ICAPRA
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Imperdível: Exposição reviverá a obra da fotógrafa Arlete Soares e sua relação com a Bahia e Pierre Verger CHRISTINE KELLER
Movimento dos Festivais de Curimbas e Umbanda perde Edvander Oliveira D’ Xangô
U
mbandista, intérprete de escolas de Samba, Zelador de umbanda, Edvander Oliveira sempre foi um gigante em tudo que fazia. Foi Campeão dos Campeões do Prêmio Atabaque de Ouro duas vezes, além de levar o prêmio de melhor interprete. Era colecionador de troféus.
Sua trajetória o mantinha sólido como uma personalidade, de bom coração que sempre somava aos movimentos sociais de nossa umbanda e cultos afro. Se falecimento foi no dia 24 de setembro vítima de um infarto. Vai com Deus Guerreiro. Deixa vazio em nossos corações.
Meu Deus! Marcelo Reis como fará falta... Mais uma vítima de COVID, sem palavras. Grande militante, parceiro, amigo que sempre dizia boas palavras. Marcelo de Jesus Reis, foi um jornalista, candomblecista, ex-diretor da Escola de Teatro Martins Pena e Rei Momo na cidade do Rio de Janeiro no ano de 2005. Soul brother, amante do soul music e salgueirense. Era figura presente em eventos que difundisse e divulgasse a cultura afro. Sorridente e
A fotógrafa e editora baiana de Valença e filha de Yemanjá, Arlete Soares, será uma das homenageadas pelas ações da 8ª edição do Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger, realizado pela Funceb. Isso porque Arlete foi uma das pessoas que fez parte da trajetória de Verger. Ela formou-se pedagoga, foi secretária e diretora do Teatro Castro Alves quando foi para Paris, durante o regime militar (1969). Lá começou a fotografar, a convite de Sebastião Salgado e conheceu Pierre Verger por conta do doutorado que fazia na França. O orientador Roger Bastide lhe indicou uma leitura. O encontro com Verger se deu em 1972, quando Arlete voltou a Bahia e criou um espaço dedicado à fotografia chamado ZAZ. Na época, Pierre Verger fazia a ponte Salvador-Nigéria e quando no Brasil, levava seus filmes para copiar no ZAZ. Em 1976, visita Verger na Nigéria e se tornam amigos íntimos.Em 1979, a fotógrafa recebeu uma
ARLETE SOARES / DIVULGAÇÃO
correspondência de Verger dizendo que estaria voltando a Salvador definitivamente. Impactada com o material dele, que retratava fotos da Bahia de sua infância, decidiu publicar o livro “Retratos da Bahia” e como nenhuma editora aceitou, mesmo como recomendações de Jorge Amado e Carybé, fundou a editora Corrupio, nome da rua de Verger, que publicaria outros livros dele
como o famoso “Orixás”. Anote aí:Exposição física do Prêmio, de 4 de novembro de 2021 (aniversário de 120 anos de Verger) a 30 de janeiro de 2022, no Palacete das Artes (Salvador) com 41 fotos da Mostra “Nítida Bahia”, com curadoria de Marcelo Reis e Goli Guerreiro sobre a Bahia e sua relação com Pierre Verger. Instagram de Arlete: @acervoarletesoares
CANDOMBLÉ DA ADEUS A PAI DJALMA D’ OXALÁ alegre, sempre contagiava a todos com otimismo e muita alegria. Marcelo foi um artista popular sempre com sua alegria e militância nas causas da comunidade negra. Que Olorun o receba no reino da Glória!
Também em setembro, pai Djalma d’ Oxalá, diretor de culto do seu axé na cidade de Belford Roxo/RJ, respeitado pela sua história e trajetória. O babalorixá era sempre presente em festejos e eventos que elevassem a cultura afro. Seu falecimento se deu por um infarto que pegou todos de surpresa. Sua obrigação de axexê (ritual fúnebre) teve a direção de pai Leonel d’ Omolú herdeiro de pai Bonfim. Deixa saudades, filhos, netos e um legado para seus descendentes. Olorun Kosi Purê!