o café, o dinheiro depois reverte para o clube. No entanto com a pandemia, estivemos fechados e o pouco dinheiro que fazíamos aqui por
mês, que rondava os 40 euros, não entrou. Quanto aos associados quando saiu a noticia que íamos fechar, informamos a situação. Sei que no meio disto perdemos alguns sócios, porque já estavam enraizados a vir aqui e depois quando tudo fechou, deixaram de vir e agora, já não vem. Felizmente é uma minoria. Perante a situação de que os atletas não podiam treinar, nós cedemos uns três ou quatro rolos de bicicletas aos nossos associados e durante 15 dias ou um mês, esses rolos passavam por vários colegas para eles conseguirem treinar. Isto porque nós temos atletas que treinam todos os dias. Foi a única coisa que conseguimos ceder, porque não tínhamos outros meios. Entretanto, eles já retomaram os treinos ao ar livre. Apesar de tudo o que aconteceu, este ano é especial para vocês, porque comemoram os 25 anos. Nestes anos que passaram, realizando uma retrospectiva, qual foi para si o melhor? Esta é uma casa de alegria e descontração. As pessoas vêm para aqui, para sentir paz, porque andar de bicicleta é uma sensação livre e espectacular. Neste momento, a data que mais me marcou, foi agora a comemoração dos 25 anos. Porque sou sincero, quando nós fundamos o clube, nunca imaginei que íamos chegar a onde chegamos e ter um espólio que, se calhar, poucas ou quase nenhumas têm. Isto tudo graças aos sócios, porque todos os que estão aqui não recebem um cêntimo pelo contrário, temos as nossas despesas e não recebemos meramente nada. Para além disso, foi atingir os 25
anos, com uma sede só nossa, onde podemos debater ideias sobre a coletividade e sobre o ciclismo em si. Mas entre 2000 e 2010, foi uma década em que tivemos muitas pessoas, inclusivamente pessoas de fora do concelho de Gondomar e do Distrito do Porto, Nessa altura, tínhamos quase 300 sócios e havia mais jovens. É difícil trazer a faixa etária mais jovem? Já estava a ser difícil há três\quatro anos atrás, com a situação do covid-19 não ajudou. Mas é muito difícil trazê-los, porque agora, preferem estar em casa e ocupar o tempo livre com outras coisas. E quando querem praticar desporto, não é ciclismo. Isto também porque, a midiatização é mais direcionada para o futebol. Quanto ao futuro o que espera? Relativamente ao futuro, vejo-o de forma apreensiva, porque só está aqui quem gosta. Pode parecer que não, mas isto, dá muito trabalho e criticar é fácil para quem está do outro lado, mas para quem está neste lado, que tenta fazer o seu melhor, às vezes custa ouvir certas coisas. Tenho a perspetiva de que, nos próximos 25 anos, se não crescer mais do que já está, também que não morra. Quando o meu mandato terminar, que está para breve, iremos novamente a eleições e vou ser sincero, não queria voltar a concorrer, queria deixar o lugar aberto a outras pessoas. Mas o que pode acontecer e foi o que já aconteceu, é que ninguém quer se voluntariar. Mas é como digo, estou aqui por amor e quero que isto cresça, mas se não for para melhorar, que ao menos se aguente conforme está. ■
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28 VIVACIDADE | AGOSTO 2021
AUTÁRQUICAS 2021
Junta de Freguesia de Rio Tinto Na corrida pela Junta de Rio Tinto, foram apresentados seis candidatos, que passaremos a apresentá-los. O primeiro a apresentar-se na corrida é Francisco Moura, representante da coligação PSD\CDS. A levantar a bandeira pela CDU, o nome escolhido é Fátima Pinto. A estrear a corrida temos duas forças políticas que, pela primeira vez, assumem um lugar na disputa a esta Junta- Iniciativa Liberal e CHEGA. No que concerne à Iniciativa Liberal, o nome apresentado é Luís Nascimento. E, a representar o partido CHEGA, o nome escolhido é Edison Pinheiro. Quanto ao Partido Socialista, o nome que será apresentado no Boletim de Votos é, novamente, Nuno Fonseca, o atual Presidente da Junta de Freguesia. Por fim, temos o Bloco de Esquerda (BE) que escolheu João Silva para encabeçar a lista do partido.
> Francisco Moura - PSD\CDS Não foi à primeira tentativa, mas foi à segunda que o Partido conseguiu que o candidato aceitasse a proposta. É a primeira vez que, Francisco abraça um desafio destes, embora já tenha feito parte de alguns organismos internos do partido e, neste momento, ainda é membro do conselho de jurisdição distrital do PSD. Natural da Freguesia de Paranhos, vive desde que nasceu -há 54 anos- em Rio Tinto. Profissionalmente, em paralelo à sua vida política, é Jurista, no entanto, deixou a advocacia de lado, porque decidiu dedicar-se à área da Formação, neste momento é Jurista\Formador na área Jurídica. Quanto à Freguesia onde apresentou a sua candidatura, Francisco Moura, aponta alguns pontos que estão a falhar e que requerem mais atenção, pontos esses que abrangem a área
> João Silva - BE A representar o Bloco de Esquerda, o nome escolhido para a corrida é João Silva. Desde 2007 que é Delegado Sindical da EURESTE, empresa responsável pela distribuição dos almoços às escolas primárias da Câmara Municipal do Porto. Desde então construiu o seu percurso e, hoje é dirigente do sindicato dos trabalhadores de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e similares do Norte. Neste momento, por indicação do partido, está no conselho nacional da CGTP- Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses. A sua ligação com esta força política começou
social, cultural e económica. A nível social começa por referir que, a pandemia, trouxe à tona a necessidade de ajudar mais as pessoas menos preparadas para enfrentar “Certos desafios negativos”, pessoas como os idosos. O candidato faz questão de deixar claro que o que mais o preocupa é o pós-pandemia: “Eu estou convencido que nós ainda não vimos tudo. Acredito que vamos passar dificuldades muito superiores às que estamos a viver agora. E isso, é o que mais me assusta a nível da sociedade e, em especial, dos riotintenses”. É nessa linha de raciocínio que, Francisco explica que, os idosos necessitam de uma atenção mais redobrada e perante a situação atual e o futuro que se avizinha, o candidato monstra a sua preocupação com os jovens e deixa uma questão: “Vejo também, o futuro dos jovens mais comprometedor, não é por acaso que escolhi fazer a entrevista aqui perto da casa da juventude. Porque quando venho aqui, a qualquer hora do dia, ela não está aberta. Eu não sei como é que Rio Tinto, com cerca de 51 mil habitantes, não tem um programa de Juventude? Porque de momento não tem. E, isso é um dos factores que me deixa preocupado”. No que concerne à economia, o candidato sublinha o seguinte: “É preciso deixar de acreditar que Rio Tinto serve apenas para dormir. É preciso olhar para o comércio local de Rio Tinto. É preciso olhar para as pessoas, porque se não houver comércio, não há pessoas e, na freguesia, há muitas famílias que vivem desse comércio que, neste momento, não estão a ser apoiadas”. Respetivamente à área da cultura, revela que há valores culturais que a Freguesia está a perder e, uma das principais vontades do candidato é “Elevar esses valores”. Na questão ambiental, Francisco deixa uma nota sobre os rios: “É preocupante os problemas que estamos a sofrer com
as ETARES. Ainda há pouco tempo vimos o rio poluído, por causa de uma descarga. Nós coligação, tivemos uma reunião com o Movimento pelo Rio Tinto e, eles, manifestaram-nos preocupações muito fortes, relativamente ao rio em que, eu subscrevo uma grande parte delas. O ambiente preocupa-me porque é o bem estar das pessoas”. Quanto às bandeira que leva nesta luta, Francisco refere que a primeira diz respeito à comunicação. Para o candidato é primordial que as pessoas saibam quando é que decorre das Assembleias de Freguesia: “Eu quero que as pessoas participem ativamente na sua Terra, porque são elas as donas da Terra, não é o Presidente. E, nisso eu queria contribuir no futuro, para a comunicação da freguesia. Porque é necessário transmitir às pessoas quando é que nós vamos discutir ideias, quando é que nós vamos coloca-las em cima da mesa e inverter aquilo que está a ser feito atualmente. Porque hoje, apenas é transmito aquilo que foi decidido e o que eu quero é que as pessoas participem”. Outro ponto que menciona é a vontade de “Abrir as Portas” da Junta de Freguesia, apesar de dizer de forma metafórica, explica que o objetivo é que as pessoas se sintam livres de entrar dentro da Junta: “Eu não quero que as pessoas marquem uma audiência com o Presidente. Eu quero que as pessoas vão à freguesia para falar com o Presidente. O que hoje observamos é as pessoas a dirigirem-se à freguesia para reclamar por direitos ou até reclamar situações que estão mal e, não se sentem ouvidas nessa matéria”. Outro ponto é o Associativismo, dado que para o candidato, esta é uma forma mais prática de estar próximo das pessoas. “Se juntar-me ao associativismo, consigo estar mais próximo da população e, então um dos objetivos que tenho, é participar de forma ativa e presencial em cada momento dessas associações. Porque é a forma que tenho de sentir
o pulso das pessoas e sentir que as pessoas estão necessitadas de determinadas coisas ou de certos objetivos”. Para o candidato, a palavra que vai simbolizar a sua campanha é Proximidade: “Eu quero que a Junta seja vista como um órgão que está ali para servir as pessoas e, acima de tudo, para ajudá-las a chegar aos objetivos ou a encaminhá-las”. Para o candidato, com a proximidade, ouvimos as pessoas e as necessidades delas: “É isto que facilita a vida de um Presidente. Nós percebemos que, não é preciso ter ideias para governar a Junta, as pessoas é que as dão. Porque precisamos acima de tudo ouvir a população. Mas é ouvir e fazer”. Aproveitou ainda o momento da entrevista para deixar assente que a sua intenção não é discutir o passado: “Eu não vou discutir o passado, porque todos nós temos um passado e o Presidente atual tem o seu passado e provavelmente argumentos com ele. Eu não tenho os mesmos argumentos, porque não tenho passado e o que é que tenho? Tenho o futuro. E, então, tenho que ter essa oportunidade de mostrar, para que daqui a quatro anos possa dizer que, já tive um passado e que posso mostrá-lo também. Não estamos cá para discutir o passado, estamos cá para discutir o futuro”. Francisco Moura deixa claro que é a sua intenção, caso não ganhe as eleições, assumir o cargo na Assembleia. E quanto à corrida sente-se confiante, isto porque sente “A vontade das pessoas em mudar”. No entanto, para o representante da coligação, um bom resultado passa por estar bem consigo mesmo e com a sua consciência: “É dizer que consegui o meu objetivo e que consigo dormir bem, para mim um bom resultado é no dia 27 de setembro, acordar bem disposto”.
em 2006, quando se tornou militante do BE, no entanto, foi em 2015, que adotou uma posição mais ativa dentro do partido e foi quando, decidiu juntar-se à concelhia, embora já fosse militante. Sobre o assunto explica que o partido viu na sua personalidade a capacidade em lidar com o mundo do trabalho, bem como a sua capacidade de militância, na sua perspetiva, “Não me importo de fazer as coisas, porque acredito que alguém que tenha esta disponibilidade são as pessoas que, realmente, podem transformar. Porque falar muito no Facebook dos problemas é importante, mas acho que, se estivermos no terreno, ainda mais importante é. Por isso, quando recebi a proposta por parte do partido, disse logo que estava disponível. Sou riotintense há 46 anos. As minhas primeiras escolas foram a do Monte da Burra e a Escola Preparatória. Depois já na secundária é que fui para o Porto. Mas aceitei este convite porque tenho o conhecimento que Rio Tinto precisa que as políticas mudem e, elas só vão mudar se o BE, tiver votos para a Assembleias de Freguesia. As políticas que são aplicadas pelos partidos que têm, ao longo destes últimos anos, dominado, não só o poder central, mas também o poder local -PS, PSD e CDS- podem dizer muita coisa bonita, mas as políticas que eles aplicam são completamente desajustadas daquilo que, realmente a população precisa”. O candidato começa por apresentar algumas falhas e bandeiras do partido para a Freguesia. A primeira apresentada corresponde às Acessibilidades. Sobre o tema explica o seguinte: “Quanto falo em Acessibilidade, quero falar em pessoas que tenham dificuldades em aceder a certo tipo de serviços. Em Rio Tinto, há dados que indicam que a freguesia tem um número considerável de pessoas surdas. Estas pessoas se forem a qual-
quer tipo de loja, de apoio social, ou de informação, entre outras, não têm lá nenhum intérprete de língua gestual que as possam ajudar. Acho que são coisas básicas que são necessárias. Podia ser criado um grupo ou bolsas de emprego, na Junta de Freguesia, para dar emprego a intérpretes de língua gestual para estes fins ou até para irem às escolas, porque nas escolas há necessidades. Penso que, no concelho, tudo o que é crianças com necessidades educativas, que dizem respeito à surdez, vão todos para o Porto e, como é obvio, por muito que dê mais trabalho, os pais não vão colocar os filhos numa escola em Rio Tinto, porque preferem que o filho estude numa escola que tenho os meios necessários para este evoluir de forma igual, ou semelhante aos outros”. Outro ponto apresentado pelo candidato foca-se ruas: “As ruas e as passadeiras, se passarmos agora, em alturas de eleições estão todas a ser pintadas. No meu entender não é o suficiente, nós vamos propor a redução da velocidade para 30 km\h em todo as ruas onde haja densidade populacional. Eu digo isto porque, eu gosto muito de ver documentários e vi uma entrevista de um autarca de Pontevedra, que adotou esta medida de limitação de velocidade nas ruas, para torná-las mistas, ou seja, para as pessoas e para os carros, para esse autarca, o que lhe dava mais prazer era estar a trabalhar no Paços do Concelho e ouvir da janela as crianças a jogar à bola na rua. Há 14 anos que não há mortes por atropelamento em passadeiras nessa localidade. Tem que ser feito um caminho, porque para as outras coisas, a Junta de freguesia também tem feito alguma coisa. Não da forma como nós achávamos que fosse a correta, mas o que é certo é que têm feito”.
O candidato menciona ainda a Limpeza Urbana. Na perspectiva do candidato deveria de haver um plano básico de limpeza: “Nós achamos que deveria haver um plano básico de limpeza. Se o há, nós duvidamos. Nós passamos em zonas mais centrais de Rio Tinto, onde deveria de haver uma intervenção mais diária, e não existe”. Ainda sobre o ambiente, João demonstra a sua preocupação quando ao lixo electrónico: “As pessoas não fazem ideia que o lixo electrónico, é o mais produzido diariamente. Em Portugal, existe uma ou outra empresa dedicada a isso, mas a maior parte não o faz. O que acontece é que este lixo, depois, vai para países de submundo, para lhes serem retirado não só os componentes que ainda lhes poderão dar uso. Achamos que o lixo electrónico pode ser outra área que poderíamos evoluir aqui em Rio Tinto, não só criar um departamento, mas também, poder depois canalizar para essas empresas especializadas”. Para o candidato, um bom resultado seria retirar a maioria absoluta ao PS, isto porque: “Conforme já disse, nós até podemos ter dois ou três deputados, mas se o PS continuar com a maioria absoluta, pouco vai interferir na execução dos orçamentos da Junta, porque eles continuam a ter o poder de aprovar e desaprovar o que a eles interessa. Da minha parte espero eleger pelo menos um deputado que é o que já temos, tudo o que vier acima é bom. Quanto ao resultado das eleições, João mostra-se otimista: "Acho que tenho essa capacidade, essa força, essa vontade para lutar por um Rio Tinto melhor e para todos, um Rio Tinto comum”.
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AUTÁRQUICAS 2021
> Luís Nascimento - Iniciativa Liberal A estrear a corrida eleitoral, a Iniciativa Liberal (IL) apresentou como cabeça de lista à Junta de Rio Tinto, Luís Nascimento. Natural da Freguesia, é mais conhecido na zona como o neto do Sr. Diamantino. É membro fundador do partido a nível nacional e faz parte da Comissão Executiva da Iniciativa Liberal. Tem 38 anos e foi aos 35 que começou a criar interesse pela política, tendo como base os ideais liberais, daí ter-se filiado na Iniciativa Liberal. O pedido para encabeçar a lista partiu do atual candidato à Câmara, Rafael Corte Real e de João Figueiredo, Coordenador de Gondomar. Profissionalmente é Diretor Executivo de uma empresa tecnológica. Apesar de, atualmente, viver no Porto, Luis Nascimento deixa assente o quão forte é a sua ligação com a Freguesia e até revela que, antes da pandemia, tinha junto à Escola Secundária de Rio Tinto, um centro de Artes Marciais, para além de que sempre que necessita recorre aos recursos da Freguesia que o o viu crescer. Quanto a Rio Tinto, o candidato aponta as
> Edison Pinheiro- CHEGA A estrear o Boletim de Voto Gondomarense, temos na corrida à Junta de Rio Tinto, Edison Pinheiro a representar o partido CHEGA. A proposta para encabeçar a lista do partido, surgiu por parte, do Presidente da Concelhia de Gondomar, João Freire. “Politicamente nunca tive qualquer contacto com nenhum partido, embora sempre me tenha identificado como uma pessoa de direita. No entanto, sempre achei que os partidos mais representados na direita, neste caso o CDS e o PSD, eram mais do mesmo, nunca enveredei por aí. Recentemente, surgiu a hipótese de ingressar no CHEGA”, posto isto, Edison revela-nos que a sua trajetória com o partido iniciou há 6\7 meses quando se tornou militante. Ainda sobre a proposta, o candidato disse que necessitou de refletir sobre o assunto, dado que “O partido é ainda visto de lado por uma parte da sociedade”, sobre o assunto,
principais falhas da Freguesia. A primeira mencionada é a dignidade. “Dignidade, pode ser limpeza, arrumação, pode ser um pouco de trato especial pelo espaço que nós temos. Eu conheço todas as ruas desta Freguesia, sei que, o que vou dizer, pode fazer com que algumas pessoas levem-me a mal, mas a cidade é um pouco feia, porque foi construída de uma forma caótica. A IL espera vir a trazer alguma dignidade à cidade. “Sinto que falta os pequenos cuidados. Com isto quero dizer que falta cuidado com as pequenas construções que se fazem, com os contentores que ficam no caminho das passadeiras, são esses pequenos pormenores, que me incomodam e, são coisas que, como Presidente de Junta, tem que ser tratados no dia, mesmo que seja da empresa de tratamento de resíduos. Na minha opinião e das pessoas com que eu falo, as pessoas não se sentem necessariamente bem porque, alguns espaços parecem quase uma lixeira a céu aberto”. Nesta linha de dignidade, Luís dá o exemplo da cidade do Porto: “Eu sigo muito a cidade do Porto e o Rui Moreira parece que tem esse cuidado e o Porto com o Rui Moreira, que tem algumas ligações com a Iniciativa Liberal, porque até vai apoiar a candidatura, está sempre a ser limpa, não há lixo, não há nada, pode haver um foco ou outro, mas sentimo-nos bem”. O segundo ponto referido pelo candidato corresponde à História da Freguesia, à sua Identidade: “Perdeu-se tudo aqui. Foi-se construindo e nem se manteve algumas das peças de identidade arquitectónica que aqui tínhamos”, é com esse pensamento que Luís defende o seguinte: “Algumas casas deveriam ter alguns apoios para recuperação, não digo apoios da Junta, mas procurar apoios à recuperação histórica. Seja as casas, seja as pequenas fontes que estão ali escondidas ou, por exemplo, aqueles tanques de lavar. Há um acervo fotográfico que encontrei, onde há muitos pontos na Freguesia,
por recuperar. Rio Tinto é mais velho que Portugal. Quem é que entra em Rio Tinto e sente que isto é uma cidade histórica? Eu não vejo nada, mas sei que há aqui pontos em que, se déssemos um pouco mais de brilho, iríamos aumentar a nossa identidade e com isso dávamos mais valor à cidade. A terceira falha apresentada diz respeito à Simplificação. Sobre o assunto, Luís assume que de facto, tem sido realizado algum trabalho a nível da digitalização e da modernização principalmente no site, no entanto para o representante da IL, ainda não é o suficiente: “Aliás, estes temas de falta de comunicação, de falta de acesso à informação, de ausência de conhecimento, mostra que, ter só o site, não chega, é preciso melhorar a utilização dele, é preciso divulgá-lo, é preciso criar conteúdos relevantes, para que as pessoas o consultem e, eu tenho ido lá frequentemente e, por vezes procuro relatório de contas e, encontro o de 2018, relatório de atividades e aparece de 2013. Não há nada recente. Para além de informação relevante, sei que tem o Gabinete do Utente e o nosso processo passa por potenciar isso ainda mais, simplificando a vida aos cidadãos, porque falha muita coisa, embora considere que já foi feito muito trabalho, não estou a querer dizer mal”. O objetivo de Luís com a sua candidatura é de criar um grupo coeso na freguesia, que faça frente às restantes forças políticas e sobre o resultado que espera do dia 26 de setembro, o candidato revela o seguinte: “Temos que fazer frente, isto não é uma questão de convicção, nós temos que fazer frente, não há hipótese e, até acrescento uma coisa, o que estou aqui a fazer, não é só por causa destas eleições. Não é. A minha candidatura é a pensar a longo prazo, é para criar uma base, um grupo de pessoas. Porque, ao fazermos esta candidatura, estamos a juntar um grupo de pessoas e esse grupo vai
ser muito importante, não é só para esta luta, é para esta batalha, é para o futuro, para daqui a quatro anos. Este socialismo vai ter que dar a volta em todo o país e Rio Tinto é mais uma semente. É uma semente que é importante para o Distrito do Porto e para criar aqui uma comunidade e juntar os liberais que estão aqui dispersos. Depois de ser Liberal, não há volta a dar. Não há nenhum Liberal que se torne socialista, mas há muitos socialistas que tornam-se liberais. Normalmente, associamos os liberais aos "betinhos", eu sou de Rio Tinto, sou da Terra dos "Gunas". Eu não quero que as pessoas pensem que os Liberais são "betinhos" que vivem num berço de ouro. Eu gostava mesmo era que a minha candidatura contribui-se para a eleição de um Vereador. Para isso acontecer implicaria ter quase 2000 a 2500 votos, o que é quase impossível, mas diria que um bom resultado seria ter uma boa presença e conseguir atingir 1000\1500, se calhar até 2000 votos. O meu sonho era criar aqui uma boa base, se calhar até de 40 membros efetivos ativos que não existe e ter uma massa de eleitorado que contribua para o circulo do Porto. Espero que, as pessoas não votem nos habituais por conformismo, nomeadamente no PS, especificamente aqui, espero que os eleitores estejam convictos do seu voto. Se vamos mudar é para mudar e mudar não é com extremismo, é connosco. Espero que as pessoas façam isso e que se juntem a nós”. Caso não seja eleito, Luís Nascimento revela que assume o cargo na Assembleia, “Nem que seja para fazer barulho. Porque fico sempre curioso que a informação não venha toda a público e para mim, a informação deve ser pública e transparente. Seja eu, seja os meus parceiros, vamos fazer barulho para a Assembleia, vamos chatear quem lá estiver e reivindicar coisas”.
Edison acrescenta o seguinte: “Apesar de agora, já não termos lá ninguém racista ou xenófobo, nem nada que se pareça, não vou dizer que já não o tivemos, mas a Comissão de Ética do Partido fez um trabalho excelente a expulsar essas pessoas. No entanto, há sempre algum receio que possa vir a ter algum tipo de perseguição a nível profissional. Aconteceu-nos com um candidato que tivemos que trocar, dado que foi ameaçado de despedimento quando o patrão soube que ele era candidato do CHEGA. Eu não tenho medo. Penso que algumas pessoas têm uma ideia errada do partido, porque grande parte da comunicação social, quando há alguém a falar contra os poderes instalados, as palavras, Extrema-Direita e Populismo. O André Ventura tem a sua maneira de falar e pode às vezes ser mais, ou menos, agressivo, mas o que é certo é que politicamente, no parlamento, é das poucas pessoas que tem coragem para dizer o que tem de ser dito”. O candidato critica o facto de, quem está no poder são sempre os do PS e do PSD e diz o seguinte sobre os rivais do CHEGA, os políticos “Pensam que os seus cidadãos são autênticos "burros" e, eu digo isto porquê? Porque se uma pessoa tiver um buraco na porta de casa, passam três anos e meio e ninguém quer saber, pode queixar-se a quem quiser, ninguém vai lá tapar o buraco, quando começa as eleições autárquicas é que começam a fazer as obras à pressa”. Outro ponto criticado foi o Parque Urbano de Rio Tinto: “Nós estamos aqui num local que é muito publicitado pelos nossos adversários políticos. O Nuno Fonseca e o Marco Martins. Eles estão sempre a tirar fotos, mas tiram só de um lado, porque isto está uma vergonha. Nós estamos aqui a ter esta entrevista no meio do Parque Urbano, onde podemos ver que o mesmo está carregado de silvas e se algum miúdo cai fica todo picado. As vias principais da nossa
Freguesia são todas muito bonitas, mas se nós nos afastarmos 50 metros em linha reta, a realidade vem ao de cima, ruas com buracos, casas a cair aos pedaços, tampas fora do sitio e, já sabemos que até às eleições, algumas dessas obras serão corrigidas, mas depois se o buraco voltar a abrir, só daqui a quatro anos é que voltam a recuperar”. O candidato explica que sempre teve uma ligação forte ao desporto, principalmente na freguesia que o viu crescer e critica o seguinte: “Por ser uma pessoa muito ligada ao desporto, dói-me na alma que uma cidade que é das mais habitadas e de maior dimensão em Portugal, não ter um clube que possa, realmente, ter formação para os nossos jovens ao mais alto nível. Não temos. Nem o clube do concelho, que já teve, mas por causa de casos de corrupção foi parar aos distritais, como muitos se lembraram. Isso dói-me. E acho que Rio Tinto tem potencial para ser muito mais do que apenas um dormitório”. Quanto ao programa eleitoral, revela que ainda está à espera da aprovação do partido. No entanto, levanta um pouco a cortina e adianta alguns pontos do seu plano. O primeiro ponto diz respeito à Fiscalização das empresas que poluem diariamente o rio. “No outro dia, o Presidente da Junta, pelo qual tenho muito respeito, fez uma publicação com o rio todo poluído e diz que não é possível fiscalizar. Mas não estamos a falar de um rio com 1000 quilómetros, estamos a falar de um rio com 50\60 quilómetros e os riotintenses sabem muito bem quais são as empresas que poluem o rio, eu não posso dizer quais são, por riscos legais, mas quem tem o dever de investigar sabe muito bem quem são os responsáveis. O segundo ponto é o seguinte: “Deixar de olhar tanto para as vias principais da cidade e preocupar-me com as pessoas que vivem na periferia da cidade. Eu dou o exemplo da zona do Caneiro, que tem uma zona industrial, relativamente
grande e está completamente ao abandono. Tem ruas em paralelo de 1960, está cheia de buracos, não tem acesso e tem uma linha de comboio que passa no fim dessa rua a alta velocidade, sem nenhum tipo de proteção. Existe uma passagem de nível que parece que estamos no tempo da União Soviética. As empresas, naquela zona, estão a fechar, porque não há acessos, os camiões não conseguem entrar ali” . O terceiro ponto que considera mais importante é o apoio às coletividades da Freguesia: “Nós tivemos acesso a alguns documentos da Câmara que mostram os valores pagos ou os fundos de apoio que a Autarquia dá a todas as Associações do concelho e reparamos que há Associações históricas, aqui em Rio Tinto, como o Dramático, que recebe meia dúzia de trocos por ano, quando tem um teatro lá dentro que poderia ser mais aproveitado e não o faz porque, simplesmente, está a cair aos pedaços”. Quanto ao dia do veredicto final, Edison explica o seguinte: “Sinto-me confiante se não, não tinha aceito este convite. Sabemos que é muito difícil, porque a freguesia de Rio Tinto, foi onde o PS teve o melhor resultado eleitoral de todo o concelho. No entanto, também sentimos que os riotintenses são pessoas que estão muito ligadas à política e que gostam de sair de casa para ir votar. Acredito que, há muitas pessoas que querem uma mudança, porque estão fartos de ter sempre os mesmos no poder e acredito que no dia 26 vão sair de casa para tentar fazer parte da mudança. Nós sabemos que ganhar a Junta é muito difícil, mas um bom resultado seria elegermos deputados para a Assembleia de Freguesia e conseguir retirar a maioria que a esquerda tem em Rio Tinto. E se conseguirmos eleger, assumirei o cargo na Assembleia”.
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AUTÁRQUICAS 2021
>PS- Nuno Fonseca A representar o Partido Socialista na corrida temos, Nuno Fonseca, atualmente, Presidente da Junta de Freguesia: “Esta recandidatura surge porque é um seguimento de um projeto. O projeto ainda não está concluído. Nós podemos fazer três mandatos e pensamos sempre numa lógica para esses três mandatos. Ao realizar uma retrospectiva dos anos que passaram, o atual autarca explica que: “Não há nada que nós possamos dizer que não foi feito, porque há muita coisa que foi feita que não constava nos nossos compromissos. Neste momento, não há aqui compromissos eleitorais que eu possa assumir que me vão fazer ganhar a Junta, porque estou, principalmente, a ser avaliado pelo meu trabalho. Por isso mesmo é que isto é um trabalho de continuidade.” Ainda sobre as funções que tem vindo a desempenhar acrescenta que: “Quando estamos numa Autarquia, temos dois tipos de atividades completamente diferentes. Uma é a gestão diária da freguesia, é um trabalho de continuidade. É um trabalho que qualquer pessoa que esteja no meu lugar vai ter que o fazer, porque é um trabalho diário, é um trabalho de cuidar da freguesia. Poderemos fazê-lo com melhor
> Coligação CDU: Fátima Pinto A vestir a camisola da coligação da CDU, o nome apresentado é Fátima Pinto. A candidata já não é novata à corrida à Junta de Rio Tinto, visto que, há quatro anos integrava a lista apresentada. No entanto, apesar da derrota, Fátima fez questão de marcar presença nas atividades do partido, bem como nas Assembleias de Freguesia: “Participei em to-
qualidade ou pior, poderemos melhorar os procedimentos, que foi aquilo que nós nos últimos anos, nos dedicamos - a nível de qualidade, de melhoria de procedimentos, maquinaria, formação dos trabalhadores, redução dos consumos (água, resíduo, entrada desses resíduos numa economia circular) por isso é que, somos também uma Eco-Freguesia. Portanto há aqui um trabalho de qualidade que é feito neste primeiro grande bloco que é o de gerir o dia a dia da freguesia e, acho que só isso, é a nossa principal tarefa de estarmos aqui. É nessa linha de pensar no futuro que, Nuno Fonseca, adianta que é importante continuar a apostar na História e Identidade da Freguesia: “Há aqui duas áreas diferentes que considero fundamentais. A primeira é que nós para termos identidade, para deixarmos de ter aquela etiqueta de dormitório, temos que dar a conhecer e ter um registo muito forte daquilo que é o nosso património comum e fazer algo que, efetivamente, nos distingua. Nos últimos 50 anos, tivemos muitas pessoas que vieram de fora para viver na nossa freguesia e, precisamos de criar identidade e História. Logo, temos que apostar claramente nestas questões. Falta-nos trabalhar essas áreas, com a criação de um museu ou um museu virtual, ou um centro de documentação, ou identificação do património arquitectónico, ou de algum património natural. Trabalhar isto quer a nível local, quer a nível de produção de materiais, livros, redes sociais, que também é muito importante, deixar-me-ia muito satisfeito se nós conseguíssemos esse trabalho todo realizado daqui por quatro anos, nem que fosse pelo virtual, através do site, para que as pessoas pudessem valorizar a história”. Outra área que o edil reconhece que necessita de ter investimento é a cultura: “Uma outra área que nós precisamos de investir e que vai ser uma das marcas que vamos apostar muito no próximo mandato é, efetivamente, a área cultural. Acho que Rio Tinto precisa de mais atividades culturais e quando digo atividade cultural, não é só em quantidade, mas sobretudo em qualidade. Voltamos novamente ao tamanho de Rio Tinto, eu acho que nós precisamos de desenvolver um evento ligado
ao nome da Freguesia, mas um evento nacional, um evento que nos distinga. E, é nisso que vamos apostar no próximo mandato”. Neste mandato, a pandemia deixou uma marca no meu percurso politico: “Ninguém estava preparado e quando dizemos que ninguém estava preparado, não era preparado a nível financeiro, não é essa a questão. O março de 2020, para quem tinha responsabilidades autárquicas, como eu, foi um mês extremamente difícil, porque nós, simplesmente não sabíamos o que é que havíamos de fazer. Tínhamos que pensar ao dia, como resolver algumas coisas. As autarquias locais reinventaram-se e estiveram sempre, e é das verdades mais absolutas que eu posso dizer, ao lado dos cidadãos em tudo. Os primeiros equipamentos de proteção foi a Junta que os comprou a preços brutais para oferecer à policia, ao Centro de Saúde, para os funcionários da Junta poderem trabalhar, para oferecer ao Centro de Dia. Oferecemos na altura viseiras para alguns serviços no Hospital São João. O banco de emergência alimentar de Rio Tinto, no mês de abril de 2020, teve um valor igual a da média que nós tínhamos nos últimos sete anos. Tivemos que arranjar fornecimento de carne, peixes, frutas, entre outras coisas. Acho que a Junta, sinceramente, foi a resposta. Nem só nessa altura da pandemia, basta ver aquilo que aconteceu com a Vacinação e com aquela campanha que nós fizemos em andar a bater à porta dos idosos para saber os números de telemóvel por causa da vacinação. Mas esta ideia de perceber que iria haver uma grande quantidade de pessoas que não iria ter contacto, ou que não iria receber a chamada, obviamente que esta ideia só parte de uma autarquia. Acho que quem está a pensar num patamar superior, num ministério, numa direção geral, obviamente que nunca se iria lembrar deste problema. Mas isto é apenas porquê? Porque estamos próximos, porque a Autarquia está próxima e porque se reinventa”. O candidato revela que não faz questão de deixar nenhuma “Marca Nuno Fonseca” e sublinha que, apenas quer ser feliz na Junta de Rio Tinto, enquanto estiver na mesma. Sobre o assunto acrescenta ainda o seguinte:
“Quando for embora, quem vier a seguir, que faça o seu caminho. O que é que eu quero deixar? Quero deixar projetos, extremamente solidificados com pilares fortes, que sejam importantes para a freguesia e que depois não possam ser meramente destruídos ou anulados, mas que possam ser melhorados. Posso dar o exemplo da Universidade Sénior, é difícil alguém que venha depois de nós, conseguir destruir uma Universidade com 400 alunos, se ela tivesse trinta ou quarenta, era fácil, agora com 400 é difícil. Por exemplo o logotipo de Rio Tinto, a colagem tão forte que nós fizemos à imagem da lenda e à questão das comemorações da lenda, a questão de colocarmos o logotipo em vários sítios e as pessoas, hoje, identificarem como o símbolo de Rio Tinto, tem aqui uns alicerces, suficientemente fortes, para chegar aqui alguém e fazer uma inversão de 180º graus e ir no sentido errado. Da mesma forma que acho que em 2021, não posso estar a fazer as mesmas coisas que outros, no passado, fizeram muito bem em 2010 ou em 2001, e também não vou querer que em 2030, alguém faça as coisas que eu estou a fazer em 2021. Agora, marca Nuno Fonseca? Não. Acho que a marca Nuno Fonseca é as pessoas reconhecerem-me a mim, como o Presidente da Junta da minha Terra, um cidadão de Rio Tinto como os outros, porque é a Terra da minha Família, dos meus amigos, a Terra das pessoas que eu conheço. E o facto das pessoas passarem por mim na rua e dizerem, olha ele foi Presidente de Junta, foi uma pessoa que ajudou a desenvolver Rio Tinto, que ajudou a lutar pela sua Terra, é apenas isso que eu espero, não espero marcas ou símbolos”. Ponderando todos os cenários possíveis das autarquias, o atual Presidente Nuno Fonseca diz o seguinte: “Em caso de derrota assumo o lugar na oposição. Só se houver algum motivo extraordinário é que não. Se ganhar estarei cá para exercer o meu cargo, se não ganhar, estarei cá para exercer o cargo que para o qual fui eleito. Já ganhei muitas eleições, mas também já perdi muitas.
das, algumas vezes como suplente”. Para além do seu papel ativo com o partido na Freguesia, a candidata ainda integra a Comissão de Freguesia da CDU de Rio Tinto. Há 20 anos que escolheu Rio Tinto para criar raízes, para criar a sua família. A candidata para além de ter uma vida ativa na política, durante estes anos, também teve um papel ativo no Movimento Associativo, com a participação nas Associações de Pais. Durante todo este tempo em que habita na freguesia, a candidata aponta algumas falhas da mesma. A primeira apresentada diz respeito ao Património: “Cada vez mais perdemos património. Deixamos de fazer coisas aqui na Freguesia, que acabam por ser substituídas por estas superfícies comerciais e é algo que, quando cheguei a Rio Tinto, há mais de 20 anos, acontecia. Em pouco tempo, perdeu-se muito património aqui”. Outro ponto levantado é o Ambiente, mais propriamente a Higiene Urbana. A candidata defende que a situação, a cada dia que passa, tem vindo a piorar. “A nossa freguesia está suja, tem mesmo que haver uma alteração, ou seja, mais uma vez, a Junta precisa de fazer pressão sobre a Câmara, por causa da Rede Ambiente”. Na perspetiva da candidata , outro ponto que está a falhar são as Acessibilidades. Para além dos três tópicos, Fátima mostra
a sua preocupação com a zona da Areosa, por causa das Alterações de Trânsito que foram realizadas: “Estivemos na Areosa, porque recebemos muitas reclamações dos comerciantes e moradores que não concordam com as alterações realizadas. Por um lado, os comerciantes reclamam que perderam muito negócio, com a alteração do trânsito para a outra rua e temos moradores que, realmente estão descontentes porque a quantidade de autocarros a passar é muito incomodativo. Os comerciantes acham e foi-lhes dito que, isto seria uma experiência de três meses, que nós supomos que é até setembro, ou seja, até às eleições. É o que nós achamos e depois das eleições os comerciantes têm receio que aquilo continue assim no mês de setembro, porque é quando começa as escolas. Nós apresentamos algumas propostas, houve comerciantes que fizeram algumas reuniões no sentido de ouvirem, mas não aconteceu com todos e realmente gostávamos que, as propostas que foram apresentadas, tivessem sido validadas e estudadas de outra forma o que não aconteceu, porque lá está, a maioria é PS”. Na perspetiva de Fátima, é necessário que a Junta de Freguesia de Rio Tinto tenha uma voz mais ativa na Câmara, segundo palavras da mesma “Há aspetos que são necessários serem alterados na freguesia
que não são competência da Junta, mas sim da Câmara, no entanto consideramos que a Junta falha nessa voz ativa perante a Câmara”. “A CDU têm voz, a CDU têm trabalho, a CDU têm provas dadas quer junto dos riotintenses, quer na Assembleia de Freguesia, em que realmente trabalha e mostra as preocupações com a Freguesia. Até posso ir mais longe e dizer que somos a única força política que realmente levamos trabalho”, aponta a candidata. Quanto à corrida eleitoral, a candidata revela o seguinte: “Sinto-me confiante. Sinto muita confiança na equipa com que nós estamos, porque é uma equipa jovem, renovada e com muita vontade de lutar e isso, dá-nos muita confiança. A candidata admite ainda que, independente do resultado, “A CDU estará sempre presente, por isso assumirei o cargo na Assembleia. Um bom resultado era ganhar, isso era um excelente resultado, mas o que é importante é continuar a marcar posição e, realmente a CDU, é uma força política que mostra trabalho, não mostra trabalho só quando está perto das eleições, mostra sempre trabalho. Nós estamos sempre na rua, para ouvir os riotintenses”.
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AUTÁRQUICAS 2021
União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova Chegou a vez das Juntas da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova irem a jogo. Ao contrário das outras Juntas do concelho que são PS, atualmente, é a única presidida por outro partido, a CDU. Foram apresentados cinco listas. A candidata representa a Coligação PSD\CDS, é Sónia Ribeiro. A representar a coligação CDU, vai novamente a jogo, o atual Presidente da União de Freguesias, Pedro Vieira. A estrear esta competição temos o candidato do CHEGA, Pedro Castro. Já o Partido Socialista nomeou Sofia Martins para a disputa. A vestir a camisola do Bloco de Esquerda, surge Abel Carvalho.
> Sónia Ribeiro - Coligação PSD\CDS A representar a Coligação PSD\CDS, na disputa pelas Juntas de Freguesia, temos Sónia Ribeiro. Cresceu em São Pedro da Cova e vive atualmente em Fânzeres, no entanto, sempre teve a sua família espalhada pelas duas freguesias. Atualmente, faz parte da Comissão Política do PSD e há uns anos atrás foi Presidente do Núcleo do PSD de São Pedro da Cova, sendo que nessa altura, chegou até a receber o desafio para encabeçar uma lista à Terra Mineira, no entanto, conclui que na altura ainda não estava preparada para o cargo. Profissionalmente é Advogada, o que segundo a mesma, dá-lhe mais vantagens a nível de
> Abel Carvalho -BE Abel Carvalho é o candidato escolhido pelo Bloco de Esquerda para encabeçar a lista candidata à União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova. É natural do Porto e há 20 anos que vive em Fânzeres. A sua ligação com o partido começou quando,
proximidade com a população. Para estas autárquicas recebeu novamente o convite para encabeçar a lista. A candidata confessa que, apesar de ter indicado outros potenciais candidatos, “Os alvos eram sempre endereçados” a Sónia. “Tentei, de certa forma, não encabeçar nenhuma lista, mas depois de ponderar muito bem, aceitei o convite por duas razões: Primeiro porque o PSD, é o meu Partido e sempre me mantive fiel aos ideias que ele defende. Quando me direcionaram este desafio, senti que neste momento não podia recusar, porque as condições parecem ser desfavoráveis e, é nestes momentos que temos que mostrar-nos presentes para o Partido e foi o que eu fiz, aceitei. A segunda razão, prende também com a consciência que fui adquirindo de que, a situação das duas freguesias, está a tornar-se cada vez mais problemáticas, em vários níveis”. É nessa linha que Sónia aponta que “Temos assistido a uma degradação das condições de vida das populações, especialmente das mais desfavorecidas. No geral, temos vindo a cavar um fosso entre as Freguesias ricas e as privilegiadas, nem vale a pena dizer quais são. E, vê-se que, as Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, são tratadas como os parentes pobres, sem recursos, sem investimentos, sem vontade política para melhorar, claro que, pelo executivo camarário. Um dos pontos que, a candidata refere é que uma das suas principais bandeiras é a Proximidade: “A minha intenção é estar pró-
xima à população, ouvir os problemas, ouvir as suas reclamações. Sei de situações em que as pessoas reclamam, ou fazem uma reclamação à Junta e a mesma diz que essa reclamação deve ser endereçada à Câmara e, por sua vez, a Câmara diz que é da Junta. Portanto, eu quero estar próximo e criar condições para que, quando as pessoas reclamarem, consigam obter uma resposta a essa questão. A Junta é o organismo que está mais perto dos cidadãos e tem a obrigação de dar uma resposta e resolver” as situações apresentadas. Outro ponto mencionado é a Higiene Pública. Segundo Sónia, há falta de manutenção e de limpeza nos espaços: “Há uma falta de condições de Higiene Pública decorrente da acumulação de lixo e de dejetos. Não é só junto aos contentores ou pontos de recolha. Mas por toda a parte, basta andar na rua. Há cerca de três meses que ando a realizar visitas e vejo estas situações: Não promover a limpeza e a manutenção dos espaços é um convite ao desleixo”. Ainda no tópico da higiene, segundo a candidata é necessário realizar a desbaratização e a desratização das redes de saneamento, bem como das pragas que a assolam as casas e os espaços de convívio. Sobre o assunto, a candidata defende a necessidade de promover uma educação, onde o exemplo tem que partir da Junta e da Câmara, os próprios funcionários têm que ser educados. Interligado com o ponto anterior, a candidata aponta para um terceiro objetivo que diz res-
peito à Habitação e à sua dignificação. O ponto de ligação que se apresenta com a anterior é no sentido em que, a candidata critica o facto dos Bairros sociais, centraram vários problemas das freguesias, sendo que um deles, como já foi referido, concerne na eliminação das pragas nas redes saneamento. Ainda neste tópico, faz um desabafo: “Há casas sociais que estão fechadas e há outras que estão ocupadas nos Bairros, onde as pessoas carecem de uma habitação condigna. Quanto às que estão fechadas, eu não quero acreditar que essas casas estão reservadas para quem tem o cartão do partido, seja ele qual for”. Respetivamente ao facto das Juntas não serem Socialistas e sim da coligação CDU, Sónia defende o seguinte: “Sei que pode estar na Junta um Partido e na Câmara outro. Obviamente que temos consciência que não ajuda. Mas o papel da Junta é reivindicar, é fazer-se ouvir, junto da Câmara. A Junta tem que ter uma ação proativa. O que acontece é que diz que não é função dela e que o problema é da Câmara, mas nada faz. Porque a Junta e a Câmara têm de trabalhar unidos para o cidadão. Só assim é que as coisas podem funcionar”. Quanto ao dia 26 de setembro refere que, está confiante e que um bom resultado é: “Para além da vitória, é fazer uma Mudança”. Caso o resultado não seja uma vitória, a candidata assume o cargo na Assembleia.
há 10 anos tornou-se militante do BE, no entanto revela que começou a ter uma participação ainda mais ativa na política quando, há 6 anos, entrou para a Concelhia de Gondomar. A proposta surgiu pela concelhia que o considerou, após votação dos militantes, como o candidato com o perfil mais indicado para esta disputa eleitoral. Sobre a sua candidatura, lamenta, unicamente, de não ter mais tempo para estar mais presente devido ao trabalho. Mas para Abel, apesar dessa dificuldade de limitação horária, foi fácil aceitar a proposta, dado que se identifica com o partido. O nosso logo é “Ninguém fica para trás” e, é nesse sentido que aponta o seguinte: “Fânzeres, comparado a São Pedro da Cova, dá a ideia que SPC foi esquecida, foi deixada para trás”. Das suas propostas o candidato elencou três pontos que considera importantes para a freguesia: “Dou o exemplo da reabilitação do complexo Mineiro de São Pedro da Cova, porque consideramos
que é fundamental a Reabilitação do Cavalete. Aliás, uma das competências de um Presidente da Junta é fazer força para salvaguardar todo esse Monumento Histórico, principalmente porque é um património de interesse público. E neste sentido, a reabilitação do cavalete permite atrair mais pessoas à Freguesia. Após investigar descobri que antes havia um elétrico que vinha diretamente do Porto para São Pedro da Cova, pergunto porque não criar uma rota do Mineiro e trazer um autocarro por essa rota que vinha dar às Minas? Outra situação que aponto é os rios, porque não fazer um passadiço pelo Rio Ferreira. Também considero relevante a reabilitação da habitação e coloca-la a custo justo para as pessoas poderem viver. Nota-se o aumento das rendas das casas e temos que ter em atenção a essa situação. Algo que é transversal para as freguesias é a limpeza das ruas, isso tem que ser a Junta tem que fazer força para ter pessoas que realizem essas limpezas a todo o lado e não apenas nos sítios es-
tratégicos”. Na sua perspetiva e do que houve por parte das coletividades e das pessoas, a Junta está muito afastada da população e “isso é uma preocupação. Não sei se é, por proximidade ou histórico de eleições, mas vejo um pouco do afastamento entre a Junta e a população”. Para o candidato um bom resultado é conseguir eleger representantes para a Junta, para “Conseguir discutir e levar estes assuntos para cima da mesa. Em 2005 e em 2009, já lá tivemos um representante na Assembleia de Freguesias e é para isso que vamos lutar. Nós queremos que as pessoas participem, queremos que elas nos ajudem a mudar, queremos que as pessoas estejam mais ativas. Entrando na Assembleia teremos essa hipótese de levar temas que as populações considerem que são importantes para discussão. Sinto-me confiante e se a população quiser, assumo o cargo na Assembleia”.
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AUTÁRQUICAS 2021
> Pedro Castro- CHEGA A vestir a camisola pelo Partido do CHEGA, temos Pedro Castro. Tem 42 anos, é natural de Coimbra, mas há 36 anos que vive na Freguesia de Fânzeres, atualmente, para além de possuir um ginásio em Fânzeres, é Presidente da Coletividade Clube Futebol Os Barreirenses. O desafio chegou às suas mãos através de um grupo de amigos que faziam parte da Assembleia Distrital. Segundo o militante, os seus ideais coincidem com os ideais que o partido defende, daí ter recebido a proposta para representar o partido na luta. Para além da candidatura à União de Freguesias, o candidato também faz parte da lista apresentada pelo CHEGA à Câmara de Gondomar.
> Sofia Martins- PS Na equipa socialista, o nome apresentado já é conhecido dos eleitores, dado que é a segunda vez que, o PS, escolhe Sofia Martins para disputar a corrida. Segundo a candidata, uma das características que a descreve é a resiliência e esse é o motivo da sua recandidatura, mesmo após uma derrota de aproximadamente 1000 votos, em 2017. Eleição essa que lhe concedeu a possibilidade de assumir o cargo de Presidente da Assembleia de Freguesia. A Candidata acredita que, é a alternativa para a Mudança, porque conhece os problemas, conhece bem o território e, na sua opinião, a sua candidatura à União de Freguesias pode ser considerada como “Uma lufada de ar fresco”. Segundo o seu ponto de vista, “Temos uma Junta de Freguesia submissa a uma estru-
Pedro deixa assente que não se considera um politico: “Eu faço parte do povo. Eu sou do povo e tendo em conta que há muitas coisas que estão mal nas Freguesias, aceitei este projeto com todo o gosto, porque estou aqui para fazer o melhor e o que é necessário para nós Povo”. Quanto a medidas para a Freguesia, a primeira que apresenta concerne na aposta no Desporto, no Lazer e na cultura. Segundo o candidato a União de Freguesias têm muitas coletividades e uma “Áreas fantástica” que deveria ser mais aproveitada para este fim. Outro ponto que o Partido irá defender é a necessidade de requalificar as ruas, os passeios e as estradas que segundo o candidato, encontram-se muito degradadas e esquecidas. O candidato explica que, com o tempo, a situação tem piorado o que acaba por não trazer qualidade de vida para a população. Para além das mencionadas, uma das principais bandeiras do candidato diz respeito aos transportes públicos: “Pretendemos tentar com que os transportes coletivos sejam melhorados em algumas zonas sem acesso dos mesmos. Há certos locais que são necessários, porque as pessoas saem tarde do trabalho e querem chegar a casa e descansar, no entanto, antes disso, têm que fazer uma caminhada para chegar às suas casas. Outro ponto que consta na lista de Pedro Castro, toca no tema das Forças de Segurança: “Para mim, é fundamental dar apoio
às nossas forças policiais, porque eles necessitam de ter mais meios, visto que estamos em duas freguesias grandes e o ponto onde eles se encontram neste momento, não é um ponto de fácil acesso para poderem agir perante as necessidades. Muitas vezes vemos as pessoas a apontar o dedo às nossas Forças Policiais, neste caso à GNR, que são os responsáveis por Fânzeres e São Pedro da Cova, e vejo a necessidade do povo, mas também vejo a necessidade deles e, por vezes, há situações em que a culpa não é deles”. O candidato faz ainda referencia no seu plano à retirada dos resíduos tóxicos de São Pedro da Cova e, sobre o assunto acrescenta: “Outro ponto é colmatar algo que já está a acontecer que é o lixo que está depositado em São Pedro da Cova. Foi um assunto que tenho vindo a acompanhar e que, do meu ponto de vista, esta situação já deveria estar resolvida, porque se ainda não está retirado, é porque não há quem pressione, ou se calhar, há interesses para deixar andar”. Tendo em conta que, a União de Freguesias não é presidida pelo PS, sobre o assunto Pedro dá a sua opinião: “Eu acho que, esta situação, pode ser um entrave aos investimentos. Eu acho que hoje em dia, um Presidente de Junta tem que ter uma voz ativa e mesmo que não tenha acesso a apoio partidário, ele tem que saber bater o pé e levantar a mão, quando for necessário dizer não e abanar a cabeça quando for necessário dizer sim. Co-
nheço o nosso atual Presidente de Junta, o Pedro, é uma pessoa muito boa, não quero entrar em divergências com ninguém, mas acho que, visto que é a única freguesia que não é PS, acho que é deixada um pouco para trás, se calhar, o apoio não entra dentro daquilo que é necessário devido a essa realidade”. Um bom resultado para Pedro Castro no dia 26 de setembro é ganhar: “Quando eu entro numa coisa é para ganhar. Eu acho que quando uma pessoa entra para uma situação destas é para ganhar. O CHEGA é um partido novo, mas já é considerado o terceiro partido a nível nacional. Acho que nós somos um partido, em que a maioria dos simpatizantes tem vontade de fazer, tem voz para o fazer e querem fazer coisas. Essa é a verdadeira realidade do Partido do CHEGA. Depois, como diz o nosso logo -Fazer mais e melhor- é para isso que estou aqui e se tiver que ser contra a Partidos opostos, se tivermos a sorte de ganhar, estou preparadíssimo para isso". Quanto ao cargo na Assembleia, o mesmo refere que, caso seja eleito, assume o cargo: “As pessoas que estão ao meu lado dizem-me Pedro, ganhes ou não ganhes, o que importa é entrares para conseguires ser ouvido e dizer o que está bem ou mal. Tenho noção que não será uma disputa fácil, porque são cinco candidatos, mas nós estamos cá para contrariar as estimativas dos grandes partidos, como é o caso do PS e PSD”.
tura partidária e isso tem prejudicado o desenvolvimento da União de Freguesias e faz com que não haja dinamismo. As pessoas acabam por reclamar que ficam para trás, mas tem que pensar o porquê dessa atraso e se não estará associado a esse tipo de governação. Uma das situações que posso referir é o Ambiente, nesta União de Freguesias temos a necessidade de fazer melhorias substanciais nesse setor”. Na opinião da candidata, o facto da Junta não ser Socialista, não é desculpa para a situação que está acontecer em ambas as freguesias. Sobre o assunto Sofia explica o seguinte: “Posso falar com conhecimento de causa, devido às funções que tenho desempenhado, enquanto adjunta do Presidente e que me permitiu perceber a forma de trabalhar da Câmara, nesse sentido, acho que a União de Freguesias não se pode queixar. De maneira nenhuma. E posso falar de obras recentes como a intervenção no problema dos resíduos, com a aquisição dos terrenos, o investimento que tem sido feito nas vias, dou o exemplo da Avenida da Conduta”. Caso ganhe as eleições, Sofia Martins refere que a primeira coisa que irá fazer quando entrar pelas Juntas no dia 27 de Setembro, segunda feira, será: “Conhecer as pessoas com quem irei trabalhar todos os dias, que são os funcionários das Juntas de Freguesias, porque a relação que eu tenho com as pessoas é sempre de proximidade. Quero ser uma Presidente presente e quero ouvir os colaboradores e, é nesse linha que pretendo dotar a Junta de equipamentos de modo a torna-la mais eficiente e, em vez de construirmos algo em meia dúzia de metros, porque eu sei da dificuldade da Junta em recursos humanos é grande, mas se for mais eficiente, consegue também responder
mais, ou seja, com o mesmo dinheiro, conseguir optimizar recursos”. Outro ponto que levanta concerne aos problemas da Mobilidade, para pessoas com mobilidade reduzida e idosas: “Nós somos uma União de Freguesias com muita população idosa e, por isso, considero que devíamos olhar atentamente para a Mobilidade. Essa é uma das questões do nosso plano eleitoral, apoiar a mobilidade das pessoas com mais dificuldades, quer motora, quer física”. Ainda dentro desta área, aborda o problema dos transportes públicos, “Em São Pedro da Cova, temos até às 20h da noite para viajar para determinados lugares, porque o transporte publico acaba e, a partir dessa hora as pessoas têm que andar a pé. A Junta é uma força vivia e como força viva que é, deve ser a primeira voz do cidadão e, então, da mesma forma como se reivindicou outras situações para as freguesias, como os correios, temos sempre uma palavra a dizer nos transportes”. Outro ponto que levanta é a criação de uma Loja de Cidadão nas Freguesias, porque segundo Sofia esta União, ao contrário das outras localidades do concelho, não possui este serviço público e criar um gabinete de apoio ao Associativismo. Para além disso, pretende tornar os serviços mais eficientes, visando o uso das novas tecnologias. O ambiente também é outro tópico crucial na sua recandidatura: "Eu tenho a consciência que são muitos jardins e que os recursos são poucos, mas com um pouco de gosto e mesmo as próprias pessoas se começarem a ver as freguesias de outra forma, começamos a ser uma União de Freguesias mais aprazível de se viver e, assim conseguimos também captar residen-
tes, porque temos vindo a perder população, nomeadamente em São Pedro da Cova. No meu entender, devíamos também mostrar que somos um território onde é bom viver. Dou o exemplo do Jardim, em São Pedro da Cova, perto do Centro de Saúde, que está sempre maltratado. A maior parte dos jardins são competência da Junta, retirando um ou outro de grandes dimensões que são da responsabilidade da Câmara”. A candidata sublinha que é necessário olhar para as Freguesias separadamente, no entanto, tendo em conta que é uma União de Freguesias, temos que as saber preservar. Sobre a discussão que está em cima da mesa quanto à desagregação, refere o seguinte: “Sou a favor da desagregação. É possível com elas separadas conseguir outra dedicação, porque estamos a falar de freguesias enormes, Fânzeres tem aproximadamente 25 mil habitantes, São Pedro reduziu, mas mesmo assim é uma freguesia muito grande, que tem cerca de 14 mil habitantes. Sei que é a vontade das pessoas, mas tenho a perfeita consciência de que, se continuar a ser uma União de Freguesias, não irá ficar prejudicada por causa disso, porque tenho a capacidade para estar à frente de uma União”. "Para terminar refiro-lhe ainda que a minha candidatura é verdadeiramente transversal, prova disso, é o apoio do ex Vereador Fernando Paulo. Para mim, um bom resultado será, obviamente ganhar, caso isso não aconteça, assumirei, tal como há quatro anos o meu lugar na oposição, mas estou profundamente convicta que vou vencer”, refere a candidata.
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AUTÁRQUICAS 2021
> Pedro Vieira - Coligação CDU A assumir a responsabilidade de encabeçar a lista da CDU à União de Freguesias, Pedro Vieira, é recandidato. O atual autarca decidiu aceitar o desafio porque “Ainda há muito que fazer” por ambas freguesias. O primeiro tópico que o edil comenta é a Desagregação das Freguesias. Segundo o mesmo “Tudo fazia prever que, nestas eleições, iríamos trabalhar as freguesias separadamente. Saiu recentemente uma lei no qual, está previsto uma desagregação que será colocada em prática em 2025. E nós consideramos que, de facto, houve um recuo do PS nesta matéria, é penoso, é preocupante e é prejudicial para as populações que esta situação continue num território como este com 40 mil habitantes, com 50 coletividades, com cerca de 30 escolas, com nove conjuntos habitacionais, com rios e serras, por tudo isto, continuamos a dizer que para a população esta agregação é um erro. É prejudicial para o serviço do dia a dia. Essa é a razão que nos faz querer continuar a lutar e a trabalhar neste contexto para a sua desagregação. Assumimos isso pe-
rante a população”. Pedro Vieira, assume ainda o seguinte: “O nosso compromisso eleitoral, dos últimos quatro anos e para o futuro, não é um conjunto de iniciativas ou promessas que vamos fazer ou não. O nosso compromisso é com a desagregação das freguesias, com a continuação da retirada dos resíduos perigosos, é com o reforço e a valorização dos serviços públicos e dos seus trabalhadores. Para além disso, é a defesa da identidade de cada freguesia, não subalternizar nenhuma freguesia, porque o trabalho que o executivo faz é no sentido de promover e enaltecer o que cada freguesia tem de melhor. O que nós fazemos é equilibrar o apoio e o trabalho perante as Coletividades, as Escolas e Associações de Pais. É isso que temos feito e que pretendemos continuar a fazer. Naturalmente, num contexto de mais exigência à Câmara Municipal de Gondomar, para que efetivamente façam um investimento mais equilibrado no concelho. Esta União de Freguesias possui ainda muitas carências, dou como exemplo o saneamento que, em pleno Século XXI, ainda não chega a várias zonas das Freguesias e, isso para nós é inadmissível. Iremos continuar a lutar”. Ainda sobre o assunto, acrescenta que, considerou positivo o trabalho de saneamento realizado pela Autarquia na Bela Vista, no entanto relembra que “há muitas ruas que continuam necessitadas”. Além disso, aponta que é necessário acabar com a Concessão da Água e do Saneamento. Na perspetiva de Pedro ao tornar estes serviços públicos, a Câmara consegue ter condições para realizar o saneamento, no entanto, colmata a ideia referindo que “Enquanto não der lucro para a empresa Águas de Gondomar, é evidente que muitas das Freguesias irão ficar sem o saneamento”. Atendendo ao facto da União de Freguesias ser a única que não é comandada pelo PS, a relação entra a Câmara e a Junta, nos últimos quatro anos, não foi muito fácil: “Naturalmente há opções políticas diferentes de ambas as partes e isso é bem visível com o nosso programa. Agora, há aqui uma coisa
que está acima do confronto politico e ideológico que é as necessidades das populações. E, quando nós consideramos, por exemplo que o saneamento é essencial para o desenvolvimento de uma sociedade, é evidente que esta acima de qualquer ideologia política. Nós consideramos que estes serviços devem ser gratuitos, mas esta Câmara e esta empresa acham que não. Quando nós pedimos à Autarquia uma intervenção para fazermos um Parque Urbano, está acima de qualquer luta partidária, porque estamos aqui a falar do interesse em melhorar a qualidade de vida da população. Ou quando nós consideramos que é essencial renovar a Rua da Felga, aqui em Fânzeres, estamos a falar porque é uma rua de entrada para a Freguesia e que dá acesso à zona industrial de Cabanas. Nós quando reivindicamos isso é para o bem da população”. A área social também é um setor de relevância para o atual autarca. Para Pedro: há muita carência e a pandemia evidenciou ainda mais este problema social. “A Junta com a pandemia conseguiu adaptar-se, conseguiu avançar e conseguiu resolver. Quando todos fecharam os serviços - finanças, segurança social, Juntas de Freguesia de Gondomar- as Juntas da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, assumiu a sua responsabilidade e não houve um dia em que tenha fechado as portas. Inclusivamente, colaboramos com os Centros de Saúde de Fânzeres e São Pedro da Cova, para apoiar a população e, ainda agora, estamos a fazer isso com os certificados digitais. Sobre a pandemia termina constatando que: “Estivemos sempre de portas abertas para dar ajuda e para questões de solidariedade para a população. A juntar a isso, a Junta ainda teve a capacidade de intervir, de fazer iniciativas e de aumentar a sua capacidade de trabalho, porque dentro desta realidade, ainda conseguimos colocar nos quadros da Junta de Freguesia, cinco assistentes operacionais para fazer serviços na rua. Apesar de todas as dificuldades, estivemos sempre presentes”.
Sobre o futuro sublinha que o primordial é continuar o trabalho que tem vindo a realizar. Independentemente do resultado. Pedro explica que, quanto ao futuro: “Iremos por em marcha tudo aquilo que temos feito nos últimos anos, isto é um trabalho de proximidade com a população, com os nossos trabalhadores, com os Movimentos Associativos, com as Escolas e com as Coletividades. Naturalmente que temos projetos estruturantes para a Freguesia, temos aqui planeado um trabalho de melhoramento e requalificação do espaço público. Pretendemos continuar com este trabalho na medida das nossas possibilidades, das nossas competências, porque há trabalhos estruturantes que necessitam de serem feitos com a Câmara Municipal de Gondomar. Porque nós não temos a capacidade humana, nem financeira, de realizar a repavimentação de uma ruas. As competências da Junta estão bem definidas, fazemos todos os dias os pequenos arranjos e obras, o que ajuda a melhorar a vida das pessoas”. Quanto ao dia do Juízo final que se avizinha diz o seguinte: “Naturalmente que estamos convictos e disponíveis para que no dia 26 de setembro, termos um resultado que nos vá permitir continuar aqui ao serviço da população de Fânzeres e São Pedro da Cova. Nós queremos continuar a trabalhar e a dar o nosso contributo, no nosso dia a dia, para que o amanhã seja melhor. Muitas vezes, o trabalho da Junta parece que é muito silencioso, mas é um trabalho que de facto tem muita utilidade para as nossas populações. Neste momento estamos a trabalhar para continuar com um trabalho distinto em relação às outras Juntas. Estamos e vamos continuar a trabalhar para assegurar a vitória. Continuamos a fazer um trabalho coerente, sério, digno e respeitador e no dia 26 de setembro, certamente que a população também vai reconhecer esta forma de trabalhar séria e honesta que os eleitos da CDU têm”.
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CULTURA
Pedro Burmester atua Melres e Medas nas Festas ao Divino Salvador com Iniciativas Musicais
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Maria Pinto e Joana Moreira, que será realizado no auditório da Banda Musical de Melres. Na semana seguinte, no dia 4 de setembro, no Parque de Festas de Medas, a Junta de Freguesia, em conjunto com a Banda Musical irão realizar um concerto com a Banda Musical de Melres. ■ Foto: DR
O conceituado pianista, Pedro Burmester marcou presença nas Festas do Divino Salvador. O momento musical permitiu aos presentes desfrutar de um concerto onde foram tocados alguns temas de músicos lendários do mundo da música clássica, tais como: J. S. Bach, Franz Schubert, L. V. Beethoven e Frédéric Chopin. A Junta da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova agradeceu a presença do público presente: “Em ambos os espetáculos foi casa cheia e por isso estamos muito satisfeitos”. Para o executivo da Junta é importante reconhecer o trabalho desenvolvido por alguns voluntários, “Não quero dei-
Este ano de 2021, na União de Freguesias de Melres e Medas, por prevenção, o executivo decidiu não realizar a tradicional Semana Cultural. No entanto, no dia 28 de agosto, a Câmara Municipal de Gondomar xar de mencionar também o esforço de e a União de Freguesias vão orgaalguns populares voluntários que de nizar um concerto recital com Ana forma incansável não deixaram de assinalar a tradição tão querida dos Fanzereses presenteando-nos com vários embelezamentos e um tapete da Sra. Auxiliadora, Santa Bárbara, S. Tiago e do Divino Salvador.” “A cultura sempre foi uma aposta desta Junta, mas iniciativas desta envergadura só serão possíveis de concretizar com um vasto conjunto de apoios, nomeadamente das Paróquias e empresas desta União de Freguesias que connosco colaboram”, constatou Maria José, responsável pelo Pelouro da Cultura. ■
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CULTURA
Luís Aguiar é vencedor da 3.ª Bienal de Arte da Vila de Fânzeres No dia 27 de julho, o júri da 3.ª Bienal de Arte da Vila de Fânzeres- Fotografia – Património, reuniu e elegeu Luís Aguiar vencedor desta edição, com a fotografia “Comboio”. O vencedor reside em Águeda. Sobre o prémio refere o seguinte, “A atribuição de um prémio é uma distinção que vem nesse sentido: o reconhecimento de que um trabalho se enquadra nos parâmetros estabelecidos para partilhar uma mensagem, uma ideia, para uma comunidade alargada de leitores através do crivo de um júri independente. Passar por esse crivo em duas ocasiões distintas e por elementos do júri diferenciados é o prémio principal, mais do que o aspecto financeiro do evento, o que realmente conta e que traz satisfação ao autor é a ideia de que, num determinado momento, se conseguiu chegar ao leitor ou a uma comunidade de leitores através de um júri que reconheceu as qualidades do texto e se identificou com a nossa mensa-
gem ou ideia. No meu caso, tive o privilégio de passar por essa dupla satisfação. A importância destas iniciativas culturais nem se coloca em questão, com efeito, como tive ocasião de referir noutras ocasiões, inclusive nas cerimónias de atribuição do prémio, a cultura, nas mais variadas vertentes, da poesia à escultura, à música, à recuperação da memória histórica e arqueológica, é um dos maiores veículos de divulgação do trabalho de uma autarquia para o exterior. Estas actividades dão a conhecer, ao cidadão comum, uma região e consequentemente, trarão, por arrasto, turismo, interesse na gastronomia local, por exemplo. Nesse sentido, e a título pessoal, não posso deixar de agradecer e me congratular com o trabalho do Pedro Vieira e da Maria José, pelo seu empenho e pelo trabalho que têm feito em prol da sua autarquia”, conclui. O executivo anunciou ainda que, esta Bienal contou com participação de concor-
rentes nacionais e internacionais, que nos apresentaram cerca de uma centena de trabalhos. Foram apresentados aproximadamente uma centena de trabalhos. A decisão foi tomada com unanimidade pelo júri composto por Albertino Valadares, Presidente da Associação Artística de Gondomar, Eugénio Henrique, Presidente da Fundação Júlio Resende, pintor professor de artes visuais, Joaquim Manuel Monteiro Santos, Patrocinador, Manuel Araújo, Formado em Design de Comunicação pelas Belas Artes do Porto, com especialização em fotografia, Professor de Fotografia na Escola Artística Árvore, Rui Campos, Licenciado em Gestão de Património. Os jurados decidiriam ainda atribuir duas menções honrosas que passaremos a citar: “Ampla Visão”, de Ary Attab Filho, do Brasil e “Franqueira”, de Carlos Elísio, de Braga. Os trabalhos vão estar expostos no dia 28 de agosto, pelas 17h, no Largo Júlio Dinis. ■
"RIO TINTO Arte Urbana" um novo projeto para atrair os jovens A Junta de Freguesia de Rio Tinto lançou, este mês, a primeira edição do concurso "RIO TINTO Arte Urbana". Para o executivo, os principais objetivos desta iniciativa são os seguintes: participação cívica dos jovens, a criatividade e a criação artística sob a forma de graffiti; incentivar o desenvolvimento e formação de jovens nas
áreas artísticas; promover as manifestações artísticas, desafiando a produção de projetos inspirados na dinâmica juvenil da Freguesia de Rio Tinto; e promover a criatividade dos jovens, desafiando-os à produção de trabalhos de arte urbana, num enquadramento institucional autorizado. Estas obras urbanas, os Graffitis, serão
realizados no túnel pedonal da Estação de Comboios de Rio Tinto. O custo pela produção das propostas vencedoras é da responsabilidade da Junta de Freguesia de Rio Tinto. As inscrições já terminaram, no dia 18 de agosto. Para os interessados, podem consultar o site da entidade, para mais informações sobre o assunto. ■
João Pedro Mésseder, é o vencedor do Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres Mais um ano, mais uma edição do Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres. Desta vez o jurados escolheram como vencedor da 30ª edição, José António Gomes, que usa o nome literário João Pedro Mésseder. O júri desta edição era composto pela Prof. Ana Cristina Vasconcelos Pereira Macedo, José Nunes Carneiro e Paulo Moreira Lopes, que decidiram, com unanimidade atribuir o primeiro premio à obra intitulada de "Estação dos líquidos”, onde o autor assume o pseudónimo de Manuel Figueira. O executivo responsável, representado por Maria José, mostra-se satisfeita e orgulhosa com a forte participação nesta edição, “Fica um forte agradecimento a todos os concorrentes e os parabéns ao premiado. Certa que esta Junta de Freguesia conti-
nuará a apostar neste prémio de poesia que leva além fronteiras o nome da Vila de Fânzeres”. Para o vencedor ganhar este premio foi muito importante: “Numa altura em que não é fácil editar, distribuir e divulgar poesia, o Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres é um excelente incentivo, promotor de literatura de qualidade. Por outro lado, fico contente por ter sido premiado o meu "Estação dos Líquidos", um livro em forma de elucidário que parte dos motivos líquidos (água, mar, vapor...) para alcançar uma reflexão quer sobre o mundo e o humano quer sobre a linguagem. Não é, pois, um conteúdo muito comum e, por isso, vê-lo premiado por um júri de qualidade (uma professora e investigadora de literatura do ensino superior e dois escritores, um deles também editor) é para mim
honroso e gratificante”. João Pedro Mésseder reconhece a importância do empenho da Junta com esta iniciativa: “A atual Junta da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, que sempre desenvolveu um trabalho notável, reconhecido e bem singular no campo das iniciativas culturais de todo o tipo (literatura, teatro, música, atividades infanto-juvenis, tradições...), mantendo este prémio que já vai na 30.ª edição, bem merece todo o apreço. Iniciativas como esta promovem quer a revelação de novos valores (não é o meu caso) quer o apoio a escritores já com alguma carreira (será o meu caso). E é preciso ver que este prémio já antes distinguiu poetas de qualidade e conhecidos no mundo das Letras, como José Alberto Mar, José Carlos Barros, José Manuel Tei-
xeira, José Ricardo Nunes, Maria Graciete Besse, Rui Manuel Amaral, Boaventura de Sousa Santos, entre outros. O lançamento do livro irá ocorrer no dia 10 de setembro, pelas 21h, na Casa Montezelo.■
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POLÍTICA
Mais Habitação na Lomba: Partidos sofrem Hasta pública para venda de 7 lotes de terreno atos de Vandalismo para construção soma-se à redução de taxas nos cartazes de campanha urbanísticas para fixar população O Município de Gondomar vai realizar, no próximo dia 15 de outubro, uma hasta pública de venda de 7 lotes de terreno para construção de habitação, sitos na Rua do Ribeirinho e na Rua do Visa, na freguesia da Lomba. A sessão decorre às 10 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. A alienação será feita mediante a apresentação de propostas, em subscrito fechado e terá como objetivo a venda dos lotes, sendo o critério de adjudicação o do preço mais elevado. Os interessados deverão proceder ao envio por correio das propostas em carta fechada, registada com Aviso de Receção para o Município de Gondomar, até ao dia 1 de outubro de 2021. No rosto deve constar a expressão “Procedimento nº3/NP/2021 – Hasta Pública para venda de lotes de terreno na freguesia da Lomba”. As áreas dos lotes e o preço base de licitação variam entre os 418 m2 e os 545 m2 e os 14 700 e os 20 650 mil euros, respetivamente. Em todos os lotes é permitida a construção de moradia unifamiliar de rés-do-chão e andar,
com anexo de apoio, com mancha de construção e limites dos lotes, devendo obrigatoriamente o comprador dar início à construção no prazo máximo de 4 anos após a celebração da escritura de compra e venda. A esta soma-se a redução de taxas urbanísticas na generalidade - TMU (Taxa Municipal de Urbanização) e Taxa de Compensação – com o objetivo de incentivar a fixação de população. Particularmente na Lomba a redução é mais significativa. Nesta freguesia, a redução das taxas pode mesmo ser de 80%. Ali, a construção de uma moradia de 200 m2, estaria sujeita ao pagamento de TMU no valor de 1.138,15 euros. Com esta redução das taxas, a mesma construção passa a corresponder ao pagamento de apenas 227,60 euros. Esta iniciativa é uma aposta da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia da Lomba para repovoar o território. “Ambas as medidas procuram atrair mais construção para a freguesia da Lomba”, justifica o Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins. ■
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Saúda a comunidade educativa no início de mais um ano lectivo
À quase um mês para as eleições autárquicas de 2021, a disputa entre os candidatos começou e, já é normal começarmos a visualizar os cartazes dos partidos espalhados pelas ruas do concelho de Gondomar. No entanto, algumas forças políticas do Município estão sofrer com atos de vandalismo direcionados à sua campanha política, são elas o CHEGA e o Bloco de Esquerda. O partido CHEGA, através das suas redes sociais, demonstrou o seu desagrado perante a situação e acusou os envolvidos de anti
éticos e sublinham o facto de que estes atos comprovam que a democracia está em perigo: “Infelizmente enquanto existirem pessoas que estão na vida como na política, ou seja sem ética, nunca iremos evoluir como sociedade. São estes politiqueiros que recorrem persistentemente a estes atos selvagens e cobardes, que temos que de uma vez por todas afastar do nosso panorama nacional. Lamentamos que, a democracia esteja em risco como nunca antes esteve e nos acusarem a nós do CHEGA de a colocarmos em risco”. ■
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POLÍTICA
Nelson Sousa:
O PSD de Gondomar é gerido por duas ou três pessoas, direi mesmo que é um autêntico Comité Central Nelson Sousa é atualmente Vereador da Câmara Municipal de Gondomar e uma das figuras do Partido PSD do concelho. O militante concedeu uma entrevista ao VivaCidade onde deixa explicito o seu descontentamento com a atual direção concelhia. Há sensivelmente 30 anos que representa o partido PSD, porquê este descontentamento? O descontentamento que tenho vindo a sentir deve-se com o que eu agora vejo que está acontecer com o Partido, que é um pouco aquilo que nós sempre refutamos nos outros partidos. Ou seja, em vez de haver uma Comissão Política, parece-me a mim, que a nível concelhio, que fique bem claro, parece-me que há um Comité Central. Há duas ou três pessoas que definem todas as estratégias de uma região, que é Gondomar e isso, assusta-me. Preocupa-me as pessoas não serem ouvidas, preocupa-me que as opiniões das pessoas não sejam valorizadas, preocupa-me o distanciamento cada vez maior que existe, entre o Partido e a população. Isso preocupa-me porque nós estamos a ficar uns tecnocratas, estamos numa "salinha" e faz-se o que quer. Está a falar do José Oliveira e da Germana Rocha, Presidente da Concelhia? Sim. O José Oliveira teve um papel importante na criação do partido em Gondomar e tem um passado que fala por ele. E, temos a Germana que, está no Partido. Há pouco tempo, houve eleições para a Comissão Concelhia e a Germana ganhou as eleições sem oposição, não houve mais nenhuma lista. Isso mostra que os militantes estão contentes com esta governação em termos concelhios? Não. Quero dizer, nós temos que ver é a pequena afluência e o número de eleitores. Não esquecer a alteração que houve nos cadernos eleitorais na altura das eleições para a nacional, onde houve muitos militantes que foram afastados e que não conseguiram votar. Comecemos por ai. Depois, se nós formos ver a linha temporal da apresentação da comunicação do Povo Livre, das eleições, aconteceu tudo muito rápido. Foi estratégia? Não faço ideia, porque não foi eu que ganhei as eleições. Eu faço parte da Comissão Política, mas essa estratégia não é definida, nem nunca foi discutida connosco. Nós agora podemos conjecturar o que nós entendermos. O que eu acho que pode acontecer é que, a máquina da forma como está, as pessoas, basicamente manifestaram um "desinteresse". O Nelson fazendo parte da Comissão Política, algum dia colocou essa questão em cima da mesa, alguma vez debateu com
os seus companheiros do Partido essa situação? Já houve conversas, entre algumas pessoas que estão comigo na Comissão Política que, como é óbvio não irei referir os nomes, porque também não quero fragilizar a posição deles. Este descontentamento que tem, resulta do facto de não ter sido escolhido para encabeçar uma candidatura à Câmara de Gondomar? Não. Até porque, as pessoas conhecem-me e a maior parte das que se dão comigo no Partido sabem que, eu nunca aceitaria ser candidato do PSD à Câmara de Gondomar. Porquê? Porque nós não temos condições para ganhar uma Câmara. Nem temos condições para ter um bom resultado. Basicamente, porque considero que nos falta muita coisa. Falta-nos uma estrutura, falta-nos ideias. Eu sou advogado de profissão e de paixão, e sou militante do PSD por paixão há muitos anos. Não sou militante "Ioiô", que quando me interessa me desvinculo e vou para os Independentes e quando me interessa, digo que vou voltar para o Partido e sou outra vez PSD. Não, não, eu sou sempre militante do PSD. Independentemente de não me identificar com o líder que nós possamos ou não ter, dentro do partido. Perante este leque de acusações que faz aos seus atuais companheiros, prevê alguma medida mais dura, como desvincular-se do Partido? Não. Eu não faço acusações a ninguém. Eu não concordo é com as opções. Que fique bem claro que, eu não estou aqui para acusar ninguém. Estou aqui para dizer que, concordo ou não concordo. Porque nunca fui um "petiz" seja de quem for. Portanto, desvincular do Partido? Nunca! Uma coisa que aprendemos na vida e que é gira, é que as pessoas vão e vêm e o Partido fica. Quando eu nasci, o Partido já existia e o Partido vai continuar, se Deus quiser, depois do dia que eu partir. Entretanto, outras pessoas vão entrar e sair do Partido. Agora, o que lamento, é que há muitas pessoas a desvincular-se do PSD. E, cada vez mais, nós precisamos de ter uma voz ativa na política, mais do que no Nacional, no Local. Porque é isso que nos realmente afeta. No seu entender o PSD não fez nada para que isso fosse possível? No meu entendimento, nós estamos a um mês e meio das eleições, e ainda eu não vi uma proposta. Mas como representante do PSD na vereação da Câmara, porque é que não fez essas propostas? Nós na vereação da Câmara temos uma posição um pouco engraçada, que é, os assuntos são prometidos e eu nas minhas declarações voto aponto soluções diferentes. E isso que está a dizer-me das propostas, as atas são públicas, as declarações de voto são públicas e as pessoas podem consultá-las. Não se faz? Não! Pergunto, tivemos reuniões que se discutiu se seria ou não vantajoso de colocar um outdoor, com a posição que nós assumimos perante aquelas assuntos e até abordamos se era necessário fazer um flyer para a população. Tudo isto foi dito, mas nada foi feito.
E, porque é que não foi feito? Porque eu não mando no Partido. Mas é uma voz ativa dentro do PSD? Pois, mas não mando. Eu não tenho autonomia para mandar colocar um outdoor, mas foi uma proposta. Na minha opinião o PSD sempre teve, um problema de comunicação e de fazer chegar a mensagem à população. Isto é histórico, não é de agora. Portanto, acho que era essencial que começássemos a quebrar essa barreira. Já vimos que não somos hábeis com as redes sociais. Aliás, nós fazemos publicações do Partido e vemos 20 ou 30 gostos, 3 ou 4 partilhas. Não chegas à população. E, depois temos que nos lembrar que a parte da população de Gondomar tem uma idade mais avançada que não consome redes sociais. Sente que, durante o tempo em que foi Vereador teve o apoio da Comissão Política? Em dezembro, farei dois anos que sou Vereador. E não! A mim até me custa um pouco. Isto parece um eletrocardiograma, eu acho que houve momentos em que sim e houve momentos em que não. E houve momentos em que sim, em que tinhas apoio, em que as pessoas estavam direcionadas, mas depois houve um momento em que deixou de acontecer. E, consegue perceber o porquê? Tem haver com a ausência do Carneiro no meu signo. Passo a explicar, as vezes as pessoas pretendem que estejas lá e que digas para virar para a direita e tu viras sem questionar o porquê. Eu não funciono assim. Nunca funcionei. Eu posso concordar, mas tenho sempre que questionar. Eu posso fazer as coisas, mas tenho que saber o porquê. Não o vou fazer porque me dizem que tem que ser feito assim. Isto porque um dia mais tarde, pelo cargo que exerces, há de haver alguém que te irá perguntar o porquê de teres feito daquela maneira, e tu vais responder o quê? Porque alguém te mandou? Não! Nós temos que ter a capacidade de pensar pela nossa cabeça. Tu podes ouvir as pessoas mais experientes e ter atenção às opiniões, isso é bom. Eu sempre debati e sempre expus as minhas opiniões. Agora, não sei se algumas perguntas, posturas ou declarações de voto possam ter chateado algumas pessoas da nossa cor partidária, não faço ideia. O PSD quer ganhar estas eleições? Isso é uma boa rasteira. Eu não vejo mobilização para ganhar as eleições. Eu acredito que, quando as pessoas concorrem para alguma coisa, concorrem para ganhar e eu quero acreditar que, um partido com a história como o PSD tem, com os militantes fabulosos que têm, com os líderes que já teve e, inclusive o líder nacional que tem, que não me identifico com ele, mas é o líder e eu tenho que o respeitar. Agora, eu quero acreditar que as pessoas não querem perder, o ganhar é discutível, mas que não querem perder. Perante estas criticas que faz ao seu Partido, admite nas próximas eleições, disputar a concelhia? Eu admito lutar pelo meu Partido sempre. Eu admito lutar em prol do meu partido e mais ainda. Mas sei já de antemão da dificuldade que irei ter, porque sei como é que
a máquina está montada. Agora, se houver eleições e se houver um outro candidato que queira desafiar, não a vou chamar de líder, vou chamar Presidente da Comissão Política, porque há uma diferença muito grande entre ser líder e ser Presidente da Comissão Política e, nós, em Gondomar, temos uma Presidente da Comissão Política, porque na minha opinião, não tem agido como uma líder. Até porque, uma líder escuta as pessoas que o rodeiam antes de tomar uma decisão. Uma líder dá o exemplo. Uma líder partilha. Uma líder tem uma mentalidade agregadora. Isto para mim é uma mentalidade de líder. O VivaCidade é um jornal de Gondomar, é fácil, basta vocês perguntarem à população se isso acontece e vocês andam nas ruas e eu pergunto, isso acontece? Não acontece. Aliás, o problema é que ela é deputada e terá sido eleita por mérito. Acredito. Mas ela não está em Gondomar todos os dias. Isto do "poder local", tu tens que ter proximidade com a população e eu questiono se há alguma proximidade da Presidente, com a população? Eu acho que não. Agora, quanto a ganhar as eleições da Câmara, entendo que num terceiro mandato seria sempre difícil com qualquer candidato. Quanto ao candidato que nós apresentamos, não o conheço. Estou agora a conhecer, sabia que estava no Movimento do Major Valentim Loureiro, dos Independentes, acho que inclusive ainda nem sequer renunciou ao cargo de Vereador dos Independentes. Quanto à candidata à Assembleia Municipal, a enfermeira Maribel, apesar de estar a fazer um excelente trabalho no Centro de Vacinação, em termos partidários não a conheço. Aliás, ela já era apresentada como candidata e ainda ia a reuniões da Assembleia Municipal, enquanto independente. Com isto quero dizer que, não basta ser, temos que parecer. ■
VIVACIDADE | AGOSTO 2021 Gonçalo Lixa
Hospital Fernando Pessoa
Dr. João Cordeiro da Costa, médico pneumologista do Hospital Fernando Pessoa
Perturbações do Sono INSÓNIA Sabia que as perturbações do sono são frequentes e aparecem em todas as idades? Que muitas crianças e adolescentes dormem menos horas do que deviam, o que tem consequências na capacidade de atenção e no rendimento escolar? Que com a situação de Pandemia provocada pelo COVID-19 e com a chegada do verão e das temperaturas extremamente elevadas, muitas pessoas têm manifestado muitas insónias? A Insónia é um distúrbio do sono de origem psicológica que ocorre quando, por diversos motivos, não conseguimos adormecer, manter o sono ou quando a qualidade do nosso sono é má, levando à percepção de que foi insuficiente. O sono preenche aproximadamente um terço da vida e é fundamental, tanto para a nossa recuperação física como psíquica, que o nosso sono seja tranquilo e restaurador. Quando isso não acontece, sentimo-nos cansados ao acordar, podendo prejudicar não apenas o nosso nível de energia como o humor. Além disto tudo, pode acarretar problemas para a nossa saúde, afetar a nossa produtividade no trabalho e prejudicar a nossa qualidade de vida no geral. Caso apresente alguns dos sinais e sintomas referidos, consulte o seu médico o quanto antes, de modo a identificar as possíveis causas do problema e delinear qual o melhor tratamento.
Médico Veterinário Clínica Veterinária do Taralhão
Doença Oral em Cães e Gatos: O que nos deve preocupar? Em Março 2021 escrevi um artigo sobre a importância da escovagem dentária em pequenos animais, tendo abordado o tema da patologia oral, de maneira superficial. Sendo um tema tão importante (doença periodontal é a doença mais comum em cães e gatos), e tendo recebido algumas questões posteriores à escrita desse artigo, resolvi voltar a comentá-lo. Problemas mais comuns em animais jovens... Doença relacionada com má oclusão dentária (cães/ gatos de focinho curto – braquicefálicos – especialmente afetados) ou presença de dentes de leite persistentes (cães de raça pequena, principalmente), estão entre os problemas mais comuns. Os problemas de má oclusão (alinhamento anormal dos dentes) podem ser complexos de resolver, podendo haver a necessidade de recorrer a especialistas veterinários em odontologia para o fazer. Já a presença de dentes de leite persistentes (que não caíram naturalmente quando deveriam caído) é um problema cuja resolução é cirúrgica, mas normalmente mais simples. De assinalar que, se esperar tempo demais para extraír os dentes de leite persistentes, isto poderá levar a problemas de má oclusão no futuro e/ ou promover o desenvolvimento precoce de doença periodontal. Problemas mais comuns em animais de meia idade a geriátricos... Nos cães é comum a deposição de tártaro (uma espécie de sujida-
de acastanhada, dura, que cobre o dente), que normalmente se associa a doença periodontal (com/ sem periodontite associada). O tratamento desta patologia, dependendo da severidade, deverá passar pela promoção e manutenção de uma boa higiene oral associada, ou não, a uma destartarização cirúrgica, para remoção mecânica desse tártaro. Nos gatos os sinais de doença oral podem ser mais difíceis de detetar, por um lado porque (no geral) os gatos não permitem uma exploração adequada da boca sem sedação, e por outro porque muitas das patologias requerem outros meios complementares de diagnóstico (ex: radiografia intra-oral), para serem diagnosticadas. Tanto em gatos como em cães geriátricos, não podemos nunca esquecer os tumores orais. Viu algum nódulo na boca do seu animal? Algumas coloração diferente? Babar excessivo? Desconforto ao mastigar? Se sim, está na altura de marcar uma consulta para o seu animal. Recomendações comuns a todos os animais ... Nunca é demais dizer: Escovagem dentária!! A escovagem frequente (3 a 7 vezes por semana) é, ao dia de hoje, a única maneira eficaz de remover a placa bacteriana que se deposita nos dentes, e leva ao surgimento de doença periodontal (com/ sem periodontite associada). O uso de snacks (não demasiado moles, associados a algumas marcas de pior qualidade, nem demasiado duros, como chifres/ cascos de animais) ou rações dentárias deve ser encorajado, pois podem ter utilidade na higiene oral dos dentes mais caudais (na parte de trás da boca, difícil de limpar com a escova). Qualquer dúvida adicional, teremos todo o gosto em responder, para o contacto 934982307 ou cvtaralhao@ gmail.com.
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Espaço Jurídico
Madalena de Lima, Advogada de Direito Criminal, Civil, Família e Menores, Administrativo, Comercial, Urbanismo e Internacional. Inscrita na Ordem dos Advogados desde 1983, com escritório em Rio Tinto. Com o aproximar das eleições, caso algum eleitor infetado com COVID-19, como pode exercer o direito de voto? Com a aproximação das eleições autárquicas em plena pandemia de COVID-19, é expectável que muitos cidadãos se encontrem em quarentena. Contudo, é possível votar em isolamento profilático, desde que seja feito atempadamente o devido requerimento e seja comprovada a obrigatoriedade de cumprir essa quarentena. Existe um regime excepcional e temporário de exercício de direito de voto antecipado para os eleitores que estejam em confinamento obrigatório, no âmbito da pandemia de COVID-19, em actos eleitorais e referendários a realizar no ano de 2021, com excepção de eleições para as assembleias legislativas das regiões autónomas. Este direito de voto antecipado abrange todas as pessoas que: - Estão em confinamento obrigatório, no domicílio ou noutro local autorizado pelas autoridades de saúde, desde que não em estabelecimento hospitalar; - Se encontrem recenseadas no concelho da morada do local de confinamento ou em concelho limítrofe; - Tenham recebido ordem de isolamento até ao décimo dia anterior ao sufrágio e por um período que inviabilize a deslocação à assembleia de voto. Os cidadãos em isolamento profilático que reúnam as condições descritas anteriormente podem requerer o exercício do direito de voto antecipado na plataforma Voto Antecipado, da administração eleitoral da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna. Este pedido pode ser oficializado na freguesia da morada do recenseamento, por quem se faça acompanhar de uma procuração simples e cópia do documento de identificação civil do requerente e, assim, represente o eleitor, através do registo naquela plataforma digital. De acordo com as Estratégias de Saúde Pública para as Eleições Autárquicas 2021, na data previamente comunicada, uma equipa irá deslocar-se à morada onde o eleitor está a cumprir isolamento profilático.
ENVIE AS SUAS DÚVIDAS PARA O E-MAIL: GERAL@VIVACIDADE.ORG
Candidatos para as Autárquicas de 2021 Autárquicas 2021 - Concelho de Gondomar
Câmara Municipal
Assembleia Municipal
Baguim do Monte
Fânzeres e São Pedro da Cova
Foz do Sousa e Covelo
Gondomar, Valbom e Jovim
Lomba
Melres e Medas
Rio Tinto
PSD\CDS
Jorge Ascenção
Maribel Fernandes
Rui Faria
Sónia Ribeiro
Rosa Gomes
Manuel Marques
Frederico Fernandes
Manuel Gomes
Francisco Moura
CDU\PCP\PEV
Cristina Coelho
Daniel Vieira
Bruno Ferreira
Pedro Vieira
Liliana Luz
Luís Filipe Fernandes Diana Meireles
Belmiro Veloso
Fátima Pinto
Iniciativa Liberal
Rafael Corte Real
João Figueiredo
PAN
Nuno Santos
Ricardo Couto
CHEGA
Isabela Mendes
Nuno Pontes
Nuno Oliveira
Pedro Castro
José Conceição
PS
Marco Martins
Aníbal Lira
Francisco Laranjeira
Sofia Martins
Silvino Paiva
BE
Bruno Maia
Sara Santos
Marina Romana
Abel Carvalho
Diogo Amaral
Movimento Independente
Isidro Sousa
Contamos Contigo
Armando Paiva
Alexandra Mendes
Luís Nascimento Tiago Lages
Nuno Teixeira
António Braz
Rui Vicente
José Paiva
Pedro Ferreira
Ricardo Pereira
Edison Pinheiro Nuno Fonseca João Silva
40 VIVACIDADE | AGOSTO 2021
DESPORTO
Três amigos, numa aventura a remo pelo Douro Podia ser uma história retirada de um livro de aventura de três amigos, mas não o é. O que podia ser ficção, na verdade é realidade, três amigos aventureiros, Joaquim Silva, António Santos e David Gomes, juntaram-se e decidiram passar uma semana a remar, sem parar, pelas margens do rio Douro. Os primos, Joaquim e António, já não são pioneiros nestas “andanças”, no entanto, para David, foi a sua primeira experiência.
A proposta para esta nova aventura, surgiu por parte de David, admite Joaquim. “Ele contactou-me e, com alguns dos conhecimentos que tenho na Câmara, consegui o apoio necessário para levar o barco até à Barca d' Alva”, explica Joaquim ao nosso jornal, nesse sentido revelou que foi Carlos Brás e Carlos Almeida, responsável pelo Clube Naval, que os ajudaram a concretizar esta vontade, este sonho de levar a bandeira gondomarense a navegar por margens Dourienses.
Para concretizar a experiência de navegação, Joaquim Silva utilizou um barco, António Santos, foi de canoa e David Gomes, aventurou-se com o Padel. Foram cinco dias a navegar, com um horário aproximado de 15 horas por dia, sendo que dormiam ao ar livre e o dia começava logo pelas 5h da manhã. Tudo foi pensado ao detalhe. Os mantimentos iam no barco a remo de Joaquim, que continha uma mala térmica e apesar de não revelar o segredo, explicaram que lá conseguiram preservar de uma forma artesanal, por quatro dias,
> Na foto: Joaquim Silva, David Gomes e António Santos
a comida que levavam, como por exemplo ovos, carne congelada, Massa e Salpicão caseiro. Quando passavam nas margens, aproveitavam para comprar pão. Quanto ao futuro, os três amigos já combinaram que, quando António comemorar os 70 anos, que será daqui a dois anos, será realizado uma nova aventura. Um dos pontos que lamenta é o facto de as embarcações agora terem que pagar para passar nas barragens, mesmo os barcos sem motor: “Lamentamos, porque para barcos de pesca e embarcações
sem motor foi sempre gratuito. A partir de 2019, quando passou para a APDL, passaram a taxar pelo comprimento dos barcos de pesca”. Colocando este ponto de parte, os três amigos revelaram que, esta viagem, “Fortaleceu imenso a nossa amizade e é uma aventura que levaremos para o resto das nossas vidas”. À chegada à Ribeira de Abade, para receber os aventureiros encontrava-se a Vereadora Sandra Almeida, o Deputado Carlos Brás e o Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins.■
VIVACIDADE | AGOSTO 2021
DESPORTO
Ala Nun’ Álvares de Gondomar soma conquistas nacionais A Associação Ala Nun’ Álvares de Gondomar está sempre a somar conquistas com os seus atletas. Agora no Ténis de Mesa, para além de terem marcado presença nas últimas competições Olímpicas, através da atleta Shao Shieni, a atleta Raquel Martins venceu o Campeonato Nacional de Sub-21. Além da conquista individual, a dupla composta por Raquel e Maria Matos, conquistaram o titulo de Campeãs Nacionais de Pares. O ano de 2021 para Raquel Martins, está a correr da melhor fora, dado que foi novamente campeã Nacional de Sub-21. Já é a terceira vez que a jovem conquista este titulo. Para além disso, em conjunto com Maria Matos, conseguiram conquistar o titulo de campeãs Nacionais de Pares. “Comecei com seis anos a jogar e tive a sorte de saber desde pequena o que queria e as minha ambições”, refere Raquel sobre o início da sua carreira na modalidade. Ao nosso jornal, a jovem revela o seguinte: “O Ténis de Mesa é uma modalidade que exige muito trabalho e os resultados só aparecem quando temos dedicação e empenho nos treinos”. Com o tempo tornou-se mais fácil para a atleta de conciliar os estudos com os treinos, no entanto, o apoio dos pais sempre foi importante. Questionada sobre o futuro, aposta as suas fichas no curso de Fisioterapia, porque na opinião de Raquel: “Para ser atleta profissional de ténis de mesa, não é fácil.
Nós conseguimos ganhar algum dinheiro em Portugal, mas não é algo estável. Faltam apoios. Desde o momento que entrei para o meu curso, senti que, em algum momento terei que fazer uma opção, mas ainda não a consegui fazer de forma definitiva”. No entanto, o seu sonho era um dia competir nas mesas dos jogos olímpicos contra os melhores, bem como conquistar o título de Campeã Nacional de Seniores.
Quanto à competição de pares refere que, a chave para conquistar o titulo foi: “A confiança que existe entre mim e a Maria. Nós nos apoiávamos muito uma à outra”. Maria Martins é de Chaves e conheceu a Ala Nun’Álvares quando decidiu ir estudar Economia para o Porto. Desde pequena que já tem contacto com a modalidade porque o pai tem um clube na Terra que a viu crescer. Para Maria, o apoio de Raquel foi
muito importante. Segundo a atleta, competir ao lado de Raquel era uma enorme responsabilidade, mas foi um dos motivos que a levou a ter ainda mais vontade de treinar. “Antes da competição estava muito nervosa, mas depois de ganharmos o primeiro jogo consegui acalmar e dei o meu melhor. Nós apoiamos-nos imenso e mantivemos sempre a calma e isso, foi importante na conquista do titulo”, refere Maria.
Shao Shieni marcou presença nas Olimpíadas de Tóquio Sobre a sua participação referiu o seguinte ao nosso jornal: “No Rio de Janeiro estava muito mais nervosa. Nesta edição de Tóquio estava mais calma
e correu melhor. Para mim foi uma honra representar Portugal e senti-me muito feliz. Devido à pandemia, estive sem treinar, no entanto, voltei a treinar com maior intensidade. Agora, o meu pensamento está em Paris 2024”
Com o covid, as atletas tiveram que parar os treinos durante dois meses. Segundo Raquel, “O Covid-19 atrapalhou os nossos treinos e as provas. Na última competição que venci, notei claramente que estava mais cansada no fim de semana da competição. Algo que, em anos anteriores era mais improvável. No entanto, apesar das dificuldades sentidas, para mim, desistir, nunca foi opção”.
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DECO
A DECO INFORMA QUE FOI ALTERADA A LEGISLAÇÃO QUE IMPEDE O CORTE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS ATÉ 31 DE DEZEMBRO DE 2021. Foi alterada a legislação que prolongou a proibição de corte do fornecimento de serviços públicos essenciais: eletricidade, gás natural, água e os serviços de telecomunicações. Foi acrescentado à lista de serviços essenciais o fornecimento de GPL canalizado, sendo que estes serviços não poderão ser cortados até 31 de dezembro de 2021. No entanto, esta proibição de corte do fornecimento de serviços públicos essenciais passou apenas a abranger os consumidores que estejam em situação de desemprego, com quebra de rendimentos do agregado familiar igual ou superior a 20 % ou em caso de infeção pela doença COVID-19. Caso não esteja numa daquelas situações, o serviço poderá ser cortado, embora tenha sempre que ser enviado previamente o aviso de corte e cumprido o respetivo prazo. Possuindo valores em dívida, aconselhamos os consumidores a contactarem com a empresa fornecedora e negociarem um acordo de pagamento, cujas prestações deverão ser adequadas face aos rendimentos atuais. No que respeita às comunicações eletrónicas e se estiverem numa situação de desemprego, ou se tiverem uma quebra de rendimentos igual ou superior a 20%, poderão os consumidores cancelar o contrato com o seu operador, sem que possa ser cobrada qualquer penalização. Em alternativa, poderão e nas mesmas condições, solicitar a suspensão do contrato de telecomunicações, sem penalizações, retomando-o a 1 de janeiro de 2022, ou noutra data a acordar com o operador. A DECO poderá auxiliar no contacto com a empresa com vista a alcançar um plano de pagamentos justo e adequado, bem como outras eventuais soluções que sejam necessárias. Para mais esclarecimentos a DECO dispõe de um protocolo de colaboração com o Município de Gondomar e presta apoio localmente aos munícipes por marcação prévia. Contacte o município para agendamento: 224 660 500 (ext. 3619) ou gac@ cm-gondomar.pt .
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VIVACIDADE | AGOSTO 2021
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EMPRESAS E NEGÓCIOS
Magic Barber:
Um espaço tradicional, com técnicas atualizadas e onde se pode sentir em casa Foi na Terra que o viu crescer, em São Cosme que, José Conceição decidiu abrir o seu novo espaço. Como diz o velho ditado, depois da tempestade vem a bonança e, é com esse pensamento que abre novamente as portas. Após um ano de pandemia, em que enfrentou dois confinamentos, enfrenta agora um futuro mais promissor com novos projetos e ideias. Em vez de optar por um caminho mais fácil, optou por um caminho mais difícil. Por ter nascido em Gondomar e por ter um vasto leque de amigos espalhados pelas freguesias do concelho, tais como Covelo, Gens, Rio Tinto, entre outras, viu na cidade um território com potencial para investir. “Eu criei este estabelecimento para ser um lugar onde as pessoas se sintam em sua casa”, explica, a sua intenção é que o seu cliente sinta que está falar com um ami-
go e não um barbeiro, “e, isso, faz toda a diferença” para a fidelização dos seus clientes. Para o responsável, o fator proximidade é muito importante. No espaço os clientes poderão optar por serviços de tratamento de pele, de corte tradicional, normal e de barba. A intenção de José Conceição foi criar um espaço tradicional, com novas técnicas, tendo sempre em atenção a evolução do
mercado neste setor. Quanto a projetos futuros, José Conceição explica que, as ideias que tem, estão projetadas para serem realizadas a longo prazo, tendo em conta que, os confinamentos provocados pela pandemia, prejudicaram toda a situação económica do proprietário: “O primeiro confinamento foi o aguentar o possível. Aguentamos bem, passamos com alguma dificuldade sim, mas não foi tanta como foi no segundo. No segundo confinamento, devido à quebra que houve no primeiro, que foi muito forte, senti muita dificuldade, cheguei mesmo a ponderar passar o espaço ou mesmo o vender. Entretanto, com a ajuda dos meus amigos, que são os meus clientes, consegui aguentar esta fase muito complicada. Tanto que, depois desta reabertura, notei que muitos espaços fecharam. Posso dizer que, com este confinamento vi o meu sonho a andar para trás”. No entanto, nesta nova fase, José Conceição tem sentido uma maior afluência de novos clientes. Devido às dificuldades sentidas, José direcionou-se para a política. É nessa linha de novos projetos na sua vida que, o empresário revela que, é candidato à União de Freguesias de Foz do Sousa e Covelo, pelo partido CHEGA. Sobre o assunto comenta o se-
guinte: “A ideia surgiu pelo convite do Presidente da Concelhia de Gondomar. Há dois anos que já sou militante do partido e, aceitei este desafio pela mudança, visto que o nosso país atravessa uma serie de crises em que, uma delas é a corrupção, que acaba por tocar a nós. Apesar da sua candidatura, a intenção de José Conceição, independentemente do resultado será manter sempre o seu espaço: “Irei sempre manter, porque foi um sonho para o qual lutei muito. Foi com muita determinação que o consegui concretizar, é assim que luto por todos os meus objetivos. Está fora de questão abdicar daquilo que sempre sonhei e trabalhei para o ter. Se for eleito, irei abraçar com toda a determinação e garra este projeto que tenho em mente para as Freguesias. Agora, o empresário tem uma nova ferramenta que permite facilitar o processo de marcação dos clientes. Para os interessados basta entrar no site do MagicBarber e escolher o dia e a hora mas adequada à sua agenda. Apesar da prioridade ser a marcação online, ainda o pode fazer através do número 964 237 516. Para além disso, pode acompanhar o trabalho do estabelecimento nas redes sociais, Facebook e Instagram. ■
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LAZER
RECEITA VIVACIDADE
Salada de feijão-frade com melão e pimentos Ingredientes
ANEDOTA Sabem aquela do professor de aeróbia que se tornou assaltante? Aproxima-se sorrateiramente das vítimas e diz: Mãos ao ar, direito, quieto, e um e dois e três...
cebola 100 g (1 unid.) alho 1 dente melão ou meloa 150 g pimento verde 60 g pimento vermelho 60 g tomate maduro 200 g feijão-frade cozido Pingo Doce 100 g azeite Pingo Doce 2 c. de sopa vinagre de sidra Pingo Doce 1 c. de sobremesa cebolinho fresco picado 2 c. de sopa pimenta de moinho
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Preparação
Passo 1 Descasque e pique a cebola e o alho para uma saladeira. Limpe o melão de casca e das sementes e corte-o em cubos pequenos, limpe os pimentos e o tomate de sementes e corte-os em cubos do tamanho dos do melão. Junte tudo à cebola. Passo 2 Deite o feijão-frade num coador de rede, passe por água corrente, escorra bem e misture-o com os legumes. Adicione o azeite, o vinagre, o cebolinho picado e uma pitada de pimenta moída na altura. Misture muito bem.
Renault Gondomar O Novo Duster
Uma verdadeira revolução feita pela Dacia! Com mais de 1,9 milhões de unidades vendidas, desde 2019 que o Duster é o nº1 nas vendas a particulares, no seu segmento, no mercado europeu. No seguimento das gerações anteriores, o Novo Duster destina-se tanto aos clientes que procuram um SUV confortável e com um desenho atraente, como para os que buscam um 4x4 versátil e robusto. Fiel às origens, o Novo Duster ainda é um SUV familiar com um espírito pioneiro. É um companheiro para uma utilização quotidiana e para umas escapadelas em espaços abertos. O seu desenho intemporal evoluiu, especialmente no que diz respeito aos faróis e à grelha, que transmitem uma sensação de uma personalidade mais forte e vincada, mas também registou melhorias na eficiência e na redução de emissões de CO2. No interior, passou a estar equipado com uma consola central sobrelevada, com um
Viva Prevenido Catarina Gonçalves Optometrista da Opticália
O que é a fotofobia? Todos os dias os nossos olhos estão em constante exposição a radiações, sejam elas solares ou artificiais. A exposição
apoio de braços retrátil, mas também dois sistemas multimédia com um novo ecrã de 8” e uma caixa automática EDC de dupla embraiagem. Tão versátil de conduzir como sempre, o Novo Duster está disponível em versões 2WD e 4WD. A versão de tração beneficia de um sistema de monitorização 4x4 mais sofisticado. Os novos faróis incluem luzes diurnas em Y, um novo formato que inspirou os relevos 3D na nova grelha cromada do radiador. A iluminação sempre presente à frente (do tipo ECOLED) e atrás, encarna a nova assinatura LED da Dacia. O Duster é o primeiro modelo da Dacia a ser equipado com indicadores de mudança de direção LED dianteiros. Esta tecnologia é também utilizada para os faróis de médios (com activação automática de máximos de série) e para as luzes da placa de matrícula. O desenho do novo spoiler traseiro e das novas jantes de 16” e 17” foi testado em túnel de vento. O conjunto de otimizações tendo em vista a redução de CO2 (novas jantes e pneus e iluminação LED), incluindo o coeficiente de atrito (SCx), permitem uma diminuição de até 5,8g de CO2 na versão 4x4 do Novo Duster. Os estofos dos bancos no Novo Duster são 100% novos. O tecido e o formato dos novos encostos de cabeça melhoram a ergonomia e são fáceis de manter.
O equipamento de série inclui o ecrã do computador de bordo, a ativação automática de máximos e um limitador de velocidade com controlos iluminados no volante. O ar condicionado automático com visor digital, o controlo de velocidade de cruzeiro (cruise-control) com comandos no volante, os bancos dianteiros aquecidos e um cartão mãos-livres, estão disponíveis em algumas versões. Além do equipamento de áudio Dacia Plug & Play (rádio, MP3, USB e ligação Bluetooth), estão disponíveis dois novos, e fáceis de utilizar,
sistemas multimédia: Media Display e Media Nav. O tablier inclui um novo ecrã tátil de 8”. Fiel à sua herança, o Dacia Duster é um verdadeiro SUV para a família e utilização fora de estrada. A elevada altura ao solo, os novos pneus e o Monitor 4x4 específico (na versão de tração integral) significam que este está em “casa”, tanto em estrada como fora dela. O Novo Duster estará à venda a partir de setembro de 2021. Venha Conhece-lo à Renault Gondomar
excessiva destas luzes causa uma elevada sensibilidade ao nosso olho, podendo provocar graves danos. Quando esta sensibilidade ocorre também em ambientes com pouca luz dá-se o nome de fotofobia. A sensação de olho seco, a dificuldade em estar em ambientes claros, o constante lacrimejamento e vermelhidão ocular, são os principais sintomas desta sensibilidade excessiva. Todas as pessoas podem apresentar fotofobia independentemente da idade. No entanto, existem algumas causas que contribuem para uma maior probabilidade desta surgir. Quanto maior for essa quan-
tidade de pigmento, maior a proteção do olho. Desta forma, pessoas albinas e loiras têm uma maior disposição para serem sensíveis à claridade. Pessoas com astigmatismopodem também serem mais susceptíveis a fotofobia, uma vez que a sua principal característica é a alteração do formato circular da córnea, tornando-a oval. outras causas associadas são os factores externos como a ingestão de medicamentos, o uso excessivo e inadequado de lentes de contacto e alergias, levam a que o nosso organismo fique mais vulnerável. Os cuidados com a fotofobia começam com a prevenção. A melhor forma de o fa-
zer é procurar descobrir o que está por trás do sintoma. Deve consultar o seu profissional de visão para que este possa ajudar e aconselhar com mais precisão. Muitas vezes a solução passa pelo uso de uns óculos de sol com filtro de proteção ultravioleta. As cores nas lentes dos óculos de sol têm um papel que vai além do sentido estético, selecionam a quantidade de luz que chega aos olhos, apresentando por isso diferentes formas de protecção. Se tem estes sintomas não adie mais, aconselhe-se junto do seu especialista qual a melhor solução para si.
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OPINIÃO: VOZES DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL
Joana Resende PS O dia de 26 de Setembro de 2021 será mais um marco na história do nosso concelho. Cabe-nos a nós, Gondomarenses, ajudar a escrevê-la da melhor forma e com a maior responsabilidade. Os últimos 2 mandatos, e o projecto construído desde 2014 pelos Executivos liderados pelo Presidente Marco Martins, espelham que foram cumpridas as intenções e objectivos de campanha. Não obstante, falta mais um mandato para que se possam concluir outros tantos projectos iniciados. Espera-nos ainda um mês de campanha política, mas penso que como a anterior, o que de melhor o Partido de Socialista de Gondomar tem para
Valentina Sanchez PSD A isenção e imparcialidade devem nortear o período eleitoral, conforme determina a legislação aplicável e os Pareceres da Comissão Nacional de Eleições sobre a matéria, bem como
Maria Olinda Moura CDU Com as próximas eleições autárquicas de setembro terminará o mandato da Assembleia Municipal iniciado há 4 anos. Um mandato em que a CDU teve 5 eleitos directos e o Presidente da Junta de Fânzeres e S. Pedro da Cova por inerência do cargo que lhe foi confiado pela população dessas duas freguesias. Um mandato em que honrámos a confiança dos gondomarenses que nos elegeram e em que trabalhámos com honestidade e competência. Um mandato em que interviemos em todas as questões levadas à discussão e aprovação da Assembleia, aprovando as
Votar na continuidade. (Sempre) Juntos por Gondomar apresentar é a obra notável destes 8 anos. É evidente, sem demagogia ou parcialidade, que Gondomar foi dos concelhos que mais desenvolveu, mais dinamizou e mais concretizou, no conjunto dos concelhos da Área Metropolitana do Porto. O nosso concelho foi limpo: limpo na sua imagem, e limpo de inércias e amarras que não deixavam crescer e amplificar a nossa terra. E contra factos, não há argumentos. Desde 2014 que este projecto para Gondomar foi assumido para 12 anos, já que o primeiro mandato foi essencialmente para “arrumar a casa”, principalmente do ponto de vista financeiro, recuperar (ou criar) uma nova imagem do concelho, para que os dois mandatos seguintes fossem o concretizar do que se foi planeando e projectando. Houve uma clara aposta no bem estar, qualidade de vida dos munícipes, a par de uma preocupação latente no desenvolvimento económico e proteção
social. Uma aposta na modernização do tecido empresarial, investimento e criação de emprego com a atração e fixação de empresas pela redução de impostos, redução e isenção de taxas para beneficiação, conservação e edificação de imóveis, apensas à criação de novos postos de trabalho, ao mesmo tempo que era criado o Gabinete do Empreendedorismo. Uma aproximação à população, quer através de iniciativas sociais (Observatório Social, Espaço Família, Conselho Municipal da Juventude e Conselho Municipal da Saúde), quer pela ação participativa no Orçamento Municipal e pela descentralização de competências. Investimento no turismo com a criação de um Posto de Turismo permanente com a divulgação do concelho de Gondomar, a criação da Rota da Filigrana, do Museu Vivo das Artes da Ourivesa-
ria, e a Rota Gastronómica da Lampreia e do Sável, bem como a adequação do ordenamento do território, e a inclusão de Gondomar em Rotas do Turismo do Porto com a construção do primeiro Hotel do concelho. De realçar a rede de parques urbanos, de transportes públicos (a nova linha do metro como uma grande vitória também), apostas estas que atraem cada vez mais população ao nosso concelho, crescendo o município em cidadãos e criando uma óbvia atração aos investidores, promotores e empresários. Nestes últimos 8 anos os Gondomarenses aderiram em massa ao projecto do Partido Socialista de Gondomar, dando maioria absoluta para que se concretizassem todas as propostas e visões para o Concelho. Permitam-nos terminar o bom trabalho, e lançar novas bases para o que depois de 2025 nos trará.
Nenhum Presidente da Câmara está acima da lei - A prepotência os princípios que devem estar inerentes a quem exerce função públicas. Infelizmente, ainda hoje o aproveitamento político por parte do Presidente da câmara de Gondomar através da exibição diária de vídeo no Centro de vacinação em Gondomar, instalado no Pavilhão Multiusos, para além do não
cumprimento da legislação e recomendações em vigor é a prova inequívoca da falta de democracia, isenção e de igualdade de oportunidades que se vive atualmente no nosso concelho, pelo que, mais uma vez apresentamos queixa a entidade competente para o efeito (CNE) lamentando o facto das
muitas queixas já apresentadas sobre a mesma violação de regras instituídas não terem ainda produzido quaisquer efeitos práticos, no entanto não baixaremos os braços e continuaremos a denunciar e a lutar para que seja feita justiça e se respire democracia em Gondomar!
ras que atravessam o concelho, sobre a viabilização do Parque das Serras, sobre a retirada dos resíduos tóxicos de S. Pedro da Cova, sobre a reparação e manutenção das ETAR, sobre a conclusão do POLIS, sobre a classificação das praias fluviais, sobre o apoio e viabilização do Movimento Associativo, sobre a criação e gestão das infraestruturas desportivas e culturais, sobre a gestão das cantinas escolares, sobre o quadro de pessoal da Câmara, sobre a delegação de competências, sobre a desagregação das freguesias segundo a sua vontade, sobre a construção ilegal de um hotel em Valbom, entre muitas outras questões a que fomos respondendo sempre com o sentido do dever público para que fomos mandatados. A grande maioria das nossas propostas foram sempre rejeitadas pelo PS que
assim inviabilizou sistematicamente o trabalho da CDU, enchendo a boca com o chavão de que os gondomarenses tinham dado a maioria ao PS e não à CDU. Fraco argumento para quem deveria pôr os interesses das pessoas à frente dos interesses partidários. Mas essa é a sua estratégia. Não têm outra forma de governar a autarquia, porque lhes falta a humildade e a sabedoria para transformar Gondomar num município de vanguarda, promissor de um futuro com qualidade para quem cá vive e aqui quer criar raízes. Contra esses argumentos, nós cá continuamos. E quem seguiu o nosso trabalho com atenção, saberá defender a nossa razão na luta por um Gondomar de futuro para todos os gondomarenses.
Prestação de contas matérias e estratégias que respondiam às necessidades dos munícipes e reprovando todas aquelas que trouxeram prejuízo ao desenvolvimento do concelho e à melhoria da qualidade de vida das pessoas. Apresentámos propostas concretas para a resolução dos problemas e anseios dos gondomarenses: sobre a habitação social e o aumento das rendas, sobre a medida do estacionamento pago, sobre o aumento do IMI, sobre os sucessivos aumentos da água, do saneamento e dos resíduos, sobre a preservação do património histórico e edificado, sobre a construção de uma zona industrial no alto concelho, sobre o alargamento dos transportes públicos com cobertura de todo o concelho, sobre a construção da linha do Metro, sobre a criação de Parques Urbanos, sobre a limpeza e reanimação dos rios e ribei-
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OPINIÃO: VOZES DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL
David Santos
O futuro a Deus (e aos eleitores) pertence! Quando há questão de uns quatro anos decidi colaborar com uma candidatura independente em Gondomar (à Câmara, Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia) estava longe de imaginar as “aventuras” em que me iria meter. Ganhei muitas amizades, criei alguns claros inimigos mas, acima de tudo, fiz aquilo que na altura a minha consciência impunha: Ser uma voz ativa na promoção de Gondomar, na defesa dos Gondomarenses e contribuir para um futuro – individual e comum – melhor. Assim o fui durante estes quatro anos, igual a mim próprio e, acredito, não desiludindo aqueles que em mim (e na equipa independente) confiaram. Julgo, também, não ter desiludido os meus. Ou seja, quero acreditar que não foram estes quatro anos que me mudaram enquanto pessoa. Fui muitas vezes crítico da atual gestão socialista dos destinos de Gondomar. Acho que prometeram muito e
cumpriram muito pouco. Foram quatro anos do já habitual “foguetório”, das promessas anunciadas, do “vamos fazer”, do “queremos concretizar”... E foram, também, quatro anos em que não se rentabilizaram as eventuais possibilidades de entendimento e diálogo entre um Governo nacional e local socialistas. Fico com a ideia que guerras internas entre socialistas nos fizeram marcar passo. Que vinganças de opções passadas se fizeram sentir. Ou ressentir... Aqueles que melhor me conhecem sabem de onde venho. E, por isso, saberão para onde vou. A meio deste percurso “retomei” a ligação partidária que sempre me caracterizou. Acho que, finalmente, com substância e competência, se prepara uma verdadeira alternativa. Há agora (no universo “não socialista”) uma notória oposição, que sabe, que acompanha, que discute e que apresenta opções. E é isso que vai acontecer no próximo dia 26 de setembro! Os Gondomarenses vão ter uma opção.
Por um lado escolher mais do mesmo. A promessa, o anúncio, os foguetes, a “música”. Ou, então, os mais realistas talvez ponderem uma escolha pela competência, qualidade, vontade de fazer e, principalmente, o respeito. A atual gestão socialista não é desrespeitosa. Mas é inegável que não se dão bem com a crítica, o comentário ou, até, a simples sugestão. Reagem muito a quente. São irritadiços e facilmente irritáveis... Temos uma gestão camarária – replicada em algumas juntas de freguesia – com tiques ditatoriais e uma linguagem e postura desapropriadas. “Não gostam de mim? Criticam-me! Então toma lá castigo...” (qualquer que ele seja). Não sou assim. Acho – com confessada imodéstia – que sou melhor. E assim sendo, a 26 de setembro, desafio todos os Gondomarenses a escolherem melhor. A escolherem para melhor. Ou, até, a escolherem o melhor.
das crónicas, responsabilizar diretamente o poder instituído "pressionando", quem de direito, para a premência de uma solução, sendo que claramente e como referido, o importante se prendia com a chamada de atenção para os perigos envolvidos e para a emergência de uma solução concernente. Mas também abordamos questões nacionais refletindo sobe temáticas candentes, tantas destas de influencia inultrapassável na boa preparação do solucionar das problemáticas locais em consideração.
Foram doze anos imbuídos de uma intensa preocupação cívica, pugnando por carregar de efeito útil a nossa ação politica, independentemente da representatividade do partido na senda politica concelhia. Obviamente que conhecemos, sempre, a nossa muito relativa importância no contexto, no entanto e talvez por isso, preferimos, em tese, ser tendencialmente colaborativos que nos colocar na fácil posição de realçar os erros e as maleitas de uma gestão "à lá minuta". O tempo foi passando e a necessidade de renovação foi-se impondo. Não
Água imprópria para banhos Com o verão na sua plenitude e a onda de calor que tem passado pelo nosso país é espectável que as pessoas procurem praias e as águas para se refrescarem e passarem as suas férias. Sabemos que em Gondomar existem algumas praias fluviais, ao largo do Rio Douro, e que todos os anos são visitadas por milhares de pessoas e que usam o Rio para irem a banhos. O que sabemos também é que a APA
Continuarei ativo – independentemente do que vier a acontecer. Continuarei a manter atividade, quer seja empresarial, associativa, ou desportiva. Ganhei muito a nível de experiência e de diálogo com os Gondomarenses. Com os que comigo concordavam e discordavam. A eles agradeço estes quatro anos. E votos de boa sorte para todos. Do sucesso individual dependerá o sucesso coletivo. Últimas linhas para o jornal Vivacidade. Parabéns pela persistência! Conseguem ser das poucas fontes de informação credíveis a nível local. Fariam falta mais uns quantos Vivacidades... São perfeitos? Não, longe disso. Mas eu também não o sou.
Pedro Oliveira
" OBRIGADO Estamos a chegar ao fim do presente mandato e, consequentemente, da nossa participação nestas crónicas mensais. Com efeito, durante três mandatos consecutivos, representamos o CDS/PP mensalmente, chamando a atenção para questões pendentes no concelho e para a necessidade da resolução de muitas delas, sempre com o único intuito de poder contribuir para a melhoria geral das condições de vida dos nossos concidadãos gondomarenses. Não deixamos de, em muitas
Movimento Valetim Loureiro Coração de Ouro
inviabilizou a maior parte das praias de Gondomar para o seu uso balnear dada à falta de qualidade da água nestes areais. Neste momento sabemos que existem nadadores salvadores em praia sem bandeira que as identifique como zonas balneares o que leva em erro os banhistas que visitam estes lugares. O movimento cívico pelo Rio Douro (#MovRioDouro) tem alertado as populações ao longo da margem do rio para este problema que merece uma resposta e uma atuação urgente por
parte dos decisores políticos dos concelhos ao redor do Rio Douro. A titulo de exemplo, no concelho de Gondomar, e se consultarmos as praias com bandeira azul no site da Agência Portuguesa do Ambiente, apenas a praia da Lomba possui classificação para a época balnear de 2021. É urgente que se dê a conhecer às pessoas este problema, de modo a que a saúde das mesmas seja protegida. Os decisores políticos não podem alegar falta de conhecimento sobre
CDS-PP serei candidato a qualquer cargo autárquico passando, doravante, à condição de "voyeur" politico, esperando a boa prestação de quem vier a representar o partido nas diferentes valências locais. Quanto a Você leitor, um eterno obrigado, em especial àqueles que me foram bafejando com simpatias que, objetivamente, eu nunca mereci.
Sara Santos BE esta questão e fechar os olhos a um problema futuro de saúde publica. Muito trabalho ainda tem que ser feito na proteção dos nossos rios e na despoluição dos mesmos, mas devemos por agora fazer um esforço por não colocar a saúde das pessoas em risco.
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