ANO 3 | EDIÇÃO 09 | SET/OUT/NOV 2011
REDES SoCIAIS Praticidade ou vício?
mEIo AmBIENTE Cuidar do seu carro pode reduzir a poluição
ENTREVISTA Super Nanny ensina a equilibrar afeto e disciplina
Criança X Comida
Saiba como resolver esse impasse
Ganhe prĂŞmios. E elogios.
A vida ĂŠ bonita, mas pode ser linda.
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editorial
Expediente
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Edição nº 9 | set/out/nov 2011 Direção geral Juliana Garcia e Patrícia Guedeville
Exemplo No ano passado minha prima Maria Eduarda, de 11 anos, comentou que tinha ido ao médico e ele constatou os mesmos desvios na coluna que a sua mãe tem. Eu poderia apenas ter atribuído isso a hereditariedade. Mas o brilho no olhar dela demonstrava muita felicidade ao comprovar que era igual à sua mãe. Na época eu ainda estava grávida e naquele momento caiu a ficha da responsabilidade que estava a minha espera, quando Davi chegasse ao mundo. Os filhos modelam tudo nos pais. Querem andar, falar e agir da mesma maneira. E, podem observar, fazem isso com uma perfeição invejável. Por isso, a partir do momento que somos pais, precisamos nos conscientizar de que somos espelhos para nossos filhos. É com os nossos exemplos que eles vão construir sua personalidade, seu caráter, seu modelo de mundo. Eles imitam tudo, as coisas boas e as ruins também. No mês das crianças, dedicamos algumas sessões a assuntos ligados a infância. Reunimos dicas sobre alimentação, economia financeira, atividade física, administração do tempo. E, acredite, todos os temas convergem EM REVISTA
Coordenação editorial Juliana Garcia
para o mesmo ponto: a importância do exemplo dos pais. “Os filhos fazem o que os pais fazem e não o que eles falam”, disse Cris Poli, a super nanny brasileira, na entrevista especial para essa edição, que traz ainda sábios conselhos para os pais sobre a arte de educar e os desafios para encontrar o equilíbrio entre carinho e limites. A Viver Bem em Revista número 9, traz ainda um alerta sobre o uso excessivo das redes sociais. Falamos também sobre os benefícios das células-tronco na estética e, na sessão de meio ambiente, você vai encontrar dicas simples para fazer seu carro poluir menos. São 72 páginas - quase o dobro das 40 da primeira edição - dedicadas a propagar os conceitos de saúde e bem-estar para a família inteira. Se os pais derem bons exemplos, as crianças naturalmente vão crescer conscientes da importância de cuidarem de si mesmas e do planeta. E assim, teremos um mundo melhor para viver, porque criamos pessoas melhores para o mundo. Boa leitura! Juliana Garcia
Textos Dênia Cruz, Eugênio Bezerra e Rayanne Azevedo Revisão Scriptoria Textos Empresariais Lucílio Barbosa - 84 9114.9790 Fotos Álvaro Rocha, Canindé Soares, Geovanna Reis e Patrícia Gabriela Projeto Gráfico Carlos Soares Diagramação GR Design Editorial www.grdesigneditorial.com.br Comercial GGTec Produções Impressão Impressão Gráfica Tiragem 10.000 exemplares Fale conosco 84 3213.8592 viverbememrevista@ggtec.com.br
equilíbrio
maturidade
meio ambiente
saúde
comportamento
entrevista
qualidade de vida
alimentação
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Sumário ANO 3 | EDIÇÃO 09 | SET/OUT/NOV 2011
34 CAPA Modelo: Iuri Oliveira Souza Foto: Geovana Reis EM REVISTA
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qualidade de vida A importância de falar sobre dinheiro com as crianças equilíbrio Conheça a terapia da Constelação Familiar
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7 dias para Viver Bem e mais nada “Eu relaxei totalmente. Estou me sentindo zen” Ana Maria, vencedora da promoção Viver Bem 9 Anos
Além de relaxar o spa também proporciona novas amizades
Essa frase resume a temporada que a vencedora da promoção Viver Bem 9 anos, a Ana Maria Figueiredo, passou no Spa Revivare Casa do Mar, no mês de julho. Ao contrário das vencedoras anteriores, ela não tinha o objetivo de emagrecer, queria relaxar e desintoxicar o corpo. Localizado na praia de Tremembé, município de Icapuí, no Ceará, o Spa Revivare Casa do Mar é perfeito para quem quer relaxar. Além do contato com a natureza, o SPA se diferencia pela prática ortomolecular, que garante excelentes resultados na busca pelo equilíbrio do organismo, amenizando os efeitos do estresse. Durante os 8 dias que passou no Spa Revivare Casa do Mar, Ana Maria consumiu uma média de 1.200 calorias diárias. Mas, dependendo do objetivo do spaziano, essas calorias podem ser reduzidas para 600 ou 800 calorias por dia. A dieta prioriza os alimentos funcionais e exclui o glúten e a lactose, substâncias alergênicas e inflamatórias. A rotina de exercícios foi intensa, com duas aulas diárias, pela manhã e à tarde. A associação do treinamento funcional com os exercícios aeróbicos garante uma aula dinâmica, que proporciona resultados surpreendentes. O programa da Ana Maria foi diferenciado, priorizando os exercícios que fortalecem a musculatura e a melhora da postura. O Spa Revivare Casa do Mar também oferece uma gama de tratamentos estéticos que ajudam na redução da gordura localizada, celulite e flacidez. Entre eles estão a drenagem linfática, endermologia vibratória, ultrassom, mesoterapia e carboxiterapia. Sessões de massagens relaxantes também são oferecidas para otimizar o relaxamento durante a semana. “Eu relaxei totalmente. Estou me sentindo zen”, suspirou a Ana Maria, ao final de uma sessão de massagem ayurvédica.
Dieta sem glúten e lactose
Programa Viver Bem - Sábado, 9h, Na Tv Ponta Negra - www.guiaviverbem.com.br - twitter: @prog_viverbem EM REVISTA
Conexão Viver Bem a todo vapor A terceira edição do Conexão Viver Bem de 2011 foi um sucesso. Como foi realizada um dia antes do Dia Mundial da Saúde Ocular (10), a Prontoclínica de Olhos levou uma equipe para conscientizar os participantes sobre a importância de visitar um oftalmologista para prevenir problemas oculares. Saúde também foi o
foco do estande da Drogaria Paiva que disponibilizou o serviço de medição da pressão arterial. A programação contou ainda com um relaxamento com o psicoterapeuta Ronnie Petterson, acupuntura, massoterapia, hidratação facial e aulas de aeróbica, dança de salão, pilates, jump show e aero axé. Confira as fotos!
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SUA OPINIÃO Pensava que o glúten só fazia mal aos celíacos. Depois que li a reportagem na revista decidi fazer um teste. Passei um mês sem o glúten na dieta. Me senti melhor e menos inchada. Valeu demais a dica. Jussara Louise – por email É bom demais ler a Viver Bem em Revista e, melhor ainda, é receber todas as edições na minha própria casa. Disponibilizar a opção pela assinatura foi um presente para os leitores cativos. Sucesso e vida longa para essa revista maravilhosa. Ceiça Santiago – por email Com as dicas de vocês não tem como ficar parado. Pratico caminhada a mais de 5 anos e nunca imaginei que pudesse acelerar o passo e correr. Já comecei a correr e to me preparando para encarar os 5km da meia maratona de natal. Bento Sousa – por email
1. Aula de aeróbica - Hi Fit. 2. Dança de salão - Evidance. 3. Jump Show. 4. Aula de Pilates com Ingrid Meneses. 5. Drogaria Paiva verificou pressão 5
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arterial dos participantes. 6. Equipe Viver Bem. 7. Saúde ocular em foco na tenda da Prontoclínica de Olhos e Central de Transplantes. 8. Equipe Bem Estar aplicou massoterapia nos participantes.
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oS PRÓXImoS EVENToS Já ESTÃo AGENDADoS No PARQuE DAS DuNAS, PARA oS DIAS 22 DE ouTuBRo E 10 DE DEZEmBRo. EM REVISTA
Sua confiança nos transformou em referência. A Prontoclínica de Olhos acaba de adquirir sua nova plataforma cirúrgica, a mais moderna do Norte-Nordeste, para correção de miopia, hipermetropia ou astigmatismo. Ela é composta pelo alegretto de última geração para correção de ametropias e do laser de femtossegundo que é usado para execução do flap, o que torna a cirurgia totalmente realizada por laser e aumenta a sua precisão.
Canindé Soares
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Qualidade de vida
EM REVISTA
ços para promover saúde e bem-estar dos participantes, a tenda do Programa Viver Bem ofereceu aulas de diversas modalidades. “Tenho certeza que esse circuito vai ficar na história. Além da oportunidade de lazer, foi um grande incentivo à saúde e à mudança do estilo de vida das pessoas”, comemorou Manoel Etelvino, presidente do Grupo Nordestão.
Arena Infantil Canindé Soares
O primeiro Circuito Qualidade de Vida Nordestão, que aconteceu nos dias 10 e 11 de setembro, na praça cívica da UFRN, reuniu esporte, saúde e lazer e se consolidou como um dos maiores eventos da área na cidade. A programação contemplou atividades variadas como corrida, caminhada, passeio ciclístico e gincana infantil. Na arena feminina, repleta de servi-
Patrícia Gabriela
Para comemorar seus 39 anos o Supermercado Nordestão presenteou a população com um final de semana dedicado à saúde e ao bem-estar
Manoel Etelvino e José Geraldo, diretores
Body Pump
Sh´Ban
Spinning
Jump Show
Pilates
Kangoo Jump
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Treinamento Funcional
Dança de Salão
Patrícia Gabriela
Patrícia Gabriela
Treinamento de corrida
Patrícia Gabriela
Álvaro Rocha
A maratona de exercícios reuniu 12 modalidades diferentes e garantiu uma dose extra de energia na arena do Circuito de Qualidade de Vida Nordestão.
Álvaro Rocha
Álvaro Rocha
Conexão Viver Bem especial
Aero Axé
Academias parceiras:
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2. Como é sua alimentação diária? Durante a semana sigo uma alimentação saudável, obedecendo os mesmos horários. Nos finais de semana abro exceção para poder comer pizzas e sanduíches! Evito refrigerantes, pois prefiro sucos.
6. O que é viver bem pra você? Viver bem é ficar perto da minha família, Glauber, Giovana e Gael. É ter uma mãe especial como a minha. É ter amigos, com os quais eu possa contar. É estar perto das pessoas que eu gosto e compartilhar com elas o que eu estou sentindo. É ter paz de espírito e sempre lutar pelos meus sonhos. É fazer com que cada dia seja melhor que o outro, e que ele se torne único. É ter coisas boas para lembrar, sorrir e enfrentar cada dificuldade com coragem e determinação. É fazer a diferença e estar sempre lutando por meus objetivos.
3. Qual a atividade física preferida? Fiz balé por muito tempo. Durante a primeira gravidez fiz hidroginástica, na segunda gravidez optei pelo pilates e, hoje, caminho e quero começar a correr. 4. O que gosta de fazer no tempo livre? Ficar com a família. Domingo é dia de Parque das Dunas com as crianças e com Glauber, meu esposo. Adoro cinema, teatro e viagens, sejam a trabalho ou a lazer. Também pratico aulas de piano. São momentos em que exercito o “aprender”. 5. Como será Adriana daqui a 20 anos? Quero ter percorrido vários lugares, conhecido várias pessoas e tocá-las através da maquiagem, despertando o prazer de se sentir mais bela e realçando a beleza individual de cada uma destas pessoas. E se Deus permitir, quero ainda ter muitos e novos sonhos a realizar.
Cedida
beleza
1. Tem algum ritual para manter a beleza da pele e cabelo? Para lavar o rosto uso sempre sabonete neutro. Na pele, hidratante e maquiagem com filtro solar. Nunca durmo com maquiagem. Nos cabelos, faço hidratação.
Adriana Gentil Ela é gaúcha, mas adotou o Rio Grande do Norte como sua terra. Adriana Gentil é casada e mãe de dois filhos, Giovana e Gael. Formada em turismo, deixou a paixão pela maquiagem falar mais alto. Há 8 anos trabalha como maquiadora para as franquias de O Boticário em Natal/RN e São Luis/MA. Em 2010, passou a integrar a equipe de maquiagem de O Boticário, fazendo parte de um time de sete maquiadores que representam a marca em treinamentos e eventos regionais. Saiba aqui o que ela faz para viver bem.
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beleza
A maior feira de saúde e beleza do Nordeste repetiu o sucesso das edições anteriores e trouxe muitas novidades para os profissionais da área
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Quem atua no mercado da beleza e estética precisa ficar sempre atualizado com as novidades. A Natal Hair 2011 reuniu profissionais renomados e empresas de todo o país para apresentar as novas tendências de cores, cortes, penteados, produtos e tratamentos estéticos e capilares. O evento aconteceu no Complexo Cultural de Natal, na Zona Norte, no período de 20 a 22 de agosto e atraiu muitas pessoas. Nos estandes, os expositores disponibilizaram diversos serviços aos visitantes, como, por exemplo, a hidratação a seco com neon, cortes, designer de sobrancelhas, unhas de resina e outros. “A população veio conferir em primeira mão o que vai encontrar nos salões e clínicas de estética, mas o nosso foco é a profissionalização”, explicou Fafá Medeiros, organizadora do evento. Paralelo à exposição, aconteceu o primeiro Congresso de Estética e Cosmética do Rio Grande do Norte, que reafirmou a necessidade da atualização contínua dos profissionais que querem se destacar no mercado. EM REVISTA
Fotos divulgação
Natal Hair 2011 Novidade da feira: Hidratação a seco. Fafá Medeiros comemora sucesso.
Natal Hair atraiu cerca de 25 mil pessoas nos três dias de evento
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Um empurrãozinho da natureza
Por Rayanne Azevedo
O uso de células-tronco em cirurgias plásticas já é realidade
Rejuvenescimento facial com célula-tronco EM REVISTA
Diz o senso comum que a gordura é inimiga da beleza. Cirurgiões plásticos, contudo, encontraram nela um poderoso aliado nas intervenções cirúrgicas, sejam elas de natureza estética, reconstrutiva ou regenerativa. É que o tecido adiposo - aquele que costuma se alojar em grandes quantidades na região do abdômen e coxas - é rico em células-tronco. E elas prometem uma verdadeira revolução no campo das cirurgias plásticas e em diversos campos da medicina. Estas células, conhecidas por se-
rem uma fonte natural de reparação de qualquer tecido do corpo humano, possuem potencial para aumentar a eficácia da lipoenxertia - técnica que consiste em utilizar a gordura excedente de uma região para restaurar outras áreas do corpo. Em Natal, o cirurgião plástico Charles Sá é um dos que trabalha com a técnica em consultório. Ele explica que o procedimento consiste basicamente em retirar gordura de uma região do corpo através da lipoaspiração, isolar as células-tronco e utilizá-las
A cada 1ml de gordura, existem cerca de três mil células-tronco para “enriquecer” um novo enxerto de gordura que se pretenda aplicar em outra área, com finalidade de aumento de volume. Pode ser o rosto, a mama ou os glúteos, por exemplo. “Uma vez isoladas, elas podem ser utilizadas em diversas áreas e com diferentes finalidades de bioengenharia de tecido ou para promover o aumento de volume de uma determinada região do corpo. Qualquer paciente pode se sujeitar a um procedimento desses, desde que haja indicação”, afirma. Com o uso das células-tronco, o risco de o próprio organismo reabsorver a gordura transplantada diminui porque, uma vez injetadas, essas células passam a estimular a formação de vasos sanguíneos que irrigam o tecido e mantêm a gordura permanentemente alimentada, aumentando a viabilidade do enxerto. Sá faz parte de um grupo de pesquisadores que publicou, este ano, dois trabalhos científicos nos Estados Unidos e Inglaterra sobre o uso destas células. Ele conta que existem diversas possibilidades de uso das células-tronco ainda em fase de estudos em outras áreas da medicina, como a neurologia, cardiologia, reumatologia e endocrinologia. “As vantagens de se usar as células-tronco oriundas do tecido adiposo do próprio paciente são grandes. Pegando células-tronco
adultas você terá um controle maior e não estará sujeito aos mesmos riscos das células-tronco originárias de embriões, que acarretam problemas de ordem legal, ético e religioso, além de um maior custeio com laboratório e cultura”, afirma. Segundo Sá, outra vantagem das células-tronco oriundas do tecido adiposo é que o processo de extração é bem mais simples, ao contrário das células-tronco da medula, que existem em uma quantidade bem menor. Para se ter uma idéia, o grau de concentração dessas células no tecido adiposo, comparado à medula óssea, chega a ser 300 vezes maior. A cada 1 ml de gordura, existem cerca de três mil células-tronco. Isso significa que, para cada 350 ml de gordura aspirada, é possível obter aproximadamente um milhão de células-tronco. De acordo com o cirurgião, a tendência é que cada vez mais as pessoas utilizem o próprio material biológico durante procedimentos dessa natureza. Já existem vários casos de pacientes que corrigiram defeitos de assimetria facial ou pequenas deformidades com o uso da técnica. Há também casos de pessoas que receberam enxertos de gordura enriquecidos com células-tronco para aumentar o número dos seios ou dos glúteos e até mesmo rejuvenescer a face.
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“Qualquer paciente pode se sujeitar a um procedimento desses, desde que haja indicação” Charles Sá, cirurgião plástico EM REVISTA
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OS PRODUTOS
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DERmA ComPLEX VITAmINA C: uniformiza o tom da pele, preenche rugas e aumenta a elasticidade cutânea por meio do estímulo à produção de colágeno e elastina. Neutraliza os radicais livres e minimiza os danos que induzem o envelhecimento.
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Anti-idade
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e clinicamente testadas. A ação antioxidante e clareadora da vitamina C, a renovação celular do retinol e a dupla ação hidratante e preenchedora do ácido hialurônico estão associadas a proteção aos telômeros promovida pela baicalina, obtida do extrato de Scutellaria baicalensis, posicionando a linha Derma Complex de forma diferenciada no mercado. Com o uso combinado, os produtos agem em sinergia para potencializar os benefícios que são percebidos mais rapidamente. O resultado é uma pele renovada, uniforme e rejuvenescida em 4 semanas. ADCOS Rua Mossoró, 606 - Tirol Fone: 84 3201-2340 Rua Marize Bastier, 72 - Lagoa Nova Fone: 84 3234-8888
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Danielle Mafra Formada em Educação Fí-
Pergunte ao personal 1. Crianças podem praticar musculação? José Gurgel – por email
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Estudos recentes comprovam que quando bem orientada, a musculação para crianças pode trazer uma série de benefícios. Sabemos também que seria mais fácil uma criança lesionar a cartilagem ou ossos em brincadeiras cotidianas do que fazendo musculação. Especialistas analisaram dezenas de estudos feitos nas últimas décadas sobre treino de força para meninos e meninas entre 6 e 18 anos, e chegaram a conclusão que a musculação traz benefícios quando bem orientada. Algumas academias já têm profissionais especializados e equipamentos específicos para crianças. 2. A musculação vai prejudicar o crescimento do meu filho? Maria Helena – por email Há algum tempo havia o mito que musculação era prejudicial, pois o impacto fechava as placas epifisárias interrompendo o crescimento. Mas atualmente sabemos que o treino de força não atrapalha nem prejudica, muito pelo contrário, até ajuda com a maior produção de GH (hormônio do crescimento). Contudo, é necessário cautela quanto à aplicação de grandes sobrecargas. 3. A partir de que idade meu filho pode fazer musculação? Luísa Dantas – por email Não há uma idade ideal para iniciar esse tipo de atividade. Alguns jovens são biologicamente mais
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sica pela UFRN e especialista em Avaliação e Prescrição do exercício. Professora do curso de educação física da UnP e proprietária da Persona Avaliação Física
maduros para executar programas avançados, já outros devem começar com treinos mais simples e leves. Crianças a partir de 7 ou 8 anos podem praticar musculação, pois não há razão para não se exercitarem fazendo movimentos de flexões de braço, abdominais e agachamentos, nos quais eles podem usar apenas o peso de seu próprio corpo. Mas nessa faixa etária outras atividades são mais interessantes para despertar a motivação para a atividade física, como esportes coletivos, natação, judô e ginástica artística. 4. Quais os benefícios da musculação para crianças? Carlos Augusto – por email • Aumento da resistência muscular; • Diminuição das lesões relacionadas ao esporte e recreação; • Melhor performance no esporte; • Melhora a coordenação motora; • Melhor controle postural; • Aumento da densidade óssea; • Melhora a consciência corporal; • Promove socialização e independência funcional. 5. Meu filho de 12 anos quer fazer musculação. Que cuidados devo tomar? Maria Tania – por email A principal orientação quando se prescreve a musculação para este grupo é que sejam evitadas cargas muito pesadas. Deve-se respeitar as diferenças individuais, a maturidade física e psicológica e o nível de experiência. Para isso, é imprescindível realizar uma avaliação física antes de iniciar o treinamento.
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“Marque um compromisso na agenda do seu filho!”
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Por Katia Cristiane Bezerra - katia_cristiane@hotmail.com
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Pensando a respeito da infância nesses tempos de modernidade, vejo uma imensidão de exigências, expectativas e responsabilidades, o que me faz lembrar da infância do século passado, quando as crianças eram “mini-adultos”, objetos de nenhuma atenção especial exceto cuidados com sua saúde, bons modos e ajudar os adultos em suas tarefas. Hoje, a realidade é outra. A criança é superprotegida, é atendida em suas prioridades (infelizmente também nas futilidades), vai à escola muito cedo, é um nicho do mercado publicitário (pasmem, ainda não trabalham e já detêm um dos maiores poderes de compra!). Contudo, sofrem igualmente um dos piores males do nosso século: o excesso que encobre a falta. Explico: enquanto nós, pais, trabalhamos arduamente para ter melhor qualidade de vida, nossos filhos vêm sofrendo significativas faltas. Falta nossa presença, nosso olhar cotidiano, tempo para fazer a tarefa, para levar à escola, para brincar no fim do dia, para colocar pra dormir... E sobra o quê? Exatamente como no nosso mundo adulto: sobra trabalho e falta prazer. Dia desses no consultório, uma paciente de 08 anos me disse, animada: - “Acredita que minha mãe me ti-
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rou do... ( determinada atividade)?! E eu lhe disse: - “Ah , então sua mãe resolveu atender o seu pedido? E ela seguiu: “Que nada! Foi simplesmente porque não cabe na minha agenda... Tenho certeza de que se tivesse uma horinha sobrando ela não deixaria passar!” Há quem diga que uma agenda apertada não é de todo ruim,
“A questão é que cada criança possui seus próprios limites, sendo necessário, pois, estar atento a eles” pois, baseado no discurso dos pais, quando crescerem verão o que é ter “compromissos de verdade”. É claro que há crianças muito ativas, que revelam diferentes habilidades, e que uma rotina preenchida não prejudica seu rendimento escolar, seu sono, ou até mesmo seu lazer e descanso. Mas sabemos que não é a realidade de todos. A maioria dos
pais está cheia de boas intenções ao lotar a agenda do filho, afinal, alguns querem dar-lhes as oportunidades de que não dispuseram em sua própria infância. Há também os que preferem a rotina preenchida ao ócio em casa nas mãos de funcionários, ou diante da TV e do video game, e ninguém os condenará por isso. A questão é que cada criança possui seus próprios limites, sendo necessário, pois, estar atento a eles. Em alguns casos, a agenda lotada leva a uma fadiga e a sintomas indesejáveis, principalmente na esfera emocional, caso isso esteja acompanhado da ausência dos pais. De nada adianta novas descobertas e a aquisição de fantásticas habilidades, se os pais não estão ali para compartilhar. Importante saber que a própria criança dará os sinais de que está bem e realizada naquilo que faz. Caso a criança expresse alguma dificuldade que possa comprometer o seu bom desenvolvimento físico e emocional, reveja a rotina. Conversar na escola, com os profissionais que o acompanham e, principalmente, com a própria criança são sempre os melhores caminhos. E não esqueça: tempo é oportunidade. Marque na sua agenda e na do seu filho, um encontro diário com a diversão, o carinho e o prazer.
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Por Rayanne Azevedo
Seu filho come bem?
Uma boa alimentação começa no exemplo que vem dos pais. Porém, nunca é tarde para mudar os (maus) hábitos dos pequenos. A receita inclui persistência, disciplina e muita negociação EM REVISTA
Sanduíche e guloseimas são preferências no cardápio da criançada
Lucas, 8, e Leonardo, três anos mais novo, são irmãos. Foram criados da mesma forma pela mãe. Ainda assim, quando chega a hora de sentar à mesa, os dois meninos não poderiam ser mais diferentes. Enquanto o mais velho come bem e aceita novos alimentos sem muita relutância, o caçula não quer nem saber de vegetais no prato. “Ele percebe tudo que a gente tenta esconder, sente o gosto e rejeita”, conta a mãe, a bancária Danielle Pereira, 39. “Parece que, para ele, o ato de parar e comer é monótono. Se a gente não sentar com ele, ele não come.”
“É preciso fazer combinados e tentar diminuir a frequência dos alimentos que não são saudáveis” Izabelle Oliveira, nutricionista
Em um mundo onde parece cada vez mais difícil resistir aos alimentos industrializados, pais e mães como Danielle pelejam para persuadir o filho a trocar a batata frita pelo brócolis. Às vezes, até fazer com que ele aceite de bom grado umas colheradas de feijão já é um suplício. É, alimentar bem a prole não é tarefa fácil, principalmente quando se está em franca - e desleal - concorrência com uma indústria alimentícia firmada sobre o açúcar e a gordura trans. “Quando a criança é menor, até os quatro anos, é mais fácil de controlar, porque a convivência social é limitada. Mas quando começa a ir para a casa de amiguinhos, a frequentar a escola, fica mais difícil. Sabemos que o estímulo para comer mal é muito maior”, reconhece a jornalista Juliska Azevedo, 31. Ela conta que toda a disciplina que conseguiu impor a Julia, 6, foi conseguida na base do acordo. “Nós conversamos, explicamos para ela a importância de se alimentar bem e negociamos.” A própria Juliska reconhece, contudo, que tanta conversa não ajuda em nada se o exemplo não vier primeiro dos pais. Talvez por isso a EM REVISTA
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“É preciso tomar cuidado para não estressar as crianças. Uma pizza de vez em quando pode, mas não todo dia. Tem que dosar” Juliska Azevedo, jornalista EM REVISTA
hora do dia em que Julia come melhor seja o jantar, quando a família está à mesa. Para a nutricionista Izabelle Oliveira, há erros que os pais frequentemente cometem quando educam a criança. Não estabelecer uma rotina onde há horários pré-definidos para sentar à mesa e fazer as refeições é um deles. Outro erro comum é deixar que os lanches substituam as refeições principais. “Um biscoito antes do almoço pode arruinar tudo. As guloseimas vão interferir no apetite da criança se forem oferecidas fora de hora.” Contudo, não é o caso de se desesperar quando o filho negar uma refeição sob o argumento de não estar com fome, ou comer menos do que o esperado. “Cada caso é um caso. O importante é saber se o consumo diário de nutrientes está sendo suficiente para aquela criança. Mas não se deve deixar de oferecer os alimentos saudáveis, mesmo que a criança coma pouco”, afirma a nutricionista. Quando a criança não quer comer, dar a ela um alimento pobre em nutrientes para compensar é uma escolha pouco sábia. “Se tem a bagana, e se ela sabe que vai ter o que quer, a criança vai querer substituir sempre. Por isso é preciso fazer combinados e
tentar diminuir a frequência dos alimentos que não são saudáveis”, explica Izabelle. Segundo a nutricionista, o consumo excessivo de alimentos com altos teores de sódio, gordura e açúcar podem causar dislipidemias, hipertensão e diabetes, além de deficiências nutricionais que podem comprometer o crescimento. Não é o caso de Leonardo, que, apesar de adorar uma bagana, goza de boa saúde. É o irmão mais velho, Lucas, quem está com o colesterol alto graças a uma predisposição genética. “Ele começou a fazer uma dieta e está aceitando muito bem, então aproveitei para tentar melhorar os hábitos do caçula e cortei os produtos industrializados”, conta Danielle. Mas e quando o ritmo dos pais é outro? É o caso da professora universitária Juliana Barreto, 34, mãe de Débora, 7. “Ela teve alguns problemas de saúde quando nasceu, e era alérgica ao leite materno. Quando eu comecei a inserir frutas e verduras nas papinhas ela rejeitava, simplesmente não comia e ficava muito tempo sem ingerir nada”, lembra. “Até um ano de vida ela foi abaixo do peso. Aquilo estava virando um estresse na minha vida.” Juliana diz que hoje não acredita mais que apenas uma boa alimentação
seja garantia de saúde. “Percebi que as doenças também têm causas emocionais, e que você é como você se sente. Se não está em paz consigo mesmo, não vai ter saúde nunca. Aí percebi que não precisava criar tanto caso por causa de comida, até porque eu tenho uma vida muito corrida e não podia cobrar se não podia dar exemplo”, afirma. Como dava aulas à noite, Juliana sempre acordava e ia para a cama mais tarde. E foi assim, para estar mais pró-
xima da mãe, que Débora se integrou ao ritmo de vida dela. Como Juliana, Débora também não tem hora certa para fazer refeição, à exceção do café da manhã, que é sagrado. “Eu deixo que ela coma o que quer quando tem fome. Para mim, é mais importante estar bem com a minha filha. E acredito também que não adianta forçar porque, quando for mais velha, ela vai acabar fazendo o que ela quer de verdade”, diz.
A sorte é que a pequena Débora tem um paladar atípico. Não é muito chegada em frutas e verduras, mas também não é fã de fast-food. “Ela come tapioca, torrada, miojo sem molho e nuggets. Aos poucos vai conhecendo coisas novas e incorporando ao paladar. Antes, por exemplo, não gostava de bolo. Hoje já come um bolo de laranja de vez em quando. Mas quando tem alguma coisa nova para experimentar, ela sempre me pergunta: ‘Por que eu vou provar isso?’” Juliana acredita que é preciso respeitar o tempo de Débora. “Quando ela era bebê, não quis fazer natação. E eu sempre falava para ela que, quando ela quisesse, poderia fazer. Aos quatro anos ela chegou para mim e falou: ‘mamãe, agora eu quero’, e está nadando até hoje.” Juliska, a mãe de Julia, considera que há um certo histerismo em querer controlar excessivamente a alimentação. “É preciso tomar cuidado para não estressar as crianças. Uma pizza de vez em quando pode, mas não todo dia. Tem que dosar.”
“Quando eu comecei a inserir frutas e verduras nas papinhas ela rejeitava, simplesmente não comia e ficava muito tempo sem ingerir nada” Juliana Barreto, professora universitária EM REVISTA
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A boa alimentação começa na gravidez
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De acordo com a nutricionista Graça Moraes, o ideal é cuidar da alimentação da criança desde a gravidez. “Os sabores e os aromas dos alimentos já são transmitidos na gestação e na amamentação, por isso é importante que a mãe tenha uma alimentação equilibrada. O paladar da criança será formado a partir daí.” Depois do desmame, o ideal é que sejam oferecidas uma grande quantidade de frutas e verduras para aguçar o paladar, e que se incentive a ingestão de água e sucos naturais. Graça aconselha os pais a negociar sempre com os filhos e evitar estabelecer relações de recompensa e castigo com os alimentos. Outra recomendação da nutricionista é de que as refeições sejam feitas sem a ingestão de líquidos. “Para compensar, você pode dar uma fruta com bastante água, como melão, melancia ou abacaxi, e a criança nem vai sentir falta. Só que os pais tem que dar o
As frutas são sempre bem-vindas
exemplo sempre.” Para a nutricionista, é importante ter em mente que as mudanças alimentares são graduais. “Você vai substituindo aos poucos, uma coisa de cada vez, para formar o paladar, sempre negociando. Se a criança quer comer a batata frita, então você combina para ela comer também um pouco de feijão, por exemplo.”
“Os sabores e os aromas dos alimentos já são transmitidos na gestação e na amamentação, por isso é importante que a mãe tenha uma alimentação equilibrada” Graça Moraes, nutricionista EM REVISTA
DICAS - Sempre colocar legumes e hortaliças no arroz e no feijão. Eles podem ser liquidificados e misturados ao caldo do feijão, depois que ele estiver cozinhado, para aumentar as vitaminas e a sensação de saciedade. - Grelhar carnes com pouco óleo (de coco ou azeite ou molho de soja). - Fazer a farofa com ervas e fibras integrais, como a soja. - Introduzir legumes em sopas, molhos e saladas. - Oferecer bebidas à base de leite fermentado (com lactobacilos vivos) para um bom funcionamento do intestino. - Diminuir o consumo de alimentos de proteína de difícil digestão, como o leite de vaca, soja e glúten de trigo. - O ovo deve ser onipresente na dieta da criança. - Oferecer biscoitos integrais, sanduíches naturais, bolo de frutas, pão de queijo e salada de frutas com granola como lanche. - Lanches podem ser acompanhados de frutas, sucos naturais, leite fermentado ou iogurte. - Fazer rodízio dos alimentos para evitar as alergias. - Fazer pratos coloridos para educar o paladar e oferecer vários nutrientes. - Evitar vísceras de animais como fonte de ferro (preferir músculo). - Não oferecer sucos artificiais.
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qualidade de vida
Dinheiro é assunto de criança?
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Por Eugênio Bezerra
Sim. E os pais exercem papel fundamental na educação financeira dos pequenos EM REVISTA
“Eles sabem o que podem comprar com o dinheiro que têm e nunca pedem mais” Cofrinho faz parte da rotina da família de João Henrique e Josi
Josimere Silveira, empresária
35 A bicicleta de João Guilherme, 8 anos, ele comprou com o dinheiro que juntou no seu primeiro cofrinho. João é um “empreendedor”. No aniversário da avó já se escalou como fotógrafo da festa. Vai tirar e revelar as fotos para vender por R$ 2,00 cada uma. Toda essa desenvoltura para as finanças começou cedo e graças aos incentivos e a orientação dos pais. O publicitário João Henrique Garcia e a administradora Josimere Silveira sempre incentivaram os dois filhos, João Guilherme e Mateus Henrique, 3 anos, a terem contato com dinheiro. João Henrique recompensa os filhos sempre que eles lhe ajudam em tarefas de casa. “Eles se oferecem pra comprar um pão, me ajudar a lavar o carro e essa troca ensina a dar valor ao dinheiro”, explica. Para a mãe dos meninos a educação financeira das crianças é construída no dia-a-dia, estabelecendo limites. “Eles sabem o que podem comprar com o dinheiro que têm e nunca pedem mais. É importante saber quando não ceder aos pedidos”, alerta Josimere. Mas essa não é a realidade da
maioria das crianças e adolescentes brasileiros. Uma pesquisa da Unicamp confirmou o que já se percebia sobre o comportamento dos jovens. As crianças e adolescentes não sabem lidar bem com dinheiro. A pesquisa mostrou que a criançada nem pensa em guardar a mesada. Gasta quase tudo de uma vez e quase sempre com coisas que não precisariam. A pesquisa ouviu crianças e adolescentes entre 8 e 14 anos de idade em três regiões com rendas familiares diferentes. Ao todo, 92% dos entrevistados disseram que recebem mesada dos pais e todos afirmaram gastar tudo consigo mesmos, o que para os especialistas indica a tendência consumista dos adultos no futuro. A pesquisa identificou ainda que o comportamento se repete independentemente da renda familiar. Para os mais ricos, falta planejamento pelo excesso de dinheiro. Já quem ganha menos cede aos filhos quando pode. Só que nos dois casos, a educação financeira é prejudicada. Para o escritor e especialista em educação financeira, Álvaro Modernell, os pais precisam estabelecer li-
DICAS LIVRoS Quero Ser Rico A formiga e a cigarra O Pé de Meia Mágico Paulina e o Ipê-amarelo A galinha dos ovos de ouro O Poço dos Desejos Como se fosse dinheiro A Bicicleta Voadora Zequinha e a porquinha Poupança JoGoS As crianças aprendem mais quando se divertem. Os jogos abaixos são ótimos investimentos: Banco Imobiliário Jogo da Vida Jogo da Mesada Leilão de arte Bê-a-bá das Finanças Administrando seu dinheiro Colonizadores de Catan Monopólio – Cartas Mercado Imobiliário
EM REVISTA
CUIDANDO DO DINHEIRO DESDE CEDO
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“Dinheiro faz parte da vida e a criança tem que aprender a lidar com ele” Álvaro Modernell, escritor e
especialista em educação financeira
mites para os filhos. “A criança quer comprar um brinquedo, quer comprar uma roupa. Vamos usar esse momento para educá-la. Vamos pesquisar, ver o melhor preço e se existe a necessidade de comprar ou se pode esperar um outro momento”, explica Modernell. Autor de sete livros sobre educação financeira para crianças, Modernell afirma que muitos pais erram ao pensar que dinheiro não é assunto para criança. “Dinheiro faz parte da vida e a criança tem que aprender a lidar com ele”, destaca. Outros erram pelo excesso e falam com a criança como se ela fosse adulta. “Pais e professores devem lembrar que os conceitos ligados ao dinheiro são muito abstratos para os pequenos”, pondera. Não há uma idade específica para ensinar os filhos a lidar com as finanEM REVISTA
Quando sua criança já tiver três anos, inicie o contato dela com o dinheiro. Quando for ao supermercado, faça uma lista e mostre os itens para seu filho.
PouPANÇA Se seu filho ganha mesada, incentive-o a poupar uma parte do dinheiro para atingir um objetivo, como viajar e comprar um brinquedo.
SEPARE um DINhEIRo Guarde um valor para gastar com seu filho no supermercado. Diga para ele, por exemplo, que ele tem R$ 5 para fazer suas comprinhas. Assim, ele terá noção dos preços dos produtos e fará escolhas. Em parques, determine quantos brinquedos pode ir. Nunca justifique a compra pela falta do dinheiro. Explique que não é hora de consumir. O desempenho escolar não deve ser vinculado à mesada. O principal meio que os pais têm para ensinar a uma criança, mesmo sem perceber, é o exemplo. Se você quer ensinar a controlar gastos e poupar, faça o mesmo com suas finanças. Não tenha medo de dizer não e estabelecer limites para os pequenos. Os pais não devem deixar que a vida ensine seus filhos a lidar com dinheiro. Crianças que não cuidam dos seus brinquedos, das suas roupas, que não cuidam daquilo que recebem serão adultos que possivelmente não saberão cuidar do seu patrimônio.
mENSALIDADE ESCoLAR Quando seu filho estiver um pouco maior, mostre para ele os gastos que tem com sua educação. Separe o dinheiro e comece a passar para a criança a responsabilidade de pagar a sua escola.
mESADA Aos sete anos passe a dar mesada para seu filho. Diga para a criança que com esse dinheiro terá que custear parte dos seus gastos.
NÃo ComPENSE Se você vê sua criança pouco tempo por causa do trabalho, não tente compensar a distância com presentes. A criança passa a fazer disso um jogo e os pais ficam reféns. PoDER AQuISITIVo Deixe claro para seu filho o poder aquisitivo da família. Assim ele vai compreender melhor a realidade financeira e que algumas compras não são necessárias. CoNSumo RESPoNSáVEL Estimule seu filho a consumir de modo responsável. Ele vai entender que não poderá comprar ao mesmo tempo a bala e um sorvete. Ele fará escolhas. Essa lição é para o resto da vida. JoGoS EDuCATIVoS Dê a seu filho jogos que ensinam a controlar as finanças e a investir também. Uma boa opção continua a ser o Banco Imobiliário.
ças. Mas, a partir dos seis anos, elas já podem ter os primeiros contatos com o dinheiro. Para isso, o especialista sugere jogos e livros ligados ao tema. “Banco imobiliário é um dos melhores jogos que existem para isso. Ensina o que é comprar, vender, lucrar”, explica. Para crianças menores, as fábulas infantis, como “A Cigarra e a Formiga” e “João e o Pé de Feijão”, introduzem muito bem os conceitos de economia, como a importância de ser previdente e poupar - a exemplo da formiga da história - e o risco de acabar sem nada se a ganância for demais, como aconteceu com o personagem João. Segundo o especialista, o cofrinho e a mesada são os dois melhores instrumentos para os pais educaram financeiramente seus filhos. Mas ele faz um alerta: o cofrinho deve ser
criado com um objetivo. “A criança precisa pensar: quando eu encher meu cofrinho vou comprar um brinquedo, vou fazer uma viagem. Juntar dinheiro por juntar não é prazeroso pra ninguém, muito menos para uma criança”, justifica Modernell. E dar o cofrinho só não resolve. Deve se dar também condições para as crianças encherem o cofrinho. Segundo o especialista, mais importante que o valor das moedas é a frequência com que os pais dão essas moedas. E outra dica. Quando o cofrinho for aberto deve-se ter um ritual que marque esse momento e que parte do dinheiro do cofrinho seja usada para o objetivo e o restante, que a criança seja estimulada a colocar numa poupança. “Essa noção de poupar é essencial e ajuda a evitar o impulso da compra”, explica Modernell.
Mesada Se o valor da mesada é limitado vai ajudar a criança a fazer escolhas e se planejar sabendo que tem tanto pra gastar. Eles começam a vivenciar os desafios dos adultos. Dê dinheiro sempre em uma mesma data e cobre da criança a prestação de contas. Condicionar o pagamento da mesada ou de prêmios ao desempenho escolar e à realização dos deveres pode ser ainda mais prejudicial. Atitudes assim podem contribuir para o desenvolvimento de uma personalidade mercenária e gerar uma sensação de não pertencer à própria família, ou seja, a única motivação pode vir da remuneração, não da qualidade de sentir-se parte, de sentir-se responsável também pelo bem-estar e bom ambiente familiar.
EM REVISTA
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entrevista
Por Juliana Garcia
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“Para educar é preciso buscar o equilíbrio entre carinho e limites”
Os conselhos da Super Nanny EM REVISTA
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Ter alguns minutos de prosa com a pedagoga Cris Poli, certamente é o desejo de muitos pais que acompanham as mudanças na rotina das famílias que participam do programa Super Nanny, no SBT. Professora desde os 18 anos, ela tem uma vasta experiência com o ensino das crianças. Mãe de 3 filhos e avó de 4 netos, acredita no que faz e garante que as suas teorias ajudaram bastante no processo de educação dos filhos e, consequentemente, dos netos. Dedicada e sempre muito paciente, a Super Nanny brasileira revela que a melhor maneira de ajudar as crianças a se desenvolver é saber dosar amor, autoridade, disciplina e limites, e aproveita esta entrevista para lembrar aos pais que os filhos são seus espelhos, e aprendem com o que eles fazem, não com o que falam.
Viver Bem em Revista: Qual o maior desafio enfrentado pelos pais para garantir uma boa educação aos fihos? Cris Poli: Eu acho que os pais precisam encontrar o equilíbrio entre o amor que sentem pelos filhos e os limites que eles precisam ter. Alguns se tornam muito permissivos e acabam estragando as crianças. Pensam que só precisam dar, dar, dar e não colocam os limites necessários com medo que o filho deixe de amá-los. Por outro lado, se você se torna um pai muito rígido, só colocando limites, limites e limites, isso vai fazer mal para a criança, pois uma educação dura sempre deixa marcas muito negativas. Então esse equilíbrio entre uma coisa e outra é o maior desafio mesmo. Os pais precisam usar a autoridade que têm, com amor, colocando limites e entendendo a necessidade disso.
VBR: E como conseguir cobrar, ser duro, com amor? Cris Poli: Uma coisa não é incompatível com a outra. Esse conceito tem que ser deletado da cabeça dos pais. Parece que se você coloca limites, se você disciplina seu filho, você não está amando e na verdade é exatamente o contrário. O filho se sente amado pelos pais quando ele tem esses limites. O limite não é ruim. Você precisa ter consciência de quem é e de que o seu filho precisa de você para conhecer esses limites. A responsabilidade pela educação dessa criança é sua, você sabe o que é melhor para o seu filho e isso dá convicção da autoridade. Você não precisa ser autoritário, não precisa gritar, não precisa bater. VBR: Algumas pessoas acreditam que a palmada na hora certa faz bem. Qual a sua opinião sobre isso? EM REVISTA
Cris Poli: Não tem hora certa para palmada, tem hora certa para disciplina. Quando você bate, você não está educando. Ou você está tentando resolver um problema que não conseguiu resolver de outro jeito, e nesse caso a criança pára porque dói mesmo, ou você está estressado, cansado e está descontando na criança algo que não tem nenhuma relação com ela. A melhor maneira para disciplinar é, realmente, agir com convicção, com firmeza, com perseverança e ir até o fim. Não precisa de palmada.
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VBR: A partir de que idade os pais devem começar a disciplinar os filhos? Cris Poli: A disciplina, a organização e os limites são coisas que você coloca para a criança desde o momento que ela nasce. Quando você estabelece um horário para dormir, um horário para comer, um horário para brincar, você já está colocando limites na criança. Agora ela começa a ter consciência de que são regras, de que precisa obedecer, a partir dos 2 anos ou um pouquinho antes disso, dependendo da criança. VBR: No seu programa você ensina os pais a usarem o cantinho da disciplina. Ele funciona como um castigo? Cris Poli: Os pais precisam entender que eles transmitem para os filhos aquilo que eles acreditam. Se você entende que isso é um castigo para a criança, ela vai receber isso como um castigo. Se você entende que é uma disciplina, a criança vai receber isso como disciplina. O sinônimo de disciplina é ensino, não é castigo. Você estabelece as regras, mas é importante as crianças tomarem conhecimento dessas regras conscienteEM REVISTA
“ Não há nada impossível, sempre dá pra mudar. E quanto mais cedo melhor” mente, num momento tranquilo, não num momento de nervosismo. Então, a medida em que a criança não obedece essas regras, você dá uma advertência. Olha nos olhos da criança e fala: - “Você me prometeu que ia obedecer e não tá obedecendo, por isso eu tô te dando essa advertência.” Se a criança continuar sem obedecer, você a coloca no cantinho da disciplina, que pode ser uma cadeirinha, uma escada, um tapetinho. Se você faz isso com tranquilidade, com calma, entendendo que você está ensinando teu filho, a criança vai perceber desse mesmo jeito. Se você termina todo esse processo com tranquilidade, se a criança entendeu bem o porquê de estar no cantinho, se a criança pediu desculpa, se você termina com um beijo, um abraço, um acerto entre pai e filho a criança não vai ver como um castigo. Castigo é quando você tranca seu filho num quarto escuro, com a luz apagada e a criança fica lá dentro chorando e não aprende nada. VBR: Os pais trabalham muito hoje em dia e o tempo para ficar com os filhos é cada vez menor. Isso pode prejudicar a educação?
Cris Poli: A maioria das casas que eu tenho visitado, os pais trabalham fora. Essa é a realidade do mundo de hoje e a gente não pode fugir disso e nem adianta querer mudar. Claro que se a mãe pode ficar um período com os filhos enquanto eles são pequenos, para encaminhá-los, tudo bem. Mas se isso não é possível, a gente tem que se adaptar a essa realidade. Quem trabalha fora tem menos tempo para educar, mas isso não quer dizer que no tempo que você está com seu filho, você não tenha que educá-lo, que tenha que permitir que faça tudo o que quiser para compensar essa falta. Esse também é um grande desafio e aí também entra aquela questão do equilíbrio que eu falei. Tudo bem que você tem que trabalhar, mas você também tem filhos que tem que educar. Quando chega em casa, não importa o tempo que tenha para ficar com ele, seja meia hora, seja uma hora, seja apenas o final de semana, mas é importante ter consciência de que é esse tempo que você tem para ficar em contato com o seu filho. É o tempo para colocar os limites, orientá-lo, para corrigir o que está errado.
VBR: O que os pais devem fazer em relação ao tempo que estão longe dos filhos? Cris Poli: Se a criança fica numa escola, no mínimo você tem que conhecer a escola. Procure saber como atua na área comportamental e lida com a disciplina dos alunos. Não adianta você ter ideais rígidos e colocar seus filhos numa escola liberal, ou ao contrário. A escola tem que estar de acordo com o que você quer para o seu filho. Se a criança fica em casa com a empregada, com a vovó ou com a babá, os pais precisam orientar essas pessoas como querem que elas lidem com o seu filho. Qual é a hora que ele tem que dormir, qual é a hora que ele tem que ver TV, como elas devem agir com respeito a indisciplina da criança. Isso tem que ser claro, pois dessa maneira, vocês falam a mesma língua e tem as mesmas atitudes com a criança. Na hora que você está com seu filho, dá continuidade a esse processo. VBR: Seguir os seus conselhos requer uma boa dose de dedicação e persistência. É comum os pais desistirem no meio do caminho?
Cris Poli: Isso é um grande problema e acontece bastante. Muitos pais que trabalham o dia inteiro, chegam em casa cansados e não querem ficar com os filhos. Então, acabam terceirizando a educação deles, abrindo mão da sua autoridade e da sua responsabilidade. Quando você faz isso e precisa cobrar algo da criança, se torna autoritário e acaba culpando a vovó, a babá ou a escola.
gar para poder chegar num ponto de acordo entre os dois e assim encaminhar essa criança para o alto.
VBR: Quando pai e mãe têm pensamentos diferentes em relação a criação dos filhos. Como agir?
Cris Poli: Não há nada impossível, sempre dá pra mudar. E quanto mais cedo, melhor. Tudo começa com a transformação dos pais. Se o pai muda de atitude, a criança muda também. O que não deve acontecer é você dar o exemplo errado e pretender que seu filho faça a coisa certa. Isso é muito contraditório, não educa e a criança, inevitavelmente, vai acabar imitando aquilo que você pai, você mãe, faz. Filho é espelho dos pais. Por isso eu sempre enfatizo que quando você perceber algo que não o agrada no seu filho, antes de cair matando em cima dessa criança, da escola ou da babá, olhe para si mesmo e se pergunte até que ponto você é responsável por essa atitude.
Cris Poli: Quando duas pessoas têm um filho elas precisam, no mínimo, estarem dispostas a conversar sobre isso. Infelizmente eu não tenho visto muito isso. Não existe diálogo, cada um fica culpando o outro e isso na cabecinha da criança é muito complicado porque ela tem o mesmo vínculo emocional com o pai e com a mãe. É importante saber que cada um foi criado de um jeito, mas que agora ambos têm uma responsabilidade em comum. O que cada um pode tirar de positivo da sua experiência como filho? É importante conversar, dialo-
VBR: Durante esses 5 anos de programa você deve ter se deparado com situações bem desafiantes. O que você tem a dizer aos pais que já se acostumaram com o mal comportamento dos filhos e não acreditam que exista solução para esse problema?
LIVROS Filhos autônomos, Filhos felizes Pais separados, Filhos preparados A arte de educar com limites Pais responsáveis educam juntos
“Não tem hora certa para palmada, tem hora certa para disciplina. Quando você bate, você não está educando” EM REVISTA
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comportamento
Abduzidos pelo smartphone
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Por Rayanne Azevedo
Existe vida além dos 140 caracteres?
A arquiteta Geovanna Reis, 25, adora o Twitter. A ferramenta de troca instantânea de informação se integrou ao cotidiano dela de tal forma que, hoje, quase não desgruda do troço. Às vezes, nem quando está ao volante. “Se eu estou parada em um sinal de três tempos, eu penso ‘por que eu vou perder três minutos da minha vida?’” Achou estranho? Geovanna se explica: “eu digito uma palavrinha, volto, olho, digito outra. É por aí…”.
Embora pareça exagero, Geovanna não é a única a cometer tais excentricidades. Basta dar uma olhada rápida pelos perfis que povoam as redes sociais na internet. Depois que os smartphones se popularizaram, tem gente que não larga deles nem na hora de ir ao banheiro ou se sentar à mesa. “Ontem mesmo nós estávamos num aniversário e meu namorado se chateou porque eu fiquei no twitter, postei fotos da festa, essas coisas”, co-
“Se eu estou parada em um sinal de três tempos, eu penso ‘por que eu vou perder três minutos da minha vida?’” Geovanna Reis, arquiteta EM REVISTA
menta a arquiteta. Para a psicóloga Cristina Hahn, há um código de conduta a ser seguido quando o assunto é redes sociais. Se as mãos nervosas não largam o celular durante aquele almoço em família, ou na balada, ou no show do seu cantor favorito, é porque alguma coisa está errada. “Deve-se respeitar os momentos e usar o bom senso. Do contrário, isso mostra um desinteresse pelo outro. Ninguém se sente bem em falar com uma pessoa que foi parcialmente abduzida por um celular”, afirma. Cristina explica que o uso prudente das redes sociais é, como tudo na
vida, uma questão de equilíbrio. “O prejuízo não está na ferramenta, mas na forma como ela é utilizada e na quantidade. As redes sociais, se utilizadas com responsabilidade, podem contribuir para a troca de informações e conhecimentos. Mas a gente não pode trocar a vida real pela virtual”, pondera. “Só que as pessoas estão vivendo cada vez mais fora da realidade, em um mundo virtual.”
Foursquare
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Twittermania “Enquanto estou acordada, estou nas redes. O twitter funciona especialmente bem comigo porque é uma forma ótima de manter o contato com os amigos e me informar”, conta Geovanna. Ela passeia os dedos pela tela brilhante do iPhone. Facebook, twitter, flickr, myspace, last.fm, linkedin, foursquare, instagram, tumblr -
todas essas redes sociais tornaram-se uma espécie de extensão virtual da Geovanna em carne e osso. Há alguns dias, a arquiteta trocou temporariamente o avatar do Twitter por uma foto trajando roupas íntimas. Ela e, possivelmente, outras centenas de garotas comemoravam o #lingerieday, uma data anual para exibir sem pudores as roupas de baixo. O namorado não ficou lá muito contente, mas ela desconversa. “Qual a diferença de um sutiã para um biquíni? Todo mundo tem foto de biquíni na internet, não é?” Apesar de levar uma vida totalmente aberta na internet, Geovanna não acredita que isso poderia lhe
trazer algum problema. “Não tenho medo de me expor ou de isso se tornar de alguma forma perigoso para mim, à exceção do hábito de tuitar ao volante. Ademais, tenho uma espécie de termômetro moral que me impede de fazer lavagem de roupa suja dos problemas pessoais e profissionais quando estou na internet.” Como Geovanna, o empresário Fred Alecrim, 37, também caiu nas graças do Twitter. E, embora não tuite ao volante, ele também tem um hábito peculiar: o de checar emails todas as manhãs antes mesmo de sair da cama. Não que isso incomode a esposa - ela também é tão fascinada pela tela do iPad quanto ele.
“Quando a gente se empolga demais vira vício. Se tiver disciplina e discernimento dá mais produtividade” Fred Alecrim, empresário EM REVISTA
“Quando se tem prudência, equilíbrio e observação, não tem como criar dependência” Gutho Barreto, diretor comercial e de marketing da TV Ponta Negra
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Fã de tecnologia e applemaníaco declarado, Fred conta que nunca foi muito chegado nas redes sociais até conhecer o Twitter, em 2008. Hoje possui contas no facebook, youtube, linkedin e google+. “Eu diria que 90% do uso que faço dessas redes é meramente profissional. Meu smartphone, em ordem de uso, serve para acessar as redes sociais, fazer vídeos, usar como agenda e só depois de tudo isso é que eu utilizo com a finalidade de fazer e receber ligações”, conta. Embora pertença a uma geração que cresceu sem saber o que era telefonia móvel nem internet (quiçá um computador), Fred absorveu tudo tão rápido que chegou ao ponto de instruir a repórter, uns bons quinze anos mais nova, sobre aplicativos para iPhone. “Quando a gente se empolga demais vira vício. Se tiver disciplina e discernimento dá mais produtividade”, pondera. Conta que certa vez foi a um show de uma banda da qual gostava muito e, no afã de registrar o momento, filmou a primeira música inteira. Quando se deu conta de que estava assistindo ao espetáculo através de uma tela de algumas polegadas, guardou o aparelho no bolso e foi EM REVISTA
curtir. “Pensei comigo: para quê fazer isso? Se quiser lembrar do show, com certeza vou encontrar algum vídeo no youtube depois.” Fred afirma que atualmente se policia para preservar os momentos. “Às vezes, na família, é cada um no seu smartphone. Vicia mesmo. O negócio é contar com a ajuda de quem está perto. Mas há coisas boas também. Hoje eu leio muito mais graças ao Kindle, porque sou alérgico a livros.” Para Gutho Barreto, diretor comercial da TV Ponta Negra, é importante reconhecer que as redes sociais fazem parte do dia-a-dia. “Mas não são o dia-a-dia”, enfatiza. “É mais uma ferramenta que eu tenho de trabalho, informação, entretenimento e aproximação. Nós só precisamos atentar para o fato de que tem muita gente vendo. É como se você fosse uma casa e a janela, sua conexão com a rua. Só que neste caso a rua inteira vai estar olhando para dentro da sua casa.” O empresário, que também é usuário do Twitter, diz que acessa as redes diariamente. “Há um controle para que não vire dependência, tanto de hábito de consumo quanto de informação. Quando se tem prudên-
cia, equilíbrio e observação, não tem como criar dependência.” Embora reconheça nas redes sociais um excelente passatempo, Gutho costuma ser cauteloso quando faz uso delas, especialmente quando precisa se expor. “Prefiro postar coisas que agreguem valor. Não acho saudável me expor, dizer onde estou e o que estou fazendo sempre. Deixo isso para as microrredes sociais. Se eu quiser falar da pelada no final de semana, posso montar um grupo fechado no facebook e fazer a ‘resenha’ render a semana inteira só entre amigos.”
Vício? “Estamos vivendo numa época muito narcisista. Hoje não se teme mais a invasão de privacidade. Pelo contrário, a vida fica exposta para quem desejar ver. É o estágio remoto da maturidade psicológica manifestado através do exibicionismo e do voyeurismo. As pessoas querem ser lembradas, querem ser importantes, ter popularidade. E, ao mesmo tempo, as pessoas também têm curiosidade na vida alheia. E tem também o fator do imediatismo. As pessoas estão querendo tudo e ao mesmo tempo”, avalia Cristina. Tamanho fascínio pelo ver e ser visto, para Cristina, tem explicação. “As pessoas estão em busca de afeto, e isso não está fácil de conseguir. Falta o cuidado, o estar junto. Por isso alguns vão buscar isso nos ambientes virtuais. Por incrível que pareça, a maior queixa de consultório que eu vejo é a dificuldade de se relacionar. É o caos das relações.” A psicóloga acredita que é preciso ter cuidado ao se expor na internet, apesar da tentação de querer ser visto. “A pessoa pode não agüentar o excesso de exposição e a crítica dos outros.
Outra questão é sobre a imagem que você prega na vida e seu comportamento nas redes sociais, eles precisam ser coerentes”, aconselha. Gutho, enquanto empresário, partilha de visão semelhante. “A imagem que você constrói na internet é quase como um avatar real. Embora não exista nada impróprio na rede social, é preciso ter em mente que aquele é o seu veículo de comunicação, e no processo social as responsabilidades pelo que você diz ou pela forma como se comporta não deixam de existir.” No fim, é importante lembrar que as redes sociais podem e devem ser usadas a favor do usuário. É o caso de Geovanna, que reencontrou ami-
gos do jardim de infância e conseguiu garantir o ingresso para o show do Paul McCartney, no Rio de Janeiro, com a ajuda de um amigo carioca. A própria Cristina reconhece o quanto o smartphone otimizou o seu tempo. “Quando tenho tempo livre entre as consultas vejo meus emails e resolvo tudo. Se não existisse isso, chegaria em casa e ainda teria que ficar umas duas horas na frente do computador resolvendo as coisas. Mas tem que usar o bom senso. Eu não posso jamais colocar isso como prioridade na minha vida quando estiver jantando com o meu marido, por exemplo. Há um limite, um equilíbrio. Não se pode perder a medida.”
“Só que as pessoas estão vivendo cada vez mais fora da realidade, em um mundo virtual” Cristina Hahn, psicóloga EM REVISTA
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saúde
O mau hálito é algo que causa constrangimento e por vezes atinge a auto-estima de quem sofre com o problema. A boa notícia é que tem tratamento
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Por Dênia Cruz
Halitose, solução existe!
EM REVISTA
No Brasil, a halitose atinge cerca de 30% da população, segundo dados da Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas de Odores da Boca (ABPO). Tendo registro de que 87% têm origem bucal e, ao contrário do que muitos pensam, somente 2% dos casos de halitose são de origem gastroestomacal. Esses dados demonstram que feito o diagnóstico correto, o tratamento adequado pode alcançar sucesso. Dra. Cecília Aguiar, especialista em tratamento de halitose no RN, explica que a halitose não é uma doença e sim um sintoma, um indicativo de que existe alguma alteração no organismo da pessoa. “Daí a necessidade de se fazer investigação adequada. Fazer o diagnóstico com uma equipe especializada, que envolve outros profissionais da área de saúde como médicos, nutricionistas, psicólogos, é algo que não deve ser ignorado, porque já diagnosticamos casos de diabetes, neoplasias, e por isso é importante identificar a real causa do mau hálito”, coloca a dentista. Feitas as investigações, diagnosticado que a causa do mau hálito é de origem bucal, o tratamento é simples e pode alcançar excelentes resultados. A paciente Ana Maria (nome fictício
A halitose é provocada pela bacteria Helicobacter pylori, no estômago
de uma paciente da Dra. Cecilia, que não quis revelar sua identidade) relatou que logo na primeira semana de tratamento percebeu os resultados. “Sei que tenho mau hálito desde jovem. Minhas irmãs me alertavam para o problema, e sempre busquei tratamentos. Tive até que mudar de emprego, pois era corretora de imóveis e lidava com o público, o que era muito constrangedor. Procurei diversos tratamentos, fiz cirurgia de sinusite, tirei as amígdalas, removi nove dentes em uma única semana, além de inúmeros exames. Até que 5 anos atrás, descobri pela internet um tratamento específico para a halitose em SP, fui para lá, comecei a me tratar, mas pela distância não continuei. Finalmente encontrei Dra. Cecília, que faz um tratamento semelhante ao que eu fazia em SP. Agora estou feliz por consegui tratar o mau hálito de forma correta”, contou a paciente. Segundo a Dra. Cecília Aguiar a falta de salivação adequada é uma das principais causas do mau hálito, “a pouca produção de saliva conjugada com outros fatores como o consumo de bebidas alcóolicas e quentes, como café, certos tipos de dietas, estresse, pouca ingestão de água durante o
dia, jejum prolongado, remédios de tarja preta, drogas e cigarro causam a halitose”, declara a dentista. Sem a salivação correta a boca fica seca, e as bactérias presentes na língua se proliferam, se alimentam de restos de comida e células mortas da própria boca, multiplicando-se e liberando gases que têm odor de enxofre, que é o cheiro característico do mau hálito. Geralmente relacionada a fatores sistêmicos, psicogênicos e bucais, a halitose tem mais de 50 causas em destaque: higiene bucal inadequada; restaurações e próteses mal adaptadas; feridas cirúrgicas; cáries extensas; doença periodontal; sangramento gengival; presença de biofilme lingual ou saburra; alterações da salivação (saliva espessa ou em quantidade reduzida); uso de aparelho ortodôntico (traumatismo pelos brackets); sinusite; respiração bucal; ronco e apnéia do sono; jejum prolongado; dietas para emagrecimento ou muito restritivas; hipoglicemia; consumo de alimentos aromáticos, como alho e cebola, e de alguns medicamentos de odor carregado; desidratação; febre; alterações hepáticas; alterações hormonais; alterações renais; diabetes.
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“Já diagnosticamos casos de diabetes, neoplasias, e por isso é importante identificar a real causa do mau hálito” Cecília Aguiar, dentista
EM REVISTA
O tratamento
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O tratamento é feito com o uso de medicamentos, reforço na higiene bucal usando escovas, limpadores de língua, fio dental e sprays específicos para limpeza, além da mudança de hábitos com relação ao consumo de alimentos ou produtos que podem provocar a halitose. O tratamento dura de 2 a 4 meses, onde o paciente retorna ao consultório em espaço de 30 dias entre uma consulta e outra. E após esse período a visita ao dentista tem que ser realmente periódica, indicada de 6 em 6 meses.
Não é culpa do estômago Pesquisas efetuadas pela Associação Brasileira de Halitose (ABHA) concluíram que é um mito que mau hálito teria origem no estômago. Segundo esta pesquisa isso raramente acontece e constatou-se ainda que este engano ainda persiste entre muitos profissionais da área de saúde. O gastroenterologista Dr. Gutemberg Nobrega confirma que 2% dos casos de halitose têm origem no aparelho digestivo, e dentro desse percentual estão os casos que envolvem
problemas no estômago. “A halitose só tem origem no estômago quando é provocada pela bacteria Helicobacter pylori, que se instala no órgão causando o excesso de acidez, o que leva ao mau hálito. Essa bacteria pode ser adquirida pelo consumo excessivo de carne”, explica o médico. Dr. Gutemberg ressalta que é importante mudar o conceito de que mau hálito é provocado pelo estômago, e fazer o diagnóstico correto para que o tratamento seja eficaz.
“A halitose só tem origem no estômago quando é provocada pela bacteria Helicobacter pylori” Gutemberg Nobrega, gastroenterologista EM REVISTA
DICAS 1. Fazer um auto-exame na língua, diante de um espelho, para verificar se há saburra lingual (uma espécie de massa esbranquiçada ou amarelada, que se deposita na parte de trás da língua); 2. Perguntar a uma criança (ou alguém de sua confiança, ex: pai, mãe) se ela sente em você algum mau odor bucal (as crianças e os pais geralmente são muito sinceros e não têm vergonha de dizer o que pensam); 3. Consultar um profissional apto a tratar halitose, pois ele tratará a causa e o efeito do problema. O profissional deve fazer o exame usando a máquina Japonesa OralChroma ou o Halímetro (equipamentos que medem o hálito).
saúde
Por Dênia Cruz
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Varizes Conheça os tratamentos oferecidos para essa doença que acomete 1 em cada 5 mulheres brasileiras
Ao contrário do que muitos pensam as varizes não são apenas problemas estéticos, podem provocar doenças sérias. A angiologista Regina Mendonça esclarece que as varizes na maioria das vezes são hereditárias e que precisam de tratamento específico. “É uma doença que além do foco patológico, também incomoda muito no ponto de vista estético. Precisa ser tratada porque com o passar do tempo pode trazer complicações sérias como úlcera varicosa, trombose ve-
nosa e erisipela.” Pesquisas revelam que aproximadamente 20 milhões de adultos no Brasil têm varizes. As mulheres são mais acometidas, 1 em cada 5 tem a doença, já entre os homens a proporção é 1 para 15. Dra. Regina explica que isso acontece porque as oscilações hormonais, a gestação, o uso de anticoncepcionais e tratamentos de reposição hormonal são fatores que predispõem o surgimento da doença. Como é uma patologia de origem hereditária não há cura, somente tratamento para controlar e prevenir doenças provocadas pela varizes.
“É uma doença que além do foco patológico, também incomoda muito no ponto de vista estético” Dra. Regina Mendonça, angiologista EM REVISTA
Tratamentos Em Natal, a angiologista e especialista em varizes, Dra. Regina Mendonça realiza tratamentos modernos e de fácil acesso. “O tratamento preventivo, no início do aparecimento das varizes é essencial, evitará complicações futuras. Muitas pessoas deixam de tratar varizes achando que é só um problema estético, e não se preocupam com as consequências de varizes não tratadas. Hoje temos vários tipos de tratamentos dos mais modernos, que podemos utilizar desde as aplicações até as micro cirurgias, que são menos invasivas, não deixam cicatrizes, e o resultado do ponto de vista estético é ótimo”, esclarece Dra. Regina. A Escleroterapia química com líquido ou espuma é usada há mais tempo e indicada principalmente para tratar as microvarizes ou vasos e as varizes de calibre muito pequeno. O tratamento consiste na injeção de substâncias esclerosantes nas veias.
Embora essas injeções precisem ser repetidas em algumas veias, a escleroterapia é muito eficaz e com excelentes resultados. Outra opção de tratamento é o laser, mas ele não pode ser aplicado em todos os tipos de pele e não é recomendado para combater vasos de calibre maior. No Brasil alguns médicos fazem o tratamento misto: laser e injeções. Dra. Regina ainda realiza um tratamento com agulha de crochê: “A agulha funciona como instrumento para o tratamento, retira a veia para fora, não precisar de corte, nem de ponto. Como é um furo de agulha não deixa cicatriz. Inicialmente o paciente fica com um hematoma na perna, mas com o tempo se desfaz”, explica. A especialista explica que o primeiro passo é fazer o mapeamento de todo o sistema venoso, feito pelo exame Ecodoppler, que identifica as veias que estão dilatadas. Depois se avalia
qual o tratamento mais adequado. Segundo a angiologista há poucas restrições quanto aos tratamentos, qualquer pessoa diagnosticada com problemas de varizes, que não tenha diabetes ou problemas de pressão, pode e deve fazer os tratamentos, porque estarão evitando doenças no futuro. “Tenho uma paciente de 13 anos, que terá que fazer acompanhamento pela vida toda, porque varizes não têm cura, devemos fazer o controle e a prevenção contra outras doenças oriundas do não cuidado com as varizes”, esclarece a Dra. Regina. CLÍNICA TONY ELBERT Rua Mipibu, 720, Petrópolis. (84) 3221 2990 / 9609 9739 Consultas e procedimentos particulares CLÍNICA ANGIOCARDIO Rua Apodi, 556, Tirol. (84) 3133 4500 Consultas por convênios e particulares
Aproximadamente 20 milhões de adultos no Brasil têm varizes FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O SURGIMENTO DA DOENÇA: IDADE - costumam aparecer a partir de 30 anos de idade e podem ir piorando com o passar dos anos; hISTÓRIA FAmILIAR - se há uma incidência de varizes na família, a chance de ter a doença será maior; TABAGISmo - pesquisas revelam que a parede das veias também sofre as agressões das substâncias contidas nos cigarros;
oBESIDADE - o sobrepeso aumenta a pressão sobre as veias e dificulta o retorno venoso; TEmPERATuRA - exposição ao calor por tempo prolongado pode provocar dilatação das veias. Daí a incidência de varizes em países de clima tropical; SEDENTARISmo - falta de exercícios auxilia no aparecimento de varizes,
porque a circulação não é estimulada e pode provocar a dilatação das veias. TRAumAS - algum traumatismo na região das pernas pode provocar varizes; ATIVIDADE PRoFISSIoNAL - ficar muito tempo sentado ou em pé parado é prejudicial para o trabalho das veias. É necessário movimento para estimular a circulação.
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O excesso de confiança pode acabar com a saúde do homem. Pratique exercícios, tenha uma alimentação balanceada e evite os vícios. Sempre que possível, visite o médico e faça exames completos. E não esqueça: quando chegar aos 40, procure o urologista para prevenir o câncer de próstata. Homem que é homem tem que se cuidar.
Trabalho aqui, trabalho agora.
SAÚDE RENOVADA. A GENTE MAIS FELIZ.
odontologia 56
Família e colaboradores formam uma equipe integrada que garante à Clínica Vicente de Paula destaque na odontologia do Estado
www.clinicavicentedepaula.com.br
Excelência em atendimento A Clínica Vicente de Paula existe há 11 anos e é a concretização de um sonho. Por trás da fachada elaborada, existe uma empresa de base familiar que acolheu para sua equipe, profissionais que primam por excelência na qualidade e humanização no atendimento, tendo em seu quadro 16 profissionais, realizando tratamentos integrados e atendendo a todas especialidades.
Dr. Vicente de Paula, o patriarca EM REVISTA
Com 45 anos de profissão, muitos deles dedicados à vida acadêmica como professor da UFRN, Dr. Vicente de Paula Sousa é o patriarca da família e sente-se realizado há 11 anos por concluir seu sonho de ter um espaço próprio. “Eu me formei em 67 e meu primeiro consultório foi alugado nas proximidades da Av. Rio Branco e a clínica só veio depois que meus filhos, também dentistas, se engajaram nesta causa,” explica o dentista que é pai de Ricardo, Rodrigo e Raniere Sousa. Dr. Vicente deixa claro que nunca influenciou seus filhos na escolha da profissão. “Eu nunca disse nada sobre isso, eles me viam chegar em casa todos os dias cansado, mas realizado com o meu trabalho”, revela o odontologista que ainda esclarece que sem a presença dos três filhos e três noras odontologistas seria difícil acompanhar tantas mudanças. O lado familiar permitiu que a Clínica tivesse uma amplitude de especialidades e renovação de conceitos. “É importante estar aberto às mudanças, é preciso evoluir e como a informação é ace-
lerada, meus filhos exercem o papel, importante, de me atualizar”, revela Dr. Vicente de Paula com 70 anos de vida e com tempo para aprender sempre um pouco mais. Do outro lado estão os profissionais acolhidos pela família: representando o grupo, Ricardo Sá fala de como tudo começou. “Estudei com Ricardo Sousa, fui aluno de Dr. Vicente e quando me formei, aluguei um consultório ao lado do dele, mas só em 94 com a criação do Grupo Implante foi que começou a ter a necessidade de ter um espaço para atender os pacientes e quando surgiu a clínica apareceu a oportunidade de juntar os integrantes do grupo”, explica. Para Ricardo Sá a clínica possui uma excelente estrutura, proporciona conforto aos pacientes, além de ser um centro de referência no Estado que traz o nome de Vicente de Paula. “Dr. Vicente é um exemplo a ser seguido de profissional, de professor, de pai. Fui muito bem recebido e me sinto como um membro da família”, finaliza.
Impressรฃo grรกfica
meio ambiente
Poluição do ar
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Por Eugênio Bezerra e Juliana Garcia
Você pode ajudar a reduzir a emissão de gases poluentes, seja deixando o carro em casa ou fazendo a manutenção correta
EM REVISTA
Clodoaldo do Nascimento, 50 anos, é servidor público e mora na Coophab, em Nova Parnamirim. Há seis meses decidiu deixar o carro em casa para ir ao trabalho, no Parque dom Nivaldo Monte. Todos os dias atravessa parte da cidade, um percurso de 10km, em sua bicicleta. Decidiu mudar seus hábitos principalmente por questões ligadas à saúde e ao orçamento mensal, mas não deixa de ressaltar que sua ação contribui para preservar o meio ambiente. Provavelmente, ele nem saiba, mas, ao deixar o carro em casa, uma pessoa sozinha, deixa de lançar no ar 6 quilos de gás carbônico a cada 30 quilômetros. Faça as contas: se você pedalar os
mesmíssimos 30 quilômetros durante um ano, vai livrar a atmosfera de quase 2 toneladas de gás carbônico. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) divulgou o 1º Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários. A projeção do inventário é que, em 2009, tenham sido emitidas quase 170 milhões de toneladas de CO2. Segundo o MMA, as estimativas para 2020 apontam que o setor de transporte rodoviário poderá emitir cerca de 60% a mais do que em 2009, alcançando cerca de 270 milhões de toneladas de CO2. Os veículos automotivos lideram o ranking de emissões de CO2 no país.
Quantidade de veículos em Natal cresceu absurdamente nos últimos anos
Hermínio: mestre em energia e meio ambiente
Análise da poluição Hermínio Brito é engenheiro mecânico, mestre em energia e meio ambiente e desse assunto ele entende bem, foi tema da sua tese de mestrado. Ele explica que os veículos poluem porque o motor é uma máquina imperfeita. Para funcionar ele recebe ar e combustível, no entanto apenas 27% do combustível que é colocado no tanque do carro é utilizado para gerar o movimento do motor. O restante é expelido pelo cano de escape em forma de gases poluentes. “Enquanto o homem não conseguir criar uma máquina perfeita, que utilize 100% do combustível, os veículos vão continuar poluindo”, reconhece Hermínio. Durante o seu mestrado, em 2005, Hermínio Brito realizou uma pesquisa com 1.807 veículos da frota de Natal. O objetivo inicial era analisar o nível de poluição gerada pelos veículos de acordo com o combustível utilizado por eles. A pesquisa foi feita seguindo os mesmos parâmetros aferidos na inspeção veicular, instituída
pela resolução 09 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Os resultados revelaram que o fator mais importante é a idade do veículo, e não o tipo de combustível. Quanto mais velho for o carro, mais ele polui o meio ambiente. “Pra se ter uma ideia encontramos veículos movidos a gás natural poluindo mais que um veículo a diesel. Tudo depende do estado em que o carro se encontra”, explica. Em veículos nas mesmas condições de manutenção, aí sim, o tipo de combustível faz a diferença. O diesel é o que mais polui, seguido da gasolina, do álcool e do gás natural. Para amenizar a emissão de gases, a injeção eletrônica e o catalisador, equipamentos considerados obrigatórios para qualquer veículo trafegar no Brasil, desempenham um papel importante. A injeção eletrônica contribui para que a mistura do ar e do combustível seja mais correta, e assim, reduz o desperdício do combustível. Já o catalisador, filtro que é colocado na saída do cano de escape, transfor-
“Pra se ter uma ideia encontramos veículos movidos a gás natural poluindo mais que um veículo a diesel” Hermínio Brito, engenheiro mecânico
ma o monóxido de carbono, o gás que mais contribui para o efeito estufa, em água e nitrogênio. O engenheiro Hermínio Brito enfatiza que para ambos desempenharem bem esse papel, a manutenção preventiva do veículo é indispensável. “O catalisador, por exemplo, precisa ser substituído, a cada 80 mil quilômetros rodados, mas a maioria das pessoas não sabe disso, e acaba gerando mais poluição, sem ter consciência disso”, revela. EM REVISTA
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O que esperar do futuro?
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Se depender do número de veículos que circula pelas ruas as expectativas não são as melhores. O total de veículos no país mais que dobrou nos últimos dez anos e atingiu 64,8 milhões em dezembro de 2010, segundo levantamento do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). O aumento acumulado é de 119%, ou seja, mais 35 milhões de veículos chegaram às ruas no período. Segundo o órgão, essa seria a frota circulante no país e considera carros, motos, caminhões e outros tipos de automotores inseridos no cadastro desde 1990. O Rio Grande do Norte tem uma frota registrada de 731.263 veículos e de acordo com DETRAN-RN quase 70% dessa frota se concentra na região metropolitana da Grande Natal. Considerando o resultado do Censo IBGE 2010, que indica que a população é de 190,732 milhões, o país tem uma média de um carro para cada 2,94 habitantes. Com esses números fica difícil enxergar uma solução para o transporte individual. “Não existe sustentação ambiental com o uso do automóvel. Por mais que a tecnologia avance, nós só conseguiremos acabar com a poluição se trocarmos o combustível. A solução atual mais viável são os veículos elétricos, mas por enquanto ainda não são acessíveis para a população”, lamenta Hermínio. Ele critica a política brasileira que privilegia o transporte individual. “Eu considero
um absurdo o governo oferecer incentivos fiscais, como a redução do IPI, para estimular a venda de veículos. A atitude ambientalmente correta seria investir na qualidade do transporte coletivo, para que ele chegue mais perto das pessoas, seja confortável, seguro e, claro, mais barato, nesse caso sim, valem todos os incentivos e até, mesmo, o governo subsidiar parte do preço das passagens.” O analista ambiental José Petronilo também defende a necessidade do estímulo as soluções para melhorar o transporte de massa, como vem acontecendo em diversos países. “As soluções individuais de transporte só trazem prejuízos à sociedade”, garante. O aumento de automóveis nas ruas pode causar uma série de problemas à população e ao meio ambiente, entre eles: a poluição atmosférica e sonora, doenças respiratórias, sedentarismo, irritabilidade, perda de tempo em congestionamentos, acidentes, comprometimento de grande parte da renda das pessoas. Petronilo destaca ainda o baixo aproveitamento dos veículos individuais. “Existe um uso desproporcional das ruas, partindo da informação de que a maioria dos veículos que circulam em nossas cidades, apresentam sua capacidade bem abaixo de passageiros ou seja levam 1 ou 2 ocupantes apenas”, esclarece. Um metrô de capacidade média leva 500 passageiros por viagem.
“Não existe sustentação ambiental com o uso do automóvel” Hermínio Brito, engenheiro mecânico EM REVISTA
FAÇA A SUA PARTE Para quem não quer abrir mão do carro, medidas simples ajudam na economia de combustível e reduzem a emissão dos gases poluentes. “São pequenos gestos que podem se multiplicar por milhões de pessoas e isso vai fazer uma diferença enorme do ponto de vista ambiental”, orienta o engenheiro. 1) Ao ligar o carro pela manhã, não acelere, deixe a rotação do motor fluir normalmente. Não faça grandes arrancadas nos dois primeiros minutos. 2) Respeitar a velocidade máxima permitida nas vias economiza 20% de combustível. 3) Calibrar os pneus corretamente reduz em 12% o consumo de combustível. 4) Enquanto espera o semáforo abrir, ao invés de ficar acelerando e usando a meia embreagem, use o freio de mão. 5) Quando se deparar com um sinal vermelho à sua frente, o certo é reduzir a velocidade, utilizando o freio motor, ou seja, a redução das marchas. 6) Faça sempre as manutenções preventivas. As mais importantes são a troca de óleo e dos filtros de óleo e de ar. Deve ser feito no máximo a cada 10 mil km. Se andar em estradas com muita poeira ou poluição, reduza essa troca para cada 5 mil km.
Troque o carro pela bicicleta Uma alternativa para amenizar a poluição do ar é fazer como o Clodoaldo e trocar o carro pela bicicleta. Para a saúde, as vantagens das pedaladas também têm um peso considerável. A pessoa perde os quilos extras, ganha massa muscular, aumenta a capacidade cardiorrespiratória e sente um bem-estar incrível, garante o professor Felipe Souza, personal trainner há 7 anos. E nem precisa tanto esforço. Se você for de bicicleta até o supermercado ou à padaria diariamente, já estará dando adeus ao sedentarismo e a todas as doenças relacionadas a ele. Circular sobre duas rodas é uma tendência no país inteiro. A Abraciclo, Associação Brasileira dos Faanúncio flora FR00111.ai
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16/09/11
16:09
bricantes de Motocicletas, Bicicletas e Similares, estima que mais de 24 milhões de indivíduos pedalem todo os dias. Desse contingente, cerca de 53% usa a bike como meio de transporte principal. É bem verdade que pedalar nas grandes cidades pode ser perigoso, já que o Brasil é pobre em infraestrutura de ciclovias e ciclo faixas. Mas, se o ciclista estiver bem equipado e obedecer às leis de trânsito, o risco de um acidente cai bastante, garante o professor Felipe Souza que também gosta de pedalar e completa: “Ande sempre no lado direito da via nunca pela calçada e tente ser o mais visível possível, usando roupas claras e coloridas”, concluiu.
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Felipe Souza: personal trainner e ciclista
maturidade 62
Saiba como a saída dos filhos de casa pode interferir na sua qualidade de vida
O ninho está vazio, e agora? O ser humano segue uma linha de composição social: nasce, cresce, se casa e tem filhos. A forma mais natural de criar uma família, até que chega o dia que os filhos saem de casa. Seja porque querem ter experiências como morar sozinho, trabalhar, ter independência financeira ou pelo simples fato de também estarem criando sua própria família. Só aí os pais se dão contam que o ninho ficou vazio. Este fato está relacionado com a entrada dos filhos na idade adulta. A síndrome do ninho vazio não é uma doença, mas um comportamento de melancolia que os pais sofrem quando os filhos deixam o núcleo familiar. A psicóloga e terapeuta holística Amariles Castro revela que hoje a sociedade está passando por um processo de transição nas relações, e alguns pais não estão conseguindo lidar com naturalidade com a saída dos filhos de casa. “De um tempo para cá há uma mudança na estrutura familiar. Antes as famílias eram grandes, e mesmo os filhos casando sempre ficava alguém em casa, os pais nunca ficavam sozinhos. Hoje com a redução do número EM REVISTA
de filhos isso não acontece mais. A solidão ocorre porque aumentou o número de divórcios na terceira idade e aí os pais ficam sós, sem filhos e sem o companheiro, principalmente as mulheres que dificilmente casam de novo”, coloca a psicóloca. A independência feminina também colaborou para a existência do ninho vazio, porque hoje as mulheres optam por ter filhos mais velhas, depois dos 30 anos, e ainda diminuiram o número de filhos. Segundo a psicóloga o mais dificil é a adaptação a essa realidade nova, de que as famílias são menores nos dias atuais. O medo de ficar só, às vezes, faz alguns pais escolherem um dos filhos para ficar com eles. “Existe também a escolha de um filho em casa para que o ninho nunca fique vazio. Os pais dão mensagens duplas de que querem ficar sós, mas ao mesmo tempo falam - filho você não precisa sair de casa, porque aqui você tem tudo – é inconsciente, mas esse comportamento demonstra que esse pai, que essa mãe, não aceita a autonomia do filho”, revela a especialista.
Por Dênia Cruz
“A solidão ocorre porque aumentou o número de divórcios na terceira idade e aí os pais ficam sós” Amariles Castro, psicóloga
Pais independentes Cultivar amizades e exercer atividades periódicas são alguns dos caminhos para lidar bem com a ausência dos filhos. Segundo a psicóloga quem tem amigos tem companhia para sempre, quem desenvolve atividades laborais tem companhia sempre, isso favorece a auto-estima e o gostar de si mesmo. “Viver bem a velhice é ter amigos, a receita é cultivar os amigos, são eles que irão ficar conosco. Deve-se fazer passeios, trabalhar, ter uma vida independente. Pois os filhos são para sempre, mas não devem viver dependentes dos pais para terem uma relação”, declara Amariles Castro. Para o casal Catarina e Ademir Melo a receita é bem essa. Eles têm quatro filhos, três deles casados e o mais novo solteiro, mas todos vivendo independentes, cada um em sua casa. A professora aposentada, Catarina Melo, e o contador também aposentado Ademir Melo sempre cutivaram amizades e com esses amigos fazem constantes viagens, aliás um hábito que eles sempre tiveram mesmo quando os filhos viviam com eles. Segundo Seu Ademir a ausência dos filhos não é percebida porque eles sempre estão em contato, almoçam com frequência com eles, e continuam fazendo parte do dia-a-dia do casal. “Nós temos uma relação saudável de troca com nossos filhos. No nosso caso não houve uma separação dos
63 Catarina e Ademir nas cataratas, em Foz do Iguaçu
filhos quando eles sairam de casa, nós continuamos tendo o mesmo diálogo, eles nos consultam quando vão resolver algo, e nós também consultamos eles quando queremos fazer alguma coisa, assim não sentimos falta deles por não estarem morando conosco”, revela o contador. Outro fator determinante na relação pais e filhos do casal é que eles sempre viajaram, mesmo quando os filhos eram crianças e/ou mais jovens. No começo as viagens eram em família, mas depois começaram a ser com os amigos ou o casal sozinho. Hoje eles viajam em média três vezes por ano, já conheceram 80% do Brasil, cidades em todas as regiões do país. Agora eles estão planejando fazer
viagens internacionais começando pela América do Sul, mas a próxima viagem ainda será no Brasil; um cruzeiro para Fernando de Noronha está na agenda do casal. “Os filhos adultos nos permitem ter mais liberdade, não temos a preocupação que tínhamos quando eles viviam conosco. Acho que temos o dever de dar liberdade a eles também. Tenho um exemplo de um colega de trabalho, que fez o filho perder um excelente emprego porque não queria ficar só; o filho ficou tão preocupado com o pai, pediu demissão e voltou para casa. Nem eu nem Catarina faríamos isso nunca. Nós sempre apoiamos o que eles querem fazer, tudo é um aprendizado”, declara Ademir Melo.
“Os filhos adultos nos permitem ter mais liberdade, não temos a preocupação que tinhamos quando eles viviam conosco” Ademir melo, contador EM REVISTA
“A cada quinze dias curto o final de semana com minhas netas que vêm para minha casa” Ricardo Sckaff, comerciante
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Sem filhos, sem a companheira Já a história do comerciante Ricardo Sckaff, 59 anos, tem uma particularidade, o ninho ficou vazio não só pela ausência dos filhos, mas também pela ausência de sua companheira de 33 anos, que faleceu em 2007. Ele vive na capital paulista, tem três filhos, todos casados e que moram em cidades diferentes da dele, mas apesar da distância física dos filhos Ricardo afirma que está tranquilo com a situação. “Eles estão vivendo a vida deles, e sabem que estou aqui para o que precisar. Sei que eles me amam, e como tenho a certeza que Deus cuida deles também, fico tranquilo”, disse o comerciante. Ricardo conta que ocupa o tempo antes dedicado aos filhos com o trabalho e com atividades que ele gosta de fazer. “O trabalho é uma benção, pois faço o que gosto de segunda a sábado. Morando sozinho também aprendi a fazer a comidiEM REVISTA
nha do meu jeito. Aos domingos, eu descanso e às vezes vou ao mercado. A cada quinze dias curto o final de semana com minhas netas que vêm para minha casa. Também passo o tempo jogando video game e vendo filmes, que são meus hobbies preferidos. Enfim meu tempo é ocupado por inteiro.” Histórias como essas nos revelam que o ninho vazio não é um problema e sim apenas uma mudança no cotidiano dos pais, que pode ser muito bem aproveitada e desfrutada
da melhor forma possível. A psicóloga Amariles Castro diz que tudo fica mais fácil quando os pais têm consciência que os filhos não os pertencem, são de sua responsabilidade até o momento que eles precisam de orientação. “Os pais são mestres e não donos dos filhos. Eles serão eternizados pelos filhos se conseguirem conquistar a admiração deles. Quem é admirado terá sempre companhia, ao contrário de quem cria uma relação de controle, transformando o filho num refém, uma relação patológica, nada saudável”, esclarece a psicóloga.
equilíbrio 66
Constelação Sistêmica Familiar Descubra seu lugar no mundo
EM REVISTA
Nós somos frutos de uma história que se inicia antes mesmo do nosso nascimento. Todas as experiências pessoais de seus pais constituíram o que eles são. Portanto, a forma como foram criados e as percepções que tiveram do que viveram, influenciaram a forma de vida que você começou a participar quando nasceu. Parece complicado? E pode ser mesmo. Se não tivermos a exata noção do quanto tudo está ligado e influenciando diretamente a nossa personalidade e as nossas escolhas. Os modelos paternos (pai e mãe) são fundamentais na formação da nossa personalidade. As interações primárias nos dão visão de mundo e de nós mesmos. Talvez você tenha tido vontade de ser médico e não pôde, mas vê no seu filho essa possibilidade. A pergunta chave é se, na verdade, você também não foi projeto dos sonhos de seus pais. Até que ponto suas escolhas foram suas, ou você simplesmente acolheu e aceitou escolhas deles? Será que seu pai fez escolhas no seu lugar, tentando reviver aspirações dele? Talvez uma profissão, um lugar para morar, ou um marido ... A repetição muitas vezes acontece
SAIBA MAIS
“Eu ajudo às pessoas a terem outra consciência e assim outras possibilidades” Cornélia Benesch
de forma inconsciente. Aquilo que seus pais não puderam fazer, de repente, você pode ou seu filho poderá... Como ter consciência de que não estamos repetindo um padrão ou até mesmo como identificar esse padrão? O trabalho da Constelação Sistêmica Familiar busca exatamente oferecer essa consciência sobre o indivíduo dentro do grupo. A Presidente da ABCS (Associação Brasileira de Constelações Sistêmicas) Cornélia Benesch explica que o trabalho possibilita a ampliação do campo de visão. “Se eu foco numa coisa só, não vejo outras ao redor. Quando percebo as outras coisas, eu estou aumentando a minha visão e a capacidade de resolver problemas e lidar com as mesmas situações de uma outra forma”, afirmou a especialista alemã. O pensamento dualista é ignorado dentro do trabalho. Não existe certo ou errado. Todos os caminhos são possíveis desde que tragam equilíbrio e mobilidade dentro dos grupos: “Nós pertencemos à vários grupos e eles têm leis. Se eu ficar fiel a um grupo ficarei desleal a outro. Quando estou neste grupo o que me movimenta são as regras dele. E quando percebemos isto, muda o mundo”, esclarece. Benesch revela ainda que o resultado do trabalho pode ser libertador: “Eu ajudo às pessoas a terem outra consciência e assim outras possibilidades”.
o que é Constelação Sistêmica Familiar? Constelação Sistêmica Familiar é um trabalho filosófico e terapêutico que foi desenvolvido pelo pedagogo, psicoterapeuta e filósofo alemão Bert Hellinger. O trabalho pode ser desenvolvido individualmente ou em grupo. Individualmente, o cliente traz um tema pessoal em que o facilitador pode trabalhar com bonecos para representar papéis da situação em questão, ou pode trabalhar sem nenhum recurso externo quando ele próprio e a pessoa podem representar os papéis dentro da constelação. Em grupo, você pode participar trazendo um tema pessoal para ser trabalhado ou apenas assistir ao workshop estando disponível para representar em alguma constelação. o que significa “Constelar um Tema”? Constelar um tema é uma das maneiras de se participar de um workshop ou do atendimento individual. A pessoa que escolhe constelar um tema é denominada de cliente. O cliente traz um tema que quer trabalhar, o facilitador explora com algumas perguntas e pede para ele escolher pessoas que irão representar determinados papéis. O cliente coloca os representantes no salão e o facilitador irá acompanhar a dinâmica que surgir. Qual o objetivo do trabalho com Constelações Sistêmicas Familiares? Aumentar a consciência do cliente, mostrando para ele como diferentes sistemas movimentam ele sem ele perceber. Percebendo o que o movimenta pode sair de círculos viciosos e fazer novos passos. Abrindo novas possibilidades de atuação. o que é um sistema? Sistema é um grupo de pessoas ou coisas, que permanecem unidos ou vinculados, em função de um interesse comum ou forças que os permeiam, independente de que tenham consciência ou não. Quais temas podem ser trabalhado nas Constelações Sistêmicas Familiares? Relacionamentos, desequilíbrios emocionais, separações, doenças crônicas, problemas financeiros, falência, vida profissional, entre outros.
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Na Constelação Familiar podem-se trabalhar problemas de saúde (sintomas físicos), perdas ou luto, comportamentos destrutivos, relações com trabalho, dinheiro, dificuldades de relacionamentos, dependências ou qualquer situação que a pessoa perceba como um limite de vida. Depois de definida a questão a ser trabalhada, é função do facilitador perceber a dinâmica daquela família (o que está escondido e precisa ser revelado) e ordenar (por em ordem) aquele sistema. As ordens na Constelação são leis ou, princípios básicos pré-estabelecidos, isto é, não sancionados por alguma instância humana, que devem presidir nossos comportamentos, e o desconhecimento ou desrespeito destas ordens podem ocasionar consequências graves ou desequilíbrio do sistema. Na maioria das vezes, o processo de Constelação conduz a uma nova ordenação do sistema, que indica o lugar mais libertador de cada membro familiar. Uma vez os membros familiares ordenados (respeitados) a reconciliação se manifesta na essência, o que faz surgir na pessoa que foi trabalhada um profundo sentido de respeito, sem julgamento entre bom e mau, onde vítimas e perpetradores se encontram num resgate profundo. A antropóloga Karina Braga, que ministra cursos e atua como facilitadora diz que o processo é recomendado para qualquer pessoa que se interesse em conhecer mais sobre suas origens. “Elas tomarão conhecimento de como a dinâmica atua em cada indivíduo de maneira inconsciente. As vivências que tivemos no passado (na infância) repercutem e repercutirão em nossa vida” assegura. O curso usa a neurolinguística como método e leva mais em consideração a emoção. “A razão ficará um pouco de lado”, diz a antropóloga. Na terapia convencional você pode passar anos conversando sobre o problema. Muitos anos pra tomar consciência do que você tem. Já na Constelação o processo é mais rápido. O despertar de consciência acontece de forma quase instantânea e de maneira individual sem criar
EM REVISTA
“As vivências que tivemos no passado (na infância) repercutem e repercutirão em nossa vida” Karina Braga
dependência dos “terapeutas”. Os cursos são rápidos. Uma constelação dura em média 1 hora e custa R$ 400,00. O consultor de vendas, Bruno Saraiva diz que a Constelação Sistêmica Familiar superou suas expectativas. “Aprendi a olhar de maneira clara como somos colocados nos papéis da vida por nossos pais e que os mesmos, em sua maioria, nem sabem o que estão fazendo, apenas seguem o curso da vida como um rio, sua correnteza. A constelação é clara e objetiva, serve para enxergarmos e reconhecermos os pontos positivos e negativos cabendo a nós saber qual o curso tomar dali em diante.”
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