Apresentação
Ao longo dos últimos 25 anos, profundas mudanças atingiram o Brasil e o mundo: da queda do muro de Berlim ao advento da Internet, passando pela reabertura do mercado brasileiro e pela expansão de novas regiões vinícolas por todo o globo, inúmeras vivências moldaram as nossas vidas em novas realidades. Para a Zahil, comemorar 25 anos de vida representa aprendizagem, amadurecimento e muitas conquistas. Seu reconhecimento, caro cliente e amigo, é a maior delas. Zelar por um relacionamento sério, honesto e ético sempre foi uma de nossas maiores preocupações. Nos empenhamos em repassar esta filosofia para nossos colaboradores e ofererecer a você, que deposita sua confiança em nosso trabalho, um atendimento especial e seguro. Neste catálogo, você irá encontrar todos os vinhos em importação pela Zahil este ano, com as novidades que viemos recebendo desde o finalzinho de 2010 até as que estão por chegar nos próximos meses: Da França, conquistamos um produtor que há muito admiramos: Henri Gouges, um marco de Nuits Saint Georges, na Borgonha. O Château Guiraud, produtor do nosso Sauternes que você já conhece, ganhou uma “ampliação” em nosso portfólio, com seu Premier Cru e um branco seco dos mesmos vinhedos, o “G” de Guiraud. E finalmente podemos contar com rosés da Provence, graças aos delicados vinhos do Château Ferry-Lacombe. Da Itália, recebemos um ícone da tradição e qualidade do Piemonte, Giacomo Conterno; o delicioso e afamado Carbonaione, da propriedade toscana Poggio Scalette de Vittorio e Jurij Fiore, grandes expoentes da enologia italiana; os Brunello di Montalcino de Altesino, jóias raras, considerados pelos especialistas entre os melhores da denominação; e as refinadas grappas destiladas por Jacopo Poli e seus irmãos, no Vêneto. De Portugal, chegam os históricos e longevos vinhos da Ilha da Madeira, produzidos por Henriques & Henriques, um dos mais tradicionais e renomados produtores. Da Espanha, Castillo Perelada, uma vinícola catalã cujos vinhos foram prediletos de personalidades como Salvador Dalì e a Família Real espanhola; três grandes novidades do Grupo Rioja Alta S.A., com destaque para o espetacular Finca San Martin, um Crianza que você não pode deixar de provar; e os pontuadíssimos vinhos produzidos por Michel Rolland e François Lurton em Toro, Campo Eliseo e Campo Alegre. Do Líbano, o país que é “prata da casa”, estamos recebendo os vinhos de uma família de velhos amigos que se esforçam para produzir a mais alta qualidade a partir de meros 17 hectares em uma área histórica: Coteaux de Botrys, da região de Batroun. Da Argentina, Flechas de los Andes, um dos maiores nomes na produção de vinhos refinados e de guarda, de um dos nossos já tradicionais produtores: os Rothschild, em associação com a família Dassault. Do Chile chegam novidades espetaculares para nós: Montsecano e seu “irmãozinho” Refugio, produzidos com cultivo biodinâmico por André Ostertag; Volcanes de Chile, um ousado projeto com vinhedos exclusivamente vulcânicos; e um dos mais importantes marcos da enologia chilena, Domus Aurea e os vinhos de Quebrada de Macul. Atenciosamente,
Antoine Zahil
Serge Zehil
França Maison Drappier Cie Edmond de Rothschild Grands Vins de Gironde Château Puycarpin Château de Mauves Château Petrus-Gaïa Château Guiraud Domaine Henri Gouges Roux Père et Fils Jean-Marc Brocard Domaine La Haute Févrie Domaine Vacheron Domaine du Petit Soumard Domaine Yannick Amirault Château Saint Estève d’Uchaux Domaine La Soumade Domaine Combier Jean-Michel Gerin Domaine de La Solitude Château de Pibarnon Château Ferry-Lacombe Domaines François Lurton Societé Remoise des Vins F.E. Trimbach Domaine Ostertag
Líbano
Espanha
Château Kefraya Coteaux de Botrys
La Rioja Alta S.A Lagar de Fornelos Bodegas François Lurton Castillo Perelada Torre de Oña Áster Rolland/Lurton
OCEANO PACÍFICO
OCEANO ATLÂNTICO
Chile Viña Aquitania Viña Domaine Conté Montsecano Quebrada de Macul Volcanes de Chile
Argentina Bodegas Salentein Rutini Wines Flechas de los Andes
4
Uruguai
África do Sul
Bodegas Carrau
Rupert & Rothschild
Portugal
Itália
Casa Ferreirinha Sogrape Vinhos Quinta dos Carvalhais Herdade do Peso Offley Henriques & Henriques
Michele Chiarlo Giacomo Conterno Sangervasio Altesino Poggio Scalette Tenuta Valdipiatta Valle Reale Stefano Accordini Astoria Vini Gravner Poli Grappa
Índice OCEANO PACÍFICO
OCEANO ÍNDICO
Austrália
Nova Zelândia
d’Arenberg
Framingham
Como utilizar
06
Notas e Pontuações
08
França
10
Itália
38
Portugal
52
Espanha
64
Uruguai
74
Líbano
77
Nova Zelândia
80
Austrália
82
África do Sul
84
Argentina
86
Chile
96
Respostas do Quiz
103
Harmonização
104
Bibliografia
106
Serviços Exclusivos
107
Destilados
108
Distribuição Regional
110
5
Como Utilizar
1
2
3
4
08
Legenda para utilização do catálogo 1 2 3 4 5 6 7 8 9
6
Mapa do país Uma breve descrição do panorama vitivinícola do país Principais características da região Mapa da região Histórico do produtor Produtor de vinhos orgânicos, biodinâmicos ou com uso restrito de agroquímicos Nome do vinho Sub-região ou denominação de origem Opinião dos especialistas
Corpo do vinho É a impressão de peso e consistência no paladar. 5
6 VINHO ROSÉ (V.R)
17 VINHO ESPUMANTE ROSÉ (V.E.R)
VINHO TINTO LEVE (V.T.L)
7
VINHO TINTO LEVEMENTE ENCORPADO (V.T.L.E)
8 9 VINHO TINTO ENCORPADO (V.T.E)
VINHO TINTO MUITO ENCORPADO (V.T.M.E)
10
11
12
13
14
%
375 ml
16 1500 ml
3000 ml
VINHO BRANCO LEVE (V.B.L)
VINHO BRANCO CORPO MÉDIO (V.B.C.M)
VINHO BRANCO ENCORPADO (V.B.E)
15
VINHO ESPUMANTE (V.E)
10 11 12 13 14 15 16 17
Descrição do vinho Corpo e tipo do vinho ( veja a legenda ao lado ) Variedades de uvas utilizadas Informa se o vinho passa por madeira e por quanto tempo Sugestão de temperatura ideal de serviço Teor alcoólico Também disponível nos formatos 375ml, 1,5 L e/ou 3 L Quiz ( respostas na página 103 )
VINHO TINTO DE SOBREMESA (V.T.S)
VINHO BRANCO DE SOBREMESA (V.B.S)
DESTILADO JOVEM (D.J)
DESTILADO ENVELHECIDO (D.E)
7
Notas e Pontuações
A
pontuação de vinhos tornou-se hoje uma referência quase obrigatória. É acessível, de fácil compreensão, simples veiculação e os principais críticos e publicações do mundo do vinho possuem seus próprios métodos de avaliação e pontuação. Apesar de tudo, pontuações não são referências completas: nas revistas, sempre vêm acompanhadas de notas sobre o vinho, a propriedade e a região, mas nós frequentemente nos lembramos somente dos números! É também importante lembrar que as notas refletem a percepção de uma pessoa sobre os vinhos e que a melhor forma de se decidir pela qualidade de um vinho é única e pessoal: provando! Ao longo do catálogo, junto aos vinhos, você encontrará notas das mais importantes publicações mundiais, com a pontuação alcançada e, entre parênteses, a safra a que se refere.
Wine Spectator (WS) e Decanter (D) são as duas revistas de maior renome com alcance mundial, respectivamente americana e inglesa. Ambas realizam provas em quantidade ao longo de todo o ano com degustadores de porte selecionados entre os maiores especialistas em vinho do mundo.
Robert Parker (RP)
- Responsável pela revolução das “notas” no mundo do vinho, era um advogado quando começou a publicar seu jornal, o Wine Advocate, com o intuito de defender os consumidores avaliando “objetivamente” os vinhos e dando notas fáceis de serem seguidas.
Jancis Robinson (JR)
é talvez a mais importante e influente escritora sobre vinhos da atualidade, e foi a primeira pessoa de fora do mercado de vinhos a se formar Master of Wine. Responsável por verdadeiras bíblias do vinho, colunas para revistas e jornais do mundo inteiro e um dos websites mais completos da internet sobre o assunto.
O Guia Vini d’Italia é editado pela Gambero Rosso (GR), uma das mais importantes publicações gastronômicas italianas. Comemorou em 2007 sua 20ª edição, analisando vinhos de toda a Itália e premiando os melhores com seus famosos “Bicchieri”, os copinhos que indicam os campeões.
A Revue du Vin de France (RVF)
é uma das mais importantes e imparciais referências sobre o vinho francês, dentro e fora da França. Anualmente, 4 membros do seu comitê de degustação editam e publicam um guia com os melhores vinhos da França, que seleciona de maneira exemplar os cerca de 1.200 produtores que o compõem.
8
Stephen Tanzer (ST) – inaugurou com Parker a era dos críticos de vinho, compartilhando com o público suas notas de degustação de forma imparcial. É considerado um dos maiores concorrentes do “imperador do vinho” e, para alguns, é menos florido em suas descrições e mais cuidadoso com a parte técnica, dando maior relevância à descrição dos vinhos que à pontuação numérica.
James Halliday (JH) tornou-se uma lenda na Austrália, como o mais ativo crítico de vinhos
do país. Autor de inúmeros volumes sobre a vitivinicultura australiana e de uma quantidade interminável de avaliações de vinhos, publica anualmente um guia com os melhores deles.
Duemila Vini
é uma publicação da A.I.S., a Associação Italiana de Sommeliers, uma das mais reputadas instituições do gênero no mundo. Uma equipe de 40 sommeliers seleciona produtores e seus vinhos, comentando a história e desenvolvimento de cada vinícola e dando notas aos vinhos em “cachos de uva” (grappoli, em italiano).
Guía Peñín (P) – Com 30 anos de experiência em degustação e crítica de vinhos, José Peñín
é a maior referência em vinhos na Espanha e segue publicando seu guia, elaborado com uma equipe especializada em degustações.
Descorchados (Desc.)
é um guia de origem chilena, que se estabeleceu pelas mãos do renomado especialista Patrício Tapia. Hoje é o principal guia de vinhos sul-americano, graças a uma equipe internacional que une especialistas chilenos, argentinos e brasileiros.
A revista Prazeres da Mesa (PM) é hoje uma das maiores referências nacionais em eno-gastronomia. Uma apurada equipe de colunistas – que une especialistas de porte e renome internacional a reconhecidos enologistas nacionais – seleciona mensalmente temas e rótulos a serem avaliados em até 100 pontos.
REVISTA ADEGA - ANO 5 - Nº 69 - 2011
EXCLUSIVO: A EVOLUÇÃO DO GOSTO NA VISÃO DO ENÓLOGO ROBERTO GONZÁLES
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ISSN 1808-3722
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ALÉM DOS PREMIERS CRUS
MENU, DIVINO, WINE Style, GOSTO, ADEGA, Vinho Magazine (VM), GULA e várias outras publicações brasileiras se dedicam também a selecionar vinhos e, através de degustadores de calibre, comentá-los, a maioria delas classificando-os com a já tradicional escala de 100 pontos. VALOR Econômico, Estado de São Paulo (OESP), FOLHA de São Paulo, O GLOBO, o Estado de Minas (EM) e alguns dos mais importantes jornais brasileiros, possuem colunas e cadernos especiais em que seus colunistas especializados selecionam e comentam os melhores vinhos à disposição no mercado do nosso país. 9
Bélgica
França
Alemanha
Champagne Paris
Alsace
Loire
SUÍÇA
Borgonha OCEANO ATLÂNTICO
ITÁLIA
Bordeaux
Rhône
Provence Languedoc
ESPANHA
A
França segue sendo a principal referência mundial quando se trata de vinhos: suas variedades de uvas são as mais amplamente difundidas, as técnicas e estilos de produção inspiram enólogos e viticultores em todo o mundo e praticamente toda a legislação de proteção às denominações de origem se baseia no sistema francês. Com uma tradição milenar, os franceses se destacam graças à experiência única que possuem com o terroir - termo francês que engloba inúmeros fatores que influenciam a vida da videira, desde o solo e o clima até as variedades de uvas e técnicas ali utilizadas. Grandes conhecedores desses detalhes, os franceses produzem vinhos que refletem profundamente as características de suas origens e carregam um misto de tradição, cultura e tecnologia até agora inigualados no mundo.
Bordeaux
10
GIRONDE OCEANO ATLÂNTICO
Berço dos mais prestigiados vinhos do mundo e da principal uva tinta - a Cabernet Sauvignon - a região de Bordeaux produz a maior quantidade de vinhos de alta qualidade do planeta. Lá se localizam os produtores dos vinhos mais famosos (e caros) do mundo, assim como as sub-regiões mais famosas: Medoc, Pomerol, Sauternes etc. Tradicionalmente, divide-se a região em Lado Esquerdo (do rio Gironde), caracterizado pelos vinhos do Médoc, ricos em Cabernet Sauvignon e Lado Direito, com predominância de Merlot e destaque para St. Émilion.
Médoc Saint-Estéphe Pauillac St. Julién Listrac Moulis Margaux St. Émilion
Bordeaux Pessac - Léognan
Graves Sauternes
Entre-Deux-Mers
Premières Côtes de Bordeaux
França/Bordeaux Cie Vinicole Edmond de Rothschild Os Rothschild são uma das mais ricas e influentes famílias européias, com grande renome no mundo do vinho. Ricos banqueiros financiaram grandes obras do porte do Canal de Suez e são donos de algumas das mais importantes propriedades vinícolas da França. Ao contrário de seus primos Elie e Philippe, Edmond de Rothschild não queria “calçar as pantufas alheias” e comprar uma propriedade com uma reputação construída por outrem: durante a década de 70, selecionou, adquiriu e restaurou antigos vinhedos e châteaux na região de Bordeaux, dando impulso a pequenas denominações e elevando drasticamente a qualidade de seus vinhos. Hoje, sua mulher Nadine e seu filho Benjamin são responsáveis pelas propriedades, que são verdadeiras pérolas da viticultura e da paisagem arquitetônica local, produzindo vinhos de característica própria, muito minerais e de fruta fresca, com a consultoria do renomado Michel Rolland. Uma curiosidade: em Listrac e Moulis o uso da Merlot como variedade principal contradiz a tendência da margem esquerda, graças aos frios e úmidos solos argilo-calcáreos, pouco pedregosos, em que a Cabernet tem mais dificuldade para amadurecer.
Château des Laurets Puisseguin Saint Émilion
13%
V.T.M.E
100% Merlot
% 15 meses
18º
Château Clarke Baron EDmond de Rothschild Listrac-Médoc Cru Bourgeois
Combinando vinhos dos châteaux Clarke, Malmaison e Peyre-Lebade, as três prestigiosas propriedades entre Listrac e Moulis, Les Granges tem elegantes aromas de frutas e acidez fresca, com o estilo mineral característico das propriedades, com notas tostadas e de cedro das barricas francesas.
WS 89 (05) / RP 91 (05) / RVF 16,5 (05)
% 18º
13%
%
Castas
V.T.E
30% Cabernet Sauvignon 16 70% Merlot
1500 ml
Originário do século XII, Clarke também foi restaurado pelo barão na década de 70. Possuidor de um terroir único, que produz um vinho rico, multifacetado e com longa persistência em boca, é o expoente máximo de Listrac.
Castas
meses
14%
375 ml
18º
Castas
Les Granges des Domaines Edmond de Rothschild Haut-Médoc
20% Cabernet Sauvignon 10% Cabernet Franc V.T.L.E 12-14 70% Merlot
c. A evolução natural de uma variedade selvagem, ao redor da cidade de Cabernet.
A partir de uma seleção rigorosa de parcelas que totalizam apenas 4 ha, nasce um vinho de grande concentração, elegante e equilibrado. Elaborado exclusivamente com Merlot, Les Laurets é uma aposta de Benjamin de Rothschild na qualidade do solo da propriedade que foi escolhida pessoalmente por ele.
% 18 meses
b. Um experimento conduzido por monges beneditinos na Idade Média.
HA ( ) e “Coup de Coeur” (04 e 05) RVF Produtor Estrelado ( )
Castas
V.T.L.E
a. Um cruzamento acidental entre Cabernet Franc e Sauvignon Blanc.
Les Laurets Puisseguin Saint Émilion
Adquirida por Benjamin em 2003, é a mais recente das propriedades e a única do lado direito da Gironde, região em que predomina a Merlot. Frutas vermelhas, ervas aromáticas e um toque de especiarias o deixam agradável ao nariz e paladar e o bom volume e aos taninos firmes pedem pratos estruturados.
80% Merlot 20% Cabernet Franc
Qual é a origem da variedade Cabernet Sauvignon?
meses
16º-18º
13%
11
França/Bordeaux Château Peyre Lebade Baron Benjamin de Rothschild Haut-Médoc Cru Bourgeois
Château Malmaison Baronne Nadine de Rothschild Moulis-en-Médoc Cru Bourgeois
Sede de uma antiga extração de calcário, origem do nome (Peyre Lebade quer dizer “pedra levantada”), o Château foi residência e atelier de Odilon Redon, pintor-ícone do simbolismo francês e contemporâneo e companheiro de Gauguin.
WS 87 (02) / D 4 (06) / JR 15 (08)
Marcado pela fruta fresca e mineralidade ressaltada do solos do château, tem um refinamento e delicadeza que inspiraram o barão Edmond a homenagear sua esposa Nadine.
%
Castas
25% Cabernet Sauvignon 10% Cabernet Franc V.T.E 12-14 65% Merlot
meses
18º
12,5%
%
Castas
V.T.E
20% Cabernet Sauvignon 12-15 80% Merlot
meses
16º
13%
GRANDS VINS DE GIRONDE Bordeaux é famosa por sua intrincada estrutura comercial, com uma hierarquia única no mundo vinícola em que muitos produtores não são responsáveis pela comercialização e distribuição de seus próprios vinhos: La Place de Bordeaux, uma espécie de bolsa de valores baseada no precioso líquido, é inacessível para aqueles que não tenham os contatos e a estrutura adequada para adquirir os vinhos, sendo composta por inúmeros négociants, comerciantes que administram a compra e venda de garrafas das várias propriedades. Em 1991, a união de oito dessas casas resultou em um dos maiores comerciantes de vinhos de Bordeaux, o grupo Grands Vins de Gironde. Negociantes de vinhos desde genéricos AOC aos renomados Grands Crus Classés, o grupo concentra também a comercialização dos vinhos de pequenos châteaux de grande qualidade, incluindo propriedades do próprio grupo que já se estabeleceram como alguns dos melhores produtores pelo custo de seus vinhos.
Château Fondarzac Entre-Deux-Mers
Château Jourdan
Entre-Deux-Mers é a região que se localiza entre os rios Dordogne e Garonne, daí o nome “entre dois mares”. Com esta denominação são produzidos somente vinhos brancos e o Château Fondarzac é composto das uvas típicas dali: Sauvignon Blanc e Sémillon.
Propriedade de monges beneditinos, Château Jourdan trocou de mãos por muitas vezes desde a Idade Média, passando por um coletor de impostos dos reis Eduardo II e III da Inglaterra – país que por muitos séculos controlou a região – que lhe cedeu o nome: Oscal Jourdan. Bem equilibrado, com fruta delicada e boa integração da madeira.
Premières Côtes de Bordeaux
%
Castas
V.B.L
12
80% Sauvignon Blanc 20% Sémillon
-
10º
12,5%
%
Castas
V.T.L.E
5% Cabernet Sauvignon 60% Cabernet Franc 6-9 35% Merlot
meses
17º
12,5%
França/Bordeaux Château Pontet-Fumet Saint Émilion Grand Cru
Château Puycarpin Bordeaux Supérieur
Valor “Melhores Qualidade x Preço”
1500 ml
Característica de Saint Émilion é a grande porcentagem de Merlot em seus vinhos, e o Pontet-Fumet não foge à regra: é uma explosão de frutas vermelhas, no aroma e no paladar, como um bom St. Émilion deve ser.
%
Castas
30% Cabernet Sauvignon 10% Cabernet Franc V.T.L.E 60% Merlot
375 ml
WS 86 (01) / RP 86 (01)
Produzido a sudoeste de SaintÉmillion, nas Côtes de Castillon, onde a produção de Merlot impera. Equilibra com maestria a fruta madura e a madeira, discreta, mas presente, compondo um vinho de excelente relação custo-benefício, que é peçachave nas cartas de muitos restaurantes brasileiros.
12 meses
18º
12,5%
%
Castas
V.T.E
6% Cabernet Sauvignon 22% Cabernet Franc 12-16 72% Merlot
meses
Château Verdignan
Château de Malleret
WS 88 (03)
WS 87 (05) / RP 86 (05) / D 4 (00)
“Consistentemente bem-feito”, de acordo com Robert Parker, Verdignan é um Bordeaux austero e tradicional, com aromas de frutas de bosque, terrosos, especiarias e boa persistência.
Construído no século XVII, é um palacete em forma de ferradura cercado por uma pequena floresta e seus vinhedos, com uma longa tradição na cavalaria. Vinho estruturado e complexo, com aromas de café torrado, chocolate e tabaco.
%
Castas
12 meses
18º
13%
Château Grand-Puy-Lacoste Pauillac Grand Cru Classé
Selecionado desde 1855 como um dos Grands Crus Classés do Médoc pelo refinamento, estrutura e longevidade de seus vinhos, o Grand-Puy-Lacoste vem crescendo em qualidade e importância a olhos vistos, graças ao trabalho cuidadoso da família Borie.
18 meses
17º
13%
A
%
Castas
-18 meses
%
Castas
45% Cabernet Savignon 55% Merlot V.T.E
A Classificação do Médoc
WS 91 (04) / RP 89 (04) / D 4 (04)
75% Cabernet Sauvignon 5% Cabernet Franc V.T.E 14 20% Merlot
12,5%
Haut-Médoc Cru Bourgeois
Haut-Médoc Cru Bourgeois
60% Cabernet Sauvignon 5% Cabernet Franc 35% Merlot V.T.E
17º
18º
região de Médoc, em Bordeaux, possui uma famosa Classificação, feita em 1855 a pedido de Napoleão III, em que 61 produtores são classificados por seus vinhos, não pelos vinhedos. Os mais importantes, os famosos Premier Cru Classés, tiveram sua classificação alterada somente uma vez, em 1973, para inclusão de um quinto produtor. Vinhos do primeiro e do segundo escalão da classificação atingem preços elevadíssimos e são disputados por apreciadores de todo o mundo, desde antes de serem engarrafados.
13%
13
França/Bordeaux PETRUS GAÏA Detentor há mais de trezentos anos de um dos nomes hoje mais reconhecidos do mundo do vinho, Petrus-Gaïa faz referência à “terra nutriente” e ao nome da antiga propriedade, registrado em mapas medievais. Localizados ao sul de St. Émilion e da histórica cidadezinha de Castillon-La-Bataille e compostos de Merlot e Cabernet Sauvignon, os vinhedos de quase trinta anos foram adaptados e restaurados para acompanhar as demandas de um dos mais festejados consultores do momento: Stéphane Derononcourt. Seu Premier Vin vem recebendo críticas positivas de todas as principais publicações francesas e também do influente crítico Robert Parker com concentração de sabores e elegância, enquanto seu “Nº 2”, com um toque de Cabernet Franc, dá foco ao frescor da fruta.
Château Petrus-Gaïa “Nº 2” Bordeaux Supérieur
Château Petrus-Gaïa Premier Cru Bordeaux Supérieur
RVF 15,5 a 17 (07) / RP 88 (08)
Macio e aveludado, com a fruta em destaque, mas de notas tostadas e de baunilha do curto contato com as barricas, o “No. 2” de Petrus-Gaïa é também um Bordeaux típico, sério e elegante.
V.T.E
12 meses
17º
13%
CHÂTEAU DE MAUVES Bordeaux é uma região de grandes tradições: seus châteaux são dominados por uma aristocracia poderosa no mundo do vinho, com um intrincado sistema comercial e uma demanda que parece não encontrar fim. Um dos ícones da região é a barrica de carvalho, onipresente e, em alguns casos, anulando a vivacidade da fruta. É aí que entra uma “tradição às avessas”, em que o Château de Mauves dá destaque à fruta e ao frescor de um vinho cuidadosamente produzido sem contato com a madeira. 14
%
Castas
15% Cabernet Sauvignon V.T.L.E 85% Merlot
6 meses
17º
13%
Château de Mauves Bordeaux
A propriedade, de 1817, vem sendo cuidadosamente reformada pelos irmãos Bouche, desde a década de 60. Seus 28 hectares produzem um raro Bordeaux que não tem estágio em madeira e conserva todo seu frescor, de boa fruta e excelente equilíbrio.
%
Castas
V.T.L
65% Cabernet 35% Merlot
-
16º
12,5%
375 ml
%
Castas
15% Cabernet Franc 85% Merlot
1500 ml
Com a consultoria do renomado enólogo Stéphane Derononcourt, a histórica propriedade elabora um vinho elegante, tipicamente bordalês, que obtém qualidade dos rendimentos baixos para a região. O estágio em barricas enriquece a bebida, mas seus taninos ainda jovens podem desfrutar de mais tempo na garrafa.
Sauternes Sauternes é dona de renome mundial, de um terroir único e de alguns dos vinhos mais valorizados do mercado. Dedicada quase exclusivamente à produção de vinhos de sobremesa, a região encravada dentro da ampla área de Graves beneficia-se de um fenômeno interessantíssimo: no outono, quando as uvas estão completando seu amadurecimento, as águas frias do Ciron juntamse às mais mornas do Garonne, causando uma neblina espessa sobre os vinhedos. A umidade resultante estimula o desenvolvimento do fungo Botrytis cinerea, responsável pela produção dos melhores vinhos doces em todo o mundo. A combinação clássica une Sémillon (a mais suscetível ao fungo, faz vinhos untuosos e ricos), Sauvignon Blanc (contribui com o frescor de sua acidez naturalmente alta) e, em alguns casos, Muscadelle (altamente aromática, mas de difícil cultivo) e, nas mãos de produtores rigorosos com a seleção de suas uvas, faz vinhos que equilibram o açúcar, a acidez e a intensa riqueza de sabores de maneira inigualável.
CHÂTEAU Guiraud
G de guiraud Bordeaux RVF (
Classificado em 1855 como um dos Premiers Grands Crus Classés, o Château Guiraud é hoje propriedade de quatro amigos, três dos quais proprietários e enólogos de châteaux de relevo em Bordeaux. Seus 100 hectares de vinhedos, plantados em alta densidade somente com Sémillon e Sauvignon Blanc, são cultivados com extremo cuidado e as uvas são colhidas em até 6 passagens pelo vinhedo, em busca do melhor ponto de concentração dos sabores pela Botrytis.
) WS 88 (09)
O “G” é uma exceção à tradição dos vinhos doces de Sauternes: vinificado a partir de uvas bastante maduras, mas sem nenhuma infecção por Botrytis, é fermentado até se tornar completamente seco. Fresco e saboroso, com uma textura untuosa que lembra seus irmãos “botritizados”, é um vinho surpreendente.
%
Castas
V.B.C.M
65% Sémillon 35% Sauvignon Blanc
8-10 meses
Le dauphin de guiraud - 375 ml
Château Guiraud Premier Cru - 375 ml
RVF Produtor Estrelado (
JR 17 (02) / WS 89 (02) / BD 18,5 (02)
Sauternes
Resultado do cultivo cuidadoso (e orgânico) de quase 100 hectares de vinhedos com um rendimento muito, muito baixo, o Premier Cru do Château Guiraud é referência em qualidade desde o século XIX, quando foi classificado entre os melhores vinhos de Bordeaux.
%
Castas
V.B.S
8-10 meses
13%
Sauternes Grand Cru Classé
)
Segundo vinho de um Premier Grand Cru Classé, Dauphin é um “filhote” do Château de mais de 500 anos de história. Delicadamente doce, com acidez viva e notas de açafrão, mel e chá, é um vinho para reflexão, sobremesa ou para acompanhar pratos elaborados, como a clássica combinação com foie gras grelhado.
65% Sémillon 35% Sauvignon Blanc
10º
10º
12%
%
Castas
V.B.S
65% Sémillon 35% Sauvignon Blanc
8-10 meses
10º
13%
15
Borgonha A Borgonha é o verdadeiro Eldorado do vinho para inúmeros apreciadores ao redor do mundo. Graças ao trabalho secular de monges e abades, a região teve seus vinhedos cuidadosamente delineados de acordo com a qualidade dos vinhos que produzem, a ponto de pequeninas parcelas serem conhecidas há séculos por sua qualidade distinta. Somente duas variedades de uva reinam (embora poucas outras minoritárias façam parte de vinhos mais simples): a Chardonnay, para vinhos brancos e a Pinot Noir, para os tintos. Estes, talvez os mais reputados, são delicados, cheios de nuance e de um estilo inconfundível: para muitos, não se deveria falar de Pinot Noir fora da Borgonha! Embora toda a região faça bons vinhos, a “Côte de Nuits”, que toma nome da cidade de Nuits Saint-Georges, é famosa pelo produção de tintos, enquanto os brancos mais famosos provêm da “Côte de Beaune”. As duas “Côtes” juntas são conhecidas por “Côte d’Or”, a área mais nobre da Borgonha.
Chablis
Dijon Côte de Nuits
Côte de Beaune
Beaune Côte de Chalonnaise
Mâconnais
Beaujeu
Macon Beaujolais Crus Beaujolais
Classificação na Borgonha Os vinhos da Borgonha podem ser um desafio para quem não conhece bem a região: suas etiquetas apresentam um sem-fim de títulos e denominações, que são classificados em uma pirâmide de qualidade de acordo com os vinhedos que originaram suas uvas. Veja abaixo em que se baseia essa classificação.
Grands Crus: Os vinhedos mais importantes e famosos há mais tempo pela qualidade de seus vinhos. Representam apenas 1% da produção. Ex: Corton-Charlemagne, Clos de Vougeot.
Premiers Crus: Vinhedos de grande qualidade, constam na etiqueta junto ao nome do village de origem e respondem por cerca de 10% da produção. Ex.: Nuits St. Georges Les Pruliers. Villages: São cidades com produção de qualidade e seus vinhos trazem seus nomes na etiqueta. Ex.: Nuits St. Georges, Meursault. Regionais: Vinhos produzidos a partir de regiões mais amplas, de características menos específicas. Ex.: Bourgogne Rouge, Beaujolais. 16
França/Borgonha Henri Gouges
A Cote d’Or, na Borgonha, tem esse nome porque:
Fundado em 1919 por Henri Gouges, filho de um pequeno proprietário de terras que trabalhava como négociant, o domaine foi um dos mais antigos a vinificar e engarrafar seus próprios vinhos e a baixar drasticamente o rendimento de seus vinhedos para produzir vinhos de alta qualidade. Sinônimo de Nuits-Saint-Georges para muitos, os Gouges estão num momento de importante transição: os primos Christian e Pierre Gouges, netos de Henri Gouges e já famosos pelos vinhos que vieram produzindo em quase três décadas, estão começando a preparar Gregory Gouges, a mais nova geração da família, para que assuma o leme. Pierre se aposentou, mas segue acompanhando a chegada das uvas à vinícola e a triagem, Christian assumiu os vinhedos e toda a vinificação já passou a ser responsabilidade de Gregory, assistido cada vez menos por seus tios. Pierre, que sempre foi um incentivador do uso racional de sintéticos agrícolas e um pioneiro no plantio de plantas de cobertura (cover crops) na região, agora vê Gregory tomar a liderança no cultivo orgânico, que desde 2008 cobre todos os vinhedos da família.
Nuits Saint Georges RP 89 (06) / ST 90 (05) / D (
V.T.L.E
100% Pinot Noir
Clos des Porrets é um monopólio da família, com 3,5 hectares. Seus vinhos são estruturados, com aromas de especiarias bem marcados (cravo, anis e pimenta preta), fruta fresca (framboesa) e notas animais e terrosas, de final longo em que a fruta volta à tona.
17º
13,5%
V.T.L.E
Castas
100% Pinot Noir
% 20 meses
Les Pruliers 1er Cru Nuits Saint Georges
Les Saint Georges Nuits Saint Georges
RP 92 (06) / WS 90 (06) / JR 90 (06)
RP 93 (06) / ST 92 (07) / RVF 17 (06)
Les Pruliers provém de uma pequena parcela (1,8 hectares) de especial exposição solar, que produz vinhos intensos, de mineralidade viva e taninos muito estruturados. Notas de pimenta, carne e violeta se mesclam em um perfume delicado e complexo.
O renomado cru que dá nome ao vilarejo é conhecido pela alta qualidade de seus vinhos desde o século 11. De aromas austeros e complexos, seus vinhos necessitam de envelhecimento para amaciar os taninos e “encaixar” os perfumes menos comuns, sendo capazes de longa guarda e grande desenvolvimento.
V.T.L.E
Castas
100% Pinot Noir
% 20 meses
c. Nessa zona se falava o “Or”, um dialeto como o “Oc”, do Languedoc.
RP 92 (06) / WS 89 (06) / JR 16,5 (06)
% 20 meses
b. Ali estão concentrados os vinhedos mais famosos e importantes.
Clos des Porrets premier Cru Nuits Saint Georges
) (05)
A partir de poucos hectares de diferentes parcelas classificadas como village Nuits Saint Georges, os Gouges fazem um vinho potente e, ao mesmo tempo macio para os padrões da região. O foco é na fruta e no frescor, com uma acidez suculenta e final longo.
Castas
a. À tarde, o sol bate sobre as encostas, deixando-as douradas.
17º
13,5%
V.T.L.E
Castas
100% Pinot Noir
17º
13,5%
% 20 meses
17º
13,5%
17
ROUX PÈRE ET FILS Uma tradicional família de produtores, baseada em Saint Aubin, elabora vinhos a partir de vinhedos de toda a Borgonha. A produção dos Roux tem início em 1885, a partir de quatro hectares de terras da família que foram sendo expandidos gradualmente a partir da década de 40, quando Marcel Roux dá início à renovação que é hoje marca de seus vinhos. Hoje cultivam uvas em 70 hectares dentro das principais denominações, desde as mais genéricas até alguns do mais requisitados Grands Crus. Além disso, selecionam cuidadosamente vinhos de mais de 70 diferentes denominações da Borgonha para que recebam o nome da família, sempre mantendo o seu rigoroso padrão de qualidade. A preocupação é tanta que a família, que tem 10 de seus membros trabalhando na vinícola, faz questão de se assegurar da qualidade de suas rolhas através de uma companhia especializada contratada especificamente para este fim. Seus vinhos são frequentemente premiados em revistas de todo o mundo, muitas vezes pela excelente relação qualidade x preço, mesmo de vinhedos renomados.
la pucelle Saint Aubin
Pouilly Fuissé Ao redor da cidade de Fuissé, na região de Mâconnais, estão os últimos vinhedos do plateau de solo calcáreo que diferencia a área de Beaujolais do resto da Borgonha. A força aqui está nos vinhos brancos, volumosos e ricos, graças aos vinhedos bem-localizados entre as rochas.
Os brancos do village de Saint Aubin são a especialidade dos Roux, já que a família vem cultivando na região há mais de 100 anos. Seus vinhos são untuosos, complexos com seus perfumes variados.
Castas
V.B.C.M 100% Chardonnay
% 10 meses
12º
13%
D 16,5 (07)
18
100% Chardonnay 8-12 meses
10 meses
12º
13%
WS 91 (07) / JR 16,5 (08)
Um dos nomes mais importantes na Borgonha para vinhos brancos, Meursault é sinônimo de elegância, complexidade e profundidade.
V.B.E
V.B.C.M 100% Chardonnay
%
Chassagne-Montrachet Les Macherelles 1er Cru
Meursault
Castas
Castas
Uma das mais famosas denominações da Borgonha, Chassagne-Montrachet faz vinhos longevos e complexos. Les Macherelles, um de seus vinhedos de maior renome, faz vinhos extremamente perfumados.
% 13º
13,5%
V.B.E
Castas
100% Chardonnay 10-12 meses
% 13º
13%
Bourgogne Chardonnay
Bourgogne Pinot Noir
Combinando uvas de diferentes regiões da Borgonha, os Roux obtêm um vinho dourado, muito perfumado e que equilibra sua textura untuosa com viva acidez.
A partir de vinhedos espalhados por toda a Borgonha, os Roux produzem um Pinot elegante, refrescante e pronto para beber. A fruta é destaque, assim como a delicadeza típica dos vinhos da região.
Castas
V.B.C.M 100% Chardonnay
% -
12º
12,5%
V.T.L
Castas
100% Pinot Noir
% -
Aloxe Corton
Gevrey Chambertin
A cidade de Aloxe-Corton é sede de um dos vinhedos mais famosos da região, o Grand Cru Corton. Com o nome do village são produzidos tintos estruturados e o vinho dos Roux tem nariz com boa complexidade, a fruta fresca em destaque, mas com notas florais e de carne. Os taninos são finos e uniformes, com corpo médio e final de fruta e notas minerais.
Terra de alguns dos vinhos mais ricos e profundos da Borgonha, a cidade de Gevrey ostenta o vinhedo preferido de Napoleão. A estrutura e profundidade de seus vinhos garante que os melhores exemplares possam ser adegados por muitos anos.
V.T.L.E
Castas
100% Pinot Noir
% 10 meses
17º
13%
A textura aveludada e a riqueza de perfumes dos vinhos de Chambolle fazem com que a cidade abrigue alguns dos melhores produtores da Borgonha. Seus vinhos são encantadores.
V.T.L.E
100% Pinot Noir 12-16 meses
100% Pinot Noir 18-24 meses
12,5%
% 18º
13,5%
Chambolle Musigny Les Charmes 1er Cru
Chambolle Musigny
Castas
V.T.L.E
Castas
17º
JR 17 (08)
A partir de um vinhedo de grande renome, produz-se um vinho de alta qualidade que equilibra textura macia e acidez viva. Muito gastronômico e rico aromaticamente.
% 18º
13%
V.T.L.E
Castas
100% Pinot Noir 12-18 meses
% 18º
13,5%
19
Chablis A imensa maioria dos amantes de vinho pensa na Borgonha como uma tripinha de vinhedos que concentra sua produção nas encostas conhecidas como Côte d’Or. A região engloba, porém, algumas outras sub-regiões vinícolas que são capazes de criar vinhos de grande estirpe. Uma delas é responsável por alguns dos mais distintos exemplares de Chardonnay do mundo: Chablis. A região se destaca pelos vinhos fortemente influenciados por seu solo extremamente calcário, cheio de conchas fósseis e pelo clima duro, que dificulta largamente o trabalho dos viticultores. Produtores de alta qualidade, cuidadosos ao cultivar e selecionar suas uvas, são capazes de produzir vinhos de excepcional qualidade desde os níveis mais genéricos, como o Chablis sem especificação, até os mais imponentes vinhedos Premier Crus. Seus melhores vinhos são, sem dúvida, os provenientes dos pouco mais de 100 hectares que compõem seus sete grands crus, em uma única colina ao lado da cidade que dá nome à região.
1
2
3 4
5 6
7
Chablis Préhy
Brocard Jean-Marc Brocard nasceu e cresceu nas redondezas de Beaune e, ainda assim, não teve envolvimento com a produção vinícola até seu casamento, em 1971. A família de sua mulher é de tradicionais produtores de uvas na região de Chablis e Brocard recebeu de presente do sogro um pequeno pedaço de terra com cerca de 1 hectare. Começou a experimentar a partir daí e descobriu o quanto as diferenças de solo e localização poderiam influenciar nos vinhos, encantando-se com a variedade de sutilezas que é possível obter na região. Apenas dois anos depois já havia começado sua própria produção na região de Préhy, uma cidadezinha de 140 habitantes a 7 km de Chablis e hoje é dono de mais de 100 hectares com as principais denominações da região. O filho de Jean-Marc, Julién Brocard, vem gradualmente convertendo seus principais vinhedos à biodinâmica: seus premiers crus (Vau de Vey e Vaulorent) estão em conversão, assim como o Grand Cru Les Preuses. Atualmente seus vinhos são considerados entre os mais característicos da região, verdadeiros alto-falantes para que a terra transmita sua mensagem. O uso de madeira é extremamente restrito, para que não haja influência do carvalho sobre os vinhos e transpareça ao máximo possível o caráter do terroir. 20
França/Chablis Chablis Domaine Sainte Claire
RP 90 (06)/ST 91 (07)/RVF 14,5 (07)
RP Produtor “Excelente”( RVF Produtor Estrelado ( )
Em uma encosta extremamente íngreme, surge Vau de Vey, um novo premier cru que se baseia no mesmo solo que dá origem a seus pares mais famosos. Com aromas cítricos, defumados e minerais, o vinho é gordo e saboroso, com final longo, de maçãs verdes e gengibre.
V.B.E
Castas
100% Chardonnay
12º
12,5%
%
Castas
12º
-
V.B.C.M 100% Chardonnay
Vaulorent Chablis Premier Cru
Valmur Chablis Grand Cru
Considerado um dos melhores premiers crus de Chablis, Vaulorent é uma extensão dos grands crus, vizinho ao renomado Les Preuses. É parte do mais famoso dos premiers crus, o Fourchaume e está sendo convertido ao cultivo biodinâmico por Julien Brocard.
Para muitos, Valmur é o melhor vinhedo de Chablis. Uma pequena área encavalada entre Vaudésir e Les Clos, produz vinhos altamente minerais e volumosos, passíveis de guarda de até dez anos, tempo em que desenvolve aromas ricamente especiados.
WS 89 (06)/ST 91(07)/RVF 14,5 (07)
V.B.E
Castas
100% Chardonnay
12,5%
WS 91(07)/ST 92 (08)/RVF 18 (07)
% -
1500 ml
Um Chablis autêntico, gordo e perfumado, bem-equilibrado com os perfumes de frutas cítricas e notas minerais. O cuidadoso cultivo dos Brocard e a fermentação limpa, sem estágio em madeira, transmitem ao vinho a melhor expressão de seu terroir.
% -
)
375 ml
Vau de Vey Chablis Premier Cru
12º
13%
V.B.E
%
Castas
-
100% Chardonnay
12º
12,5%
Les Preuses Chablis Grand Cru
ST 90 (07)/ RVF 16 (07)
Os sete Grands Crus de Chablis
A partir de velhas vinhas de 30 anos em um vinhedo que produz vinhos gordos, maduros e equilibrados, Brocard retira um de seus mais prestigiados vinhos. Seu filho Julien, adepto dos métodos de cultivo e vinificação mais puros, está convertendo o vinhedo à biodinâmica.
V.B.E
Castas
100% Chardonnay
O
s sete vinhedos de maior qualidade, localizados em frente à cidade de Chablis, são:
% -
12º
13%
1. Bougros 2. Les Preuses 3. Vaudésir 4. Grenouilles 5. Valmur 6. Les Clos 7. Blanchot
1
2
3 4
5 6
7
21
Vale do Rhône
Côte Rôtie Condrieu
Ampuis
Com vinhedos de mais de 2000 anos de idade, a região parece ser de fato a debatida origem da uva Syrah, uma das coqueluches atuais do mundo Hermitage vinícola e que possui nos vinhos do Rhône Norte seu mais refinado expoente: os Hermitage, Côte Rôtie, e Crozes-Hermitage, em particular, mostram a riqueza da uva em sua plenitude. Ao sul, onde a Grenache é a principal personagem, vinhos modernos das famosas denominações de Côtes-du-Rhône e Châteauneuf- Côtes-du-Rhône du-Pape são capazes de atrair até o mais contumaz Châteauneuf-du-Pape bebedor de vinhos novo-mundistas a se bandear Avignon para a França, deixando para trás a época “negra” da baixa qualidade e sobre-extração de taninos.
J . M . Gerin
WS 93 (04) / RP 91+ (05) / ST 93 (04)
Jean-Michel Gerin é da 5ª geração de vinhateiros de sua família, embora tenha audaciosamente começado sua própria vinícola a partir do zero, com apenas três hectares próximos a Ampuis. Adquirindo aos poucos pequenas parcelas (algumas são parte de vinhedos de grande renome, como Les Grandes Places e La Landonne), hoje ele soma cerca de 10 hectares em que produz alguns vinhos-referência em sua região.
Les Grandes Places produz uvas em inclinações quase proibitivas para o cuidadoso trabalho que as videiras exigem. Colhidas cuidadosamente e extremamente selecionadas, as uvas produzem um vinho muito concentrado e perfumado, com notas de alcaçuz, café e cassis e mineralidade ressaltada.
V.T.E
WS 88 (04) / RP 89 (05) / ST 89 (05)
22
24 meses
18º
13%
Syrah “aromatizado” com a uva branca Viognier, conforme a tradição da região, ganha em profundidade, elegância e refinamento. Fruta viva e acidez fresca, delicadas notas de tostado e taninos macios fazem este vinho excelente com ou sem comida.
% 12 meses
100% Syrah
%
WS 92 (04) / RP 89 (04) / ST 91 (04)
A pequena denominação Condrieu produz vinhos brancos da uva Viognier, que vem adquirindo caráter de uva cult pela qualidade dos vinhos da região e se espalhando por outras áreas vinícolas. São brancos densos, volumosos e aromáticos, entre os poucos capazes de enfrentar os aspargos sem sair perdendo.
100% Viognier
Castas
Champin Le Seigneur Côte Rôtie
La Loye Condrieu
V.B.E
Rasteau
Les Grandes Places Côte Rôtie
Côte Rôtie e Condrieu
Castas
Crozes-Hermitage
14º
13,5%
%
Castas
V.T.E
10% Viognier 90% Syrah
18 meses
17º
13%
França/Rhône Domaine Combier
Laurent Combier Crozes-Hermitage WS 88 (07)
Crozes Hermitage Laurent Combier seguiu os passos do pai em um dos primeiros cultivos orgânicos da França, começado na década de 70, numa época em que baixar rendimentos e não utilizar agrotóxicos era considerado loucura. Expandindo aos poucos a produção, Laurent passou a elaborar seu próprio vinho e com 30 anos de produção orgânica meticulosa hoje biodinâmica - seus vinhedos são descritos como “de tirar o fôlego” e seus vinhos como “puros e belamente refinados”.
Carregando o nome de seu produtor, é um acessível CrozesHermitage, perfumado de frutas e especiarias e com alta intensidade de aromas florais. Oportunidade para provar o estilo da região e conhecer o cuidadoso trabalho desenvolvido por Laurent sem pesar demais no bolso.
V.T.L.E
Castas
100% Syrah
% 10 meses
Domaine Combier Crozes-Hermitage
Clos des Grives Crozes-Hermitage
WS 89 (06)/ RVF 15,5 (06)/ D 3 (03)
WS 91 (06)/ RP 90 (06)/ RVF 16,5 (06)
Uvas de quatro vinhedos de solos e localizações variados se combinam para produzir um vinho concentrado e ao mesmo tempo fresco e vibrante. Os sabores se intensificam com o tempo na taça e a persistência é surpreendente.
Produzido a partir de videiras antigas, plantadas na década de 50, este vinho é frequentemente considerado entre os melhores da denominação. Com longo potencial de envelhecimento, é elegante e intenso.
V.T.E
Castas
100% Syrah
% 12 meses
17º
13%
SAINT Estève d’Uchaux Côtes-du-Rhône Propriedade da família Français desde 1809, o château vem consolidando sua fama de vinhos de grande qualidade, considerados por Robert Parker entre os “vinhos mais profundos da denominação”. Em 30 hectares de videiras maduras (média de 35 anos), a família produz Côtes du Rhône de alta qualidade, com ótima relação custo-benefício, graças ao baixo rendimento das videiras e vinificação cuidadosa.
V.T.E
Castas
100% Syrah
16º
13%
% 12 meses
18º
13%
TRADITION Côtes du Rhône Vinho leve e frutado, com toques especiados e de ervas aromáticas, o Côtes du Rhône dos Français é uma excelente opção para quem gosta dos vinhos de estilo mais fresco da denominação. Ideal para acompanhar pratos leves e petiscos.
%
Castas
V.T.L
80% Grenache 20% Syrah
-
17º
13,5%
23
França/Rhône Domaine La Soumade Côtes-du-Rhône e Rasteau Côtes-du-Rhône é uma das mais amplas denominações francesas, extendendo-se por quase todo o vale do Rhône. As “encostas do Ródano” produzem vinhos de todos os níveis de qualidade, com grande quantidade de Grenache, mas também muita Syrah, Mourvèdre e Carignan, mas é da região dos “villages”, 16 pequenas cidades famosas pela alta qualidade de seus vinhos, que saem os exemplares mais interessantes. Ao redor de Rasteau, um vilarejo reconhecido como fonte dos melhores vinhos da denominação, André Roméro produz alguns dos Côtes-duRhône mais impressionantes do mercado, com a consultoria do renomado enólogo Stéphane Derenoncourt. Vinhos de grande concentração, produzidos com uvas cultivadas com extremo zelo – não se utilizam inseticidas e as técnicas mais tradicionais são utilizadas contra fungos – e um custo muito atraente colocam sua propriedade em destaque.
DOMAINE LA SOUMADE Côtes du Rhône
Rasteau Village Rasteau
Excepcional vinho, com muita fruta, volume e maciez, agradavelmente “temperado” com especiarias. Versátil companheiro de mesa, pode acompanhar grande variedade de pratos, de carnes vermelhas e de caça a aves e legumes.
WS 88 (00) / D3
Proveniente de vinhedos de 20 anos da região demarcada Rasteau, as uvas são selecionadas manualmente para produzir um vinho rico em taninos e frutas maduras “de encher a boca”. O preço é excepcional pela qualidade encontrada.
%
Castas
V.T.L.E
80% Grenache 20% Syrah
-
17º
13,5%
%
Castas
V.T.E
10% Mourvèdre 80% Grenache 10% Syrah
-
Cuvée Prestige Rasteau
Fleur de Confiance Rasteau
WS 89 (03) / RP 89 (04) / RVF 15 (04)
RP 91+ (04)/ RVF 17 (04)/ ST 90 (01)
Elaborado com uvas provenientes de videiras antigas (de 30 a 45 anos), é um Côtes du Rhône de estirpe, capaz de rivalizar com as grandes denominações do vale. A Grenache madura, aliada à madeira bem dosada, deixa na boca um sabor único e picante.
Elaborado com uvas provenientes de videiras muito antigas, com idades entre 50 e 100 anos, é o Top de linha da vinícola. Somente uma dúzia de caixas chega ao Brasil, anualmente. Um vinho superlativo, talvez um dos melhores Côtes du Rhône Villages já produzidos.
%
Castas
V.T.E
24
(06) / RP 88 (93)
10% Mourvèdre 80% Grenache 10% Syrah
18 meses
17º
14,5%
17º
%
Castas
V.T.M.E
10% Mourvèdre 90% Grenache
14%
18 meses
17º
15%
França/Rhône Domaine de La Solitude Châteauneuf-du-Pape É na parte sul do vale que se localiza uma das mais antigas e famosas denominações do Rhône, Châteauneuf-du-Pape. Com o centro em Avignon, para onde a corte papal se deslocou durante o século XIV, a região toma o nome do palácio construído ao norte da cidade para os veraneios eclesiásticos – o “novo castelo do papa”. Seus potentes tintos, normalmente à base de Grenache, podem ser produzidos com até 13 variedades de uvas, incluindo três brancas. Descendentes diretos do Papa Urbano VIII, os Lançon dão vida a uma das mais antigas casas da denominação, fundada em 1604. A partir de vinhedos antigos, a família produz vinhos potentes, mas surpreendentemente equilibrados, em cujos rótulos ainda se vêm os símbolos aráldicos utilizados pelo “sumo pontífice”. O sobrenome de batismo de Urbano VIII, Barberini, é lembrado em um dos vinhos mais especiais da casa, em homenagem ao fundador, Jean Barberini.
Domaine de La Solitude Châteauneuf-du-Pape Châteauneuf-du-Pape
Cuvée Barberini Châteauneuf-du-Pape
WS 92 (06) / RP 90 (05) / D 4
Produzido a partir das melhores uvas do Domaine, esta homenagem ao ancestral Jean Barberini, fundador da vinícola, provém das melhores parcelas dos vinhedos. De taninos volumosos e macios, grande concentração de sabores e muita longevidade, é um vinho impactante e, ao mesmo tempo, elegante.
WS 92 (00) / RP 93 (01) / D 4
(05)
Um estupendo exemplar de Châteauneuf, graças ao equilíbrio muito bem elaborado de seus taninos, acidez, álcool e, fundamentalmente, riqueza aromática: cerejas, cassis, muita especiaria, chocolate e ervas se alternam no nariz e na boca.
Castas
V.T.E
10% Mourvèdre 70% Grenache 10% Cinsault 10% Syrah
% 12 meses
16º
15,5%
(01)
%
Castas
V.T.M.E
30% Mourvèdre 40% Grenache 30% Syrah
12 meses
16º
14%
Réserve Sécrète Châteauneuf-du-Pape WS 97 (00) / RP 94 (00) / D 4 (01)
As uvas de Châteauneuf
Uma preciosidade rara: vinho muito concentrado, produzido nas safras mais excepcionais do produtor, a partir das melhores parcelas. Uma anormal inversão nas proporções das uvas dá a este vinho toda a especiaria e os taninos elegantes da Syrah, com os perfumes terrosos da Grenache.
té 2009, as variedades de uva para Châteuneuf A eram separadas entre a versão tinta e a branca. Desde então, 18 variedades podem ser usadas
%
Castas
V.T.M.E
40% Grenache 60% Syrah
12 meses
16º
ao mesmo tempo para fazer tanto um quanto outro. Veja quais são: As tintas: As brancas: As “gris”, ou rosa: Grenache Grenache Blanc Grenache Gris Syrah Roussanne Picpoul Gris Mourvèdre Picpoul Blanc Clairette Rosé Cinsault Bourboulenc Vaccarèse Clairette Blanc Counoise Picardan Muscardin Terret Noir Picpoul Noir
14%
25
Sul da França Conhecida por suas temporadas de veraneio repletas de famosos internacionais, pelos rosés delicados e refinados e pelos festivais de cinema e teatro, a Provence é um pólo turístico sem par na França, graças à sua localização privilegiada no sudeste, onde usufrui de clima ameno e das praias mediterrâneas. Um antigo porto com longa história de exportação de vinhos para todo o mundo, Bandol é possivelmente a denominação mais séria em termos de qualidade, refinamento e estilo na região. Berço da Mourvèdre, é o único local em que ela mostra todo seu potencial, capaz de amadurecer perfeitamente ao abrigo dos frios ventos do Norte e produzir vinhos volumosos e densos, que tiram partido do envelhecimento, ganhando profundidade e se tornando mais e mais complexos. Vin de Pays d’Oc Montpellier St. Chinian
Bandol
Fitou
Maury
MAR MEDITERRÂNEO
Domaines François Lurton Languedoc A família Lurton tem vinho nas veias: dois patriarcas, irmãos, geraram uma descendência de cerca de 15 viticultores, enólogos, négociants, enfim: uma geração inteira dedicada ao vinho. Jacques e François, filhos de André Lurton – uma verdadeira lenda em Bordeaux – sempre tiveram ideias revolucionárias para os padrões conservadores franceses: fazem experimentos com uvas pouco tradicionais em regiões novas, defendem o uso do Screwcap e lançam mão de design arrojado misturado à cultura regional para promover seus vinhos.
Les Hauts de Janeil Chardonnay/ Gros Manseng
Les Hauts de Janeil Syrah/Grenache Videiras de 15 a 20 anos produzem este delicioso vinho que ganhou complexidade e estrutura com a adição de uma pequena porcentagem de Grenache.
Como parte da renovação da linha Les Bateaux, um novo corte combina Chardonnay com Gros Manseng. A uva do sudoeste francês contribui com uma leve untuosidade e perfumes de especiarias e damascos.
%
Castas
V.B.L
26
50% Chardonnay 50% Gros Manseng
-
10º
13,5%
%
Castas
V.T.L
80% Syrah 20% Grenache
5 meses
17º
13,5%
França/Sul da França Les Hauts de Janeil Rosé de Syrah
Les Fumées Blanches
O Rosé Les Bateaux sempre foi de grande sucesso e agora, com nova apresentação e o nome que faz referência à propriedade Mas Janeil, sua principal fonte de uvas, está ainda mais fresco e saboroso.
Um belo exemplar de Sauvignon Blanc, toma nome das névoas matutinas que refrescam as encostas das melhores zonas do Languedoc. Intensamente aromático e característico de sua variedade, com maracujá, flores brancas e acidez fresquíssima em destaque. Excelente para os peixes grelhados e frutos do mar de nossos verões.
V.R
Castas
100% Syrah
% -
10º
12,5%
Castas
V.B.L 100% Sauvignon Blanc
-
Les Salices Pinot Noir
A uva Viognier esteve em voga por muito tempo na França e somente agora começa a se mostrar para o mercado brasileiro e se espalhar pelo mundo. Os vinhos são geralmente untuosos, perfumados e de um amarelo dourado. Les Salices amadurece por 6 meses em barricas de carvalho francês, mas mantém seu perfeito frescor.
Produzido em uma zona fresca próxima a Carcassonne, Les Salices Pinot Noir é uma bela surpresa: delicado, leve e com aromas e sabores característicos desta variedade de difícil cultivo, como as violetas, morangos e cerejas. Fresco, refinado e sem excessos.
RP 86 (00) / WE 86 (05)
V.B.C.M
100% Viognier
10º
13%
Cuvée des Ardoises Château des Erles Fitou
12%
V.T.L
Castas
100% Pinot Noir
% 6 meses
16º
13%
Obra-prima de Lurton no Languedoc, Château des Erles é um empolgante vinho que seduz por sua intensidade, sabores de frutas e especiarias, corpo volumoso e excelente equilíbrio. É um vinho que pode ser bebido já, ou guardado longamente para que ganhe ainda mais complexidade.
%
Castas
12 meses
10º
WS 90 (03) / RP 88 (03)
Na pequena região demarcada Fitou, a propriedade que levou os Lurton ao Languedoc produz dois vinhos de muita qualidade. Feito com Syrah, Grenache e Carignan, sendo que as duas últimas sofrem maceração carbônica, que amacia o vinho e lhe dá uma riqueza aromática diferente.
V.T.L.E
c. Prosecco e Sangiovese (italianas)
Château des Erles Fitou
WS 87 (03) / ST 86 (01)
30% Syrah 40% Grenache 30% Carignan
b. Chardonnay e Cabernet Sauvignon (francesas);
WS 86 (07) / WE 86 (05)
% 6 meses
a. Airén e Garnacha (espanholas);
%
Les Salices Viognier
Castas
Quais são as variedades de uva mais plantadas do mundo (branca e tinta, respectivamente)?
WS 86 (06)
17º
13,5%
%
Castas
V.T.M.E
50% Syrah 25% Grénache 25% Carignan
18 meses
18º
13%
27
França/Sul da França Domaine du Ministre Saint Chinian
Mas Janeil Maury
RP 86 (99)
WS 90 (04) / RP 89 (04) / ST 89 (01)
A outra denominação de porte do Languedoc, Saint Chinian, usufrui de um frescor único durante a noite para a maturação de suas uvas. Domaine du Ministre combina Syrah, Grenache e Mourvèdre em um vinho estruturado e aromático, com uma base de frutas vermelhas e aromas de café, pimenta e baunilha.
Os Maury são elaborados em garrafões de vidro que permanecem expostos ao sol e chuva por até 30 meses, superexpondo o vinho. O resultado é um dos “únicos vinhos que combinam com chocolate” e que acompanha bem queijos fortes e sobremesas à base de chocolate.
%
Castas
V.T.L.E
10% Mourvèdre 40% Grenache 50% Syrah
12 meses
17º
13%
V.T.S
12 meses
Na década de 70, o conde de Saint Victor se apaixonou por esta propriedade e pelo vinho que, na época, era produzido a partir de meros 3,5 hectares. O conde adquiriu a propriedade e ampliou-a até os atuais 50 hectares, restaurando os vinhedos em vários restanques – uma espécie de anfiteatro escavado nas encostas de solo calcáreo, que protegem os vinhedos do gelado vento Mistral vindo do Norte.
A Cinsault é prensada diretamente para se combinar ao “vinho de gota” de Mourvèdre, que é o que caracteriza este vinho. Delicadamente frutado e floral, parte que cabe principalmente à primeira uva, equilibra-se em estrutura e aroma mais refinados provenientes da Mourvèdre.
%
Castas
V.R
50% Mourvèdre 50% Cinsault
-
Château de Pibarnon Blanc Bandol
Château de Pibarnon Rouge Bandol
A exposição solar ideal e rara na região e o tipo de subsolo ainda mais raro (idêntico ao presente nas propriedades de châteaux como d’Yquem e Pétrus), permitem a criação de um vinho branco ao mesmo tempo fresco e volumoso, com um caráter mineral que lhe dá uma elegância única.
Vinho complexo e profundo, de aromas que mostram a concentração que a Mourvèdre atinge em Bandol. Cerejas pretas, azeitonas, ervas aromáticas e taninos austeros, maduros e bem-estruturados.
WS 89 (07)
12º
13%
WS 95 (05)/ RP 89 (04)/ RVF 17,5 (01)
Castas
% -
14%
RVF 14 (07) / ST 91 (08) / BD 17 (08)
Bandol
20% misto de Marsanne e Ugni Blanc 30% Bourbolenc V.B.C.M 50% Clairette
14º
Château de Pibarnon rosé Bandol
Château de Pibarnon
28
%
Castas
60% Grenache 30% Carignan 10% Syrah
10º
13,5%
%
Castas
V.T.E
90% Mourvèdre 10% Grénache
20 meses
17º
14%
França/Sul da França château Ferry - lacombe Ferry-Lacombe é o refúgio de Michel Pinot, um francês que por anos esteve radicado no Brasil. Encravada nas colinas próximas à costa mediterrânea, na idílica Provence, a propriedade tem história de alguns séculos, mas foi com Pinot que assumiu a busca pelos vinhos delicados e equilibrados que hoje são sua marca, produzidos com cultivo cuidadoso, com técnicas orgânicas. Abrigados do frio vento norte pela imponente Montagne Sainte Victoire, os 66 hectares de vinhedos transitam entre duas denominações de origem (Côtes de Provence e Saint Victoire) produzindo tintos, brancos e os tradicionais rosés, que derivam das primeiras produções das colônias gregas na região, há mais de 2000 anos. Com as uvas que se tornaram, ao longo dos séculos, típicas dali - Cinsault, Grenache, Syrah, Rolle, Clairette e tantas outras - se produzem vinhos perfeitos para acompanhar pratos variados, dos frutos do mar e peixes leves, de preparos variados, a aves e massas com molhos delicados, até pratos de carne, graças aos surpreendentes tintos. O fino e elegante Cascaï se destacou como o melhor rosé em sua primeira participação na feira internacional de vinhos, a Expovinis e as versões Rouge e Blanc de seu Haedus surpreendem os desavisados.
Haedus é produzido a partir de plantas jovens de Grenache, Cinsault e um pouco de Cabernet. Os delicados aromas florais e de frutas vermelhas e o frescor em boca fazem dele excelente aperitivo e harmonização para pratos leves, como uma salada de camarões frescos.
A partir das videiras mais antigas da propriedade, Pinot produz um Rosé aromático e fino, de longa persistência em boca. A Grenache compõe a maior parte do corte, com um “tempero” de Syrah e a delicadeza da Cinsault.
%
Castas
V.R
Grenache Cinsault Cabernet
375 ml
Cascaï Rosé Côtes de Provence
1500 ml
Haedus Rosé Côtes de Provence
-
10º
12,5%
%
Castas
V.R
Grenache Cinsault Syrah
-
Haedus Blanc Côtes de Provence
Haedus Rouge Côtes de Provence
Rolle, considerada tipicamente provençal, é a mesma Vermentino da Itália e responsável pela textura sedosa e sabores de frutas brancas, cítricas e flores, do surpreendente Haedus Blanc.
Os vinhedos jovens de Grenache formam a base da origem das uvas deste vinho, que se destaca por seu frescor e equilíbrio. Syrah enriquece o vinho com perfumes florais e reforça a estrutura com taninos sedosos.
%
Castas V.B.L
Rolle Clairette
-
10º
12,5%
10º
%
Castas
V.T.L
Grenache Syrah
12,5%
-
16º
13%
29
Loire Às margens do mais longo rio da França, vinhedos e castelos constroem uma paisagem cinematográfica, ou, melhor ainda, de contos de fadas. Chamado de “o jardim da França”, o vale abriga uma enorme variedade de estilos de vinificação, desde os amplamente difundidos brancos, passando por rosés, vinhos doces e espumantes até chegar a tintos de alta estirpe. Algumas de suas sub-regiões são ainda obscuras para o público brasileiro e abrigam variedades exclusivas dali, enquanto Sancerre e Pouilly-Fumé são verdadeiros arquétipos da Sauvignon Blanc, Bourgueil produz Cabernet Francs de altíssimo nível e Muscadet oferece uma das melhores barganhas em brancos do país.
Bourgueil
Sancerre
Pouilly-Fumé
Muscadet de Sèvre et Maine
Domaine Vacheron Sancerre “The Kings of Sancerre”. Pode parecer um excessivo americanismo para dizer que os Vacheron são realmente bons no que fazem, mas poucos outros produtores vêm produzindo vinhos com a qualidade, eloquência e profundidade que essa família obtém em seus vinhedos minimamente cuidados com métodos biodinâmicos e produção reduzida. Desde que o bisavô produzia uvas em sua terrinha, antes que Sancerre se tornasse um nome famoso, os Vacheron vêm ascendendo em qualidade e tornando seus vinhos verdadeiras exceções quando se trata de riqueza aromática, refinamento e elegância. Os irmãos Denis e Jean-Louis foram responsáveis pela estruturação inicial da vinícola, mas são seus filhos, Jean-Dominique e Jean-Laurent, quem hoje administram vinhedo e adegas.
Domaine Vacheron Sancerre Blanc
Les Romains Sancerre Blanc
Elegantíssimo, ainda que altamente perfumado, este Sauvignon Blanc “de raiz” mostra o resultado da produção minimalista e do terroir de Sancerre. Muito mineral, mas cheio de frescor de fruta cítrica (limão, grapefruit) e discretas frutas tropicais (toque de abacaxi).
Produzido a partir de um vinhedo muito especial de solo cheio de sílex, é volumoso, sedoso e complexo, com muitas notas florais, toques cítricos e fundo mineral. Um raro Sancerre com passagem por madeira, o que lhe dá complexidade sem afetar a característica original da fruta.
WS 90 (05) / RP 90 (05) / RVF 18 (05)
WS 89 (05) / RP 89 (05) / RVF 16 (06)
Castas
V.B.C.M 100% Sauvignon Blanc
30
% -
12º
13%
Castas
V.B.C.M 100% Sauvignon Blanc 12 meses
% 12º
12%
França/Loire Petit Soumard Pouilly-Fumé Poucos vinhos refletem o caráter de uma variedade de uva com a elegância que Pouilly-Fumé (também conhecido como Blanc Fumé de Pouilly ou Pouilly Blanc Fumé) imprime à Sauvignon Blanc. Em homenagem ao pai, Marcel, grande entusiasta dos avanços tecnológicos, Emmanuel e Thierry Langoux seguem produzindo vinhos elegantes e característicos dos Sauvignon mais tradicionais do Loire, mas com técnicas e equipamentos modernos em seus 16 hectares de terras divididos em solos de sílex e calcário.
Domaine du Petit Soumard Blanc Fumé de Pouilly Os vinhos de Pouilly Fumé possuem um caráter único, um defumado originário de seu solo e compõem, com os vinhos de Sancerre, a quintessência da uva Sauvignon Blanc. Uvas de solo calcário contribuem com aromas florais enquanto as de solo de sílex tornam o vinho elegante e estruturado.
Castas
V.B.C.M 100% Sauvignon Blanc
% -
10º
12,5%
Domaine La Haute Févrie Muscadet de Sèvre-et-Maine Produtores há três gerações, os Branger produzem Muscadet, o onipresente vinho branco do verão das mesas parisienses, desde 1915. Reconhecidos por sua dedicação e contribuição aos vinhos da denominação, possuem 25 hectares dedicados exclusivamente à Melon de Bourgogne - variedade prima da Chardonnay, típica dali desde que foi transplantada durante o século 17. Em seu Domaine La Haute Févrie, produzem rótulos que ressaltam de formas diferentes os solos variados da região entre os rios Sèvre e Maine, a origem do nome da denominação. Adeptos da viticulture raisonée, os Branger não utilizam químicos industriais no cultivo de suas videiras e todos os vinhos provêm de plantas bem estabelecidas (as mais novas têm em média 35 anos) e são produzidos sur lie, a técnica mais característica da região: após a fermentação, o vinho continua em contato com as lias – os resíduos da fermentação, compostos principalmente de células de leveduras mortas – durante meses.
La Haute Févrie Muscadet de Sèvre-et-Maine sur Lie
Les Gras Moutons Muscadet de Sèvre-et-Maine sur Lie
O Muscadet La Haute Fevrie tem sete meses de amadurecimento com as lias. O objetivo aqui é mostrar tipicidade máxima: frescor, frutas (cítricas e o melão que dá nome à variedade) e as delicadas “agulhas”, o discreto gás resultante do estágio com as lias.
Les Gras Moutons tem 12 meses de amadurecimento com as lias e é produzido a partir de uma parcela localizada em uma encosta com exposição solar ideal. As videiras de 40 a 70 anos, o solo e o contato com as lias produzem um vinho rico, intenso e elegante.
RP 91 (06) / RVF 15,5 (05)
WS 87 (04)
%
Castas
V.B.L
100% Melon de Bourgogne (Muscadet)
-
10º
12%
%
Castas
V.B.C.M
100% Melon de Bourgogne (Muscadet)
-
12º
13%
31
França/Loire Domaine Yannick Amirault Bourgueil
Localizada no extremo oeste da sub-região de Touraine, no Vale do Loire, Bourgueil produz tintos de muito valor pelo preço em solos calcários de inclinações suaves. Aqui impera a Cabernet Franc - conhecida pelos locais como Breton -, a variedade originária da mais famosa e amplamente mais difundida Cabernet Sauvignon. Yannick Amirault assumiu a propriedade da família, o Pavillon du Grand Clos, aos 22 anos de idade e com vontade de mudar as coisas. Desde o início fez profundas modificações no cultivo e transformação das uvas, passando a adotar a lutte raisonée, ou seja, o cultivo livre de excessos industriais e com cuidados minimalistas com o vinhedo. Yannick é um apaixonado por sua terra e seus vinhos: “Tudo parece reunido para enterrar o porvir do vinho. Com o risco de me enganar, creio que existirá sempre um lugar para os vinhos de forte personalidade, que refletem um terroir, mas também a alma e a paixão de um vinhateiro. Vinhos puros e fiéis ao que nos quer oferecer a natureza, para nosso prazer...”
La Coudraye Bourgueil
Les Malgagnes St. Nicolas de Bourgeil
WS 91 (05) / RP 89 (05)
WS 92 (05) / RP 90 (05) / RVF 16,5 (05)
Vinificado em tanques ovais, La Coudraye mostra o que Cabernet Franc em pureza pode fazer em sua melhor expressão, com notas de violeta e chocolate, amora e ervas frescas. É elegante e refinado, com taninos muito bem formados.
Concentrado, intensamente aromático e com taninos de qualidade excepcional, Les Malgagnes é um vinho surpreendente e com potencial para melhorar cada vez mais com o tempo. Produzido a partir de videiras de 45 anos, mostra fruta concentrada e notas tostadas, com mineralidade viva e acidez fresca.
V.T.L.E
Castas
100% Cabernet Franc
% 10 meses
17º
13%
V.T.E
Castas
100% Cabernet Franc
% 12 meses
17º
14%
La Mine St. Nicolas de Bourgeil RVF 15 (06)
Com uma pequena adição de Cabernet Sauvignon, La Mine é redondo e volumoso, originário de concentradas uvas de videiras de 35 anos. A mineralidade característica dos vinhos da região transparece em meio à fruta viva e às especiarias e tabaco que a passagem por diferentes barris lhe confere.
uma taça para cada vinho ?
H
á diferentes formatos para diferentes vinhos, mas, como hoje poucas pessoas têm espaço para manter uma coleção de taças para cada ocasião, procure dispor de taças médias (nem pequenas, nem gigantes), com bojo amplo e boca mais estreita, que servirão bastante bem para qualquer tipo de vinho - as taças menores não são necessariamente as melhores para o vinho branco, como manda a tradição.
%
Castas
10% Cabernet Sauvignon V.T.E 90% Cabernet Franc
32
12 meses
17º
13,5%
Alsace Região longamente disputada entre a França e Alemanha, a Alsácia mistura as duas culturas de maneira única e com características próprias. Protegida das frias chuvas do norte da França pelas montanhas Vosges, possui um clima que permite um amadurecimento excepcional das uvas. Uma grande complexidade de solos e uma legislação bem implantada a partir da década de 60 garantem uma ampla variedade de vinhos de muita qualidade e os produtores alsacianos estão entre os mais apegados às suas tradições: raramente utilizam-se barricas na produção e os vinhos tendem normalmente a ser completamente secos.
Reno
Epfig
Ribeauvillé Colmar
Witzenheim
F.E. Trimbach Ribeauvillé
Pierre Trimbach compõe a 12ª geração da família que, desde 1626, produz grandes vinhos brancos alsacianos. Seu mais afamado vinho, Clos Sainte Hune, é a referência unânime quando se fala de Riesling alsaciano (para alguns, segundo Jancis Robinson e Hugh Johnson, é o melhor do mundo). Foi Fréderic Émile Trimbach, antepassado de Pierre, quem, no final do século 19 levou a vinícola da família à fama internacional. A importância de seu trabalho é reconhecida até hoje no nome da vinícola - que carrega suas iniciais - e no nome de uma cuvée especial de Riesling. Fréderic começou a engarrafar seus vinhos na própria vinícola em lugar de vendê-los em grande quantidade e tomou a iniciativa de apresentar sua marca ao mundo na Mostra Internacional de Bruxelas, garantindo a seus vinhos o reconhecimento do público especializado. Adeptos do estilo mais clássico alsaciano, os Trimbach estão entre os últimos produtores a elaborar vinhos no tradicional estilo seco que caracterizou a região sem, no entanto, dar as costas à tecnologia e à modernidade.
Riesling
Gewürztraminer
A uva ícone da região da Alsácia, é também a principal fonte de reconhecimento do trabalho dos Trimbach. O vinho é muito aromático, denso e untuoso, e com algum tempo de evolução pode mostrar muita complexidade.
O vinho de Gewürztraminer é um dos mais fáceis de se reconhecer: altamente aromática, esta uva produz vinhos perfumados e densos, cheios de aromas de rosas e lichias, mas, neste caso, secos e com acidez muito fresca, como manda o figurino na região.
RP 86 (05) / ST 87 (07) / JR 17 (07)
V.B.C.M
Castas
100% Riesling
% -
10º
12%
Castas
V.B.C.M 100% Gewürztraminer
% -
10º
13%
33
França/Alsace Sylvaner
Pinot Blanc
Segunda uva mais plantada da Alsácia (recentemente destronada pela Riesling), nas mãos dos Trimbach produz vinhos raros, com bom potencial de envelhecimento. O vinho que resulta é volumoso, com boa acidez e mostra o caráter defumado típico do terroir alsaciano. Vinho surpreendente, vale conhecer.
JR 15,5 (07)/ ST 86 (02)
V.B.L
Castas
100% Sylyaner
Uma das variações-irmãs da Pinot Noir, a Pinot Blanc foi confundida por muito tempo com Chardonnay, graças ao corpo untuoso e perfumes delicados. Ótima porta de entrada para os vinhos alsacianos, o vinho é leve e fresco, excelente companhia para pratos leves de peixe e aves ou como aperitivo.
% -
10º
12%
Réserve Personelle
100% Pinot Gris
10º
12,5%
Em homenagem ao antepassado que mostrou ao mundo a qualidade dos vinhos Trimbach, este Riesling é elaborado com uvas provenientes de videiras de 30 anos, de dois Grans Crus da Alsácia. De longa guarda, complexo, frutado e mineral, é um vinho para admiradores do estilo alsaciano.
% -
-
WS 91 (02) / RP 92 (04) / ST 93 (04)
Nos melhores anos faz-se o Réserve Personelle com a seleção das melhores parcelas de Pinot Gris, que une o toque de especiarias da Gewüztraminer com o frescor e acidez equilibrados da Riesling. É acompanhamento excepcional para peixes defumados, salmão, carnes brancas, terrines e patês.
V.B.C.M
100% Pinot Blanc
%
Cuvée Fréderic Émile Riesling
WS 91 (02) / RP 90 (02) / ST 90 (02)
Castas
V.B.L
Castas
13º
13%
V.B.C.M
Castas
100% Riesling
% -
13º
12,5%
CLOS SAINT HUNE
WS 92 (02) / RP 94 (04) / ST 93 (02)
Proveniente de um verdadeiro Clos, o Ste. Hune é produzido em pequenas quantidades, devido à baixíssima produção das videiras de 50 anos. Segundo o produtor, “para se regalar (...), é necessário esperar pelo menos 10 anos, para que ele mostre seu verdadeiro potencial, 15 anos e, em geral, ele está perfeito ao início de seus 20 anos.”
V.B.C.M
34
Castas
100% Riesling
Os “clos”
T
ermo francês que quer dizer “fechado” ou “cercado”, “clos” define um vinhedo cercado por um muro, separado dos outros por suas características peculiares. O Clos Sainte Hune dos Trimbach, por exemplo, é uma parcela murada de um Grand Cru Alsaciano, mas a família dá mais importância à pequena parcela que ao vinhedo oficial.
% -
13º
13%
França/Alsace
Domaine Ostertag
Durante quanto tempo podemos guardar uma garrafa de vinho, em média?
Epfig André Ostertag é quase um pária entre seus conterrâneos viticultores. Desde que assumiu a produção na propriedade da família, vem questionando, experimentando e fazendo o que considera ser o melhor para seu vinho e para a região, muitas vezes indo de encontro às regras, politicagens e mesmo pessoas do meio. Não sem resultado: seus vinhos são considerados entre os melhores da região, com uma riqueza e expressão das variedades e dos terroirs que é igualada por poucos. Desde 1998, o cultivo no domaine é completamente biodinâmico e André é um praticante dedicado - ainda que não fanático - mas, é, acima de tudo, um experimentador: uma das principais razões das suas “diferenças” com os colegas e com o CIVA (Comité Interprofessionel du Vin d’Alsace) é sua insistência em utilizar barricas na fermentação e amadurecimento de alguns vinhos, um verdadeiro sacrilégio para muitos alsacianos. Com pouquíssimos hectares de produção, espalhados em mais de cem parcelas pelo território, o domaine produz vinhos de maneira extremamente cuidadosa e dedicada a ressaltar o que de melhor a natureza é capaz de fazer.
Clos Mathis
Fronholz
De propriedade do chefe de viticultura do domaine, Hubert Mathis, é uma continuação dos Grands Crus Geisberg e Kirchberg. Em 1997, Ostertag e Mathis decidiram revitalizá-lo e começaram a tratá-lo para produzir uvas biodinamicamente e em 2000 produziu-se o primeiro Clos Mathis.
Um dos polêmicos Pinot Gris de Ostertag com estágio em madeira, Fronholz impressiona pela complexidade aromática e pela forma com que sua passagem pelas barricas fica plenamente sintonizada com o vinho. Riquíssimo, é untuoso e especiado, com notas de amêndoas e avelãs, pêssego, limão e flores.
V.B.C.M
100% Riesling
% -
b. De 2 a 4 anos, se branco e de 4 a 8 anos, se tinto; c. Varia de acordo com o tipo de vinho e suas características.
WS 89 (05) / RP 90 (05) / RVF 17 (06)
RP 88 (05)/ RVF 14,5 (06)/ ST 88 (05)
Castas
a. Cerca de 6 meses;
13º
13,5%
V.B.C.M
Castas
100% Pinot Gris
% 9 meses
13º
14%
Muenchberg Grand Cru
WS 90 (05) / RP 93 (05) / RVF 17 (06)
a biodinâmica
Um verdadeiro clássico para muitos admiradores dos vinhos Alsacianos, o Muenchberg de Ostertag é um branco complexo, capaz de evoluir longamente se bem adegado. Está novíssimo ainda e já mostra rica paleta aromática, com flores, pimenta, grapefruit, limão e a mineralidade característica da Riesling.
V.B.C.M
Castas
100% Riesling
P
% -
13º
ivô de polêmicas entre seus adeptos e os enólogos e apreciadores mais “científicos”, a biodinâmica é baseada nas palestras de Rudolph Steiner sobre como aplicar as técnicas da sua “Antroposofia” ao cultivo de plantas. Atualmente é uma mistura de linhas de cultivo orgânico e sustentável com uma série de práticas que envolvem homeopatia e astrologia em busca de equilibrar as “energias” do vinhedo e produzir vinhos saudáveis e característicos do lugar. Combier, Ostertag, Vacheron e Brocard são produtores biodinâmicos.
13,5%
35
Champagne Uma das regiões vinícolas mais setentrionais do mundo, a Champagne está sujeita a um clima frio, com bastante chuva, que raramente permite a produção de vinhos “de mesa” de qualidade e que levou ao desenvolvimento de um dos vinhos mais renomados do planeta: o espumante, elaborado basicamente com as uvas tintas Pinot Noir e Pinot Meunieur e a branca Chardonnay. Todos os vinhos são produzidos a partir do “método clássico”, com a fermentação que gera o gás acontecendo dentro das próprias garrafas.
Fundada em 1808, a Drappier possui uma história recheada de personagens famosos: diz-se que São Bernardo em pessoa participou da construção das suas caves, durante o século XII! Michel Drappier, o oitavo de uma dinastia de “champagnólogos”, busca ao máximo não interferir no trabalho da natureza, confiando em seu terroir. A casa é a única a realizar as duas fermentações na garrafa original em toda a sua linha de produção, desde a meia garrafa até às raras Primat de 27 litros. O rémuage é feito manualmente em praticamente toda a linha e o licor de expedição, envelhecido em carvalho, é uma receita secreta da família.
Champagne fresco e aromático, é quase um Blanc de Noirs, produzido quase totalmente com Pinot Noir, o que lhe dá reflexos rosados. Delicado, é rico em aromas de frutas vermelhas e preenche a boca com muita cremosidade.
%
Castas
V.E
3% Pinot Meunier 7% Chardonnay 90% Pinot Noir
-
Drappier Brut Nature Zéro Dosage
Drappier Cuvée Charles de Gaulle
Produzido sem nenhuma adição do tradicional “liqueur de dosage”, este vinho inaugurou uma tendência de produção que hoje domina os melhores vinhos artesanais da Champagne em uma época em que quase ninguém pensava em fazê-lo.
Por ocasião da comemoração dos 50 anos do “Chamado do 18 de Junho”, foi lançado um rótulo em homenagem ao general de Gaulle, a quem agradavam muito os Champagne Drappier pelo baixo teor de açúcar e alta quantidade de vinho de Pinot Noir em sua composição.
WS 90 / D 3 / RVF 16
V.E
36
WS 90 / D 4 / JR16
Castas
100% Pinot Noir
% -
8º
12%
8º
%
Castas
V.E
20% Chardonnay 80% Pinot Noir
12%
-
8º
12%
375 ml
Urville
Drappier Carte d’Or
1500 ml
Maison Drappier
França/Champagne & Espumantes Drappier La Grande Sendrée
Drappier Rosé RP 89 pontos
WS 90 (00) / JR 17 (96) / RVF 17 (00)
A Champagne é a única região do mundo em que a produção de rosés de qualidade pode ser feita através da mistura de vinhos de base brancos e tintos. A Maison Drappier, no entanto, elabora sua rosé exclusivamente a partir de sangria de Pinot Noir, o que lhe confere caráter, intensidade e intensos perfumes .
V.E.R
Castas
100% Pinot Noir
Adegado durante 6 anos antes de ser colocado à venda, é um vinho de grande complexidade que inclusive necessita de um pouco de aeração antes que seus aromas de pães, mel, frutas secas e brancas se mostrem completamente.
% -
10º
12%
%
Castas
V.E
45% Chardonnay 55% Pinot Noir
-
8º
12%
Espumantes Société Remoise des Vins França No final do século 19, um famoso champagne era produzido sob o nome de sua proprietária, a viúva Paul Bur. Quando de sua morte, seus filhos assumiram a empresa e a mantiveram até a década de 50, quando a família de Eugene Charmat a adquiriu e insuflou-lhe energia produzindo espumantes através do método inventado por ele. Hoje Veuve Paul Bur é um dos rótulos mais vendidos da França, graças à delicadeza dos espumantes e aos preços muito atraentes que a Sorevi, sua atual proprietária, consegue oferecer. Elaborados com uvas selecionadas anualmente em vinhedos de diferentes regiões, principalmente ao redor de Bordeaux, os espumantes passam por rigorosos e contínuos processos de controle de qualidade e têm um limite de estocagem de no máximo 4 meses na vinícola, para que cheguem ao mercado sempre frescos e vivazes.
Veuve Paul Bur Brut
Veuve Paul Bur Rosé
Vinho cristalino, com suaves toques amarelados e pérlage fino e persistente. Aromas florais e de cerejas muito delicados. Sensação de cremosidade na boca e boa persistência. Para festas, é uma excelente opção de espumante importado sem abusar no preço.
A versão rosé da Paul Bur é um espumante refrescante, com uma bonita cor rosada e aromas vivos de frutas vermelhas. Excelente aperitivo e uma ótima opção para um fim de tarde.
%
Castas
V.E
Uvas brancas variadas
-
7º
11%
%
Castas
V.E.R
Tempranillo Grenache
-
7º
11%
37
austria
suíça
eslovênia Friuli Vêneto
hungria croacia
Piemonte
FRANÇA
bósnia Toscana
Itália
MAR DA LIGÚRIA Abruzzo Roma MAR ADRIÁTICO
Mar Tirreno
O
enotria, ou a terra das “videiras em estacas”, não era chamada desta forma pelos colonizadores gregos da Antiguidade sem motivo, quando a Itália tornou-se uma espécie de entreposto comercial e de produção quase mil anos antes de Cristo. Era algo como a América do Sul dos portugueses e espanhóis e o cultivo da videira se tornou tão amplo e sistemático quanto o da cana-de-açúcar nas colônias portuguesas. Há quem defenda a Itália como sede da maior variedade de cepas autóctones do mundo e ela é, sem dúvida, fonte de intermináveis estilos e variedades de vinhos, disputando ano a ano com a França o posto de maior produtor. Sua cultura enológica (e gastronômica) é extremamente arraigada: o vinho faz parte do dia a dia, é um componente das refeições e de cada momento do povo italiano.
Piemonte O Piemonte talvez seja a região mais importante do ponto de vista da qualidade. Um grande número de DOC aporta vinhos de renome internacional e abrange as tentativas mais sérias de se identificar terroirs entre seus vinhedos de fato, alguns “crus” estão em produção já há algumas décadas. Seu nome já indica a vocação: pé-do-monte. Com os Alpes ao fundo, a região de colinas e inverno rigoroso possui uma excelente exposição solar e uma longa e cálida época de amadurecimento das uvas. Seus ícones são o Barolo e a uva utilizada em sua produção, a Nebbiolo, além de uma das variedades mais plantadas de todo o país, a Barbera. 38
Barbera d’Asti
Roero
Moscato d’Asti
Gavi Barbaresco Dolcetto d’Alba Barolo Mar Lígure
Itália/Piemonte Michele Chiarlo
“Sorì” é um termo comum no Piemonte, que define:
Herdeiro de terras plantadas e cultivadas por sete gerações com Barbera e Moscato, Michele Chiarlo iniciou sua produção em 1956 em uma pequena cantina em Calamandrana, no coração do Piemonte. A partir de então, dedicou-se à pesquisa e experimentação com a uva Barbera e foi pioneiro na utilização de fermentação malo-lática na Itália. “Ganhando terreno aos poucos” exprime quase literalmente a trajetória da cantina: o Sr. Chiarlo, ao mesmo tempo em que compunha uma equipe, em grande parte familiar, afim com seus objetivos e práticas, selecionou cuidadosamente os melhores terroirs espalhados pelo Piemonte para produzir os diferentes vinhos clássicos de sua região. Hoje seus filhos estão à frente da empresa no marketing e nos vinhedos, embora Michele Chiarlo siga supervisionando todas as etapas da produção. Seus vinhedos se estenderam pelas melhores áreas da região e produzem vários Barolo, Barbaresco, Barbera, Gavi, Moscato, Dolcetto, Grignolino, Roero e ainda vinhos de corte que unem uvas locais e internacionais. Seu próximo grande projeto é a construção já quase terminada de um resort, Palas Cerequio, bem em meio aos vinhedos de Barolo.
Excelente opção de branco para fugir dos habituais Chardonnay e Sauvignon Blanc, Gavi é produzido com Cortese, uva nativa da região. É um vinho de nariz muito aromático (pêssegos, flores brancas e notas mentoladas) e que surpreende pela boca com uma certa mineralidade e frescor cítrico.
% 10º
12,5%
Le Coste
V.T.L
100% Dolcetto
-
10º
12%
WS 88 (06) / RP 89 (06)
A grande força de Chiarlo, Barbera faz vinhos frutados, com alta acidez característica. Le Orme é típico da uva, elegante e atraente, com perfumes de groselha e especiarias e taninos muito finos. Uma surpreendente persistência e o frescor do vinho convidam a provar de novo e de novo.
% -
100% Cortese
Le Orme Barbera d’Asti
Dolcetto d’Alba Uva prematura e de fácil cultivo, exige, por outro lado, cuidado ao ser vinificada. Seu elevado grau de taninos e antocianas demanda (e permite, ao mesmo tempo) fermentações mais curtas, que nem assim afetam a profunda cor rubi característica da uva. “Doce” para o paladar local graças à baixa acidez, a dolcetto faz vinhos perfumados de fruta, alcaçuz e amêndoas.
Castas
V.B.C.M
%
16º
12,5%
V.T.L.E
Castas
100% Barbera
375 ml
-
Castas
1500 ml
100% Arneis
c. Um vinhedo de baixa qualidade que foi revertido à alta qualidade.
WS 87 (07) / RP 87 (07)
Na pequena colina de Roero, perto de Barbaresco, a uva branca Arneis mostra todo o seu potencial e Chiarlo suas grandes qualidades de vinhateiro. O resultado é este branco fino, elegante, com complexidade aromática, frescor e boa fruta no paladar, que é chamado de “Barolo Bianco” por seus fãs mais ardorosos.
V.B.L
b. Um vinhedo de alta qualidade, em geral com exposição sul;
Gavi
Roero Arneis
Castas
a. Um vinhedo de alguém da família, em geral a irmã mais nova;
% 8 meses
17º
12,5%
39
Itália/Piemonte Cipressi della Court Barbera d’Asti
La Court Barbera d’Asti Superiore Nizza
RP 88 (03)/ GR 2B (06)/ AIS 3G (05)
V.T.E
Castas
100% Barbera
% 12 meses
18º
13,5%
Barbaresco
% 12 meses
17º
13,5%
V.B.S
Castas
100% Moscato
-
WS 89 (04) / RP 89 (04) / JR 17 (04)
WS 93 (05)/RP 92 (04)/JR 18 + (04)
Uma falha geológica divide ao meio a região do Barolo: as terras que dão nome e uvas a este vinho se formaram no período Tortoniano e se caracterizam pelo alto teor de magnésio e manganês. Os vinhos são mais macios, prontos para beber desde cedo, com uma mineralidade que dá complexidade e profundidade.
Há mais de 200 anos o vinhedo Cerequio é famoso como produtor das melhores uvas de Barolo e os Chiarlo são proprietários de mais de um terço das suas terras. Seu vinho é concentrado, intensamente perfumado (aromas balsâmicos, mentolados, de chocolate e tabaco), para ser bebido agora ou guardado por até 20 anos.
100% Nebbiolo
13,5%
%
Cerequio Barolo
Castas
18º
Vinho de sobremesa produzido a partir de uma parcela que é fonte de uvas de excepcional qualidade e foi selecionada pelo próprio Michele Chiarlo. Seu nome remete à delicadeza das nuvens (nivole, em piemontês) e o vinho é cheio de perfumes florais e de frutas maduras.
Tortoniano Barolo
V.T.E
40
100% Nebbiolo
12 meses
WS 85 (07)/RP 87 (07)/AIS 3G. (06)
Considerado o “irmão mais novo” do Barolo, o Barbaresco é um vinho de Nebbiolo que lembra o Barolo ou, como dizem os moradores locais, baroleggia. De taninos finos e elegantes, aromas frutados intensos e final longo e delicioso, é uma versão mais leve e pronta para beber, para quem aprecia os vinhos da região.
V.T.E
100% Barbera
%
Nivole Moscato d’Asti
WS 93 (06) / RP 88 (05)
Castas
V.T.M.E
Castas
1500 ml
Nizza é o foco da produção de Barbera, graças ao longo tempo de experimentação e à existência de grandes vinhedos, como o La Court: um verdadeiro “cru”, que resulta em vinhos concentrados, ricos em fruta e de acidez viva, complexos e perfumadíssimos.
% 24 meses
17º
13,5%
V.T.M.E
Castas
100% Nebbiolo
12º
5,5%
% 24 meses
18º
14%
375 ml
WS 88 (05)/ GR 2B (04)/ AIS 4G (04)
Do mesmo vinhedo que produz as uvas para o potente La Court, Cipressi é um “irmão do meio” entre os Barberas de Chiarlo. Elegante, de taninos bem-formados e fruta muito fresca.
Itália/Piemonte GIACOMO CONTERNO A família Conterno vem fazendo vinhos no Piemonte desde 1770 e é sinônimo de tradição, mas com a mais alta qualidade: os vinhos de Giacomo Conterno são considerados verdadeiros ícones do Piemonte e da Itália. A produção reduzida, as técnicas tradicionais com longas macerações e tempo de madeira, fazem de seus vinhos relíquias para colecionadores de todo o mundo. O pai de Giacomo Conterno, um taverneiro que produzia o próprio vinho, transmitiu ao filho a paixão pelas uvas da região, mas foi o próprio Giacomo quem transformou o vinho da família em um marco da enologia. Ao retornar da guerra, na década de 20, passou a produzir vinhos de grande concentração, somente com as melhores uvas de que pudesse dispor e criou um rótulo que é até hoje símbolo máximo da qualidade e estilo tradicional de Barolo: o Monfortino. Durante os anos 50, seus filhos Aldo e Giovanni passaram a integrar a vinícola familiar, até que, por diferenças de estilo, Aldo deixou seu irmão para produzir seu próprio vinho. Giovanni, no entanto, seguia os passos do pai e produzia vinhos dignos do nome que havia se estabelecido. Em 1974, adquiriu a propriedade que hoje é a referência máxima para seus vinhos, Cascina Francia. Hoje é o neto de Giacomo, Roberto Conterno, quem segue com a tradição familiar.
Cascina Francia Barbera d’Alba
Cascina Francia Barolo
RP 94 (07)/ST 92 (07)/GR 2B (06)
GR 3B (04)/RP 95+ (05)/WS 90 (04)
Após a aquisição de Cascina Francia, na década de setenta, a família passou a produzir um Barbera de grande destaque pela riqueza de seus aromas e equilíbrio do vinho.
V.T.E
Castas
100% Barbera
Para se beber em 10 a 30 anos, um Barolo sério, concentrado, de grande intensidade. Um verdadeiro brinde aos conhecedores de Barolo e ao estilo tradicional, que tira grande partido de um envelhecimento adequado na garrafa.
% 2 anos
17º
15%
V.T.M.E
Castas
100% Nebbiolo
% 4 anos
17º
14,5%
Monfortino Barolo Riserva
RP 98 (02) / WS 98 (02) GR 3 Bicch. (02)
barolo - vinho dos reis
Se não bastasse a fama dos Cascina Francia por sua riqueza e complexidade, há mais: Monfortino é, para muitos, a maior expressão do que se pode o ter em Barolo. Produção limitada a pouco mais de 500 caixas, somente em anos de excepcional qualidade.
V.T.M.E
Castas
100% Nebbiolo
A
% 7 anos
17º
s histórias do Barolo e do Estado Italiano se cruzam em vários pontos, a começar por personagens importantes para ambas: Camillo Cavour, um dos principais artífices da unificação do país, foi também responsável por trazer ao piemonte o enólogo francês que faria importantes alterações na forma de elaborar os vinhos, criando um estilo que serviria de base para o que hoje conhecemos e tornando-o um predileto na corte dos Savoia, soberanos italianos.
14%
41
Vêneto Rico em rios e lagos – entre eles o maior da Itália, o Lago di Garda – com planícies fluviais e colinas verdejantes de solos altamente férteis, o Vêneto é uma das mais importantes regiões italianas do ponto de vista histórico – especialmente com relação ao comércio, inclusive de vinhos. Fonte da maior produção vinícola de todo o país e de alguns de seus vinhos mais renomados – como os Prosecco di Valdobbiadene e os Amarone e Recioto da região ao redor de Verona – sofre com a imensa produção de vinhos elaborados com uvas de altíssimo rendimento: os limites legais permitem até 105 hl/ha, enquanto os melhores vinhos são produzidos aí com rendimentos de, no máximo, 40 hl/ha. Conhecidos pelo seu empreendedorismo, os vênetos souberam levar ao conhecimento do mundo os vinhos que hoje são moda em inúmeros países: os leves e refrescantes Pinot Grigio (nome italiano provavelmente mais conhecido que o original francês Pinot Gris) e os Prosecco, nome de uma variedade de uva nativa da região e do vinho espumante produzido com a mesma.
Prosecco di Conegliano Valdobbiadene DOCG Bassano del Grappa
Lago de Garda
Conegliano Valdobbiadene
Prosecco DOC Valpolicella Classico
Piave Treviso
Valpolicella
Verona
Veneza
MAR ADRIÁTICO
Astoria De propriedade de dois irmãos provenientes de uma antiga família de produtores, Astoria produz há 25 anos vinhos típicos do Vêneto, desde os tradicionais espumantes e vinhos de sobremesa até variedades internacionais com tradição de séculos na região. Com posicionamento moderno e longa tradição familiar, os irmãos Polegato buscaram na consultoria de Donato Lanati, um dos mais renomados enólogos da Itália, a orientação para produzir vinhos característicos de sua região e variedade, mas também vinhos que estejam à frente da inovação e com a qualidade que o público exige. “Costa del Sol”, um vinhedo com uma vantajosa exposição solar, produz as uvas para um Prosecco safrado, o Tenuta Val de Brun.
42
Itália/Veneto La Veneziana Spumante
Cuvée Tenuta Val dE Brun Prosecco di Valdobbiadene
Fresco e leve, ideal para os dias de calor, festas e comemorações. Espumante à base de Glera, a uva mundialmente conhecida como Prosecco, produzido no coração da região de Valdobbiadene. A uva Garganega completa o vinho, adicionando volume e enriquecendo seus perfumes.
GR 1B (07) / AIS 3G. (06)
Um Prosecco de alto nível, produzido com uvas muito selecionadas de safras únicas. Cremoso, intenso e equilibrado, é proveniente da região de Conegliano, de uma colina conhecida por “Costa del Sol” por sua ideal exposição solar.
%
Castas
V.E
Garganega Prosecco
-
8º
12%
V.E
Castas
100% Prosecco
% -
Alisia Pinot Grigio delle Venezie
Il Puro Merlot Piave DOC
Uma variação genética da renomada Pinot Noir, Pinot Grigio é uma uva rosada que produz brancos com um toque acobreado e infinitas possibilidades de estilo. Refrescante e leve, com fruta viva e agradável (maçã verde, banana), este é um vinho para qualquer momento.
Nos terrenos aluvionais da planície do rio Piave, a Merlot domina há mais de 200 anos. Trazida de Bordeaux e muito bem adaptada aos solos bastante similares ao de sua origem, produz vinhos sedosos, frutados, de taninos macios e bem formados.
V.B.L
Castas
100% Pinot Grigio
% -
10º
12%
V.T.L
Castas
100% Merlot
-
Ventus Moscato di Sicilia
Tomando nome do sub-solo agiloso típico do Vêneto, em particular das ilhas que conformam Veneza, Caranto é um Pinot fresco, cheio de fruta (morango e framboesas), com taninos leves e boa acidez, que conserva as características da variedade.
Os Polegato selecionam uvas Moscato de colheita tardia longe de casa, na zona de Pantelleria, tradicional produtora de vinhos de sobremesa na Sicília. O resultado é um vinho fresco, saboroso, que equilibra bem os açúcares e sabores de damasco e casca de laranja.
V.T.L
100% Pinot Nero
% -
17º
12%
V.B.S
Castas
100% Moscato
12%
%
Caranto Pinot Nero Pinot Nero delle Venezie
Castas
8º
17º
13,5%
% 7 anos
8º-10º
16%
43
Stefano Accordini Considerados expoentes da qualidade em uma região alagada por vinhos de rendimento elevado, os Accordini se compõem de três gerações de produtores que se concatenam, fazendo evoluir com o passar dos anos a sua produção: os irmãos Daniele (o enólogo) e Tiziano (o administrador) acompanham o pai, Stefano, que ainda cuida dos vinhedos, honrando a tradição familiar que remonta ao início do século passado, quando o avô Gaetano Accordini já produzia os vinhos típicos da região. Encravados em meio à zona clássica de Valpolicella, Recioto e Amarone, os Accordini produzem uma gama completa que reflete o estilo do “vale das muitas adegas” com intensidade, profundidade e riqueza aromática a partir das uvas típicas – Rondinella, Corvina e Corvinona, Molinara – e de técnicas tradicionais, como o ripasso e a passificação das uvas para a produção de vinhos doces e secos. Daniele, diretor técnico da cantina sociale de Pedemonte, tira excelente proveito da minúscula parcela de 4 hectares da família em Negrar, enquanto aguarda o desenvolvimento dos novos vinhedos plantados em Fumane, do outro lado da colina.
Valpolicella Ripasso “Acinatico” Valpolicella Classico Superiore Ripasso
Valpolicella Classico AIS 1 Bicchiere (07) / RP 88 (07) / WS 84 (07)
Um vinho fresco e leve, que reforça o retorno dos tintos de teor alcoólico reduzido e textura delicada capazes de acompanhar as refeições e satisfazer a vontade sem pesar. Frutas maduras em destaque (cereja e framboesa), com acidez viva e taninos leves.
WS 88 (06) / RP 90 (06)
Sério, complexo e saboroso, enriquecido pelo ripasso sobre cascas não prensadas de uvas utilizadas para a produção de Amarone. Volumoso e de taninos marcados, com fruta intensa (cerejas, passas, ameixas) e notas de tabaco e ervas.
V.T.L
Castas
%
Castas
65% Corvina Veronese 30% Rondinella 5% Molinara
-
16º
12,5%
V.T.L.E
20% Rondinella 15% Corvinone 60% Corvina 5% Molinara
% 12 meses
17º
14%
Amarone “Acinatico” Amarone della Valpolicella Classico
WS 92 (05) / RP 90 (05) / AIS 4 G. (06)
amarone
O Amarone dos Accordini é a estrela da casa, produzido com uvas de videiras de baixo rendimento, cuidadosamente secas ao longo de três meses e vinificadas durante um mês inteiro. Os sabores se tornam refinados e complexos.
O
%
Castas
V.T.M.E
44
75% Corvina Veronese 20% Rondinella 5% Molinara
24 meses
18º
16,5%
s potentes Amarone foram considerados “erros de produção” quando os Recioto, vinhos supostamente doces, fermentavam completamente até se tornarem secos. Literalmente, seu nome quer dizer “amargo”, mas seus sabores intensos e complexos - normalmente com um toque adocicado proveniente das uvas secas utilizadas em sua produção - e os taninos muito sedosos fazem dele um vinho sério e longevo.
Friuli
Valpolicella, na Itália, tem esse nome porque:
Encravada na fronteira entre Itália, Áustria e Eslovênia, a região do Friuli tornou-se um verdadeiro caldeirão de culturas ao longo da história, graças às inúmeras influências e diferentes culturas que ali aportaram. É fácil perceber essa riqueza inclusive nos vinhedos, ricos de variedades de uvas e estilos, embora com uma produção focada em brancos frescos e frutados. A produção do Friuli tornou-se notável a partir da década de setenta, após uma revolução na produção local e um alto elevamento da qualidade de seus vinhos, com uma tendência a migrar das uvas autóctones às internacionais. De fato, apesar de Friulano – a antiga Tocai Friulano – ser a variedade mais plantada e utilizada para os leves vinhos servidos nas casas e restaurantes da regiãos, Sauvignon Blanc, Chardonnay e outras prevalecem em maioria sobre as típicas Ribolla, Refosco e Verduzzo, mas estas já começam a figurar entre as prediletas dos grandes produtores, em busca de um retorno às raízes.
a. É um baixio (vale) com muitas (poli) adegas (cella); b. É um antigo nome longobardo, povo bárbaro que ali viveu; c. Foi dominada por um nobre cujo sobrenome era Policella.
Gravner Um verdadeiro camponês, com olhos, mãos, e mente voltados aos ciclos da natureza, Josko Gravner é austero, de voz grave e profunda, como os vinhos que produz. Herdou de seu pai o amor pela terra que o circunda e infinitas lições sobre o cultivo, que recorda ter desafiado em juventude com seu espírito contestador. Foi e é um experimentador, utilizando as técnicas mais modernas no passado – tanques de aço, controle de temperatura, pioneirismo em fermentação malo-lática – e dedicando-se às variedades da moda, quando descobriu Chardonnay e Sauvignon Blanc e deixou de lado a preferida de seu pai, Ribolla. Hoje, após questionar-se sobre as tendências e novidades que “perdem o valor a cada cinco anos”, voltou-se por completo às tradições mais antigas, vinificando as uvas regionais em ânforas de barro, com longas macerações para os brancos e o mínimo de adição de sulfitos, como os antigos romanos. Seus brancos são raros, únicos, com boa dose de taninos e uma infinidade de aromas e texturas.
Ribolla Venezia Giulia IGT
Breg Venezia Giulia IGT
Para Josko, aqui está o futuro e o passado de seus vinhos, como seu pai já havia tentado ensinar-lhe anteriormente: a Ribolla é a grande uva branca da região e a origem dos vinhos mais profundos. Minerais e estruturados, de taninos firmes, acidez viva e um amarelo escuro e brilhante, são a marca de Gravner.
Uma combinação de variedades brancas comuns na região, Breg é denso e de taninos finos, muito aromático com seus perfumes de laranja, damascos, ervas de cozinha e especiarias. Talvez a melhor introdução ao estilo único de Josko, graças aos sabores e perfumes mais acessíveis e a textura macia, convidativa.
WS 92 (00)/ RP 90 (02)/ GR 3B (04)
V.B.E
Castas
Ribolla Gialla
WS 92 (00)/ RP 92 (02)/ GR 3B (00)
Castas
% 2-4 anos
14º
12%
V.B.E
Sauvignon Blanc Riesling Itálico Chardonnay Pinot Grigio
% 2-4 ANOS
14º
12%
45
Abruzzo Quinto maior produtor da Itália, o Abruzzo é uma região de contrastes: possui clima e topografia muito propícios e uma das uvas autóctones de maior qualidade e importância da Itália, mas sua legislação é uma das mais permissivas e genéricas do país, fazendo com que as colheitas sejam grandes e dificultando a busca do consumidor pelos vinhos mais característicos e de qualidade. A região é frequentemente colocada em meio às polêmicas sobre as adulterações dos famosos vinhos do centro-norte italiano, já que seus vinhos, de grande intensidade de cor, taninos robustos e maduros e com boa fruta, são uma escolha óbvia para corrigir outros, mais magros e acídulos. Por outro lado, produtores conscienciosos obtêm alguns dos melhores custos-benefício do país: o Abruzzo é o lar dos melhores Montepulciano da Itália, graças às temperaturas mornas e às montanhas, entre as quais se localizam os melhores vinhedos. São vinhos fáceis de beber, perfumados e atraentes, ideais para quem quer começar a migrar dos vinhos do Novo Mundo para os característicos vinhos italianos.
Trebbiano d’ Abruzzo
Montepulciano d’Abruzzo Colline Teramane L’Aquila
Montepulciano d’Abruzzo
MAR ADRIÁTICO Pescara
Popoli
Valle Reale Uma família inteira dedicada ao cuidado com os produtos da terra – desde o tabaco de Giovanni Pizzolo na década de 50, passando pelo gado de seus filhos, às trutas de seus netos – descobriu uma vertente enológica através de Giorgio Pizzolo e seu filho Leonardo, que abandonou a Economia para se dedicar às videiras familiares. Aproveitando um velho vinhedo em uma antiga propriedade da família nas montanhas entre dois imensos parques de reserva natural do Abruzzo, pai e filho buscaram especialistas em enologia e viticultura para auxiliá-los a aproveitar ao máximo as condições especialmente boas para as videiras da região de Popoli – onde, supõe-se, surgiram os primeiros exemplares de Montepulciano – e do calor da zona de Capestrano, de onde obtêm um Trebbiano de raro frescor e aromas vivazes.
46
Itália/Abruzzo/Friuli Vigne Nuove Trebbiano Trebbiano d’Abruzzo GR 2B (07) / AIS 2G. (06)
RP 89 (07)/ GR 2B (07)/ AIS 3G. (06)
Originário de uvas de uma área extremamente quente, refrescada pelos ventos vindos de um grande maciço rochoso, este Trebbiano muito aromático tem perfumes cítricos e de flor de laranjeira, com nuances de pimentas brancas e agradável maciez na boca.
V.B.L
Castas
100% Trebbiano
% -
10º
13%
V.R
Castas
100% Montepulciano
-
RP 88 (06)/GR 1B (07)/AIS 3G. (06)
RP 88 (05)/GR 3B (06)/AIS 4G. (05)
A linha “Vigne Nuove” (vinhas novas) é toda produzida com uvas provenientes dos vinhedos mais recentes da propriedade. É um vinho jovem e fresco, com toda a vivacidade da fruta presente, bom para qualquer momento como vinho do dia a dia.
Os vinhedos mais antigos da vinícola produzem este Montepulciano de muita concentração: cor rubi bastante escura e aromas de frutos negros e notas balsâmicas unidos a taninos doces e uma acidez fresca convidam a uma nova taça e a uma boa refeição.
% -
17º
13,8%
Castas
V.T.L.E 100% Montepulciano
c. Para harmonizar com ostras e outros frutos do mar.
%
Valle Reale Montepulciano d’Abruzzo
V.T.L 100% Montepulciano
b. Na produção de alguns vinhos oxidados por tradição;
Produzido a partir das uvas Montepulciano, este rosé é um vinho de excelente relação qualidade-preço. Considerado por Parker “atipicamente rico” nos aromas de morangos e ervas de cozinha, é excelente companhia para atum e saladas com carne vermelha.
Vigne Nuove Montepulciano d’Abruzzo
Castas
Em que caso a oxidação dos vinhos é desejada ? a. Quando queremos que envelheçam mais antes do tempo;
Vigne Nuove Cerasuolo Montepulciano d’Abruzzo Cerasuolo
10º
13%
% -
17º
13,8%
San Calisto Montepulciano d’Abruzzo RP 90 (04) / GR 3B (05) / AIS 5G. (05)
dois montepulcianos
Entre os vinhedos plantados a cerca de 1000 metros de altitude algumas vinhas se destacam pela idade avançada – cerca de 38 anos – e a concentração de seus frutos. A partir destas se produz um Montepulciano de exceção, em que o micro-clima de altitude se revela em aromas complexos e limpos e textura aveludada.
V.T.E
Castas
100% Montepulciano 16 meses
A
% 18º
tenção! Não confundir Montepulciano d’Abruzzo (uma denominação para o vinho feito com a uva Montepulciano na região do Abruzzo) com Vino Nobile di Montepulciano (outra denominação, para os vinhos feitos na cidade de Montepulciano, na Toscana, com a uva Sangiovese). Embora historicamente possa haver alguma ligação entre eles, na prática os vinhos são completamente diferentes. Experimente e comprove você mesmo.
14,5%
47
Toscana Terra idílica, com suas paisagens imortalizadas por Dante Alighieri, a Toscana abriga em meio à paisagem bucólica centenas de pequenas cidades com trattorie familiares e negócios de agriturismo. A região, provavelmente a mais conhecida da Itália vinícola por seus Chianti de fama mundial e pelos mais recentes “Super Toscanos”, é um convite ao deleite dos olhos e do paladar. Entre os vinhos da costa, potentes e concentrados, à base de uvas internacionais, e os tradicionais Brunello di Montacino e Nobile di Montepulciano, elegantes “puro-sangue” de Sangiovese, passando pelo branco mais famoso do país, Vernaccia di San Gimignano, a Toscana oferece uma infinita gama de estilos, preços e níveis de qualidade, além de muita história e comida simples, mas deliciosa para quem queira visitá-la.
MAR DA LIGÚRIA
Firenze
Pisa Chianti Siena Montepulciano Montalcino
Mar Tirreno
Poggio Scalette Poggio Scalette nasce da iniciativa de uma das maiores figuras da enologia italiana: Vittorio Fiore, pioneiro consultor de enologia no país, responsável por saltos de qualidade em inúmeras vinícolas do país. Em 1991, Fiore e a mulher adquirem uma propriedade em Greve in Chanti, plantada com um raro clone de Sangiovese e videiras que hoje têm mais de 70 anos. Sob a tutela de sua mulher e seu filho Jurij, seu vinho “Il Carbonaione” se tornou objeto de culto para apreciadores em todo o mundo. 48
Il Carbonaione Alta Valle della Greve
WS 97 (07)/RP 94 (07)/JR (04)
A partir de videiras antigas, de mais de 70 anos, de um clone esquecido de Sangiovese, os Fiore produzem “Il Carbonaione”, um ícone da Toscana. Estruturado e elegante, muito aromático (frutas, especiarias e notas florais), para escoltar Bistecca alla Fiorentina ou guardar por anos e observar uma bela evolução.
V.T.E
Castas
100% Sangiovese
% 14 MESES
18º
13,5%
Itália/Toscana Tenuta Valdipiatta
Trefonti IGT Toscana
RP 90 (99) / ST 91 (97)
Localizada sobre as colinas de Montepulciano, no coração da zona de produção do Vino Nobile, a Tenuta Valdipiatta foi construída no início dos anos 70 e restaurada no fim dos 80 por Giulio Caporali, um romano apaixonado pela Toscana de seus antepassados que transmitiu seu amor pelas riquezas locais a sua filha Miriam, quem hoje é responsável pelos cuidadosos trabalhos feitos na vinícola. Uma parceria com a Universidade de Bordeaux contribui para a produção de vinhos elegantes e refinados.
Uma bela surpresa, este IGT combina Cabernet, Sangiovese e Canaiolo para fazer um vinho intenso e complexo, com bela evolução na garrafa. Seus perfumes são ricos, com muitas nuances – cerejas frescas, carne, folhas secas - e os taninos macios, bem estruturados. Excelente para pratos de carne, aves e massas.
%
Castas
40% Cabernet Sauvignon 40% Sangiovese V.T.E 20% Canaiolo
18 meses
Rosso di Montepulciano
Miriam conta como a família esperou ansiosamente para poder produzir Chianti até conseguir um lote de vinhas que finalmente consideraram adequadas à produção de um Valdipiatta da famosa denominação. O vinho surpreende pela qualidade, equilíbrio e por como vem se desenvolvendo belamente.
RP 86 (01) / GR 1B (04)
V.T.L.E
Castas
%
Castas
90% Prugnolo Gentile (Sangiovese) 10% Canaiolo Nero
6 meses
16º
13%
V.T.L.E
80% Prugnolo Gentile (Sangiovese) 15% Canaiolo Nero 5% Mammolo
% 3 meses
Vino Nobile di Montepulciano
Vigna d’Alfiero Vino Nobile di Montepulciano
A Montepulciano medieval era uma cidade de nobres, um raro lugar em que a classe privilegiada vivia em meio a seus vinhedos. Seus vinhos, portanto, são “nobres” não somente por sua qualidade, mas também por sua história. Refinado, intenso e persistente, o Nobile Valdipiatta mostra fruta, couro e especiarias.
RP 92 (01) / GR 2B (04) / AIS 4G. (04)
18 meses
18º
14%
17º
14%
Produzido exclusivamente com Sangiovese da melhor parcela da Tenuta, plantada no início da década de 70 e restaurada ao longo dos anos 90. Vinho longo, complexo e profundo, capaz de envelhecer por muitos anos.
%
Castas
V.T.E
375 ml
1500 ml
RP 91 (01)/GR 2B (04)/AIS 4G. (04)
85% Prugnolo Gentile (Sangiovese) 15% Canaiolo Nero
14%
Uma versão mais simples do Nobile, mais acessível e muito agradável, produzida com os vinhos das videiras mais jovens, que ainda não possuem a profundidade e complexidade das mais antigas. Macio, frutado e com um toque de madeira, é leve e fresco, ideal para acompanhar as refeições.
375 ml
1500 ml
Tosca Chianti Colli Senesi
18º
%
Castas
V.T.E
100% Prugnolo Gentile (Sangiovese)
18 meses
18º
14%
49
Itália/Toscana Sangervasio Próximo à famosa cidade de Pisa ergue-se Sangervasio, um pequeno burgo medieval que abriga as instalações da vinícola da família Tommasini. Com a consultoria do renomado Luca d’Attoma, adepto da biodinâmica e do cultivo orgânico, Luca Tommasini e o enólogo Matteo Colletti utilizam uvas de vinhedos de alta densidade, que jamais viram agrotóxicos, baseados em solos com rico conteúdo calcário, para fazer vinhos fermentados naturalmente. Variedades internacionais, já tradicionais na produção de vinhos da costa Toscana, se unem a outras típicas da região e às leveduras selvagens, que transferem ao vinho um caráter único e marcado pelo local de onde provêm, salientando sua mineralidade e dotando-o de ricos perfumes.
Silice bianco IGT Toscana
silice rosso IGT Toscana
WS 88 (05) / GR 2B (05)
WS 88 (01) / D 3
Um “mini” Super-Toscano, Sangervasio combina a fruta, estrutura e a acidez da Sangiovese aos perfumes doces e taninos macios da Merlot e a riqueza e potência das Cabernet. Produzido a partir de videiras de baixo rendimento, é macio e frutado, com notas minerais e excelente equilíbrio.
É o carro-chefe da vinícola: as melhores uvas, produzidas em vinhedos de grande densidade e selecionadas com muito rigor, fazem um vinho intenso, saboroso e especiado. A produção reduzida, cerca de 900 caixas anuais, é um sinal da dedicação dos Tommasini à qualidade.
-
8º-10º 12,5%
V.T.L
-
Sangervasio Rosso IGT Toscana
A Sirio IGT Toscana
WS 88 (05) / GR 2B (05)
WS 88 (01) / D 3
Um “mini” Super-Toscano, Sangervasio combina a fruta, estrutura e a acidez da Sangiovese aos perfumes doces e taninos macios da Merlot e a riqueza e potência das Cabernet. Produzido a partir de videiras de baixo rendimento, é macio e frutado, com notas minerais e excelente equilíbrio.
É o carro-chefe da vinícola: as melhores uvas, produzidas em vinhedos de grande densidade e selecionadas com muito rigor, fazem um vinho intenso, saboroso e especiado. A produção reduzida, cerca de 900 caixas anuais, é um sinal da dedicação dos Tommasini à qualidade.
Castas
10% Cabernet Sauvignon e Franc 70% Sangiovese 20% Merlot V.T.E
50
%
Castas
85% Sangiovese 15% Colorino
% 4 meses
18º
12,5%
16º
13%
(00)
%
Castas
5% Cabernet Sauvignon V.T.M.E 95% Sangiovese
14 meses
18º
12,5%
375 ml
100% Trebbiano
%
1500 ml
V.B.L
Castas
(00)
Itália/Toscana altesino A tradição vinícola da Itália é tão grande e suas regiões tradicionais renomadas há tanto tempo, que nomes como Brunello di Montalcino, que instigam apreciadores em todo o mundo, nos parecem estar por aí desde sempre. A verdade é que os vinhos da região foram praticamente inventados no final do século XIX e somente ganharam fama e reputação mundial a partir das décadas de 70 e 80, quando críticos internacionais decidiram “adotar” os estruturados e concentrados Brunello, uma variação regional da Sangiovese. Altesino faz parte dessa história: fundada em 1972 por um milanês apaixonado por vinho, a vinícola sempre esteve à vanguarda da produção regional, em especial pelas mãos de Claudio Basla, responsável entre outros pela introdução de barricas francesas na região e pelo primeiro vinho de “Cru”, o renomado Montosoli. Com a consultoria de renomados enólogos italianos, Claudio e Guido Orzalesi, seu braço direito que vem cada vez mais assumindo a direção da vinícola, transformaram Altesino em uma referência italiana, com vinhos ao mesmo tempo estruturados e elegantes, de grande longevidade.
Rosso di Montalcino
Rosso di Altesino Rosso IGT
AIS 4 Grappoli (08) / RP 88 (09)
WS 89 (07) / RP 90 (04)
A versão “jovem” oficial da denominação Montalcino, produzida a partir de plantas mais jovens e vinhos mais leves, com foco na fruta e com menor amadurecimento.
Altesino foi um dos primeiros produtores de Montalcino a produzir um vinho com variedades internacionais e caráter jovem, mais acessível em estilo e no preço.
%
Castas
V.T.L.E
Sangiovese Merlot Cabernet
3 meses
17º
13,5%
V.T.L.E
Castas
100% Sangiovese
% 7 meses
Brunello di Montalcino
Montosoli Brunello di Montalcino
WS 90 (06) / RP 90 (06) AIS 4 Grappoli (05)
WS 93 (06) / RP 92 + (06) AIS 4 Grappoli (05)
O Brunello de Altesino é um vinho que impressiona pela combinação de elegância e concentração, para beber já ou guardar na adega.
A grande estrela da casa, proveniente de um vinhedo excepcional, é considerado por muitos o melhor Brunello di Montalcino em absoluto. Um ícone da Toscana.
V.T.E
Castas
100% Sangiovese
% 24 meses
18º
14%
V.T.E
Castas
100% Sangiovese 28-30 meses
17º
13,5%
% 18º
14%
51
Portugal
Vinho Verde Douro Dão ESPANHA
OCEANO ATLÂNTICO Alentejo LISBOA MADEIRA
C
om uma cultura enológica profundamente arraigada, Portugal foi um dos países que mais se beneficiou com a entrada na União Europeia quando se trata da produção de vinhos. Após décadas de políticas monopolistas do governo de ditadura, capazes de derrubar drasticamente a qualidade da produção e calar iniciativas de pesquisa e produção dos produtores, grandes somas de capital europeu, assim como apoio tecnológico e estritas regras de produção de qualidade, despertaram um país adormecido pelo isolamento político e cultural. Com uma imensa quantidade de uvas autóctones (os “patrícios” disputam com os italianos o título de donos da maior variedade de uvas “exclusivas”), Portugal produz vinho em praticamente toda a sua extensão, oferecendo uma amplíssima gama de opções para o público, que vão de brancos leves a tintos encorpados, dos clássicos vinhos do Porto aos rosés adocicados, de estilos tradicionais aos modernos e dos resquícios de rusticidade a extremos de refinamento e elegância.
Douro De calor escaldante e terras íngremes e ressecadas, uma mistura das suaves e largas curvas naturais do vale do rio Douro com as arestas e linhas retas dos terraços e patamares, lenta e trabalhosamente esculpidos pelo homem para abrigar os vinhedos, a região toma nome do rio nascido na Espanha – o famoso Duero da Ribera Del Duero – e é uma das mais antigas áreas de produção demarcadas do mundo: a primeira a possuir regras específicas de cultivo e produção além da demarcação territorial, que hoje praticamente coincide com a área coberta pelos solos de xisto característicos dali. Os vinhos do Porto e o mais importante vinho português, o Barca Velha, responsáveis pela melhor parte da fama da enologia nacional, são originários de seus vinhedos.
52
Portugal/Douro Casa Ferreirinha A histórica vinícola duriense possui como nome o apelido de sua mais notável proprietária e administradora, D. Antónia Adelaide Ferreira, herdeira de terras que, com excepcional presença de espírito e um pouco de sorte, conseguiu multiplicar o patrimônio da família e contribuir para a produção vitivinícola do Douro. Um de seus mais importantes feitos foi o de adquirir um grande lote de vinhos a preços baixíssimos devidos à superprodução logo antes do período de extrema escassez causado pela praga da filoxera. A senhora pôde negociar então de maneira excepcional com os ávidos compradores ingleses e aumentar em muito o patrimônio da família, reinvestindo grande parte do dinheiro no replantio das videiras e também na construção de quilômetros de estradas, linhas de trem e na reforma de hospitais e escolas. É também nas adegas da Ferreirinha e pelas mãos de Luís Sottomayor, enólogo-chefe e atual responsável pela produção do Barca Velha, que são produzidos os Callabriga Douro, os vinhos durienses da já renomada “coleção” de vinhos regionais da Sogrape.
Vinha Grande branco
Vinha Grande
Outra importante novidade no Brasil, a versão branca de um clássico da Casa Ferreirinha. Com a fermentação e rápido estágio em madeira, o vinho de uvas típicas do Douro ganha grande riqueza de aromas, com destaque para frutas amarelas, flores e notas de baunilha.
Vinho de rara elegância, é produzido com uma seleção de uvas de diferentes propriedades da Casa Ferreirinha. Um dos melhores custos-benefício “Reserva” do Douro e grande sucesso de vendas da Zahil.
Douro
10º-12º
13%
V.T.L.E
Esteva Douro
% 12 meses
No Alto Douro, quase na fronteira com a Espanha, a Quinta da Leda reina absoluta. Lá se produzem as melhores uvas de Portugal e, a partir dos mesmos vinhedos que fornecem uvas para o Barca Velha, se elabora este vinho aveludado, de grande concentração e riqueza aromática.
375 ml
Vinho básico da Casa que é um ícone em Portugal, o Esteva traz para a mesa do dia a dia o padrão de qualidade e excelência dos produtores do Barca Velha. Produzido com castas tradicionais do Douro, é um vinho jovem, rico em aromas de frutas com toques florais. Segundo Robert Parker, “mostra boa profundidade para sua faixa de preço”.
1500 ml
WS 93 (03) / RP 92 (03) / JR 16 (03)
Castas
%
Castas
V.T.L
17º
13%
Quinta da Leda Douro
WS 86 (01) / RP 85 (01)
Touriga Franca Tinta Barroca Tinta Roriz
375 ml
3 meses
375 ml
V.B.C.M
Touriga Nacional Touriga Franca Tinta Barroca Tinta Roriz
1500 ml
Gouveio Códega Viosinho
Castas
%
Castas
1500 ml
WS 88 (02)/ RP 86 (01)/ WE 88 (02)
Douro
-
16º
12,5%
V.T.E
Touriga Nacional Touriga Franca Tinta Barroca Tinta Roriz
% 12 meses
17º
13,5%
53
Portugal/Douro Reserva Ferreirinha Douro
Barca Velha Douro
Em alguns anos, a alta qualidade dos vinhos faz com que Sottomayor pense ter nas mãos um Barca Velha. No entanto, com o desenvolvimento do vinho, ele percebe ter algo excepcional mas diferente. Aí nasce o Reserva Especial, que até hoje teve somente 13 safras.
Um ícone em Portugal, o Barca Velha está apenas em sua 16ª safra em mais de 50 anos. “Vinho de autor”, é refletido cuidadosamente ao longo dos anos até que prove ter qualidade suficiente para receber o nome. Refinado, saboroso e elegante, merece decantação de 2 a 3 horas antes da prova.
V.T.E
Castas
% 12 meses
17º
13%
V.T.E
Touriga Nacional Touriga Franca Tinta Roriz 12-18 meses Tinto Cão
% 18º
13,5%
Dão Três pequenas cadeias montanhosas isolam a região do Dão, ao sul do Douro, da influência atlântica. De clima seco e longos períodos de calor, é fonte de alguns dos vinhos mais impactantes e da mais alta qualidade no país, agora que a região se recuperou com grande sucesso da influência da ditadura. Durante décadas de monopólio governamental, o Dão teve sua vinicultura estagnada pela produção uniformizada, em que todas as uvas produzidas eram obrigatoriamente vendidas à cooperativa local. Somente no final da década de 80, por iniciativa da Quinta dos Carvalhais, foi retomada a produção de qualidade, com intensivas pesquisas com as variedades típicas. Em particular a Touriga Nacional, uva de difícil cultivo e baixo rendimento, ganhou outras dimensões nas mãos da Quinta, que obteve um clone de boa produtividade e grande qualidade.
Quinta dos Carvalhais Num terreno de cerca de 100 hectares, uma adega de altíssima tecnologia manipula até 6 milhões de litros de vinho por safra, uma quantidade assombrosa, em especial pela alta qualidade dos vinhos resultantes. As uvas próprias, de parcelas selecionadas em seus vinhedos, são destinadas aos grandes vinhos da Quinta, enquanto que o patrocínio e suporte técnico da Sogrape aos pequenos produtores ao seu redor permite o volume adequado de uvas de qualidade para os vinhos mais baratos. A área de recepção das uvas é um exemplo deste nível de tecnologia e excelência na qualidade: balanças computadorizadas recebem as uvas que os produtores trazem em contêineres da própria Sogrape e um computador colhe amostras de uvas para testar o nível de maturação, ao mesmo tempo em que um especialista avalia pessoalmente as amostras. Desde os vinhos mais básicos até rótulos excepcionais como o Único, o cuidado na vinificação se mostra em sua potência, elegância e riqueza aromática.
54
375 ml
375 ml
1500 ml
Castas
Touriga Nacional Touriga Franca Tinta Roriz Tinto Cão
1500 ml
WS 93 (99) / RP 94 (99) / JR 16,5 (99)
WS 91 (96) / RP 89 (06)
Portugal/Dão Duque de Viseu Branco Dão
Duque de Viseu Tinto Dão D3
WS 85 (05)
Castas
V.B.L
10º
13%
b. Em que medida o vinho se encaixa nos critérios de qualidade de um crítico em particular; c. Que o vinho foi provado às cegas e avaliado imparcialmente por uma equipe de especialistas.
Castas
% -
(01) / JR 15 (00)
A versão tinta do Duque de Viseu também reserva boas surpresas: é um vinho de profundidade, com uma certa complexidade que ultrapassa os aromas iniciais. É um vinho que pode ser tomado com maior atenção, algum tempo depois da garrafa ter sido aberta.
Boa surpresa, tratando-se de um vinho branco de baixo custo proveniente de uma região com uma produção de 80% de vinhos tintos. Majoritariamente feito com Bical e Encruzado, é fresco, com aromas agradavelmente “temperados” (cítrico e de frutas brancas com notas minerais e de ervas). Malvasia Fina Encruzado Cercial Bical
A pontuação dos vinhos indica: a. O nível de sua qualidade técnica, comprovada em laboratório e atestada por um especialista;
V.T.L.E
Touriga Nacional Alfrocheiro Tinta Roriz Jaen
% 12 meses
17º
Quinta dos Carvalhais Colheita Dão
Quinta dos Carvalhais Touriga Nacional Dão
É um vinho complexo, que pode ser bebido agora ou ser guardado para que se desenvolva ainda por muitos anos. Os aromas de frutas, de violetas, de especiarias se sucedem gole após gole, cativando o apreciador. Taninos ainda novos, mas já redondos e macios. Excelente compra.
A uva que se tornou um símbolo de Portugal produz vinhos concentrados e tânicos, de boa acidez e ótimo potencial de envelhecimento. Muito perfumado, este vinho precisa de horas de decantação para se abrir, mas mostra frutas, flores e especiarias em profusão.
WS 87 (00) / ST 88+ (96)
%
Castas
V.T.E
Touriga Nacional Alfrocheiro Tinta Roriz
12 meses
17º
13%
V.T.E
Castas
100% Touriga Nacional
% 12 meses
18º
Quinta dos Carvalhais RESERVA Dão
Quinta dos Carvalhais ÚNICO Dão
O Reserva é um vinho especial, produzido somente nas melhores colheitas do Dão, unindo as uvas das melhores parcelas da Quinta dos Carvalhais. À base de Touriga Nacional, estruturado, de taninos angulosos e muito floral, é enriquecido com a fruta viva da Tinta Roriz e a acidez viva da Alfrocheiro.
Fruto de uma safra particularmente pouco chuvosa (a mais seca jamais registrada), o primeiro “Único” é um verdadeiro acontecimento que faz jus ao nome. Ao contrário do habitual na vinícola e na região, é produzido com uma única variedade de uva, proveniente de uma única parcela, a “vinha da Anta”.
%
Castas
V.T.E
60% Touriga Nacional 15% Alfrocheiro 8-12 25% Tinta Roriz
meses
12,5%
18º
12,5%
V.T.E
Castas
100% Touriga Nacional
12,5%
% 12 meses
17º
15%
55
Alentejo Região quente, seca e pouco populosa, com amplos campos cultivados que contrastam com as retalhadas parcelas das regiões vinícolas do norte do país pode ser chamada de “celeiro de Portugal”, graças à sua intensa e histórica produção de grãos. Com a paisagem marcada pelos sobreiros, os primos dos carvalhos cujas cascas cortadas são a fonte da maior parte da cortiça utilizada no mundo, o Alentejo teve sua produção vinícola relegada a segundo plano durante décadas, devido à influência da ditadura. A grande virada começou a acontecer nos primeiros anos da década de 90, quando os incentivos trazidos pela entrada de Portugal na União Europeia transformaram as antigas estruturas e as técnicas e equipamentos rústicos e ultrapassados em um exemplo de aplicação das tecnologias mais modernas.
Herdade do Peso Após quase dez anos vinificando um único vinho em parceria com a Herdade do Peso, na década de 90, a Sogrape decide investir pesado no Alentejo e adquirir a propriedade. Com o sucesso prévio do Vinha do Monte e acompanhando as tendências e o rápido progresso da região, o projeto de uma estrutura de vinificação moderna e de grande capacidade é colocado em prática, criando uma das mais modernas estruturas do grupo, localizada no Baixo Alentejo, na principal das oito sub-regiões vinícolas oficiais, a Vidigueira. Sob a batuta do enólogo Miguel Pessanha, uma ampla linha de vinhos é produzida utilizando as uvas típicas da região, com enfoque nas variedades que usufruem melhor do clima quente e seco dali: Aragonês (a mesma Tinta Roriz das regiões do Norte), Alfrocheiro e a Trincadeira.
Vinha do Monte Alentejo
Herdade do Peso Colheita Alentejo
Um corte das uvas mais utilizadas no Alentejo faz um vinho bastante característico da região, com cor intensa e arroxeada, taninos marcados e acidez viva. Foi o Vinha do Monte que, antes mesmo da aquisição da Herdade do Peso, trouxe reconhecimento à produção da Sogrape no Alentejo.
A mistura das uvas Aragonês e Alfrocheiro produz um vinho intenso, com aromas de frutos negros maduros e toques de café, chocolate e especiarias picantes. Vinho de grande persistência, ainda vai evoluir com tempo na garrafa.
Castas
V.T.L.E
56
Alicante Bouchet Trincadeira Alfrocheiro Aragonês
375 ml
1500 ml
ST 87 (03)
% -
16º
14%
%
Castas
V.T.E
30% Alfrocheiro 70% Aragonês
10 meses
18º
14%
Portugal/Alentejo Herdade do Peso Reserva Alentejo
Herdade do Peso Ícone Alentejo
O grande vinho da Herdade do Peso, produzido com os melhores lotes selecionados através de exaustivas degustações das barricas. O vinho é afinado na adega, engarrafado, por 12 meses antes de ser colocado à venda. Ricamente perfumado, une as frutas maduras bem vivas às especiarias.
A novidade da Herdade do Peso é o seu “Ícone”, produzido com lotes selecionados pela perfeição das uvas a partir do vinhedo da propriedade. A grande porcentagem de Alicante Bouschet se reflete nos aromas de frutas negras e nas notas mentoladas.
%
Castas
V.T.M.E
20% Alfrocheiro 80% Aragonês
12 meses
18º
14%
%
Castas
V.T.E
Alicante Bouschet Alfrocheiro Aragonês
18 meses
10º-12º 14,5%
Vinho Verde Localizada no extremo norte do país, entre os rios Douro e Minho, a região do Vinho Verde padece de um altíssimo nível de pluviosidade, com acúmulos de até 2000 mm anuais nas áreas mais chuvosas. As uvas são frequentemente plantadas de maneira a obter a melhor aeração, ou seja, em altas estacas ou em parreiral, de modo a evitar os fungos e doenças causados pela umidade excessiva. O “Verde” em seu nome pode estar relacionado à exuberante vegetação da região, ao frescor dos vinhos, para serem bebidos ainda “verdes”, ou, mais provavelmente, à sensação de verdor que a alta acidez característica pode causar e não, como muitos pensam, à falta de maturidade das suas uvas. Com exceção dos Alvarinhos de Monção, os refrescantes vinhos feitos à base de Loureiro, Pedernã e Treixadura não podem, por lei, exceder os 11,5% de teor alcoólico.
Quinta de Azevedo Vinho Verde
Morgadio da Torre Alvarinho Monção - Vinho Verde
JR 16,5 (07)
WS 85 (06)
Loureiro e Pedernã, as castas mais típicas do Vinho Verde, são utilizadas para produzir este vinho fresco, com intensos aromas florais e de pêssegos e de bela cor amarelo palha, com reflexos esverdeados. Sua acidez marcante é característica da região e faz do vinho excelente companhia para peixes e frutos do mar.
No extremo norte da região dos Vinhos Verdes, na sub-região de Monção, surgiu um dos primeiros vinhos varietais portugueses, o Alvarinho. A casca grossa da uva permite que ela resista à alta umidade dali e produza vinhos mais alcoólicos e intensos, que podem inclusive envelhecer na garrafa.
%
Castas
V.B.L
70% Loureiro 30% Pedernã
-
10º
12%
V.B.C.M
Castas
100% Alvarinho 14 -18 meses
% 10º
13%
57
Portugal/Douro Sogrape Vinhos
Produzido com uvas tradicionais do Douro, o Vila Régia é um delicioso vinho que surpreende por sua relação custo-benefício. Seus aromas são agradavelmente frutados, sem excesso, com toques florais e herbáceos. Na boca é redondo e macio, com bom frescor e no conjunto é um vinho agradável para qualquer momento.
Castas
V.B.L
Malvasia Fina Rabigato Viosinho Gouveio Códega
Castas
% -
10º
12%
V.T.L
Touriga Nacional Touriga Franca Tinta Barroca Tinta Roriz
% -
16º
13,5%
Planalto WS 86 (04)
Uma seleção apurada das uvas brancas típicas do Douro resulta neste reserva que é uma referência em Portugal. O vinho é fresco, estruturado e rico em perfumes de frutas com notas florais. Excelente para acompanhar pescados!
Callabriga
A
Castas
V.B.C.M
58
Malvasia Fina Viosionho Gouveio Códega
% -
10º
12,5%
linha Callabriga surgiu para apresentar ao mercado a nova cara do vinho português. São vinhos das três principais regiões vinícolas do país – Douro, Dão e Alentejo, produzidos nas adegas da Sogrape por seus enólogos responsáveis por cada uma dessas regiões, que têm como base sua uva mais difundida, a Tinta Roriz (ou Aragonês, ao sul) e, em cada região, recebe adição de uvas típicas do lugar.
375 ml
Utilizam-se na produção do Vila Régia as uvas Malvasia Fina (variedade de uma das mais antigas uvas cultivadas de que se tem notícia), Viosinho, Gouveio, Códega e Rabigato. Um branco leve e fresco, com aromas florais e cítricos, excelente aperitivo e bom companheiro de peixes delicados e saladas.
375 ml
Vila Régia Tinto Douro
1500 ml
Vila Régia Branco Douro
1500 ml
Antigamente “Sociedade Comercial dos Grandes Vinhos de Mesa de Portugal”, a SOGRAPE foi a vinícola criadora de um dos maiores sucessos comerciais do mundo do vinho, o Mateus Rosé. Fundada em 1942 e, por muito tempo, baseada na produção e venda daquele vinho, reestruturou-se com sucesso a partir dos anos 80 e investiu em uma multiplicidade de regiões e tipos de vinhos, produzindo em quase todas as regiões de porte de Portugal e ainda na Espanha, na Argentina e Nova Zelândia. É o maior grupo vitivinícola português e um dos maiores do mundo e, ainda assim, mantém a estrutura administrativa familiar e as adegas que compõem o grupo atuam individualmente, conservando suas características e produzindo vinhos autênticos e afins com suas regiões e tradições.
Portugal/Douro-Dão-Alentejo Callabriga Douro Douro
Callabriga Douro Reserva Douro
WS 89 (05)/ RP 85 (05)/ JR 15,5 (05)
WS 91 (04) / JR 16,5 (05)
Com toques de ameixa, chocolate e cravo, o Callabriga Douro é aveludado e com taninos muito agradáveis, honrando o nome de sua região de origem, terra dos mais tradicionais vinhos portugueses. Elaborado por Luis Sottomayor na Casa Ferreirinha, faz uso de uvas de vinhedos históricos.
Frutas negras e vermelhas, com toques balsâmicos, de baunilha e de especiarias das barricas de carvalho francês em que o Reserva passou um ano, compõem um vinho agradavelmente macio e de boa acidez.
%
Castas
V.T.E
Touriga Nacional Touriga Franca Tinta Roriz
12 meses
17º
13,5%
%
Castas
V.T.E
Touriga Nacional Touriga Franca Tinta Roriz
12 meses
Callabriga Dão Dão WS 90 (05) / JR 15 (04)
Callabriga Dão Reserva Dão
Preenchido com aromas de frutas vermelhas, ervas e especiarias, Callabriga Dão é produzido por Manuel Vieira, na Quinta dos Carvalhais. De volume agradável na boca e fresca acidez, é muito elegante e característico dos vinhos do Dão.
Um ano de afinamento em garrafa nas caves da Sogrape e taninos de excelente estrutura dão uma textura particularmente agradável à versão de reserva do vinho do Dão, que ganha em complexidade e concentração, com uvas ainda mais selecionadas.
%
Castas
V.T.E
Touriga Nacional Alfrocheiro Tinta Roriz
12 meses
17º
13,5%
Callabriga Alentejo Alentejo
V.T.E
% 12 meses
12 meses
16º
13,5%
Aragonês, a versão “sulista” de Tinta Roriz, produz vinhos aveludados e frutados, enquanto a Alfrocheiro completa o vinho com estrutura, cor e aromas exóticos. Vinho de aromas de jabuticaba, cedro e chocolate.
Castas
V.T.E
%
Castas
Touriga Nacional Alfrocheiro Tinta Roriz
14%
Callabriga Alentejo Reserva Alentejo
A região que mais cresce em Portugal aproveita o clima quente e a alta tecnologia investida para produzir vinhos cheios de intensidade e níveis alcoólicos discretamente mais altos que a média. Frutas negras, especiarias e gengibre são destaque neste vinho produzido pela Herdade do Peso para a linha Callabriga.
Alicante Bouschet Aragonês
18º
17º
14,5%
%
Castas V.T.E
Alfrocheiro Aragonês
12 meses
17º
14%
59
Porto Causa e consequência da criação de uma das primeiras Denominações de Origem da história, o vinho do Porto deve seu sucesso comercial à sede dos ingleses pela bebida de Baco e à tendência dos mesmos a entrar em conflito com os franceses. Impossibilitados pelos embargos, taxas e tributos impostos aos portos e produtos franceses e estimulados pelas facilidades alfandegárias concedidas a Portugal, a partir do final do século 17 os ingleses começaram a procurar alternativas de vinhos ao norte das terras lusitanas, findando por descobrir o encorpado e adstringente vinho do Douro. A bebida, produzida no Alto Douro, tinha como único caminho até o (literalmente) Porto o rio que dá nome à região, pelo qual era transportada nos “Rabelos”, as barcaças tradicionais dali, até os armazéns criados e controlados por famílias inglesas diante da cidade do Porto. Para garantir que o vinho não se arruinasse durante a viagem, os ingleses começaram a acrescentar-lhe determinada dosagem de brandy, o que elevava ainda mais o já alto teor alcoólico, amenizando-lhe os defeitos e concedendo-lhe algo de mais estável para o deslocamento nos navios. Aos poucos, perceberam que ao fazê-lo antes do término da fermentação, poderiam obter o vinho por que clamavam: “um fogo potável nos espíritos, uma pólvora incendiada no queimar, uma tinta de escrever na cor, um Brasil na doçura e uma Índia no aromático”.
Cima Corgo
Pinhão Régua Baixo Corgo Douro Superior
Offley Uma das primeiras casas de produção de vinhos do Porto, a Offley foi fundada em 1737 por William Offley, um inglês de família bem estabelecida em Londres. Tornou-se renomada graças aos esforços de James Forrester, que viria a ser uma importante figura na história do Porto e a receber o título de Barão do regente D. Fernando II. O Barão é famoso por sua dedicação ao Douro, do qual foi o primeiro cartógrafo e por atacar os adulteradores em seus muitos textos sobre a região. Cercado de histórias e anedotas, morreu num acidente incerto, quando o barco rabelo em que estava virou no rio Douro: James Forrester afundou no rio e nunca teve seu corpo encontrado, enquanto D. Antónia, a Ferreirinha, que dizem ter sido sua amante, salvou-se graças aos fartos vestidos, que a fizeram flutuar sobre as águas.
60
Portugal/Porto Ruby Porto Ruby
Tawny Porto Tawny
De cor vermelho rubi, é o vinho do Porto jovem, frutado e acessível. Acompanha muito bem queijos e sobremesas, mas experimente também como aperitivo gelado no final da tarde. Após aberto, consumir em até quatro semanas.
Os vinhos do Porto Tawnies sofrem oxidação forçada em sua produção e, portanto, possuem características de vinhos mais evoluídos, podendo suportar até 3 meses após a abertura da garrafa. Aromas amendoados e taninos finos fazem deste uma ótima companhia para sobremesas à base de frutas secas.
Castas
V.T.S
Touriga Franca Tinta Amarela Tinta Barroca Tinta Roriz Tinto Cão
Castas
% 17º
2-5 anos
19,5%
Barão de Forrester 10 Anos Porto Old Tawny
V.T.S
2-5 anos
16º-18º 19,5%
Castas
% 9-12 anos
%
Elaborado com uvas de uma única safra, ao contrário dos Ruby e Tawny, que misturam vinhos de diferentes anos. Concentrado, intenso e muito frutado, merece decantação e pode envelhecer por muitos anos na garrafa, mas, após aberto, deve ser consumido como um vinho normal.
Castas
V.T.S
Touriga Franca Tinta Amarela Tinta Barroca Tinta Roriz Tinto Cão
Late Bottled Vintage Porto LBV
De cor “alourada”, como indica seu nome, tem aromas de frutas secas com notas de baunilha. É uma especialidade da Offley, que acompanha muito bem desde foie gras até crème brulée e uma variedade de queijos, inclusive curados ou azuis. Depois de aberto, se mantém por até quatro meses. Touriga Franca Tinta Amarela Tinta Barroca Tinta Roriz Tinto Cão
O vinho do Porto é doce porque: a. Recebe adição de açúcar ao final da fermentação; b. É feito com uvas de colheita tardia, que concentram muito seu açúcar; c. Tem sua fermentação interrompida, com adição de aguardente alcoólica.
16º-18º
20%
V.T.S
Tinta Amarela/Roriz/Barroca Touriga Nacional/Franca Malvasia Preta Rufete
% 4 anos
16º-18º 20,5%
WHITE Porto White A versão branca dos vinhos do Porto é pouco conhecida no Brasil, mas de excelente potencial para nosso clima tropical. Excelente aperitivo, pode acompanhar sobremesas de frutas e é também uma boa base para a elaboração de coquetéis. Para ser bebido en poucas semanas após aberto.
GUARDANDO FORTIFICADOS ABERTOS
V
inhos fortificados são mais resistentes do que os outros: podem durar até alguns meses, como os Porto Tawny ou indefinidamente, como os vinhos da Madeira. Porém, não vale abusar: vinhos mais “frescos”, como os Porto LBV e Vintage, precisam ser consumidos em poucos dias.
Castas
V.B.S
Malvasia Fina Gouveio Viosinho Códega
% 2-5 anos
10º
19,5%
61
Madeira Mais próxima da África que da Europa, a ilha da Madeira é território português desde sua “descoberta” em 1418. Por capricho do príncipe Henrique, o Infante, desde o início se estimulou o cultivo de uvas para produção de vinho, numa tentativa de simular o estilo dos renomados vinhos doces gregos da época. Com o passar do tempo, descobriu-se que a viagem ao redor do mundo nas caravelas portuguesas e dos comerciantes ingleses e holandeses fazia bem aos vinhos por expô-los ao oxigênio e ao calor do clima oceânico, tornando-os macios e finamente perfumados e hoje os vinhos sofrem oxidação forçada, vivendo longos períodos em tonéis de madeira colocados em armazéns aquecidos pelo sol. Uma rica gama de estilos, que combina diferentes tempos de envelhecimento, teores de açúcar variados e as uvas locais, nos oferece vinhos refinados e muito aromáticos, capazes de causar deleite ao harmonizar-se com diferentes pratos e sobremesas, além de poderem resistir indefinidamente na garrafa, inclusive após aberta.
Henriques & Henriques Com uma história de produção que começa no século XV, a Henriques e Henriques é famosa pela alta qualidade de seus vinhos, pelos raríssimos vinhos antigos que mantém em estoque e libera aos poucos ao mercado e por ser, de longe, a vinícola com a maior quantidade de uvas próprias utilizadas em sua produção: é a única das exportadoras a ser proprietária de todos os vinhedos que fornecem a base para seus afamados vinhos. Fundada por descendentes do primeiro rei de Portugal, sempre foi uma referência na ilha, envolvendo alguns dos personagens mais importantes de sua história e reviravoltas dignas de um romance. Recentemente foi responsável pela adaptação e plantio do primeiro vinhedo mecanizado da ilha e de uma novíssima adega em Câmara de Lobos, sede histórica da empresa, deixando de vez a capital Funchal. Seus vinhos refletem a qualidade de suas uvas e o empenho em produzir exemplares típicos da ilha em uma ampla gama, com as principais variedades e variados teores de açúcar.
3 years Rainwater
3 years Full Rich
Reza a lenda que um carregamento abandonado na praia durante a chuva deu origem a este estilo de madeira fresco, mais leve, muito apreciado em Savanah, nos Estados Unidos. O da H&H é produzido somente com Tinta Negra vinificada em branco (sem as cascas) e tem notas cítricas e de frutas secas tostadas.
Produzido exclusivamente com Tinta Negra, o vinho é “estufado” (ver box) e então estagia por 3 anos em tonéis de carvalho nos depósitos da H&H. Chocolate, rapadura, um toque de café e uma textura sedosa, com a acidez viva típica dos vinhos da Madeira, fazem um excelente vinho de aperitivo ou para sobremesa.
V.B.S
62
Castas
100% Tinta Negra
% 3 anos
14º
19%
V.T.S
Castas
100% Tinta Negra
% 3 anos
16º
19%
Portugal/Madeira 5 years Full Rich
Single Harvest Medium Rich
Também estufado, mas com 5 anos de amadurecimento este Full Rich ganha em complexidade, persistência e estrutura, com toques de casca de laranja, toffee e caramelo. Pode acompanhar chocolates mais intensos, inclusive os mesclados com frutas secas, assim como com queijos fortes ou de veio azul.
Lotes selecionados pela alta qualidade em colheitas especialmente boas servem como uma espécie de “Vintage Baby”, colocado no mercado a partir dos 5 anos de vida. Profundo, muito aromático e de boa concentração, combina cravo, casca de laranja e chocolate com uma textura particularmente macia, graças ao envelhecimento em “canteiro”.
V.T.S
Castas
100% Tinta Negra
% 5 anos
16º
19%
V.T.S
Castas
100% Tinta Negra
% 5 anos
10 years Verdelho
15 years Boal
A uva Verdejo faz vinhos refinados, oficialmente “meio‑secos” na escala madeirense, mas muito, muito frescos. As notas cítricas se sobressaem, mas muita fruta seca (amêndoas e avelãs tostadas) integra os perfumes muito sedutores. Produzido somente através do envelhecimento em “canteiro”.
Intenso, concentrado e volumoso, o Boal tem aromas de figos secos, chocolate, noz moscada e tostado acentuado. A acidez, normalmente mais baixa nos vinhos dessa variedade, sustenta perfeitamente o açúcar, de forma que o vinho seja sedutor e convidativo. Sem estufagem, com 15 anos de envelhecimento.
V.B.S
Castas
100% Verdejo
% 10 anos
15º
20%
O
s vinhos da Madeira têm uma variedade de estilos que pode confundir um iniciante. Conheça abaixo as principais classificações e termos de referência: Canteiro e Estufagem - são as técnicas que simulam as viagens em caravelas, acelerando o desenvolvimento do vinho. A “estufagem” é mais rápida, por aquecer o vinho em tanques. O “canteiro”, de resultado bem mais lento, produz vinhos mais ricos e refinados. X Years - 3, 5, 10 e 15 anos são as referências mais comuns e indicam o tempo de envelhecimento dos vinhos. Todos têm um mínimo de 3 anos, então pode-se considerar esta idade quando não há indicação no rótulo.
V.T.S
Castas
100% Boal
16º
19%
% 15 anos
16º
20%
Full, Medium, Rich e Dry - os teores de açúcar podem variar de vinho para vinho, de acordo com a variedade de uva utilizada ou o estilo que se busca obter. Os Rich são doces, enquanto os Dry abrigam menos açúcar residual. Sercial, Verdelho, Boal, Malvasia - as variedades “clássicas” da ilha, são responsáveis por apenas 10% da produção total. Nesta ordem, seus vinhos têm o teor de açúcar definido legalmente do mais seco ao mais doce. Os rótulos que não indicam a variedade podem ter misturas variadas, mas frequentemente são feitos com Tinta Negra.
63
Espanha
OCEANO ATLÂNTICO
FRANÇA
Rías Baixas
Empordà Rioja
Toro
Ribera del Duero Rueda
Priorato
MADRID
PORTUGAL
Extremadura
MAR MEDITERRÂNEO
A
Espanha é, junto a países do Novo Mundo como a Nova Zelândia e o Chile, a grande aposta no futuro vitivinícola para muitos especialistas. Possuidora da maior extensão de vinhedos do mundo e o terceiro produtor em volume, está se tornando o último refúgio na Europa para produtores que querem começar novos projetos. Suas muito variadas regiões, com inúmeros mesoclimas, variações de solo e grande quantidade de variedades de uva e o caráter particularmente empreendedor dos espanhóis contrastam com a dificuldade que ainda têm de fazer chegar ao público brasileiro a nova realidade de seus vinhos, modernos e de incontáveis estilos. As regiões mais importantes, em particular Rioja e Ribera del Duero, já figuram entre as mais clássicas de todo o mundo, enquanto regiões secundárias em plena ascensão ou sendo aos poucos descobertas vão revelando um enorme potencial que inclusive ainda se manifesta com preços atraentes ao consumidor.
Catalunha A Catalunha é uma das regiões mais polêmicas da Espanha, graças à sua forte identidade cultural. A bem da verdade, os catalães ultrapassam as atuais fronteiras nacionais, ocupando também parte do sul da França e várias ilhas mediterrâneas. Vários catalães se tornaram personagens mundialmente famosos, muitos deles polêmicos ou de extrema vanguarda: o arquiteto Gaudí, os artistas plásticos Dalí e Miró ou ainda o ícone da gastronomia do século XXI, Ferran Adrià são alguns exemplos de grande eloquência. Sede de algumas das regiões vinícolas mais dinâmicas do país, a Catalunha tem uma história enológica que remonta às colônias gregas. Empordà, uma denominação por muito tempo ignorada pelo público e que vem ganhando grande destaque graças aos vinhos de alta qualidade que ali vêm surgindo, foi a primeira dessas colônias, com indícios de produção de vinhos há 2500 anos. O Priorato, hoje uma das regiões vinícolas mais afamadas de todo o mundo, era sede de monastérios produtores de uva e vinho e somente atingiu seus atual status após a década de 70. E o Penedés, produtor de vinhos desde o século VI, é “casa” dos primeiros produtores da versão espanhola dos vinhos espumantes da Champagne, a Cava, que surgiu em fins do século XVIII. 64
Espanha/Catalunia Castillo Perelada - Empordà Aos pés dos Pireneus, na fronteira com a Espanha, a pequena cidade de Peralada, distribuída ao redor de um castelo medieval, é uma das mais importantes pretendentes ao cargo de ícone de uma denominação catalã que promete fazer muito barulho em todo o mundo. Uma das primeiras regiões vinícolas da Europa continental, Empordà se desenvolveu ao redor da colônia grega de Empúries, estabelecida no século VI a.C., abrindo as portas para a cultura do vinho que seria continuada nos futuro pelos romanos, por monges medievais e, finalmente, pelos catalães contemporâneos. O contraste do clima quente e árido da Catalunha com a influência mitigadora do Mar Mediterrâneo e os ventos frios (e agressivos) do norte, somados a uma variedade imensa de solos permite uma produção de ampla gama de vinhos de estilos diferentes ou de grande riqueza e sutilezas. Castillo Perelada, a vinícola sediada no castelo, produz vinhos tintos elegantes e profundos e cavas refrescantes, elegidos como prediletos muitas vezes por personagens tão importantes quanto a família real espanhola ou o genial Dalí.
Cava Brut Reserva
Cava Brut Rosé
Produzida com a combinação de uvas clássicas de Cava, a versão Brut é cuidadosamente vinificada conforme as técnicas tradicionais, como na Champagne. O vinho estagia sobre as lias, após a segunda fermentação na garrafa, durante 15 meses, quase o dobro do exigido por lei. Daí vêm a textura cremosa e as leves notas de tostado.
Escolhida para o casamento do príncipe Felipe de Borbón entre 300 Cavas provadas às cegas, a Rosé também era a predileta de Dalí, que vivia muito próximo a Peralada e ao castelo. Também com longo estágio sobre lias (12 meses), é marcada pelos sabores de frutas vermelhas e pela acidez fresca, com notas lácteas e de confeitaria.
P5
RP 86 / P 5
%
Castas
V.E
40% Macabeo 30% Xarel-lo 30% Parellada
-
8º
11,5%
%
Castas
60% Trepat 20% Monastrell 20% Pinot Noir
V.E.R
-
3 Fincas Crianza
5 Fincas Reserva
A partir de três dos vinhedos mais importantes do Castillo, elabora‑se este Crianza que usufrui das diferentes variedades e características climáticas e de solo para ganhar em complexidade. Um ano de estágio em barricas amacia o vinho final e dá notas tostadas e de especiarias, que se somam às frutas frescas. Bom equilíbrio e frescor.
Às três fincas de seu Crianza somam‑se mais duas, Garbet e Malaveina, que produzem uvas em quantidades reduzidas e com alta concentração de sabor. O resultado é um vinho rico, com notas minerais e defumadas, muito bem equilibrado e que surpreende pelo frescor e excelente integração do álcool e da madeira.
P 88 (06)
Castas
% 12 meses
11,5%
P 88 (06)
Castas
35% Samsó (Cariñena) 30% Garnatxa 25% Cabernet Sauvignon V.T.L.E 10% Merlot.
8º
18º
13,5%
V.T.E
40% Merlot, 15% Syrah, 20% Garnatxa 15% C. Sauvignon 5% Tempr., 5% C. Franc.
% 19 meses
18º
14%
65
Espanha/Catalunia Masia Perelada Catalunya D.O.
Finca La Garriga
Elaborado com uvas de vinhedos em diferentes sub-regiões catalãs onde Castillo Perelada possui outras propriedades, Masia Perelada é fresco, com muitos aromas florais e de frutas vermelhas. Não estagia em madeira, de forma a conservar o frescor da fruta e equilibra perfeitamente a sensação alcoólica, o corpo delicado e a acidez.
As plantas mais antigas da propriedade estão em La Garriga, uma área plana com solo arenoso e cheio de pedras. De grande concentração, o vinho é feito somente com uvas Samsó (Carignan) e surpreende pelo frescor e equilíbrio, sem excessos, com as especiarias típicas que variedade dá na região (alcaçuz, pimenta).
RP 90 (07) / P 90 (06)
%
Castas
V.T.L
60% Garnatxa 30% Tempranillo 10% Syrah.
-
17º
13,5%
100% Samsó (Cariñena)
% 16 meses
Finca Malaveina
Finca Espolla
A “má-vizinha” de algum rancoroso de muitas décadas atrás é hoje fonte de algumas das melhores uvas do Castillo, graças aos baixos rendimentos. O vinho resultante é intenso, com fruta muito marcante, perfumes balsâmicos e de incenso. Como com todos os vinhos da linha, surpreende pelo frescor.
De solo escuro e cheio de pedras que fazem lembrar o xisto do Douro, Finca Espolla origina vinhos aromáticos, muito marcados pelo caráter mineral e frequentemente também floral. As plantas são mais jovens, mas são cultivadas em alta densidade, de forma a produzir uvas com boa concentração, que se refletem no vinho intenso e perfumado.
Castas
V.T.E
50% Merlot 20% Cabernet Sauvignon 20% Syrah, 14 10% Garnatxa
% meses
18º
14,5%
V.T.E
15 meses
Finca Garbet
A partir de vinhedos experimentais, a equipe de enologia do Castillo produz vinhos de diferentes características. Os mais excepcionais desses vinhos são engarrafados em séries limitadas. Daí o nome: Experiencias Excepcionales. O 7 foi elaborado com uva Monastrell de baixíssimo rendimento, fazendo um vinho potente, saboroso e persistente.
A “jóia da coroa”, Garbet é um vinhedo íngreme, plantado à beira do Mediterrâneo, recebendo diretamente os ventos do norte e também os do mar, chamados de Garbí. De aromas potentes, mantém o frescor da acidez que a região conserva nas uvas e tem taninos bem estruturados e muito polidos, final longo e intenso.
18º
13,6%
RP 92+ (04) / P 93 (04)
RP 91 (05) / P 93 (05)
%
Castas
V.T.M.E
14,2%
%
Castas
60% Monastrell (Mourvèdre) 40% Syrah.
ExEx 7
100% Monastrell (Mourvèdre)
18º
RP 89 (07) / P 87 (06)
RP 91 (07) / P 90 (06)
66
V.T.E
Castas
13 meses
18º
14,8%
V.T.M.E
Castas
100% Syrah
% 14 meses
18º
14,1%
Rías Baixas Terra de mulheres fortes e pobreza secular, a Galícia vem usufruindo do retorno às origens e da busca pela qualidade que tomou conta da Espanha nas últimas décadas, possibilitando o desenvolvimento de uma produção fortemente arraigada às tradições locais. Rías Baixas, talvez a mais renomada área vinícola da região, se opõe pelo rio Miño/Minho à região portuguesa dos Vinhos Verdes e, como seus vizinhos lusos, sofre pesada influência do Atlântico: alta pluviosidade e uma língua particularmente similar fazem das duas regiões como irmãs. As propriedades tendem a ser pequenas e a maioria dos produtores encaminha suas uvas a grandes vinícolas para que sejam vinificadas. Lá se produzem vinhos brancos muito delicados, ricos em acidez e frescor, a partir de vinhedos antigos conduzidos em pérgolas altas, com as uvas se desenvolvendo acima das cabeças dos trabalhadores e usufruindo de circulação de ar adequada a evitar os efeitos da umidade excessiva. As zonas localizadas mais ao norte, diretamente influenciadas pelo Atlântico, utilizam combinações de uvas típicas (Loureira, Treixadura, Caiño Blanco e outras), agregadas à Albariño que domina a grande maior parte dos vinhedos de solo granítico. Ao sul, costeando o rio e a fronteira portuguesa, regiões de clima um pouco mais quente fazem vinhos mais volumosos, exclusivamente de Albariño.
lagar de fornelos Antiga propriedade da família Cervera, Lagar de Fornelos é hoje a maior proprietária de vinhedos da região. Sediada em “O Rosal”, sub-zona nobre na parte sul das Rías Baixas, foi adquirida em 1988 pelo grupo La Rioja Alta com o objetivo de expandir sua linha com os elegantes vinhos galegos que estavam ganhando cada vez mais relevo. Seus vinhedos foram gradualmente sendo ampliados até os atuais 77 hectares, onde se produzem somente uvas Albariño que resultam em vinhos envolventes e equilibrados, com aromas de frutas brancas e flores. Um único rótulo nasce desses vinhos e surpreende por sua alta qualidade e consistência, graças ao clima benéfico desta área meridional e ao cuidadoso processo de vinificação, que desde o vinhedo até o engarrafamento visa conservar o frescor e os aromas delicados da variedade.
Lagar de Cervera Rias Baixas
RP 89 (04)/ JR 16 (08)/ P 91 (07)
V.B.L
Castas
100% Albariño
PRENSAGEM
% -
10°-12°
375 ml
A 1500 ml
Lagar de Cervera é o único vinho produzido pelo Lagar de Fornelos, exclusivamente com Albariño. As uvas, colhidas e selecionadas manualmente, são fermentadas em aço inoxidável e prensadas uma única vez, para conservar ao máximo o frescor dos perfumes de flores e frutas.
ntes da fermentação, no caso da maioria dos brancos, ou quando o vinho já está pronto, no caso dos tintos, é necessário prensar as cascas das uvas para extrair o líquido que fica preso ali dentro. Quanto mais leve for a prensagem, mais delicado será o vinho. Normalmente fazem-se duas ou três prensagens e o vinho “de prensa” é misturado com o vinho que escorre naturalmente, ou “de gota”.
13%
67
Castilla y León, Rueda e Toro A ampla região de Castilla y León abriga duas áreas secundárias em ascensão, vizinhas à “beira” do rio Duero, que produzem alguns dos vinhos mais interessantes que se possa encontrar na Espanha. Rueda, abandonada por longo tempo à produção de vinhos fortificados de qualidade duvidosa, redescobriu o potencial de seus vinhos brancos por meio de sua uva-ícone, a Verdejo. Toro, por outro lado, produz pouquíssimo vinho branco, mas tintos de concentração e riqueza únicos: as uvas atingem facilmente 16° de teor alcoólico potencial se não forem contidas pelos produtores.
Valladolid PORTUGAL Toro Rueda
ROLLAND/LURTON Michel Rolland dispensa apresentações no mundo do vinho: o homem se tornou um ícone da vitivinicultura mundial, prestando consultoria em quatro continentes e a mais de 150 vinícolas. Com sua mulher, Dany Rolland, conduz um laboratório de análises e seus próprios chateaux em Bordeaux, além das parcerias com produtores-chave em regiões de relevo da Argentina, África do Sul e Espanha. Foi em Toro, com os irmãos Jacques e François Lurton, que os Rolland deram início à produção de seus primeiros vinhos ibéricos: movidos pelo estilo em comum de seus vinhos, uniram-se também no interesse e certeza do potencial da região, capaz de produzir tintos de grande concentração e frescor. O primeiro Campo Eliseo foi produzido em 2001 e, desde então, a dobradinha Rolland-Lurton vem investindo pesadamente em desenvolvimento de seus vinhedos e da estrutura de vinificação.
Campo Alegre Toro
Campo Eliseo Toro
Lotes selecionados por seu estilo mais leve e fresco, vinificados de maneira similar, dão origem ao “irmão” de Campo Eliseo. O sabor intenso de frutas negras e especiarias, com taninos firmes e maduros, fazem um vinho prazeiroso que também pode amadurecer longamente.
Plantas antigas, com 40 a 70 anos de idade, produzem uvas pequenas, de muita concentração de cor e sabor e quantidades reduzidas. O vinho é volumoso, denso, estruturado e de muita profundidade, para se beber já ou em mais 20 anos.
RP 94 (04) / WS 91 (04) / D 4
RP 90+ (08) / WS 89 (07) / JR 16 (07)
V.T.E
68
Castas
100% Tinta de Toro
% 18 meses
17º
15%
V.T.M.E
Castas
100% Tinta de Toro
(04)
% 12-20 meses
17º
15,5%
Espanha/Castilla y León, Rueda e Toro Bodegas François Lurton François Lurton iniciou sua carreira como consultor, trabalhando com o irmão Jacques ao redor do mundo e angariando contatos e uma interessante noção sobre a geografia vinícola de diversos países, onde começaram gradualmente a realizar sua produção própria. Decidiram então produzir vinhos com qualidade e tipicidade, recorrendo a regiões em ascensão de países como Chile, Argentina e Portugal e hoje François administra a produção em 5 países, incluindo a Espanha. Ele e Jacques chegaram ao país em 1992 com o desafio de produzir vinhos brancos de qualidade de uma terra em que os tintos predominam como referência no imaginário do público. Hoje se elaboram brancos de uvas típicas espanholas na região de Rueda e tintos de diferentes zonas da área de Toro, atual coqueluche dos produtores espanhóis. A região possui sua própria variação da Tempranillo, a uva clássica responsável pelos principais vinhos de quase toda a Península Ibérica, que se adaptou ao clima tórrido da região e produz vinhos concentrados e longevos, com altos teores alcoólicos, mas muito balanceados.
100% Tempranillo
16º-18º
13%
EL ALBAR BARRICAS Vino de la Tierra de Castilla y León
100% Tinta de Toro
-
10º
12,3%
Um vinho superlativo, candidato a um dos melhores da Espanha. Entrou na lista dos 100 melhores vinhos do mundo da Wine Spectator em 2003. Um vinho surpreendente, potente e original, que pode ser guardado por anos enquanto se refina.
% 12 meses
100% Verdejo
%
WS 90 (03) / P 93 (05)
Um dos mais eloquentes exemplos de equilíbrio, em que cada parte do vinho contribui para uma bebida surpreendente. O alto teor alcoólico fica perfeitamente contrastado pela acidez e uma grande complexidade de aromas e sabores.
V.T.E
V.B.C.M
Castas
EL ALBAR EXCELENCIA Toro
WS 89 (03) / P 90 (05) / ST 91 (03)
Castas
c. “Adega subterrânea”, como as caves francesas, onde o vinho amadurece.
Hermanos Lurton Blanco é muito equilibrado e macio, com uma acidez muito refrescante e nada agressiva. A experiência de vinificação de brancos de Lurton se mostra com clareza neste vinho produzido totalmente com a variedade local Verdejo.
% 3 meses
b.“Espumante”, em catalão, devido à origem dos primeiros vinhos;
WS 90 (03) / P 88 (07) / ST 88 (06)
Grande campeão de custo-benefício, exaustivamente recomendado pelos especialistas. Um vinho com fruta muito concentrada, um toque mentolado e aromas discretos da madeira, com boca carnuda e macia, cheia de fruta, chocolate e ligeiro tostado.
V.T.L.E
a. “Vinhedo”, graças às parcelas especiais de onde vêm as uvas;
Hermanos Lurton Blanco Rueda
Salamandra Vino de la Tierra de Castilla y León
Castas
“Cava”, a denominação espanhola para espumantes de alta qualidade, quer dizer:
18º
15%
V.T.E
Castas
100% Tinta de Toro
% 16-18 meses
18º
15,5%
69
Rioja Ícone da viticultura espanhola, a região da Rioja ganhou qualidade ao longo das últimas décadas do século dezenove, quando, por duas vezes, a França foi alvo de pragas em suas plantações de videiras. Extensa mão de obra e um público sedento aceleraram o desenvolvimento da região nos moldes da vizinha Bordeaux. Sua fama internacional, porém, não chegou antes das décadas de 60 e 70, após duas guerras mundiais e o começo do desenvolvimento industrial-econômico de fato da região. Três sub-regiões caracterizam a Rioja: Rioja Alta, nas encostas da Serra da Cantábria, onde os vinhos mais famosos são produzidos; Rioja Alavesa, na margem direita do Ebro, já no país Basco; e Rioja Baja, seguindo mais abaixo o curso do rio.
La Rioja Alta S.A. Um grande ícone da história do vinho espanhol, a Rioja Alta S.A. nasceu em 1890 com a associação de cinco famílias de viticultores que queriam focar sua atenção e trabalho em produzir vinhos de grande qualidade. Ao longo de poucas décadas, criaram vinhos e rótulos que se tornariam símbolos da região da Rioja, exclusivamente a partir de excelentes vinhedos de sua propriedade, ao contrário do que costumam fazer as bodegas dali. As barricas utilizadas, quase 50.000, são manufaturadas na própria bodega, com madeira de carvalho americano importada diretamente por eles, de forma que cada etapa da produção possa ser controlada em função da qualidade. A madeira é tratada como na França, ficando por cerca de 2 anos exposta às intempéries, o que extrai o excesso de taninos verdes da madeira, que aportariam adstringência e amargor ao vinho. De estilo único, Rioja Alta é vista como exemplo máximo de como é possível aliar tradição e modernidade, sem que uma anule a outra. Seus vinhos são refinados, elegantes e chegam ao público já em um ponto ideal para consumo, após longa maturação nas adegas da vinícola.
70
Espanha/Rioja Viña Arana
Viña Alberdi Rioja Reserva
RP 89(01) / ST 90 (01)
(99) / P 88 (03)
V.T.L.E
1500 ml
O mais acessível dos Reserva do grupo La Rioja Alta, Viña Alberdi é uma excelente oportunidade para se experimentar o estilo da casa. Tradicional vinho da Rioja, amadurecido por dois anos em barricas de carvalho americano, é elegante e harmonioso, com acidez equilibrada que convida à mesa.
375 ml
RP 90 (01) / D 4
Rioja Reserva
%
Castas
100% Tempranillo
2 anos
17º
V.T.L.E
1500 ml
%
Castas
4 anos
17º
13%
V.T.E
12 anos
Gran Reserva 890
RP 93 (97) / D 4
RP 95 (95) / P 88 (95)
Rioja Gran Reserva
13,5%
375 ml
1500 ml
Comemorativo da data de fundação da vinícola, o 890 é um vinho feito somente nas mais excepcionais safras. De longo amadurecimento, o vinho passa cerca de 12 anos na bodega antes de ser colocado à venda ao consumidor. Refinado nos aromas e sabores, é também um grande parceiro gastronômico.
%
Castas
4 anos
17º
Rioja Gran Reserva
(94) / P 92 (97)
Em homenagem à fusão da propriedade Ardanza La Rioja Alta em 1904, foram elaboradas somente 9 safras deste vinho criado exclusivamente nas melhores colheitas. É uma versão do Gran Reserva 890 com menos tempo de amadurecimento.
V.T.E
13%
%
Castas
85% Tempranillo 15% Graciano
Gran Reserva 904
90% Tempranillo 10% Graciano
17º
Resultado das experimentações do enólogo Julio Saenz, é produzido com uvas de vinhedos velhos e amadurecido em barricas novas de carvalho francês, de raro uso na tradicional Rioja Alta S.A.
Antiga vinícola de uma das famílias que originalmente fundaram o grupo La Rioja Alta, a Bodega Ardanza se fundiu à La Rioja Alta em 1904, incorporando este vinho à linha. Outro Rioja clássico, muito bem equilibrado e macio. A fruta fica em destaque, mas com muita elegância, sem excessos.
V.T.E
3 anos
Marques de Haro Rioja
(98)/ P 90 (00)
80% Tempranillo 20% Garnacha
95% Tempranillo 5% Mazuelo
375 ml
RP 90(00) / D5
%
Castas
12,4%
Viña Ardanza Rioja Reserva
Outra das três principais famílias fundadoras, a Arana dá nome a um vinho aromático e potente. Como de praxe, a Rioja Alta S.A. coloca seu vinho no mercado quando este já está devidamente amadurecido e Arana tira proveito do envelhecimento, mostrando amplo leque aromático e conservando a fruta.
17º
12,5%
%
Castas
V.T.E
95% Tempranillo 3% Graciano 2% Mazuelo
6 anos
17º
12,5%
71
Espanha/Rioja Bodega Torre de Oña Graças à iniciativa de um milionário cubano, surgiu na década de 80 uma propriedade na Rioja que inaugurava na região um conceito hoje largamente difundido: o de vinho de “pago” ou “finca”, vinho elaborado em uma única propriedade a partir do vinhedo circundante. Integrada ao grupo Rioja Alta em 1995, a bodega se tornou um ponto de partida para pequenas experimentações e a produção de um vinho nos moldes dos châteaux franceses, com uvas típicas da Rioja: nos últimos anos, Julio Saenz, diretor técnico do grupo Rioja Alta, estudou atenciosamente as variações no solo da Finca San Martín e seus efeitos sobre as uvas, passando a destinar os vinhos resultantes de cada pequena parcela a um diferente destino, de acordo com suas características: os vinhos mais estruturados e intensos, geralmente provenientes de solos pobres, produzem Barón de Oña, o “carro-chefe” da casa. Os mais delicados e frescos, geralmente de plantas jovens e solos um pouco mais planos e que permitem à videira acessar melhor a água, seguem para o Finca San Martín Crianza, o equivalente da bodega a um “deuxième vin” em Bordeaux.
Finca San Martin Rioja Crianza
Barón de Oña Rioja Reserva
O “segundo vinho” da Torre de Oña, provém de lotes selecionados pelo frescor e fruta em destaque, exclusivamente da variedade Tempranillo. O amadurecimento combina madeira francesa e americana, que terminam por enriquecer e dar harmonia ao vinho.
RP 90 (97) / D 4
V.T.E
Castas
100% Tempranillo
17º
13,5%
%
Castas
V.T.E
95% Tempranillo 5% Mazuelo
2 anos
18º
13%
Ribera del Duero A única região na Espanha a desafiar a Rioja pelo título de “líder” na produção de tintos de alta qualidade e renome, a “ribeira” do rio Duero - o mesmo que em Portugal serpenteia entre os vinhedos com o nome de Douro - se tornou uma pequena Meca do vinho para vinícolas de alto padrão, mas somente depois da década de 80: durante quase cem anos a produção se restringiu ao consumo local e à produção por cooperativas, com uma única bodega de relevo engarrafando vinhos. O uso de variedades francesas é comum na Ribera, em combinação com a versão local da Tempranillo, conhecida como Tinta del País ou Tinto Fino e o clima seco, quente, é amenizado pela altitude elevada: com vinhedos acima dos 800 metros, o contraste entre as temperaturas do dia e da noite é acentuado e permite que as uvas se desenvolvam adequadamente, concentrando cor e sabor e conservando o frescor da acidez em seus vinhos.
72
375 ml
1500 ml
Baron de Oña é o único rótulo da propriedade: um Reserva, composto principalmente com Tempranillo, a estrela da região. O barão, que existe de verdade, cedeu seu título nobiliar a um vinho em que fruta e madeira se fundem com bastante equilíbrio e riqueza aromática.
% 18 MESES
(04) / P 86 (04)
Espanha/Ribera del Duero Bodegas Aster Quando a Rioja Alta S.A. decidiu produzir na Ribera del Duero, ao final dos anos 80, a região estava despontando como o Eldorado para produtores de vinhos de alta qualidade. As terras para plantio dos vinhedos foram cuidadosamente selecionadas através de análises das uvas da região, características do solo e experiência da equipe da Rioja Alta e de especialistas locais. O único vinhedo já plantado, Finca El Otero, conta hoje com 50 anos de vida e produz vinhos de grande complexidade. Na busca pela mais alta qualidade, não se produziu vinho em Aster com as uvas das primeiras seis colheitas e a primeira vinificação, em 1999, foi vendida em sua totalidade para outras bodegas. Somente com a safra de 2000 é que engarrafaram-se seus primeiros vinhos, marcados pela característica da região e pelo empenho da equipe de enologia. A combinação de diferentes parcelas e o uso de barricas de carvalho americano e francês garante refinamento e complexidade aos vinhos.
Aster Crianza Ribera del Duero Crianza
Aster Reserva Ribera del Duero Reserva
Amadurecido por 18 meses em barricas francesas e americanas, o Aster Crianza é um vinho de grande concentração, com ricos aromas de frutas, canela, tostado e alcaçuz. Com bom potencial de envelhecimento, pode ser bebido agora e irá melhorar nos próximos 5 anos.
Aster é o nome da única flor que floresce na época da colheita e define um vinho raro, que levou quase dez anos para oferecer sua primeira safra. As uvas de Tinta del País (Tempranillo, na Ribera del Duero) são extremamente selecionadas e o vinho é concentrado e rico.
V.T.L.E
Castas
100% Tinta del País
% 18 MESES
18º
13,7%
V.T.E
Castas
100% Tinta del País
375 ml
1500 ml
RP 90 (01) / ST 90 (01)
WS 89 (02) / RP 91 (01) / ST 88 (02)
% 2 anos
18º
13,1%
Finca el Otero Ribera del Duero A partir de uma finca plantada em 1961, obtém-se Tinta del País (a variação local da Tempranillo) de altíssima qualidade para a produção de um vinho complexo e profundo, que combina fruta, especiarias e mineralidade com elegância e exuberância.
V.T.M.E
Castas
100% Tinta del País
as várias tempranillo
T
% 12 meses
18º
inta de Toro, Cencibel, Tinto Madrid, Aragonês, Tinto de la Rioja, Ull de Llebre, Tinto Fino, Tinta del País, Tinta Roriz e outros nomes refletem o quanto esta variedade foi capaz de se distinguir e vincular-se a diferentes regiões, particularmente da Espanha e de Portugal, adaptando-se às características regionais e fazendo vinhos interessantes e saborosos.
14,5%
73
Uruguai
ARGENTINA
M
uitas vezes, o público não reconhece o “Uruguay” como produtor de vinhos. Embora sua produção seja relativamente recente - somente com a estabilização política ao final do século 19 iniciaram-se plantações de vinhedos significativas - e tenha sido, até pouco tempo, concentrada em obter vinhos doces e de baixa qualidade, uma quantidade de produtores vem desenvolvendo um trabalho exemplar já há alguns anos, especialmente após a criação do Mercosul. Com a consultoria de renomados enólogos e a criação de joint-ventures com produtores de regiões mundialmente importantes, os uruguaios elevaram em muito a qualidade de seus vinhos, dando a eles característica regional e refinamento. A uva Tannat, originária do sudoeste francês, encontrou aqui uma segunda casa e as pesquisas e experimentos vêm fazendo com que seus vinhos se tornem cada vez mais complexos e agradáveis. A maioria dos vinhedos está localizada ao redor da cidade de Montevidéu, em Canelones, mas há plantações em 16 dos 19 departamentos uruguaios.
Rivera/Cerro Chapéu Cerro Chapéu, quase na fronteira com o Brasil, no departamento de Rivera, possui solos mais pobres e uma maior amplitude térmica que as áreas de maior extensão de cultivos ao sul – onde as terras argilosas retêm grandes quantidades de nutrientes e água – possibilitando aos produtores desenvolver um trabalho de alta qualidade com seus vinhos. Os solos arenosos, de excelente drenagem, ajudam na absorção da alta umidade, resultado da forte influência do Oceano Atlântico. As características colinas de topo achatado, longamente desgastadas pelo tempo, fazem pensar nos chapéus típicos dos gaúchos, dando nome à região. 74
Tannat, a uva ícone do Uruguai, era conhecida como Harriague. Porquê?
Bodegas Carrau Em 1752, na Catalunha, Espanha, fundavam-se as Bodegas Carrau. Com todo esse tempo de experiência, a família Carrau elabora vinhos no Uruguai desde 1930 com cuidado e muito investimento em pesquisa e é também importante para a produção de vinhos brasileira, com iniciativa e desenvolvimento de regiões vinícolas do Rio Grande do Sul. Desde 1976, os Carrau passaram a investir na região pouco explorada de Rivera, onde os vinhedos, hoje com mais de 30 anos, produzem uvas de alta qualidade e delicadeza, que são vinificadas em uma estrutura moderna, parcialmente enterrada no solo arenoso. Francisco Carrau, inquieto pesquisador, é responsável pela recuperação de clones antigos de Tannat e variedades italianas e espanholas, além de um sem-número de contribuições para a vitivinicultura do país.
A linha Cepas Nobles utiliza as variedades melhor adaptadas ao terroir uruguaio para produzir vinhos agradáveis e muito acessíveis. Sauvignon Blanc, uva-referência para brancos no país, se mostra bastante fresca, viva e com os aromas característicos, sem agressividade.
Inspirado nos Sauvignon do Loire, na França, este vinho tem um estágio de 3 meses sobre as lias de fermentação, enriquecendo-se em perfumes e ganhando em volume e textura.
V.B.L
Castas
100% Sauvignon Blanc
% -
13º
12,5%
V.B.L
100% Tannat
100% Sauvignon Blanc
% -
10º
13%
A Cabernet Sauvignon não poderia deixar de comparecer: a mais difundida das uvas se torna macia e faz um vinho leve nas mãos da família Carrau e a passagem bem dosada por carvalho dá nuances e sutilezas aromáticas ao vinho.
% 10 meses
Castas
375 ml
1500 ml
Produzido com Tannat, este é um vinho que surpreende pela delicadeza inesperada que os Carrau conseguem com uma variedade normalmente tão tânica. É aromático e muito especiado (pimenta e cravo), com toques vegetais e acidez fresca.
V.T.L
c. Os taninos, abundantes na variedade, são chamados de Harriagues em castelhano.
Cepas Nobles Cabernet Sauvignon
Cepas Nobles Tannat
Castas
b. “Harriague” é o nome da primeira região a cultivar Tannat no país;
375 ml
Sauvignon Blanc sur Lie de Reserva
1500 ml
Cepas Nobles Sauvignon Blanc
a. Este era o sobrenome de seu principal difusor, de origem basca;
17º
13,5%
%
Castas
V.T.L
100% Cabernet Sauvignon
9 meses
17º
13,5%
75
Uruguai/Cerro Chapéu Merlot de Reserva
Tannat de Reserva
Com uvas dos vinhedos de Canelones e de Cerro Chapéu, os Carrau fazem um Reserva de Merlot macio e frutado como deve ser, enriquecido em aromas pelo estágio em madeira francesa e americana.
Tannat de Reserva utiliza uvas de videiras de idade avançada e longo amadurecimento para produzir o que é talvez a melhor relação de preço e qualidade de toda a linha: sedoso e uniforme, com taninos agradáveis e sabores concentrados de frutas negras, tabaco e toques minerais, é um belo vinho.
V.T.L.E
Castas
100% Merlot
% 12 meses
17º
13%
1752 Gran Tradición
100% Tannat
% 18 meses
17º
13,5%
Amat
WS 87 (02) / ST 88 (04)
Combinando Tannat às uvas clássicas bordalesas, é elegante e intenso, com muitas notas de tabaco e especiarias provenientes do ano e meio em madeira, mas já amaciado pelo envelhecimento em garrafa na vinícola durante um ano antes de chegar ao público.
Amat é um ícone para a vitivinicultura do Uruguai: um Tannat a 100%, elegante, macio e ricamente aromático, foi considerado o melhor do painel de Tannats do mundo em uma matéria da Wine Spectator. A fruta fresca (framboesa e cereja) se integra bem à madeira, com aromas de café, tabaco e especiarias.
Castas
Cabernet Sauvignon e Franc Tannat Merlot 18 meses V.T.L.E
V.T.L.E
Castas
% 17º
13%
V.T.E
Castas
100% Tannat
% 20 meses
17º
14%
Vinho e saúde
O
debate sobre os benefícios versus os malefícios do consumo de bebidas alcoólicas é intenso, polêmico e, sem dúvida, mexe com os interesses de muita gente. Sabemos, porém, que o vinho não é uma bebida como qualquer outra: não só pela riqueza que oferece aos sentidos, mas pelos inúmeros elementos que, acredita-se, podem contribuir para a saúde. O mais famoso, sem a menor dúvida, é o resveratrol, considerado um grande inimigo do câncer e dos problemas cardíacos. É justamente por causa dele que a Tannat, uva ícone do Uruguai, vem ganhando fama e reconhecimento da comunidade médica mundial: os vinhos da variedade acumulam mais de três vezes a quantidade de polifenóis (os antioxidantes naturais do vinho que englobam o resveratrol) do que os de Cabernet Sauvignon, outra variedade rica nessas substâncias.
76
MAR MEDITERRÂNEO
GRÉCIA
Líbano
Mar Egeu
TURQUIA
Vale de Bekaa Creta
Chipre Batroun VALE DE BEKAA
Beirute
BEIRUTE
SÍRIA
MAR MEDITERRÂNEO
ISRAEL JORDÂNIA
LÍBIA
EGITO ARÁBIA SAUDITA
O
Líbano é um dos mais antigos produtores de vinho do mundo, com vinhedos descritos nos textos bíblicos e templos ao deus Baco. Sua produção, proibida durante séculos pelo domínio otomano, manteve-se graças à minoria cristã e foi retomada em função da demanda gerada pelos franceses no século XIX. O Vale do Bekaa, centro da produção vinícola do país, sofre com os bombardeios em períodos críticos, mas seu excelente terroir faz com que os vinhos de qualidade que ali são produzidos figurem entre artigos de coleção e apreciação por todo o mundo. Atualmente, uma verdadeira revolução está se passando no país, com uma indústria e um mercado do vinho em ebulição. Novos produtores, novos consumidores e novas técnicas vêm tornando a produção cada vez mais interessante, enquanto que a “velha guarda” do vinho no país não deixa de acompanhar esses movimentos e se atualizar.
Château Kefraya Com uma história de mais de 50 anos, o Château Kefraya é o segundo maior produtor de vinhos de qualidade do Líbano. Sua produção enológica começou em meio à guerra, com esforços descabidos de Michel de Bustros para que seus produtos chegassem às lojas e restaurantes de Beirute, dirigindo ele mesmo por estradas tortuosas e buscando evitar as áreas de conflito e as milícias. Foi com a safra de 1996 e o lançamento de seu “Comte de M” que de Bustros obteve a repercussão internacional que seus vinhos merecem, sendo aclamado inclusive por Robert Parker. Localizado no Vale do Bekaa, no coração do Líbano, o château honra uma região em que se faz vinho há mais de 5.000 anos com uma qualidade que impressiona os desavisados. Seus mais de 300 hectares de uvas francesas produzem vinhos com grandes semelhanças aos de Bordeaux e do Rhône, com as principais variedades dessas regiões, destaque para Cabernet Sauvignon e Syrah e experimentações com uvas espanholas.
77
Líbano/Bekaa La Dame Blanche
Les bretèches
Produzido a partir da combinação de uvas brancas de diferentes origens, La Dame Blanche é um branco leve, com caráter peculiar: as uvas do Rhône dão aromas e textura incomuns às mais difundidas Chardonnay e Sauvignon Blanc, que enriquecem a base de Ugni Blanc com volume e frescor, respectivamente.
Leve, redondo e frutado, faz pensar nos Côtes du Rhône mais delicados. A base de Cinsault dá toda a fruta fresca e amacia os taninos que a Cabernet doa ao vinho. Grenache e Carignan o completam com especiarias e acidez fresca.
WS 85 (05)
Castas
V.B.L
Sauvignon Blanc Ugni Blanc Viognier Clairette Muscat
Castas
% -
9º
13%
V.T.L
%
Cabernet Sauvignon Syrah, Cinsaut, Tempranillo, Grenache, Carignan, Mourvèdre
-
Château Kefraya
Comte de M
Produzido com uvas do Rhône e uma base de Cabernet Sauvignon, o vinho que carrega o nome da vinícola é um excelente exemplo do estilo da casa. Elegante, potente e equilibrado, faz pensar de fato nos vinhos do sul da França, com fruta e especiarias em ressalte. Para beber agora ou guardar por ainda alguns anos.
A partir de uma seleção rigorosa de lotes de vinhos de grande qualidade, produzidos com uvas das melhores parcelas do château, nasce um verdadeiro “Grand Cru” libanês. Denso, ricamente perfumado, tem todas as qualidades para ganhar ainda mais riqueza com um envelhecimento de até 10 anos.
V.T.E
1500 ml
375 ml
Castas
% 18º
12 meses
13,5%
WS 88 (96) / RP 91 (06)
Castas
Cabernet Sauvignon Syrah Carignan Mourvèdre
16º
13,5%
V.T.M.E
Cabernet Sauvignon Syrah Carignan Mourvèdre
% 12 meses
18º
14%
Um pouco de história 1340 a.C. 4000 a.C. Indícios de cultivo de uvas, Oriente Médio.
350000 a.C. Indícios de consumo de uvas, França.
78
Ânforas marcadas com origem, safra, produtor, Egito.
1756 d.C.
1986 d.C.
Demarcação oficial da primeira Denominação de Origem, o Porto.
Fundação da Zahil Importadora, São Paulo.
3000 a.C.
1663 d.C.
1967 d.C.
Primeiros indícios de vinificação, na ilha de Creta.
Primeira menção a um Château francês na literatura inglesa.
Robert Parker “descobre” o mundo do vinho, em sua primeira viagem à França.
Líbano/Batroun coteaux de botrys A cerca de 50 quilômetros ao norte de Beirute, Batroun é uma pequena cidade ao nível do mar, considerada uma das mais antigas do mundo, com referências literárias de mais de 3000 anos. Foi ponto estratégico para grandes conquistadores da história antiga e chamada de “adega do Império” durante a ocupação romana. Seu nome não tem origem certa, é claro, mas sua versão grega não deixa dúvidas sobre o potencial vitivinícola da região: botrys, cacho de uvas. Inspirado pela natureza da região e por sua história, Joseph Bitar deu início nos primeiros anos 90 à produção de um arak que se tornaria famoso por sua qualidade, com uvas das colinas ao redor da cidade. Até o final da década, Bitar plantaria 6 hectares de uvas das regiões francesas de Bordeaux, Rhône e Provence e produziria seu primeiro vinho em 2001, sob o nome de Kfifane Winery. Hoje, 17 hectares nas regiões de Eddé, Kfifane e Jrane, com altitudes entre 250 e 400 metros ao redor de Batroun, produzem as uvas que suas filhas e sobrinha utilizam desde 2007 para elaborar apenas três vinhos e produção total de pouco mais de 40.000 garrafas por ano com o suporte do enólogo francês Yvan Jobart, dando continuidade ao sonho de Bitar e, com o nome de Coteaux de Botrys, servindo de embaixadores da histórica região.
Prince Blanc
Cuvée de l’Ange
Chardonnay doa untuosidade e volume, além de sabores de frutas brancas, enquanto Marsanne dá notas florais e uma pequena quantidade de Rolle levanta o vinho com acidez e sabores cítricos. Belíssima surpresa das “encostas de Batroun”.
Frutas de bosque,taninos bem integrados e acidez fresca fazem um vinho saboroso, que combina o trio clássico de uvas do Rhône.
%
Castas
V.B.C.M
Chardonnay Marsanne Rolle
-
10º-12º
14%
%
Castas V.T.L.E
Syrah Mourvèdre Grenache
-
17º
Château des Anges Syrah
Château des Anges Cabernet Sauvignon
Volumoso e de taninos macios, embora marcantes, mostra características típicas da variedade (frutas negras, nota apimentada), leve defumado e um estilo que lembra o dos vinhos do sul da França.
Estrutura e potência costumam ser característica de vinhos da Cabernet Sauvignon e aqui não faltam: taninos bem forjados, com fruta em destaque e leve nota vegetal.
V.T.L.E
Castas
100% Syrah
% -
18º
14%
V.T.L.E
Castas
100% Cab. Sauvignon
14%
% -
10º-12º 14,5%
79
Nova Zelândia
OCEANO DA TASMANIA
Marlborough
OCEANO PACÍFICO
C
omposta basicamente por duas grandes ilhas colonizadas originalmente por ingleses, a Nova Zelândia é um país isolado do mundo em meio ao Pacífico – a Austrália, frequentemente vista como seu vizinho mais próximo, está a cerca de três horas de voo. Terra de contrastes, com clima que pode variar imensamente entre os extremos das duas ilhas, sofre uma miríade de influências que vão desde a óbvia alta umidade marítima à ação refrescante de ventos frios do sul. A legislação vinícola é muito permissiva, mas, paradoxalmente, a qualidade dos vinhos é altíssima e o investimento em pesquisa e tecnologia é pesado.
Marlborough Ao contrário das tradicionais regiões produtoras europeias, na Nova Zelândia as vinícolas se concentram nas partes planas dos vales, onde o clima mais ameno ajuda a proteger os vinhedos das geadas. Em Marlborough, o Rio Wairau fornece água para irrigação e equilibra a temperatura, refletindo também a intensa luminosidade característica da região, que saiu do total desconhecimento do público para acumular cerca de 50% dos vinhedos nacionais e alguns de seus vinhos mais famosos. Historicamente, a região produz Pinot Noir, Sauvignon Blanc e Chardonnay, mas variedades nobres e menos difundidas como Pinot Blanc e Riesling vêm ganhando cada vez mais espaço entre os vinhos de melhor qualidade.
80
Nova Zelândia/Marlborough Framingham Em homenagem à cidade dos antepassados do fundador da vinícola, Framingham toma nome de uma pequena cidade na Inglaterra e a vinícola tem importância histórica na região por ter sido a primeira no vale do Wairau a plantar vinhedos em porta-enxertos contra a filoxera, no início da década de 1980. Suas videiras têm, portanto, mais de vinte anos de produção focada em uvas brancas aromáticas e Pinot Noir e sua reduzida equipe – apenas 12 pessoas, no total – produz vinhos de alta qualidade, inspirados em suas contrapartes europeias da França e da Alemanha. Adquirida pela Sogrape em 2007, mantêm-se entre os grandes destaques da região, em especial por seus brancos muito aromáticos. Seu Sauvignon Blanc vem vencendo degustações regionais em publicações do Brasil e de todo o mundo.
Sauvignon Blanc
Pinot Noir
Ícone da região de Marlborough, a Sauvignon Blanc aqui é incisiva, altamente perfumada. O clima do vale permite amadurecê-la perfeitamente, com grande concentração de aromas e sem perda de acidez. Pimenta, maracujá e notas herbáceas são marcantes.
Entre as pouquíssimas regiões do mundo capazes de produzir bons Pinot Noir estão algumas neozelandesas, inclusive Marlborough. Delicado e elegante, com perfumes de cereja, framboesa, pimenta do reino e excelente integração da madeira.
WS 91 (05) / D 3
(07)
Castas
V.B.C.M 100% Sauvignon Blanc
WS 88 (02) / D 4
% -
10º
13%
V.T.L.E
Castas
Qual dos seguintes termos indica um vinho espumante mais seco, ou seja, com menos açúcar residual em seu conteúdo? a. Sec; b. Brut; c. Extra-brut.
(06)
100% Pinot Noir
% 10 meses
17º
14%
Classic Riesling Inspirado nos clássicos Rieslings do Mosel, na Alemanha, este é um dos maiores sucessos da vinícola. Perfumado, muito delicado, equilibra o levíssimo toque adocicado com acidez viva e perfumes florais, cítricos e minerais.
V.B.C.M
Castas
100% Riesling
uma uva difícil
P
% -
9º
inot Noir é uma uva extremamente delicada, difícil de se cultivar e de se vinificar. Para que os vinhos tenham qualidade, é necessário encontrar localizações ideais para cultivá-la, trabalhar os vinhedos com muito cuidado e reduzir rendimentos, todos fatores que tornam seus vinhos muito refinados, mas também normalmente mais caros.
11,5%
81
A
Austrália
ilha continente Austrália, a maior das que compõem a Oceania, já se notabilizou como referência na produção vinícola do chamado “Novo Mundo”, juntamente com Califórnia, em particular pela alta tecnologia empregada. É o décimo primeiro maior produtor mundial de vinhos e tem em sua produção cada um dos principais tipos fabricados: brancos secos, fortificados, adocicados, tintos leves, robustos, frutados, espumantes. Desde o primeiro momento de colonização as videiras estão presentes na Austrália, trazidas pela mão dos próprios britânicos. Ganharam destaque de imediato na região de Victoria, mas foi no sul que se desenvolveram com maior potência e vivacidade. The Noble Prankster Late Harvest
d’Arenberg McLaren Vale JH: 5
(Vinícola Excepcional)
A d’Arenberg é uma das mais tradicionais casas vinícolas da Austrália, fundada em 1912. A última geração de enólogos da família, representada por Chester d’Arenberg premiado repetidamente como Winemaker do Ano, soube unir os conhecimentos de longa tradição da família e dos produtores australianos a tecnologia e equipamentos modernos. O cuidado com cada um dos vinhos é minucioso e eles consideram todos os seus vinhos como “feitos à mão”.
%
Castas
V.B.S
95% Chardonnay 5% Sémillon
-
The Stump Jump White
The Stump Jump Red
WS 86 (06) / RP 87 (07) / ST 88 (07)
WS 86 (06)/ RP 88 (07)/ ST 88 (05)
O vinho é uma mistura de uvas brancas que variam de acordo com a colheita, embora normalmente se utilize Riesling, Sauvignon Blanc e Marsanne. Sem passagem por carvalho, é um vinho fresco com aromas agradavelmente herbáceos.
A versão tinta do “salta raízes” é uma surpresa: delicado e cheio de nuances, contrasta com as bombas de aroma e taninos frequentes na Austrália. Fruta agradável e com muitas especiarias como canela e pimenta do reino, deixa algo que remete ao tabaco na boca.
%
Castas
49% Riesling 29% Marsanne V.B.L 22% Sauvignon Blanc
82
Chester Osborn, enólogochefe da vinícola da família, é conhecido por suas piadas e traquinagens. Numa espécie de “trote”, substituiu as variedades mais comuns para vinificação de brancos de sobremesa por Chardonnay e o resultado foi um delicioso e surpreendente vinho com um toque de botrytis.
-
10º
13,5%
8º
%
Castas
V.T.L.E
Mourvèdre Grenache Shiraz
13,5%
6 meses
18º
14,5%
Austrália/Mclaren The Dry Dam
The Footbolt
Um Riesling peculiar, graças à concentração que as uvas atingem num vinhedo especial, localizado ao lado de uma represa que se seca nos mesmos anos em que a qualidade é mais alta. Surpreende pela tipicidade da variedade, com frutas cítricas e mineralidade em destaque, além da textura untuosa e acidez fresca.
“Footbolt” era o cavalo de corrida que, vencendo páreos no início do século 20, permitiu a compra das terras já cultivadas e produtivas dos vinhedos que produzem um vinho de grande concentração, com uma sedosidade surpreendente, quase 100 anos depois.
V.B.C.M
Castas
100% Riesling
% -
12º
12,5%
V.T.E
Castas
100% Shiraz
% 12 meses
The d’Arry’s Original
The Coppermine Road
A combinação de Shiraz e Grenache que é engarrafada ano após ano há quatro décadas de acordo com a “receita” de Francis “d’Arry” Osborn, pai do enólogo Chester. É um australiano “de carteirinha”, concentrado, de intensa fruta preta e vermelha, muita especiaria, grafite e chocolate.
As uvas Cabernet Sauvignon deste vinho são provenientes de uma parcela selecionada com as melhores plantas, um raríssimo clone não classificado que fornece minúsculas e pouquíssimas uvas, dos vinhedos posicionados ao lado da estrada que deu o nome ao vinho.
WS 90 (04) / RP 91 (04) / ST 89 (05)
V.T.E
% 12 meses
18º
14,5%
V.T.M.E
21 meses
The Dead Arm
Produzido a partir de rigorosa seleção das barricas, de forma que somente os melhores vinhos compõem este corte típico da região do Rhône, Ironstone Pressings homenageia as pedras típicas dos vinhedos da d’Arenberg.
“Dead Arm” é uma doença da videira que gradualmente mata um dos galhos da planta, direcionando toda a energia e nutrientes à parte sobrevivente. Os frutos produzidos são, por consequência, altamente concentrados e, seus vinhos, de grande longevidade.
%
Castas
21 meses
18º
14,5%
RP 95 (03 a 05) / JR 16,5 (05) / ST 93 (05)
WS 92 (01) / RP 94 (05) / JR 17 (06)
V.T.M.E
14,5%
%
Castas
100% Cabernet Sauvignon
The Ironstone Pressings
70% Grenache 5% Mourvèdre 25% Shiraz
18º
WS 90 (01) / RP 93 (05) / ST 92 (05)
Castas
50% Grenache 50% Shiraz
375 ml
WS 90 (01) / RP 89 (05) / ST 89 (05)
1500 ml
RP 90+(07)/ JR 16 (07)/ ST 90 (07)
18º
14,5%
V.T.M.E
Castas
100% Shiraz
% 22 meses
18º
14,5%
83
África do Sul
COASTAL REGION OCEANO ATLÂNTICO
Swartland CIDADE DO CABO
Paarl
N
ormalmente encaixada entre os países do novo mundo, a África do Sul vem produzindo vinhos regularmente há cerca de 350 anos, pelas mãos dos colonizadores holandeses e franceses. Uma recente modernização do sistema vitivinícola retirou o controle da produção das mãos das cooperativas de larga escala (e baixa qualidade) e tornou interessante o estabelecimento de pequenas propriedades que visassem buscar ressaltar o terroir e as características das uvas. Conhecida por seus vinhos de Chenin blanc e Pinotage (um cruzamento de Pinot Noir e Cinsault que teve ampla difusão local), a África do Sul abriga um sem número de variedades de uva, principalmente francesas.
Franschoek A “Região Costeira” sulafricana abriga diferentes sub-regiões, classificadas oficialmente na África do Sul como “Distritos”. Os mais importantes vão de Constantia (o mais antigo e de grande relevância histórica) a Stellenbosch (um dos mais movimentados atualmente) passando por Swartland (terra inóspita que vem mostrando cada vez mais potencial) e Paarl - a Pérola. Paarl se tornou uma referência na produção sulafricana, seja pela histórica KWV - cooperativa estatal que durante muitas décadas controlou a produção do país - que por produtores de alta qualidade que vêm tomando conta dos vinhedos da área. Afastada da influência do Atlântico, é uma zona mais quente, capaz de amadurecer bem as uvas tintas francesas que substituíram a onipresente Chenin Blanc. Franschoek, uma área isolada por montanhas onde uma antiga colônia francesa se tornou símbolo de alta gastronomia, deixou de ser parte de Paarl para se tornar um distrito por si só, graças a seus vinhos refinados.
84
África do Sul/Paarl Rupert & rothschild Os Rothschild dispensam apresentações: seus diversos ramos genealógicos são parte da história do vinho em todo o mundo. Os Rupert, herdeiros de um magnata sul-africano, controlam grandes marcas de cunho mundial, como a Cartier. Através da associação de Edmond de Rothschild e Anton Rupert, nasce um projeto marcado por muita pesquisa histórica e enológica, com seleção de solos, parcelas com diferentes inclinações e castas francesas. Em 1997, Benjamin de Rothschild e Johan Rupert criaram juntos a vinícola das duas famílias, no coração do vale de Franschoek e aos pés das montanhas Simonsberg. Fredericksburg, uma fazenda histórica fundada em 1690, foi adquirida pelos Rupert em 1984 e profundamente restaurada, com 90 hectares de vinhedos plantados a partir de 1986. Com a consultoria de Michel Rolland e o trabalho atencioso do enólogo Schalk-Willem Joubert, são produzidos apenas três vinhos, somente com uvas bordalesas para os tintos e Chardonnay para o branco.
Baronness Nadine
Classique
Um elegante Chardonnay, untuoso e perfumado, bem construído, é um excelente exemplo de como as duas famílias são capazes de produzir vinhos à moda do velho mundo em terras “novas”.
De textura macia e com os sabores de fruta e defumado em destaque, o Classique combina Merlot e Cabernet Sauvignon na combinação clássica de Bordeaux. Para beber agora ou nos próximos anos.
WS 89 (05) / ST 89 (05)
Castas
V.B.C.M 100% Chardonnay
WS 89 (04) / ST 89 (04)
% 11 meses
Terroir é: a. “Solo”, em francês - o tipo de terra em que estão plantadas as uvas; b. Um conceito amplo e complexo, criado pelos franceses, para definir o ambiente em que as videiras se desenvolvem; c. Um termo francês que define a pior situação possível para o desenvolvimento das videiras.
10º-12º 13,5%
%
Castas
45% Cab. Sauvignon V.T.E 16 meses 55% Merlot
18º
14%
Baron edmond WS 89 (01) / ST 91+ (01)
Em homenagem ao barão Edmond de Rothschild, elaborase o vinho que é o centro das atenções na vinícola. Rico em aromas que vão das frutas vermelhas às especiarias com toques de chocolate e tabaco, é uma opção deliciosa para acompanhar cordeiro e outras carnes vermelhas com molhos especiados.
tradiçÃO ESQUECIDA
A
%
Castas
V.T.M.E
58% Cab. Sauvignon 32% Merlot 10% Cabernet Franc. 19 meses
18º
África do Sul é classificada como um país do novo-mundo como todas as ex-colônias européias, mas seus vinhos já faziam sucesso nas cortes europeias no século XVIII. A primeira vinificação registrada no país data de 1652 e vinhos de sobremesa de Constantia atingiram fama tão alta quanto os mais nobres doces europeus, a ponto de serem encomendados por Napoleão Bonaparte durante seu exílio.
14,5%
85
PARAGUAI
BRASIL
Argentina
CHILE
Mendoza
OCEANO PACÍFICO
Mendoza
URUGUAI Buenos Aires
OCEANO ATLÂNTICO
O
mais importante produtor de vinhos da América do Sul e o quinto maior do mundo, a Argentina também é dona de uma bela fatia do mercado brasileiro, com cerca de 1/4 das importações. Colônia da Espanha e com grande imigração de italianos, é também um país de grandes consumidores da bebida, com uma cultura do vinho bastante arraigada. A uva Malbec estabeleceu-se como ícone enológico nacional, obtendo maior reconhecimento ali que nas regiões francesas de origem, mas muitas uvas se desenvolvem muito bem fazendo vinhos de grande qualidade, como Cabernet Sauvignon e Sauvignon Blanc, além de variedades tradicionais italianas (com destaque para a Bonarda), regionais (Torrontés, uma variedade branca que parece ter se desenvolvido na própria Argentina e faz vinhos ricamente aromáticos) e até mesmo Pinot Noir, quando cultivada em regiões mais frias, como a Patagônia, no extremo sul, ou as zonas mais altas de Mendoza, na pré-cordilheira. O sucesso internacional dos vinhos argentinos atraiu pesados investimentos estrangeiros e novos produtores surgem constantemente, em regiões renomadas ou estabelecendo novos rincões para a viticultura local.
Mendoza Mendoza concentra cerca de 70% da produção argentina, com vinhedos espalhados por uma grande área alinhada com os Andes, quase ao lado da cidade de Santiago do Chile. Com pouquíssima chuva, solos com excelente drenagem, altitudes elevadas e muita água de degelo disponível para irrigação, é uma região que facilita em muito o cultivo de uvas de grande qualidade para a produção de vinhos. Os produtores e rótulos mais renomados e tradicionais provêm desta extensa área, onde uma tendência atual tenta vincular os territórios e suas características climáticas à variedades e estilos de produção, num princípio de busca pelo terroir argentino. Sub-regiões vêm sendo cada vez mais claramente delineadas e a primeira DOC do país, Luján de Cuyo, ganha cada vez mais reconhecimento com seus Malbec de grande concentração e intensidade, enquanto o Alto Valle de Uco, com seus vinhedos de altitude, permite a elaboração de vinhos frescos de grande vivacidade, com Merlot de alto nível e Pinot Noir intensos e refinados. 86
Bodegas Salentein Ao completar sua primeira década de vida, a Salentein é uma das mais dinâmicas bodegas da Argentina. Renovando-se constantemente, está dando início a uma nova fase de sua história com uma reformulação completa de seu posicionamento de mercado, marcada pela contratação de dois grandes nomes da enologia do país e do mundo: Pepe Galante, um dos mais renomados enólogos argentinos, é o novo Chief Winemaker do grupo e o americano Paul Hobbes, com larga experiência na Argentina, responsável pelo sucesso de grandes vinhos americanos, o consultor responsável por tornar os vinhos mais prontos e fáceis de beber desde novos. Pioneira no Alto Valle de Uco, a vinícola é famosa pelos vinhos oriundos de vinhedos com diferentes altitudes, que permitem inclusive a produção de belos Pinot Noir.
paso Selected white
paso Selected red
Combina o volume da Chardonnay ao frescor da Sauvignon Blanc em um vinho fresco, com notas cítricas e de maçãs. Vinho muito acessível e ideal para todos os momentos, desde o dia a dia até festas e eventos.
O vinho mais simples da linha Portillo é um raro exemplo de vinho barato e com boa qualidade. Vinho ideal para o dia-a-dia, eventos e festas, a versão tinta é agradavelmente frutada, macia e convidativa.
%
Castas
V.B.L
Sauvignon Blanc Chardonnay
-
10º
14,5%
V.T.L
Castas
Uvas tintas variadas
% -
Portillo Sauvignon Blanc
Portillo Chardonnay
Um Sauvignon Blanc impecavelmente fresco e saboroso, com muita característica da variedade, perfumado de grapefruit, pêssegos e notas de maracujá. A textura rica e macia, a acidez fresca e os sabores intensos, sem agressividade, fazem deste um vinho muito agradável e convidativo.
Peras, maçãs verdes e nectarinas se alternam no Portillo Chardonnay, que tem textura untuosa e bom volume. Excelente companhia para peixes, frutos-do-mar de carne doce (camarões, lagostas, vieiras) e saladas ou como aperitivo, no calor, é equilibrado e saboroso.
V.B.L
Castas
100% Sauvignon Blanc
14,5%
WS 86 (04)
% -
16º
10º
13,5%
V.B.L
Castas
100% Chardonnay
% -
12º
13%
87
Argentina/Mendoza Portillo Malbec
Portillo Cabernet Sauvignon
WS 86 (04)
V.T.L.E
1500 ml
Também aqui não poderia faltar um Cabernet Sauvignon, uva que produz grandes vinhos na Argentina. As notas de pimentões e pimentas pretas e a fruta fresca carnuda, típicas da Cabernet, são amaciadas por uma produção cuidadosa, que faz um vinho de boa estrutura.
%
Castas
-
100% Malbec
17º
14%
%
Castas
V.T.L.E
100% Cabernet Sauvignon
-
Portillo Merlot
El Portillo Espumante Extra Brut
Cerejas e amoras frescas fazem um Merlot atraente e sedutor, de taninos muito macios, excelente para carnes também macias e ricas em especiarias e sabores.
O primeiro espumante do grupo Salentein é elaborado com uvas selecionadas de parcelas especiais da Finca El Portillo. O vinho ganha complexidade durante um mês de contato com as lias, enriquecendo seu caráter cítrico e fresco com notas de mel e pão tostado.
WS 86 (04)
V.T.L.E
Castas
100% Merlot
% -
17º
14%
V.E
-
Um convite da Salentein a provar vinhos de maior complexidade e cuidado na elaboração, esta “seleção” combina Chardonnay e Sauvignon Blanc fermentados em barricas em um vinho untuoso, muito fresco, com sabores de peras, maçãs, figos e toques cítricos e lácteos.
Produzido com as variedades de uva que obtiveram maior sucesso nos vinhedos da Salentein a cada ano, o Winemaker’s Selection é macio e saboroso, de taninos sedosos, fruta fresca e notas de chocolate, tabaco e café.
% 30 dias
10º
14%
8º
12,5%
%
Castas
40% Cabernet Sauvignon 40% Malbec V.T.L.E 20% Merlot
14%
%
Winemaker’s Selection Malbec/Merlot/ Cabernet Sauvignon
Castas
17º
Castas
60% Chardonnay 40% Pinot Noir
Winemaker’s selection chardonnay/ sauvignon blanc
50% Sauvignon Blanc V.B.C.M 50% Chardonnay
88
375 ml
WS 86 (04)
Um Malbec acessível e muito bem feito, de taninos redondos e aveludados e aromas característicos da uva (ameixa, cassis e amoras), não é sem motivo escolhido com frequência pelos especialistas como melhor compra de Malbec argentino.
9 meses
17º
14%
Argentina/Mendoza
100% Chardonnay
Talvez seja a “grande compra” entre os vinhos de Laureano, um Merlot muito elegante, com boa fruta e mineralidade, sedoso e persistente, com excelente potencial para se tornar um vinho enriquecido e amaciado pelo tempo de guarda.
a. Da região de Mendoza, onde já abundavam há mais de 5 séculos;
% 10 meses
12º
14,5%
V.T.E
Castas
100% Merlot
19 meses
Salentein Malbec
A mais internacional das uvas faz um vinho estruturado, com aromas de frutas vermelhas e pimenta, e taninos bem marcados, excelente volume e persistência. Companhia para carnes de fibra e sabores marcados, como a nossa fraldinha ou o ojo de bife argentino.
O grande centro das atenções na Argentina, a uva Malbec faz vinhos escuros, cheios de fruta e, em particular no Alto Valle de Uco, com uma cor e brilho excepcionais. Ameixa, amora e tabaco, com taninos agradavelmente doces, acidez viva e álcool bem equilibrado no todo, sem excessos.
WS 90 /(02) D 4
100% Cabernet Sauvignon
15 meses
18º
14,5%
salentein syrah
100% Syrah
(04) / ST 89(05)
% 14 meses
Castas
100% Malbec
% 12-14 meses
18º
14,5%
Uva de difícil cultivo, atinge maturação perfeita nos vinhedos mais altos (até 1700 metros) da região do Valle de Uco. Característico da variedade, o vinho é perfumado e delicado, com aromas de violetas, morangos e framboesas, notas de cedro e pinho.
Destacado pela Revue du Vin de France em sua matéria sobre Syrah pelo mundo, é uma experimentação muito bem sucedida em solo argentino. Especiado (canela, anis e pimenta), fresco e agradável, com uma textura muito macia, fruta viva e notas florais.
V.T.E
V.T.E
14,5%
Salentein Pinot Noir
WS 87 (01)
Castas
18º
%
Castas
V.T.E
c. De Málaga, na Espanha, de onde sairam muitos colonos para a Argentina.
%
Salentein Cabernet Sauvignon WS 86 (02) / ST 88 (03)
b. Do sudoeste francês, onde ainda são cultivadas e fazem vinhos concentrados;
1500 ml
A mais clássica uva branca atinge uma concentração única nos vinhedos da Salentein. A madeira bem dosada dá volume e enriquece o vinho, sem fazê-lo pesado nem monotom. Elegante, saboroso e de final longo, belo exemplo de Chardonnay com caráter.
V.B.E
As uvas Malbec, símbolo dos vinhos argentinos, são originárias de onde?
ST 86 (01)
ST 86 (04)
Castas
Salentein Merlot
375 ml
Salentein CHARDONNAY
18º
14,5%
V.T.E
Castas
100% Pinot Noir
% 10 meses
16º
14,5%
89
Argentina/Mendoza Primus Pinot Noir
Numina Malbec / Merlot
O primeiro dos Primus mostra o potencial de amadurecimento e concentração que esta delicada variedade consegue nos vinhedos refrescados pelas brisas dos Andes. Fruta viva nos aromas, com toques da presença em madeira (tabaco, discreto tostado) e notas de violeta.
ST 90 (04)
O primeiro vinho de corte produzido pela Salentein, combina as melhores uvas produzidas em seus vinhedos. Malbec e Merlot se aliam produzindo um vinho denso e concentrado, honrando seu nome, que na Roma antiga, indicava a “essência” das coisas.
%
Castas
V.T.E
66% Malbec 34% Merlot
16 meses
17º
14,5%
V.T.E
%
Castas
17º
10 meses
100% Pinot Noir
Primus Merlot
Primus Malbec
Novamente a grande surpresa das Bodegas Salentein é o Merlot. Produzido com uvas selecionadas de duas parcelas de excepcional qualidade, o Primus Merlot é intenso e concentrado, um vinho eloquente, que emociona.
Trata-se, segundo muitos, do melhor vinho já elaborado pelas Bodegas Salentein. Até hoje, apenas duas safras mereceram ter um Primus Malbec. Um vinho escuro, potente, intenso, com longo potencial de guarda.
ST 91 (04) / JR 15,5 (04)
ST 87 (04)
V.T.M.E
Castas
100% Merlot
15,5%
% 19 meses
18º
15%
V.T.M.E
Castas
100% Malbec
% 12-14 meses
18º
15%
variações de altitude
A
Saletein usufrui de condições especiais para o cultivo de suas uvas: vinhedos em diferentes altitudes permitem climas diferentes, necessários para variedades diferentes.
andes 1.700 m
Finca San Pablo
1.300 m Finca La Pampa
1.100 m Finca el oasis
90
Rutini Wines Juntamente com poucas outras vinícolas, a Rutini representa a tradição enológica da Argentina. Fundada por um italiano no final do século XIX, é hoje a união de sua carga histórica (foi inclusive a primeira vinícola a plantar no Vale de Tupungato) com o que há de mais atual em técnicas de produção e equipamentos. Sob a batuta de Mariano di Paola, um dos mais influentes enólogos do país, produz uma ampla linha de vinhos de grande refinamento e equilíbrio, complexidade e profundidade: Trumpeter é uma linha de exportação, com rótulos elegantes e descontraídos e vinhos agradavelmente frutados; uma “Colección” de vinhos para conhecedores é seu carrochefe, com ampla linha de varietais e três cortes à base de Cabernet; por fim, um trio de rótulos de produção muito limitada às melhores safras e lotes: Rutini Apartado, Felipe Rutini – o grande vinho da bodega – e o Antologia, que é recriado de maneira diferente a cada ano pelo enólogo Mariano di Paola.
cruz alta malbec
Cruz Alta Sauvignon Blanc/Sémillon
%
Castas
-
10º
13%
Trumpeter Chardonnay
100% Chardonnay
-
17º
375 ml
13%
Boa fruta (em particular cereja e ameixa), associada a notas de baunilha e leve tostado. Agradavelmente fresco, é bem redondo e macio, com taninos suaves e corpo médio, mas boa estrutura para acompanhar as tradicionais carnes do país.
% 7 meses
10º
13,7%
V.T.L.E
Castas
100% Malbec
375 ml
WS 89 (06) / D 3 (05) / ST 87 (07)
Chardonnay com leve passagem por madeira, o Trumpeter tem fruta tropical bem presente (abacaxi, banana, mamão) e toques de baunilha, com boa acidez para manter o frescor. Boa pedida para o período de calor e para acompanhar pratos frescos, saladas e frutos do mar.
V.B.L
100% Malbec
%
Trumpeter Malbec
WS 86 (00) / ST 86 (02)
Castas
V.T.L
Castas
1500 ml
V.B.L
50% Sauvignon Blanc 50% Sémillon
375 ml
1500 ml
Delicado e fresco, o Cruz Alta Branco utiliza uma combinação típica de Bordeaux para produzir um branco agradável para qualquer situação. Muito aromático, com os aromas típicos da Sauvignon Blanc em destaque, mas com frutas tropicais para “amaciar”.
1500 ml
Um Malbec de corpo médioleve, mas muito característico. Fruta fresca (ameixa e framboesa) com boa acidez e taninos macios, surpreende pelo equilíbrio e persistência boa, sabores agradáveis e baixo custo.
% 7 meses
17º
13,4%
91
Argentina/Mendoza Trumpeter Cabernet Sauvignon
Trumpeter Syrah WS 88 (03)
WS 87 (03) / ST (06)
As notas florais (violeta) e a especiaria doce, mas ligeiramente picante (anis, canela) se encaixam deliciosamente à fruta viva e fresca, sem excesso de álcool e com acidez ideal, em um vinho produzido com a vedete enológica do momento, a uva Syrah, originária do Vale do Rhône francês.
Corpo acentuado, com taninos característicos e fruta viva, com algo de pimenta no final é a descrição clássica de Cabernet Sauvignon. O Trumpeter Cabernet é bastante macio e redondo, graças ao amadurecimento que combina madeiras novas e usadas.
%
Castas
100% Cabernet Sauvignon
V.T.L.E
7 meses
17º
13,5%
trumpeter malbec/syrah
%
Castas
7 meses
17º
13,5%
14 meses
Redondo, frutado e com um toque exótico, uma verdadeira oportunidade para quem busca sair do habitual. Utilizar Petit Verdot para produzir um vinho varietal é uma tendência recente. A uva é importante em Bordeaux, ainda que utilizada em pequena escala: dá cor, tanino e vida aromática ao vinho.
Trumpeter Reserva Pinot Noir é intensamente aromático e muito frutado. De difícil cultivo, a Pinot Noir não se dá em qualquer lugar: um trabalho cuidadoso é necessário para amadurecer a uva e conservar seus aromas e sabores.
100% Petit Verdot
13%
%
Trumpeter Reserva Pinot Noir
Castas
17º
Castas
30% Cabernet Sauvignon 35% Tempranillo V.T.L.E 35% Malbec
Trumpeter Reserve Petit Verdot
V.T.L.E
92
7 meses
Combinando a fruta doce da Tempranillo, os taninos sedosos da Malbec e a estrutura da Cabernet, com uma boa permanência em madeira, a versão Reserva do Trumpeter traz um vinho mais concentrado e rico, muito balanceado e complexo.
É o vinho da linha Trumpeter de maior sucesso no Brasil. Produzido com uvas de vinhedos de altitude (1200 metros), é sedoso e frutado com bom aporte dos aromas das barricas, excelente frescor e aromas sedutores de violetas, ameixas, framboesas, chocolate e cravo.
V.T.L.E
100% Syrah
%
Trumpeter Reserva
ST 87 (06)
50% Malbec 50% Syrah
V.T.L.E
Castas
% 12 meses
17º
14%
V.T.L.E
Castas
100% Pinot Noir
17º
13%
% 10 meses
17º
13%
Argentina/Mendoza Rutini Sauvignon Blanc
Rutini Chardonnay
Fermentado em barrica, este Sauvignon Blanc ganha textura untuosa e notas lácteas sem perder a vivacidade tradicional da uva: maracujá, abacaxi e notas de grapefruit e de grama cortada. Característico e, ao mesmo tempo, diferente do habitual.
Um dos vinhos da Rutini mais reconhecidos pelo público, o Chardonnay tem madeira muito bem integrada, que não oculta o frescor agradável e as frutas tropicais. Saboroso, com toques amanteigados e de avelãs, é um vinho elegante e volumoso, para acompanhar aves e a pupunha grelhada típica das churrascarias gaúchas.
Castas
V.B.C.M 100% Sauvignon Blanc
WS 89 (02) / D 4
% 3 meses
12º
13%
V.B.C.M
(01) / ST 88 (07)
Castas
100% Chardonnay
% 9 meses
Grande sucesso no mercado brasileiro, é um vinho agradável e sedoso. A Cabernet contribui com a estrutura e a Malbec com fruta madura e taninos sedosos, num vinho à moda europeia: delicado, equilibrado e de perfumes sutis.
O apreço de Mariano di Paola por vinhos bordaleses faz com que seus vinhos sejam delicados e elegantes, com boa fruta e a madeira no lugar, especialmente com uso da Merlot, que amacia a Cabernet e ressalta a fruta.
%
Castas
50% Cabernet Sauvignon V.T.L.E 50% Malbec
375 ml
rutini cabernet/merlot
1500 ml
Rutini Cabernet/Malbec
12 meses
17º
13%
V.T.L.E
12 meses
Rutini Merlot
Uma combinação pouco tradicional, mas com excelente resultado: a Syrah tempera o vinho de Cabernet e doa taninos agradáveis. O vinho é interessante e gostoso de beber.
Carnudo, sedoso e frutado, o Rutini Merlot é um vinho de excelente estrutura que pode evoluir ainda por alguns anos. Pode acompanhar carnes assadas e grelhadas, em particular um belo cordeiro. Eleito “Melhor Merlot” da Argentina pelo guia Descorchados.
% 12 meses
17º
14%
WS 89 (02) / ST 88 (05)
Castas
V.T.L.E
14%
%
Castas
70% Cabernet 30% Merlot
rutini cabernet/syrah
70% Cabernet 30% Syrah
12º
17º
14%
V.T.E
Castas
100% Merlot
% 12 meses
17º
13,5%
93
Argentina/Mendoza Rutini Syrah
Rutini Malbec
Uma das mais belas surpresas da linha Rutini, o Syrah é intenso, com fruta viva (amora, cassis) e especiarias muito agradáveis no nariz (noz moscada, canela), acidez fresca e taninos bem marcados, elegantes. Uma longa persistência completa o paladar.
O carro-chefe da linha, já esteve entre os 100 melhores do ano da revista Wine Spectator (na época, o único vinho argentino incluído). De cor intensa e aromas francos de ameixa, tabaco e café.
V.T.E
Castas
100% Syrah
WS 89 (03)/RP 87(05)/JR 16,5 (04)
% 14 meses
17º
13,5%
Rutini Cabernet Sauvignon
17º
13%
Rutini Apartado
%
Castas
94
V.T.M.E
(XXVI) 50% Malbec 30% Pinot Noir 20% Merlot
% 18 meses
18º
13%
Surpreendente vinho muito concentrado, de estilo muito europeu. Amplo leque aromático, com muita fruta (ameixa, cereja, framboesa) e boa contribuição da madeira (café, chocolate, baunilha). Grande destaque entre vinhos argentinos.
Apartado, o vinho “separado” por sua alta qualidade, combina uvas das melhores parcelas em três sub-regiões de Mendoza e é produzido somente nas colheitas de melhor qualidade. Elegante e potente, sem excesso de maturidade, de álcool ou de taninos, pode ser bebido agora ou guardado ainda por muitos anos.
18 meses
12,8%
Felipe Rutini
WS 90 (00) / RP 91 (02) / ST 89 (02)
50% Cabernet Sauvignon 30% Malbec 20% Syrah V.T.M.E
17º
Castas
% 12 meses
12 meses
Ano após ano, Mariano di Paola elabora um novo vinho para a linha Antologia, combinando os lotes da mais alta qualidade separados em provas individuais das barricas. Cada lote será depois numerado e engarrafado e a composição e número de garrafas varia a cada um.
Castas
V.T.E
100% Malbec
%
Rutini Antologia
Cabernet frutado e de taninos muito bem estruturados, tem os sabores da fruta (cassis, framboesas) muito bem fundidos aos da madeira (café, tabaco) e um corpo volumoso e muito agradável.
100% Cabernet Sauvignon
V.T.E
Castas
18º
13,6%
%
Castas
50% Cabernet Sauvignon 30% Merlot 20% Malbec V.T.M.E
24 meses
17º
13,5%
Flechas de los Andes Associação de Benjamin de Rothschild e Laurent Dassault (proprietário do Château Dassault em Bordeaux e da renomada fábrica de aviões), a bodega Flechas de los Andes surgiu como parte do projeto Clos de los Siete, capitaneado por Michel Rolland com um grupo de seletos produtores de Bordeaux para a criação de um grande vinho argentino. Construída em 2003 em Vista Flores, área nobre dos terrenos de altitude de Mendoza, a bodega compreende 100 hectares de vinhedos plantados em 1999 com Malbec, Merlot, Syrah e Cabernet Sauvignon, utilizados em composições variáveis para produzir apenas dois vinhos, de estilo único, muito influenciados pela experiência bordalesa de seus proprietários e do consultor Michel Rolland: os taninos são angulosos e estruturados, as especiarias e a influência da madeira notáveis, mas com a fruta fresca e a riqueza que são necessárias para escoltar tanta austeridade. São vinhos que irão ganhar muito com o amadurecimento na garrafa e que, se servidos ainda jovens, necessitam aeração para que o contato com o oxigênio libere seus perfumes mais bem guardados.
Gran Malbec
Gran Corte
Puro Malbec, de grande concentração, que tinge a taça. Os perfumes sedutores convidam a prová-lo, mas é bom lembrar que este não é um argentino comum: de taninos angulosos, com fruta imponente que equilibra os perfumes tostados da madeira, vale guardar por alguns anos ou decantar antes de beber.
Anualmente o corte é elaborado com vinhos das diferentes uvas disponíveis nos vinhedos da bodega, produzindo um vinho refinado, com ampla gama de perfumes e muita estrutura. Necessita decantação para mostrar suas melhores características e pode ser guardado por até 10 anos.
RP 94 (06) / WS 89 (07) / DES 91 (06)
RP 92 (07) / WS 89 (08) / DES 92 (06)
V.T.E
Castas
100% Malbec
% 14 meses
18º
15,5%
%
Castas
V.T.E
60% Malbec 30% Syrah 10% Merlot
14 meses
18º
15%
punta de flechas O novo vinho do enólogo Pablo Richardi, produzido exclusivamente com Malbec, mantém o estilo tradicional, relativamente europeu, da bodega Flecha de los Andes com uma leveza e frescor que o tornam mais acessível para o dia a dia que seus "irmãos".
V.T.L
Castas
100% Malbec
Malbec a imigrante francesa
M
albec, sinônimo de vinho argentino para muitos apreciadores brasileiros e do resto do mundo, é uma uva originária do sudoeste francês e foi muito popular em Bordeaux. Não é à toa que Michel Rolland e outros produtores de referência na renomada região francesa se deram tão bem com a uva e com sua produção na Argentina!
% 9 meses
17º
14%
95
Aconcagua Santiago Maipo Cachapoal Colchagua
Chile
Curicó ARGENTINA OCEANO PACÍFICO
Bio Bio
Malleco
U
m paraíso enológico para muitos, o Chile possui condições únicas no mundo: cercado pela Cordilheira dos Andes a leste, o Deserto de Atacama ao norte, a Antártica ao sul e o frio Oceano Pacífico a oeste, é talvez o único país do mundo com toda sua extensão territorial livre da praga da filoxera. Com grande variedade de micro climas e solos, é possível produzir uma infinidade de variedades com alta qualidade e bons preços. O Vale Central, centro da produção, é uma grande região que se subdivide em vários vales: próximo à cidade de Santiago, o Vale do Maipo é onde se concentra a produção de Cabernet Sauvignon; Casablanca, a oeste do Aconcágua, é famoso por seus Chardonnays e Leyda, ainda mais a oeste, produz Sauvignon Blanc frescos e pungentes, enquanto experimentações nas áreas semidesérticas do Norte rendem frutos com uvas de clima quente, em particular a Syrah. Carménère, a bandeira da viticultura chilena, tem seu berço mais famoso nas zonas centrais de Rapel, enquanto no extremo sul do país, Bio-Bio e Malleco, sujeitos a chuva e frio, também são foco de experimentações, já de grande sucesso, como o Sol de Sol, da Viña Aquitania.
Viña Aquitania Em 1984, dois renomados enólogos de Bordeaux, Bruno Prats (ex-Cos d’Estournel, atual Chryseia) e Paul Pontallier (Château Margaux), decidiram procurar terras de qualidade para produzir vinhos no Chile. Buscaram então um amigo em comum, o renomado enólogo franco-chileno Felipe de Solminihac e, por fim, uniu-se a eles Ghislain de Montgolfier (Champagne Bollinger). Confiantes da importância do terroir, os três famosos amigos – que, como na história de Dumas, eram quatro – escolheram um terreno de solo pobre e bem drenado, em que a exposição solar é ideal e as noites são frescas, aos pés da cordilheira dos Andes. Os proprietários contam que foi em seu vinhedo ainda novo que o ampelógrafo francês Jean-Michel Boursicaud declarou a Felipe de Solminihac que “o que há ali é Merlot, mas o que está à direita não é” e levou amostras que duas semanas depois dariam início a uma quase revolução na vitivinicultura chilena: a redescoberta da Carménère. 96
Chile Aquitania Reserva Cabernet Sauvignon Vale do Maipo
Produzido a partir da sangria de Cabernet Sauvignon sem o período de maceração, Aquitania Rosé é de uma bela coloração rosada, mas de extrema delicadeza. Muito perfumado (notas de cravo e anis), com fruta viva e elegante (morango, framboesa), sem excessos.
%
Castas
V.R
100% Cabernet Sauvignon
-
10º
13,5%
%
Castas
V.T.L.E
100% Cabernet Sauvignon
3 meses
Aquitania Reserva CarmÉnÈre
Aquitania Reserva Syrah
A linha Aquitania ganha um importante componente: um Carménère, vinificado por Felipe de Solminihac a partir de uvas cuidadosamente selecionadas de vinhedos de colaboradores. O vinho é macio, com a pimenta, o chocolate e as notas resinosas típicas da variedade.
Outra novidade na Aquitania é o Syrah, também selecionado por Solminihac de forma a mostrar a tipicidade da variedade: pimenta preta e violeta, taninos macios e um toque defumado.
V.T.L.E
100% Carménère
% 8-10 meses
17º
13%
Vale Central
Vale Central
Castas
1500 ml
O vinho de base da vinícola franco-chilena é produzido somente com uvas Cabernet Sauvignon selecionadas no Vale de Maipo. É um vinho elegante, de estilo bastante francês, mas inegavelmente chileno: cheio de fruta, com notas de eucalipto e especiarias, acidez fresca e taninos macios.
375 ml
aquitana rosé Vale do Maipo
17º
13%
V.T.L.E
Castas
100% Syrah
% 8-10 meses
17º
13%
Lazuli Vale do Maipo WS 89 (02)
Carménère
O grande vinho da vinícola, produzido em maior parte com as uvas cuidadosamente cultivadas nos parcos 18 hectares próprios. Ano a ano, à medida que os vinhedos envelhecem, o vinho se torna mais e mais elegante e concentrado.
O
%
Castas
V.T.E
100% Cabernet Sauvignon
12 meses
18º
riginária de Bordeaux, a Carménère é uma uva de difícil cultivo, que sofre para amadurecer adequadamente. Após a devastação dos vinhedos europeus pela filoxera, poucos produtores tiveram interesse em replantar a variedade, que ficou comercialmente extinta até ser redescoberta no Chile, onde surpreendeu a todos por ser capaz de fazer vinhos interessantes e de caráter próprio.
13%
97
Chile/Viña Aquitana Sol de Sol Chardonnay Traiguén, Vale de Malleco
Sol de Sol Pinot Noir Traiguén, Vale de Malleco
Solminihac decidiu com sucesso experimentar o clima frio do vinhedo mais meridional do Chile, em Traiguén. A boa insolação aliada às temperaturas baixas doa ao vinho características mais recorrentes nos grandes Chardonnays da Europa que nos do Novo Mundo.
A já muito aguardada novidade de Felipe de Solminihac é seu Pinot, produzido em uma parcela dos já consagrados vinhedos de Traiguén. O resultado do clima já era conhecido por seu Chardonnay e não é desmerecido no Pinot: elegante, refinado, digno de representar o Chile diante da Borgonha.
WS 90 (03) / JR 16,5 (06)
V.B.E
Castas
100% Chardonnay
% 12 meses
12º
13,5%
V.T.L.E
Castas
100% Pinot Noir
% 12 MESES
16º
13%
MontSecano André Ostertag é um alsaciano peculiar: não se enquadra muito nas “facções” dos produtores alsacianos, divididos pelas tradições familiares. É polêmico, modernista sob alguns aspectos, tradicionalista sob outros. E com sua experiência em vinificação e em biodinâmica, foi a escolha ideal quando Julio Donoso e Javier de la Fuente se uniram a Álvaro Yanez e precisavam de alguém especial para dar início a um projeto único em Casablanca, no Chile, onde a família Donoso se estabeleceu há 60 anos. Apenas 7 hectares de vinhedos, plantados exclusivamente com Pinot Noir em cultivo totalmente biodinâmico, que em sua primeira safra rendeu menos de 400 garrafas, convertidas instantaneamente em objeto de culto no Chile pela exuberância dos perfumes e raridade das garrafas. Recém-chegado ao mercado brasileiro (e do resto do mundo), irá, sem dúvida, se tornar uma referência em Pinot do novo mundo.
refugio Casablanca
Montsecano Casablanca
A partir de um novo vinhedo, vizinho ao morro de onde provém Montsecano e também em cultivo biodinâmico, o quarteto de amigos produz uma versão mais leve e delicada de seu vinho, sempre Pinot em pureza.
A segunda safra é maior que a primeira, mas, sem dúvida, ainda muito limitada: pouco mais de 2000 garrafas, com grande concentração, intensidade aromática e, ao mesmo tempo, frescor. O clima frio de Casablanca é ideal para cultivo de Pinot Noir, mas ainda é capaz de gerar muito sabor e perfume.
V.T.L.E
98
Castas
100% Pinot Noir
% -
18º
14%
V.T.L.E
Castas
100% Pinot Noir
% -
16º
13%
Chile Quebrada de Macul Na área mais nobre do Vale do Maipo, nos arredores da cidade de Santiago, os Peña Vial possuem 36 hectares de vinhedos plantados na década de 70, com os quais forneceram algumas das melhores uvas do país às principais vinícolas durante quase trinta anos. A partir de 1996, em associação a um renomado enólogo da região, deram início à produção própria, criando um dos mais importantes e famosos vinhos chilenos: Domus Aurea. Seus vinhos tomaram um novo rumo nos primeiros anos da década de 2000 com a chegada do consultor Patrick Valette e do enólogo Jean-Pascal Lacaze, franceses radicados no Chile que influenciaram em muito em seu estilo. Os dois enólogos são bordaleses e com ampla experiência com as variedades de Bordeaux, que compõem os vinhedos do Clos Quebrada de Macul: Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot e Petit Verdot.
Alba de Domus Vale de Maipo
domus aurea O grande vinho do Clos, é uma seleção dos melhores lotes, mais ricos e representativos do estilo do Alto Maipo. O vinho é carnudo, macio e extremamente complexo, com notas terrosas, frutas muito maduras e o leve mentolado típico da região.
%
Castas
60% Cabernet Sauvignon 20% Merlot V.T.E 20% Cabernet Franc
18 meses
16º
13,5%
%
Castas
V.T.E
86% Cabernet Sauvignon 7% Merlot 7% Cabernet Franc 18
375 ml
Produzido à imagem de seu “irmão mais velho”, o Domus Aurea, Alba de Domus é uma versão mais leve, mas com a rica fruta e as notas mentoladas também em destaque
1500 ml
Desc. 92 (06) / WS 94 (05) / ST 88 (06)
3000 ml
Vale de Maipo
Desc. 92 (06)
meses
16º
14,8%
stella aurea Vale de Maipo Desc. 92 (05)
Uso da madeira
Para a produção do Stella são selecionados os vinhos mais delicados, de forma que este costuma ser considerado o vinho “feminino” da Quebrada de Macul.
T
%
Castas
60% Cabernet Sauvignon 20% Merlot V.T.E 20% Cabernet Franc
18 meses
16º
anto a passagem do vinho por madeira (barricas ou tonéis) quanto o “contrário”, a colocação de madeira dentro do vinho sob forma de tábuas e pequenos pedaços (os famosos chips) são opções que o enólogo tem para usar de acordo com as características do vinho, o preço e o estilo que busca alcançar. O resultado varia de acordo com o tipo de madeira, o tamanho dos tonéis, sua idade e o tempo aplicado.
14,5%
99
Chile Viña Domaine Conté A Viña Domaine Conté nasceu da iniciativa de um dos maiores grupos vinícolas do mundo: união de vinícolas americanas e australianas, o grupo Beringer Blass foi responsável pela produção de alguns dos mais premiados rótulos dos Estados Unidos e da Austrália, mas também Itália, Nova Zelândia, França e Chile. Há poucos anos, Salvador Correa, responsável pela produção do grupo no Chile, assumiu controle da produção, sempre contando com o cuidadoso trabalho da enóloga francesa Laurence Segat. Laurence acompanha o desenvolvimento de vinhedos espalhados por todo o país ao longo do ano para que possa decidir como combinar uvas de diferentes sub-regiões em busca de equilíbrio e tipicidade das variedades. Três parcelas de destaque por seu baixo rendimento e grande qualidade das uvas fornecem matéria prima para os vinhos das linhas Reserva e Gran Reserva e contribuem com a linha “Selección de Barricas”, que tem seus sabores e textura.
V.B.L
Castas
100% Sauvignon Blanc
% -
10º
13,5%
Reserva Chardonnay Vale de Casablanca
V.B.C.M
100
100% Chardonnay
6 meses
12º
13,5%
Característica Cabernet chileno, leve e cheio de fruta, em especial a típica goiaba com notas mentoladas. Taninos macios da pequeníssima adição de Carménère e Merlot e acidez fresca tornam-no convidativo e ótima opção para qualquer momento.
% 5 meses
100% Chardonnay
%
Selección de Barricas Cabernet Sauvignon Vale Central
Um dos maiores destaques da vinícola, é um Chardonnay elegante e agradável, que remete a vinhos da Borgonha. É um vinho volumoso, mas com muito boa acidez. Os aromas da barrica não escondem as frutas tropicais e cítricas.
Castas
V.B.L
Castas
1500 ml
O Chile é um grande produtor de vinhos brancos: boa insolação e ventos frescos dos Andes e do Pacífico permitem um amadurecimento ideal das uvas. Este Chardonnay é fresco e frutado, muito agradável para acompanhar comida ou para refrescar no calor.
O Domaine Conté Sauvignon Blanc é pungente, com aromas de grapefruit, maracujá e grama fresca, muito frescos e típicos da variedade. Com acidez viva e sabores intensos, é excelente companhia para frutos do mar, peixes grelhados e saladas.
10º
13,8%
%
Castas
V.T.L
90% Cabernet Sauvignon 5% Carménère 5% Merlot
6 meses
17º
13,6%
375 ml
Selección de Barricas Chardonnay Vale Central
Selección de Barricas Sauvignon Blanc Vale Central (Casablanca e Curicó)
Chile/Viña Domaine Conté
Atual ícone do Chile, a Carménère faz vinhos sedosos, volumosos e com aromas de chocolate e pimentão verde. Este é um vinho campeão de custo-benefício, um de nossos vinhos mais vendidos. Para acompanhar carnes macias e saborosas.
Combina duas técnicas que visam a extração do caráter típico da variedade: uma maceração a frio com 80% das uvas para obtenção de cor e dos perfumes mais delicados de flores e especiarias e uma pré-fermentação através de maceração carbônica, que ressalta a fruta e também o caráter floral.
%
Castas
7% Cabernet Sauvignon 88% Carménère V.T.L.E 5% Syrah
6 meses
17º
13,6%
%
Castas
18º
14%
Reserva Carménère Vale de Curicó
13,6%
V.T.E
Castas
100% Merlot
% 14 meses
17º
13,5%
De produção exclusiva de anos com alta qualidade das uvas e os melhores lotes de vinhedos especiais, o Gran Reserva é intenso em sabores e perfumes, com boa estrutura e longa persistência. Cabernet do Maipo e Merlot de Rapel.
%
Castas
14 meses
17º
Gran Reserva C. Sauvignon/Merlot Vale Central (Maipo/Rapel)
Versão reserva do Best-seller Carménère, torna-se ainda mais aveludado e rico com uma seleção acurada de uvas e estágio em barricas de carvalho. Toques vegetais, amoras, chocolate e canela, bom volume e estrutura.
8% Cabernet Sauvignon 92% Carménère V.T.L.E
6 meses
Videiras de crescimento bastante controlado através de irrigação reduzida produzem uvas pequenas e em baixa quantidade, mas ricas em concentração. O vinho que resulta é frutado e longo, com taninos suaves.
Principal sucesso da linha nos Estados Unidos, onde é comercializado sob a marca Dallas Conté. Muito aromático e profundo, com a madeira bem integrada, taninos sedosos e fruta intensa, que permanece longamente na boca, mostrando cassis, amoras, notas de eucalipto e de baunilha.
16 meses
%
Castas
15% Cabernet Sauvignon V.T.L.E 85% Syrah
Reserva Merlot Vale de Rapel
Reserva Cabernet Sauvignon Vale de Maipo
95% Cabernet Sauvignon V.T.L.E 5% Carménère
375 ml
Selección de Barricas Syrah Vale Central
1500 ml
Selección de Barricas Carménère Vale Central
18º
14%
%
Castas
70% Cabernet Sauvignon V.T.E 30% Merlot
24 meses
18º
14,5%
101
Chile Volcanes
Summit 2900 Cabernet Sauvignon Vale Central
de Chile A mais nova iniciativa do grupo vinícola do qual faz parte a histórica Undurraga, Volcanes de Chile lança mão de solos vulcânicos espalhados por todo o país: são mais de 2900 vulcões, entre velhas bocas apagadas pelo tempo e montanhas cuspidoras de fogo, que resultaram em pedaços de terra cuidadosamente selecionados pelo geólogo Agustin Aguerrea para que possam produzir vinhos ricos, saborosos e marcados por sua origem.
%
Castas
V.T.L
100% Cabernet Sauvignon
-
Summit 2900 Reserva Sauvignon Blanc
Summit 2900 Reserva Cabernet Sauvignon
Uma combinação de uvas de dois vales permite unir características importantes para o vinho: volume e fruta graças ao clima mais quente de Curicó, mineralidade e frescor do subsolo granítico e da influência marítima de Leyda.
O Reserva Cabernet da linha Summit é volumoso, de taninos macios e perfumes/sabores típicos da Cabernet no Chile (menta, fruta bem madura) com uma pequena contribuição de fruta fresca e taninos sedosos da adição de Syrah.
Vale do Curicó e Leyda
V.T.L
Castas
100% Sauvignon Blanc
% -
8-10º
13,5%
V.T.L
% 9 meses
%
Castas
85% Cab. Sauvignon 15% Syrah
9 meses
17º
13,5%
Uma preciosidade do Vale do Maule, que vem se destacando no Chile pelos vinhedos antigos que vêm sendo recuperados para produção de vinhos de excelente concentração e equilíbrio, como o Parinacota, de nariz exuberante e taninos sedosos.
Castas
V.T.L
13,5%
Parinacota Vale do Maule
Típico Carménère, de aromas terrosos, vegetais, de cacau em pó, o Reserva Carménère é aveludado e saboroso, com a mineralidade do solo vulcânico evidente em boca.
85% Carménère 15% Cab. Sauvignon
17º
Vale do Rapel
Summit 2900 Reserva Carménère Vale do Rapel
102
Um Cabernet leve e saboroso, de uvas selecionadas em vinhedos de solo vulcânico distribuídos pelo Vale Central. Notas mentoladas e defumadas, taninos firmes e excelente equilíbrio fazem uma excelente compra.
17º
13,5%
%
Castas
V.T.L
85% Syrah 15% Carignan
15 MESES
17º
13,5%
Respostas do Quiz
Pág 11 - a. Não se sabe bem quando ocorreu, mas graças às análises de DNA hoje sabemos que a Cabernet Sauvignon surgiu de um cruzamento acidental entre Cabernet Franc e Sauvignon Blanc. Pág 17 - a. Não se sabe ao certo de onde vem o nome “Cote d’Or”, mas o mais aceito é que seja devido à cor que as encostas tomam ao ser banhadas pelo sol. Pág 27 - a. As uvas mais plantadas do mundo são as espanholas Airén e Garnacha. Airén é utilizada basicamente para fazer destilados e vinhos brancos simples, mas a Garnacha faz grandes vinhos na Espanha e França (onde é conhecida como Grenache), mas cada vez em mais países. Pág 35 - c. O tempo pelo qual podemos guardar um vinho varia diretamente de acordo com o tipo de vinho e suas características, derivadas também da qualidade da uva utilizada. Pág 39 - b. “Sorì”, no dialeto piemontês, é um termo específico que define um vinhedo de alta qualidade, em geral, com exposição sul. Pág 45 - a. Valpolicella mistura termos latinos e gregos e indica que já na Idade Média o vale (val) tinha muitas (poli) adegas (cella). Pág 47 - b. A oxidação dos vinhos é desejada somente quando a tradição e o estilo de produção o exigem, como no caso de Jerez, do Porto e dos vinhos do Jura, por exemplo. Pág 55 - b. A pontuação de vinhos é uma forma pessoal de avaliação e indica em que medida o vinho se encaixa nos critérios de qualidade de um crítico em particular. Pág 61 - c. O vinho do Porto é doce pois recebe uma adição de aguardente alcoólica, que mata as leveduras e interrompe a fermentação antes que todo o açúcar seja consumido. Pág 69 - c. Cava é um termo em espanhol equivalente ao francês “cave”, a adega subterrânea onde se amadurece o vinho antes de colocá-lo à venda. Passou a indicar os espumantes, vinhos “de cava”, em oposição aos vinhos “de bodega”, que amadureciam nas estruturas construídas na superfície. Pág 75 - a. Tannat foi conhecida (e ainda é dentro do próprio Uruguai) como Harriague, pois foi introduzida e muito difundida por Pascual Harriague, um francês basco que impulsionou a produção vinícola uruguaia no final do século XIX. Pág 81 - c. Na Europa, a referência mundial em legislação vinícola, Extra-Brut indica açúcar residual máximo de 6g/L. Os espumantes só são mais secos que isso se não receberem a dose final de licor que equilibra o seu dulçor. Pág 85 - b. Terroir é um conceito amplo e complexo, criado pelos franceses, que envolve o tipo de solo, o clima, a exposição solar e as variedades utilizadas na produção de uva para vinificação. Pág 89 - b. A Malbec é originária do sudoeste francês e já foi bastante utilizada em Bordeaux. Hoje é cultivada principalmente em Cahors, onde faz vinhos concentrados, quase negros.
Saiba mais no site da Zahil: www.zahil.com.br
103
Harmonização
S
em dúvida nenhuma, esse é o nosso tema mais saboroso. Nem sempre é simples combinar vinho e comida, mas com algumas linhas de orientação, você pode ter esse “trabalhão” por conta própria e sem medo de arriscar: afinal, provar as combinações não será nenhum sofrimento, não é verdade? Veja abaixo alguns conceitos-chave para fazer suas próprias harmonizações e, na página ao lado, como combinar os principais tipos de carne e pratos com vinhos de todo o mundo. Beba o que você gosta: embora experimentar e descobrir novas sensações sejam algumas das maiores vantagens do universo do vinho, o mais importante é que você fique satisfeito. Então, mesmo que alguma regra vá de encontro do seu gosto pessoal, simplesmente ignore-a e aproveite! Harmonize os volumes: pratos mais leves pedem vinhos mais leves. Para os sabores vale o mesmo – pratos mais saborosos ou com maior variedade de perfumes, merecem vinhos mais intensos ou mais ricos em aromas. Amargor necessita maciez para equilibrar-se agradavelmente. Combine o churrasco típico do sul com os alcoólicos Malbecs argentinos e veja como o álcool “amacia” o tostado da carne. A acidez na comida é inimiga do vinho, mas pratos com uma leve tendência ao ácido podem ser amenizados por vinhos macios (com o teor alcoólico mais elevado, por exemplo) ou equilibrados com vinhos também ácidos, como é o caso das clássicas combinações Sauvignon Blanc/Queijo de Cabra e Massa com Molho de Tomate/Chianti. Combine doce com doce! Vinho do Porto é ótima companhia para sobremesas à base de chocolate. Além disto, dificilmente o açúcar na comida pode ser maior que no vinho, mas o contrário é muito possível: experimente um Riesling de colheita tardia com foie gras - é uma combinação dos deuses. Arrisque!: Para fazer da sua experiência mais rica e interessante, não deixe de provar e fazer testes. Você pode se surpreender e descobrir harmonizações incríveis, que farão de seu vinho ainda melhor e sua comida mais saborosa.
104
Saladas
Um dos maiores inimigos de quem quer harmonizar: muita água nos vegetais, sabores “verdes” e, principalmente, acidez nos molhos. Busque encontrar componentes da salada que se casem com aromas nos vinhos, como frutas (peras, comuns nas saladas podem se encaixar em brancos frutados, como Chardonnay do novo mundo ou Chenin Blanc e Pinot Grigio), ou ervas de cozinha (hortelã, alecrim, sálvia e outras) podem fazer aparecer sabores despercebidos ou ressaltar os mais delicados em alguns vinhos. Legumes frescos podem combinar com brancos refinados, enquanto grelhados – berinjela, pimentão, abobrinha – têm um toque defumado e adocicado que ajuda na harmonização com vinhos com passagem por madeira.
Arroz/Risotos
Carboidratos normalmente fazem ressaltar o álcool e o amargor do vinho, em particular por sua tendência doce. O arroz, granuloso, ligeiramente adocicado e muitas vezes untuoso, como nos risotos, pode ganhar muito se contrastado com algo de dureza no vinho: acidez viva e taninos finos, mas em quantidade. Aqui também é importante observar o perfil aromático do prato e buscar casá-lo com o do vinho: o sabor dos cogumelos, por exemplo, num risotto ai funghi, vai se encaixar bem em um belo Barolo ou Bordeaux já envelhecido, de aromas terrosos, com acidez e taninos excelentes para a textura do arroz.
Frango
Pode ir bem com branco, tinto ou espumante – a questão está no preparo e tempero da carne. Frango assado, por exemplo, permite desde vinhos frescos e frutados, como os Beaujolais e vinhos leves dos países do Novo Mundo, até vinhos terrosos, como Borgonha, Bordeaux e Rioja envelhecidos. Há que se considerar que a carne é branca e leve – dificilmente consegue sustentar vinhos poderosos. Nos brancos, vale provar os mais volumosos, como os Borgonha brancos, Chardonnay sem excesso de madeira e os de uvas do Rhône.
Carne Suína
Por causa da situação peculiar da carne suína – sutilmente entre a carne branca e a vermelha – há um grande leque de possibilidades de harmonização. Preparos mais rústicos, como o churrasco, pedem vinhos volumosos do Novo Mundo, ainda que macios: um Shiraz ou Malbec mais sedoso seriam boas opções. Com preparações mais delicadas, tente um Riesling ou outro branco mais floral como Viognier ou Gewürztraminer. Entre os tintos, procure vinhos leves e sedosos como os de Pinot Noir e Tempranillo.
Carne bovina
Na hora de escolher o vinho para carne vermelha, é necessário pensar na textura, que irá variar com a forma de preparo. Carnes fibrosas e suculentas, como a Bistecca alla Fiorentina e os cortes altos, típicos dos nossos vizinhos platenses, precisam de vinhos estruturados e de taninos firmes, que irão cortar a gordura e sustentar o volume da carne. Carnes tenras precisam de vinhos mais macios: Merlot, por exemplo, é companhia tradicional de cordeiro e o boeuf bourguignon, amaciado pelo vinho e longo cozimento, merece tintos redondos e delicados, como os próprios Borgonhas. Um Cabernet potente e picante irá matar um filé macio e com pouco tempero, mas pode se encaixar bem se o molho for algo do tipo steak au poivre.
105
Bibliografia
AMARANTE, José Osvaldo Albano do. Os Segredos do Vinho. São Paulo: Mescla, 2005. BALDY, Marian. The University Wine Course. San Francisco: The Wine Appreciation Guild, 2006. BELFRAGE, Nicolas. Barolo to Valpolicella. Londres: Mitchell-Beazley, 2004. BELFRAGE, Nicolas. Brunello to Zibibbo. Londres: Mitchell-Beazley, 2003. CLARKE, Oz. Grapes and Wines. Orlando: Harcourt Books, 2007. COATES, Clive, MW. The Wines of Burgundy. Berkeley: University of California Press, 2008. GOODE, Jamie. The Science of Wine. Los Angeles: University of California Press, 2005. HARRINGTON, Robert J. Food and Wine Pairing. Nova Jersey: Wiley, 2008. JOHNSON, Hugh, ROBINSON, Jancis. World Atlas of Wine. Londres: Octopus Publishing Group, 1999. JOHNSON, Hugh. A História do Vinho. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. JOLY, Nicolas. Le vin, la vigne et la biodynamie. Paris: Ellébore – Sang de la Terre, 2007. KRAMER, Matt. Making Sense of Wine. New York: Running Press, 2003. RADFORD, John. The New Spain: A complete Guide to Contemporary Spanish Wine. Londres: Mitchell Beazley, 2006. ROBINSON, Jancis. Org. The Oxford Companion to Wine. Oxford: Oxford University Press, 2006. SKELTON, Stephen, MW. Viticulture – An introduction to commercial grape growing for wine production. London: Lulu.com, 2007. STEVENSON, Tom. Encyclopédie Mondiale du Vin. Paris: Flammarion, 1997. STEVENSON, Tom. Wine Report. Londres: Dorling Kindersley, 2008. STEVENSON, Tom. World Encyclopedia of Champagne & Sparkling Wine. São Francisco: The Wine Appreciation Guild, 1999. ZRALY, Kevin. Windows on the World Complete Wine Course. Nova York: Sterling Publishing, 2005.
106
Serviços Exclusivos
Degustações e Eventos Para que você possa reunir os amigos ou fazer um evento memorável para sua empresa, a Zahil conta com uma equipe de consultores especializados que está preparada para ajudá‑lo desde a escolha do vinho certo para a ocasião até a harmonização com o cardápio. Além disso, é possível organizar degustações temáticas e cursos customizados. Entre em contato conosco e saiba mais.
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Destilados
C
onhecida pelo homem há mais de 3000 anos, a destilação surgiu a partir da observação de um fenômeno natural: líquidos, ao evaporarem, muitas vezes ficavam retidos contra alguma superfície, condensavam-se e gotejavam - de fato, destillare, em latim, significa literalmente “gotejar”. Os sumérios certamente já conheciam o fenômeno e um de seus primeiros usos foi para a obtenção de água potável em alto mar. Os egípcios foram provavelmente os primeiros a construir aparatos destinados a fazer evaporar líquidos forçadamente, para que pudessem obter essências e até mesmo formas impuras de álcool para produção de remédios e produtos de beleza. Os gregos, os romanos, os persas e muitos povos árabes foram importantes difusores e pesquisadores que, em busca de obter a pureza dos elementos, acabaram por criar um sistema que se tornaria, por fim, fonte de algumas das mais apreciadas bebidas já criadas pelo homem.
Itália - Grappa O aproveitamento dos resíduos das uvas fermentadas para a produção de vinho foi, por muito tempo, visto com maus olhos devido à falta de técnicas e conhecimentos que permitissem a produção de destilados refinados. Foi só há poucas décadas que destiladores italianos, com cuidado na seleção dos produtos de base, esmero na destilação e um gênio inventivo característico, chegaram a elaborar novas e refinadas bebidas, a partir das uvas de suas mais renomadas regiões vinícolas.
Poli Grappaioli Jacopo Poli e seus irmãos Barbara, Andrea e Giampaolo são herdeiros de uma tradição familiar começada no século XIX com o bisavô GioBatta Poli. Fabricante de chapéus de palha, típico artesanato da zona de Maiorsca, Bassano del Grappa. De porta em porta, vendia seus chapéus aos trabalhadores nos vinhedos, até se dar conta de que não havia quem fizesse a destilação dos restos de uvas após a fermentação dos vinhos. Construiu, ele mesmo, um alambique móvel, sobre um carro puxado por cavalo e começou o trabalho a que seu filho, seu neto e seu bisneto deram continuidade. 108
Sarpa di Poli
Bassano del Grappa Classica
“Sarpa” é o nome que se dá, em dialeto vêneto, aos restos de cascas, polpa e sementes usados para a produção da grappa. Com notas florais e vegetais, é excelente se consumida fresca ou até gelada como aperitivo ou digestivo.
Bassano é a única cidade do mundo a carregar o nome “Grappa”, dado o vínculo da região com a produção do destilado. Ali, a família Poli mantém um museu dedicado à história da Grappa e da destilação, em nome do qual se produz este rótulo, perfumado de frutas cozidas.
%
Castas
D.J
Merlot Cabernet Sauvignon
-
8º-12º
40%
D.J
Castas
Variedades vênetas
% -
Pò di Poli Morbida
Pò di Poli Elegante
Ao contrário do que pode parecer, “Morbido” em italiano quer dizer “macio”, “suave” e indica o quanto esta grappa, produzida com a aromática Moscato, pode ser agradável. De aromas florais e cítricos, é delicada e sedutora.
Também aqui é o nome da grappa a definir seu estilo: elegante. Destilada a partir de “vinaccia” de Pinot, apresenta delicadas notas florais e especiadas e textura aveludada.
D.J
Castas Moscato
% -
8º-12º
40%
Pinot Noir Pinot Blanc
Grappa de uma única safra, elaborada a partir das uvas Vespaiolo típicas da região de Breganze, no Vêneto. O resultado é uma grappa perfumada, mistura de frutas, mel e flores, com delicadeza e elegância em boca.
Renomado destilador, Poli tem sua produção reconhecida por muitos dos mais famosos produtores do mundo, entre eles a família Incisa della Rocchetta. A partir de vinaccia da Tenuta San Guido, produz-se uma grappa intensamente perfumada, estruturada, inclusive graças aos quatro anos de estágio em barricas e seis meses em tonéis de Sassicaia.
Vespaiolo
% -
8º-12º
40%
8º-12º
40%
% -
Barili di Sassicaia
D.J
40%
Castas
D.J
Amorosa di Settembre
Castas
8º-12º
Castas
D.E
Cabernet Franc Cab. Sauvignon
4 anos e 6 meses
% 18º-20º
40%
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Distribuição Regional
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